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Jesus ao ser batizado, banhando nas águas do Jordão, purificou e santificou todas as águas para que elas, assim, adquirissem o poder de purificar a todos os que a ela forem submetidos em nome de Deus Pai, Filho e Espírito Santo. O batismo de Jesus marca o co- meço de sua vida pública, e é a manifestação de sua apresenta- ção para fazer a vontade de seu Pai. Com o batismo ou portanto, o tempo de iniciar o ministério para o qual seu Pai celestial o enviou à Terra. O batismo é o primeiro dos sete sacramentos da Igreja. Ele nos torna Filhos de Deus, Discí- pulos de Cristo, Templos do Es- pírito Santo, Membros da Igreja; e nos sela com uma marca que nunca se apagará, aconteça o que acontecer. Veja que coisa boa! É uma garantia de que jamais ficaremos sós; de que para sempre estaremos acompanhados pela graça de Deus. grupos enormes participando da ce- lebração do batismo de uma pessoa como sendo um evento social, que será fotografado e comemorado com festa. Que pena! Falta-lhes o conhe- cimento do sentido real e do alcance desse sacramento; da benção que está sendo derramada e do compromisso que pais e padri- nhos estão assumindo em nome do batizado. Que a celebração da festa do batismo de Jesus nos leve a refletir sobre a importância de sermos batizados. Que a gra- ça do batismo nos faça tomar consciência, na Igreja e através da Igreja, que fazemos parte o Corpo místico do Senhor, verdadeiros discípulos-missio- nários de Jesus! “Pelo batismo recebi uma missão. Vou trabalhar pelo reino do Senhor!” Rosa Cimino PALAVRA FRATERNA N o início deste ano de 2018, a nossa Paróquia deseja um feliz ano novo a todos! Neste voto de felicitações desejo que a verdadeira luz que brilhou no Natal possa iluminar a vida de cada um de nós, pois só quem se deixa iluminar e con- duzir por esta Luz, que é Jesus, poderá viver não simplesmente um novo ano, mas assumir um novo modo de viver, a fim de que este ano seja verdadeiramente novo. Caso contrário, a única novidade será a mudança numérica do nosso calendário. O início de um novo ano é uma opor- tunidade de recomeçar também uma nova vida, fortalecida pela fé na certeza de que não estamos sozinhos, pois o Emanuel – o Deus conosco – vem participar de nossa vida. Acolhê-lo significa deixar-se envolver pelo seu mistério de amor revelado na fragilidade de uma criança, que desde o seu nascimento se solidarizou com a humanidade sofredora. Ini- ciar um novo ano iluminado pela vida de Jesus significa renovar a esperança de aprender com o Deus-criança a viver a vida como verdadeiros filhos e filhas de Deus. Não basta sabermos que Jesus nasceu, é necessário acolhê-lo como o Verbo, a Palavra, o Evangelho vivo que vem nos revelar o amor que nos dá um novo hori- zonte de sentido para nossa vida. Acolher o Deus-criança é despojarmo- -nos do homem velho e fazer-nos criança, no sentido de nos colocarmos no caminho do aprendizado da verdadeira vida. Como crianças, queremos aprender com Jesus a caminhar no seu caminho; a falar a linguagem do amor; a rezar na obediência filial com o Pai; e, sobretudo, aprender a sermos irmãos uns dos outros, pois Ele se fez nosso irmão para nos ensinar a verdadeira fraternidade através do amor solidário. Viver o nosso ano com Jesus, deixando-o participar de nossa vida significa deixar-nos orientar pela sua vida e permitirmos que sua Palavra ilumine as nossas decisões, o nosso modo de pensar e o nosso agir moral. Deste modo, a nossa fé terá uma implicação no nosso modo de viver. Não basta ter fé, é necessário viver de fé, ou seja, viver em comunhão com Deus, que veio participar de nossa humanidade. Eis a fé que nos faz experimentar a verdadeira Paz (Shalom), que não significa uma vida tranquila, sem desafios, sem dificuldades ou sem conflitos, mas sim uma vida plena de sentido, a pleni- tude dos bens. No primeiro dia deste novo ano, rece- bemos a bênção que Deus ofereceu a Israel através de Aarão, que agora se dá plenamente através de Jesus. De fato, em Jesus, Deus Pai não só fez brilhar a sua face, mas se compa- deceu de nós, voltou para nós o seu rosto e nos deu a paz (cf. Nm 6,26). Portanto, peçamos a Deus que este ano seja verdadeiramente novo, aprendendo a viver a vida com Jesus e que sejamos plena- mente abençoados com o dom da Paz, a fim de sermos promotores da paz, fazendo o bem, assumindo um novo modo de viver a vida, numa convivência mais fraterna e solidária. Pe. Danival Milagres Coelho - Pároco PARÓQUIA E SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE Ano 13 - nº 153 Janeiro de 2018 Barbacena - MG JORNAL BATISMO Pelo batismo recebemos a missão de ser representantes de Jesus Cristo no mundo, de ser sal e luz: no meio em que vivemos. Como? Oferecendo sabor e claridade, energia boa e positiva onde quer que estejamos. O batismo é marco fundamental na vida, por isso a data do batismo deve ser lembrada como data de nascimento para a vida cristã. Não é raro vermos Todos os cristãos leigos têm uma missão muito especial na Igreja e na sociedade, pois foram chamados por Deus, através do Batismo, a desempe- nhar diversos trabalhos ou pastorais, dentro da comunidade eclesial, seja como catequistas, Ministros Extraor- dinários da Palavra e da Eucaristia, Serviço de Animação Vocacional, seja em favor dos pobres, trabalhos sociais, Liturgia, dízimo, juventude e tantos outros. Segundo o Documento Lumen Gentium, nº 31, entende-se por leigos todos os cristãos, exceto os membros das Sagradas Ordens (Bispos, Padres e Diáconos) ou estado religioso reco- nhecido pela Igreja, isto é, os fiéis que, integrados a Cristo pelo sacramento do Batismo, “constituídos em Povo de Deus e a seu modo feitos participantes da função sacerdotal, profética e régia de Cristo, que exercem, em seu âmbi- to, a missão de todo o Povo cristão na Igreja e no mundo”. Antes do Concílio Vaticano II os cristãos leigos não tinham muita par- ticipação na vida e nos trabalhos da Igreja. Infelizmente, dentro do contexto da época, a Igreja era muito fechada para eles. Os ministérios, pastorais e outros eram reservados e destinados somente aos Padres e à Vida Religiosa Consagrada. Após o Concílio Vaticano II, a vocação dos leigos na Igreja foi resgatada e valorizada, conferindo a eles a participação da “função sacerdo- tal, profética e régia de Cristo”. Os leigos têm que ter a consciência de que eles não estão só na Igreja, mas que eles são Igreja, que fazem parte do Corpo que tem Cristo por cabeça, assim como os ministros ordenados e os religiosos. O documento Lumen Gentium nº 33 afirma que: “os leigos são congregados no Povo de Deus e constituídos num só Corpo de Cristo sob uma só cabeça”. Os fiéis leigos são chamados a serem discípulos e missionários da Boa Nova de Jesus Cristo. “Os leigos, porém, são especialmente chamados a tornarem a Igreja presente e operosa naqueles lugares e circunstancias onde apenas através deles podem chegar como sal da terra” LG 83. A Conferência Nacional do Bispos do Brasil, em seu Documento nº 105, instituiu o Ano Nacional do Laicato – 26/11/17 a 25/11/18, com o tema e lema: “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e no Mundo - Sal da Terra e Luz do Mundo”. É vocação dos leigos estarem em missão no mundo, a desempenharem sua função dentro das realidades que se encontram no dia-a-dia seja na família, trabalho, na política, meios sociais e eclesial, pois são chamados por Deus e pela Igreja a serem sal da terra e luz do mundo. Que nesse Ano Nacional do Laicato os cristãos leigos possam realmente aprofundar e viver intensamente a sua missão específica que é “procurar o Reino de Deus exercendo funções tem- porais e ordenando-as segundo Deus”. Sendo sinal de esperança, caridade e fé e de testemunho da presença de Deus ternura e misericórdia que acolhe e que vai ao encontro dos irmãos. Irmã Lucenir, CDP VOCAÇÃO E MISSÃO DO LEIGO

BATISMO fraterna - piedadebarbacena.com.br · de nossa humanidade. Eis a fé que nos faz experimentar a verdadeira Paz (Shalom), que não significa uma vida tranquila, ... de ser

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1JORNAL VOz dA PAdROeiRA • JANeiRO / 2018

Jesus ao ser batizado, banhando nas águas do Jordão, purificou e santificou todas as águas para que elas, assim, adquirissem o poder de purificar a todos os que a ela forem submetidos em nome de Deus Pai, Filho e Espírito Santo. O batismo de Jesus marca o co-meço de sua vida pública, e é a manifestação de sua apresenta-ção para fazer a vontade de seu Pai. Com o batismo ou portanto, o tempo de iniciar o ministério para o qual seu Pai celestial o enviou à Terra.

O batismo é o primeiro dos sete sacramentos da Igreja. Ele nos torna Filhos de Deus, Discí-pulos de Cristo, Templos do Es-pírito Santo, Membros da Igreja; e nos sela com uma marca que nunca se apagará, aconteça o que acontecer. Veja que coisa boa! É uma garantia de que jamais ficaremos sós; de que para sempre estaremos acompanhados pela graça de Deus.

grupos enormes participando da ce-lebração do batismo de uma pessoa como sendo um evento social, que será fotografado e comemorado com festa. Que pena! Falta-lhes o conhe-cimento do sentido real e do alcance

desse sacramento; da benção que está sendo derramada e do compromisso que pais e padri-nhos estão assumindo em nome do batizado.

Que a celebração da festa do batismo de Jesus nos leve a refletir sobre a importância de sermos batizados. Que a gra-ça do batismo nos faça tomar consciência, na Igreja e através da Igreja, que fazemos parte o Corpo místico do Senhor, verdadeiros discípulos-missio-nários de Jesus!

“Pelo batismo recebi uma missão. Vou trabalhar pelo reino do Senhor!”

Rosa Cimino

palavra fraterna

No início deste ano de 2018, a nossa Paróquia deseja um feliz ano novo a todos! Neste voto de felicitações

desejo que a verdadeira luz que brilhou no Natal possa iluminar a vida de cada um de nós, pois só quem se deixa iluminar e con-duzir por esta Luz, que é Jesus, poderá viver não simplesmente um novo ano, mas assumir um novo modo de viver, a fim de que este ano seja verdadeiramente novo. Caso contrário, a única novidade será a mudança numérica do nosso calendário.

O início de um novo ano é uma opor-tunidade de recomeçar também uma nova vida, fortalecida pela fé na certeza de que não estamos sozinhos, pois o Emanuel – o Deus conosco – vem participar de nossa vida. Acolhê-lo significa deixar-se envolver pelo seu mistério de amor revelado na fragilidade de uma criança, que desde o seu nascimento se solidarizou com a humanidade sofredora. Ini-ciar um novo ano iluminado pela vida de Jesus significa renovar a esperança de aprender com o Deus-criança a viver a vida como verdadeiros filhos e filhas de Deus. Não basta sabermos que Jesus nasceu, é necessário acolhê-lo como o Verbo, a Palavra, o Evangelho vivo que vem nos revelar o amor que nos dá um novo hori-zonte de sentido para nossa vida.

Acolher o Deus-criança é despojarmo--nos do homem velho e fazer-nos criança, no sentido de nos colocarmos no caminho do aprendizado da verdadeira vida. Como crianças, queremos aprender com Jesus a caminhar no seu caminho; a falar a linguagem do amor; a rezar na obediência filial com o Pai; e, sobretudo, aprender a sermos irmãos uns dos outros, pois Ele se fez nosso irmão para nos ensinar a verdadeira fraternidade através do amor solidário.

Viver o nosso ano com Jesus, deixando-o participar de nossa vida significa deixar-nos orientar pela sua vida e permitirmos que sua Palavra ilumine as nossas decisões, o nosso modo de pensar e o nosso agir moral. Deste modo, a nossa fé terá uma implicação no nosso modo de viver. Não basta ter fé, é necessário viver de fé, ou seja, viver em comunhão com Deus, que veio participar de nossa humanidade. Eis a fé que nos faz experimentar a verdadeira Paz (Shalom), que não significa uma vida tranquila, sem desafios, sem dificuldades ou sem conflitos, mas sim uma vida plena de sentido, a pleni-tude dos bens.

No primeiro dia deste novo ano, rece-bemos a bênção que Deus ofereceu a Israel através de Aarão, que agora se dá plenamente através de Jesus. De fato, em Jesus, Deus Pai não só fez brilhar a sua face, mas se compa-deceu de nós, voltou para nós o seu rosto e nos deu a paz (cf. Nm 6,26).

Portanto, peçamos a Deus que este ano seja verdadeiramente novo, aprendendo a viver a vida com Jesus e que sejamos plena-mente abençoados com o dom da Paz, a fim de sermos promotores da paz, fazendo o bem, assumindo um novo modo de viver a vida, numa convivência mais fraterna e solidária.

Pe. Danival Milagres Coelho - Pároco

Paróquia e santuário

nossa senhora

da Piedade

Ano 13 - nº 153 Janeiro de 2018barbacena - mg

Jor

nal

BATISMOPelo batismo recebemos a missão

de ser representantes de Jesus Cristo no mundo, de ser sal e luz: no meio em que vivemos. Como? Oferecendo sabor e claridade, energia boa e positiva onde quer que estejamos.

O batismo é marco fundamental na vida, por isso a data do batismo deve ser lembrada como data de nascimento para a vida cristã. Não é raro vermos

Todos os cristãos leigos têm uma missão muito especial na Igreja e na sociedade, pois foram chamados por Deus, através do Batismo, a desempe-nhar diversos trabalhos ou pastorais, dentro da comunidade eclesial, seja como catequistas, Ministros Extraor-dinários da Palavra e da Eucaristia, Serviço de Animação Vocacional, seja em favor dos pobres, trabalhos sociais, Liturgia, dízimo, juventude e tantos outros.

Segundo o Documento Lumen Gentium, nº 31, entende-se por leigos todos os cristãos, exceto os membros das Sagradas Ordens (Bispos, Padres e Diáconos) ou estado religioso reco-nhecido pela Igreja, isto é, os fiéis que, integrados a Cristo pelo sacramento do Batismo, “constituídos em Povo de Deus e a seu modo feitos participantes da função sacerdotal, profética e régia de Cristo, que exercem, em seu âmbi-to, a missão de todo o Povo cristão na Igreja e no mundo”.

Antes do Concílio Vaticano II os cristãos leigos não tinham muita par-ticipação na vida e nos trabalhos da Igreja. Infelizmente, dentro do contexto da época, a Igreja era muito fechada para eles. Os ministérios, pastorais e outros eram reservados e destinados somente aos Padres e à Vida Religiosa

Consagrada. Após o Concílio Vaticano II, a vocação dos leigos na Igreja foi resgatada e valorizada, conferindo a eles a participação da “função sacerdo-tal, profética e régia de Cristo”.

Os leigos têm que ter a consciência de que eles não estão só na Igreja, mas que eles são Igreja, que fazem parte do Corpo que tem Cristo por cabeça,

assim como os ministros ordenados e os religiosos. O documento Lumen Gentium nº 33 afirma que: “os leigos são congregados no Povo de Deus e constituídos num só Corpo de Cristo sob uma só cabeça”.

Os fiéis leigos são chamados a

serem discípulos e missionários da Boa Nova de Jesus Cristo. “Os leigos, porém, são especialmente chamados a tornarem a Igreja presente e operosa naqueles lugares e circunstancias onde apenas através deles podem chegar como sal da terra” LG 83.

A Conferência Nacional do Bispos do Brasil, em seu Documento nº 105, instituiu o Ano Nacional do Laicato – 26/11/17 a 25/11/18, com o tema e lema: “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e no Mundo - Sal da Terra e Luz do Mundo”. É vocação dos leigos estarem em missão no mundo, a desempenharem sua função dentro das realidades que se encontram no dia-a-dia seja na família, trabalho, na política, meios sociais e eclesial, pois são chamados por Deus e pela Igreja a serem sal da terra e luz do mundo.

Que nesse Ano Nacional do Laicato os cristãos leigos possam realmente aprofundar e viver intensamente a sua missão específica que é “procurar o Reino de Deus exercendo funções tem-porais e ordenando-as segundo Deus”. Sendo sinal de esperança, caridade e fé e de testemunho da presença de Deus ternura e misericórdia que acolhe e que vai ao encontro dos irmãos.

Irmã Lucenir, CDP

VOcAçãO e MISSãO dO leIgO

JORNAL VOz dA PAdROeiRA • JANeiRO / 20182

A missão faz parte essencial da identi-dade da Igreja enviada pelo Senhor a evan-gelizar todos os povos. Sua razão de ser e agir como fermento e sal da sociedade, deve renovar-se em Cristo e transformar-se em família de Deus.

Logo depois de eleito, o Papa Fran-cisco assumiu o posicionamento do Papa João XXIII. Exclamou, três dias depois de eleito: “Ah! Como eu queria uma igreja pobre e para os pobres,” expressou várias vezes o Papa Francisco no documento “Evangelii Gaudium.” Este mesmo ensi-namento ele nos deixa quando ele fala de uma igreja pobre e para os pobres e de uma igreja que faz opção pelos pobres. Ao longo de sucessi-vas falas, em diversas ocasiões, o Papa vai criando um vocabulário todo próprio: igreja que se move, que faz opção pelos últimos, que vai à periferia, que sai de si mesma, que anda pela rua, igreja inclusiva, não excludente, não autocentrada, não narcisista, que não vive para si mesma, não é cartório, igreja inteiramente missionária, discípula missionária, hospital de campa-nha, campo de refugiados.

Uma Igreja em saída deve sentir ale-gria em partir. Quando temos que partir para longe e viver em situações difíceis, há sempre o medo do diferente. Por outro lado, há uma alegria de perceber o quanto nos enche o coração doar a vida, acolher a novidade como um dom, enriquecer--se com as outras culturas. Mesmo em

situações difíceis, é melhor que ficar acomodado.

A igreja em saída exige de cada uma e cada um a saída de si próprio para o irmão. Tenho que me despojar para partir com o coração aberto às feridas e espe-ranças do outro(a). Somente a saída de si é verdadeira missão, pois a vida alcança plenitude, amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros.

Nesse sentido, a expressão em saída, antes que um movimento físico-geográ-fico para todas as periferias existenciais, indica a dinâmica da afeição do enamo-

ramento. Isso significa que todo cristão, mesmo o que vive enclausurado ou limi-tado pela velhice ou doença, deve cultivar um coração em saída, em busca da pessoa amada: Jesus e seus irmãos.

Não sejamos uma comunidade que fica esperando, mas que sabe ir à frente, que sabe tomar a iniciativa sem medo, ir ao encontro, procurar os afastados. Ir até às encruzilhadas dos caminhos para con-vidar os excluídos. Uma comunidade que

felIz VelhO AnO nOVO

E SPECIAL

B Em VIVEr F OrmAÇÃOO que é uMA IgrejA eM SAídA

vive um desejo inexaurível de oferecer misericórdia, é porque gerou fruto por ter experimentado a misericórdia infinita do Pai e a sua força difusiva. Ousemos um pouco mais no tomar a iniciativa!

Será que temos na igreja, um novo tipo de leigo/leiga, que corresponda aos ditames de uma igreja em saída? Nos últimos anos houve diversas iniciativas que visavam ativar a colaboração de leigos e leigas na qualidade de cate-quistas, cantoras e cantores, secretários e secretárias paroquiais, ministros da Eucaristia, diáconos, agentes do dízimo,

legionários, etc. São iniciativas de valor, mas, para quem enxer-ga a perspectiva de uma igreja em saída.

Uma comunidade deve estar atenta ao que é ser Igreja em saí-da e à missão, que é permanente. Por quê?

Primeiro, foi Deus quem saiu: “Eu vi a opressão de meu povo no Egito, ouvi o grito de aflição diante dos opressores e

tomei conhecimento de seus sofrimen-tos. Desci para libertá-lo das mãos dos egípcios e fazê-los sair desse país para uma terra boa e esperançosa...” (Ex. 3, 7-8). Se Deus saiu primeiro, quem somos nós para ficarmos fechados em nossa casa ou Igreja? Sendo assim, somos convidados a ser uma Igreja em saída, como nos provoca o papa Francisco. A missão é permanente porque a constru-ção do reino se realiza a todo momento.

Sempre existirá um ano se renovando “sem plástica”, “sem regimes,” sem nenhum sacrifício. Sem olhar para trás é que todos dizem nesta época em que todos querem que o velho seja esquecido, as tristezas deletadas e tudo o que mundo nos mostrou de ruim nem deve mais existir. Pelo menos este pensamento contagia a todos por um dia ou pelo menos no instante “da virada.” “O coração velado pelo véu do sonho enxerga só um horizonte onde só existe felicida-de.” Se dos olhos caírem lágrimas serão de emoção. Um céu de ale-gria e paz. Todos são irmãos e se abraçam e sorriem com a certeza de que o ano é novo.

Mas, não deveria ser assim todos os dias? Deus não nos criou para sermos felizes? Assim, a cada dia que o ano vai perdendo o viço da juventude, também vai arrefe-cendo a alegria e vem o cansaço. Contudo, Deus disse: “Vinde a mim vós todos que estais cansados e oprimidos e eu vos darei descan-so!” (cf .Mt 11,28)

Por isso, quando o ano começar a envelhecer vamos nos lembrar de que Deus não “decretou” que seríamos felizes um dia nem que nos abraçássemos só na virada de ano. Ele nos criou para sermos sempre felizes. O “velho existiu” e pode nos ter deixado a experiência que nos fez crescer, nos faz repen-sar em novos desafios e fazer do novo tudo de novo; o ano que se aproxima seja apenas não só mais um acréscimo à nossa história; mas, que neste velho ano novo, nossa história possa realmente fazer a diferença na comunidade e no mundo.

Dinair Augusta

cASA dOM lucIAnO: “hOSPedArIA” que SeMPre TeM lugAr

A Casa Dom Luciano, onde fun-ciona o Projeto Pão e Beleza, é hospe-daria que tem lugar para quem chega; é manjedoura que acolhe e afaga.

O maior desafio dos voluntários do projeto é ver Jesus, no rosto desfigurado dos irmãos e irmãs em

situação de rua. “Eu vim para que todos tenham

vida, e a tenham em abundância!” (Jo-10,10).

No dia 23 de dezembro, como acontece todos os anos, além do aten-dimento das terças e sábados, tivemos

uma confra-ternização de Nata l , com a p r e s e n t a -ção de teatro, momento de reflexão com nosso pároco Pe. Danival e finalmente um

“Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc-2,7).

delicioso almoço.Obrigado, obrigado, obrigado a

quem nos ajudaram a cuidar da vida desses nossos irmãos, no decorrer do ano. Eles são os preferidos de Deus.

Tenham um abençoado Ano Novo!

Catarina Fernandes

3JORNAL VOZ DA PADROEIRA • JANEIRO / 2018

Os que sofrem com enfermi-dades nas casas ou hospitais, os idosos fragilizados, sentem o consolo, o conforto e a alegria de uma visita oportuna. E ainda com sua presença teriam o ânimo erguido por um sorriso amigo e cúmplice da dor e da angústia na pessoa debilitada. É de suma importância a tentativa de reti-rar, por instantes, a sensação de abandono e solidão, iluminando com esperança e ternura uma vida enfraquecida.

Quando o Ministro da Euca-ristia leva a Eucaristia ao doente solicitante, transforma as dores em força e propulsão como uma alavanca gigante para a alma. É a

presença divina, transcenden-te e vigorosa nutre a fé na certeza de um destino eterno e feliz.

O cristão leigo ao visitar um enfermo, reativa a amizade e o

COmUNIDADE VIVA A ÇÃO EVANGELIZADOrA

Fundador: Pe. José Alvim BarrosoResponsável: Pe. Danival Milagres CoelhoRedação: Pe. Isauro Sant´Ana Biazutti, Rosa Cimino, Irmã Lucenir Fernandes, Kleber Camargo, Heloisa Barbosa, Fátima Tostes, Dinair Augusta, Áurea Flisch, Elimar Johann.

R. Vigário Brito, 26 - Centro CEP 36200-004 (32) 3331-6530/0270 [email protected]

Diagramação e impressãoEditora Dom Viçoso 31 3557-1233Tiragem: 1.600 exemplares

Pastoral do Dízimo

Jorn

al

vínculo amoroso de apoio. Essa visita representa a caridade da maternidade eclesial executando o serviço do Reino pelos dis-cípulos conscientes, amados e transmissores de paz e equilíbrio. Por vezes é difícil, sacrifi cado, reservar tempo para isso. Tantas coisas você poderia realizar, des-cansar, divertir... mas lembramos que também somos vulneráveis. É grandioso seguir o Cristo que nos resgatou do pecado e deu--nos vida plena.

“O sofrimento humano é uma experiência especial da cruz e da ressurreição do Senhor” (Cf. DA 420). Sim, mas amenizar a dor é prova de integridade cristã e virtude incomparável. Desse modo somos mais que premiados por abundantes graças divinas.

Heloisa Márcia Horta Barbosa

AnO dO lAIcATO

Em 2018 vamos vi-ver na Igreja o ano do Laicato. Nossa paróquia já está em preparação para as atividades que ocorrerão em cada co-munidade. O estandarte com o Ícone da Sagrada família visitará as comu-nidades. Assim fi cou a programação das visitas:

Comunidade de Santa Ifi gênia – 18 de feverei-ro a 17 de março,Comunidade Santa Ce-cília - 17 de março a 26 de abril,Comunidade São Jorge – 26 de abril a 27 de maio,Comunidade Nossa Senhora Aparecida - 27 de maio a 24 de junho,Comunidade São Cristovam – 24 de junho a 29 de julho,Comunidade Nossa Senhora das Graças – 29 de julho a 26 de agostoComunidade São Geraldo - 26 de agosto a 7 de outubroComunidade Nossa Senhora do Rosário – 7 de outubro a 28 de outubroComunidade Nossa Senhora da Piedade – 28 de outubro a 25 de no-vembro.

VIrTude eXcelSA

R. Comendador João Fernandes, 51 • Centro tel.: (32) 3333-7944 / (32) 3331-7656

Você é leigo cristão? Participa da vida da Igreja? Poderia integrar uma comunidade com seus dons,

cultura e espírito de compaixção e amor ao semelhante?

JORNAL VOZ DA PADROEIRA • JANEIRO / 20184

L ITUrGIA E VIDA I GrEJA-mÃE

Queridos irmãos e irmãs, Continuando as catequeses sobre a

Igreja, hoje gostaria de olhar para Maria como imagem e modelo da Igreja. Faço isso retomando uma expressão do Concílio Vaticano II. Diz a Constituição Lumen gen-tium: “Como já ensinava Santo Ambrósio, a Mãe de Deus é fi gura da Igreja na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo” (n. 63).

1. Partamos do primeiro aspecto, Maria como modelo de fé. Em que sentido Maria representa um modelo para a fé da Igreja? Pensemos em quem era a Virgem Maria: uma moça judia, que esperava com todo o coração a redenção do seu povo. Mas naquele coração de jovem fi lha de Israel havia um segredo que ela mesma ainda não conhecia: no desígnio do amor de Deus estava destinada a tornar-se a Mãe do Re-dentor. Na Anunciação, o Mensageiro de Deus chama-a “cheia de graça” e lhe revela este projeto. Maria responde “sim” e daquele momento a fé de Maria recebe uma luz nova: concentra-se em Jesus, o Filho de Deus que dela se fez carne e no qual se cumprem as promessas de toda a história da salvação. A fé de Maria é o cumprimento da fé de Israel, nela está justamente concentrado todo o caminho, toda a estrada daquele povo que esperava a redenção, neste sentido é o modelo da fé da Igreja que tem como centro Cristo, encarnação do amor infi nito de Deus.

Como Maria viveu esta fé? Viveu na simplicidade das mil ocupações e preocupa-ções cotidianas de toda mãe, como fornecer o alimento, a vestimenta, cuidar da casa… Justamente esta existência normal de Maria foi terreno onde se desenvolveu uma relação singular e um diálogo profundo entre ela e Deus, entre ela e o seu Filho. O “sim” de Maria, já perfeito desde o início, cresceu até o momento da Cruz. Ali a sua maternidade se espalhou abraçando cada um de nós, a nossa vida, para nos guiar ao seu Filho. Maria vi-veu sempre imersa no mistério de Deus feito homem, como sua primeira e perfeita discí-pula, meditando cada coisa no seu coração à luz do Espírito Santo, para compreender e colocar em prática toda a vontade de Deus.Podemos fazer-nos uma pergunta: deixamo--nos iluminar pela fé de Maria, que é nossa Mãe? Ou a pensamos distante, muito dife-rente de nós? Nos momentos de difi culdade, de provação, de escuridão, olhamos para ela como modelo de confi ança em Deus, que quer sempre e somente o nosso bem? Pen-semos nisso, talvez nos fará bem encontrar Maria como modelo e fi gura da Igreja nesta fé que ela tinha!

2. Vamos ao segundo aspecto: Maria modelo de caridade. De que modo Maria é para a Igreja exemplo vivo de amor? Pensemos em sua disponibilidade para com a prima Isabel. Visitando-a, a Virgem Maria não lhe levou somente uma ajuda material, também isto, mas levou Jesus, que já vivia em seu ventre. Levar Jesus àquela casa queria dizer levar a alegria, a alegria

O mundo civil fi xa o dia primeiro de ja-neiro como o início do novo ano. A Igreja, Povo de Deus presente no mundo, celebra na mesma data a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus. O momento parece--nos oportuno para recordar as diretrizes da Igreja concernentes ao culto à Maria.

Na liturgia reformada depois do Con-cílio Vaticano II, Maria foi recolocada em íntima relação com o Mistério de Cristo e da Igreja. O documento ofi cial que estabelece os critérios para a renovação da piedade mariana, é a Exortação Apostólica “Marialis Cultus (MC), de Paulo VI, de 1974.

Paulo VI afi rma que os exercícios de piedade marianos devem ser cristológicos e trinitários: ao Pai, por Cristo, no Espí-rito. Em Maria, “tudo é relativo a Cristo e dependente dele.”

Por fim, os exercícios de piedade mariais têm que manifestar de modo claro o lugar que Maria ocupa na Igreja, “... depois de Cristo o lugar mais elevado e também o mais próximo de nós”(Lumen Gentium, n. 54). O amor pela Igreja traduzir-se-á em amor para com Maria, e vice-versa (conforme MC, n. 27).

Paulo VI aponta três critérios para rever ou recriar os exercícios de piedade mariais:

• Cunho bíblico: que “as fórmulas de oração e os textos destinados ao canto assumam os termos e a inspiração da Bíblia”. Assim, o culto a Maria estará ligado aos grandes temas da mensagem cristã (Cf. MC, n.30-31).

• Cunho litúrgico: as práticas de-vocionais devem considerar os tempos litúrgicos e orientar-se para a liturgia, como grande celebração da vida, morte e ressurreição de Jesus.

• Sensibilidade ecumênica: o culto

MArIA nA deVOçãO e nA lITurgIA

plena. Isabel e Zacarias estavam felizes pela gravidez que parecia impossível em sua idade, mas é a jovem Maria que leva a eles a alegria plena, aquela que vem de Jesus e do Espírito Santo e se exprime na caridade gratuita, no partilhar, no ajudar, no compreender.

Nossa Senhora quer trazer também a nós o grande presente que é Jesus e com Ele nos traz o seu amor, a sua paz, a sua alegria. Assim é a Igreja, é como Maria: a Igreja não é um negócio, não é uma agência humani-tária, a Igreja não é uma ONG, a Igreja é enviada a levar Cristo e o seu Evangelho a todos; não leva a si mesma – se pequena, se grande, se forte, se frágil, a Igreja leva Jesus e deve ser como Maria quando foi visitar Isabel. O que levava Maria? Jesus. A Igreja leva Jesus: este é o centro da Igre-ja, levar Jesus! Se por hipótese, uma vez acontecesse que a Igreja não levasse Jesus, aquela seria uma Igreja morta! A Igreja deve levar a caridade de Jesus, o amor de Deus, a caridade de Jesus.

Falamos de Maria, de Jesus. E nós? Nós que somos a Igreja? Qual é o amor que levamos aos outros? É o amor de Jesus, que partilha, que perdoa, que acompanha, ou é um amor aguado, como se diluísse o vinho com água? É um amor forte ou frágil, tanto que segue as simpatias, que procura um retorno, um amor interessado? Outra pergunta: Jesus gosta do amor interessado? Não, não gosta, porque o amor deve ser gra-tuito, como o seu. Como são as relações nas nossas paróquias, nas nossas comunidades? Nós nos tratamos como irmãos e irmãs? Ou nos julgamos, falamos mal uns dos outros, cuidamos de cada um como o próprio jardim, ou cuidamos uns dos outros? São perguntas de caridade!

3. Brevemente um último aspecto: Maria modelo de união com Cristo. A vida da Virgem Maria foi a vida de uma mulher do seu povo: Maria rezava, trabalhava, ia à sinagoga… Mas cada ação era cumprida sempre em união perfeita com Jesus. Esta união alcança o ponto alto no Calvário: aqui Maria se une ao Filho no martírio do coração e na oferta da vida ao Pai pela salvação da humanidade. Nossa Senhora fez sua a dor do Filho e aceitou com Ele a vontade do Pai, naquela obediência que dá frutos, que dá a verdadeira vitória sobre o mal e sobre a morte.

É muito bonita esta realidade que Maria nos ensina: ser sempre mais unidos a Jesus. Podemos perguntar-nos: nós nos lembramos de Jesus somente quando algo não vai bem e temos necessidade ou a nossa relação é constante, uma amizade profun-da, mesmo quando se trata de segui-Lo no caminho da cruz?

Peçamos ao Senhor que nos doe a sua graça, a sua força, a fi m de que na nossa vida e na vida de cada comunidade eclesial refl ita-se o modelo de Maria, Mãe da Igreja. Assim seja!

Catequese do Papa Francisco

a Maria deve refl etir o anseio da Igreja pela unidade dos cristãos. Assim, “sejam evitados, com todo o cuidado, quaisquer exageros, que possam induzir em erro os outros cristãos, acerca da verdadeira doutrina da Igreja Católica” (Lumen Gen-tium, n. 67); “e sejam banidas quaisquer manifestações cultuais contrárias à reta praxe católica” (MC, n. 32).

Para que estas orientações de Paulo VI e do Concílio Vaticano II se tornem efetivas, é necessário que as comunida-des pastorais e movimentos, dioceses e conferências episcopais empreendam um processo de discernimento diante das manifestações da piedade mariana. Isso implicará em aceitar algumas, modifi car e melhorar outras, e claramente rejeitar aquelas que não correspondem aos crité-rios acima enunciados.

Elimar Johann

Louvando a Maria o povo fi el, a voz repetia de São Gabriel: Ave, ave, ave Maria!

MArIA: MOdelO de fé, cArIdAde e unIãO cOM crISTO

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