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¦i-tf •- Mi REVISTA Photographias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturas. DA —Bdiçâo-sefflaaaHlhistradanio JORNAL 5Õ~BRÃSIL SEMANA Redaotor-gerente, DR. CAHDIDO MENDES - Redaoto^hefe, DR. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA - Dlreotor-teohnioo. GASPAR DE SOUZA Anno II. K. 52 DOMINGO, 12 DE MAIO Numero: 3oo réis A ODYSSEA DE UM BOEÍ^ No dia 14 de Março, de manhã, apresentou-se no commissariado do bairro de.Vendôme, em Paris, um homem andrajoso e bastante fatigado. Articulou com bastante custo uma phrase em máu francez, perguntando onde era o consulado das republicas sul africanas. Antes que o commissario lh'o dissesse, o des- conhecido desmaiou. Chamada a Assistência Publica, esta lhe pres- tou solícitos cuidados e o desconhecido recobrou animo, pedindo qualquer alimento porque estava morto de fome. Deram-lhe o que pedira e então pôde dizer que era bôer, nascido em Pretória, prisioneiro com o general Cronje e evadido de Santa Helena. Disse chamar-se Francis Diplisi e que no Tran- svaal occupnvn-se em tmhalrm*; agrícolas- A MANIFESTAÇÃO AO SR. ARCEBISPO DO RIO DE JANEIRO t\ r Levado com o general Cronje e os demais pri- sioneiros para Santa Helena, á força de astucia e de muita paciência, com um pedaço de ferro, logrou cavar um buraco no muro que rodôa o acampa- mento britânico onde se acham todos os prísiof neiros. . . . De noite, mui silenciosamente sahia da sua tenda e desusando por entre as sentinellas chegava até a muralha e trabalhava com empenho tia sua obra libertadora. 1, , r Diversas vezes soffreu o fogo das sentinellas, que atiravam ao vulto que se movia na sombra caminhando para a sua tenda quando regressava da sua tarefa nocturna. Uma noite quasi foi surprehendido por uma ronda britannica, que percorria o acampamento. Durante três mezes o bôer trabalhou, conse- guindo por íim fazer uma abertura bastante grande para dar passagem ao corpo de umhomem. * Diplisi^todas as noites antes de aélretirar de. seu trabalho, occultava com pedras e nervas o bu- raco que ia fazendo com a barra de ferro. Para fugir do acampamento teve de passar vi- gilante uma noite inteira sob.a mais terrível tor- menta.;: , Sem difficuldade conseguiu romper o cordão de sentinellas e dirigir-se ao porto onde se achava ancorado um navio com bandeira allemã. Diplisi lançou-se á água e nadou até o navio. Toda a tripolaçâo dormia. Subiu por um cabo e escondeu-se na dispensa. Dias depois o navio fez-se ao mar. O cosinheiro de bordo, ao ir á dispensa, des- cobriu o evadido. Este contou-lhe o succedido. O allèmão que éra um bom homem, deu-lhe de comer, pois o bôer estava quasi morto de fome. Não querendo o cosinheiro arcar com a res- ponsabilidade da presença de tal passageiro navio deu parte ao capitão, depois de haver dito ao evadido que isso era o mais conveniente para ambos. Inteirado o capitão chamou o bôer e felici- tou-o calorosamente por seu valor e constância mesmo diante dos maiores perigos. vi»'¦*¦".;¦ fiMMMMsí. V •'.•-v. ~~'~^"--^,^r- ••«•••-..*' " *av»'^-íi^l - _ ¦ i .mm* t. . a>Hl4Kf1li •*'-',. •'¦i»'•¦;¦...¦ -. , .,„, ., , ... ' . .., . . Os manifestantes e a commissão orgánisádora da manifestação a S. Ex. Revma. o Sr. Arcebispo do Rio de Janeiro por oceasião de sua chegada ao palácio archiepiscopal da Conceição. Deu-lhe roupas e consentio em leval-o até Cher- bpurg. Quando o navio chegou a esse porto o capitão entregou-lhe uma pequena quantia, que não che- gavá para custear a sua passagem em estrada de terro até Paris. .0 valente bôer não se atemorisou deante desse novo obstáculo e partiu a pé. Esgotados os seus recursos, o bôer teve de pedir esmola. Depois de milhares de provações e frios ter- riveis que soffreu durante a marcha, Diplisi chegou a Paris a 14 de Março do corrente anno, apresen- tando-se no primeiro commissariado que lhe in- dicou um agente de policia. 0 consulado das republicas sul africanas tem soecorrido o evadido que pediu a sua repatriaçâo Eois deseja continuar'a combater contra o poder ritanico, ainda mesmo com risco de cahir nova- mente prisioneiro. 0 caso deste bôer é mais um exemplo da tena cidade dessa raça independente e rude.', . UMA PROMESSA ¦ mmmmTÊÊm\^Ammmmm^__^aBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBkb^ *Am\AbbbW •: mM\aaW ¦ ' AmSaV ": ' AmWM.>:imm\aaV - ¦ mmmmWMnmmmmW-mWMWMMMMMmmWL k\U mTmÊwAam ' aiLbbbb! IQliffi RIR MmWmmVvmt mwmuWM MBafl LaaV^aalMwtmAWmJMMbbbbbbbbbIBbb»P'*''' æWÈmmMMm\W M ²aTjMffl aar.-iaflill ,IflH araiHl ,tmUm M H1M I H Ml f"!*! 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Outro qualquer caçador atirava logo sobre elles, mas o Vasconcellos, que era devoto das ai- mas, não quiz fazel-o sem essa solemne promessa: ²Ohí minhas almas bemditas! sematoaquel- les dois lindos animaesinhos, juro que um delles vos pertencerá todo inteiro. E então, pondo em movimento a espingarda de dois canos, desfecha o primeiro e o segundo tiro. Um coelho cae estendido no chão; o outro corre a bom correr, refugiando-se na matta pro- xima. E o Vasconcellos exclama logo, muito senhor de si: ²Como foge o coelho das almas! Pif. ²Tomas um copo de cerveja, não é verdade ? Garçon ! Uma garrafa de cerveja branca. ²Para mim, não... ²Ora essa ! Estás doente ? ²Não ; estou de luto. . E então? ²Agora posso beber da preta ! TORMENTA Pesada calmaria! o Armamento Parece estremecer de vez em quando; Nuvens escuras chocam-se rolando, E ao longe um trovejar xouquenho e lento. O gado acolhe-se ao curral, sedento ; Os coriscos no espaço vâo cruzando, Tremem no ninho as aves arquejando, Sibilla e ruge furioso o vento! Completa escuridão; a tempestade A terra prende num sinistro abraço A povoar de horror a immensidade. Ja não se ouve o blasphemar de atheus E ao estalar do raio a cada passo Ninguém duvida do poder de Deus! Rio, 21 de Janeiro de 1981. Carlos Leal. •í'- ",''3 .:¦:? 1 ¦'

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REVISTAPhotographias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturas.

DA—Bdiçâo-sefflaaaHlhistradanio JORNAL 5Õ~BRÃSIL

SEMANARedaotor-gerente, DR. CAHDIDO MENDES - Redaoto^hefe, DR. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA - Dlreotor-teohnioo. GASPAR DE SOUZA

Anno II. — K. 52 DOMINGO, 12 DE MAIO Numero: 3oo réis

A ODYSSEA DE UM BOEÍ^

No dia 14 de Março, de manhã, apresentou-se no

commissariado do bairro de.Vendôme, emParis, um homem andrajoso e bastante fatigado.

Articulou com bastante custo uma phrase emmáu francez, perguntando onde era o consuladodas republicas sul africanas.

Antes que o commissario lh'o dissesse, o des-conhecido desmaiou.

Chamada a Assistência Publica, esta lhe pres-tou solícitos cuidados e o desconhecido recobrouanimo, pedindo qualquer alimento porque estavamorto de fome.

Deram-lhe o que pedira e então pôde dizer queera bôer, nascido em Pretória, prisioneiro com ogeneral Cronje e evadido de Santa Helena.

Disse chamar-se Francis Diplisi e que no Tran-svaal occupnvn-se em tmhalrm*; agrícolas-

A MANIFESTAÇÃO AO SR. ARCEBISPO DO RIO DE JANEIRO

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Levado com o general Cronje e os demais pri-sioneiros para Santa Helena, á força de astucia e demuita paciência, com um pedaço de ferro, logroucavar um buraco no muro que rodôa o acampa-mento britânico onde se acham todos os prísiofneiros. . . .

De noite, mui silenciosamente sahia da suatenda e desusando por entre as sentinellas chegavaaté a muralha e trabalhava com empenho tia suaobra libertadora. 1, , r

Diversas vezes soffreu o fogo das sentinellas,que atiravam ao vulto que se movia na sombracaminhando para a sua tenda quando regressavada sua tarefa nocturna.

Uma noite quasi foi surprehendido por umaronda britannica, que percorria o acampamento.

Durante três mezes o bôer trabalhou, conse-guindo por íim fazer uma abertura bastante grandepara dar passagem ao corpo de umhomem.

* Diplisi^todas as noites antes de aélretirar de.seu trabalho, occultava com pedras e nervas o bu-raco que ia fazendo com a barra de ferro.

Para fugir do acampamento teve de passar vi-gilante uma noite inteira sob.a mais terrível tor-menta. ;: ,

Sem difficuldade conseguiu romper o cordãode sentinellas e dirigir-se ao porto onde se achavaancorado um navio com bandeira allemã.

Diplisi lançou-se á água e nadou até o navio.Toda a tripolaçâo dormia.Subiu por um cabo e escondeu-se na dispensa.Dias depois o navio fez-se ao mar.O cosinheiro de bordo, ao ir á dispensa, des-

cobriu o evadido.Este contou-lhe o succedido.O allèmão que éra um bom homem, deu-lhe de

comer, pois o bôer estava quasi morto de fome.Não querendo o cosinheiro arcar com a res-

ponsabilidade da presença de tal passageiro nónavio deu parte ao capitão, depois de haver ditoao evadido que isso era o mais conveniente paraambos.

Inteirado o capitão chamou o bôer e felici-tou-o calorosamente por seu valor e constânciamesmo diante dos maiores perigos.

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Os manifestantes e a commissão orgánisádora da manifestação a S. Ex. Revma. o Sr. Arcebispo do Riode Janeiro por oceasião de sua chegada ao palácio archiepiscopal da Conceição.

Deu-lhe roupas e consentio em leval-o até Cher-bpurg.

Quando o navio chegou a esse porto o capitãoentregou-lhe uma pequena quantia, que não che-gavá para custear a sua passagem em estrada deterro até Paris.

.0 valente bôer não se atemorisou deante dessenovo obstáculo e partiu a pé.

Esgotados os seus recursos, o bôer teve depedir esmola.

Depois de milhares de provações e frios ter-riveis que soffreu durante a marcha, Diplisi chegoua Paris a 14 de Março do corrente anno, apresen-tando-se no primeiro commissariado que lhe in-dicou um agente de policia.

0 consulado das republicas sul africanas temsoecorrido o evadido que pediu a sua repatriaçâo

Eois deseja continuar'a combater contra o poderritanico, ainda mesmo com risco de cahir nova-

mente prisioneiro.0 caso deste bôer é mais um exemplo da tena

cidade dessa raça independente e rude. ',

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Verso e reverso da medalha commemorativa da peregrinação aos Sanctuariosde N. á. da Apparecida e do Senhor Bom Jesus do Trcmembe, em S. Paulo, entregue a S.Ex. Revm.o Sr. Arcebispo do Rio de Janeiro

pela commissão encarregada da manisfesiaçâo a S. Ez. no dia 3 do corrente. .

Vas-concellosera um caçador

enragé e fervorosodevoto das almas dopurgatório.

Parece-nos queuma coisa não é im-compatível com aoutra.

Um bello dia,achava-se elle nafaina de seu diverti-mento favorito quan-do, de repente, viodois magníficos coe-Ihos que brincavamá beira da estrada,sem o menor presen-timento do perigoque/corriam.

Outro qualquer caçador atirava logo sobreelles, mas o Vasconcellos, que era devoto das ai-mas, não quiz fazel-o sem essa solemne promessa:Ohí minhas almas bemditas! sematoaquel-les dois lindos animaesinhos, juro que um dellesvos pertencerá todo inteiro.

E só então, pondo em movimento a espingardade dois canos, desfecha o primeiro e o segundotiro.

Um coelho cae estendido no chão; o outrocorre a bom correr, refugiando-se na matta pro-xima.

E o Vasconcellos exclama logo, muito senhorde si:

Como foge o coelho das almas!Pif.

Tomas um copo de cerveja, não é verdade ?Garçon ! Uma garrafa de cerveja branca.Para mim, não...

Ora essa ! Estás doente ?Não ; estou de luto.. — E então?

Agora só posso beber da preta !

TORMENTAPesada calmaria! o ArmamentoParece estremecer de vez em quando;Nuvens escuras chocam-se rolando,E ao longe um trovejar xouquenho e lento.O gado acolhe-se ao curral, sedento ;Os coriscos no espaço vâo cruzando,Tremem no ninho as aves arquejando,Sibilla e ruge furioso o vento!Completa escuridão; a tempestadeA terra prende num sinistro abraçoA povoar de horror a immensidade.Ja não se ouve o blasphemar de atheusE ao estalar do raio a cada passoNinguém duvida do poder de Deus!

Rio, 21 de Janeiro de 1981.Carlos Leal.

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426 - N. 52 REVISTA DA SEMANA 12 de Maio de 1901

tf r'SEMANAJKM REVISTAMéz delicioso o cie Maio, consagrado A doce

e pura Mãe de Jesus.Érichcni-sé os templos de fieis, que ante o altar,

apinhado de flores, da Virgem Immaculadn, ajoe-lham-se, no recolhimento fervoroso das orações

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' "^HI 17% •• .fl il BpWs^fl 1 ^ ¦ ** '/'fIZA ALVAXE, Artista da Guarda Velha

sinceras, mios postas, olhos voltados para a doceImagem, coração a transbordar de crença, almainnundada de eflluvios sacrosantos da castidademiraculosa da Consoladora dos Afflictos....

Nestes dias festivos, de uma alegria suave quenos envolve o peito como em manto de arminho,a christandade consagra a sua pujança no mundointeiro — força que zomba de toctas as investidaspara destruil-a, como a impulsionadora do movi-meritp civilisador de todas as sociedades, porquesó da imcomparavel religifto de nossos pães di-mana essa caudal bemfazeja que faz brotar acçõesnobres no espirito humano e espalha o bem portoda a parte, a consolação, a paz, a resignação, oenlevo, a poesia extraordinária do Céo ...

Quando éramos criança no lar paterno ao ba-clalar, do sino enchendo o espaço com os sons sau-dosos da Ave-Maria, em frente a pequeno oratórioprostravamo-nos todos, humildes na grandeza daventura e da tranqüilidade da família e orávamoscompenetrados de que a Santa, a cuja magniíicen-cia dirigíamos preces de amor, seria a protectorado nosso presente, o anjo da guarda do nosso fu-turo, a luz divina que nos acariciaria a fronte ge-lida no momento derradeiro...

Ah! como vae longe esse tempo de meninice,de encantos intraduziveis, que st affastou parasempre, como um peregrino de longas caminhadasque nos visitasse um dia, presenteando-nos comrelíquias, caras o nunca, nunca mais voltasse aoabrigo, onde descançou por algumas horas os mem-bros faiigados!..

Hoje, a mesma crença nos alimenta ; só não temos o oratório do lar paterno para que diante dei-le curvemos os joelhos...

Mas ahi estão os templos illuminados, cheiosde flores, repletos de fieis...

Se a infância se foi, a mesma oração que bal-

buciavamos então não cmmudeceu nos nossos lá-bios.

Fervorosos, humildes servos da Flor do Chris-tianismo, — a Torre Eburnea do-? nossos sonhossempre: ella nos terá a seus pés, olhos pregados nasua venerada Imagem, solicitando a graça do con-solo do seu olhar bemdicto, de onde jorra a luzque mitiga as saudades e allivia as dores...

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VISITA DO SR. MINISTRO NORTE-AMERICANO AO CRUZADOR «BENJAMIN CONSTANT»

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Visitantes

guarda-maranha Pires de Sa, cirurgião dr. Eduardo Gaillard. Guardas-marinha

^er, cônsul geral; Edward Winslow Ames, secretario do ministro;Coronel Charíesl^Ji0h^^Zí.í,ÍIIlllí^WZOn,• l" seci^lÍLrí? ,d? 'egaçâo; Frank Edward, secretario do cônsul; Éugene Seegt

Paulo Frontan, 2° tenente Lama e Silva.Daltro, Samuel Guimarães e outros.

: Io tenente Raphael Brusque, Io tenente Octavio Perry, Io' tenente I; Maurício Pirajá, Miguel Coimbra, Carlos Varella, \V. Linch, Raul

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12 dk Maio de 1901 REVISTA DA SEMANA ^mã n. 52

ESTADO DE "PERNAMBUCO(íRhòtògrapliias de Lúcio do A. Mello, amador).

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Trecho do Cáes Vinte Dous de Novembro

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Trecho de uma feira de matutos em Jaboatão

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Um carro de transporte de assucar * .

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Rio de Jaboatão, na cidade do mesmo nprhè

OPERA CLÁSSICA— •< Ouve o que te digo, Id» ! abandona a sede do luxo,

do fausto, da riqueza, Co ouro, — ainda é tempo: Foce da ver-tigem do mal! — Um dia o /ats.o ha te amargar, Ida!... {tre-

.mulo na orcheslra)

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OFFERECIMKNTOCá está um eleitor, promptinho da Silva, para o

IIELEKE DE VERKEUIL, Artista da Guarda Velha <]ue der e vier dn«,ui a um punhado de mezes.

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428 — N. 52 REVISTA DA SEMANA 12 de Maio de 1901

A SAGRAÇÃO DO SR. BISPO DE OLINDA

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Interior da Cathedral por occasião da sagração de S. Ex. Revma. o Sr. Bispode Olinda. (Phot. tirada da Ia tribuna do lado direito, próxima ao coro).

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Interior da Cathedral por occasião da sagração de S. Ex. Revma. o Sr. Bispode Olinda. (Phot. tirada do centro do coro).

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Hí^m Br BI b-v^ipS'^km Efl Im2- m¦MMMIMBflflflBRjfllBll flKflPil flMfi^tfBPBi^^WPWWlS. Ex. Revma o Sr. Bispo de Olinda por occasião de tomar o carro,a sabida da Cathedral.

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Interior da Cathedral por occasião da sagração de S. Ex. Revma. o Sr. Bis&ode Olinda. (Phot. tirada de uma das extremidades do coro).

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S. Ex. Revma. o Sr. Bispo de Olinda sahindo da Cathedral, depoisda ceremonia da sagração.

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BURITY PENDIDO

O Revmo. Padre Jacomo Vlncen»! celebrando a missa em acçfio de graças pelo a estabelecimentodo Dr. Cândido Mendes de Almeida, redaclor gerente do Jornal do Brasil.

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Yelha palmeira solitária, testemunha sobrevi-taJ. neJÍe#í0»dramíi da COIí<luisla> que de mages-tade e de tnstura nâo exprimes, dolente rei Leardos campos.

No meio da campina verde, de um verde es-

maiado e merencorio, onde tremeluzem ás vezes asflorinhas douradas do alecrim do campo, tu te er-gues, altaneira, levantando ao céo as palmas tesas—velho guerreiro petrificado em meio da pelleja.Tu me appareces como o pdfema vivo de umaraça quasi extincta, como a carfçdo dolorosa dossoiTrimentos das tribus, como o liymno glorioso deseus feitos, as narrações das pugnas contra oshomens de além!

Porque ficaste de pé, quando os teus coevos játombaram? Nem os rapsodes antigos, nem a lendacheia de poesia do cantor cego da Illiada, commo-vem mais do que tu, vegetal ancião, cantor magoda vida primitiva do sertões.Atalaia grandioso dos campos e das mattas,

junto de ti passa tranquillo o touro selvagemfe>sEotrancas

ligeiras, que não conhecem o jugo (doornem. São teus companheiros, de quando em

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12 de Maio de 1901REVISTA DABSEMANA 429 - N. 52™

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A banda de masica do 1- ^^jU* d. Excita, q„e tacoa daraate

quando, os patos pretos que arribam ariscos daslagoas que seccam em demanda daquellas de ondepartiram, e que dominas, velha palmeira solitária,com tua figura erecta, queda e magestosa como ade um velho guerreiro petrificado.As varas de queixadas bravias atravessam oSÍ!Ti l?0 gassare1m Junto de ti, talvez por causadojadrido do vento nas tuas palmas, rodomo-mham e rangem os dentes furiosamente como orufar de tambores de guerra.O corcel libuno, pastor da tropicha, sacodevaidosamente a cabeça para arrojar sobre os olhosa cabelleira basta do topete que lhe encobre a vista,relmcha depois, nitre com força chamando a favo-ntada tropicha, que morde o capim mimoso damargem da lagoa.

Junto de ti, á noite, quando os outros ani-maes^ dormem, passa o cangussú em mohteriaquando volta, a carne da preá lhe ensangüenta atauce e seu andar é mais lento e ondulante.Talvez passassem junto de ti, ha dous séculos,

O pessoal do Jornal do Brpelo restabelecimento do Dr.

asil é mais pessoas que assistiram a missa em acçíio de graçasLandido Mendes de Almeida, redactor gerente do mesmo jornal.as primeiras bandeiras invasoras; o guerreiro tupyda tropa de Piratininga parou extactico deantè de ti,velha palmeira, e relembrou talvez os tempos dèsua independência, quando as tribus nômades va-gavam livres por esta terra.

j Porta dos desertos, cantor mudo da naturezavirgem dos sertões, evohé!Gerações e gerações passarão ainda, antes queseque esse tronco pardo e escamoso.A terra que te eircumda, os campos adjacentes,tomaram teu nome e o conservarão. Se um dia acivilisaçao ganhar essa paragem longínqua, talvezuma grande cidade se levante na campina extensa

que te serve de socco, velho burity perdido; Então,talvez uma a ma amante das lendas primevas, umaalma sensível á poesia que inspiras não permitta a'tua destruição, —antes faça com que figures emlarga praça como um monumento ás gerações ex-tinctas, uma pagina sempre aberta de um poemaque nao foi escripto mas que referve na mente decada um dos filhos desta terra. A. Arinos.

MORTO

Hirto, sob o lençol, dormir parece,Mais pallido talvez que o próprio leite,As mãos poisando frias sobre o peitoQue um Crucifixo de ebano guarnece.Ha pelo ambiente uns hálitos de prece,Um vago murmurar, de prantos feito,Como um saudoso e derradeiro preitoQue alguma fada amiga lhe rendesse.

Conserva inda no rosto leves traçosDe profunda emoção; nos olhos baçosHa vestígios de um bom olhar amigo ;Mas no peito... quedára-se extenuadoO coração de ha muito enregeladoComo ave solitária e sem abrigo.

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O Attanlique a cujo bordo chegou a 6 do corrente o Dr. Rosa e Silva vice presidenteda Republica. (Phot. do amador P. Botelho) Pfwaenie

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A lancha Ó/ml, do ministério da marinha, da qual desembarcou no cães Pharoux o Dr Roaae Silva, vice-presidente da Republica. (Phot. do amador P. Botelho).

AS NOSSAS GRAVURAS

Actualldade brasileira.-Manifestação ao Sr. Ar-Síifon5-Nâo*po^!.a 5er m«ai! imP<>nente a manifestaçãorealisada nesta cidade, a 3 do corrente, em homenagemdoití d JVm';

° ' Joaquim Arcoverde, arcebispoFoi uma eloqüente prova do quanto é afervorada

íJf il!!1ffivoflu.minf.il8e'J<Iue «xpontaneamente accor-re? íq significativa demonstração de suas crenças

^ £J°A?al dA fira«?,circumsUnciadamente noticiouem sua edição da manhã de 4 do corrente essa grandiosamanifestação, sobre a qual publicamos uma bella photo-graphia tirada pelo photographo da Revista da Semana.fcssa gravura é acompanhada de duas outras quereproduzem o verso e o reverso da medalha comme-moraüva da peregrinação aos Sanctuarios de N. S. daApparecida e Senhor.Bom Jesus do Tremembédo entãoentregue a i>. Ex. Revma. pela respetiva commissão.Visita do Sr. ministro norte americano ao cruza-dor Benjamin Constant. Photographia tirada pouco

antes de partir deste porto o cruzador Benjamin Cons-&' ^ da9ui zarP0U ás 2 1/2 horas da tarde do dia28 de Março do corrente anno, em viagem de instrucçâopara os guardas-marinha confirmados.

O photographo conseguio reproduzir em grupo oSr. ministro norte-americano e a sua comitiva, que entãovisitavam aquelle vaso de guerra, bem como a luzidaofficialidade do mesmo navio.Sagração do Bispo de Olinda. A solemnidade quese eftectuou a 5 do corrente na Sé Archiepiscopal revestio-se de pompas de que não ha memória no Rio deJaneiro, desde muito tempo.A sagração do inspirado orador sagrado monsenhor

Luiz Raymundo dà Silva Britto attrahiu á Cathedraldo Arcebispado uma concurrencia enorme de fieis emcujo numero figuravam pessoas da mais alta cathegoriasocial.Foi uma ceremonia extraordinariamente commove-dora e de imponência sem egual, que terminou pelamais estrondosa ovação ao novo príncipe da Egreja.Durante as ceremonias da sagração, do coro daCathedral e de uma tribuna que nos foi gentilmente ce-dida pela família que a oecupava, e á sahida do novobispo conseguimos tirar as photographias que hoje pu-clicamos.

Em acção de graças. O sincero regosijo dos quetrabalham no Jornal do Brasil pelo restabelecimento doseu redactor gerente Dr. Cândido Mendes de Almeidainspirou-lhes a nobre idéa de mandar resar uma missaem acção de graças por aquelle acontecimento.Esse commovente acto, que foi revestido de toda asolemnidade, reahsou-se no dia 9 do corrente, ás 91/2horas da manhã, no altar mór da egreja de S. Fran-cisco de Paula. JAs gravuras que publicamos foram tiradas pelo pho-tographo da Revista da Semana durante aquelle acto epor oceasião da retirada dos seus assistentes.Estado de Pernambuco. As vistes que sobre esteEstado publicamos representam: a primeira um trechodo cães 22 de Novembro, na cidade do Recife, nobairro do mesmo nome e ligado ao de Santo Antôniopela sumptuosa e artística ponte Buarque de Macedo;a segunda, um carro de transporte de assucar, queconstitue a principal lavoura daquelle Estado: a ter-ceira o trecho de uma feira de matutos (caipiras) emJaboatão e a quarta o rio de egual nome que atravessaessa cidade.

a .i 4- CHEOADO ,»>o Dr. Rosa e Silva. A bordo do paqueteAtlanhque que chegou a esta cidade no dia 6 do corrente o^r. ür. Rosa e Silva, vice-presidente da Republica, de voltade sua viagem a Pernambuco, seu estado natal.

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430 — N. 52 REVISTA DA SEMANA 12 de Maio de 1901

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MODAS DA SEMANA — Últimos figurinos

CHRONICA DA ELEGÂNCIA

PParis, 20 de Abril de 1901.

ssisti ante-hontem a uma soirée de cerimoniaem um dos mais elegantes salões parisienses

e delle trago algumas notas assaz interessantespara communicar ás gentis leitoras da Revisla daSemana. .. .,

Dentre as vinte e nove loüelles que enieitarama sala dez eram de yelludo, oito de gaze, sete deseda e quatro de setim.

Seráaquella-fesenda--aetualme o tecido damoda, ou o facto se deve attribuir a urnslmptüs-ílCRSO

Inclino-me pela primeira hypothese.Dessas dez toilettes trez eram pretas, duas côr

de vinho, duas verde-garraía, uma branca, outragrenat e a ultima azul com estrellas de oiro.

Quatro eram enfeitadas de arminho e trez derendas. ,

Quatro pertenciam a senhoras casadas e seis amoças solteiras.

Os de seda distribuiam-se trez entre as pn-meiras e quatro entre as segundas.

Dos de setim trez pertenciam a estas e um áquel-Ias.'

E, finalmente, dos de gaze, apenas dois paraas solteiras e seis para as casadas.

Devo ainda accrescentar que as dez toiletteseram apresentadas exactamente pelo grupo maiselegante e mais escolhido do salno e que todasellas traziam o cunho de perfeição dos mais nota-veis ateliers de Paris.

Ha quem affirme que o velludo veste muitobem, mas somente ás mulheres altas. E, realmente,dessa cathegoria eram nove das citadas elegantes.

Mas, a excepção dessa regra, Mme. H. R. quetem pouco mais de um metro de altura, protestacontra aquella affirmativa, conseguindo ser umadas rainhas da noite.

Pequenina, irrequieta, rindq-se a propósito deTüdõ e movendo sempre dTeqüe de plumas quê aesconde toda sempre que o abre — parece concen-trar em seu diminuto envolucro todas as graças etodas as seducções.

>!< oi incite.

CURIOSIDADESVai

estabelecer-se no Japão uma universidadepara mulheres.

— A maior estatua de honra que ha no mundoé a de Pedro, o Grande, em S. Petersburgo. Pesamil tonelladas.

Na cidade da Victoria, da Austrália, as crian-ças que freqüentam as escolas têm passe gratuitoem todos os carros de viacçâo publica.

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MODAS DA SEMANA —Últimos figurinos

A maior estaçAo telegraphica do mundo é aCentral, de Londres, na qual trabalham constante-mente trez mil empregados telegraphistas. Um'terço deste numero pertence ao sexo feminino.

Quando no arco-iris predomina a côr verde,é signal de chuva e frio; se predomina o encarnadohaverá chuva e vento.

PROFICIÊNCIADiga-me lá com que é que se limpa uma espingarda.Com lixa, cebo, areia, estopa...Está muito mal enganado, uma espingarda se limpa com... cuidado.

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Matte chimarrào oflerecido ao Sr. Alegria Júnior, representante do Jornal do Brasil e dafíevisla da Semana, á sombra de Ires pés de herva matte dos terrenos de propriedade da Baro-«eza do Serro Azul, no arrabalde Balel,em Curitiba,Estado do Paraná, pelos Srs. Leão, Corrêa A; C.

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12 de Maio de 1901

fl**RECREAÇÕES I

As decifrações dos problemas publicados no nossonumero passado são as seguintes :Da charada bisada, Tarseiro- Tarro ; da charadasyncopada novíssima, Tareco-Taco- e da íhm. J!metathica, Tasco- Tosca. ' da cha,adaGlorinha, Encasòlivri, Telleitémo, Maenolia PiroSurico, Dejanira, San Juan, Mathias de Pinho TelènôLeite e Lucy Lia decifraram todos esses problemaPandorga, Condorcet, D. César, D ApinSemia

primef/o ™úl«mo"tZ' "hé0 ' °SSUan '° solv™m ~

Para hoje apresentamos:charada novíssima (D. César)

i ^72~AElanta deste rio foi arrancada por se-ductora nympna. FCHARADA BISADA (Condor)

2 —2 —Este astro ME parecia uma saia de malha.CHARADA COSMOPOLITA (Perij)

2 —No singularTJma medida,E no pluralAve querida.

^***^x/v^

TORNIQUETESOLUÇÃO DO PROBLEMA N. 36

Quando é cheia.PROBLEMA N. 37

Quando é que uma pessoa morre ?Archimedes Júnior.

XADREZPROBLEMA N. 49- fr.

Pretas (6)hubert

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Brancas (8) — Mate em 3 lancesaa^^wv«

Solução do problema n. 47C 7 C RX! TC 4 CD! etc.

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2 D 5 T R (x) etc.6

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. Resolvido pelos Srs. Theo, Alffer, Lafs, A. de Oli-veira, Silvano, Salvio, Eugênio Agostini e Curioso.WAMMWS

Quinielas de partidas de xadrezEsse novíssimo systhema de torneio de partidas éuma interessante creação de Lafs, o distincto amador,correspondente desta secção.Para formar uma quiniela é indispensável pelo me-nos três jogadores, convindo entretanto, o numero serlimitado a seis, para que não se prolongue por muitasnoras, podendo ser jogada em tantos pontos, quantosforem os combatentes.Organisada a quiniela, a sorte designará a ordemaos contendores, cabendo o lance ao que tirar o n. 1.u vencedor da primeira partida contará o ponto eaisputará a secunda com o de n. 3, assim successiva-mente, competindo sempre as brancas ao que fizer oponto.As partidas nullas não são contadas e nesse caso,iarao os mesmos, nova partida, até desempatar.O primeiro que alcançar o numero convencionado«e pontos, é o vencedor da quiniela.

.Os competidores emquanto estiverem de fora, sãoos juizes da quiniela. '. As regras do jogo, devem ser observadas com todoo rigor, eqüivalendo qualquer falta á perda immediata«a partida, devendo também ser estipulado o tempo

«• i%? e um minuto para cada lance, ¦quando a qui-«« r disPutada por mais de três jogadores.Sao essas as condições geraes das quinielas, taes

pÍ5° j adoÇtadas no jogo da pelota ; tratando-seempora, do xadrez, que pela sua nobreza e elevação,(1»stingue-se dos outros jogos, porisso que, só é conhe-

REVISTA DA SEMANA

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^aJ,0^ j correspondência deve ser dirigida Dará a

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RAODL DE NAVEAY(37)

OS ÍDOLOSVIII |

NOVA DESGRAÇA

n, hnn,mmVl,ApÍ SahÍU de Gh^Ut0na noeca e tomou o caminho do cha-et, para exercer, ás portas do thea-tio, seu olhcio de abridor de norti-nholas das seges. püU1Appareceu depois Flor do Patibulo de brarodado com um rapaz elegante. Por fim uma chiwrSScomposta de indivíduos de toda

"cie A Ta-queta ia de encontro á sobrecasaca, a blusa rocaVi

pelo paletol do alfaiate, á moda. Ç. João Machú sahio da loja por ultimo. O olharinvestigador que lançou á roda, não lhe revelou apresença do Padre Sulpicio, e passando pela frentedo sombrio corredor, cujas calíiginossas profun-nificava°CCU s«lpicio,

fez um gesto que si-Pouco me importa !

João Machú passou por diante da praça deS. Miguel e seguio o cães, deixando á esquerda abanta Casa da Misericórdia e a cereja de Nossa Se-nhora. JPerdera-se completamente na escuridão danoite, quando o ruído de um passo rápido fez-lhevoltar a cabeça.Parou então, para immediatamente certiíi-car-se, se quem o seguia tinha o desejo de fal-lar-lhe, ou se era apenas um viandante.Uma mão abaixou-se de repente sobre seu ohombro e o galé soltou um grito.Não te enganas, João Machú, disse uma voztremula pela commoção, sou eu.Tinha promettido esquecer-se.

Jurei que não te atraiçoana.Não comprehende que a sua própria pre-sença é cara mim um perigo?Sim, se te houvesse dirigido a palavra di-

ante da Detenção, que pareces devorar com osolhos, para ver se ella deixa sahir a sua preza. Sa-bes, pois, João Machú, o resultado de teu crime, ofrueto de tua destreza diabólica ?Sim, respondeu o galé.Sabes que o meu infeliz irmão é aceusadoem teu logar, e que, em teu logar talvez, elle serácondemnado.

O que quer que eu faça? perguntou o galécom voz áspera... o que desejava para mim, era aimpunidade... a justiça transviou-se... não é daminha conta... seu irmão tem por si a sua inno-cencia, e o senhor arranjou-lhe um afamado advo-gado! E não tremeste com a idéa de que vendo eumeu irmão nessa situação terrível, procuraria li-vral-o por qualquer modo que fosse ?

Não, disse tranquillamente João Machú.Enganas-te talvez, João... sou homem...

homem fraco, em que a razão vacilla; acabrunhadocom o peso de cruel dever, não sei neste momentodifferençar o justo do injusto. Meu irmão amaldi-çoou-me; meu irmão morrerá de desespero quandosahir do tribunal maculado pelos homens... Ma-chú, lembra-te que lui eu quem te salvou! Lem-bra-te que te pormettéra o segredo antes de saberque conseqüência fatal delle resultaria para osmeus. Eu te darei o ouro que roubaste, ou te per-doarei o sangue derramado, mas não posso sup-portar a idéa de que, para te salvar, enviarei meuirmão ao cadafalso!

Não se trata de mim, de João Machú, cha-mado Rato de Adega, o ladrão, o galé... poucoimporta o que sou! Olhe, porem para o que é! Aminha pessoa nada quer dizer! Prometteu, devecomprir!

Inexorável!Escute; se não cahir a cabeça de seu irmão

é a minha que cahirá. Defendo a minha pelle e aminha vida! Tenho amor a este cadáver, que temsido arrastado pelas latrinas! Quero-lhe muito paradisputal-o com tanto afinco... Não hade fatiar!Postar-me-hei todos os dias diante da Detenção, enão me seguirá! Estarei na sala do tribunal, e osenbor hade callar-se.

431- — N. 52

— Posso procurar um meio de fugires para aAmerica, dobrando tua fortuna. Não consentirásem confessar teu crime?... Uma carta aos magis-trados suspenderia o processo e sem te perder,salvarias meu irmão.^--I^so-iTãtré^os^tveVdisse-João-MachÚT-por-causa da extradicção.

f Continua),

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432 — N. 52 REVISTA DA SEMANA 12 de Maio de 1001

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A MANIFESTAÇÃO DE 4 HO CORRENTE •>*-'...' .'¦¦'¦¦ OS THE ATROS

Y> streou finalmente à companhia Christiano de-*t* Souza ç tivemos ensejo de applaudir a talen-tosa actriz Lucilia Simões na brilhante creaçãoque fez na protogonista da peça de Dumas Filho.

A companhia do Recreio, emquanto prepara oCarnaval de Palermò, vai passando revista nas pe-ças do repertório, que. felizmente não enfastiaramainda o publico fluminense.

A associação artística do Lucinda alterna seusespectaculo* com a Electra e Forca por forca, eensaia activamente A culpa dos pais, peça que pa-rece destinada a um grande successo.

No Moulin fíoüge e Jardim da Guarda Velhacontinua o desfilar de estreitas e astros. E todasas noites apresentam.,, novidades e mais novi-dades. ; >;.

Passou pelo horison te uma nuvem negra deboatos que, ao emvez de fazer descer o cambio, deu-lhe falta na porta do theatro Apollo.

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