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Observatório Global 17 de junho de 2020 Boletim nº 13, Covid-19 e Comércio Eletrônico Diante das restrições de circulação causadas pela Covid-19, o interesse pelo comércio eletrônico tem crescido bastante, tanto por clientes quanto pelas empresas. No mundo, a busca pelo tema e-commerce na internet cresceu 56%, na comparação da 3ª semana de maio/20, com mesmo período de 2019. Fonte: Google Trends O Observatório Global é um boletim dirigido aos colaboradores e parceiros do Sebrae, com o objetivo de avaliar a evolução da Covid-19 e seu impacto na economia mundial e nacional. Produção: Unidades de Gestão Estratégica, de Assessoria Institucional, de Políticas Públicas e de Gestão de Marketing do Sebrae Links para os Boletins Observatório dos Pequenos Negócios Atendimento: 0800 570 0800. www.sebrae.com.br Mais informações: [email protected] www.datasebrae.com.br ABComm abcomm.org/ A Gazeta agazeta.com.br/ Canaltech canaltech.com.br Covidly covidly.com/ Google Trends trends.google.com.br/trends Ministério da Saúde covid.saude.gov.br/ OMS covid19.who.int/ Links úteis E-commerce Brasil ecommercebrasil.com.br/ Infomoney infomoney.com.br/negocios/... Móveis Busca por “Móveis” na internet, no Brasil Na comparação de maio/20 com maio/19, a busca por móveis na internet registrou um aumento de 89%. A maior parte dos acessos a móveis na internet se deu em sites como Mercado Livre, Magazine Luiza, Americanas e Submarino. Aparentemente, ter que passar mais tempo dentro de casa estimulou as pessoas a rever a decoração do lar. Durante o mês de maio, dentre os 45 milhões de pedidos feitos por via eletrônica, o setor de móveis chegou a registrar uma variação de 31% de pedidos por dia. Contudo, tendo em vista as medidas de flexibilização, a partir de maio, em diversas regiões do Brasil, houve uma queda de -0,26% no ticket médio. Busca pelo termo “e-commerce” no Mundo (em índice) No Brasil, a busca por grandes empresas varejistas na internet também apresentou forte expansão, durante a pandemia, evidenciando a crescente importância do e-commerce na estratégia de vendas dessas empresas. Aumento da busca por grandes empresas varejistas na internet, no Brasil (maio-20/maio-19) Fonte: Google Trends É preciso observar, no entanto, que com a Covid-19, houve setores que se beneficiaram da explosão das vendas on-line, como grandes empresas varejistas, sites de vendas on-line e serviços de entregas. Porém, outros setores, mesmo já sendo grandes usuários das vendas pela internet minguaram, tais como: hospedagem, venda de passagens e de tickets para shows ao vivo. IMPACTOS POR SETOR Fonte: Google Trends Aspectos macroeconômicos Segundo o Banco Mundial, a economia global deve ter a maior recessão desde a Segunda Guerra. O PIB mundial deve cair 5,2% este ano. A queda deve ser mais acentuada nas economias avançadas (-7%). Nos países emergentes é esperada contração de 2,5% no PIB e de 3,6% na renda per capita. Se confirmada, será a primeira contração das economias emergentes e em desenvolvimento em pelo menos 60 anos. Previsões para o PIB em 2020 e 2021 Fonte: Banco Mundial Curiosidades Pesquisa realizada por universidades norte-americanas mostra que, sozinhos, lockdowns não são suficientes para impedir nova onda de Covid-19. É preciso também o uso massivo de máscaras. Mesmo caseiras, elas reduzem "dramaticamente" a transmissão, se usadas por todos. Em um mês, reduziu o número de infecções em mais de 78 mil na Itália e mais de 66 mil na cidade de Nova York. Fonte: The Good News Eletrodomésticos Busca por “Eletrodomésticos” na internet, no Brasil Na comparação de maio/20 com maio/19, houve um aumento de 59% nas consultas sobre eletrodomésticos, na internet. A maior permanência das pessoas no lar estimulou a adequação dos hábitos, em especial, na limpeza e no preparo de alimentos. Produtos que trazem mais praticidade tiveram aumento de mais de 100% nas vendas on-line. No caso do aspirador de pó, as vendas subiram 116%. Na cozinha, as batedeiras chegaram a 39% de aumento, os liquidificadores 7% e os processadores de alimentos 19%. Contribuiu para isso a parceria entre Sebrae e Magazine Luiza, que proporcionou ao pequeno varejista o acesso à plataforma ”Magalu“, que inclui: canais de vendas, marketing, logística de entrega, ferramenta de faturamento e instrumentos de análise de dados (analytics) em tempo real para gestão da loja. Fonte: Google Trends Entregas Busca por “Entregas” na internet, no Brasil Os serviços de entregas tiveram um aumento de 55% na sua busca, na internet, na comparação de maio/20 com maio/19. Segundo a ABComm, o ticket médio também aumentou 11,4%. E as instalações de aplicativos de delivery cresceram 700%, na cidade de São Paulo. Foram destaques as entregas de farmácias, restaurantes e supermercados. Nos EUA, também apresentaram desempenho muito bom os gigantes do setor como GrubHub, Postmates e Uber Eats que, inclusive, suspenderam as taxas de entrega de pequenos restaurantes. A Take-Away, maior serviço on-line de entrega de comidas na Europa, informou crescimento no número de restaurantes cadastrados na sua plataforma. O setor adotou medidas para reduzir o contato entre fornecedores, entregadores e clientes. O Uber Eats, por exemplo, agora pode deixar o pedido na porta do cliente, reduzindo a possibilidade de contágio. A expectativa é que a maior demanda por delivery de alimentos permaneça mesmo após a quarentena. Para a consultoria norte-americana CBRE, a tendência é que as empresas aumentem sua capacidade de armazenamento e estoque. Além disso, os alimentos perecíveis e congelados, antes, menos populares para entrega, serão cada vez mais solicitados. Fonte: Google Trends Mercados Busca por “Supermercado” na internet, no Brasil Na comparação de maio/20 com maio/19, a busca por supermercados na internet cresceu 39%. Um dos caminhos adotado pelos pequenos negócios foi o de disponibilizar compras por meio de aplicativos como Uber Eats, Rappi e iFood. No Brasil, de acordo com dados fornecidos pela operadora de cartões Elo, apenas no primeiro mês de quarentena, a demanda por compras on-line em supermercados aumentou quase 50%. Porém, nem só de boas notícias vive o boom de compras on-line no setor. Com o aumento da demanda e falta de preparo de parte dos estabelecimentos, os clientes enfrentam demora e problemas referentes à gestão de estoque dos produtos. Além disso, apesar do aumento da procura por e-commerce de supermercados, de acordo com estudo publicado pela CNC, houve queda no faturamento geral dos estabelecimentos do setor durante a pandemia, pelo fato de que houve diminuição do número total de consumidores. Fonte: Google Trends Moda Busca por “Vestido” na internet, no Brasil No segmento da moda, houve comportamentos diferentes, dependendo do item. Na comparação de maio/20 com maio/19, itens como vestidos, tiveram queda de 65% na sua procura na internet. No caso de calçados, segundo o Promobit, a procura cresceu 158% no caso dos calçados masculinos e 7% nos femininos. Promoções agressivas em alguns destes itens ajudam a explicar a diferença. O câmbio alto prejudicou a venda de produtos importados. Pesquisa realizada pela Dito, empresa de tecnologia especializada em CRM para Varejo, as vendas on-line de Moda tiveram um crescimento médio de 48% em março, na comparação com o março do ano passado. A Abit anunciou a solução de e-commerce para estimular os negócios das empresas do setor. A plataforma permite acesso a lojas on-line B2B, vendas no varejo, vendas em marketplaces e venda direta. O setor ainda adotou várias estratégias para driblar a crise: frete grátis, prazo de trocas estendido, kits personalizados, atendimento por WhatsApp etc. Alguns optaram por usar vendedoras, trabalhando de casa, ajudando a sua carteira de clientes a escolher produtos e concluir a compra no e-commerce. Fonte: Google Trends Ingressos e Entretenimento Busca por “Ingressos” na internet, no Brasil A indústria do entretenimento tem sido uma das mais impactadas pela Covid-19, sendo afetados principalmente os museus, parques de diversão, concertos musicais, peças de teatro e cinema. Com grande parte dos eventos cancelados e sem previsão para o retorno, a compra on-line de ingressos quase zerou. Além disso, pelo fato de envolver aglomeração de pessoas, para que os espetáculos aconteçam, o mais provável é que seja um dos últimos setores a se reestabelecer. Em contrapartida, o setor cultural tem visto um aumento nos serviços de streaming durante a quarentena. A Netflix apresentou um aumento global de 16 milhões de usuários nos primeiros meses do ano, grande parte devido às políticas de isolamento social provocadas pela pandemia. O Spotify, serviço de streaming de música e podcasts, ganhou 6 milhões de usuários pagos nos quatro primeiros meses de 2020, excedendo as expectativas para o período. Fonte: Google Trends Hospedagens (Hotéis) Busca por “Hotel” na internet, no Brasil Na comparação de maio/20 com maio/19, a busca por hotel na internet caiu 67%. O setor foi um dos mais afetados pela Covid-19, em todo o mundo. Na Itália, o setor emprega diretamente 1,5 milhão de pessoas e ainda está paralisado, por falta de clientes. Em 5 de maio, o Airbnb anunciou a demissão de cerca de 25% de seus 7.500 funcionários, em todo o mundo. No Brasil, o número de novas reservas na plataforma caiu em 74% na semana iniciada em 5 de abril, em relação à mesma semana de janeiro. Nas principais capitais do Nordeste houve queda entre 50% (Aracaju) e 70% (Fortaleza, Salvador e Recife). Com a redução das viagens, o Airbnb apresentou um novo modelo de negócio e vai passar a focar também em estadias de longo prazo, não só para viajantes, mas para trabalhadores e estudantes. No Brasil, o número de reservas mais longas (acima de 28 dias) foi 24% maior em março do que no mesmo período do ano passado. Um dos motivos é a busca por estadia para pessoas que moram com familiares do grupo de risco, como idosos. No mundo, 80% dos anfitriões já tem oferecido este tipo de reserva com preços reduzidos. Fonte: Google Trends Passagens (aéreas e rodoviárias) Busca por “Passagem aérea” na internet, no Brasil A venda de passagens também foi altamente afetada. Na comparação de maio/20 com maio/19, houve uma queda na busca por passagens aéreas, na internet, de 75%, apesar da queda do valor do ticket médio (-15% nas passagens aéreas e -6% nas rodoviárias). A busca por passagem aérea, no Brasil, atingiu o menor nível da série histórica. Dados globais mostram retomada de 30% em maio, na comparação com abril. A retomada deverá começar pelo mercado doméstico. Em maio, as cias aéreas reduziram seus preços em 23%, comparado com maio do ano anterior. Os pontos mais sensíveis são o câmbio (o dólar influencia 50% dos custos do setor) e os hábitos dos passageiros na retomada. O cliente vai começar a levar em conta questões como cobertura de plano de saúde e assistência médica, nas cidades onde pretende ir. No cenário mundial, identificou-se que 71% das cias aéreas líderes em maturidade digital são cias low cost, devendo estas levarem vantagem no pós-covid. Fonte: Google Trends Segundo ainda o Banco Mundial, a crise afeta mais severamente os países em que a epidemia foi mais intensa e onde há forte dependência do comércio global, do turismo, da exportação de produtos primários e de financiamento externo. Com isso, a América Latina, por ser bastante dependente da exportação de commodities, deve registrar queda de 7,2% no PIB este ano. Já no caso do Brasil, as projeções são de queda de 6,51%. Fonte: Boletim Focus do Bacen, de 12.06.2020. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da indústria de Transformação, por sua vez, após atingir o menor valor da série histórica (57,3%), apresentou ligeira melhora em maio, atingindo 60,3%. Mas esse resultado geral ainda não indica retomada consistente da produção. Representa uma recuperação de apenas 1/6 da queda de 18 p.p. observada de março para abril. NUCI por setor - abril e maio 2020 Fonte: IBRE/FGV As indústrias de Celulose e Papel, a Farmacêutica e a de Alimentos continuam sendo as menos impactadas pela pandemia. Por outro lado, as indústrias mais atingidas ainda são a do Vestuário e a de Veículos automotores, apesar da ligeira recuperação desta última em relação a abril. Isto É istoedinheiro.com.br/ Época epocanegocios.globo.com/ Exame exame.com/ Small Business Trends smallbiztrends.com/2020/06/... Statista statista.com/ UOL uol.com.br/nossa/noticias/... Use Mobile usemobile.com.br/ The Good News thegoodnewscoronavirus.com/pt/ 100 156 30-jan-19 28-fev-19 31-mar-19 30-abr-19 31-mai-19 30-jun-19 31-jul-19 31-ago-19 30-set-19 31-out-19 30-nov-19 31-dez-19 31-jan-20 29-fev-20 31-mar-20 30-abr-20 31-mai-20 80% 77% 60% 56% 47% 45% 40% 40% 32% 22% 2-fev-20 9-fev-20 16-fev-20 23-fev-20 1-mar-20 8-mar-20 15-mar-20 22-mar-20 29-mar-20 5-abr-20 12-abr-20 19-abr-20 26-abr-20 3-mai-20 10-mai-20 17-mai-20 24-mai-20 31-mai-20 2-fev-20 9-fev-20 16-fev-20 23-fev-20 1-mar-20 8-mar-20 15-mar-20 22-mar-20 29-mar-20 5-abr-20 12-abr-20 19-abr-20 26-abr-20 3-mai-20 10-mai-20 17-mai-20 24-mai-20 31-mai-20 2-fev-20 9-fev-20 16-fev-20 23-fev-20 1-mar-20 8-mar-20 15-mar-20 22-mar-20 29-mar-20 5-abr-20 12-abr-20 19-abr-20 26-abr-20 3-mai-20 10-mai-20 17-mai-20 24-mai-20 31-mai-20 2-fev-20 9-fev-20 16-fev-20 23-fev-20 1-mar-20 8-mar-20 15-mar-20 22-mar-20 29-mar-20 5-abr-20 12-abr-20 19-abr-20 26-abr-20 3-mai-20 10-mai-20 17-mai-20 24-mai-20 31-mai-20 2-fev-20 9-fev-20 16-fev-20 23-fev-20 1-mar-20 8-mar-20 15-mar-20 22-mar-20 29-mar-20 5-abr-20 12-abr-20 19-abr-20 26-abr-20 3-mai-20 10-mai-20 17-mai-20 24-mai-20 31-mai-20 2-fev-20 9-fev-20 16-fev-20 23-fev-20 1-mar-20 8-mar-20 15-mar-20 22-mar-20 29-mar-20 5-abr-20 12-abr-20 19-abr-20 26-abr-20 3-mai-20 10-mai-20 17-mai-20 24-mai-20 31-mai-20 2-fev-20 9-fev-20 16-fev-20 23-fev-20 1-mar-20 8-mar-20 15-mar-20 22-mar-20 29-mar-20 5-abr-20 12-abr-20 19-abr-20 26-abr-20 3-mai-20 10-mai-20 17-mai-20 24-mai-20 31-mai-20 2-fev-20 9-fev-20 16-fev-20 23-fev-20 1-mar-20 8-mar-20 15-mar-20 22-mar-20 29-mar-20 5-abr-20 12-abr-20 19-abr-20 26-abr-20 3-mai-20 10-mai-20 17-mai-20 24-mai-20 31-mai-20 -5,2% -7,0% -6,1% -9,1% -2,5% 1,0% -7,2% -8,0% 4,2% 3,9% 4,0% 4,5% 4,6% 6,9% 2,8% 2,2% -10,0% -8,0% -6,0% -4,0% -2,0% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 2020 2021 90,2% 81,1% 74,5% 57,3% 20,5% 12,5% 87,0% 78,6% 76,8% 60,3% 14,1% 25,1% Celulose e papel Farmacêuca Alimentos Indústria de Transformação Vestuário Veículos automotores abr/20 mai/20

boletim GLOBAL 17-06-2020 · marketing, logística de entrega, ferramenta de faturamento e instrumentos de análise de dados (analytics) em tempo real para gestão da loja. Fonte:

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Observatório Global17 de junho de 2020Boletim nº 13,

Covid-19 e Comércio EletrônicoDiante das restrições de circulação causadas pela Covid-19, o interesse pelo comércio eletrônico tem crescido bastante, tanto por clientes quanto pelas empresas. No mundo, a busca pelo tema e-commerce na internet cresceu 56%, nacomparação da 3ª semana de maio/20, com mesmoperíodo de 2019.

Fonte: Google Trends

O Observatório Global é um boletim dirigido aos colaboradores e parceiros do Sebrae, com o objetivo de

avaliar a evolução da Covid-19 e seu impacto na economia mundial e nacional.

Produção: Unidades de Gestão Estratégica, de Assessoria Institucional, de Políticas Públicas e de Gestão de Marketing

do Sebrae

Links para osBoletins Observatório dos Pequenos Negócios

Atendimento: 0800 570 0800.www.sebrae.com.br

Mais informações:[email protected]

www.datasebrae.com.br

ABComm abcomm.org/

A Gazeta agazeta.com.br/

Canaltech canaltech.com.br

Covidly covidly.com/

Google Trends trends.google.com.br/trends

Ministério da Saúde covid.saude.gov.br/

OMS covid19.who.int/

Links úteis

E-commerce Brasil ecommercebrasil.com.br/

Infomoney infomoney.com.br/negocios/...

MóveisBusca por “Móveis” na internet, no Brasil

Na comparação de maio/20 com maio/19, a busca por móveis na internet registrou um aumento de 89%. A maior parte dos acessos a móveis na internet se deu em sites como Mercado Livre, Magazine Luiza, Americanas e Submarino. Aparentemente, ter que passar mais tempo dentro de casa estimulou as pessoas a rever a decoração do lar. Durante o mês de maio, dentre os 45 milhões de pedidos feitos por via eletrônica, o setor de móveis chegou a registrar uma variação de 31% de pedidos por dia. Contudo, tendo em vista as medidas de flexibilização, a partir de maio, em diversas regiões do Brasil, houve uma queda de -0,26% no ticket médio.

Busca pelo termo “e-commerce” no Mundo (em índice)

No Brasil, a busca por grandes empresas varejistas na internet também apresentou forte expansão, durante a pandemia, evidenciando a crescente importância do e-commerce na estratégia de vendas dessas empresas.

Aumento da busca por grandes empresas varejistas na internet, no Brasil (maio-20/maio-19)

Fonte: Google Trends

É preciso observar, no entanto, que com a Covid-19, houve setores que se beneficiaram da explosão das vendas on-line, como grandes empresas varejistas, sites de vendas on-line e serviços de entregas. Porém, outros setores, mesmo já sendo grandes usuários das vendas pela internet minguaram, tais como: hospedagem, venda de passagens e de tickets para shows ao vivo.

IMPACTOS POR SETOR

Fonte: Google Trends

Aspectos macroeconômicos Segundo o Banco Mundial, a economia global deve ter a maior recessão desde a Segunda Guerra. O PIB mundial deve cair 5,2% este ano. A queda deve ser mais acentuada nas economias avançadas (-7%). Nos países emergentes é esperada contração de 2,5% no PIB e de 3,6% na renda per capita. Se confirmada, será a primeira contração das economias emergentes e em desenvolvimento em pelo menos 60 anos.

Previsões para o PIB em 2020 e 2021

Fonte: Banco Mundial

Curiosidades

Pesquisa realizada por universidades norte-americanas mostra que, sozinhos, lockdowns não são suficientes para impedir nova onda de Covid-19. É preciso também o uso massivo de máscaras. Mesmo caseiras, elas reduzem "dramaticamente" a transmissão, se usadas por todos. Em um mês, reduziu o número de infecções em mais de 78 mil na Itália e mais de 66 mil na cidade de Nova York.

Fonte: The Good News

EletrodomésticosBusca por “Eletrodomésticos” na internet, no Brasil

Na comparação de maio/20 com maio/19, houve um aumento de 59% nas consultas sobre eletrodomésticos, na internet. A maior permanência das pessoas no lar estimulou a adequação dos hábitos, em especial, na limpeza e no preparo de alimentos. Produtos que trazem mais praticidade tiveram aumento de mais de 100% nas vendas on-line. No caso do aspirador de pó, as vendas subiram 116%. Na cozinha, as batedeiras chegaram a 39% de aumento, os liquidificadores 7% e os processadores de alimentos 19%. Contribuiu para isso a parceria entre Sebrae e Magazine Luiza, que proporcionou ao pequeno varejista o acesso à plataforma ”Magalu“, que inclui: canais de vendas, marketing, logística de entrega, ferramenta de faturamento e instrumentos de análise de dados (analytics) em tempo real para gestão da loja.

Fonte: Google Trends

EntregasBusca por “Entregas” na internet, no Brasil

Os serviços de entregas tiveram um aumento de 55% na sua busca, na internet, na comparação de maio/20 com maio/19. Segundo a ABComm, o ticket médio também aumentou 11,4%. E as instalações de aplicativos de delivery cresceram 700%, na cidade de São Paulo. Foram destaques as entregas de farmácias, restaurantes e supermercados. Nos EUA, também apresentaram desempenho muito bom os gigantes do setor como GrubHub, Postmates e Uber Eats que, inclusive, suspenderam as taxas de entrega de pequenos restaurantes. A Take-Away, maior serviço on-line de entrega de comidas na Europa, informou crescimento no número de restaurantes cadastrados na sua plataforma. O setor adotou medidas para reduzir o contato entre fornecedores, entregadores e clientes. O Uber Eats, por exemplo, agora pode deixar o pedido na porta do cliente, reduzindo a possibilidade de contágio. A expectativa é que a maior demanda por delivery de alimentos permaneça mesmo após a quarentena. Para a consultoria norte-americana CBRE, a tendência é que as empresas aumentem sua capacidade de armazenamento e estoque. Além disso, os alimentos perecíveis e congelados, antes, menos populares para entrega, serão cada vez mais solicitados.

Fonte: Google Trends

MercadosBusca por “Supermercado” na internet, no Brasil

Na comparação de maio/20 com maio/19, a busca por supermercados na internet cresceu 39%. Um dos caminhos adotado pelos pequenos negócios foi o de disponibilizar compras por meio de aplicativos como Uber Eats, Rappi e iFood. No Brasil, de acordo com dados fornecidos pela operadora de cartões Elo, apenas no primeiro mês de quarentena, a demanda por compras on-line em supermercados aumentou quase 50%. Porém, nem só de boas notícias vive o boom de compras on-line no setor. Com o aumento da demanda e falta de preparo de parte dos estabelecimentos, os clientes enfrentam demora e problemas referentes à gestão de estoque dos produtos. Além disso, apesar do aumento da procura por e-commerce de supermercados, de acordo com estudo publicado pela CNC, houve queda no faturamento geral dos estabelecimentos do setor durante a pandemia, pelo fato de que houve diminuição do número total de consumidores.

Fonte: Google Trends

ModaBusca por “Vestido” na internet, no Brasil

No segmento da moda, houve comportamentos diferentes, dependendo do item. Na comparação de maio/20 com maio/19, itens como vestidos, tiveram queda de 65% na sua procura na internet. No caso de calçados, segundo o Promobit, a procura cresceu 158% no caso dos calçados masculinos e 7% nos femininos. Promoções agressivas em alguns destes itens ajudam a explicar a diferença. O câmbio alto prejudicou a venda de produtos importados. Pesquisa realizada pela Dito, empresa de tecnologia especializada em CRM para Varejo, as vendas on-line de Moda tiveram um crescimento médio de 48% em março, na comparação com o março do ano passado. A Abit anunciou a solução de e-commerce para estimular os negócios das empresas do setor. A plataforma permite acesso a lojas on-line B2B, vendas no varejo, vendas em marketplaces e venda direta. O setor ainda adotou várias estratégias para driblar a crise: frete grátis, prazo de trocas estendido, kits personalizados, atendimento por WhatsApp etc. Alguns optaram por usar vendedoras, trabalhando de casa, ajudando a sua carteira de clientes a escolher produtos e concluir a compra no e-commerce.

Fonte: Google Trends

Ingressos e EntretenimentoBusca por “Ingressos” na internet, no Brasil

A indústria do entretenimento tem sido uma das mais impactadas pela Covid-19, sendo afetados principalmente os museus, parques de diversão, concertos musicais, peças de teatro e cinema. Com grande parte dos eventos cancelados e sem previsão para o retorno, a compra on-line de ingressos quase zerou. Além disso, pelo fato de envolver aglomeração de pessoas, para que os espetáculos aconteçam, o mais provável é que seja um dos últimos setores a se reestabelecer. Em contrapartida, o setor cultural tem visto um aumento nos serviços de streaming durante a quarentena. A Netflix apresentou um aumento global de 16 milhões de usuários nos primeiros meses do ano, grande parte devido às políticas de isolamento social provocadas pela pandemia. O Spotify, serviço de streaming de música e podcasts, ganhou 6 milhões de usuários pagos nos quatro primeiros meses de 2020, excedendo as expectativas para o período.

Fonte: Google Trends

Hospedagens (Hotéis)Busca por “Hotel” na internet, no Brasil

Na comparação de maio/20 com maio/19, a busca por hotel na internet caiu 67%. O setor foi um dos mais afetados pela Covid-19, em todo o mundo. Na Itália, o setor emprega diretamente 1,5 milhão de pessoas e ainda está paralisado, por falta de clientes. Em 5 de maio, o Airbnb anunciou a demissão de cerca de 25% de seus 7.500 funcionários, em todo o mundo. No Brasil, o número de novas reservas na plataforma caiu em 74% na semana iniciada em 5 de abril, em relação à mesma semana de janeiro. Nas principais capitais do Nordeste houve queda entre 50% (Aracaju) e 70% (Fortaleza, Salvador e Recife). Com a redução das viagens, o Airbnb apresentou um novo modelo de negócio e vai passar a focar também em estadias de longo prazo, não só para viajantes, mas para trabalhadores e estudantes. No Brasil, o número de reservas mais longas (acima de 28 dias) foi 24% maior em março do que no mesmo período do ano passado. Um dos motivos é a busca por estadia para pessoas que moram com familiares do grupo de risco, como idosos. No mundo, 80% dos anfitriões já tem oferecido este tipo de reserva com preços reduzidos.

Fonte: Google Trends

Passagens (aéreas e rodoviárias)Busca por “Passagem aérea” na internet, no Brasil

A venda de passagens também foi altamente afetada. Na comparação de maio/20 com maio/19, houve uma queda na busca por passagens aéreas, na internet, de 75%, apesar da queda do valor do ticket médio (-15% nas passagens aéreas e -6% nas rodoviárias). A busca por passagem aérea, no Brasil, atingiu o menor nível da série histórica. Dados globais mostram retomada de 30% em maio, na comparação com abril. A retomada deverá começar pelo mercado doméstico. Em maio, as cias aéreas reduziram seus preços em 23%, comparado com maio do ano anterior. Os pontos mais sensíveis são o câmbio (o dólar influencia 50% dos custos do setor) e os hábitos dos passageiros na retomada. O cliente vai começar a levar em conta questões como cobertura de plano de saúde e assistência médica, nas cidades onde pretende ir. No cenário mundial, identificou-se que 71% das cias aéreas líderes em maturidade digital são cias low cost, devendo estas levarem vantagem no pós-covid.

Fonte: Google Trends

Segundo ainda o Banco Mundial, a crise afeta mais severamente os países em que a epidemia foi mais intensa e onde há forte dependência do comércio global, do turismo, da exportação de produtos primários e de financiamento externo. Com isso, a América Latina, por ser bastante dependente da exportação de commodities, deve registrar queda de 7,2% no PIB este ano. Já no caso do Brasil, as projeções são de queda de 6,51%. Fonte: Boletim Focus do Bacen, de 12.06.2020.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da indústria de Transformação, por sua vez, após atingir o menor valor da série histórica (57,3%), apresentou ligeira melhora em maio, atingindo 60,3%. Mas esse resultado geral ainda não indica retomada consistente da produção. Representa uma recuperação de apenas 1/6 da queda de 18 p.p. observada de março para abril.

NUCI por setor - abril e maio 2020

Fonte: IBRE/FGV

As indústrias de Celulose e Papel, a Farmacêutica e a de Alimentos continuam sendo as menos impactadas pela pandemia. Por outro lado, as indústrias mais atingidas ainda são a do Vestuário e a de Veículos automotores, apesar da ligeira recuperação desta última em relação a abril.

Isto É istoedinheiro.com.br/

Época epocanegocios.globo.com/

Exame exame.com/

Small Business Trends smallbiztrends.com/2020/06/...

Statista statista.com/

UOL uol.com.br/nossa/noticias/...

Use Mobile usemobile.com.br/

The Good News thegoodnewscoronavirus.com/pt/

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Celulose e papel Farmacêu�ca Alimentos Indústria deTransformação

Vestuário Veículosautomotores

abr/20 mai/20