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BIBLIOTECA ESCOLAR. Uma chave para o presente, passado, futuro... Bo- letim da Bib- Boletim da Biblioteca Boletim da Biblioteca Boletim da Biblioteca Biblioteca Escolar Dr. José dos Santos Bessa Carapinheira Ano VIII – Nª 1 2012/13 DEZEMBRO 2012 Um novo ano, uma nova aventura à espe- ra de ser vivida por cada um de nós. No mundo conturbado em que vivemos precisa- mos de caminhar com passos certos e conscien- tes na estrada sinuosa que se apresenta. Pois é! Nunca houve tantos GPS para nos indicar o caminho. Mas que caminho? O nosso? O que escolhemos, ou o que alguém traçou para que o percorramos? As rotas pré traça- das, sem contemplar os gostos, as fantasias ou os desânimos de cada um, cortam-nos a liber- dade de escolher, de desenvolvermos o nosso espírito crítico, de viver. Temos direito a construir o nosso caminho, alicerçado na informação, na pesquisa quoti- diana, na leitura "observativa" de tudo o que nos rodeia , na experimentação e na reflexão profunda do nosso eu. É verdade! É preciso escolher os lugares, sítios onde possamos crescer e onde nos per- mitam encontrar a chave para abrir o futuro, mas sem nunca deixar fechada a porta do passado . É necessário escolhermos os que partilham connosco a nossa estrada e fazermos deles companheiros de viagem, numa partilha cons- tante, onde a persistência nos levará ao suces- so. Como dizia Charles Chaplin" A persistência é o caminho do êxito". Acreditamos que com trabalho contínuo, com espírito de entreajuda e fontes de saber podemos construir o nosso caminho. Não podemos desistir ! Vamos conseguir! Boas leituras! Biblioteca Escolar Escola EB 2, 3 Dr. José dos Santos Bessa Rua do Clube Desportivo Carapinheirense 3140-097 Carapinheira Tel. 239 629 295 Fax: 239 621 130 Textos e composição da responsabilidade da Equipa e professores colaboradores da BE Sugestões de Leitura Queres testar a tua imaginação?? Abre o livro na noite escura. Folheia MUITO DEVAGAR, não tenhas pressa de chegar ao fim. Não te limites a ver ou olhar, observa pausadamente cada página, cada imagem… Antes de virares cada página, constrói na tua mente figuras, imagens, situações e frases alusivas ao que essa página te faz lembrar. Imagina o que vem na página seguinte e compara o que sentiste ou criaste com o que Bruno Munari expressou. Vou dar-te apenas algumas dicas para auxiliar a tua criatividade: o papel negro representa a noite, o papel vegetal o romper do dia e o papel cinzento recicla- do o interior de uma gruta. Bruno Munari, foi um artista italiano que se dedicou, entre outras atividades, às artes visuais, tendo-nos legado um conjunto de livros sem palavras ou quase sem texto, dedicado a todos os meninos que aceitam desafios, especialmente os que não têm muita paciência para ler, mas são criativos. NA NOITE ESCURA, Bruno Munari C ontos ao vivo ALDEIA NOVA, Manuel da Fonseca Esta obra, escrita entre os anos vinte e os anos trinta, reúne doze contos que retratam a miséria do povo alentejano, não só em termos monetários, mas também em termos emocionais. No Alentejo, a terra natal de Manuel da Fonseca, viviam-se episódios de pobreza e miséria e os homens ansiavam por uma liberdade que tardava em chegar. Daí que a linguagem destes contos seja franca e reveladora de um profundo humanis- mo que se torna inocente na boca das suas personagens. As histórias foram vivenciadas pelo próprio escritor ou contadas pelo pai nas longas noites de Inverno ou nos serões de Verão. Por exemplo o conto” O Primeiro Camarada que ficou no Caminho” inspira-se na morte do irmão do autor, tragédia que marcou terrivelmente a sua infância. Ao lermos esta obra, não podemos deixar de nos emocionar e criar uma grande empatia pelos desgraçados que povoam as suas histórias. Na Hora do Conto alusiva ao Dia das Bruxas, a biblioteca tornou-se palco de pequenos atores. Os alunos do 6ºB e do 6ºC, recriaram, cheios de entusias- mo, alguns contos de tradição oral, gerando um am- biente engraçado e divertido. O público, alunos do 5ºB, assistiu num misto de surpresa e curiosidade a uma animação em que não faltaram bru- xas bailarinas, um burrico com o seu carvoeiro iletrado, um menino tão endiabrado, levado pelo diabo, e uma feiticeira que fazia feitiços com a sua peneira que se transformou em fantasma quando morreu… até foi preciso chamar o padre. Quanto aos “artis- tas de palmo e meio”, estreantes nestas lides, ultra- passaram as expe- tativas, não tanto pela qualidade da sua performance mas pelo processo que subsistiu a todo o trabalho desen- volvido. O envolvimento destes alunos foi muito enriquecedor, tendo-se conjugado a responsabilidade e a diversão, com o exercício da leitura e da expressão oral, a capacidade de retenção de informação, tal como a criatividade e a autonomia. O ambiente criado na BE permitiu dar asas à imaginação para receber almas penadas, bruxas e feiticeiras...

Boletim nº1 da BE

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Boletim nº1 da BE

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BIBLIOTECA ESCOLAR. Uma chave para o presente, passado, futuro...

Bo-

letim

da

Bi

b-

Boletim da BibliotecaBoletim da BibliotecaBoletim da Biblioteca Biblioteca Escolar Dr. José dos Santos Bessa

Carapinheira

Ano VIII – Nª 1 2012/13

DEZEMBRO 2012

Um novo ano, uma nova aventura à espe-ra de ser vivida por cada um de nós. No mundo conturbado em que vivemos precisa-mos de caminhar com passos certos e conscien-tes na estrada sinuosa que se apresenta.

Pois é! Nunca houve tantos GPS para nos indicar o caminho. Mas que caminho? O nosso? O que escolhemos, ou o que alguém traçou para que o percorramos? As rotas pré traça-das, sem contemplar os gostos, as fantasias ou os desânimos de cada um, cortam-nos a liber-dade de escolher, de desenvolvermos o nosso espírito crítico, de viver.

Temos direito a construir o nosso caminho, alicerçado na informação, na pesquisa quoti-diana, na leitura "observativa" de tudo o que nos rodeia , na experimentação e na reflexão profunda do nosso eu.

É verdade! É preciso escolher os lugares, sítios onde possamos crescer e onde nos per-mitam encontrar a chave para abrir o futuro, mas sem nunca deixar fechada a porta do passado .

É necessário escolhermos os que partilham connosco a nossa estrada e fazermos deles companheiros de viagem, numa partilha cons-tante, onde a persistência nos levará ao suces-so. Como dizia Charles Chaplin" A persistência é o caminho do êxito".

Acreditamos que com trabalho contínuo, com espírito de entreajuda e fontes de saber podemos construir o nosso caminho.

Não podemos desistir ! Vamos conseguir!

Boas leituras!

Biblioteca Escolar

Escola EB 2, 3 Dr. José dos Santos Bessa

Rua do Clube Desportivo Carapinheirense

3140-097 Carapinheira Tel. 239 629 295 Fax: 239 621 130

Textos e composição da responsabilidade da Equipa e professores colaboradores da BE

Sugestões de Leitura

Queres testar a tua imaginação?? Abre o livro na noite escura. Folheia MUITO DEVAGAR, não tenhas pressa de chegar ao fim. Não te limites a ver ou olhar, observa pausadamente cada página, cada imagem… Antes de virares cada página, constrói na tua mente figuras, imagens, situações e frases alusivas ao que essa página te faz lembrar. Imagina o que vem na página seguinte e compara o que sentiste ou criaste com o que Bruno Munari expressou. Vou dar-te apenas algumas dicas para auxiliar a tua criatividade: o papel negro representa a noite, o papel vegetal o romper do dia e o papel cinzento recicla-do o interior de uma gruta. Bruno Munari, foi um artista italiano que se dedicou, entre outras atividades, às artes visuais, tendo-nos legado um conjunto de livros sem palavras ou quase sem texto, dedicado a todos os meninos que aceitam desafios, especialmente os que não têm muita paciência para ler, mas são criativos.

NA NOITE ESCURA, Bruno Munari

C ontos ao vivo

ALDEIA NOVA, Manuel da Fonseca Esta obra, escrita entre os anos vinte e os anos trinta, reúne doze contos que retratam a miséria do povo alentejano, não só em termos monetários, mas também em termos emocionais. No Alentejo, a terra natal de Manuel da Fonseca, viviam-se episódios de pobreza e miséria e os homens ansiavam por uma liberdade que tardava em chegar. Daí que a linguagem destes contos seja franca e reveladora de um profundo humanis-mo que se torna inocente na boca das suas personagens. As histórias foram vivenciadas pelo próprio escritor ou contadas pelo pai nas longas noites de Inverno ou nos serões de Verão. Por exemplo o conto” O Primeiro Camarada que ficou no Caminho” inspira-se na morte do irmão do autor, tragédia que marcou terrivelmente a sua infância. Ao lermos esta obra, não podemos deixar de nos emocionar e criar uma grande empatia pelos desgraçados que povoam as suas histórias.

Na Hora do Conto alusiva ao Dia das Bruxas, a biblioteca tornou-se palco de pequenos atores. Os alunos do 6ºB e do 6ºC, recriaram, cheios de entusias-mo, alguns contos de tradição oral, gerando um am-biente engraçado e divertido. O público, alunos do 5ºB, assistiu num misto de surpresa e curiosidade a uma animação em que não faltaram bru-xas bailarinas, um burrico com o seu carvoeiro iletrado, um menino tão endiabrado, levado pelo diabo, e uma feiticeira que fazia feitiços com a sua peneira que se transformou em fantasma

quando morreu… até foi preciso chamar o padre.

Quanto aos “artis-tas de palmo e meio”, estreantes nestas lides, ultra-passaram as expe-tativas, não tanto pela qualidade da sua performance mas pelo processo que subsistiu a todo o trabalho desen-volvido. O envolvimento destes alunos foi muito enriquecedor, tendo-se conjugado

a responsabilidade e a diversão, com o exercício da leitura e da expressão oral, a capacidade de retenção de informação, tal como a criatividade e a autonomia.

O ambiente criado na BE permitiu dar asas à

imaginação para receber almas penadas,

bruxas e feiticeiras...

Deverá “salvar” o seu trabalho e pode pré visualizá-lo antes de o publicar. Após estabelecida a organização final dos conteúdos no site é necessário “publicar” obtendo, desta forma, o endereço para que o possa partilhar.

UM CONTO DE NATAL

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N inguém acredita nelas… mas que as há, disso poucos duvidem. Estamos a falar das bruxas, feiticei-ras, dos diabos, diabritos e outros mafarricos que andam por aí à solta a fazer as suas travessuras. Se existem na realidade ninguém o sabe, mas as suas histórias correram de boca em boca, muitos pontos foram acrescentados e hoje muitas delas encontram-se nos livros do escritor Alexandre Parafita.

A visita do escritor levou os alunos a darem vida às suas histórias, a reinventar o texto, a dar imaginação e corpo às leituras. O resultado foram dramatizações cheias de graça

que deram o ponto de partida para a conversa com o convidado que salientou o bom trabalho dos alunos e da professora Luísa Lima, uma das dinamizadoras da Hora do Conto.

Em ambiente descontraído, o convidado falou da importân-cia de uma criança crescer rodeada de livros e histórias para alimentarem o seu interior. Quem lê em criança será um adulto bem-sucedido e poderá sentir a liberdade nas asas de um livro, pois o conhecimento torna-nos livres e independentes. Cada um nasce com um dom – devemos estar atentos para o descobrir, para o poder alimentar e lutar para o concretizar, foram algumas das mensagens transmitidas pelo escritor.

Alexandre Parafita respondeu às muitas perguntas prepa-radas pelos alunos, o que permitiu um maior conhecimento da sua vida e obra.

Por fim, ainda houve tempo para a apresentação do livro “Magalhães, aos olhos de um menino”, escrito a duas mãos com a escritora brasileira Simone Gonçalves, graças às potencialidades das redes sociais que, bem aproveitadas, podem fomentar um trabalho colaborativo entre pessoas de continentes diferentes para a realização conjunta de um projeto: dar a conhecer o navegador que marcou a história dos descobrimentos: Fernão de Magalhães.

À Conversa com… Alexandre Parafita

Depois de selecionar o tema que mais se adapta ao que pretende apresentar pode iniciar a sua criação. Para isso, deverá clicar em “Editar” e começar o seu traba-lho. Irá constatar que não terá dificuldades em inserir fotos, criar novas páginas, deslo-car imagens, colocar vídeos, ou seja, todos os procedimentos necessários para a edi-ção de um site, graças a uma simples organização que permite uma utilização intuitiva.

WIX… CRIAR UM SITE ONLINE

O escritor deliciou-se com as dramatizações das suas histórias, por alunos do 6º ano :)

Se há uns anos atrás era necessário ter conhecimentos de html, dominar vários pro-gramas para a criação de páginas web e alojá-las online, hoje, criar e publicar uma página pessoal tornou-se uma tarefa muito facilitada pelas múltiplas ofertas que exis-tem online, de interface simples e intuitiva de usar.

Wix, por exemplo, é uma ferramenta gra-tuita que possibilita ao utilizador criar um sítio na internet de forma personalizada e onde pode disponibilizar os mais variados recursos, podendo inserir ou fazer conver-gir no site ficheiros diversos, tais como ima-gens, fotografias, botões de navegação, animações, símbolos, músicas, textos, filmes, entre outros.

O utilizador tem ao seu dispor mais de cem modelos/templates prontos a serem utiliza-dos de acordo com o seu gosto pessoal, não havendo necessidade de recorrer a um profissional da área para criar o site.

Para fazer um site no WIX terá que passar por várias etapas. Em primeiro lugar deverá registar-se em www.pt.wix.com utilizando o seu email e definindo uma password. Posteriormente, já na página inicial da ferramenta, clique em “Criar” e selecione um dos inúmeros modelos, organi-zados por temas, para o seu site.

Todos os anos, a equipa da BE publica um Conto

de Natal inédito para distribuir pela comunidade educativa.

Começámos com uma simples tradução de um conto alemão mas procurámos ir mais além.

Convidámos escritores que graciosamente escreve-ram histórias alusivas a esta época. Destacamos o nosso amigo e colega já aposentado Luís Gaivão e a escritora do nosso concelho que tem sido premia-da a nível nacional e internacional, Lurdes Breda.

A proposta que fizemos o ano passado levou à escrita de um texto a duas mãos pelas professoras Elisa Carvalho e Edite Pimentel.

Embora de edição caseira, graças à preciosa cola-boração da professora Ana Filomena, temos criado pequenas obras dignas de serem chamadas de livros.

Mas porque a vida é feita de desafios constantes, decidimos abraçar mais um. Este ano ganhámos coragem e será a equipa da BE que irá escrever mais um Conto de Natal.

No passado, as histórias andavam de boca em boca, passavam de avós para netos, de geração em geração. Muitas perderam-se, outras ficaram registadas na memória coletiva de um povo, com pequenas nuances, contadas ao sabor do imaginário de cada um.

Hoje, existe uma oferta de grande qualidade de livros infanto-juvenis, adequadas a cada faixa etária, com excelentes ilustrações que por si só contam a história, alguns já vestiram o novo formato de ebook e estão à distância de um clique, oferecendo formas novas de leitura.

O desafio de inovar, de fomentar a criatividade levou a equipa da BE a criar uma história inédita, escrita pela professora Edite Burgeiro, que tem como ponto de partida uma manta. Ten-do como elemento principal o Rio Mondego, a manta convida os mais novos a entrarem na histó-

ria, interpretando os vários personagens: a menina Ana, o Barbo Badana e o cardume que o acompanha, os ruivacos, sapos, patos e pássaros que descansam nos ramos dos salgueiros.

Durante o mês de novembro, os meninos do 1º Ciclo de Ten-túgal, Portela, Meãs e Casal Novo e o 4º ano da EB 2, 3 Dr. José dos Santos Bessa tiveram a oportunidade de explorar esta forma nova de contar histórias e interpretaram com muita imagi-nação os papéis atribuídos. Reconheceram a importância de cui-dar do rio para podermos continuar a ter um elemento cheio de vida bem perto de nós e ficaram com vontade de nos voltar a receber em breve…

A MA MA MANTAANTAANTA DODODO RRRIOIOIO Ano GrimmAno GrimmAno Grimm

Os alunos deram vida às personagens da história, enchendo a manta e o rio

Em 2012 assinala-se 200 anos da publicação do 1º volume da famosa coleção dos Contos para as Crianças e para a Família dos Irmãos Grimm.

Ao longo de anos, estes dois filólo-gos alemães recolheram contos

populares de tradição oral, traduzidos para mais de 150 línguas, e tal foi a influência que ainda hoje as crianças conhecem as suas histórias de encan-tar e contos de fadas e vivem a magia das suas personagens.

Cheios de simbologia e mensagens, contos como o Capuchinho Vermelho, A Branca de Neve, Cinderela, A Bela Adormecida ou Rapunzel continuam a encantar, alimentando há séculos a imaginação dos mais novos.

A BE não podia deixar de assinalar esta data comemorativa e a Hora do Conto tem sido palco principal para a exploração de algumas histórias.

Os Músicos de Bremen, por exemplo, chegaram em forma de teatro de som-bras, oferecendo momentos de leitura partilhada enquanto se dramatizava a história atrás do pano. Os alunos adoraram o cenário e o ambiente cria-do e todos quiseram dar vida às sombras dos quatros animais escorraçados pelos seus donos por já não poderem cumprir com as suas obrigações.

O entusiasmo atrás do pano foi gran-de e o teatro de sombras uma festa!