18
ARTIGO ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS DO TREINO DE FORÇA EM ATLETAS DE DESPORTOS DE POTÊNCIA Nelson Kautzner Marques Júnior 1 Resumo O objetivo desta revisão foi explicar as principais adaptações fisiológicas decorrentes do treino de força máxima e/ou potência e da sessão de salto em profundidade, com o intuito de facilitar a prescrição e avaliação do treino de força para atletas de potência. Existem poucos estudos sobre as adaptações fisiológicas ocorridas em competidores de potência, uma vez que a maioria das investigações são não-atletas. Palavras-chave: treino de força, adaptação fisiológica, desportos de potência. INTRODUÇÃO O treinamento de força é uma das disciplinas da Educação Física mais estudadas na atualidade, sendo muito importante, visto ser ela uma das capacidades físicas imprescindíveis para os desportos (VERKHOSHANSKI; GOMES, 2000). Para as modalidades de potência, considera-se a preparação física através das sessões de força como a mais importante para o atleta, ao lado do treino técnico e tático. Entretanto, não observamos muitas revisões que expliquem as adaptações fisiológicas do treino de força em competidores de desportos de potência (em nossa coleta, não encontramos nenhuma referência). Segundo Kraemer e Hakkinen (2004), o técnico desportivo deve dispor de um profundo conhecimento sobre as adaptações fisiológicas do treinamento de força nos atletas de potência, a fim de elaborar e prescrever as sessões com mais precisão. Verkhoshanski (1995) afirma que o treino de força merece ser bem elaborado na periodização e de 1 Especialista em Fisiologia do Exercício e Avaliação Morfofuncional e em Musculação e Treinamento de Força pela UGF- RJ. Especializando em Treinamento Desportivo pela UGF do RJ. R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 2, p. 43-60, 2005 43

BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

Embed Size (px)

DESCRIPTION

BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

Citation preview

Page 1: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

ARTIGO

ADAPTACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS DO TREINO DE FORCcedilA EM ATLETAS DE DESPORTOS DE POTEcircNCIA

Nelson Kautzner Marques Juacutenior1

Resumo O objetivo desta revisatildeo foi explicar as principais adaptaccedilotildees

fisioloacutegicas decorrentes do treino de forccedila maacutexima eou potecircncia e da sessatildeo de salto em profundidade com o intuito de facilitar a prescriccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do treino de forccedila para atletas de potecircncia Existem poucos estudos sobre as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas ocorridas em competidores de potecircncia uma vez que a maioria das investigaccedilotildees satildeo natildeo-atletas Palavras-chave treino de forccedila adaptaccedilatildeo fisioloacutegica desportos de

potecircncia

INTRODUCcedilAtildeO

O treinamento de forccedila eacute uma das disciplinas da Educaccedilatildeo Fiacutesica mais estudadas na atualidade sendo muito importante visto ser ela uma das capacidades fiacutesicas imprescindiacuteveis para os desportos (VERKHOSHANSKI GOMES 2000)

Para as modalidades de potecircncia considera-se a preparaccedilatildeo fiacutesica atraveacutes das sessotildees de forccedila como a mais importante para o atleta ao lado do treino teacutecnico e taacutetico Entretanto natildeo observamos muitas revisotildees que expliquem as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treino de forccedila em competidores de desportos de potecircncia (em nossa coleta natildeo encontramos nenhuma referecircncia)

Segundo Kraemer e Hakkinen (2004) o teacutecnico desportivo deve dispor de um profundo conhecimento sobre as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento de forccedila nos atletas de potecircncia a fim de elaborar e prescrever as sessotildees com mais precisatildeo Verkhoshanski (1995) afirma que o treino de forccedila merece ser bem elaborado na periodizaccedilatildeo e de 1 Especialista em Fisiologia do Exerciacutecio e Avaliaccedilatildeo Morfofuncional e em Musculaccedilatildeo e Treinamento de Forccedila pela UGF- RJ Especializando em Treinamento Desportivo pela UGF do RJ

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 43

acordo com as necessidades da modalidade Aleacutem de ser bem elaborado o conhecimento fisioloacutegico eacute a chave para os responsaacuteveis pela sessatildeo conseguirem sucesso na sessatildeo de forccedila (FLECK KRAEMER 1999)

Esta revisatildeo tem o intuito de explicar as principais adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento de forccedila maacutexima forccedila de potecircncia e na sessatildeo de salto em profundidade em atletas de desportos de potecircncia porque vai facilitar para o profissional do desporto a prescriccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do treinamento

PRINCIPAIS ADAPTACcedilOtildeES NEUROMUSCULARES PROVOCADAS PELO TREINAMENTO DE FORCcedilA

Caracteriacutesticas fisioloacutegicas do treino de forccedila para desportos de potecircncia

O treino de forccedila praticado por atletas de modalidades de potecircncia consiste de musculaccedilatildeo para exercitar as capacidades fiacutesicas de forccedila maacutexima eou potecircncia sendo realizado de preferecircncia pelo treino baliacutestico na segunda valecircncia fiacutesica (KRAEMER HAumlKKINEN 2004) Outro treinamento bastante difundido para propiciar elevaccedilatildeo do centro de gravidade e maximizar a corrida de velocidade recomendado por Gauffin et al (1988) satildeo as sessotildees de salto em profundidade

Sessotildees de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima possuem uma a seis repeticcedilotildees (BRANDENBURG DOCHERTY 2002) com velocidade lenta e carga entre 85 e 100 (MARQUES JUNIOR 2001) O metabolismo mais atuante nessa sessatildeo eacute o creatinofosfato (COSTILL et al 1979) e a forccedila predominante eacute a neural (HAumlKKINEN 1989 DOAN et al 2002) com maior solicitaccedilatildeo das fibras IIb (EWING JUNIOR et al 1990) e tendo a hipertrofia miofibrilar como a mais abundante (CLAASSEN et al 1989) O objetivo dessa sessatildeo eacute maximizar a forccedila maacutexima (McDOUGALL 1986) do desportista embora ela cause uma fadiga neural mais acentuada do que o trabalho de forccedila de potecircncia na musculaccedilatildeo (LINNAMO et al 2000) merecendo uma pausa entre as seacuteries mais duradouras

A forccedila maacutexima atinge seu aacutepice entre 16 e 20 semanas nos homens e 4 e 8 semanas nas mulheres (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) sendo proveniente da sessatildeo de musculaccedilatildeo

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 44

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 45

O treinamento de musculaccedilatildeo de forccedila de potecircncia eacute praticado com 6 a 10 repeticcedilotildees (MARQUES JUNIOR 2001) em alta velocidade (SILVA GONCcedilALVES 2000) e tendo a carga como uma incoacutegnita (SIMAtildeO 2003) porque os pesquisadores sugerem um porcentagem de carga de acordo com os resultados do seu estudo (DeRENNE et al 2001 SIMAtildeO et al 2001a McBRIDE et al 2002) SIMAtildeO et al (2001b) recomendam o uso do tensiocircmetro Fitrodyne para estabelecer a carga da sessatildeo

O sistema energeacutetico mais solicitado no treino de forccedila de potecircncia eacute a via dos fosfagecircnios (TESCH et al 1989) sendo a forccedila neural a predominante (BAKER et al 2001) com maior participaccedilatildeo das fibras IIb (EWING et al 1990) e maior abundacircncia da sarcoplasmaacutetica (BRASIL et al 2001) Essa sessatildeo tem o intuito de otimizar a forccedila de potecircncia do atleta (KRAEMER HAumlKKINEN 2004) atingindo seu aacutepice em 8 semanas para mulheres e em 16 a 20 semanas para homens (BADILLO AYESTARAacuteN 2001)

Para Dantas (1995) as sessotildees de salto em profundidade possuem um nuacutemero de 5 a 10 repeticcedilotildees sendo praticadas em maacutexima velocidade (VERKHOSHANSKI 1973) e tendo a altura de queda de 20 a 110 cm (BOBBERT 1990)

A via energeacutetica mais atuante eacute a ATP-CP no salto em profundidade (UGRINOWITSCH BARBANTI 1998) e a forccedila predominante eacute neural (DELECLUSE et al 1995) possuindo mais atuaccedilatildeo das fibras IIb (MASAMOTO et al 2003) e com hipertrofia sarcoplasmaacutetica em maior quantidade (BARBANTI 2000) O salto em profundidade visa agrave melhora da forccedila reativa e o auge dessa capacidade fiacutesica natildeo eacute encontrado na literatura

Fatores que influenciam o aumento da forccedila

Para Bacurau et al (2001) o treino de musculaccedilatildeo deve ser praticado no fim da tarde ou no comeccedilo da noite porque o pico do hormocircnio do crescimento e o da testosterona satildeo mais altos e proporcionam aumento e forccedila mais significativos Um dos principais motivos para se praticar a musculaccedilatildeo eacute aumentar a forccedila (CARVALHO et al 2003 FAIGENBAUM et al 1999 VICENT et al 2002) porque otimiza o salto vertical (KETTUNEN et al 1999) auxilia no remate do jogador (SANTOS SILVA 2004) melhora a corrida de velocidade (DELECLUSE et al 1995) entre outros

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 46

Adaptaccedilotildees neurais do treinamento de forccedila

Outro fator que melhora a forccedila eacute a praacutetica da musculaccedilatildeo por trecircs vezes na semana quando comparada com uma vez (McLESTER JUNIOR et al 2000) A modificaccedilatildeo da ordem dos exerciacutecios tambeacutem influencia o aumento da forccedila ou seja o professor deve descobrir qual sequumlecircncia de exerciacutecios otimiza mais a forccedila do praticante o que pode ser aferido pelo teste de 8RM (SFORZO TOUEY 1996) Muacuteltiplas seacuteries otimizam mais a forccedila em atletas ou pessoas treinadas do que uma seacuterie (RHEA et al 2002 SCHLUMBERGER et al 2001) e o acircngulo em que eacute executado o exerciacutecio de musculaccedilatildeo obteacutem maior maximizaccedilatildeo da forccedila do que os demais (FIRMINO 1992) Por esse motivo devemos realizar o trabalho de musculaccedilatildeo similarmente agrave teacutecnica desportiva a fim de conseguir a transferecircncia da forccedila para o movimento competitivo da modalidade (FLECK KRAEMER 1999)

A forma de execuccedilatildeo do exerciacutecio contra-resistecircncia influencia a otimizaccedilatildeo da forccedila no trabalho de puxada no pulley a realizada pela frente gera um maior pico de forccedila do que a por traacutes (SIGNORILE et al 2002) Tambeacutem a puxada pela frente no pulley tem menos probabilidade de lesar o praticante (CRATE 1997)

Nas sessotildees de j um dos objetivos eacute otimizar a forccedila reativa (mencionado anteriormente) dos membros inferiores (VERKHOSHANSKI 1996) podendo esta ser melhorada se a sessatildeo for praticada em alta velocidade (YOUNG et al 1999) com altura de queda adequada aos atletas (VIITASALO et al 1998) com longa pausa entre as seacuteries (BOMPA 2004) e outros fatores que merecem pesquisas

O aumento da forccedila maacutexima (HAumlKKINEN et al 1985) a melhora da forccedila de potecircncia (PAAVOLAINEN et al 1991) e a otimizaccedilatildeo da forccedila reativa (PAAVOLAINEN et al 1999) estatildeo relacionados com fatores neurais e hipertroacuteficos (HAumlKKINEN et al 1985 PAAVOLAINEN et al 1991 1999)

Na fase inicial do treinamento de musculaccedilatildeo (cerca de 6 a 10 semanas) o ganho de forccedila eacute predominantemente neural apoacutes esse periacuteodo os fatores hipertroacuteficos satildeo os mais responsaacuteveis pela maximizaccedilatildeo da forccedila (BACURAU et al 2001) Por esse motivo na fase inicial do treino de musculaccedilatildeo acontece uma hipertrofia

insignificante (FLECK KRAEMER 1999) Quanto agraves sessotildees de salto em profundidade natildeo observamos estudos que expliquem o predomiacutenio da forccedila neural ou hipertroacutefica

O incremento da forccedila neural desencadeia uma frequumlecircncia de estiacutemulos mais acentuada para cada unidade motora (UM) que ocasiona maior recrutamento destas (SIMAtildeO 2003 MORITANI MURO 1987) Geralmente no trabalho de forccedila maacutexima forccedila de potecircncia e salto em profundidade as UMs mais potentes satildeo ativadas imediatamente (ZATSIORSKY 1999)

A frequumlecircncia dos estiacutemulos pode variar de 8 a 60 Hz (COMETTI 2001) Na atividade de forccedila maacutexima a frequumlecircncia situa entre 50 e 60 Hz (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) no exerciacutecio de potecircncia com ou sem carga (por exemplo no salto em profundidade) os tempos satildeo breves (100 ms) e a frequumlecircncia atinge 150 Hz (COMETTI 2001)

Badillo e Ayestaraacuten (2001) concluem O treino de forccedila maacutexima

ou de potecircncia satildeo interessantes para melhorarmos a frequumlecircncia de

estiacutemulos e o recrutamento das UM no desportista (p 170) O outro mecanismo fisioloacutegico pertencente agrave coordenaccedilatildeo

intramuscular eacute o aumento da sincronizaccedilatildeo das UMs (GABRIEL et al 2001 MOREIRA SOUZA 2000) sendo melhorado atraveacutes do treino de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia por sessotildees de salto em profundidade (BADILLO AYESTARAacuteN 2001)

A sincronizaccedilatildeo das UMs permite uma geraccedilatildeo de forccedila mais raacutepida e coordenada ou seja um maior nuacutemero de UM se contrai ao mesmo tempo com menor frequumlecircncia de estiacutemulos Isso acontece porque os oacutergatildeos tendinosos de Golgi (OTG) realizam inibiccedilatildeo ou facilitaccedilatildeo para propiciar a accedilatildeo neuromuscular (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) Portanto a sincronizaccedilatildeo otimizada refletiraacute em maiores niacuteveis de forccedila (SALE 1988)

A coordenaccedilatildeo intermuscular eacute outro meio de o atleta conseguir maximizar a forccedila atraveacutes do treino de musculaccedilatildeo eou de salto em profundidade A melhora dessa coordenaccedilatildeo facilita a interaccedilatildeo de diferentes grupos musculares ndash por exemplo a relaccedilatildeo entre agonista e sinergista Tambeacutem observamos uma otimizaccedilatildeo na relaccedilatildeo entre agonista e antagonista a co-contraccedilatildeo que consiste na contraccedilatildeo simultacircnea de dois ou mais muacutesculos ao redor de uma articulaccedilatildeo propiciando melhor estabilizaccedilatildeo articular dinacircmica ou para reduzir a dificuldade do aprendizado motor (FONSECA et al 2001)

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 47

A co-contraccedilatildeo eacute a accedilatildeo simultacircnea de agonista e antagonista no agachamento o agonista eacute o quadriacuteceps na extensatildeo do joelho e seu antagonista eacute o isquitibial Ela eacute comum nas accedilotildees musculares fortes e raacutepidas dos agonistas quando a atividade necessita de precisatildeo ou quando o indiviacuteduo eacute destreinado na tarefa (SALE 1988)

A co-contraccedilatildeo dos antagonistas acarreta uma accedilatildeo contraprodutiva porque os antagonistas realizam um torque oposto em relaccedilatildeo agrave direccedilatildeo pretendida pelos agonistas (KOMI 1992) Essa co-contraccedilatildeo dos antagonistas pode desencadear uma inibiccedilatildeo no agonista com o intuito de proteger a estrutura anatocircmica contra accedilotildees fortes e raacutepidas desempenhadas pelos muacutesculos (SALE 1988 SIMAtildeO 2003) Entretanto Gabriel et al (2001) natildeo observaram inibiccedilatildeo dos agonistas na co-contraccedilatildeo Talvez isso tenha ocorrido pelo fato de a musculatura ter aumentado a forccedila e o endurance

Nessa co-contraccedilatildeo quando o agonista atinge o fim da contraccedilatildeo muscular desencadeia uma resposta proprioceptiva do fuso muscular para contrair a musculatura antagonista ao movimento e acarretar uma resistecircncia a este (RASCH et al 1991) Imediatamente acontece uma resposta reflexa do OTG para propiciar uma inibiccedilatildeo em destreinados (prejudica a forccedila) ou facilitaccedilatildeo em treinados (otimiza a forccedila) no antagonista acontecendo relaxamento da musculatura (TOUMI et al 2001) O controle realizado pelo OTG eacute denominado de inibiccedilatildeo autogecircnica o treinamento de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia ou sessatildeo de salto em profundidade podem reduzir essa inibiccedilatildeo atraveacutes do aumento da forccedila resultando em movimentos mais econocircmicos e coordenados (WILMORE COSTILL 2001)

O deacuteficit bilateral pertence agrave coordenaccedilatildeo intermuscular sendo definido como uma reduccedilatildeo do impulso nervoso do sistema nervoso central (SNC) para as UMs durante a atividade de forccedila que envolva o uso de dois membros superiores eou inferiores (VANDERVOORT et al 1984) Em alguns casos o deacuteficit bilateral pode natildeo acontecer a forccedila gerada eacute idecircntica agrave atividade unilateral (SIMAtildeO 2003) Um dos motivos desse acontecimento eacute a baixa sensibilidade da eletromiografia na avaliaccedilatildeo dos muacutesculos com elevada hipetrofia (SIMAtildeO et al 2001b)

Fatores como a complexidade do impulso nervoso do SNC (VANDERVOORT et al 1987) a contraccedilatildeo concecircntrica de alta velocidade (SALE 1988) o aprendizado na coordenaccedilatildeo a reduccedilatildeo da accedilatildeo do antagonista (SIMAtildeO et al 2001b) a motivaccedilatildeo e o tipo de

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 48

fibra muscular de cada membro (SIMAtildeO 2003) podem ocasionar o deacuteficit bilateral

O fim ou a diminuiccedilatildeo do deacuteficit bilateral eacute conseguido atraveacutes do treino de forccedila por longo prazo nos dois braccedilos eou em ambos os membros inferiores (NEWTON KRAEMER 1994 SALE 1988) Em atividades em que acontecem movimentos simultacircneos de ambos os braccedilos ndash o caso do remo ndash natildeo observamos o deacuteficit bilateral na atividade de forccedila (KOMI 1992)

Contudo o deacuteficit bilateral ainda pode acontecer pela maior solicitaccedilatildeo de um membro no exerciacutecio ou na diferenccedila do recrutamento neural pelo efeito cruzado merecendo mais estudos porque seus mecanismos neurais ainda satildeo desconhecidos (SIMAtildeO et al 2001b)

A educaccedilatildeo cruzada eacute uma adaptaccedilatildeo neural observada no membro contralateral ou seja o braccedilo ou perna que natildeo realiza o trabalho tambeacutem aumenta a forccedila (HOTOBAacuteGYI et al 1997) Essa atividade tem sido muito utilizada na reabilitaccedilatildeo de lesotildees (KRAEMER HAumlKKINEN 2004)

Foram apresentadas ao leitor as principais adaptaccedilotildees neurais do treino de forccedila embora mais estudos sejam necessaacuterios para descobrir esses mecanismos fisioloacutegicos

Por exemplo escrevemos que a forccedila neural eacute a mais atuante nas 6 a 10 semanas (equivale a 1 mecircs e 14 dias a 2 meses e 14 dias) depois desse tempo a forccedila hipertroacutefica eacute a predominante Em recente pesquisa de Deschenes e Kraemer (2002) publicada no American Journal of Physiology Medicine and Rehabilitation (v 81 n 11 suplemento) foi demonstrado que o predomiacutenio da forccedila neural e hipertroacutefica oscila ao longo da temporada (explicaccedilatildeo na Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu de Musculaccedilatildeo da UGF pelo Professor Mestre Djalma Rabelo Ricardo em 13 de setembro de 2003) Inicialmente a forccedila neural eacute a mais atuante e apoacutes algumas semanas os fatores hipertroacuteficos satildeo dominantes vindo ocorrer uma ondulaccedilatildeo mais significativa da forccedila mais atuante a partir da 22a semana

Essa evidecircncia cientiacutefica natildeo eacute o ldquoestado da arterdquo apresentando-nos o quanto eacute necessaacuterio descobrir sobre as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treino de forccedila

Adaptaccedilotildees hipertroacuteficas do treinamento de forccedila

O aumento da forccedila tambeacutem acontece por fatores hipertroacuteficos (como mencionado anteriormente) sendo um acontecimento fisioloacutegico

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 49

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 50

marcante nos atletas que treinam musculaccedilatildeo (COLLIANDER TESCH 1990 KOMI HAumlKKINEN 1988) embora em modalidades de potecircncia ndash o caso de futebol voleibol lutas ndash seja prejudicial uma demasiada hipertrofia para o atleta desempenhar sua atividade (KOMI 1992) No entanto no trabalho de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia a hipertrofia que ocorre natildeo atrapalha o desempenho competitivo do jogador porque natildeo eacute demasiada

Nos estudos de salto em profundidade natildeo observamos pesquisas com o intuito de identificar os mecanismos fisioloacutegicos da hipertrofia dos membros inferiores do futebolista (DIALLO et al 2001 GAUFFIN et al 1988) As investigaccedilotildees de salto em profundidade estatildeo voltadas para evidenciar a elevaccedilatildeo do centro de gravidade (BOSCO KOMI 1980 HAumlKKINEN KOMI 1983) e a fadiga do atleta nessa sessatildeo (NICOL et al 1996 HORITA et al 1999) A uacutenica hipertrofia estudada eacute dos ossos dos membros inferiores ou seja o aumento da massa oacutessea e da densidade oacutessea (UNEMURA et al 1995 2002) VERKHOSHANSKI e GOMES (2000) afirmam que a hipertrofia nos membros inferiores do desportista praticante de salto em profundidade eacute miacutenima Cometti (2001) com base em constataccedilotildees empiacutericas tambeacutem considera uma miacutenima hipertrofia do executante de salto em profundidade

Entatildeo natildeo conhecemos os mecanismos fisioloacutegicos exatos da hipertrofia ocasionada pelo treino de salto em profundidade Acreditamos que devem ser similares aos da sessatildeo de musculaccedilatildeo

A hipertrofia acontece por causa dos seguintes componentes (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) aumento da quantidade e do tamanho das miofibrilas aumento do tamanho do tecido conjuntivo aumento da capilarizaccedilatildeo mais quantidade de fibras musculares e provavelmente aumento do nuacutemero de fibras musculares

O aumento no tamanho das miofibrilas estaacute relacionado com o acreacutescimo dos filamentos de actina e miosina agrave periferia das miofibrilas (SIMAtildeO 2003)

O aumento no nuacutemero de miofibrilas acontece atraveacutes de um desequiliacutebrio entre a banda A e I provavelmente da dilataccedilatildeo e obriga os filamentos de actina a tracionar a linha Z (COMETTI 2001) Com as contraccedilotildees musculares sucessivas essa traccedilatildeo desencadeia uma ruptura longitudinal nos discos Z e resulta em duas ou mais miofibrilas com o mesmo comprimento do sarcocircmero (KOMI 1992)

O aumento da proteiacutena contraacutetil durante a hipertrofia ocasiona reduccedilatildeo da densidade do volume da mitococircndria (ANTONIO GONYEA

1993) enquanto o retiacuteculo sarcoplasmaacutetico e a densidade do volume do tuacutebulo T aumentam de acordo com o volume da miofibrila (GOLDBERG et al 1975)

O colaacutegeno as ceacutelulas de elastina e fibras pertencem ao tecido conjuntivo O colaacutegeno eacute o componente mais importante do tecido conjuntivo

O tecido conjuntivo cobre os muacutesculos tendotildees e ligamentos tendo participaccedilatildeo na forccedila condutora do muacutesculo com o sistema osso-alavanca (SIMAtildeO 2003)

Para alguns pesquisadores o aumento do tecido conjuntivo pouco contribui para o aumento da forccedila mas eacute importante para a hipertrofia (BADILLO AYESTARAacuteN 2001)

O aumento da capilarizaccedilatildeo ou vascularizaccedilatildeo estaacute associado com o maior tamanho da musculatura acontecendo nas fibras tipo I ou tipo II (HATHER et al 1991) Em exerciacutecios de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima a quantidade de capilares diminui enquanto nos trabalhos de musculaccedilatildeo visando hipertrofia maacutexima ocorre acreacutescimo no nuacutemero de capilares (COMETTI 2001) Parece que essa diferenccedila de capilares em ambos os trabalhos estaacute relacionada com o nuacutemero de repeticcedilotildees

O aumento no tamanho das fibras musculares acontece em fibras tipo I e tipo II no atleta que pratica musculaccedilatildeo (McDONAGH DAVIES 1984) Geralmente nas fibras tipo II acontece em maior quantidade o aumento do tamanho quando comparamos com as fibras musculares tipo I (BADILLO AYESTARAacuteN 2001 HAumlKKINEN et al 1985)

O aumento no tamanho das fibras estaacute relacionado com a geneacutetica do praticante (KOMI 1992) Outro fator que influencia o aumento no tamanho das fibras musculares estaacute relacionado com o volume a intensidade e a duraccedilatildeo do treinamento (ABERNETHY et al 1994) O tipo de capacidade fiacutesica praticada na sessatildeo de forccedila tambeacutem influencia o aumento na dimensatildeo da fibra muscular (GOLDSPINK 1991)

Merece atenccedilatildeo o fato de que o tipo de exerciacutecio prescrito na sessatildeo de musculaccedilatildeo influencia o aumento da dimensatildeo da fibra muscular Exerciacutecios uniarticulares conseguem melhor hipertrofia do que os multiarticulares (Sale 1998 citado pelo Professor Mestre Djalma Rabelo Ricardo - explicaccedilatildeo na Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu 10 de setembro de 2002) embora as chances de lesatildeo sejam menores no trabalho multiarticular (DELECLUSE et al 1995)

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 51

A ceacutelula sateacutelite tem funccedilatildeo de reconstruir o material contraacutetil danificado e facilitar o crescimento e a manutenccedilatildeo da fibra muscular (ANTONIO GOYNEA 1993) Elas localizam-se entre a lacircmina basal do muacutesculo e o sarcolema das miofibrilas (ADAMS 1998)

A ceacutelula sateacutelite eacute distribuiacuteda de maneira uniforme na musculatura mas se o tecido estiver com microlesotildees elas migram e multiplicam-se no local afetado (KADI 2000) vindo fundir-se com a fibra muscular e doar seu mionuacutecleo com o intuito de restaurar a fibra (ADAMS 1998 KADI 2000)

Vaacuterios estudos sugerem que a proliferaccedilatildeo da ceacutelula sateacutelite proporciona regeneraccedilatildeo da fibra e compensa com a hipertrofia muscular aumentando a quantidade de actina e miosina (ADAMS 1998)

As ceacutelulas sateacutelites satildeo mais abundantes nos animais jovens e diminuem agrave medida que a idade avanccedila (SIMAtildeO 2003) Elas satildeo predominantes nas fibras tipo I talvez porque sejam mais usadas e eacute provaacutevel que a maior capilarizaccedilatildeo ajude nesse acontecimento

A hiperplasia natildeo eacute totalmente conhecida parece que as ceacutelulas sateacutelites causam essa reaccedilatildeo fisioloacutegica proveniente do treino de musculaccedilatildeo (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) Alguns pesquisadores afirmam que a hiperplasia aparece a partir de novas fibras das ceacutelulas sateacutelites que tentam restaurar a fibra muscular danificada ou atraveacutes da divisatildeo longitudinal de uma fibra hipertrofiada dividindo-se em duas ou mais (McARDLE et al 1998) Apesar dessas explicaccedilotildees mais investigaccedilotildees precisam ser feitas para descobrirmos os mecanismos fisioloacutegicos da hiperplasia sendo evidenciada apenas em animais (ABERNETHY et al 1994 KADI et al 2000) Bacurau et al (2001) afirmam que se a hiperplasia acontecer em humanos pode natildeo ser maior do que 5 embora existam controveacutersias para tais afirmaccedilotildees Contudo se alguma investigaccedilatildeo evidenciar a hiperplasia natildeo eacute o ldquoestado da arterdquo merecendo novas identificaccedilotildees desse fenocircmeno fisioloacutegico para corroborarmos a existecircncia em humanos

Segundo WIilmore e Costill (2001) poucos estudos identificaram a hiperplasia em seres humanos como eacute o caso da pesquisa de Kadi et al (1999) que observaram a hiperplasia no trapeacutezio de 10 levantadores de peso de elite suecos

Outro acontecimento fisioloacutegico decorrente do treino de forccedila eacute a alta probabilidade de as fibras tipo I serem convertidas em tipo II (FLECK KRAEMER 1999) principalmente se o trabalho for de alta intensidade

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 52

(BACURAU et al 2001) ndash caso ocorrido na sessatildeo de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia e no treino de salto em profundidade

CONCLUSAtildeO

Esta revisatildeo apresentou os principais mecanismos fisioloacutegicos decorrentes do treino de forccedila maacutexima eou potecircncia e da sessatildeo de salto em profundidade em atletas de desportos de potecircncia Entretanto satildeo necessaacuterios mais estudos porque a maioria das investigaccedilotildees ocorre em natildeo - atletas talvez os resultados possam ser diferentes se forem investigados em competidores de desportos de potecircncia

Esperamos que os cientistas tentem descobrir novas adaptaccedilotildees fisioloacutegicas sobre a sessatildeo de forccedila em atletas de desportos de potecircncia com o intuito de auxiliar na prescriccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do treinamento

ABSTRACT

The objective of this review was to explain the main physiological adaptations resulting from the maximum strength andor potency training and depth jumping sessions in order to facilitate the prescription and evaluation of strength training for strength athletes There are few studies on the physiological adaptations occurred in potent competitors once most investigations are carried out with non-athletes Keywords strength training physiological adaptation strength sports

REFEREcircNCIAS ABERNETHY P J JUumlRIMAumlE J LOGAN P A TAYLOR A W THAYER R E Acute and chronic response of skeletal muscle to resistance exercise Sports Medicine v 17 n 1 p 22-38 1994 ADAMS G R Role of insulin-like growth factor-I in the regulation of skeletal muscle adaptation to increased loading Exercise and Sport Sciences Reviews v 26 p 31-60 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 53

ANTONIO J GONYEA W J Skeletal muscle fiber hyperplasia Medicine and Science in Sports and Exercise v 25 n 12 p 1333shy1345 1993 BACURAU R F NAVARRO F UCHIDA M C ROSA L F B P C Hipertrofia-hiperplasia Satildeo Paulo Phorte 2001 p 60-68 116-118 BADILLO J J G AYESTARAacuteN E G Fundamentos do treinamento de forccedila 2 ed Porto Alegre Artmed 2001 p 58-91 124 e 125 130 169-172 186 e 188 BAKER D NANCE S MOORE M The load that maximizes the average mechanical power output during jump squats in power-trained athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 92-97 2001 BARBANTI V J Adaptaccedilotildees produzidas pelo treinamento fiacutesico In AMADIO A C BARBANTI V J (Orgs) Biodinacircmica do movimento humano e suas relaccedilotildees interdisciplinares Satildeo Paulo USP e Estaccedilatildeo Liberdade 2000 p 163-174 BOBBERT M F Drop jumping as a training method for jumping ability Sports Medicine v 9 n 1 p 7-22 1990 BOMPA T O Treinamento de potecircncia para o esporte Satildeo Paulo Phorte 2004 p 61 e 62 BOSCO C KOMI P V Influence of aging on the mechanical behavior of leg extensor muscles European Journal of Applied Physiology v 45 n 2-3 p 209-219 1980 BRANDENBURG J P DOCHERTY D The effects of accentuated eccentric loading on strength muscle hypertrophy and neural adaptations in trained individuals Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 25-32 2002 BRASIL R L O CONCEICcedilAtildeO F L COELHO C W REBELLO C V ARAUacuteJO C G S VAISMAN M Efeitos do treinamento fiacutesico contra resistecircncia Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo v 45 n 2 p 134-140 2001 CARVALHO J OLIVEIRA J MAGALHAtildeES J ASCENSAtildeO A MOTA J SOARES J M C Efeito de um programa de treino em idosos Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 17 n 1 p 74-84 2003 CLAASSEN H GERBER C HOPPELER H LUumlTHI J-M VOCK P Muscle filament spacing and short-term heavy-resistance exercise in humans Journal of Physiology v 409 p 491-495 1989

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 54

COLLIANDER E B TESCH P A Effects of eccentric and concentric muscle actions in resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 140 p 31-39 1990 COMETTI G Los meacutetodos modernos de musculacioacuten Barcelona Paidotribo 2001 p 29-58 62-71 153 COSTILL D L COYLE E F FINK W F LESMES G R WITZMANN F A Adaptations in skeletal muscle following strength training Journal of Applied Physiology respiratory environment and exercise physiology v 46 n 1 p 96-99 1979 CRATE T Analysis of the lat pulldown Strength and Conditioning Journal p 26-29 1997 DANTAS E H M A praacutetica da preparaccedilatildeo fiacutesica 3 ed Rio de Janeiro Shape 1995 p 210-213 DELECLUSE C COPPENOLLE H V WILLEMS E LEEMPUTTE M V DIELS R GORIS M Influence of high-resistance and highshyvelocity training on sprint performance Medicine and Science in Sports and Exercise v 27 n 8 p 1203-1209 1995 DeRENNE C HO K W MURPHY J C Effects of general special and specific resistance training on throwing velocity in baseball Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 148-156 2001 DIALLO O DORE E DUCHE P VANPRAAGH E Effects of plyometric training followed by a reduced training programme on physical performance in prepubescent soccer player Journal of Sports Medicine and Physical Fitness v 41 n 3 p 342-348 2001 DOAN B K et al Effects on increased loading on bench press 1RM Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 9-13 2002 EWING JUNIOR J L WOLFE D R ROGERS M A AMUNDSON M L STULL G A Effects of velocity of isokinetic training on strength power and quadriceps muscle fibre characteristics European Journal of Applied Physiology v 61 n 1-2 p 159-162 1990 FAIGENBAUM A D WESTCOTT W L LOUD R L R LONG C The effects of different resistance training Pediatrics v 104 n 1 p 1-7 1999 FIRMINO C A O Comparaccedilatildeo da forccedila do quadriacuteceps em indiviacuteduos em um trabalho mucular nos acircngulos de 90 e 120 graus Anuaacuterio das Faculdades Claretianas n 1 p 4-7 1992

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 55

FLECK S J KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artmed 1999 p 124-144 FONSECA S T SILVA P L OCARINO J M URSINE P G S Anaacutelise de um meacutetodo eletromiograacutefico para quantificaccedilatildeo de co-contraccedilatildeo muscular Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 n 3 p 23-30 2001 GABRIEL D A BASFORD J R AN K-N Neural adaptations to fatigue Medicine and Science in Sports and Exercisev 33 n 8 p 1354-1360 2001 GAUFFIN H EKSTRAND J TROPP H Improvement of vertical jump performance in soccer players after specific training Journal of Human Movement Studiesv 15 p 185-190 1988 GOLDBERG A L ETLINGER J D GOLDSPINK D F JABLECKI C Mechanism of work-induced hypertrophy of skeletal muscle Medicine and Science in Sport v 7 n 4 p 248-261 1975 GOLDSPINK D P Exercise-related changes in protein turnover in mammalian striated muscle Journal of Experimental Biology v 160 p 127-148 1991 HAumlKKINEN K Maximal force explosive strength and speed in female volleyball and basketball players Journal of Human Movement Studies v 16 p 291-303 1989 HAumlKKINEN K KOMI P V Alterations of mechanical charateristics of human skeletal muscle during strength training European Journal of Applied Physiology v 50 n 2 p 161-172 1983 HAumlKKINEN K ALEacuteN M KOMI P V Changes in isometric force-and relaxation-time Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 573shy585 1985 HAumlKKINEN K KOMI P V ALEacuteN M Effect of explosive type strength training Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 587-600 1985 HATHER B M TESCH P A BUCHANAN P DUDLEY G A Influence of eccentric actions on skeletal muscle adaptations to resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 143 p 177-185 1991 HORITA T KOMI P V NICOL C KYROumlLAumlINEN H Effect of exhausting stretch-shortening cycle exercise European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 160-167 1999

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 56

HORTOBAacuteGYI T LAMBERT N J HILL J P Greater cross education following training with muscle lengthening than shortening Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 107-112 1997 KADI F Adaptation of human skeletal muscle to training and anabolic steroids Acta Physiologica Scandinavica v 168 Supplementum 646 p 1-42 2000 KADI F EIKSSON A HOLMNER S BUTLER-BROWNE G S THORNELL L-E Cellular adaptation of the trapezius muscle in strength-trained athletes Histochemistry Cellule Biology v 111 p 189-195 1999 KETTUNEN J A KUJALA U M RAumlTY H SARNA S Jumping height in former elite athletes European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 197-201 1999 KOMI P V Strength and power in sport Oxford Blackwell 1992 p 211-265 384 KOMI P V HAumlKKINEN K Strength and power In DIRIX A KNUTTGEN H G TITEL K Olympic book of sports medicine Oxford Blackwell 1988 p 181-193 KRAEMER W J HAumlKKINEN K Treinamento de forccedila para o esporte Porto Alegre Armed 2004 p 15-47 79-142 LINNAMO V NEWTON R U HAumlKKINEN K KOMI P V DAVIE A McGUIGAN M TRIPLETT-McBRIDE T Neuromuscular responses to explosive and heavy resistance loading Journal of Electromyography and Kinesiology v 10 p 417-424 2000 MacDOUGALL J D Adaptability of muscle to strength training ndash cellular approach In SALTIN B (Edit) Biochemistry of exercise VI Champaign Human Kinetics 1986 p 501-511 MARQUES JUNIOR N K Voleibol biomecacircnica e musculaccedilatildeo aplicadas Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 2001 p 83 MASAMOTO N LARSON R GATES T FAIGENBAUM A Acute effects of plyometric exercise on maximum squat performance in male athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 17 n 1 p 68-71 2003 McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p 422 e 423

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 57

McBRIDE R et al The effect of heavy-vs light-load jump squats on the development of strength power and speed Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 75-82 2002 McDONAGH M J N DAVIES C T M Adaptive response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads European Journal of Applied Physiology v 52 p 139-155 1984 McLESTER JUNIOR J R BISHOP P GUILLIAMS M E Comparison of 1 day and 3 day per week of equal-volume resistance training in experienced subjects Journal of Strength and Conditioning Research v 14 n 3 p 273-281 2000 MOREIRA A SOUZA M R P Controle da dinacircmica do arremesso do basquetebolista durante a etapa concentrada de forccedila Revista Treinamento Desportivo v 5 n 1 p 74-78 2000 MORITANI T MURO M Motor unit activity and surface electromyogram power spectrum during increasing force of contraction European Journal of Applied Physiology v 56 n 3 p 260-265 1987 NEWTON R U KRAEMER W J Developing explosive muscular power Journal and Strength and Conditioning Research v 16 n 5 p 20-31 1994 NICOL C KOMI P V HORITA T KYROumlLAumlINEN H TAKALA T E S Reduced stretch-reflex sensitivity after exhausting stretch-shortening cycle European Journal of Applied Physiology v 72 n 5-6 p 401shy409 1996 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K RUSKO H Effects of explosive type strength training on physical performance characteristics in crossshycountry skiers European Journal of Applied Physiology v 62 n 4 p 251-255 1991 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K HAumlMAumlLAumlINEN T NUMMELA A RUSKO H Explosive strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power Journal of Applied Physiology v 86 n 5 p 1527-1533 1999 RASCH P J COLABORADORES Cinesiologia e anatomia aplicada 7 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 p 37 e 38 RHEA M R ALVAR B A BALL S D BURKETT L N Three sets of weight training superior to 1 set with equal intensity for eliciting strength Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 525shy529 2002

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 58

SALE D G Neural adaptation to resistance training Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 n 5 p 135-145 1988 SANTOS P SILVA P JARDIM N O remate de futebol caracterizaccedilatildeo biomecacircnica e consideraccedilatildeo para o treino de forccedila raacutepida Revista Digital de Educacioacuten Fiacutesica y Deportes v 10 n 72 1-9 2004 Encontrado (18052004) wwwefdeportescom SCHLUMBERGER A STEC J SCHMIDTBLEICHER D Single-vs multiple-set strength training in women Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 3 p 284-289 2001 SIGNORILE J E ZINK A J SZWED S P A comparative electromyographical investigation of muscle utilization patters using various hand positions during the lat pull-down Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 539-546 2002 SFORZO G A TOUEY P F Manipulating exercise order affects muscular performance during resistance exercise Journal of Strength and Conditioning Research v 10 n 1 p 20-24 1996 SILVA J A B GONCcedilALVES M Levantamento terra um estudo eletromiograacutefico Revista Mineira de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 8 n 1 p 70-81 2000 SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Fidedignidade inter e intra dias de um teste de potecircncia muscular Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 4 p 118-124 2001a SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Potecircncia muscular maacutexima na flexatildeo do cotovelo uni e bilateral Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 5 p 157-162 2001b SIMAtildeO R Fundamentos fisioloacutegicos para o treinamento de forccedila e potecircncia Satildeo Paulo Phorte 2003 p 21 (introduccedilatildeo) 72-188 TESCH P A THORSSON A FUJITSUKA N Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise Journal of Applied Physiology v 66 n 4 p 1756-1759 1989 TOUMI H THIERY C MAITRE S MARTIN A VANNEUVILLE G POUMARAT G Training effects of amortization phase with eccentric concentric variations International Journal of Sports Medicine v 22 n 8 p 605-610 2001 UGRINOWITSCH C BARBANTI V J O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 12 n 1 p 85-94 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 59

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60

Page 2: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

acordo com as necessidades da modalidade Aleacutem de ser bem elaborado o conhecimento fisioloacutegico eacute a chave para os responsaacuteveis pela sessatildeo conseguirem sucesso na sessatildeo de forccedila (FLECK KRAEMER 1999)

Esta revisatildeo tem o intuito de explicar as principais adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento de forccedila maacutexima forccedila de potecircncia e na sessatildeo de salto em profundidade em atletas de desportos de potecircncia porque vai facilitar para o profissional do desporto a prescriccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do treinamento

PRINCIPAIS ADAPTACcedilOtildeES NEUROMUSCULARES PROVOCADAS PELO TREINAMENTO DE FORCcedilA

Caracteriacutesticas fisioloacutegicas do treino de forccedila para desportos de potecircncia

O treino de forccedila praticado por atletas de modalidades de potecircncia consiste de musculaccedilatildeo para exercitar as capacidades fiacutesicas de forccedila maacutexima eou potecircncia sendo realizado de preferecircncia pelo treino baliacutestico na segunda valecircncia fiacutesica (KRAEMER HAumlKKINEN 2004) Outro treinamento bastante difundido para propiciar elevaccedilatildeo do centro de gravidade e maximizar a corrida de velocidade recomendado por Gauffin et al (1988) satildeo as sessotildees de salto em profundidade

Sessotildees de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima possuem uma a seis repeticcedilotildees (BRANDENBURG DOCHERTY 2002) com velocidade lenta e carga entre 85 e 100 (MARQUES JUNIOR 2001) O metabolismo mais atuante nessa sessatildeo eacute o creatinofosfato (COSTILL et al 1979) e a forccedila predominante eacute a neural (HAumlKKINEN 1989 DOAN et al 2002) com maior solicitaccedilatildeo das fibras IIb (EWING JUNIOR et al 1990) e tendo a hipertrofia miofibrilar como a mais abundante (CLAASSEN et al 1989) O objetivo dessa sessatildeo eacute maximizar a forccedila maacutexima (McDOUGALL 1986) do desportista embora ela cause uma fadiga neural mais acentuada do que o trabalho de forccedila de potecircncia na musculaccedilatildeo (LINNAMO et al 2000) merecendo uma pausa entre as seacuteries mais duradouras

A forccedila maacutexima atinge seu aacutepice entre 16 e 20 semanas nos homens e 4 e 8 semanas nas mulheres (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) sendo proveniente da sessatildeo de musculaccedilatildeo

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 44

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 45

O treinamento de musculaccedilatildeo de forccedila de potecircncia eacute praticado com 6 a 10 repeticcedilotildees (MARQUES JUNIOR 2001) em alta velocidade (SILVA GONCcedilALVES 2000) e tendo a carga como uma incoacutegnita (SIMAtildeO 2003) porque os pesquisadores sugerem um porcentagem de carga de acordo com os resultados do seu estudo (DeRENNE et al 2001 SIMAtildeO et al 2001a McBRIDE et al 2002) SIMAtildeO et al (2001b) recomendam o uso do tensiocircmetro Fitrodyne para estabelecer a carga da sessatildeo

O sistema energeacutetico mais solicitado no treino de forccedila de potecircncia eacute a via dos fosfagecircnios (TESCH et al 1989) sendo a forccedila neural a predominante (BAKER et al 2001) com maior participaccedilatildeo das fibras IIb (EWING et al 1990) e maior abundacircncia da sarcoplasmaacutetica (BRASIL et al 2001) Essa sessatildeo tem o intuito de otimizar a forccedila de potecircncia do atleta (KRAEMER HAumlKKINEN 2004) atingindo seu aacutepice em 8 semanas para mulheres e em 16 a 20 semanas para homens (BADILLO AYESTARAacuteN 2001)

Para Dantas (1995) as sessotildees de salto em profundidade possuem um nuacutemero de 5 a 10 repeticcedilotildees sendo praticadas em maacutexima velocidade (VERKHOSHANSKI 1973) e tendo a altura de queda de 20 a 110 cm (BOBBERT 1990)

A via energeacutetica mais atuante eacute a ATP-CP no salto em profundidade (UGRINOWITSCH BARBANTI 1998) e a forccedila predominante eacute neural (DELECLUSE et al 1995) possuindo mais atuaccedilatildeo das fibras IIb (MASAMOTO et al 2003) e com hipertrofia sarcoplasmaacutetica em maior quantidade (BARBANTI 2000) O salto em profundidade visa agrave melhora da forccedila reativa e o auge dessa capacidade fiacutesica natildeo eacute encontrado na literatura

Fatores que influenciam o aumento da forccedila

Para Bacurau et al (2001) o treino de musculaccedilatildeo deve ser praticado no fim da tarde ou no comeccedilo da noite porque o pico do hormocircnio do crescimento e o da testosterona satildeo mais altos e proporcionam aumento e forccedila mais significativos Um dos principais motivos para se praticar a musculaccedilatildeo eacute aumentar a forccedila (CARVALHO et al 2003 FAIGENBAUM et al 1999 VICENT et al 2002) porque otimiza o salto vertical (KETTUNEN et al 1999) auxilia no remate do jogador (SANTOS SILVA 2004) melhora a corrida de velocidade (DELECLUSE et al 1995) entre outros

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 46

Adaptaccedilotildees neurais do treinamento de forccedila

Outro fator que melhora a forccedila eacute a praacutetica da musculaccedilatildeo por trecircs vezes na semana quando comparada com uma vez (McLESTER JUNIOR et al 2000) A modificaccedilatildeo da ordem dos exerciacutecios tambeacutem influencia o aumento da forccedila ou seja o professor deve descobrir qual sequumlecircncia de exerciacutecios otimiza mais a forccedila do praticante o que pode ser aferido pelo teste de 8RM (SFORZO TOUEY 1996) Muacuteltiplas seacuteries otimizam mais a forccedila em atletas ou pessoas treinadas do que uma seacuterie (RHEA et al 2002 SCHLUMBERGER et al 2001) e o acircngulo em que eacute executado o exerciacutecio de musculaccedilatildeo obteacutem maior maximizaccedilatildeo da forccedila do que os demais (FIRMINO 1992) Por esse motivo devemos realizar o trabalho de musculaccedilatildeo similarmente agrave teacutecnica desportiva a fim de conseguir a transferecircncia da forccedila para o movimento competitivo da modalidade (FLECK KRAEMER 1999)

A forma de execuccedilatildeo do exerciacutecio contra-resistecircncia influencia a otimizaccedilatildeo da forccedila no trabalho de puxada no pulley a realizada pela frente gera um maior pico de forccedila do que a por traacutes (SIGNORILE et al 2002) Tambeacutem a puxada pela frente no pulley tem menos probabilidade de lesar o praticante (CRATE 1997)

Nas sessotildees de j um dos objetivos eacute otimizar a forccedila reativa (mencionado anteriormente) dos membros inferiores (VERKHOSHANSKI 1996) podendo esta ser melhorada se a sessatildeo for praticada em alta velocidade (YOUNG et al 1999) com altura de queda adequada aos atletas (VIITASALO et al 1998) com longa pausa entre as seacuteries (BOMPA 2004) e outros fatores que merecem pesquisas

O aumento da forccedila maacutexima (HAumlKKINEN et al 1985) a melhora da forccedila de potecircncia (PAAVOLAINEN et al 1991) e a otimizaccedilatildeo da forccedila reativa (PAAVOLAINEN et al 1999) estatildeo relacionados com fatores neurais e hipertroacuteficos (HAumlKKINEN et al 1985 PAAVOLAINEN et al 1991 1999)

Na fase inicial do treinamento de musculaccedilatildeo (cerca de 6 a 10 semanas) o ganho de forccedila eacute predominantemente neural apoacutes esse periacuteodo os fatores hipertroacuteficos satildeo os mais responsaacuteveis pela maximizaccedilatildeo da forccedila (BACURAU et al 2001) Por esse motivo na fase inicial do treino de musculaccedilatildeo acontece uma hipertrofia

insignificante (FLECK KRAEMER 1999) Quanto agraves sessotildees de salto em profundidade natildeo observamos estudos que expliquem o predomiacutenio da forccedila neural ou hipertroacutefica

O incremento da forccedila neural desencadeia uma frequumlecircncia de estiacutemulos mais acentuada para cada unidade motora (UM) que ocasiona maior recrutamento destas (SIMAtildeO 2003 MORITANI MURO 1987) Geralmente no trabalho de forccedila maacutexima forccedila de potecircncia e salto em profundidade as UMs mais potentes satildeo ativadas imediatamente (ZATSIORSKY 1999)

A frequumlecircncia dos estiacutemulos pode variar de 8 a 60 Hz (COMETTI 2001) Na atividade de forccedila maacutexima a frequumlecircncia situa entre 50 e 60 Hz (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) no exerciacutecio de potecircncia com ou sem carga (por exemplo no salto em profundidade) os tempos satildeo breves (100 ms) e a frequumlecircncia atinge 150 Hz (COMETTI 2001)

Badillo e Ayestaraacuten (2001) concluem O treino de forccedila maacutexima

ou de potecircncia satildeo interessantes para melhorarmos a frequumlecircncia de

estiacutemulos e o recrutamento das UM no desportista (p 170) O outro mecanismo fisioloacutegico pertencente agrave coordenaccedilatildeo

intramuscular eacute o aumento da sincronizaccedilatildeo das UMs (GABRIEL et al 2001 MOREIRA SOUZA 2000) sendo melhorado atraveacutes do treino de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia por sessotildees de salto em profundidade (BADILLO AYESTARAacuteN 2001)

A sincronizaccedilatildeo das UMs permite uma geraccedilatildeo de forccedila mais raacutepida e coordenada ou seja um maior nuacutemero de UM se contrai ao mesmo tempo com menor frequumlecircncia de estiacutemulos Isso acontece porque os oacutergatildeos tendinosos de Golgi (OTG) realizam inibiccedilatildeo ou facilitaccedilatildeo para propiciar a accedilatildeo neuromuscular (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) Portanto a sincronizaccedilatildeo otimizada refletiraacute em maiores niacuteveis de forccedila (SALE 1988)

A coordenaccedilatildeo intermuscular eacute outro meio de o atleta conseguir maximizar a forccedila atraveacutes do treino de musculaccedilatildeo eou de salto em profundidade A melhora dessa coordenaccedilatildeo facilita a interaccedilatildeo de diferentes grupos musculares ndash por exemplo a relaccedilatildeo entre agonista e sinergista Tambeacutem observamos uma otimizaccedilatildeo na relaccedilatildeo entre agonista e antagonista a co-contraccedilatildeo que consiste na contraccedilatildeo simultacircnea de dois ou mais muacutesculos ao redor de uma articulaccedilatildeo propiciando melhor estabilizaccedilatildeo articular dinacircmica ou para reduzir a dificuldade do aprendizado motor (FONSECA et al 2001)

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 47

A co-contraccedilatildeo eacute a accedilatildeo simultacircnea de agonista e antagonista no agachamento o agonista eacute o quadriacuteceps na extensatildeo do joelho e seu antagonista eacute o isquitibial Ela eacute comum nas accedilotildees musculares fortes e raacutepidas dos agonistas quando a atividade necessita de precisatildeo ou quando o indiviacuteduo eacute destreinado na tarefa (SALE 1988)

A co-contraccedilatildeo dos antagonistas acarreta uma accedilatildeo contraprodutiva porque os antagonistas realizam um torque oposto em relaccedilatildeo agrave direccedilatildeo pretendida pelos agonistas (KOMI 1992) Essa co-contraccedilatildeo dos antagonistas pode desencadear uma inibiccedilatildeo no agonista com o intuito de proteger a estrutura anatocircmica contra accedilotildees fortes e raacutepidas desempenhadas pelos muacutesculos (SALE 1988 SIMAtildeO 2003) Entretanto Gabriel et al (2001) natildeo observaram inibiccedilatildeo dos agonistas na co-contraccedilatildeo Talvez isso tenha ocorrido pelo fato de a musculatura ter aumentado a forccedila e o endurance

Nessa co-contraccedilatildeo quando o agonista atinge o fim da contraccedilatildeo muscular desencadeia uma resposta proprioceptiva do fuso muscular para contrair a musculatura antagonista ao movimento e acarretar uma resistecircncia a este (RASCH et al 1991) Imediatamente acontece uma resposta reflexa do OTG para propiciar uma inibiccedilatildeo em destreinados (prejudica a forccedila) ou facilitaccedilatildeo em treinados (otimiza a forccedila) no antagonista acontecendo relaxamento da musculatura (TOUMI et al 2001) O controle realizado pelo OTG eacute denominado de inibiccedilatildeo autogecircnica o treinamento de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia ou sessatildeo de salto em profundidade podem reduzir essa inibiccedilatildeo atraveacutes do aumento da forccedila resultando em movimentos mais econocircmicos e coordenados (WILMORE COSTILL 2001)

O deacuteficit bilateral pertence agrave coordenaccedilatildeo intermuscular sendo definido como uma reduccedilatildeo do impulso nervoso do sistema nervoso central (SNC) para as UMs durante a atividade de forccedila que envolva o uso de dois membros superiores eou inferiores (VANDERVOORT et al 1984) Em alguns casos o deacuteficit bilateral pode natildeo acontecer a forccedila gerada eacute idecircntica agrave atividade unilateral (SIMAtildeO 2003) Um dos motivos desse acontecimento eacute a baixa sensibilidade da eletromiografia na avaliaccedilatildeo dos muacutesculos com elevada hipetrofia (SIMAtildeO et al 2001b)

Fatores como a complexidade do impulso nervoso do SNC (VANDERVOORT et al 1987) a contraccedilatildeo concecircntrica de alta velocidade (SALE 1988) o aprendizado na coordenaccedilatildeo a reduccedilatildeo da accedilatildeo do antagonista (SIMAtildeO et al 2001b) a motivaccedilatildeo e o tipo de

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 48

fibra muscular de cada membro (SIMAtildeO 2003) podem ocasionar o deacuteficit bilateral

O fim ou a diminuiccedilatildeo do deacuteficit bilateral eacute conseguido atraveacutes do treino de forccedila por longo prazo nos dois braccedilos eou em ambos os membros inferiores (NEWTON KRAEMER 1994 SALE 1988) Em atividades em que acontecem movimentos simultacircneos de ambos os braccedilos ndash o caso do remo ndash natildeo observamos o deacuteficit bilateral na atividade de forccedila (KOMI 1992)

Contudo o deacuteficit bilateral ainda pode acontecer pela maior solicitaccedilatildeo de um membro no exerciacutecio ou na diferenccedila do recrutamento neural pelo efeito cruzado merecendo mais estudos porque seus mecanismos neurais ainda satildeo desconhecidos (SIMAtildeO et al 2001b)

A educaccedilatildeo cruzada eacute uma adaptaccedilatildeo neural observada no membro contralateral ou seja o braccedilo ou perna que natildeo realiza o trabalho tambeacutem aumenta a forccedila (HOTOBAacuteGYI et al 1997) Essa atividade tem sido muito utilizada na reabilitaccedilatildeo de lesotildees (KRAEMER HAumlKKINEN 2004)

Foram apresentadas ao leitor as principais adaptaccedilotildees neurais do treino de forccedila embora mais estudos sejam necessaacuterios para descobrir esses mecanismos fisioloacutegicos

Por exemplo escrevemos que a forccedila neural eacute a mais atuante nas 6 a 10 semanas (equivale a 1 mecircs e 14 dias a 2 meses e 14 dias) depois desse tempo a forccedila hipertroacutefica eacute a predominante Em recente pesquisa de Deschenes e Kraemer (2002) publicada no American Journal of Physiology Medicine and Rehabilitation (v 81 n 11 suplemento) foi demonstrado que o predomiacutenio da forccedila neural e hipertroacutefica oscila ao longo da temporada (explicaccedilatildeo na Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu de Musculaccedilatildeo da UGF pelo Professor Mestre Djalma Rabelo Ricardo em 13 de setembro de 2003) Inicialmente a forccedila neural eacute a mais atuante e apoacutes algumas semanas os fatores hipertroacuteficos satildeo dominantes vindo ocorrer uma ondulaccedilatildeo mais significativa da forccedila mais atuante a partir da 22a semana

Essa evidecircncia cientiacutefica natildeo eacute o ldquoestado da arterdquo apresentando-nos o quanto eacute necessaacuterio descobrir sobre as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treino de forccedila

Adaptaccedilotildees hipertroacuteficas do treinamento de forccedila

O aumento da forccedila tambeacutem acontece por fatores hipertroacuteficos (como mencionado anteriormente) sendo um acontecimento fisioloacutegico

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 49

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 50

marcante nos atletas que treinam musculaccedilatildeo (COLLIANDER TESCH 1990 KOMI HAumlKKINEN 1988) embora em modalidades de potecircncia ndash o caso de futebol voleibol lutas ndash seja prejudicial uma demasiada hipertrofia para o atleta desempenhar sua atividade (KOMI 1992) No entanto no trabalho de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia a hipertrofia que ocorre natildeo atrapalha o desempenho competitivo do jogador porque natildeo eacute demasiada

Nos estudos de salto em profundidade natildeo observamos pesquisas com o intuito de identificar os mecanismos fisioloacutegicos da hipertrofia dos membros inferiores do futebolista (DIALLO et al 2001 GAUFFIN et al 1988) As investigaccedilotildees de salto em profundidade estatildeo voltadas para evidenciar a elevaccedilatildeo do centro de gravidade (BOSCO KOMI 1980 HAumlKKINEN KOMI 1983) e a fadiga do atleta nessa sessatildeo (NICOL et al 1996 HORITA et al 1999) A uacutenica hipertrofia estudada eacute dos ossos dos membros inferiores ou seja o aumento da massa oacutessea e da densidade oacutessea (UNEMURA et al 1995 2002) VERKHOSHANSKI e GOMES (2000) afirmam que a hipertrofia nos membros inferiores do desportista praticante de salto em profundidade eacute miacutenima Cometti (2001) com base em constataccedilotildees empiacutericas tambeacutem considera uma miacutenima hipertrofia do executante de salto em profundidade

Entatildeo natildeo conhecemos os mecanismos fisioloacutegicos exatos da hipertrofia ocasionada pelo treino de salto em profundidade Acreditamos que devem ser similares aos da sessatildeo de musculaccedilatildeo

A hipertrofia acontece por causa dos seguintes componentes (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) aumento da quantidade e do tamanho das miofibrilas aumento do tamanho do tecido conjuntivo aumento da capilarizaccedilatildeo mais quantidade de fibras musculares e provavelmente aumento do nuacutemero de fibras musculares

O aumento no tamanho das miofibrilas estaacute relacionado com o acreacutescimo dos filamentos de actina e miosina agrave periferia das miofibrilas (SIMAtildeO 2003)

O aumento no nuacutemero de miofibrilas acontece atraveacutes de um desequiliacutebrio entre a banda A e I provavelmente da dilataccedilatildeo e obriga os filamentos de actina a tracionar a linha Z (COMETTI 2001) Com as contraccedilotildees musculares sucessivas essa traccedilatildeo desencadeia uma ruptura longitudinal nos discos Z e resulta em duas ou mais miofibrilas com o mesmo comprimento do sarcocircmero (KOMI 1992)

O aumento da proteiacutena contraacutetil durante a hipertrofia ocasiona reduccedilatildeo da densidade do volume da mitococircndria (ANTONIO GONYEA

1993) enquanto o retiacuteculo sarcoplasmaacutetico e a densidade do volume do tuacutebulo T aumentam de acordo com o volume da miofibrila (GOLDBERG et al 1975)

O colaacutegeno as ceacutelulas de elastina e fibras pertencem ao tecido conjuntivo O colaacutegeno eacute o componente mais importante do tecido conjuntivo

O tecido conjuntivo cobre os muacutesculos tendotildees e ligamentos tendo participaccedilatildeo na forccedila condutora do muacutesculo com o sistema osso-alavanca (SIMAtildeO 2003)

Para alguns pesquisadores o aumento do tecido conjuntivo pouco contribui para o aumento da forccedila mas eacute importante para a hipertrofia (BADILLO AYESTARAacuteN 2001)

O aumento da capilarizaccedilatildeo ou vascularizaccedilatildeo estaacute associado com o maior tamanho da musculatura acontecendo nas fibras tipo I ou tipo II (HATHER et al 1991) Em exerciacutecios de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima a quantidade de capilares diminui enquanto nos trabalhos de musculaccedilatildeo visando hipertrofia maacutexima ocorre acreacutescimo no nuacutemero de capilares (COMETTI 2001) Parece que essa diferenccedila de capilares em ambos os trabalhos estaacute relacionada com o nuacutemero de repeticcedilotildees

O aumento no tamanho das fibras musculares acontece em fibras tipo I e tipo II no atleta que pratica musculaccedilatildeo (McDONAGH DAVIES 1984) Geralmente nas fibras tipo II acontece em maior quantidade o aumento do tamanho quando comparamos com as fibras musculares tipo I (BADILLO AYESTARAacuteN 2001 HAumlKKINEN et al 1985)

O aumento no tamanho das fibras estaacute relacionado com a geneacutetica do praticante (KOMI 1992) Outro fator que influencia o aumento no tamanho das fibras musculares estaacute relacionado com o volume a intensidade e a duraccedilatildeo do treinamento (ABERNETHY et al 1994) O tipo de capacidade fiacutesica praticada na sessatildeo de forccedila tambeacutem influencia o aumento na dimensatildeo da fibra muscular (GOLDSPINK 1991)

Merece atenccedilatildeo o fato de que o tipo de exerciacutecio prescrito na sessatildeo de musculaccedilatildeo influencia o aumento da dimensatildeo da fibra muscular Exerciacutecios uniarticulares conseguem melhor hipertrofia do que os multiarticulares (Sale 1998 citado pelo Professor Mestre Djalma Rabelo Ricardo - explicaccedilatildeo na Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu 10 de setembro de 2002) embora as chances de lesatildeo sejam menores no trabalho multiarticular (DELECLUSE et al 1995)

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 51

A ceacutelula sateacutelite tem funccedilatildeo de reconstruir o material contraacutetil danificado e facilitar o crescimento e a manutenccedilatildeo da fibra muscular (ANTONIO GOYNEA 1993) Elas localizam-se entre a lacircmina basal do muacutesculo e o sarcolema das miofibrilas (ADAMS 1998)

A ceacutelula sateacutelite eacute distribuiacuteda de maneira uniforme na musculatura mas se o tecido estiver com microlesotildees elas migram e multiplicam-se no local afetado (KADI 2000) vindo fundir-se com a fibra muscular e doar seu mionuacutecleo com o intuito de restaurar a fibra (ADAMS 1998 KADI 2000)

Vaacuterios estudos sugerem que a proliferaccedilatildeo da ceacutelula sateacutelite proporciona regeneraccedilatildeo da fibra e compensa com a hipertrofia muscular aumentando a quantidade de actina e miosina (ADAMS 1998)

As ceacutelulas sateacutelites satildeo mais abundantes nos animais jovens e diminuem agrave medida que a idade avanccedila (SIMAtildeO 2003) Elas satildeo predominantes nas fibras tipo I talvez porque sejam mais usadas e eacute provaacutevel que a maior capilarizaccedilatildeo ajude nesse acontecimento

A hiperplasia natildeo eacute totalmente conhecida parece que as ceacutelulas sateacutelites causam essa reaccedilatildeo fisioloacutegica proveniente do treino de musculaccedilatildeo (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) Alguns pesquisadores afirmam que a hiperplasia aparece a partir de novas fibras das ceacutelulas sateacutelites que tentam restaurar a fibra muscular danificada ou atraveacutes da divisatildeo longitudinal de uma fibra hipertrofiada dividindo-se em duas ou mais (McARDLE et al 1998) Apesar dessas explicaccedilotildees mais investigaccedilotildees precisam ser feitas para descobrirmos os mecanismos fisioloacutegicos da hiperplasia sendo evidenciada apenas em animais (ABERNETHY et al 1994 KADI et al 2000) Bacurau et al (2001) afirmam que se a hiperplasia acontecer em humanos pode natildeo ser maior do que 5 embora existam controveacutersias para tais afirmaccedilotildees Contudo se alguma investigaccedilatildeo evidenciar a hiperplasia natildeo eacute o ldquoestado da arterdquo merecendo novas identificaccedilotildees desse fenocircmeno fisioloacutegico para corroborarmos a existecircncia em humanos

Segundo WIilmore e Costill (2001) poucos estudos identificaram a hiperplasia em seres humanos como eacute o caso da pesquisa de Kadi et al (1999) que observaram a hiperplasia no trapeacutezio de 10 levantadores de peso de elite suecos

Outro acontecimento fisioloacutegico decorrente do treino de forccedila eacute a alta probabilidade de as fibras tipo I serem convertidas em tipo II (FLECK KRAEMER 1999) principalmente se o trabalho for de alta intensidade

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 52

(BACURAU et al 2001) ndash caso ocorrido na sessatildeo de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia e no treino de salto em profundidade

CONCLUSAtildeO

Esta revisatildeo apresentou os principais mecanismos fisioloacutegicos decorrentes do treino de forccedila maacutexima eou potecircncia e da sessatildeo de salto em profundidade em atletas de desportos de potecircncia Entretanto satildeo necessaacuterios mais estudos porque a maioria das investigaccedilotildees ocorre em natildeo - atletas talvez os resultados possam ser diferentes se forem investigados em competidores de desportos de potecircncia

Esperamos que os cientistas tentem descobrir novas adaptaccedilotildees fisioloacutegicas sobre a sessatildeo de forccedila em atletas de desportos de potecircncia com o intuito de auxiliar na prescriccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do treinamento

ABSTRACT

The objective of this review was to explain the main physiological adaptations resulting from the maximum strength andor potency training and depth jumping sessions in order to facilitate the prescription and evaluation of strength training for strength athletes There are few studies on the physiological adaptations occurred in potent competitors once most investigations are carried out with non-athletes Keywords strength training physiological adaptation strength sports

REFEREcircNCIAS ABERNETHY P J JUumlRIMAumlE J LOGAN P A TAYLOR A W THAYER R E Acute and chronic response of skeletal muscle to resistance exercise Sports Medicine v 17 n 1 p 22-38 1994 ADAMS G R Role of insulin-like growth factor-I in the regulation of skeletal muscle adaptation to increased loading Exercise and Sport Sciences Reviews v 26 p 31-60 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 53

ANTONIO J GONYEA W J Skeletal muscle fiber hyperplasia Medicine and Science in Sports and Exercise v 25 n 12 p 1333shy1345 1993 BACURAU R F NAVARRO F UCHIDA M C ROSA L F B P C Hipertrofia-hiperplasia Satildeo Paulo Phorte 2001 p 60-68 116-118 BADILLO J J G AYESTARAacuteN E G Fundamentos do treinamento de forccedila 2 ed Porto Alegre Artmed 2001 p 58-91 124 e 125 130 169-172 186 e 188 BAKER D NANCE S MOORE M The load that maximizes the average mechanical power output during jump squats in power-trained athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 92-97 2001 BARBANTI V J Adaptaccedilotildees produzidas pelo treinamento fiacutesico In AMADIO A C BARBANTI V J (Orgs) Biodinacircmica do movimento humano e suas relaccedilotildees interdisciplinares Satildeo Paulo USP e Estaccedilatildeo Liberdade 2000 p 163-174 BOBBERT M F Drop jumping as a training method for jumping ability Sports Medicine v 9 n 1 p 7-22 1990 BOMPA T O Treinamento de potecircncia para o esporte Satildeo Paulo Phorte 2004 p 61 e 62 BOSCO C KOMI P V Influence of aging on the mechanical behavior of leg extensor muscles European Journal of Applied Physiology v 45 n 2-3 p 209-219 1980 BRANDENBURG J P DOCHERTY D The effects of accentuated eccentric loading on strength muscle hypertrophy and neural adaptations in trained individuals Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 25-32 2002 BRASIL R L O CONCEICcedilAtildeO F L COELHO C W REBELLO C V ARAUacuteJO C G S VAISMAN M Efeitos do treinamento fiacutesico contra resistecircncia Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo v 45 n 2 p 134-140 2001 CARVALHO J OLIVEIRA J MAGALHAtildeES J ASCENSAtildeO A MOTA J SOARES J M C Efeito de um programa de treino em idosos Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 17 n 1 p 74-84 2003 CLAASSEN H GERBER C HOPPELER H LUumlTHI J-M VOCK P Muscle filament spacing and short-term heavy-resistance exercise in humans Journal of Physiology v 409 p 491-495 1989

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 54

COLLIANDER E B TESCH P A Effects of eccentric and concentric muscle actions in resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 140 p 31-39 1990 COMETTI G Los meacutetodos modernos de musculacioacuten Barcelona Paidotribo 2001 p 29-58 62-71 153 COSTILL D L COYLE E F FINK W F LESMES G R WITZMANN F A Adaptations in skeletal muscle following strength training Journal of Applied Physiology respiratory environment and exercise physiology v 46 n 1 p 96-99 1979 CRATE T Analysis of the lat pulldown Strength and Conditioning Journal p 26-29 1997 DANTAS E H M A praacutetica da preparaccedilatildeo fiacutesica 3 ed Rio de Janeiro Shape 1995 p 210-213 DELECLUSE C COPPENOLLE H V WILLEMS E LEEMPUTTE M V DIELS R GORIS M Influence of high-resistance and highshyvelocity training on sprint performance Medicine and Science in Sports and Exercise v 27 n 8 p 1203-1209 1995 DeRENNE C HO K W MURPHY J C Effects of general special and specific resistance training on throwing velocity in baseball Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 148-156 2001 DIALLO O DORE E DUCHE P VANPRAAGH E Effects of plyometric training followed by a reduced training programme on physical performance in prepubescent soccer player Journal of Sports Medicine and Physical Fitness v 41 n 3 p 342-348 2001 DOAN B K et al Effects on increased loading on bench press 1RM Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 9-13 2002 EWING JUNIOR J L WOLFE D R ROGERS M A AMUNDSON M L STULL G A Effects of velocity of isokinetic training on strength power and quadriceps muscle fibre characteristics European Journal of Applied Physiology v 61 n 1-2 p 159-162 1990 FAIGENBAUM A D WESTCOTT W L LOUD R L R LONG C The effects of different resistance training Pediatrics v 104 n 1 p 1-7 1999 FIRMINO C A O Comparaccedilatildeo da forccedila do quadriacuteceps em indiviacuteduos em um trabalho mucular nos acircngulos de 90 e 120 graus Anuaacuterio das Faculdades Claretianas n 1 p 4-7 1992

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 55

FLECK S J KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artmed 1999 p 124-144 FONSECA S T SILVA P L OCARINO J M URSINE P G S Anaacutelise de um meacutetodo eletromiograacutefico para quantificaccedilatildeo de co-contraccedilatildeo muscular Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 n 3 p 23-30 2001 GABRIEL D A BASFORD J R AN K-N Neural adaptations to fatigue Medicine and Science in Sports and Exercisev 33 n 8 p 1354-1360 2001 GAUFFIN H EKSTRAND J TROPP H Improvement of vertical jump performance in soccer players after specific training Journal of Human Movement Studiesv 15 p 185-190 1988 GOLDBERG A L ETLINGER J D GOLDSPINK D F JABLECKI C Mechanism of work-induced hypertrophy of skeletal muscle Medicine and Science in Sport v 7 n 4 p 248-261 1975 GOLDSPINK D P Exercise-related changes in protein turnover in mammalian striated muscle Journal of Experimental Biology v 160 p 127-148 1991 HAumlKKINEN K Maximal force explosive strength and speed in female volleyball and basketball players Journal of Human Movement Studies v 16 p 291-303 1989 HAumlKKINEN K KOMI P V Alterations of mechanical charateristics of human skeletal muscle during strength training European Journal of Applied Physiology v 50 n 2 p 161-172 1983 HAumlKKINEN K ALEacuteN M KOMI P V Changes in isometric force-and relaxation-time Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 573shy585 1985 HAumlKKINEN K KOMI P V ALEacuteN M Effect of explosive type strength training Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 587-600 1985 HATHER B M TESCH P A BUCHANAN P DUDLEY G A Influence of eccentric actions on skeletal muscle adaptations to resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 143 p 177-185 1991 HORITA T KOMI P V NICOL C KYROumlLAumlINEN H Effect of exhausting stretch-shortening cycle exercise European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 160-167 1999

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 56

HORTOBAacuteGYI T LAMBERT N J HILL J P Greater cross education following training with muscle lengthening than shortening Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 107-112 1997 KADI F Adaptation of human skeletal muscle to training and anabolic steroids Acta Physiologica Scandinavica v 168 Supplementum 646 p 1-42 2000 KADI F EIKSSON A HOLMNER S BUTLER-BROWNE G S THORNELL L-E Cellular adaptation of the trapezius muscle in strength-trained athletes Histochemistry Cellule Biology v 111 p 189-195 1999 KETTUNEN J A KUJALA U M RAumlTY H SARNA S Jumping height in former elite athletes European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 197-201 1999 KOMI P V Strength and power in sport Oxford Blackwell 1992 p 211-265 384 KOMI P V HAumlKKINEN K Strength and power In DIRIX A KNUTTGEN H G TITEL K Olympic book of sports medicine Oxford Blackwell 1988 p 181-193 KRAEMER W J HAumlKKINEN K Treinamento de forccedila para o esporte Porto Alegre Armed 2004 p 15-47 79-142 LINNAMO V NEWTON R U HAumlKKINEN K KOMI P V DAVIE A McGUIGAN M TRIPLETT-McBRIDE T Neuromuscular responses to explosive and heavy resistance loading Journal of Electromyography and Kinesiology v 10 p 417-424 2000 MacDOUGALL J D Adaptability of muscle to strength training ndash cellular approach In SALTIN B (Edit) Biochemistry of exercise VI Champaign Human Kinetics 1986 p 501-511 MARQUES JUNIOR N K Voleibol biomecacircnica e musculaccedilatildeo aplicadas Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 2001 p 83 MASAMOTO N LARSON R GATES T FAIGENBAUM A Acute effects of plyometric exercise on maximum squat performance in male athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 17 n 1 p 68-71 2003 McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p 422 e 423

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 57

McBRIDE R et al The effect of heavy-vs light-load jump squats on the development of strength power and speed Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 75-82 2002 McDONAGH M J N DAVIES C T M Adaptive response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads European Journal of Applied Physiology v 52 p 139-155 1984 McLESTER JUNIOR J R BISHOP P GUILLIAMS M E Comparison of 1 day and 3 day per week of equal-volume resistance training in experienced subjects Journal of Strength and Conditioning Research v 14 n 3 p 273-281 2000 MOREIRA A SOUZA M R P Controle da dinacircmica do arremesso do basquetebolista durante a etapa concentrada de forccedila Revista Treinamento Desportivo v 5 n 1 p 74-78 2000 MORITANI T MURO M Motor unit activity and surface electromyogram power spectrum during increasing force of contraction European Journal of Applied Physiology v 56 n 3 p 260-265 1987 NEWTON R U KRAEMER W J Developing explosive muscular power Journal and Strength and Conditioning Research v 16 n 5 p 20-31 1994 NICOL C KOMI P V HORITA T KYROumlLAumlINEN H TAKALA T E S Reduced stretch-reflex sensitivity after exhausting stretch-shortening cycle European Journal of Applied Physiology v 72 n 5-6 p 401shy409 1996 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K RUSKO H Effects of explosive type strength training on physical performance characteristics in crossshycountry skiers European Journal of Applied Physiology v 62 n 4 p 251-255 1991 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K HAumlMAumlLAumlINEN T NUMMELA A RUSKO H Explosive strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power Journal of Applied Physiology v 86 n 5 p 1527-1533 1999 RASCH P J COLABORADORES Cinesiologia e anatomia aplicada 7 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 p 37 e 38 RHEA M R ALVAR B A BALL S D BURKETT L N Three sets of weight training superior to 1 set with equal intensity for eliciting strength Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 525shy529 2002

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 58

SALE D G Neural adaptation to resistance training Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 n 5 p 135-145 1988 SANTOS P SILVA P JARDIM N O remate de futebol caracterizaccedilatildeo biomecacircnica e consideraccedilatildeo para o treino de forccedila raacutepida Revista Digital de Educacioacuten Fiacutesica y Deportes v 10 n 72 1-9 2004 Encontrado (18052004) wwwefdeportescom SCHLUMBERGER A STEC J SCHMIDTBLEICHER D Single-vs multiple-set strength training in women Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 3 p 284-289 2001 SIGNORILE J E ZINK A J SZWED S P A comparative electromyographical investigation of muscle utilization patters using various hand positions during the lat pull-down Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 539-546 2002 SFORZO G A TOUEY P F Manipulating exercise order affects muscular performance during resistance exercise Journal of Strength and Conditioning Research v 10 n 1 p 20-24 1996 SILVA J A B GONCcedilALVES M Levantamento terra um estudo eletromiograacutefico Revista Mineira de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 8 n 1 p 70-81 2000 SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Fidedignidade inter e intra dias de um teste de potecircncia muscular Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 4 p 118-124 2001a SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Potecircncia muscular maacutexima na flexatildeo do cotovelo uni e bilateral Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 5 p 157-162 2001b SIMAtildeO R Fundamentos fisioloacutegicos para o treinamento de forccedila e potecircncia Satildeo Paulo Phorte 2003 p 21 (introduccedilatildeo) 72-188 TESCH P A THORSSON A FUJITSUKA N Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise Journal of Applied Physiology v 66 n 4 p 1756-1759 1989 TOUMI H THIERY C MAITRE S MARTIN A VANNEUVILLE G POUMARAT G Training effects of amortization phase with eccentric concentric variations International Journal of Sports Medicine v 22 n 8 p 605-610 2001 UGRINOWITSCH C BARBANTI V J O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 12 n 1 p 85-94 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 59

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60

Page 3: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 45

O treinamento de musculaccedilatildeo de forccedila de potecircncia eacute praticado com 6 a 10 repeticcedilotildees (MARQUES JUNIOR 2001) em alta velocidade (SILVA GONCcedilALVES 2000) e tendo a carga como uma incoacutegnita (SIMAtildeO 2003) porque os pesquisadores sugerem um porcentagem de carga de acordo com os resultados do seu estudo (DeRENNE et al 2001 SIMAtildeO et al 2001a McBRIDE et al 2002) SIMAtildeO et al (2001b) recomendam o uso do tensiocircmetro Fitrodyne para estabelecer a carga da sessatildeo

O sistema energeacutetico mais solicitado no treino de forccedila de potecircncia eacute a via dos fosfagecircnios (TESCH et al 1989) sendo a forccedila neural a predominante (BAKER et al 2001) com maior participaccedilatildeo das fibras IIb (EWING et al 1990) e maior abundacircncia da sarcoplasmaacutetica (BRASIL et al 2001) Essa sessatildeo tem o intuito de otimizar a forccedila de potecircncia do atleta (KRAEMER HAumlKKINEN 2004) atingindo seu aacutepice em 8 semanas para mulheres e em 16 a 20 semanas para homens (BADILLO AYESTARAacuteN 2001)

Para Dantas (1995) as sessotildees de salto em profundidade possuem um nuacutemero de 5 a 10 repeticcedilotildees sendo praticadas em maacutexima velocidade (VERKHOSHANSKI 1973) e tendo a altura de queda de 20 a 110 cm (BOBBERT 1990)

A via energeacutetica mais atuante eacute a ATP-CP no salto em profundidade (UGRINOWITSCH BARBANTI 1998) e a forccedila predominante eacute neural (DELECLUSE et al 1995) possuindo mais atuaccedilatildeo das fibras IIb (MASAMOTO et al 2003) e com hipertrofia sarcoplasmaacutetica em maior quantidade (BARBANTI 2000) O salto em profundidade visa agrave melhora da forccedila reativa e o auge dessa capacidade fiacutesica natildeo eacute encontrado na literatura

Fatores que influenciam o aumento da forccedila

Para Bacurau et al (2001) o treino de musculaccedilatildeo deve ser praticado no fim da tarde ou no comeccedilo da noite porque o pico do hormocircnio do crescimento e o da testosterona satildeo mais altos e proporcionam aumento e forccedila mais significativos Um dos principais motivos para se praticar a musculaccedilatildeo eacute aumentar a forccedila (CARVALHO et al 2003 FAIGENBAUM et al 1999 VICENT et al 2002) porque otimiza o salto vertical (KETTUNEN et al 1999) auxilia no remate do jogador (SANTOS SILVA 2004) melhora a corrida de velocidade (DELECLUSE et al 1995) entre outros

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 46

Adaptaccedilotildees neurais do treinamento de forccedila

Outro fator que melhora a forccedila eacute a praacutetica da musculaccedilatildeo por trecircs vezes na semana quando comparada com uma vez (McLESTER JUNIOR et al 2000) A modificaccedilatildeo da ordem dos exerciacutecios tambeacutem influencia o aumento da forccedila ou seja o professor deve descobrir qual sequumlecircncia de exerciacutecios otimiza mais a forccedila do praticante o que pode ser aferido pelo teste de 8RM (SFORZO TOUEY 1996) Muacuteltiplas seacuteries otimizam mais a forccedila em atletas ou pessoas treinadas do que uma seacuterie (RHEA et al 2002 SCHLUMBERGER et al 2001) e o acircngulo em que eacute executado o exerciacutecio de musculaccedilatildeo obteacutem maior maximizaccedilatildeo da forccedila do que os demais (FIRMINO 1992) Por esse motivo devemos realizar o trabalho de musculaccedilatildeo similarmente agrave teacutecnica desportiva a fim de conseguir a transferecircncia da forccedila para o movimento competitivo da modalidade (FLECK KRAEMER 1999)

A forma de execuccedilatildeo do exerciacutecio contra-resistecircncia influencia a otimizaccedilatildeo da forccedila no trabalho de puxada no pulley a realizada pela frente gera um maior pico de forccedila do que a por traacutes (SIGNORILE et al 2002) Tambeacutem a puxada pela frente no pulley tem menos probabilidade de lesar o praticante (CRATE 1997)

Nas sessotildees de j um dos objetivos eacute otimizar a forccedila reativa (mencionado anteriormente) dos membros inferiores (VERKHOSHANSKI 1996) podendo esta ser melhorada se a sessatildeo for praticada em alta velocidade (YOUNG et al 1999) com altura de queda adequada aos atletas (VIITASALO et al 1998) com longa pausa entre as seacuteries (BOMPA 2004) e outros fatores que merecem pesquisas

O aumento da forccedila maacutexima (HAumlKKINEN et al 1985) a melhora da forccedila de potecircncia (PAAVOLAINEN et al 1991) e a otimizaccedilatildeo da forccedila reativa (PAAVOLAINEN et al 1999) estatildeo relacionados com fatores neurais e hipertroacuteficos (HAumlKKINEN et al 1985 PAAVOLAINEN et al 1991 1999)

Na fase inicial do treinamento de musculaccedilatildeo (cerca de 6 a 10 semanas) o ganho de forccedila eacute predominantemente neural apoacutes esse periacuteodo os fatores hipertroacuteficos satildeo os mais responsaacuteveis pela maximizaccedilatildeo da forccedila (BACURAU et al 2001) Por esse motivo na fase inicial do treino de musculaccedilatildeo acontece uma hipertrofia

insignificante (FLECK KRAEMER 1999) Quanto agraves sessotildees de salto em profundidade natildeo observamos estudos que expliquem o predomiacutenio da forccedila neural ou hipertroacutefica

O incremento da forccedila neural desencadeia uma frequumlecircncia de estiacutemulos mais acentuada para cada unidade motora (UM) que ocasiona maior recrutamento destas (SIMAtildeO 2003 MORITANI MURO 1987) Geralmente no trabalho de forccedila maacutexima forccedila de potecircncia e salto em profundidade as UMs mais potentes satildeo ativadas imediatamente (ZATSIORSKY 1999)

A frequumlecircncia dos estiacutemulos pode variar de 8 a 60 Hz (COMETTI 2001) Na atividade de forccedila maacutexima a frequumlecircncia situa entre 50 e 60 Hz (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) no exerciacutecio de potecircncia com ou sem carga (por exemplo no salto em profundidade) os tempos satildeo breves (100 ms) e a frequumlecircncia atinge 150 Hz (COMETTI 2001)

Badillo e Ayestaraacuten (2001) concluem O treino de forccedila maacutexima

ou de potecircncia satildeo interessantes para melhorarmos a frequumlecircncia de

estiacutemulos e o recrutamento das UM no desportista (p 170) O outro mecanismo fisioloacutegico pertencente agrave coordenaccedilatildeo

intramuscular eacute o aumento da sincronizaccedilatildeo das UMs (GABRIEL et al 2001 MOREIRA SOUZA 2000) sendo melhorado atraveacutes do treino de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia por sessotildees de salto em profundidade (BADILLO AYESTARAacuteN 2001)

A sincronizaccedilatildeo das UMs permite uma geraccedilatildeo de forccedila mais raacutepida e coordenada ou seja um maior nuacutemero de UM se contrai ao mesmo tempo com menor frequumlecircncia de estiacutemulos Isso acontece porque os oacutergatildeos tendinosos de Golgi (OTG) realizam inibiccedilatildeo ou facilitaccedilatildeo para propiciar a accedilatildeo neuromuscular (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) Portanto a sincronizaccedilatildeo otimizada refletiraacute em maiores niacuteveis de forccedila (SALE 1988)

A coordenaccedilatildeo intermuscular eacute outro meio de o atleta conseguir maximizar a forccedila atraveacutes do treino de musculaccedilatildeo eou de salto em profundidade A melhora dessa coordenaccedilatildeo facilita a interaccedilatildeo de diferentes grupos musculares ndash por exemplo a relaccedilatildeo entre agonista e sinergista Tambeacutem observamos uma otimizaccedilatildeo na relaccedilatildeo entre agonista e antagonista a co-contraccedilatildeo que consiste na contraccedilatildeo simultacircnea de dois ou mais muacutesculos ao redor de uma articulaccedilatildeo propiciando melhor estabilizaccedilatildeo articular dinacircmica ou para reduzir a dificuldade do aprendizado motor (FONSECA et al 2001)

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 47

A co-contraccedilatildeo eacute a accedilatildeo simultacircnea de agonista e antagonista no agachamento o agonista eacute o quadriacuteceps na extensatildeo do joelho e seu antagonista eacute o isquitibial Ela eacute comum nas accedilotildees musculares fortes e raacutepidas dos agonistas quando a atividade necessita de precisatildeo ou quando o indiviacuteduo eacute destreinado na tarefa (SALE 1988)

A co-contraccedilatildeo dos antagonistas acarreta uma accedilatildeo contraprodutiva porque os antagonistas realizam um torque oposto em relaccedilatildeo agrave direccedilatildeo pretendida pelos agonistas (KOMI 1992) Essa co-contraccedilatildeo dos antagonistas pode desencadear uma inibiccedilatildeo no agonista com o intuito de proteger a estrutura anatocircmica contra accedilotildees fortes e raacutepidas desempenhadas pelos muacutesculos (SALE 1988 SIMAtildeO 2003) Entretanto Gabriel et al (2001) natildeo observaram inibiccedilatildeo dos agonistas na co-contraccedilatildeo Talvez isso tenha ocorrido pelo fato de a musculatura ter aumentado a forccedila e o endurance

Nessa co-contraccedilatildeo quando o agonista atinge o fim da contraccedilatildeo muscular desencadeia uma resposta proprioceptiva do fuso muscular para contrair a musculatura antagonista ao movimento e acarretar uma resistecircncia a este (RASCH et al 1991) Imediatamente acontece uma resposta reflexa do OTG para propiciar uma inibiccedilatildeo em destreinados (prejudica a forccedila) ou facilitaccedilatildeo em treinados (otimiza a forccedila) no antagonista acontecendo relaxamento da musculatura (TOUMI et al 2001) O controle realizado pelo OTG eacute denominado de inibiccedilatildeo autogecircnica o treinamento de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia ou sessatildeo de salto em profundidade podem reduzir essa inibiccedilatildeo atraveacutes do aumento da forccedila resultando em movimentos mais econocircmicos e coordenados (WILMORE COSTILL 2001)

O deacuteficit bilateral pertence agrave coordenaccedilatildeo intermuscular sendo definido como uma reduccedilatildeo do impulso nervoso do sistema nervoso central (SNC) para as UMs durante a atividade de forccedila que envolva o uso de dois membros superiores eou inferiores (VANDERVOORT et al 1984) Em alguns casos o deacuteficit bilateral pode natildeo acontecer a forccedila gerada eacute idecircntica agrave atividade unilateral (SIMAtildeO 2003) Um dos motivos desse acontecimento eacute a baixa sensibilidade da eletromiografia na avaliaccedilatildeo dos muacutesculos com elevada hipetrofia (SIMAtildeO et al 2001b)

Fatores como a complexidade do impulso nervoso do SNC (VANDERVOORT et al 1987) a contraccedilatildeo concecircntrica de alta velocidade (SALE 1988) o aprendizado na coordenaccedilatildeo a reduccedilatildeo da accedilatildeo do antagonista (SIMAtildeO et al 2001b) a motivaccedilatildeo e o tipo de

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 48

fibra muscular de cada membro (SIMAtildeO 2003) podem ocasionar o deacuteficit bilateral

O fim ou a diminuiccedilatildeo do deacuteficit bilateral eacute conseguido atraveacutes do treino de forccedila por longo prazo nos dois braccedilos eou em ambos os membros inferiores (NEWTON KRAEMER 1994 SALE 1988) Em atividades em que acontecem movimentos simultacircneos de ambos os braccedilos ndash o caso do remo ndash natildeo observamos o deacuteficit bilateral na atividade de forccedila (KOMI 1992)

Contudo o deacuteficit bilateral ainda pode acontecer pela maior solicitaccedilatildeo de um membro no exerciacutecio ou na diferenccedila do recrutamento neural pelo efeito cruzado merecendo mais estudos porque seus mecanismos neurais ainda satildeo desconhecidos (SIMAtildeO et al 2001b)

A educaccedilatildeo cruzada eacute uma adaptaccedilatildeo neural observada no membro contralateral ou seja o braccedilo ou perna que natildeo realiza o trabalho tambeacutem aumenta a forccedila (HOTOBAacuteGYI et al 1997) Essa atividade tem sido muito utilizada na reabilitaccedilatildeo de lesotildees (KRAEMER HAumlKKINEN 2004)

Foram apresentadas ao leitor as principais adaptaccedilotildees neurais do treino de forccedila embora mais estudos sejam necessaacuterios para descobrir esses mecanismos fisioloacutegicos

Por exemplo escrevemos que a forccedila neural eacute a mais atuante nas 6 a 10 semanas (equivale a 1 mecircs e 14 dias a 2 meses e 14 dias) depois desse tempo a forccedila hipertroacutefica eacute a predominante Em recente pesquisa de Deschenes e Kraemer (2002) publicada no American Journal of Physiology Medicine and Rehabilitation (v 81 n 11 suplemento) foi demonstrado que o predomiacutenio da forccedila neural e hipertroacutefica oscila ao longo da temporada (explicaccedilatildeo na Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu de Musculaccedilatildeo da UGF pelo Professor Mestre Djalma Rabelo Ricardo em 13 de setembro de 2003) Inicialmente a forccedila neural eacute a mais atuante e apoacutes algumas semanas os fatores hipertroacuteficos satildeo dominantes vindo ocorrer uma ondulaccedilatildeo mais significativa da forccedila mais atuante a partir da 22a semana

Essa evidecircncia cientiacutefica natildeo eacute o ldquoestado da arterdquo apresentando-nos o quanto eacute necessaacuterio descobrir sobre as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treino de forccedila

Adaptaccedilotildees hipertroacuteficas do treinamento de forccedila

O aumento da forccedila tambeacutem acontece por fatores hipertroacuteficos (como mencionado anteriormente) sendo um acontecimento fisioloacutegico

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 49

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 50

marcante nos atletas que treinam musculaccedilatildeo (COLLIANDER TESCH 1990 KOMI HAumlKKINEN 1988) embora em modalidades de potecircncia ndash o caso de futebol voleibol lutas ndash seja prejudicial uma demasiada hipertrofia para o atleta desempenhar sua atividade (KOMI 1992) No entanto no trabalho de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia a hipertrofia que ocorre natildeo atrapalha o desempenho competitivo do jogador porque natildeo eacute demasiada

Nos estudos de salto em profundidade natildeo observamos pesquisas com o intuito de identificar os mecanismos fisioloacutegicos da hipertrofia dos membros inferiores do futebolista (DIALLO et al 2001 GAUFFIN et al 1988) As investigaccedilotildees de salto em profundidade estatildeo voltadas para evidenciar a elevaccedilatildeo do centro de gravidade (BOSCO KOMI 1980 HAumlKKINEN KOMI 1983) e a fadiga do atleta nessa sessatildeo (NICOL et al 1996 HORITA et al 1999) A uacutenica hipertrofia estudada eacute dos ossos dos membros inferiores ou seja o aumento da massa oacutessea e da densidade oacutessea (UNEMURA et al 1995 2002) VERKHOSHANSKI e GOMES (2000) afirmam que a hipertrofia nos membros inferiores do desportista praticante de salto em profundidade eacute miacutenima Cometti (2001) com base em constataccedilotildees empiacutericas tambeacutem considera uma miacutenima hipertrofia do executante de salto em profundidade

Entatildeo natildeo conhecemos os mecanismos fisioloacutegicos exatos da hipertrofia ocasionada pelo treino de salto em profundidade Acreditamos que devem ser similares aos da sessatildeo de musculaccedilatildeo

A hipertrofia acontece por causa dos seguintes componentes (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) aumento da quantidade e do tamanho das miofibrilas aumento do tamanho do tecido conjuntivo aumento da capilarizaccedilatildeo mais quantidade de fibras musculares e provavelmente aumento do nuacutemero de fibras musculares

O aumento no tamanho das miofibrilas estaacute relacionado com o acreacutescimo dos filamentos de actina e miosina agrave periferia das miofibrilas (SIMAtildeO 2003)

O aumento no nuacutemero de miofibrilas acontece atraveacutes de um desequiliacutebrio entre a banda A e I provavelmente da dilataccedilatildeo e obriga os filamentos de actina a tracionar a linha Z (COMETTI 2001) Com as contraccedilotildees musculares sucessivas essa traccedilatildeo desencadeia uma ruptura longitudinal nos discos Z e resulta em duas ou mais miofibrilas com o mesmo comprimento do sarcocircmero (KOMI 1992)

O aumento da proteiacutena contraacutetil durante a hipertrofia ocasiona reduccedilatildeo da densidade do volume da mitococircndria (ANTONIO GONYEA

1993) enquanto o retiacuteculo sarcoplasmaacutetico e a densidade do volume do tuacutebulo T aumentam de acordo com o volume da miofibrila (GOLDBERG et al 1975)

O colaacutegeno as ceacutelulas de elastina e fibras pertencem ao tecido conjuntivo O colaacutegeno eacute o componente mais importante do tecido conjuntivo

O tecido conjuntivo cobre os muacutesculos tendotildees e ligamentos tendo participaccedilatildeo na forccedila condutora do muacutesculo com o sistema osso-alavanca (SIMAtildeO 2003)

Para alguns pesquisadores o aumento do tecido conjuntivo pouco contribui para o aumento da forccedila mas eacute importante para a hipertrofia (BADILLO AYESTARAacuteN 2001)

O aumento da capilarizaccedilatildeo ou vascularizaccedilatildeo estaacute associado com o maior tamanho da musculatura acontecendo nas fibras tipo I ou tipo II (HATHER et al 1991) Em exerciacutecios de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima a quantidade de capilares diminui enquanto nos trabalhos de musculaccedilatildeo visando hipertrofia maacutexima ocorre acreacutescimo no nuacutemero de capilares (COMETTI 2001) Parece que essa diferenccedila de capilares em ambos os trabalhos estaacute relacionada com o nuacutemero de repeticcedilotildees

O aumento no tamanho das fibras musculares acontece em fibras tipo I e tipo II no atleta que pratica musculaccedilatildeo (McDONAGH DAVIES 1984) Geralmente nas fibras tipo II acontece em maior quantidade o aumento do tamanho quando comparamos com as fibras musculares tipo I (BADILLO AYESTARAacuteN 2001 HAumlKKINEN et al 1985)

O aumento no tamanho das fibras estaacute relacionado com a geneacutetica do praticante (KOMI 1992) Outro fator que influencia o aumento no tamanho das fibras musculares estaacute relacionado com o volume a intensidade e a duraccedilatildeo do treinamento (ABERNETHY et al 1994) O tipo de capacidade fiacutesica praticada na sessatildeo de forccedila tambeacutem influencia o aumento na dimensatildeo da fibra muscular (GOLDSPINK 1991)

Merece atenccedilatildeo o fato de que o tipo de exerciacutecio prescrito na sessatildeo de musculaccedilatildeo influencia o aumento da dimensatildeo da fibra muscular Exerciacutecios uniarticulares conseguem melhor hipertrofia do que os multiarticulares (Sale 1998 citado pelo Professor Mestre Djalma Rabelo Ricardo - explicaccedilatildeo na Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu 10 de setembro de 2002) embora as chances de lesatildeo sejam menores no trabalho multiarticular (DELECLUSE et al 1995)

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 51

A ceacutelula sateacutelite tem funccedilatildeo de reconstruir o material contraacutetil danificado e facilitar o crescimento e a manutenccedilatildeo da fibra muscular (ANTONIO GOYNEA 1993) Elas localizam-se entre a lacircmina basal do muacutesculo e o sarcolema das miofibrilas (ADAMS 1998)

A ceacutelula sateacutelite eacute distribuiacuteda de maneira uniforme na musculatura mas se o tecido estiver com microlesotildees elas migram e multiplicam-se no local afetado (KADI 2000) vindo fundir-se com a fibra muscular e doar seu mionuacutecleo com o intuito de restaurar a fibra (ADAMS 1998 KADI 2000)

Vaacuterios estudos sugerem que a proliferaccedilatildeo da ceacutelula sateacutelite proporciona regeneraccedilatildeo da fibra e compensa com a hipertrofia muscular aumentando a quantidade de actina e miosina (ADAMS 1998)

As ceacutelulas sateacutelites satildeo mais abundantes nos animais jovens e diminuem agrave medida que a idade avanccedila (SIMAtildeO 2003) Elas satildeo predominantes nas fibras tipo I talvez porque sejam mais usadas e eacute provaacutevel que a maior capilarizaccedilatildeo ajude nesse acontecimento

A hiperplasia natildeo eacute totalmente conhecida parece que as ceacutelulas sateacutelites causam essa reaccedilatildeo fisioloacutegica proveniente do treino de musculaccedilatildeo (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) Alguns pesquisadores afirmam que a hiperplasia aparece a partir de novas fibras das ceacutelulas sateacutelites que tentam restaurar a fibra muscular danificada ou atraveacutes da divisatildeo longitudinal de uma fibra hipertrofiada dividindo-se em duas ou mais (McARDLE et al 1998) Apesar dessas explicaccedilotildees mais investigaccedilotildees precisam ser feitas para descobrirmos os mecanismos fisioloacutegicos da hiperplasia sendo evidenciada apenas em animais (ABERNETHY et al 1994 KADI et al 2000) Bacurau et al (2001) afirmam que se a hiperplasia acontecer em humanos pode natildeo ser maior do que 5 embora existam controveacutersias para tais afirmaccedilotildees Contudo se alguma investigaccedilatildeo evidenciar a hiperplasia natildeo eacute o ldquoestado da arterdquo merecendo novas identificaccedilotildees desse fenocircmeno fisioloacutegico para corroborarmos a existecircncia em humanos

Segundo WIilmore e Costill (2001) poucos estudos identificaram a hiperplasia em seres humanos como eacute o caso da pesquisa de Kadi et al (1999) que observaram a hiperplasia no trapeacutezio de 10 levantadores de peso de elite suecos

Outro acontecimento fisioloacutegico decorrente do treino de forccedila eacute a alta probabilidade de as fibras tipo I serem convertidas em tipo II (FLECK KRAEMER 1999) principalmente se o trabalho for de alta intensidade

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 52

(BACURAU et al 2001) ndash caso ocorrido na sessatildeo de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia e no treino de salto em profundidade

CONCLUSAtildeO

Esta revisatildeo apresentou os principais mecanismos fisioloacutegicos decorrentes do treino de forccedila maacutexima eou potecircncia e da sessatildeo de salto em profundidade em atletas de desportos de potecircncia Entretanto satildeo necessaacuterios mais estudos porque a maioria das investigaccedilotildees ocorre em natildeo - atletas talvez os resultados possam ser diferentes se forem investigados em competidores de desportos de potecircncia

Esperamos que os cientistas tentem descobrir novas adaptaccedilotildees fisioloacutegicas sobre a sessatildeo de forccedila em atletas de desportos de potecircncia com o intuito de auxiliar na prescriccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do treinamento

ABSTRACT

The objective of this review was to explain the main physiological adaptations resulting from the maximum strength andor potency training and depth jumping sessions in order to facilitate the prescription and evaluation of strength training for strength athletes There are few studies on the physiological adaptations occurred in potent competitors once most investigations are carried out with non-athletes Keywords strength training physiological adaptation strength sports

REFEREcircNCIAS ABERNETHY P J JUumlRIMAumlE J LOGAN P A TAYLOR A W THAYER R E Acute and chronic response of skeletal muscle to resistance exercise Sports Medicine v 17 n 1 p 22-38 1994 ADAMS G R Role of insulin-like growth factor-I in the regulation of skeletal muscle adaptation to increased loading Exercise and Sport Sciences Reviews v 26 p 31-60 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 53

ANTONIO J GONYEA W J Skeletal muscle fiber hyperplasia Medicine and Science in Sports and Exercise v 25 n 12 p 1333shy1345 1993 BACURAU R F NAVARRO F UCHIDA M C ROSA L F B P C Hipertrofia-hiperplasia Satildeo Paulo Phorte 2001 p 60-68 116-118 BADILLO J J G AYESTARAacuteN E G Fundamentos do treinamento de forccedila 2 ed Porto Alegre Artmed 2001 p 58-91 124 e 125 130 169-172 186 e 188 BAKER D NANCE S MOORE M The load that maximizes the average mechanical power output during jump squats in power-trained athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 92-97 2001 BARBANTI V J Adaptaccedilotildees produzidas pelo treinamento fiacutesico In AMADIO A C BARBANTI V J (Orgs) Biodinacircmica do movimento humano e suas relaccedilotildees interdisciplinares Satildeo Paulo USP e Estaccedilatildeo Liberdade 2000 p 163-174 BOBBERT M F Drop jumping as a training method for jumping ability Sports Medicine v 9 n 1 p 7-22 1990 BOMPA T O Treinamento de potecircncia para o esporte Satildeo Paulo Phorte 2004 p 61 e 62 BOSCO C KOMI P V Influence of aging on the mechanical behavior of leg extensor muscles European Journal of Applied Physiology v 45 n 2-3 p 209-219 1980 BRANDENBURG J P DOCHERTY D The effects of accentuated eccentric loading on strength muscle hypertrophy and neural adaptations in trained individuals Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 25-32 2002 BRASIL R L O CONCEICcedilAtildeO F L COELHO C W REBELLO C V ARAUacuteJO C G S VAISMAN M Efeitos do treinamento fiacutesico contra resistecircncia Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo v 45 n 2 p 134-140 2001 CARVALHO J OLIVEIRA J MAGALHAtildeES J ASCENSAtildeO A MOTA J SOARES J M C Efeito de um programa de treino em idosos Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 17 n 1 p 74-84 2003 CLAASSEN H GERBER C HOPPELER H LUumlTHI J-M VOCK P Muscle filament spacing and short-term heavy-resistance exercise in humans Journal of Physiology v 409 p 491-495 1989

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 54

COLLIANDER E B TESCH P A Effects of eccentric and concentric muscle actions in resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 140 p 31-39 1990 COMETTI G Los meacutetodos modernos de musculacioacuten Barcelona Paidotribo 2001 p 29-58 62-71 153 COSTILL D L COYLE E F FINK W F LESMES G R WITZMANN F A Adaptations in skeletal muscle following strength training Journal of Applied Physiology respiratory environment and exercise physiology v 46 n 1 p 96-99 1979 CRATE T Analysis of the lat pulldown Strength and Conditioning Journal p 26-29 1997 DANTAS E H M A praacutetica da preparaccedilatildeo fiacutesica 3 ed Rio de Janeiro Shape 1995 p 210-213 DELECLUSE C COPPENOLLE H V WILLEMS E LEEMPUTTE M V DIELS R GORIS M Influence of high-resistance and highshyvelocity training on sprint performance Medicine and Science in Sports and Exercise v 27 n 8 p 1203-1209 1995 DeRENNE C HO K W MURPHY J C Effects of general special and specific resistance training on throwing velocity in baseball Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 148-156 2001 DIALLO O DORE E DUCHE P VANPRAAGH E Effects of plyometric training followed by a reduced training programme on physical performance in prepubescent soccer player Journal of Sports Medicine and Physical Fitness v 41 n 3 p 342-348 2001 DOAN B K et al Effects on increased loading on bench press 1RM Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 9-13 2002 EWING JUNIOR J L WOLFE D R ROGERS M A AMUNDSON M L STULL G A Effects of velocity of isokinetic training on strength power and quadriceps muscle fibre characteristics European Journal of Applied Physiology v 61 n 1-2 p 159-162 1990 FAIGENBAUM A D WESTCOTT W L LOUD R L R LONG C The effects of different resistance training Pediatrics v 104 n 1 p 1-7 1999 FIRMINO C A O Comparaccedilatildeo da forccedila do quadriacuteceps em indiviacuteduos em um trabalho mucular nos acircngulos de 90 e 120 graus Anuaacuterio das Faculdades Claretianas n 1 p 4-7 1992

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 55

FLECK S J KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artmed 1999 p 124-144 FONSECA S T SILVA P L OCARINO J M URSINE P G S Anaacutelise de um meacutetodo eletromiograacutefico para quantificaccedilatildeo de co-contraccedilatildeo muscular Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 n 3 p 23-30 2001 GABRIEL D A BASFORD J R AN K-N Neural adaptations to fatigue Medicine and Science in Sports and Exercisev 33 n 8 p 1354-1360 2001 GAUFFIN H EKSTRAND J TROPP H Improvement of vertical jump performance in soccer players after specific training Journal of Human Movement Studiesv 15 p 185-190 1988 GOLDBERG A L ETLINGER J D GOLDSPINK D F JABLECKI C Mechanism of work-induced hypertrophy of skeletal muscle Medicine and Science in Sport v 7 n 4 p 248-261 1975 GOLDSPINK D P Exercise-related changes in protein turnover in mammalian striated muscle Journal of Experimental Biology v 160 p 127-148 1991 HAumlKKINEN K Maximal force explosive strength and speed in female volleyball and basketball players Journal of Human Movement Studies v 16 p 291-303 1989 HAumlKKINEN K KOMI P V Alterations of mechanical charateristics of human skeletal muscle during strength training European Journal of Applied Physiology v 50 n 2 p 161-172 1983 HAumlKKINEN K ALEacuteN M KOMI P V Changes in isometric force-and relaxation-time Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 573shy585 1985 HAumlKKINEN K KOMI P V ALEacuteN M Effect of explosive type strength training Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 587-600 1985 HATHER B M TESCH P A BUCHANAN P DUDLEY G A Influence of eccentric actions on skeletal muscle adaptations to resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 143 p 177-185 1991 HORITA T KOMI P V NICOL C KYROumlLAumlINEN H Effect of exhausting stretch-shortening cycle exercise European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 160-167 1999

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 56

HORTOBAacuteGYI T LAMBERT N J HILL J P Greater cross education following training with muscle lengthening than shortening Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 107-112 1997 KADI F Adaptation of human skeletal muscle to training and anabolic steroids Acta Physiologica Scandinavica v 168 Supplementum 646 p 1-42 2000 KADI F EIKSSON A HOLMNER S BUTLER-BROWNE G S THORNELL L-E Cellular adaptation of the trapezius muscle in strength-trained athletes Histochemistry Cellule Biology v 111 p 189-195 1999 KETTUNEN J A KUJALA U M RAumlTY H SARNA S Jumping height in former elite athletes European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 197-201 1999 KOMI P V Strength and power in sport Oxford Blackwell 1992 p 211-265 384 KOMI P V HAumlKKINEN K Strength and power In DIRIX A KNUTTGEN H G TITEL K Olympic book of sports medicine Oxford Blackwell 1988 p 181-193 KRAEMER W J HAumlKKINEN K Treinamento de forccedila para o esporte Porto Alegre Armed 2004 p 15-47 79-142 LINNAMO V NEWTON R U HAumlKKINEN K KOMI P V DAVIE A McGUIGAN M TRIPLETT-McBRIDE T Neuromuscular responses to explosive and heavy resistance loading Journal of Electromyography and Kinesiology v 10 p 417-424 2000 MacDOUGALL J D Adaptability of muscle to strength training ndash cellular approach In SALTIN B (Edit) Biochemistry of exercise VI Champaign Human Kinetics 1986 p 501-511 MARQUES JUNIOR N K Voleibol biomecacircnica e musculaccedilatildeo aplicadas Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 2001 p 83 MASAMOTO N LARSON R GATES T FAIGENBAUM A Acute effects of plyometric exercise on maximum squat performance in male athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 17 n 1 p 68-71 2003 McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p 422 e 423

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 57

McBRIDE R et al The effect of heavy-vs light-load jump squats on the development of strength power and speed Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 75-82 2002 McDONAGH M J N DAVIES C T M Adaptive response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads European Journal of Applied Physiology v 52 p 139-155 1984 McLESTER JUNIOR J R BISHOP P GUILLIAMS M E Comparison of 1 day and 3 day per week of equal-volume resistance training in experienced subjects Journal of Strength and Conditioning Research v 14 n 3 p 273-281 2000 MOREIRA A SOUZA M R P Controle da dinacircmica do arremesso do basquetebolista durante a etapa concentrada de forccedila Revista Treinamento Desportivo v 5 n 1 p 74-78 2000 MORITANI T MURO M Motor unit activity and surface electromyogram power spectrum during increasing force of contraction European Journal of Applied Physiology v 56 n 3 p 260-265 1987 NEWTON R U KRAEMER W J Developing explosive muscular power Journal and Strength and Conditioning Research v 16 n 5 p 20-31 1994 NICOL C KOMI P V HORITA T KYROumlLAumlINEN H TAKALA T E S Reduced stretch-reflex sensitivity after exhausting stretch-shortening cycle European Journal of Applied Physiology v 72 n 5-6 p 401shy409 1996 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K RUSKO H Effects of explosive type strength training on physical performance characteristics in crossshycountry skiers European Journal of Applied Physiology v 62 n 4 p 251-255 1991 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K HAumlMAumlLAumlINEN T NUMMELA A RUSKO H Explosive strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power Journal of Applied Physiology v 86 n 5 p 1527-1533 1999 RASCH P J COLABORADORES Cinesiologia e anatomia aplicada 7 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 p 37 e 38 RHEA M R ALVAR B A BALL S D BURKETT L N Three sets of weight training superior to 1 set with equal intensity for eliciting strength Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 525shy529 2002

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 58

SALE D G Neural adaptation to resistance training Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 n 5 p 135-145 1988 SANTOS P SILVA P JARDIM N O remate de futebol caracterizaccedilatildeo biomecacircnica e consideraccedilatildeo para o treino de forccedila raacutepida Revista Digital de Educacioacuten Fiacutesica y Deportes v 10 n 72 1-9 2004 Encontrado (18052004) wwwefdeportescom SCHLUMBERGER A STEC J SCHMIDTBLEICHER D Single-vs multiple-set strength training in women Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 3 p 284-289 2001 SIGNORILE J E ZINK A J SZWED S P A comparative electromyographical investigation of muscle utilization patters using various hand positions during the lat pull-down Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 539-546 2002 SFORZO G A TOUEY P F Manipulating exercise order affects muscular performance during resistance exercise Journal of Strength and Conditioning Research v 10 n 1 p 20-24 1996 SILVA J A B GONCcedilALVES M Levantamento terra um estudo eletromiograacutefico Revista Mineira de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 8 n 1 p 70-81 2000 SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Fidedignidade inter e intra dias de um teste de potecircncia muscular Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 4 p 118-124 2001a SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Potecircncia muscular maacutexima na flexatildeo do cotovelo uni e bilateral Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 5 p 157-162 2001b SIMAtildeO R Fundamentos fisioloacutegicos para o treinamento de forccedila e potecircncia Satildeo Paulo Phorte 2003 p 21 (introduccedilatildeo) 72-188 TESCH P A THORSSON A FUJITSUKA N Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise Journal of Applied Physiology v 66 n 4 p 1756-1759 1989 TOUMI H THIERY C MAITRE S MARTIN A VANNEUVILLE G POUMARAT G Training effects of amortization phase with eccentric concentric variations International Journal of Sports Medicine v 22 n 8 p 605-610 2001 UGRINOWITSCH C BARBANTI V J O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 12 n 1 p 85-94 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 59

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60

Page 4: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 46

Adaptaccedilotildees neurais do treinamento de forccedila

Outro fator que melhora a forccedila eacute a praacutetica da musculaccedilatildeo por trecircs vezes na semana quando comparada com uma vez (McLESTER JUNIOR et al 2000) A modificaccedilatildeo da ordem dos exerciacutecios tambeacutem influencia o aumento da forccedila ou seja o professor deve descobrir qual sequumlecircncia de exerciacutecios otimiza mais a forccedila do praticante o que pode ser aferido pelo teste de 8RM (SFORZO TOUEY 1996) Muacuteltiplas seacuteries otimizam mais a forccedila em atletas ou pessoas treinadas do que uma seacuterie (RHEA et al 2002 SCHLUMBERGER et al 2001) e o acircngulo em que eacute executado o exerciacutecio de musculaccedilatildeo obteacutem maior maximizaccedilatildeo da forccedila do que os demais (FIRMINO 1992) Por esse motivo devemos realizar o trabalho de musculaccedilatildeo similarmente agrave teacutecnica desportiva a fim de conseguir a transferecircncia da forccedila para o movimento competitivo da modalidade (FLECK KRAEMER 1999)

A forma de execuccedilatildeo do exerciacutecio contra-resistecircncia influencia a otimizaccedilatildeo da forccedila no trabalho de puxada no pulley a realizada pela frente gera um maior pico de forccedila do que a por traacutes (SIGNORILE et al 2002) Tambeacutem a puxada pela frente no pulley tem menos probabilidade de lesar o praticante (CRATE 1997)

Nas sessotildees de j um dos objetivos eacute otimizar a forccedila reativa (mencionado anteriormente) dos membros inferiores (VERKHOSHANSKI 1996) podendo esta ser melhorada se a sessatildeo for praticada em alta velocidade (YOUNG et al 1999) com altura de queda adequada aos atletas (VIITASALO et al 1998) com longa pausa entre as seacuteries (BOMPA 2004) e outros fatores que merecem pesquisas

O aumento da forccedila maacutexima (HAumlKKINEN et al 1985) a melhora da forccedila de potecircncia (PAAVOLAINEN et al 1991) e a otimizaccedilatildeo da forccedila reativa (PAAVOLAINEN et al 1999) estatildeo relacionados com fatores neurais e hipertroacuteficos (HAumlKKINEN et al 1985 PAAVOLAINEN et al 1991 1999)

Na fase inicial do treinamento de musculaccedilatildeo (cerca de 6 a 10 semanas) o ganho de forccedila eacute predominantemente neural apoacutes esse periacuteodo os fatores hipertroacuteficos satildeo os mais responsaacuteveis pela maximizaccedilatildeo da forccedila (BACURAU et al 2001) Por esse motivo na fase inicial do treino de musculaccedilatildeo acontece uma hipertrofia

insignificante (FLECK KRAEMER 1999) Quanto agraves sessotildees de salto em profundidade natildeo observamos estudos que expliquem o predomiacutenio da forccedila neural ou hipertroacutefica

O incremento da forccedila neural desencadeia uma frequumlecircncia de estiacutemulos mais acentuada para cada unidade motora (UM) que ocasiona maior recrutamento destas (SIMAtildeO 2003 MORITANI MURO 1987) Geralmente no trabalho de forccedila maacutexima forccedila de potecircncia e salto em profundidade as UMs mais potentes satildeo ativadas imediatamente (ZATSIORSKY 1999)

A frequumlecircncia dos estiacutemulos pode variar de 8 a 60 Hz (COMETTI 2001) Na atividade de forccedila maacutexima a frequumlecircncia situa entre 50 e 60 Hz (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) no exerciacutecio de potecircncia com ou sem carga (por exemplo no salto em profundidade) os tempos satildeo breves (100 ms) e a frequumlecircncia atinge 150 Hz (COMETTI 2001)

Badillo e Ayestaraacuten (2001) concluem O treino de forccedila maacutexima

ou de potecircncia satildeo interessantes para melhorarmos a frequumlecircncia de

estiacutemulos e o recrutamento das UM no desportista (p 170) O outro mecanismo fisioloacutegico pertencente agrave coordenaccedilatildeo

intramuscular eacute o aumento da sincronizaccedilatildeo das UMs (GABRIEL et al 2001 MOREIRA SOUZA 2000) sendo melhorado atraveacutes do treino de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia por sessotildees de salto em profundidade (BADILLO AYESTARAacuteN 2001)

A sincronizaccedilatildeo das UMs permite uma geraccedilatildeo de forccedila mais raacutepida e coordenada ou seja um maior nuacutemero de UM se contrai ao mesmo tempo com menor frequumlecircncia de estiacutemulos Isso acontece porque os oacutergatildeos tendinosos de Golgi (OTG) realizam inibiccedilatildeo ou facilitaccedilatildeo para propiciar a accedilatildeo neuromuscular (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) Portanto a sincronizaccedilatildeo otimizada refletiraacute em maiores niacuteveis de forccedila (SALE 1988)

A coordenaccedilatildeo intermuscular eacute outro meio de o atleta conseguir maximizar a forccedila atraveacutes do treino de musculaccedilatildeo eou de salto em profundidade A melhora dessa coordenaccedilatildeo facilita a interaccedilatildeo de diferentes grupos musculares ndash por exemplo a relaccedilatildeo entre agonista e sinergista Tambeacutem observamos uma otimizaccedilatildeo na relaccedilatildeo entre agonista e antagonista a co-contraccedilatildeo que consiste na contraccedilatildeo simultacircnea de dois ou mais muacutesculos ao redor de uma articulaccedilatildeo propiciando melhor estabilizaccedilatildeo articular dinacircmica ou para reduzir a dificuldade do aprendizado motor (FONSECA et al 2001)

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 47

A co-contraccedilatildeo eacute a accedilatildeo simultacircnea de agonista e antagonista no agachamento o agonista eacute o quadriacuteceps na extensatildeo do joelho e seu antagonista eacute o isquitibial Ela eacute comum nas accedilotildees musculares fortes e raacutepidas dos agonistas quando a atividade necessita de precisatildeo ou quando o indiviacuteduo eacute destreinado na tarefa (SALE 1988)

A co-contraccedilatildeo dos antagonistas acarreta uma accedilatildeo contraprodutiva porque os antagonistas realizam um torque oposto em relaccedilatildeo agrave direccedilatildeo pretendida pelos agonistas (KOMI 1992) Essa co-contraccedilatildeo dos antagonistas pode desencadear uma inibiccedilatildeo no agonista com o intuito de proteger a estrutura anatocircmica contra accedilotildees fortes e raacutepidas desempenhadas pelos muacutesculos (SALE 1988 SIMAtildeO 2003) Entretanto Gabriel et al (2001) natildeo observaram inibiccedilatildeo dos agonistas na co-contraccedilatildeo Talvez isso tenha ocorrido pelo fato de a musculatura ter aumentado a forccedila e o endurance

Nessa co-contraccedilatildeo quando o agonista atinge o fim da contraccedilatildeo muscular desencadeia uma resposta proprioceptiva do fuso muscular para contrair a musculatura antagonista ao movimento e acarretar uma resistecircncia a este (RASCH et al 1991) Imediatamente acontece uma resposta reflexa do OTG para propiciar uma inibiccedilatildeo em destreinados (prejudica a forccedila) ou facilitaccedilatildeo em treinados (otimiza a forccedila) no antagonista acontecendo relaxamento da musculatura (TOUMI et al 2001) O controle realizado pelo OTG eacute denominado de inibiccedilatildeo autogecircnica o treinamento de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia ou sessatildeo de salto em profundidade podem reduzir essa inibiccedilatildeo atraveacutes do aumento da forccedila resultando em movimentos mais econocircmicos e coordenados (WILMORE COSTILL 2001)

O deacuteficit bilateral pertence agrave coordenaccedilatildeo intermuscular sendo definido como uma reduccedilatildeo do impulso nervoso do sistema nervoso central (SNC) para as UMs durante a atividade de forccedila que envolva o uso de dois membros superiores eou inferiores (VANDERVOORT et al 1984) Em alguns casos o deacuteficit bilateral pode natildeo acontecer a forccedila gerada eacute idecircntica agrave atividade unilateral (SIMAtildeO 2003) Um dos motivos desse acontecimento eacute a baixa sensibilidade da eletromiografia na avaliaccedilatildeo dos muacutesculos com elevada hipetrofia (SIMAtildeO et al 2001b)

Fatores como a complexidade do impulso nervoso do SNC (VANDERVOORT et al 1987) a contraccedilatildeo concecircntrica de alta velocidade (SALE 1988) o aprendizado na coordenaccedilatildeo a reduccedilatildeo da accedilatildeo do antagonista (SIMAtildeO et al 2001b) a motivaccedilatildeo e o tipo de

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 48

fibra muscular de cada membro (SIMAtildeO 2003) podem ocasionar o deacuteficit bilateral

O fim ou a diminuiccedilatildeo do deacuteficit bilateral eacute conseguido atraveacutes do treino de forccedila por longo prazo nos dois braccedilos eou em ambos os membros inferiores (NEWTON KRAEMER 1994 SALE 1988) Em atividades em que acontecem movimentos simultacircneos de ambos os braccedilos ndash o caso do remo ndash natildeo observamos o deacuteficit bilateral na atividade de forccedila (KOMI 1992)

Contudo o deacuteficit bilateral ainda pode acontecer pela maior solicitaccedilatildeo de um membro no exerciacutecio ou na diferenccedila do recrutamento neural pelo efeito cruzado merecendo mais estudos porque seus mecanismos neurais ainda satildeo desconhecidos (SIMAtildeO et al 2001b)

A educaccedilatildeo cruzada eacute uma adaptaccedilatildeo neural observada no membro contralateral ou seja o braccedilo ou perna que natildeo realiza o trabalho tambeacutem aumenta a forccedila (HOTOBAacuteGYI et al 1997) Essa atividade tem sido muito utilizada na reabilitaccedilatildeo de lesotildees (KRAEMER HAumlKKINEN 2004)

Foram apresentadas ao leitor as principais adaptaccedilotildees neurais do treino de forccedila embora mais estudos sejam necessaacuterios para descobrir esses mecanismos fisioloacutegicos

Por exemplo escrevemos que a forccedila neural eacute a mais atuante nas 6 a 10 semanas (equivale a 1 mecircs e 14 dias a 2 meses e 14 dias) depois desse tempo a forccedila hipertroacutefica eacute a predominante Em recente pesquisa de Deschenes e Kraemer (2002) publicada no American Journal of Physiology Medicine and Rehabilitation (v 81 n 11 suplemento) foi demonstrado que o predomiacutenio da forccedila neural e hipertroacutefica oscila ao longo da temporada (explicaccedilatildeo na Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu de Musculaccedilatildeo da UGF pelo Professor Mestre Djalma Rabelo Ricardo em 13 de setembro de 2003) Inicialmente a forccedila neural eacute a mais atuante e apoacutes algumas semanas os fatores hipertroacuteficos satildeo dominantes vindo ocorrer uma ondulaccedilatildeo mais significativa da forccedila mais atuante a partir da 22a semana

Essa evidecircncia cientiacutefica natildeo eacute o ldquoestado da arterdquo apresentando-nos o quanto eacute necessaacuterio descobrir sobre as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treino de forccedila

Adaptaccedilotildees hipertroacuteficas do treinamento de forccedila

O aumento da forccedila tambeacutem acontece por fatores hipertroacuteficos (como mencionado anteriormente) sendo um acontecimento fisioloacutegico

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 49

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 50

marcante nos atletas que treinam musculaccedilatildeo (COLLIANDER TESCH 1990 KOMI HAumlKKINEN 1988) embora em modalidades de potecircncia ndash o caso de futebol voleibol lutas ndash seja prejudicial uma demasiada hipertrofia para o atleta desempenhar sua atividade (KOMI 1992) No entanto no trabalho de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia a hipertrofia que ocorre natildeo atrapalha o desempenho competitivo do jogador porque natildeo eacute demasiada

Nos estudos de salto em profundidade natildeo observamos pesquisas com o intuito de identificar os mecanismos fisioloacutegicos da hipertrofia dos membros inferiores do futebolista (DIALLO et al 2001 GAUFFIN et al 1988) As investigaccedilotildees de salto em profundidade estatildeo voltadas para evidenciar a elevaccedilatildeo do centro de gravidade (BOSCO KOMI 1980 HAumlKKINEN KOMI 1983) e a fadiga do atleta nessa sessatildeo (NICOL et al 1996 HORITA et al 1999) A uacutenica hipertrofia estudada eacute dos ossos dos membros inferiores ou seja o aumento da massa oacutessea e da densidade oacutessea (UNEMURA et al 1995 2002) VERKHOSHANSKI e GOMES (2000) afirmam que a hipertrofia nos membros inferiores do desportista praticante de salto em profundidade eacute miacutenima Cometti (2001) com base em constataccedilotildees empiacutericas tambeacutem considera uma miacutenima hipertrofia do executante de salto em profundidade

Entatildeo natildeo conhecemos os mecanismos fisioloacutegicos exatos da hipertrofia ocasionada pelo treino de salto em profundidade Acreditamos que devem ser similares aos da sessatildeo de musculaccedilatildeo

A hipertrofia acontece por causa dos seguintes componentes (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) aumento da quantidade e do tamanho das miofibrilas aumento do tamanho do tecido conjuntivo aumento da capilarizaccedilatildeo mais quantidade de fibras musculares e provavelmente aumento do nuacutemero de fibras musculares

O aumento no tamanho das miofibrilas estaacute relacionado com o acreacutescimo dos filamentos de actina e miosina agrave periferia das miofibrilas (SIMAtildeO 2003)

O aumento no nuacutemero de miofibrilas acontece atraveacutes de um desequiliacutebrio entre a banda A e I provavelmente da dilataccedilatildeo e obriga os filamentos de actina a tracionar a linha Z (COMETTI 2001) Com as contraccedilotildees musculares sucessivas essa traccedilatildeo desencadeia uma ruptura longitudinal nos discos Z e resulta em duas ou mais miofibrilas com o mesmo comprimento do sarcocircmero (KOMI 1992)

O aumento da proteiacutena contraacutetil durante a hipertrofia ocasiona reduccedilatildeo da densidade do volume da mitococircndria (ANTONIO GONYEA

1993) enquanto o retiacuteculo sarcoplasmaacutetico e a densidade do volume do tuacutebulo T aumentam de acordo com o volume da miofibrila (GOLDBERG et al 1975)

O colaacutegeno as ceacutelulas de elastina e fibras pertencem ao tecido conjuntivo O colaacutegeno eacute o componente mais importante do tecido conjuntivo

O tecido conjuntivo cobre os muacutesculos tendotildees e ligamentos tendo participaccedilatildeo na forccedila condutora do muacutesculo com o sistema osso-alavanca (SIMAtildeO 2003)

Para alguns pesquisadores o aumento do tecido conjuntivo pouco contribui para o aumento da forccedila mas eacute importante para a hipertrofia (BADILLO AYESTARAacuteN 2001)

O aumento da capilarizaccedilatildeo ou vascularizaccedilatildeo estaacute associado com o maior tamanho da musculatura acontecendo nas fibras tipo I ou tipo II (HATHER et al 1991) Em exerciacutecios de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima a quantidade de capilares diminui enquanto nos trabalhos de musculaccedilatildeo visando hipertrofia maacutexima ocorre acreacutescimo no nuacutemero de capilares (COMETTI 2001) Parece que essa diferenccedila de capilares em ambos os trabalhos estaacute relacionada com o nuacutemero de repeticcedilotildees

O aumento no tamanho das fibras musculares acontece em fibras tipo I e tipo II no atleta que pratica musculaccedilatildeo (McDONAGH DAVIES 1984) Geralmente nas fibras tipo II acontece em maior quantidade o aumento do tamanho quando comparamos com as fibras musculares tipo I (BADILLO AYESTARAacuteN 2001 HAumlKKINEN et al 1985)

O aumento no tamanho das fibras estaacute relacionado com a geneacutetica do praticante (KOMI 1992) Outro fator que influencia o aumento no tamanho das fibras musculares estaacute relacionado com o volume a intensidade e a duraccedilatildeo do treinamento (ABERNETHY et al 1994) O tipo de capacidade fiacutesica praticada na sessatildeo de forccedila tambeacutem influencia o aumento na dimensatildeo da fibra muscular (GOLDSPINK 1991)

Merece atenccedilatildeo o fato de que o tipo de exerciacutecio prescrito na sessatildeo de musculaccedilatildeo influencia o aumento da dimensatildeo da fibra muscular Exerciacutecios uniarticulares conseguem melhor hipertrofia do que os multiarticulares (Sale 1998 citado pelo Professor Mestre Djalma Rabelo Ricardo - explicaccedilatildeo na Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu 10 de setembro de 2002) embora as chances de lesatildeo sejam menores no trabalho multiarticular (DELECLUSE et al 1995)

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 51

A ceacutelula sateacutelite tem funccedilatildeo de reconstruir o material contraacutetil danificado e facilitar o crescimento e a manutenccedilatildeo da fibra muscular (ANTONIO GOYNEA 1993) Elas localizam-se entre a lacircmina basal do muacutesculo e o sarcolema das miofibrilas (ADAMS 1998)

A ceacutelula sateacutelite eacute distribuiacuteda de maneira uniforme na musculatura mas se o tecido estiver com microlesotildees elas migram e multiplicam-se no local afetado (KADI 2000) vindo fundir-se com a fibra muscular e doar seu mionuacutecleo com o intuito de restaurar a fibra (ADAMS 1998 KADI 2000)

Vaacuterios estudos sugerem que a proliferaccedilatildeo da ceacutelula sateacutelite proporciona regeneraccedilatildeo da fibra e compensa com a hipertrofia muscular aumentando a quantidade de actina e miosina (ADAMS 1998)

As ceacutelulas sateacutelites satildeo mais abundantes nos animais jovens e diminuem agrave medida que a idade avanccedila (SIMAtildeO 2003) Elas satildeo predominantes nas fibras tipo I talvez porque sejam mais usadas e eacute provaacutevel que a maior capilarizaccedilatildeo ajude nesse acontecimento

A hiperplasia natildeo eacute totalmente conhecida parece que as ceacutelulas sateacutelites causam essa reaccedilatildeo fisioloacutegica proveniente do treino de musculaccedilatildeo (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) Alguns pesquisadores afirmam que a hiperplasia aparece a partir de novas fibras das ceacutelulas sateacutelites que tentam restaurar a fibra muscular danificada ou atraveacutes da divisatildeo longitudinal de uma fibra hipertrofiada dividindo-se em duas ou mais (McARDLE et al 1998) Apesar dessas explicaccedilotildees mais investigaccedilotildees precisam ser feitas para descobrirmos os mecanismos fisioloacutegicos da hiperplasia sendo evidenciada apenas em animais (ABERNETHY et al 1994 KADI et al 2000) Bacurau et al (2001) afirmam que se a hiperplasia acontecer em humanos pode natildeo ser maior do que 5 embora existam controveacutersias para tais afirmaccedilotildees Contudo se alguma investigaccedilatildeo evidenciar a hiperplasia natildeo eacute o ldquoestado da arterdquo merecendo novas identificaccedilotildees desse fenocircmeno fisioloacutegico para corroborarmos a existecircncia em humanos

Segundo WIilmore e Costill (2001) poucos estudos identificaram a hiperplasia em seres humanos como eacute o caso da pesquisa de Kadi et al (1999) que observaram a hiperplasia no trapeacutezio de 10 levantadores de peso de elite suecos

Outro acontecimento fisioloacutegico decorrente do treino de forccedila eacute a alta probabilidade de as fibras tipo I serem convertidas em tipo II (FLECK KRAEMER 1999) principalmente se o trabalho for de alta intensidade

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 52

(BACURAU et al 2001) ndash caso ocorrido na sessatildeo de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia e no treino de salto em profundidade

CONCLUSAtildeO

Esta revisatildeo apresentou os principais mecanismos fisioloacutegicos decorrentes do treino de forccedila maacutexima eou potecircncia e da sessatildeo de salto em profundidade em atletas de desportos de potecircncia Entretanto satildeo necessaacuterios mais estudos porque a maioria das investigaccedilotildees ocorre em natildeo - atletas talvez os resultados possam ser diferentes se forem investigados em competidores de desportos de potecircncia

Esperamos que os cientistas tentem descobrir novas adaptaccedilotildees fisioloacutegicas sobre a sessatildeo de forccedila em atletas de desportos de potecircncia com o intuito de auxiliar na prescriccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do treinamento

ABSTRACT

The objective of this review was to explain the main physiological adaptations resulting from the maximum strength andor potency training and depth jumping sessions in order to facilitate the prescription and evaluation of strength training for strength athletes There are few studies on the physiological adaptations occurred in potent competitors once most investigations are carried out with non-athletes Keywords strength training physiological adaptation strength sports

REFEREcircNCIAS ABERNETHY P J JUumlRIMAumlE J LOGAN P A TAYLOR A W THAYER R E Acute and chronic response of skeletal muscle to resistance exercise Sports Medicine v 17 n 1 p 22-38 1994 ADAMS G R Role of insulin-like growth factor-I in the regulation of skeletal muscle adaptation to increased loading Exercise and Sport Sciences Reviews v 26 p 31-60 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 53

ANTONIO J GONYEA W J Skeletal muscle fiber hyperplasia Medicine and Science in Sports and Exercise v 25 n 12 p 1333shy1345 1993 BACURAU R F NAVARRO F UCHIDA M C ROSA L F B P C Hipertrofia-hiperplasia Satildeo Paulo Phorte 2001 p 60-68 116-118 BADILLO J J G AYESTARAacuteN E G Fundamentos do treinamento de forccedila 2 ed Porto Alegre Artmed 2001 p 58-91 124 e 125 130 169-172 186 e 188 BAKER D NANCE S MOORE M The load that maximizes the average mechanical power output during jump squats in power-trained athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 92-97 2001 BARBANTI V J Adaptaccedilotildees produzidas pelo treinamento fiacutesico In AMADIO A C BARBANTI V J (Orgs) Biodinacircmica do movimento humano e suas relaccedilotildees interdisciplinares Satildeo Paulo USP e Estaccedilatildeo Liberdade 2000 p 163-174 BOBBERT M F Drop jumping as a training method for jumping ability Sports Medicine v 9 n 1 p 7-22 1990 BOMPA T O Treinamento de potecircncia para o esporte Satildeo Paulo Phorte 2004 p 61 e 62 BOSCO C KOMI P V Influence of aging on the mechanical behavior of leg extensor muscles European Journal of Applied Physiology v 45 n 2-3 p 209-219 1980 BRANDENBURG J P DOCHERTY D The effects of accentuated eccentric loading on strength muscle hypertrophy and neural adaptations in trained individuals Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 25-32 2002 BRASIL R L O CONCEICcedilAtildeO F L COELHO C W REBELLO C V ARAUacuteJO C G S VAISMAN M Efeitos do treinamento fiacutesico contra resistecircncia Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo v 45 n 2 p 134-140 2001 CARVALHO J OLIVEIRA J MAGALHAtildeES J ASCENSAtildeO A MOTA J SOARES J M C Efeito de um programa de treino em idosos Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 17 n 1 p 74-84 2003 CLAASSEN H GERBER C HOPPELER H LUumlTHI J-M VOCK P Muscle filament spacing and short-term heavy-resistance exercise in humans Journal of Physiology v 409 p 491-495 1989

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 54

COLLIANDER E B TESCH P A Effects of eccentric and concentric muscle actions in resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 140 p 31-39 1990 COMETTI G Los meacutetodos modernos de musculacioacuten Barcelona Paidotribo 2001 p 29-58 62-71 153 COSTILL D L COYLE E F FINK W F LESMES G R WITZMANN F A Adaptations in skeletal muscle following strength training Journal of Applied Physiology respiratory environment and exercise physiology v 46 n 1 p 96-99 1979 CRATE T Analysis of the lat pulldown Strength and Conditioning Journal p 26-29 1997 DANTAS E H M A praacutetica da preparaccedilatildeo fiacutesica 3 ed Rio de Janeiro Shape 1995 p 210-213 DELECLUSE C COPPENOLLE H V WILLEMS E LEEMPUTTE M V DIELS R GORIS M Influence of high-resistance and highshyvelocity training on sprint performance Medicine and Science in Sports and Exercise v 27 n 8 p 1203-1209 1995 DeRENNE C HO K W MURPHY J C Effects of general special and specific resistance training on throwing velocity in baseball Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 148-156 2001 DIALLO O DORE E DUCHE P VANPRAAGH E Effects of plyometric training followed by a reduced training programme on physical performance in prepubescent soccer player Journal of Sports Medicine and Physical Fitness v 41 n 3 p 342-348 2001 DOAN B K et al Effects on increased loading on bench press 1RM Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 9-13 2002 EWING JUNIOR J L WOLFE D R ROGERS M A AMUNDSON M L STULL G A Effects of velocity of isokinetic training on strength power and quadriceps muscle fibre characteristics European Journal of Applied Physiology v 61 n 1-2 p 159-162 1990 FAIGENBAUM A D WESTCOTT W L LOUD R L R LONG C The effects of different resistance training Pediatrics v 104 n 1 p 1-7 1999 FIRMINO C A O Comparaccedilatildeo da forccedila do quadriacuteceps em indiviacuteduos em um trabalho mucular nos acircngulos de 90 e 120 graus Anuaacuterio das Faculdades Claretianas n 1 p 4-7 1992

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 55

FLECK S J KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artmed 1999 p 124-144 FONSECA S T SILVA P L OCARINO J M URSINE P G S Anaacutelise de um meacutetodo eletromiograacutefico para quantificaccedilatildeo de co-contraccedilatildeo muscular Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 n 3 p 23-30 2001 GABRIEL D A BASFORD J R AN K-N Neural adaptations to fatigue Medicine and Science in Sports and Exercisev 33 n 8 p 1354-1360 2001 GAUFFIN H EKSTRAND J TROPP H Improvement of vertical jump performance in soccer players after specific training Journal of Human Movement Studiesv 15 p 185-190 1988 GOLDBERG A L ETLINGER J D GOLDSPINK D F JABLECKI C Mechanism of work-induced hypertrophy of skeletal muscle Medicine and Science in Sport v 7 n 4 p 248-261 1975 GOLDSPINK D P Exercise-related changes in protein turnover in mammalian striated muscle Journal of Experimental Biology v 160 p 127-148 1991 HAumlKKINEN K Maximal force explosive strength and speed in female volleyball and basketball players Journal of Human Movement Studies v 16 p 291-303 1989 HAumlKKINEN K KOMI P V Alterations of mechanical charateristics of human skeletal muscle during strength training European Journal of Applied Physiology v 50 n 2 p 161-172 1983 HAumlKKINEN K ALEacuteN M KOMI P V Changes in isometric force-and relaxation-time Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 573shy585 1985 HAumlKKINEN K KOMI P V ALEacuteN M Effect of explosive type strength training Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 587-600 1985 HATHER B M TESCH P A BUCHANAN P DUDLEY G A Influence of eccentric actions on skeletal muscle adaptations to resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 143 p 177-185 1991 HORITA T KOMI P V NICOL C KYROumlLAumlINEN H Effect of exhausting stretch-shortening cycle exercise European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 160-167 1999

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 56

HORTOBAacuteGYI T LAMBERT N J HILL J P Greater cross education following training with muscle lengthening than shortening Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 107-112 1997 KADI F Adaptation of human skeletal muscle to training and anabolic steroids Acta Physiologica Scandinavica v 168 Supplementum 646 p 1-42 2000 KADI F EIKSSON A HOLMNER S BUTLER-BROWNE G S THORNELL L-E Cellular adaptation of the trapezius muscle in strength-trained athletes Histochemistry Cellule Biology v 111 p 189-195 1999 KETTUNEN J A KUJALA U M RAumlTY H SARNA S Jumping height in former elite athletes European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 197-201 1999 KOMI P V Strength and power in sport Oxford Blackwell 1992 p 211-265 384 KOMI P V HAumlKKINEN K Strength and power In DIRIX A KNUTTGEN H G TITEL K Olympic book of sports medicine Oxford Blackwell 1988 p 181-193 KRAEMER W J HAumlKKINEN K Treinamento de forccedila para o esporte Porto Alegre Armed 2004 p 15-47 79-142 LINNAMO V NEWTON R U HAumlKKINEN K KOMI P V DAVIE A McGUIGAN M TRIPLETT-McBRIDE T Neuromuscular responses to explosive and heavy resistance loading Journal of Electromyography and Kinesiology v 10 p 417-424 2000 MacDOUGALL J D Adaptability of muscle to strength training ndash cellular approach In SALTIN B (Edit) Biochemistry of exercise VI Champaign Human Kinetics 1986 p 501-511 MARQUES JUNIOR N K Voleibol biomecacircnica e musculaccedilatildeo aplicadas Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 2001 p 83 MASAMOTO N LARSON R GATES T FAIGENBAUM A Acute effects of plyometric exercise on maximum squat performance in male athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 17 n 1 p 68-71 2003 McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p 422 e 423

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 57

McBRIDE R et al The effect of heavy-vs light-load jump squats on the development of strength power and speed Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 75-82 2002 McDONAGH M J N DAVIES C T M Adaptive response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads European Journal of Applied Physiology v 52 p 139-155 1984 McLESTER JUNIOR J R BISHOP P GUILLIAMS M E Comparison of 1 day and 3 day per week of equal-volume resistance training in experienced subjects Journal of Strength and Conditioning Research v 14 n 3 p 273-281 2000 MOREIRA A SOUZA M R P Controle da dinacircmica do arremesso do basquetebolista durante a etapa concentrada de forccedila Revista Treinamento Desportivo v 5 n 1 p 74-78 2000 MORITANI T MURO M Motor unit activity and surface electromyogram power spectrum during increasing force of contraction European Journal of Applied Physiology v 56 n 3 p 260-265 1987 NEWTON R U KRAEMER W J Developing explosive muscular power Journal and Strength and Conditioning Research v 16 n 5 p 20-31 1994 NICOL C KOMI P V HORITA T KYROumlLAumlINEN H TAKALA T E S Reduced stretch-reflex sensitivity after exhausting stretch-shortening cycle European Journal of Applied Physiology v 72 n 5-6 p 401shy409 1996 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K RUSKO H Effects of explosive type strength training on physical performance characteristics in crossshycountry skiers European Journal of Applied Physiology v 62 n 4 p 251-255 1991 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K HAumlMAumlLAumlINEN T NUMMELA A RUSKO H Explosive strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power Journal of Applied Physiology v 86 n 5 p 1527-1533 1999 RASCH P J COLABORADORES Cinesiologia e anatomia aplicada 7 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 p 37 e 38 RHEA M R ALVAR B A BALL S D BURKETT L N Three sets of weight training superior to 1 set with equal intensity for eliciting strength Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 525shy529 2002

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 58

SALE D G Neural adaptation to resistance training Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 n 5 p 135-145 1988 SANTOS P SILVA P JARDIM N O remate de futebol caracterizaccedilatildeo biomecacircnica e consideraccedilatildeo para o treino de forccedila raacutepida Revista Digital de Educacioacuten Fiacutesica y Deportes v 10 n 72 1-9 2004 Encontrado (18052004) wwwefdeportescom SCHLUMBERGER A STEC J SCHMIDTBLEICHER D Single-vs multiple-set strength training in women Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 3 p 284-289 2001 SIGNORILE J E ZINK A J SZWED S P A comparative electromyographical investigation of muscle utilization patters using various hand positions during the lat pull-down Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 539-546 2002 SFORZO G A TOUEY P F Manipulating exercise order affects muscular performance during resistance exercise Journal of Strength and Conditioning Research v 10 n 1 p 20-24 1996 SILVA J A B GONCcedilALVES M Levantamento terra um estudo eletromiograacutefico Revista Mineira de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 8 n 1 p 70-81 2000 SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Fidedignidade inter e intra dias de um teste de potecircncia muscular Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 4 p 118-124 2001a SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Potecircncia muscular maacutexima na flexatildeo do cotovelo uni e bilateral Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 5 p 157-162 2001b SIMAtildeO R Fundamentos fisioloacutegicos para o treinamento de forccedila e potecircncia Satildeo Paulo Phorte 2003 p 21 (introduccedilatildeo) 72-188 TESCH P A THORSSON A FUJITSUKA N Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise Journal of Applied Physiology v 66 n 4 p 1756-1759 1989 TOUMI H THIERY C MAITRE S MARTIN A VANNEUVILLE G POUMARAT G Training effects of amortization phase with eccentric concentric variations International Journal of Sports Medicine v 22 n 8 p 605-610 2001 UGRINOWITSCH C BARBANTI V J O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 12 n 1 p 85-94 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 59

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60

Page 5: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

insignificante (FLECK KRAEMER 1999) Quanto agraves sessotildees de salto em profundidade natildeo observamos estudos que expliquem o predomiacutenio da forccedila neural ou hipertroacutefica

O incremento da forccedila neural desencadeia uma frequumlecircncia de estiacutemulos mais acentuada para cada unidade motora (UM) que ocasiona maior recrutamento destas (SIMAtildeO 2003 MORITANI MURO 1987) Geralmente no trabalho de forccedila maacutexima forccedila de potecircncia e salto em profundidade as UMs mais potentes satildeo ativadas imediatamente (ZATSIORSKY 1999)

A frequumlecircncia dos estiacutemulos pode variar de 8 a 60 Hz (COMETTI 2001) Na atividade de forccedila maacutexima a frequumlecircncia situa entre 50 e 60 Hz (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) no exerciacutecio de potecircncia com ou sem carga (por exemplo no salto em profundidade) os tempos satildeo breves (100 ms) e a frequumlecircncia atinge 150 Hz (COMETTI 2001)

Badillo e Ayestaraacuten (2001) concluem O treino de forccedila maacutexima

ou de potecircncia satildeo interessantes para melhorarmos a frequumlecircncia de

estiacutemulos e o recrutamento das UM no desportista (p 170) O outro mecanismo fisioloacutegico pertencente agrave coordenaccedilatildeo

intramuscular eacute o aumento da sincronizaccedilatildeo das UMs (GABRIEL et al 2001 MOREIRA SOUZA 2000) sendo melhorado atraveacutes do treino de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia por sessotildees de salto em profundidade (BADILLO AYESTARAacuteN 2001)

A sincronizaccedilatildeo das UMs permite uma geraccedilatildeo de forccedila mais raacutepida e coordenada ou seja um maior nuacutemero de UM se contrai ao mesmo tempo com menor frequumlecircncia de estiacutemulos Isso acontece porque os oacutergatildeos tendinosos de Golgi (OTG) realizam inibiccedilatildeo ou facilitaccedilatildeo para propiciar a accedilatildeo neuromuscular (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) Portanto a sincronizaccedilatildeo otimizada refletiraacute em maiores niacuteveis de forccedila (SALE 1988)

A coordenaccedilatildeo intermuscular eacute outro meio de o atleta conseguir maximizar a forccedila atraveacutes do treino de musculaccedilatildeo eou de salto em profundidade A melhora dessa coordenaccedilatildeo facilita a interaccedilatildeo de diferentes grupos musculares ndash por exemplo a relaccedilatildeo entre agonista e sinergista Tambeacutem observamos uma otimizaccedilatildeo na relaccedilatildeo entre agonista e antagonista a co-contraccedilatildeo que consiste na contraccedilatildeo simultacircnea de dois ou mais muacutesculos ao redor de uma articulaccedilatildeo propiciando melhor estabilizaccedilatildeo articular dinacircmica ou para reduzir a dificuldade do aprendizado motor (FONSECA et al 2001)

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 47

A co-contraccedilatildeo eacute a accedilatildeo simultacircnea de agonista e antagonista no agachamento o agonista eacute o quadriacuteceps na extensatildeo do joelho e seu antagonista eacute o isquitibial Ela eacute comum nas accedilotildees musculares fortes e raacutepidas dos agonistas quando a atividade necessita de precisatildeo ou quando o indiviacuteduo eacute destreinado na tarefa (SALE 1988)

A co-contraccedilatildeo dos antagonistas acarreta uma accedilatildeo contraprodutiva porque os antagonistas realizam um torque oposto em relaccedilatildeo agrave direccedilatildeo pretendida pelos agonistas (KOMI 1992) Essa co-contraccedilatildeo dos antagonistas pode desencadear uma inibiccedilatildeo no agonista com o intuito de proteger a estrutura anatocircmica contra accedilotildees fortes e raacutepidas desempenhadas pelos muacutesculos (SALE 1988 SIMAtildeO 2003) Entretanto Gabriel et al (2001) natildeo observaram inibiccedilatildeo dos agonistas na co-contraccedilatildeo Talvez isso tenha ocorrido pelo fato de a musculatura ter aumentado a forccedila e o endurance

Nessa co-contraccedilatildeo quando o agonista atinge o fim da contraccedilatildeo muscular desencadeia uma resposta proprioceptiva do fuso muscular para contrair a musculatura antagonista ao movimento e acarretar uma resistecircncia a este (RASCH et al 1991) Imediatamente acontece uma resposta reflexa do OTG para propiciar uma inibiccedilatildeo em destreinados (prejudica a forccedila) ou facilitaccedilatildeo em treinados (otimiza a forccedila) no antagonista acontecendo relaxamento da musculatura (TOUMI et al 2001) O controle realizado pelo OTG eacute denominado de inibiccedilatildeo autogecircnica o treinamento de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia ou sessatildeo de salto em profundidade podem reduzir essa inibiccedilatildeo atraveacutes do aumento da forccedila resultando em movimentos mais econocircmicos e coordenados (WILMORE COSTILL 2001)

O deacuteficit bilateral pertence agrave coordenaccedilatildeo intermuscular sendo definido como uma reduccedilatildeo do impulso nervoso do sistema nervoso central (SNC) para as UMs durante a atividade de forccedila que envolva o uso de dois membros superiores eou inferiores (VANDERVOORT et al 1984) Em alguns casos o deacuteficit bilateral pode natildeo acontecer a forccedila gerada eacute idecircntica agrave atividade unilateral (SIMAtildeO 2003) Um dos motivos desse acontecimento eacute a baixa sensibilidade da eletromiografia na avaliaccedilatildeo dos muacutesculos com elevada hipetrofia (SIMAtildeO et al 2001b)

Fatores como a complexidade do impulso nervoso do SNC (VANDERVOORT et al 1987) a contraccedilatildeo concecircntrica de alta velocidade (SALE 1988) o aprendizado na coordenaccedilatildeo a reduccedilatildeo da accedilatildeo do antagonista (SIMAtildeO et al 2001b) a motivaccedilatildeo e o tipo de

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 48

fibra muscular de cada membro (SIMAtildeO 2003) podem ocasionar o deacuteficit bilateral

O fim ou a diminuiccedilatildeo do deacuteficit bilateral eacute conseguido atraveacutes do treino de forccedila por longo prazo nos dois braccedilos eou em ambos os membros inferiores (NEWTON KRAEMER 1994 SALE 1988) Em atividades em que acontecem movimentos simultacircneos de ambos os braccedilos ndash o caso do remo ndash natildeo observamos o deacuteficit bilateral na atividade de forccedila (KOMI 1992)

Contudo o deacuteficit bilateral ainda pode acontecer pela maior solicitaccedilatildeo de um membro no exerciacutecio ou na diferenccedila do recrutamento neural pelo efeito cruzado merecendo mais estudos porque seus mecanismos neurais ainda satildeo desconhecidos (SIMAtildeO et al 2001b)

A educaccedilatildeo cruzada eacute uma adaptaccedilatildeo neural observada no membro contralateral ou seja o braccedilo ou perna que natildeo realiza o trabalho tambeacutem aumenta a forccedila (HOTOBAacuteGYI et al 1997) Essa atividade tem sido muito utilizada na reabilitaccedilatildeo de lesotildees (KRAEMER HAumlKKINEN 2004)

Foram apresentadas ao leitor as principais adaptaccedilotildees neurais do treino de forccedila embora mais estudos sejam necessaacuterios para descobrir esses mecanismos fisioloacutegicos

Por exemplo escrevemos que a forccedila neural eacute a mais atuante nas 6 a 10 semanas (equivale a 1 mecircs e 14 dias a 2 meses e 14 dias) depois desse tempo a forccedila hipertroacutefica eacute a predominante Em recente pesquisa de Deschenes e Kraemer (2002) publicada no American Journal of Physiology Medicine and Rehabilitation (v 81 n 11 suplemento) foi demonstrado que o predomiacutenio da forccedila neural e hipertroacutefica oscila ao longo da temporada (explicaccedilatildeo na Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu de Musculaccedilatildeo da UGF pelo Professor Mestre Djalma Rabelo Ricardo em 13 de setembro de 2003) Inicialmente a forccedila neural eacute a mais atuante e apoacutes algumas semanas os fatores hipertroacuteficos satildeo dominantes vindo ocorrer uma ondulaccedilatildeo mais significativa da forccedila mais atuante a partir da 22a semana

Essa evidecircncia cientiacutefica natildeo eacute o ldquoestado da arterdquo apresentando-nos o quanto eacute necessaacuterio descobrir sobre as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treino de forccedila

Adaptaccedilotildees hipertroacuteficas do treinamento de forccedila

O aumento da forccedila tambeacutem acontece por fatores hipertroacuteficos (como mencionado anteriormente) sendo um acontecimento fisioloacutegico

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 49

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 50

marcante nos atletas que treinam musculaccedilatildeo (COLLIANDER TESCH 1990 KOMI HAumlKKINEN 1988) embora em modalidades de potecircncia ndash o caso de futebol voleibol lutas ndash seja prejudicial uma demasiada hipertrofia para o atleta desempenhar sua atividade (KOMI 1992) No entanto no trabalho de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia a hipertrofia que ocorre natildeo atrapalha o desempenho competitivo do jogador porque natildeo eacute demasiada

Nos estudos de salto em profundidade natildeo observamos pesquisas com o intuito de identificar os mecanismos fisioloacutegicos da hipertrofia dos membros inferiores do futebolista (DIALLO et al 2001 GAUFFIN et al 1988) As investigaccedilotildees de salto em profundidade estatildeo voltadas para evidenciar a elevaccedilatildeo do centro de gravidade (BOSCO KOMI 1980 HAumlKKINEN KOMI 1983) e a fadiga do atleta nessa sessatildeo (NICOL et al 1996 HORITA et al 1999) A uacutenica hipertrofia estudada eacute dos ossos dos membros inferiores ou seja o aumento da massa oacutessea e da densidade oacutessea (UNEMURA et al 1995 2002) VERKHOSHANSKI e GOMES (2000) afirmam que a hipertrofia nos membros inferiores do desportista praticante de salto em profundidade eacute miacutenima Cometti (2001) com base em constataccedilotildees empiacutericas tambeacutem considera uma miacutenima hipertrofia do executante de salto em profundidade

Entatildeo natildeo conhecemos os mecanismos fisioloacutegicos exatos da hipertrofia ocasionada pelo treino de salto em profundidade Acreditamos que devem ser similares aos da sessatildeo de musculaccedilatildeo

A hipertrofia acontece por causa dos seguintes componentes (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) aumento da quantidade e do tamanho das miofibrilas aumento do tamanho do tecido conjuntivo aumento da capilarizaccedilatildeo mais quantidade de fibras musculares e provavelmente aumento do nuacutemero de fibras musculares

O aumento no tamanho das miofibrilas estaacute relacionado com o acreacutescimo dos filamentos de actina e miosina agrave periferia das miofibrilas (SIMAtildeO 2003)

O aumento no nuacutemero de miofibrilas acontece atraveacutes de um desequiliacutebrio entre a banda A e I provavelmente da dilataccedilatildeo e obriga os filamentos de actina a tracionar a linha Z (COMETTI 2001) Com as contraccedilotildees musculares sucessivas essa traccedilatildeo desencadeia uma ruptura longitudinal nos discos Z e resulta em duas ou mais miofibrilas com o mesmo comprimento do sarcocircmero (KOMI 1992)

O aumento da proteiacutena contraacutetil durante a hipertrofia ocasiona reduccedilatildeo da densidade do volume da mitococircndria (ANTONIO GONYEA

1993) enquanto o retiacuteculo sarcoplasmaacutetico e a densidade do volume do tuacutebulo T aumentam de acordo com o volume da miofibrila (GOLDBERG et al 1975)

O colaacutegeno as ceacutelulas de elastina e fibras pertencem ao tecido conjuntivo O colaacutegeno eacute o componente mais importante do tecido conjuntivo

O tecido conjuntivo cobre os muacutesculos tendotildees e ligamentos tendo participaccedilatildeo na forccedila condutora do muacutesculo com o sistema osso-alavanca (SIMAtildeO 2003)

Para alguns pesquisadores o aumento do tecido conjuntivo pouco contribui para o aumento da forccedila mas eacute importante para a hipertrofia (BADILLO AYESTARAacuteN 2001)

O aumento da capilarizaccedilatildeo ou vascularizaccedilatildeo estaacute associado com o maior tamanho da musculatura acontecendo nas fibras tipo I ou tipo II (HATHER et al 1991) Em exerciacutecios de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima a quantidade de capilares diminui enquanto nos trabalhos de musculaccedilatildeo visando hipertrofia maacutexima ocorre acreacutescimo no nuacutemero de capilares (COMETTI 2001) Parece que essa diferenccedila de capilares em ambos os trabalhos estaacute relacionada com o nuacutemero de repeticcedilotildees

O aumento no tamanho das fibras musculares acontece em fibras tipo I e tipo II no atleta que pratica musculaccedilatildeo (McDONAGH DAVIES 1984) Geralmente nas fibras tipo II acontece em maior quantidade o aumento do tamanho quando comparamos com as fibras musculares tipo I (BADILLO AYESTARAacuteN 2001 HAumlKKINEN et al 1985)

O aumento no tamanho das fibras estaacute relacionado com a geneacutetica do praticante (KOMI 1992) Outro fator que influencia o aumento no tamanho das fibras musculares estaacute relacionado com o volume a intensidade e a duraccedilatildeo do treinamento (ABERNETHY et al 1994) O tipo de capacidade fiacutesica praticada na sessatildeo de forccedila tambeacutem influencia o aumento na dimensatildeo da fibra muscular (GOLDSPINK 1991)

Merece atenccedilatildeo o fato de que o tipo de exerciacutecio prescrito na sessatildeo de musculaccedilatildeo influencia o aumento da dimensatildeo da fibra muscular Exerciacutecios uniarticulares conseguem melhor hipertrofia do que os multiarticulares (Sale 1998 citado pelo Professor Mestre Djalma Rabelo Ricardo - explicaccedilatildeo na Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu 10 de setembro de 2002) embora as chances de lesatildeo sejam menores no trabalho multiarticular (DELECLUSE et al 1995)

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 51

A ceacutelula sateacutelite tem funccedilatildeo de reconstruir o material contraacutetil danificado e facilitar o crescimento e a manutenccedilatildeo da fibra muscular (ANTONIO GOYNEA 1993) Elas localizam-se entre a lacircmina basal do muacutesculo e o sarcolema das miofibrilas (ADAMS 1998)

A ceacutelula sateacutelite eacute distribuiacuteda de maneira uniforme na musculatura mas se o tecido estiver com microlesotildees elas migram e multiplicam-se no local afetado (KADI 2000) vindo fundir-se com a fibra muscular e doar seu mionuacutecleo com o intuito de restaurar a fibra (ADAMS 1998 KADI 2000)

Vaacuterios estudos sugerem que a proliferaccedilatildeo da ceacutelula sateacutelite proporciona regeneraccedilatildeo da fibra e compensa com a hipertrofia muscular aumentando a quantidade de actina e miosina (ADAMS 1998)

As ceacutelulas sateacutelites satildeo mais abundantes nos animais jovens e diminuem agrave medida que a idade avanccedila (SIMAtildeO 2003) Elas satildeo predominantes nas fibras tipo I talvez porque sejam mais usadas e eacute provaacutevel que a maior capilarizaccedilatildeo ajude nesse acontecimento

A hiperplasia natildeo eacute totalmente conhecida parece que as ceacutelulas sateacutelites causam essa reaccedilatildeo fisioloacutegica proveniente do treino de musculaccedilatildeo (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) Alguns pesquisadores afirmam que a hiperplasia aparece a partir de novas fibras das ceacutelulas sateacutelites que tentam restaurar a fibra muscular danificada ou atraveacutes da divisatildeo longitudinal de uma fibra hipertrofiada dividindo-se em duas ou mais (McARDLE et al 1998) Apesar dessas explicaccedilotildees mais investigaccedilotildees precisam ser feitas para descobrirmos os mecanismos fisioloacutegicos da hiperplasia sendo evidenciada apenas em animais (ABERNETHY et al 1994 KADI et al 2000) Bacurau et al (2001) afirmam que se a hiperplasia acontecer em humanos pode natildeo ser maior do que 5 embora existam controveacutersias para tais afirmaccedilotildees Contudo se alguma investigaccedilatildeo evidenciar a hiperplasia natildeo eacute o ldquoestado da arterdquo merecendo novas identificaccedilotildees desse fenocircmeno fisioloacutegico para corroborarmos a existecircncia em humanos

Segundo WIilmore e Costill (2001) poucos estudos identificaram a hiperplasia em seres humanos como eacute o caso da pesquisa de Kadi et al (1999) que observaram a hiperplasia no trapeacutezio de 10 levantadores de peso de elite suecos

Outro acontecimento fisioloacutegico decorrente do treino de forccedila eacute a alta probabilidade de as fibras tipo I serem convertidas em tipo II (FLECK KRAEMER 1999) principalmente se o trabalho for de alta intensidade

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 52

(BACURAU et al 2001) ndash caso ocorrido na sessatildeo de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia e no treino de salto em profundidade

CONCLUSAtildeO

Esta revisatildeo apresentou os principais mecanismos fisioloacutegicos decorrentes do treino de forccedila maacutexima eou potecircncia e da sessatildeo de salto em profundidade em atletas de desportos de potecircncia Entretanto satildeo necessaacuterios mais estudos porque a maioria das investigaccedilotildees ocorre em natildeo - atletas talvez os resultados possam ser diferentes se forem investigados em competidores de desportos de potecircncia

Esperamos que os cientistas tentem descobrir novas adaptaccedilotildees fisioloacutegicas sobre a sessatildeo de forccedila em atletas de desportos de potecircncia com o intuito de auxiliar na prescriccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do treinamento

ABSTRACT

The objective of this review was to explain the main physiological adaptations resulting from the maximum strength andor potency training and depth jumping sessions in order to facilitate the prescription and evaluation of strength training for strength athletes There are few studies on the physiological adaptations occurred in potent competitors once most investigations are carried out with non-athletes Keywords strength training physiological adaptation strength sports

REFEREcircNCIAS ABERNETHY P J JUumlRIMAumlE J LOGAN P A TAYLOR A W THAYER R E Acute and chronic response of skeletal muscle to resistance exercise Sports Medicine v 17 n 1 p 22-38 1994 ADAMS G R Role of insulin-like growth factor-I in the regulation of skeletal muscle adaptation to increased loading Exercise and Sport Sciences Reviews v 26 p 31-60 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 53

ANTONIO J GONYEA W J Skeletal muscle fiber hyperplasia Medicine and Science in Sports and Exercise v 25 n 12 p 1333shy1345 1993 BACURAU R F NAVARRO F UCHIDA M C ROSA L F B P C Hipertrofia-hiperplasia Satildeo Paulo Phorte 2001 p 60-68 116-118 BADILLO J J G AYESTARAacuteN E G Fundamentos do treinamento de forccedila 2 ed Porto Alegre Artmed 2001 p 58-91 124 e 125 130 169-172 186 e 188 BAKER D NANCE S MOORE M The load that maximizes the average mechanical power output during jump squats in power-trained athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 92-97 2001 BARBANTI V J Adaptaccedilotildees produzidas pelo treinamento fiacutesico In AMADIO A C BARBANTI V J (Orgs) Biodinacircmica do movimento humano e suas relaccedilotildees interdisciplinares Satildeo Paulo USP e Estaccedilatildeo Liberdade 2000 p 163-174 BOBBERT M F Drop jumping as a training method for jumping ability Sports Medicine v 9 n 1 p 7-22 1990 BOMPA T O Treinamento de potecircncia para o esporte Satildeo Paulo Phorte 2004 p 61 e 62 BOSCO C KOMI P V Influence of aging on the mechanical behavior of leg extensor muscles European Journal of Applied Physiology v 45 n 2-3 p 209-219 1980 BRANDENBURG J P DOCHERTY D The effects of accentuated eccentric loading on strength muscle hypertrophy and neural adaptations in trained individuals Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 25-32 2002 BRASIL R L O CONCEICcedilAtildeO F L COELHO C W REBELLO C V ARAUacuteJO C G S VAISMAN M Efeitos do treinamento fiacutesico contra resistecircncia Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo v 45 n 2 p 134-140 2001 CARVALHO J OLIVEIRA J MAGALHAtildeES J ASCENSAtildeO A MOTA J SOARES J M C Efeito de um programa de treino em idosos Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 17 n 1 p 74-84 2003 CLAASSEN H GERBER C HOPPELER H LUumlTHI J-M VOCK P Muscle filament spacing and short-term heavy-resistance exercise in humans Journal of Physiology v 409 p 491-495 1989

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 54

COLLIANDER E B TESCH P A Effects of eccentric and concentric muscle actions in resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 140 p 31-39 1990 COMETTI G Los meacutetodos modernos de musculacioacuten Barcelona Paidotribo 2001 p 29-58 62-71 153 COSTILL D L COYLE E F FINK W F LESMES G R WITZMANN F A Adaptations in skeletal muscle following strength training Journal of Applied Physiology respiratory environment and exercise physiology v 46 n 1 p 96-99 1979 CRATE T Analysis of the lat pulldown Strength and Conditioning Journal p 26-29 1997 DANTAS E H M A praacutetica da preparaccedilatildeo fiacutesica 3 ed Rio de Janeiro Shape 1995 p 210-213 DELECLUSE C COPPENOLLE H V WILLEMS E LEEMPUTTE M V DIELS R GORIS M Influence of high-resistance and highshyvelocity training on sprint performance Medicine and Science in Sports and Exercise v 27 n 8 p 1203-1209 1995 DeRENNE C HO K W MURPHY J C Effects of general special and specific resistance training on throwing velocity in baseball Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 148-156 2001 DIALLO O DORE E DUCHE P VANPRAAGH E Effects of plyometric training followed by a reduced training programme on physical performance in prepubescent soccer player Journal of Sports Medicine and Physical Fitness v 41 n 3 p 342-348 2001 DOAN B K et al Effects on increased loading on bench press 1RM Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 9-13 2002 EWING JUNIOR J L WOLFE D R ROGERS M A AMUNDSON M L STULL G A Effects of velocity of isokinetic training on strength power and quadriceps muscle fibre characteristics European Journal of Applied Physiology v 61 n 1-2 p 159-162 1990 FAIGENBAUM A D WESTCOTT W L LOUD R L R LONG C The effects of different resistance training Pediatrics v 104 n 1 p 1-7 1999 FIRMINO C A O Comparaccedilatildeo da forccedila do quadriacuteceps em indiviacuteduos em um trabalho mucular nos acircngulos de 90 e 120 graus Anuaacuterio das Faculdades Claretianas n 1 p 4-7 1992

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 55

FLECK S J KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artmed 1999 p 124-144 FONSECA S T SILVA P L OCARINO J M URSINE P G S Anaacutelise de um meacutetodo eletromiograacutefico para quantificaccedilatildeo de co-contraccedilatildeo muscular Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 n 3 p 23-30 2001 GABRIEL D A BASFORD J R AN K-N Neural adaptations to fatigue Medicine and Science in Sports and Exercisev 33 n 8 p 1354-1360 2001 GAUFFIN H EKSTRAND J TROPP H Improvement of vertical jump performance in soccer players after specific training Journal of Human Movement Studiesv 15 p 185-190 1988 GOLDBERG A L ETLINGER J D GOLDSPINK D F JABLECKI C Mechanism of work-induced hypertrophy of skeletal muscle Medicine and Science in Sport v 7 n 4 p 248-261 1975 GOLDSPINK D P Exercise-related changes in protein turnover in mammalian striated muscle Journal of Experimental Biology v 160 p 127-148 1991 HAumlKKINEN K Maximal force explosive strength and speed in female volleyball and basketball players Journal of Human Movement Studies v 16 p 291-303 1989 HAumlKKINEN K KOMI P V Alterations of mechanical charateristics of human skeletal muscle during strength training European Journal of Applied Physiology v 50 n 2 p 161-172 1983 HAumlKKINEN K ALEacuteN M KOMI P V Changes in isometric force-and relaxation-time Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 573shy585 1985 HAumlKKINEN K KOMI P V ALEacuteN M Effect of explosive type strength training Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 587-600 1985 HATHER B M TESCH P A BUCHANAN P DUDLEY G A Influence of eccentric actions on skeletal muscle adaptations to resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 143 p 177-185 1991 HORITA T KOMI P V NICOL C KYROumlLAumlINEN H Effect of exhausting stretch-shortening cycle exercise European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 160-167 1999

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 56

HORTOBAacuteGYI T LAMBERT N J HILL J P Greater cross education following training with muscle lengthening than shortening Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 107-112 1997 KADI F Adaptation of human skeletal muscle to training and anabolic steroids Acta Physiologica Scandinavica v 168 Supplementum 646 p 1-42 2000 KADI F EIKSSON A HOLMNER S BUTLER-BROWNE G S THORNELL L-E Cellular adaptation of the trapezius muscle in strength-trained athletes Histochemistry Cellule Biology v 111 p 189-195 1999 KETTUNEN J A KUJALA U M RAumlTY H SARNA S Jumping height in former elite athletes European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 197-201 1999 KOMI P V Strength and power in sport Oxford Blackwell 1992 p 211-265 384 KOMI P V HAumlKKINEN K Strength and power In DIRIX A KNUTTGEN H G TITEL K Olympic book of sports medicine Oxford Blackwell 1988 p 181-193 KRAEMER W J HAumlKKINEN K Treinamento de forccedila para o esporte Porto Alegre Armed 2004 p 15-47 79-142 LINNAMO V NEWTON R U HAumlKKINEN K KOMI P V DAVIE A McGUIGAN M TRIPLETT-McBRIDE T Neuromuscular responses to explosive and heavy resistance loading Journal of Electromyography and Kinesiology v 10 p 417-424 2000 MacDOUGALL J D Adaptability of muscle to strength training ndash cellular approach In SALTIN B (Edit) Biochemistry of exercise VI Champaign Human Kinetics 1986 p 501-511 MARQUES JUNIOR N K Voleibol biomecacircnica e musculaccedilatildeo aplicadas Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 2001 p 83 MASAMOTO N LARSON R GATES T FAIGENBAUM A Acute effects of plyometric exercise on maximum squat performance in male athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 17 n 1 p 68-71 2003 McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p 422 e 423

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 57

McBRIDE R et al The effect of heavy-vs light-load jump squats on the development of strength power and speed Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 75-82 2002 McDONAGH M J N DAVIES C T M Adaptive response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads European Journal of Applied Physiology v 52 p 139-155 1984 McLESTER JUNIOR J R BISHOP P GUILLIAMS M E Comparison of 1 day and 3 day per week of equal-volume resistance training in experienced subjects Journal of Strength and Conditioning Research v 14 n 3 p 273-281 2000 MOREIRA A SOUZA M R P Controle da dinacircmica do arremesso do basquetebolista durante a etapa concentrada de forccedila Revista Treinamento Desportivo v 5 n 1 p 74-78 2000 MORITANI T MURO M Motor unit activity and surface electromyogram power spectrum during increasing force of contraction European Journal of Applied Physiology v 56 n 3 p 260-265 1987 NEWTON R U KRAEMER W J Developing explosive muscular power Journal and Strength and Conditioning Research v 16 n 5 p 20-31 1994 NICOL C KOMI P V HORITA T KYROumlLAumlINEN H TAKALA T E S Reduced stretch-reflex sensitivity after exhausting stretch-shortening cycle European Journal of Applied Physiology v 72 n 5-6 p 401shy409 1996 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K RUSKO H Effects of explosive type strength training on physical performance characteristics in crossshycountry skiers European Journal of Applied Physiology v 62 n 4 p 251-255 1991 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K HAumlMAumlLAumlINEN T NUMMELA A RUSKO H Explosive strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power Journal of Applied Physiology v 86 n 5 p 1527-1533 1999 RASCH P J COLABORADORES Cinesiologia e anatomia aplicada 7 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 p 37 e 38 RHEA M R ALVAR B A BALL S D BURKETT L N Three sets of weight training superior to 1 set with equal intensity for eliciting strength Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 525shy529 2002

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 58

SALE D G Neural adaptation to resistance training Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 n 5 p 135-145 1988 SANTOS P SILVA P JARDIM N O remate de futebol caracterizaccedilatildeo biomecacircnica e consideraccedilatildeo para o treino de forccedila raacutepida Revista Digital de Educacioacuten Fiacutesica y Deportes v 10 n 72 1-9 2004 Encontrado (18052004) wwwefdeportescom SCHLUMBERGER A STEC J SCHMIDTBLEICHER D Single-vs multiple-set strength training in women Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 3 p 284-289 2001 SIGNORILE J E ZINK A J SZWED S P A comparative electromyographical investigation of muscle utilization patters using various hand positions during the lat pull-down Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 539-546 2002 SFORZO G A TOUEY P F Manipulating exercise order affects muscular performance during resistance exercise Journal of Strength and Conditioning Research v 10 n 1 p 20-24 1996 SILVA J A B GONCcedilALVES M Levantamento terra um estudo eletromiograacutefico Revista Mineira de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 8 n 1 p 70-81 2000 SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Fidedignidade inter e intra dias de um teste de potecircncia muscular Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 4 p 118-124 2001a SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Potecircncia muscular maacutexima na flexatildeo do cotovelo uni e bilateral Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 5 p 157-162 2001b SIMAtildeO R Fundamentos fisioloacutegicos para o treinamento de forccedila e potecircncia Satildeo Paulo Phorte 2003 p 21 (introduccedilatildeo) 72-188 TESCH P A THORSSON A FUJITSUKA N Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise Journal of Applied Physiology v 66 n 4 p 1756-1759 1989 TOUMI H THIERY C MAITRE S MARTIN A VANNEUVILLE G POUMARAT G Training effects of amortization phase with eccentric concentric variations International Journal of Sports Medicine v 22 n 8 p 605-610 2001 UGRINOWITSCH C BARBANTI V J O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 12 n 1 p 85-94 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 59

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60

Page 6: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

A co-contraccedilatildeo eacute a accedilatildeo simultacircnea de agonista e antagonista no agachamento o agonista eacute o quadriacuteceps na extensatildeo do joelho e seu antagonista eacute o isquitibial Ela eacute comum nas accedilotildees musculares fortes e raacutepidas dos agonistas quando a atividade necessita de precisatildeo ou quando o indiviacuteduo eacute destreinado na tarefa (SALE 1988)

A co-contraccedilatildeo dos antagonistas acarreta uma accedilatildeo contraprodutiva porque os antagonistas realizam um torque oposto em relaccedilatildeo agrave direccedilatildeo pretendida pelos agonistas (KOMI 1992) Essa co-contraccedilatildeo dos antagonistas pode desencadear uma inibiccedilatildeo no agonista com o intuito de proteger a estrutura anatocircmica contra accedilotildees fortes e raacutepidas desempenhadas pelos muacutesculos (SALE 1988 SIMAtildeO 2003) Entretanto Gabriel et al (2001) natildeo observaram inibiccedilatildeo dos agonistas na co-contraccedilatildeo Talvez isso tenha ocorrido pelo fato de a musculatura ter aumentado a forccedila e o endurance

Nessa co-contraccedilatildeo quando o agonista atinge o fim da contraccedilatildeo muscular desencadeia uma resposta proprioceptiva do fuso muscular para contrair a musculatura antagonista ao movimento e acarretar uma resistecircncia a este (RASCH et al 1991) Imediatamente acontece uma resposta reflexa do OTG para propiciar uma inibiccedilatildeo em destreinados (prejudica a forccedila) ou facilitaccedilatildeo em treinados (otimiza a forccedila) no antagonista acontecendo relaxamento da musculatura (TOUMI et al 2001) O controle realizado pelo OTG eacute denominado de inibiccedilatildeo autogecircnica o treinamento de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia ou sessatildeo de salto em profundidade podem reduzir essa inibiccedilatildeo atraveacutes do aumento da forccedila resultando em movimentos mais econocircmicos e coordenados (WILMORE COSTILL 2001)

O deacuteficit bilateral pertence agrave coordenaccedilatildeo intermuscular sendo definido como uma reduccedilatildeo do impulso nervoso do sistema nervoso central (SNC) para as UMs durante a atividade de forccedila que envolva o uso de dois membros superiores eou inferiores (VANDERVOORT et al 1984) Em alguns casos o deacuteficit bilateral pode natildeo acontecer a forccedila gerada eacute idecircntica agrave atividade unilateral (SIMAtildeO 2003) Um dos motivos desse acontecimento eacute a baixa sensibilidade da eletromiografia na avaliaccedilatildeo dos muacutesculos com elevada hipetrofia (SIMAtildeO et al 2001b)

Fatores como a complexidade do impulso nervoso do SNC (VANDERVOORT et al 1987) a contraccedilatildeo concecircntrica de alta velocidade (SALE 1988) o aprendizado na coordenaccedilatildeo a reduccedilatildeo da accedilatildeo do antagonista (SIMAtildeO et al 2001b) a motivaccedilatildeo e o tipo de

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 48

fibra muscular de cada membro (SIMAtildeO 2003) podem ocasionar o deacuteficit bilateral

O fim ou a diminuiccedilatildeo do deacuteficit bilateral eacute conseguido atraveacutes do treino de forccedila por longo prazo nos dois braccedilos eou em ambos os membros inferiores (NEWTON KRAEMER 1994 SALE 1988) Em atividades em que acontecem movimentos simultacircneos de ambos os braccedilos ndash o caso do remo ndash natildeo observamos o deacuteficit bilateral na atividade de forccedila (KOMI 1992)

Contudo o deacuteficit bilateral ainda pode acontecer pela maior solicitaccedilatildeo de um membro no exerciacutecio ou na diferenccedila do recrutamento neural pelo efeito cruzado merecendo mais estudos porque seus mecanismos neurais ainda satildeo desconhecidos (SIMAtildeO et al 2001b)

A educaccedilatildeo cruzada eacute uma adaptaccedilatildeo neural observada no membro contralateral ou seja o braccedilo ou perna que natildeo realiza o trabalho tambeacutem aumenta a forccedila (HOTOBAacuteGYI et al 1997) Essa atividade tem sido muito utilizada na reabilitaccedilatildeo de lesotildees (KRAEMER HAumlKKINEN 2004)

Foram apresentadas ao leitor as principais adaptaccedilotildees neurais do treino de forccedila embora mais estudos sejam necessaacuterios para descobrir esses mecanismos fisioloacutegicos

Por exemplo escrevemos que a forccedila neural eacute a mais atuante nas 6 a 10 semanas (equivale a 1 mecircs e 14 dias a 2 meses e 14 dias) depois desse tempo a forccedila hipertroacutefica eacute a predominante Em recente pesquisa de Deschenes e Kraemer (2002) publicada no American Journal of Physiology Medicine and Rehabilitation (v 81 n 11 suplemento) foi demonstrado que o predomiacutenio da forccedila neural e hipertroacutefica oscila ao longo da temporada (explicaccedilatildeo na Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu de Musculaccedilatildeo da UGF pelo Professor Mestre Djalma Rabelo Ricardo em 13 de setembro de 2003) Inicialmente a forccedila neural eacute a mais atuante e apoacutes algumas semanas os fatores hipertroacuteficos satildeo dominantes vindo ocorrer uma ondulaccedilatildeo mais significativa da forccedila mais atuante a partir da 22a semana

Essa evidecircncia cientiacutefica natildeo eacute o ldquoestado da arterdquo apresentando-nos o quanto eacute necessaacuterio descobrir sobre as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treino de forccedila

Adaptaccedilotildees hipertroacuteficas do treinamento de forccedila

O aumento da forccedila tambeacutem acontece por fatores hipertroacuteficos (como mencionado anteriormente) sendo um acontecimento fisioloacutegico

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 49

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 50

marcante nos atletas que treinam musculaccedilatildeo (COLLIANDER TESCH 1990 KOMI HAumlKKINEN 1988) embora em modalidades de potecircncia ndash o caso de futebol voleibol lutas ndash seja prejudicial uma demasiada hipertrofia para o atleta desempenhar sua atividade (KOMI 1992) No entanto no trabalho de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia a hipertrofia que ocorre natildeo atrapalha o desempenho competitivo do jogador porque natildeo eacute demasiada

Nos estudos de salto em profundidade natildeo observamos pesquisas com o intuito de identificar os mecanismos fisioloacutegicos da hipertrofia dos membros inferiores do futebolista (DIALLO et al 2001 GAUFFIN et al 1988) As investigaccedilotildees de salto em profundidade estatildeo voltadas para evidenciar a elevaccedilatildeo do centro de gravidade (BOSCO KOMI 1980 HAumlKKINEN KOMI 1983) e a fadiga do atleta nessa sessatildeo (NICOL et al 1996 HORITA et al 1999) A uacutenica hipertrofia estudada eacute dos ossos dos membros inferiores ou seja o aumento da massa oacutessea e da densidade oacutessea (UNEMURA et al 1995 2002) VERKHOSHANSKI e GOMES (2000) afirmam que a hipertrofia nos membros inferiores do desportista praticante de salto em profundidade eacute miacutenima Cometti (2001) com base em constataccedilotildees empiacutericas tambeacutem considera uma miacutenima hipertrofia do executante de salto em profundidade

Entatildeo natildeo conhecemos os mecanismos fisioloacutegicos exatos da hipertrofia ocasionada pelo treino de salto em profundidade Acreditamos que devem ser similares aos da sessatildeo de musculaccedilatildeo

A hipertrofia acontece por causa dos seguintes componentes (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) aumento da quantidade e do tamanho das miofibrilas aumento do tamanho do tecido conjuntivo aumento da capilarizaccedilatildeo mais quantidade de fibras musculares e provavelmente aumento do nuacutemero de fibras musculares

O aumento no tamanho das miofibrilas estaacute relacionado com o acreacutescimo dos filamentos de actina e miosina agrave periferia das miofibrilas (SIMAtildeO 2003)

O aumento no nuacutemero de miofibrilas acontece atraveacutes de um desequiliacutebrio entre a banda A e I provavelmente da dilataccedilatildeo e obriga os filamentos de actina a tracionar a linha Z (COMETTI 2001) Com as contraccedilotildees musculares sucessivas essa traccedilatildeo desencadeia uma ruptura longitudinal nos discos Z e resulta em duas ou mais miofibrilas com o mesmo comprimento do sarcocircmero (KOMI 1992)

O aumento da proteiacutena contraacutetil durante a hipertrofia ocasiona reduccedilatildeo da densidade do volume da mitococircndria (ANTONIO GONYEA

1993) enquanto o retiacuteculo sarcoplasmaacutetico e a densidade do volume do tuacutebulo T aumentam de acordo com o volume da miofibrila (GOLDBERG et al 1975)

O colaacutegeno as ceacutelulas de elastina e fibras pertencem ao tecido conjuntivo O colaacutegeno eacute o componente mais importante do tecido conjuntivo

O tecido conjuntivo cobre os muacutesculos tendotildees e ligamentos tendo participaccedilatildeo na forccedila condutora do muacutesculo com o sistema osso-alavanca (SIMAtildeO 2003)

Para alguns pesquisadores o aumento do tecido conjuntivo pouco contribui para o aumento da forccedila mas eacute importante para a hipertrofia (BADILLO AYESTARAacuteN 2001)

O aumento da capilarizaccedilatildeo ou vascularizaccedilatildeo estaacute associado com o maior tamanho da musculatura acontecendo nas fibras tipo I ou tipo II (HATHER et al 1991) Em exerciacutecios de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima a quantidade de capilares diminui enquanto nos trabalhos de musculaccedilatildeo visando hipertrofia maacutexima ocorre acreacutescimo no nuacutemero de capilares (COMETTI 2001) Parece que essa diferenccedila de capilares em ambos os trabalhos estaacute relacionada com o nuacutemero de repeticcedilotildees

O aumento no tamanho das fibras musculares acontece em fibras tipo I e tipo II no atleta que pratica musculaccedilatildeo (McDONAGH DAVIES 1984) Geralmente nas fibras tipo II acontece em maior quantidade o aumento do tamanho quando comparamos com as fibras musculares tipo I (BADILLO AYESTARAacuteN 2001 HAumlKKINEN et al 1985)

O aumento no tamanho das fibras estaacute relacionado com a geneacutetica do praticante (KOMI 1992) Outro fator que influencia o aumento no tamanho das fibras musculares estaacute relacionado com o volume a intensidade e a duraccedilatildeo do treinamento (ABERNETHY et al 1994) O tipo de capacidade fiacutesica praticada na sessatildeo de forccedila tambeacutem influencia o aumento na dimensatildeo da fibra muscular (GOLDSPINK 1991)

Merece atenccedilatildeo o fato de que o tipo de exerciacutecio prescrito na sessatildeo de musculaccedilatildeo influencia o aumento da dimensatildeo da fibra muscular Exerciacutecios uniarticulares conseguem melhor hipertrofia do que os multiarticulares (Sale 1998 citado pelo Professor Mestre Djalma Rabelo Ricardo - explicaccedilatildeo na Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu 10 de setembro de 2002) embora as chances de lesatildeo sejam menores no trabalho multiarticular (DELECLUSE et al 1995)

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 51

A ceacutelula sateacutelite tem funccedilatildeo de reconstruir o material contraacutetil danificado e facilitar o crescimento e a manutenccedilatildeo da fibra muscular (ANTONIO GOYNEA 1993) Elas localizam-se entre a lacircmina basal do muacutesculo e o sarcolema das miofibrilas (ADAMS 1998)

A ceacutelula sateacutelite eacute distribuiacuteda de maneira uniforme na musculatura mas se o tecido estiver com microlesotildees elas migram e multiplicam-se no local afetado (KADI 2000) vindo fundir-se com a fibra muscular e doar seu mionuacutecleo com o intuito de restaurar a fibra (ADAMS 1998 KADI 2000)

Vaacuterios estudos sugerem que a proliferaccedilatildeo da ceacutelula sateacutelite proporciona regeneraccedilatildeo da fibra e compensa com a hipertrofia muscular aumentando a quantidade de actina e miosina (ADAMS 1998)

As ceacutelulas sateacutelites satildeo mais abundantes nos animais jovens e diminuem agrave medida que a idade avanccedila (SIMAtildeO 2003) Elas satildeo predominantes nas fibras tipo I talvez porque sejam mais usadas e eacute provaacutevel que a maior capilarizaccedilatildeo ajude nesse acontecimento

A hiperplasia natildeo eacute totalmente conhecida parece que as ceacutelulas sateacutelites causam essa reaccedilatildeo fisioloacutegica proveniente do treino de musculaccedilatildeo (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) Alguns pesquisadores afirmam que a hiperplasia aparece a partir de novas fibras das ceacutelulas sateacutelites que tentam restaurar a fibra muscular danificada ou atraveacutes da divisatildeo longitudinal de uma fibra hipertrofiada dividindo-se em duas ou mais (McARDLE et al 1998) Apesar dessas explicaccedilotildees mais investigaccedilotildees precisam ser feitas para descobrirmos os mecanismos fisioloacutegicos da hiperplasia sendo evidenciada apenas em animais (ABERNETHY et al 1994 KADI et al 2000) Bacurau et al (2001) afirmam que se a hiperplasia acontecer em humanos pode natildeo ser maior do que 5 embora existam controveacutersias para tais afirmaccedilotildees Contudo se alguma investigaccedilatildeo evidenciar a hiperplasia natildeo eacute o ldquoestado da arterdquo merecendo novas identificaccedilotildees desse fenocircmeno fisioloacutegico para corroborarmos a existecircncia em humanos

Segundo WIilmore e Costill (2001) poucos estudos identificaram a hiperplasia em seres humanos como eacute o caso da pesquisa de Kadi et al (1999) que observaram a hiperplasia no trapeacutezio de 10 levantadores de peso de elite suecos

Outro acontecimento fisioloacutegico decorrente do treino de forccedila eacute a alta probabilidade de as fibras tipo I serem convertidas em tipo II (FLECK KRAEMER 1999) principalmente se o trabalho for de alta intensidade

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 52

(BACURAU et al 2001) ndash caso ocorrido na sessatildeo de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia e no treino de salto em profundidade

CONCLUSAtildeO

Esta revisatildeo apresentou os principais mecanismos fisioloacutegicos decorrentes do treino de forccedila maacutexima eou potecircncia e da sessatildeo de salto em profundidade em atletas de desportos de potecircncia Entretanto satildeo necessaacuterios mais estudos porque a maioria das investigaccedilotildees ocorre em natildeo - atletas talvez os resultados possam ser diferentes se forem investigados em competidores de desportos de potecircncia

Esperamos que os cientistas tentem descobrir novas adaptaccedilotildees fisioloacutegicas sobre a sessatildeo de forccedila em atletas de desportos de potecircncia com o intuito de auxiliar na prescriccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do treinamento

ABSTRACT

The objective of this review was to explain the main physiological adaptations resulting from the maximum strength andor potency training and depth jumping sessions in order to facilitate the prescription and evaluation of strength training for strength athletes There are few studies on the physiological adaptations occurred in potent competitors once most investigations are carried out with non-athletes Keywords strength training physiological adaptation strength sports

REFEREcircNCIAS ABERNETHY P J JUumlRIMAumlE J LOGAN P A TAYLOR A W THAYER R E Acute and chronic response of skeletal muscle to resistance exercise Sports Medicine v 17 n 1 p 22-38 1994 ADAMS G R Role of insulin-like growth factor-I in the regulation of skeletal muscle adaptation to increased loading Exercise and Sport Sciences Reviews v 26 p 31-60 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 53

ANTONIO J GONYEA W J Skeletal muscle fiber hyperplasia Medicine and Science in Sports and Exercise v 25 n 12 p 1333shy1345 1993 BACURAU R F NAVARRO F UCHIDA M C ROSA L F B P C Hipertrofia-hiperplasia Satildeo Paulo Phorte 2001 p 60-68 116-118 BADILLO J J G AYESTARAacuteN E G Fundamentos do treinamento de forccedila 2 ed Porto Alegre Artmed 2001 p 58-91 124 e 125 130 169-172 186 e 188 BAKER D NANCE S MOORE M The load that maximizes the average mechanical power output during jump squats in power-trained athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 92-97 2001 BARBANTI V J Adaptaccedilotildees produzidas pelo treinamento fiacutesico In AMADIO A C BARBANTI V J (Orgs) Biodinacircmica do movimento humano e suas relaccedilotildees interdisciplinares Satildeo Paulo USP e Estaccedilatildeo Liberdade 2000 p 163-174 BOBBERT M F Drop jumping as a training method for jumping ability Sports Medicine v 9 n 1 p 7-22 1990 BOMPA T O Treinamento de potecircncia para o esporte Satildeo Paulo Phorte 2004 p 61 e 62 BOSCO C KOMI P V Influence of aging on the mechanical behavior of leg extensor muscles European Journal of Applied Physiology v 45 n 2-3 p 209-219 1980 BRANDENBURG J P DOCHERTY D The effects of accentuated eccentric loading on strength muscle hypertrophy and neural adaptations in trained individuals Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 25-32 2002 BRASIL R L O CONCEICcedilAtildeO F L COELHO C W REBELLO C V ARAUacuteJO C G S VAISMAN M Efeitos do treinamento fiacutesico contra resistecircncia Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo v 45 n 2 p 134-140 2001 CARVALHO J OLIVEIRA J MAGALHAtildeES J ASCENSAtildeO A MOTA J SOARES J M C Efeito de um programa de treino em idosos Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 17 n 1 p 74-84 2003 CLAASSEN H GERBER C HOPPELER H LUumlTHI J-M VOCK P Muscle filament spacing and short-term heavy-resistance exercise in humans Journal of Physiology v 409 p 491-495 1989

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 54

COLLIANDER E B TESCH P A Effects of eccentric and concentric muscle actions in resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 140 p 31-39 1990 COMETTI G Los meacutetodos modernos de musculacioacuten Barcelona Paidotribo 2001 p 29-58 62-71 153 COSTILL D L COYLE E F FINK W F LESMES G R WITZMANN F A Adaptations in skeletal muscle following strength training Journal of Applied Physiology respiratory environment and exercise physiology v 46 n 1 p 96-99 1979 CRATE T Analysis of the lat pulldown Strength and Conditioning Journal p 26-29 1997 DANTAS E H M A praacutetica da preparaccedilatildeo fiacutesica 3 ed Rio de Janeiro Shape 1995 p 210-213 DELECLUSE C COPPENOLLE H V WILLEMS E LEEMPUTTE M V DIELS R GORIS M Influence of high-resistance and highshyvelocity training on sprint performance Medicine and Science in Sports and Exercise v 27 n 8 p 1203-1209 1995 DeRENNE C HO K W MURPHY J C Effects of general special and specific resistance training on throwing velocity in baseball Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 148-156 2001 DIALLO O DORE E DUCHE P VANPRAAGH E Effects of plyometric training followed by a reduced training programme on physical performance in prepubescent soccer player Journal of Sports Medicine and Physical Fitness v 41 n 3 p 342-348 2001 DOAN B K et al Effects on increased loading on bench press 1RM Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 9-13 2002 EWING JUNIOR J L WOLFE D R ROGERS M A AMUNDSON M L STULL G A Effects of velocity of isokinetic training on strength power and quadriceps muscle fibre characteristics European Journal of Applied Physiology v 61 n 1-2 p 159-162 1990 FAIGENBAUM A D WESTCOTT W L LOUD R L R LONG C The effects of different resistance training Pediatrics v 104 n 1 p 1-7 1999 FIRMINO C A O Comparaccedilatildeo da forccedila do quadriacuteceps em indiviacuteduos em um trabalho mucular nos acircngulos de 90 e 120 graus Anuaacuterio das Faculdades Claretianas n 1 p 4-7 1992

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 55

FLECK S J KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artmed 1999 p 124-144 FONSECA S T SILVA P L OCARINO J M URSINE P G S Anaacutelise de um meacutetodo eletromiograacutefico para quantificaccedilatildeo de co-contraccedilatildeo muscular Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 n 3 p 23-30 2001 GABRIEL D A BASFORD J R AN K-N Neural adaptations to fatigue Medicine and Science in Sports and Exercisev 33 n 8 p 1354-1360 2001 GAUFFIN H EKSTRAND J TROPP H Improvement of vertical jump performance in soccer players after specific training Journal of Human Movement Studiesv 15 p 185-190 1988 GOLDBERG A L ETLINGER J D GOLDSPINK D F JABLECKI C Mechanism of work-induced hypertrophy of skeletal muscle Medicine and Science in Sport v 7 n 4 p 248-261 1975 GOLDSPINK D P Exercise-related changes in protein turnover in mammalian striated muscle Journal of Experimental Biology v 160 p 127-148 1991 HAumlKKINEN K Maximal force explosive strength and speed in female volleyball and basketball players Journal of Human Movement Studies v 16 p 291-303 1989 HAumlKKINEN K KOMI P V Alterations of mechanical charateristics of human skeletal muscle during strength training European Journal of Applied Physiology v 50 n 2 p 161-172 1983 HAumlKKINEN K ALEacuteN M KOMI P V Changes in isometric force-and relaxation-time Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 573shy585 1985 HAumlKKINEN K KOMI P V ALEacuteN M Effect of explosive type strength training Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 587-600 1985 HATHER B M TESCH P A BUCHANAN P DUDLEY G A Influence of eccentric actions on skeletal muscle adaptations to resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 143 p 177-185 1991 HORITA T KOMI P V NICOL C KYROumlLAumlINEN H Effect of exhausting stretch-shortening cycle exercise European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 160-167 1999

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 56

HORTOBAacuteGYI T LAMBERT N J HILL J P Greater cross education following training with muscle lengthening than shortening Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 107-112 1997 KADI F Adaptation of human skeletal muscle to training and anabolic steroids Acta Physiologica Scandinavica v 168 Supplementum 646 p 1-42 2000 KADI F EIKSSON A HOLMNER S BUTLER-BROWNE G S THORNELL L-E Cellular adaptation of the trapezius muscle in strength-trained athletes Histochemistry Cellule Biology v 111 p 189-195 1999 KETTUNEN J A KUJALA U M RAumlTY H SARNA S Jumping height in former elite athletes European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 197-201 1999 KOMI P V Strength and power in sport Oxford Blackwell 1992 p 211-265 384 KOMI P V HAumlKKINEN K Strength and power In DIRIX A KNUTTGEN H G TITEL K Olympic book of sports medicine Oxford Blackwell 1988 p 181-193 KRAEMER W J HAumlKKINEN K Treinamento de forccedila para o esporte Porto Alegre Armed 2004 p 15-47 79-142 LINNAMO V NEWTON R U HAumlKKINEN K KOMI P V DAVIE A McGUIGAN M TRIPLETT-McBRIDE T Neuromuscular responses to explosive and heavy resistance loading Journal of Electromyography and Kinesiology v 10 p 417-424 2000 MacDOUGALL J D Adaptability of muscle to strength training ndash cellular approach In SALTIN B (Edit) Biochemistry of exercise VI Champaign Human Kinetics 1986 p 501-511 MARQUES JUNIOR N K Voleibol biomecacircnica e musculaccedilatildeo aplicadas Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 2001 p 83 MASAMOTO N LARSON R GATES T FAIGENBAUM A Acute effects of plyometric exercise on maximum squat performance in male athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 17 n 1 p 68-71 2003 McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p 422 e 423

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 57

McBRIDE R et al The effect of heavy-vs light-load jump squats on the development of strength power and speed Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 75-82 2002 McDONAGH M J N DAVIES C T M Adaptive response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads European Journal of Applied Physiology v 52 p 139-155 1984 McLESTER JUNIOR J R BISHOP P GUILLIAMS M E Comparison of 1 day and 3 day per week of equal-volume resistance training in experienced subjects Journal of Strength and Conditioning Research v 14 n 3 p 273-281 2000 MOREIRA A SOUZA M R P Controle da dinacircmica do arremesso do basquetebolista durante a etapa concentrada de forccedila Revista Treinamento Desportivo v 5 n 1 p 74-78 2000 MORITANI T MURO M Motor unit activity and surface electromyogram power spectrum during increasing force of contraction European Journal of Applied Physiology v 56 n 3 p 260-265 1987 NEWTON R U KRAEMER W J Developing explosive muscular power Journal and Strength and Conditioning Research v 16 n 5 p 20-31 1994 NICOL C KOMI P V HORITA T KYROumlLAumlINEN H TAKALA T E S Reduced stretch-reflex sensitivity after exhausting stretch-shortening cycle European Journal of Applied Physiology v 72 n 5-6 p 401shy409 1996 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K RUSKO H Effects of explosive type strength training on physical performance characteristics in crossshycountry skiers European Journal of Applied Physiology v 62 n 4 p 251-255 1991 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K HAumlMAumlLAumlINEN T NUMMELA A RUSKO H Explosive strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power Journal of Applied Physiology v 86 n 5 p 1527-1533 1999 RASCH P J COLABORADORES Cinesiologia e anatomia aplicada 7 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 p 37 e 38 RHEA M R ALVAR B A BALL S D BURKETT L N Three sets of weight training superior to 1 set with equal intensity for eliciting strength Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 525shy529 2002

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 58

SALE D G Neural adaptation to resistance training Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 n 5 p 135-145 1988 SANTOS P SILVA P JARDIM N O remate de futebol caracterizaccedilatildeo biomecacircnica e consideraccedilatildeo para o treino de forccedila raacutepida Revista Digital de Educacioacuten Fiacutesica y Deportes v 10 n 72 1-9 2004 Encontrado (18052004) wwwefdeportescom SCHLUMBERGER A STEC J SCHMIDTBLEICHER D Single-vs multiple-set strength training in women Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 3 p 284-289 2001 SIGNORILE J E ZINK A J SZWED S P A comparative electromyographical investigation of muscle utilization patters using various hand positions during the lat pull-down Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 539-546 2002 SFORZO G A TOUEY P F Manipulating exercise order affects muscular performance during resistance exercise Journal of Strength and Conditioning Research v 10 n 1 p 20-24 1996 SILVA J A B GONCcedilALVES M Levantamento terra um estudo eletromiograacutefico Revista Mineira de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 8 n 1 p 70-81 2000 SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Fidedignidade inter e intra dias de um teste de potecircncia muscular Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 4 p 118-124 2001a SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Potecircncia muscular maacutexima na flexatildeo do cotovelo uni e bilateral Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 5 p 157-162 2001b SIMAtildeO R Fundamentos fisioloacutegicos para o treinamento de forccedila e potecircncia Satildeo Paulo Phorte 2003 p 21 (introduccedilatildeo) 72-188 TESCH P A THORSSON A FUJITSUKA N Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise Journal of Applied Physiology v 66 n 4 p 1756-1759 1989 TOUMI H THIERY C MAITRE S MARTIN A VANNEUVILLE G POUMARAT G Training effects of amortization phase with eccentric concentric variations International Journal of Sports Medicine v 22 n 8 p 605-610 2001 UGRINOWITSCH C BARBANTI V J O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 12 n 1 p 85-94 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 59

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60

Page 7: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

fibra muscular de cada membro (SIMAtildeO 2003) podem ocasionar o deacuteficit bilateral

O fim ou a diminuiccedilatildeo do deacuteficit bilateral eacute conseguido atraveacutes do treino de forccedila por longo prazo nos dois braccedilos eou em ambos os membros inferiores (NEWTON KRAEMER 1994 SALE 1988) Em atividades em que acontecem movimentos simultacircneos de ambos os braccedilos ndash o caso do remo ndash natildeo observamos o deacuteficit bilateral na atividade de forccedila (KOMI 1992)

Contudo o deacuteficit bilateral ainda pode acontecer pela maior solicitaccedilatildeo de um membro no exerciacutecio ou na diferenccedila do recrutamento neural pelo efeito cruzado merecendo mais estudos porque seus mecanismos neurais ainda satildeo desconhecidos (SIMAtildeO et al 2001b)

A educaccedilatildeo cruzada eacute uma adaptaccedilatildeo neural observada no membro contralateral ou seja o braccedilo ou perna que natildeo realiza o trabalho tambeacutem aumenta a forccedila (HOTOBAacuteGYI et al 1997) Essa atividade tem sido muito utilizada na reabilitaccedilatildeo de lesotildees (KRAEMER HAumlKKINEN 2004)

Foram apresentadas ao leitor as principais adaptaccedilotildees neurais do treino de forccedila embora mais estudos sejam necessaacuterios para descobrir esses mecanismos fisioloacutegicos

Por exemplo escrevemos que a forccedila neural eacute a mais atuante nas 6 a 10 semanas (equivale a 1 mecircs e 14 dias a 2 meses e 14 dias) depois desse tempo a forccedila hipertroacutefica eacute a predominante Em recente pesquisa de Deschenes e Kraemer (2002) publicada no American Journal of Physiology Medicine and Rehabilitation (v 81 n 11 suplemento) foi demonstrado que o predomiacutenio da forccedila neural e hipertroacutefica oscila ao longo da temporada (explicaccedilatildeo na Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu de Musculaccedilatildeo da UGF pelo Professor Mestre Djalma Rabelo Ricardo em 13 de setembro de 2003) Inicialmente a forccedila neural eacute a mais atuante e apoacutes algumas semanas os fatores hipertroacuteficos satildeo dominantes vindo ocorrer uma ondulaccedilatildeo mais significativa da forccedila mais atuante a partir da 22a semana

Essa evidecircncia cientiacutefica natildeo eacute o ldquoestado da arterdquo apresentando-nos o quanto eacute necessaacuterio descobrir sobre as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treino de forccedila

Adaptaccedilotildees hipertroacuteficas do treinamento de forccedila

O aumento da forccedila tambeacutem acontece por fatores hipertroacuteficos (como mencionado anteriormente) sendo um acontecimento fisioloacutegico

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 49

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 50

marcante nos atletas que treinam musculaccedilatildeo (COLLIANDER TESCH 1990 KOMI HAumlKKINEN 1988) embora em modalidades de potecircncia ndash o caso de futebol voleibol lutas ndash seja prejudicial uma demasiada hipertrofia para o atleta desempenhar sua atividade (KOMI 1992) No entanto no trabalho de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia a hipertrofia que ocorre natildeo atrapalha o desempenho competitivo do jogador porque natildeo eacute demasiada

Nos estudos de salto em profundidade natildeo observamos pesquisas com o intuito de identificar os mecanismos fisioloacutegicos da hipertrofia dos membros inferiores do futebolista (DIALLO et al 2001 GAUFFIN et al 1988) As investigaccedilotildees de salto em profundidade estatildeo voltadas para evidenciar a elevaccedilatildeo do centro de gravidade (BOSCO KOMI 1980 HAumlKKINEN KOMI 1983) e a fadiga do atleta nessa sessatildeo (NICOL et al 1996 HORITA et al 1999) A uacutenica hipertrofia estudada eacute dos ossos dos membros inferiores ou seja o aumento da massa oacutessea e da densidade oacutessea (UNEMURA et al 1995 2002) VERKHOSHANSKI e GOMES (2000) afirmam que a hipertrofia nos membros inferiores do desportista praticante de salto em profundidade eacute miacutenima Cometti (2001) com base em constataccedilotildees empiacutericas tambeacutem considera uma miacutenima hipertrofia do executante de salto em profundidade

Entatildeo natildeo conhecemos os mecanismos fisioloacutegicos exatos da hipertrofia ocasionada pelo treino de salto em profundidade Acreditamos que devem ser similares aos da sessatildeo de musculaccedilatildeo

A hipertrofia acontece por causa dos seguintes componentes (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) aumento da quantidade e do tamanho das miofibrilas aumento do tamanho do tecido conjuntivo aumento da capilarizaccedilatildeo mais quantidade de fibras musculares e provavelmente aumento do nuacutemero de fibras musculares

O aumento no tamanho das miofibrilas estaacute relacionado com o acreacutescimo dos filamentos de actina e miosina agrave periferia das miofibrilas (SIMAtildeO 2003)

O aumento no nuacutemero de miofibrilas acontece atraveacutes de um desequiliacutebrio entre a banda A e I provavelmente da dilataccedilatildeo e obriga os filamentos de actina a tracionar a linha Z (COMETTI 2001) Com as contraccedilotildees musculares sucessivas essa traccedilatildeo desencadeia uma ruptura longitudinal nos discos Z e resulta em duas ou mais miofibrilas com o mesmo comprimento do sarcocircmero (KOMI 1992)

O aumento da proteiacutena contraacutetil durante a hipertrofia ocasiona reduccedilatildeo da densidade do volume da mitococircndria (ANTONIO GONYEA

1993) enquanto o retiacuteculo sarcoplasmaacutetico e a densidade do volume do tuacutebulo T aumentam de acordo com o volume da miofibrila (GOLDBERG et al 1975)

O colaacutegeno as ceacutelulas de elastina e fibras pertencem ao tecido conjuntivo O colaacutegeno eacute o componente mais importante do tecido conjuntivo

O tecido conjuntivo cobre os muacutesculos tendotildees e ligamentos tendo participaccedilatildeo na forccedila condutora do muacutesculo com o sistema osso-alavanca (SIMAtildeO 2003)

Para alguns pesquisadores o aumento do tecido conjuntivo pouco contribui para o aumento da forccedila mas eacute importante para a hipertrofia (BADILLO AYESTARAacuteN 2001)

O aumento da capilarizaccedilatildeo ou vascularizaccedilatildeo estaacute associado com o maior tamanho da musculatura acontecendo nas fibras tipo I ou tipo II (HATHER et al 1991) Em exerciacutecios de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima a quantidade de capilares diminui enquanto nos trabalhos de musculaccedilatildeo visando hipertrofia maacutexima ocorre acreacutescimo no nuacutemero de capilares (COMETTI 2001) Parece que essa diferenccedila de capilares em ambos os trabalhos estaacute relacionada com o nuacutemero de repeticcedilotildees

O aumento no tamanho das fibras musculares acontece em fibras tipo I e tipo II no atleta que pratica musculaccedilatildeo (McDONAGH DAVIES 1984) Geralmente nas fibras tipo II acontece em maior quantidade o aumento do tamanho quando comparamos com as fibras musculares tipo I (BADILLO AYESTARAacuteN 2001 HAumlKKINEN et al 1985)

O aumento no tamanho das fibras estaacute relacionado com a geneacutetica do praticante (KOMI 1992) Outro fator que influencia o aumento no tamanho das fibras musculares estaacute relacionado com o volume a intensidade e a duraccedilatildeo do treinamento (ABERNETHY et al 1994) O tipo de capacidade fiacutesica praticada na sessatildeo de forccedila tambeacutem influencia o aumento na dimensatildeo da fibra muscular (GOLDSPINK 1991)

Merece atenccedilatildeo o fato de que o tipo de exerciacutecio prescrito na sessatildeo de musculaccedilatildeo influencia o aumento da dimensatildeo da fibra muscular Exerciacutecios uniarticulares conseguem melhor hipertrofia do que os multiarticulares (Sale 1998 citado pelo Professor Mestre Djalma Rabelo Ricardo - explicaccedilatildeo na Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu 10 de setembro de 2002) embora as chances de lesatildeo sejam menores no trabalho multiarticular (DELECLUSE et al 1995)

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 51

A ceacutelula sateacutelite tem funccedilatildeo de reconstruir o material contraacutetil danificado e facilitar o crescimento e a manutenccedilatildeo da fibra muscular (ANTONIO GOYNEA 1993) Elas localizam-se entre a lacircmina basal do muacutesculo e o sarcolema das miofibrilas (ADAMS 1998)

A ceacutelula sateacutelite eacute distribuiacuteda de maneira uniforme na musculatura mas se o tecido estiver com microlesotildees elas migram e multiplicam-se no local afetado (KADI 2000) vindo fundir-se com a fibra muscular e doar seu mionuacutecleo com o intuito de restaurar a fibra (ADAMS 1998 KADI 2000)

Vaacuterios estudos sugerem que a proliferaccedilatildeo da ceacutelula sateacutelite proporciona regeneraccedilatildeo da fibra e compensa com a hipertrofia muscular aumentando a quantidade de actina e miosina (ADAMS 1998)

As ceacutelulas sateacutelites satildeo mais abundantes nos animais jovens e diminuem agrave medida que a idade avanccedila (SIMAtildeO 2003) Elas satildeo predominantes nas fibras tipo I talvez porque sejam mais usadas e eacute provaacutevel que a maior capilarizaccedilatildeo ajude nesse acontecimento

A hiperplasia natildeo eacute totalmente conhecida parece que as ceacutelulas sateacutelites causam essa reaccedilatildeo fisioloacutegica proveniente do treino de musculaccedilatildeo (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) Alguns pesquisadores afirmam que a hiperplasia aparece a partir de novas fibras das ceacutelulas sateacutelites que tentam restaurar a fibra muscular danificada ou atraveacutes da divisatildeo longitudinal de uma fibra hipertrofiada dividindo-se em duas ou mais (McARDLE et al 1998) Apesar dessas explicaccedilotildees mais investigaccedilotildees precisam ser feitas para descobrirmos os mecanismos fisioloacutegicos da hiperplasia sendo evidenciada apenas em animais (ABERNETHY et al 1994 KADI et al 2000) Bacurau et al (2001) afirmam que se a hiperplasia acontecer em humanos pode natildeo ser maior do que 5 embora existam controveacutersias para tais afirmaccedilotildees Contudo se alguma investigaccedilatildeo evidenciar a hiperplasia natildeo eacute o ldquoestado da arterdquo merecendo novas identificaccedilotildees desse fenocircmeno fisioloacutegico para corroborarmos a existecircncia em humanos

Segundo WIilmore e Costill (2001) poucos estudos identificaram a hiperplasia em seres humanos como eacute o caso da pesquisa de Kadi et al (1999) que observaram a hiperplasia no trapeacutezio de 10 levantadores de peso de elite suecos

Outro acontecimento fisioloacutegico decorrente do treino de forccedila eacute a alta probabilidade de as fibras tipo I serem convertidas em tipo II (FLECK KRAEMER 1999) principalmente se o trabalho for de alta intensidade

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 52

(BACURAU et al 2001) ndash caso ocorrido na sessatildeo de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia e no treino de salto em profundidade

CONCLUSAtildeO

Esta revisatildeo apresentou os principais mecanismos fisioloacutegicos decorrentes do treino de forccedila maacutexima eou potecircncia e da sessatildeo de salto em profundidade em atletas de desportos de potecircncia Entretanto satildeo necessaacuterios mais estudos porque a maioria das investigaccedilotildees ocorre em natildeo - atletas talvez os resultados possam ser diferentes se forem investigados em competidores de desportos de potecircncia

Esperamos que os cientistas tentem descobrir novas adaptaccedilotildees fisioloacutegicas sobre a sessatildeo de forccedila em atletas de desportos de potecircncia com o intuito de auxiliar na prescriccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do treinamento

ABSTRACT

The objective of this review was to explain the main physiological adaptations resulting from the maximum strength andor potency training and depth jumping sessions in order to facilitate the prescription and evaluation of strength training for strength athletes There are few studies on the physiological adaptations occurred in potent competitors once most investigations are carried out with non-athletes Keywords strength training physiological adaptation strength sports

REFEREcircNCIAS ABERNETHY P J JUumlRIMAumlE J LOGAN P A TAYLOR A W THAYER R E Acute and chronic response of skeletal muscle to resistance exercise Sports Medicine v 17 n 1 p 22-38 1994 ADAMS G R Role of insulin-like growth factor-I in the regulation of skeletal muscle adaptation to increased loading Exercise and Sport Sciences Reviews v 26 p 31-60 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 53

ANTONIO J GONYEA W J Skeletal muscle fiber hyperplasia Medicine and Science in Sports and Exercise v 25 n 12 p 1333shy1345 1993 BACURAU R F NAVARRO F UCHIDA M C ROSA L F B P C Hipertrofia-hiperplasia Satildeo Paulo Phorte 2001 p 60-68 116-118 BADILLO J J G AYESTARAacuteN E G Fundamentos do treinamento de forccedila 2 ed Porto Alegre Artmed 2001 p 58-91 124 e 125 130 169-172 186 e 188 BAKER D NANCE S MOORE M The load that maximizes the average mechanical power output during jump squats in power-trained athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 92-97 2001 BARBANTI V J Adaptaccedilotildees produzidas pelo treinamento fiacutesico In AMADIO A C BARBANTI V J (Orgs) Biodinacircmica do movimento humano e suas relaccedilotildees interdisciplinares Satildeo Paulo USP e Estaccedilatildeo Liberdade 2000 p 163-174 BOBBERT M F Drop jumping as a training method for jumping ability Sports Medicine v 9 n 1 p 7-22 1990 BOMPA T O Treinamento de potecircncia para o esporte Satildeo Paulo Phorte 2004 p 61 e 62 BOSCO C KOMI P V Influence of aging on the mechanical behavior of leg extensor muscles European Journal of Applied Physiology v 45 n 2-3 p 209-219 1980 BRANDENBURG J P DOCHERTY D The effects of accentuated eccentric loading on strength muscle hypertrophy and neural adaptations in trained individuals Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 25-32 2002 BRASIL R L O CONCEICcedilAtildeO F L COELHO C W REBELLO C V ARAUacuteJO C G S VAISMAN M Efeitos do treinamento fiacutesico contra resistecircncia Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo v 45 n 2 p 134-140 2001 CARVALHO J OLIVEIRA J MAGALHAtildeES J ASCENSAtildeO A MOTA J SOARES J M C Efeito de um programa de treino em idosos Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 17 n 1 p 74-84 2003 CLAASSEN H GERBER C HOPPELER H LUumlTHI J-M VOCK P Muscle filament spacing and short-term heavy-resistance exercise in humans Journal of Physiology v 409 p 491-495 1989

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 54

COLLIANDER E B TESCH P A Effects of eccentric and concentric muscle actions in resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 140 p 31-39 1990 COMETTI G Los meacutetodos modernos de musculacioacuten Barcelona Paidotribo 2001 p 29-58 62-71 153 COSTILL D L COYLE E F FINK W F LESMES G R WITZMANN F A Adaptations in skeletal muscle following strength training Journal of Applied Physiology respiratory environment and exercise physiology v 46 n 1 p 96-99 1979 CRATE T Analysis of the lat pulldown Strength and Conditioning Journal p 26-29 1997 DANTAS E H M A praacutetica da preparaccedilatildeo fiacutesica 3 ed Rio de Janeiro Shape 1995 p 210-213 DELECLUSE C COPPENOLLE H V WILLEMS E LEEMPUTTE M V DIELS R GORIS M Influence of high-resistance and highshyvelocity training on sprint performance Medicine and Science in Sports and Exercise v 27 n 8 p 1203-1209 1995 DeRENNE C HO K W MURPHY J C Effects of general special and specific resistance training on throwing velocity in baseball Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 148-156 2001 DIALLO O DORE E DUCHE P VANPRAAGH E Effects of plyometric training followed by a reduced training programme on physical performance in prepubescent soccer player Journal of Sports Medicine and Physical Fitness v 41 n 3 p 342-348 2001 DOAN B K et al Effects on increased loading on bench press 1RM Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 9-13 2002 EWING JUNIOR J L WOLFE D R ROGERS M A AMUNDSON M L STULL G A Effects of velocity of isokinetic training on strength power and quadriceps muscle fibre characteristics European Journal of Applied Physiology v 61 n 1-2 p 159-162 1990 FAIGENBAUM A D WESTCOTT W L LOUD R L R LONG C The effects of different resistance training Pediatrics v 104 n 1 p 1-7 1999 FIRMINO C A O Comparaccedilatildeo da forccedila do quadriacuteceps em indiviacuteduos em um trabalho mucular nos acircngulos de 90 e 120 graus Anuaacuterio das Faculdades Claretianas n 1 p 4-7 1992

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 55

FLECK S J KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artmed 1999 p 124-144 FONSECA S T SILVA P L OCARINO J M URSINE P G S Anaacutelise de um meacutetodo eletromiograacutefico para quantificaccedilatildeo de co-contraccedilatildeo muscular Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 n 3 p 23-30 2001 GABRIEL D A BASFORD J R AN K-N Neural adaptations to fatigue Medicine and Science in Sports and Exercisev 33 n 8 p 1354-1360 2001 GAUFFIN H EKSTRAND J TROPP H Improvement of vertical jump performance in soccer players after specific training Journal of Human Movement Studiesv 15 p 185-190 1988 GOLDBERG A L ETLINGER J D GOLDSPINK D F JABLECKI C Mechanism of work-induced hypertrophy of skeletal muscle Medicine and Science in Sport v 7 n 4 p 248-261 1975 GOLDSPINK D P Exercise-related changes in protein turnover in mammalian striated muscle Journal of Experimental Biology v 160 p 127-148 1991 HAumlKKINEN K Maximal force explosive strength and speed in female volleyball and basketball players Journal of Human Movement Studies v 16 p 291-303 1989 HAumlKKINEN K KOMI P V Alterations of mechanical charateristics of human skeletal muscle during strength training European Journal of Applied Physiology v 50 n 2 p 161-172 1983 HAumlKKINEN K ALEacuteN M KOMI P V Changes in isometric force-and relaxation-time Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 573shy585 1985 HAumlKKINEN K KOMI P V ALEacuteN M Effect of explosive type strength training Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 587-600 1985 HATHER B M TESCH P A BUCHANAN P DUDLEY G A Influence of eccentric actions on skeletal muscle adaptations to resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 143 p 177-185 1991 HORITA T KOMI P V NICOL C KYROumlLAumlINEN H Effect of exhausting stretch-shortening cycle exercise European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 160-167 1999

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 56

HORTOBAacuteGYI T LAMBERT N J HILL J P Greater cross education following training with muscle lengthening than shortening Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 107-112 1997 KADI F Adaptation of human skeletal muscle to training and anabolic steroids Acta Physiologica Scandinavica v 168 Supplementum 646 p 1-42 2000 KADI F EIKSSON A HOLMNER S BUTLER-BROWNE G S THORNELL L-E Cellular adaptation of the trapezius muscle in strength-trained athletes Histochemistry Cellule Biology v 111 p 189-195 1999 KETTUNEN J A KUJALA U M RAumlTY H SARNA S Jumping height in former elite athletes European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 197-201 1999 KOMI P V Strength and power in sport Oxford Blackwell 1992 p 211-265 384 KOMI P V HAumlKKINEN K Strength and power In DIRIX A KNUTTGEN H G TITEL K Olympic book of sports medicine Oxford Blackwell 1988 p 181-193 KRAEMER W J HAumlKKINEN K Treinamento de forccedila para o esporte Porto Alegre Armed 2004 p 15-47 79-142 LINNAMO V NEWTON R U HAumlKKINEN K KOMI P V DAVIE A McGUIGAN M TRIPLETT-McBRIDE T Neuromuscular responses to explosive and heavy resistance loading Journal of Electromyography and Kinesiology v 10 p 417-424 2000 MacDOUGALL J D Adaptability of muscle to strength training ndash cellular approach In SALTIN B (Edit) Biochemistry of exercise VI Champaign Human Kinetics 1986 p 501-511 MARQUES JUNIOR N K Voleibol biomecacircnica e musculaccedilatildeo aplicadas Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 2001 p 83 MASAMOTO N LARSON R GATES T FAIGENBAUM A Acute effects of plyometric exercise on maximum squat performance in male athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 17 n 1 p 68-71 2003 McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p 422 e 423

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 57

McBRIDE R et al The effect of heavy-vs light-load jump squats on the development of strength power and speed Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 75-82 2002 McDONAGH M J N DAVIES C T M Adaptive response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads European Journal of Applied Physiology v 52 p 139-155 1984 McLESTER JUNIOR J R BISHOP P GUILLIAMS M E Comparison of 1 day and 3 day per week of equal-volume resistance training in experienced subjects Journal of Strength and Conditioning Research v 14 n 3 p 273-281 2000 MOREIRA A SOUZA M R P Controle da dinacircmica do arremesso do basquetebolista durante a etapa concentrada de forccedila Revista Treinamento Desportivo v 5 n 1 p 74-78 2000 MORITANI T MURO M Motor unit activity and surface electromyogram power spectrum during increasing force of contraction European Journal of Applied Physiology v 56 n 3 p 260-265 1987 NEWTON R U KRAEMER W J Developing explosive muscular power Journal and Strength and Conditioning Research v 16 n 5 p 20-31 1994 NICOL C KOMI P V HORITA T KYROumlLAumlINEN H TAKALA T E S Reduced stretch-reflex sensitivity after exhausting stretch-shortening cycle European Journal of Applied Physiology v 72 n 5-6 p 401shy409 1996 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K RUSKO H Effects of explosive type strength training on physical performance characteristics in crossshycountry skiers European Journal of Applied Physiology v 62 n 4 p 251-255 1991 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K HAumlMAumlLAumlINEN T NUMMELA A RUSKO H Explosive strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power Journal of Applied Physiology v 86 n 5 p 1527-1533 1999 RASCH P J COLABORADORES Cinesiologia e anatomia aplicada 7 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 p 37 e 38 RHEA M R ALVAR B A BALL S D BURKETT L N Three sets of weight training superior to 1 set with equal intensity for eliciting strength Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 525shy529 2002

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 58

SALE D G Neural adaptation to resistance training Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 n 5 p 135-145 1988 SANTOS P SILVA P JARDIM N O remate de futebol caracterizaccedilatildeo biomecacircnica e consideraccedilatildeo para o treino de forccedila raacutepida Revista Digital de Educacioacuten Fiacutesica y Deportes v 10 n 72 1-9 2004 Encontrado (18052004) wwwefdeportescom SCHLUMBERGER A STEC J SCHMIDTBLEICHER D Single-vs multiple-set strength training in women Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 3 p 284-289 2001 SIGNORILE J E ZINK A J SZWED S P A comparative electromyographical investigation of muscle utilization patters using various hand positions during the lat pull-down Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 539-546 2002 SFORZO G A TOUEY P F Manipulating exercise order affects muscular performance during resistance exercise Journal of Strength and Conditioning Research v 10 n 1 p 20-24 1996 SILVA J A B GONCcedilALVES M Levantamento terra um estudo eletromiograacutefico Revista Mineira de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 8 n 1 p 70-81 2000 SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Fidedignidade inter e intra dias de um teste de potecircncia muscular Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 4 p 118-124 2001a SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Potecircncia muscular maacutexima na flexatildeo do cotovelo uni e bilateral Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 5 p 157-162 2001b SIMAtildeO R Fundamentos fisioloacutegicos para o treinamento de forccedila e potecircncia Satildeo Paulo Phorte 2003 p 21 (introduccedilatildeo) 72-188 TESCH P A THORSSON A FUJITSUKA N Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise Journal of Applied Physiology v 66 n 4 p 1756-1759 1989 TOUMI H THIERY C MAITRE S MARTIN A VANNEUVILLE G POUMARAT G Training effects of amortization phase with eccentric concentric variations International Journal of Sports Medicine v 22 n 8 p 605-610 2001 UGRINOWITSCH C BARBANTI V J O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 12 n 1 p 85-94 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 59

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60

Page 8: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 50

marcante nos atletas que treinam musculaccedilatildeo (COLLIANDER TESCH 1990 KOMI HAumlKKINEN 1988) embora em modalidades de potecircncia ndash o caso de futebol voleibol lutas ndash seja prejudicial uma demasiada hipertrofia para o atleta desempenhar sua atividade (KOMI 1992) No entanto no trabalho de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia a hipertrofia que ocorre natildeo atrapalha o desempenho competitivo do jogador porque natildeo eacute demasiada

Nos estudos de salto em profundidade natildeo observamos pesquisas com o intuito de identificar os mecanismos fisioloacutegicos da hipertrofia dos membros inferiores do futebolista (DIALLO et al 2001 GAUFFIN et al 1988) As investigaccedilotildees de salto em profundidade estatildeo voltadas para evidenciar a elevaccedilatildeo do centro de gravidade (BOSCO KOMI 1980 HAumlKKINEN KOMI 1983) e a fadiga do atleta nessa sessatildeo (NICOL et al 1996 HORITA et al 1999) A uacutenica hipertrofia estudada eacute dos ossos dos membros inferiores ou seja o aumento da massa oacutessea e da densidade oacutessea (UNEMURA et al 1995 2002) VERKHOSHANSKI e GOMES (2000) afirmam que a hipertrofia nos membros inferiores do desportista praticante de salto em profundidade eacute miacutenima Cometti (2001) com base em constataccedilotildees empiacutericas tambeacutem considera uma miacutenima hipertrofia do executante de salto em profundidade

Entatildeo natildeo conhecemos os mecanismos fisioloacutegicos exatos da hipertrofia ocasionada pelo treino de salto em profundidade Acreditamos que devem ser similares aos da sessatildeo de musculaccedilatildeo

A hipertrofia acontece por causa dos seguintes componentes (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) aumento da quantidade e do tamanho das miofibrilas aumento do tamanho do tecido conjuntivo aumento da capilarizaccedilatildeo mais quantidade de fibras musculares e provavelmente aumento do nuacutemero de fibras musculares

O aumento no tamanho das miofibrilas estaacute relacionado com o acreacutescimo dos filamentos de actina e miosina agrave periferia das miofibrilas (SIMAtildeO 2003)

O aumento no nuacutemero de miofibrilas acontece atraveacutes de um desequiliacutebrio entre a banda A e I provavelmente da dilataccedilatildeo e obriga os filamentos de actina a tracionar a linha Z (COMETTI 2001) Com as contraccedilotildees musculares sucessivas essa traccedilatildeo desencadeia uma ruptura longitudinal nos discos Z e resulta em duas ou mais miofibrilas com o mesmo comprimento do sarcocircmero (KOMI 1992)

O aumento da proteiacutena contraacutetil durante a hipertrofia ocasiona reduccedilatildeo da densidade do volume da mitococircndria (ANTONIO GONYEA

1993) enquanto o retiacuteculo sarcoplasmaacutetico e a densidade do volume do tuacutebulo T aumentam de acordo com o volume da miofibrila (GOLDBERG et al 1975)

O colaacutegeno as ceacutelulas de elastina e fibras pertencem ao tecido conjuntivo O colaacutegeno eacute o componente mais importante do tecido conjuntivo

O tecido conjuntivo cobre os muacutesculos tendotildees e ligamentos tendo participaccedilatildeo na forccedila condutora do muacutesculo com o sistema osso-alavanca (SIMAtildeO 2003)

Para alguns pesquisadores o aumento do tecido conjuntivo pouco contribui para o aumento da forccedila mas eacute importante para a hipertrofia (BADILLO AYESTARAacuteN 2001)

O aumento da capilarizaccedilatildeo ou vascularizaccedilatildeo estaacute associado com o maior tamanho da musculatura acontecendo nas fibras tipo I ou tipo II (HATHER et al 1991) Em exerciacutecios de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima a quantidade de capilares diminui enquanto nos trabalhos de musculaccedilatildeo visando hipertrofia maacutexima ocorre acreacutescimo no nuacutemero de capilares (COMETTI 2001) Parece que essa diferenccedila de capilares em ambos os trabalhos estaacute relacionada com o nuacutemero de repeticcedilotildees

O aumento no tamanho das fibras musculares acontece em fibras tipo I e tipo II no atleta que pratica musculaccedilatildeo (McDONAGH DAVIES 1984) Geralmente nas fibras tipo II acontece em maior quantidade o aumento do tamanho quando comparamos com as fibras musculares tipo I (BADILLO AYESTARAacuteN 2001 HAumlKKINEN et al 1985)

O aumento no tamanho das fibras estaacute relacionado com a geneacutetica do praticante (KOMI 1992) Outro fator que influencia o aumento no tamanho das fibras musculares estaacute relacionado com o volume a intensidade e a duraccedilatildeo do treinamento (ABERNETHY et al 1994) O tipo de capacidade fiacutesica praticada na sessatildeo de forccedila tambeacutem influencia o aumento na dimensatildeo da fibra muscular (GOLDSPINK 1991)

Merece atenccedilatildeo o fato de que o tipo de exerciacutecio prescrito na sessatildeo de musculaccedilatildeo influencia o aumento da dimensatildeo da fibra muscular Exerciacutecios uniarticulares conseguem melhor hipertrofia do que os multiarticulares (Sale 1998 citado pelo Professor Mestre Djalma Rabelo Ricardo - explicaccedilatildeo na Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu 10 de setembro de 2002) embora as chances de lesatildeo sejam menores no trabalho multiarticular (DELECLUSE et al 1995)

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 51

A ceacutelula sateacutelite tem funccedilatildeo de reconstruir o material contraacutetil danificado e facilitar o crescimento e a manutenccedilatildeo da fibra muscular (ANTONIO GOYNEA 1993) Elas localizam-se entre a lacircmina basal do muacutesculo e o sarcolema das miofibrilas (ADAMS 1998)

A ceacutelula sateacutelite eacute distribuiacuteda de maneira uniforme na musculatura mas se o tecido estiver com microlesotildees elas migram e multiplicam-se no local afetado (KADI 2000) vindo fundir-se com a fibra muscular e doar seu mionuacutecleo com o intuito de restaurar a fibra (ADAMS 1998 KADI 2000)

Vaacuterios estudos sugerem que a proliferaccedilatildeo da ceacutelula sateacutelite proporciona regeneraccedilatildeo da fibra e compensa com a hipertrofia muscular aumentando a quantidade de actina e miosina (ADAMS 1998)

As ceacutelulas sateacutelites satildeo mais abundantes nos animais jovens e diminuem agrave medida que a idade avanccedila (SIMAtildeO 2003) Elas satildeo predominantes nas fibras tipo I talvez porque sejam mais usadas e eacute provaacutevel que a maior capilarizaccedilatildeo ajude nesse acontecimento

A hiperplasia natildeo eacute totalmente conhecida parece que as ceacutelulas sateacutelites causam essa reaccedilatildeo fisioloacutegica proveniente do treino de musculaccedilatildeo (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) Alguns pesquisadores afirmam que a hiperplasia aparece a partir de novas fibras das ceacutelulas sateacutelites que tentam restaurar a fibra muscular danificada ou atraveacutes da divisatildeo longitudinal de uma fibra hipertrofiada dividindo-se em duas ou mais (McARDLE et al 1998) Apesar dessas explicaccedilotildees mais investigaccedilotildees precisam ser feitas para descobrirmos os mecanismos fisioloacutegicos da hiperplasia sendo evidenciada apenas em animais (ABERNETHY et al 1994 KADI et al 2000) Bacurau et al (2001) afirmam que se a hiperplasia acontecer em humanos pode natildeo ser maior do que 5 embora existam controveacutersias para tais afirmaccedilotildees Contudo se alguma investigaccedilatildeo evidenciar a hiperplasia natildeo eacute o ldquoestado da arterdquo merecendo novas identificaccedilotildees desse fenocircmeno fisioloacutegico para corroborarmos a existecircncia em humanos

Segundo WIilmore e Costill (2001) poucos estudos identificaram a hiperplasia em seres humanos como eacute o caso da pesquisa de Kadi et al (1999) que observaram a hiperplasia no trapeacutezio de 10 levantadores de peso de elite suecos

Outro acontecimento fisioloacutegico decorrente do treino de forccedila eacute a alta probabilidade de as fibras tipo I serem convertidas em tipo II (FLECK KRAEMER 1999) principalmente se o trabalho for de alta intensidade

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 52

(BACURAU et al 2001) ndash caso ocorrido na sessatildeo de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia e no treino de salto em profundidade

CONCLUSAtildeO

Esta revisatildeo apresentou os principais mecanismos fisioloacutegicos decorrentes do treino de forccedila maacutexima eou potecircncia e da sessatildeo de salto em profundidade em atletas de desportos de potecircncia Entretanto satildeo necessaacuterios mais estudos porque a maioria das investigaccedilotildees ocorre em natildeo - atletas talvez os resultados possam ser diferentes se forem investigados em competidores de desportos de potecircncia

Esperamos que os cientistas tentem descobrir novas adaptaccedilotildees fisioloacutegicas sobre a sessatildeo de forccedila em atletas de desportos de potecircncia com o intuito de auxiliar na prescriccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do treinamento

ABSTRACT

The objective of this review was to explain the main physiological adaptations resulting from the maximum strength andor potency training and depth jumping sessions in order to facilitate the prescription and evaluation of strength training for strength athletes There are few studies on the physiological adaptations occurred in potent competitors once most investigations are carried out with non-athletes Keywords strength training physiological adaptation strength sports

REFEREcircNCIAS ABERNETHY P J JUumlRIMAumlE J LOGAN P A TAYLOR A W THAYER R E Acute and chronic response of skeletal muscle to resistance exercise Sports Medicine v 17 n 1 p 22-38 1994 ADAMS G R Role of insulin-like growth factor-I in the regulation of skeletal muscle adaptation to increased loading Exercise and Sport Sciences Reviews v 26 p 31-60 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 53

ANTONIO J GONYEA W J Skeletal muscle fiber hyperplasia Medicine and Science in Sports and Exercise v 25 n 12 p 1333shy1345 1993 BACURAU R F NAVARRO F UCHIDA M C ROSA L F B P C Hipertrofia-hiperplasia Satildeo Paulo Phorte 2001 p 60-68 116-118 BADILLO J J G AYESTARAacuteN E G Fundamentos do treinamento de forccedila 2 ed Porto Alegre Artmed 2001 p 58-91 124 e 125 130 169-172 186 e 188 BAKER D NANCE S MOORE M The load that maximizes the average mechanical power output during jump squats in power-trained athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 92-97 2001 BARBANTI V J Adaptaccedilotildees produzidas pelo treinamento fiacutesico In AMADIO A C BARBANTI V J (Orgs) Biodinacircmica do movimento humano e suas relaccedilotildees interdisciplinares Satildeo Paulo USP e Estaccedilatildeo Liberdade 2000 p 163-174 BOBBERT M F Drop jumping as a training method for jumping ability Sports Medicine v 9 n 1 p 7-22 1990 BOMPA T O Treinamento de potecircncia para o esporte Satildeo Paulo Phorte 2004 p 61 e 62 BOSCO C KOMI P V Influence of aging on the mechanical behavior of leg extensor muscles European Journal of Applied Physiology v 45 n 2-3 p 209-219 1980 BRANDENBURG J P DOCHERTY D The effects of accentuated eccentric loading on strength muscle hypertrophy and neural adaptations in trained individuals Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 25-32 2002 BRASIL R L O CONCEICcedilAtildeO F L COELHO C W REBELLO C V ARAUacuteJO C G S VAISMAN M Efeitos do treinamento fiacutesico contra resistecircncia Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo v 45 n 2 p 134-140 2001 CARVALHO J OLIVEIRA J MAGALHAtildeES J ASCENSAtildeO A MOTA J SOARES J M C Efeito de um programa de treino em idosos Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 17 n 1 p 74-84 2003 CLAASSEN H GERBER C HOPPELER H LUumlTHI J-M VOCK P Muscle filament spacing and short-term heavy-resistance exercise in humans Journal of Physiology v 409 p 491-495 1989

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 54

COLLIANDER E B TESCH P A Effects of eccentric and concentric muscle actions in resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 140 p 31-39 1990 COMETTI G Los meacutetodos modernos de musculacioacuten Barcelona Paidotribo 2001 p 29-58 62-71 153 COSTILL D L COYLE E F FINK W F LESMES G R WITZMANN F A Adaptations in skeletal muscle following strength training Journal of Applied Physiology respiratory environment and exercise physiology v 46 n 1 p 96-99 1979 CRATE T Analysis of the lat pulldown Strength and Conditioning Journal p 26-29 1997 DANTAS E H M A praacutetica da preparaccedilatildeo fiacutesica 3 ed Rio de Janeiro Shape 1995 p 210-213 DELECLUSE C COPPENOLLE H V WILLEMS E LEEMPUTTE M V DIELS R GORIS M Influence of high-resistance and highshyvelocity training on sprint performance Medicine and Science in Sports and Exercise v 27 n 8 p 1203-1209 1995 DeRENNE C HO K W MURPHY J C Effects of general special and specific resistance training on throwing velocity in baseball Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 148-156 2001 DIALLO O DORE E DUCHE P VANPRAAGH E Effects of plyometric training followed by a reduced training programme on physical performance in prepubescent soccer player Journal of Sports Medicine and Physical Fitness v 41 n 3 p 342-348 2001 DOAN B K et al Effects on increased loading on bench press 1RM Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 9-13 2002 EWING JUNIOR J L WOLFE D R ROGERS M A AMUNDSON M L STULL G A Effects of velocity of isokinetic training on strength power and quadriceps muscle fibre characteristics European Journal of Applied Physiology v 61 n 1-2 p 159-162 1990 FAIGENBAUM A D WESTCOTT W L LOUD R L R LONG C The effects of different resistance training Pediatrics v 104 n 1 p 1-7 1999 FIRMINO C A O Comparaccedilatildeo da forccedila do quadriacuteceps em indiviacuteduos em um trabalho mucular nos acircngulos de 90 e 120 graus Anuaacuterio das Faculdades Claretianas n 1 p 4-7 1992

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 55

FLECK S J KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artmed 1999 p 124-144 FONSECA S T SILVA P L OCARINO J M URSINE P G S Anaacutelise de um meacutetodo eletromiograacutefico para quantificaccedilatildeo de co-contraccedilatildeo muscular Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 n 3 p 23-30 2001 GABRIEL D A BASFORD J R AN K-N Neural adaptations to fatigue Medicine and Science in Sports and Exercisev 33 n 8 p 1354-1360 2001 GAUFFIN H EKSTRAND J TROPP H Improvement of vertical jump performance in soccer players after specific training Journal of Human Movement Studiesv 15 p 185-190 1988 GOLDBERG A L ETLINGER J D GOLDSPINK D F JABLECKI C Mechanism of work-induced hypertrophy of skeletal muscle Medicine and Science in Sport v 7 n 4 p 248-261 1975 GOLDSPINK D P Exercise-related changes in protein turnover in mammalian striated muscle Journal of Experimental Biology v 160 p 127-148 1991 HAumlKKINEN K Maximal force explosive strength and speed in female volleyball and basketball players Journal of Human Movement Studies v 16 p 291-303 1989 HAumlKKINEN K KOMI P V Alterations of mechanical charateristics of human skeletal muscle during strength training European Journal of Applied Physiology v 50 n 2 p 161-172 1983 HAumlKKINEN K ALEacuteN M KOMI P V Changes in isometric force-and relaxation-time Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 573shy585 1985 HAumlKKINEN K KOMI P V ALEacuteN M Effect of explosive type strength training Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 587-600 1985 HATHER B M TESCH P A BUCHANAN P DUDLEY G A Influence of eccentric actions on skeletal muscle adaptations to resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 143 p 177-185 1991 HORITA T KOMI P V NICOL C KYROumlLAumlINEN H Effect of exhausting stretch-shortening cycle exercise European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 160-167 1999

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 56

HORTOBAacuteGYI T LAMBERT N J HILL J P Greater cross education following training with muscle lengthening than shortening Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 107-112 1997 KADI F Adaptation of human skeletal muscle to training and anabolic steroids Acta Physiologica Scandinavica v 168 Supplementum 646 p 1-42 2000 KADI F EIKSSON A HOLMNER S BUTLER-BROWNE G S THORNELL L-E Cellular adaptation of the trapezius muscle in strength-trained athletes Histochemistry Cellule Biology v 111 p 189-195 1999 KETTUNEN J A KUJALA U M RAumlTY H SARNA S Jumping height in former elite athletes European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 197-201 1999 KOMI P V Strength and power in sport Oxford Blackwell 1992 p 211-265 384 KOMI P V HAumlKKINEN K Strength and power In DIRIX A KNUTTGEN H G TITEL K Olympic book of sports medicine Oxford Blackwell 1988 p 181-193 KRAEMER W J HAumlKKINEN K Treinamento de forccedila para o esporte Porto Alegre Armed 2004 p 15-47 79-142 LINNAMO V NEWTON R U HAumlKKINEN K KOMI P V DAVIE A McGUIGAN M TRIPLETT-McBRIDE T Neuromuscular responses to explosive and heavy resistance loading Journal of Electromyography and Kinesiology v 10 p 417-424 2000 MacDOUGALL J D Adaptability of muscle to strength training ndash cellular approach In SALTIN B (Edit) Biochemistry of exercise VI Champaign Human Kinetics 1986 p 501-511 MARQUES JUNIOR N K Voleibol biomecacircnica e musculaccedilatildeo aplicadas Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 2001 p 83 MASAMOTO N LARSON R GATES T FAIGENBAUM A Acute effects of plyometric exercise on maximum squat performance in male athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 17 n 1 p 68-71 2003 McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p 422 e 423

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 57

McBRIDE R et al The effect of heavy-vs light-load jump squats on the development of strength power and speed Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 75-82 2002 McDONAGH M J N DAVIES C T M Adaptive response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads European Journal of Applied Physiology v 52 p 139-155 1984 McLESTER JUNIOR J R BISHOP P GUILLIAMS M E Comparison of 1 day and 3 day per week of equal-volume resistance training in experienced subjects Journal of Strength and Conditioning Research v 14 n 3 p 273-281 2000 MOREIRA A SOUZA M R P Controle da dinacircmica do arremesso do basquetebolista durante a etapa concentrada de forccedila Revista Treinamento Desportivo v 5 n 1 p 74-78 2000 MORITANI T MURO M Motor unit activity and surface electromyogram power spectrum during increasing force of contraction European Journal of Applied Physiology v 56 n 3 p 260-265 1987 NEWTON R U KRAEMER W J Developing explosive muscular power Journal and Strength and Conditioning Research v 16 n 5 p 20-31 1994 NICOL C KOMI P V HORITA T KYROumlLAumlINEN H TAKALA T E S Reduced stretch-reflex sensitivity after exhausting stretch-shortening cycle European Journal of Applied Physiology v 72 n 5-6 p 401shy409 1996 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K RUSKO H Effects of explosive type strength training on physical performance characteristics in crossshycountry skiers European Journal of Applied Physiology v 62 n 4 p 251-255 1991 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K HAumlMAumlLAumlINEN T NUMMELA A RUSKO H Explosive strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power Journal of Applied Physiology v 86 n 5 p 1527-1533 1999 RASCH P J COLABORADORES Cinesiologia e anatomia aplicada 7 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 p 37 e 38 RHEA M R ALVAR B A BALL S D BURKETT L N Three sets of weight training superior to 1 set with equal intensity for eliciting strength Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 525shy529 2002

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 58

SALE D G Neural adaptation to resistance training Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 n 5 p 135-145 1988 SANTOS P SILVA P JARDIM N O remate de futebol caracterizaccedilatildeo biomecacircnica e consideraccedilatildeo para o treino de forccedila raacutepida Revista Digital de Educacioacuten Fiacutesica y Deportes v 10 n 72 1-9 2004 Encontrado (18052004) wwwefdeportescom SCHLUMBERGER A STEC J SCHMIDTBLEICHER D Single-vs multiple-set strength training in women Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 3 p 284-289 2001 SIGNORILE J E ZINK A J SZWED S P A comparative electromyographical investigation of muscle utilization patters using various hand positions during the lat pull-down Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 539-546 2002 SFORZO G A TOUEY P F Manipulating exercise order affects muscular performance during resistance exercise Journal of Strength and Conditioning Research v 10 n 1 p 20-24 1996 SILVA J A B GONCcedilALVES M Levantamento terra um estudo eletromiograacutefico Revista Mineira de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 8 n 1 p 70-81 2000 SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Fidedignidade inter e intra dias de um teste de potecircncia muscular Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 4 p 118-124 2001a SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Potecircncia muscular maacutexima na flexatildeo do cotovelo uni e bilateral Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 5 p 157-162 2001b SIMAtildeO R Fundamentos fisioloacutegicos para o treinamento de forccedila e potecircncia Satildeo Paulo Phorte 2003 p 21 (introduccedilatildeo) 72-188 TESCH P A THORSSON A FUJITSUKA N Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise Journal of Applied Physiology v 66 n 4 p 1756-1759 1989 TOUMI H THIERY C MAITRE S MARTIN A VANNEUVILLE G POUMARAT G Training effects of amortization phase with eccentric concentric variations International Journal of Sports Medicine v 22 n 8 p 605-610 2001 UGRINOWITSCH C BARBANTI V J O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 12 n 1 p 85-94 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 59

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60

Page 9: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

1993) enquanto o retiacuteculo sarcoplasmaacutetico e a densidade do volume do tuacutebulo T aumentam de acordo com o volume da miofibrila (GOLDBERG et al 1975)

O colaacutegeno as ceacutelulas de elastina e fibras pertencem ao tecido conjuntivo O colaacutegeno eacute o componente mais importante do tecido conjuntivo

O tecido conjuntivo cobre os muacutesculos tendotildees e ligamentos tendo participaccedilatildeo na forccedila condutora do muacutesculo com o sistema osso-alavanca (SIMAtildeO 2003)

Para alguns pesquisadores o aumento do tecido conjuntivo pouco contribui para o aumento da forccedila mas eacute importante para a hipertrofia (BADILLO AYESTARAacuteN 2001)

O aumento da capilarizaccedilatildeo ou vascularizaccedilatildeo estaacute associado com o maior tamanho da musculatura acontecendo nas fibras tipo I ou tipo II (HATHER et al 1991) Em exerciacutecios de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima a quantidade de capilares diminui enquanto nos trabalhos de musculaccedilatildeo visando hipertrofia maacutexima ocorre acreacutescimo no nuacutemero de capilares (COMETTI 2001) Parece que essa diferenccedila de capilares em ambos os trabalhos estaacute relacionada com o nuacutemero de repeticcedilotildees

O aumento no tamanho das fibras musculares acontece em fibras tipo I e tipo II no atleta que pratica musculaccedilatildeo (McDONAGH DAVIES 1984) Geralmente nas fibras tipo II acontece em maior quantidade o aumento do tamanho quando comparamos com as fibras musculares tipo I (BADILLO AYESTARAacuteN 2001 HAumlKKINEN et al 1985)

O aumento no tamanho das fibras estaacute relacionado com a geneacutetica do praticante (KOMI 1992) Outro fator que influencia o aumento no tamanho das fibras musculares estaacute relacionado com o volume a intensidade e a duraccedilatildeo do treinamento (ABERNETHY et al 1994) O tipo de capacidade fiacutesica praticada na sessatildeo de forccedila tambeacutem influencia o aumento na dimensatildeo da fibra muscular (GOLDSPINK 1991)

Merece atenccedilatildeo o fato de que o tipo de exerciacutecio prescrito na sessatildeo de musculaccedilatildeo influencia o aumento da dimensatildeo da fibra muscular Exerciacutecios uniarticulares conseguem melhor hipertrofia do que os multiarticulares (Sale 1998 citado pelo Professor Mestre Djalma Rabelo Ricardo - explicaccedilatildeo na Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu 10 de setembro de 2002) embora as chances de lesatildeo sejam menores no trabalho multiarticular (DELECLUSE et al 1995)

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 51

A ceacutelula sateacutelite tem funccedilatildeo de reconstruir o material contraacutetil danificado e facilitar o crescimento e a manutenccedilatildeo da fibra muscular (ANTONIO GOYNEA 1993) Elas localizam-se entre a lacircmina basal do muacutesculo e o sarcolema das miofibrilas (ADAMS 1998)

A ceacutelula sateacutelite eacute distribuiacuteda de maneira uniforme na musculatura mas se o tecido estiver com microlesotildees elas migram e multiplicam-se no local afetado (KADI 2000) vindo fundir-se com a fibra muscular e doar seu mionuacutecleo com o intuito de restaurar a fibra (ADAMS 1998 KADI 2000)

Vaacuterios estudos sugerem que a proliferaccedilatildeo da ceacutelula sateacutelite proporciona regeneraccedilatildeo da fibra e compensa com a hipertrofia muscular aumentando a quantidade de actina e miosina (ADAMS 1998)

As ceacutelulas sateacutelites satildeo mais abundantes nos animais jovens e diminuem agrave medida que a idade avanccedila (SIMAtildeO 2003) Elas satildeo predominantes nas fibras tipo I talvez porque sejam mais usadas e eacute provaacutevel que a maior capilarizaccedilatildeo ajude nesse acontecimento

A hiperplasia natildeo eacute totalmente conhecida parece que as ceacutelulas sateacutelites causam essa reaccedilatildeo fisioloacutegica proveniente do treino de musculaccedilatildeo (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) Alguns pesquisadores afirmam que a hiperplasia aparece a partir de novas fibras das ceacutelulas sateacutelites que tentam restaurar a fibra muscular danificada ou atraveacutes da divisatildeo longitudinal de uma fibra hipertrofiada dividindo-se em duas ou mais (McARDLE et al 1998) Apesar dessas explicaccedilotildees mais investigaccedilotildees precisam ser feitas para descobrirmos os mecanismos fisioloacutegicos da hiperplasia sendo evidenciada apenas em animais (ABERNETHY et al 1994 KADI et al 2000) Bacurau et al (2001) afirmam que se a hiperplasia acontecer em humanos pode natildeo ser maior do que 5 embora existam controveacutersias para tais afirmaccedilotildees Contudo se alguma investigaccedilatildeo evidenciar a hiperplasia natildeo eacute o ldquoestado da arterdquo merecendo novas identificaccedilotildees desse fenocircmeno fisioloacutegico para corroborarmos a existecircncia em humanos

Segundo WIilmore e Costill (2001) poucos estudos identificaram a hiperplasia em seres humanos como eacute o caso da pesquisa de Kadi et al (1999) que observaram a hiperplasia no trapeacutezio de 10 levantadores de peso de elite suecos

Outro acontecimento fisioloacutegico decorrente do treino de forccedila eacute a alta probabilidade de as fibras tipo I serem convertidas em tipo II (FLECK KRAEMER 1999) principalmente se o trabalho for de alta intensidade

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 52

(BACURAU et al 2001) ndash caso ocorrido na sessatildeo de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia e no treino de salto em profundidade

CONCLUSAtildeO

Esta revisatildeo apresentou os principais mecanismos fisioloacutegicos decorrentes do treino de forccedila maacutexima eou potecircncia e da sessatildeo de salto em profundidade em atletas de desportos de potecircncia Entretanto satildeo necessaacuterios mais estudos porque a maioria das investigaccedilotildees ocorre em natildeo - atletas talvez os resultados possam ser diferentes se forem investigados em competidores de desportos de potecircncia

Esperamos que os cientistas tentem descobrir novas adaptaccedilotildees fisioloacutegicas sobre a sessatildeo de forccedila em atletas de desportos de potecircncia com o intuito de auxiliar na prescriccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do treinamento

ABSTRACT

The objective of this review was to explain the main physiological adaptations resulting from the maximum strength andor potency training and depth jumping sessions in order to facilitate the prescription and evaluation of strength training for strength athletes There are few studies on the physiological adaptations occurred in potent competitors once most investigations are carried out with non-athletes Keywords strength training physiological adaptation strength sports

REFEREcircNCIAS ABERNETHY P J JUumlRIMAumlE J LOGAN P A TAYLOR A W THAYER R E Acute and chronic response of skeletal muscle to resistance exercise Sports Medicine v 17 n 1 p 22-38 1994 ADAMS G R Role of insulin-like growth factor-I in the regulation of skeletal muscle adaptation to increased loading Exercise and Sport Sciences Reviews v 26 p 31-60 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 53

ANTONIO J GONYEA W J Skeletal muscle fiber hyperplasia Medicine and Science in Sports and Exercise v 25 n 12 p 1333shy1345 1993 BACURAU R F NAVARRO F UCHIDA M C ROSA L F B P C Hipertrofia-hiperplasia Satildeo Paulo Phorte 2001 p 60-68 116-118 BADILLO J J G AYESTARAacuteN E G Fundamentos do treinamento de forccedila 2 ed Porto Alegre Artmed 2001 p 58-91 124 e 125 130 169-172 186 e 188 BAKER D NANCE S MOORE M The load that maximizes the average mechanical power output during jump squats in power-trained athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 92-97 2001 BARBANTI V J Adaptaccedilotildees produzidas pelo treinamento fiacutesico In AMADIO A C BARBANTI V J (Orgs) Biodinacircmica do movimento humano e suas relaccedilotildees interdisciplinares Satildeo Paulo USP e Estaccedilatildeo Liberdade 2000 p 163-174 BOBBERT M F Drop jumping as a training method for jumping ability Sports Medicine v 9 n 1 p 7-22 1990 BOMPA T O Treinamento de potecircncia para o esporte Satildeo Paulo Phorte 2004 p 61 e 62 BOSCO C KOMI P V Influence of aging on the mechanical behavior of leg extensor muscles European Journal of Applied Physiology v 45 n 2-3 p 209-219 1980 BRANDENBURG J P DOCHERTY D The effects of accentuated eccentric loading on strength muscle hypertrophy and neural adaptations in trained individuals Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 25-32 2002 BRASIL R L O CONCEICcedilAtildeO F L COELHO C W REBELLO C V ARAUacuteJO C G S VAISMAN M Efeitos do treinamento fiacutesico contra resistecircncia Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo v 45 n 2 p 134-140 2001 CARVALHO J OLIVEIRA J MAGALHAtildeES J ASCENSAtildeO A MOTA J SOARES J M C Efeito de um programa de treino em idosos Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 17 n 1 p 74-84 2003 CLAASSEN H GERBER C HOPPELER H LUumlTHI J-M VOCK P Muscle filament spacing and short-term heavy-resistance exercise in humans Journal of Physiology v 409 p 491-495 1989

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 54

COLLIANDER E B TESCH P A Effects of eccentric and concentric muscle actions in resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 140 p 31-39 1990 COMETTI G Los meacutetodos modernos de musculacioacuten Barcelona Paidotribo 2001 p 29-58 62-71 153 COSTILL D L COYLE E F FINK W F LESMES G R WITZMANN F A Adaptations in skeletal muscle following strength training Journal of Applied Physiology respiratory environment and exercise physiology v 46 n 1 p 96-99 1979 CRATE T Analysis of the lat pulldown Strength and Conditioning Journal p 26-29 1997 DANTAS E H M A praacutetica da preparaccedilatildeo fiacutesica 3 ed Rio de Janeiro Shape 1995 p 210-213 DELECLUSE C COPPENOLLE H V WILLEMS E LEEMPUTTE M V DIELS R GORIS M Influence of high-resistance and highshyvelocity training on sprint performance Medicine and Science in Sports and Exercise v 27 n 8 p 1203-1209 1995 DeRENNE C HO K W MURPHY J C Effects of general special and specific resistance training on throwing velocity in baseball Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 148-156 2001 DIALLO O DORE E DUCHE P VANPRAAGH E Effects of plyometric training followed by a reduced training programme on physical performance in prepubescent soccer player Journal of Sports Medicine and Physical Fitness v 41 n 3 p 342-348 2001 DOAN B K et al Effects on increased loading on bench press 1RM Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 9-13 2002 EWING JUNIOR J L WOLFE D R ROGERS M A AMUNDSON M L STULL G A Effects of velocity of isokinetic training on strength power and quadriceps muscle fibre characteristics European Journal of Applied Physiology v 61 n 1-2 p 159-162 1990 FAIGENBAUM A D WESTCOTT W L LOUD R L R LONG C The effects of different resistance training Pediatrics v 104 n 1 p 1-7 1999 FIRMINO C A O Comparaccedilatildeo da forccedila do quadriacuteceps em indiviacuteduos em um trabalho mucular nos acircngulos de 90 e 120 graus Anuaacuterio das Faculdades Claretianas n 1 p 4-7 1992

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 55

FLECK S J KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artmed 1999 p 124-144 FONSECA S T SILVA P L OCARINO J M URSINE P G S Anaacutelise de um meacutetodo eletromiograacutefico para quantificaccedilatildeo de co-contraccedilatildeo muscular Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 n 3 p 23-30 2001 GABRIEL D A BASFORD J R AN K-N Neural adaptations to fatigue Medicine and Science in Sports and Exercisev 33 n 8 p 1354-1360 2001 GAUFFIN H EKSTRAND J TROPP H Improvement of vertical jump performance in soccer players after specific training Journal of Human Movement Studiesv 15 p 185-190 1988 GOLDBERG A L ETLINGER J D GOLDSPINK D F JABLECKI C Mechanism of work-induced hypertrophy of skeletal muscle Medicine and Science in Sport v 7 n 4 p 248-261 1975 GOLDSPINK D P Exercise-related changes in protein turnover in mammalian striated muscle Journal of Experimental Biology v 160 p 127-148 1991 HAumlKKINEN K Maximal force explosive strength and speed in female volleyball and basketball players Journal of Human Movement Studies v 16 p 291-303 1989 HAumlKKINEN K KOMI P V Alterations of mechanical charateristics of human skeletal muscle during strength training European Journal of Applied Physiology v 50 n 2 p 161-172 1983 HAumlKKINEN K ALEacuteN M KOMI P V Changes in isometric force-and relaxation-time Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 573shy585 1985 HAumlKKINEN K KOMI P V ALEacuteN M Effect of explosive type strength training Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 587-600 1985 HATHER B M TESCH P A BUCHANAN P DUDLEY G A Influence of eccentric actions on skeletal muscle adaptations to resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 143 p 177-185 1991 HORITA T KOMI P V NICOL C KYROumlLAumlINEN H Effect of exhausting stretch-shortening cycle exercise European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 160-167 1999

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 56

HORTOBAacuteGYI T LAMBERT N J HILL J P Greater cross education following training with muscle lengthening than shortening Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 107-112 1997 KADI F Adaptation of human skeletal muscle to training and anabolic steroids Acta Physiologica Scandinavica v 168 Supplementum 646 p 1-42 2000 KADI F EIKSSON A HOLMNER S BUTLER-BROWNE G S THORNELL L-E Cellular adaptation of the trapezius muscle in strength-trained athletes Histochemistry Cellule Biology v 111 p 189-195 1999 KETTUNEN J A KUJALA U M RAumlTY H SARNA S Jumping height in former elite athletes European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 197-201 1999 KOMI P V Strength and power in sport Oxford Blackwell 1992 p 211-265 384 KOMI P V HAumlKKINEN K Strength and power In DIRIX A KNUTTGEN H G TITEL K Olympic book of sports medicine Oxford Blackwell 1988 p 181-193 KRAEMER W J HAumlKKINEN K Treinamento de forccedila para o esporte Porto Alegre Armed 2004 p 15-47 79-142 LINNAMO V NEWTON R U HAumlKKINEN K KOMI P V DAVIE A McGUIGAN M TRIPLETT-McBRIDE T Neuromuscular responses to explosive and heavy resistance loading Journal of Electromyography and Kinesiology v 10 p 417-424 2000 MacDOUGALL J D Adaptability of muscle to strength training ndash cellular approach In SALTIN B (Edit) Biochemistry of exercise VI Champaign Human Kinetics 1986 p 501-511 MARQUES JUNIOR N K Voleibol biomecacircnica e musculaccedilatildeo aplicadas Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 2001 p 83 MASAMOTO N LARSON R GATES T FAIGENBAUM A Acute effects of plyometric exercise on maximum squat performance in male athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 17 n 1 p 68-71 2003 McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p 422 e 423

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 57

McBRIDE R et al The effect of heavy-vs light-load jump squats on the development of strength power and speed Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 75-82 2002 McDONAGH M J N DAVIES C T M Adaptive response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads European Journal of Applied Physiology v 52 p 139-155 1984 McLESTER JUNIOR J R BISHOP P GUILLIAMS M E Comparison of 1 day and 3 day per week of equal-volume resistance training in experienced subjects Journal of Strength and Conditioning Research v 14 n 3 p 273-281 2000 MOREIRA A SOUZA M R P Controle da dinacircmica do arremesso do basquetebolista durante a etapa concentrada de forccedila Revista Treinamento Desportivo v 5 n 1 p 74-78 2000 MORITANI T MURO M Motor unit activity and surface electromyogram power spectrum during increasing force of contraction European Journal of Applied Physiology v 56 n 3 p 260-265 1987 NEWTON R U KRAEMER W J Developing explosive muscular power Journal and Strength and Conditioning Research v 16 n 5 p 20-31 1994 NICOL C KOMI P V HORITA T KYROumlLAumlINEN H TAKALA T E S Reduced stretch-reflex sensitivity after exhausting stretch-shortening cycle European Journal of Applied Physiology v 72 n 5-6 p 401shy409 1996 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K RUSKO H Effects of explosive type strength training on physical performance characteristics in crossshycountry skiers European Journal of Applied Physiology v 62 n 4 p 251-255 1991 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K HAumlMAumlLAumlINEN T NUMMELA A RUSKO H Explosive strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power Journal of Applied Physiology v 86 n 5 p 1527-1533 1999 RASCH P J COLABORADORES Cinesiologia e anatomia aplicada 7 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 p 37 e 38 RHEA M R ALVAR B A BALL S D BURKETT L N Three sets of weight training superior to 1 set with equal intensity for eliciting strength Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 525shy529 2002

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 58

SALE D G Neural adaptation to resistance training Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 n 5 p 135-145 1988 SANTOS P SILVA P JARDIM N O remate de futebol caracterizaccedilatildeo biomecacircnica e consideraccedilatildeo para o treino de forccedila raacutepida Revista Digital de Educacioacuten Fiacutesica y Deportes v 10 n 72 1-9 2004 Encontrado (18052004) wwwefdeportescom SCHLUMBERGER A STEC J SCHMIDTBLEICHER D Single-vs multiple-set strength training in women Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 3 p 284-289 2001 SIGNORILE J E ZINK A J SZWED S P A comparative electromyographical investigation of muscle utilization patters using various hand positions during the lat pull-down Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 539-546 2002 SFORZO G A TOUEY P F Manipulating exercise order affects muscular performance during resistance exercise Journal of Strength and Conditioning Research v 10 n 1 p 20-24 1996 SILVA J A B GONCcedilALVES M Levantamento terra um estudo eletromiograacutefico Revista Mineira de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 8 n 1 p 70-81 2000 SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Fidedignidade inter e intra dias de um teste de potecircncia muscular Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 4 p 118-124 2001a SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Potecircncia muscular maacutexima na flexatildeo do cotovelo uni e bilateral Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 5 p 157-162 2001b SIMAtildeO R Fundamentos fisioloacutegicos para o treinamento de forccedila e potecircncia Satildeo Paulo Phorte 2003 p 21 (introduccedilatildeo) 72-188 TESCH P A THORSSON A FUJITSUKA N Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise Journal of Applied Physiology v 66 n 4 p 1756-1759 1989 TOUMI H THIERY C MAITRE S MARTIN A VANNEUVILLE G POUMARAT G Training effects of amortization phase with eccentric concentric variations International Journal of Sports Medicine v 22 n 8 p 605-610 2001 UGRINOWITSCH C BARBANTI V J O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 12 n 1 p 85-94 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 59

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60

Page 10: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

A ceacutelula sateacutelite tem funccedilatildeo de reconstruir o material contraacutetil danificado e facilitar o crescimento e a manutenccedilatildeo da fibra muscular (ANTONIO GOYNEA 1993) Elas localizam-se entre a lacircmina basal do muacutesculo e o sarcolema das miofibrilas (ADAMS 1998)

A ceacutelula sateacutelite eacute distribuiacuteda de maneira uniforme na musculatura mas se o tecido estiver com microlesotildees elas migram e multiplicam-se no local afetado (KADI 2000) vindo fundir-se com a fibra muscular e doar seu mionuacutecleo com o intuito de restaurar a fibra (ADAMS 1998 KADI 2000)

Vaacuterios estudos sugerem que a proliferaccedilatildeo da ceacutelula sateacutelite proporciona regeneraccedilatildeo da fibra e compensa com a hipertrofia muscular aumentando a quantidade de actina e miosina (ADAMS 1998)

As ceacutelulas sateacutelites satildeo mais abundantes nos animais jovens e diminuem agrave medida que a idade avanccedila (SIMAtildeO 2003) Elas satildeo predominantes nas fibras tipo I talvez porque sejam mais usadas e eacute provaacutevel que a maior capilarizaccedilatildeo ajude nesse acontecimento

A hiperplasia natildeo eacute totalmente conhecida parece que as ceacutelulas sateacutelites causam essa reaccedilatildeo fisioloacutegica proveniente do treino de musculaccedilatildeo (BADILLO AYESTARAacuteN 2001) Alguns pesquisadores afirmam que a hiperplasia aparece a partir de novas fibras das ceacutelulas sateacutelites que tentam restaurar a fibra muscular danificada ou atraveacutes da divisatildeo longitudinal de uma fibra hipertrofiada dividindo-se em duas ou mais (McARDLE et al 1998) Apesar dessas explicaccedilotildees mais investigaccedilotildees precisam ser feitas para descobrirmos os mecanismos fisioloacutegicos da hiperplasia sendo evidenciada apenas em animais (ABERNETHY et al 1994 KADI et al 2000) Bacurau et al (2001) afirmam que se a hiperplasia acontecer em humanos pode natildeo ser maior do que 5 embora existam controveacutersias para tais afirmaccedilotildees Contudo se alguma investigaccedilatildeo evidenciar a hiperplasia natildeo eacute o ldquoestado da arterdquo merecendo novas identificaccedilotildees desse fenocircmeno fisioloacutegico para corroborarmos a existecircncia em humanos

Segundo WIilmore e Costill (2001) poucos estudos identificaram a hiperplasia em seres humanos como eacute o caso da pesquisa de Kadi et al (1999) que observaram a hiperplasia no trapeacutezio de 10 levantadores de peso de elite suecos

Outro acontecimento fisioloacutegico decorrente do treino de forccedila eacute a alta probabilidade de as fibras tipo I serem convertidas em tipo II (FLECK KRAEMER 1999) principalmente se o trabalho for de alta intensidade

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 52

(BACURAU et al 2001) ndash caso ocorrido na sessatildeo de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia e no treino de salto em profundidade

CONCLUSAtildeO

Esta revisatildeo apresentou os principais mecanismos fisioloacutegicos decorrentes do treino de forccedila maacutexima eou potecircncia e da sessatildeo de salto em profundidade em atletas de desportos de potecircncia Entretanto satildeo necessaacuterios mais estudos porque a maioria das investigaccedilotildees ocorre em natildeo - atletas talvez os resultados possam ser diferentes se forem investigados em competidores de desportos de potecircncia

Esperamos que os cientistas tentem descobrir novas adaptaccedilotildees fisioloacutegicas sobre a sessatildeo de forccedila em atletas de desportos de potecircncia com o intuito de auxiliar na prescriccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do treinamento

ABSTRACT

The objective of this review was to explain the main physiological adaptations resulting from the maximum strength andor potency training and depth jumping sessions in order to facilitate the prescription and evaluation of strength training for strength athletes There are few studies on the physiological adaptations occurred in potent competitors once most investigations are carried out with non-athletes Keywords strength training physiological adaptation strength sports

REFEREcircNCIAS ABERNETHY P J JUumlRIMAumlE J LOGAN P A TAYLOR A W THAYER R E Acute and chronic response of skeletal muscle to resistance exercise Sports Medicine v 17 n 1 p 22-38 1994 ADAMS G R Role of insulin-like growth factor-I in the regulation of skeletal muscle adaptation to increased loading Exercise and Sport Sciences Reviews v 26 p 31-60 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 53

ANTONIO J GONYEA W J Skeletal muscle fiber hyperplasia Medicine and Science in Sports and Exercise v 25 n 12 p 1333shy1345 1993 BACURAU R F NAVARRO F UCHIDA M C ROSA L F B P C Hipertrofia-hiperplasia Satildeo Paulo Phorte 2001 p 60-68 116-118 BADILLO J J G AYESTARAacuteN E G Fundamentos do treinamento de forccedila 2 ed Porto Alegre Artmed 2001 p 58-91 124 e 125 130 169-172 186 e 188 BAKER D NANCE S MOORE M The load that maximizes the average mechanical power output during jump squats in power-trained athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 92-97 2001 BARBANTI V J Adaptaccedilotildees produzidas pelo treinamento fiacutesico In AMADIO A C BARBANTI V J (Orgs) Biodinacircmica do movimento humano e suas relaccedilotildees interdisciplinares Satildeo Paulo USP e Estaccedilatildeo Liberdade 2000 p 163-174 BOBBERT M F Drop jumping as a training method for jumping ability Sports Medicine v 9 n 1 p 7-22 1990 BOMPA T O Treinamento de potecircncia para o esporte Satildeo Paulo Phorte 2004 p 61 e 62 BOSCO C KOMI P V Influence of aging on the mechanical behavior of leg extensor muscles European Journal of Applied Physiology v 45 n 2-3 p 209-219 1980 BRANDENBURG J P DOCHERTY D The effects of accentuated eccentric loading on strength muscle hypertrophy and neural adaptations in trained individuals Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 25-32 2002 BRASIL R L O CONCEICcedilAtildeO F L COELHO C W REBELLO C V ARAUacuteJO C G S VAISMAN M Efeitos do treinamento fiacutesico contra resistecircncia Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo v 45 n 2 p 134-140 2001 CARVALHO J OLIVEIRA J MAGALHAtildeES J ASCENSAtildeO A MOTA J SOARES J M C Efeito de um programa de treino em idosos Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 17 n 1 p 74-84 2003 CLAASSEN H GERBER C HOPPELER H LUumlTHI J-M VOCK P Muscle filament spacing and short-term heavy-resistance exercise in humans Journal of Physiology v 409 p 491-495 1989

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 54

COLLIANDER E B TESCH P A Effects of eccentric and concentric muscle actions in resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 140 p 31-39 1990 COMETTI G Los meacutetodos modernos de musculacioacuten Barcelona Paidotribo 2001 p 29-58 62-71 153 COSTILL D L COYLE E F FINK W F LESMES G R WITZMANN F A Adaptations in skeletal muscle following strength training Journal of Applied Physiology respiratory environment and exercise physiology v 46 n 1 p 96-99 1979 CRATE T Analysis of the lat pulldown Strength and Conditioning Journal p 26-29 1997 DANTAS E H M A praacutetica da preparaccedilatildeo fiacutesica 3 ed Rio de Janeiro Shape 1995 p 210-213 DELECLUSE C COPPENOLLE H V WILLEMS E LEEMPUTTE M V DIELS R GORIS M Influence of high-resistance and highshyvelocity training on sprint performance Medicine and Science in Sports and Exercise v 27 n 8 p 1203-1209 1995 DeRENNE C HO K W MURPHY J C Effects of general special and specific resistance training on throwing velocity in baseball Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 148-156 2001 DIALLO O DORE E DUCHE P VANPRAAGH E Effects of plyometric training followed by a reduced training programme on physical performance in prepubescent soccer player Journal of Sports Medicine and Physical Fitness v 41 n 3 p 342-348 2001 DOAN B K et al Effects on increased loading on bench press 1RM Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 9-13 2002 EWING JUNIOR J L WOLFE D R ROGERS M A AMUNDSON M L STULL G A Effects of velocity of isokinetic training on strength power and quadriceps muscle fibre characteristics European Journal of Applied Physiology v 61 n 1-2 p 159-162 1990 FAIGENBAUM A D WESTCOTT W L LOUD R L R LONG C The effects of different resistance training Pediatrics v 104 n 1 p 1-7 1999 FIRMINO C A O Comparaccedilatildeo da forccedila do quadriacuteceps em indiviacuteduos em um trabalho mucular nos acircngulos de 90 e 120 graus Anuaacuterio das Faculdades Claretianas n 1 p 4-7 1992

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 55

FLECK S J KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artmed 1999 p 124-144 FONSECA S T SILVA P L OCARINO J M URSINE P G S Anaacutelise de um meacutetodo eletromiograacutefico para quantificaccedilatildeo de co-contraccedilatildeo muscular Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 n 3 p 23-30 2001 GABRIEL D A BASFORD J R AN K-N Neural adaptations to fatigue Medicine and Science in Sports and Exercisev 33 n 8 p 1354-1360 2001 GAUFFIN H EKSTRAND J TROPP H Improvement of vertical jump performance in soccer players after specific training Journal of Human Movement Studiesv 15 p 185-190 1988 GOLDBERG A L ETLINGER J D GOLDSPINK D F JABLECKI C Mechanism of work-induced hypertrophy of skeletal muscle Medicine and Science in Sport v 7 n 4 p 248-261 1975 GOLDSPINK D P Exercise-related changes in protein turnover in mammalian striated muscle Journal of Experimental Biology v 160 p 127-148 1991 HAumlKKINEN K Maximal force explosive strength and speed in female volleyball and basketball players Journal of Human Movement Studies v 16 p 291-303 1989 HAumlKKINEN K KOMI P V Alterations of mechanical charateristics of human skeletal muscle during strength training European Journal of Applied Physiology v 50 n 2 p 161-172 1983 HAumlKKINEN K ALEacuteN M KOMI P V Changes in isometric force-and relaxation-time Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 573shy585 1985 HAumlKKINEN K KOMI P V ALEacuteN M Effect of explosive type strength training Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 587-600 1985 HATHER B M TESCH P A BUCHANAN P DUDLEY G A Influence of eccentric actions on skeletal muscle adaptations to resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 143 p 177-185 1991 HORITA T KOMI P V NICOL C KYROumlLAumlINEN H Effect of exhausting stretch-shortening cycle exercise European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 160-167 1999

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 56

HORTOBAacuteGYI T LAMBERT N J HILL J P Greater cross education following training with muscle lengthening than shortening Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 107-112 1997 KADI F Adaptation of human skeletal muscle to training and anabolic steroids Acta Physiologica Scandinavica v 168 Supplementum 646 p 1-42 2000 KADI F EIKSSON A HOLMNER S BUTLER-BROWNE G S THORNELL L-E Cellular adaptation of the trapezius muscle in strength-trained athletes Histochemistry Cellule Biology v 111 p 189-195 1999 KETTUNEN J A KUJALA U M RAumlTY H SARNA S Jumping height in former elite athletes European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 197-201 1999 KOMI P V Strength and power in sport Oxford Blackwell 1992 p 211-265 384 KOMI P V HAumlKKINEN K Strength and power In DIRIX A KNUTTGEN H G TITEL K Olympic book of sports medicine Oxford Blackwell 1988 p 181-193 KRAEMER W J HAumlKKINEN K Treinamento de forccedila para o esporte Porto Alegre Armed 2004 p 15-47 79-142 LINNAMO V NEWTON R U HAumlKKINEN K KOMI P V DAVIE A McGUIGAN M TRIPLETT-McBRIDE T Neuromuscular responses to explosive and heavy resistance loading Journal of Electromyography and Kinesiology v 10 p 417-424 2000 MacDOUGALL J D Adaptability of muscle to strength training ndash cellular approach In SALTIN B (Edit) Biochemistry of exercise VI Champaign Human Kinetics 1986 p 501-511 MARQUES JUNIOR N K Voleibol biomecacircnica e musculaccedilatildeo aplicadas Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 2001 p 83 MASAMOTO N LARSON R GATES T FAIGENBAUM A Acute effects of plyometric exercise on maximum squat performance in male athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 17 n 1 p 68-71 2003 McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p 422 e 423

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 57

McBRIDE R et al The effect of heavy-vs light-load jump squats on the development of strength power and speed Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 75-82 2002 McDONAGH M J N DAVIES C T M Adaptive response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads European Journal of Applied Physiology v 52 p 139-155 1984 McLESTER JUNIOR J R BISHOP P GUILLIAMS M E Comparison of 1 day and 3 day per week of equal-volume resistance training in experienced subjects Journal of Strength and Conditioning Research v 14 n 3 p 273-281 2000 MOREIRA A SOUZA M R P Controle da dinacircmica do arremesso do basquetebolista durante a etapa concentrada de forccedila Revista Treinamento Desportivo v 5 n 1 p 74-78 2000 MORITANI T MURO M Motor unit activity and surface electromyogram power spectrum during increasing force of contraction European Journal of Applied Physiology v 56 n 3 p 260-265 1987 NEWTON R U KRAEMER W J Developing explosive muscular power Journal and Strength and Conditioning Research v 16 n 5 p 20-31 1994 NICOL C KOMI P V HORITA T KYROumlLAumlINEN H TAKALA T E S Reduced stretch-reflex sensitivity after exhausting stretch-shortening cycle European Journal of Applied Physiology v 72 n 5-6 p 401shy409 1996 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K RUSKO H Effects of explosive type strength training on physical performance characteristics in crossshycountry skiers European Journal of Applied Physiology v 62 n 4 p 251-255 1991 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K HAumlMAumlLAumlINEN T NUMMELA A RUSKO H Explosive strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power Journal of Applied Physiology v 86 n 5 p 1527-1533 1999 RASCH P J COLABORADORES Cinesiologia e anatomia aplicada 7 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 p 37 e 38 RHEA M R ALVAR B A BALL S D BURKETT L N Three sets of weight training superior to 1 set with equal intensity for eliciting strength Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 525shy529 2002

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 58

SALE D G Neural adaptation to resistance training Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 n 5 p 135-145 1988 SANTOS P SILVA P JARDIM N O remate de futebol caracterizaccedilatildeo biomecacircnica e consideraccedilatildeo para o treino de forccedila raacutepida Revista Digital de Educacioacuten Fiacutesica y Deportes v 10 n 72 1-9 2004 Encontrado (18052004) wwwefdeportescom SCHLUMBERGER A STEC J SCHMIDTBLEICHER D Single-vs multiple-set strength training in women Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 3 p 284-289 2001 SIGNORILE J E ZINK A J SZWED S P A comparative electromyographical investigation of muscle utilization patters using various hand positions during the lat pull-down Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 539-546 2002 SFORZO G A TOUEY P F Manipulating exercise order affects muscular performance during resistance exercise Journal of Strength and Conditioning Research v 10 n 1 p 20-24 1996 SILVA J A B GONCcedilALVES M Levantamento terra um estudo eletromiograacutefico Revista Mineira de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 8 n 1 p 70-81 2000 SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Fidedignidade inter e intra dias de um teste de potecircncia muscular Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 4 p 118-124 2001a SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Potecircncia muscular maacutexima na flexatildeo do cotovelo uni e bilateral Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 5 p 157-162 2001b SIMAtildeO R Fundamentos fisioloacutegicos para o treinamento de forccedila e potecircncia Satildeo Paulo Phorte 2003 p 21 (introduccedilatildeo) 72-188 TESCH P A THORSSON A FUJITSUKA N Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise Journal of Applied Physiology v 66 n 4 p 1756-1759 1989 TOUMI H THIERY C MAITRE S MARTIN A VANNEUVILLE G POUMARAT G Training effects of amortization phase with eccentric concentric variations International Journal of Sports Medicine v 22 n 8 p 605-610 2001 UGRINOWITSCH C BARBANTI V J O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 12 n 1 p 85-94 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 59

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60

Page 11: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

(BACURAU et al 2001) ndash caso ocorrido na sessatildeo de musculaccedilatildeo de forccedila maacutexima eou potecircncia e no treino de salto em profundidade

CONCLUSAtildeO

Esta revisatildeo apresentou os principais mecanismos fisioloacutegicos decorrentes do treino de forccedila maacutexima eou potecircncia e da sessatildeo de salto em profundidade em atletas de desportos de potecircncia Entretanto satildeo necessaacuterios mais estudos porque a maioria das investigaccedilotildees ocorre em natildeo - atletas talvez os resultados possam ser diferentes se forem investigados em competidores de desportos de potecircncia

Esperamos que os cientistas tentem descobrir novas adaptaccedilotildees fisioloacutegicas sobre a sessatildeo de forccedila em atletas de desportos de potecircncia com o intuito de auxiliar na prescriccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do treinamento

ABSTRACT

The objective of this review was to explain the main physiological adaptations resulting from the maximum strength andor potency training and depth jumping sessions in order to facilitate the prescription and evaluation of strength training for strength athletes There are few studies on the physiological adaptations occurred in potent competitors once most investigations are carried out with non-athletes Keywords strength training physiological adaptation strength sports

REFEREcircNCIAS ABERNETHY P J JUumlRIMAumlE J LOGAN P A TAYLOR A W THAYER R E Acute and chronic response of skeletal muscle to resistance exercise Sports Medicine v 17 n 1 p 22-38 1994 ADAMS G R Role of insulin-like growth factor-I in the regulation of skeletal muscle adaptation to increased loading Exercise and Sport Sciences Reviews v 26 p 31-60 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 53

ANTONIO J GONYEA W J Skeletal muscle fiber hyperplasia Medicine and Science in Sports and Exercise v 25 n 12 p 1333shy1345 1993 BACURAU R F NAVARRO F UCHIDA M C ROSA L F B P C Hipertrofia-hiperplasia Satildeo Paulo Phorte 2001 p 60-68 116-118 BADILLO J J G AYESTARAacuteN E G Fundamentos do treinamento de forccedila 2 ed Porto Alegre Artmed 2001 p 58-91 124 e 125 130 169-172 186 e 188 BAKER D NANCE S MOORE M The load that maximizes the average mechanical power output during jump squats in power-trained athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 92-97 2001 BARBANTI V J Adaptaccedilotildees produzidas pelo treinamento fiacutesico In AMADIO A C BARBANTI V J (Orgs) Biodinacircmica do movimento humano e suas relaccedilotildees interdisciplinares Satildeo Paulo USP e Estaccedilatildeo Liberdade 2000 p 163-174 BOBBERT M F Drop jumping as a training method for jumping ability Sports Medicine v 9 n 1 p 7-22 1990 BOMPA T O Treinamento de potecircncia para o esporte Satildeo Paulo Phorte 2004 p 61 e 62 BOSCO C KOMI P V Influence of aging on the mechanical behavior of leg extensor muscles European Journal of Applied Physiology v 45 n 2-3 p 209-219 1980 BRANDENBURG J P DOCHERTY D The effects of accentuated eccentric loading on strength muscle hypertrophy and neural adaptations in trained individuals Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 25-32 2002 BRASIL R L O CONCEICcedilAtildeO F L COELHO C W REBELLO C V ARAUacuteJO C G S VAISMAN M Efeitos do treinamento fiacutesico contra resistecircncia Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo v 45 n 2 p 134-140 2001 CARVALHO J OLIVEIRA J MAGALHAtildeES J ASCENSAtildeO A MOTA J SOARES J M C Efeito de um programa de treino em idosos Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 17 n 1 p 74-84 2003 CLAASSEN H GERBER C HOPPELER H LUumlTHI J-M VOCK P Muscle filament spacing and short-term heavy-resistance exercise in humans Journal of Physiology v 409 p 491-495 1989

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 54

COLLIANDER E B TESCH P A Effects of eccentric and concentric muscle actions in resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 140 p 31-39 1990 COMETTI G Los meacutetodos modernos de musculacioacuten Barcelona Paidotribo 2001 p 29-58 62-71 153 COSTILL D L COYLE E F FINK W F LESMES G R WITZMANN F A Adaptations in skeletal muscle following strength training Journal of Applied Physiology respiratory environment and exercise physiology v 46 n 1 p 96-99 1979 CRATE T Analysis of the lat pulldown Strength and Conditioning Journal p 26-29 1997 DANTAS E H M A praacutetica da preparaccedilatildeo fiacutesica 3 ed Rio de Janeiro Shape 1995 p 210-213 DELECLUSE C COPPENOLLE H V WILLEMS E LEEMPUTTE M V DIELS R GORIS M Influence of high-resistance and highshyvelocity training on sprint performance Medicine and Science in Sports and Exercise v 27 n 8 p 1203-1209 1995 DeRENNE C HO K W MURPHY J C Effects of general special and specific resistance training on throwing velocity in baseball Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 148-156 2001 DIALLO O DORE E DUCHE P VANPRAAGH E Effects of plyometric training followed by a reduced training programme on physical performance in prepubescent soccer player Journal of Sports Medicine and Physical Fitness v 41 n 3 p 342-348 2001 DOAN B K et al Effects on increased loading on bench press 1RM Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 9-13 2002 EWING JUNIOR J L WOLFE D R ROGERS M A AMUNDSON M L STULL G A Effects of velocity of isokinetic training on strength power and quadriceps muscle fibre characteristics European Journal of Applied Physiology v 61 n 1-2 p 159-162 1990 FAIGENBAUM A D WESTCOTT W L LOUD R L R LONG C The effects of different resistance training Pediatrics v 104 n 1 p 1-7 1999 FIRMINO C A O Comparaccedilatildeo da forccedila do quadriacuteceps em indiviacuteduos em um trabalho mucular nos acircngulos de 90 e 120 graus Anuaacuterio das Faculdades Claretianas n 1 p 4-7 1992

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 55

FLECK S J KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artmed 1999 p 124-144 FONSECA S T SILVA P L OCARINO J M URSINE P G S Anaacutelise de um meacutetodo eletromiograacutefico para quantificaccedilatildeo de co-contraccedilatildeo muscular Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 n 3 p 23-30 2001 GABRIEL D A BASFORD J R AN K-N Neural adaptations to fatigue Medicine and Science in Sports and Exercisev 33 n 8 p 1354-1360 2001 GAUFFIN H EKSTRAND J TROPP H Improvement of vertical jump performance in soccer players after specific training Journal of Human Movement Studiesv 15 p 185-190 1988 GOLDBERG A L ETLINGER J D GOLDSPINK D F JABLECKI C Mechanism of work-induced hypertrophy of skeletal muscle Medicine and Science in Sport v 7 n 4 p 248-261 1975 GOLDSPINK D P Exercise-related changes in protein turnover in mammalian striated muscle Journal of Experimental Biology v 160 p 127-148 1991 HAumlKKINEN K Maximal force explosive strength and speed in female volleyball and basketball players Journal of Human Movement Studies v 16 p 291-303 1989 HAumlKKINEN K KOMI P V Alterations of mechanical charateristics of human skeletal muscle during strength training European Journal of Applied Physiology v 50 n 2 p 161-172 1983 HAumlKKINEN K ALEacuteN M KOMI P V Changes in isometric force-and relaxation-time Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 573shy585 1985 HAumlKKINEN K KOMI P V ALEacuteN M Effect of explosive type strength training Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 587-600 1985 HATHER B M TESCH P A BUCHANAN P DUDLEY G A Influence of eccentric actions on skeletal muscle adaptations to resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 143 p 177-185 1991 HORITA T KOMI P V NICOL C KYROumlLAumlINEN H Effect of exhausting stretch-shortening cycle exercise European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 160-167 1999

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 56

HORTOBAacuteGYI T LAMBERT N J HILL J P Greater cross education following training with muscle lengthening than shortening Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 107-112 1997 KADI F Adaptation of human skeletal muscle to training and anabolic steroids Acta Physiologica Scandinavica v 168 Supplementum 646 p 1-42 2000 KADI F EIKSSON A HOLMNER S BUTLER-BROWNE G S THORNELL L-E Cellular adaptation of the trapezius muscle in strength-trained athletes Histochemistry Cellule Biology v 111 p 189-195 1999 KETTUNEN J A KUJALA U M RAumlTY H SARNA S Jumping height in former elite athletes European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 197-201 1999 KOMI P V Strength and power in sport Oxford Blackwell 1992 p 211-265 384 KOMI P V HAumlKKINEN K Strength and power In DIRIX A KNUTTGEN H G TITEL K Olympic book of sports medicine Oxford Blackwell 1988 p 181-193 KRAEMER W J HAumlKKINEN K Treinamento de forccedila para o esporte Porto Alegre Armed 2004 p 15-47 79-142 LINNAMO V NEWTON R U HAumlKKINEN K KOMI P V DAVIE A McGUIGAN M TRIPLETT-McBRIDE T Neuromuscular responses to explosive and heavy resistance loading Journal of Electromyography and Kinesiology v 10 p 417-424 2000 MacDOUGALL J D Adaptability of muscle to strength training ndash cellular approach In SALTIN B (Edit) Biochemistry of exercise VI Champaign Human Kinetics 1986 p 501-511 MARQUES JUNIOR N K Voleibol biomecacircnica e musculaccedilatildeo aplicadas Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 2001 p 83 MASAMOTO N LARSON R GATES T FAIGENBAUM A Acute effects of plyometric exercise on maximum squat performance in male athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 17 n 1 p 68-71 2003 McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p 422 e 423

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 57

McBRIDE R et al The effect of heavy-vs light-load jump squats on the development of strength power and speed Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 75-82 2002 McDONAGH M J N DAVIES C T M Adaptive response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads European Journal of Applied Physiology v 52 p 139-155 1984 McLESTER JUNIOR J R BISHOP P GUILLIAMS M E Comparison of 1 day and 3 day per week of equal-volume resistance training in experienced subjects Journal of Strength and Conditioning Research v 14 n 3 p 273-281 2000 MOREIRA A SOUZA M R P Controle da dinacircmica do arremesso do basquetebolista durante a etapa concentrada de forccedila Revista Treinamento Desportivo v 5 n 1 p 74-78 2000 MORITANI T MURO M Motor unit activity and surface electromyogram power spectrum during increasing force of contraction European Journal of Applied Physiology v 56 n 3 p 260-265 1987 NEWTON R U KRAEMER W J Developing explosive muscular power Journal and Strength and Conditioning Research v 16 n 5 p 20-31 1994 NICOL C KOMI P V HORITA T KYROumlLAumlINEN H TAKALA T E S Reduced stretch-reflex sensitivity after exhausting stretch-shortening cycle European Journal of Applied Physiology v 72 n 5-6 p 401shy409 1996 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K RUSKO H Effects of explosive type strength training on physical performance characteristics in crossshycountry skiers European Journal of Applied Physiology v 62 n 4 p 251-255 1991 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K HAumlMAumlLAumlINEN T NUMMELA A RUSKO H Explosive strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power Journal of Applied Physiology v 86 n 5 p 1527-1533 1999 RASCH P J COLABORADORES Cinesiologia e anatomia aplicada 7 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 p 37 e 38 RHEA M R ALVAR B A BALL S D BURKETT L N Three sets of weight training superior to 1 set with equal intensity for eliciting strength Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 525shy529 2002

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 58

SALE D G Neural adaptation to resistance training Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 n 5 p 135-145 1988 SANTOS P SILVA P JARDIM N O remate de futebol caracterizaccedilatildeo biomecacircnica e consideraccedilatildeo para o treino de forccedila raacutepida Revista Digital de Educacioacuten Fiacutesica y Deportes v 10 n 72 1-9 2004 Encontrado (18052004) wwwefdeportescom SCHLUMBERGER A STEC J SCHMIDTBLEICHER D Single-vs multiple-set strength training in women Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 3 p 284-289 2001 SIGNORILE J E ZINK A J SZWED S P A comparative electromyographical investigation of muscle utilization patters using various hand positions during the lat pull-down Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 539-546 2002 SFORZO G A TOUEY P F Manipulating exercise order affects muscular performance during resistance exercise Journal of Strength and Conditioning Research v 10 n 1 p 20-24 1996 SILVA J A B GONCcedilALVES M Levantamento terra um estudo eletromiograacutefico Revista Mineira de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 8 n 1 p 70-81 2000 SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Fidedignidade inter e intra dias de um teste de potecircncia muscular Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 4 p 118-124 2001a SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Potecircncia muscular maacutexima na flexatildeo do cotovelo uni e bilateral Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 5 p 157-162 2001b SIMAtildeO R Fundamentos fisioloacutegicos para o treinamento de forccedila e potecircncia Satildeo Paulo Phorte 2003 p 21 (introduccedilatildeo) 72-188 TESCH P A THORSSON A FUJITSUKA N Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise Journal of Applied Physiology v 66 n 4 p 1756-1759 1989 TOUMI H THIERY C MAITRE S MARTIN A VANNEUVILLE G POUMARAT G Training effects of amortization phase with eccentric concentric variations International Journal of Sports Medicine v 22 n 8 p 605-610 2001 UGRINOWITSCH C BARBANTI V J O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 12 n 1 p 85-94 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 59

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60

Page 12: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

ANTONIO J GONYEA W J Skeletal muscle fiber hyperplasia Medicine and Science in Sports and Exercise v 25 n 12 p 1333shy1345 1993 BACURAU R F NAVARRO F UCHIDA M C ROSA L F B P C Hipertrofia-hiperplasia Satildeo Paulo Phorte 2001 p 60-68 116-118 BADILLO J J G AYESTARAacuteN E G Fundamentos do treinamento de forccedila 2 ed Porto Alegre Artmed 2001 p 58-91 124 e 125 130 169-172 186 e 188 BAKER D NANCE S MOORE M The load that maximizes the average mechanical power output during jump squats in power-trained athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 92-97 2001 BARBANTI V J Adaptaccedilotildees produzidas pelo treinamento fiacutesico In AMADIO A C BARBANTI V J (Orgs) Biodinacircmica do movimento humano e suas relaccedilotildees interdisciplinares Satildeo Paulo USP e Estaccedilatildeo Liberdade 2000 p 163-174 BOBBERT M F Drop jumping as a training method for jumping ability Sports Medicine v 9 n 1 p 7-22 1990 BOMPA T O Treinamento de potecircncia para o esporte Satildeo Paulo Phorte 2004 p 61 e 62 BOSCO C KOMI P V Influence of aging on the mechanical behavior of leg extensor muscles European Journal of Applied Physiology v 45 n 2-3 p 209-219 1980 BRANDENBURG J P DOCHERTY D The effects of accentuated eccentric loading on strength muscle hypertrophy and neural adaptations in trained individuals Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 25-32 2002 BRASIL R L O CONCEICcedilAtildeO F L COELHO C W REBELLO C V ARAUacuteJO C G S VAISMAN M Efeitos do treinamento fiacutesico contra resistecircncia Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo v 45 n 2 p 134-140 2001 CARVALHO J OLIVEIRA J MAGALHAtildeES J ASCENSAtildeO A MOTA J SOARES J M C Efeito de um programa de treino em idosos Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 17 n 1 p 74-84 2003 CLAASSEN H GERBER C HOPPELER H LUumlTHI J-M VOCK P Muscle filament spacing and short-term heavy-resistance exercise in humans Journal of Physiology v 409 p 491-495 1989

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 54

COLLIANDER E B TESCH P A Effects of eccentric and concentric muscle actions in resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 140 p 31-39 1990 COMETTI G Los meacutetodos modernos de musculacioacuten Barcelona Paidotribo 2001 p 29-58 62-71 153 COSTILL D L COYLE E F FINK W F LESMES G R WITZMANN F A Adaptations in skeletal muscle following strength training Journal of Applied Physiology respiratory environment and exercise physiology v 46 n 1 p 96-99 1979 CRATE T Analysis of the lat pulldown Strength and Conditioning Journal p 26-29 1997 DANTAS E H M A praacutetica da preparaccedilatildeo fiacutesica 3 ed Rio de Janeiro Shape 1995 p 210-213 DELECLUSE C COPPENOLLE H V WILLEMS E LEEMPUTTE M V DIELS R GORIS M Influence of high-resistance and highshyvelocity training on sprint performance Medicine and Science in Sports and Exercise v 27 n 8 p 1203-1209 1995 DeRENNE C HO K W MURPHY J C Effects of general special and specific resistance training on throwing velocity in baseball Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 148-156 2001 DIALLO O DORE E DUCHE P VANPRAAGH E Effects of plyometric training followed by a reduced training programme on physical performance in prepubescent soccer player Journal of Sports Medicine and Physical Fitness v 41 n 3 p 342-348 2001 DOAN B K et al Effects on increased loading on bench press 1RM Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 9-13 2002 EWING JUNIOR J L WOLFE D R ROGERS M A AMUNDSON M L STULL G A Effects of velocity of isokinetic training on strength power and quadriceps muscle fibre characteristics European Journal of Applied Physiology v 61 n 1-2 p 159-162 1990 FAIGENBAUM A D WESTCOTT W L LOUD R L R LONG C The effects of different resistance training Pediatrics v 104 n 1 p 1-7 1999 FIRMINO C A O Comparaccedilatildeo da forccedila do quadriacuteceps em indiviacuteduos em um trabalho mucular nos acircngulos de 90 e 120 graus Anuaacuterio das Faculdades Claretianas n 1 p 4-7 1992

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 55

FLECK S J KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artmed 1999 p 124-144 FONSECA S T SILVA P L OCARINO J M URSINE P G S Anaacutelise de um meacutetodo eletromiograacutefico para quantificaccedilatildeo de co-contraccedilatildeo muscular Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 n 3 p 23-30 2001 GABRIEL D A BASFORD J R AN K-N Neural adaptations to fatigue Medicine and Science in Sports and Exercisev 33 n 8 p 1354-1360 2001 GAUFFIN H EKSTRAND J TROPP H Improvement of vertical jump performance in soccer players after specific training Journal of Human Movement Studiesv 15 p 185-190 1988 GOLDBERG A L ETLINGER J D GOLDSPINK D F JABLECKI C Mechanism of work-induced hypertrophy of skeletal muscle Medicine and Science in Sport v 7 n 4 p 248-261 1975 GOLDSPINK D P Exercise-related changes in protein turnover in mammalian striated muscle Journal of Experimental Biology v 160 p 127-148 1991 HAumlKKINEN K Maximal force explosive strength and speed in female volleyball and basketball players Journal of Human Movement Studies v 16 p 291-303 1989 HAumlKKINEN K KOMI P V Alterations of mechanical charateristics of human skeletal muscle during strength training European Journal of Applied Physiology v 50 n 2 p 161-172 1983 HAumlKKINEN K ALEacuteN M KOMI P V Changes in isometric force-and relaxation-time Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 573shy585 1985 HAumlKKINEN K KOMI P V ALEacuteN M Effect of explosive type strength training Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 587-600 1985 HATHER B M TESCH P A BUCHANAN P DUDLEY G A Influence of eccentric actions on skeletal muscle adaptations to resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 143 p 177-185 1991 HORITA T KOMI P V NICOL C KYROumlLAumlINEN H Effect of exhausting stretch-shortening cycle exercise European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 160-167 1999

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 56

HORTOBAacuteGYI T LAMBERT N J HILL J P Greater cross education following training with muscle lengthening than shortening Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 107-112 1997 KADI F Adaptation of human skeletal muscle to training and anabolic steroids Acta Physiologica Scandinavica v 168 Supplementum 646 p 1-42 2000 KADI F EIKSSON A HOLMNER S BUTLER-BROWNE G S THORNELL L-E Cellular adaptation of the trapezius muscle in strength-trained athletes Histochemistry Cellule Biology v 111 p 189-195 1999 KETTUNEN J A KUJALA U M RAumlTY H SARNA S Jumping height in former elite athletes European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 197-201 1999 KOMI P V Strength and power in sport Oxford Blackwell 1992 p 211-265 384 KOMI P V HAumlKKINEN K Strength and power In DIRIX A KNUTTGEN H G TITEL K Olympic book of sports medicine Oxford Blackwell 1988 p 181-193 KRAEMER W J HAumlKKINEN K Treinamento de forccedila para o esporte Porto Alegre Armed 2004 p 15-47 79-142 LINNAMO V NEWTON R U HAumlKKINEN K KOMI P V DAVIE A McGUIGAN M TRIPLETT-McBRIDE T Neuromuscular responses to explosive and heavy resistance loading Journal of Electromyography and Kinesiology v 10 p 417-424 2000 MacDOUGALL J D Adaptability of muscle to strength training ndash cellular approach In SALTIN B (Edit) Biochemistry of exercise VI Champaign Human Kinetics 1986 p 501-511 MARQUES JUNIOR N K Voleibol biomecacircnica e musculaccedilatildeo aplicadas Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 2001 p 83 MASAMOTO N LARSON R GATES T FAIGENBAUM A Acute effects of plyometric exercise on maximum squat performance in male athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 17 n 1 p 68-71 2003 McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p 422 e 423

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 57

McBRIDE R et al The effect of heavy-vs light-load jump squats on the development of strength power and speed Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 75-82 2002 McDONAGH M J N DAVIES C T M Adaptive response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads European Journal of Applied Physiology v 52 p 139-155 1984 McLESTER JUNIOR J R BISHOP P GUILLIAMS M E Comparison of 1 day and 3 day per week of equal-volume resistance training in experienced subjects Journal of Strength and Conditioning Research v 14 n 3 p 273-281 2000 MOREIRA A SOUZA M R P Controle da dinacircmica do arremesso do basquetebolista durante a etapa concentrada de forccedila Revista Treinamento Desportivo v 5 n 1 p 74-78 2000 MORITANI T MURO M Motor unit activity and surface electromyogram power spectrum during increasing force of contraction European Journal of Applied Physiology v 56 n 3 p 260-265 1987 NEWTON R U KRAEMER W J Developing explosive muscular power Journal and Strength and Conditioning Research v 16 n 5 p 20-31 1994 NICOL C KOMI P V HORITA T KYROumlLAumlINEN H TAKALA T E S Reduced stretch-reflex sensitivity after exhausting stretch-shortening cycle European Journal of Applied Physiology v 72 n 5-6 p 401shy409 1996 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K RUSKO H Effects of explosive type strength training on physical performance characteristics in crossshycountry skiers European Journal of Applied Physiology v 62 n 4 p 251-255 1991 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K HAumlMAumlLAumlINEN T NUMMELA A RUSKO H Explosive strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power Journal of Applied Physiology v 86 n 5 p 1527-1533 1999 RASCH P J COLABORADORES Cinesiologia e anatomia aplicada 7 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 p 37 e 38 RHEA M R ALVAR B A BALL S D BURKETT L N Three sets of weight training superior to 1 set with equal intensity for eliciting strength Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 525shy529 2002

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 58

SALE D G Neural adaptation to resistance training Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 n 5 p 135-145 1988 SANTOS P SILVA P JARDIM N O remate de futebol caracterizaccedilatildeo biomecacircnica e consideraccedilatildeo para o treino de forccedila raacutepida Revista Digital de Educacioacuten Fiacutesica y Deportes v 10 n 72 1-9 2004 Encontrado (18052004) wwwefdeportescom SCHLUMBERGER A STEC J SCHMIDTBLEICHER D Single-vs multiple-set strength training in women Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 3 p 284-289 2001 SIGNORILE J E ZINK A J SZWED S P A comparative electromyographical investigation of muscle utilization patters using various hand positions during the lat pull-down Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 539-546 2002 SFORZO G A TOUEY P F Manipulating exercise order affects muscular performance during resistance exercise Journal of Strength and Conditioning Research v 10 n 1 p 20-24 1996 SILVA J A B GONCcedilALVES M Levantamento terra um estudo eletromiograacutefico Revista Mineira de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 8 n 1 p 70-81 2000 SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Fidedignidade inter e intra dias de um teste de potecircncia muscular Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 4 p 118-124 2001a SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Potecircncia muscular maacutexima na flexatildeo do cotovelo uni e bilateral Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 5 p 157-162 2001b SIMAtildeO R Fundamentos fisioloacutegicos para o treinamento de forccedila e potecircncia Satildeo Paulo Phorte 2003 p 21 (introduccedilatildeo) 72-188 TESCH P A THORSSON A FUJITSUKA N Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise Journal of Applied Physiology v 66 n 4 p 1756-1759 1989 TOUMI H THIERY C MAITRE S MARTIN A VANNEUVILLE G POUMARAT G Training effects of amortization phase with eccentric concentric variations International Journal of Sports Medicine v 22 n 8 p 605-610 2001 UGRINOWITSCH C BARBANTI V J O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 12 n 1 p 85-94 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 59

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60

Page 13: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

COLLIANDER E B TESCH P A Effects of eccentric and concentric muscle actions in resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 140 p 31-39 1990 COMETTI G Los meacutetodos modernos de musculacioacuten Barcelona Paidotribo 2001 p 29-58 62-71 153 COSTILL D L COYLE E F FINK W F LESMES G R WITZMANN F A Adaptations in skeletal muscle following strength training Journal of Applied Physiology respiratory environment and exercise physiology v 46 n 1 p 96-99 1979 CRATE T Analysis of the lat pulldown Strength and Conditioning Journal p 26-29 1997 DANTAS E H M A praacutetica da preparaccedilatildeo fiacutesica 3 ed Rio de Janeiro Shape 1995 p 210-213 DELECLUSE C COPPENOLLE H V WILLEMS E LEEMPUTTE M V DIELS R GORIS M Influence of high-resistance and highshyvelocity training on sprint performance Medicine and Science in Sports and Exercise v 27 n 8 p 1203-1209 1995 DeRENNE C HO K W MURPHY J C Effects of general special and specific resistance training on throwing velocity in baseball Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 1 p 148-156 2001 DIALLO O DORE E DUCHE P VANPRAAGH E Effects of plyometric training followed by a reduced training programme on physical performance in prepubescent soccer player Journal of Sports Medicine and Physical Fitness v 41 n 3 p 342-348 2001 DOAN B K et al Effects on increased loading on bench press 1RM Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 9-13 2002 EWING JUNIOR J L WOLFE D R ROGERS M A AMUNDSON M L STULL G A Effects of velocity of isokinetic training on strength power and quadriceps muscle fibre characteristics European Journal of Applied Physiology v 61 n 1-2 p 159-162 1990 FAIGENBAUM A D WESTCOTT W L LOUD R L R LONG C The effects of different resistance training Pediatrics v 104 n 1 p 1-7 1999 FIRMINO C A O Comparaccedilatildeo da forccedila do quadriacuteceps em indiviacuteduos em um trabalho mucular nos acircngulos de 90 e 120 graus Anuaacuterio das Faculdades Claretianas n 1 p 4-7 1992

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 55

FLECK S J KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artmed 1999 p 124-144 FONSECA S T SILVA P L OCARINO J M URSINE P G S Anaacutelise de um meacutetodo eletromiograacutefico para quantificaccedilatildeo de co-contraccedilatildeo muscular Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 n 3 p 23-30 2001 GABRIEL D A BASFORD J R AN K-N Neural adaptations to fatigue Medicine and Science in Sports and Exercisev 33 n 8 p 1354-1360 2001 GAUFFIN H EKSTRAND J TROPP H Improvement of vertical jump performance in soccer players after specific training Journal of Human Movement Studiesv 15 p 185-190 1988 GOLDBERG A L ETLINGER J D GOLDSPINK D F JABLECKI C Mechanism of work-induced hypertrophy of skeletal muscle Medicine and Science in Sport v 7 n 4 p 248-261 1975 GOLDSPINK D P Exercise-related changes in protein turnover in mammalian striated muscle Journal of Experimental Biology v 160 p 127-148 1991 HAumlKKINEN K Maximal force explosive strength and speed in female volleyball and basketball players Journal of Human Movement Studies v 16 p 291-303 1989 HAumlKKINEN K KOMI P V Alterations of mechanical charateristics of human skeletal muscle during strength training European Journal of Applied Physiology v 50 n 2 p 161-172 1983 HAumlKKINEN K ALEacuteN M KOMI P V Changes in isometric force-and relaxation-time Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 573shy585 1985 HAumlKKINEN K KOMI P V ALEacuteN M Effect of explosive type strength training Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 587-600 1985 HATHER B M TESCH P A BUCHANAN P DUDLEY G A Influence of eccentric actions on skeletal muscle adaptations to resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 143 p 177-185 1991 HORITA T KOMI P V NICOL C KYROumlLAumlINEN H Effect of exhausting stretch-shortening cycle exercise European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 160-167 1999

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 56

HORTOBAacuteGYI T LAMBERT N J HILL J P Greater cross education following training with muscle lengthening than shortening Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 107-112 1997 KADI F Adaptation of human skeletal muscle to training and anabolic steroids Acta Physiologica Scandinavica v 168 Supplementum 646 p 1-42 2000 KADI F EIKSSON A HOLMNER S BUTLER-BROWNE G S THORNELL L-E Cellular adaptation of the trapezius muscle in strength-trained athletes Histochemistry Cellule Biology v 111 p 189-195 1999 KETTUNEN J A KUJALA U M RAumlTY H SARNA S Jumping height in former elite athletes European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 197-201 1999 KOMI P V Strength and power in sport Oxford Blackwell 1992 p 211-265 384 KOMI P V HAumlKKINEN K Strength and power In DIRIX A KNUTTGEN H G TITEL K Olympic book of sports medicine Oxford Blackwell 1988 p 181-193 KRAEMER W J HAumlKKINEN K Treinamento de forccedila para o esporte Porto Alegre Armed 2004 p 15-47 79-142 LINNAMO V NEWTON R U HAumlKKINEN K KOMI P V DAVIE A McGUIGAN M TRIPLETT-McBRIDE T Neuromuscular responses to explosive and heavy resistance loading Journal of Electromyography and Kinesiology v 10 p 417-424 2000 MacDOUGALL J D Adaptability of muscle to strength training ndash cellular approach In SALTIN B (Edit) Biochemistry of exercise VI Champaign Human Kinetics 1986 p 501-511 MARQUES JUNIOR N K Voleibol biomecacircnica e musculaccedilatildeo aplicadas Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 2001 p 83 MASAMOTO N LARSON R GATES T FAIGENBAUM A Acute effects of plyometric exercise on maximum squat performance in male athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 17 n 1 p 68-71 2003 McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p 422 e 423

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 57

McBRIDE R et al The effect of heavy-vs light-load jump squats on the development of strength power and speed Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 75-82 2002 McDONAGH M J N DAVIES C T M Adaptive response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads European Journal of Applied Physiology v 52 p 139-155 1984 McLESTER JUNIOR J R BISHOP P GUILLIAMS M E Comparison of 1 day and 3 day per week of equal-volume resistance training in experienced subjects Journal of Strength and Conditioning Research v 14 n 3 p 273-281 2000 MOREIRA A SOUZA M R P Controle da dinacircmica do arremesso do basquetebolista durante a etapa concentrada de forccedila Revista Treinamento Desportivo v 5 n 1 p 74-78 2000 MORITANI T MURO M Motor unit activity and surface electromyogram power spectrum during increasing force of contraction European Journal of Applied Physiology v 56 n 3 p 260-265 1987 NEWTON R U KRAEMER W J Developing explosive muscular power Journal and Strength and Conditioning Research v 16 n 5 p 20-31 1994 NICOL C KOMI P V HORITA T KYROumlLAumlINEN H TAKALA T E S Reduced stretch-reflex sensitivity after exhausting stretch-shortening cycle European Journal of Applied Physiology v 72 n 5-6 p 401shy409 1996 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K RUSKO H Effects of explosive type strength training on physical performance characteristics in crossshycountry skiers European Journal of Applied Physiology v 62 n 4 p 251-255 1991 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K HAumlMAumlLAumlINEN T NUMMELA A RUSKO H Explosive strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power Journal of Applied Physiology v 86 n 5 p 1527-1533 1999 RASCH P J COLABORADORES Cinesiologia e anatomia aplicada 7 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 p 37 e 38 RHEA M R ALVAR B A BALL S D BURKETT L N Three sets of weight training superior to 1 set with equal intensity for eliciting strength Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 525shy529 2002

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 58

SALE D G Neural adaptation to resistance training Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 n 5 p 135-145 1988 SANTOS P SILVA P JARDIM N O remate de futebol caracterizaccedilatildeo biomecacircnica e consideraccedilatildeo para o treino de forccedila raacutepida Revista Digital de Educacioacuten Fiacutesica y Deportes v 10 n 72 1-9 2004 Encontrado (18052004) wwwefdeportescom SCHLUMBERGER A STEC J SCHMIDTBLEICHER D Single-vs multiple-set strength training in women Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 3 p 284-289 2001 SIGNORILE J E ZINK A J SZWED S P A comparative electromyographical investigation of muscle utilization patters using various hand positions during the lat pull-down Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 539-546 2002 SFORZO G A TOUEY P F Manipulating exercise order affects muscular performance during resistance exercise Journal of Strength and Conditioning Research v 10 n 1 p 20-24 1996 SILVA J A B GONCcedilALVES M Levantamento terra um estudo eletromiograacutefico Revista Mineira de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 8 n 1 p 70-81 2000 SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Fidedignidade inter e intra dias de um teste de potecircncia muscular Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 4 p 118-124 2001a SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Potecircncia muscular maacutexima na flexatildeo do cotovelo uni e bilateral Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 5 p 157-162 2001b SIMAtildeO R Fundamentos fisioloacutegicos para o treinamento de forccedila e potecircncia Satildeo Paulo Phorte 2003 p 21 (introduccedilatildeo) 72-188 TESCH P A THORSSON A FUJITSUKA N Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise Journal of Applied Physiology v 66 n 4 p 1756-1759 1989 TOUMI H THIERY C MAITRE S MARTIN A VANNEUVILLE G POUMARAT G Training effects of amortization phase with eccentric concentric variations International Journal of Sports Medicine v 22 n 8 p 605-610 2001 UGRINOWITSCH C BARBANTI V J O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 12 n 1 p 85-94 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 59

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60

Page 14: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

FLECK S J KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular 2 ed Porto Alegre Artmed 1999 p 124-144 FONSECA S T SILVA P L OCARINO J M URSINE P G S Anaacutelise de um meacutetodo eletromiograacutefico para quantificaccedilatildeo de co-contraccedilatildeo muscular Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 n 3 p 23-30 2001 GABRIEL D A BASFORD J R AN K-N Neural adaptations to fatigue Medicine and Science in Sports and Exercisev 33 n 8 p 1354-1360 2001 GAUFFIN H EKSTRAND J TROPP H Improvement of vertical jump performance in soccer players after specific training Journal of Human Movement Studiesv 15 p 185-190 1988 GOLDBERG A L ETLINGER J D GOLDSPINK D F JABLECKI C Mechanism of work-induced hypertrophy of skeletal muscle Medicine and Science in Sport v 7 n 4 p 248-261 1975 GOLDSPINK D P Exercise-related changes in protein turnover in mammalian striated muscle Journal of Experimental Biology v 160 p 127-148 1991 HAumlKKINEN K Maximal force explosive strength and speed in female volleyball and basketball players Journal of Human Movement Studies v 16 p 291-303 1989 HAumlKKINEN K KOMI P V Alterations of mechanical charateristics of human skeletal muscle during strength training European Journal of Applied Physiology v 50 n 2 p 161-172 1983 HAumlKKINEN K ALEacuteN M KOMI P V Changes in isometric force-and relaxation-time Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 573shy585 1985 HAumlKKINEN K KOMI P V ALEacuteN M Effect of explosive type strength training Acta Physiologica Scandinavica v 125 n 4 p 587-600 1985 HATHER B M TESCH P A BUCHANAN P DUDLEY G A Influence of eccentric actions on skeletal muscle adaptations to resistance training Acta Physiologica Scandinavica v 143 p 177-185 1991 HORITA T KOMI P V NICOL C KYROumlLAumlINEN H Effect of exhausting stretch-shortening cycle exercise European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 160-167 1999

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 56

HORTOBAacuteGYI T LAMBERT N J HILL J P Greater cross education following training with muscle lengthening than shortening Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 107-112 1997 KADI F Adaptation of human skeletal muscle to training and anabolic steroids Acta Physiologica Scandinavica v 168 Supplementum 646 p 1-42 2000 KADI F EIKSSON A HOLMNER S BUTLER-BROWNE G S THORNELL L-E Cellular adaptation of the trapezius muscle in strength-trained athletes Histochemistry Cellule Biology v 111 p 189-195 1999 KETTUNEN J A KUJALA U M RAumlTY H SARNA S Jumping height in former elite athletes European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 197-201 1999 KOMI P V Strength and power in sport Oxford Blackwell 1992 p 211-265 384 KOMI P V HAumlKKINEN K Strength and power In DIRIX A KNUTTGEN H G TITEL K Olympic book of sports medicine Oxford Blackwell 1988 p 181-193 KRAEMER W J HAumlKKINEN K Treinamento de forccedila para o esporte Porto Alegre Armed 2004 p 15-47 79-142 LINNAMO V NEWTON R U HAumlKKINEN K KOMI P V DAVIE A McGUIGAN M TRIPLETT-McBRIDE T Neuromuscular responses to explosive and heavy resistance loading Journal of Electromyography and Kinesiology v 10 p 417-424 2000 MacDOUGALL J D Adaptability of muscle to strength training ndash cellular approach In SALTIN B (Edit) Biochemistry of exercise VI Champaign Human Kinetics 1986 p 501-511 MARQUES JUNIOR N K Voleibol biomecacircnica e musculaccedilatildeo aplicadas Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 2001 p 83 MASAMOTO N LARSON R GATES T FAIGENBAUM A Acute effects of plyometric exercise on maximum squat performance in male athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 17 n 1 p 68-71 2003 McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p 422 e 423

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 57

McBRIDE R et al The effect of heavy-vs light-load jump squats on the development of strength power and speed Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 75-82 2002 McDONAGH M J N DAVIES C T M Adaptive response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads European Journal of Applied Physiology v 52 p 139-155 1984 McLESTER JUNIOR J R BISHOP P GUILLIAMS M E Comparison of 1 day and 3 day per week of equal-volume resistance training in experienced subjects Journal of Strength and Conditioning Research v 14 n 3 p 273-281 2000 MOREIRA A SOUZA M R P Controle da dinacircmica do arremesso do basquetebolista durante a etapa concentrada de forccedila Revista Treinamento Desportivo v 5 n 1 p 74-78 2000 MORITANI T MURO M Motor unit activity and surface electromyogram power spectrum during increasing force of contraction European Journal of Applied Physiology v 56 n 3 p 260-265 1987 NEWTON R U KRAEMER W J Developing explosive muscular power Journal and Strength and Conditioning Research v 16 n 5 p 20-31 1994 NICOL C KOMI P V HORITA T KYROumlLAumlINEN H TAKALA T E S Reduced stretch-reflex sensitivity after exhausting stretch-shortening cycle European Journal of Applied Physiology v 72 n 5-6 p 401shy409 1996 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K RUSKO H Effects of explosive type strength training on physical performance characteristics in crossshycountry skiers European Journal of Applied Physiology v 62 n 4 p 251-255 1991 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K HAumlMAumlLAumlINEN T NUMMELA A RUSKO H Explosive strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power Journal of Applied Physiology v 86 n 5 p 1527-1533 1999 RASCH P J COLABORADORES Cinesiologia e anatomia aplicada 7 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 p 37 e 38 RHEA M R ALVAR B A BALL S D BURKETT L N Three sets of weight training superior to 1 set with equal intensity for eliciting strength Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 525shy529 2002

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 58

SALE D G Neural adaptation to resistance training Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 n 5 p 135-145 1988 SANTOS P SILVA P JARDIM N O remate de futebol caracterizaccedilatildeo biomecacircnica e consideraccedilatildeo para o treino de forccedila raacutepida Revista Digital de Educacioacuten Fiacutesica y Deportes v 10 n 72 1-9 2004 Encontrado (18052004) wwwefdeportescom SCHLUMBERGER A STEC J SCHMIDTBLEICHER D Single-vs multiple-set strength training in women Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 3 p 284-289 2001 SIGNORILE J E ZINK A J SZWED S P A comparative electromyographical investigation of muscle utilization patters using various hand positions during the lat pull-down Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 539-546 2002 SFORZO G A TOUEY P F Manipulating exercise order affects muscular performance during resistance exercise Journal of Strength and Conditioning Research v 10 n 1 p 20-24 1996 SILVA J A B GONCcedilALVES M Levantamento terra um estudo eletromiograacutefico Revista Mineira de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 8 n 1 p 70-81 2000 SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Fidedignidade inter e intra dias de um teste de potecircncia muscular Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 4 p 118-124 2001a SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Potecircncia muscular maacutexima na flexatildeo do cotovelo uni e bilateral Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 5 p 157-162 2001b SIMAtildeO R Fundamentos fisioloacutegicos para o treinamento de forccedila e potecircncia Satildeo Paulo Phorte 2003 p 21 (introduccedilatildeo) 72-188 TESCH P A THORSSON A FUJITSUKA N Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise Journal of Applied Physiology v 66 n 4 p 1756-1759 1989 TOUMI H THIERY C MAITRE S MARTIN A VANNEUVILLE G POUMARAT G Training effects of amortization phase with eccentric concentric variations International Journal of Sports Medicine v 22 n 8 p 605-610 2001 UGRINOWITSCH C BARBANTI V J O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 12 n 1 p 85-94 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 59

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60

Page 15: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

HORTOBAacuteGYI T LAMBERT N J HILL J P Greater cross education following training with muscle lengthening than shortening Medicine and Science in Sports and Exercise v 29 n 1 p 107-112 1997 KADI F Adaptation of human skeletal muscle to training and anabolic steroids Acta Physiologica Scandinavica v 168 Supplementum 646 p 1-42 2000 KADI F EIKSSON A HOLMNER S BUTLER-BROWNE G S THORNELL L-E Cellular adaptation of the trapezius muscle in strength-trained athletes Histochemistry Cellule Biology v 111 p 189-195 1999 KETTUNEN J A KUJALA U M RAumlTY H SARNA S Jumping height in former elite athletes European Journal of Applied Physiology v 79 n 2 p 197-201 1999 KOMI P V Strength and power in sport Oxford Blackwell 1992 p 211-265 384 KOMI P V HAumlKKINEN K Strength and power In DIRIX A KNUTTGEN H G TITEL K Olympic book of sports medicine Oxford Blackwell 1988 p 181-193 KRAEMER W J HAumlKKINEN K Treinamento de forccedila para o esporte Porto Alegre Armed 2004 p 15-47 79-142 LINNAMO V NEWTON R U HAumlKKINEN K KOMI P V DAVIE A McGUIGAN M TRIPLETT-McBRIDE T Neuromuscular responses to explosive and heavy resistance loading Journal of Electromyography and Kinesiology v 10 p 417-424 2000 MacDOUGALL J D Adaptability of muscle to strength training ndash cellular approach In SALTIN B (Edit) Biochemistry of exercise VI Champaign Human Kinetics 1986 p 501-511 MARQUES JUNIOR N K Voleibol biomecacircnica e musculaccedilatildeo aplicadas Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 2001 p 83 MASAMOTO N LARSON R GATES T FAIGENBAUM A Acute effects of plyometric exercise on maximum squat performance in male athletes Journal of Strength and Conditioning Research v 17 n 1 p 68-71 2003 McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p 422 e 423

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 57

McBRIDE R et al The effect of heavy-vs light-load jump squats on the development of strength power and speed Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 75-82 2002 McDONAGH M J N DAVIES C T M Adaptive response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads European Journal of Applied Physiology v 52 p 139-155 1984 McLESTER JUNIOR J R BISHOP P GUILLIAMS M E Comparison of 1 day and 3 day per week of equal-volume resistance training in experienced subjects Journal of Strength and Conditioning Research v 14 n 3 p 273-281 2000 MOREIRA A SOUZA M R P Controle da dinacircmica do arremesso do basquetebolista durante a etapa concentrada de forccedila Revista Treinamento Desportivo v 5 n 1 p 74-78 2000 MORITANI T MURO M Motor unit activity and surface electromyogram power spectrum during increasing force of contraction European Journal of Applied Physiology v 56 n 3 p 260-265 1987 NEWTON R U KRAEMER W J Developing explosive muscular power Journal and Strength and Conditioning Research v 16 n 5 p 20-31 1994 NICOL C KOMI P V HORITA T KYROumlLAumlINEN H TAKALA T E S Reduced stretch-reflex sensitivity after exhausting stretch-shortening cycle European Journal of Applied Physiology v 72 n 5-6 p 401shy409 1996 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K RUSKO H Effects of explosive type strength training on physical performance characteristics in crossshycountry skiers European Journal of Applied Physiology v 62 n 4 p 251-255 1991 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K HAumlMAumlLAumlINEN T NUMMELA A RUSKO H Explosive strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power Journal of Applied Physiology v 86 n 5 p 1527-1533 1999 RASCH P J COLABORADORES Cinesiologia e anatomia aplicada 7 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 p 37 e 38 RHEA M R ALVAR B A BALL S D BURKETT L N Three sets of weight training superior to 1 set with equal intensity for eliciting strength Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 525shy529 2002

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 58

SALE D G Neural adaptation to resistance training Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 n 5 p 135-145 1988 SANTOS P SILVA P JARDIM N O remate de futebol caracterizaccedilatildeo biomecacircnica e consideraccedilatildeo para o treino de forccedila raacutepida Revista Digital de Educacioacuten Fiacutesica y Deportes v 10 n 72 1-9 2004 Encontrado (18052004) wwwefdeportescom SCHLUMBERGER A STEC J SCHMIDTBLEICHER D Single-vs multiple-set strength training in women Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 3 p 284-289 2001 SIGNORILE J E ZINK A J SZWED S P A comparative electromyographical investigation of muscle utilization patters using various hand positions during the lat pull-down Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 539-546 2002 SFORZO G A TOUEY P F Manipulating exercise order affects muscular performance during resistance exercise Journal of Strength and Conditioning Research v 10 n 1 p 20-24 1996 SILVA J A B GONCcedilALVES M Levantamento terra um estudo eletromiograacutefico Revista Mineira de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 8 n 1 p 70-81 2000 SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Fidedignidade inter e intra dias de um teste de potecircncia muscular Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 4 p 118-124 2001a SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Potecircncia muscular maacutexima na flexatildeo do cotovelo uni e bilateral Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 5 p 157-162 2001b SIMAtildeO R Fundamentos fisioloacutegicos para o treinamento de forccedila e potecircncia Satildeo Paulo Phorte 2003 p 21 (introduccedilatildeo) 72-188 TESCH P A THORSSON A FUJITSUKA N Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise Journal of Applied Physiology v 66 n 4 p 1756-1759 1989 TOUMI H THIERY C MAITRE S MARTIN A VANNEUVILLE G POUMARAT G Training effects of amortization phase with eccentric concentric variations International Journal of Sports Medicine v 22 n 8 p 605-610 2001 UGRINOWITSCH C BARBANTI V J O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 12 n 1 p 85-94 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 59

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60

Page 16: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

McBRIDE R et al The effect of heavy-vs light-load jump squats on the development of strength power and speed Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 1 p 75-82 2002 McDONAGH M J N DAVIES C T M Adaptive response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads European Journal of Applied Physiology v 52 p 139-155 1984 McLESTER JUNIOR J R BISHOP P GUILLIAMS M E Comparison of 1 day and 3 day per week of equal-volume resistance training in experienced subjects Journal of Strength and Conditioning Research v 14 n 3 p 273-281 2000 MOREIRA A SOUZA M R P Controle da dinacircmica do arremesso do basquetebolista durante a etapa concentrada de forccedila Revista Treinamento Desportivo v 5 n 1 p 74-78 2000 MORITANI T MURO M Motor unit activity and surface electromyogram power spectrum during increasing force of contraction European Journal of Applied Physiology v 56 n 3 p 260-265 1987 NEWTON R U KRAEMER W J Developing explosive muscular power Journal and Strength and Conditioning Research v 16 n 5 p 20-31 1994 NICOL C KOMI P V HORITA T KYROumlLAumlINEN H TAKALA T E S Reduced stretch-reflex sensitivity after exhausting stretch-shortening cycle European Journal of Applied Physiology v 72 n 5-6 p 401shy409 1996 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K RUSKO H Effects of explosive type strength training on physical performance characteristics in crossshycountry skiers European Journal of Applied Physiology v 62 n 4 p 251-255 1991 PAAVOLAINEN L HAumlKKINEN K HAumlMAumlLAumlINEN T NUMMELA A RUSKO H Explosive strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power Journal of Applied Physiology v 86 n 5 p 1527-1533 1999 RASCH P J COLABORADORES Cinesiologia e anatomia aplicada 7 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 p 37 e 38 RHEA M R ALVAR B A BALL S D BURKETT L N Three sets of weight training superior to 1 set with equal intensity for eliciting strength Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 525shy529 2002

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 58

SALE D G Neural adaptation to resistance training Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 n 5 p 135-145 1988 SANTOS P SILVA P JARDIM N O remate de futebol caracterizaccedilatildeo biomecacircnica e consideraccedilatildeo para o treino de forccedila raacutepida Revista Digital de Educacioacuten Fiacutesica y Deportes v 10 n 72 1-9 2004 Encontrado (18052004) wwwefdeportescom SCHLUMBERGER A STEC J SCHMIDTBLEICHER D Single-vs multiple-set strength training in women Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 3 p 284-289 2001 SIGNORILE J E ZINK A J SZWED S P A comparative electromyographical investigation of muscle utilization patters using various hand positions during the lat pull-down Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 539-546 2002 SFORZO G A TOUEY P F Manipulating exercise order affects muscular performance during resistance exercise Journal of Strength and Conditioning Research v 10 n 1 p 20-24 1996 SILVA J A B GONCcedilALVES M Levantamento terra um estudo eletromiograacutefico Revista Mineira de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 8 n 1 p 70-81 2000 SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Fidedignidade inter e intra dias de um teste de potecircncia muscular Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 4 p 118-124 2001a SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Potecircncia muscular maacutexima na flexatildeo do cotovelo uni e bilateral Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 5 p 157-162 2001b SIMAtildeO R Fundamentos fisioloacutegicos para o treinamento de forccedila e potecircncia Satildeo Paulo Phorte 2003 p 21 (introduccedilatildeo) 72-188 TESCH P A THORSSON A FUJITSUKA N Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise Journal of Applied Physiology v 66 n 4 p 1756-1759 1989 TOUMI H THIERY C MAITRE S MARTIN A VANNEUVILLE G POUMARAT G Training effects of amortization phase with eccentric concentric variations International Journal of Sports Medicine v 22 n 8 p 605-610 2001 UGRINOWITSCH C BARBANTI V J O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 12 n 1 p 85-94 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 59

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60

Page 17: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

SALE D G Neural adaptation to resistance training Medicine and Science in Sports and Exercise v 20 n 5 p 135-145 1988 SANTOS P SILVA P JARDIM N O remate de futebol caracterizaccedilatildeo biomecacircnica e consideraccedilatildeo para o treino de forccedila raacutepida Revista Digital de Educacioacuten Fiacutesica y Deportes v 10 n 72 1-9 2004 Encontrado (18052004) wwwefdeportescom SCHLUMBERGER A STEC J SCHMIDTBLEICHER D Single-vs multiple-set strength training in women Journal of Strength and Conditioning Research v 15 n 3 p 284-289 2001 SIGNORILE J E ZINK A J SZWED S P A comparative electromyographical investigation of muscle utilization patters using various hand positions during the lat pull-down Journal of Strength and Conditioning Research v 16 n 4 p 539-546 2002 SFORZO G A TOUEY P F Manipulating exercise order affects muscular performance during resistance exercise Journal of Strength and Conditioning Research v 10 n 1 p 20-24 1996 SILVA J A B GONCcedilALVES M Levantamento terra um estudo eletromiograacutefico Revista Mineira de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 8 n 1 p 70-81 2000 SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Fidedignidade inter e intra dias de um teste de potecircncia muscular Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 4 p 118-124 2001a SIMAtildeO R MONTEIRO W ARAUacuteJO C G S Potecircncia muscular maacutexima na flexatildeo do cotovelo uni e bilateral Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 n 5 p 157-162 2001b SIMAtildeO R Fundamentos fisioloacutegicos para o treinamento de forccedila e potecircncia Satildeo Paulo Phorte 2003 p 21 (introduccedilatildeo) 72-188 TESCH P A THORSSON A FUJITSUKA N Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise Journal of Applied Physiology v 66 n 4 p 1756-1759 1989 TOUMI H THIERY C MAITRE S MARTIN A VANNEUVILLE G POUMARAT G Training effects of amortization phase with eccentric concentric variations International Journal of Sports Medicine v 22 n 8 p 605-610 2001 UGRINOWITSCH C BARBANTI V J O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v 12 n 1 p 85-94 1998

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 59

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60

Page 18: BoletimEF.org Adaptacoes Fisiologicas Do Treino de Forca Em Atletas

UNEMURA Y ISHIKOT T TSUJIMOTO H MIURA H MOKUSHI N SUZUKI H Effects of jump training on bone hypertrophy International Journal of Sports Medicine v 16 n 6 p 364-367 1995 UNEMURA Y SOGO N HONDA A Effects of intervals bet weren jump or bouts on osteogenic response to loading Journal of Applied Physiology v 93 n 4 p 1345-1348 2002 VANDERVOOT A A SALE D G MOROZ J R Strength-velocity realationship and fatiguability of unilateral versus bilateral arm extension European Journal of Applied Physiology v 56 n 2 p 201-205 1987 VERKHOSHANSKI Y V Depth jumping in the training of jumpers Track Techiques n 51 p 1618-1619 1973 VERKHOSHANSKI Y V Preparaccedilatildeo de forccedila especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 7 e 8 VERKHOSHANSKI Y V Forccedila treinamento da potecircncia muscular Londrina CID 1996 p 42-56 VERKHOSHANSKI Y V GOMES A C Treinamento de forccedila Lins Satildeo Paulo Faculdades Salesianas de Lins Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2000 VIITASALO J T SALO A LAHTINEN J Neuromuscular functioning of athletes and non-athletes in the drop jump European Journal of Applied Physiology v 78 n 5 p 432-440 1998 VICENT K R et al Resistance exercise and physical performance in adults aged 60 to 83 JAGS v 50 p 1100-1107 2002 WILMORE J H COSTILL D L Fisiologia do esporte e do exerciacutecio 2a ed Satildeo Paulo Manole 2001 p 88-93 YOUNG W B WILSON G J BYRNE C A comparison of drop jump training methods International Journal of Sports Medicine v 20 n 5 p 295-303 1999 ZATSIORSKY V M Ciecircncia e praacutetica do treinamento de forccedila Satildeo Paulo Phorte 1999 p 133-137

Endereccedilo para correspondecircncia Rua 34 ndash Quadra 75 ndash Lote 20 ndash Casa 2 Itaipu ndash Niteroacutei ndash RJ - CEP 24342-270 Tel 0xx (21) 2609-7904 E-mail nk-junioruolcombr

R Min Educ Fiacutes Viccedilosa v 13 n 2 p 43-60 2005 60