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B 111 ESCRIPTORIO EUA DO OUVIDOR *mnmtç*KÍ da A«si«nATiima\ ÇOBTE afanno 12Í000 Semestre WOOO Triineitre 8»W00 NUMERO AVULSO 40 RS. A reda>:ças nio ae «brlcta a reatltnfr a«s/atntat{rapbna que lhe foreats enviada»; TYPOQRAPHIA 118 BUA DO OUVIDO! 111 Tiragem 22,000 TELEGBAMMAS Serviço especial do DIÁRIO DE NOTICIAS TAVBATK, 14. A escravidão quasi extineta nos mu- nicipios do Taubaté o Redcmpção« graças, á attitude do consclhoho Rio- reira de Barros, & iniciativa particular c il generosidade da população. Pròpa- rnm-so festas religiosas por cato gran- dioso facto. «mito -FRUTO, 11. li' falsa a noticia dos tclegrammas so- bre desfalque algum no cofre da câmara. Não se. verificou tal desfalque nem ai- cance do procurador da câmara. O que causou indiguação foi a infãni.o o mentirosa noticia dos tclegrammas passados com o intuito do injuriar vorea- dores e procurador, que vão requerer inquérito, para processar o autor dos telcgrauimas. (Liberal Mineiro). moxxúkwtxau ^^^!^^!!!i^g!^8^^^^^''--^--^^*-?-*-'*S-;*''*-*****iigg=^^Sgs==B!^¦ li í " ,=S2==S==========S= RIO DB JANEIRO—Quarta-feira 15 de Fevereiro de 1888 PROVÍNCIAS Anno *•••••••••ii 16(1000 Somostre.., Numero avulio NUMERO AVULSO 40 RS. BÍOOO Aa asslKnatnras começam em «¦•Ia)«er dla.teranlnandaaempreem BaaaU aemeatr** ; A-. WL : Jití 59 Anno IV—Num. -980 PARABÉNS Fazem annos hoje as Exmas. Sras.: D. Carlota Pelicia de Jesus. D. Anny Elizabeth Cunditt. D. Alico Arnaud. D. Ottilia do Almeida Borgertli. E os Illms. Srs. : Major Francisco Carlos Naylor. Augusto Duquo-Estradu Mover. Capitão dc mar e guerra Cypriano do Azevedo Thompson. Etigcn Mcgor. Domingos Tlieodoro Vieira. Annibul Renato Ccsar Burlamaqui. •x- : Faz annos hojo o interessante Mario, filho do nosso amigo o Sr. barão do Ipialws. HOSPEDES E VIAJANTES Acham-se n'esta corte os Srs.: Barão do Tinguá, importante fazen- deiro na provineia do Rio e capitalista nostn praça./ Capitão Dclphina Pinto Duarte, fa- zendeiro no Igitassú. Capitão Antonio Pinto Duarte, fazen- deiro na Serra do Commercio. Garnisarla.- -Sete de Setembro 76 D, Serviço da AGENCIA H1VAS SERVIÇO DIRECTO PAUIS, 14. O senador Faye, ministro da instruo- çào publica, acaba de pedir demissão. BEBUH, «4. O Reischtag reaovou, por ter sido adoptado em segunda leitura, a lei eontra os socialistas. «AN Ba-j-HO, «4. A moléstia do príncipe herdeiro da Allcmanha segue um curso normal cujo caracter é assás satisfactorio. . GÊNOVA, 1». Sahio hoje d'este porto com destino ao do Rio de Janeiro o vapor francez Liban, levando a seu bordo 600 immi- grantes contratados polo governo im- perial. UENOVA, 1*.' Chegou hoje a este porto o paquete italiano Adria, procedente do Rio de Janeiro c escalas.' «•aTsTSmisS i, B Li ¦ »¦ æg BRINDES 0 «Diário de Noticias» fez cunhar medalhas de prata especiaes comme morativas do carnaval de 1888, cada nma das quaes será entregue ao re- Sresentante do mais interessante carro e idéas de cada uma das sociedades carnavalescas que passaram pela rua do Ouvidor. São tantas as medalhas quantas às sociedades, e como é fallivel o Íuizo Individual d'esto ou d'aquelle, osolvémos abrir uma votação para a concessão dos prêmios, votação que começará hoje. Os votos serão romettidos em carta fechada, assignados, tendo os rótulos o dístico da sociedade, cujo carro de idéas se quer distinguir. 0 carro de idéas que mais votos obtiver, em cada sociedade, receberá o prêmio desti- nado á sociedade alludida. Sendo cinco as sociedades que sa- hiram, ha cinco medalhas commomo- rativas. A'3 sociedades quo não sahiram, as medalhas serão entregues como lcm- branca commamorativa, sem designa- ção de grupo. Pareceu oste ao DIÁRIO um meio de significar ás sociedades a eonside- ração quo lhes tributa e um incentivo de emulação aos sócios de cada uma de per si. As medalhas estão expostas hoje em nosso escriptorio. Faz hoje annos a innocente Joaquina, filha do Illm. Sr. Bento Joaquim da Costa Pereira Braga, conceituado nei goeiante d'esta praça.: CLUB DO ENGENHO VELHO NEW-YORK LIFE INSURANCE O jovcn delegado Joaquim I. de Araujo Cunha, ultimamente assassinado na Penha do Rio do Peixe, estava se- guro ua companhia New-York em #2000, tcn.do entrado em Julho dc 1886 e tendo pago mais ou menos 3005 até a morte. Foi expedido um telegramma do cs- eriptorio central dVata corte, pelo go- rente Sr. Kinsman Benjamim, dando as instrucções necessárias para a prepa- ração dos documentos de prova de morte, afim de pagar o sinistro sem demora. SOCIEDADE PORTUGUEZA DE BENEFICÊNCIA üftercceram seus serviços como me- dicos e foram nomeados adjuntos dos hoBpitaes da sociedade, os Srs. Drs. Amilcar Américo de A- Fernandes, João Pedro Figueira de Saboia e Lou- renço Barbosa Pereira da Cunha. Veio ao nosso escriptorio o Sr. Ma nuel Pinheiro de Campos Júnior, c queixou-se-nos dc que, ao passar hon- tem íls 6 1/2 horas da tarde em frente no theatro de S. Pedro, cm companhia de sua familia, foi interrompido por um soldado de linha, que arrebatou-lhe a bengala que S. S. trazia, respondendo com insolencias e impropérios aos pro- testos do aggredido e de seu pao. S. S. declarou-nos que, acompanhan- do sua familia, não havia motivo algum para similhantc aggrcssào, tanto mais que vinha de braço com suas irmãs. E' inexplicável o facto, dadas essas eircurastancias, mas ahi vae a reclama çào dirigida a autoridade competente. O Dr. Amancio de Carvalho prnro- «leu hontem a corpo de delicto em José «le Oliveira Cardoso Júnior c Joaquim Moreira Kamos, «íue fcrinnn-sc mutua- mente na rua dc S. Christovão. Falleceu cm Madrid o conhecido c apreciado romancista Fcrnandcz Gon- zalez. O sen cadáver foi exposto no Afhcneu, sendo o enterro coneorridissimo. .Fcrnandcz Gonzalcz luOrrcu pauper- rimo. Ao passo qne nós aqui no Rio dc Ja- "tiro vivemos atacados cm suor, os polacos rapam um frio de 25" abaixo dc zero. Km Varsovia é necessário accender grandes fogueiras nas praças publicas, P^r.i aquecer os transeuntes. Nas estradas toai apparecido gente morta dc frio. '• Milidelegado do 2* districto do Sai- trauieiii.i fé- lavrar auto de flsüTante ifatia AHino Francisco dc Sonzn, pt-r tçr encmlido physicainentc Fínmna Miria Dellina. cm «|Uetn prooedcii a e-rpo dc delicio o Dr. Xhomis C-jdii o Se este club não tivesse adquirido ob foros de um dos mais bellos centros de reunião, so suas festas não fossem apontadas como brilhantes, bastava o baile á fantasia de ante-hontem para dar-lhe grande renome. Não nos recordamos nos últimos tem- pos de um baile travesti familiar, mais animado, mais concorrido, e mais rico de toilettes de fantasia. A casa era pequena para conter esse mundo do gente elegante e fina e em f ue se mesclavam as toilettes e as mais aprimoradas fantasias, até a .monótona casaca dos bailes de todo anno. A' meia-noite o baile chegou ao auge de animação. Dansou-se então em tres salões, onde difücilmente se podia circular. A mescla das cores, as flores, a scíntillneão ouro, da prata o da pedraria das toilettes cruzando-se, re- demoinhando em todos os sentidos offerecia um golpe de vista phantas- tico. E' difficil contar as fantasias cxhibi- das, é dizer qual conquistou as prima- sias, tantas eram ellas o dc finíssimo gosto. Ainda assim, na sua passagem, tive- mos oceasião de notar cm nosso carnet as seguintes : LePapillon bleu —Mllo. Albcrtino Lobo, vaporosa e sedutora. Bouquet de cerises Mlle. Clotildc Wcguelin. Une normande Mlle. M. da Gloria Leite. Une sorcière Mllo. A. de Andrade Pinto. Todas estas tres muito elegantes. Salomó, encantadora fantasia de Mlle. Lucina Andrade Pinto. Bohemienne -^ Mlle. Julia Ferreira e um travesso e interessante jockey, Mlle.Adelaide Fragoso. Muito festejada. Tzigana—MlloY Lopes Anjo. Muito chie. .. . ' V Buenadicha —Graciosa fantasia de Mlle. Rachel Haziza. Fra-Diavolo e Andaluza Fantasias de Mllcs. Wormcs. Três réussies. Scvilhana—Mlle. Ferreira Vianna. Lieutcnant du Diable e Proserpina, duas lindas visões do inferno Mlles. Ricdel e Orminda Miranda. Muita graça o espirito. Uma Malagucna— Mlle. Maria José Leite. Que salcro!. Nuit étoilúc, mystcrioaa o seduetora —Mlle. Sarah Haziza. Uma formosa Picrretc—Mlle. Amalia Lobo. Une alsaciennc— Ainalia Duarte. Un doctour e un phormacien Mmc. Pinho c Mllo. Adríenne.—Um dos sue- cessos da noite. Muito chiste. Não houve quem não consultasse a doutora e âjudnntojp quem não fosse contemplado com a infallivel visita. Um remédio ser- vido cm cálice dc ouro, uns licores finos cm jarras dc crystal, caixinhas de bom- bons. etc Voiapuk—ospirituosa fantasia da dis- tiiièta virtuoso Mlle. Emma Wcguelin. Em um álbum que empunhava escro- verain muitos collaboradores presentes sobre o Volapuck. Circassicnnc— Mlle. Emilia Barboza. Nuit au clair do hino—Mlle. Leocadia Penna. Uma carvooira Mlle. Alexandrina Silva._ , Arlequine—Mlle. Ada Lobo. Gitana—Mllo. Leonor Torreão. Princeza Jogatina—Mlle. Simi Haziza. Todas muito elegantes. Tres camponezas de typo mui pitto- resco: La paysanne russe—Mlle. Raynsford; paysanne française —Mlle. Elisa Cal- deíra *, paysanne hollandaise Mlle. Pessoa. Marquise-Ronaissance—Mine. Rangel —Muita distineção. La Folie—Muito interessante, Mlle. Amaral França. Danscuse turque— A muito graciosa Mlle. Shutel. Duas engraçadas saloias— Mlles Co- rina e Julietta Gonçalves. Manola—Mlle. Santos. Aida—Rica toilette, Mlle. Eugenia de- Oliveira., ¦ . Orientale— Mlle. Gomes de Oliveira. Çalombine— Mlle. Mario Ralton, fan- tasias muito mimosas.. Uma arara muito original e bonita Mlle. Dclphina Barros e uma esplen- dida Faisca, Mlle. Olga Wcguelin. E muitas outras, que nos escaparam no torvcllinho das dansas, cm que es- tnvam empenhadas. Os cavalheiros também disputaram primazias e numerosa cohortc de fanta sias exhibio-se curiosamente. Notámos as seguintes: C. Carvalho, pescador napolitano ; A. Passos, Gobehn (época Francisco I); A. Tavares, Henrique IV ; L. Noronha, Incroyable; Dr. Luiz Farinha, diable rose : Ajax Lobo e J. Mesquita, dois impagáveis pierrots, que fizeram rir a valer; V. Soares, Conde dc Almaviva; R. Castro, Torero na corte; muitas casacas dc cores variadas, etc. Muitas senhoras nâo fantasiadas apre- sentaram-se egualmeutc trajando com supremo gosto. Uma festa esplendida em surama. Muita formosura, muita elegância c espirito, muito entrain.. Accrcsccntem a tudo isso uma direc- toria a dispensar hospitalidade fidalga, c fiquem com iuveja os que nào tiveram a dita de li ir. ¦. Parabéns ao Club do Engenho \ c- lho... CLUB GUANABARENSE A siimptuosidude com que este club costuma fazer suas festas não foi des- mentida d'csta vez. O baile ti fantasia com quo ante-hontem abrio os seussa- lões esteve acima dc. toda a espectativa. Bella musica, esplendido serviço, inexcediveis cordialidade 'e ordem, tudo ¦ contribuio para que o baile á fantasia Vstivesso digno do club c dos inicia dores. A commissao composta do bello e gentil Pedro Ag., dos irmãos Borgerth, Pinheiro, Bastos, Júlio c do impagável Charles Brandon, esteve toda cheia de amabilidade, actividade e interesse pelo bom effeito da festa. Grande numero de senhoras em grande toilette e fantasias graciosas e elegantes deram um grande realce ao.baile. Durante o baile Mlle. Laura Dias (en fleuriste) vendeu louqueíiB em beneficio da infância desamparada, rendendo a bolsa cerca de 150*100. D'entre as fantasias notamos :.; Rose Mousseusc, bello vestuário'çom que ornou-se a formosa Mme. Laura F. de Almeida.; Mlle. Georgina Teixeira Leite, em Mlle. Charlotte Panif.' . Mlle. Alvarenga, *ni dame forenhne. Mlle. Alice Costa, cm toureira. Mllo Sinhá, Teixeira Leite, em dan- seuse turque.. ., Mlle. Marietta Azambuja, em Mme. Gendarme. Esplendido vestuário. - Mllet.-Philipps, uma-emJBeÒ€C<;a,uma em cosinheira e a terceira em sal oia. Mlle. Laura Machado, em Folia. . Mlle. America Moreira Pinto, 'em chaperon rouige..... •• Mlle. Maria Luiza Almeida, em bou- (juctihvc Mlle. Lacombe, em danseuse turque. Mlle. Eugênia Süvtt, em triumpho. Mlles. Elisa Gravenstein, em Maraa- rida, e Sophia Gravenstein, em Folia. Mlle. Julia Maria Dias, em camponeza italiana, <ot'efíe de'siicéésso. Mlle. Clementina Moraes Sarmento, em Gitana. . ¦ ¦¦-.-. n Mlle. Aurelia de Moraes Sarmento, cm B tttonáe Rose. . Mlle. Elviía Dias, om Leiteira fran- ceza, toilette npreciadissima. Mllo. Maria Jjilia Dias, pm Jardinicre espaqnóle, graciosíssima.'".. Mlle. Missick, em FloWsta, Mllo. El vira Borgorth, om Odalisca. Mlle. Eulalia Borgertli, em Rosa. Mllo. Ceeilia Borgerth, em Folia. ¦ Mllo. Maria Justirilana de Almeida Borgerth, émCarmen; ü» Mlle. Irene, Om Carnaval. Mlle. Valente, em Cigana. Mme. Marianinha Brandão, em Belle Gilette de Narbonne. Mme. Domingos Ferreira, em Gitana. Mme. Barros Falcão, em avocate; foi um dos melhores trajos. Mme. Missick, em Helena, do Lolien- urin. Mme. Valente, em Vendeuse dejour- naux. Mme. Menelio Pinto, em Tunisienne. Mlle. Eugenia Masset, em Cigana. Mlle. Mathilde Masset, ern Aurora. Mlle. Campos, cm Matelot. ; ; Entre os cavalheiros, os Srs.: Missick, em Lohengrin; Rcpsold, cm Fantoche, R. C. cm Pípo da Mascotte ; Alfredo Lima, cm Incroyable; Álvaro Bra- connot, em ongrnçado palhaço; Oan- diota, em bobo de Luiz XII, Carlos Brandon, cm arlcquim; Borgerth,. em charlatão; Manuel Alves Bor- gerth; em Snperchia; José Siqueira Borgerth. á côrtc; Lima o Castro, Che- uahcr dc la croix rou.ge; Júlio Costa Pereira, em .Scapin; Luiz Guedes, em musica; commendador Josó Alves da Motta Junior em Capitão negro ; Bastos Junior, pescador napolitano; Candinho Barreto e Alexandre Fonte- nelle, á corte; Charly Martins Pinheiro e Arthur Alvim em toilette de rigueur com collete, tendo as cores do Club Guanabnrense: Alexandre Gasparoni en r/ommeux excentriquej^ete., etc. O Club Guanabarense registrou ante- hontem mais um triumpho. Sem fantasia estavam Mme. CoBta Lima Braga, Henrique Chaves, A. Pinto, Carlos do SA, R. de Almeida, Gasparoni, F. de Almeida, Magalhães, baroneza do S. St.lvador do Campos, todas em grande toilette, A orchestra. regida pelo maestro Go- mes de Carvalho, esteve esplendida. CARNAVAL Antônio José Rcbello dos Santos, vulgo Piolho, por ser capoeira ç des- ordeiro conhecido c aggredir. de na- valha cm punho, «livcrsos individnos fantasiados que se achavam na rua Sete dc Setembro, ferindo o saldado Joci- Ignai-io Sanchca, no rosto, com as unhas, e J"3o Antônio Martins, tamltcm sol- *.jr branca, enjo cadáver foi reinovid« «m «ledo da inão«lireita, loi I para o Necrotério, por ordem do subdc LOTERIAS UHAM-PAH.A- Resumo dus prêmios da 4a serie da 16* loteria extrahida m> dia 13 do-cor- rente : 4895 70 1370 6385 1501'.... 934 3163 4179 5238 6412 12:0005000 1:2005000 3005000 3005000 300â000 1203000 120á0'JO 1205000 1205000 1205000 DczcnnN 4891 a 4900. 61 a 70. 605000 305000 4894. 4896. ApprnxIsunrSca .. 1203169. .. 1203)71 Todos os números terminados cm têm 125000. Todos os números terminados cm 5 c 0 tcin 55100. 605 603 95 Em acção de graças pelo restabeleci- mento do Sr. Dr. Lino Teixeira, illus- tre c distineto clinico do Engenho Novo, seus amigos mandam rezar amanhã, «(uinta-feira, uma missa na capella de Nossa Senhora da Luz, ás 8 horas da manhã. Foi encontrado morto cm um tanque da casa n. 19 da rua Fonseca Tellcs, o preto liberto Affonso, cujo cadáver foi removido para o cemitério dc S. Francisco Xavier. O Dr. Amancio fez o exame. recolhido á l1 estação dado. cm hontem preso policial. Resistindo tenazmente, foi necessário o caipreso «la for«;a. soldados feridos foram medicados no hospital «lo corpo. Contra o otiensor foi lavraao auto de Ha.4r-j.ute. jit-r ordem da autoridade competente. Falleceu repentinamente, ao passar pelo largo da Carioca, um individuo_de removido legado do 2* districto dc S. José. Alexandre Frederico Estevão c An- gelo Carlos Ciplc. por promoverem des- ordem foram recolhidos á 1* estação policial. O primeiro achava-sc armado dc ua- valha. CONOBBSBO DOS FENIANOS Os novos Fenianos não envergonha- ram a sua procedencia. Bastante novos, apresentaram-se do modo a merecer ob applausos que receberam. Foi esto congresso o primeiro quo pnssou, trazendo o seguinte prestito: Dez clarins a eavallo. Musica vestida do lanceiros, composta dc 25 figuras. Um carro representando o Pegaso no alto de uma montanha, levava um congressista trajando gorgorão do seda côr de rosa, com longo manto bordado a ouro o que empunhava o estandarte chefe. - á A fantasia era deslumbrante e de grande riqueza. A primeira guarda de honra guer- reiros francezes—trajando seda branca e vermelha guarnecida a ouro c ar minho. Um carro representando a câmara municipal. Um outro representando as corridas de cavallos eom allusões ás patotas que se dão nesses divertimentos. Em uma taboleta lia-se: tudo embrulho. Um representando as hospedadas, onde diversos sócios faziam discursos. Um fingindo uma.embarcação grega navegando no mar, de um bellissimo effeito e trazendo dentro uma moça fantasiada de setim branco e azul bor- dado a Ouro e que atirava bouquets e impressos para o povo. ííeSte carro vinha um estandarte do Congresso. ' Um representando a questão da abo- lição. Um conhecido jornalista dava de vez ou quando um pontapé em um estadista conhecido pelo seu aferro á escravidão : este cahia, mas tornava a levantar-se; na sua frente havia alguns negros. Um outro representava o Brazil c a RevistaAtllustrada. O Brazil na figura de indio cahido por terra, tendo por cima um abutre que procurava devoraí-o. - Seguiam estes carros, no meio dos quaes se intercalavam outros, indo sócios e mulheres fantasiadas com grande luxo, seis clarins a eavallo c uma banda de musica, vestida de pierrots,'' SfeJ O carro quo vinhailògo em .seguida 'representava o baptiemo do Congresso e era seguido de uma segunda guarda, fantasiada com muito gostó;":'.^!- ..,. Seguia-se /''",; Um carro com a allusào & questão Magalhães & Monat. Um outro representando a praça de touros. Outro, o jubileu do Papa, ondo um indio perorava,, mostrando a que es- tava reduzido o Brazil—bananas o to- mates Uma guarda de 28 cavalleiros, fanta- siados com riqueza. Uma allegoria.—Um carro puxado por cysnes. Uma interessante e bella mulher trazia um pequeno estandarte. Uma critica ao preço marcado pela companhia Villa-Isabel para passagem em seus carros. Um pequeno bond tra- zendo diversos passageiros tinha esto lettreiro : Tres vinténs... cousa rara !... Um carro com o sol no seu nasci- monto e um sócio fantasiado com muito gosto, trazendo o estandarte do Grupo dos Mafarricos. Um carro representando um grande gato preto, no qual vinha montado um sócio trajando uma rica fantasia. Uma guarda de honra de 22 figuras, também vestida com muito gosto. No meio d'estes carros vinham outros arranjados com muito luxo, e onde se viam lindas fantasias. Novos, é verdade, mas bem dispôs- tos, mostram os Congressistas que tfim gosto e que podem ostentar riquezas, que não lhes falta espirito o enthu- siasmo. N'estc andar, onde irão elles quando forem maduros ? Sahiram-se perfeitamente bem. ciação Commercial o ao Pais, motivada pela questão recentemente aventada por aquella folha sobre a interferência dos estrangeiros nos negócios políticos do paiz. Este carro representava um moinho do vento atacado por um ca- vallciro, que figurava D. Quichole, Carros com sócios fantasiados com luxo o bom gosto. A oommenda da Rosa.—Delicada c cs- pirituosa critica a um nosso distineto collega de imprensa, que tem, segundo diz, culto particular por aquella ordem honorífica. , Oito clarins, outra banda de 25 mu- sicos,luxuosainciite vestidos com as cô- res da sociedade. Um carro com uma soberba allegoria intitulada—Homenagem á Pintura. Uma enorme pnlheta, onde estava pintada a entrada da nossa barra. Em cima uma esbolta dama vestida com grande apuro e riqueza empunhava o estandarte de um dos grupos. Era sumptuosissimo este carro, que produzia o mais bello effeito. Carros oom sócios fantasiados a ca- pricho. Um carro com uma enorme lesma montada por seis figuras fardadas de ministros. Satyra a direcçao dos nego- cios públicos pelo actual ministério. Um lindissimo carro allegorico onde estava sentado o chefe feniano, uma bella criança veBtida com muito gosto e riqueza. Venha a nôs, critica a celebração do jubileu papal. Vistosa guardado honra de devotos que iam offerecer presentes ao Papa pela sua festa. Esses presentes consis- tiam em objêetos de todo o gênero, desde o mais delicado até o mais exo- tico e grotesco. Todos os paizes estavam representados n'cssa guarda dc honra, que causou grande effeito de hilaridade no publico. Esplendida allegoria, intitulada Os pombos. Carro de estandarte de um dos grupos, empunhado por uma sympa- thica dama. Espirituosa critica ti questão Monat e Figueiredo Magalhães: duas pyramides," entre as quaes se via uma immensa na- valha. Um dos contendores, de sobre o gume, fazia esforços inauditos para se não cortar, ao passo que o outro, em melhor posição, combatia com grande vehe«nencia os seus argumentos. Carros com sócios ricamente fanta- siados.. i;.. .. Umá grande patotã.^Àllusao a algu- mas corridas do anno passado. Carros com sócios. Ultimo carro, apotheose a S. Paulo, imponente e magestosa allegoria em ho- menagem a adiantada província pela brilhante attitude, ultimamente assu- mida na questão do elemento servil. Este carro fechava com chave de ouro o magnífico prestito dos Fenianos, que durante todo o seu trajecto foram enthusiasticamente npplaudidos pela multidão que enchia as ruas, recebendo muitas coroas. Um riquíssimo carro fingindo uma planta cm quo pousava Uma grande borboleta de azas multicores, trazia uma bella carnavalesca fttntaziada cs- plendorosamcnto. A festa do jubileu.—Vm fcstim dc pa- dres ; uma mesa com oguarias, pratos dc prata, garrafas, ctc„ no meio da qual apparccia uma mendiga pedindo esmola. Era seguido este carro dc padres e frades, levando cada um/o seu presente para o jubileu. Um grande carro representando um gigante de olhos de fogo com o braço levantado c cuja mão servia dc assento para uma elegante moça fantasiada de velludo negro bordado a ouro, cotrFcal- ção vermelh-*, trazendo na mão um tridente dc ouro. Representava esta critica o melhor presente quo se podia offerecer ao Va- ticano—a mulher. Ao passar por esta folha provocou este carro uma grande ovação de pai- mas e bravos, rocebendo uma chuva de flores. _ O testamento do Biblia—Um grande livro com as folhas abertas tendo por detraz uma grande figura parecen- do querer empalmàr Umá das folhas do livro. A.abolição immediátà.^Vmn allegoria de muito espirito. N'está como nas outras sociedades as senhoras què enchiam Httoralmente as janellas, jogavam punhados de flores e papel dourado, què ps sócios, dos carros, retribuíam atirando bouquets e impressos. No meio dos Carros idéas vinham carros ricamente ornados conduzindo sócios e mulheres ricamente fantasiados, que tornavam o prestito ainda mais des- lumbrante. Ao passarem pela 2* Vez pela rua do Ouvidor,mais deslumbrantes ainda pelas luzes, pelos fogos de bengala, pelos reflexos da luz electrica do colosso de Rhodes, o povo aoclamou-os delirante- mente, polo seu luxo, pela sua gran- deza, pela riqueza, pelo espirito e pela graça. Das janellas as senhoras agitavam os lenços-, mostrando assim que não eram indifferentes a tanta gentileza dos Do- mocraticos e que compartilhavam com o etathnsiasino do publicou N.'esta segunda passagem receberam os Democráticos muitas coroas, lindis- sitnos bouquets de flores artificiaes e outros mimos. Recolhendo-se ao Castello, .deviam estar contentes estes Syinpathicos car- navalcscos ;. os seus sacrifícios não fo- ram improficuos. CARNAVAL —Eil-o que vem tinindo seu cortejo, Enchendo tudo e todos dc alvoroço ; —Desperta o rico, o pobre, o velho, o moço, A uns o outros dando egual desejo. —Eil-o que vem; dc longo sinto o vejo Quo traz nas alegrias o destroço —De vencidas tristczaB, o arcabouço Dc ilhiBÕcs quo rasgaram, sem pejo. —Deixac passar ; vem rico do trophéos Das festas do prazer c das loucuras, —Essas doces loucuras, sem labéos. —Depois, quem sabe! o favo das venturas E' doce e breve, as glorias são uns véos, —O prazer não concede longas duras. —12 Fevereiro 83. •*\ Cinc... CARTA A ANTONIO PARREIRAS parar CLUB SOB FENIANOS Em seguida ao Congresso dos Fenia- nos passou na rua do Ouvidor o Club dos Fenianos, com um prestito nume- roso e riquíssimo. Abria a marcha uma commissao de 10 sócios, que precedia immcdiatamente a banda do musica do regimento de «avaliaria, luxuosamente fantasiada com as cores da sociedado. Seguia-sq logo apóa o carro do estan- darte , qne era dc um efleito dcslum- brante. Constituía uma allegoria ao progresso, onde se viam representados: o vapor, o balão, o telephone, etc. So- bre uma montanha d'ondc sabia uma locomotiva, estava sentado um sócio empunhando o estandarte do club. A esto carro seguia-sc uma riquis- sima guarda de honra dc gladiadores romanos. O paiz em calças pardas, intitulava-se o carro de critica, allusào a questão abolicionista e á posição ultimamente assumida cm face d'esse problema por um illustre estadista dc S. Paulo. Carros com sócios luxuosamente fau- tasiados acompanhavam a 1* critica, vindo em seguida o carro aUusivo ao balão, que um conhecido sacerdote quiz ha tempos fazer subir aos ares inntil* mente. Esta critica, que se intitulava Viagem ao Hospício, fez rir muito polo fundo dc pilhéria mordente c sarcástica. Scguiam-sc mais alguns carros cora sócios que exhibiam custosas fantasias. Vinham depois : Um lindissimo carro allegorico, re- presentando uma lyra sobre cujas cor- das se via sentada uma airosa dama empunhando o estandarte do grupo dos Girondinos. Carro3 com sócios vistosamente fan- tasiados. Uma allusào cugraçadisstma d Asso- DEMOCRÁTICOS Abria o prestito uma banda de mu- siea ricamente fantasiada de setim azul claro c branco com capacetes prateados, seguindo-se iinmediatamcnte o primeiro carro dc estandarte—uma meia lua de onde partiam filetes de diversas cores. Acompanhando este carro e formando guarda dc honra vinham os cavalleiros denominados primeira guarda, fanta- siados com uma elegância, uma riqueza e deslumbramento que a todos causou admiração. Vestiam setim vieux-rose bordado a ouro e fingiam borboletas com azas deslumbrantes e pennas compridas na cabeçn. Por toda a parte onde passavam eram admirados, saudados e applaudidos còm muito enthusiasmo. O prestito que se seguio era composto do seguinte: Um carro elegantíssimo puxado por oito cavallos brancos trazendo o sultão, magnífico pela riqueza. Diversos carros com fantasias do muito gosto. Um carro deslumbrante formando uma gruta rodeada de lobos de prata e tendo no alto um leão de ouro montado por uma morena formosa como os amores e fantasiada fantnsticamente. Este carro provocou geraes applausos c um enthusiasmo delirante. A câmara municipal e a praça do mer- cado, seguida dc cinco carros com di- versos negócios da mesma praça. O Carro do Sol. O sol em movimento surgia de uma inontanbn,tendo em baixo o globo do mundo, no alto do qual uma moça se sentava, vestida de setim branco com cstrcllas dc ouro e trazendo um longo manto encarnado bordado dc ouro. O Choco Político.— Um ganço cho- cando diversos ovos que representavam as urgentes necessidades do paiz, recla- madas pelo povo e pela imprensa. Um magnífico carro representando um pagode ehinez, sustentado por chi- nezes sentados, tendo na cupola d'esse elegante edificio uma moça fantasiada admiravclmente. Os acontecimentos de Campos.— Uma critica ásamiaç,is,ultimamentc havidas naquclla cidade por cansa do abolicio- nismo. O congresso da lavoura, seguido de uma banda dc musica trazendo capa- cetes chinezes. Um outro riquíssimo carro de estan- darte. Um carro -í-presentando a questão Monat, sognido dc doentes a eavallo, trazendo todas as snas püpeletas e o clcctroliso atravessado. Neste carro nm sócio espiritnoso, qne fallou cora bas- tante verbosidade, explicava o caso, pro- vocauido grandes garralhad.u, c palma* do povo. A gentil Mlle. Elvira de Oliveira collocou no estandarto do Club dos Fenianos, em nome da commissao doB festejos da rua de Theophilo Ottoni, entro as ruas da Quitanda e Primeiro dc Março, uma coroa de louros com es- pigas de ouro, uma das mais ricas oftb- recidas il incsina sociedade. Ao dos Democráticos foi oftertada, cm nome da mesma commissao, outra coroa cgimlmente rica, pela Exma. Sra. D. Julieta de Oliveira e Souza, distin- cta esposa do Sr. José Guilherme de. Spuza, presidente da referida commis- são dc festejos. A terceira coroa de louros, cm nada inferior ás outras, foi òfferecida cm nome da mesma commissao, ao Con- gresBo dos Fenianos, pela Exma. Sra. D. Ernestina Medeiros dc Oliveira, distineta esposado Sr. Narciso Baptista de Oliveira. Além d'cstas coroas, offereceram os caixeiros dos mesmos quarteirões um bouquet de ilor.es artificiaes, dc delicado gosto e riqueza, ao distineto Club dos Fenianos.:,' * No nosso escriptorio foi entregue o seguinte cartão: it Ao cumprimentarmos esta illus trada redacçao; fazemos votos pela im- parcialidade do pleito carnavalesco dc 1888,0 mais nada.—Deus Momo e sua senhora.» A commissao dos festejos da rua dn Candelária, canto da de S. Pedro, ond" foi armado uin grando coreto, passou pela rua do Ouvidor, parando nas di- versas redacções. Passaram também diversos Pc- reiras, convergindo o povo mais tarde, depois da passagem dos prebtitos car- navalcscos, para os theatros. * Foi-nos enviado em elegante cartão, contendo o seguinte: A commissao do carnaval, entre (Jui- tnnda c Primeiro dc Março, cumpri- nicutu o jornalismo. A Imprensa «• a luz «lo espirito. Antonio Xavier foi preso e recolhido á 8* estação policial, por ser aceusado de ter, armado do um páo e faca, ag- gredido Jacintho Gomes Medeiros, den- tro do açougue 11. 22,da rua de João Caetano.r P Xavier, ao ser revistado, foi-lhe en- contrada á cinta uma faca do ponta, c em um dos bolsos da calça um rewolver carregado com cinco cápsulas. Apresentado ao subdelegado do dis- tricto de Sant'Anna, foi contra elle la- vrado auto do flagrante, por uso do armas prohibidas. O subdelegado do districto de Santa Anna mandou recolher á casa de de- tenção Nicoláo Roque, por ter, armado de duas navalhas, aggredido Antonio Lauro, na rua do Alcântara, resultando fazer no mesmo um ferimento na ca- beca. VERSOS AOS ANNOS Uli UMA MOVA Scndal de rosas vaes atravessando Atravcz d'esta vida—uma ehimera; E dentro do teu peito a primavera Vae as rosas do amor desabroehando... E' ditoso, c tranquillo o teu destino... Serenos vão teus dias se passando, Quaes pctala3 dc mn lyrio desusando Nas águas «lc um regato crysbiliuo... Brilha o sol cm teu lar. puro, «loirando As tuas esperanças cór de rosa, O mesmo sol que vae-me illuminando Os espinhos da vida proccllosa! Queira Deus dar-tc sempre os mais risonhos Dias—qne nunca a magna de nm des- gosto Turvar venha a pnreza do ten rosto. Perturbar dc tu'alin.1 ns castr-r-- sonhos. AXVAE"J MiEIUÍS. JORNALISMO EM PORTUGAL Actualmente publicam-se ém Lisboa as seguintes folhas diárias : Diário do Governo, Diário Illustrado, Repórter, Gazeta de Portugal, União Nacional, Jornal do Commercio, Época, Commercio de Portugal, Dia, Rcvolu- cão de Setembro, Economista, Correio do Povo, Correio Portuguez, Século, Folha do Povo, Novidades, Noticias da Noite, Correio da Noite, Correio da Manhã, DiàYio Popular, Diário de No- ticias. Jornal da Noite, Imparcial.— Total, 23. Semanal, quinzcnal ou mensalmente ou em períodos indeterminados, sahem as seguintes folhas políticas, litterarias, scientificas e humorísticas : Pontos nos II,Voz Operaria, Protesto, Nação, Crença Liberal, Atlântico, Cor reio da Europa, Bandeira Portugueza, Independência e Ordem, Portugal e Colônias, Jornal das Colônias, Colônias Portuguezas IUustradas. Exercito Por- tugtiez,Revista Militar, Ânnacs do Club Militar Naval, Ocoidcnte; Ulustração Portugueza, Jornal do Domingo. Ele- ganto, Moda Illustrada, Vinha Portu- gueza, Agricultura Contemporânea, Bo- letim do Grande Oriente, Grande An- nunciador, Boletim da Sociedade de Geographia de Lisboa, Boletim da A. dos Architectos c Arclieologos PorTii- guozca, Revista dos Theatros, Pimpão, Boletim da Associação Commercial dos Logistas, Jornal do Bombeiro, Folha do Commercio, Livro dc Ouro, Revista de ObrasPublicasc Miuas,Gazeta do Obras Publicas, Commercio e Industria,Album Lcgitimista.Boletim dc Hygiene e Demo- sxaphia, O Lusitano, Follia Acadêmica, Jornal da Sociedade Pharmaceutica, Pharmacia e Chimica, Correio Medico, Echo do Paiz, Syndicato, Zoophilo, De- niocrácia Portugueza, Propaganda Dc- mocratica, O Mundo Legal c Judiciário, Boletim dos Trlbunaes, Jornal do Phnr- macia, Monnrchia Portugueza, Galeria Industrial, Portuguozés IHustrcs, Lin- gua do Diabo, Novo Mensageiro ao Co- ráçaò de Jesus, Direito, Pliilátolista, Gazeta da Relação, Archivo Ophtalino- Therupico do Lisboa, Medicina Contem- poranea. Jornal da Sociedade das Scien- eias Médicas, Gazeta dc Pharmacia, Voz do Veterano. Total 63 ; total geral 80. O subdelegado da freguezia dc Santo Antônio mandou recolher ao hospital da Misericórdia João Maria Francisco, que foi encontrado cahido na ruá do Riàchuelo, tendo um ferimento cm uma das pernas. Francisco declarou ser esse. ferimento feito por uns mascaras que passavam pela referida rua, o que o aggrcdiram. José de Mello, cocheiro do tilbtiry n. 54, por questionar e ferir Francisco Soares de Souza, morador á rua das Laranjeiras n. 22, foi hontem preso c recolhido á 11* estação policial. O subdelegado da Gloria, que tomou conhecimento do facto, mandou medi car o ferido na pharmacia n. 215 dn praça do Duque dc Caxias. Queixou se no posto policial de Villa Isabel, Joào Antonio dc Sant'Anna, de que, ao passar pela ponto dc Maraca- foi aggredido por dous indivíduos empregados na padaria n. 1 da rua do Boulevard, os quaes evadiram se depois dc lhe terem feito um ferimento na cabe 01, sendo por isso medicado n'uma pharmacia próxima. José Duarte dos Santos, ao passar eom o caminhão n. 670 pela rua Pri- meiro de Março,- foi com esse vchiculo de encontro ao bond 11.98 da companhia Carris Urbanos, resultando inutilisar- lhe um estribo. Ò subdelegado da Candelária mandou tantos cm paz, por ter pago o prejuízo causado. O TEMPO TEMPERATURA DO CASTELLO DIA 14 DE FEVEREIRO rherm. centigr., máximo.. a minimo - ¦. 3i\0 21",0 Nova Friburgo, 13 de Fevereiro.—Uo- tel Lcucnroth. Max. —», Min. —". Petropolis, 11 de Fevereiro.—Estabe- lecimento Court. Max. 22, Min. 16. Caxambú (Grande Hotel), 12 dc Fe- vereiro.—Max. *, e Min. —",. Escrevem-nos : 1 No dia 12 eram esperadas cm S. Domingos as barcas das 025 eV/Cã. Porém, "devido á imrxricia oa vontade^ dos mestres, não as approxi- rr.aram á ponte flnetoante em que rece- bem os passageiros, que puderam embarcar ua barca das 7 50. Lembramos, portanto, ao diino ge- rente a br-a resnlarldadc dk. serviço, único favor exigido pelo publico. > Quando, como um despedaçamonto do teu coração, um surto do tua alma te abalar o primeiro arranco tumultuoso o tetrico do monstro do fcrro,quo teavro- batará para longo da tua pátria, e, vol- vondo os olhos, choios do lagrimas, acenares com o lenço tvomulo, nnciosa- mento tremulo de saudades o recorda- ções ; então é quo oxpcrimcntar:\s toda., a tortura o todo o encanto, toda a feli- cidade e toda a duvida, todo o vácuo deslumbrador c pavoroso da Gloria. E o oceano se estenderá como uin vasto scenario fantástico..,... Que virá dizer-to o vento que esvpa> ça por sobre a tua cabeça? Quo vão murmurando as ondas quo rcsíblegain debaixo de teus pés? Faliam-te do ale- gres dias vindouros? Sogredam-tc echos de dcstruiçòes ? Choram ou cantam Ululam ou^rieni? Trazom-tc esperan- ças ou arrancam te sonhos ? Talvez to acarinhem, talvez te maldigam. Quem sabe se uma d'aquellas estreitas brilhantes não marca a tua longtqtta sepultura ? Outra, como um olhar de mãe, talvez illumine, distante, 'umá fe- Iicidnde qüe te espera.:«*'- . j*ç£ Aquella scintillà como o bico um punhal que te aponta. Estas apagam, como uma aspiração, um sorriso,, uma lagrima...,^ As tuas únicas e verdadeiras ventu- ras ficaram. Tomaras a vel-as ? Hontem eram uma realidade, hoje São uma hy- póthesc. Amanhã poderão ser comple- tas ou nem existirão.££ E volves os olhos para o horizonte fechado o triste como a tua vida. Quererias ser aquelle pescador que, ao longe, enxerga eotttra A viraçâo a vela branca como sua alma, como a aza immaculado do seu único sonho. Sonho dc paz o doçura, vida de soli- dão e poesia, dias sonorosos dos alardes das ondas, dourados pela âlacridade do sol, atravessados pelas syinphonias va- gas dos ventos, que o arrebatam da ca- bana,cheio de esperanças para volvcl-o cheio de alegria.- Riquezas do molncnto, prazeres sem fastio. Fogem c voltam como as ondas. . Feliz quem conhece ó inundo seu amor! Alli sua vida e sua morte. Sou- túmulo vae beijar-lhe a porta do lar. E' o mar que o acariuha quo podo d'ahi a pouco devoral-o.' E' o vento quo arrasta ás suas can- ções aos ouvidos da esposa amada que lhe ha dc levar os seus ultrajes gemidos. Sim, quererias ser esso cuja própria miséria acorrenta á felicidade. Mas não o poderás. Tens a obçecaç.ão da gloria, tens o captiveiro do Ideal! La muse que lc ciei vous avait fiancúc Sur votrefront reveur cherohe volre peiwía E ella to disso : Queres ser grande ? parte, mas deixa ficar p coração! Am- bicionas dominar os homens ? sobe este calvário! E's Miguel Ângelo? burila a tua própria carne ! E's Baüdclàirò ? Canta as tuas lagrimas ! Beethoven ? vôa até mim, abandona esso mundo, onde amas ! E's Rcinbrandt ? inolha o pincel no teu sangue. Eu sou bella, dcslumbrndorumcnto bela; mas.tenho nalma negra do Cha- ronte : é preciso atravessares o rio (I03 prantos ! Dá-me o obulo do teu cora- çào ! E tu, que tens a verdadeira convic- fw do Bello, tu sentirás, como o poeta : .4 dôr, a grande dôr sem Iim, dc amal-a. O artista vence o homem. Entre os soluços te ha-dc brotar este lemma dc enthusiasmo, esta pala- via que é como que o clarim das lc- giòcs que batalham pela Arte : A Itália! Va^s, emfim, ver a pátria dos quo nào têm pátria. Vacs entrar no alelier universal, onde o pincel e o buril dos genios abriram rasgões illuminados para todas as épo- cas, encarceraram em mármore eterno a historia dc todas as gerações, c, ondo o talento dos Bellini e, dos Vcrdi pas- sa csflorando todas as almas, como os ventos do sul ás querutas ondas do Mediterrâneo. A Itália que, com os milhões de braços das suas o.lumnas, eleva céu, glo- riosos e impereciveis, sob o turbilhonar destruidor do tempo ps ossuarios co- lossaes das edades. E verás a França que dictou a liber- dade d terra com ns linguas de fogo das revoluções. Berço dc Victor Hugo, a França quo n'um frêmito doudo de evoluções, n'um reboamento universal de progressos, despenha-sc caudal vertiginosamente sobre o mundo. E, inspirado c forte, como Bernar- delli e Pedro Américo, Amoedo e V. Meirellcs, Monteiro e Uelmiro, um dia voltarás ao teu paiz. Virás abouiinal-o, se não preferires com Carlos Gomes, o genio das harmonias errantes das nossas selvas, ficar longe d'cste canto obscuro do mundo, cm que nào ha litteratura, ha politica; não ha cérebros, ha estômagos; não se compram quadros, compram-se votos eleitoraes; nào so l«'m versos, l«'m-se a pedidos; onde as glorias são reflexos, os talentos sào usurpações, os méritos são parentescos, onde emfim ha deputados que cospetn na memória do autor da Lenda dos Se- ados! Ai.r.BiiTO Silva. Fevereiro, 1887 ECHOS E NOTAS Estréa amanhã, 110 theatro Lndnda, a nova companhia de zarsuems, repre- sentando a Nina Pancha, em 1 acto, o ProccsíO de cancan em 2 e o bailado denominado Tertúlia. I ;v;í ;: "$sl mm ¦-mm hM A' -V cessão preparateria dc h- compareceram -JJ Jjrj. j«rado3. houve sorteio. nfiin Nào

BÍOOO WLmemoria.bn.br/pdf/369365/per369365_1888_00980.pdfde toilettes de fantasia. A casa era pequena para conter esse mundo do gente elegante e fina e em f ue se mesclavam as toilettes

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B

111ESCRIPTORIO

EUA DO OUVIDOR

*mnmtç*KÍ da A«si«nATiima\ÇOBTE

afanno 12Í000Semestre WOOOTriineitre 8»W00NUMERO AVULSO 40 RS.

A reda>:ças nio ae «brlcta a reatltnfra«s/atntat{rapbna que lhe foreats enviada»;

TYPOQRAPHIA118 BUA DO OUVIDO! 111

Tiragem 22,000

TELEGBAMMASServiço especial do DIÁRIO DE NOTICIAS

TAVBATK, 14.A escravidão quasi extineta nos mu-

nicipios do Taubaté o Redcmpção«graças, á attitude do consclhoho Rio-reira de Barros, & iniciativa particularc il generosidade da população. Pròpa-rnm-so festas religiosas por cato gran-dioso facto.

«mito -FRUTO, 11.li' falsa a noticia dos tclegrammas so-

bre desfalque algum no cofre da câmara.Não se. verificou tal desfalque nem ai-cance do procurador da câmara.

O que causou indiguação foi a infãni.oo mentirosa noticia dos tclegrammaspassados com o intuito do injuriar vorea-dores e procurador, que vão requererinquérito, para processar o autor dostelcgrauimas.

(Liberal Mineiro).

moxxúkwtxau^^^!^^!!!i^g!^8^^^^^''--^--^^*-?-*-'*S-;*''*-*****iigg=^^Sgs==B!^ ¦

li í " ,=S2==S==========S=

RIO DB JANEIRO—Quarta-feira 15 de Fevereiro de 1888

PROVÍNCIASAnno *• •••••••• ii 16(1000Somostre.. ,Numero avulio

NUMERO AVULSO 40 RS.

BÍOOO

Aa asslKnatnras começam em «¦•Ia)«erdla.teranlnandaaempreem BaaaU aemeatr**

;

A-.

WL: Jití

59Anno IV—Num. -980

PARABÉNSFazem annos hoje as Exmas. Sras.:

D. Carlota Pelicia de Jesus.D. Anny Elizabeth Cunditt.D. Alico Arnaud.D. Ottilia do Almeida Borgertli.

E os Illms. Srs. :Major Francisco Carlos Naylor.Augusto Duquo-Estradu Mover.Capitão dc mar e guerra Cypriano do

Azevedo Thompson.Etigcn Mcgor.Domingos Tlieodoro Vieira.Annibul Renato Ccsar Burlamaqui.

•x-: Faz annos hojo o interessante Mario,

filho do nosso amigo o Sr. barão doIpialws.

HOSPEDES E VIAJANTESAcham-se n'esta corte os Srs.:Barão do Tinguá, importante fazen-

deiro na provineia do Rio e capitalistanostn praça. /

Capitão Dclphina Pinto Duarte, fa-zendeiro no Igitassú.

Capitão Antonio Pinto Duarte, fazen-deiro na Serra do Commercio.

Garnisarla.- -Sete de Setembro 76 D,

Serviço da AGENCIA H1VASSERVIÇO DIRECTO

PAUIS, 14.O senador Faye, ministro da instruo-

çào publica, acaba de pedir demissão.BEBUH, «4.

O Reischtag reaovou, por ter sidoadoptado em segunda leitura, a leieontra os socialistas.

«AN Ba-j-HO, «4.A moléstia do príncipe herdeiro da

Allcmanha segue um curso normal cujocaracter é assás satisfactorio.

. GÊNOVA, 1».

Sahio hoje d'este porto com destinoao do Rio de Janeiro o vapor francezLiban, levando a seu bordo 600 immi-grantes contratados polo governo im-perial.

UENOVA, 1*.'

Chegou hoje a este porto o paqueteitaliano Adria, procedente do Rio deJaneiro c escalas.'«•aTsTSmisS i, B i /¦ ¦ »¦ g

BRINDES0 «Diário de Noticias» fez cunhar

medalhas de prata especiaes commemorativas do carnaval de 1888, cadanma das quaes será entregue ao re-

Sresentante do mais interessante carro

e idéas de cada uma das sociedadescarnavalescas que passaram pela ruado Ouvidor.

São tantas as medalhas quantasàs sociedades, e como é fallivel o

Íuizo Individual d'esto ou d'aquelle,osolvémos abrir uma votação para a

concessão dos prêmios, votação quecomeçará hoje.

Os votos serão romettidos em cartafechada, assignados, tendo os rótuloso dístico da sociedade, cujo carro deidéas se quer distinguir. 0 carro deidéas que mais votos obtiver, em cadasociedade, receberá o prêmio desti-nado á sociedade alludida.

Sendo cinco as sociedades que sa-hiram, ha cinco medalhas commomo-rativas.

A'3 sociedades quo não sahiram, asmedalhas serão entregues como lcm-branca commamorativa, sem designa-ção de grupo.

Pareceu oste ao DIÁRIO um meiode significar ás sociedades a eonside-ração quo lhes tributa e um incentivode emulação aos sócios de cada umade per si.

As medalhas estão expostas hojeem nosso escriptorio.

Faz hoje annos a innocente Joaquina,filha do Illm. Sr. Bento Joaquim daCosta Pereira Braga, conceituado neigoeiante d'esta praça. :

CLUB DO ENGENHO VELHO

NEW-YORK LIFE INSURANCEO jovcn delegado Joaquim I. de

Araujo Cunha, ultimamente assassinadona Penha do Rio do Peixe, estava se-guro ua companhia New-York em #2000,tcn.do entrado em Julho dc 1886 e tendopago mais ou menos 3005 até a morte.

Foi expedido um telegramma do cs-eriptorio central dVata corte, pelo go-rente Sr. Kinsman Benjamim, dando asinstrucções necessárias para a prepa-ração dos documentos de prova demorte, afim de pagar o sinistro semdemora.

SOCIEDADE PORTUGUEZA DEBENEFICÊNCIA

üftercceram seus serviços como me-dicos e foram nomeados adjuntos doshoBpitaes da sociedade, os Srs. Drs.Amilcar Américo de A- Fernandes,João Pedro Figueira de Saboia e Lou-renço Barbosa Pereira da Cunha.

Veio ao nosso escriptorio o Sr. Manuel Pinheiro de Campos Júnior, cqueixou-se-nos dc que, ao passar hon-tem íls 6 1/2 horas da tarde em frenteno theatro de S. Pedro, cm companhiade sua familia, foi interrompido por umsoldado de linha, que arrebatou-lhe abengala que S. S. trazia, respondendocom insolencias e impropérios aos pro-testos do aggredido e de seu pao.

S. S. declarou-nos que, acompanhan-do sua familia, não havia motivo algumpara similhantc aggrcssào, tanto maisque vinha de braço com suas irmãs.

E' inexplicável o facto, dadas essaseircurastancias, mas ahi vae a reclamaçào dirigida a autoridade competente.

O Dr. Amancio de Carvalho prnro-«leu hontem a corpo de delicto em José«le Oliveira Cardoso Júnior c JoaquimMoreira Kamos, «íue fcrinnn-sc mutua-mente na rua dc S. Christovão.

Falleceu cm Madrid o conhecido capreciado romancista Fcrnandcz Gon-zalez.

O sen cadáver foi exposto no Afhcneu,sendo o enterro coneorridissimo..Fcrnandcz Gonzalcz luOrrcu pauper-rimo.

Ao passo qne nós aqui no Rio dc Ja-"tiro vivemos atacados cm suor, ospolacos rapam um frio de 25" abaixo dczero.

Km Varsovia é necessário accendergrandes fogueiras nas praças publicas,P^r.i aquecer os transeuntes.

Nas estradas toai apparecido gentemorta dc frio.

'• Milidelegado do 2* districto do Sai-trauieiii.i fé- lavrar auto de flsüTanteifatia AHino Francisco dc Sonzn, pt-rtçr encmlido physicainentc FínmnaMiria Dellina. cm «|Uetn prooedcii ae-rpo dc delicio o Dr. Xhomis C-jdii o

Se este club não tivesse adquirido obforos de um dos mais bellos centros dereunião, so suas festas não fossemapontadas como brilhantes, bastava obaile á fantasia de ante-hontem paradar-lhe grande renome.

Não nos recordamos nos últimos tem-pos de um baile travesti familiar, maisanimado, mais concorrido, e mais ricode toilettes de fantasia.

A casa era pequena para conter essemundo do gente elegante e fina e emf ue se mesclavam as toilettes e as maisaprimoradas fantasias, até a .monótonacasaca dos bailes de todo anno.

A' meia-noite o baile chegou ao augede animação. Dansou-se então emtres salões, onde difücilmente se podiacircular. A mescla das cores, as flores,a scíntillneão dò ouro, da prata o dapedraria das toilettes cruzando-se, re-demoinhando em todos os sentidosofferecia um golpe de vista phantas-tico.

E' difficil contar as fantasias cxhibi-das, é dizer qual conquistou as prima-sias, tantas eram ellas o dc finíssimogosto.

Ainda assim, na sua passagem, tive-mos oceasião de notar cm nosso carnetas seguintes :

LePapillon bleu —Mllo. AlbcrtinoLobo, vaporosa e sedutora.

Bouquet de cerises — Mlle. ClotildcWcguelin.

Une normande — Mlle. M. da GloriaLeite.

Une sorcière — Mllo. A. de AndradePinto.

Todas estas tres muito elegantes.Salomó, encantadora fantasia de Mlle.

Lucina Andrade Pinto.Bohemienne -^ Mlle. Julia Ferreira

e um travesso e interessante jockey,Mlle.Adelaide Fragoso. Muito festejada.

Tzigana—MlloY Lopes Anjo. Muitochie. .. . ' V

Buenadicha —Graciosa fantasia deMlle. Rachel Haziza.

Fra-Diavolo e Andaluza — Fantasiasde Mllcs. Wormcs. Três réussies.

Scvilhana—Mlle. Ferreira Vianna.Lieutcnant du Diable e Proserpina,

duas lindas visões do inferno — Mlles.Ricdel e Orminda Miranda. Muita graçao espirito.

Uma Malagucna— Mlle. Maria JoséLeite. Que salcro!.

Nuit étoilúc, mystcrioaa o seduetora—Mlle. Sarah Haziza.

Uma formosa Picrretc—Mlle. AmaliaLobo.

Une alsaciennc— Ainalia Duarte.Un doctour e un phormacien — Mmc.

Pinho c Mllo. Adríenne.—Um dos sue-cessos da noite. Muito chiste. Nãohouve quem não consultasse a doutora eâjudnntojp quem não fosse contempladocom a infallivel visita. Um remédio ser-vido cm cálice dc ouro, uns licores finoscm jarras dc crystal, caixinhas de bom-bons. etc

Voiapuk—ospirituosa fantasia da dis-tiiièta virtuoso Mlle. Emma Wcguelin.Em um álbum que empunhava escro-verain muitos collaboradores presentessobre o Volapuck.

Circassicnnc— Mlle. Emilia Barboza.Nuit au clair do hino—Mlle. Leocadia

Penna.Uma carvooira — Mlle. Alexandrina

Silva. _ ,Arlequine—Mlle. Ada Lobo.Gitana—Mllo. Leonor Torreão.Princeza Jogatina—Mlle. Simi Haziza.Todas muito elegantes.Tres camponezas de typo mui pitto-

resco:La paysanne russe—Mlle. Raynsford;

paysanne française —Mlle. Elisa Cal-deíra *, paysanne hollandaise — Mlle.Pessoa.

Marquise-Ronaissance—Mine. Rangel—Muita distineção.

La Folie—Muito interessante, Mlle.Amaral França.

Danscuse turque— A muito graciosaMlle. Shutel. '¦

Duas engraçadas saloias— Mlles Co-rina e Julietta Gonçalves.

Manola—Mlle. Santos.Aida—Rica toilette, Mlle. Eugenia de-

Oliveira. , ¦ .Orientale— Mlle. Gomes de Oliveira.Çalombine— Mlle. Mario Ralton, fan-

tasias muito mimosas. .Uma arara muito original e bonita —

Mlle. Dclphina Barros e uma esplen-dida Faisca, Mlle. Olga Wcguelin.

E muitas outras, que nos escaparamno torvcllinho das dansas, cm que es-tnvam empenhadas.

Os cavalheiros também disputaramprimazias e numerosa cohortc de fantasias exhibio-se curiosamente.

Notámos as seguintes:C. Carvalho, pescador napolitano ;

A. Passos, Gobehn (época Francisco I);A. Tavares, Henrique IV ; L. Noronha,Incroyable; Dr. Luiz Farinha, diablerose : Ajax Lobo e J. Mesquita, doisimpagáveis pierrots, que fizeram rir avaler; V. Soares, Conde dc Almaviva;R. Castro, Torero na corte; muitascasacas dc cores variadas, etc.

Muitas senhoras nâo fantasiadas apre-sentaram-se egualmeutc trajando comsupremo gosto.

Uma festa esplendida em surama.Muita formosura, muita elegância c

espirito, muito entrain.. •Accrcsccntem a tudo isso uma direc-

toria a dispensar hospitalidade fidalga,c fiquem com iuveja os que nào tiverama dita de li ir. ¦.

Parabéns ao Club do Engenho \ c-lho...

CLUB GUANABARENSEA siimptuosidude com que este club

costuma fazer suas festas não foi des-mentida d'csta vez. O baile ti fantasiacom quo ante-hontem abrio os seussa-lões esteve acima dc. toda a espectativa.

Bella musica, esplendido serviço,inexcediveis cordialidade 'e ordem, tudo

¦ contribuio para que o baile á fantasiaVstivesso digno do club c dos iniciadores.

A commissao composta do bello egentil Pedro Ag., dos irmãos Borgerth,Pinheiro, Bastos, Júlio c do impagávelCharles Brandon, esteve toda cheia deamabilidade, actividade e interesse pelobom effeito da festa.

Grande numero de senhoras em grandetoilette e fantasias graciosas e elegantesderam um grande realce ao.baile.

Durante o baile Mlle. Laura Dias (enfleuriste) vendeu louqueíiB em beneficioda infância desamparada, rendendo abolsa cerca de 150*100.

D'entre as fantasias notamos :.;Rose Mousseusc, bello vestuário'çom

que ornou-se a formosa Mme. Laura F.de Almeida. ;

Mlle. Georgina Teixeira Leite, emMlle. Charlotte Panif. ' .Mlle. Alvarenga, *ni dame forenhne.Mlle. Alice Costa, cm toureira.

Mllo Sinhá, Teixeira Leite, em dan-seuse turque. . .,

Mlle. Marietta Azambuja, em Mme.Gendarme. Esplendido vestuário.- Mllet.-Philipps, uma-emJBeÒ€C<;a,umaem cosinheira e a terceira em sal oia.

Mlle. Laura Machado, em Folia. .Mlle. America Moreira Pinto, 'em

chaperon rouige.. ... ••Mlle. Maria Luiza Almeida, em bou-

(juctihvcMlle. Lacombe, em danseuse turque.Mlle. Eugênia Süvtt, em triumpho.Mlles. Elisa Gravenstein, em Maraa-

rida, e Sophia Gravenstein, em Folia.Mlle. Julia Maria Dias, em camponeza

italiana, <ot'efíe de'siicéésso.Mlle. Clementina Moraes Sarmento,

em Gitana. . ¦ ¦¦-.-. nMlle. Aurelia de Moraes Sarmento,cm B tttonáe Rose. .

Mlle. Elviía Dias, om Leiteira fran-ceza, toilette npreciadissima.

Mllo. Maria Jjilia Dias, pm Jardinicreespaqnóle, graciosíssima.'"..Mlle. Missick, em FloWsta,

Mllo. El vira Borgorth, om Odalisca.Mlle. Eulalia Borgertli, em Rosa.Mllo. Ceeilia Borgerth, em Folia. ¦Mllo. Maria Justirilana de Almeida

Borgerth, émCarmen; • ü»Mlle. Irene, Om Carnaval.Mlle. Valente, em Cigana.Mme. Marianinha Brandão, em Belle

Gilette de Narbonne.Mme. Domingos Ferreira, em Gitana.Mme. Barros Falcão, em avocate; foi

um dos melhores trajos.Mme. Missick, em Helena, do Lolien-

urin.Mme. Valente, em Vendeuse dejour-

naux.Mme. Menelio Pinto, em Tunisienne.Mlle. Eugenia Masset, em Cigana.Mlle. Mathilde Masset, ern Aurora.Mlle. Campos, cm Matelot. ; ;Entre os cavalheiros, os Srs.: Missick,

em Lohengrin; Rcpsold, cm Fantoche,R. C. cm Pípo da Mascotte ; AlfredoLima, cm Incroyable; Álvaro Bra-connot, em ongrnçado palhaço; Oan-diota, em bobo de Luiz XII, CarlosBrandon, cm arlcquim; Borgerth,.em charlatão; Manuel Alves Bor-gerth; em Snperchia; José SiqueiraBorgerth. á côrtc; Lima o Castro, Che-uahcr dc la croix rou.ge; Júlio CostaPereira, em .Scapin; Luiz Guedes,em musica; commendador Josó Alvesda Motta Junior em Capitão negro ;Bastos Junior, pescador napolitano;Candinho Barreto e Alexandre Fonte-nelle, á corte; Charly Martins Pinheiroe Arthur Alvim em toilette de rigueurcom collete, tendo as cores do ClubGuanabnrense: Alexandre Gasparonien r/ommeux excentriquej^ete., etc.

O Club Guanabarense registrou ante-hontem mais um triumpho.

Sem fantasia estavam Mme. CoBtaLima Braga, Henrique Chaves, A.Pinto, Carlos do SA, R. de Almeida,Gasparoni, F. de Almeida, Magalhães,baroneza do S. St.lvador do Campos,todas em grande toilette,

A orchestra. regida pelo maestro Go-mes de Carvalho, esteve esplendida.

CARNAVAL

Antônio José Rcbello dos Santos,vulgo Piolho, por ser capoeira ç des-ordeiro conhecido c aggredir. de na-valha cm punho, «livcrsos individnosfantasiados que se achavam na rua Setedc Setembro, ferindo o saldado Joci-Ignai-io Sanchca, no rosto, com as unhas,e J"3o Antônio Martins, tamltcm sol- *.jr branca, enjo cadáver foi reinovid«

«m «ledo da inão«lireita, loi I para o Necrotério, por ordem do subdc

LOTERIASUHAM-PAH.A-

Resumo dus prêmios da 4a serie da16* loteria extrahida m> dia 13 do-cor-rente :48957013706385 1501 '....9343163417952386412

12:00050001:200500030050003005000300â0001203000120á0'JO120500012050001205000

DczcnnN

4891 a 4900.61 a 70.

605000305000

4894.4896.

ApprnxIsunrSca.. 1203169... 1203)71

Todos os números terminados cmtêm 125000.

Todos os números terminados cm 5 c0 tcin 55100.

605603

95

Em acção de graças pelo restabeleci-mento do Sr. Dr. Lino Teixeira, illus-tre c distineto clinico do Engenho Novo,seus amigos mandam rezar amanhã,«(uinta-feira, uma missa na capella deNossa Senhora da Luz, ás 8 horas damanhã.

Foi encontrado morto cm um tanqueda casa n. 19 da rua Fonseca Tellcs,o preto liberto Affonso, cujo cadáverfoi removido para o cemitério dcS. Francisco Xavier.

O Dr. Amancio fez o exame.

recolhido á l1 estaçãodado. cmhontem presopolicial.

Resistindo tenazmente, foi necessárioo caipreso «la for«;a.

Oí soldados feridos foram medicadosno hospital «lo corpo.

Contra o otiensor foi lavraao auto deHa.4r-j.ute. jit-r ordem da autoridadecompetente.

Falleceu repentinamente, ao passarpelo largo da Carioca, um individuo_de

removido

legado do 2* districto dc S. José.

Alexandre Frederico Estevão c An-gelo Carlos Ciplc. por promoverem des-ordem foram recolhidos á 1* estaçãopolicial.O primeiro achava-sc armado dc ua-valha.

CONOBBSBO DOS FENIANOS

Os novos Fenianos não envergonha-ram a sua procedencia. Bastante novos,apresentaram-se do modo a merecer obapplausos que receberam.

Foi esto congresso o primeiro quopnssou, trazendo o seguinte prestito:

Dez clarins a eavallo.Musica vestida do lanceiros, composta

dc 25 figuras.Um carro representando o Pegaso

no alto de uma montanha, levava umcongressista trajando gorgorão do sedacôr de rosa, com longo manto bordadoa ouro o que empunhava o estandarte

chefe. - áA fantasia era deslumbrante e de

grande riqueza.A primeira guarda de honra — guer-

reiros francezes—trajando seda brancae vermelha guarnecida a ouro c arminho.

Um carro representando a câmaramunicipal.

Um outro representando as corridasde cavallos eom allusões ás patotas quese dão nesses divertimentos. Em umataboleta lia-se: — tudo embrulho.

Um representando as hospedadas,onde diversos sócios faziam discursos.

Um fingindo uma.embarcação greganavegando no mar, de um bellissimoeffeito e trazendo dentro uma moçafantasiada de setim branco e azul bor-dado a Ouro e que atirava bouquets eimpressos para o povo.

ííeSte carro vinha um estandarte doCongresso. '

Um representando a questão da abo-lição. Um conhecido jornalista davade vez ou quando um pontapé em umestadista conhecido pelo seu aferro áescravidão : este cahia, mas tornava alevantar-se; na sua frente havia algunsnegros.

Um outro representava o Brazil c aRevistaAtllustrada. O Brazil na figura deindio cahido por terra, tendo por cimaum abutre que procurava devoraí-o. -

Seguiam estes carros, no meio dosquaes se intercalavam outros, indosócios e mulheres fantasiadas comgrande luxo, seis clarins a eavallo cuma banda de musica, vestida depierrots, '' SfeJ

O carro quo vinhailògo em .seguida'representava o baptiemo do Congressoe era seguido de uma segunda guarda,fantasiada com muito gostó;":'.^!- ..,.

Seguia-se /''",;Um carro com a allusào & questão

Magalhães & Monat.Um outro representando a praça de

touros.Outro, o jubileu do Papa, ondo um

indio perorava,, mostrando a que es-tava reduzido o Brazil—bananas o to-mates

Uma guarda de 28 cavalleiros, fanta-siados com riqueza.

Uma allegoria.—Um carro puxado porcysnes. Uma interessante e bella mulhertrazia um pequeno estandarte.

Uma critica ao preço marcado pelacompanhia Villa-Isabel para passagemem seus carros. Um pequeno bond tra-zendo diversos passageiros tinha estolettreiro : Tres vinténs... cousa rara !...

Um carro com o sol no seu nasci-monto e um sócio fantasiado com muitogosto, trazendo o estandarte do Grupodos Mafarricos.

Um carro representando um grandegato preto, no qual vinha montado umsócio trajando uma rica fantasia.

Uma guarda de honra de 22 figuras,também vestida com muito gosto.

No meio d'estes carros vinham outrosarranjados com muito luxo, e onde seviam lindas fantasias.

Novos, é verdade, mas bem dispôs-tos, mostram os Congressistas que tfimgosto e que podem ostentar riquezas,que não lhes falta espirito o enthu-siasmo.

N'estc andar, onde irão ellesquando forem maduros ?

Sahiram-se perfeitamente bem.

ciação Commercial o ao Pais, motivadapela questão recentemente aventadapor aquella folha sobre a interferênciados estrangeiros nos negócios políticosdo paiz. Este carro representava ummoinho do vento atacado por um ca-vallciro, que figurava D. Quichole,

Carros com sócios fantasiados comluxo o bom gosto.

A oommenda da Rosa.—Delicada c cs-pirituosa critica a um nosso distinetocollega de imprensa, que tem, segundodiz, culto particular por aquella ordemhonorífica.

, Oito clarins, outra banda de 25 mu-sicos,luxuosainciite vestidos com as cô-res da sociedade.

Um carro com uma soberba allegoriaintitulada—Homenagem á Pintura. Umaenorme pnlheta, onde estava pintada aentrada da nossa barra. Em cima umaesbolta dama vestida com grande apuroe riqueza empunhava o estandarte deum dos grupos.

Era sumptuosissimo este carro, queproduzia o mais bello effeito.

Carros oom sócios fantasiados a ca-pricho.

Um carro com uma enorme lesmamontada por seis figuras fardadas deministros. Satyra a direcçao dos nego-cios públicos pelo actual ministério.

Um lindissimo carro allegorico ondeestava sentado o chefe feniano, umabella criança veBtida com muito gostoe riqueza.

Venha a nôs, critica a celebração dojubileu papal.

Vistosa guardado honra de devotosque iam offerecer presentes ao Papapela sua festa. Esses presentes consis-tiam em objêetos de todo o gênero,desde o mais delicado até o mais exo-tico e grotesco.

Todos os paizes estavam representadosn'cssa guarda dc honra, que causougrande effeito de hilaridade no publico.

Esplendida allegoria, intitulada Ospombos. Carro de estandarte de um dosgrupos, empunhado por uma sympa-thica dama.

Espirituosa critica ti questão Monat eFigueiredo Magalhães: duas pyramides,"entre as quaes se via uma immensa na-valha. Um dos contendores, de pé sobreo gume, fazia esforços inauditos para senão cortar, ao passo que o outro, emmelhor posição, combatia com grandevehe«nencia os seus argumentos.

Carros com sócios ricamente fanta-siados. . i;.. ..

Umá grande patotã.^Àllusao a algu-mas corridas do anno passado.

Carros com sócios.Ultimo carro, apotheose a S. Paulo,

imponente e magestosa allegoria em ho-menagem a adiantada província pelabrilhante attitude, ultimamente assu-mida na questão do elemento servil.

Este carro fechava com chave deouro o magnífico prestito dos Fenianos,que durante todo o seu trajecto foramenthusiasticamente npplaudidos pelamultidão que enchia as ruas, recebendomuitas coroas.

Um riquíssimo carro fingindo umaplanta cm quo pousava Uma grandeborboleta de azas multicores, traziauma bella carnavalesca fttntaziada cs-plendorosamcnto.

A festa do jubileu.—Vm fcstim dc pa-dres ; uma mesa com oguarias, pratosdc prata, garrafas, ctc„ no meio daqual apparccia uma mendiga pedindoesmola.

Era seguido este carro dc padres efrades, levando cada um/o seu presentepara o jubileu.

Um grande carro representando umgigante de olhos de fogo com o braçolevantado c cuja mão servia dc assentopara uma elegante moça fantasiada develludo negro bordado a ouro, cotrFcal-ção vermelh-*, trazendo na mão umtridente dc ouro.

Representava esta critica o melhorpresente quo se podia offerecer ao Va-ticano—a mulher.

Ao passar por esta folha provocoueste carro uma grande ovação de pai-mas e bravos, rocebendo uma chuva deflores.

_ O testamento do Biblia—Um grandelivro com as folhas abertas tendo pordetraz uma grande figura parecen-do querer empalmàr Umá das folhas dolivro.

A.abolição immediátà.^Vmn allegoriade muito espirito.

N'está como nas outras sociedades assenhoras què enchiam Httoralmente asjanellas, jogavam punhados de flores edè papel dourado, què ps sócios, doscarros, retribuíam atirando bouquets eimpressos.

No meio dos Carros dé idéas vinhamcarros ricamente ornados conduzindosócios e mulheres ricamente fantasiados,que tornavam o prestito ainda mais des-lumbrante.

Ao passarem pela 2* Vez pela rua doOuvidor,mais deslumbrantes ainda pelasluzes, pelos fogos de bengala, pelosreflexos da luz electrica do colosso deRhodes, o povo aoclamou-os delirante-mente, polo seu luxo, pela sua gran-deza, pela riqueza, pelo espirito e pelagraça.

Das janellas as senhoras agitavam oslenços-, mostrando assim que não eramindifferentes a tanta gentileza dos Do-mocraticos e que compartilhavam com oetathnsiasino do publicou

N.'esta segunda passagem receberamos Democráticos muitas coroas, lindis-sitnos bouquets de flores artificiaes eoutros mimos.

Recolhendo-se ao Castello, .deviamestar contentes estes Syinpathicos car-navalcscos ;. os seus sacrifícios não fo-ram improficuos.

CARNAVAL—Eil-o que vem tinindo seu cortejo,Enchendo tudo e todos dc alvoroço ;—Desperta o rico, o pobre, o velho, o

moço,A uns o outros dando egual desejo.—Eil-o que vem; dc longo sinto o vejoQuo traz nas alegrias o destroço—De vencidas tristczaB, o arcabouçoDc ilhiBÕcs quo rasgaram, já sem pejo.—Deixac passar ; vem rico do trophéosDas festas do prazer c das loucuras,—Essas doces loucuras, sem labéos.—Depois, quem sabe! o favo das venturasE' doce e breve, as glorias são uns véos,—O prazer não concede longas duras.

—12 Fevereiro 83.•*\ Cinc...

CARTA A ANTONIO PARREIRAS

parar

CLUB SOB FENIANOS

Em seguida ao Congresso dos Fenia-nos passou na rua do Ouvidor o Clubdos Fenianos, com um prestito nume-roso e riquíssimo.

Abria a marcha uma commissao de10 sócios, que precedia immcdiatamentea banda do musica do 1° regimento de«avaliaria, luxuosamente fantasiada comas cores da sociedado.

Seguia-sq logo apóa o carro do estan-darte , qne era dc um efleito dcslum-brante. Constituía uma allegoria aoprogresso, onde se viam representados:o vapor, o balão, o telephone, etc. So-bre uma montanha d'ondc sabia umalocomotiva, estava sentado um sócioempunhando o estandarte do club.

A esto carro seguia-sc uma riquis-sima guarda de honra dc gladiadoresromanos.

O paiz em calças pardas, intitulava-seo 1° carro de critica, allusào a questãoabolicionista e á posição ultimamenteassumida cm face d'esse problema porum illustre estadista dc S. Paulo.

Carros com sócios luxuosamente fau-tasiados acompanhavam a 1* critica,vindo em seguida o carro aUusivo aobalão, que um conhecido sacerdote quizha tempos fazer subir aos ares inntil*mente. Esta critica, que se intitulavaViagem ao Hospício, fez rir muito polofundo dc pilhéria mordente c sarcástica.

Scguiam-sc mais alguns carros corasócios que exhibiam custosas fantasias.

Vinham depois :Um lindissimo carro allegorico, re-

presentando uma lyra sobre cujas cor-das se via sentada uma airosa damaempunhando o estandarte do grupo dosGirondinos.

Carro3 com sócios vistosamente fan-tasiados.

Uma allusào cugraçadisstma d Asso-

DEMOCRÁTICOS

Abria o prestito uma banda de mu-siea ricamente fantasiada de setim azulclaro c branco com capacetes prateados,seguindo-se iinmediatamcnte o primeirocarro dc estandarte—uma meia lua deonde partiam filetes de diversas cores.

Acompanhando este carro e formandoguarda dc honra vinham os cavalleirosdenominados primeira guarda, fanta-siados com uma elegância, uma riquezae deslumbramento que a todos causouadmiração.

Vestiam setim vieux-rose bordado aouro e fingiam borboletas com azasdeslumbrantes e pennas compridas nacabeçn.

Por toda a parte onde passavam eramadmirados, saudados e applaudidos còmmuito enthusiasmo.

O prestito que se seguio era compostodo seguinte:

Um carro elegantíssimo puxado poroito cavallos brancos trazendo o sultão,magnífico pela riqueza.

Diversos carros com fantasias domuito gosto.

Um carro deslumbrante formando umagruta rodeada de lobos de prata e tendono alto um leão de ouro montado poruma morena formosa como os amores efantasiada fantnsticamente.

Este carro provocou geraes applausosc um enthusiasmo delirante.

A câmara municipal e a praça do mer-cado, seguida dc cinco carros com di-versos negócios da mesma praça.

O Carro do Sol. O sol em movimentosurgia de uma inontanbn,tendo em baixoo globo do mundo, no alto do qual umamoça se sentava, vestida de setim brancocom cstrcllas dc ouro e trazendo umlongo manto encarnado bordado dcouro.

O Choco Político.— Um ganço cho-cando diversos ovos que representavamas urgentes necessidades do paiz, recla-madas pelo povo e pela imprensa.

Um magnífico carro representandoum pagode ehinez, sustentado por chi-nezes sentados, tendo na cupola d'esseelegante edificio uma moça fantasiadaadmiravclmente.

Os acontecimentos de Campos.— Umacritica ásamiaç,is,ultimamentc havidasnaquclla cidade por cansa do abolicio-nismo.

O congresso da lavoura, seguido deuma banda dc musica trazendo capa-cetes chinezes.

Um outro riquíssimo carro de estan-darte.

Um carro -í-presentando a questãoMonat, sognido dc doentes a eavallo,trazendo todas as snas püpeletas e oclcctroliso atravessado. Neste carro nmsócio espiritnoso, qne fallou cora bas-tante verbosidade, explicava o caso, pro-vocauido grandes garralhad.u, c palma*do povo.

A gentil Mlle. Elvira de Oliveiracollocou no estandarto do Club dosFenianos, em nome da commissao doBfestejos da rua de Theophilo Ottoni,entro as ruas da Quitanda e Primeirodc Março, uma coroa de louros com es-pigas de ouro, uma das mais ricas oftb-recidas il incsina sociedade.

Ao dos Democráticos foi oftertada,cm nome da mesma commissao, outracoroa cgimlmente rica, pela Exma. Sra.D. Julieta de Oliveira e Souza, distin-cta esposa do Sr. José Guilherme de.Spuza, presidente da referida commis-são dc festejos.

A terceira coroa de louros, cm nadainferior ás outras, foi òfferecida cmnome da mesma commissao, ao Con-gresBo dos Fenianos, pela Exma. Sra.D. Ernestina Medeiros dc Oliveira,distineta esposado Sr. Narciso Baptistade Oliveira.

Além d'cstas coroas, offereceram oscaixeiros dos mesmos quarteirões umbouquet de ilor.es artificiaes, dc delicadogosto e riqueza, ao distineto Club dosFenianos. :,'

*No nosso escriptorio foi entregue o

seguinte cartão:it Ao cumprimentarmos esta illus

trada redacçao; fazemos votos pela im-parcialidade do pleito carnavalescodc 1888,0 mais nada.—Deus Momo e suasenhora.»

A commissao dos festejos da rua dnCandelária, canto da de S. Pedro, ond"foi armado uin grando coreto, passoupela rua do Ouvidor, parando nas di-versas redacções.

Passaram também diversos Zé Pc-reiras, convergindo o povo mais tarde,depois da passagem dos prebtitos car-navalcscos, para os theatros.

*Foi-nos enviado em elegante cartão,

contendo o seguinte:A commissao do carnaval, entre (Jui-

tnnda c Primeiro dc Março, cumpri-nicutu o jornalismo.

A Imprensa «• a luz «lo espirito.

Antonio Xavier foi preso e recolhidoá 8* estação policial, por ser aceusadode ter, armado do um páo e faca, ag-gredido Jacintho Gomes Medeiros, den-tro do açougue 11. 22,da rua de JoãoCaetano. r P

Xavier, ao ser revistado, foi-lhe en-contrada á cinta uma faca do ponta, cem um dos bolsos da calça um rewolvercarregado com cinco cápsulas.

Apresentado ao subdelegado do 1° dis-tricto de Sant'Anna, foi contra elle la-vrado auto do flagrante, por uso doarmas prohibidas.

O subdelegado do 1° districto de SantaAnna mandou recolher á casa de de-tenção Nicoláo Roque, por ter, armadode duas navalhas, aggredido AntonioLauro, na rua do Alcântara, resultandofazer no mesmo um ferimento na ca-beca.

VERSOSAOS ANNOS Uli UMA MOVA

Scndal de rosas vaes atravessandoAtravcz d'esta vida—uma ehimera;E dentro do teu peito a primaveraVae as rosas do amor desabroehando...E' ditoso, c tranquillo o teu destino...Serenos vão teus dias se passando,Quaes pctala3 dc mn lyrio desusandoNas águas «lc um regato crysbiliuo...Brilha o sol cm teu lar. puro, «loirandoAs tuas esperanças cór de rosa,O mesmo sol que vae-me illuminandoOs espinhos da vida proccllosa!

Queira Deus dar-tc sempre os maisrisonhos

Dias—qne nunca a magna de nm des-gosto

Turvar venha a pnreza do ten rosto.Perturbar dc tu'alin.1 ns castr-r-- sonhos.

AXVAE"J MiEIUÍS.

JORNALISMO EM PORTUGALActualmente publicam-se ém Lisboa

as seguintes folhas diárias :Diário do Governo, Diário Illustrado,

Repórter, Gazeta de Portugal, UniãoNacional, Jornal do Commercio, Época,Commercio de Portugal, Dia, Rcvolu-cão de Setembro, Economista, Correiodo Povo, Correio Portuguez, Século,Folha do Povo, Novidades, Noticias daNoite, Correio da Noite, Correio daManhã, DiàYio Popular, Diário de No-ticias. Jornal da Noite, Imparcial.—Total, 23.

Semanal, quinzcnal ou mensalmenteou em períodos indeterminados, sahemas seguintes folhas políticas, litterarias,scientificas e humorísticas :

Pontos nos II,Voz Operaria, Protesto,Nação, Crença Liberal, Atlântico, Correio da Europa, Bandeira Portugueza,Independência e Ordem, Portugal eColônias, Jornal das Colônias, ColôniasPortuguezas IUustradas. Exercito Por-tugtiez,Revista Militar, Ânnacs do ClubMilitar Naval, Ocoidcnte; UlustraçãoPortugueza, Jornal do Domingo. Ele-ganto, Moda Illustrada, Vinha Portu-gueza, Agricultura Contemporânea, Bo-letim do Grande Oriente, Grande An-nunciador, Boletim da Sociedade deGeographia de Lisboa, Boletim da A.dos Architectos c Arclieologos PorTii-guozca, Revista dos Theatros, Pimpão,Boletim da Associação Commercial dosLogistas, Jornal do Bombeiro, Folha doCommercio, Livro dc Ouro, Revista deObrasPublicasc Miuas,Gazeta do ObrasPublicas, Commercio e Industria,AlbumLcgitimista.Boletim dc Hygiene e Demo-sxaphia, O Lusitano, Follia Acadêmica,Jornal da Sociedade Pharmaceutica,Pharmacia e Chimica, Correio Medico,Echo do Paiz, Syndicato, Zoophilo, De-niocrácia Portugueza, Propaganda Dc-mocratica, O Mundo Legal c Judiciário,Boletim dos Trlbunaes, Jornal do Phnr-macia, Monnrchia Portugueza, GaleriaIndustrial, Portuguozés IHustrcs, Lin-gua do Diabo, Novo Mensageiro ao Co-ráçaò de Jesus, Direito, Pliilátolista,Gazeta da Relação, Archivo Ophtalino-Therupico do Lisboa, Medicina Contem-poranea. Jornal da Sociedade das Scien-eias Médicas, Gazeta dc Pharmacia, Vozdo Veterano.

Total 63 ; total geral 80.

O subdelegado da freguezia dc SantoAntônio mandou recolher ao hospitalda Misericórdia João Maria Francisco,que foi encontrado cahido na ruá doRiàchuelo, tendo um ferimento cm umadas pernas. Francisco declarou ser esse.ferimento feito por uns mascaras quepassavam pela referida rua, o que oaggrcdiram.

José de Mello, cocheiro do tilbtiryn. 54, por questionar e ferir FranciscoSoares de Souza, morador á rua dasLaranjeiras n. 22, foi hontem preso crecolhido á 11* estação policial.O subdelegado da Gloria, que tomouconhecimento do facto, mandou medicar o ferido na pharmacia n. 215 dnpraça do Duque dc Caxias.

Queixou se no posto policial de VillaIsabel, Joào Antonio dc Sant'Anna, deque, ao passar pela ponto dc Maraca-nã foi aggredido por dous indivíduosempregados na padaria n. 1 da ruado Boulevard, os quaes evadiram sedepois dc lhe terem feito um ferimentona cabe 01, sendo por isso medicadon'uma pharmacia próxima.

José Duarte dos Santos, ao passareom o caminhão n. 670 pela rua Pri-meiro de Março,- foi com esse vchiculode encontro ao bond 11.98 da companhiaCarris Urbanos, resultando inutilisar-lhe um estribo.

Ò subdelegado da Candelária mandoutantos cm paz, por ter pago o prejuízocausado.

O TEMPOTEMPERATURA DO CASTELLO

DIA 14 DE FEVEREIRO

rherm. centigr., máximo..a minimo - ¦.

3i\021",0

Nova Friburgo, 13 de Fevereiro.—Uo-tel Lcucnroth. Max. —», Min. —".

Petropolis, 11 de Fevereiro.—Estabe-lecimento Court. Max. 22, Min. 16.

Caxambú (Grande Hotel), 12 dc Fe-vereiro.—Max. — *, e Min. —",.

Escrevem-nos :1 No dia 12 eram esperadas cm

S. Domingos as barcas das 025 eV/Cã.Porém,

"devido á imrxricia oa má

vontade^ dos mestres, não as approxi-rr.aram á ponte flnetoante em que rece-bem os passageiros, que só puderamembarcar ua barca das 7 50.

Lembramos, portanto, ao diino ge-rente a br-a resnlarldadc dk. serviço,único favor exigido pelo publico. >

Quando, como um despedaçamonto doteu coração, um surto do tua alma teabalar o primeiro arranco tumultuoso otetrico do monstro do fcrro,quo teavro-batará para longo da tua pátria, e, vol-vondo os olhos, choios do lagrimas,acenares com o lenço tvomulo, nnciosa-mento tremulo de saudades o recorda-ções ; então é quo oxpcrimcntar:\s toda.,a tortura o todo o encanto, toda a feli-cidade e toda a duvida, todo o vácuodeslumbrador c pavoroso da Gloria.

E o oceano se estenderá como uinvasto scenario fantástico..,...

Que virá dizer-to o vento que esvpa>ça por sobre a tua cabeça? Quo vãomurmurando as ondas quo rcsíblegaindebaixo de teus pés? Faliam-te do ale-gres dias vindouros? Sogredam-tc echosde dcstruiçòes ? Choram ou cantam 'íUlulam ou^rieni? Trazom-tc esperan-ças ou arrancam te sonhos ? Talvez toacarinhem, talvez te maldigam.

Quem sabe se uma d'aquellas estreitasbrilhantes não marca a tua longtqttasepultura ? Outra, como um olhar demãe, talvez illumine, distante, 'umá fe-Iicidnde qüe te espera.:«*'- . j*ç£

Aquella scintillà como o bico dè umpunhal que te aponta. Estas sé apagam,como uma aspiração, um sorriso,, umalagrima... ,^

As tuas únicas e verdadeiras ventu-ras ficaram. Tomaras a vel-as ? Hontemeram uma realidade, hoje São uma hy-póthesc. Amanhã poderão ser comple-tas ou já nem existirão. ££

E volves os olhos para o horizontefechado o triste como a tua vida. '¦

Quererias ser aquelle pescador que,ao longe, enxerga eotttra A viraçâo avela branca como sua alma, como a azaimmaculado do seu único sonho.

Sonho dc paz o doçura, vida de soli-dão e poesia, dias sonorosos dos alardesdas ondas, dourados pela âlacridade dosol, atravessados pelas syinphonias va-gas dos ventos, que o arrebatam da ca-bana,cheio de esperanças para volvcl-ocheio de alegria.-

Riquezas do molncnto, prazeres semfastio. Fogem c voltam como as ondas. .Feliz quem só conhece ó inundo dó seuamor! Alli sua vida e sua morte. Sou-túmulo vae beijar-lhe a porta do lar.

E' o mar que o acariuha quo podod'ahi a pouco devoral-o.'

E' o vento quo arrasta ás suas can-ções aos ouvidos da esposa amada quelhe ha dc levar os seus ultrajes gemidos.

Sim, quererias ser esso cuja própriamiséria acorrenta á felicidade.

Mas não o poderás. Tens a obçecaç.ãoda gloria, tens o captiveiro do Ideal!La muse que lc ciei vous avait fiancúcSur votrefront reveur cherohe volre peiwía

E ella to disso : Queres ser grande ?parte, mas deixa ficar p coração! Am-bicionas dominar os homens ? sobe estecalvário! E's Miguel Ângelo? burila atua própria carne ! E's Baüdclàirò ?Canta as tuas lagrimas ! Beethoven ?vôa até mim, abandona esso mundo,onde amas ! E's Rcinbrandt ? inolha opincel no teu sangue.

Eu sou bella, dcslumbrndorumcntobela; mas.tenho nalma negra do Cha-ronte : é preciso atravessares o rio (I03prantos ! Dá-me o obulo do teu cora-çào !

E tu, que tens a verdadeira convic-fw do Bello, tu sentirás, como opoeta :.4 dôr, a grande dôr sem Iim, dc amal-a.

O artista vence o homem.Entre os soluços te ha-dc brotar

este lemma dc enthusiasmo, esta pala-via que é como que o clarim das lc-giòcs que batalham pela Arte :

— A Itália!Va^s, emfim, ver a pátria dos quo nào

têm pátria.Vacs entrar no alelier universal, onde

o pincel e o buril dos genios abriramrasgões illuminados para todas as épo-cas, encarceraram em mármore eternoa historia dc todas as gerações, c, ondoo talento dos Bellini e, dos Vcrdi pas-sa csflorando todas as almas, comoos ventos do sul ás querutas ondas doMediterrâneo.

A Itália que, com os milhões de braçosdas suas o.lumnas, eleva aò céu, glo-riosos e impereciveis, sob o turbilhonardestruidor do tempo ps ossuarios co-lossaes das edades.

E verás a França que dictou a liber-dade d terra com ns linguas de fogodas revoluções.

Berço dc Victor Hugo, a França quon'um frêmito doudo de evoluções, n'umreboamento universal de progressos,despenha-sc caudal vertiginosamentesobre o mundo.

E, inspirado c forte, como Bernar-delli e Pedro Américo, Amoedo e V.Meirellcs, Monteiro e Uelmiro, um diavoltarás ao teu paiz. Virás abouiinal-o,se não preferires com Carlos Gomes, ogenio das harmonias errantes das nossasselvas, ficar longe d'cste canto obscurodo mundo, cm que nào ha litteratura,ha politica; não ha cérebros, haestômagos; não se compram quadros,compram-se votos eleitoraes; nào sol«'m versos, l«'m-se a pedidos; ondeas glorias são reflexos, os talentos sàousurpações, os méritos são parentescos,onde emfim ha deputados que cospetnna memória do autor da Lenda dos Se-ados!

Ai.r.BiiTO Silva.Fevereiro, 1887

ECHOS E NOTASEstréa amanhã, 110 theatro Lndnda, a

nova companhia de zarsuems, repre-sentando a Nina Pancha, em 1 acto,o ProccsíO de cancan em 2 e o bailadodenominado Tertúlia.

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A' -V cessão preparateria dc h-compareceram -JJ Jjrj. j«rado3.houve sorteio.

nfiinNào

Page 2: BÍOOO WLmemoria.bn.br/pdf/369365/per369365_1888_00980.pdfde toilettes de fantasia. A casa era pequena para conter esse mundo do gente elegante e fina e em f ue se mesclavam as toilettes

P*viTO; i

« DIÁRIO DB NOTICIAS.—Quarta-feira 15 de Fevereiro de 1888

A

¦safei

AVISOSnefrlgoradorcN e nrnaw para re-

tfreaeoa, acham-se á venda na antiga obem conhecida casa Milliet, á rua dosOurives n. 10, porta tunnel. ('

¦Ibllotheea dst «Dlarlo de Motl»•Ia».—A' venda neste eacriptorio:

Zá C-nroBi, revista do anno do 1886,polo Dr. Oacar Pederneiras. 1 vol. 15000.

O CAniooA, idem, por Arthur Azevedoo Moreira Sampaio, 1 vol. 1 £000.

O Nora Fatal, romanco, por Júlio deQastyne, 4 vols. 3JS600.

Haiao.—O correio gorai expediráhoje bb soguintos:

Polo Maria Pia, para Itapemorim,Bonevonte, Guarapary o Vietoria: im-proBSos ato ás 5 horas da manhã ecartas ordinárias até ás G.

Polo Maslcclyne, para Southampton eAntuérpia: impressos ató ás 5 horasda manhã e cartas ordinárias até ás 0.

Polo Chatam, paru o Rio Grande, Pç-lotas e Porto Alegre : impressos ató ás11 horas da manha, objecetos para re-gÍBtrar até ás 111/2 c cartas ordináriasaté ás 12 1/2 ou 1 com porto duplo.

Pelo Parahyba, para Macahé e Cam-pos : impressos até ás 12 horas da ma-nhã, objectos para registrar ató ás12 1/2 c cartas ordinárias até á 1 1/2ou 2 com porte duplo.

Pelo Orénoque, para a Bahia, Per-nambuco, Lisboa, Dakar e Bordéos:'mprcssoB até ás 9 horas da manhã ecartas ordinárias até ás 91/2 ou 10 comporte duplo.

Amanhã:Pelo. Tagus, para Santos, Montevidéo

o Buenos Ayrcs: impressos até ás8 horas da manhã e cartas ordináriasaté ás 8 1/2 ou 9 com porte duplo;objectos para registrar até ás 6 da tardedo hoje.

Lê-se no Jornal de Noticias, daBahia: ...... .,- ¦ -.,... . .

« Meteorolitho do: Bendcgô. —Vão-serealizando regularmente os trabalhosdo transporte ao grande fragmento, pia-

. nctario,-do riacho Bendcgó. Depois dc-infelizes tentativas e esforços improfiicuos, parece que. finalmente é chegadaa hora de vermos collocado em uma dasBccções do Museu Nacional da corteeste interessante .moteorolitho, o maiorde quantos têm cabido sobre o nossoplaneta. •.:.

A commissão tem-se desempenhadocabalmente da confiança n'ella deposi-tada,não só pela bem orientada direcçaoque tem dado aos trabalhos, como pela«ctividade e presteza empregadas naexecuçâod'ellas.Trabalhamactualmentemais dc 70 homens, sertanejos robus-tos, afteitos ao labor, e estão empre-gados no serviço do.transporte mais do30 bois e egual numero de muares, quealternadamente arrastam um grandecarro de madeira e ferro, construídopara isto pelo chefe da commissão e noqual vem o pesado meteorolitho.

O logar obscuro d'ondc foi tirado ometeorolitho, a commissão mandou cal-çar com pedras do ribeirão próximo,gradear e assignalar com um moiiu-mento, que já está concluído. D'ahi atémuitas léguas avante, foi aberta umapicada com o fim de atalhar grandesrodeios c evitar uma topographia acci-dentada bruscamente ; esto trabalhosocommettimento teve pratico e profícuoresultado : conseguio sc trazer atéMonte Santo, onde se acha o meteoro-litho, dez leguas apenas distante daestrada de ferro, por onde deverá sertrazido a esta capital, durante o mezvindouro. Djaqui seguirá para o Rio deJaneiro aoceupar o logar que lho estãopreparando n'uma das salas do MuseuNacional.

Somos informados que o Exm. Sr.Barão dc Guahy já despendeu ecrea de8:0003 com o transporte' d'esso meteo-rolitho até o logar ondo se acha etendo-se retirado para a côrtc o Sr.commendador Carlos dc Carvalho, aserviço do mesmo meteorolitho, deixouincumbido da continuação, do trabalhodo transporte o engenheiro Antunes,seu auxiliar n'esta commissão, até ásua volta.

um processo mechanico, do um omboçoamarello incombustivol o insoluvel nangua. Esse omboço muito liquido, naoceasião do emprego, toma logo a con-sistenciado uma pasta muito firme, so-bro a qual se podo pintar o sconavio.

Iudopendontomonto dus propriedadesquo acabam do ser assignalndus, osscenarios do Toppor possuem a do po-dor. cnrolar-BO, sem o menor estrago,nas ripas do cerca do 5 centímetros deespessura, ás quaes estão susponsoB.As peças preparadas nn oflicina do in-ventor, depois de enroladas e desonro-ladas milhares dc vezes, não deixamnada a desejar sob este ponto do vista.

O peso das vistas não sc eleva a maisdo 0,kg.76 por metro quadrado o o preçoé pouco superior ao dos scenarios dotela tornada incombustivel por meioda impregnação.

Sob a denominação um pouco longado Exposição terrestre, fluvial e mari-lima de salvação c hygiene, cm Parisem 1888, se prepara em Paris, no Pa-lacio da Industria, uma exposição quecertamente offcrecerá muito interesse.As questões de saneamento e de hy-gyenc, estando na ordem do dia, ha jáalgum tempo, tomaram ahi um logarproporcionado á sua importância. Anave do Palácio da Industria será,n'csta oceasião, transformada cm umvasto lago e um diorama será iustalladono Io andar. Esse diorama, que repre-sentará a casa, a mobília o a vesti-menta, através dos annos, está confiadoaos cuidados de Lotus Bourne, que éo secretario da organização d'essa ex-posição.

Em Paris, logo que uma exposiçãono Palácio da Industria está terminada,outra se prepara; é assim que se temvisto sueceder,, ba alguns annos, umnumero consideraycl de exposições queapresentam maior ou menor interesse emais ou menos apreciadas pelo publico.O desejo de instrucção,. junto tambémás conquistas incessantes da sciencia eda industria, faz prever que este movi-mento não parará tão cedo; ao con-trario.

CoaráMaranhão.Pará

33:1005370 88:2115880 787:600.4000

— As seguintes estações arrecadaramem Janeiro:

Alfândega:Do 1888Do 1887Do 188(5Do 1885Do 1881

Ruccbedoria geral:Do 1888Do 1887Do 1880Do 1885Do 1884

Reccbedoria provincialDe 1888De 1887..Do 1880De 1885De 1884

1.028:0935289824:8095160723:7515111797:2305919

1.319:2005255

42:700550935:337500083:403510880:174553565:775,5120

298:6105602242:8675250208:5375913210:3915918251:8235588

oflicio do 1" tabolliào do município doRio Preto, foz o cidadão Cândido Al-vuro Pereira da Costa, devendo o mesmooflicio sor posto om concurso.

Assumio a direcçao do Extcrnato oEscola Normal, o Dr. José Martins doCarvalho Mourào. -Pallcccram : D. Juditli PinheiroWornock, esposa do Dr. Amorico Wor-nock, redactor da Gazeta Sul Mineira;o capitão José Felicio dos Santos, irmãodo Dr. Antônio Felicio dos Santos *, o oestudante do curso de pharmacia CarlosOlcgario do Azeredo Lana.

Está um pouco melhor do sua gravoonformidado o Dr. Henrique BarretoGalvão, engenheiro chefe du estrada deferro Oeste de Minas. Vieram da côrtcpara visital-o o seu pae o conselheiroIgnacio da Cunha Galvão e sou irmão oDr. Pedro B. Galvão.

PARAHYBAAs manumissões nessa provincia sue-

ccdcm-BC diariamente.O Despertador de 30 do mez ultimopublicou de Campina o seguinte :

« Por cá vão os negócios relativos ápolicia muito mal, pois cm Dezembrodo anno findo Bento José Guimarãesassassinou cynicamente seu primo Fran-cisco Marcolino Guimarães, c até o pre-sento não foi preso, c nem o será, por-que é filho do subdelegado do districtodc S. Francisc-i onde sc deu o crime,o é sobrinho legitimo do capitão Cariry,commandante do destacamento e dele-gado de policia em exercicio actual-mente. :-r «fi« O pae da infeliz victima tem cn-vidado todos os esforços para a capturado criminoso, mas nada consegue, poisdizem que elle, ora está em casa doCariry, e ora na do pae.« Que moralidade !... ¦•.-.<

Estão eleitos 16 deputados provin-ciaes liberaes e 14 conservadores.

— Victima de uma congestão cerebralfalleceu em Bananeiras o capitão Vir-ginio Barbosa do Luccna.Inaugurou-se o trecho da via ferrado Conde d'Eu entre o Varadouro e oCabedello. „ •

PROVÍNCIA DE MINAS

PELA CASA ALHEIAEin uma folha estrangeira deparámos

com a seguinte interessante estatísticados incêndios dos theatros em 1887,estando também comprchendidos n'cssaestatística os cinco cafés concertos :

l." Ein 10 dc Janeiro, theatro de Go-tliingon (Prússia). v*j

2.°*Eni .10 dc Janeiro,: circo de Si-doli, cm Bucharest. j',-

. 3." Em 13 de Fevereiro, opera dc Nor-thamptou (Inglaterra).

4." Em 17 de Fevereiro, theatro po-pular cmLnybach.

5." 28 do Março, circo Ilcrzog, cmGand (Bélgica).

6." 2G dc Maio, opera cômica de Paris.7.° 2 dc Junho, theatro de Odcssa

(somente uma parte da 2» galeria).' 8." G dc Junho, circo de Lcschin, naRússia.

9." 2G dc Junho, cnfé-conccrto cosmo-polita, em Rottcrdam.

10." 28 dc Junho, theatro Lafayette,em Rouen.

11.° Comcços de Julho, theatro dcCacercs (Hespanha).

12.*' 9 dc Julho, alcazarVariety-Thea-tre, em Huxley (Estados Unidos).

13." Fins de Julho, theatro de Vculoo(llollanda). .

14." 25 dc Agosto, opera de Stochport(Inglaterra).

15." 6 dc Setembro, theatro d'Exctcr(Inglaterra).

1G.° 14 de Setembro, café-coucertodas Variedades, cm Calais.

17.° 2 dc Novembro, circo Rcnz, emHamburgo.

18.° 28 dc Dezembro, theatro do Is-lington, cm Londres.

Juntando a esses dezoito incêndioso pânico no Dilottaut-Theatro, dc Lon-dres, o anno de 1SS7 vio causadas pelofogo, no3 theatros da Europa e da Amo-rica, dezenove catastrophcs, nas quaescerca de 4C0 pessoas pereceram. Nàofoi, pois, um anno feliz para os theatroso dc 18S7 ; sel-o-ha o de 18S8?

Os muitos incêndios dc theatros du-rante o anno de 1S*7 deram logar a va-rias invenções destinadas a cvital-os,ou pele. menos a diminuir as desgraçaspor elles produzidas. Acaba de appare-cer mais uma invenção em Berlim, quedizem os jornaes aUcmãea está chamadaa produzir uma revolução no fabrico domaterial dos theatros. Um pintor, E.Teppcr, é o inventor dc um processoque permitte pintar scenarios sobretela dc arame dc ferro, absolutamenteincomlutticcL Existem já, como sc sabe,vários processos destinadas a tornarincombustiveis os scenarios pintados emtela ordinária. Mas essos processos,salvo cxccpçòcs, davam apenas rcsul-tados incompletos, a* matérias de quesc impregnam as telas se destacam fa-cilmente dellas e ficou demonstradoqne no fim d¦! algumas semanas as telasjá bíocstàjmais inteiramente ao al>ri;odo ÍO.;».

A tola dc arame dc forro fin.o, de iiuasc serve Toppor, tem malhas dc cercade 1 ínüiiuielro. Ella é revestida, por

PERNAMBUCONá Goyana ó honrado agricultor, ma-

jor Urgelino Cavalcante da Cunha Rego,senhor do engenho Itapuá, acaba de li-bertar seus escravos com a cláusula detrabalho por dois annos.

O commerciante do Recife, Sr. An-tonio Augusto Pereira da Silya, acabade conceder liberdade, sem remuneração ou ônus do espécie alguma, a oitoescravos, todos moços, quatro dos quaespertenciam aos orphâos de FranciscoSoares da Silva Retumba., dos quaes étutor o mesmo Sr. Pereira da Silva,que assumio a responsabilidade d'cssaslibertações.

A Exma. Sra. D. Joaquina dasMercês Ferreira, viuva do- professorJosé Eduardo dc Souza Landim, c seusGlbos, concederam, no dia 2 do mezfindo, liberdade, sem remuneraçãoo uônus de espécie alguma, á sua escravade nome Josepha, dc 30 annos de edade.

O Sr. Regino do Carvalho declarou,em presença de diversos cavalheiros,ter libertado sua escrava dc nomeBufinn, cuja carta já havia passado.

Temos noticias dc mais as seguiu-tes concedidas com a cláusula de pre-stações de serviços por dous annos :

Pelo Sr. Antônio Vicente.-PereiraCarneiro, residente no engenho SipóBranco; na comarca Timbaíiba, a 7.

Pela Exma. Sra. D. Lourença Mariade Jesus, moradora no engenho Manimbú, na comarca dc Itambé, a 8, e peloSr. José Antônio Pereira Guedes, rc-sidente no mesmo engenho, a 7.

Pelo Sr. José Luiz Pereira do An-drade, morador no engenho Jardim, nacomarca dc Timbaúba, a 2.

Pelo Sr. Manuel Zeferino da FonsecaPinho, que reside no engenho Rebelde,na comarca dc Goyana, a todos de suapropriedade.Pelo Sr. Manuel Guedes CorreiaGondim, morador no engenho Olhod'Agua, na comarca dc Itambé, a 40.

Com condição de prestação de ser-viços por anno e meio, também liber-taram :

O Sr. Antônio de Araújo e Albuqucr-quo, residente no engenho Gutihuba,na comarca do Goyana, a G.

A Exma. Sra. D. Maria da Silva dosPrazeres, moradora cm Itambé, a 3.

No arrabalde Caldoirciro morreu ajoven c interesante filha do Sr. Dr.Ignacio Alcibiades Velloso, D. Joa-quina Rosa Velloso.No cemitério publico de SantoAmaro foram sepultados cm Janeiro :

Dc 1888 203De 1887 264Dc 1886 2õ8De 1885 277

— No próximo findo mez de Janeiro,a praça do Recife, sob a responsabili-dade das companhias do vapores que aservemRecebeu 2,158:3925120Expedio 1,320:3055286

A expedição foi para:Rio de Janeiro 37:6005000Bahia.. 1:5005000Sergipe 20:7905000Alagoas 197:4005000Fernando 6:2465216Paraliyba 187:2005000Rio Grande do Norte.... 15:0005820

Resultado final da eleição provincialem todos os districtos .

1° districto.—Drs. Campolina e JoséEufrosino (1), conservadores; Salathiel,liberal. '-; • ¦

2o districto.—Dr. Francisco XavierR. Camprllo e commendador AntônioM. F. da Silva, liberaes ; major Anto-nino Gentil Gomes Cândido, conser-vador, .

3o districto.— José Antônio da Sil-veira Drummond e Dr. José Cândidoda Costa ¦ Scnna, liberaes ; padre Fir-miano Gonçalves Costa, conservador.

4o districto.— Drs. Vaz de Lima. eChassin Drummond, liberaes ; João deVasconcellos Teixeira da Motta, con-servador. '

5o districto.—Drs. Antônio JoaquimBarbosa da Silva e Luiz da FrançaVianna, liberaes; Severiano Nunes Car-dozo de Rezende, conservador.

6o districto —Drs. Francisco AlvesMoreira da Rocha e Francisco JoséCoelho de Moura, conservadores; revm,vigário José Theodoro Brazileiro, li-beral.

7o districto — Drs. Bias Fortes. SáFurtes c commendador José Pedro Ame-riio de Mattos, liberaes.

fa° districto—Dr. Aristides de AraújoMaia e rovd. vigário Cândido P. deCerqueira (2), liberaes ; Dr. Franc scoSoares Peixoto de Moura, conservador.

9" districto.—Drs. Luiz Vieira de Ro-zende o Silva, Francisco B. TeixeiraDuarte conservadores; Dr. JoaquimAntônio Dutra, liberal,

10" districto.—Drs. Carlos Ferreira eTobias Tolendal, conservadores ; Dr.Horta, liberal. -

11° districto.—Francisco Braz PereiraGomes c Domingos Rodrigues Viotti,conservadores ; Dr. Silvestre Dias Fer-raz Júnior, liberal.

12° districto.— Josino Araújo e SallesNavarro, liberaes ; Dr. Jurumeuha, con-servador.

13° districto.— Drs. Joaquim LeonelFilho e Francisco M. dc Andrade, re-publicanos; Dr. Fernando AvelinoCorrêa, conservador.

14° districto.— Dr. Modesto AugustoCaldeira o Revd. padre Antônio JoséTeixeira, conservadores; Antero Fio-rencio Rodrigues, liberal. (3)

15° districto.—Augusto Cezar e padreNogueira, conservadores ; Dr. Porfirio,liberal.

16° districto,—Coronel Joaquim Anto-nio de Souza Rabello c padre Lafayettede Godoy, liberaes; capitão Nelson Da-rio Pimcntel Barbosa, conservador;

17" districto.—Dr. Álvaro da MattaMachado c Camillo Filiuto Pratos, li-beraes ; Dr. Antônio Augusto Velloso,conservador.

18" districto.—Claudionor Nunes Coe-lho c Dr. Sabino Barroso, conservado-res ; José Maria Brandão, liberal. " *

19" districto. — Coronel José BentoNogueira, Revd. conego João BaptistaPimenta c tenente-coronel IgnacioMurta, conserva lorcs.

20" districto.—Dr. Francisco Sá e Lin-dolpho Caetano, liberaes ; Ramiro Mar-tins Pereira, conservador.

(1) E' contestado, tendo sido expedidodiploma ao Dr. Francisco Amaral.

(2) E' contestado, tendo sido diplo-mado o candidato Dr. Ovidio Guima-rães.

(3) E' contestado, tendo sido diplo-mado o candidato eonogo Ulysscs i ur-tado de Souza.Em Cataguazes o br. Manuel bil-verio Affonso libertou condicionalmentea três escravos o som ônus algum dous.

No rio Pomba, perto da estaçãodo Aracaty, pereceu afogado, no dm10 do corrente, ao meio-dia, o cidadãoJosé de Deus Costa, escrivão do 1" ta-bellião do Cataguazes.Reuniram-se no dia 4, no salão, daestação cio Pirapotinga, os fazendeirosconvocados pelo Exm. Sr. barão deS. Geraldo, afim de tratar-se da intro-ducção de colonos. [Para o cargo do promotor de capei-Ias e resíduos do termo da Conceição,foi nomeado o cidadão José Bernardinodc Oliveira.A companhia estrada de ferroOeste de Minas pedio autorisação aogoverno provincial para conceder pas-sagem gratuita em toda sua linha aosimmigrantes que vierem estabelecer-sena província. .A companhia Leopoldina oftereceuá provincia passagem gratuitamente emtoda sua linha. .

Acompanhado pelos Srs. capitãoJoào Damascenó, Dr. Gabriel Maga-lhãcs,Diogo da Fonseca e Silva,GustavoTheophilo e outros fazendeiros da Leo-poldina, ehogou a esta cidade no dia 6,em trem especial, o Exm. Sr. barãode S. Geraldo, afim de presidir areunião dos proprietários de escravos èdos lavradores, convocada para tra-tarso da substituição do trabalhoser vil.

O dologado da cidado do. Aracatypassou ao Dr. chofu do policia o so-guinte tolegrnmma: i

« Aracaty, 22 do Janeiro.—AlferesMello CrtBtro, commandanto do doBta-cnmonto, hontem, á noite, pessonlmontocapturou o assassino .Ioaquim PorçiraLuna, conhecido por Joaquim Jaibára.Foi importantíssima diligencia, diguado louvor. » l .—Da Independência osoroveram á Ga-zela do Norte, em data do 17 do mezpassado, o seguinte:

« Aqui começaram as chuvas do dia18 para 14 d'0Bte, o ató o prosento têmsido constantes e abundantes, a pontode torom enchido vários rios, do sorteque,pelamaneiraporque apparecornm,parece que teremos um inverno satis-factorio.» , ,Escrovom do Ipu á mesma Gazetado Norte :

« Diversas chuvas calnram por aquido dia 12 a 15. sendo para notar quo ade 14 para 15 durou 8 horas.

Em Sobral, Santa Quiteria e Tam-boril, segundo noticias quo tomos. d'cs-sas localidades, tem também chovido.

Era tempo, pois quo os criadores jáiam sofírendo bastantes prejuízos. »

No Restaurant Café almoçou bojo(20), diz o Libertador, da Fortalpza, oSr. Antônio Ferreira de Figueiredo,chegado do Pará no paquete Manáos.

« A' sabida de Figueiredo, o moço dorestaurant, de nome Democrito, achousobre a cama, no quarto que òccüporáaquelle, a quantia de 900.5 em notas eentregou-a fielmente ao seu patrão,que por sua vez feia chegar immedia-tamente as mãos de Figueiredo, quejá sahirá para tomar o trem de Batu-ritc.e não havia dado pela falta do di-nheiro.O delegado de Uruburetama telc-graphou ao Dr. chefe dc policia, coin-municando que, no logar Chapada, Alei-xo de Souza matou, com um tiro, JoséDias de Carvalho. O delinqüente entre-gou-se A prisão e diz ter sido o. factocasual." , _.Em 1887 a collectoria de Camocimrendou 69:0965492 róis : deu de porcen-tagem ao collector—6:633.5243 réis e aoescrivão 4:4225162 réis. -_' „A do Aracaty pròduzio 64:675,5386:deu ao collector 1:6401365 c ao escrivão1:093,5510. , ....

A de Baturité arrecadou 37:1115064;teve o collector 2:1495329 e o escrivão1:6325886. i :'¦-*• ' ¦¦,; .' '>'--

Falleeeram: emMecojana,D.Fran-cisca de Paula Candéa, na avançadaedade de 84 suínos, e na villa do Pereiroo cidadão Francisco-Antônio dos Santos.

Conservadores 29Liberaes 29Republicanos 2

Appareccu a varíola cm logaresvisinhos á cidade dc Itajubá.

Ha casos no Cubatão, deste termo,no visinho bairo dc S. João, c muitosenfermos na freguezia da Virginia.

Com razão, a população d'csta cidadetem receios da propagação e invasão dctão terrível enfermidade.Foi acecita a desistência que, do

RIO GRANDE DO NORTEA imprensa registra grande numero

de manumissões e o cidadão que maisse salientou foi o major Miguel Ribeiro,que concedeu liberdade a 60 cscravisa-dos sem ônus de espécie alguma. .No dia 1° de Janeiro,- quando foiinstallada a Libertadora Norte Rio-Grandcnsc, havia na capital 29 es-cravos.

A sociedade entendeu que a sua. pro-paganda devia começar por casa e tra-tou de empregar os mais assíduos cs-forços, afim de libertar quanto antesesta cidade, lembrando-se do dia dehoje, anniversario da adhesão da.pro-vincia á emancipação política do impe-rio, para a realização do generoso e hu-manitario commettimento.

Resultados muito animadores coroamos trabalhos a que com dedicação met-teram hombros as commissjct executi-vas ; apenas 4 possuidores deixaram defazer coro com o geral desejo dc veresta terra livre da macula da esera-vidão.

Em Natal restam apenas 9 cscravisa-dos, pertencentes: 4 ao Sr. JoaquimIgnacio Pereira; 2 á Exma. Sra. D.Elvira Augusta Gomes do Mello ; 1,-ftoSr. major Antônio Benevides Scabradc Mello; 1 ao Dr..Augusto Carlos dcMello L'Eraistre; 1 ao capitão PedroPaulo Vieira de Mello; mas esperamosquo a emancipação completa destacidade será, por honra dos scu3 habi-tantes, uma realidade, e o mesmo, sue-cederá com o- municipio, onde existemapenas 46 escravos.

Foi nomeado oflicial-maior da sç-cretaria do governo o capitão AntônioJosé Barbosa Júnior.

Foi demittido, a pedido, o collectordas rendas provinciaes cia villa da Ma-caliyba, Antônio José Barboza Júnior,e nomeado para substituil-o, Beneve-mito Augusto Carvalho.

A Gazeta dc Natal publicou o sc-guinte: ,«Manuel Rodrigues dos Santos, vulgoMandú, Sebastião Cotia, Ignacio Ga-briel e Adelino Lourenço, na noite dodia 10 do corrente, na rua denominada—Sertãosiuho—da cidade de Cangua-rctmnu, travaram luta, da qual resultousahirem gravemente feridos Ignacio Ga-briel c Adelino Lourenço.

Das diligencias, a que a respeito pro-cedeu o ¦ delegado de policia do termo,no dia seguinte, verificou ter sido Ma-nucl Mandú autor dos ferimentos deIgnacio Gabriel c este dos que recebeuAdelino Louronço, que a 23 falleceu.

Falleceu Manuel Joaquim Pereirado Lago. _

CEARAAssumio o exercicio das duas varas

d'esta capital o juiz de direito Dr. Joa-quim Pauleta Bastos dc Oliveira.

O concerto que a familia JorgeVictor oftereceu á elite da sociedadecearense, na noite dc 21 do mez ultimo,correspondeu perfeitamente á espeçta-tiva Bympathica que acolheu a noticiad'cssa festa artística.

Com a sala litteralmente cheia desenhoras c cavalheiros, abrio o saráo odistineto professor, executando magis-tralmentc, como costuma, o Scherzode Chopin.

E seguio-sc a execução dc todo o pro-gramma sendo vivamente npplaudulosos executantes.

PORTUGALPttOYl-VCI.-

22 de Janeiro.São horrorosos os cffeitos dos últimos'

temporãos. E' rara a aldéa onde nãohaja desgraças a lamentar. N'umas achuva, n'outras o vento, aqui a neve,acolá as. inundações vão passando,deixando após si assignalada a sua des-truidora passagem com lagrimas e des-truição.

Veja-se a seguinte relação, apanhadaa esmo, do grande acervo de noticiasque chegam de todos os lados.

No caminho de ferro do Porto, umaarvore cahida entre Estarreja e Ovar,demorou o comboio:

Voltou-se no Douro um barco comcarvão e a barca Delmar garrou contrao patacho Lidador.

Dentro de Torres Vedras, a cheia dorio Sizandro subio a grande altura,attingindo a 1!",30 em grande numerode ruas.

Os moradorcs,para sahirem das casas,têm-se servido de carroças.

Não seguio o correio de Torres paraPcnichc, em conseqüência da cheia.

Interrompida a linha de Torres atéLisboa.

Na villa do Alemqucr as ruas estãoinundadas, a ponto de impedir o tran-sito.

A villa do Carregado,»» mesmo estado.A neve nos concelhos do Trancoso,

Foscôa, Pinhel e Figueira de CastclloRodrigo tem sido enorme, a ponto deimpedir o transito nas estradas.

Outro tanto tem suecedido cm Eni-vãos, Penedo, Fnfe, Basto c outrospontos do districto de Braga.

No districto de Bragança, a nevetemattingido a 0'",40 e 0",50, interrom-pendo o transito nas estradas.

No districto da Guarda grandes ava-rias nas linhas telegraphicas; postes ca-hidos, communicaçõc3 interrompidas cimpossibilidade do remediar os estragos.

No districto de Santarém, margens doSorraia, foram levados pelas cheiasmuitos poetes telegrapbicos.

No districto de Évora, têm-se interrompido as communicações em conse-quencia de haverem transbordado diffc-rentes ribeiras.

A cheia do Tejo tem sido enorme.Em Villa Velha de Kodain, a escala queás 9 horas da manhã marcava tres,attin-gio ás 0 da tarde 6,30.

Em Barquinha a cheia marcava hon-tem, ás 6 da tarde, 3,23 e boje, ás 10 damanhã, marcava 5,44.

O caminho dc ferro do Cintra esteveinterrompido, mas já está restabelecidoo transito.

Escrevem dc Ancora, em data dc 28:« O tempo tem corrido quasi sempre

agreste e frio. Nas noites de 22, 23,

24 o 25 calaram grossas camadas dogoada, quo prejudicaram bastante oscampos do ervas o as hortas.

Desde hontem á noito está soprandodo lado do suesto um tomporal desfeito,o fazendo um frio intensissimo. »

Do Mozão Frio:« Nevada gorai o extraordinária du-

ranto a noito, o está continuando, comvent) leste forto; 2 grãos Roauuiur. »

Das Caldas do Molcdo :« De manhã appnrcccm nesta locali-

dado o circuinviBÍnhanças grandes no-voes quo cnhiram durante a noito pas-sadn.»

Nào nos admiramos d'csto ncvào,pois quo nas serras da Estrclla o doMarão devo attiugir á altura do 50 a100 centímetros, como por varias vezestemos observado. O que nos admiramosé quo pessoas sexagenárias, que aquinasceram e aqui têm vivido sempre,não so lembrem do cahir n'csta locali-dade tamanho nevão.

Está muito frio. »De Regoa:« Está nevando abundantemente.As ruas c os .telhados estão cheios

de nove. O pauorama é sorprendente.Muitas pessoas fazem altas columnascom gelo.

O transito do carros está interrom-pido.

As linhas telegraphicas para VillaReal, Maboaço c Mczãofrio acham-seinterrompidas.

Ao meio-dia ainda cáe nove em gran-f^e quantidade.»

Da Barca do Alva:n Está cahindo um nevão como aqui

nào ha exemplo. Os telhados das casase as ruas estão litteralmente cobertoscom a neve. O rio Douro engrossamuito e amanhã ou depois irá soberbo.

Se o tempo continuar assim, comopromette, a pobreza resentir-se-hamuito. O thermometro marca 3 gráosabaixo de zero.».

De Vianna do Castello : .«Soprou com muita violência um vento

fortíssimo. Em algumas oceasiões asrajadas fortíssimas pareciam verdadei-ros tufões. Não -houve estragos a re-gistrar, a não ser algumas arvores der-rubadas.»

De Villa Real :<— •«Cahio sobre esta villa c suas circum-

visinhanças uma grande camada de neve,sendo deslumbrante o espectaculo quevários pontos ófferecem á vista.

lie Pombal:.. ., ,-.« Tem sido grande o temporal que

n'estes últimos-três dias nos tem in-commodado, especialmente na noite dodia 27 para o dia 28, em que a ventaniaassumio proporções verdadeiramenteassustadoras. • .'

Segundo nós consta, este vendavaloceasionou bastantes estragos nos ar-voredos d'este concelho. »

O eonflicto entre os habitantes dcAlfayates e qs do Souto,'concelho doSabugal, teve5por causa remota a an-tiga questão do limites e posse de umagrande porção'de terreno que os habi-tantes de Alfayates consideram seu cestá no seu limite e os do Souto querempara si; e por causa próxima um aggra-vo feito ao parocho d'esta povoaçãopelos habitantes de Alfayates.

No dia 20 do mez findo, quando diffe-rentes indivíduos d'csta povoação con-duziam do campo, ein braços, um seuvizinho, Francisco Estevcs Vasco, quetinha sido barbaramente espancado pe-los do Souto, encontraram o parochod'este povo, ao qual trataram áspera-mente, injuriando-o e aineaçando-o, semque todavia lho batessem.'-

Logo que esto fiicto chegou ao conhe-cimento dos habitantes do Souto, nodia seguinte, ou fosse por incitamentodo injuriado) ou pela natural predispo-sição dos ânimos para a vingança e des-forra, mais de duzoatos homens d'cstapovoação, armados com armas dc fogo,foices, machados c páos, marcharampara o limito do Alfayates, onde foipraticado o crime dc morte na pessoade Josó Pires, d'cste povo, seguido dascircumstancias mais revoltantes que scpodem imaginar; v. • . \ '.

Segundo a narração feita, por algunsindivíduos, que-presenciaram o facto,consta que o infeliz José Pires foi fe-rido c morto, quando so dirigia em com-panhia de Manuel Alves Caria, do seupovo, para umá sua propriedade, nositio dos Carriçaes, nas proximidadesda qual estavam postados José Pico,João Cascuda c um terceiro por alcu-nha o Andrello, todos do Souto, arma-dos de espingardas, os quaes, deixandoapproximar áquelles até á distancia de30 passos, ajoelhados detraz dc umapequena parede, dispararam as armassobre elles.

José Pires cahio mortalmente ferido,c Manuel Caris, quo não foi alcançadopelos projectis, fugio c foi juntar-se aoutros. ..

Mal os tros nssnasinos carregaram donovo as espingardas, dirigiram-so aocadáver do Josó Pirca, quo pisaram oarraBtaram pela lama, cortnndo-lho porultimo o Cascuda a orelha diroita, quolevou comsigo.

Emquanto so pnssava esta scona ca-nibalosca, ob habitantes do Souto, es-tacionados a pequena distancia, proto-ghun os mitorcB d'ella, disparando tirossobro os do Alfayates.

Em seguida rotiraram-so áquellespara a sua povoação, cclobrando oseu triumpho do sanguo com grandevozeria o repetidos tiros.

O estado do oxcitação que esto crimepròduzio na povoação do Alfayates^ éextraordinário, o receiam-so represáliassangrentas.

As autoridades administrativa o ju-dicial marcharam para o local do crimo,logo quo d'ellc tiveram conhecimento, cprocedem com a maior energia, afim dequo sejam severamente punidos os au-toros de tamanho attentado, o so evitemnovos encontros entre oo habitantesdas duas povoações, os quaes podemter fataes conseqüências.

Marchou também para alli uma forçamilitar dc 30 praças, que vao ser refor-cada, por sc julgar insufficiente para amanutenção da ordem entre as duaspovoações.

Na madrugada do dia 1 suecedeucm Buareos uma grande desgraça.

Uma lancha da Pederneira, quo seachava, havia 6 dias no mar, sem vi-veres nem recursos alguns, naufragouao norte dc Buareos, quando os tripo-1 tntes tentavam varar na costa.

Da tripolaçào, quo se compunha de17 homens, apenas se salvaram 4, queforam recolhidos pelo Sr. José deAbreu Guerra.

Na sexta-feira, na povoação d'In-fias, contígua a Fornos de Algodres,uma cabra' pario um cabrito com a ca-beca aberta no centro; a lingua sáo pelaabertura da cabeça e não pela bocea. Omonstro nasceu vivo.

Na Borralha, um rapaz de 11 annosde edade tentou pôr termo á existência,ingerindo uma porção de arsênico; masvsoecorrido a tempo, foi salvo.

Amores mal correspondidos foram aorigem da terrível allucinação, BCgundoinforma um jornal do Aveiro.

Que dois açoites tão bem dados !Falleceu ha dias na villa de Gon-

joim (Armamar), uma mulher, que con-tava 120 annos de edade. Gosava dcexcellente saúde, alimentando-se exclu-sivamente de caldos do couves. Aindacosturava.

Chamava-se Thomasia Fanfan.Ha dias deu-se um lastimoso caso na

linha férrea, ao kilometro 23, em Al-verca, sendo colhida e triturada porum comboio uma mulher, guarda da li-nha.

A desgraçada chamava-se Marcellinae era casada com o ovelheiro do Sr.Polycarpo Macbado, e natural da'fre-guezia de Louros.

N'aquclle dia de mauhã foi á casa daguarda do Maria Emilia, do quem eraamiga, dar um bocado á lingua.

Quando se approximava a chegadado comboio de luxo, que passa ás 111/2horas da manhã, despedio-se, dizendoque ia tratar do jantar. Atravessou alinha som ainda se avistar o comboio.

Depois encostou-se ao posto que mar-ca kil. 23, c ainda a conversar com aamiga, marido e outra mulher quo láestava.

N'esto comenos ouve-so o silvo dama-china, e quando sc approxima, a mu-lher põe-se defronte d'clla, estando ostrês a gritar, mas dcbaldc.

O comboio era dc grande velocidade,póde-so calcular o resultado... reta-lhou-a em pequenos bocados, ficandoas pernas para um lado, tripas paraoutro, etc.

— Consta que vao ser transferidapara o extineto convento do Alinostera freguezia dc Santa Maria de Alinoster,quo actualmento está em uma acanhadaermida á borda da estrada de KioMaior.

Lisboa, 28 de Janeiro.

Em cinco dias não se adquiro bas-tmte colheita dc noticias, nem a phy-sionomia dos factos muda de tal sorte,que dê assumpto a nova ordem de con-BÍderações.

Lisboa não se presta facilmente a for-necor assumpto, como n'este mez, paraseis correspondências, c muito espo-cialmente no inverno; estação passadadc portas a dentro e quasi vedada aosolhares profanos do jornalista. *

Algum assumpto, pouco é verdade,ainda assim nos é fornecido pela poli-tica quo, entre nós, acaba dc entrar nopeior dos caminhos. Nào sei se me cegaa paixão partidária a ponto de me fazer

FOLHETIM

PIERRE ZAGCONEA

1Ni:(a\nt p.tnTE

O CORAÇÃO DE UElirnA

XIV

(Continuação)

As primeiras paradas foram, por assimdizer, insignificantes ; cada um dos doisadversários avançava a custo, marcandoum ponto muito disputado cm cada pa-rada, e sem que nada pudesse daroceasião a suppor que a sorte devessepronunciar se cm favor de um ou deoutro.

Entretanto, os votos geraes eram porJorge Lagarde.

Todos o conheciam, ao passo que ooutro ninguém sabia quem era.

Do repente, os espectadores estre-meceram c houve como qne um suspiradc allivio.

LagarJe acabava dc mostrar o seujogo.

Não tinha sranh.i, mas dera geral cmarcava quatro pontos, emquanto o vc-Ihinho tinha apenas dois.

O resultado não pareceu então duvi-doso para ninguém.

E foi com um crescimento do febrequo todos se inclinaram para a mesa.

Jorge Lagardc dava as cartas, c a suareputação dc bom jogador não era usur-pada, porque sc conservava tão calmocomo sc bc tratasse de dinheiro de ou-tro ; nem um músculo do rosto sc lhehavia contraindo, c continuava a sorrircom o mesmo modo affavel, como se nãotivesse nenhum interesse na partida.

Quanto ao seu adversário, era outrocaso.

Os seus olhinhos pardos estavamchammcjantcs; os seus dedos tinhammovimentos nervosos que faziam tremeras cartas; as suas faces estavam li-vidas ; advinhava-so o esforço que cllefazia para sc conter.

Quando levantou o jogo e começou aexaminal-o, um relâmpago illuminou-lhea fronte c os seus lábios agitaram-se cmum estremecimento de triumpho.

Jorge Lagardc esperava.Proponho! disse o velhinho com

voz que em vão procurava tornar firme.Acceito, respondeu o parceiro.

Jorge Lagards inclinou-se cnm umgesto soberbo de dandysmo, superiora todas as commoçõcs.

Quantas? perguntou clle.Duas!

Tem bom jogo ?Conforme.

Kis as *b.ia3 cartas p«dida*.Passaram -se cntài d

silencio solemne.Dopois a voz do velhinho elevou-se

outra vez, c aqui está o que sc onvio:— O rei! dizia a voz. Joso o rei

Depois a dama, o valete e duas cartasmestras! Isto é, marco tres pontos-. •Ganhei!

Houve um momento de espanto; nin-guem podia acreditar cm tal. Mas,quando viram Jorge Lagardc levan-tar-sc, c o velhinho puxar para a suaesquerda os dezescis mil francos queestavam sobre o tapete, tiveram quesc render á evidencia.

E durante alguns minutos todos osespectadores ficaram sob o peso dcuma profunda commoção.

Entretanto, o vencedor não se tinhamexido e passeiava o olhar triumphantesobre as pessoas que o rodeiavam.

Meus senhores, disse elle om tomsardonico, ha dezeseis mil francos :quem os quer ?

Houve um longo silencio.Vejamos ! disse ainda o velhinho,

ninguém quer tentar a fortuna?... Entãodez mil !••• Também não ? Cinco mil !

Acceito os dez mil, interrompeuuma voz.

Todos se voltaram.Era o visconde de Fontcnette que

tinha fatiado.Ao mesmo tempo levantára-sc e veio

tomar o logar de Jorge Lagardc.Collocou sobre a mesa os dez mil

francos annunciados. Tinham trazidonovas cartas c a partida recomeçou im-mediatamente.

Nào tentaremos descrever o que sepassava n'e.=sc momento in sala doCYi/"<*' da Itrrfiiiiha. Demais, o leitor bem

scgnndos de o comnrehemle, mas aquelle que eradeveras curioso dc observar aquellahora, e.r.x o capitão 15c!teg.ir,!e.

Havia algiuií minutos que elle to-inára uma attitudc sinzular.

Asse ntado á direita do Fontcnetteem frente do velhinho, não lhe tiravaos olhos de cima.

Um olhar fixo, illuminado ás vezes dcclarões amarcllados, com franzir dc so-br'olhos que lhe imprimiam ao rostoum ar feroz c terrível.

Comtiulo,não fazia um só movimento,mas o seu bigode eriçava-sc c as suasunhas procuravam cravar-se no mar-more da mesa.

Era a perguntar a si mesmo se real-mente via bem o que o rodeava.

Por duas ou tres vezes o seu olharhavia encontrado o do velhinho, c umrouco ameaçador fazia arfar-lhe o peito.

Que tem, capitão ? perguntou Fon-tenctte espantado.

Eu ? Nada! nada! respondeu Bel-legarde ; porém...

Que ha ?Aquelle homem...Entào ?

O capitão calou-se ; estava como op-primido, inquieto, perturbado ; algumacousa inaudita passava-sc n'ellc.

Alguma cousa fantástica c macabra.Não poderia dizer se estava acordado

ou dormindo.Diante dos olhos passavam-lhe vi-

soes terríveis... Assistia ao roubo deMontpellier.. - á condemnação dc PedroGilbsrt • - - á morte dc Bertha Gautier...ao suicídio dc Paulo Didier-.. a dra-mas sem nome... a aventuras impôs-sivfis--.

E cm cada nnn d'estas visões via.rindo sarcastieainentc, o rosto odiosodo velhinho, como a zombar dcllc.

Esta aliacinaçào durou mais dc meiahora; al?n:is jogadores sc haviam suo-cedido ao seu lado, e quando clle vol-

tou a si, vio o velhinho que continuavaa ter as cartas na mão, mergulhando:h mãos tremulas no ouro c nas notasque tinha amontoadas na sua frente.

O capitão voltou á realidade Nuncasimilhanto veia tinha favorecido umjogador de écarlé.

Todos hesitavam cm se apresentar;ninguém ousava aflrontar aquella for-tuna temível. O velhinho saboreava comimpertinencia o seu insolentc triumpho.

Entretanto,não podia esperar por maistempo um adversário, c já sc dispunhaa retirar-se quando Jorge Lagardc foisentar-se á mesa.

O velhinho voltou para o seu logar.Quer a desforra ? perguntou com

uma ponta dc ironia.Sc lhe apraz conceder-m'a-.. res-

pondeu Lagarde.Quanto jogamos ?Vinte mil francos.Diabo !Assusta o a quantia ?

De modo algum.N'essc caso, comecemos.

O capitão tornára-sc outra voz attento,c d'csta vez foi com olhar mais Incido cmais ardente que sc poz a acompanharos movimentos do velhinho.

Até entào o adversário de JorgeLagarde nào dera nenhuma attençâo ápersisteneia mais que singular que ocapitão punha cm olhar para clle.

Ganhava. •• estava fi-iiz. Em menosdc uma hora tinha vist) o onro casnotas do banco accumnlarcm-se na suamão. Que mais poderia desejar ?

Mas. desde o momento em que prin-cipiou a nova partida, apoderou-sed'ellc uma especie dc presentimento, csem que pudesse saber o que experi-

montava, vagamente, sentio-se tomadode uma inexplicável perturbação.

Comtudo, nada havia mudado cmtorno d'clle.

O mesmo interesso animava os cs-pectadores ; o mesmo silencio estabe-lecia a cada nova parada, c a cspccicdc desconfiança que a prin.-ipio aco-Ibera a persistência da sua veia felizdissipára-sc por fim, quando todos sehaviam convencido dc que nada no seuprocedimento podia autorisar uma sus-peita.

Que havia, pois ?O olhar do capitão !Da primeira vez não lhe dera maior

importância. Confuudira-o com o olhardos que seguiam a partida com febrilinsistência.

O capitão fazia como os outros:olhava!

Mas não!...Ao fim de um instante elle notou que

o velho soldado não se prcoecupavanem com o jogo do seu adversário nemcom o seu. -. pouco lhe importava quemganharia ou perderia... O que o inte-ressava era o jogador! Para melhor oobservar, deixara até apagar-sc o ca-ximbo

Que lhe queria o capitão?Nunca clle o vira ; não o conhecia.Havia alli um enigma que se lhe

impoz ao espirito, tirando-lhe umaparte do sangue-frio.

Era perigoso; o velhinho assim oeomprehendeu c deixou escapar umSesto dc impaciência.

Jorre Lagardc vio-o c fe: nm movi-mento.

(Cwiíináa.)

ver os factos atravoz do lentos dos iu-torcsscB do numa corroligiouarioa, mascreio que ni\p o quo poderei dizer a.verdado o só olln a roBpoito da singularcriso por quo vamos passando, quasisem rol, quasi som governo, sem oppo-sição, o com os fundos a caminharompara umajilta do 00!

Tudo isto ó por tal sorto nnomnlo,extraordinário, iucolioronto, quo nàoquoro quo sejam tomados a conta dorazões ou motivos os períodos quo voudeixar cahir da penna, tnlvoz som lógicanom coordenação, mas com a máximasinceridade.

Quasi sem rei, disso, o ó vordado.El-rei D. Luiz, na luta com uma cn-formtdado quo o tom prostrado a pontodo já so não sustei* sonào encostado auma bengala, não pode prestar aos no-gocios do Estado a attençâo benevp-lento que sempre lhes concedou; cogoverno é de crer não se atreva a torcom clle as franquezas do discussão,nem a liberdade de clescripção da si-tuação que teria para com um homemvalido.

D'cata situação deve resultar que ogoverno não sc. atreverá a certos actosdc força que seriam necessários a vistados processos ameacciros da opposiçào,o tratará dc suffocar estes por qualquermeio, afim dc não nggravar o estadomórbido do monarcha. Isto tira-lhe aforça, o expõe aos ataques d'aquellcsque só têm esta moeda para bo apre-sentarem aos seus eleitores..

O complexo de medidas governativasresente-se disto e ha como paralysaçãode acção em todos os ministérios, ondocontinua no ramerrào do costume e naburocracia tão vilipendiada c quo óquem, nns horas de desalento dos go-vemos, ou nos momentos supremos dascriscB, sustenta a vitalidade do orga-nismo administrativo. ,;;

Para se fazer idéa do. ostado a quaestá reduzida a opposiçào, bastará, citarque na ultima votação de uma moçãode ordem contra o govorno, apenas asopposições colligadas conseguiram reu-nir 20 votos (contando com oslquc vic-ram no dia seguinte fazer declarações)quando os deputados opposicionistas sãoo dobro d'cstc numero. , <; .

Qual a explicação d'isto k'A\Nào sei.O que sei é que a actual opposiçào.é

composta toda de indivíduos que queremser ministros e que antes de guerrearemo governo tratam de se guerrearem unsaos outros. . •—

So os leitores puderem relacionarGstes factos e tirar uma conclusão, nãolhes levo nada por isso, c talvez acer1tem. Eu é que mo não atrevo a fazel-o.

Ha mais ainda.O negocio dos bonds Hcrsent, tão

levianamente trazida a publico pelosopposições, parece que só a elles com-promettem e que uns a outros se cx-commungam. Ha mesmo quem chegue aattribuir uma certa agitação que setem notado no paiz, provocada peloinquérito agricola c declamações vagascontra a marcha do governo a agentesregeneradores interessados em fazercahir o ministério, com o fim único doso óbstar aoB processos iniciados arespeito da famosa questão.

E no meio de tudo isto, os nossos fun-dos subindo progressiva c constante-monte, o que. mo faz crer que felizmentoainda não somos o rebutalho do gênerohumano, e que o que se nos afligurainprotestos infames são simples camadasde odorifero pó de arroz por esse mundofora.

— Despedio-se de nós a Patti. Nanoite da ultima recita, nos camarotes,viam-se as senhoras da nossa sociedademais elegante, o cujas toilettes cie galadavam á sala um aspecto verdadeira-mente deslumbrante. Em cada camarotehavia um formoso ramo dc camclias ovioletas, adornando pittorescamente otheatro. Naplatéa, completamente eheia,quasi todos os espectadores se apresen-taram dc casaca e gravata branca.

Uma commissão de senhoras encar-regára-se do preparar o theatro paraaquelle cspectaculo, em que mais umavez a notável cantora recebeu a home-nagem do publico portuguez ao acu ox-traordinario e incomparavcl talento.

Keprescntou-se o Rigólelto.No 2o acto a scena apparcceu linda-

mento adornada de plantas naturaes obouquets de camelius, formando umbcllo jardim.

Quando no fim da cavatina, o publicotodo rompeu n'uma salva de palmas obravos, entraram em scena ps criados,trazendo ramos e corbeilles do flores,que eram offerecidos á festejada. Vi-nha & frente o escudeiro do Sr. mar-quez da Foz, ricamente fardado, tra-zendo um formosíssimo bouquet dc ca-melias, violetas, rosas o avèncas. Obouquet ora franjado com uma preciosarenda o guarnecido com um grandelaço de moiréc azul c branco. Em umadas fitas que pendiam do laço estavapintada as lettras de ouro a seguintededicatória: A Mme. Patti Nicolini,adornada de myosotis e amores perfei-tos ; na outra fita, a coroa dc marquezcom o emblema da casa Foz c a divisa:Ticnt ferme.

Este ramo era do um gosto artísticoadmirável.

Os criados do theatro entregarammais as seguintes prendas:

Dous nçafates de camelias, violetas ohera, da Sra. D. Maria Patrocínio Bar-ros Lima;

Um cesto com formosas cameliasbraccis e penachos, c um laço dc moi-ríe côr dc rosa, da Sra. D. Maria Ma-gdalcna Pereira Palha;

Um cesto de flores, com duas fitas,com as côrcs italianas, franjadas dcouro, de Ernesto Caracciolo;

Outro cesto dc flores, do emprezarioCampos Valetes;

Um guarda-sol de setim azul com umalinda applieação de flores dc biscuit, cduas largas fitas azues c brancas, tendon'uma um ramo dc myosotis, e noutra,impresso a ouro : A' diitincia cantoraAdelina Patti, do Sr. João da Matta.

Um açafate muito gracioso, cm fôrmade alcofa, do Sr. Fernando Palha e suaesposa.

Um lindo cesto com rosas branca?,camelias c violetas, do Sr. HenriineMozer;

Uma grande corbeiUe donrada, todacheia de aceacias amarellas com a niaguarnecida das mesmas plantas, donosso collega Alberto Braga.

Ainda no ultimo act.> foram offore-cidas outras eorbeiiles a boaqnets, todosd'mn gosto muito elegante.

No fim do cspectaculo. Adelina Patti

Page 3: BÍOOO WLmemoria.bn.br/pdf/369365/per369365_1888_00980.pdfde toilettes de fantasia. A casa era pequena para conter esse mundo do gente elegante e fina e em f ue se mesclavam as toilettes

DIÁRIO DB NOTICIAS.—Quarta-feira 15 de Fevereiro de 1888

foi chamada repetidas vozob. Os es-nootndoroB fissoram-lho a mais viva ocntlnifliustica ovaçào, atirand-f-lho ao

palco com os rnmoB quo adornavam oacainarotos.

Patti vao a Madrid dar algumas vc-citas o depois volta a Lisboa, alim doembarcar no Congo, quo a levará ásrcpubliquetas do Prata, do ondo sirtrirá110 Uio do Janoiro.

JA íiilo 6 a mesma Patti doa tempoBáureos: a parto da virtuosidade estámuito prejudicada, o vao-se-lho dia adia empanando o brilho da voz, masainda 6 uma cantora do primeira or-dom o uma actriz conaumada; lem-brando o nosso velho dictado do quo :11 Quem foi rei sompre tem magestado.»

_ Continua o leilão das preciosida-des artísticas e históricas, quo forravamcompletamente a oleganto vivenda doSr. Antônio Maria Pidió.

A concurrencia tem pulo numerosis-sima. , _•'-'-. .,

O producto das vendas nao tom sidoinferior a 7 contos de róis diários, es-

tando aliás aa vendas relativamentesegundo o parecer dosbaixas,

VARIEDADES

enten-didoB, e não tendo ainda sido vondidasas maiorcB c mais celebres preciosida-

O* quadro de Erasmo, que hontemchegou a obter um lanço dc 000 librasdo Sr. conde de Burnay, ainda não

foi vendido por ir á praça no miuimo

preço de 800 libras._Na quinta-feira fomos sorprondidos

por uma noticia quo também ha-de terdiversos eebos ahi.

Foi a da morto do.SanfAnna do Vas-concòllos, cuja tradição ainda ahi vivena colônia portugueza.

Pertence aquelle cyclo romanesco eheróico que ae fechou com a terminaçãodas nossas contendas civis e mais tardecom o acabamento do Marrare.

SanfAnna de Vasconcellos tinha o

porte, a eBtatu.a c expreaaão de physio-nomia completamente harmônicas coma fama da sua coragem o com o renomeda sua audácia. Era um homem alto,cspadaúdo,mas desempenado e elegante;

peito largo e hombreado, andar firmo cresoluto, feições correctas e accentua-das, a cabeça crccta,com uma certa ex-

pressãode altivczquasi provocante,tein-porada apenas pela bonhomia do sor-riso largo e franco, que lhe illnminavatoda a physionomia. As mãos delicadase aristocráticas, a toilette despretenciosanaturalmente diatineta, e a fidalga gen-tileza das - maneiras,- tiravam todo osabor do valentão deviella a este bcllohomem, que, além de tudo mais, era um

janota o um gentlcman.Foi poeta, o chegou a publicar um

volume de versos intitulado Pátria*Amor; foi funecionario intelligentc edeu á estampa um estudo sobre osnossos impostos indirectos ; foi depu-tido, e os seus discursos na câmaranào constituíram apenas declamaçõosviolentas e apaixonadas, mas tiverammuitas vezes inspirações felizes o reptosadmiráveis; foi jornalista, e seus arti-

gos, escriptos com a vehemencia queera inseparável do seu caracter de lu-tador, patenteiam grandes aptidões lit-terarias, notáveis dotes de polemista..Tudo isso é assim,mas tudo isto pasaou,perdeu-ae, diluio-se na memória ineon-stanto c caprichosa do publico.

ü que ficou foi a recordação das suaa

proezas, o écho das suas estroinicea, alembrança doa Beus desvarioa, porquefoi essa parte da sua agitada vida a

que mais impressionou aquellea que oconheceram, a que maia ruído levantoucm volta da sua personalidade, a quelhe creou a lenda que hoje exiato naopinião geral.

Podíamos citar mil ancedotas, queBcrviram para formar esta lenda. Desdeos tompoa dc catudante, cm Coimbra, avalentia dc SanfAnna ficou provcrbial.Já então, era sobre os hombros hereu-leos de SanfAnna, que Santos Silva, a

quem a academia chamava o padreCascmiro, pregava os seus discursosrevolucionários.

Depoia, durante toda a sua vida, fezmil temeridades. Uma vez quo a Revo-lução dc Setembro publicou um artigo

que elle julgou oftcnsivo para o seucaracter, foi á redacção do jornal o ásua typographia, c partio todas as me-zas, expulsou redactores o typographos,despejou os cantina, escangalhou aamaçhinas, imposaibilitou o jornal desahir no dia seguinte. Foi esla a causado seu ducllo com Sampaio, em queeste o ferio.

Uma vez, em Cintra, havia o que eu-lão ae chamava uma toirada de fidalgos.O gado sahii a bravo, c maltratara os for-cados. SanfAnna, na trincheira, entre osespectadores, zombava da'fraqucza dos

pegadorca. Alguém do lado disse-lhe : —

Va°c lá tu! Não foi preciso mais nada. Deum pulo Sanf Annasaltou á praça e dc lu-vas, dc frack, com a calça branca, queera então a grande moda, atirando ochapéu para longe c oftcreccndo gentil-mente a sorte, ás senhoras, SanfAnnabateu as palmas ao boi e pegou-o valciitcmentc do cara, fazendo umaspoucas dc vezes a volta da praça, ngavr.ulo á cabeça do animal, que o sa-cudia furiosamente. Ainda ha poucosannos, quando estava para partir paraWashington, SanfAnna ia pela rua doOuro, c ouvio um homem insultar umasenhora, que elle aliás não conhecia,como mio conhecia o inaultador. SantaAnna interveio immediatamentc, corri-gindo com todo o vigor as injuriasd'aquelle homem, que sc soube depoiaser um doido. Nào lhe soffreu o animover insultar impunemente uma senhora.

E' quo, no meio dos seus ímpetos cdna suas demasias, SanfAnna tinha aalma nobre c os sentimentos generosos.Como quasi todos os violentos, SantaAnna era bom, amoravel, benigno para03 humildes c fracos, altaneiro só para01 fortes e poderosos. Na sua vida par-ticular como na sua vida publica hasempre um traço sympathico de abnc-gaçào e sinceridade a dcsculrar c aabsolver todas as suas fraquezas ctodos os sens dfsmandos. Era um

pae araantissimo; foi um esposo dedi-cado c um amigo exemplar. Na hora do

perigo ou da adversidade, nunca faltouaos seus companheiros. A pessoa qneescreve estas linhas tem ouvido muitasvezes attestar esta verdade, a quem,por experiência, a sabe melhor do queninzuem. Ora. nos tempos que vão correndo, bastava esta virtude, ainda qmjSanfAnna iião tivesse, como tinha,ontros méritos, para que a s,,a m"~"moria merecesse todo o nosso respeitoc toda a nossa saudade,

j-^^

BLEOTRICOSo TVPO

Ello ora um t.ypo impagável. Possuíagrande convicção do sou enorme valor.No algarismo quo figurava os sóciosello reprosontava o milhar. Era co-lossal.

Pensava de si para ai quo tudo cata-va ou devia ostar-lho subordinado.

Comtudo, tinha ingonuidadoa pro)«fundas.

Sua linguagem feita do pequenos po-riodos, stacalo, como sc diz om musica,tinha uma sonoridade metalliea c ás ve-zes uma nazalidade vaidosa.

Dizia-se amigo do todos os grandes,quo o distinguiam com certas atten-ções.

Uma noito, dizia ello, estava no Cas-tellõos, quando entrou o Lafayetto : —Conselheiro, você fará parte do minis-terio quo so vao organisar ?

Organiaava soo ministério Paranaguá,c com certeza noa vesgos olhos do con-selheiro luzio a primeira copia do umafábula.

Discutia política, litteratura c philo-sophia. Ouvira fallar de Augusto Comteo Spenccr; mas suppunha esto ultimoum fabricante de eapingardaa. Era umtanto entendido na aciencia daa armas,fizera parte um dia do exercito, semprimar, comtudo, pelas virtudes doBayardo.

Adquirira o habito'de alurar a todos,porém o fazia mais para affcctar impor-tancia do que para fazer-ae amável.

Trazia sempre a cabeça levantada oos braços encurvados em uma attitudede pretenciosa elegância o affectadafidalguice. O seu passo era miúdo e sa-cudido, como a falia.

Constantemente volvia a cabeça paraos lados, dignando-se lançar sobre orebanho humano um olhar frio e ásvezes compasaivo, do homem superior.

A bengala ora rodopiava-lhe entro oa.dedos como as varas de um catavento,ora*ficavá presa na axilla, e o hombrocorrespondente erguia-se um tanto pre-tciicioaameiite emquanto-a mão, disten-didos o mínimo o annullar, levava facei-

industrias o proliaBõos, rolativa ao Iosemestre do exercicio do 1888.

Mercado de eaféTolegramma oxpodido pola Associa-

oito Coiinncreial para Nova íork, om14 do Fovoroiro do 1888, do iiitiiihit:

Existência, 180,000.Entradas no dia 1:1, 3,000.Ditas om Santos, 6,000.Embarques para os Estados Unidos,

8.000.Estado do mercado, ostavol.Cambio sobro Londres, particular,

25 1/8 d. ^pFrete por vapor, 40 c. eTTVo.Preços:1» regular, 63900 por 10 kiloa, dospo-

zaa c fretes por vapor 10 7/10 c. porlb.2a boa, 4.3S0U por 10 kilos, ditas idem,

idem 13 13/10 c. por lb„

Junta Commercial

rámõhtò aos lábios puro Rainha Isabel.,de vintém.

Aos quarenta annos eram seus ca-bcllos negros como se esoulpturados emebano.

Periodicamente, porém, adquiriam in-dcíinivel côr entre griz e fusco, que cmbreve dosappareeia para dar logaraquelle negror de tinta de Nankin.

Todo elle cheirava a comediante dearrabalde. Nâo havia quem já não setivesse rido d'elle o seu bocado. Acarie do ridículo tinha-lhe penetradoaté a espinha da alma.

Julgavam-no feliz, comtudo.Liam naquella sagrada beatitude da

toleima a aílirmaçào do quo a felicidadeé a partilha dos parvos : Bcmavohtu-rados são os pobres de espirito.

Mas ninguém sabia o que havia demagoado por detraz d'aquella imbeeili-dade.

Uma noite, no Passeio Publico, euvi-o. O desgraçado fállava, rodeiado dedesalmados, que se divertiam á custa desua enfermidade.

Pasaa uma criança e profere umnome. Muda-ao a côr ao rosto do mi-serando, o uma lagrima lhe rola aolongo do nariz. Aquella lagrima emtaes circumstancias, foi, para os inter-locutores, de um cômico impossível.Uma gargalhada, mas uma gargalhadaferoz, foi o sondai que enxugou opranto do infeliz.

E ello afastou-ac. Dc quem seriaaquelle nome V Quem aabe !

Aa gargalhadas continuavam c, dodesgraçado que se afastava, os hombrostinham uma estranha vibração nervosa.

Seriam soluços VPobre typo !Rio—1888.

LMionE.

BOLETIM COMMERCIAL

Rio, ld de Fevereiro de 1888

Mercado de cambio

Encerrou-se hoje. ao meio-dia, estemercado, que continuou frouxo.

Os bancos conservaram, oflicialmente,as mesmas taxas, porém não constaramoperaçõea.

Rendimento* Oaeaea

Recebedoria:I)ial4Desde o dia 1--•••••••Egual período do 1887

Alfândega:Dia 14..Desde o dia

2:8095187214:0875889190:4835476

47:01081821.7:H:847Í085

Termina no fim do corrente mez a ço-branca, sem multa, do imposto sobre

FOLHETIM

ALEXANDRE DUMAS

De 27 do Janoiro a 3 do correntemez, foram archivadoa na acordaria dajunta Commercial oa aeguintes contra-tos, alteração o distratos do sociedadescommerciaes :

Contratos.—Do José Pereira Gomes.Antônio Bernardino Gonçalvcs.c o com-manditario Antônio de Amorim Soares,para o commercio do confeitaria c refi-nação de aaaucar, u'eata corte, á rua doHaddock Lobo n. 8, com o capital de33:0003.Bcndo 15:000$ cio commanditario,sob a firma dc Gomes, Gonçalves & C.

Antônio Augusto ltibeiro o JoãoEmilio Ribeiro Alves, para o commer-eio do louças, porcellanas, crystaes evidros, n'esta corte, á prnça do Mer-cado n. 143, com o capital do 80:000$ ;sob a firma de João Alves & Ribeiro.

Manuel José Gomes Netto e AntcroPinto Coelho dc Macedo, para o com-mercio de botequim com bilhares, n'estacorte, á rua do Lavradiò n. 93, com ocapital dc 3:080$; sob a firma do Go-mes & Macedo.. .

D. Çarlota Salomon Dreyfus, JuhoDreyfus e um commanditario, para 6commercio do fazendaB 0 modas, n'ostacorte, á rua do Ouvidor n. 101 e cmPetropolis, com o capital do 00:000$,sondo metade do commanditario ; sob afirma de Dreyfus, Filho & C. Y, ,

Jeronymo de Barros Ffeirc e EduardoFernandes de Almeida, para o com-mercio de tabacos, n'esta corte; á ruado Ouvidorn.85,com o capital de 15:0004,sob a firma de J. de Barros Freire & C.

Georges Potey, Augusto Rabert, AI-bert Bmocho e o commanditario Adol-pho Binoehej para-continuação.docomrmercio de importação e exportação,n'estã corte, á rua da Alfândega n. 87e cm Paris, com o capital, de 1.000.C J0 defrancos,sendo 400,000 do commanditario,sob a firma dc G. Potey Rabert. & C.

João MarÇullo e Joaquim RibeiroNetto, para o commercio de seccos emolhados, u'csta corte, á rua Luiz déVasconcellos n. 22, com o capital dc2:4G5$70G, sob a firma de Marçullo &Netto. .

'_;-Custodio Teixeira dc Mesquita Bas-

tos, Albino Teixeira do Mesquita Bas-tos, Domingos Martins Branco e Joa-quim José de Souza, para p'commerciode madeiras, ri'éata'eôrto, á i'ua<da Mi-sericordia ns; 19, 40 e 48, com o^capitalde 140:000$, sob a firma de,MesquitaBastos &C. ¦ '¦¦ *'•:: _

Antônio Innocencio Augusto Cruzeum commanditario, para o commerciode aeccos e molhadoa,' ferragena e ,ar-tigoa de armarinho, n'csta corto, a rurtdo Barão do Mesquita 11. 35, coimpcapital dc G:000$, sendo 4:000$ do com-manditario, aob a firma do InnocencioCruz & C. •• .

Manuel Rodriges Pereira o ManuelFrancisco da Silva Júnior, para o com-mercio de padaria, n'osta corte, á ruado Visconde de Sapucâhyn. 20, cora ocapital de 7:0403385, sob a firma dePereira & Silva. . _'"¦;;

D. Mirandolina Felismma Garcia eJosé Maria Bittencourt, para o com-mercio de hotel, n'esta corte, á rua daUruguayana n. 70, com o capital dc8:000$, sob a firma de Garcia & C.

Antônio Vieira do Souza e um com-manditario, para o co&imercio dc vi-nhos, n'esta corte, á rua Sete de Setem-bro n. 70, com o capital do 22:000$,sendo 10:000$ do commanditario, sob afirma de Vieira do Souza & C.

Joaquim José Alves Vieira e AntônioFrancisco Barròté Filho, para o com-mercio de seceoa e molhadoa, nestacorte, á rua do Senador Dantaa n. D 2,com o capital dc 1:000$, sob a firma doVieira & Bawote. ""' .

",'Francisco José Borges, Thomaz de

Aquino Borges c Joaquim MarquesGuimarães, para o commercio de com-missões, nesta corte, com o capital de100:000$, sob a firma dc J. Borges & O.

Manuel Joaquim Cerquoira ' o JpjiúLopes Martins Ferreira, para 0 commer-cio do seccos e molhados, n'estavcortc,do S. Martinho n. 7, com o capital do2:002$89G, sob a firma do Cerçfueira «í.Fcn*cn*íi»

Clementinode Magalhàea Queiroz oManoel Alves Bittencourt do Vascon-eólios, para o commercio de çpmmis-soes, café e mais gêneros do paiz, nestacorte, á rua do Visconde dc Inhaúman. 83, com o capital do 20:000$, aob afirma de Queiroz & Vasconcellos. ,

Manoel Antônio das Neves c AntônioJosó da Rocha, para o commercio docalçado, nesta corte, á rua larga deS. Joaquim n. 72, coin o capital do2:800$ sob a firma dc Neves o Rocha.

F. C. Leão o José Augusto dá Silva,para commercio de fruetas, doces^ evinhos, n'esta corte, á rua Sete dc be-temhrft h. 00, com o capital de reis.12:000$000, sob'a firma de Leão & C\

João de Souza Coelho è Jpse Gpn-çalves Andràes, para o fabrico; do. cha-péos do sol, n'esta corte, á riia'8ctc deSetembro n. 1 B, com o capital de20:0005000, sob a firma de Coelho, An-dràcs & C". „ . [ T .

José da Silva Neves Peixoto c Joscda Rocha Júnior, para o commercio dcseccos o molhados. n'oata corto, á ruado Conde d'Eu n. 310 A, com o capitaldo 11:0005000, sob a firma dc Peixoto iiRocha. -, .

Antônio Ferreira Gomea e JoaquimMonteiro da Silva Guimarães, para ocommercio de tamancos, nesta corte, arua de S. Clemente n. 10, com o capital

do 2:000$, aob a firma doUAntonio For-reira Gomos & C.

Pedro Paulo Bittencourt o FranciscoAugUBto do Souza Cardoso, para o com-mercio do papeis pintados, vidros, çs-polhos, ote., na cidado do S. Paulo,com o capital do 28:000$, sob a firma doPedro Paulo Bittencourt & O.

Custodio do Castro Muiflira o AugustoDutra da Silveira, para o commerciodo fuzondaB o artigos do armarinho, navilla do Bolem do Doscalvado, provm-cia do S. Paulo, com o capital do20:000$000, sob o firma do Castro &Dutra. „,

Carlos Josó da Cunha o EduardoJosé da Cunha, para o commorcio dofazendas, chapéos e artigoB do arinari-nho, na cidade do 8. Joào dEl-Rei,província do Minas Goraes, com o ça-pitai do 20:000$, sob a firma do CarlosCunha & Irmão.

Alteração. — Da Boeiedado ostabolc-cida n'csta corte sob a firma do SantosGuedes & C. retirou-se o sócio SímioAugusto dos Santos Pinto.

Distratos.—Foram dissolvidaB as so-ciodades quo gyravam aob aB firmaaabaixo, sendo aa 3 primeiras n'cstacorto, a 4" na cidado do Campos, a 5a110 município do Rezende, província doRio do Janeiro, c a ultima ua cidadede Santos, Manuel DomingucB Guerra& C, á praça de D. Pedro II11. -t;Mesquita Bastos & O, á rua da Misc-ricordia n. 48; Ribeiro & Pinto, Brito& Rosa, Silva Malta & C. e ValcncioLeonnil.

Kxtrncto o lliiKiiento do AvelelrnHiiRlcu do lir. V. O. UrlNtol, pre-linrodo iiiilcnmeiito por l.unuiiiiiA KcniP) do Niovii York.

O extracto duplo para uso interno ouexterno ó um maravilhoso remédio quoallivia o cura iinmodiatainento toda aeapocio do foridaa, quoiinaduraa, tu-iiioroo, clingaB chronicas, carbunclos,golpes, contuBòos, dores de dento o docabeça, novralgias o toda doença o úòrexterna.

E' tambom um remedio admirayol

Íiara o rhoumatismo, liemorrhagiaB, m-

lamaçòes da garganta, mordoduras doinseotos, ote.

Nunca falha 110 curativo radical dasnlinorrcimas, ulccraçõos internas,, vo-mitos do sangue, molcstius dos rins opulmonares.

O unguento possuo as mesmas pro-priedades o virtudes, mas nsa-so bóexternamente.

Vende-se nas drogarias c pharmacias.

Eurcka 11

Esta 6 a marca registrada do finissi-meia chapéos inglczcs, quo somenteimporta a cii.wkl.uua inot.hza, rua doOuvidor n. 120, única casa ondo aeencontram. (•

Despacho» do cabotagemPRINOIPAES OGNEBOS DESPACHADOS DA CÔBTE

PABA AS PBOVIN0IA3 EM 13 DE FEVEUEIUO

Vietoria.—No vapor nacional MariaPia: C. Abranches & C, 300 kilos dcvinho, 150$; Antônio de Azevedo Maia,700 ditos de xarque, 280$, o 2,403 ditosdo assuear, 480$; Antônio Campos &C.v 300 ditos dc fumo, 250$000.

Santos—No vapor nacional _l)?ieríca,Veiga Pinto & C, 240 litros de vinho,220$: Zenha & Silveira, 11,000 ditos dcbaealháo, 3:800$ : Magalhães & Bastos,O.OOO ditos do dito, 2:500$; Fernandes.Tavares & C, 900 ditoB de xarque.3GO$000.

Porto Alegre— No vapor inglez Cha-tom, Álvaro dc Queiroz & Capllouch,13,020 kiloa de café, 7:409$280.

Exportação de valore*Londres—No vapor inglez «MaBkclync»:

E. Johnston & C-, ouro em barra,15:520$730.

CLUB GÜANABABENSBNão so tondo realizado a aasembléa-

geral convocada para hoje, por falta denumero legal, do ordem da directoria,convido os Srs. aceioniatas a sot rouiu-rom a 23 do corrente, no cdiheio doclub, áa 8horas da noito, para tratar-sedo mesmo assumpto.

Socretaria do Club Guanabaronso, 11dn Fovoroiro do 1888.—O Bccrotano, A.Aluim. v'

S. D. JI. DO ENGENHO DE DENTROCommunico aos Srs. bocíos quo a ro-

cita em boneficio doB cofres soeiaea sorcalisará sabbado 18 do corrento moz.—O Io secretario, C. Penha. V

S. D. II. DO ENGENHO DE DENTROSrs. sócios qu

ibbíCommunico aos Srs. sócios que a

nossa recita mensal terá logar sabbado,25 do corrente mez.— O Io secretario,C. Penha. ('

Despachos de exportação no dia 14New York—No vapor belga «Hippar-

chus»; J. Bradshaw & Oi 1,015 sao-cas de café no valor de 51:550$800.

Marselha—No vapor francez «Bourgo-

ãnc»: J. Bradshaw & C. 900 saccas

e café no valor de 28:728$0!)0.Ilavre—No vapor francez «Sully» : V.

J. de Mattos & C. 1,640 saccas decafé no valor de 49:15G$800.

Entradas dc gêneros do poliMEZ SE FEVERBIOO

, ,23. F. D. Pedro II

11° districto

REZENDE, HAIlItA MANSA E TinAUV

lllm. Sr.—Acreditando não ter desme-retido a confiança dos meus dignos co-religionarios e amigos, tanto mais ávista da honrosa inclusão do meu hu-milde nome, assim na circular do nossofiréstmioso

chefe, o Sr. conselheiro Pau-iuo José Soares dc Souza, como nas

dos dignos directorios e influenciasd'aqucllas localidades, solicito o va-lioso apoio de V. S. em favor da minhacandidatura á eleição provincial de 28do corrente, e peço permissão paraantecipar-lhe os meus sinceros agrado-cimcntiB.

Com estima e convicta consideração,Do V. S. amigo attento criado obrigado,

Joaquim de Azevedo Cauneiro Maia.Corte, 25 do Dezembro de 1887. (•

Resultado excellente c constanteHabana, 18 do Dezembro, de 1880.

Srs. Scott & Bowne.—Tenho o pra-zer de manifestar que tenho empregadoa Emulsão de Scott, durante treze an-nos consecutivos, tanto nos'adultoscomo nas crianças; tenho sempre obtidoresultado excellente e constante emtodas aquellaa enfermidades cm que osou uso está indicado, taes como naescrofula cm suas múltiplas localisa-ções, no rachitismo, no catarrho pul-monar chronico, e em certos estados doanomia dependentes do um estado dys-crasico, no quo é útil associar a acçãodo oleo dc fígado do baealháo, comsnutrimento c modificador, aos effeitoorceoustituintes dos hypophosphitoa.

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dor, consultório r. da Uruguayannn. 09 A,, diiBresidência, r.n. 2.

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Dr. Caetano d» Silva. — Medico c

operador ; consultas : daa 2 ás 3, ruado General Câmara n. 289 \ residênciaá rua Vinto Quatro do Maio n. 01 D,(Riachuclo) v

DIr. «ama Caatro. Medico.—Especia-lista de moléstias doa olhos. Resi-

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DB. S. D. BAMBOEsto magnífico dontifrioio e elixir*

lieenciadoB pola inspoctoria geral dehygiono o rocommendados por medico*o dontistaB, por sua auporioridade in-trjnsoca o oxcolluuto aspecto fl ROBto,tem conquistado a mais alta ronutaçap.Sào compoatoB do BubBtanoiaa altamontarccominendavcis por boub bonefieoB et«feitos sobre as gengivas, dentes e ha-lito, e oxcodem om vantagenB aos co-nhecidos até hoje. .

Encontram-se nas principaes caias oaperfumarias.

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QUALQUER SENHORAque ambicione ter um lindo e abundantecabello, p5do alcançal-o, usando fiel-mente do vigor do cabollo do Ayor kvenda em todas as boticas e droga-rias. (•

o-_3isrA._ioi...Matas a tua mão.

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Aguardente.Arroz..Assuear.AlgodãoCafé'......Carvão vegetal...CouroaFarinha de mand.FeijãoFumoMadeiraMilhoPolvilhoQueijosTapiocaToucinhoDiversos •

Dia 131

2.283

129.858

1.98015.1329.174

4.1719.530

14.011

Desde 1101

2.28324.9131

1.744.921389.258295.672

9«010.148

189.5456. SMS

18.3506.130

68.8033.060

98.519' 435.432

DECLARAÇÕES

Noticia* marítimasVapores esperados:

Marselha, por Santoa, «Bourgogne» 15Santos, «Nasmyth» 15Liverpool por Bordéos e Lisboa,"Magellan 17

Liverpool pola Bahia, «Wesford».. 17Portos do sul, «Rio de Janeiro».... 18Santos, «Curytiba» 18Portos do norte, «Pará» 19Nova York e esc., «Alliançá» 21Rio da Prata, «La Plata» 22

Vapores a sahir :Bordéos, por Lisboa, Bahia, Pern.

e Dakar, «Orénoque» (6 h.) 15Southampton e Ant., «Maskelyne». 15R. Grande do Sul, «Chatliam» (4 h.) 15Itapemirim, Benevente, Guarapary

c Vietoria, «Maria Pia» (8 hs.)... 15Antuérpia o Bremen, pela Bahia

e Liaboa, «Baltimore» (10 lis-)-- • 15Imbctiba, «Parahyba» (4 ha-) 15... ....„., 16

1616171820

B«fl DO BRAZIL_Não ao tendo reunido numero legal

do Srs. aceioniatas para constituir as-sembléa geral, nem na Ia reunião con-vocada para o dia 30 de Janeiro pro-ximo findo, nem na 2a para hoje,_ a fimde tomarem conhecimento c delibera-rem sobre o parecer da commissão dereforma dos estatutos nomeada cm as-sembléa geral de 3 de Novembro dc1887, pela 3a vez convoco os Srs. aecio-nistas para Be reunirem em assembléageral extraordinária, no dia 17 doeor-rente mez, ao meio-dia, no edifício dobanco, para o mesmo fim; seientificandoque, conforme dispõe o art. 65 do de-creto ii. 8,821 de 30 de Dezembro de18S2 e estatutos do banco, a assembléageral dcliporàrá. qualquer que seja asomma do' capital representado pelosSrs. accionistas presentes.

Rio de Janeiro, 4 de Fevereiro dc1888.—Visconde de Tocantins, presidentedo banco. (•

Compagnie des MessagcriesMaritiraes

.0 PAQUETE

ORÉNOQUEcommandanto MORTEMARD, da linhacircular, sáo bojo l» do corrente, ás 3horas da tarde, para Lisboa c Bordéos,tocando na Bahia,Pernambuco o Dakar.

O PAQUETE . ..

SENEGALcommandante MOREAU, da linha di-recta sahirá para Lisboa c Bordéos,tocando somente cin Dakar, no dia 29do corrente, ás 5 horas da tarde.

Recebe passageiros em transito paraMarselha, Gênova e Nápoles.

fixo,ande

ga- -se

sua legitimidade; na rua Primeiro dc-Março n. 12, «ranodo & C. (.

DROuAòSSArni.HAVicu

a,alfaiataria dc roupas.por medida. Praça da Constituição

n. 48.

RUA DO NÚNCIO(SOBBADO)

O proprietário d'eBto vasto o bommontado estabelecimento tem a honrado apresentar ao respeitável publicoqne tem sompre á eua disposição bo-nitas salas e quartos mobiliados, espa-çobos e bem arejados, offerecendo todaa garantia aoa Srs. viajantes, tanto dacorte como do interior, onde podempernoitar livres de risco algum.

Rio de Janeiro,25 de Sotembro de 1887.o pnornnsTABio ('

ANTÔNIO CASTANIIEIUA MARANOIIÂ

VINHOS DE UVA PPURA,—Vcndcm-sc no armazein do Granja,rua do Ouvidor n. 134 B.

Para fretes e passagens trata-se naagencia, e para cargas, com o br. H.David, correetor da companhia, rua doVisconde do Itaborahy n. 5, Io andar.

O agente interino, »• Glrard.

E> hoje a grande exposição de roupas

modernas, a preços reduzidos, noafamado Balisa, 81 rua do Hospício. (.

COM FITA.

REAL COMPASBIA DE PAQUETES A VAPOBDE

Vciicráyçl- Ordem Terceira dc Noss» Sc-iiíiora do Monte do Carmo

Tendo os irmãos vigário c sacristãesdeliberado celebrar as vin-Sucra» napresente Quaresma, de ordem do_ irmãoprior communico aos caríssimos irinãoae fieis devotos, que estes actos comme-morativoa da Paixão de Nosso SenhorJesus Christo terão locar todas assexta-feiras, ás 5 lioras da tarde, ceie-brando o primeiro no dia 17 do corrento.

Secretaria da Ordem, em 12 de Feve-reiro de 1888.—.0 secretario, AlfredoJosé dc Freitas. (-

Santos, «America» (12 hs.)..Rio da Prata, «Tagus» (11 hs.)Marselha, Gen. e Nap., «Bourgogne»Imbctiba, «B. do S. Diogo» (4 hs.).Nova York, «Hypparehus» (9 hs.).Portos do norto.«Pernambuco»(10 h)Hamburgo pela Bahia o Lisboa,"«Corytiba» (10 hs.) ...........

Nova Orlcans, «Nasmyth»Valparaiso. por Mont. «Magellan».Santos, «Alliançá» • • • •Southampton o esc, «La Plata»....

A PEDIDOS

BANCO DEL CREDERE

POBRESA

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Jir.STnE FISORET

Ouvio sc um pisar leve, de sapatos

rangentes,. Joanna, lcvanlando-sc para. v!o um homem vestitK

bem„ ir receber, vio um homem vestido de

vclludo c dc seda, com a cabeça

evantada e qne, naquellas casas t,o

pequenas, parecia de uma altura ex-

lraordin»ria. -.„•_-Tesagradavelmonte a impressionarao incoçmito que est» P^soaaffecaya

_ Com ..nem tenho a honra dc fallar?

di«e cila fiutcndo uma mcsur.i, nao dc

nroteirida, mas de protectora.P O príncipe olhou para a porta da sala

nor onde a velha dcsappareccra.P I Sou o cardeal de Roban, redargn.o

C!,_' <* dc La Mottc, finirindo curar

c dcsteer-HC «•« l.umiidadcs, res-

^aoucomumamcsunvcomoasquc

cm logar dc sc sentar cm uma cadeira,como a etiqueta requeria, sentou-se nagrande poltrona.

O cardeal, vendo quo o punham á von-tade, poz o chapéo sobre a mesa, colhando dc cara a cara para Joanna.

E' então certo, menina, disso ella...Senhora, interrompeu Joanna.Perdão.. Eu esquecia... E' enião

verdade, minha senhora...O meu marido chama-se o conde

de La Motte, senhor.Sim, sim, muito bem ; e gendarine

do rei ou dl rainha.Sim, senhor.E vós, minha senhora, disse elle,

sois da casa Valois ?Valois, sim, senhor.Bom nome ! disse o cardeal, encru-

zando as pernas uma por cima da outra;é um nome raro, extineto.

Joanna adivinhou a duvida do cardeal.

Extineto nSo senhor, disse ella.pois que o uso c tenho um irmão que ébarão de Valois.

Reconhecido por tal ?Isso é indispensável, senhor; meu

irmão pode ser rico ou pobre, nào dei-xará nunca de ser qnem é, o barão dcValois.

Minha senhora, explieac-me essatransmissão, cu vol-o rogo. Intcrcssaes-me; cu gosto de saber estas consas debrazões.

Joanna contou simples e negligente-mente o que o leitor sabe já.

O cardeal escutava c olhava.Não se incommodava ora dissimular

ns suas impressões. Para que? nemdava credito no inerito nem ás qualida-dos dc Joanna ; via-a bonita c pobre ;olhava, era bastante.

Joanna, que tudo percebia, adivinhoua má idéa do futuro protcr.tnr,

De modo que, disse o Sr.dc Rohan,com incúria, tendes sido realmente in-feliz ?

Eu não me queixo, senhor.Com cffeito, tinham exagerado as

dilliculdade6 da vossa posição.Olhou em torno de si.

Esta casa é commoda, está bemtnobiliada.

E' optiina para uma griseite, nào haduvida, rodarguio Joanna, impacientepor engajar a acção. Sim, senhor.

O cardeal fez um movimento.Como? disse elle, chamaes a isto

uma casa de gristtle?Sào creio, senhor, disse cila, que

lhe possaos chamar casa da prinecza.E sois prinecza, disse elle, com

uma d'essas imperceptíveis ironias, quesó os espíritos elevados on as pessoasde qualidade distineta sabem o segredode introduzir no seu modo de fallar.sem se tornarem de todo impertinentes.

Eu sou da casa de ValoU, senhor,assim como vós sois de Rohan. E' tudoquanto soi. disse ella.

E cst.is palavras foram pronunciadaseoin tão suave magestade da desgraçarevoltada, majestade da mulher nào

comprehendida, e no mesmo tempo tàoharmoniosas e dignas, quo o príncipe,não se deu por oílendido, c o htmemsentio-sc commovido.

Minha senhora, disse elle, cu cs-quecia que primeiro que tudo tinha dcpedir-vos desculpa. Eu tinha-vos mnndado dizer que viria hontem, mas tiveque fazer em Vorsaillcs, por§causa darecepção do Sr. dc SuftVen. Tive querenunciar no prazer de vos ver.

E' ainda grande honra que tives-seis pensado hoje em mim, senhor, e oSr. conde dc La Motte. meu marido,sentirá ainda mai3 o exílio cm que odetem a minha miséria, pois que esseexilio o priva de gozar tão illustre pre-sença.

Esta palavra »marido» chamou a at-tenção do cardeal.

Viveis só, minha senhora ? disseelle.

Absolutamente só, senhor.Isto é bonito para uma mulher

nova c formosa...E' simples, senhor, da parto de

uma mulher que não estaria bem emqualquer sociedade que não aquella dcque a sua pobreza a aftasta.

Parece, redarguio elle, que os gc-ncalogistas não contestam a vossa gc-nealogia...

De que me serve isso, disse ciladesdenhosamente levantando com nmgesto encantador os anncis de cabellofrizados c empoados que lhe ornavama fronte.

O cardeal chegou a sua cadeira, comoquerendo approximar os pés ao fogo.

Minha senhora, disse elle, cu qilisssaber c desejaria saber cm que possoservos útil.

Ora, cm cousa nenhuma, senhor.Como, cm cousa nenhuma ?

—- Vossa Eminência honra me muito.Paliemos mais francamente.Não posso ser mais franca, senhor.Ainda agora vos queixastes, disse

o cardeal, olhando em torno de si, comopara lembrar a Joanna o que ella tinhadito dn mobilia dc griseite.

Por certo, cu queixava-me.Pois bem, então, minha senhora...Pois bem, senhor, vejo que Vossa

Eminência quer dar-mo esmola, não éverdade ?

Oh ! minha senhora. • •Não pode ser outra cousa. Eu rc-

cebia esmolas, mas não quero maisrecebei as.

Não eomprchendo bem...Senhor, tenho sido bastante humi-

lhada desde algum tempo; já me nào épossível resistir.

Minha senhora, abusaes das pala-vras; a adversidade não é uma des-honra. ••

Mesmo co:n meu nome, vós, Sr. deRohan, quercricis mendigar ?

Não fallo de mim, disso o cardeal,com orna perturbação chria de altivez.

Senhor, só conheço di.is modos deesmola : dc carruagem ou á porta de

ItEUCl?uma egreja ; com ouro c vclludo ou cmfarrapos. Pois bem ! ainda agora cu nãoesperava a honra da vossa visita ; pen-sava que tinha sido esquecida.

Ah! snbcis então que era cu quemvos tinha escripto V disse o cardeal.

Vi as vossas armas no sinete dacarta que mandastes.

Comtudo, fiugistes não me conhecerquando entrei.

Porque não inc Unheis feito a honradc vos mandar annunciar por vossonome.

Pois bem, agrada-me essa altivez,disse vivamente o cardeal,olhando combencvola attençâo para os olhos ani-mados e physionomia altiva dc Joanna.

Dizia eu, portanto, continuou esta,que nntes de vos ver. tinha tomado aresolução dc pôr de parte o miserávelmanto que encobre a minha miséria ca nudez do meu nome, c dc sahir cmfarrapos, como qualquer mendiga chris-tà, para implorar o ineu pào, nào doorgulho, mas da caridade dos vian-dantes.

Espero, comtudo, qne não tenh C3esgotado todos os vossos reeur305,minhasenhora.

Joanna não respondeu.Tendes umas torras quaesquer,

mesmo que estejam hypothccadas, jóiasde família? Essa, p^r exemplo.

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