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e o Museu de Ciência da Universidade de Lisboa Bragança Gil Fernando

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e o Museu de Ciência da Universidade de Lisboa

BragançaGil

Fernando

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e o Museu de Ciência da Universidade de Lisboa

BragançaGil

Fernando

2010

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OrganizaçãO ana Maria Eiró e Luisa Corte-real

DEsign gráfiCO

TVM Designers

iMprEssãO

www.textype.pt

Todas as fotografias pertencem  ao arquivo do MCUL

Museu de Ciência  da Universidade de Lisboa isBn 978-972-98709-8-9

DEpósiTO LEgaL 309 767/10

TiragEM   300 exemplares

apOiO

Um agradecimento especial a todos os que,  ao longo de vinte e cinco anos, contribuíram para que o Museu fosse uma realidade. 

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nota de abertura

Para além de ter concebido e promovido a criação do Museu de Ciência

da Universidade de Lisboa, tendo sido o seu primeiro Director, Fernando

Bragança Gil (1927-2009) teve uma vida profundamente preenchida e total-

mente dedicada à cultura e à educação. Foi investigador e professor cate-

drático da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e um dos

fundadores do seu Centro de Física Nuclear. Publicou mais de 100 textos,

cobrindo as áreas da física, física aplicada, ensino superior, divulgação da

ciência, história da ciência, museus e museologia.

Fernando Bragança Gil frequentou assiduamente museus desde a

sua juventude. Gostava de todos os museus, particularmente os de arte,

de arqueologia e de ciência que, independentemente das áreas temáticas,

representavam mais do que simples repositórios de objectos bonitos ou

culturalmente interessantes. Para ele, os museus eram verdadeiras institui-

ções educativas, com real potencial para transformar as sociedades.

Naturalmente, os museus de ciência ocupavam um lugar especial entre

os seus interesses. Durante o período da sua estadia em Paris, entre 1959

e 1961, frequentou o Museu do Conservatoire National des Arts et Métiers

(1794) e, sobretudo o Palais de la Découverte (1937), onde foi atraído pelas

implicações culturais e pedagógicas da (então) nova dimensão da museo-

logia das ciências que esta última instituição representava. A partir dessa

época, e nas suas próprias palavras, não deixou mais de se interessar por

esse tema.

Bragança Gil considerava particularmente chocante a inexistência de

um museu de ciência em Lisboa, contrariamente a outras capitais europeias,

onde estes existiam pelo menos desde meados do século XIX. Era necessá-

rio que Lisboa tivesse um museu que contribuísse para estimular a cultura

científica da população, em particular a curiosidade dos jovens, e apresen-

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tasse, de uma forma acessível, os fundamentos da ciência. A ideia da criação

de um museu de ciência na capital jamais o abandonaria.

Em Setembro de 1967, Fernando Bragança Gil desloca-se a Paris, Milão

e Munique, com Rómulo de Carvalho, em missão do Instituto de Alta Cul-

tura, com o objectivo de estudar alguns dos museus de ciência então mais

activos na Europa, dentro das características que lhe pareciam as mais ade-

quadas a um museu em Lisboa. Muito embora, no imediato, dessa viagem

não ter resultado nada de concreto, é a partir dessa altura que Bragança Gil

intensifica os seus estudos de Museologia, particularmente das Ciências e

das Técnicas, complementando-os com a visita atenta a numerosos museus

e centros de ciência.

Apesar de apenas terem chegado à Europa na década de 80, o final da

década de 60 marca um importante ponto de viragem na museologia das

ciências em virtude de se ter iniciado o movimento dos ‘centros de ciên-

cia’. Os centros de ciência e, sobretudo, a expansão da participatividade

(comummente designada hands on) colocou enormes desafios aos museus

de ciência de tipo tradicional.

Fernando Bragança Gil era profundamente conhecedor destes desa-

fios. Seguia atentamente a realidade internacional, correspondia-se com

conservadores e directores de museus na Europa e Estados Unidos e conhe-

cia a bibliografia recente. Os seus textos deixam claro que Bragança Gil con-

siderava os museus mais tradicionais de ciência e os centros de ciência não

como duas instituições incompatíveis mas complementares. Foi dos pri-

meiros autores da comunidade museológica internacional a integrar e con-

textualizar os centros de ciência na história dos museus. Chamava aos pri-

meiros – os museus de tipo contemplativo, que apresentam equipamento

histórico-científico de forma mais tradicional – ‘museus de ciência de pri-

meira geração’ e aos centros de ciência chamava ‘museus de ciência de

segunda geração’.

Defendeu também que as representações que uns e outros faziam da

ciência eram insuficientes e que, portanto, nem uns nem outros cumpriam

o seu papel. Os museus de ciência tradicionais apresentavam instrumentos

científicos magníficos, mas que pouco ou nada contribuíam para a educa-

ção das populações por serem apresentados frequentemente desencarnados

dos seus contextos e funções. Os centros de ciência, por seu lado, através de

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módulos participativos, apresentavam princípios, fenómenos, conceitos ou

leis totalmente descontextualizados historica e socialmente, como se tives-

sem aparecido por milagre.

Parece-nos hoje evidente que a solução está no meio, mas Bragança

Gil foi pioneiro solitário, durante muitos anos, no argumento de que era

necessário procurar integrar – e não meramente sobrepor, como tantas

vezes dizia – os dois tipos de exposições, de museografias e de instituições

para se conseguir um museu que verdadeiramente contribuísse para a cul-

tura científica dos cidadãos. Era o museu de ciência de terceira geração, que

desenvolveu do ponto de vista teórico nos seus escritos e cujo modelo ten-

tou implementar no Museu de Ciência da Universidade de Lisboa.

Hoje, basta-nos olhar para muitas exposições permanentes e temporá-

rias de museus de ciência em Portugal e na Europa, bem como para a forma

como muitos centros de ciência começaram a organizar colecções históri-

cas, para perceber que Bragança Gil tinha razão.

Infelizmente, Bragança Gil nunca teve nem os recursos nem o apoio

político que a sua visão museológica justificaria e mereceria. Apesar de ter

sido imaginado na década de 60 e criado oficialmente em 1985, o Museu de

Ciência da Universidade de Lisboa apenas abre a sua exposição permanente

em 1993. Durante esse tempo – mais de trinta anos – Bragança Gil lutou diária

e diligentemente pelo Museu em que acreditava. Foi um esforço persistente,

competente e, frequentemente, penoso, de criar, construir, organizar e manter

um museu de ciência em Lisboa. Concebeu os estatutos, o programa e a expo-

sição permanente praticamente sozinho e com parcos recursos.

Assistiu felizmente à inauguração do Laboratorio Chimico, mas infe-

lizmente já não viveu o tempo suficiente para recuperar o Observatório

Astronómico da Escola Politécnica, uma das suas grandes preocupações.

Em larga medida, o Museu de Ciência de terceira geração, que integrasse de

forma harmoniosa a história e o património com os princípios e fundamen-

tos da ciência, está no papel mas ainda não foi feito.

Cabe-nos a nós, que cá ficámos, defender o seu legado e materializar,

de forma mais substantiva, a sua visão.

Ana Maria Eiró

Marta C. Lourenço

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Doutorou-se em Física na Universidade de Paris,

em 1961 e, seis anos depois, na Universidade de Lisboa.

Foi docente da Faculdade de Ciências da Universidade

de Lisboa desde 1967, Professor Extraordinário do Grupo

de Física desde 1971 e Professor Catedrático desde 1972

até à sua jubilação, em 1997.

Criou no início dos anos 70, na Faculdade de Ciências

de Lisboa, o primeiro grupo de investigação

em espectroscopia nuclear experimental em Portugal,

que deu origem, em 1976, ao Centro de Física Nuclear

da Universidade de Lisboa.

Concebeu e promoveu a criação do Museu de Ciência

da Universidade de Lisboa, tendo sido integralmente

responsável pelo programa científico, pedagógico

e museológico deste Museu, bem como seu Director

entre 1985 e 2003.

É autor de mais de uma centena de trabalhos,

na sua maioria de Física Nuclear e de Museologia.

BragançaGil

Fernando

[1927–2009]

Professor, investigador, museólogo e divulgador de Ciência

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Notas para a argumentação sobre a existência do Museu de Ciência da Universidade de Lisboa

Fernando Bragança Gil*

O Museu de Ciência da Universidade de Lisboa (MCUL) não é aquilo

que se convencionou designar por centro de ciência mas um estabeleci-

mento em que:

• se promove a cultura científica através de exibições e outras activi-

dades, em que as abordagens interactivas e históricas com esse objectivo se

encontram associadas;

• se preocupa com a recolha, estudo e salvaguarda dos testemunhos

históricos relevantes do equipamento científico, promovendo a sua exibição

e/ou a sua conservação em reservas museológicas, especialmente construí-

das e equipadas para esse efeito;

• como instituição universitária, o MCUL tem também por objectivo

apresentar-se como um espelho da Universidade no que respeita à cultura

científica não só dos seus membros mas também do público em geral;

• igualmente, na sua qualidade de instituição universitária, o MCUL

procura promover a investigação no domínio da História e Museologia da

Ciência, contando para isso não apenas com o seu acervo museológico mas

uma biblioteca especializada (em cerca de 30000 volumes) que se assume

como a biblioteca da Universidade de Lisboa vocacionada naqueles domí-

nios. Igualmente com esse objectivo, está prevista a integração no quadro do

Museu, além de um conservador, de dois investigadores – um no domínio da

Museologia da Ciência, já ao serviço do Museu, e outro em História da Ciência

– de modo a coordenarem as actividades do Museu nestes domínios, a serem

realizadas não apenas por eles próprios mas por outros investigadores inte-

ressados, pertencentes ou não aos quadros universitários;

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• ainda na sua qualidade de instituição universitária, o MCUL tem

servido de base para a realização de mestrados e doutoramentos nas suas

áreas; esta acção poderá ser fortemente desenvolvida através da criação de

um curso de mestrado em Museologia das Ciências e das Técnicas – ine-

xistente em Portugal – em colaboração com o Museu Nacional de História

Natural, ele próprio também instituição da Universidade de Lisboa;

• o MCUL encontra-se instalado no edifício da antiga Escola Politéc-

nica, de elevada relevância para a história do ensino superior português e

onde se encontram espaços que, por isso, apresentam um indesmentível

interesse museológico, como o antigo Observatório Astronómico e, sobre-

tudo, o complexo Laboratório-Anfiteatro de Química, do século XIX – que

urge restaurar – de importância histórico-museológica a nível europeu,

como tem sido largamente reconhecido, inclusivamente por especialistas

estrangeiros;

• o carácter universitário do MCUL confere-lhe responsabilidades e

especificidades que estão para além das que se incluem nos chamados cen-

tros de ciência, embora estejam também incluídas naquele. Neste sentido,

o MCUL julga encontrar-se nas condições necessárias para beneficiar do

apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia no que se refere aos progra-

mas deste para a promoção da cultura científica, nomeadamente através do

programa ‘Ciência Viva’. Nesse sentido, já foi pontualmente solicitado apoio

financeiro para o equipamento de um novo espaço do Museu – designado

por sala da experiência científica – onde se poderia iniciar a colaboração

entre aquele programa e a Universidade de Lisboa, no que respeita à sensi-

bilização da juventude para a Ciência;

• com os seus cerca de 4500 m2 de área total, o MCUL constitui, uma vez

completada a integração museológica do espaço de que dispõe, um museu

de ciência de dimensão conveniente. Isso não contraria a futura existência

de outros espaços lúdico–educativos dedicados à divulgação da Ciência,

apresentados noutras perspectivas. Lembremos, como exemplo, a existên-

cia em Barcelona de dois museus de ciência e, em Paris, de três, todos eles

completando-se entre si. Em particular, a abertura de La Cité em La Villette,

em vez de enfraquecer, ou mesmo anular, a existência do Palais de la Décou-

verte e do museu do Conservatoire National des Arts et Métiers, veio reforçá-

los, contribuindo para a sua renovação, em curso de realização. Lembre-se,

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a propósito, que a renovação destes dois museus foi expressamente inte-

grada, pelo Presidente Mitterrand, nos ‘grandes trabalhos’ a desenvolver

pelo Estado Francês para o final do século XX;

• finalmente lembre-se que muitos dos mais prestigiados museus de

ciência estão ligados a Universidades ou, no caso da França, a Grandes Éco-

les. É o caso do já citado Conservatoire e do Palais (que foi criado no âmbito

da Universidade de Paris), bem como do Museu de História da Ciência da

Universidade de Oxford, o Whipple Museum da Universidade de Cambridge,

o Boerhaave Museum da Universidade de Leiden [sic].

*Texto pertencente ao arquivo do Museu de Ciência da Universidade de Lisboa, 1997

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Texto de apresentação do Museu de Ciência da Universidade de Lisboa

Fernando Bragança Gil*

O Museu de Ciência da Universidade de Lisboa, criado oficialmente

em 1985, iniciou a sua actividade pública dois anos depois, com a apre-

sentação da sua primeira exposição temporária. (…) Foram realizadas, até

Janeiro de 2001, trinta e sete exposições deste tipo, algumas com colabo-

ração internacional. Entretanto, a exposição de longa duração do Museu,

essencialmente de natureza participativa, foi inaugurada no dia 22 de Março

de 1993. Em todas as suas exibições, o Museu tem procurado apresentar, de

forma acessível, os fundamentos e métodos das ciências ditas exactas, seus

progressos e aplicações.

O Museu de Ciência da Universidade de Lisboa foi concebido como

um museu em que as exibições de carácter participativo do tipo ‘faça você

mesmo’ tenham uma grande relevância. Contudo, o Museu apresenta tam-

bém equipamento científico e técnico de interesse histórico, quer através

de exposições temporárias temáticas, quer integrado nas exibições parti-

cipativas. Pretende-se, deste modo, estabelecer uma ligação entre a reali-

dade científica actual e as realizações do passado, procurando evidenciar a

continuidade histórica na construção da ciência e da tecnologia. O Museu

de Ciência da Universidade de Lisboa é, assim, uma instituição concebida

com o objectivo de promover a divulgação científica e a sensibilização para

a importância da Ciência na sociedade actual, não apenas como base da

Tecnologia mas igualmente pelo seu valor como elemento essencial da cul-

tura contemporânea. Quer dizer, ele procura promover o aumento da litera-

cia científica, de essencial importância por razões de natureza intelectual,

cultural e, mesmo, económica e social.

A acção do Museu visa particularmente – embora não exclusivamente

– os jovens, no sentido de despertar ou incentivar a sua curiosidade pela

Ciência e pela Tecnologia, ajudá-los a usar o método científico nas suas acti-

vidades e, eventualmente, chamar-lhes a atenção para carreiras profissio-

nais nos domínios científico e tecnológico.

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Através dos módulos participativos/interactivos existentes na exposi-

ção de longa duração do Museu, o visitante adquire, esclarece ou mesmo

aprofunda as bases de uma cultura científica de modo informal e agradável,

frequentemente lúdico: a aprendizagem tem aqui um carácter inteiramente

voluntário e autónomo. O Museu – como qualquer outra instituição deste

tipo – não poderá, pois, ser confundido com a Escola, nem nunca a poderá

substituir, embora seja um utilíssimo complemento desta, mesmo que ali

eventualmente se realizem experiências e observações análogas às aqui

realizadas. Na realidade, os enquadramentos gráficos, textuais e iconográ-

ficos dos módulos experimentais existentes no Museu, a sua sequência,

o ambiente criado, convidando a que o visitante ‘aprenda divertindo-se’,

confere às experiências e às observações realizadas no Museu um poder

atractivo que as escolas geralmente não têm.

Um outro aspecto relativo ao património científico que deve ser des-

tacado é o facto de muitos museus de ciência da Europa terem recriado em

seus espaços réplicas de laboratórios de Química. O Museu de Ciência tem o

privilégio de possuir um Laboratorio Chimico autêntico, do século XIX, uma

jóia arquitectónica e científica única na Europa.

(…) uma outra actividade desenvolvida pelo Museu de Ciência da Uni-

versidade de Lisboa consiste na recolha, conservação e estudo do patrimó-

nio no que respeita ao equipamento científico que, em parte, é exposto em

exibições de curta ou longa duração. Foi, assim, prevista no Museu, uma área

especialmente preparada para reserva, onde estão acondicionadas as peças

de equipamento científico com interesse histórico que não se encontram pre-

sentes nas exibições. O acervo do Museu neste domínio estende-se já por cerca

de um milhar de peças de equipamento científico dos séculos XVIII a XX.

O Museu possui também uma Biblioteca especializada em História e Museolo-

gia das Ciências, especialmente vocacionada para apoio a investigadores e a

outros estudiosos nestes domínios. Iniciou-se também a constituição de uma

mediateca que já conta com diversos documentos audiovisuais.

Em complemento das suas exibições, o Museu promove, por vezes,

cursos livres, ciclos de palestras e sessões de divulgação científica, pres-

tando igualmente apoio a outras instituições neste domínio.

*Texto pertencente ao arquivo do Museu de Ciência da Universidade de Lisboa, 2001

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Exposições Temporáriasrealizadas no MCUL sob direcção de Fernando Bragança Gil

1987 Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa — Passado,

Presente, Perspectivas Futuras

José Anastácio da Cunha — Matemático e Poeta

1990 Pesos e Medidas em Portugal — Exposição Nacional de Metrologia

Actividades da Investigação em Física, em Portugal

A Astronomia no Observatório Europeu do Sul

A Astronomia no Monte Olivete

50 Anos da Sociedade Portuguesa de Matemática

1991 A Astronomia no Monte Olivete (prolongamento)

Expo sub-Açores 90

A Dança do Universo

A Água Doce

1992 Electrostática

A Estética na Ciência

A Aventura no País da Matemática

1993 Electrostática (prolongamento)

Museus e Centros de Ciência Europeus com Exibições Interactivas

Químicos Portugueses (1780-1930) — relações científicas com

outros países europeus

1994 Ciência e Técnica na Alemanha do Século XIX

Arte da Química, Alquimia da Arte

Lavoisier — Vida e Obra

Semana Europeia para a Cultura Científica — 1994

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1995 Microscapes — Como a Ciência pode parecer Arte

100 Anos da Descoberta dos Raios X

SIDAdania

1996 SIDAdania (prolongamento)

1997 Terra-Terra!

Cogumelos: Quadros de um Mundo Estranho

1998 Os Oceanos como ciclo da nossa evolução

Descartes e a Ciência

Trayecto Azul

1999 Biotecnologia: O Futuro Prato do Dia?

Vidro Científico

E=mc2 — Quando a Energia se Transforma em Matéria

O Museu de Ciência Mostra as suas Reservas: Medir Massas

e Volumes

2000 O Fundo Bibliográfico da Escola Politécnica — Séculos XV a XVII

A Astronomia do Novo Século: O Universo visto pelo VLT

Alterações Climáticas

Um Século de Medições de pH e pX

2001 Pedra Filosofal — Rómulo de Carvalho/António Gedeão

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Actividadesrealizadas no MCUL sob direcção de Fernando Bragança Gil

1. Palestras no âmbito de Exposições Temporárias

1990 Pesos e Medidas em Portugal“A Reforma dos Pesos e Medidas em Portugal (1802-1875)”, Jorge Custódio (Associação Portu-guesa de Arqueologia Industrial), 10 de Julho.

“Um Estudo de Pilhas de Pesos sob a Perspectiva Arqueológica”, Adolfo Silvestre Martins (Museu Nacional de Arqueologia), 10 de Julho.

1990 A Astronomia no Observatório Europeu do Sul“Como Explicar a Origem, a Diversidade e as Abundâncias dos Elementos?”, Filipe Duarte Santos (FCUL), 16 de Novembro.

“Distância e Tempo no Universo: Um Panorama Astronómico”, João Lin Yun (FCUL), 19 de Novembro.

“O Meio Interestelar Galáctico”, João Lin Yun (FCUL), 21 de Novembro.

“Pulsares e Supernovas”, A. Costa (Universidade de Évora), 23 de Novembro.

“Física do Universo Primitivo”, J. M. Mourão (IST), 28 de Novembro.

“Síntese da Gravitação com a Mecânica Quântica e o Universo Primitivo”, O. Bertolami (IST), 29 de Novembro.

1992 A Estética na Ciência“O Que São as Imagens da Exposição?”, Mario Markus (Max-Planck Institut), 23 de Janeiro.

1994 Arte da Química, Alquimia da Arte / Lavoisier — Vida e Obra“A Química na Arte”, Maria Alzira Almoster Moura Ferreira (FCUL), 24 de Outubro.

“Alquimia da Fotografia”, Jorge Calado (IST), 26 de Outubro.

“Vida e Obra de Lavoisier”, Bernardette Bensaúde-Vincent (Universidade de Paris X), 28 de Outubro.

1995 100 Anos da Descoberta dos Raios X“A Radiação X no Desenvolvimento Científico e na Sociedade – Simpósio Comemorativo, 28 a 30 de Setembro.

1996 SIDAdania“Aspectos Epidemiológicos – Situação actual da SIDA em Portugal e no Mundo”, Maria Odette San-tos Ferreira (FFUL, Coordenadora da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida), 7 de Fevereiro.

“Como Lidar com a Infecção pelo VIH”, Miguel Forte (FMUL), 7 de Fevereiro.

Bailados “Doença SIDA”, “Os Amigos”, “Pai e Filha”, “Balão” e “Belmiro”, Grupo de Dança “Estrelas Cabo-Verdianas”, 15 de Fevereiro.

“Saúde, SIDA & Direitos Humanos”, Feira de Livros e Documentação, iniciativa da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, 29 de Novembro a 10 de Dezembro.

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1997 Terra-Terra!“GalileueaRevoluçãoCientífica”, RuiNobreMoreira(FCUL),15deFevereiro.

“QueéfeitodoBuracodoOzonoedoAquecimentoGlobal?PontodeSituaçãosobreasQues-tõesGlobaisdoAmbiente”,JoãoCorte-Real(FCUL)eViriatoSoromenhoMarques(FLUL),19deMarço.

1998 Descartes&aCiência“DescartesFilósofodaCiência”,MariaEmíliaNeves(EscolaSecundáriadeBenfica),11deMarço.

“DescartesCulpadopelaCriseEcológica?”,JoãoBarbosa(MCUL),18deMarço.

1999 Biotecnologia:OFuturoPratodoDia?“OTempodasInquietaçõesGenÉTICAS”,JoãoBarbosa(MCUL),Conferência,25deMarço.

“Saúde&Ambiente”,Debate,JaimeCosta(Monsanto),FranciscoGarciaOlmedo(Universi-dadePolitécnicadeMadrid),MargaridaSilva(QUERCUS),JoséJoaquimFigueiredoMarques(IBET),JorgeMorgado(DECO),MariaMargaridaOliveira(IBET),15deAbril.

JantarTemáticoVegetariano,16deAbril.

“Política,ÉticaeDesenvolvimento–VemaíumaNovaRevoluçãoVerde?”,Painel,AlexandreQuin-tanilha(IBMC),HumbertoRosa(FCUL),ViriatoSoromenhoMarques(FLUL),22deAbril.

“SaboresdosContos-TradiçãoAlimentarPortuguesa”,AnaPaulaGuimarãeseAnabelaGon-çalves(UNL),29deAbril.

AlmoçoTemáticoTípicoPortuguês,8deMaio.

“Sabores, Hábitos & Culturas”, Painel-Tertúlia, João Paulo Nunes (Centro Tibetano), JoséBento dos Santos, Inês de Ornelas e Castro (UNL), Manuel Fernandes (AGROBIO), JorgeEstrela,MariaJoséMacedo,15deMaio.

MostradeProdutosBiológicoseVegetarianos,15deMaio.

“AssinaturadaDeclaraçãodoMuseudeCiênciasobreAlimentosGeneticamenteModifica-dos”,SessãoPública,5deJunho.

“Food for Thought”, Debate, Tim Radford (editor de ciência do Daily Telegraph), RogerHighfield(editordeciênciadothe Guardian),JoséDavidLopes(editordeciênciadoDiáriodeNotícias),RoderickPryde(British Council),moderador,5deJunho.

1999 E=mc2—QuandoaEnergiaseTransformaemMatéria“Adescobertadeplanetasextra-solares”,FilipeDuarteSantos(FCUL),8deJulho.

“FísicaNuclearparaocomeçodoMilénio”,AntónioFonseca(FCUL),10deJulho.

“Omundosub-nuclear:leptõesequarks”,AugustoBarroso(FCUL),17deJulho.

“BuracosNegros”,JoséSandeLemos(IST),22deJulho.

“AexpansãodoUniverso”,AlfredoB.Henriques(IST),24deJulho.

“PartículasdeumoutroUniverso:ossemicondutores”,AntónioVallera(FCUL),29deJulho.

“AUnificaçãofinaldaFísica”,JorgeDiasdeDeus(IST),31deJulho.

“OficinasdasPartículasedaLuz”,demonstraçõesexperimentaisdeFísicaModerna,24deJunhoa31deJulho.

2001 PedraFilosofal-RómulodeCarvalho/AntónioGedeão“RómulodeCarvalhoenquantoDivulgadordaCiência”:JoãoCaraça(FCG)DemonstraçõesExperimentais:CarlosFiolhaisTestemunho:NatáliaNuneseJoséCabecinha4deAbril.

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“Rómulo de Carvalho enquanto Historiador da Ciência”: António Manuel Nunes dos San-tos (FCTUNL)Testemunhos: Frederico de Carvalho e Maria Cristina de Carvalho2 de Maio.

“Rómulo de Carvalho e os estudantes: o Clube de Física do Pedro Nunes”: Nuno Crato (ISEG)Testemunhos: Alcina do Aido, Francisco Cabral, Guilherme d’Oliveira Martins e Isabel Medina9 de Maio.

“Rómulo de Carvalho enquanto Professor”: Marcelo Rebelo de Sousa (FDUL)Testemunhos: Mariana Fernandes, Artur Marques da Costa e David Ferreira6 de Junho.

“Rómulo de Carvalho enquanto António Gedeão”: Maria Lúcia Lepecki (FLUL)Testemunhos: Christopher Auretta e Manuel Freire4 de Julho.

“O Pensamento e a Obra de Rómulo de Carvalho no Contexto da sua Época (Síntese Final)”: Rui Namorado Rosa (Universidade de Évora)Testemunhos: Fernando Bragança Gil22 de Setembro.

2. Outros ciclos de Palestras

Serões no Museu de Ciência“Ciência & Arte no Século XX”, Rui Mário Gonçalves (FLUL), 17 de Abril de 1997.

“Computadores e Sociedade”, Rui Soares (Universidade Aberta de Lisboa), 22 de Maio de 1997.

“Museu de Ciência da Universidade de Lisboa: Utopia e Realidade”, Fernando Bragança Gil (MCUL), 26 de Junho de 1997.

“Sismicidade e Risco Sísmico”, Luís Mendes Victor (FCUL), 17 de Julho de 1997.

“Tectónica de Placas e Impactotectónica”, António Ribeiro (FCUL), 19 de Fevereiro de 1998.

“O Eclipse do Sol de 26 de Fevereiro”, Máximo Ferreira (MCUL), 26 de Março de 1998.

“Para Além do Visível na Pintura uma Contribuição da Ciência para o Conhecimento das Obras de Arte”, Ana Seruya (Instituto José de Figueiredo), 23 de Abril de 1998.

“O Perfume”, Raquel Gonçalves (FCUL), 21 de Maio de 1998.

“Buracos Negros e Wormholes”, Paulo Crawford (FCUL), 18 de Junho de 1998.

“O Oxigénio Como Fonte de Vida e de Morte”, Ruy Carvalho Pinto (FCUL), 22 de Outubro de 1998.

“Impactismo no Sistema Solar ao Longo da História da Terra”, José Fernando Monteiro (FCUL), 19 de Novembro de 1998.

“A Cultura Científica e os seus Limites”, António Manuel Baptista (Academia Militar), 18 de Fevereiro de 1999.

“O Tempo das Inquietações GenÉTICAS – Biotecnologia & Bioética Ambiental”, João Barbosa (MCUL), 25 de Março de 1999.

“Sabores dos Contos-Tradição Alimentar Portuguesa”, Ana Paula Guimarães e Anabela Gon-çalves (UNL), 29 de Abril de 1999.

“Panorama de um grande museu de ciência: o Deutsches Museum”, Fernando Parente (MCUL), 17 de Junho de 1999.

“Os Santos Cálices da Química”, Artur Martinho Simões (FCUL), 23 de Março de 2000.

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“Espaços Verdes na Cidade de Lisboa: características e representações”, Maria Lucinda Fon-seca (FLUL), 27 de Abril de 2000.

“Alterações do Clima e Tolerância Ecológica da Biodiversidade”, Carlos Almaça (MNHN- Zoo-logia e Antropologia), 15 de Maio de 2000.

“Variabilidade e Alterações Climáticas em Portugal Continental”, Fátima Espírito Santo (Insti-tuto de Meteorologia), 25 de Maio de 2000.

“A Actividade Solar: Explosões do Sol e Auroras Polares”, Máximo Ferreira (MCUL), 30 de Junho de 2000.

“Das Nuvens Escuras aos Planetas Extra Solares”, João Alves (European Southern Observa-tory), 27 de Julho de 2000.

“O Conhecimento das Descobertas de Galileu e as Primeiras Observações Telescópicas em Portugal-1610-1630”, Henrique Leitão (CFMCUL), 19 de Outubro de 2000.

“Imagens da Cultura Científica nos Séculos XVIII e XIX”, Fátima Nunes (CEHFCUE), 23 de Novembro de 2000.

“Em busca de um tempo perdido: ciência em Portugal, no séc. XVIII”, Ana Isabel Simões (FCUL), 15 de Março de 2001.

“O materialismo de Bombarda e a introdução da investigação biomédica em Lisboa”, Pedro Sousa Dias (FFUL), 19 de Abril de 2001.

“Um caso de internacionalização da Ciência Portuguesa, no séc. XIX”, Ana Maria Carneiro (FCTUNL), 24 de Maio de 2001.

“A historiografia da Matemática em Portugal”, Luís Manuel Saraiva (FCUL), 21 de Junho de 2001.

“Política e Ciência na fundação da Academia das Ciências de Lisboa”, Francisco Contente Domingues (FLUL), 18 de Outubro de 2001.

“Na pista do utilitarismo: Ciência e Tecnologia no Portugal Oitocentista e Novecentista”, Maria Paula Diogo (FCTUNL), 22 de Novembro de 2001.

“As Exposições Universais e a divulgação de conhecimentos científicos e técnicos em Portu-gal”, Ana Maria Cardoso de Matos (CEHFCUE), 20 de Dezembro de 2001.

“O 1º Prémio Nobel da Física”, Maria Luísa Carvalho (FCUL), 18 de Abril de 2002.

“O 1º Prémio Nobel de Química”, César Viana (FCUL), 23 de Maio de 2002.

“A Condensação de Bose-Einstein”, Fernando Parente (FCUL), 20 de Junho de 2002.

“Sir Hans Kreps – Prémio Nobel de Fisiologia e Medicina de 1953”, Ruy Carvalho Pinto (FCUL), 21 de Novembro de 2002.

Semana do Cometa Hale-Bopp“Mentiras & Mitos sobre Cometas”, António Magalhães (Associação Portuguesa de Astróno-mos Amadores), 1 de Abril de 1997.

“Verdades sobre Cometas”, António Cidadão (Associação Portuguesa de Astrónomos Ama-dores), 2 de Abril de 1997.

“Ocultações”, Rui Gonçalves (FCUL), 4 de Abril de 1997.

A Matemática e a Música realizados na Fundação Calouste Gulbenkian

“Mozart and Beethoven as Numerologists”, Grattan-Guinness (Universidade de Middlesex Inglaterra), 9 de Janeiro de 1998.

“Structure and Chance-Two Mathematical Aspects of Music”, E. Behrens (Universidade de Berlim), 26 de Fevereiro de 1998.

“Numbers and Algorithms in Music: From the Medieval Era to the Contemporary Period”, G. Assayag (IRCAM, Paris), 19 de Março de 1998.

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“Music and Mathematics: From Topos Theory to Music Software”, G. Mazzola (Universidade de Zurique), 2 de Abril de 1998.

“Musical Symmetries: Geometrical Transformations and Bach’s Canons”, B. Scimemi (Uni-versidade de Pádua), 14 de Maio de 1998.

“Drumatic Mathematics: Can one Hear the Shape of a Drum?”, J. P. Bourguignon (Institut des Hautes Études Scientifiques), 19 de Junho de 1998.

Astronomia“Introdução ao Mecanismo dos Eclipses”, Máximo Ferreira (MCUL), 14 de Novembro de 1994

“Astronomia e evolução Científica e Tecnológica”, Máximo Ferreira (MCUL), 19 de Outubro de 1995.

“O Universo — Big Bang aos Buracos Negros”, Máximo Ferreira (MCUL), no âmbito do Pro-grama Galileu, 26 de Janeiro de 1996.

“O Adeus ao Cometa Hyakutake”, Máximo Ferreira (MCUL), 13 de Abril de 1996.

“A Observação de Cometas”, Alfredo Pereira (Associação Portuguesa de Astrónomos Amado-res), 7 de Março de 1998.

“Astrofísica e Estatística”, Nuno Crato (ISEG), 28 de Maio de 1998.

“Astronomia e Interdisciplinaridade”, no âmbito do Programa Galileu: “Observações do Sol” e “Observações Nocturnas”, Máximo Ferreira (MCUL), 12 de Novembro de 1999.

A Ciência e os Outros“Ciência e Liberdade”, José Barata Moura (Universidade de Lisboa),

“Ciência e Fraternidade”, João Resina Rodrigues (IST),

“Ciência e Solidariedade” António Brotas (IST), 14 de Outubro de 2000.

“Ciência e Bem Estar”, António Manuel Baptista (Academia Militar),

“Ciência e Paz”, Augusto Barroso (FCUL),

“Ciência e Igualdade”, Fernando Bragança Gil (MCUL), 21 de Outubro de 2000.

3. Cursos no MuseuHistória das Ideias em Química: de Lavoisier a Lourenço, A. M. Nunes dos Santos (FCTUNL): “O Prelúdio de uma Nova Ciência “, 8 de Maio; “O Despertar de uma Nova Ciência”, 15 de Maio; “O Nascimento de uma Nova Ciência”, 22 de Maio;“O Crescimento da Química Apli-cada”, 29 de Maio; “O Desenvolvimento da Química e das Teorias”, 5 de Junho; “A Transmissão da Ciência e o Surgimento de uma Nova Profissão”, 12 de Junho; “Lourenço e a Situação Por-tuguesa”, 19 de Junho de 1991.

Aspectos do Pensamento Contemporâneo (Secção de História e Filosofia da Ciência da Uni-versidade Nova de Lisboa), 29 de Abril a 2 de Julho de 1992.

“Modelos, Padrões e Preconceitos na Ciência”, A.M. Nunes dos Santos, 29 de Abril

“Perspectivas da Biotecnologia e Ética Científica”, Isabel Pereira, 13 de Maio

“A Realidade, Objectividade e Subjectividade na Ciência”, A.M. N. dos Santos, 20 de Maio

“As Ciências Sociais: Perspectivas de Abordagem”, Maria Paula Diogo, 27 de Maio

“As Escolas de Investigação no Século XX: O Instituto de Física Teórica em Copenhaga”, Amália Bento, 3 de Junho

“A Simbologia da Máquina na Arte Contemporânea: 1910-1930”, Palmira Costa, 17 de Junho

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“As Duas Culturas e o Pensamento Ocidental”, José Luís Câmara Leme, 24 de Junho

Mesa Redonda, discussão aberta dos vários temas inseridos no curso, 2 de Julho.

Cursos de Introdução à Astronomia, Máximo Ferreira, anualmente de 1994 a 2002, num total de quarenta e seis edições, em:

Julho de 1994; Janeiro, Fevereiro, Abril, Maio, Junho, Julho, Outubro e Novembro de 1995; Janeiro, Fevereiro, Março, Junho e Outubro de 1996; Janeiro, Março, Junho, Julho, Outubro, Novembro e Dezembro de 1997; Janeiro, Fevereiro, Maio, Junho, Julho, Outubro e Dezem-bro de 1998; Janeiro, Fevereiro, Abril, Maio, Junho, Julho, Outubro, Novembro e Dezembro de 1999; Janeiro, Fevereiro, Maio, Junho, Outubro e Dezembro de 2000; Janeiro, Fevereiro, Março, Abril, Maio, Junho, Outubro e Novembro de 2001; Fevereiro, Abril, Maio, Setembro, Outubro e Novembro de 2002.

Curso para Monitores do Museu de Ciência, Maria Luísa Corte-Real, 6 a 10 de Setembro de 1993.

Curso “Os professores e os museus — reflexões sobre a pedagogia e didáctica museológicas”, Fernando Bragança Gil e Maria Luísa Corte-Real, Janeiro a Julho de 1994.

Curso “Eclipse total da Lua”, Máximo Ferreira, 3 e 4 de Abril de 1996, 16 e 17 de Setembro de 1997.

Curso “Óptica para Astrónomos Amadores... e não só”, Alexandre Cabral, 5 de Fevereiro e 18 e 25 de Novembro de 2000.

Curso “Natureza e Ambiente”, João Lopes Barbosa, 4 e 25 de Março de 2000.

Curso “Ciência Tecnologia e Ambiente”, João Lopes Barbosa, 25 e 27 de Maio de 2000.

Curso “A Situação Ambiental do Planeta”, João Lopes Barbosa, 4 e 11 de Novembro de 2000.

Curso “Relação Escola Museu – O papel dos Professores”, Fernando Bragança Gil e Marta Lou-renço, 29 de Setembro e 13 de Outubro de 2001.

4. Sessões de Planetário e ObservaçõesNa sequência da aquisição de um Planetário e da entrada para os quadros do Museu de um colaborador com competências específicas em astronomia, foram particularmente dinami-zadas as actividades nesta área:

“O Museu de Ciência segue o Eclipse do Sol”, 10 de Maio de 1994.

Observações de Júpiter devido ao choque do cometa Shoemaker-Levy com o planeta, 16 de Julho de 1994.

“Encontro de Vénus com Saturno”, 2 de Fevereiro de 1996.

“Solstício de Verão”, 21 de Junho de 1996.

“Os eclipses do Sol e da Lua”, 26 e 27 de Setembro de 1996.

“Eclipse parcial do Sol”, 12 de Outubro de 1996.

“Noite do Hale-Bopp e Eclipse da Lua”, 23 e 24 de Março de 1997.

“O Adeus ao Cometa Hale-Bopp”, 12 de Abril de 1997.

“A Navegação Astronómica na Época dos Descobrimentos”, 21 de Novembro de 1997.

“O Big Bang da Astronomia”, dia de actividades incluindo sessão de Planetário “O Céu ao Alcance de todos”, Feira de Astronomia, Ateliers, 20 de Dezembro de 1997.

“Equinócio de Outono”, 23 de Setembro de 1998.

“Festa do Equinócio”, Cromeleque dos Almendres, 20 e 21 de Março de 1999.

“Os Eclipses do Sol de 17 de Abril de 1912 e de 11 de Agosto de 1999”, 11 de Setembro de 1999.

“Eclipse total da Lua”, 9 de Janeiro de 2001.

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“1º Eclipse total do Sol do 3º Milénio”, 21 de Junho de 2001.

MuSEu dE CiênCia EM Quarto CrESCEntE, observações astronómicas precedidas de palestra realizadas todos os meses (excepto agosto e Setembro) de 1994 a 2001.

aStroFESta – observações astronómicas promovidas pelo MCuL realizadas num fim de semana de Verão em diferentes localidades, desde 1994 a 2002:

– Serra d’ossa, 10 e 11 de Setembro de 1994,

– Constância, 2 e 3 de Setembro de 1995,

– Barragem do roxo (aljustrel), 24 e 25 de agosto de 1996,

– Serpa, 6 e 7 de Setembro de 1997,

– Pego do altar (alcácer do Sal), 29 e 30 de agosto de 1998,

– Gouveia, 22 e 23 de agosto de 1999,

– Esposende, 1, 2 e 3 de Setembro de 2000,

– Marinha Grande, 24, 25 e 26 de agosto de 2001,

– nisa, 18 e 19 de agosto de 2002.

aStronoMia no VErão – Sessões de observação directa do céu com planetário móvel, por todo o País, de 1 a 31 de agosto, desde 1996 até 2002.

5. Dia Nacional da Cultura Científica“dia nacional da Cultura Científica”, experiências de demonstração, sessões de planetário e conferência “Ciência: a recriação do Mundo”, antónio Manuel Baptista (academia Militar), 24 de novembro de 1997.

dia nacional da Cultura Científica, animação especial na exposição de longa duração, visi-tas guiadas à exposição “Memória dos Espaços da Politécnica”, conferência “de que são Fei-tas as Estrelas?”, sessões de planetário “o Céu de Portugal em novembro de 1998”, oficinas experimentais “Ciência divertida”, sessão contínua de videogramas científicos, 24 de novem-bro de 1998.

dia nacional da Cultura Científica, animação especial na exposição de longa duração, visi-tas guiadas à exposição “Memória dos Espaços da Politécnica” e ao “Laboratorio Chimico da Escola Politecnica”, sessões de planetário oficinas experimentais de química, sessão contínua de videogramas científicos, 24 de novembro de 1999 e 24 de novembro de 2000.

6. Reuniões acolhidas no Museu“7ª Conferência nacional de Física – FiSiCa 90”, organizada pela Sociedade Portuguesa de Física, 24 a 27 de Setembro de 1990.

“Sociedade Portuguesa de Matemática – 1940-1990”, 12 a 14 de dezembro de 1990.

“XViii reunião ibérica de adsorção”, 22 a 24 de Setembro de 1993.

“Jornadas Pedagógicas de Software e aplicações Multimédia no Ensino e na Formação”, orga-nizadas pela associação Portuguesa de informática, 26 a 28 de Maio de 1994.

“Computadores no Ensino da Matemática, Ciências e tecnologia”, 20 e 21 de outubro de 1995.

“i Encontro nacional para o Ensino da astronomia”, organizado pela associação Portuguesa para o Ensino da astronomia, 11 de Setembro de 1996.

Workshop on Chemistry Laboratoires, instruments, new technologies and Educations (1789--1939), organizado pelo CiCtS da universidade de Lisboa, 26 e 27 de novembro de 1996.

“Primeira Escola de Verão em Física atómica e nuclear”, organizada pela Sociedade Portu-guesa de Física, 8 e 12 de Setembro de 1997.

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“VIII International Conference on Calorimetry in High Energy Physics”, organizada pela FCUL e pelo LIP-Laboratório de Instrumentação e Física Experimental das Partículas, 13 a 19 de Junho de 1999.

Colóquio “Museus, Arte e Ciência – Que Culturas para o Século XXI?”, organizado pelo Cen-tro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa, 11 a 13 de Outubro de 1999.

“XX Physics in Collision Conference”, organizada pelo Laboratório de Investigação em Partí-culas, 29 de Junho a 1 de Julho de 2000.

“Workshop on Ground Segment”, organizado pelo Laboratório Investigação em Partículas, 19 e 20 de Novembro de 2001.

“VI Congresso EUROBIO”, organizado pela European Association of Faculties, 6 a 8 de Junho de 2002.

“Jupiter after Galileu and Cassini”, organizada pelo Observatório Astronómico da Ajuda, 20 de Junho de 2002.

7. ECSITEO Museu de Ciência da Universidade de Lisboa adere ao ECSITE (European Collaborative for Science Industry & Technology Exhibitions), em Novembro de 1992, tendo sido eleito para o Board nos mandatos 1992-1994, 1994-1996, 1996-1998.

Reunião da Direcção do ECSITE, no MCUL, 7 e 8 de Março de 1997.

Conferência anual do ECSITE , organizada pelo MCUL e pelo ECSITE na Fundação Calouste Gulbenkian, 26 a 29 de Novembro de 1998.

no âmbito desta Conferência foi apresentada a comunicação:

Special Session Portuguese Science Museums/Centers-Present and Future Situation: “The Lis-bon University Museum of Science in the Portuguese Science Museums/Centers Context”, Fernando Bragança Gil (MCUL).

8. OutrosParticipação no programa “Viva a Ciência”, organizado pela Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia, 30 de Maio a 6 de Junho de 1993.

Manifestações integradas na Semana “VIVA A CIÊNCIA – 95”.

Finais Nacional e Internacional do Concurso Europeu “SEA... YOUR FUTURE”, 23 de Maio e 31 de Agosto de 1998.

Participação no Forum Estudante, Feira Internacional de Lisboa de 1998.

Lançamento do Livro “As Naus da Índia” de Vasco Viegas, apresentado por Manuel Martins Guerreiro, 15 de Outubro de 1999.

“Peça do Mês”, exibição mensal de um objecto do acervo histórico do Museu: Um Caloríme-tro no mês de Outubro, Telégrafo Morse, no mês de Novembro e Máquina a Vapor, no mês de Dezembro de 1999.

Lançamento do Livro “Para a História da Astronomia em Portugal” de Máximo Ferreira, orga-nizado pelos CTT-Correios de Portugal S.A., 23 de Abril de 2002.