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RIO DE JANEIRO Antonio Cruz / Agência Brasil EBC Memória Stefano Figalo / Brasil de Fato Ano 3 | edição 122 21 a 23 de setembro de 2015 distribuição gratuita Papa visita Cuba e EUA Curta nossa página no Facebook STF proíbe doações de empresas a campanhas Mundo | pág.6 Brasil | pág. 8 Viagem aos dois países se encerra na terça-feira (22) A vida ficou mais cara, o salário encolheu e o governador Pezão recusa aumento salarial aos funcionários públicos. Diante desse cenário, os servidores da educação discutem Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a doação de empresas a partidos e candidatos Estrelado por Regina Casé, filme conta a história de uma doméstica Que horas ela volta? Cultura | pág. 11 INTOLERâNCIA Pastor da Igreja Batista em São Gonçalo, Fellipe dos Anjos, garante que intolerância religiosa não tem base bíblica e convida os fiéis a acabar com o ciclo de ódio. Cidades l pág. 9 Pezão nega aumento a funcionários públicos a possibilidade de entrar em greve e realizar mobilizações. Na área da saúde, os servidores também estão desconten- tes com a decisão do governo do PMDB. Cidades l pág. 5 Divulgação

Brasil de Fato RJ - 122

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RIO DE JANEIRO

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EBC Memória

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Ano 3 | edição 122

21 a 23 de setembro de 2015 distribuição gratuita

Papa visita Cuba e EUA

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Facebook

STF proíbe doações de empresas a campanhas

Mundo | pág.6

Brasil | pág. 8

Viagem aos dois países se encerra na

terça-feira (22)

A vida ficou mais cara, o salário encolheu e o governador Pezão recusa aumento salarial aos funcionários públicos. Diante desse cenário, os servidores da educação discutem

Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a doação de empresas a partidos e candidatos

Estrelado por Regina Casé, filme conta a história de uma doméstica

Que horas ela volta?

Cultura | pág. 11

INTOlERâNCIA Pastor da Igreja Batista em São Gonçalo, Fellipe dos Anjos, garante que intolerância religiosa não tem base bíblica e convida os fiéis a acabar com o ciclo de ódio. Cidades l pág. 9

Pezão nega aumento a funcionários públicos

a possibilidade de entrar em greve e realizar mobilizações. Na área da saúde, os servidores também estão desconten-tes com a decisão do governo do PMDB. Cidades l pág. 5

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O povo só pode confiar em si mesmo

Nosso país está passando nessas últimas semanas por um momento delicado. Uma crise econômica que atinge vários países do mundo al-cança o Brasil, tornando ain-da pior a crise política e so-cial que estamos passando. Nessa situação, algumas po-sições aparecem em disputa na sociedade.

Por um lado, a direita au-menta a pressão política so-bre o governo, como parte de uma ofensiva em todo nosso continente. Exige que ele se renda a todas as suas exigên-cias. Ameaça avançar com as manobras para a derruba-da da presidenta. Em recente editorial, a Folha de S. Paulo deu um aviso final ao gover-no: ou se ajoelha aos nossos pés ou te derrubamos. Nes-te caso, se ajoelhar significa botar em prática toda a polí-

Resta a nós nos organizarmos e exigir mudanças na política que o governo vem praticando

sas. Assim, se ajoelha diante dos seus inimigos, como eles exigem. E coloca em prática tudo que tinha se negado a fazer ano passado.

A justificativa é a vontade de recuperar a confiança do Brasil em seus investidores. Só que, para isso, abandona a confiança do próprio povo que o elegeu.

E nós, o que estamos achan-do disso?

MUDANÇA URGENTETemos certeza de duas coi-sas: uma é que derrubar uma presidente eleita em eleições limpas é golpe, e somos con-tra. Outra é que defender um programa nas eleições, e aplicar todo o contrário de-pois, também é uma forma de dar um golpe, passar a perna no povo.

Resta a nós nos organizar-mos e exigir mudanças na política que o governo vem praticando. Se alguém tem que pagar pela crise, esse al-guém são os bancos, os mi-lionários, não o povo. Isso exige de todas e todos nós muita mobilização e unida-de de todos os setores popu-lares, em defesa de mudan-ças que realmente interes-sem a todo o povo.

EDITORIAl

Segunda-feira, 21 de setembro, Rio de Janeiro, Brasil

º C | F29Sol

PREVISÃO DO TEMPO

EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andra-de, Mario Augusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam)

EDIÇÃO:Vivian Virissimo (MTb 13.344)

SUB-EDIÇÃO:André Vieira e Fania Rodrigues

REPÓRTERES:Bruno Porpetta e Pedro Rafael Vilela

REVISÃO: Sheila Jacob

COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago

FOTÓGRAFO: Stefano Figalo

ESTAGIÁRIO: Victor Ohana

ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani

DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade

DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga

TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares

(21) 4062 [email protected]

claração dos ministros Levy e Barbosa demonstrou que o governo está disposto a fazer tudo que os seus opositores querem. Corte de gastos em setores fundamentais para o povo, aumento de impos-tos, suspensão de concursos públicos e de aumentos para servidores, entre outras coi-

tica que o governo negou nas eleições do ano passado.

ENCURRAlADOO curioso é justamente a posição do governo diante disso. Encurralado pela opo-sição e por um congresso ex-tremamente conservador, ce-de às exigências. A recente de-

2 | Opinião Rio de Janeiro, 21 a 23 de setembro de 2015

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Por meio de pesquisa, no Arquivo Público do Estado de São Paulo, foram levantados do-cumentos que com-provam o envolvi-mento da empresa no fornecimento de dados dos tra-balhado-res de su-as fábri-

Tânia Rêgo / Agência Brasil

Correios em greve

Os trabalhadores dos Correios decretaram gre-ve por tempo indetermi-nado. Eles rejeitaram a proposta que prevê au-mento zero e um abono de R$150,00 a partir de agos-to. A adesão foi tomada depois de uma assembleia com três mil trabalhado-res, na semana passada, no Rio. Uma nova assem-bleia foi marcada para es-ta segunda-feira (21).

SINDICAlpor Claudia Santiago

Fernando Frazão / Agência Brasil

Valter Campanato / Agência Brasil

Carlos Humberto / SCO STF

Volkswagen é acusada de apoiar ditadura

A Volkswagen do Brasil foi denunciada, semana passa-da, no Ministério Público Fe-deral, acusada de ser cúm-plice de violações de direi-tos humanos cometidas du-rante a ditadura militar entre os anos de 1964 a 1985. É a pri-meira vez que uma empresa é denunciada por participação em crimes característicos de regimes autoritários no Brasil.

O ministro do Supre-mo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes votou, essa semana, a favor do fi-nanciamento privado de campanhas eleitorais.

A deputada Maria Do Rosário Nunes (PT) pro-cessou e venceu a ação judi-cial contra o deputado Jair Bolsonaro (PP) por ter dito que não a estupraria porque ela “não merece”.

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MANGUINHOS Um ato contra a violência provocada pelo estado reuniu na última semana moradores de Manguinhos e funcionários em greve da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Uma operação policial na favela resultou na morte do menino negro Cristian Andrade, de 13 anos. (ABr)

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disse o ator Wagner Moura em entrevista ao jornalista e deputado Jean Wyllys.

Cursos na Baixada

O Governo do Estado, através da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Fa-etec), oferece, desde o dia 14, mais de duas mil va-gas em cursos grvatuitos de Qualificação Profissio-nal, em 20 unidades loca-lizadas na Baixada Flu-minense. As inscrições es-tão abertas no site da Fun-dação (faetec.rj.gov.br) no menu: “Inscrições Faetec - Qualificação Profissional”.

“Não posso compactuar com esse golpismo, esse movimento de ultradireita,

de elite, de gente rica”,

FRASE DA SEMANA

cas ao DOPS. Também fo-ram constatados a orga-

nização de um sistema próprio de vigilância e

monitoramento do movi-mento sindical e o envol-

vimento direto na pri-são e na tortura de seus

empregados den-tro do am-biente da empresa.

Geral | 3Rio de Janeiro, 21 a 23 de setembro de 2015

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Katarine Flordo Rio de Janeiro (RJ)

Você poderia fazer uma avaliação da atual conjun-tura econômica?Olímpio Alves dos Santos - Não temos porque negar que nós estamos em uma crise econômica. Porém, essa cri-se não tem a gravidade que se está colocando. Já passamos por crises econômicas muito mais profundas, como a cri-se hiperinflacionária do Re-

“Já passamos por crises econômicas muito mais profundas”Presidente do Sindicato dos Engenheiros, Olímpio Alves dos Santos, avalia situação econômica

ce o capital financeiro e pre-judica os trabalhadores.

O que são essas notas de ris-co e essas agências de clas-sificação de riscos?Quando essas agências dão essas notas elas indicam os melhores lugares e fundos de investimentos para fazer apli-cações financeiras. No entan-to, a agência Standard & Po-or’s (S&P), por exemplo, foi responsável por dar a maior nota ao banco Lehman Bro-thers no mês em que ele fa-liu. Por conta dessa falca-trua, ela teve que pagar uma multa de algo em torno de R$ 5 bilhões. As agências de classificação de riscos são uma grande fraude.

Essa mesma empresa Stan-dard and Poor’s também re-baixou a nota do Brasil.Essa avaliação serve para ali-mentar esse escândalo políti-co. Serve também para enca-recer os juros de qualquer em-préstimo que o Brasil venha a fazer. Se bem que não vai fa-zer muita diferença. Porque o Brasil já paga o maior diferen-cial de juros do mundo.

Quais as consequências dessa crise com relação ao emprego?Quando você aumenta de uma vez só os custos de ener-gia elétrica, água, gás e ou-tros, isso acarreta o aumen-to da inflação. Esse aumento da inflação tem como conse-

quência a perda do poder de compra dos salários. Com is-so, tem-se a queda do consu-mo. Consequentemente, cai a produção, que provoca per-da dos empregos nos servi-ços e na indústria.

Como você avalia a atual ta-xa de desemprego?Em 2002, o desemprego che-gou a 13%. Hoje está em 7,5%. Atualmente, tem muito mais gente empregada. Isso sig-nifica que, embora haja difi-

culdades com o nível da taxa de emprego, não estamos no mesmo patamar econômico de crises anteriores.

E sobre o emprego dos en-genheiros?Na década de 1990 a enge-nharia ficou praticamen-te estagnada. Pois, o cres-cimento do número de pos-tos de trabalho entre 1995 e 2003 foi de apenas 1,4%. Já noperíodo de 2003 a 2010 foi de 36,8%. Isso significa o

Olímpio: “Avaliação da Standard and Poor’s serve para alimentar esse escândalo político”

Nos últimos 4 anos, o mercado de trabalho dos engenheiros cresceu 10%aumento de cerca de 83 mil postos de trabalho.

E depois de 2010, qual foi o crescimento?Nos últimos quatro anos, o mercado de trabalho dos engenheiros cresceu 10%. Esses números refletem o aumento dos investimentos em obras públicas, ferro-vias, moradia. No setor de petróleo e gás, por exemplo, tivemos um incremento no número de vagas. Isso re-sultou em uma maior pro-cura na formação na área de engenharia.

Pablo Vergara / Brasil de Fato

Marcelo Camargo / Agência Brasil

As agências de classificação de riscos são uma grande fraude

Há um ajuste equivocado do atual governo, que favorece o capital financeiro e prejudica os trabalhadores

gime Militar, a de Sarney e a de Collor. Enfrentamos a cri-se do período FHC, que faliu o Brasil três vezes, por não ter capacidade de pagar as suas dívidas. Mas, também é bom observar que há um ajuste completamente equivocado do atual governo, que favore-

4 | Entrevista Rio de Janeiro, 21 a 23 de setembro de 2015

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Fernando Frazão / Agência Brasil

EBC Memória

Samuel Tostad

A vida ficou mais cara. A feira do mês, a energia, o colégio das crianças, a pas-sagem de ônibus. Tudo su-biu. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontou que em agosto de 2015, fazendo uma compa-ração de 12 meses, o traba-lhador teve que desembol-sar 9,52% a mais para pagar suas contas. Diante de tan-tos aumentos, um anúncio tem preocupado os servi-dores do estado do Rio de Janeiro. O reajuste salarial oferecido pelo governador Luiz Fernando Pezão (PM-DB) foi de 0%. Isso quer di-zer que o trabalhador pas-sou a ganhar menos, já que os preços subiram e o salá-rio continua o mesmo.

As más notícias não pa-ram por aí. Pezão afirmou também que o estado ain-da não tem dinheiro para

Governador ofereceu 0% de reajuste e ainda disse que não há dinheiro para o 13°

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Pezão congela salário de servidoresUERJ

Em outro setor da edu-cação, o universitário, tam-bém cresce a mobilização. Com problemas estru-turais e de pagamento de terceirizados, os traba-lhadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) prometem se mobi-lizar. “Há mais de uma dé-cada os professores não re-cebem reajuste de salário. Fora os outros problemas. A UERJ, hoje, sofre uma de suas maiores crises. A luta que precisamos fazer não é apenas dos educadores, ela tem que ser da sociedade”, pontua Guilherme Var-gues, da Associação dos Docentes da UERJ.

pagar a segunda parcela do 13º salário dos funcionários.

Na última quarta-feira (16) os profissionais da educa-ção da rede estadual reali-zaram uma assembleia para debater os rumos que a ca-tegoria vai tomar.

“É um absurdo. A gente sa-be que o governo do estado tem dinheiro, já que ele in-veste em gratificação de de-sempenho, investe em pro-

veria pegar esse dinheiro e investir em reajuste para os servidores”, critica Marcelo Sant’Anna, diretor do Sin-dicato Estadual dos Profis-sionais da Educação (SEPE).

O sindicalista acrescentou que a paralização de 24 ho-ras está marcada para o dia 8 de outubro e que os educa-dores realizarão um ato, que chegará até a sede do gover-no do estado.

Trabalhadores da educação prometem paralisação de 24 horas no dia 8 de outubro

Pezão não cumpriu promessa feita a servidores da saúde

O trabalhador passou a ganhar menos, já que os preços subiram e o salário continua o mesmo

Saúde estadual em grevelho, a promessa completou um ano. Na última quinta-feira (17) eles fizeram um pro-testo em Campo Grande, na zona oeste, para mostrar a in-satisfação com a situação.

“Hoje, no estado, existem funcionários da saúde que re-cebem menos de um salário mínimo de vencimento. Com as gratificações, sobe um pou-co. O problema é que quan-

do nos aposentamos perde-mos esse adicional”, critica Denise Nascimento, direto-ra da regional do centro do sindicato que representa es-ses trabalhadores, o Sinds-prev. Os servidores da saúde também estão participando do movimento para pres-sionar o governador por um reajuste diferente do de 0% oferecido. (AV)

Funcionários da saúde não veem com bons olhos a falta de negociação de Pezão

No ano passado, o man-datário se comprometeu com os servidores de en-viar um Plano de Cargos e Carreiras (PCC) para a Alerj, mas não o fez. Em ju-

vas, terceirizando empre-sas para a confecção e apli-cação dos testes. Pezão de-

Cidades | 5Rio de Janeiro, 21 a 23 de setembro de 2015

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Mortes por malária diminuem 60%

A taxa de mortalidade por malária baixou 60% desde 2000, mas ainda existem mais de três bi-lhões de pessoas em ris-co de contrair a doença. A informação é de relató-rio conjunto da Organi-zação Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Na-ções Unidas para a Infân-cia (Unicef).

Segundo o levantamen-to, foram 6,2 milhões de vi-das poupadas nos últimos 15 anos, entre elas seis mi-lhões de crianças meno-res de 5 anos, o grupo mais vulnerável à doença.

EM FOCO

Divulgação

Divulgação

Pablo Vergara

CUBAO Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba realizou um ato pelo fim do bloqueio dos Estados Unidos à ilha. A atividade aconteceu na Câmara de Vereadores na última quarta-feira (16).

O papa Francisco iniciou no último sábado (19) uma das viagens mais longas do pon-tificado, que o levará à Praça da Revolução, em Havana, ao Congresso dos Estados Uni-dos, em Washington, e à Or-ganização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. A via-gem vai até terça-feira (22).

Depois de terem recebido João Paulo II e Bento XVI, os cubanos vão ouvir Francisco nas etapas de Havana, Hol-guin e Santiago.

Papa inicia visita a Cuba e aos EUA

Papa Francisco vai discursar na Praça da Revolução e na ONU

O porta-voz do Vaticano, Fe-derico Lombardi, disse “ser provável” um encontro entre o papa e o ex-presidente Fidel Castro, mesmo que não esteja previsto no programa.

“Não temos preocupações especiais com a segurança. O papa pretende deslocar-se livremente e faz questão de manter o contato com as pes-soas”, afirmou Lombardi. Com agenda muito cheia, o papa, de 78 anos, vai pronunciar 26 dis-cursos. (Agência Lusa)

Jorge Mamani / ABI

Líderes da União Euro-peia (UE) se reúnem numa cúpula extraordinária nes-ta quarta-feira (23), para de-bater a crise dos refugiados, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, na rede social Twitter.

A cúpula ocorre no dia se-guinte de um conselho de mi-nistros do Interior da UE, tam-bém marcado extraordinaria-mente para debater o problema

dos fluxos migratórios e a pro-posta de distribuição de mais de 120 mil refugiados que es-tão na Grécia, Itália e Hungria.

Na última terça-feira (15), a chanceler alemã, Ange-la Merkel, tinha anunciado que a Alemanha e a Áustria pediram ao Conselho Euro-peu a realização de uma cú-pula europeia extraordiná-ria sobre a crise migratória na semana seguinte.

Líderes farão reunião extraordinária nesta quarta-feira (23)

União Europeia fará reunião para discutir migrações

6 | Mundo Rio de Janeiro, 21 a 23 de setembro de 2015

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Gustavo Aguiar

Metalúrgicos cobram indenização a 3,5 mil trabalhores demitidos A população da Região

Serrana do Rio de Janei-ro, desde 2011, sofre com as consequências do desastre ambiental, provocado por falta de estrutura e projetos de contenção nessas áreas de risco. Quase cinco anos depois da tragédia, que re-sultou na morte de mais de 900 pessoas, os morado-res ainda lutam para superar a perda de suas casas e da es-trutura dos bairros, como es-colas, centros comunitários, áreas de lazer, ruas e calçadas.

No bairro Córrego D’Antas, localizado na periferia de Nova Friburgo, um dos mais prejudicados na época, os moradores se organizaram, fizeram mutirões e muitas mobilizações. A pressão po-pular deu resultado. Des-de 2013, o governo do Rio es-tá realizando no bairro uma das maiores obras de conten-ção do estado do estado. A es-timativa é que fique pronta ainda esse ano.

“Por se tratar de uma região montanhosa e rochosa, du-rante a tragédia de 2011, mui-tas pedras rolaram da par-te de cima. Agora estão pren-dendo essas pedras e mais abaixo estão fazendo um mu-ro de contenção, além de du-as grandes galerias de drena-gem”, explica o professor San-

Região serrana luta por melhorias em bairros destruídos por chuvas

Fotos Divulgação

Moradores prejudicados pela tragédia ambiental de 2011 conquistaram melhorias para os bairros graças à mobilização

Nova Friburgo foi uma das cidades mais prejudicadas pela tragédia

paço foi alugado. Mas, infe-lizmente, o que era para ser provisório tornou-se perma-nente. Isso está prejudican-do a educação das crianças do bairro, desde a creche até o ensino fundamental”, afir-ma Sandro Schottz .

Nesse momento, esse é um dos maiores desafios dos mo-radores, que continuam na luta para garantir o direito à educação de suas crianças.

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

dro Schottz, presidente da as-sociação de moradores de Córrego D’Antas.

SEM ESCOlASSão muitos problemas que não foram resolvidos, prin-cipalmente em relação às as escolas e creches, que foram destruídas e ainda não fo-ram recuperadas.

“O prédio foi interdita-do na tragédia e outro es-

Metalúrgicos de Niterói cobram indenização

Cerca de 400 metalúrgi-cos realizaram uma mani-festação, semana passada, em frente ao Estaleiro Eisa Petro, em Niterói, para co-brar o pagamento das in-denizações de 3,5 mil tra-balhadores demitidos há cerca de 90 dias.

Eles cobraram um po-sicionamento da empresa sobre o pagamento dos di-

reitos trabalhistas das res-cisões contratuais dos de-mitidos. Eles também exi-giram resposta da Transpe-tro, empresa subsidiária da Petrobrás, por considera-rem a empresa co-respon-sável. Os trabalhadores re-clamaram ainda que tive-ram direitos como plano de saúde e vale-alimentação cortados.tuação atual.

Rio já tem extensão de domínio na internet

Assim como existem do-mínios .com , .net, .com.br, agora terá um .rio. Com is-so a cidade do Rio de Janei-ro passa a ser a primeira da América do Sul a ter uma

extensão de domínio na internet com seu nome. O .rio já conta com cerca de 4,2 mil domínios pré-re-servados pelo site www.meudominio.rio.

o que era para ser provisório tornou-se permanente

Sandro Schottz, Associação de moradores

Cidades | 7Rio de Janeiro, 21 a 23 de setembro de 2015

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Supremo proíbe doações de empresas para políticosCorte encerrou julgamento iniciado em 2013. Porém, polêmica não está encerrada

André Richterda Agência Brasil

Fifa anuncia afastamento de Jérôme Valcke

A Federação Interna-cional de Futebol (Fifa) anunciou nesta quinta-feira (17) o afastamen-to do secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke. Segundo depoimento do empresário Benny Alon, publicado em jornais in-ternacionais, Valcke fica-va com parte do dinhei-ro da venda de ingressos da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

Alon é proprietário de uma empresa que tinha contrato para fornecimen-to de ingressos da Copa com a Fifa. O empresário afirmou que fez um acor-do com Valcke para ven-der ingressos do Mun-dial por um valor quatro vezes maior que o origi-nal. Em troca, a empre-sa e Valcke dividiriam os lucros. (ABr)

Ele é acusado de ficar com parte de dinheiro dos ingressos da Copa do Mudo de 2014

de Brasília (DF)

O Supremo Tribunal Fe-deral (STF) decidiu na úl-tima quinta-feira (17) proi-bir o financiamento empre-sarial de campanhas políti-cas. A Corte encerrou o jul-gamento, iniciado em 2013, de uma ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que questionou artigos da Lei dos Partidos Políticos e da Lei das Eleições.

Esses artigos autorizam as doações de empresas para partidos políticos e candi-datos. Por oito votos a três, o Supremo entendeu que as doações desequilibram a disputa eleitoral.

Com a decisão do STF, as doações de empresas nas eleições passam a ser proi-bidas. No entanto, a polêmi-ca sobre o assunto não es-tá encerrada. Semana pas-sada, a Câmara dos Depu-tados aprovou um projeto de lei para regulamentar as contribuições.

O texto aguarda decisão da presidenta Dilma Rous-seff sobre sanção ou veto. Se a presidenta sancionar a lei, será preciso uma nova ação

para questionar a validade das doações no Supremo, de-vido à posição contrária ado-tada pelo tribunal.

Para entrar em vigor nas eleições municipais do ano que vem, eventual sanção deve ser efetivada até 2 de outubro, um ano antes do primeiro turno do pleito.

Os três últimos votos so-bre a questão foram profe-

ridos na sessão desta quin-ta-feira. O decano da Cor-te, ministro Celso de Mello, afirmou que as empre-sas podem fazer doações e defender seus interesses no Legislativo. No entan-to, limites de contribuições são necessários para coi-bir abusos. “A Constituição não tolera a prática abusi-va, o exercício abusivo do poder econômico”.

Para a ministra Rosa Weber, o poder econômico das doa-ções de empresas desequili-bra o jogo político. “A influên-cia do poder econômico cul-mina por transformar o pro-cesso eleitoral em jogo políti-co de cartas marcadas, que faz o eleitor um fantoche”.

lONGA VOTAÇÃOO tema estava em votação há dois anos no STF, quan-do o ministro Gilmar Men-des pediu vistas ao processo. Movimentos como a Cam-panha pela Constituinte do Sistema Político denuncia-ram o atraso da matéria inú-meras vezes, alegando que Gilmar pretendia segurar a votação até que o Congres-so Nacional conseguisse in-cluir a medida na Constitui-ção Federal.

Na quarta-feira (16), Men-des proferiu seu voto, que durou cerca de cinco horas. Na oportunidade, o minis-tro afirmou que as doações empresariais “equilibram o processo eleitoral”.

Supremo Tribunal Federal entendeu que as doações desequilibram a disputa eleitoral

Danilo Borges / Portal da Copa

Antonio Cruz / Agência Brasil

Por oito votos a três, STF proibiu o financiamento privado de campanhas

8 | Brasil

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Intolerância religiosa não tem base bíblicaLíder religioso convoca evangélicos a combaterem a discriminação

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

O Brasil abriga uma di-versidade de religiões e cren-ças. Segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE), a maior predominância é a da religião católica, com 64,6% da população (123 milhões). Já os evangélicos aumenta-ram significativamente seu número de seguidores em 10 anos, passando de 15,4% em 2000 para 22,2% (42,3 mi-lhões) da população brasilei-ra em 2010.

Filho de família evangéli-ca e com influência católi-

Rio: Roubo de celular aumenta 49,3%

Os roubos de celular no estado do Rio de Janeiro au-mentaram 49,3%, em agos-to de 2015, quando compa-rado com o mesmo mês do ano passado. Foram 1.117 celulares roubados, en-quanto no ano passado fo-ram 748 roubos, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP).

Fernando Frazão / Agência Brasil

CAMPEÃO OlíMPICO O nadador, medalhista paraolímpico, Clodoaldo Silva bate-papo com crianças de escolas públicas, semana passada, em uma visita a Vila Olímpica do Rio. A ginasta Daiane dos Santos, também participou da conversa.

De acordo com o insti-tuto, a apreensão de dro-gas quebrou o recorde esse ano e apresentou o maior número de apreensões de toda a série histórica para o mês, iniciada em 1991. Foram 2.461 apreensões, um aumento de 1,0% em relação ao mesmo perío-do do ano passado. (ABr)

Pastor Fellipe participou da luta contra a derrubada da casa onde nasceu a Umbanda

Não existe nenhuma referência bíblica ou da vida de Jesus que dê base a esse discurso de ódio”

Fellipe dos Anjos, pastor batista

ca dos avós, Fellipe dos An-jos, de 28 anos, é pastor ba-tista em São Gonçalo, região metropolitana do Rio. Líder religioso há quatro anos, ele destaca que não existe sus-tentação cristã para a práti-ca de discriminação.

“Dentro do universo pro-testante e evangélico há uma série de discursos que aca-bam servindo de base para algumas falas de intolerância religiosa. Porém, não exis-te nenhuma referência bíbli-ca ou da vida de Jesus que dê base a esse discurso de ódio”, argumenta.

AMOR COMBATE ÓDIOPara combater o ódio, o jo-vem pastor e sua comunida-de evangélica usam o amor como ferramenta transfor-madora. Eles desenvolvem na cidade projetos de forma-ção para os fiéis de sua igre-

ja. “Precisamos desconstruir essa agenda fundamentalis-ta, intolerante”, acrescenta.

Dos Anjos esteve na mo-bilização que tentou impe-dir a destruição da cente-

nária casa onde foi funda-da a Umbanda no Brasil, localizada em São Gonça-lo. Apesar da luta, eles não conseguiram e o imóvel foi demolido em 2011. “O Jesus

que nos revelou a face ca-rinhosa de Deus quer que a gente se ame, se cuide e se proteja. Quer que a gente de-fenda a justiça, a paz e a ale-gria no mundo. Faço um pe-dido para que lutemos para acabar com o ciclo de ódio e que respeitemos as diferen-ças de nossas religiões”, con-voca Fellipe dos Anjos.

CAMINHADANo Rio de Janeiro, são muitas as religiões que vêm lutando para garantir o respeito e a li-berdade das diferentes cren-ças. Algumas ações ao longo dos anos vêm se consolidan-do, como é o caso da Cami-nhada em Defesa da Liber-dade Religiosa, que realizou sua oitava edição no último domingo (20) em Copacaba-na, zona sul do Rio.

Stefano Figalo / Brasil de Fato

Cidades | 9Rio de Janeiro, 21 a 23 de setembro de 2015

Page 10: Brasil de Fato RJ - 122

A filha de Alex, Giovanna, conhecedora do romance secreto do pai, quer logo jogar a verdade no ventilador

Verdades Secretas é mesmo uma história de tirar o fôlego. Há tanta tensão nas cenas, no tex-to, nas tramas dos per-sonagens que o sono vai embora depois de assistir a um capítulo da novela.

O romance escondido de Alex (Rodrigo Lombardi) e Angel (Camila Queiroz) é re-almente excitante. Os dois atores são bonitos e sensu-ais e estão muito bem nos pa-péis. Mas a menina é menor de idade e ele é padrasto dela.

ESTRANHEZAO que causa certa estranhe-za, por um lado, mas des-perta a curiosidade, por ou-tro. Esta semana ele hu-milhou a esposa e mãe da amante, Carolina (Drica Morais), mas Angel não dei-xou por menos: colocou o homenzarrão no chinelo defendendo a mãe. Fácil pa-ra ela, que tem Alex em su-as mãos. A cena foi pesada, as ofensas foram fortes, deu gastura em ver esse triângu-lo amoroso incestuoso nu-ma situação tão limite. E as humilhações vão continu-ar, conforme apurei por aí.

A filha de Alex, Giovan-na (Agatha Moreira), co-

SEMPRE VI NOVElA | Joaquim Vela

Todas as verdades serão reveladas?

nhecedora do romance se-creto dele, quer logo jogar a verdade no ventilador. Não porque tem pena de Caroli-na, mas porque está de olho na herança de seu pai, sem-pre muito rígido com ela. Nos próximos capítulos, ela vai se esforçar em cum-prir o seu plano. Parece que

as relações entre pais e fi-lhos no folhetim são isen-tas de qualquer compro-misso moral e afetivo. A po-bre Carolina, sem saber de nada, é a única que ainda acredita na candura de sua menina, que, de anjo, pare-ce ter só o nome.

A novela chega ao fim na próxima semana. Será que todas as verdades dos per-sonagens serão reveladas? Só conferindo para saber, né? Você vai perder? Eu não!

Até semana que vem!

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Verdades Secretas chega ao fim na próxima semana

O quê: A peça mostra o ponto de vista de dois personagens de “Hamlet”, de Shakespeare.Onde: Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho – Castelinho do Flamengo – Praia do Flamengo, 158.Quando: Quinta a domingo, às 20h. Até 18 de outubro.Quanto: 0800

O quê: Evento com recital de poemas, apresentações musicais, performances e um delicioso coquetel. O espaço comemora três anos nesta edição do sarau.Onde: Sala de Cultura – UFRRJ – BR 465, km 7 – Seropédica.Quando: Quarta (23), às 22h.Quanto: 0800

O quê: A exposição começa com Tarsila do Amaral, passa por nomes como Leila Diniz e chega até a viúva de Amarildo.Onde: Museu de Arte do Rio-MAR – Praça Mauá, 5, Centro.Quando: De terça a domingo, das 10h às 17h.Quanto: 0800 às terças, R$ 8 nos demais dias.

O quê: Exibido no cineclube “Cine Casulo”, o filme paraguaio conta a história de um carreteiro que sonha com uma vida de fama e sucesso.Onde: Anfiteatro Gustavo Dutra – UFRRJ – BR 465, km 7 – Seropédica.Quando: Quarta (23), às 19h.Quanto: 0800

O quê: Bar tem programação voltada para vários estilos do rock, do Hard ao punk, com apresentações de bandas e cardápio variado de cerveja. Onde: Rua Iguaperiba, 155, Brás de Pina.Quando: De quinta a domingo, das 18h às 20h. Quanto: 0800

O quê: Mostra faz parte da Trio Bienal, bienal internacional de arte contemporânea com obras de 152 artistas de 44 países. Onde: Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Primeiro de Março, 66 – Centro. Quando: De quarta a segunda, das 9h às 21h. Quanto: 0800

Forma e Matéria

Rosencrantz e Guildenstern estão mortos

Sete caixas

Tarsila e Mulheres Modernas no Rio

Subúrbio AlternativoSarau Cultural

AGENDA DA SEMANA

10 | Cultura Rio de Janeiro, 21 a 23 de setembro de 2015

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Os patrões usam o filme como um momento de revisão de atitudes e valores

Na minha cabeça de dramaturga, eu queria tirar o clichê da maldição da repetição

Que horas ela volta? conta a história de Val, uma empre-gada doméstica que passou anos trabalhando na casa de uma família rica do Morum-bi. Ela tem sua vida alterada com a chegada de Jéssica, sua filha que foi deixada no Nor-deste e está em São Paulo pa-ra prestar vestibular. Confira entrevista com a diretora An-na Muylaert.

que apresentei a ideia, a as-sociação com o retrato do período pós-Lula foi ime-diata. O filme estava mais enraizado na realidade do que eu achava.

Brasil de Fato SP - Falando um pouco sobre essa nova realidade, que foi altera-da devido aos diversos pro-gramas sociais implanta-dos na última década, vo-

cê acredita que houve uma mudança na autoestima do brasileiro?A partir do Lula, sem dúvida, houve um trabalho de me-lhoria da autoestima, tan-to pelo Bolsa Família e pe-las cotas raciais nas univer-sidades, como também pela Copa do Mundo e Olimpía-das. Acho que se há algo que o Lula fez foi subir a autoes-tima das classes menos fa-

vorecidas. Mas isso é um pe-queno começo, a questão da educação ainda está muito atrasada em relação aos pa-íses europeus, por exemplo, que são socialmente mais democráticos. Aqui demos um pequeno passo para o di-reito à cidadania.

Brasil de Fato SP - Foram re-alizadas cabines [sessões de teste com o público] só com empregadas domésticas. Co-mo foi a reação delas? E os patrões? Você chegou a ser vítima de algum discurso de ódio por causa do filme?Eu soube que, após a sessão, rolou um desabafo de um grupo [das domésticas] com coisas que estavam presas por muito tempo na gargan-ta. Mas, muitas ficaram bas-tante travadas. O filme me-xe muito com os dois lados.

Tanto com o patrão, que sai de lá e diz que vai aumen-tar o salário da emprega-da, quanto com elas que se enxergam no filme e ficam motivadas a deixar de acei-tar humilhações. Mas já fi-quei sabendo de duas mu-lheres que levantaram e sa-íram da sala revoltadas em uma das cenas da Val, o que eu achei bem chocante.

Brasil de Fato SP - Como foi a relação com a Regina Ca-sé? Você havia pensado ne-la desde o início do projeto?Eu decidi que a Regina (Ca-sé) interpretaria a protago-nista quando assisti ao filme Eu, tu, eles. Depois disso, não pensei mais em outra pessoa para o papel da Val. Nosso processo de aproximação foi longo até chegar à filmagem que, por sinal, foi bastante complicada em decorrência do bebê que ela havia acaba-do de adotar. Mas o impor-tante é que, artisticamente, a gente se deu maravilhosa-mente bem. Acho que é, tal-vez, a parceira mais incrível que eu já tive.

Entrevista na íntegra: brasildefato.com.br

Que horas ela volta?: “Filme está enraizado na realidade”Longa está colocando o dedo na ferida nas relações entre empregadas domésticas e patrões no Brasil

Claudia Rocha e Guilherme Weimann

de São Paulo (SP)

Filme ganhou o Festival de Berlim e foi premiado em Sundance

Brasil de Fato SP - Quando você teve a ideia do filme, o objetivo era ter o foco no retrato das relações huma-nas ou a ideia já era deba-ter questões políticas?Anna Muylaert - Eu não pensei em política enquan-to estava construindo o ro-teiro. Queria dar um destino melhor para a filha da em-pregada. Na minha cabeça de dramaturga, eu queria ti-rar o clichê da maldição da repetição. Durante muitos anos o caminho era igual, a filha vinha para cá ser cabe-leireira e acabava como do-méstica, assim como a mãe. A partir do primeiro dia em

Anna: “Questão da educação ainda está muito atrasada”

Guilherme Weimann

Cultura | 11Rio de Janeiro, 21 a 23 de setembro de 2015

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Corte nos gastos com a saúde, nos investimentos, em programas sociais co-mo o “Minha casa, minha vida”, no PAC, em obras de mobilidade e saneamen-to, nos salários do funcio-nalismo público, cancela-mento de concursos em 2016 e volta da CPMF de 0,20% (alíquota única).

É fato que o governo Dil-ma II se aliou - a meu ver, se rendeu - ao grande capi-tal, visando minar o “gol-pismo” e o impeachment, em troca de sobrevivência até o fim de 2018. Em troca de “apoio”, os grandes em-presários exigiram, atra-vés do ministro Levy, que o governo aprofunde a po-lítica de ajuste e que os cor-tes atinjam os programas sociais. Dito e feito! Ainda tem a redução de ministé-rios na próxima semana.

AUSTERIDADEA prova da aliança en-tre governo e grande capi-tal está na reação do mer-cado financeiro, na bolsa de valores, com forte alta (Bancos puxando) e que-da acentuada do dólar no dia do anúncio. Tudo is-so gerado pela euforia do mercado com os no-vos cortes e o aprofunda-mento da austeridade.

Infelizmente, o progra-ma econômico derrotado nas urnas em 2014 foi im-plementado. É difícil en-tender o porquê de o go-verno contemplar os der-rotados. É difícil compre-ender tamanho imobilis-mo e rendição (sim, votei em Dilma e votaria de no-vo se repetissem as mes-

OPINIÃO | Daniel SamamFrederico Santana Rick

A conjugação de crise eco-nômica, política e social, fa-cilmente percebida por qual-quer cidadão mais atento, de-nuncia uma crise mais séria e mais profunda, uma crise das esquerdas.

Aprisionada à lógica elei-toral, a esquerda, principal-mente a partidária, viu seu horizonte se reduzir ao cur-to prazo de dois anos, entre um pleito e outro. Produziu assim uma crise de prática política, desvalorizou o tra-balho de base, a formação política, a construção de força social e a disputa de ideias na sociedade. Levou ainda a uma crise de va-lores, com uma militância que, pouco a pouco, perdeu sua referência no humanis-mo e no socialismo.

Como é comum nos mo-mentos de crise na história do país, nossas elites sem-pre encontram uma saída conservadora. É o que ve-mos nesse momento.

Teríamos outras saídas pos-síveis. Uma delas seria que as forças populares forçassem o governo à esquerda. Isso exi-giria romper a lógica da con-ciliação que perdura des-de 2003. Não há quem acre-

Como é comum nos momentos de crise na história do país, nossas elites sempre encontram uma saída conservadora

É fato que o governo Dilma II se aliou - a meu ver, se rendeu - ao grande capital, visando minar o “golpismo” e o impeachment

Tirar lições da crise e construir o novo (1)*

O Programa derrotado em 2014 venceu

mas circunstâncias como as colocadas em 2014). En-tretanto, não embarco na tese do “estelionato eleito-ral”, pois não foi uma ope-ração intencional. O que houve foi uma incapaci-dade política em não en-tender que o modelo eco-nômico até 2014 havia chegado a um limite. Era necessário abrir uma no-va etapa e trazer essa dis-cussão para a campanha eleitoral, ajudando a for-mar uma maioria política a favor das reformas de ba-se (tributária, agrária, ur-bana, etc.). Como dizem por aí, “pior que um crime é um erro”.

dite que o governo faça es-sa inflexão. Seguiremos bus-cando esse caminho, mas é bom não nos iludirmos. Ele é o mais improvável, quase im-possível (são muitos os arti-gos de intelectuais da esquer-da que já o admitem).

lUCROS DA BURGUESIAUm segundo cenário seria a direita golpista, tal qual fez no Paraguai, em Honduras e na Venezuela, já no século XXI, conseguir interromper o mandato presidencial. Se-gue sendo um cenário pos-sível, mas não é o desejado pela nossa burguesia inter-na, como demonstram as no-tas da FIRJAN, FIESP, os edi-toriais da Globo e da Folha de S. Paulo, e as declarações do presidente do Banco Itaú.

Se podem forçar o governo a assumir o seu programa, para que a interrupção democrática, que traria mais uma crise, a cri-se institucional, e colocaria em risco os lucros da burguesia?

O terceiro cenário é o mais terrível, e o mais provável. Já estamos assistindo. Tal qual ocorreu em vários momen-tos de nossa história, a saída é conservadora e pesa sobre os trabalhadores. Já vinha com a composição conservadora dos ministérios, com o ajuste fiscal e com as medidas con-servadoras do Congresso Na-cional. Agora novos cortes.

NEOlIBERAlO governo faz a opção pelo modelo neoliberal. A Agen-da Brasil, apresentada pelo presidente do Senado e pelo Ministro da Fazenda de Dil-ma, Joaquim Levy, é expres-são quase acabada dela. Digo quase, porque ainda tem coi-sa pior por vir.

Frederico Santana Rick é militante das pastorais

sociais e da Consulta Popular

*Primeira parte.Íntegra:.brasildefato.

com.br/node/32931

HISTÓRIA SE REPETEO triste é ver como o go-verno Dilma II, com essa política econômica desas-trosa, se parece tanto com o governo FHC II. Com is-so, faço a mesma pergun-ta que o velho Marx: “A história se repete, a pri-meira vez como tragédia e a segunda como farsa?”

Daniel Samam é coordenador do Núcleo

Celso Furtado-PT/RJ

12 | Opinião Rio de Janeiro, 21 a 23 de setembro de 2015

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Bolinho de ChuvaBOA E BARATA

Ingredientes

• 2 ovos

• 2 colheres de açúcar

• 1 xícara de chá de leite

• Trigo para dar ponto

• 1 colher de sopa de fermento

• Açúcar e canela

Tempo de preparo30 minutos

Modo de preparo

Misture todos os ingredientes até ficar uma massa não mui-to mole, nem tão dura. Deixe aquecer uma panela com bas-tante óleo para que os boli-nhos possam boiar. Quando estiver bem quente comece a colocar colheradas da massa e abaixe o fogo para que o bo-linho não fique cru por den-tro. Coloque os bolinhos so-bre papel absorvente e depois se preferir passe-os no açúcar com canela.

Rendimento8 porções

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Minha filha tem muita cólica. Sente tonteiras e já chegou a desmaiar. Já fui com ela ao ginecologista, que deu um an-ticoncepcional prometendo que ia melhorar. Já faz 6 me-ses e ainda não vemos resultado. O que faço? É normal?

Ana Carolina de Souza, 26, recepcionista.

AMIGA DA SAÚDE

Dúvidas sobre saúde? Encaminhe e-mail para [email protected]

MANDE SUA [email protected]

Antes se acreditava que as cólicas eram necessá-rias e que fazia parte da vi-da das mulheres suportá-las, quase como um cas-tigo, um horror! Hoje já sa-bemos que as coisas não são bem assim. A primeira coisa é inves-tigar se as cóli-cas estão rela-cionadas a al-gum problema como miomas ou ovários po-licísticos. Ou-tra coisa que ajuda opção é praticar uma atividade física

regular. Algumas práticas integrativas também aju-dam, como acupuntura, homeopatia. A última op-ção seria o uso dos contra-ceptivos orais, desde que prescrito e acompanhado por médico(a).

Variedades | 13Rio de Janeiro, 21 a 23 de setembro de 2015

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14 | Variedades

Cheia Até 3/10

Minguante 4/10

Nova 12/10

Crescente 20/10

LUA DA SEMANACHEIA

FASES DA LUA

Momento marcado pelo otimismo, em que poderá obter sucessos nos campos afetivo e profissional.

Após algumas tentativas que não deram os resultados esperados, novas e boas oportunidades vão chegar.

Situações de enfrentamento em que terá de fazer opções. Será necessário agir rapidamente.

Situação favorável em que todos os recursos estarão disponíveis para conduzir e organizar a sua vida.

Amigos e familiares vão reconhecer suas qualidades. Mantenha o seu empenho pode ter muito sucesso.

Terá conhecimento de algumas novidades que podem vir a alterar os seus projetos.

Fase marcada pela descontração e criatividade. Mostrará uma alegria permanente e constante.

Terá de resolver alguns problemas que inicialmente vão parecer complicados. Fase complicada.

Conflitos que não se podem evitar vão desestabilizar sua rotina de vida profissional.

Rompa com a rotina e a mesmice e aguarde mudanças sem ansiedade nem pressa.

Não perca a paciência. Tente ultrapassar os seus limites para evitar equívocos.

Terá oportunidade de iniciar coisas novas na sua vida. Pense em fazer um curso.

Rio de Janeiro, 21 a 23 de setembro de 2015

Page 15: Brasil de Fato RJ - 122

O parque está abandonado, a piscina interna está seca desde agosto de 2014

A visão dos governantes é a de que a prática de esportes é para quem pode, não para quem quer

O Parque Aquático Júlio Delamare, no Complexo do Maracanã, está fechado à comunidade desde as obras que preparavam o estádio para a Copa do Mundo. Inú-meros projetos sociais, além de treinamentos de equipes de esportes aquáticos, foram interrompidos e não há pers-pectiva de solução.

Sobre isso, a representante destes usuários, que compõe uma articulação que luta em defesa do espaço, fala ao Bra-sil de Fato RJ.

“Perdemos nosso espaço de qualidade de vida”Rosângela Passos, da Comissão de Usuários do Júlio Delamare, fala ao Brasil de Fato RJ

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

alguns usuários, estão agora abandonadas.

Brasil de Fato - O que a Co-missão de Usuários rei-vindica?Reivindicamos a reestrutura-ção do parque, que está aban-donado. A piscina interna es-tá seca desde agosto de 2014. Torneiras, chuveiros e outros materiais foram retirados pa-ra atender a demanda de ba-nheiros das Vilas Olímpicas e após o Pan muita coisa foi rou-bada. É necessária também a revitalização das arquibanca-das.  Pedimos ao governo que olhe os frutos destes projetos sociais, que foram muitos.

Brasil de Fato - Quais os principais benefícios destes programas?Temos pessoas que se curaram e deram um novo rumo às su-as vidas por causa dos projetos. Sabemos que professores que integram as equipes de traba-lho, em sua grande maioria, fa-zem por amor, pois os salários não eram altos, mas a dedica-ção deles era integral. 

Brasil de Fato - O que você acha da política esportiva do Rio de Janeiro?Não existe nenhuma. Os pro-jetos, ou ficam no papel, ou pa-ram no meio do caminho. Eu acredito  que a visão dos go-vernantes é a de que a prática de esportes é para quem pode, não para quem quer. Eles não têm a visão de que esporte ge-ra saúde e educação e que de-veriam fazer um esforço para que a prática de esportes fosse prioridade. Em pouco tempo, teríamos também resultados na saúde, se a qualidade de vi-da fosse uma meta.

ternativa às restrições de uso do parque aquático em no-me dos Jogos Olímpicos?Não. Durante as Audiências Públicas, a Secretaria de Es-portes e Lazer e a concessio-nária se revezavam para dar desculpas esfarrapadas, pro-metendo que teríamos direi-to a nossa atividade física nos clubes do entorno do Mara-canã, mas isso nunca aconte-ceu. Outra promessa eram as Vilas Olímpicas da Manguei-ra e do Sampaio, que apesar de inicialmente atenderem a

Fotos: Stefano Figalo / Brasil de Fato

Rosângela Passos lamenta o abandono do Júlio Delamare pelo governo do Rio

Brasil de Fato - O que mudou para os usuários do Júlio De-lamare após a concessão do Complexo do Maracanã pa-ra a iniciativa privada?Rosângela Passos - Não ocorreu uma mudança po-sitiva para nós em nenhum aspecto.  Perdemos nosso es-paço de qualidade de vida, a esperança no país olímpi-co, e assistimos à expulsão

de atletas dos saltos orna-mentais, nado sincronizado e paralímpicos, que treina-vam lá há muitos anos.

Brasil de Fato - Quem são es-ses usuários?A maioria dos usuários dos projetos sociais são pessoas com dificuldades diversas: financeiras, de locomoção, pois residem em bairros afas-

tados e até em outros muni-cípios, e com deficiências fí-sicas. Por essas condições, é difícil fortalecer esta comis-são. É uma luta muito grande reunir todos em um só mo-mento, até porque havia ho-rários diferenciados de ativi-dades ao longo do dia.

Brasil de Fato - O governo do estado ofereceu alguma al-

Parque Aquático fechado desde as obras para a Copa do Mundo

Esportes | 15Rio de Janeiro, 21 a 23 de setembro de 2015

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16 | Esportes

Fla é goleado pelo Galo em Belo Horizonte

Vasco vence outra e deixa lanterna

CR7 pode valer R$ 1,5 bilhão O jornal britânico The

Times publicou neste do-mingo (20) que o Paris Saint-Germain, da Fran-ça, estaria preparando uma proposta de 250 mi-lhões de euros para tirar o supercraque Cristiano Ro-naldo do Real Madrid.

Pela cotação atual do eu-ro, a transação custaria aos cofres do PSG a bagatela de 1,5 bilhão de reais. Esta pro-posta seria oferecida na pró-xima janela de transferên-cias europeia e incluiria sa-lários de 20 milhões de euros anuais, livres de impostos

(cerca de R$ 89 milhões).Se concretizada, esta se

tornaria a transferência mais cara da história do futebol, superando a do companhei-ro de equipe do CR7, o galês Gareth Bale, vendido ao Real por 100 milhões de euros (R$ 311 milhões, à época). (BP)

Cruzmaltino vence Sport por 2 a 1 e segue lutando para sair do Z-4

O Vasco venceu o Sport, no Maracanã, por 2 a 1, dian-te de quase 20 mil torcedores e deixou a lanterna do Cam-peonato Brasileiro, posição ocupada agora pelo Joinvil-le. Com a vitória, o Gigante da Colina está a oito pontos do primeiro time fora da zo-na de rebaixamento.

A torcida quase não te-ve tempo de sentar nas ca-deiras do Maracanã. Com um minuto de jogo, o Vasco abria o placar através de um dos grandes destaques da vi-

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

rada do time no campeona-to. O camisa 10, Nenê, apro-veitou bola mal rebatida pe-la zaga do Sport, após cruza-mento de Madson.

Como a fase é boa, a bo-la ainda desviou em Ferru-gem e entrou.

O Vasco ainda manteve o ritmo forte, chegando a marcar com Serginho de ca-beça. Gol mal anulado pela arbitragem, que deu impe-dimento de Luan na joga-da, sem que ele participas-se efetivamente do lance.

O Sport cresceu no jogo e empatou, aos 39, com El-ber. Ele recebeu belo lança-mento de Marlone, matou

1 X 1

2 X 1

4 X 1Dom. 20/9

16h

Dom. 20/916h

Dom. 20/911h

Dom. 20/916h

Dom. 20/911h

Sáb. 19/921h

Sáb. 19/918h30

Sáb. 19/918h30

Dom. 20/918h30

Dom. 20/918h30

3 X 2

2 X 0

2 X 1

3 X 1

3 X 0

2 X 0

0 X 2

Brasileirão 2015

AVA

CAM

CAP

CHA

COR

CFC

CRU

FIG

FlA

FlU

GOI

GRE

INT

JEC

PAl

PON

SAN

SAO

SPOVAS

27a RODADA

Classificação Série A

Paulo Fernandes / Divulgacão Vasco

no peito, fez o giro e bateu no canto, sem chance para Martin Silva.

No segundo tempo, o Vas-co começou da mesma forma que o primeiro. Acabou con-seguindo o gol da vitória logo aos três minutos, com Rafael Vaz de cabeça, após cobrança de escanteio pela direita.

Após ataques de ambos os times, que forçaram os go-leiros a trabalhar, o Sport, pela necessidade do empa-te, buscou mais o gol. Ao mesmo tempo, deu espaço para contra-ataques.

Nem um nem outro conse-guiram alterar o placar, sacra-mentando a vitória do Vasco.

O Flamengo enfrentou o Atlético-MG, no Inde-pendência, e poderia ter feito uma história muito diferente no jogo logo de cara, mas acabou levan-do 4 a 1 no fim. Aos sete minutos, teve um pênalti a seu favor, desperdiçado por Alan Patrick.

O Galo acabou abrin-do o placar com um gol contra do zagueiro Mar-celo, aos 15 minutos da primeira etapa. O Fla-mengo reagiu rápido e empatou três minutos depois, com Paulinho.

O jogo no primeiro tem-po foi bem movimentado e não demorou muito pa-ra o Galo pular na fren-te de novo, de uma for-ma bastante conhecida pela torcida do Flamen-go. Bola parada, cruza-da pelo alto e gol de ca-beça do zagueiro Jemer-son, aos 25.

O Flamengo voltou pa-ra o segundo tempo ten-tando continuar a fazer uma boa partida, jogan-do ofensivamente mes-mo na casa do adversá-rio. Mas um gol sofri-do também pelo alto, de cabeça, em lance de bo-la parada, logo aos nove minutos, matou o time. Mais um de Jemerson.

Com a vantagem, o Atlé-tico-MG teve tranquilida-de para controlar o jogo. Aos 24, Dátolo deu lindo drible em Pará e bateu colocado, com curva, no canto de Paulo Victor, que só pôde olhar e tor-cer, mas nada pôde fa-zer. Um golaço que man-tém o Galo na briga pe-lo título e o Fla mirando só o G-4, após duas der-rotas seguidas. (BP) Zona de classificação para Libertadores

Zona de rebaixamento para Série B

A torcida acredita na reação, são oito pontos pra sair da zona de rebaixamento

P J V SG1o Corinthians 57 27 17 242o Atlético-MG 52 27 16 183o Grêmio 48 27 14 144o Palmeiras 44 27 13 185o São Paulo 42 27 12 56o Flamengo 41 27 13 -17o Internacional 41 27 11 -18o Santos 40 27 11 109o Atlético-PR 38 27 11 -110o Ponte Preta 37 27 9 011o Sport 37 27 8 712o Fluminense 34 27 10 -813o Cruzeiro 33 27 9 -114o Coritiba 33 27 8 -415o Avaí 32 27 9 -1416o Goiás 31 27 8 217o Chapecoense 31 27 8 -918o Figueirense 28 27 7 -1519o Vasco 23 27 6 -3020o Joinville 23 27 5 -14

Rio de Janeiro, 21 a 23 de setembro de 2015