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7 a 13 de agosto de 2014 • distribuição gratuita Candidatura de Pezão não resolve os principais problemas latentes no Rio de Janeiro opinião | pág. 2 Gabriel Santos Pezão, não! especial | pag. 8 e 9 “O Estado deve existir para garantir os direitos da população” Ano 2 | edição 62 O DISCURSO, COM FORTE APELO ELEITORAL, DE QUE A INFLAÇÃO NO BRASIL vai estourar foi desmentido pelos fatos ao longo das últimas semanas. É o que avaliam economistas após a divulgação de indicadores que demonstram a queda nos preços em vários setores Juca Kfouri analisa o impacto da Lei de Responsabilidade Fiscal no esporte entrevista | pág. 4 brasil | pág. 5 “A estrutura do nosso futebol é reacionária, corrupta e corruptora” Cantor e compositor reflete sobre o futuro de uma de suas maiores paixões: o samba Ataulpho Alves Jr.: o herdeiro do samba Pablo Vergara Índices de preços recuam e mantêm controle da inflação Pablo Vergara cultura | pág. 11 Taringa.net Divulgação Confira entrevista com Tarcísio Motta, candidato ao governo do estado pelo PSOL

Brasil de Fato RJ - 062

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7 a 13 de agosto de 2014 • distribuição gratuita

Candidatura de Pezão não resolve os principais problemaslatentes no Rio de Janeiro

opinião | pág. 2

Gab

riel San

tos

Pezão, não!

1 | mundoespecial | pag. 8 e 9

“O Estado deve existir para garantir os direitos da população”

Ano 2 | edição 62

O DISCURSO, COM FORTE APELO ELEITORAL, DE QUE A INFLAÇÃO NO BRASIL vai estourar foi desmentido pelos fatos ao longo das últimas semanas.É o que avaliam economistas após a divulgação de indicadores que demonstram a queda nos preços em vários setores

Juca Kfouri analisa o impacto da Lei deResponsabilidade Fiscal no esporte

entrevista | pág. 4

brasil | pág. 5

“A estrutura do nossofutebol é reacionária,corrupta e corruptora”

Cantor e compositor reflete sobre o futurode uma de suas maiores paixões: o samba

Ataulpho Alves Jr.: o herdeiro do samba

Pablo Vergara

Índices de preços recuam e mantêm controle da inflação

Pablo Verga

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cultura | pág. 11

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ção

Confira entrevista com Tarcísio Motta, candidato ao governo do estado pelo PSOL

Rio de Janeiro, 7 a 13 de agosto de 2014 02 | opinião

• Ed

Para anunciar:

Redação Rio:[email protected]

• Ed

CONSELHO EDITORIAL RIO DE JANEIRO : Antonio Neiva, Aurélio Fernandes, JoaquínPiñero, Kleybson Andrade, Mario Augusto Jakobskind, Rodrigo Marcelino, Vito GiannottiEDITORA: Vivian Virissimo (MTb 13.344) REPÓRTER: André Vieira, Bruno Porpetta e Fania RodriguesREVISÃO: Núbia Pimentel COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago FOTÓGRAFO: Pablo VergaraADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade DIAGRAMAÇÃO:Stefano Figalo TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente emtodo o país e agora com edições regionais em SãoPaulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Queremoscontribuir no debate de ideias e na análise dos fatosdo ponto de vista da necessidade de mudançassociais em nosso país e em nosso estado.

(21) 4062 7105

editorial | Rio de Janeiro

PREVISÃO DO TEMPO

Rio de Janeiro, Brasilquinta-feira, 7 de agosto Sol

25 ºC | F

Pezão não!O jornal Brasil de Fato RJ

inaugura nesta semana a pri-meira de uma série de en-trevistas com os candidatosao governo do Estado do Riode Janeiro. Mas não serãocom todos. Serão 4 entrevis-tas com aquelas candidaturasque, entendemos, represen-tam os interesses popularesem nosso Estado.

Acreditamos que o com-promisso com o diálogo juntoàs organizações populares,com a construção de umasociedade mais justa, assimcomo a disposição em su-perar o atual cenário políticodo Rio de Janeiro são pontosque, de alguma forma, apa-recem como marcas das can-didaturas que esses partidosconstroem.

Nesse sentido, ao longodo mês de agosto, a começarnessa edição, publicaremos,por ordem do sorteio, as en-trevistas com os candidatosTarcísio Motta, do PSOL(7/8); Lindberg Farias, do PT(14/8); Dayse Oliveira, do

PSTU (21/8); e Ney Nunes,do PCB (28/8). Os temas se-rão variados de acordo como programa de governo decada candidato, no entanto,o jornal vai focar suas per-guntas nos seguintes pontos:saúde, educação, transporte,moradia, segurança, reformapolítica e democratizaçãodos meios de comunicação.

Desde o nascimento dojornal Brasil de Fato aqui noRio de Janeiro, que ocorreuno 1º maio de 2013, foi co-mum ver em suas páginas,matérias e denúncias sobrea ineficiência do governo deCabral e agora do Pezão. Ca-sos de corrupção; violênciada polícia contra as manifes-tações e comunidades po-

bres; caos na saúde; gravís-simos problemas diáriosocorridos nos transportes;políticas equivocadas na edu-cação, enfim, uma quantida-de de problemas sociais quelevaram a população às ruasem junho passado.

Por isso, entendemos queesse modelo de gestão pú-blica representada pela can-

didatura de Pezão não resolveos principais problemas la-tentes no Estado do Rio deJaneiro e optamos por trazera posição do jornal nessemomento de eleições ondese decidirá o futuro do Riode Janeiro: Pezão não!

“Entendemos que omodelo de gestão pública representadapela candidatura dePezão não resolve osprincipais problemaslatentes no Estado doRio de Janeiro e optamos por trazer aposição do jornalnesse momento deeleições: Pezão não!________________

O ministro Marco AurélioMelo, do Supremo Tribu-nal Federal (STF), que con-cedeu liberdade ao diretorda empresa Match, Ray-mond Whelan, acusado dechefiar esquema de vendailegal de ingressos para aCopa do Mundo.

mandou

malEBC Memorias

Rio de Janeiro, 7 a 13 de agosto de 2014 geral | 3

Faltam dois anospara os JogosOlímpicos! Esegundolevantamento daEspn.com.br, cercade 60% das obrasestão atrasadas.

Divulgação

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Metalúrgicossem salárioOs trabalhadores do esta-leiro Eisa estão com salá-rio e plano de saúde atra-sados há dois meses. OSindicato dos metalúrgi-cos levou o problema aoMinistério Público no dia1º de agosto. Nova reu-nião com o órgão serárealizada nesta quinta-feira (7).

Telefônicos cobram doFGTSO Sinttel-RJ está cobrandodo FGTS valores pagos amenos no período de se-tembro de 1987 a feve-reiro de 1992. Funcionáriodas empresas Oi, Embra-tel, Claro, TIM, Vivo, Nex-tel, Algar, GVT, Temont,Serede, Procisa, Atento,Contax e Tivit, entre ou-tras, reúna um grupo deno mínimo 10 colegas,junte a documentação eligue para 2204-9306. Umdiretor do Sindicato irá aoseu prédio.

Dataprev é denunciadaDemissão coletiva, assé-dio moral aos trabalha-dores e ataques ao movi-mento sindical tem sidoa prática da direção daDataprev nos últimostempos. Os trabalhado-res denunciam que estãoperdendo conquistas demais de 25 anos e queconstam no Acordo Cole-tivo de Trabalho.

SINDICAL

Divulgação

www.e.eita.org.br/assinebrasildefatorj

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mandou

bem

PT pede investigação de uso irregular de aeroporto por Aécio (PSDB)

Após denúncias de que o can-didato do PSDB à Presidência daRepública, Aécio Neves, teria usa -do dois aeroportos irregulares emMinas Gerais, o Diretório Nacio-nal do PT entrou com pedido paraque a Procuradoria-Geral da Re-pública (PGR) investigue a con-duta do senador mineiro.

Conforme o pedido, Aéciousou dois aeroportos irregularesnos municípios de Cláudio eMontezuma, em Minas Gerais. O

PT argumenta que, segundoreportagem do jornal Folha deS.Paulo, “os dois aeroportos fo -ram construídos por Aécio, quan -do governou o estado, be -neficiaram propriedadesde seus parentes e sãoconsiderados irregularespela Agência Nacional deAviação Civil (Anac).” Opartido pede a aberturade inquérito criminalpara apurar o ocorrido. EB

C M

emorias

Vereadores do Rio queremcriar uma CPI para investi-gar o deputado RodrigoBethlem (PMDB) que es-teve à frente da Secretariade Desenvolvimento Social,entre 2010 e 2012. Bethlemteria recebido mesada deuma ONG que tinha contra-tos com a Secretaria.

“Essa loucura deve parar. Isso é umultraje moral e um ato criminoso, umaviolação grosseira da lei internacional”,disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon,

sobre o bombardeio israelense contra locais que abrigavam refugiados na Palestina.

“frase da semana

Rio de Janeiro, 7 a 13 de agosto de 2014 4 | entrevista

Juca Kfouri é uma refe-rência de jornalismo espor-tivo comprometido com osfatos e o crescimento do es-porte no Brasil. Tal postura,por si só, o fez romper comos círculos de poder dos di-rigentes. Nesta entrevista, eleanalisa a situação do futebolbrasileiro e o futuro após avotação da Lei de Responsa-bilidade Fiscal no esporte.

Brasil de Fato – Às vésperasda votação do Proforte naCâmara, a presidenta Dilmase reuniu com o Bom Sensonuma semana e na outracom os clubes. O que estáem jogo?Juca Kfouri – Aprovandocomo os clubes querem, aoinvés de mudar o modelo degestão do futebol brasileiro,teremos mais uma maneirade disfarçar os problemasdele. Eles vão fingir de novoque vão pagar as dívidas enão vão ser responsabiliza-dos se não pagarem. A contrapartida a isso é quese aprove aquilo que o BomSenso quer: que a cada be-nefício para os clubes na re-negociação da dívida, hajauma responsabilidade cor-respondente. Foi o compro-misso que a Dilma assumiucom o Bom Senso.

Brasil de Fato – As eleiçõesde Belluzzo (Palmeiras),Dinamite (Vasco), Bandeirade Mello (Flamengo) e Be-beto de Freitas (Botafogo)re presentavam uma “espe-rança”. Por que fracassaram?Juca Kfouri – O problemaestrutural é tão grande, a es-

trutura do nosso futebol é tãoreacionária, tão corrupta ecorruptora, que a questão nãose altera com nomes. As pes-soas acabam tragadas por ela. Houve uma inversão. A CBF,que deveria ser uma entidadea serviço dos clubes, virouuma entidade a serviço desi mesma. As federações, quedeviam ser meios, viraramfins. E os clubes acabam sesubmetendo a isso de ma-neira subserviente.Os clubes deveriam virar so-ciedades empresariais. Nãocomo na Inglaterra, que per-mite a um sheik ou um mi-lionário russo comprar umclube, mas como na Alema-nha, que se garanta 51% paraos sócios, permitindo umagestão profissional.

Brasil de Fato – A primeiraedição da Copa Verde entreclubes do Norte, Centro-Oeste e Espírito Santo aca-bou decidida no “tapetão”.O que acha disso?

A primeira ques tão é a criaçãode paliativos. Por exemplo,um bom paliativo é a Copado Nordeste, mas dura menostempo do que deveria. OSTJD, como é, vira um ins-trumento de poder. Ele tema mesma eficácia da escalade árbitros, que permanecesob o jugo das entidades.Tanto a arbitragem como ajustiça desportiva deveriamser instituições absoluta-mente independentes dasfederações e dos clubes. Naverdade, as federações nãofazem mais nenhum sentido,é como jabuticaba, só temno Brasil. Tem que ser como na Copado Mundo, o chamado ritosumário. Você tem o regula-mento, as faltas, o que equi-vale a cada falta em termosde punição e simplesmentese aplica. Não essa palhaçadabacharelesca que a gente temaqui. Mas é muito difícil por-que faz parte dessa estruturapodre do nosso futebol.

Brasil de Fato– A CBF é umaentidade privada, o que di-ficulta as mudanças. Comodemocratizá-la e qual o pa-pel do governo e da socie-dade nisso?O torcedor, por enquanto, serestringe à questão dos re-sultados dentro de campo ea sua indignação não passadisso, porque ele não vê aquestão estrutural. A CBF é privada, mas de ób-vio interesse público. O fu-tebol é patrimônio culturaldo povo brasileiro, subme-tido à fiscalização do MP. Ohino e as cores do uniformeda seleção não são da CBF,são do Brasil. O artigo 217da CF, que falada autonomia das entida-des, é o escudo que a CBFusa por não usar dinheiropúblico, diferentemente dosesportes olímpicos. Há umadecisão do STF, aprovadapor unanimidade, no sen-tido de que autonomia nãoequivale à soberania. A uni-

versidade pública no Brasilé autônoma, e deve ser, masisso não dá a uma faculdadeo direito de estabelecer ocurrículo que ela queira.Quem estabelece é o Minis-tério da Educação.A autonomia deveria tereste limite. Não tem porqueestamos no país dos bacha-réis que gostam da ambi-guidade e quando as enti-dades se defendem falandoem nome da autonomia,boa parte dos juízes des-conhece essa decisão daSTF. Então o caminho éuma PEC, que o governodeveria propor para elimi-nar essa dúvida.

Brasil de Fato – Dunga es-taria envolvido com agen-ciamento de atletas e Gilmarera empresário até a noiteanterior ao anúncio de seucargo. O que aponta a CBFcom essas nomeações?O passadismo, a mercantili-zação, a pouca transparên-cia... A pouca vergonha, elaé responsável por transfor-mar a seleção na grande grifedo nosso futebol, em detri-mento dos clubes. Sou deuma época em que uma ex-cursão do Santos era pagacom valores comparáveis aum amistoso da seleção.O calendário impede os nos-sos clubes de jogarem du-rante o período de pré-tem-porada na Europa. Ela vendea sua camisa em todas as lo-jas esportivas do mundo evocê não encontra uma ca-misa de clube brasileiro ne-las. Essa é uma política deli-berada de uma entidade quevê o nosso futebol comomero exportador de pé deobra. Não exportarmos o es-petáculo, mas os artistas.

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

“A estrutura do nosso futebol é reacionária, corrupta e corruptora”JUCA KFOURI Um dos mais conceituados jornalistas esportivos do país fala ao Brasil de Fato

Divulgação

“A autonomia deveriater este limite. Estamosno país dos bacharéisque gostam da ambi-guidade e quando asentidades se defendemfalando em nome daautonomia, boa partedos juízes desconheceessa decisão da STF.__________________

Os alimentos, que estãoentre os produtos que maispesam no bolso do traba-lhador, apresentaram recuode preços. O principal indi-cador foi a diminuição novalor da cesta básica, com-posta por 36 itens alimentí-

cios. Em julho, o índice me-dido pelo Dieese (Departa-mento Intersindical de Es-tudos e Estatísticas) revelouqueda em 18 capitais. A va-riação negativa foi expressivaem Brasília (-8,86%), Floria-nópolis (- 7,61%), Porto Ale-gre (- 7,06%) e Goiânia (- 7%).No rio, a variação ficou em(-1,32). As capitais do Nor-

deste, como João Pessoa, Ara-caju, Salvador, Natal e Recifeapresentaram alta porque aregião sofre de uma forte seca.Para o professor Marcio Poch-mann, é comum que o primei -ro semestre apresente aumen-to no preço dos alimentos porcausa da entressafra e que, apartir do segundo semestre, commaior oferta, os valores caem.

O discurso de que a in-flação no Brasil vai estourar,com forte apelo eleitoral,foi desmentido pelos fatosao longo das últimas sema-nas. É o que avaliam eco-nomistas após a divulgaçãode indicadores que demons-tram a queda nos preçosem vários setores. Pelo ter-ceiro mês seguido, o IGP-M(Índice Geral de Preços –Mercado) apresentou defla-ção (variação negativa), comuma queda de 0,61% em re-lação a junho. Esse índice éusado para reajustar os va-lores dos aluguéis.

Também houve queda depreço nos demais setores daeconomia. O Índice de Pre-ços ao Produtor Amplo(IPA), que mede os itens doatacado, caiu 1,11% em ju-lho, depois de também terrecuado no mês anterior. Opreço dos produtos agrope-cuários foi reduzido em

2,66%. Já os produtos indus-triais caíram 0,53%.

“Os dados desmentemuma suposta escalada da in-flação, como tem se falado”,aponta Fábio Bueno, econo-mista pela Unicamp. Na ava-liação de Bueno, o cenáriode descontrole inflacionárioatende principalmente aoperíodo eleitoral, em que ascandidaturas de oposição e

setores dos meios de comu-nicação tentam influenciara escolha do eleitor fazendo“terrorismo” na economia.“Toda especulação duranteo período eleitoral tem essesentido”, aponta.

Em audiência pública noSenado Federal realizadanesta terça-feira 5, o presi-dente do Banco Central,Alexandre Tombini, rebateu

a possibilidade de uma cri-se no país, classificandoesse cenário como exagero.“Que crise é essa se estamosno menor nível de desem-prego na economia brasi-leira de todos os tempos?Que crise é essa em que ainflação está sob controle?”,questionou.

É o que também analisa oprofessor de economia da

Unicamp, Márcio Pochmann,ex-presidente do Instituto dePesquisa e Economia Apli-cada (Ipea). “Esse ano talvezseja o que mais apresentauma desconexão entre a tra-jetória da realidade e o dis-curso ideológico que se fazdela”, afirma, ao referir-se so-bre como o tema da inflaçãotem sido tratado na mídia.Ele explica que a tendência,a partir de agora, é a “desa-celeração dos preços man-tenha a inflação dentro dameta prevista”.

Rio de Janeiro, 7 a 13 de agosto de 2014 brasil | 5

Índices de preços recuam e mantêmcontrole da inflação

Pedro Rafael Vilelade Brasília (DF)

Valor da cesta básica cai em 18 capitais. Para economistas, meios de comunicaçãoe setores políticos fazem “terrorismo” eleitoral

de Brasília (DF)

DIESSE Índice medido revelou queda em 18 capitais

Preços dos alimentos recuam,mostra indicador

“Candidaturas de oposição e setores dos meios decomunicação tentaminfluenciar a escolhado eleitor fazendo“terrorismo” na economia_________________

Índice usado para reajustar os valores dos aluguéis está em queda

Divulgação

Pablo Vergara

Preços dos alimentos apresentam recuo em julho

Governo cogita projeto para ampliarinstâncias de participação social

Rio de Janeiro, 7 a 13 de agosto de 2014 6 | brasil

Um levantamento realiza-do pela Organização das Na-ções Unidas (ONU) apontaque 77 milhões de brasileirosnão têm acesso a um abas-tecimento de água regular.De acordo com os dados, 8milhões de pessoas aindaprecisam fazer suas neces-sidades ao ar livre.

O alerta é dado por Cata-rina de Albuquerque, relatorada ONU e responsável pelo

estudo, em entrevista ao jor-nal O Estado de S. Paulo.“Nos últimos anos, o Brasilexperimentou um desenvol-vimento significativo, comcrescimento econômico emelhoria dos indicadores so-ciais. Mas essas ganhos aindanão foram refletidos nos ser-viços de água e saneamentobásico”, observou. A situaçãoé mais grave em favelas e zo-nas rurais. (Revista Fórum)

O ministro-chefe da Se-cretaria-Geral da Presidênciada República, Gilberto Car-valho, admitiu nesta terça-feira (5), em debate no Senado,que o governo pode discutira Política Nacional de Parti-cipação Social (PNPS) pormeio de um projeto de lei.No início de julho, o ministrodisse que o governo não mu-daria o decreto, publicado emmaio, que instituiu a política.

“Podemos pensar em am-pliar o debate em torno deum futuro projeto de leipara discutir o caráter dosconselhos. A sociedade nãose contenta mais com asformas até hoje criadas. Paraaumentar a legitimidade doExecutivo, Legislativo e Ju-diciário é preciso aumentar

a participação popular", dis-se Carvalho.

Carvalho frisou que “a po-lítica veio para ‘arrumar acasa’ e que ‘não saiu de umagaveta’, mas foi construída a

partir do diálogo com váriasinstâncias da sociedade epara compensar a insuficien-te participação social nas di-versas esferas de governo".(Agência Brasil)

Pablo Vergara

Segundo ONU, 77 milhõesde brasileiros não têmacesso regular à água

Eleitores criticam excesso de propaganda eleitoral nas ruas do Distrito Federal•Desde que a propa-ganda nas ruas foi li-berada pela JustiçaEleitoral, a ordem paramuitos candidatos éaparecer. Na briga pelaexposição da imagem,alguns candidatos abu-sam de cartazes, faixase panfletos. Mas, em

muitos casos, em vezde atrair novos eleito-res, o efeito acaba sen-do o contrário.“Issonão me influencia po-sitivamente em nada,só polui e atrapalha”,diz o jornalista AmaroPeixoto.

Desde as eleições de

2006, com a aprovaçãoda minirreforma elei-toral, as regras para essetipo de propaganda co-meçaram a mudar. An-tes, era comum ver pos-tes, paradas de ônibuse ruas lotados de pro-pagada de políticos.(Agência Brasil)

Projeto foi elaborado com entidades da sociedade civil

Falta de água é mais acentuada em favelas e zonas rurais brasileiras

Marcelo Camargo/ABr

A alta comissária das Na-ções Unidas para os DireitosHumanos, Navi Pillay, dissenesta terça-feira (5) que Israeldeve assumir suas responsa-bilidades pelas "crescentesevidências de crimes de guer-ra" cometidos pelo Exércitoisraelense em Gaza. Em co-municado, Pillay destacou "anecessidade agora mais doque nunca para que se assu-mam responsabilidade pelascrescentes evidências de cri-mes de guerra e um númeronunca visto de vítimas civis,incluindo crianças".

"Se os civis não podemse refugiar em escolas daONU, onde podem estar asalvo? Abandonam suas ca-sas para se salvar e são ata-cados onde se refugiam. Essaé uma situação grotesca",acrescentou a alta comissá-ria, condenando os bom-bardeios de edifícios dasNações Unidas. Pillay lem-brou ainda que a lei inter-nacional estabelece que osfuncionários e as instalaçõeshumanitárias devem ser res-peitadas e protegidas. (Opera Mundi)

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Índia: 600 pescadoresdesaparecidos

Segundo as autorida-des, cerca de 40 embar-cações não regressaramao porto após, uma tem-pestade na costa de Ben-gala, no Leste da Índia,afirmou um oficial daassociação de pescado-res. A guarda costeira es-tima que 600 pescadoresestão desaparecidos.

China: terremoto de6,1 graus

As equipes de socorro da China conti-nuam as buscas por so-breviventes após o terre-moto de 6,1 graus naescala Richter, ocorridono domingo (3), nas re-giões montanhosas doSudoeste do país e queprovocou a morte demais de 380 pessoas.

Rio de Janeiro, 7 a 13 de agosto de 2014 mundo | 7

O presidente dos Es-tados Unidos, BarackObama, reconheceu nes-ta sexta-feira (2/08) queseu país adotou açõesque considerou repro-váveis após os atentadosterroristas de 11 de se-tembro de 2001, entreelas a de torturar algunsdetidos.

"Torturamos pessoas",afirmou Obama na salade imprensa da CasaBranca, ao comentar apolêmica sobre um relatóriodo Senado no qual é investi-gado o uso de controversosprocessos de interrogatório asuspeitos de terrorismo, in-cluindo asfixia simulada, entre2001 e 2009, por parte da CIA.

"Cruzamos a linha, fizemos

coisas que vão contra nossosvalores", acrescentou o líder,que disse, no entanto, que épreciso entender essas açõesno contexto dos atentadossofridos pelos Estados Uni-dos. (Opera Mundi)

Obama reconhece que EUA torturaram, mas diz queprática deve ser "entendida"

NaviPillay, da Onu: “Esta é uma situação grotesca”

Divugação

EM FOCO

••

Amos Cha

ples/Re

xfeatures

O vírus ebola já matou887 pessoas este ano, emquatro países da África. Li-béria, Serra Leoa e Guinéconcentram o surto da doen-ça, e na Nigéria, onde foiconfirmada uma morte, hádois casos do vírus em pes-soas que trabalham na área

de saúde e em uma pessoaque viajou para a Guiné.

Os números foram divul-gados pela OrganizaçãoMundial da Saúde (OMS), erevelam que em apenas doisdias (31 de julho e 1º deagosto) foram notificados163 novos casos, e morreram

61 pessoas com a doença.Entre casos confirmados,prováveis e suspeitos incluin-do as 887 mortes, a OMS re-gistrou 1.603 casos de vírusebola, que está se dissemi-nando mais rapidamente doque as organizações podemcontrolar. (Agência Brasil)

Ebola já matou 887 pessoas em quatropaíses da África, este ano

ONU pede que Israel assuma responsabilidadepor crimes de guerra

"Torturamos pessoas", afirmou Obama nasala de imprensa da Casa Branca

The White House

Formado em história pelaUniversidade Federal flumi-nense, Tarcísio Motta de Car-valho iniciou sua militânciana Pastoral da Juventude.Ex-diretor do Sindicato Es-tadual dos Profissionais daEducação do Rio de Janeiro(SEPE), concorreu em 2013ao cargo de reitor do ColégioPedro II, onde é professor,ficando em segundo lugarcom 48,9% dos votos. Filiadoao Partido Socialismo e Li-berdade (PSOL), Tarcísio éo primeiro candidato ao go-verno do estado do Rio deJaneiro entrevistado pelo Bra-sil de Fato RJ. Confira agoratrechos do bate-papo.

APRESENTAçÃO AOSLEITORESA política deve servir paramodificar a realidade daspessoas. Isso não se faz semas próprias pessoas. No Riode Janeiro, nos últimos 20anos, os diferentes governossustentaram um desenvol-vimento que foi para poucos.O estado do Rio hoje temmais recursos, mas continuacaro, poluído, inseguro, semeducação e sem saúde. Eume dirijo aos eleitores paradizer que nós entendemosque o Estado deve existir paragarantir os direitos da popu-lação. Direito ao transporte,à educação, à saúde. E issonão se fará com a política de

desenvolvimento que se temhoje aqui. Valorizar a culturalocal, a economia local, ga-

rantir práticas sustentáveis,que tenham uma lógica dasustentabilidade social e am-biental, isso é garantir o di-reito de cada um. É assimque a gente garante o direitode que as pessoas vivam maisfelizes. Porque o Estado es-tará governando para essaspessoas.

EDUCAçÃOComo principal forma polí-tica, no governo de AntonyGarotinho, de Rosinha (Ga-rotinho) e os dois governosde Sérgio Cabral, o que vi-

vemos foi a implantação nameritocracia na educação,que estava sempre baseadana questão de provas padro-nizadas e que a partir do re-sultado dessas provas ou deoutros elementos confereuma nota para a escola eessa nota reflete sobre o sa-lário dos professores e dosfuncionários administrativos.No nosso entendimento issoé um erro completo. Ao con-trário da meritocracia, nossoprograma de educação estábaseado em três pilares: deum lado a autonomia peda-

gógica, portanto a valorizaçãodo saber docente, a ideia doprofessor como autor, valo-rização dos profissionais daeducação e educadores, quepodem produzir um projetopolítico-pedagógico, que po-dem produzir as demandasda própria escola. O segundopilar é a gestão democrática,que não se restringe apenasa eleição de diretores das es-colas, mas pressupõe prin-cipalmente que a comuni-dade escolar pode se apro-priar da escola. E fechandoo ciclo dos três pilares, a ló-

Rio de Janeiro, 7 a 13 de agosto de 2014 8 | Eleições 2014

Da redaçãodo Rio de Janeiro (RJ)

Entrevistamos Tarcísio Motta, candidato ao governo do estado do Rio de Janeiro pelo PSOLPablo Vergara

Tarcísio: "Não podemos cometer nas Olimpíadas o erro que cometemos na Copa do Mundo"

“O Estado deve existir para garantir os direitos da população”

“É preciso mudarradicalmente o processo de formação dos praçase dos oficiais, tomando medidas desmilitarizantes_______________

gica da valorização dos pro-fissionais da educação. É pre-ciso melhorar o salário deprofessores e funcionários,com um plano de carreiraunificado e a questão do ca-minhar para a dedicaçãoexclusiva que é outro ele-

mento importante nas redespúblicas. Isso significa: ga-rantir horário de planeja-mento e valorização salarialpara que o professor nãoprecise se multiplicar porvárias escolas.

SEGURANçA PúBLICAPrimeiro é importante quese diga que o modelo de se-gurança pública no estadodo Rio de Janeiro não é só aUPP. A UPP faz parte de umprojeto de segurança que deum lado tem o controle mi-litarizado de determinadascomunidades e de outro tema violência do “caveirão”. Ogoverno vende a ideia deque a UPP é policiamentocomunitário e a UPP não é.Ela é policiamento da vidacomunitária. Ela na verdadecontrola e militariza o coti-diano das pessoas. Portantonós do PSOL defendemos opoliciamento comunitário,que não é a UPP. No nossoentendimento a política desegurança deve estar basea-da em outros pilares. É pre-ciso mudar radicalmente oprocesso de formação dospraças e dos oficiais, toman-

do medidas desmilitarizan-tes. No lugar do treinamentomilitar, da hierarquia, do en-frentamento ao inimigo, dovisar a favela como territórioinimigo, do olhar para fave-lado, o negro e o jovem comoinimigo nessa política, nóstemos que fazer o treinamen-to oposto a isso. Um treina-mento de respeito aos direitoshumanos, de respeito à de-mocracia. A política de se-gurança tem que garantir asliberdades do ser humano.

TRANSPORTECampanhas que são finan-ciadas por empreiteiras oupor empresas de ônibus quecontrolam o transporte naregião metropolitana e nointerior não terão condiçõesde fazer o que precisa serfeito. O primeiro passo é revertodos os contratos de con-cessão de transporte da re-gião metropolitana e dos ôni-bus intermunicipais de todoo estado do Rio. É precisoromper os contratos que nãotêm sido cumpridos. O se-gundo elemento é fazer po-lítica para a redução tarifária,com a intenção de chegar à

tarifa zero. Um elemento im-portante que queremos apre-sentar é a utilização da Baíade Guanabara como espaçode interligação dos transpor-tes da região metropolitana.O contrato original de inte-gração das barcas previa umaestação em São Gonçalo eoutra estação das barcas emMagé que deveriam estarfuncionando até o ano de2010. Na renovação de con-trato feito por Sérgio Cabralessa cláusula sumiu. Nossoentendimento é que precisa-mos rever esse contrato e ga-rantir que isso aconteça: es-tação das barcas em váriospontos da Baía de Guanabara,utilizando a Baía de Guana-bara como ponto de contato.

REFORMA POLÍTICAO financiamento público decampanha, revogabilidadedos mandatos, controle socialsobre isso são mecanismosfundamentais nesse proces-so. A questão da transparên-cia nos gastos eleitorais. Alógica do fortalecimento dospartidos, o que não significao impedimento dos partidosditos pequenos. Você tem

hoje no Brasil uma forma defazer política em que os par-tidos são legendas de aluguel.Apoiamos o Projeto de Leide Iniciativa Popular que tema CNBB e uma série de mo-vimentos sociais sobre otema e apoiamos uma cons-tituinte exclusiva para a re-forma política. Entendemos,claro, que esse plebiscito eessa constituinte ela precisaser precedida por um amploprocesso de mobilização so-cial. Se deixarmos que o con-gresso nacional atual faça umareforma política, na verdadeirá retirar direitos e não garantir

que você tenha mais demo-cracia e mais transparência.

OLIMPÍADASNão podemos cometer nasOlimpíadas o erro que co-metemos na Copa do Mun-do. Os governos federal, es-tadual e municipal se sub-meteram aos caprichos daFifa. No nosso entendimentoa primeira coisa é a posturae a relação do governo esta-dual com o Comitê OlímpicoInternacional (COI). Já queé um fato e já que não vamosrevogar e impedir que asOlimpíadas cheguem aqui,ela não pode representar ne-nhum custo social para apopulação do Rio de Janeiro.Portanto nós vamos ser ab-solutamente contrários aqualquer remoção, a qual-quer coisa que retire direitosda população. Aproveitar aexperiência das Olimpíadaspara gerar um processo quepense o esporte como umdireito nas escolas e em ou-tros espaços pode ser fun-damental. Mas isso só vaiacontecer se nós tivermosuma postura clara. Qualquerevento tem que servir paraa população em que está sen-do colocado e não o contrá-rio. Somos contrários à re-moção, seremos contráriosao financiamento desses me-gaeventos que garantam pri-vilégios às empreiteiras e quelevam a uma elitização doesporte, como aconteceucom o Maracanã.

Rio de Janeiro, 7 a 13 de agosto de 2014 Eleições 2014 | 9

Tarcísio: "Nós do PSOL defendemos o policiamento comunitário, que não é a UPP"

“Um elemento importante que que-remos apresentar é autilização da Baía deGuanabara como es-paço de interligaçãodos transportes da região metropolitana __________________

“O governo vende a ideia de que a UPP époliciamento comunitário e a UPP não é. Ela époliciamento davida comunitária_______________

“O estado do Rio hoje tem maisrecursos, mas continua caro, poluído, inseguro,sem educação e sem saúde_______________

Pablo Vergara

• ExposiçãoA Magia de Miró

O que? Exposição “A Magiade Miró, desenhos e gravu-ras”, que reúne 69 obras doartista espanhol e 23 foto-grafias em preto e brancode Joan MiróOnde? Caixa Cultural Rio (Av. Almirante Barroso,25 – Centro)Quando? Até 28 de setembroHorário? das 10h às 21hQuanto? Grátis

• TeatroNem mesmo todoo oceanoO que? Um jovem legistado DOI-CODI lembra osinstantes que antecederamo golpe militar de 1964 eos primeiros momentos darepressão

Onde? Teatro Alcione Araú-jo/Biblioteca Parque Esta-dual (Av. Presidente Vargas1261 - Centro)

Quando? Sábados e domingosHorários? 19h (sab) e 18h (dom)Quanto? Grátis

6 SegundosO que? O Ciclo de Leiturasda Casa da Gávea, eventogratuito que há 22 anosacontece as segundas-feiras,apresenta “6 segundos”, deEliane Karas, com direçãode Alexandre Mello

Onde? Sesc Casa da Gávea (Praça SantosDumont, 116 – Gávea)Quando? Segunda-feira, 11/8Horário? 21hQuanto? Grátis

• MúsicaProjeto Música no Museu

O que? Música no Museuapresenta no Mam LuizBomfim, voz e Regina Tata-giba, no piano.Onde? MAM (Av. Dom In-

fante Henrique, 85 - Flamengo)Quando? Domingo, dia 10Horário? 11h30Quanto? Grátis

• MúsicaRita Benneditto O que? Show, que terá par-ticipação das Caixeiras doDivino da Casa Fanti As-hanti do Maranhão, mos-trará o rico universo musicalda cantoraOnde? Na Caixa Cultural RioQuando? Dias 8, 9 e 10/08Quanto? R$ 20,00 (inteira)e R$ 10,00 (meia). Além doscasos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia.Horário? 19h

• TeatroTrágica.3O que? A peça é construídaa partir da releitura de trêstragédias gregas: Antígona,Medeia e Electra.Onde? CCBB (Rua Primeirode Março, 66 - Centro)Quando? Sexta, sábado e domingo até 14 de setembroHorários? 19h (sex, sáb. e dom), 17h (sab e dom)Quanto? R$10, R$5 (meia)

Em Geração Brasil, no-vela das 19h da Rede Glo-bo, um novo reality showiniciou na semana passa-da: o Programa ‘GeraçãoNem Nem’. A expressãofaz referência aos jovensde 18 a 25 anos que nemtrabalham nem estudam.Pesquisas afirmam que acada 5 pessoas dessa faixade idade, 1 vive a situaçãono Brasil.

A ideia de trazer o temapara o sofá de casa podeaté ser interessante se con-siderarmos que o fenôme-no é cada vez mais comume o público cativo da no-vela é jovem. Ponho emquestão, inspirado pelomeu amigo Tunin, a formacomo a novela parece estarabordando esse desafio.A proposta do Programaé apresentar o caso de al-gum jovem nem nem danovela e reprogramar oseu cérebro para abando-nar a vida paralisada. As-sim foi com Mathias eLara, os dois primeirosparticipantes do reality.Mathias tem 23 anos emora com os pais, não énada ambicioso, se achaburro, incompetente e porisso acredita estar impro-dutivo. Lara, mãe aos 21anos, deixou a escola e

não entrou no mundo dotrabalho para se dedicarexclusivamente ao filho.

Ora bolas, por mais quea trama se esforce em re-lacionar questões sociaiscom o fenômeno dos jo-vens encostados, a ideiade reprogramar o cérebrodos nem nem sugere quea responsabilidade pelaimprodutividade é delesmesmos. Ou seja, é nemnem quem quer. E quemnão é, não o é por mérito.

Ah! Isso não é nadabom. É preciso deixar cla-ro que os estudos sobre ofenômeno mostram a re-lação direta entre as insu-ficientes oportunidades deemprego e baixa qualidadeda educação e os jovensque desistem de procurartrabalho por ausência dequalificação e de voltar aestudar diante de escolascada vez menos atrativas.

O desânimo estruturalque assola 20% dos jovensno Brasil não pode e nãoserá resolvido a partir deuma reprogramação ce-rebral. É preciso dar con-dições para que elessaiam da inércia do sofáde suas casas e isso requera melhoria dos serviçoseducacionais e dos pro-gramas de qualificaçãoprofissional. Estamos nocaminho, mas muito ain-da é preciso trilhar.

Até semana que vem!

Joaquim Vela de Belo Horizonte (MG)

Rio de Janeiro, 7 a 13 de agosto de 2014 10 | cultura

NOVELA | [email protected] SE DIVERTIR DE GRAÇA?

Geração nem nem, a culpa é de quem?

Novela abordará situação de jovens que nem trabalham nem estudam

Divulga

ção

NEM TUDO É DE GRAÇA

Antes da entrevista queconcederia ao Brasil deFato, naquela tarde de sá-bado, na praça Luís de Ca-mões, na Glória, o cantor ecompositor Ataulpho AlvesJúnior, filho de um dos maio-res sambistas da história,Ataulfo Alves, cumprimentaos músicos da Roda do Sam-bastião que acontece uma vezao mês, ali na praça, em frenteao prédio onde mora.

Ele é o padrinho musicaldo Sambastião e geralmentese apresenta em um set daroda. Enquanto os músicostestavam o som, o sambistapedia que ensaiassem comele “Meu Lamento”, músicade seu pai com Jacob doBandolim, que nunca haviacantado ali. Ataulpho aindaestava apenas de camisa ebermuda, sentado em umacadeira, postura relaxada,bem diferente de quando seapresenta, geralmente empé, com roupa social e sa-pato brilhante. “Uma dascoisas que aprendi com meupai foi sempre me apresentarbem arrumado. É uma formade valorizar o público. Ele foiconsiderado um dos 10 maiselegantes de sua época”.

Ataulpho é o compositorde canções como “A Man-gueira é você” (com Barbosada Silva) e “A canção do mar”(com Délcio Carvalho) econtabiliza mais de 20 discosgravados. Nesta entrevista, ocantor e compositor fala dosprojetos de resgate da me-mória do pai, conta detalhessobre sua infância e juven-tude que o fizeram trilhar ocaminho da música e refletesobre o futuro de uma de suasmaiores paixões: o samba.

Brasil de Fato – Por que o res-gate à memória de Ataulfo Al-

ves se tornou um de seus prin-cipais projetos artísticos?Ataulpho Alves Jr. - Os cul-pados disso tudo foram Sér-gio Cabral (jornalista e compo-sitor) e Lucio Alves (mú sico).Eu sempre fui colado com pa-pai porque eu sou o caçula dafamília. Quando o papai fez aviagem eterna (Ataulfo mor-reu em abril de 1969), jorna-listas começaram a ligar paraminha casa a pedido do Sér-gio Cabral e do Lucio Alves.Eles me diziam: ‘procura pe-gar tudo do seu pai, informa-ções, discos, contratos, grava-ções’. Comecei a me apro -fundar na história do meu pai,fiquei com muita vontade debuscar os detalhes. Eu façotanto pelo meu pai que hojeem dia me chamam de Em-baixador de Ataulfo Alves.

Brasil de Fato - Mas houveum momento em que seupai chegou a te entregar olenço branco que ele sem-pre levava em suas apresen-tações e pedir que você pas-sasse a tradição do sambapara as gerações futuras.Como foi essa passagem? Foi em 25 de agosto de 1962no Caçamba Clube, Terreirode Ataulfo, na Avenida RuiBarbosa, Morro da Viúva,em um show nessa boateque ele administrava. Olenço era como um bastãoque ele usava para reger osmúsicos, pastoras e passis-tas, igual a um maestro. Esselenço está guardado comomaior troféu da minha vida.Depois ele fez as músicasLenço Branco e Destino daMadeira. Essas músicas são

ligadas: a primeira fez pramim, como uma herança, ea segunda em homenagemao meu irmão, que morreu.

Brasil de Fato - E quais fo-ram os principais ensina-mentos de Ataulfo Alvespara a sua vida e carreira?Meu pai me ensinou tudo,montar repertório, respeitaro público, ser ouvinte, meapresentar sempre bem ar-rumado. Ele dizia pra mim:‘humildade, nunca empine onariz mesmo se fizer sucesso’.A gente trabalhava na Vis-conde de Inhaúma, na UniãoBrasileira de Compositores.Pra sair dali e chegar em casademorávamos mais de duashoras, pois ele ia parando praconversar com as pessoas.Mesmo aquelas que ele nãoconhecia, sempre com seuterno branco, muito elegante.

Brasil de Fato - Mas vocêacredita que a nova geraçãode sambistas tem fôlegopara levar o samba adiante?Existe um compositor quediz que o samba agonizamais não morre. O sambatem suas passagens. Tem osmodismos que vem e passamna frente. Mas depois vãoembora e o samba fica. Estásurgindo muito pouco sam-bista. Ainda somos nós, daBoa Guarda (não gosto de di-zer que somos da Velhaguarda) que somos a maioria.Faltam sambistas homens,mas prin ci pal men te mulhe-res. Acredito que o pessoalpodia vir com mais força.Hoje é tudo mais difícil. Nãotem mais as gravadoras queinvestem. Mas, algumas des-sas rodas de samba que estãosurgindo podem fazer levan-tar a bandeira do samba.

Rio de Janeiro, 7 a 13 de agosto de 2014 cultura | 11

LENÇO BRANCO "Toma este lenço, meu filho. Vai defender o que é nosso de geração em geração"

Gabriel Araújodo Rio de Janeiro (RJ)

Ataulpho Alves Jr.: o herdeiro do samba

“Meu pai me ensinou tudo, montar repertório,respeitar o público,ser ouvinte, meapresentar semprebem arrumado________________

Ataulpho Alves Jr., filho de um dos maiores sambistas da história

Ataulpho Alves: mais de 20 discos

Divulgação

Arquivo

Rio de Janeiro, 7 a 13 de agosto de 2014 12 | opinião

O Rio de Janeiro vemsendo, nos últimos dias,palco de um infame esque-ma de manipulação da in-formação. Esse esquemaenvolve o jornal O Globo eum grupo de jornalistas co-mandados por um blocode sindicalistas derrotadonuma eleição e tem comoalvo a diretoria do Sindicatodos Jornalistas Profissionaisdo Município do Rio de Ja-neiro (SJPMRJ).

A história começa comuma entrevista coletiva nasede do SJPMRJ, convoca-da pelo Grupo TorturaNunca Mais e o Justiça Glo-bal, antes das covardesagressões a jornalistas pra-ticadas por pseudomani-festantes. Ocasião da saídado Presídio de Gericinó,de três manifestantes pre-sos em um processo irre-gular e soltos graças a umhabeas corpus do Desem-bargador Siro Darlan.

Na coletiva realizadano Sindicato, um dia de-pois das agressões, o jor-nal O Globo manipulougrosseiramente a infor-mação ao afirmar que “os

profissionais de imprensaforam xingados e amea-çados”. O jornal dava a en-tender que o que aconte-ceu teve o apoio da dire-toria do Sindicato.

Na sequência, um gru-po de jornalistas coman-dados por ex-dirigentes sin-dicais derrotados na últimaeleição e apoiados pelomais vendido jornal do Riodecidiu elaborar um abai-xo-assinado defendendo arenúncia da atual diretoria.O Globo procurou demons-trar que os jornalistas fo-ram desrespeitados como apoio da presidenta Pau-la Mairán. Uma mentiradeslavada.

Familiares de manifes-tantes e alguns manifes-tantes apareceram no sin-dicato. Mas daí o jornal ca-rioca induzir os leitores ase voltarem contra a dire-toria sindical vai uma dis-tância muito grande. Fazparte do grosseiro esquemade manipulação da infor-mação e da velha tática doperiódico de criminalizarmovimentos sociais.

É importante divulgartais fatos para os leitores,não necessariamente jor-nalistas, porque o assuntodeve ser conhecido ao má-ximo e sem manipulaçãoda informação.

É também importanteestar atento à forma queveículos da mídia hegemô-nica estão tratando entida-des sindicais que não de-fendem os mesmos inte-resses dos patrões.

Mário Augusto Jakobskindé jornalista

Mário Augusto Jakobskind

A maioria da populaçãobrasileira (89%) é favorável àreforma política, constatoupesquisa da Fundação PerseuAbramo. Como atingir esseobjetivo? A CNBB convocouuma centena de entidades dasociedade civil para propor oProjeto de Lei de Iniciativa Po-pular pela Reforma Política.

O projeto inclui a proibiçãodo financiamento de campa-nha eleitoral por empresas.Hoje, nós votamos e o podereconômico elege! O financia-mento deveria ser com recur-sos públicos e contribuiçãode pessoa física no limite deR$ 700. Em política, empre-sário não faz doação. Faz in-vestimento. Essa promiscui-dade entre interesses políticose negócios privados estimulaa corrupção.

Por considerá-la contrárioà Constituição, a OAB levou

ao STF esta contradição: pes-soas jurídicas, que não têmdireito a voto, influem maisnas eleições que eleitores ao

exercerem seu direito de ci-dadania. Em 2 de abril o STFjulgou a ação.

Nas eleições municipaisde 2012, segundo recentecontabilização do Tribunal,

teriam sido gastos incríveis6 bilhões de reais. E os maio-res financiadores são empre-sas que possuem contratoscom órgãos públicos.

O ministro Gilmar Men-des pediu vistas e suspen-deu-se a votação. Porém, oresultado já está definido:seis dos onze ministros jávotaram contra o financia-mento de campanhas porpessoas jurídicas!

Vitória? Ainda não. Parla-mentares querem mudar aConstituição e tornar legal aprática de empresas finan-ciarem campanhas eleitorais.

Daí a importância de par-ticiparmos do Plebiscito poruma Constituinte Exclusivae Soberana na Semana daPátria.

Frei Bettoé escritor

Frei Betto

Plebiscito à vista!

Latuff

“Em política, empresá-rio não faz doação. Fazinvestimento. Essapromiscuidade entreinteresses políticos enegócios privados es-timula a corrupção___________________

Mídia ataca Sindicatodos Jornalistas

“Faz parte do grosseiro esquemade manipulação dainformação e davelha tática do periódico de crimi-nalizar movimentossociais________________

Deixe a lula marinando nosuco de 4 limões por 1h30, edepois corte seu corpo emanéis e a coroa ao meio. Vireos anéis ao contrário paraque ela fique mais bonita.Cozinhe o aipim com duascolheres de manteiga até queamoleça bem. Bata no liqui-dificador com a água do co-zimento, leite de coco, quatrocolheres de dendê, e o coen-tro. Numa panela grande, re-fogue a cebola com o pimen-tão e depois jogue o cremede aipim. Deixe esquentandoaté começar a borbulhar.

Nesse momento, jogue a

lula, e acrescente o sumo dolimão até que a consistênciafique cremosa. Em 10 minu-tos, a lula estará cozida e ma-cia. Não passe do ponto, pois

ela pode endurecer. Sirva comarroz sem tempero e farofade banana, que pode ser co-lorida com uma colher dedendê após desligar o fogo.

Aipim, mandioca, maca-xeira. Seja qual for o nome,se tem algum alimento quepodemos dizer brasileiro, éesse. De norte a sul do Brasil,a mandioca é consumida demuitas formas diferentes.

Desde o aipim de mesacozido, passando pela tra-dicional farinha de mandio-

ca torrada, aopol vilho, a tapioca, o bolo,até a maniçoba (folhas demandioca cozidas com car-ne), o tucupi dos paraensese a tiquira, cachaça de man-dioca feita no Maranhão,tudo se aproveita.

Segundo o IBGE, a maiorparte da mandioca plantada

no Brasil (83%) vem da agri-cultura familiar. Portanto,compre um bom aipim nafeira mais próxima da suacasa e prove essa delícia daculinária baiana!

Rio de Janeiro, 7 a 13 de agosto de 2014 variedades | 13

NOSSOS DIREITOS

Aposentadoria por idade:requisitos e controvérsias

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Divulgação

BOA E BARATA Por Alan Tygel

Pablo Verga

ra

Modo de preparo

A aposentadoria poridade é um benefício de-vido ao segurado que,cumprida a carência, 65anos de idade completos,nos casos dos homens, e60 no das mulheres. O re-quisito etário é compro-vado pela apresentaçãode documento de identi-ficação válido.

Quanto à carência, alegislação exige, como re-gra, o pagamento de 180contribuições mensais.Mas para os segurados fi-liados à Previdência So-cial até 24 de julho de1991, o art. 142 da Lei8.213/91 estabeleceu umatabela progressiva de pe-ríodo de carência, quevaria de 60 até 180 con-tribuições, considerandoo ano em que a idade mí-nima for completada.

O objetivo do legisladorfoi aumentar gradativa-mente o número de con-tribuições necessáriaspara esse tipo de aposen-tadoria, diminuindo osprejuízos ao segurado queestava próximo a comple-tar a idade. Isso tendo emvista que a regra anteriorexigia apenas 60 meses.

Assim, para o seguradosaber a carência exigida,no seu caso, deve verificarna tabela o número de

contribuições indicadasno ano em que completara idade mínima. Porexemplo, se o trabalhadorcompletou 60 anos em2007, precisará de 156contribuições para se apo-sentar. Todos os segura-dos que completarem aidade a partir do ano de2011 devem contribuirpor 180 meses, incidindoa regra geral.

Vale destacar que o Ju-diciário já firmou enten-dimento de que os requi-sitos idade e carência nãoprecisam ser implemen-tados ao mesmo tempo.Tal posicionamento temgrande importância paraos trabalhadores quecompletaram a idade mí-nima até o ano de 2010,pois o número de con-tribuições exigidas serámenor do que o previstona regra geral, mesmoque o benefício seja re-querido posteriormente.Assim, se o segurado fez65 anos em 2002, mesmoque requeira o benefícioapenas em 2014, neces-sitará comprovar 126contribuições.

Michele Menezes,juíza federal no Rio

de Janeiro

Ingredientes

1kg de aipim da feira

1kg de lula limpa

4 limões

2 cebolas picadas

em cubinhos pequenos

½ molho de coentro

4 colheres de azeite de dendê

1 xícara de leite de coco

1 pimentão verde

2 colheres de manteiga

com sal

Bobó de Lula com Farofa de Banana

Você sabia?

No período da guerrafria, os Estados Unidos fi-zeram doações de alimen-tos para que os países man-tivessem o sistema capita-lista. Com isso, mudaram

hábitos alimentares e in-cluíram o trigo na dieta dobrasileiro. O Brasil importaa maior parte do trigo queconsome, e por isso o preçodo pãozinho aumenta seo dólar subir. A mandioca,por sua vez, é produzida

em abundância no país,recebe menos veneno, nãotem glúten e favorece aagricultura familiar!

Saiba mais: www.virusplanetario.net/manifestodamandioca

Pablo Verga

ra

Rio de Janeiro, 7 a 13 de agosto de 2014 14 | variedades

A cada dia fica mais fácil cultivar equilí-brio emocional. Marte, aos poucos, seafasta da quadratura com Júpiter e seharmoniza com Netuno, favorecendoa sensibilidade, a inspiração e a solida-riedade. Ação e intuição se alinham.

A vontade é de fortalecer os laços deafeto com as pessoas que ama, cultivarmais carinho, cordialidade, acolhi-mento e prazer no convívio com a fa-mília. A Lua segue em Escorpião e sorripara Vênus, que está em seu signo.

Bom período para aprimorar o traba-lho, utilizar novas ferramentas e técni-cas em sua tarefa. Vale também cultivardisposição para agradar e trabalharcom colaboração. Atividades ligadas àbeleza ficam favorecidas.

Seu pensamento está alerta, vitali-zado e veloz. Sol, Mercúrio e Júpiterseguem em seu signo, bom mo-mento para trocar ideias, fazer con-tatos, comunicar-se comnaturalidade e clareza. .

Hoje é dia de cultivar equilíbrio emo-cional, filosofar, ampliar a visão. Sua falaganha mais capacidade para convencere motivar as pessoas. Continue a inves-tir nos novos projetos e todo tipo denovidades.

Você continua finalizando antigos as-suntos enquanto se prepara para umnovo ciclo solar. O período favorecemeditação, terapias e mergulhos naalma. Isso pode fortalecê-lo, trazernovos estímulos para seu crescimento.

Avance com segurança e passos firmes.A Lua sorri para Vênus, favorecendo otrabalho em colaboração e a vida social.Bom período também para os cuida-dos com a casa e as questões domésti-cas, já que Vênus segue em Câncer.

As novas iniciativas e os novos projetosestão favorecidos, o que estava empa-cado se agiliza. Evite manejar a situaçãode modo rígido, procure uma visão maiscoerente e sábia. Invista também em suacriatividade, acredite em seu potencial.

Período favorável para fazer parte denovos grupos de estudos e círculos so-ciais, para ampliar sua visão do mundo.Bom também para cultivar autoestima,aceitar o que tem nas mãos e continuarsuavizando as emoções.

Etapa expansiva e promissora para as par-cerias. As travas aos poucos se liberam eas soluções adequadas se encaminham.Divulgue seu trabalho. Qualquer movi-mento que signifique uma ascensãoem sua posição social está favorecido.

Bom período para encontros. Marte aospoucos se afasta da quadratura com Júpi-ter, a ansiedade diminui a cada dia. ComJúpiter em Leão, as atividades recreativase criativas, o lazer, a diversão, a celebraçãoe a alegria estão em destaque.

Permaneça atento às oportunidadesde desenvolvimento, as novas iniciati-vas estão favorecidas. Marte e Netunofavorecem a ação, os exercícios físicose as atividades artísticas ligadas ao mo-vimento.

HORÓSCOPO

Keka Campos, astróloga • [email protected]

Calendário de eventos-testecomeça com críticas

Rio de Janeiro, 7 a 13 de agosto de 2014 esporte | 15

opinião | Bruno Porpetta

Vergonha própria e alheia

A tendência mais prová-vel é que, diante da péssimarepercussão que a votaçãoimediata do Proforte podeter, ela ocorrerá após as elei-ções. Mais um sinal de queas eleições são só um pontoda curva e a nossa partici-pação não pode se restringirao simples ato de votar.

Vejam só quem são osnossos dirigentes!

O dentista que preside oBotafogo afirmou em umprograma de TV que deixoude pagar impostos por oitomeses contando com a vo-tação do Proforte. Em qual-quer lugar sério, sairia al-gemado dos estúdios. Pelocontrário, ele vai à Brasíliaameaçar tirar o time decampo caso não seja aten-dido por um pacotão debondades do governo.

O Flamengo deve até ascalças. A simples ideia depagar 900 mil reais por mêsa Robinho merecia des-prezo, mas a atual diretoriaressuscita as múmias da po-lítica rubro-negra que, atodo tempo, adoram colocarnotinhas na imprensa comtodo tipo de especulação.

As eleições no Vasco se-riam cômicas, se não fos-sem trágicas. Entre mortos,clones e sócios subsidiadospor algumas chapas, todomundo pode votar! Parapiorar, o risco do retorno deum dos nomes mais funes-tos da história do futebol éiminente.

A esquisita relação entreo Fluminense e a patrocina-dora daria um livro. Nin-guém sabe mais onde termi-nam os sócios e começamos médicos credenciados.Tampouco sabe o que so-braria caso os médicos me-tessem o pé.

Resumindo, esta turmade dirigentes que foi à Bra-sília passar o chapéu é la-mentável, asquerosa, retró-grada. São uns vendilhõesda nossa paixão pelo fute-bol. Se estivéssemos no Irã,levariam quatro bilhões dechibatadas, uma para cadareal devido ao povo brasi-leiro. Ninguém se salva!

Longe de ser exclusivi-dade do futebol, o presi-dente do COB diz que a Baíade Guanabara está limpa.Que tal um mergulho?

Os “Atletas pelo Brasil”, or-ganização criada por inúmerosesportistas reconhecidos emsuas respectivas modalidades,lançaram uma carta-compro-misso aos candidatos e candi-datas ao Palácio do Planalto.

Na carta, os atletas pedem aregulamentação da Lei nº 12.868/2013, que trata da transpa-rência nas entidades que admi-nistram o esporte brasileiro, in-cluindo a participação dosatletas na escolha dos dirigen-

tes, limitando o número de ree-leições, entre outras medidas.

Além disso, pedem mudan-ças na alocação de recursospara o esporte no Brasil que, se-gundo os atletas, são insuficien-tes e mal distribuídos.

Fazem parte desta iniciativa,entre outros, o piloto Rubinho Bar -richello, os jogadores de futebolRogério Ceni e Kaká, a ex-joga-dora de vôlei Ana Moser, o ex-na-dador Gustavo Borges e o ex-te-nista Fernando Meligeni. (BP)

Organização de atletas lança carta aos candidatos aos presidenciáveis

BINÓCULO

COB de caranova

O COB mudou denome e de logomarca.A entidade divulgouque a partir da últimasegunda-feira (4) pas-sou a se chamar Co-mitê Olímpico do Bra-sil, a fim de ampliar aidentificação do pú-blico com a marca e se-guir uma tendência deoutros comitês nacio-nais pelo mundo.

O Time Brasil, nome dado à delega-ção brasileira ligada aoCOB também terá sualogomarca modificadaem breve.

Os mais odiados daNBA

O site Reddit divul-gou o resultado de umaenquete com os timesmais odiados da NBA.O vencedor, em 24 dos50 estados do país dobasquete, foi o MiamiHeat, atual vice-cam-peão da liga. Odiadoem 21 estados, o LosAngeles Lakers ficouem segundo.

O fato curioso foi a“vitória” do OklahomaCity under em Was-hington. A capital éSeattle, que sediava osSupersonics, cuja fran-quia foi vendida e trans-feriu-se para Oklahoma,mudando de nome.

A Prefeitura do Rio e oComitê Organizador da Rio2016 anunciaram o calendáriode eventos-teste para os jogosde 2016. A maioria deles acon-tecerá em 2015, mas o eventoinicial já está acontecendonesta semana.

Na Marina da Glória estáem disputa a Regata Internacio-nal de Vela, e a poluição da Baíade Guanabara não passou des-percebida. O atleta brasileiro Ri-cardo Winicki, o Bimba, terminoua primeira regata da com petiçãocom um saco plástico preso emseu barco.

Antes da regata, o PrefeitoEduardo Paes (PMDB) haviadeclarado que as águas da Baíaestavam em boas condições,

sendo rebatido por Bimba: “Oprefeito veio aqui hoje e falouque a água estava limpa. Estálonge de ser limpa, prefeito. Agente deu sorte de pegar umacorrente bacana. Tem esgotosendo despejado no entornoda Marina da Glória, onde osbarcos saem. O cheiro está in-suportável.”, disse à reportagemda ESPN.com.

Este é o primeiro dos 45eventos programados. Os even-tos-teste em ginásios fechadosserão em 2016, além da previ-são de entrega do Engenhão tersido confirmada para novem-bro deste ano. O próximoevento é a maratona, que se en-cerrará no Sambódromo, em ju-lho de 2015. (BP)

RIO 2016 A despeito dos elogios do Prefeito, regata na Marina da Glória é bastante criticada

MOBILIZAÇÃO Organização “Atletas pelo Bra-sil” conta com esportistas de várias modalidades

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O retrato fiel dos dirigentes esportivos brasileiros é assustador

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Divulgação

Sacos e até TV’s eram facilmente vistas boiando na Baía de Guanabara

No jogo de ida, pela ter-ceira fase da competição, oFluminense foi à capital po-tiguar enfrentar o América,em jogo que marcava o re-torno de Fred ao time titularapós a passagem apagadapela seleção brasileira naCopa do Mundo.

O time sofreu algumas al-terações com relação à equipeque vem jogando o Brasilei-rão, com as entradas de Ed-son, Chiquinho e Fred noslugares de Valencia, Wagner(que entrou no segundo tem-po, substituindo a Carlinhos)e Rafael Sóbis.

O gol de Cícero, logo aosnove minutos da primeiraetapa, empolgou à torcida do

Flu presente no estádio, maso time, com as alterações,perdeu movimentação noataque e permitiu que o Amé-rica chegasse mais à frente,sem sucesso.

No retorno do intervalo, aentrada de Wagner conseguiuprender mais a bola no ataquee, também no início – aos três

minutos do segundo tempo –o Flu chegou ao segundo gol,

outro marcado por Cícero.Nos dois gols, Cícero aprovei-tou o espaço dentro da áreacriado por Fred, ao sair paraajudar nas jogadas.

O Fluminense tinha o con-trole da partida e não demo-rou muito para ampliar. Aos21, Fred dá lindo passe paraConca, que driblou o goleiroe marcou. Depois disto, o tri-color não teve dificuldade emmanter o placar até o final e,praticamente, garantir suavaga nas oitavas.

16 | esporte Rio de Janeiro, 7 a 13 de agosto de 2014

Diogo, irmão do jogadorDiego Souza, do Metalist(UCR), postou em umarede social, nesta quarta-feira (6), a seguinte frase:“O bom filho a casa torna...DS10 é do Mengão”, indi-cando que o Flamengoacertou com o meia.

Em virtude dos confli-tos na Ucrânia, o jogadornão retornou para suaequipe e está no Rio. Se-gundo o site do jornalExtra, o Flamengo pro-

curou o empresário dojogador, Eduardo Uram,para saber de sua situa-ção e demonstrou inte-resse em uma possíveltransferência.

Diego Souza foi procu-rado por outros clubes eum possível acerto com oFlamengo ainda não foiconfirmado, nem pelo jo-gador, nem pelo clube. Odiretor de futebol FelipeXimenes, inclusive, negao contato. (BP)

REFORÇO Postagem de seu irmão emrede social indica retorno ao Fla

Em retorno de Fred ao time titular,Flu vence fácil e põe a mão na vagaCOPA DO BRASIL Fluminense vence o América-RN por 3 a 0, na Arena das Dunas, em Natal

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

Diego Souza podeestar voltando aoFlamengo

A CBF divulgou nesta quar-ta-feira (6) o calendário do fu-tebol brasileiro para 2015. Comoem 2014, ela disponibilizou 19datas para os campeonatos es-taduais, não atendendo a umareivindicação do Bom Senso FCsobre a pré-temporada.

Os atletas pediam uma pré-temporada de 30 dias, visandomelhorar a preparação dos ti-mes. A CBF determinou umperíodo de 25 dias, entre 7 e31 de janeiro. Os estaduais co-meçam no dia 1º de fevereiroe terminam no dia 3 de maio.

Além disto, o campeonatobrasileiro, que começará em10 de maio, não será parali-sado para a disputa da CopaAmérica, que acontecerá entre11 de junho e 4 de julho, noChile. Só haverá paralisaçãopara as eliminatórias em prolda Copa de 2018, nos dias 4 e8/9 e 9 e 13/10.

Nesta semana, o Bom Sensoobteve uma importante vitóriacom o adiamento da votaçãodo Proforte na Câmara, pro-vavelmente, para depois daseleições. (BP)

CALENDÁRIO Foram divulgadas as datas dofutebol brasileiro para o ano que vem

CBF não atende ao Bom Senso no calendário de 2015

Brasileirão14º RODADA

Classificação Série A

Zona de classificação para LibertadoresZona de rebaixamento para Série B

BAH GOI

CRI CRU

FLU CFC

FLA SPO

SAN COR

CAP BOT

INT GRE

SAO VIT

CAM PAL

CHA FIG

X Sáb. 09/08

18h30

XSáb. 09/08

18h30

X Sáb. 09/08 18h30

XDom. 10/08

16h

XDom. 10/08

16h

XDom. 10/08

16h

XDom. 10/08

16h

XDom. 10/08

18h30

XDom. 10/08

18h30

Dom. 10/08 18h30

Nelson Perez

Em boa partida de Fred, o meia Cícero fez dois gols na vitória por 3 a 0

FICHA TÉCNICA

0 X 1América-RN Fluminense

Quarta-feira – 22h – 06/08 – Arena das Dunas – Natal-RN