16
Rio de Janeiro, 20 a 26 de fevereiro de 2014 | ano 11 | edição 40 | distribuição gratuita | www.brasildefato.com.br | facebook.com/brasildefato Preço surreal? Boicote! Movimento na internet prega boicote a preços surreais “É um absurdo chamar manifestante de terrorista” Para advogado João Tancredo, lei de antiterrorismo é prejudicial ao Brasil entrevista | pág. 5 cidades | pág. 6 Pablo Vergara ‘De Braços Abertos’ no combate ao crack Em São Paulo, consumo de crack caiu 70% entre assistidos pelo programa brasil | pág. 8 Pescadores cobram indenização da Petrobras cidades | pág. 4 Acabou o jejum Após seis meses sem gols, Fred marca e Fuminense vence por 1 a 0 esporte | pág. 16 Nelson Peres/ Fluminense FC CABRAL DESCUMPRE PROMESSA E QUER AUMENTAR PREÇO DE METRÔ E TREM Sérgio Cabral (PMDB) mudou de ideia sobre os preços das passagens. Em manobra, enviou à Alerj projeto que atrela reajuste à ampliação do Bilhete Único. Organizações condenaram “quebra de promessa”. Empresas embolsariam mais R$50 milhões. cidades | pág. 7 Tânia Rego/Abr Moradores de favelas denunciam desaparecimentos e assassinatos cometidos por PMs UPP pra quem? cidades | pág. 3 Reprodução Pablo Vergara Fabio Arantes/SECOM-SP

Brasil de Fato RJ - 040

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Folheie abaixo ou baixe o PDF da edição RJ - número 40

Citation preview

Page 1: Brasil de Fato RJ - 040

1 | mundo

Rio de Janeiro, 20 a 26 de fevereiro de 2014 | ano 11 | edição 40 | distribuição gratuita | www.brasildefato.com.br | facebook.com/brasildefato

Preço surreal? Boicote!Movimento na internetprega boicote a preços surreais

“É um absurdo chamar manifestante de terrorista”Para advogado João Tancredo, lei de antiterrorismo é prejudicial ao Brasil

entrevista | pág. 5cidades | pág. 6

Pab

lo V

erga

ra

‘De BraçosAbertos’ nocombate aocrack

Em São Paulo, consumo de crack caiu70% entre assistidospelo programa

brasil | pág. 8

Pescadorescobram indenizaçãoda Petrobras

cidades | pág. 4

Acabou o jejumApós seis meses sem gols,Fred marca e Fuminensevence por 1 a 0

esporte | pág. 16

Nel

son

Pere

s/ F

lum

inen

se F

C

CABRAL DESCUMPRE PROMESSA E QUER AUMENTAR PREÇO DE

METRÔ E TREMSérgio Cabral (PMDB) mudou de ideia sobre os preços das passagens. Em manobra, enviou à Alerj projeto que atrela reajuste àampliação do Bilhete Único. Organizações condenaram “quebra de promessa”. Empresas embolsariam mais R$50 milhões.

cidades | pág. 7

Tâni

a Re

go/A

br

Moradores de favelas denunciamdesaparecimentos e assassinatoscometidos por PMs

UPP pra quem?

cidades | pág. 3

Reprodução

Pab

lo V

erga

raFa

bio

Ara

ntes

/SEC

OM

-SP

Page 2: Brasil de Fato RJ - 040

DepoIS DA TrAgéDIA quevitimou o cinegrafista darede Bandeirantes, SantiagoAndrade, setores conserva-dores decidiram partir paraa ofensiva e criminalizar osmovimentos sociais. Queremcom isso também defenderaltos interesses econômicosem jogo em função da copado Mundo de futebol, pro-movida pela Fifa.

Ódios históricos contra ostrabalhadores rurais reapa-receram com toda a força,em editorias rancorosos con-tra o MST, como o produzidopelo jornal O Globo. políticos

que não rezam pela cartilhado grupo foram alvo de lin-chamento midiático, comoaconteceu com o Deputadoestadual Marcelo Freixo.

o jornal repete o que fezhá 50 anos, em apoio ao gol-pe empresarial militar de 64.Hoje, depois de as organi-zações globo terem feito umafalsa autocrítica mercadoló-gica, dizendo-se arrependidopor apoiar o golpe, os res-ponsáveis do grupo midiáticocontinuam repetindo a gros-seira manipulação da infor-mação destinada a fazer acabeça dos leitores, telespec-

tadores e ouvintes.é visível o procedimento

das entidades que agrupama classe dos patrões conser-vadores, tentando induzir aopinião pública a apoiar leisautoritárias e se voltar contramanifestações legítimas, quedenunciam o panorama caó-tico da mobilidade urbana,da saúde, da educação e ain-da a grosseira manipulaçãoda informação.

No congresso, estimula-dos pela gritaria midiáticaconservadora e atrás de cincominutos de fama, parlamen-tares das mais variadas ten-

dências se apressam em ten-tar aprovar uma lei antiter-rorista, numa clara tentativade evitar a continuidade das

manifestações populares.A melhor resposta a ser

dada é a continuidade dasmanifestações.

editorial | Rio de Janeiro

Fúria conservadora se repete

Ao coMpleTAr 30 anosde construção, o MST deixauma herança imensa para aluta do povo brasileiro. Nomomento em que se percebea retomada de um períodode crescimento da luta daclasse trabalhadora, é precisoresgatar o papel exercidopelo MST durante os difíceisanos da ofensiva neoliberale diminuição das lutas.

Nos anos 90, o MST foi aprincipal ferramenta paramanter erguida as bandeirasda luta popular, ao mostrar,com seu exemplo, os resgatedo trabalho de base, da ca-pacidade de envolver as fa-mílias na luta, da firmezaideológica e do apontamen-to para um projeto direcio-

nado a todo o povo.o MST, que nasceu quan-

do diversos teóricos acadê-micos anunciavam que ocrescimento do capitalismohavia superado a luta pelareforma agrária, mostrou, pormeio da sua ação, o potenciale a força organizativa da lutapela terra. o VI congressodo movimento, que reuniumais de 15 mil delegados detodos os estados, na semanapassada, mostrou seu vigordando um verdadeiro saltode qualidade, quando apre-sentou um novo conceito dereforma Agrária popular.

essa proposta se remete àdivisão das terras e ao fimdo latifúndio, mas combina-dos à superação do modelo

de produção e de relaçãocom a natureza, difundidopelo agronegócio. o modelodo agronegócio, dentro doatual estágio de desenvolvi-mento do capitalismo, é res-ponsável por direcionar ouso predominante das terrascultiváveis para a produçãode bens agrícolas com cota-ção nas bolsas de valores.

A proposta do MST forta-lece a necessidade de umprojeto popular para o Brasil,

demonstrando que terra,água, florestas, fauna, flora,minérios, sol, enfim, todosos bens da natureza devemestar a serviço do povo e pre-servados para as geraçõesfuturas. Assim, mostra o prin-cípio da Soberania Alimentar,para cada comunidade e re-gião produzir os alimentoslocalmente, sem necessidadede exportação, por exemplo.

Mais importante é o exem-plo pedagógico que o con-

gresso do MST deixa para oconjunto das forças popula-res. A formulação da propostade reforma Agrária popularconsumiu dois anos de inten-sos debates envolvendo cadaassentado, acampado, inte-grantes e amigos do mo vi -men to. Assim, o congresso nãoaprovou apenas uma novaresolução, mas com preendeue traduziu a experiência con-creta de milhares de lutado-res nestes 30 anos de luta.

Dessa forma, as decisõesde congressos não se torna-ram uma mera resolução bu-rocrática. por isso, o métododo MST de debater profun-damente em suas bases a suaproposta é uma lição impor-tante para toda a luta social.

Rio de Janeiro, 20 a 26 de fevereiro de 201402 | opinião

editorial | Brasil

• Ed

Para anunciar:

Redação Rio:[email protected]

• Ed

CONSELHO EDITORIAL RIO DE JANEIRO : Antonio Neiva, Aurélio Fernandes, JoaquínPiñero, Mario Augusto Jakobiskind, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti ADMINISTRAÇÃO: CarlaGuindani e Valdinei Siqueira DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade DIAGRAMAÇÃO: Stefano FigaloEDITOR-CHEFE: Nilton Viana (MTb 28.466) EDITORA REGIONAL: Vivian Virissimo (MTb 13.344) REPÓRTERES: Gilka Resende, Bruno Porpetta REVISÃO: Núbia Pimentel COLUNA SINDICAL: ClaudiaSantiago ESTAGIÁRIA: Mariane Matos FOTÓGRAFO: Pablo Vergara ILUSTRADOR: Latuff

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente emtodo o país e agora com edições regionais em SãoPaulo, Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Queremoscontribuir no debate de ideias e na análise dos fatosdo ponto de vista da necessidade de mudançassociais em nosso país e em nosso estado.

(21) 4062 7105

Nos anos 90, o MST foi a principal ferramenta, para manter erguida as bandeirasda luta popular_______________________________________“

O exemplo pedagógico do MST

Latuff

Page 3: Brasil de Fato RJ - 040

Rio de Janeiro, 20 a 26 de fevereiro de 2014 cidades | 3

A Assembleia legislativado rio (Alerj) votaria nestaquarta-feira (19), em discus-são única, a implementaçãoda tarifa social para trens emetrô, assim como já acon-tece nas barcas. A ampliaçãodo benefício do Bilhete Úni-co estaria atrelada ao au-mento das passagens. Tra-ta-se do esboço de um pro-jeto de autoria do própriogoverno de Sérgio cabral(pMDB). o texto, porém, re-cebeu 81 emendas e saiu depauta. Ainda não há datapara que volte a ser debatido,mas já levanta polêmicas.

organizações da socieda-de civil que lutam contra oreajuste e por melhorias dotransporte público criticaramo governo por quebrar a pro-

messa de congelar os valoresdas passagens. “Assim o go-verno perde credibilidade.

No fim, o estado vai custearessa diferença e quem acabapagando de novo é a popu-

lação”, reclama Marcel ga-vazza, 24 anos, do Fórumde lutas contra o Aumentoda passagem. para o mili-tante, a proposta não res-ponde às reivindicações dasmanifestações, que tiveramcomo eixo central os custose precariedades da mobili-dade urbana.

José Abrahão, de 26 anos,concorda e completa dizen-do que o texto do governonão reflete um real conge-lamento. “A notícia chegaem um momento de crimi-

nalização dos protestos,quando o secretário [JoséMariano] Beltrame apresentauma proposta de lei para ti-pificar (tornar certa condutaum crime) ações de desor-dem. Isso serve para intimi-dar a população a ir às ruas”,avalia o integrante do Movi-mento passe livre (Mpl-rio).Segundo ele, a situação serelaciona “ à lamentável tra-gédia que levou à morte orepórter Santiago Andrade”,fato que “acabou respingandoem vários movimentos”.

Governo estadual quer aumentar tarifas de trens e metrô

Gilka�Resendedo rio de Janeiro (rJ)

TRANSPORTE Movimentos apontam “descumprimento de promessa” e criticam mais privilégios para empresários do setor

o debate sobre um pos-sível aumento das passagensdo metrô e dos trens chegoubem na semana em que asmudanças no trânsito docentro sobrecarregaramainda mais o transporte pú-blico. No plenário, o depu-tado estadual Marcelo Frei-xo (psol) classificou o pro-jeto levado pelo governo àAlerj como vergonhoso. Dis-se que é “impossível pensarem votá-lo sem uma audi-toria externa”.

o parlamentar tambémfalou sobre os empréstimos

do poder público. "o metrôé um buraco sem fundo,mas com muitos fundos pú-blicos. este novo emprésti-mo do governo cabral, der$ 3,5 bilhões cedidos peloBNDeS, se soma a outroscontabilizados em r$ 10 bi-lhões só para a linha 4. omais impressionante é queo orçamento inicial dessalinha era de r$ 5 bilhões”,declarou.

enquanto isso, o reajustedas passagens das barcasestá confirmado. Na segun-da-feira (17), a Agência re-guladora de Transportes dorio (Agetransp) autorizouo aumento de r$4,50 para

r$ 4,80. o deputado gilber-to palmares (pT), quem pre-sidiu a cpI das Barcas con-cluída em 2009, questionoua gestão do serviço, classi-ficado por ele como “explo-sivo”.

“As pessoas não estãopensando numa coisa: coma chegada do metro linha3, que vai terminar tambémna praça XV, o fluxo de pas-sageiros de transporte aqua-viário tende a aumentar. oproblema tende a crescerse você não faz outras linhasde barcas, previstas desde1998 [ano da privatização],como a de rio- São gonça-lo”, reforça gilberto. (GR)

Parlamentares questionam qualidade dos serviços

do rio de Janeiro (rJ)

BARCAS Aumento para R$ 4,80 deve ocorrer no próximo mês

Questionada, a Secretariada casa civil respondeu que“não houve qualquer mu-dança na proposta” de con-gelamento de tarifas. No en-tanto, a nota publicada nodia 31 de janeiro anuncioua decisão sem esclarecerque ela dizia respeito apenasàs tarifas sociais. o órgãoinformou que, para a am-pliação do subsídio, incluin-do metrô, trens e barcas, ogoverno desembolsaria maisr$50 milhões em 2014.

os recursos sairiam doTesouro estadual, em espe-cial, do Fundo de combateà pobreza. À época, o go-verno também declarouque, em decorrência do nãoreajuste, um estudo seriarealizado para definir comocompensar as concessioná-rias. Sobre isso, a casa civil,que responde institucional-mente pelo governo, apenasdeclarou que isso “está acargo da Secretaria da Fa-zenda”. contatado, o órgãonão respondeu sobre os re-sultados até o fechamentodesta edição. (GR)

Empresas poderão recebermais R$50 milhões

do rio de Janeiro (rJ)

SUBSÍDIOS Valores sairiam de Fundode Combate à Pobreza

MetrôÔnibus

Trem

BarcasFotos: Pablo Vergara

Page 4: Brasil de Fato RJ - 040

os trabalhadores da obrado complexo petroquími-co do rio de Janeiro (com-perj), em Itaboraí, regiãometropolitana do rio, re-

cusaram nesta terça-feira(18), em assembléia, a pro-posta de reajuste salarialde 7% apresentada pelos em -pregadores. A assembleiadecidiu pela manutençãoda greve, que começou háduas semanas para os 40

mil operários que traba-lham no complexo.

o assessor da presidênciado Sindicato dos Trabalha-dores da construção civilde São gonçalo e região(Sinticom), Marcos AurélioHartung, disse que cerca de

20 mil trabalhadores parti-ciparam da assembleia e in-dicaram que não aceitarãomenos de 10% como índicede reajuste salarial.

Grevistas baleadosNo segundo dia de greve,

no início do mês, dois ho-mens que participavam daparalisação foram baleadospor uma dupla, em uma motonão identificada, que dispa-rou contra a multidão. As ví-timas foram levadas para umhospital e uma delas passoupor cirurgia. Ninguém morreu.

o comperj vai ser omaior polo petroquímicodo Brasil, com capacidadede processamento de cercade 300 mil barris de petróleobruto por dia, bem comode fornecimento de produ-tos hoje importados, comofertilizantes para agroin-dústria. (Agência Brasil)

Rio de Janeiro, 20 a 26 de fevereiro de 20144 | cidades

www.e.eita.org.br/assinebrasildefatorj

Receba o Brasil de Fato RJ por e-mail. Inscreva-se no link:

Um grupo de pescadoresprotestou nesta terça-feira(18), em frente à sede dapetrobras, contra os danosambientais causados pela es-tatal na Baía de guanabara.com redes de pesca, vestidosde preto, o grupo cobrou opagamento de indenizaçãoestipulada em r$ 1 bilhãopelo acidente que provocouo derramamento de 1,8 mi-lhão de litros de óleo na baía,em 2000.

Segundo o Fórum de pes-cadores e Amigos do Mar, oacidente causou uma sériede impactos socioambientaise provocou a redução de 90%da pesca na região. pelodano, ocasionado por umproblema em oleoduto dapetrobras, a Justiça condenou

a empresa a pagar r$ 1 bilhãoem indenizações. “Até hoje,a empresa não cumpriu adecisão. os pescadores estãoidosos, doentes, empobreci-dos, venderam embarcaçõespara pagar dívidas. Muitosmorreram, suas viúvas estãoabandonadas e os que so-braram não têm sustento”,disse o ambientalista Sérgioricardo, que integra o fórum.“Há um drama humano, que-remos o diálogo”, completou.procurada pela reportagem,a petrobras não se pronun-ciou sobre o caso.

Da colônia de pescadoresZ-10, de Niterói, Jane dosSantos, de 71 anos, participoudo ato e relembrou os efeitosdo vazamento. “[A baía] tinhagarça rosa, garça cinza, tinhamexilhão, peixe-carapicu,maria-preta e cocoroca. Apoluição acabou com tudo”,disse. ela pescava 0,5 tone-

lada por dia antes do aci-dente. Depois, a média caiupara 200 quilos. “Tirava 40panos de rede por dia, pes-cava muito, conheço todasas colônias do rio. parei depescar pela idade, aposenteicom um salário mínimo. Nãodava mais”, completou.

Durante o protesto, os pes-cadores alertaram para exis-tência de óleo remanescentenos manguezais e no fundoda baía, o que tem afetado areprodução dos peixes até osdias de hoje e provocado odesaparecimento de espécies.“Todos os berçários de peixeforam consumidos pelo óleoda petrobras”, disse o pesca-dor paulo Sérgio, de Niterói.

“o óleo afundou, mas ficalá, matando. Você joga umalinha e pode ver, ela voltasuja de óleo. então, todos ospeixes que tinha, que se ali-mentavam do limo das pe-

dras, e também o camarão,o boto, não existem mais”,explicou paulo Sérgio, que éda colônia Tubiacanga. parasobreviver, ele conta que al-guns pescadores alugam bar-cos para o turismo.

para o Fórum de pesca-dores, a expansão da indús-tria petroleira tem ocorridosem “critérios técnicos e semouvir as comunidades im-

pactadas” e ameaça a faunae o meio de trabalho e vidados pescadores. eles cobramo zoneamento ecológico-econômico e demarcação deterritórios pesqueiros pelogoverno do estado. A Secre-taria estadual do Ambientetambém não respondeu so-bre os procedimentos soli-citados pelos pescadores.(Agência Brasil)

Trabalhadores do Comperj rejeitam propostade empregadores e mantêm greve

MEIO AMBIENTE Acidente provocou o derramamento de 1,8 milhão de litros de óleo, em 2000

Pescadores cobram indenização da Petrobraspor vazamento na Baía de Guanabara

PARALISAÇÃO Cerca de 20 mil trabalhadores participaram de assembleia da categoria

do rio de Janeiro (rJ)

Isabela�Vieirado rio de Janeiro (rJ)

Impacto socioambiental provocou a redução de 90% da pesca

Page 5: Brasil de Fato RJ - 040

Rio de Janeiro, 20 a 26 de fevereiro de 2014 entrevista | 5

por trás da proposta de leiantiterrorismo, que tramitano congresso Nacional, es-tão os interesses econômi-cos ligados à copa doMundo. essa é a opinião doadvogado João Tancredo,presidente do Instituto deDefesa dos Direitos Huma-nos (DDH). o DDH tematuado na defesa dos presospolíticos das manifestaçõesno rio de janeiro. em suaavaliação, a legislação brasi-leira atual dá conta de todosos crimes eventualmente co-metidos nas manifestações.

O�argumento�que�tem�sidousado�para�a�necessidadede�criação�de�uma� lei�quetipifique�(torne�certa�con-duta� um� crime)� o� terro-rismo�é�o�de�que�os� “vân-dalos”�são�presos,�mas�nãose�consegue�mantê-los�pre-sos�porque�não�existe�umalei�para�enquadrá-los.�Issoé�verdade?Não é verdade. o Brasil éum dos poucos países quetêm lei para tudo. então,basta usá-las. A questão éque eles querem uma legis-lação mais dura por contada copa do Mundo. existemgrupos econômicos podero-sos que querem afastar aspessoas das ruas, de qual-quer manifestação. Manifes-tante ser chamado de terro-rista é um absurdo grande.Manifestante é manifes-tante. Agora, tem gente queé delinquente e aí o crimeestá lá previsto. Se cometeualgum crime previsto no có-digo penal, tem que serpreso. A legislação tem pre-visão para tudo. Não tem

que criar mais nada, bastaaplicar o existente.

Mas�os�parlamentares�quedefendem�a�nova�lei�garan-tem�que�ela�não� inibirá�odireito�de�manifestação...Na lei contra terrorismo, elesvão de certa maneira tentarcriminalizar todo e qualquermovimento que seja contrá-rio ao que está acontecendo:que reclame das despesaspara a copa, peça maissaúde ou mais educação. oobjetivo é criminalizar todae qualquer pessoa. esse é onosso grande receio. o pro-

jeto de lei que o [José Ma-riano] Beltrame apresenta,por exemplo, é quase umarepetição da época da dita-dura civil-militar. Basta terum pouco mais de decên-cia para se assumir que seestá reeditando uma legis-lação muito atrasada. Hojevocê enquadra: se alguémanda com morteiro ou al-guma coisa que pode cau-sar dano a outra é risco dedano, está na lei.

O�grande�número� de� pes-soas�que�foram�presas�nasmanifestações� foram,� emsua�maioria,�soltas.�Por�quê?Tem uma prática da polícia- e quando estou falando da

polícia, estou falando do es-tado, do secretário de segu-rança, não estou falando dopM, que está ali na frentecumprindo ordem – de fazerprisões ilegais. Boa parte dasprisões foram inteiramenteilegais. Não vamos esquecer:o Santiago morreu, mas a po-lícia colocou muita bombaem mochila de manifestante;a polícia deu tiro com genteferida, não podemos esque-cer os jornalistas que foramferidos pela polícia em ma-nifestação. parece que nóspassamos uma borracha nis -so e agora só se fala do San-tiago para frente. esse é ogrande equívoco. As pessoasforam soltas porque as pri-sões eram irregulares. A po-lícia tem essa prática, de fa-zer prisão irregular e depoisquerer legitimar com algumaconfissão dessa pessoa. co -mo não consegue, tem quesoltar. Aí vem aquela máximaque a polícia gosta de repetir:a polícia prende e a justiçasolta. Solta porque é ilegal,se não a polícia manteria.

As� atitudes� violentas� queocorreram�nas�manifesta-ções� não� se� configuramcomo�terrorismo?Não. o dano ao patrimôniopúblico está previsto na lei.e responde sob duas hipó-teses, sob o ponto de vistacriminal e civil porque temque reembolsar e pagar poraqueles danos. Isso não seconfigura objetivamente co -mo terrorismo.

O�projeto�de�lei�fala�de�ter-rorismo�contra�coisas,�comoescolas,�centrais�elétricas,hospitais�e�estádios�esporti-vos,�considerados�serviçosessenciais.�Isso�faz�sentido?Não tem o menor sentido. o

ato de terrorismo é aqueleque coloca em risco a vidadas pessoas. o maior bemque nós temos a proteger é avida, a integridade física. con-tra coisa é dano ao patrimôniopúblico ou privado. Se vocêpraticou dano ao patrimônio,pode responder legalmente,como eu já disse. Agora,quem jogou bomba dentro doHospital Salgado Filho aquino rio de Janeiro foi a polícia,se teve que tirar gente doente

de lá, inclusive. Se alguémestá praticando atos de terro-rismo é o agente do estado.

O�que�o�Brasil�ganha�comuma�legislação�sobre�terro-rismo?A copa acaba, o país fica. eeu acho que a gente não de-veria guardar esse legado.ele é muito ruim para a so-ciedade brasileira. Achoque essa copa não vai deixarnenhum benefício para asociedade brasileira, quemvai ganhar dinheiro comisso são as grandes empre-sas. e a gente sabe quequem tem esses interessesnão reverte em nenhumproveito para a sociedadebrasileira. eu acho que, coma força que nos resta, temosque lutar para que não re-cebamos isso como uma he-rança maldita para o país.(EPSJV/Fiocruz)

“É um absurdo manifestante serchamado de terrorista”LEGISLAÇÃO Para advogado JOÃO TANCREDO, não tem que criar mais leis, basta aplicar as existentes

Cátia�Guimarãesdo rio de Janeiro (rJ)

“existem grupos econômicos podero-sos que querem afas-tar as pessoas dasruas, de qualquermanifestação______________

Pablo Vergara

“Na lei contraterrorismo, eles vão de certa maneiratentar criminalizar todo e qualquermovimento______________

“A legislação tem previsão para tudo”, esclarece advogado

Page 6: Brasil de Fato RJ - 040

Movimento na internet prega boicote a preços surreais

Rio de Janeiro, 20 a 26 de fevereiro de 20146 | cidades

A página no facebook“rio $urreal – Não pague”completou um mês nestasegunda-feira (17). A inicia-tiva conta com 190 mil cur-tidores e, segundo seus mo-deradores, já bateu a marcade mais de um milhão demenções em apenas um dia.como forma de não cola-borar com a especulação epressionar para baixar osvalores abusivos, a iniciativapede pelo boicote dos con-sumidores.

Tudo começou de umpapo da jornalista patríciaKalil com o designer Toinhocastro sobre o custo de vidana cidade. “ele comentouque tudo estava tão absurdoque a moeda não deveriase chamar real, mas sim

surreal. Na mesma horapensei na imagem de [Sal-vador] Dalí. Fiz uma nota epassei para o Toinho, queadorou. publiquei e umascinco horas depois a páginafoi criada por outra pessoa.e fez muito barulho!”, des-taca patrícia.

o surrealismo foi um mo-vimento artístico e literáriodos anos de 1920, marcadopela irracionalidade, queteve Salvador Dalí comouma figura de grande des-taque. estampadas nas cé-dulas, a conhecida expres-são do pintor espanhol ci-tado por patrícia, com olhosarregalados e bigodes arre-piados, ilustra a reação dapopulação diante dos custosassustadores.

Foi a realidade da cidadeque fez o movimento bom-bar na internet e ganhar re-percussão na mídia. “essa

alta dos preços tem a vercom que acontece no rio.os megaeventos [esportivos]que estão por vir, a falta decuidado com o carioca, opreço dos alugueis”, lembrapatrícia, de 35 anos. A maio-ria das postagens apontapreços altos na zona sul,mas também há denúnciasde outras regiões.

“Todo mundo ralando detrabalhar e o dinheiro não

rende. então, propomos oboicote aos preços que nãofazem o menor sentido. emIpanema, Botafogo, se bo-bear até na Taquara os pre-ços estão surreais”, expõe amoradora de copacabana.

Também surgem na pá-gina dicas de internautassobre locais mais em conta.o movimento também pro-move campanhas para dri-blar os restaurantes a quilo

“de ouro”, incentivando a prá-tica de levar marmitas parao trabalho e a universidade.ou o “isoporzinho”, em quejovens se reúnem e levam aprópria bebida para espaçospúblicos como praças.

outra campanha é o “Fa-rofa- Fá”, destacando quelevar lanches para cartõespostais “não é pagar mico”.Maria de lurdes Farias, de56 anos, lembra que esse éum hábito antigo em bairrosdo subúrbio. “Faço isso des-de nova. Um dia antes agente já começa a fazer gelopara as bebidas”, conta amoradora de campo gran-de. “Nunca achei que fossemico. é melhor do que ficarsem comer e beber nada.ou, para quem tem, acabargastando um dinheirão”, re-forçou ela, que gostou desaber que a prática viroumoda na internet.

Desde a última quarta-fei-ra (12), as secretarias muni-cipais de Defesa do consu-midor e ordem pública fa-zem operação de fiscalizaçãointitulada “consumidor, essaé sua praia!”. “é verão e a ci-dade está cheia de turistas,mas também de cariocas. porisso, em um primeiro mo-mento, a ação está sendofeita em quiosques, com bar-raqueiros e entre ambulantesda orla”, explica Fábio Fer-

reira, subsecretário de Defesado consumidor.

Segundo ele, estão sendodistribuídos panfletos edu-cativos com orientações con-tra a elevação de preços semjusta causa ou a variaçãosobre o mesmo produto, in-dependente se o consumidoré local ou um turista. “pri-meiro serão feitas notifica-ções. caso aquele fornece-dor continue praticando pre-ços abusivos, poderá ser mul-tado”, garante Fábio.

o controle acontece em23 pontos da orla, entre o

Flamengo e recreio.em nota, o “rio $ur-real – Não pague” viucomo positiva aação, considerandocomo um reflexo dapressão nas redes so-ciais. Alugueis debarracas e cadeirasde praia foram umadas campeãs de re-clamações desde acriação da página. De acor-do com informações doscolaboradores, o valor os-cila de r$ 8 a r$ 20.

porém, o movimento rei-

vindica que haja uma refle-xão sobre o contexto da fis-calização, não podendo osambulantes serem “bodesexpiatórios”. ressaltam aindaque os trabalhadores são “os

elos mais fracos e frágeis deum grande sistema”, pedindo“ uma discussão ampla so-bre impostos em cima docomércio de bebidas e ali-mentos”. (GR)

Gilka�Resendedo rio de Janeiro (rJ)

PROTESTOS Internautas denunciam cobranças capazes de derreter orçamentos

do rio de Janeiro (rJ)

Fiscalização é positiva, mas ambulantes não podem ser "bodes expiatórios"

Procon Carioca fiscaliza comércio nas praias cariocasAMBULANTES Rio $urreal pede que a iniciativa da prefeituranão “arrebente do lado mais fraco”

Page 7: Brasil de Fato RJ - 040

constantes invasões, ti-ros e mortes também têmacontecido em favelas queainda não tem a Unidadede polícia pacificadora(Upp). o conjunto de Fa-velas da Maré, por exemplo,desde o ano passado sofrecom invasões da polícia mi-litar e do Bope. Nestas in-vasões, inúmeros moradoresjá ficaram feridos, outros fo-ram até assassinados, masa maioria destes casos nem

ao menos são divulgadosnos grandes jornais.

para a moradora da Maré,caroline oliveira, de 19anos, quem sofre com issosão os moradores. “Nós te-mos problemas para entrare sair da favela. Há poucassemanas três pessoas mor-reram. e morrem o tempotodo, a gente não quer vio-lência em nossa rotina”, afir-ma. eduardo Souza, de 31anos, também morador daMaré, diz também que asinvasões não têm hora paraacontecer. “podem ser de

manhã bem cedo, clareandoo dia mesmo, quando as pes-soas estão saindo para o tra-balho levando seus filhos àcreche ou ao colégio, comopodem acontecer à tarde ounoite”, disse. (MLS)

“Mandaram meu filhoajoelhar e o assassinaram.Que polícia é essa? por issoque sumiram com o Ama-rildo e não acontece nada”,foi uma das frases mais co-moventes estampadas emalguns dos jornais cariocasna semana passada. ela foidita por José carlos lopes,pai de José carlos lopes Ju-nior, jovem de 19 anos quefoi assassinado pela políciamilitar no dia 12 de feve-reiro no Morro do São João,engenho Novo. em todo orio, existem 36 Unidadesde polícia pacificadora(Upp). Uma delas fica noMorro do São João.

eduardo carvalho, de 21anos, morador do Morro doAlemão, na zona norte, fa-

vela que também tem sofri-do com as constantes trocasde tiros e até com mortesnos últimos meses, afirmaque “foi trocado um grupoarmado fora da lei por umgrupo armado do estado”.

A rocinha, na zona sul, éoutra que vem passando pe-los mesmos problemas. paraHenrique Souza, de 25 anos,comunicador comunitárioe morador do Morro, “é pos-sível ouvir rajadas de fuzil,metralhadoras sem hora enem lugar para acontecer.Andar na rocinha de noiteé um desafio e requer aten-ção”, explica. ele ressaltouque foi nesta mesma favela,na rocinha, que sumiu umajudante de pedreiro, oAmarildo. caso que percor-reu o mundo.

lá, assim como mais de20 favelas que estão hojeocupadas pela (Upp), outros

moradores têm desapareci-do. Segundo matéria do siteUol, publicada em agostode 2013, entre 2007 e 2012foram registrados 553 casosde desaparecimentos em co-munidades. relatório do Ins-tituto de Segurança pública(ISp) indicam aumento pro-gressivo anual até 2010,quando o indicador atingiuo seu ápice: 119 ocorrências.

Ainda de acordo comHenrique, a situação da fa-

vela tem piorado, pois aimagem da Upp na rocinhaestá desgastada. “Não é pre-ciso passar muito tempojunto à família de Amarildopara entender que a Uppda rocinha se envolveu emum problema bem grande.Há muitos relatos de agres-sões cometidas por policiaisdurante revistas em becos.A maioria dos jovens sãoacusados de ter envolvimen-to com o tráfico pelo modo

de se vestir ou pelo com-portamento”, fala.

para ele, pelo ponto devista do morador, as coisaspioraram. Além das mortes,dos desaparecimentos edas trocas de tiros, “o nú-mero de roubos dentro dacomunidade aumentou. es-tupros, desordem públicae os constantes tiroteioscolocaram em cheque oprocesso de pacificação”,concluiu Henrique.

Rio de Janeiro, 20 a 26 de fevereiro de 2014 cidades | 7

Maria�Luiza�Souzado rio de Janeiro (rJ)

Tânia Rego/Abr

SEGURANÇA Moradores denunciam desaparecimentos e mortes praticados por policiais

Favelas sofrem com descaso da UPP

do rio de Janeiro (rJ)

Sem UPP, Maré também convive comrepressão policialDesde o ano passado, invasões da PM e Bopesão comuns no Conjunto de Favelas da Maré

Situação é tensa na Rocinha desde que pedreiro Amarildo desapareceu, após abordagem de policiais militares

Tânia Rego/Abr

Policiais envolvidos em crime em Rocha Miranda

Três policiais militares do 9º BpM (rocha Miranda) que per-seguiram e mataram os mototaxistas gleberson NascimentoAlves, de 28 anos, e Alan de Souza pereira, de 20, serão indiciadospor homicídio doloso e fraude processual. o crime aconteceuem rocha Miranda, no último dia 10. “A versão dos sobreviventese das testemunhas é igual: não houve tiroteio. Só os pMs atiraram.Após o crime, os policiais tentaram encobrir o que fizeram e co-locaram uma pistola na mão direita do gleberson, que é canhoto”,contou o delegado Marcus Neves.

Page 8: Brasil de Fato RJ - 040

Ao anunciar o balanço doprimeiro mês do programa DeBraços Abertos, que oferecemoradia, trabalho e atendi-mento de saúde para depen-dentes de crack da região daluz, o prefeito de São paulo,Fernando Haddad (pT), co-memorou a redução de até70% do consumo pelos parti-cipantes, verificada pelas equi-pes de saúde da prefeitura.

Desde o dia 14 de janeiroforam cadastradas 386 pessoasna iniciativa, que consumiamde 10 a 15 pedras. Ao todo,foram feitas 3 mil abordagens,355 atendimentos médicos e149 pessoas iniciaram trata-mento de desintoxicação. oprefeito disse que não irá mais

referir-se à região como cra-colândia, forma pejorativa pelaqual é conhecida. “é um ob-jeto difícil, complexo de re-solver. Se nós avançamos 70%,acho que tem espaço paraavançar mais”, afirmou.

As equipes do poder pú-blico que atualmente perma-necem apenas até as 17h pas-sarão a ficar nas ruas até as

22h, a partir dasemana quevem. A medida éconsiderada fun-damental paraque o programapossa avançarmais, afirmou oprefeito. Desdeo início, o “fluxo”,como é conhe-cida a aglomera-ção de usuáriose traficantes,

teve uma redução significa-tiva, especialmente duranteo dia, quando a concentraçãonão passa de 70 pessoas, con-tra mil antes do programa.

A prefeitura também pre-tende afastar os participantesdo programa da chamada

cracolândia. A ideia é ex-pandir o perímetro da var-rição de ruas, única atividadelaboral desenvolvida até ago-ra (com exceção de sete par-ticipantes, que trabalhamcomo copeiros em secreta-rias municipais) e empre-gá-los em outras atividades.em até 20 dias, 40 vagas paratrabalho de jardinagem de-vem estar disponíveis.

A prefeitura acreditaque 89% dos participantesconseguem manterfrequên cia regular nas fren-tes de trabalho, cujo diatem rendido remuneraçãode r$ 15, mas a adesão aoscursos de qualificação per-manece baixa. (Rede Brasil Atual)

o Ministério da Saúde e aAgência Nacional de Saúde(ANS) anunciaram nesta ter-ça-feira (18) a suspensão dacomercialização de 111 pla-nos de saúde de 47 operado-ras do país, por não respeita-rem os prazos máximos pararealização de consultas e pro-cedimentos, negarem aten-dimento ou por não cumpri-rem os períodos de carênciae as políticas de reembolso.

A suspensão começa a va-

ler a partir de sexta-feira (21).Do total, 28 planos e 31 ope-radoras permanecem com acomercialização proibidadesde o ciclo anterior, pornão terem obtido melhoriasignificativa nos serviçosprestados. os planos reúnempelo menos 1,8 milhão deconsumidores.

entre as operadoras sus-pensas estão a AgI Seguros,Allianz Saúde, Amico, Trans-montano e 12 operadorasUnimed, entre elas a paulis-tana, do ABc, de São Josédos campos e de Sergipe.(Rede Brasil Atual)

Rio de Janeiro, 20 a 26 de fevereiro de 20148 | brasil

SAÚDE Medida começa a valer a partir de sexta-feira (21)

Gisele�Britode São paulo (Sp)

Educação vaiparar dia 24os trabalhadores da educação das escolas públicas doestado e do municí-pio fazem paralisa-ção de 24 horas napróxima segunda-feira (24). pela ma-nhã, às 11h, serárealizado um ato naporta da prefeitura.Na parte da tardesaem em passeatada candelária até acinelândia. Às 15h,os professores farãouma aula públicapara explicar à po-pulação os motivosda paralisação. A va-lorização do traba-lho do professorserá um dos temasda aula.

Saúde é tema na AlerjA greve da rede hos-pitalar federal dorio de Janeiro conti-nua. os trabalhado-res fazem manifes-tação na quinta-fei-ra (20), a partir das10 horas, no Hospi-tal Federal dos Ser-vidores do estado(HFSe). Um dosmotivos do movi-mento é a manuten-ção das 30 horas detrabalho. Na quarta(19), os servidoresda rede estadual desaúde fizeram pro-testo contra a priva-tização do Hospitalgetúlio Vargas, napenha. No dia 26 defevereiro o assuntovai ser debatido emaudiência públicana Assembleia le-gislativa do rio(Alerj), às 10 horas,na sala 311.

SINDICAL

DROGAS Prefeitura de SP oferece moradia e trabalho para dependentes de crack

Consumo de crack é reduzido em 70%com programa “De Braços Abertos”

o ministro Márcio euricoVitral Amaro, do Tribunal Su-perior do Trabalho (TST),proibiu os correios de des-contar salários dos emprega-dos que estão em greve. Noentanto, o magistrado deter-minou que 40% dos funcio-nários continuem trabalhan-do. A decisão foi tomada nasexta-feira (14) e publicadanesta terça-feira (18).

o pedido para evitar os des-contos foi feito pela FederaçãoNacional dos Trabalhadoresem empresas de correios eTelégrafos e Similares (Fen-tect). A entidade argumentouque a empresa cortou o pa-

gamento do tíquete-alimen-tação dos funcionários queentraram em greve. Na mesmadecisão, o ministro determi-nou que a Fentect informe seestá cumprindo uma decisãoanterior dele que determinavaa manutenção do percentualmínimo em serviço.

os funcionários dos cor-reios iniciaram uma paralisa-ção parcial no dia 29 de janeiroalegando que a administra-dora do plano de saúde ofe-recido pela empresa, a postalSaúde, estava cobrando porserviços médicos. os correiosinformam que o plano de saú-de, correiosSaúde, não seráprivatizado e não cobrará ne-nhuma mensalidade de seusbeneficiários. (Agência Brasil)

Sarah�Fernandesde São paulo (Sp)

Suspensa comercializaçãode 111 planos de saúde de47 operadoras

GREVE Ministro determina que 40% dosfuncionários trabalhem durante paralisação

de Brasília (DF)

TST proíbe desconto de salário de funcionários dos Correios em greve

Joao LuizS/ECOMao

Já foram cadastradas 386 pessoas na iniciativa

Page 9: Brasil de Fato RJ - 040

em abril de 2002, a atua-ção dos principais veículosde comunicação privadosna Venezuela foi decisivapara a derrubada – apesarde breve – de Hugo chávez.conforme depois o docu-mentário A revolução nãoserá televisionada demons-trou, a manipulação de ima-gens e informação armouo cenário e legitimou o gol-pe de estado contra o pre-sidente venezuelano, dentroe fora do país.

Agora, em 2014, as recen-tes manifestações contra Ni-colás Maduro, eleito após amorte de chávez, ano pas-sado, também teriam sidomanipuladas somente portelevisões e jornais, de acor-do com denúncias do atualgoverno, mas igualmente naweb – espaço que há 12 anosnão tinha o mesmo potencialinformativo e político.

Na Venezuela, as redes so-ciais, com destaque para oTwitter, são amplamenteusadas por ambos os lados,tanto que o próprio presi-dente e políticos da oposiçãoo usam para fazer anúncios

e se comunicar com seus se-guidores. Desde quarta-feira(12), quando uma marchaopositora culminou em vio-lência no centro de caracas,diversas montagens e ima-gens falsas contra Maduro eo governo foram dissemina-das, inclusive por jornalistasde redes como a cNN.

A partir da internet, sabero que de fato acontecia nasruas da capital e de outrascidades do país foi impossí-vel. No entanto, logo, a ori-gem real de algumas ima-gens que eram compartilha-das, mostrando repressãopolicial e demonstrações

multitudinais de apoio àoposição, foram reveladas.Fotos de protestos no chile,egito, Tailândia e até Brasilforam usadas "como prova"de que a polícia venezuelana

reprimia violentamente, en-quanto imagens de atos pró-independência da catalunhaforam apresentadas comomarchas oposicionistas emcaracas. (opera Mundi)

centenas de horas de gra-vação investigadas pela re-vista Semana, da colômbia,comprovaram a existênciade uma ampla rede de cor-rupção no exército do país,composta por vários generaise inúmeros coronéis e te-nentes-coronéis envolvidoscom o assassinato em massade oposicionistas.

pondo em xeque o destinodos 27 bilhões de pesos (apro-ximadamente US$ 13,35 bi-lhões), cerca de 3,7% do pIBdo país, as gravações jaziamadormecidas na comissãode Acusações do congresso.

Ao virem à tona, destam-param uma quantidade mo-

numental de subornos feitosentre 2012 e 2013 pela altacúpula militar mais estrei-tamente vinculada ao go-verno dos estados Unidos.

oficialmente, os eUA con-tam hoje no país com 1.400homens em sete bases: pa-lanquero, Malambo, Apiay,cartagena, Málaga, larandia

e Tolemaida.Segundo as grava-

ções, mandos milita-res usavam informa-ções privilegiadaspara conhecer de an-temão os vencedoresdas “licitações” de vá-rias unidades doexército e garantir aliberação de milio-nários contratos, “in-dicados a dedo”, nosquais as propinaschegavam a 50%.

entre os altos ofi-ciais beneficiados pe-las negociatas estãocondenados e indi-

ciados pelo assassinato doschamados “falsos positivos”- jovens entre 16 e 33 anos,executados pelas tropas queos vestiam de guerrilheiros

para receberem promoções,dinheiro e férias estendidas,conforme a política de exe-cução sumária de “esquer-distas” defendida pelo “planocolômbia”. Até 2012, foramregistrados quase três mil as-sassinatos de inocentes.

em breve comunicado, opresidente da colômbia, JuanManuel Santos, qualificou asgravações como “muito gra-ves”. “estou indignado como dano que isso causa às For-ças Armadas e ao país”, de-clarou, solicitando ao procu-rador-geral e à controladoriaque acelerem a investigação,preferindo que seja condu-zida pela justiça penal militar.Santos também pediu ao seuministro da Defesa, Juan car-los pinzón, “decisões con-tundentes e exemplares”.

Rio de Janeiro, 20 a 26 de fevereiro de 2014 mundo | 9

CORRUPÇÃO Generais, coronéis e tenentes-coronéis estariam envolvidos com o assassinato em massa de oposicionistas

Gravações comprovam rede mafiosano alto escalão do Exército colombiano

Marina�Terrade caracas (Venezuela)

Leonardo�Wexell�Severode São paulo (Sp)

Reproducao

Até 2012, foram registrados quase três mil assassinatos de inocentes

Protestos na Venezuela: web é usada para difundir imagens falsasMANIPULAÇÃO Fotos de outros países foram usadas "como prova" de que a polícia venezuelana reprimia violentamente

Reprodução

Foto de site arabe é utiizada indevidamente

Page 10: Brasil de Fato RJ - 040

A banda de rock de maiorsucesso de todos os tempostambém encanta os foliõesdo carnaval de rua do rio.No último ano, mais de 50mil pessoas participaram dafesta que o bloco do Sar-gento pimenta promoveuno Aterro do Flamengo.

o bloco surgiu da ideiade amigos que sempre pu-laram o carnaval e que tam-bém compartilhavam umaadmiração pelos Beatles. oprimeiro desfile foi em 2011,ainda no bairro de Botafogo.A expectativa dos músicosdo Sargento pimenta é de

uma folia "espetacular". odesfile será na segunda-feirade carnaval, a partir das 15h.

"A preparação começa, li-teralmente, assim que o úl-timo carnaval termina. Apósum mês de descanso, nossabateria volta a ensaiar. enfim,hoje em dia, o carnaval é vi-vido ao longo de todo o ano",afirma leonardo Stul, umdos diretores do bloco. osritmistas são integrantes fixosda bateria e alunos da oficinade percussão que acontecea partir do meio do ano, naFundição progresso, na lapa.

A mistura entre ritmoscarnavalescos e as cançõesque embalam gerações hámais de 50 anos considerao "potencial de carnavaliza-

ção das músicas". "A escolhaleva em conta a harmoni-zação entre a canção origi-nal, os ritmos brasileiros quetocamos, as músicas dosBeatles de maior sucesso ea fase de vida que os Fab4viveram", finaliza.

IMPéRIO�SeRRAnOA premiada bateria do ImpérioSerrano convida a todos parasambar com a Arena Jovelina.Abrindo o carnaval do subúrbio,a bateria verde e branca apre-sentará a sinfônica do samba,com o Mestre gilmar. entradagratuita. Sábado (22), às 21h.Arena Jovelina pérola Negra,praça Ênio, s/no – pavuna.

CORdãO�dO�BOLA�PReTAem clima de carnaval, oSesc ramos apresentaexposição fotográficasobre o bloco cordãodo Bola preta. A mostrarevive a história doentão declarado patri-mônio cultural carioca.entrada�gratuita. emcartaz até 28/02. Terçasa sábados, das 9h à22h. rua TeixeiraFranco, 38 – ramos.

enSAIOS�TéCnICOSeste final de semana, acontece oúltimo ensaio técnico do grupoespecial antes do carnaval. Seráa vez da Vila Isabel de se aque-cer para a grande festa carnava-lesca. entrada�gratuita.Domingo (23), às 22h. praça daApoteose, rua Marquês de Sa-pucaí, s/no – praça onze.

TIMOneIROS�e�YABáSem parceria com a Feira dasYabás, o bloco Timoneiros daViola promove festa para reve-renciar candeia. como um blocoque busca resgatar a poesia e o li-rismo dos antigos blocos carnava-lescos, planeja em 2014 celebrarcandeia e outros grandes mestrescomo Bide, Marçal, cartola etc.entrada�gratuita. Domingo (23),

às 12h. praça paulo da por-tela – Madureira.

FeSTIVAL�de�ARTe�PúBLICANo I Festival de Arte pú-blica, a grande companhiaBrasileira de Mystérios eNovidade ocupa a praça daHarmonia. o projeto pro-move o debate sobre a am-pliação do acesso aos bensculturais. conta com teatrode rua, circo, shows musi-cais, estátuas, mímicos, contadores de história, cor-delistas e oficinas. entrada

gratuita. Quinta-feira (20) e sá-bado (22), às 18h. praça da Har-monia – gamboa.

CARMeLITASÀs vésperas do carnaval, o blocodas carmelitas terá seu último en-saio. o tradicional bloco nascido dalenda da freira que pulou o murodo convento carmelitas para curtiro carnaval, une ao seu repertório,este ano, o contexto atual do país,de manifestações e mobilizações.entrada�gra�tuita. Sábado (22), às18h. praça Tiradentes.

Rio de Janeiro, 20 a 26 de fevereiro de 201410 | cultura

AGENDA 0800

Sargento Pimenta se apresenta na segunda-feira de carnaval no Aterro

Gabriel�Araujodo rio de Janeiro (rJ)

Beatles viram bambas no carnavalCLÁSSICOS Sucessos dos 'Garotos de Liverpool' ganham versões brasileiras com o Sargento Pimenta

Tania Rego

Divulgação

AGendA�

SARGenTO�PIMenTA

15/02�cultural Bar/Juiz

de Fora-Mg

28/02�cine Joia/Sp

01/03�Desfile de carnaval em BH

03/03�Desfile de carna-val no rio de Janeiro

Page 11: Brasil de Fato RJ - 040

os 15 anos do repúblicado Samba inauguram suafase de itinerante pelo Brasilafora. No pacote da excursãorepública do Samba 2014estarão os seguintes temas:Samba de opinião (Zé Ket-ty), Mora na roça (Xangôda Mangueira) Samba dasYabás, Jovelina pérola Negra,Dona Ivone lara e claraNune e café de Bambas (Ve-lhas-guarda). Além disso,está prevista a organizaçãode uma mostra audiovisual,de uma festa, de uma pro-

grama de TV e de um livro.em fase de pré-produção,

o “república do Samba - 15anos” pretende percorrervárias cidades brasileiras."A idéia é trabalhar com ta-lentos locais das comuni-dades", diz o jornalista Mau-ro Viana. o projeto está fe-chando com as seguintescidades: Duque de caxias,São João de Meriti, NovaIguaçu, São gonçalo, ribei-rão preto e Franca.

Durante todos esses anosde existência vários artistas,tradicionais e contemporâ-neos, se reuniram para con-templar a união do velho

com o novo sam-ba. Dentre os ho-menageados quepassaram pelo re-pertório do re-pública, inclui-semestres como SeuXangô da Man-gueira, Zé Kettyda portela, Sambadas Yabás, comtributos a claraNunes, Jovelinapérola Negra e DonaIvone lara, onde as cantorasgrassa rangel, MargareteMendes e Tia rosa cantarama alma de cada uma delas,respectivamente. (MM)

o república do Samba vi-verá mais um capítulo de suahistória neste final de sema-na. Neste sábado (23), o pro-jeto da Associação culturalrepública do Samba estarácomemorando seus 15 anosde existência. com uma festarecheada de muita música,comida, dança e arte, pro-mete reunir pessoas de di-versas áreas artísticas paracontemplar do passado aofuturo do samba. Além dissocontará com o pré-lançamen-to do documentário Solida-riedade Brasil/Nova Zelânciae com a divulgação das novasações culturais da produtora.

o destaque deste sábadoserá o documentário “Soli-

dariedade”, de Te Kupu, quepassou por comunidades de22 países diferentes. No Brasilpercorreu diferentes locaisentre o eixo rio – São paulo.porém, a ênfase será voltadapara o episódio gravado em

Madureira, onde aparecempersonagens como Feijoadado Império, Andréia café,Jorginho do Império e Arlin-do cruz. por essa razão, emhomenagem aos bairros deMadureira e oswaldo cruz,

a roda de sambaserá comandadapela cantora ShyTorres, revivendoa obra de An-dréia café.

Nascido do as-falto, durante 11anos o evento foirealizado no Mu-seu da repúbli-ca, localizado nocatete. No finalde 2010, por mo-tivos logísticos,descobriu o mor-ro e passou aocu par o centro

cultural laurinda Santoslobo, em Santa Teresa. Ba-seado na troca de informa-ções, o programa sustentaum diálogo entre passado,presente e futuro do estilomusical. A partir do formato

estruturado em 3 blocos in-dependentes e complemen-tares, une 3 linguagens dis-tintas: audiovisual, jornalis-mo e música.

A essência do projeto con-siste em estar criando espa-ços para aqueles artistas quenão possuem abertura nacena cultural comercial. As-sim como, visa também acriação de uma alternativapara a realidade desvirtua-da da cultura local e a cons-trução de um elo entre acomunidade e sua própriahistória. “A ideia é estimulartambém aqueles adolescen-tes, jovens da comunidades,a ter um referencial, entrarmais no universo culturale fugir um pouco do con-teúdo da mídia comercial”,ressalta Mauro Viana, idea-lizador do projeto.

Rio de Janeiro, 20 a 26 de fevereiro de 2014 cultura | 11

Mariane�Matosdo rio de Janeiro (rJ)

ANIVERSÁRIO Projeto cria espaços para artistas que não possuem abertura na cena cultural comercial

Festa celebra os 15 anos do República do Samba

Divulgação

do rio de Janeiro (rJ)

CULTURA República do Samba vai se apresentar em Duque de Caxias, São João de Meriti, entre outras

Roda de samba deste sábado vai reviver a obra de André Café

Projeto inaugura fase itinerante em 2014Divulgação

AGendA�23�de�fevereiro�-�14�horas�-�centro cultural Municipallaurinda Santos lobo- rua Monte Alegre, 306 - SantaTeresa. entrada�Franca

Projeto homenageia mestres como Seu Xangô da Mangueira

Page 12: Brasil de Fato RJ - 040

Rio de Janeiro, 20 a 26 de fevereiro de 201412 | variedades

Garra e determinação ainda estarão presentesnesta semana. O período pede foco e análiseobjetiva para conduzir seus negócios e projetospessoais com eficácia. Além de evitar desperdí-cios de tempo e energia. Concentre-se!

Mudanças a caminho! Há o sentimento de sacudir as coisas, arriscar, empreender e inovar, seja na vida pessoal ou na profissional. Mudançassempre são bem vindas, desde que acompanhadas de bom senso, planejamento e força de vontade. Devemos lembrar que, o que estamosacostumados a fazer não pode ser alterado do dia para noite e exige um trabalho constante para se firmar com estruturas sólidas.

Há tendência a se magoar e guardar rancor,mesmo por coisas banais. Tente não dar tantaatenção aos aborrecimentos, nem guardá-lospor muito tempo. Exercite a comunicaçãoleve e franca e não espere demais dos outros.

Você possui o dom da imparcialidade. Porém, hádificuldade em decidir por um dos lados, já quetodos lhe parecem válidos. Lembre-se que nãodecidir também é uma escolha e gera conse-quências da mesma forma.

Seu lema é: um passo de cada vez. Masquando os passos demoram muito a seremdados, as oportunidades se perdem. Tenhamais agilidade nas decisões e ganhará tempo esaúde para usufruir de suas conquistas.

A necessidade exagerada de segurança materialpode causar danos físicos e psicológicos, alémde atrasar muitas vezes seu progresso. Arrisque-se mais e perceba que errar é natural e vital paraevoluir e se aprimorar.

Espírito de liderança em destaque. Além disso,sente que pode ajudar e acha que sabe o que émelhor para os outros. Equilibre-se e entenda adiferença entre dar conselhos e interferir direta-mente nos hábitos alheios.

Há vontade de ir a fundo e dominar totalmente osassuntos de seu interesse. Isto é ótimo se estivercomeçando um novo curso ou projeto, mas pés-simo se for debater assuntos do cotidiano comamigos, por exemplo.

A mente científica e prática se mescla à sensibi-lidade artística e emocional. Isso é encantador,pois você consegue extrair com excelência a ló-gica da poesia e vice-versa. Aproveite para seexpressar na escrita ou na música.

A versatilidade é algo bom quando dosado. Cui-dado ao encabeçar vários projetos juntos ou nãoterminá-los, pois há grande tendência a conhe-cer muitos assuntos diferentes e não se aprofun-dar em nenhum deles.

Está crítico e exigente. Isso o afeta muito, poisvocê não perdoa falhas e se repreende dura-mente até que fique perfeito. Entenda que estaideia não existe na prática e veja as imperfeiçõescomo algo que lhe torna único.

Seu temperamento expansivo e exagerado podelhe trazer amigos novos. Ao mesmo tempo,pode haver falta de tato ao lidar com assuntosmais íntimos ou delicados. Use a intuição e a ob-servação para evitar desastres.

Altruísmo e passividade. Ótimo para se engajarem algum projeto social, mas no dia-a-dia, con-centre-se em analisar friamente as situações enão se deixe influenciar por pessoas melindrosas.Discernimento é a palavra!

HORÓSCOPO20 a 26 de fevereiro de 2014Keka Campos, astrólo [email protected]

Page 13: Brasil de Fato RJ - 040

A maioria das pessoas que trabalha em hotéis,bares, restaurantes, serviços de manobristas, entreoutros, recebe valores diretamente dos clientes, aschamadas gorjetas. Sobre o tema, seguem algumasinformações práticas para que os trabalhadoresdessa área não sejam enganados por seus patrões.

A nossa legislação considera como gorjeta tantoo valor dado pelo cliente do estabelecimento aotrabalhador, quanto à taxa de serviço que vem dis-criminada nas contas, geralmente de 10%. A gorjetacompõe a remuneração do trabalhador, de modoque deve ser somada ao salário para o cálculo do13º, férias e FgTS. é por isso que o art. 29 da clT(consolidação das leis do Trabalho) exige que umaestimativa mensal das gorjetas seja anotada na car-teira de trabalho.

Nenhum trabalhador pode receber um salário in-ferior ao mínimo legal geral ou da categoria (decorrentedas negociações coletivas). Assim, a gorjeta não podecompor o cálculo deste salário, a fim de atingir o mí-nimo. por exemplo, para um trabalhador de turismo,cujo piso mínimo é de r$ 820, não pode a empresalhe pagar r$ 720, contando com r$ 100 das gorjetas.

Dois desafios permanecem: primeiro, a fiscalizaçãodas taxas de serviço pagas pelos clientes nas em-presas; segundo, uma mudança na legislação, demodo a considerar também a gorjeta para o cálculodo aviso prévio, do adicional noturno, das horasextras e do repouso semanal remunerado. Somenteos trabalhadores unidos, juntamente com seus sin-dicatos, poderão dar conta destes desafios.

Danilo UlerAdvogado e diretor do Sindicato

dos Advogados de SP

o quindim é um doce quetem a cara do Brasil. Mas,na verdade, a receita foi tra-zida de portugal, onde se

chama brisa-do-lis e utilizaamêndoas no lugar do coco.outra curiosidade do doceé que o nome quindim é de

origem africana e significaencanto. então, venha apren-der e se encantar com estadoce e típica receita!

Separe as claras das gemas. Depois, peneire as gemas e, em seguida, junte o restante dos in-gredientes e misture tudo. Unte uma forma de furo no meio com muita manteiga. emseguida, polvilhe açúcar na forma. Acrescente a massa líquida à forma e leve para assar embanho-maria em forno a 140º, até ficar dourado e o coco ralado subir à superfície (tempoestimado 50 minutos). espete um palito dentro do quindim para ver se sai seco e está noponto. Após retirar do forno e deixar esfriar. está pronto para servir.

Quindim

No período de chuvas deverão fique atento, pois au-menta a incidência da lep-tospirose, que é uma doen-ça infecciosa causada pelabactéria leptospira, pre-sente na urina de ratos eoutros animais, como bo-vinos, suínos e cães.

A leptospirose é comu-mente transmitida em si-tuações de enchentes einundações, pois a urinade ratos – caso mais recor-rente no Brasil – presenteem esgotos e bueiros semistura com a enxurradae a lama. A bactéria penetrano corpo humano atravésda pele, da mucosa e em

arranhões e ferimentos.Algumas recomendações

de prevenção são tentarevitar o contato com águaou lama de enchentes e im-pedir que crianças brin-quem nessas águas. casotenha que entrar em con-tato, use botas e luvas deborrachas (caso não tenha,use sacos plásticos duplosamarrados nas mãos epés). Além de só tomar águafiltrada ou fervida, ou co-locar algumas gotas de hi-poclorito de sódio ou deágua sanitária antes de be-ber ou cozinhar. e lave bemos alimentos.

outras medidas são sa-neamento básico, melhoriasnas habitações e combateaos ratos, que devem ser

cobradas do poder público.Também é importante em-balar bem o lixo e deixá-losem locais altos para a coleta.

os sintomas mais fre-quentes são febre, dor decabeça e pelo corpo - prin-cipalmente nas panturri-lhas -, vômitos, diarreia e,nos casos mais graves, pelede coloração amarelada esangramentos. os sinto-mas são parecidos com osde infecções virais, comogripe e dengue. é impor-tante sempre buscar asunidades básicas de saúdedo SUS em caso de sus-peita. em formas mais gra-ves, pode ser necessária ainternação hospitalar, poishá risco de morte. e nuncase automedique.

* Médica da Atenção Básica

10 gemas de ovo

peneiradas

50 gramas de coco ralado

150 ml de leite de coco

200 gramas de açúcar

Manteiga e açúcar

para untar

Modo de preparo

No período de chuvas, atenção à leptospirose

Rio de Janeiro, 20 a 26 de fevereiro de 2014 variedades | 13

NOSSOS DIREITOSBOA E BARATAPor Fernanda Jatobá

Danilo Uler

Gorjetas: saiba comonão ser enganado

Dica:

Dúvidas sobre direitos? Encaminhe e-mail para [email protected]

Luciana�Cajado*�

Ingredientes

Já que as claras não são utilizadas nesta receita, você pode usá-las parafazer um suspiro ou pudim de claras.

“NOSSA SAÚDE”

Page 14: Brasil de Fato RJ - 040

2014 Será um ano decisivopara o futuro da esquerda naAmérica do Sul. em três paísesda região – Brasil, Venezuelae Argentina – estão em marchaoperações políticas com o ob-jetivo de remover governosprogressistas, seja pelas urnas,seja pela desestabilização.

A opção golpista reapare-ceu na Venezuela com a cam-panha da ala mais extremistada oposição. esse grupo éresponsável pelas manifesta-ções violentas que já causa-ram três mortes. A extrema-direita não reconhece legiti-midade do presidente NicolásMaduro e promete desafiaro governo até a sua queda. Ameta é gerar um cenário decaos, de onde poderia surgiro pretexto para uma inter-venção estrangeira. os exem-plos da líbia, da Síria e, agora,da Ucrânia, palco de protestostruculentos liderados porneonazistas, ilustram e ins-piram esse plano.

Na Argentina, a batalha domomento se trava no campoeconômico. Tubarões do mer-cado financeiro internacionaliniciaram uma corrida espe-culativa contra o peso, visandolevar a moeda argentina ao

colapso. Até agora, o governode cristina Kirshner tem con-seguido manobrar com ha-bilidade, mantendo estável acotação do peso e preservan-do as reservas monetárias dopaís. A direita e seus aliadosexternos querem levar a pre-sidenta à renúncia, anteci-pando as eleições.

A parada decisiva, sem dú-vida, terá lugar no Brasil, comas eleições presidenciais deoutubro. Aos olhos do impé-rio, os países latino-america-nos que buscam autonomiasão províncias desgarradas aserem reconduzidas ao quintal,o quanto antes. e o Brasil é,de longe, a peça mais valiosano bloco progressista que seformou na região ao longo dadécada passada. Uma eventualderrota de Dilma rousseff teriaum impacto geopolítico gi-gantesco, não só na Américalatina, mas no mundo inteiro.Um prêmio e tanto para a casaBranca e Wall Street. A efer-vescência nas ruas brasileirase sua manipulação pela mídiaconservadora devem ser ana-lisadas nesse contexto.

Igor Fuseré professor universitário

Rio de Janeiro, 20 a 26 de fevereiro de 201414 | opinião

Ao NoMeAr cArDeAl DA IgreJA o arcebispodo rio de Janeiro, Dom orani Tempesta, o papa Franciscocomprovou que vai liderar uma renovação da igrejacujas prioridades serão: a inclusão social dos pobrese o compromisso pelo bem comum e a paz social.

Já na Jornada Mundial da Juventude, o papa Fran-cisco demarcou a sua visão de mundo, afirmando,em vários momentos, que a solidariedade para comos mais pobres tem que ser a base de toda a convivênciaentre os povos.

em plena Jornada, no discurso feito às autoridadesbrasileiras, proferido no Teatro Municipal, o pontíficemostrou sua receita de como enfrentar os graves pro-blemas políticos e sociais do mundo: “entre a indi-ferença egoísta e o protesto violento, há uma opçãosempre possível: o diálogo. o diálogo entre as gerações,o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber,permanecendo abertos à verdade”.

Já em novembro do ano passado, o papa divulgousua primeira exortação Apostólica, em que faz umapelo pela renovação da Igreja, ataca o lucro desvairado,que ele considera uma nova tirania, e pede que os lí-deres globais combatam a pobreza. No documento, opapa Francisco pediu aos líderes globais que lutempara diminuir a pobreza, a desigualdade social e asdiferenças de desenvolvimento entre os países.

A presença de Dom orani - um arcebispo brasi-leiro! -, ao lado do papa, na Jornada, simbolizou,fortemente, essa visão de mundo em favor dos ex-cluídos, em favor do diálogo, da tolerância e tambémda renovação.

Dom orani sempre buscou o equilíbrio, a humildadee a tolerância, características principais da práticado diálogo.

Dom orani sempre lutou em favor dos excluídos– lembremos que o arcebispo tem uma grande atua-ção missionária junto às paróquias e às pastorais;uma prática diária, por exemplo, nas comunidadescarentes de Belém, onde foi arcebispo, e depois norio de Janeiro.

e Dom orani, por outro lado, nunca teve medo donovo, seja no dia-a-dia da igreja, seja no contatodiário com a sociedade organizada.

Dessa forma, não surpreende a escolha de Domorani, pois o arcebispo é a melhor expressão doque disse o próprio papa Francisco: que a Igrejaprecisa de pastores com cheiro de ovelha. e Domorani, em sua atuação pastoral, sempre fez a defesados que representam a opção preferencial de cristoe da Igreja: os pobres, os jovens, os marginalizados eos oprimidos.

Robson Leiteé funcionário concursado da Petrobras e

foi deputado estadual pelo PT no período de fevereiro de 2011 a janeiro de 2014

Robson LeitePedro Nathan

Dom Orani: a opção pelo mais pobres

Igor Fuser

Continente em disputa

Page 15: Brasil de Fato RJ - 040

o Brasil protagonizouuma situação inusitada nosJogos olímpicos de Inverno,

em Sochi, na rússia. A com-petidora do slalom gigante,Maya Harrison, é poliglota,mas não fala português.

Nascida no rio, Maya foiadotada por um casal euro-peu e mora em genebra, na

Suíça, desde antes de com-pletar um ano de idade. Foiconvidada pela cBDN(confederação Brasileirade Desportos na Neve) naadolescência, mas só veio

ao Brasil umaúnica vez, quan-do fez exames fí-sicos de controleda entidade emSão paulo.

Na capital pau-lista, só fez o tra-jeto do aeroportopara o hotel, edali para o localdos exames. Suaprincipal impres-são do país foi o

trânsito engarrafado queenfrentou.

Apesar da frustração, aatleta ainda deseja conhe-cer o país durante suas fé-rias, em especial, sua cidadenatal. (BP)

do rio de Janeiro (rJ)

os episódios de racismo-dos torcedores do real gar-cilaso, do peru, contra o jo-gador cruzeirense Tinga po-dem, no caso do envolvi-mento do governo brasileirona questão, resultar em umapunição exemplar para oclube peruano.

Apesar da campanha daFIFA contra o racismo nofutebol, não existem registrosde punições a clubes devidoà práticas racistas por partede torcedores ou jogadores.

o governo brasileiro, atra-

vés do Ministro dos esportesAldo rebelo, pediu à con-mebol (confederação Sula-mericana de Futebol) quetivesse rigor na apuração docaso, podendo levar até mes-mo à exclusão do real gar-cilaso da competição.

por sua vez, a conmeboljá abriu, a pedido do cru-zeiro, processo disciplinarpara tratar do caso. o pre-sidente do Tribunal Disci-plinar da entidade, caio cé-sar rocha, está impedidode realizar o procedimento,por ser brasileiro, e o casoserá julgado pelo uruguaioAdrián leiza. (BP)

­­­

NBA no Brasil

Segundo Arnon de Mel-lo, em entrevista aoGloboesporte.com, estámuito próximo o acertode um novo jogo entreequipes da liga profis-sional de basquete nor-te-americana no Brasil,no projeto chamadoNBA global games. Naedição passada, Was-hington Wizards e chi-cago Bulls se enfrenta-ram na Arena da Barra,que deve sediar a pro-vável próxima edição.

Bellucciavança no Rio Open

o tenista omaz Bel-lucci, número dois doranking brasileiro,avançou às quartas-de-final do rio open deTênis. Venceu o argen-tino Juan Monaco, devirada, por 2 sets a 1(4/6, 6/3, 6/3). o brasi-leiro contou com a for-ça da torcida nas arqui-bancadas do Jockeyclub para derrotar oadversário. Agora, podeenfrentar o espanholDavid Ferrer. o número1 do mundo, rafael Na-dal, também participado torneio.

Rio de Janeiro, 20 a 26 de fevereiro de 2014 esporte | 15

Brasil teve “gringa” no esqui, em Sochi

Sem precedentes, pressão dogoverno deve endurecer pena

OLIMPÍADAS DE INVERNO Brasileira que competiu na modalidade sequer fala português

RACISMO Caso Tinga pode até excluir o Real Garcilaso da Libertadores

opinião | Bruno Porpetta

O culpadoinútil

Quantas vezes já ouvimosa expressão “inocente útil”,quando alguém é usado paraservir de “bucha” para outroque pisou no tomate?

pois é, o tal do assistenteadicional, ou “juiz de linha”,do futebol conseguiu se tor-nar exatamente o contrário.é o culpado inútil!

Até hoje, não dá para sa-ber ao certo para quê serveo dito cujo. o cara fica qua -se de cócoras ao lado da tra -ve, olhando para a linha dogol, e não vê uma bola (pa-rada) entrar nitidamenteno gol de Felipe. ele está alisó para isso!

Naqueles segundos emque ele ficou pensando nanamorada, na morte da be-zerra, nas contas para pa-gar, o cara consegue man-char o clássico e o própriocampeonato.

Diante disso, a pergunta

não quer calar: pra quê?A resistência da FIFA em

adotar meios eletrônicospara resolver esses lancesque o estúpido olho humanonão é capaz de discernir(mesmo que passasse umônibus entre a linha do gol ea bola) não faz sentido al-gum.

Se for só para assistir aojogo e não ajudar, que pagueingresso! Ao contrário, o su-jeito ainda recebe para isso.

Se um árbitro já é um es-torvo ao jogo, imaginemcinco!

Não falemos que falta BomSenso ao futebol brasileiro,se não seremos exilados nachina, como paulo André.

Do jeito que anda a arbi-tragem, chegaremos à pro-posta que salvará o futebol: aautorregulação. Igual à pe-lada, onde todo mundo sabese foi gol ou não.

do rio de Janeiro (rJ)

Resende D. Caxias

Campeonato Carioca | 9ª rodada

Quarta-feira 19/02 |16h |Trabalhador

Bangu VascoQuarta-feira 19/02 | 16h | Moça Bonita

Friburguense Nova IguaçuQuarta-feira 19/02 |19:30h | Eduardo Guinle

Macaé FluminenseQuarta-feira 19/02 |19:30h | Moacyrzão

Flamengo MadureiraQuarta-feira 19/02 |22h | Maracanã

Audax BoavistaQuinta-feira 20/02 |16h |Moça Bonita

Botafogo Volta RedondaQuinta-feira 20/02 |19:30h |Maracanã

Cabofriense Bonsucesso Quinta-feira 20/02 |19:30h |Correão

0 X 2

1 X 3

1 X 0

0 X 1

2 X 0

X

X

X

BINÓCULO

Wik

yped

ia

Maya terminou a competição em 54º

Craques da NBA

Ezra Shaw

Page 16: Brasil de Fato RJ - 040

em meio a várias especula-ções a respeito da camisa noveda seleção brasileira, Fred viviaum incômodo jejum que seencerrou na partida contra oMacaé. o centroavante do Flu-minense voltou a marcar e ga-rantiu a vitória do time por 1a 0 e, por consequência, a li-derança do campeonato.

o Fluminense teve um ad-versário duro pela frente. emvários momentos o Macaéameaçou o gol de Diego ca-valieri mas, graças a mais umaótima atuação de conca e ao

poder de decisão de Fred, otime conseguiu vencer.

Apesar do tempo longo

sem marcar, Fred disputousó nove jogos neste período.A sequência de lesões chegoua preocupar a comissão téc-nica da seleção brasileira,que corria atrás de alternati-vas para a posição. Diantedisto, o gol foi um alívio paraFred: “esse tempo bom devitória está chegando e coisasboas estão por vir”.

o gol saiu aos 30 minutosdo primeiro tempo, em um

cruzamento de conca que foiescorado de cabeça por gum,encontrando a cabeça de Fred.

“Segurei o corpo, espereia bola e só escorei o zagueiro”,disse o atacante.

o Fluminense agora temum clássico pela frente, con-tra o Botafogo, domingo, noMaracanã. outra oportuni-dade para Fred mostrar a Fe-lipão que está pronto pararetornar à seleção.

Fred volta a marcar e garante o Flu na liderança

Foi divulgada pesquisa dacNT/MDA revelando comopensa o brasileiro nos temasrelativos à realização dacopa do Mundo no Brasil.Se a escolha da sede fossehoje 50,7% dos entrevistadosnão apoiariam uma eventualcandidatura brasileira a se-

diar o evento.o instituto também avaliou

os investimentos feitos nopaís para a realização da copae revelou que 75,8% dos bra-sileiros consideram que elesforam desnecessários. Quan-do a pergunta se restringe aosestádios, são 80,2% de entre-vistados que discordam dosgastos nas obras.

Sobre as obras de mobi-

lidade urbana, dois terçosdos entrevistados (66,6%)acreditam que estas não fi-carão prontas antes da copado Mundo.

com relação às manifes-tações, elas acontecerão du-rante a copa para 85,4% dospesquisados. em compen-sação, se perguntados sobrea sua presença nos protes-tos, a maioria (82,9%) afirma

que não irá.Apesar do pessimismo com

relação a alguns temas, a maiorparte das pessoas acredita notítulo da seleção brasileira.para 56,2% dos entrevistados,o time de Felipão será cam-peão da copa do Mundo.

A pesquisa foi realizada en-tre os dias 9 e 14 de fevereiro,foram entrevistadas 2002 pes-soas em 24 estados. (BP)

Rio de Janeiro, 20 a 26 de fevereiro de 201416 | esporte

CARIOCA Após seis meses sem marcar, Fred decide e Flu vence

•�O�FLAMenGO, comos reservas, venceu oMadureira por 2 a 0(gols de leozão – con-tra – e Negueba) econtinua a persegui-ção ao Fluminense natabela. com grandeatuação de Muralha, otime conseguiu man-ter a boa campanhano carioca. A nota tris-te foi o público, poucomais de três mil pa-gantes no Maracanã.

•�O�VASCO�Se reabili-tou da derrota (daque-le jeito) para o Fla-mengo. Venceu o Ban-gu por 2 a 0, em MoçaBonita, com gols dealles e Montoya,que saíram do bancono segundo tempopara decidir o jogo. odestaque foi a boapartida de Douglas,que parece já estaradaptado ao time e aoesquema tático deAdilson Baptista.

•�O�“eSPAnhOL”Diego costa, do Atlé-tico de Madri, decidiuo jogo contra o Milanna liga dos cam-peões da europa. otime madrilenho ven-ceu por 1 a 0, jogandono San Siro. em meioaos debates sobre acamisa nove da sele-ção, Felipão deve es-tar cabeceando a pa-rede a cada gol do “ex-brasileiro”.

•�MáRCIO�ARAújO,ex-palmeiras, é o novoreforço do Flamengo.o volante acertou como rubro-negro, porempréstimo, até o fi-nal do ano. A ideia dadiretoria é compensara perda dos volanteselias, luiz Antônio,Val e Diego Silva.

TOQUES CURTOS

Bruno�Porpettado rio de Janeiro (rJ)

Nelson Peres/ Fluminense FC

PESQUISA Mais da metade dos entrevistados não apoiaria o Brasil como sede

Se escolha fosse hoje, maioriaseria contra a Copa

do rio de Janeiro (rJ)

FICHA TÉCNICA

0 X 1Macaé Fluminense

Quarta-feira 19/02 |19:30h | Moacyrzão

Fred encerra jejum e comemora com Rafael Sóbis