BRASKEM_ITR_3T08

8/9/2019 BRASKEM_ITR_3T08

http://slidepdf.com/reader/full/braskemitr3t08 1/61

Braskem S.A.Relatório dos auditores

independentes sobre a revisãoespecial das Informações Trimestrais - ITR30 de setembro de 2008



Braskem S.A.ITR – Informações Trimestrais – Data Base 30/09/2008

2

Relatório dos auditores independentes

sobre a revisão especialAosAcionistas e Administradores daBraskem S.A.Camaçari - BA

1. Revisamos as informações contábeis contidas nas Informações Trimestrais (ITR) da Braskem edessa Companhia e suas controladas (informações consolidadas) referentes ao trimestre findoem 30 de setembro de 2008, compreendendo os balanços patrimoniais, as demonstrações deresultados e dos fluxos de caixa, o relatório de desempenho e as notas explicativas, elaborados

sob responsabilidade de sua Administração. As informações contábeis da controlada, IpirangaQuímica S.A. (IQ) e das incorporadas Ipiranga Petroquímica S.A. (IPQ) e PetroquímicaPaulínia S.A. (PPSA) em 30 de setembro de 2008 foram revisadas por outros auditoresindependentes, e a nossa revisão, no que se refere ao valor do investimento e do resultadodecorrente da IQ nos valores de R$ 175.185 mil e R$ 365.345 mil, respectivamente e dosacervos patrimoniais líquido da IPQ e PPSA nos valores de R$ 1.668.629 mil e R$ 257.955 mil,respectivamente, está baseada exclusivamente nos relatórios emitidos por outros auditores.

2. Nossa revisão foi efetuada de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo IBRACON -Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, em conjunto com o Conselho Federal deContabilidade - CFC, e consistiu, principalmente, de: (a) indagação e discussão com os

administradores responsáveis pelas áreas contábil, financeira e operacional da Companhia esuas controladas, quanto aos principais critérios adotados na elaboração das InformaçõesTrimestrais; e (b) revisão das informações e dos eventos subseqüentes que tenham ou possamvir a ter efeitos relevantes sobre a posição financeira e as operações da Companhia e suascontroladas.

3. Com base em nossa revisão, e nos relatórios emitidos por outros auditores independentes, nãotemos conhecimento de nenhuma modificação relevante que deva ser feita nas informaçõescontábeis contidas nas Informações Trimestrais acima referidas, para que estejam de acordocom as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), aplicáveis àelaboração das Informações Trimestrais, incluindo a Instrução CVM n° 469/08.

4. Conforme mencionado na nota explicativa 3(a), em 28 de dezembro de 2007 foi promulgada aLei n° 11.638, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2008. Essa Lei alterou, revogou eintroduziu novos dispositivos à Lei n° 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) e provocoumudanças nas práticas contábeis adotadas no Brasil. Embora a referida Lei já tenha entrado emvigor, algumas alterações por ela introduzidas dependem de normatização por parte dos órgãosreguladores para serem aplicadas pelas companhias. Dessa forma, nessa fase de transição, aCVM, por meio da Instrução CVM n° 469/08, facultou a não-aplicação de todas as disposiçõesda Lei n° 11.638/07 na preparação das Informações Trimestrais (ITR). Assim, as informaçõescontábeis contidas nas ITR do trimestre findo em 30 de setembro de 2008, foram elaboradas de

acordo com instruções específicas da CVM e não contemplam todas as modificações naspráticas contábeis introduzidas pela Lei n° 11.638/07.




3

5. Conforme mencionado na Nota Explicativa nº 9 (b), a Companhia tem acumulado créditos de

ICMS ao longo dos últimos exercícios, provenientes substancialmente da diferença entre asalíquotas das entradas e saídas dos insumos e produtos, saídas internas incentivadas comdiferimento da tributação e vendas destinadas ao mercado externo. A realização desses créditosdepende do sucesso na implantação dos planos da Administração descritos nesta mesma NotaExplicativa. As Informações Trimestrais em 30 de setembro de 2008 não contemplamquaisquer ajustes relativos à recuperação desses créditos em decorrência dessa incerteza.

6. Conforme mencionado na Nota Explicativa nº 17 (c), face à discussão quanto àconstitucionalidade da Lei nº 7.689/88, a Companhia, em processo que também envolve suasincorporadas OPP Química, Trikem e Polialden, está discutindo judicialmente o nãorecolhimento da Contribuição Social sobre o Lucro (CSL) onde já houve trânsito em julgado no

Supremo Tribunal Federal - STF e a União adentrou em ação rescisória. A Administração, combase na opinião de seus assessores jurídicos, que avaliaram a perspectiva de êxito comopossível, acredita que deverá obter êxito em seus pleitos de manutenção do não-recolhimento e,em caso de perda da ação rescisória, a decisão não poderá retroagir seus efeitos desde o ano dosurgimento da lei. Conseqüentemente, para fins de elaboração das informações contábeismencionadas no parágrafo 1, não foi constituída provisão nas Informações Trimestrais relativasao trimestre findo em 30 de setembro de 2008 para eventuais desfechos desfavoráveis dos autosde infração, bem como para os exercícios ainda não fiscalizados pela Receita Federal.

7. Conforme mencionado na Nota Explicativa nº 9 (a) a OPP Química S.A., incorporada pelaCompanhia em 2003, fundamentada na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF),

reconheceu contabilmente créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) nomontante de R$ 1.030.125 mil (R$ 2.630.356 mil atualizado até 30 de setembro de 2008), osquais foram compensados com o próprio IPI e outros tributos federais. Embora esta decisãotenha sido objeto de Agravo Regimental pela Fazenda Nacional onde não se questiona o direitoao crédito, mas imprecisões da decisão quanto a aspectos relativos ao caso de insumos nãotributados, à atualização monetária e à alíquota a ser utilizada para fins de cálculo dos créditose, pelos autos de infração lavrados contra a Companhia, a Administração baseada na opinião deseus assessores jurídicos considera prováveis as chances de êxito, razão pela qual, nenhumaprovisão foi registrada nas Informações Trimestrais relativas ao trimestre findo em 30 desetembro de 2008.

31 de outubro de 2008

KPMG Auditores IndependentesCRC 2SP014428/O-6-S-BA

Anselmo Neves MacedoContador CRC 1SP160482/O-6-S-BA




4

INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS – 3º TRIMESTRE DE 2008

BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO – CONTROLADORA (Reais Mil)

Conta Descrição Set/08 Jun/08

1 Ativo Total 22.134.285 17.667.189

1.01 Ativo Circulante 6.778.018 4.668.986

1.01.01 Disponibilidades 1.638.386 1.485.347

1.01.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 1.638.386 1.485.347

1.01.02 Créditos 2.407.001 1.504.069

1.01.02.01 Clientes 1.683.776 1.202.454

1.01.02.02 Créditos Diversos 723.225 301.615

1.01.02.02.01 Tributos a Recuperar 648.081 234.5681.01.02.02.02 Imposto de Renda Diferido 56.023 36.725

1.01.02.02.03 Despesas Pagas Antecipadamente 19.121 30.322

1.01.03 Estoques 2.603.468 1.573.439

1.01.04 Outros 129.163 106.131

1.01.04.01 Demais Contas a Receber 129.163 106.131

1.02 Ativo Não Circulante 15.356.267 12.998.203

1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 2.137.845 1.565.952

1.02.01.01 Créditos Diversos 1.988.862 1.421.094

1.02.01.01.01 Títulos e Valores Mobiliários 17.604 15.106

1.02.01.01.02 Clientes 52.131 37.608

1.02.01.01.03 Estoques 20.732 20.7561.02.01.01.04 Tributos a Recuperar 1.184.320 933.173

1.02.01.01.05 Imposto de Renda Diferido 601.171 323.389

1.02.01.01.06 Depósitos Judiciais e Empréstimos Compulsórios 112.904 91.062

1.02.01.02 Créditos com Pessoas Ligadas 90.031 115.943

1.02.01.02.01 Com Controladas 45.143 71.968

1.02.01.02.02 Com Outras Pessoas Ligadas 44.888 43.975

1.02.01.03 Outros 58.952 28.915

1.02.02 Ativo Permanente 13.218.422 11.432.251

1.02.02.01 Investimentos 665.137 3.512.319

1.02.02.01.01 Participações Coligadas/Equiparadas 22.026 22.026

1.02.02.01.02 Participações em Controladas 563.718 2.354.018

1.02.02.01.03 Participações em Controladas – Ágio / Deságio 67.224 1.128.038

1.02.02.01.04 Outros Investimentos 12.169 8.237

1.02.02.02 Imobilizado 10.010.105 6.543.890

1.02.02.03 Intangível 217.972 200.042

1.02.02.04 Diferido 2.325.208 1.176.000




5

BALANÇO PATRIMONIAL PASSIVO – CONTROLADORA (Reais Mil)Conta Descrição Set/08 Jun/08

2 Passivo Total 22.134.285 17.667.189

2.01 Passivo Circulante 6.346.898 4.034.561

2.01.01 Empréstimos e Financiamentos 1.873.120 1.185.478

2.01.02 Debêntures 18.533 21.629

2.01.03 Fornecedores 3.966.378 2.416.433

2.01.04 Impostos, Taxas e Contribuições 139.352 106.716

2.01.05 Dividendos e JSCP a Pagar 7.130 3.539

2.01.06 Outros 342.385 300.766

2.01.06.01 Salários e Encargos Sociais 234.341 132.919

2.01.06.02 Imposto de Renda e Contribuição Social 2.360 23.9302.01.06.03 Imposto de Renda Diferido 194 -

2.01.06.04 Demais Provisões e Contas a Pagar 105.490 143.917

2.02 Passivo Não Circulante 9.763.513 6.673.630

2.02.01 Passivo Exigível a Longo Prazo 9.750.494 6.645.837

2.02.01.01 Empréstimos e Financiamentos 7.462.555 3.960.149

2.02.01.02 Debêntures 800.000 800.000

2.02.01.03 Dívidas com Pessoas Ligadas 89.831 586.315

2.02.01.04 Outros 1.398.108 1.299.373

2.02.01.04.01 Impostos e Contribuições 1.203.880 1.138.396

2.02.01.04.02 Fornecedores 28.063 28.821

2.02.01.04.03 Incentivo de Longo Prazo 11.107 11.2622.02.01.04.04 Imposto de Renda Diferido 9.177 7.051

2.02.01.04.05 Planos de Previdência Privada 32.454 19.565

2.02.01.04.06 Demais Contas a Pagar 113.427 94.278

2.02.02 Resultados de Exercícios Futuros 13.019 27.793

2.04 Patrimônio Líquido 6.023.874 6.958.998

2.04.01 Capital Social Realizado 5.375.802 5.361.656

2.04.02 Reservas de Capital 457.461 457.461

2.04.03 Reservas de Lucro 577.178 679.326

2.04.03.01 Legal 99.972 99.972

2.04.03.02 Retenção de Lucros para Expansão 645.736 645.736

2.04.03.03 Outras Reservas de Lucro (174.277) (66.382)

2.04.03.03.01 Ações em Tesouraria (174.277) (66.382)

2.04.03.04 Ajuste de avaliação patrimonial (Lei 11.638/07) 5.747 -

2.04.05 Lucros / Prejuízos Acumulados (386.567) 460.555




6

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO – CONTROLADORA (Reais Mil)

Conta Descrição da Conta 3º Trim/20089 meses de

2008 3º Trim/2007 9 meses de 2007

3.01 Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 4.251.328 11.815.575 4.095.107 11.759.773

3.01.01 Mercado Interno 3.573.324 10.109.290 3.350.309 9.462.574

3.01.02 Mercado Externo 678.004 1.706.285 744.798 2.297.199

3.02 Deduções da Receita Bruta (946.133) (2.796.982) (963.233) (2.685.957)

3.03 Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 3.305.195 9.018.593 3.131.874 9.073.816

3.04 Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos (2.843.339) (7.861.040) (2.645.329) (7.550.393)

3.05 Resultado Bruto 461.856 1.157.553 486.545 1.523.423

3.06 Despesas/Receitas Operacionais (1.541.417) (1.822.626) (322.417) (959.591)

3.06.01 Com Vendas (89.070) (242.860) (88.702) (291.589)3.06.02 Gerais e Administrativas (139.032) (410.241) (136.162) (398.628)

3.06.02.01 Despesas Gerais e Administrativas (133.105) (400.737) (133.949) (392.074)

3.06.02.02 Honorários da Administração (5.927) (9.504) (2.213) (6.554)

3.06.03 Financeiras (1.112.967) (1.002.071) (20.951 (154.558)

3.06.03.01 Receitas Financeiras 283.777 271.265 (46.490) (133.001)

3.06.03.02 Despesas Financeiras (1.396.744) (1.273.336) 25.539 (21.557)

3.06.04 Outras Receitas Operacionais 23.783 110.413 65.750 201.345

3.06.05 Outras Despesas Operacionais (139.684) (370.526) (163.182) (406.458)

3.06.05.01 Depreciações e Amortizações (94.781) (280.330) (114.153) (324.827)

3.06.05.02 Outras Despesas Operacionais (44.903) (90.196) (49.029) (81.631)

3.06.06 Resultado da Equivalência Patrimonial (84.447) 92.659 20.830 90.297

3.06.06.01 Equivalência Patrimonial (72.379) 173.864 38.776 153.889

3.06.06.02 Amortização de (Ágio)/Deságio, Líquida (23.864) (69.079) (14.520) (54.102)

3.06.06.03 Variação Cambial 11.197 6.544 (2.523) (8.670)

3.06.06.04 Provisão para Perdas 599 (18.670) (903) (903)

3.06.06.05 Outros - - 83

3.07 Resultado Operacional (1.079.561) (665.073) 164.128 563.832

3.08 Resultado Não Operacional (62.644) 63.774 (2.184) (25.870)

3.08.01 Receitas Não Operacionais 4.617 261.945 508 717

3.08.02 Despesas Não Operacionais (67.261) (198.171) (2.692) (26.587)

3.09 Resultado Antes Tributação/Participações (1.142.205) (601.299) 161.944 537.962

3.10 Provisão para Imposto de Renda e contribuição social 37.555 (25.480) (58.448)

3.11 IR Diferido 257.528 214.732 (4.876) 30.731

3.12 Lucro / Prejuízo do Período (847.122) (386.567) 131.588 510.245

Número e Ações Ex-Tesouraria (Mil) 510.369 510.369 432.839 432.839

Lucro / Prejuízo por ação (1,65982) (0,75743) 0,30401 1,17883




7

BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO – CONSOLIDADO (Reais Mil)

Conta Descrição Set/08 Jun/081 Ativo Total 22.327.649 21.524.333

1.01 Ativo Circulante 7.363.474 6.968.841

1.01.01 Disponibilidades 1.842.836 1.804.540

1.01.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 1.842.836 1.796.328

1.01.01.02 Títulos e Valores Mobiliários 8.212

1.01.02 Créditos 2.600.702 2.312.256

1.01.02.01 Clientes 1.848.145 1.752.160

1.01.02.02 Créditos Diversos 752.557 560.096

1.01.02.02.01 Tributos a Recuperar 674.120 463.780

1.01.02.02.02 Imposto de Renda e Contrib. Social Diferidos 59.480 59.483

1.01.02.02.03 Despesas Pagas Antecipadamente 18.957 36.8331.01.03 Estoques 2.782.283 2.703.408

1.01.04 Outros 137.653 148.637

1.01.04.01 Demais Contas a Receber 137.653 148.637

1.02 Ativo Não Circulante 14.964.175 14.555.492

1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 2.120.749 1.801.027

1.02.01.01 Créditos Diversos 2.006.029 1.718.969

1.02.01.01.01 Títulos e Valores Mobiliários 10.403 26.622

1.02.01.01.02 Clientes 52.594 51.378

1.02.01.01.03 Estoques 20.732 20.756

1.02.01.01.04 Tributos a Recuperar 1.188.606 1.157.388

1.02.01.01.05 Imposto de Renda e Contrib. Social Diferidos 611.622 355.256

1.02.01.01.06 Dep. Judiciais e Empréstimos Compulsórios 122.072 107.569

1.02.01.02 Créditos com Pessoas Ligadas 54.448 44.127

1.02.01.02.01 Com Outras Pessoas Ligadas 54.448 44.127

1.02.01.03 Outros 60.272 37.931

1.02.02 Ativo Permanente 12.843.426 12.754.465

1.02.02.01 Investimentos 39.631 44.006

1.02.02.01.01 Participações Coligadas/Equiparadas 22.026 22.035

1.02.02.01.02 Participações em Controladas 3.607 7.898

1.02.02.01.03 Outros Investimentos 13.998 14.073

1.02.02.02 Imobilizado 10.158.874 9.983.494

1.02.02.03 Intangível 246.801 218.543

1.02.02.04 Diferido 2.398.120 2.508.422




8

BALANÇO PATRIMONIAL PASSIVO – CONSOLIDADO (Reais Mil)

Conta Descrição Set/08 Jun/08

2 Passivo Total 22.327.649 21.524.333

2.01 Passivo Circulante 5.979.637 5.197.083

2.01.01 Empréstimos e Financiamentos 1.238.570 882.013

2.01.02 Debêntures 18.533 21.629

2.01.03 Fornecedores 4.178.365 3.627.247

2.01.04 Impostos, Taxas e Contribuições 145.888 173.537

2.01.05 Dividendos e JSCP a Pagar 7.131 7.209

2.01.06 Outros 391.150 485.448

2.01.06.01 Salários e Encargos Sociais 243.243 199.7602.01.06.02 Imposto de Renda e Contribuição Social 11.360 80.089

2.01.06.03 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 194 11.502

2.01.06.04 Demais Provisões e Contas a Pagar 136.353 194.097

2.02 Passivo Não Circulante 10.326.930 9.425.708

2.02.01 Passivo Exigível a Longo Prazo 10.326.930 9.389.185

2.02.01.01 Empréstimos e Financiamentos 8.126.815 7.095.489

2.02.01.02 Debêntures 800.000 800.000

2.02.01.04 Outros 1.400.115 1.493.696

2.02.01.04.01 Impostos e Contribuições 1.213.261 1.183.059

2.02.01.04.02 Fornecedores 28.063 32.137

2.02.01.04.03 Incentivo de Longo Prazo 11.107 11.2622.02.01.04.04 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 9.177 124.505

2.02.01.04.05 Planos de Previdência Privada 36.188 37.036

2.02.01.04.06 Demais Contas a Pagar 102.319 105.697

2.02.02 Resultados de Exercícios Futuros 21.750 36.523

2.03 Part. de Acionistas Não Controladores 12.358

2.04 Patrimônio Líquido 5.999.332 6.889.184

2.04.01 Capital Social Realizado 5.375.802 5.361.656

2.04.02 Reservas de Capital 457.461 457.461

2.04.03 Reservas de Lucro 550.326 604.656

2.04.03.01 Legal 99.972 99.972

2.04.03.02 Retenção de Lucro para Expansão 618.884 571.066

2.04.03.03 Outras Reservas de Lucro (174.277) (66.382)

2.04.03.03.01 Ações em Tesouraria (174.277) (66.382)

2.04.03.04 Ajuste de avaliação patrimonial (Lei 11.638/07) 5.747

2.04.05 Lucros /Prejuízos Acumulados (384.257) 465.411




9

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO – CONSOLIDADO (Reais Mil)

Conta Descrição da Conta 3º Trim/2008 9 meses de 2008 3º Trim/2007 9 meses de2007

3.01 Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 6.320.722 17.584.206 5.936.123 16.326.531

3.01.01 Mercado Interno 4.942.227 14.338.926 4.767.368 12.892.201

3.01.02 Mercado Externo 1.378.495 3.245.280 1.168.755 3.434.330

3.02 Deduções da Receita Bruta (1.288.302) (3.736.182) (1.312.925) (3.443.962)

3.03 Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 5.032.420 13.848.024 4.623.198 12.882.569

3.04 Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos (4.267.521) (11.795.561) (3.781.886) (10.433.618)

3.05 Resultado Bruto 764.899 2.052.463 841.312 2.448.951

3.06 Despesas/Receitas Operacionais (2.036.888) (2.699.431) (501.091) (1.430.830)

3.06.01 Com Vendas (127.510) (347.178) (126.072) (391.080)

3.06.02 Gerais e Administrat ivas (173.316) (512.385) (168.616) (508.541)

3.06.02.01 Despesas Gerais e Administrativas (166.969) (500.967) (164.983) (499.326)

3.06.02.02 Honorários da Administração (6.347) (11.418) (3.633) (9.215)

3.06.03 Financeiras (1.615.813) (1.409.371) (68.151) (240.054)

3.06.03.01 Receitas Financeiras 316.519 280.498 (30.971) (123.269)

3.06.03.02 Despesas Financeiras (1.932.332) (1.689.869) (37.180) (116.785)

3.06.04 Outras Receitas Operacionais 72.873 171.345 46.346 214.999

3.06.05 Outras Despesas Operacionais (184.414) (514.733) (163.438) (438.330)

3.06.05.01 Depreciações e Amortizações (137.533) (397.977) (124.577) (350.037)

3.06.05.02 Outras Despesas Operacionais (46.881) (116.756) (38.861) (88.293)

3.06.06 Resultado da Equivalência Patrimonial (8.708) (87.109) (21.160) (67.824)

3.06.06.01 Equivalência Patrimonial 1.628 (10.856) 53 859

3.06.06.02 Amortização (Ágio)/Deságio, Líquida (23.486) (70.321) (21.269) (66.061)

3.06.06.03 Variação Cambial 13.045 6.565 (2.751) (9.452)

3.06.06.04 Incentivos Fiscais (551) (8) 844 2.747

3.06.06.05 Provisão para Perdas (9.695) (903) (903)

3.06.06.06 Outros 656 (2.794) 2.866 4.986

3.07 Resultado Operacional (1.271.989) (646.968) 340.221 1.018.121

3.08 Resultado Não Operacional (67.476) 54.923 (3.200) (26.649)

3.08.01 Receitas não operacionais 6.444 263.628 (887) 2.130

3.08.02 Despesas não operacionais (73.920) (208.705) (2.313) (28.779)

3.09 Resultado Antes Tributação/Participações (1.339.465) (592.045) 337.021 991.472

3.10 Provisão para IR e Contribuição Social 103.675 (24.831) (92.635) (252.115)

3.11 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 393.029 290.520 (825) 35.719

3.12 Participações /Contribuições Estatutárias (6.300) (18.900) (6.511) (11.630)

3.13 Part. Acionistas Não Controladores (109) (38.502) (104.691) (243.100)

3.14 Lucro / Prejuízo do Período (849.170) (383.758) 132.359 520.346

Número e Ações Ex-Tesouraria (Mil) 510.369 510.369 432.839 432.839

Lucro/ Prejuízo por ação (1,66383) (0,75192) 0,30579 1.20217




10

VALORES DEMONSTRADOS EM MILHARES DE REAIS

1 Contexto operacional

(a) A Braskem S.A. (“Braskem” ou “Companhia”), com 19 unidades de produção localizadas nosEstados de Alagoas, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul, produzem petroquímicos básicoscomo eteno, propeno, benzeno e caprolactama, além de gasolina e GLP (gás de cozinha). Nosegmento de resinas termoplásticas, produzem polietileno, polipropileno, PVC e polietilenoteraftalato (“PET”). Além desses, a Braskem tem como objeto social a importação eexportação de produtos químicos, petroquímicos, combustíveis e a produção e fornecimentode insumos consumidos pelas empresas dos Pólos Petroquímicos de Camaçari – BA e deTriunfo - RS, tais como: vapor, água, ar comprimido, energia elétrica, bem como a prestação

de diversos serviços a essas empresas e a participação em outras sociedades, como sócia ouacionista. A sede da Braskem está localizada em Camaçari – BA.

(b) Reorganização societária

Desde a sua formação, em 16 de agosto de 2002, a Companhia vem passando por amploprocesso de reorganização societária, divulgada ao mercado através de fatos relevantes,cujos principais eventos ocorridos em 2007 e 2008 podem ser assim sumariados:

b.1. Em Assembléia Geral Extraordinária, realizada em 2 de abril de 2007, foiaprovada a incorporação da Politeno Indústria e Comércio S.A. (“Politeno”), tendo

como base seu patrimônio líquido contábil em 31 de dezembro de 2006, no montantede R$ 498.983. A relação de troca das ações da Politeno por ações da Braskem foideterminada com base nos patrimônios líquidos das companhias, a valor contábil,conforme laudos preparados por empresa especializada.

Com a incorporação, o capital social da Companhia foi aumentado em R$ 19.157,mediante emissão de 1.533.670 ações preferenciais classe “A”, passando para R$3.527.429, sendo composto por 123.978.672 ações ordinárias, 247.154.278 açõespreferenciais classe “A” e 803.066 ações preferenciais classe “B”.Para manter a estrutura de capital vigente na Braskem, composta de 1/3 de açõesordinárias e 2/3 de ações preferenciais, foi aprovada a conversão de 486.530 açõespreferenciais classe “A” em ações ordinárias.

b.2. Em abril de 2007, a Ultrapar Participações S.A. (“Ultrapar”) por si, e naqualidade de comissária da Companhia e da Petróleo Brasileiro S.A. (“Petrobras”),adquiriu por R$ 2.113.107 o equivalente a 66,2% das ações ordinárias e 13,9% dasações preferenciais de emissão da Refinaria de Petróleo Ipiranga S.A. (“RPI”); 69,2%das ações ordinárias e 13,5% das ações preferenciais de emissão da Distribuidora deProdutos de Petróleo Ipiranga S.A. (“DPPI”) e 3,8% das ações ordinárias e 0,4% dasações preferenciais de emissão da Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga(“CBPI”), que pertenciam aos acionistas controladores do Grupo Ipiranga. Daquelemontante, a Companhia pagou R$ 651.928, nos termos do contrato de comissão entreas partes.

Nos termos do acordo entre a Ultrapar, Braskem e Petrobras, a Companhia passou adeter o controle dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga, representados pela




11

Ipiranga Química S.A. (“Ipiranga Química”), Ipiranga Petroquímica S.A. (“IPQ”) e pelaparticipação desta na Companhia Petroquímica do Sul (“Copesul”). Os ativosrelacionados às operações de refino de petróleo, detidos pela RPI, passaram a sercompartilhados igualmente entre Petrobras, Ultrapar e Braskem.

Como nova controladora desses ativos, a Companhia iniciou, em abril de 2007, aconsolidação integral da Ipiranga Química, IPQ e Copesul considerando umaparticipação de 13,40% no capital total da Ipiranga Química. Até 31 de março de 2007,a Copesul era consolidada proporcionalmente, nos termos da Instrução CVM nº247/97.

Nos meses de outubro e novembro de 2007, dando continuidade ao processo decompra do Grupo Ipiranga, ocorreu a aquisição das ações ordinárias pertencentes aos

acionistas minoritários da RPI, DPPI e CBPI, atendendo o previsto na Lei dasSociedades por Ações. Para esta aquisição, a Braskem adiantou à Ultrapar o valor deR$ 203.713, e passou a considerar uma participação de 17,87% no capital total daIpiranga Química para efeito de consolidação.

b.3. Em novembro de 2007, foi anunciada a celebração de um acordo entre aPetrobras, Petrobras Química S.A. – Petroquisa (“Petroquisa”), Odebrecht S.A.(“Odebrecht”) e Nordeste Química S.A. (“Norquisa”) com o objetivo de darcontinuidade ao processo de consolidação da indústria petroquímica nacional por meioda integração, na Braskem, das participações detidas pela Petrobras e Petroquisa naCopesul, Ipiranga Química, IPQ, Petroquímica Paulínia S.A. (“Petroquímica Paulínia”)

e Petroquímica Triunfo (“Triunfo”).b.4. Em dezembro de 2007, a Ultrapar procedeu à incorporação das ações

preferenciais pertencentes aos acionistas minoritários das empresas adquiridas,passando a deter a totalidade das ações da RPI, DPPI e CBPI. Com a conclusãodessa última etapa, a Companhia registrou a parcela final devida à Ultrapar, no valorde R$ 633.488. Com o reconhecimento contábil dessa etapa do processo deaquisição, a Companhia passou a considerar uma participação de 60,00% no capitaltotal da Ipiranga Química para efeito de equivalência patrimonial e consolidaçãodaquela controlada. O pagamento para a Ultrapar do valor provisionado em 31 dedezembro de 2007 e a conseqüente transferência das ações da IQ para a Companhiaocorreram em 27 de fevereiro de 2008.

b.5. Em janeiro de 2008, a Companhia pagou R$ 247.503, referente à parcela finalda aquisição das ações da Politeno ocorrida em abril de 2006. O valor das ações foideterminado a partir do desempenho médio daquela companhia nos 18 mesesseguintes à assinatura do contrato de compra e venda, em função da diferença entreos preços dos polietilenos e do eteno no mercado brasileiro,. Essa aquisição gerouágio no valor de R$ 162.174, fundamentado em rentabilidade futura. Tendo em vista aincorporação da Politeno, em 2 de abril de 2007, esse ágio foi classificado no Diferido,na rubrica “Ágio de investimentos incorporados”.

b.6. Em 13 de novembro de 2007, a Braskem em conjunto com a UNIPAR – Uniãode Indústrias Petroquímicas S.A. (“UNIPAR”) e outros acionistas minoritários da

Petroflex Indústria e Comércio S.A. (“Petroflex”) celebraram contrato de venda com aLanxess Deutschland GmbH (“Lanxess”) da totalidade das ações que possuíamdaquela controlada em conjunto




12

Em março de 2008, foi concluído o atendimento das cláusulas precedentes previstasno contrato de venda, o que motivou o reconhecimento contábil da transação no valorfinal de R$ 252.105. A liquidação financeira da operação ocorreu em 1º de abril de2008. Conforme previsto na Instrução CVM nº 247/96, a Companhia continuouapurando o resultado de equivalência patrimonial sobre o investimento até março de2008.

b.7. Em 30 de maio de 2008, foi aprovada a incorporação de ações, a valor contábil,de emissão da Grust Holdings S.A. (“Grust”), até então subsidiária integral daPetroquisa e detentora, direta ou indiretamente, dos seguintes ativos petroquímicos: (i)36,47% do capital votante da Copesul, (ii) 40% do capital votante da IPQ; (iii) 40% docapital votante da IQ; e (iv) 40% do capital votante da Petroquímica Paulínia. Após a

incorporação de ações, a Braskem passou a ser detentora, direta e indiretamente, de99,17% do capital votante da Copesul e de 100% do capital votante da IPQ, IQ ePetroquímica Paulínia. Esta última era controlada em conjunto com Petroquisa.

Com a incorporação de ações, a Petroquisa recebeu 46.903.320 novas açõesordinárias e 43.144.662 novas ações preferenciais classe “A” de emissão da Braskem,com base na seguinte relação de substituição determinada a partir dos valoreseconômicos da Grust e da Braskem, conforme laudos emitidos por empresasespecializadas: 0,067419126039 ação ordinária e 0,062016407480 ação preferencialclasse “A” de emissão da Braskem para cada 1(uma) ação ordinária de emissão daGrust. Por sua vez, a Braskem recebeu 695.697.538 ações ordinárias detidas pelaPetroquisa na Grust. A incorporação das ações resultou em aumento do capital social

da Braskem no valor de R$ 720.709, que corresponde ao valor contábil do patrimôniolíquido da Grust em 31 de março de 2008 (Nota 19(a)).

b.8. Em 10 de julho de 2008, foi aprovado, em Assembléia Geral Extraordinária dacontrolada Grust, o aumento do seu capital social, sem emissão de novas ações,mediante capitalização dos lucros correntes apurados em 30 de junho de 2008, novalor de R$ 102.117, passando o capital social de R$ 695.698 para R$ 797.815.

b.9. Em 16 de julho de 2008, foi aprovado, em Assembléia Geral Extraordinária dacontrolada IPQ, o aumento de seu capital social mediante aporte, pela Grust, de suaparticipação na Copesul, no valor de R$ 302.630, passando de R$ 349.507 para R$652.137, mediante a emissão de 11.938.022.669 de ações ordinárias.

b.10. Em 28 de julho de 2008, foi aprovada, em Assembléia Geral Extraordinária dacontrolada Grust, a redução de seu capital social, no valor de R$ 797.815, passando-opara R$ 10,00 (dez reais), com o conseqüente cancelamento de 695.697.528 açõesordinárias, aprovando-se, por conseguinte, a restituição à Braskem dos seguintesativos avaliados a valor contábil de 30 de junho de 2008:

(i) 174.429.784.996 ações ordinárias da Ipiranga Química, no valor de R$ 398.455;(ii) 11.938.022.669 ações ordinárias de emissão da IPQ, no valor de R$ 302.631 e(iii)112.000 ações ordinárias de emissão da Petroquímica Paulínia, no valor R$ 96.729.

Com a referida transferência, a Braskem passou a deter, de forma direta,100% doscapitais votantes da Ipiranga Química e Petroquímica Paulínia, 25,975% do capitalvotante da IPQ e 39,186% do capital votante da Copesul.




13

b.11. Em 11 de setembro de 2008, foi aprovada, em Assembléias GeraisExtraordinárias, a incorporação da Copesul pela IPQ. A incorporação resultou emaumento do capital social da IPQ no valor de R$ 585.267, passando de R$ 652.137para R$ 1.237.404, mediante a emissão de 23.695.195.295 ações preferenciais. Oreferido aumento teve como base o valor do patrimônio líquido da Copesul em 31 de julho de 2008 (data-base da operação), nos termos e condições estabelecidos no“Protocolo e Justificação”, datado de 22 de agosto de 2008, que estabeleceu arelação de troca com base no valor econômico da IPQ e da Copesul, segundo o qualcada 1 (uma) ação de emissão da Copesul fez jus ao recebimento de 524 açõespreferenciais da IPQ. As variações patrimoniais ocorridas na Copesul entre a data-base e a data de incorporação foram refletidas integralmente na IPQ na conta deresultado de equivalência patrimonial.

b.12. Em 30 de setembro de 2008, foi aprovada, em Assembléias GeraisExtraordinárias da Braskem e da Ipiranga Química (IQ), a cisão parcial da IQ, comversão da parcela cindida para a Companhia, relativa às participações na IPQ e naISATEC – Pesquisa, Desenvolvimento e Análises Químicas Ltda. (“ISATEC”).

Ainda em 30 de setembro, foram aprovadas, em Assembléias Gerais Extraordináriasas incorporações, pela Braskem, da IPQ e Petroquímica Paulínia nos termos econdições estabelecidos no protocolo de justificação de incorporação, datado de 12 desetembro de 2008. Foi aprovado, nesta mesma assembléia, o aumento do capital daCompanhia em R$ 14.146, o qual passou de R$ 5.361.656 para R$ 5.375.802,mediante a emissão de 1.506.061 ações preferenciais classe “A”, que foram entreguesaos acionistas remanescentes da IPQ, agora acionistas da Braskem.

(c) Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE

Em julho de 2008, o CADE aprovou a operação de aquisição dos ativos petroquímicos doGrupo Ipiranga pela Braskem e Petrobras. A única recomendação feita pelo CADE foi deajustar a cláusula de não concorrência pelos vendedores, que fica limitada aos mercadosonde atuavam.

Na mesma decisão, o CADE aprovou, também, o acordo de investimentos pelo qual aPetrobras incorporou ações na Braskem através de suas participações minoritárias naCopesul, IPQ, Ipiranga Química e Petroquímica Paulínia.

Com a decisão do CADE, deixaram de existir quaisquer restrições à gestão e incorporaçãodos ativos envolvidos na aquisição.

2 Apresentação das Informações Trimestrais

As Informações Trimestrais individuais e consolidadas foram elaboradas e estão emconformidade com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM,aplicáveis à elaboração das Informações Trimestrais, incluindo a Instrução CVM 469/08, e,também, em atendimento às normas e procedimentos determinados pelo IBRACON - Institutodos Auditores Independentes do Brasil e Conselho Federal de Contabilidade - CFC.




14

Na avaliação comparativa dos balanços patrimoniais da Braskem – controladora - em 30 desetembro e 30 de junho de 2008, devem ser consideradas as incorporações da IPQ ePetroquímica Paulínia (Nota 1 (b.12)), ocorridas em 30 de setembro de 2008. Os balançospatrimoniais das companhias incorporadas estão apresentados, de forma sintética, a seguir:

BALANÇO PATRIMONIALIpiranga Petroquímica S.A Petroquímica Paulínia S.A.

30 de Setembro de 2008 30 de Setembro de 2008ATIVO

CIRCULANTE 1.626.320 221.830NÃO CIRCULANTE: 3.113.851 817.278

Realizável a longo prazo 271.484 30.984Permanente: 2.842.367 786.294

Investimentos 164.175 0

Imobilizado 1.640.631 659.514Intangível 9.291 59.998Diferido 1.028.270 66.782

4.740.171 1.039.108

PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDOCIRCULANTE 1.519.881 115.142NÃO CIRCULANTE: 3.220.290 923.966

Exigível a longo prazo 1.551.661 666.011Patrimônio líquido 1.668.629 257.955

4.740.171 1.039.108

3 Principais práticas contábeis

Em atendimento à Deliberação CVM 505/06, as Informações Trimestrais foram submetidas àapreciação do Conselho de Administração.

Não ocorreram mudanças relevantes nas práticas contábeis ou no critério de apresentaçãodas Informações Trimestrais em relação àquelas apresentadas em 30 de junho de 2008 e nasdemonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2007, exceto quanto aosimpactos da Lei 11.638/07 e Instrução CVM 469/08.

A Lei 11.638/07, promulgada em 28 de dezembro de 2007, modifica e introduz novosdispositivos à Lei 6.404/76 (lei das sociedades por ações). Em 02 de maio de 2008, a CVMemitiu a Instrução 469 que dispõe sobre a aplicação da referida Lei. Os impactos dessasnormas nas Informações Trimestrais da Companhia estão indicados na Nota 28.

(a) Uso de estimativasNa elaboração das Informações Trimestrais é necessário utilizar estimativas para certosativos, passivos e outras transações. As Informações Trimestrais da Companhia e suascontroladas incluem, portanto, várias estimativas referentes à seleção das vidas úteis do ativoimobilizado, prazos de amortização do ativo diferido e dos ágios de investimentos, provisõespara passivos contingentes, determinação das provisões para imposto de renda e outrassimilares.




15

(b) Informações Trimestrais consolidadasAs Informações Trimestrais consolidadas foram elaboradas de acordo com os princípios deconsolidação previstos na Lei das Sociedades por Ações e disposições complementares daCVM e abrangem os balanços patrimoniais e as demonstrações de resultados da Companhiae suas controladas, controladas em conjunto e entidades de propósito específico, nas quaismantém controle acionário ou controle das atividades, direta ou indiretamente, como a seguirapresentado:

Participação direta e indiretano capital total - %

Sede (País) Set/08 Jun/08 Set/07

ControladasBraskem America Inc. (“Braskem America”) EUA 100,00 100,00 100,00 Braskem Argentina S.R.L (“Braskem Argentina”) Argentina 100,00 100,00 100,00

Braskem Distribuidora Ltda. e suas controladas Brasil 100,00 100,00 100,00 Braskem Europe B.V. (“Braskem Europa”) Holanda 100,00 100,00 100,00 Braskem Finance Limited (“Braskem Finance”) (i) Ilhas Cayman 100,00 100,00Braskem Incorporated (“Braskem Inc”) e sua controlada Ilhas Cayman 100,00 100,00 100,00Braskem Participações S.A. (“Braskem Participações”) Brasil 100,00 100,00 100,00Companhia Alagoas Industrial – CINAL (“CINAL”) Brasil 100,00 100,00 100,00Copesul e suas controladas (ii) Brasil 99,17 33,41CPP – Companhia Petroquímica Paulista (“CPP”) (iii) Brasil 79,70Grust (iv) Brasil 100,00 100,00Ipiranga Química e suas controladas Brasil 100,00 100,00 13,40Ipiranga S.A. – Argentina (“IPQ Argentina”) (xi) Argentina 100,00Ipiranga Petroquímica Chile Ltda. (“Ipiranga Chile”) (xi) Chile 100,00IPQ Petroquímica Chile Ltda. (“IPQ Chile”) (xi) Chile 100,00ISATEC (xi) Brasil 100,00Natal Trading (xi) British Virgin Islands 100,00

CITI- Copesul International Trading INC. (“CITI”) (xi) British Virgin Islands 100,00CCI- Comercial Importadora S.A (“CCI”) (xi) Brasil 100,00Petroquímica Paulínia (x) Brasil 100,00Politeno Empreendimentos Ltda. (“Politeno Empreendimentos”) Brasil 100,00 100,00 100,00

Controladas em conjunto (v)CETREL S.A. - Empresa de Proteção Ambiental ("CETREL") (vii) Brasil 54,25 54,25 53,61Petroflex (vi) Brasil 20,12Petroquímica Paulínia (vii) Brasil 60,00

Entidades de Propósito Específico (“EPE’s”) (viii)Fundo Parin (ix) Guernsey 100,00Sol-Fundo de Aplicação em Cotas de Fundos de Investimento

(“FIQ Sol”) Brasil 100,00 100,00 100,00

(i) Empresa constituída em maio de 2008.

(ii) Empresa incorporada pela IPQ em setembro de 2008 (Nota 1(b.11)).

(iii) Empresa incorporada pela Petroquímica Paulínia em novembro de 2007.

(iv) Investimento adquirido em maio de 2008 (Nota 1(b.7)).

(v) Investimentos consolidados proporcionalmente, conforme Instrução CVM nº 247/96.

(vi) Investimento consolidado até novembro de 2007, devido ao seu processo de alienação iniciado naquele mês e concluído em março de 2008.

(vii) Controlada em conjunto em função de disposição do acordo de acionistas.

(viii) Investimentos consolidados em atendimento à Instrução CVM nº 408/04.

(ix) Fundo liquidado em janeiro de 2008.

(x) Controlada da Braskem a partir da incorporação de ações da Grust, em maio de 2008 (Nota 1 (b.10)). Empresa incorporada pela Companhiaem setembro de 2008.

(xi) Controladas diretas da Braskem a partir da incorporação da IPQ e cisão da Ipiranga Química (Nota 1 (b.12)).




16

Nas Informações Trimestrais consolidadas foram eliminados os investimentos entrecompanhias, a equivalência patrimonial no resultado, assim como os saldos ativos e passivos,as receitas e despesas e os lucros não realizados decorrentes de operações entre asempresas consolidadas.

Os ágios não eliminados na consolidação são reclassificados para as contas específicas doativo permanente que os fundamentaram, em consonância com a Instrução CVM nº 247/96.Os deságios foram reclassificados para a rubrica "Resultados de exercícios futuros" etotalizam, em 30 de setembro de 2008, o valor de R$ 21.750. (R$ 36.523 em 30 de junho de2008).

Até 30 de maio de 2008, a controlada Braskem Participações era detentora de 580.331 ações

ordinárias e 290.165 ações preferências classe “A” de emissão da Companhia. Naquela data,foi realizada uma Assembléia Geral daquela controlada que aprovou a redução do seu capitalcom a transferência das referidas ações para a Braskem. Até então, essas ações estãoapresentadas no patrimônio líquido consolidado da Companhia na rubrica “Ações emtesouraria” (Nota 19(c)).

Conforme previsto no parágrafo 1º do artigo 23 da Instrução Normativa CVM nº 247/96, aCompanhia não consolidou proporcionalmente as demonstrações financeiras das controladasem conjunto Companhia de Desenvolvimento Rio Verde – CODEVERDE e RPI. Asinformações destas controladas não apresentam alterações relevantes ou provocamdistorções nas Informações Trimestrais consolidadas da Companhia.

A conciliação do patrimônio líquido e do resultado do período entre a controladora e oconsolidado é a seguinte:

Patrimônio líquido Lucro(prejuízo) líquidodo período

Set/08 Jun/08 Set/08 Set/07

Controladora 6.023.874 6.958.998 (386.567) 510.245Exclusão / realização dos efeitos oriundos de lucro

nos estoques de empresas controladas (2.487) 574 5.214Exclusão do ganho na venda de investimento entre

empresas ligadas (38.476) (38.476)Exclusão / realização de ganho em operações

financeiras entre empresas ligadas (11.486) (9.552) (855) 1.794Reversão da amortização do ágio sobre venda de

investimentos entre empresas ligadas 25.420 24.389 3.090 3.093Exclusão do ganho na cessão de direito de uso

entre empresas ligadas (i) (34.942)Exclusão do ganho obtido em aporte de capital em

empresa controlada (i) (8.746)

Consolidado 5.999.332 6.889.184 (383.758) 520.346

(i) Na incorporação da Petroquímica Paulínia (Nota 1 (b.12)), esses ganhos foram eliminadose reduziram os valores dos respectivos itens dos ativos imobilizado e intangível. A

contrapartida desse ajuste foi registrada no grupo de “Despesas não operacionais” e monta aR$ 42.816.




17

4 Caixa e equivalentes de caixa

Controladora Consolidado

Set/08 Jun/08 Set/08 Jun/08

Caixa e bancos 54.275 40.592 81.281 70.886Aplicações financeiras

no Brasil 1.104.226 1.039.029 1.165.762 1.061.899no exterior 479.885 405.726 595.793 663.543

1.638.386 1.485.347 1.842.836 1.796.328

As aplicações financeiras no Brasil estão representadas, principalmente, por cotas de fundoexclusivo da Braskem (FIQ Sol) que, por sua vez, detêm cotas de fundos de investimentoslocais, tais como, fundos de renda fixa, fundos multimercado, fundos de investimentos emdireitos creditórios, assim como outros instrumentos de renda fixa e depósitos a prazo. Asaplicações no exterior consistem, principalmente, de instrumentos de renda fixa soberanos ouemitidos por instituições financeiras de primeira linha, com alta liquidez no mercado. Todas asaplicações têm liquidez de até 90 dias.

5 Títulos e valores mobiliários



CirculanteFundos de investimentos 8.212

8.212Realizável a longo prazo

Fundos de investimentos 10.509Cotas subordinadas de fundo de investimentos

em direitos creditórios 8.631 7.644 8.501 7.644Outros 8.973 7.462 1.902 8.469

17.604 15.106 10.403 26.622

Total 17.604 15.106 10.403 34.834




18

6 Clientes



ClientesMercado interno 1.783.865 1.167.204 1.734.208 1.683.076Mercado externo 537.842 367.827 771.817 589.381

Adiantamentos sobre cambiais entregues (398.658) (133.699) (398.659) (266.880)Provisão para créditos de liquidaçãoduvidosa (187.142) (161.270) (206.627) (202.039)

Total 1.735.907 1.240.062 1.900.739 1.803.538

No ativo não circulante (52.131) (37.608) (52.594) (51.378)

No ativo circulante 1.683.776 1.202.454 1.848.145 1.752.160

A metodologia utilizada pela Companhia para a constituição da provisão para devedoresduvidosos contempla 100% do montante dos títulos vencidos há mais de 180 dias, 50% domontante dos títulos vencidos há mais de 90 dias e o montante dos títulos em cobrança judicial. A movimentação da referida provisão é a seguinte:


Set/08 Set/07 Set/08 Set/07

No início do período 160.217 103.474 187.440 153.352Adições classificadas em despesas com vendas 6.000 69.144 8.419 144.967Adição por incorporação de controlada 22.071 52.145 22.071 (11.385)Baixa de títulos considerados incobráveis (2.238)Recuperação de créditos provisionados (1.146) (69.104) (9.073) (88.923)Variação cambial 8 (322)

No final do período 187.142 155.659 206.627 197.689

7 EstoquesControladora Consolidado


Produtos acabados e em processo 1.709.290 950.228 1.862.786 1.379.710Matérias-primas, insumos de produção e

embalagens 509.957 354.830 510.247 872.992Materiais de manutenção (*) 388.404 271.253 391.323 415.988Adiantamentos a fornecedores 26.039 30.451 30.530 36.774Importações em andamento e outros 7.973 5.961 25.592 37.228Provisão para ajuste ao valor de realização (17.463) (18.528) (17.463) (18.528)

Total 2.624.200 1.594.195 2.803.015 2.724.164

No ativo não circulante (*) (20.732) (20.756) (20.732) (20.756)

No ativo circulante 2.603.468 1.573.439 2.782.283 2.703.408

(*) Com base no histórico de consumo, parte dos estoques de materiais de manutenção foi classificada norealizável a longo prazo.




19

Os adiantamentos a fornecedores e os gastos com importações em andamento estão

relacionados, principalmente, às operações de aquisição da principal matéria-prima, a naftapetroquímica, da Companhia e da incorporada Copesul.

8 Partes relacionadas

a. Controladora

(i) Em “Créditos com Pessoas Ligadas”, em 30 de setembro de 2008, estão incluídos:- Ipiranga Química – R$ 33.315, referente a saldo de conta corrente remunerado a 100% do CDI; e- Petrobras – R$ 44.888, referente a saldo de mútuo com remuneração de 100% do CDI.

(ii) Em “Dívidas com Pessoas Ligadas” em 30 de setembro de 2008, estão incluídos:- CITI – R$ 73.382, referente a pré-pagamento que deverá ser performado com exportações até 2010; e- Politeno Empreendimentos – R$ 16.342, referente a saldo de conta corrente remunerado a 100% do CDI

Saldos Patrimoniais

Ativo Ativo não Passivo Passivo não circulante circulante circulante circulante

Créditos Dívidas DívidasCaixa e c/ pessoas c/ pessoas c/ pessoas

equivalentesde caixa Clientes ligadas (i) Fornecedores ligadas Fornecedores ligadas (ii)

Controladas e controladasem conjunto

Braskem America 23.496Braskem Argentina 1.190Braskem Distribuidora 1.197 2.674Braskem Europa 33.624Braskem Inc 19.044CCI - 107CETREL 13 135 246CINAL 184 2.413 60CITI - 73.382Ipiranga Química 969 33.315Lantana 55Natal Trading 5.680 7.351Politeno

Empreendimentos 16.342

RPI 169EPE´s

FIQ Sol 1.099.251Coligada

Borealis 18.435Outras Ligadas

Construtora NorbertoOdebrecht (CNO) 9.168

Petrobras 24.784 44.888 536.541 28.063Outros 871

Em 30 de setembro de2008 1.099.251 103.892 90.031 565.228 7.351 28.063 89.831

Em 30 de junho de 2008 1.014.988 173.820 115.943 874.694 28.821 586.315




20

Controladora (continuação)

Transações (9 meses)

Compras deVendas de matérias-primas Receitas Despesas

produtos serviços e utilidades financeiras (i) financeiras

Controladas e controladas emconjunto

Braskem America 38.169 2.517 (57)Braskem Argentina 1.851 (31)Braskem Distribuidora 68.234 316Braskem Europa 65.214 45 (69)Braskem Inc. 34.420 (1.542)CCI (2)CETREL 552 17.153CINAL 649 8.297 118 (10)CITI 4.197

Copesul 75.212 2.151.450 90.969 (17.718)IPQ 36.820 3.142 (2.694)IPQ Chile 236Ipiranga Química 22.558 176Lantana 3Petroquímica Paulínia 13.642 2.792Politeno Empreendimentos (1.321)

ColigadaBorealis 132.449 (11)

Outras LigadasCNO 9.168Petrobras 404.723 4.276.636 2.666 (24.226)

Em 30 de setembro de 2008 864.270 6.500.442 99.631 (47.650)

Em 30 de setembro de 2007 1.337.373 5.634.420 (6.975) 116.247

(i) Inclui o efeito da variação cambial sobre contas a receber de clientes.




21

b. Consolidado

Saldos

Ativo Ativo não Passivo Passivo nãocirculante circulante circulante circulante

Contas a Demais Créditosreceber de contas c/ pessoas

clientes a receber ligadas(i) Fornecedores Fornecedores

Controladas e controladas em conjuntoCETREL 6 2.580 62 28RPI 169

ColigadaBorealis 18.435

Outras LigadasCNO 9.168Petrobras 24.908 44.887 536.541 28.063Outros 9.499

Em 30 de setembro de 2008 43.349 2.580 54.488 545.906 28.063

Em 30 de junho de 2008 94.754 2.493 44.127 1.057.782 28.821

Transações (9 meses)

Compras deVendas de matérias-primas, Receitas Despesas

mercadorias serviços e utilidades financeiras Financeiras

Controladas e controladas em conjunto

CETREL 253 7.873RPI 316.126

ColigadaBorealis 132.449 (11)

Outras LigadasCNO 9.168Petrobras 404.723 4.276.636 2.666 (24.226)REFAP 757.160

Em 30 de setembro de 2008 853.551 5.050.837 2.666 (24.237)

Em 30 de setembro de 2007 1.337.373 5.634.420 (6.975) 116.247

As transações entre a Companhia e as empresas ligadas são realizadas em condições depreços e prazos equivalentes às médias praticadas com terceiros, considerando; (i) para

compra e venda de eteno, o preço praticado no mercado internacional; (ii) para a compra denafta junto à Petrobras e a REFAP, o preço praticado no mercado europeu; (iii) para asvendas às sociedades controladas no exterior, o prazo de 180 dias que é superior aopraticado com os demais clientes. Até 30 de setembro de 2008, a Companhia e a incorporadaCopesul também adquiriram nafta do exterior em volumes equivalentes a 35% dos seusconsumos.




22

9 Tributos a recuperar



IPI a recuperar (operações normais) 25.041 16.543 25.741 23.807ICMS 1.231.986 941.852 1.240.985 1.162.400PIS e Cofins 166.459 44.934 167.037 76.816PIS – Decretos-lei 2.445 e 2.449/88 55.194 55.194 55.194 87.501Imposto de renda e contribuição social 176.640 28.011 194.812 93.350Imposto sobre lucro líquido – ILL 57.299 57.299 56.749Outros 119.782 81.207 121.658 120.545

Total 1.832.401 1.167.741 1.862.726 1.621.168

No ativo circulante (648.081) (234.568) (674.120) (463.780)

No ativo não circulante 1.184.320 933.173 1.188.606 1.157.388

(a) IPI

Em 19 de dezembro de 2002, o Supremo Tribunal Federal – STF (“STF”), baseado em suasdecisões plenárias precedentes, julgou o Recurso Extraordinário interposto pela FazendaNacional e confirmou integralmente a decisão do Tribunal Regional Federal – TRF da 4ª

Região (“TRF”), reconhecendo o direito ao crédito de IPI nas aquisições de matérias-primastributadas à alíquota zero nos estabelecimentos da incorporada OPP Química (“OPPQuímica”) situados no Rio Grande do Sul. A decisão do STF confirmou o direito ao crédito deIPI sobre as compras realizadas nos dez anos anteriores à propositura da ação e à aplicaçãoda taxa SELIC até a data do efetivo aproveitamento dos créditos. Essa ação foi proposta em julho de 2000, quando a OPP Química ajuizou medida judicial para sustentar a aplicaçãoplena do princípio da não-cumulatividade desse imposto para os referidos estabelecimentos.

A decisão do STF foi objeto de Agravo Regimental em que a Fazenda Nacional não maisquestiona o direito ao crédito de IPI nas aquisições de matérias-primas tributadas à alíquotazero, alegando, apenas, imprecisões da decisão quanto a aspectos relativos ao caso deinsumos não tributados, à atualização monetária e à alíquota a ser utilizada para fins de

cálculo dos créditos. Todavia, conforme a posição dos assessores jurídicos da Companhia,todos esses aspectos já foram definidos nos acórdãos do STF e do TRF favoráveis à OPPQuímica, ou mesmo nas decisões plenárias precedentes do STF, razão pela qual o referidoAgravo Regimental apresenta remotas chances de modificar a decisão favorável à OPPQuímica, em que pese o STF ter revisto o seu posicionamento quanto à matéria de mérito emuma ação análoga envolvendo outro contribuinte.

Em razão dos aspectos mencionados anteriormente quanto à abrangência do AgravoRegimental, a OPP Química reconheceu, em dezembro de 2002, o indébito tributário emquestão, no valor de R$ 1.030.125, o qual foi compensado pela Companhia com o próprio IPIe demais tributos federais devidos. A compensação desse crédito foi concluída no 1º trimestrede 2005.

Durante 2006 e 2007, a Receita Federal lavrou diversos autos de infração contra aCompanhia buscando prevenir a decadência dos débitos compensados com créditos




23

apurados nos 10 anos anteriores à propositura da ação e exigir os débitos compensados pelaCompanhia com créditos apurados após dezembro de 2002. A Receita Federal tambémdeixou de homologar, aproximadamente, 200 pedidos de compensação dos créditos comdébitos federais devidos pela Companhia. Para todos esses procedimentos da ReceitaFederal, a Companhia propôs medidas administrativas e judiciais cujos êxitos são avaliadoscomo prováveis pelos assessores jurídicos externos.

Os créditos utilizados pela Companhia, atualizados pela variação da SELIC até 30 desetembro de 2008, montam a R$ 2.630.356. Desses créditos, os diversos procedimentos decobrança referidos anteriormente já alcançam R$ 2.379.548, aos quais se somam multas novalor total de R$ 731.042. Os assessores jurídicos externos da Companhia entendem queessas multas são indevidas em qualquer circunstância.

Em sessão de julgamento realizada em 11 de dezembro de 2007, a Primeira Turma do STFdeu provimento ao recurso de Agravo Regimental da União, por entender que o RecursoExtraordinário deveria ser reapreciado pela mesma, declarando insubsistente a decisãoanterior da Corte. A referida decisão, contendo o teor dos votos dos Ministros queparticiparam do julgamento e suas respectivas fundamentações, ainda não foi publicada,razão pela qual a Braskem ainda não ingressou com os recursos cabíveis.

Pelas razões ora expostas, e por acreditar que a nova decisão restringe-se a aspectosmeramente processuais, a Braskem, juntamente com seus assessores jurídicos externos,mantém o entendimento de ter havido o trânsito em julgado material da decisão que lhegarante o crédito de IPI sobre a aquisição de matérias-primas isentas e tributadas à alíquotazero, acreditando, ainda, que o novo julgamento do Recurso Extraordinário só poderá versar

sobre as matérias objeto do Agravo Regimental, não podendo mais versar sobre o direito aocreditamento do IPI em si, uma vez que a discussão desta matéria específica está preclusa noprocesso.

A Companhia tem, ainda, ações judiciais semelhantes para suas filiais localizadas nosEstados de São Paulo, Bahia e Alagoas (Nota 16(ii)).

(b) ICMS

A Companhia e a incorporada IPQ têm acumulado créditos de ICMS ao longo dos últimosexercícios provenientes, substancialmente, da diferença entre as alíquotas das entradas esaídas dos insumos e produtos, saídas internas incentivadas com diferimento da tributação evendas destinadas ao mercado externo.

A Administração da Companhia vem priorizando uma série de ações no sentido de maximizara utilização desses créditos e, atualmente, não são esperados prejuízos na realização dosmesmos. Dentre essas ações, destacam-se:

• Com a consolidação dos ativos produtivos da operação no Rio Grande do Sul, haveráconsumo mensal de, aproximadamente, R$ 8.250 dos créditos acumulados de ICMS.Ainda há uma negociação com o referido Estado para utilização de mais,aproximadamente, R$ 40.000, do mesmo saldo, em futuros investimentos.




24

• Autorização pelo Governo do Estado da Bahia para ampliação do percentual de redução

da base de cálculo do ICMS incidente sobre a nafta petroquímica importada, de 40% para65,88%, conforme previsto nos parágrafos 9º e 10º do artigo 347 do Regulamento doICMS do Estado da Bahia (Decreto 11.059 de 19 de maio de 2008) e a redução daalíquota de ICMS incidente sobre a nafta nacional de 17% para 11,75%.

• Manutenção dos acordos com os fiscos estaduais assinados em anos anteriores.

• Operações de importação de insumos utilizando-se das prerrogativas previstas nalegislação aduaneira, garantindo menor geração de créditos de ICMS.

Considerando a projeção da Administração da Companhia quanto ao prazo de realizaçãodesse ativo, em 30 de setembro de 2008, o montante de R$ 798.489 (jun/08 –R$ 843.467) foi classificado no ativo não circulante.

(c) ILL

A incorporada Copesul ingressou com pedido de restituição do Imposto sobre o Lucro Líquido- ILL junto à Secretaria da Receita Federal, buscando a compensação do ILL, recolhido noperíodo de 1989 a 1991, com outros tributos federais em virtude desse imposto ter sidoconsiderado inconstitucional, conforme Resolução do Senado Federal nº 82 de 22 denovembro de 1996.

Em dezembro de 2002, a incorporada Copesul reconheceu contabilmente esse crédito naconta de lucros acumulados, uma vez que os assessores jurídicos consideram as chances deêxito como prováveis, em face da Resolução do Senado citada acima. O direito à restituiçãodo ILL recolhido indevidamente já foi reconhecido pela 3ª Câmara do 1º Conselho deContribuintes. Atualmente, o pedido de restituição encontra-se pendente de julgamento naCâmara Superior de Recursos Fiscais.

10 Depósitos judiciais e empréstimo compulsório



Depósitos judiciais Contingências tributárias 61.177 56.287 67.532 68.636Contingências trabalhistas e outros 31.682 15.795 34.329 18.704

Depósito compulsório Compulsório Eletrobrás 20.045 18.980 20.211 20.229

Total 112.904 91.062 122.072 107.569




25

11 Investimentos – Controladora

(a) Informações sobre os investimentos

Patrimônio líquidoParticipação Lucro líquido (prejuízo) (passivo a descoberto),

no capital do período, ajustado ajustadototal (%)

Set/08 Set/08 Set/07 Set/08 Jun/08Controladas

Braskem América 100,00 4.277 (422) 9.591 7.162Braskem Argentina 98,00 (316) (536) 64 285Braskem Distribuidora 100,00 8.058 (14.909) 97.076 83.623Braskem Europa 100,00 2.061 1.921 33.030 14.905Braskem Finance (i) 100,00 (8.975) (8.956) (9.559)Braskem Inc. 100,00 (21.255) 8.522 25.510 16.433Braskem Participações 100,00 36 (288) 2.366 2.296CINAL 100,00 3.903 1.409 29.831 29.549Grust (ii) 100,00 77.106 797.815IPQ (iii) 95.075 419.641 1.455.473CITI 100,00 36.186 (13.980) 140.469 136.537CCI 100,00 6 6 108 100IPQ Petroquímica Chile 99,02 (105) (76) 1.496 1.308Ipiranga Petroquímica Chile 100,00 (439) 1.619 8.415 7.251Ipiranga S.A. - Argentina 96,74 1.421 723 7.442 6.125Natal Trading 100,00 (213) (231) 2.578 2.199Petroquímica Paulínia (iii) (22.045) 241.823Politeno Empreendimentos 100,00 955 1.247 16.395 15.999Ipiranga Química S.A. (vii) 100,00 365.345 246.745 175.185 996.139ISATEC 100,00 (59) (366) 1.125 1.457Ipiranga Química Armazéns Gerais 0,12 (263) 52 106 106

Controladas em conjuntoCETREL 49,48 17.331 11.503 153.586 140.898

CODEVERDE 35,65 101.825 47.068Petroflex (iv) 54.967RPI 33,33 (26.484) (26.484)

ColigadasBorealis 20,00 7.636 5.968 110.130 110.130Sansuy Indústria de Plástico S.A. (v) 20,00 (18) (6.547) (28.702) (30.440)

Informações sobre os investimentos das controladasBraskem Distribuidora

Braskem Argentina 2,00 (316) (536) 64 285Braskem Importação 100,00 801 60 60Braskem Cayman Ltd. (“Cayman”) (vi) 100,00 (4.764)

Braskem IncLantana 100,00 (7.061) 195.900 1.715 2.725

CINALCETREL 4,62 17.331 11.503 153.586 140.898

Ipiranga Química (vii)Ipiranga Química Armazéns Gerais Ltda. 99,88 (263) 52 106 106

Natal TradingIPQ Petroquímica Chile 0,98 (43) 1.619 1.308 1.308

IPQ Petroquímica ChileIpiranga S.A. - Argentina 3,26 1.421 723 7.442 6.125

(i) Passivo a descoberto registrado em “Demais contas a pagar”, no passivo não circulante.

(ii) Grust, resultado dos meses de abril a junho

(iii) Empresa incorporada em setembro de 2008.

(iv) Resultado apurado até março de 2008.

(v) Patrimônio líquido e resultado apurados em setembro de 2008.

(vi) Empresa extinta em agosto de 2008.

(vii) O resultado apresentado considera a equivalência patrimonial das investidas a partir de abril de 2008.






27

Ágios (deságios) contidos nos investimentos

Set/08 Jun/08

Ipiranga

CETREL (i) Cinal Copesul (ii) Química (iii) Outros Total Total

Valor do ágio 15.990 309.121 1.062.019 10.555 1.397.685 1.394.275

Complemento de ágio 8.422 8.422

(-) Amortização acumulada (6.393) (206.830) (64.865) (428) (278.516) (255.984)

Transferência por incorporação (102.291) (937.696) (10.127) (1.050.114)

Valor do deságio (8.731) (1.522) (10.253) (10.253)

Ágio (deságio) líquido 9.597 (8.731) 67.880 (1.522) 67.224 1.128.038

(i) Ágio fundamentado em mais-valia do imobilizado, com amortização até 2017.

(ii) Ágio fundamentado em rentabilidade futura, com amortização até 2011, transferido para o diferido em setembro de 2008.

(iii) Ágio fundamentado em mais-valia do imobilizado da Copesul e rentabilidade futura da Ipiranga Química, com amortização até2027 e 2017, respectivamente. O valor transferido foi classificado no imobilizado.

Nas Informações Trimestrais consolidadas, os ágios estão apresentados no ativo imobilizadoou no ativo diferido e os deságios como resultado de exercícios futuros, em conformidade coma Instrução CVM nº 247/96.

(c) Aquisição da Ipiranga Química

Além dos valores destinados à compra das ações da Ipiranga Química, no montante de R$1.489.129 (Nota 1(b.2) e (b.4)), a Companhia considerou como parte do custo do investimentoos gastos diretamente relacionados com o processo de aquisição, que montam R$ 41.539.Considerando todos os desembolsos realizados, a Companhia apurou um ágio fundamentadoem rentabilidade futura no montante de R$ 68.597 e na mais valia do imobilizado em R$993.422 da Ipiranga Química e da Copesul, respectivamente.

Após a transferência das ações, ocorrida em fevereiro de 2008 (Nota 1(b)), os valoresdesembolsados para a operação, acrescidos dos resultados de equivalência patrimonial eamortização do ágio estimado, foram alocados em “Investimentos em Controladas”, tendo aseguinte movimentação até 30 de setembro de 2008:

R$

Valor contábil do investimento nas datas de aquisição 460.227Equivalência apurada entre abril e dezembro de 2007 30.732Equivalência apurada em janeiro e fevereiro de 2008 43.998Valor contábil do investimento transferido da conta “Adiantamento para Aquisiçãode investimentos” para “Investimentos em controladas” 534.957

Ágio apurado na operação 1.070.441

Amortização do ágio entre abril e dezembro de 2007 (22.919)Amortização do ágio entre janeiro e junho de 2008 (28.016)Amortização do ágio entre julho e setembro de 2008 (13.930)

(64.865)




28

(d) Petroquímica Paulínia

Em 25 de abril de 2008, foi inaugurada a planta industrial da Petroquímica Paulínia. A unidadetem capacidade de produção de 350 mil toneladas/ano de polipropileno e está localizada nomunicípio de Paulínia - SP. Em virtude da fase de estabilização da produção, as atividades daplanta até o final de agosto de 2008 foram consideradas como “fase pré-operacional.” Nesseperíodo, os resultados obtidos foram lançados no ativo diferido.

Até março de 2008, essa empresa era controlada em conjunto com a Petroquisa. Com aincorporação das ações de emissão da Grust, em julho de 2008 (Nota 1(7)), a Braskempassou a ser detentora de 100% do capital votante daquela controlada. Em 30 de setembrode 2008, a Petroquímica Paulínia foi incorporada pela Braskem.

12 Imobilizado e intangível

Controladora

Set/08 Jun/08Depreciação/ Taxasamortização médias(i)

Custo acumulada Líquido Líquido (%)

Imobilizado (ii)

Terrenos 83.518 83.518 26.221Edifícios e benfeitorias 1.395.931 (587.913) 808.018 536.779 2,6Máquinas, equipamentos e instalações 14.956.732 (7.648.675) 7.308.057 4.648.930 5,9Minas e poços 22.180 (5.473) 16.707 13.691 8,7Móveis e utensílios 80.593 (49.513) 31.080 27.536 9,9Equipamentos de informática 139.574 (103.753) 35.821 24.331 19,9Paradas em andamento 259.366 259.366 186.927Projetos em andamento 1.143.421 1.143.421 965.727Encargos financeiros capitalizados

sobre projetos em andamento 155.875 155.875 6.754Outros 281.934 (113.692) 168.242 106.994 14,0

Total 18.519.124 (8.509.019) 10.010.105 6.543.890

Intangível (ii)

Marcas e patentes 106.348 (51.992) 54.356 32.416 9,6

Software e direitos de uso 241.872 (78.255) 163.616 167.626 13,7Total 348.220 (130.247) 217.972 200.042

(i) Taxas médias anuais de depreciação e amortização.

(ii) Os aumentos nas contas do ativo imobilizado e intangível deveram-se, principalmente, às incorporações da IPQ e Petroquímica Paulínia, emsetembro de 2008.

Em 30 de setembro de 2008, o saldo do imobilizado da controladora inclui mais-valia, naforma de ágios, decorrentes de incorporação de controladas, no montante líquido de R$1.659.252 (jun/08 – R$ 736.292).




29

Consolidado

Set/08 Jun/08Depreciação/ Taxasamortização médias(i)

Custo acumulada Líquido Líquido (%)

Imobilizado

Terrenos 90.682 90.682 74.955Edifícios e benfeitorias 1.480.191 (613.156) 867.035 726.865 3,2Máquinas, equipamentos e instalações 15.060.412 (7.719.252) 7.341.160 6.641.436 6,8Minas e poços 23.271 (6.294) 16.977 13.983 8,7Móveis e utensílios 87.605 (53.748) 33.857 32.293 10,9Equipamentos de informática 152.688 (112.255) 40.433 41.022 26,3Paradas em andamento 259.366 259.366 189.841Projetos em andamento (ii) 1.150.019 1.150.019 2.029.810Encargos financeiros capitalizados

sobre projetos em andamento 155.875 155.875 41.821Outros 345.000 (141.530) 203.470 191.468 18,9

Total 18.805.109 (8.646.235) 10.158.874 9.983.494

Intangível

Marcas e patentes 106.351 (51.997) 54.354 35.399 9,6Software e direitos de uso 271.895 (79.448) 192.447 183.144 13,7Total 378.246 (131.445) 246.801 218.543

(i) Taxas médias anuais de depreciação e amortização.

(ii) A redução ocorrida entre junho e setembro de 2008 deveu-se, principalmente, ao encerramento contábil do projeto de construção daPetroquímica Paulínia.

Os projetos em andamento incluem os gastos incorridos para expansão da capacidade deunidades industriais, melhorias operacionais para aumento da vida útil-econômica dasmáquinas e equipamentos, projetos de excelência nas áreas de manutenção e produção,além de programas nas áreas de saúde, meio ambiente e tecnologia.

13 Diferido

Controladora

Set/08 Jun/08Taxas

Amortização médias Custo acumulada Líquido (i) Líquido (%)

Gastos pré-operacionais e comorganização 209.425 (88.390) 121.035 65.279 15,7

Despesas com operaçõesestruturadas 225.942 (154.850) 71.092 79.143 14,1Ágio de investimentosincorporados (ii) 3.192.367 (1.075.444) 2.116.923 1.022.981 12,2Outras despesas 28.957 (12.799) 16.158 8.597 9,2

Total 3.656.691 (1.331.483) 2.325.208 1.176.000

(i) Os aumentos nas contas do diferido deveram-se ás incorporações da IPQ e Petroquímica Paulínia

(ii) O aumento nesta rubrica corresponde, principalmente, aos gastos pré-operacionais de Petroquímica Paulínia.




30

Consolidado

Set/08 Jun/08Taxas

Amortização médias Custo acumulada Líquido Líquido (%)

Gastos pré-operacionais e comorganização (i)

214.584 (93.154) 121.430 125.908 14,7

Despesas com operaçõesestruturadas

225.942 (154.850) 71.092 79.143 14,1

Ágio de investimentosincorporados/consolidados (ii) 3.331.935 (1.142.128) 2.189.807 2.274.226 12,1

Outras despesas 52.325 (36.534) 15.791 29.145 9,4

Total 3.824.786 (1.426.666) 2.398.120 2.508.422

(i) O aumento nesta rubrica corresponde, principalmente, aos gastos pré-operacionais da Petroquínica Paulínia.

(ii) Os ágios provenientes de investimentos incorporados ou consolidados são fundamentados em rentabilidadefutura e estão sendo amortizados no prazo de até 10 anos, conforme laudos emitidos por peritosindependentes. O registro desses ágios no ativo diferido está em conformidade com a Instrução CVMno 319/99.

14 Empréstimos e financiamentos

Controladora

Encargos financeiros anuais Set/08 Jun/08Moeda estrangeira

Eurobonds Nota 14(a) 1.999.734 1.658.699

Adiantamentos de contratos de câmbio Set/08 Variação cambial do US$ + juros médios de 5,27% 1.136Jun/08 Variação cambial do US$ + juros médios de 4,91% 209

Pré-pagamentos de exportações Variação cambial do US$ + juros médios de 3,71% 3.711.665 1.249.993

Medium - Term Notes Variação cambial do US$ + juros de 11,95% 673.750 568.893

Financiamentos de matérias-primas Variação cambial do US$ + juros médios de 6,71% 19.328 15.804

BNDES Set/08 Juros fixos médios de 8,74% + correção monetária pós-fixada (UMBNDES) (ii) 30.354Set/08 Variação cambial do US$ + juros de 7,59% 117.625Jun/08 Juros fixos médios de 9,26% + correção monetária pós-fixada (UMBNDES) (ii) 24.048Jun/08 Variação cambial do US$ + juros de 7,27% 24.982

Capital de giro Variação cambial do US$ + juros médios de 4,72% 743.140 616.656

Moeda nacional

Capital de Giro Set/08 Correção monetária pós-fixada (92 a 119,13% do CDI) 351.234

FINAME Set/08 Juros fixos de 4,77% + TJLP 2.578

BNDES Set/08 Juros fixos médios de 3,10% +TJLP 1.171.836Jun/08 Juros fixos médios de 3,17% +TJLP 448.782

BNB Juros fixos de 8,50% 256.556 264.870

FINEP TJLP 61.585 65.945

Financiamentos para projetos (NEXI) (i) Variação cambial do YEN + juros de 0,95% acima da TIBOR 195.154 206.746

Total 9.335.675 5.145.627

No Passivo circulante (1.873.120) (1.185.478)

No Passivo não circulante 7.462.555 3.960.149




31

Consolidado

Encargos financeiros anuais Set/08 Jun/08

Moeda estrangeira

Eurobonds Nota 14(a) 2.488.069 2.059.192

Adiantamentos de contratos decâmbio Set/08 Variação cambial do US$ + juros médios de 5,27% 1.136

Jun/08 Variação cambial do US$ + juros médios de 5,45% 1.075

Pré-pagamentos deexportações Variação cambial do US$ + juros médios de 3,71% 1.874.733 1.627.808

Medium - Term Notes Variação cambial do US$ + juros de 11,95% 673.750 568.893

Financiamentos de matérias-primas Variação cambial do US$ + juros médios de 6,71% 19.328 15.804

Financiamentos do ativopermanente Jun/08 Variação cambial do US$ + LIBOR 0,35% 1.361.886 1.134.382

BNDES Set/08 Juros fixos médios de 8,74% + correção monetária pós-fixada(UMBNDES) (ii) 30.826

Set/08 Variação cambial do US$ + juros médios de 7,59% 117.696Jun/08 Juros fixos médios de 9,30% + correção monetária pós-fixada

(UMBNDES) (ii) 24.599Jun/08 Variação cambial do US$ + juros médios de 8,17% 83.734

Capital de giro Set/08 Variação cambial do US$ + juros médios de 4,72% 743.141Jun/08 Variação cambial do US$ + juros médios de 4,69% 616.656

Moeda nacional

Capital de giro Set/08 Correção monetária pós-fixada (92 a 119,13% do CDI) 351.234Jun/08 Juros Pós-fixados médios de 94,27% do CDI 145.891

FINAME Set/08 Juros médios de 4,77% + TJLP 3.228Jun/08 Juros médios de 4,75% + TJLP 4.408

BNDES Set/08 Juros fixos médios de 3,10% +TJLP 1.179.404Jun/08 Juros fixos médios de 3,14% +TJLP 1.139.197

BNB Juros fixos de 8,50% 264.215 273.135

FINEP Correção monetária pós-fixada (TJLP) 61.585 65.944

Financiamentos para projetos(NEXI) (i) Variação cambial do YEN + juros de 0,95% acima da TIBOR 195.154 206.746

Compror Jun/08 Juros pós-fixados médios de 104,50% do CDI 10.038

Total 9.365.385 7.977.502

No Passivo circulante (1.238.570) (882.013)

Passivo não circulante 8.126.815 7.095.489

(i) Nippon Export and Investment Insurance(ii) UMBNDES = Unidade monetária do BNDES




32

(a) Eurobonds

Composição das operações:


Valor daData da emissão Jurosemissão US$ mil Vencimento (% a.a.) Set/08 Jun/08 Set/08 Jun/08

jun/1997 150,000 jun/2024 8,25 293.396 239.059 jul/1997 250,000 jun/2015 9,38 493.406 400.980 295.820 240.57 jun/2005 150,000 s/ vencimento 9,75 288.301 239.746 288.301 239.746abr/2006 200,000 s/ vencimento 9,00 389.642 324.020 389.642 324.020

set/2006 275,000 jan/2017 8,00 534.989 454.894 534.989 454.894 jun/2008 500,000 jun/2018 7,25 979.317

Total 1.999.734 1.658.699 2.488.069 2.059.192

Em junho de 2008, a controlada Braskem Finance conclui a captação de US$ 500 milhões emeurobônus com cupom de 7,25% a.a. e vencimento em 2018, precificado a 99,127% do valorde face, com remuneração ao investidor de 7,375% a.a. Esse valor foi utilizado para amortizara parcela do empréstimo-ponte contratado para a aquisição dos ativos petroquímicos doGrupo Ipiranga (Nota 14(d)).

(b) Pré-pagamentos de exportações



Valor inicial

da operação Prazo de

Data US$ mil liquidação Encargos (% a.a) Set/08 Jun/08 Set/08 Jun/08

mai/2006 10,000 mai/2009 Var cambial US$ + Libor semestral + 0,70 19.408 19.408 15.991

mai/2006 20,000 jan/2010 Var cambial US$ + Libor anual + 0,30 39.689 39.689 32.651

jul/2006 399,583 jul/2014 Var cambial US$ + juros médios de 4,24 558.343 558.343 541.218

mar/2007 35,000 mar/2014 Var cambial US$ + Libor semestral + 1,60 67.000 67.000 56.672abr/2007 (i) 330,000 abr/2009 Var cambial US$ + Libor trimestral + 0,35 639.626 527.730

abr/2007 150,000 abr/2014 Var cambial US$ + Libor semestral + 0,77 292.056 240.770 292.056 240.770

out/2007 315,525 out/2009 Var cambial US$ + Libor quadrimestral + 0,35 604.112 604.112 498.424

out/2007 618,837 out/2014 Var cambial US$ + Libor quadrimestral + 1,50 1.197.306 239.411

fev/2008 150,000 fev/2009 Var cambial US$ + juros médios de 3,94 294.125 242.082 294.125 242.082

Total 3.711.665 1.249.993 1.874.733 1.627.808

(i) No consolidado, essas operações são apresentadas como “Financiamentos do ativo permanente”




33

(c) Financiamentos para projetos

Em março e setembro de 2005, a Companhia captou empréstimos em moeda japonesa juntoà Nippon Export and Investment Insurance ("NEXI"), nos montantes de YEN 5,256,500 mil -R$ 136.496 e YEN 6,628,200 mil - R$ 141.529, respectivamente. O valor do principal estasendo pago em 11 parcelas, com a primeira em março de 2007 e a última em junho de 2012.

Como parte integrante de sua política de gerenciamento de riscos (Nota 21(a)), a Companhiafirmou contratos de "swap " na totalidade dessas dívidas alterando os encargos financeirosanuais da parcela liberada em março de 2005 para 101,59% do CDI e das parcelas liberadasem setembro de 2005 para 104,29% e 103,98% do CDI. Os contratos de "swap " foram

realizados com bancos estrangeiros de primeira linha e suas características de vencimento,moedas, taxas e montantes se adequam perfeitamente ao contrato da dívida. O resultadodesse contrato está apresentado no resultado financeiro, na rubrica de “Variação monetáriade financiamentos” (Nota 22).

(d) Financiamento do ativo permanente

Em abril de 2007, foi concluída a negociação para captação de até US$ 1,2 bilhão, viaempréstimo-ponte, visando financiar a aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga eo fechamento do capital da Copesul.

Até 30 de setembro de 2008, o saldo do valor tomado pela Companhia, acrescidos doscorrespondentes encargos, monta a R$ 1.225.807, e está apresentado como “Pré- pagamentode exportações” (Nota 14(b)).

(e) Agenda de pagamentos

O montante de financiamentos a longo prazo tem a seguinte composição, por ano devencimento:



2009 709.291 107.717 1.806.548 1.688.4462010 560.462 233.742 738.717 683.0932011 446.385 209.665 451.088 435.8012012 475.666 116.344 476.137 438.4522013 em diante 5.270.751 3.292.681 4.654.325 3.849.697

7.462.555 3.960.149 8.126.815 7.095.489




34

(f) Garantias

A Companhia mantém garantias para seus financiamentos conforme indicado a seguir:

Controladora

Total Valor doVencimento garantido financiamento Garantias

BNB jun/2016 256.556 256.556Hipoteca de máquinas eequipamentos/ Fiança bancária

BNDES nov/2012 1.319.815 1.319.815Hipoteca de máquinas eequipamentos

BRDE Jul/2009 2.578 2.578 Equipamentos financiadosNEXI jun/2012 147.401 195.154 Apólice de seguro

Financiamentos capital giro fev/2010 351.234 351.234 Nota de crédito exportaçãoFINEP mar/2012 61.585 61.585 Fiança bancária

Pré-pagamentos de exportações jul/2014 1.123.640 3.711.665 Notas promissórias

Demais instituiçõesnov/2007 a jun/2012 19.328 763.604 Notas promissórias

Total 3.282.137 6.662.191

Em dezembro de 2006, a Companhia e a Petroquisa celebraram um contrato de suporte como BNDES por meio do qual se comprometiam a prover, na proporção de suas respectivas

participações no capital social da Petroquímica Paulínia, recursos necessários para suprireventuais insuficiências decorrentes de inadimplemento por parte daquela controlada. Após aincorporação das ações da Grust (Nota 1(b.7)) e, por conseqüência, o aumento departicipação para 100% do capital votante daquela controlada, a Companhia assumiuintegralmente essa garantia.

(g) Encargos financeiros capitalizados

A Companhia adota como prática contábil a capitalização de encargos dos financiamentosdurante o período de construção dos ativos, estabelecendo como política a aplicação da taxamédia ponderada dos encargos financeiros da dívida, incluindo a variação cambial, aplicada

ao saldo do ativo imobilizado em construção.




35

A taxa média de encargos praticada no período de nove meses, incluindo a variação cambial,foi de -4,43% a.a. (7,00% a.a. em igual período do ano anterior) e os montantes capitalizadospara os períodos estão divulgados a seguir:

(h) Compromissos formais dos financiamentos (“Covenants” )

Alguns contratos de financiamentos da Companhia estabelecem limites para determinadosquocientes ligados à capacidade de endividamento e de pagamentos de juros. Essesquocientes são os seguintes:

• Debêntures da 13ª e 14ª Emissão: Dívida líquida / EBITDA(*).• Financiamento junto ao NEXI: Dívida líquida / EBITDA(**) e EBITDA(**) / juros líquidos da

dívida.• Médium -Term Notes: Dívida líquida / EBITDA(**).

(*) EBITDA - Lucro operacional antes do resultado financeiro e das participações societárias mais depreciações eamortizações.

(**) EBITDA - Lucro operacional antes do resultado financeiro e das participações societárias mais depreciações,amortizações, dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos de empresas não consolidadas.

Os “covenants” descritos acima são calculados a cada encerramento de trimestreconsiderando o EBTIDA dos últimos 12 meses. Os valores são obtidos das Informações

Trimestrais consolidadas, apurados pelos Princípios Contábeis adotados no Brasil (BRGAAP).A penalidade para o não cumprimento dos mesmos é a possibilidade de antecipação dovencimento da dívida. Todos os compromissos assumidos estão sendo atendidos.

Despesas (receitas)



Encargos brutos 960.127 29.010 1.049.311 (382.718)(-) Encargos financeiros capitalizados (118.683) (26.252) (114.475) 34.331

Encargos financeiros líquidos 841.444 2.758 934.836 (348.387)




36

15 Debêntures


Controladora econsolidado

EmissãoValor

unitário Venc.Remune

raçãoPagamento daremuneração Set/08 Jun/08

13ª(i) R$ 10 jun/10 104,1%do CDI

Semestral, a partirde dez/2005 313.098 302.969

14ª(i) R$ 10 set/11 103,5%do CDI

Semestral, a partirde mar/2007 505.435 518.660

Total 818.533 821.629

(i) Emissões públicas de debêntures da Companhia, não conversíveis em ações.

16 Impostos e contribuições a recolher - Passivo não circulante


Set/08 Jun//08 Set/08 Jun/08

Compensação de créditos de IPI IPI - crédito prêmio de exportação (i) 718.944 707.266 718.944 707.266IPI - alíquota zero (ii) 324.570 319.139 324.570 319.139IPI - material de consumo e imobilizado 44.229 43.591 44.229 43.591

Outros impostos e contribuições a recolher PIS /COFINS - Lei nº 9.718/98 (iii) 53.072 52.662 56.920 56.523Salário educação, SAT e INSS 40.085 43.037 40.085 43.037PAES-Lei nº 10.684 (iv) 30.614 26.765 30.614 32.555Outros 57.370 20.261 62.806 61.444

(-) Passivos com depósitos judiciais (65.004) (74.325) (64.907) (80.496)

Total 1.203.880 1.138.396 1.213.261 1.183.059

A Companhia e suas controladas questionam judicialmente alterações na legislação tributáriae mantém registro contábil dos valores envolvidos, devidamente atualizados, nãocontabilizando ativos contingentes.

(i) IPI - Crédito prêmio de exportação

A Companhia, através de processos próprios e de empresas incorporadas, questiona avigência do crédito-prêmio do IPI, instituído pelo Decreto-Lei nº 491/69, como estímulo àsexportações de produtos manufaturados. Os referidos processos, em sua maioria, obtiveram

decisões favoráveis nos tribunais inferiores, não havendo, por enquanto, decisões definitivas.




37

Em julgamento de recurso de outro contribuinte que busca ver reconhecido o direito deutilização desse benefício fiscal até os dias atuais, o Superior Tribunal de Justiça (STJ)manteve a rejeição da proposta de modulação dos efeitos prospectivos e a decisão de que obenefício foi extinto em 1990. Por se tratar de matéria constitucional, a discussão encontra-seatualmente no STF, que, inclusive, já reconheceu e aplicou o efeito repercussão geral. NoSTF será discutido o direito à utilização dos créditos após 1990, em face da aplicação do Atodas Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) nº 41.

Os assessores jurídicos externos da Companhia entendem como possíveis as chances deêxito nas ações.

(ii) IPI - Alíquota zero

As incorporadas OPP Química, Trikem e Polialden possuem ações questionando o direito aocrédito de IPI nas aquisições de matérias-primas e insumos isentos, não tributados outributados à alíquota zero. Esses processos, em sua maioria, obtiveram decisões favoráveisnos tribunais inferiores.

Em julgamento de fevereiro de 2007 sobre o mesmo assunto, em um processo que não é daCompanhia, houve decisão do STF contrária ao direito de compensação dos créditos de IPIalíquota zero por apertada maioria. Neste mesmo processo, em junho de 2007, o Plenário doSupremo decidiu, por maioria de votos (6 x 5), pela impossibilidade de aplicação de efeitosexclusivamente futuros à decisão que reverteu decisão do próprio Plenário do STF favorável

aos contribuintes neste tema. Esta decisão influiu no julgamento das ações das incorporadasOPP Química e Trikem, na Bahia, gerando um pagamento, em agosto de 2007, no valor deR$ 127.317. Da mesma forma, do valor total envolvido na ação da incorporada Polialden, R$99.641, foram pagos em outubro de 2007, sendo que, deste processo resta uma parcela queé objeto de defesa judicial.

A Companhia ainda possui decisão favorável sobre esta matéria para a ação da incorporadaTrikem em Alagoas, o que garante a manutenção das compensações realizadas com estescréditos. A Companhia deverá pagar os valores que foram objeto de compensação quando adecisão neste caso concreto for revogada. Vale mencionar que todos os valores dessas ações

possuem provisão contábil, o que evitará impacto no resultado da Companhia.(iii) PIS/COFINS - Lei nº 9.718 de 1998

A Companhia, em diferentes processos próprios e de empresas incorporadas, questiona aconstitucionalidade das ampliações das bases de cálculo do PIS e da COFINS decorrentes daLei nº 9.718/98.

Em novembro de 2005, o Plenário do STF pacificou o entendimento acerca dainconstitucionalidade da majoração das bases de cálculo do PIS e da COFINS determinadapela referida lei. Na mesma oportunidade, o STF entendeu ter sido constitucional a majoração

da alíquota da COFINS de 2% para 3%. Face a esta última decisão, a Companhia decidiudesistir desta parte da discussão na maioria das ações, quitando a dívida através depagamento à vista em 15 de dezembro de 2006. Entretanto, a Companhia continua discutindo




38

a matéria em um número pequeno de ações. A Companhia mantém provisão para essasações no montante de R$ 53.072, deste valor R$ 21.947 estão depositados judicialmente.

(iv) Parcelamento Especial - PAES - Lei nº 10.684/03

(a) Em agosto de 2003, a incorporada Trikem optou por desistir da ação relativa à contestação damajoração da alíquota da COFINS de 2% para 3%, instituída pela Lei nº 9.718/98, parausufruir das condições de pagamento favoráveis estabelecidas pelo programa deparcelamento especial (PAES), instituído pela Lei Federal nº 10.684/03. O montante devidoestá sendo liquidado em 120 parcelas mensais. Em 30 de setembro de 2008, o saldoacumulado é de R$ 31.681, sendo R$ 6.555 classificados no passivo circulante e R$ 25.126no passivo não circulante (junho/08 - R$ 33.320, sendo R$ 6.555 no passivo circulante e

R$ 26.765 no passivo não circulante).

Em que pese a regularidade dos pagamentos e o preenchimento de todos os requisitos legaispor parte da Companhia, a Procuradoria da Fazenda Nacional – “PFN” a excluiu do PAES emduas oportunidades, sendo que, em ambos os casos, a Companhia obteve decisões judiciaispara determinar sua manutenção no referido programa de parcelamento. A Administração,com base na posição dos seus assessores externos, entende que o parcelamento serámantido como inicialmente requerido.

(b) Em julho de 2003, a incorporada IPQ aderiu a essa modalidade de financiamento em virtudedo cancelamento dos Documentos Comprobatórios de Compensação (DCC´s) originados de

aquisição e compensação de créditos tributários de terceiros. Em 30 de setembro de 2008, osaldo dessa modalidade de financiamento é de R$ 7.073, sendo R$ 1.585 classificado nopassivo circulante e R$ 5.488 no passivo não circulante.




39

17 Imposto de renda e Contribuição social sobre o lucro

(a) Imposto de renda corrente

ControladoraSet/08 Set/07

Lucro (Prejuízo) antes do imposto de renda (601.299) 537.962

Crédito (Despesa) de imposto de renda à alíquota de 25% 150.324 (134.490)

Imposto de renda sobre equivalência patrimonial 44.616 36.305

Outras diferenças permanentes 1.038 7.473Amortização de ágio 15.201 10.145Tributos discutidos judicialmente 1.698 15.091Prejuízos fiscais / Crédito IR diferido (212.761) 25.290Provisões e outras diferenças temporárias (116) (17.387)Outros (875)

Despesa de imposto de renda - (58.448)

Devido à apuração de prejuízo fiscal em 2008, não houve benefício de isenção/redução doimposto de renda (nove meses de 2007 – R$ 44.174) (Nota 18(a)).




40

(b) Imposto de renda e contribuição social diferidos

(i) Composição do imposto de renda diferido

Em consonância com o disposto pela Deliberação CVM nº 273/98, que aprovou opronunciamento do IBRACON sobre a contabilização do imposto de renda, e Instrução CVMnº 371/02, a Companhia e suas controladas possuem os seguintes saldos contábeis deimposto de renda diferido:

Composição do imposto de renda diferido calculado:Controladora Consolidado


Prejuízos fiscais a compensar 1.455.748 535.158 1.467.476 584.988Ágios amortizados contabilmente sobre investimentos em

empresas incorporadas 722.586 541.489 722.586 541.489

Despesas temporariamente indedutíveis 461.156 374.794 467.698 524.163

Potencial base de cálculo para o imposto de renda diferido 2.639.490 1.451.441 2.657.760 1.650.640

Potencial imposto de renda diferido (25%) 659.873 362.860 664.440 412.660

Parcela não registrada do imposto de renda diferido (2.679) (2.746) (2.679) (2.746)

Imposto de renda diferido ativo 657.194 360.114 661.761 409.914

No ativo circulante (56.023) (36.725) (56.922) (56.925)

No ativo não circulante 601.171 323.389 604.839 352.989

Movimentação:

Saldo inicial do exercício 403.205 403.205 449.160 449.160Saldo incorporado de controlada 39.699 (15.370) -Constituição (realização) de imposto de renda diferido sobre

prejuízos fiscais217.493 (12.655) 215.982 (22.546)

Realização de imposto de renda diferido sobre ágiosamortizados de empresas incorporadas (18.228) (18.229)

Constituição de imposto de renda diferido sobre ágiosamortizados de empresas incorporadas 27.113 27.113

Imposto de renda diferido sobre provisões temporárias (30.317) (12.208) (15.125) 1.529

Saldo final 657.194 360.114 661.761 409.914

Imposto de renda diferido passivo:Saldo inicial do período (7.346) (7.346) (63.661) (63.661)IR dif.ganho/perda apl.financ. e derivativos (Lei 11.638/07) (1.916) (1.916)Saldo incorporado de controlada (551)Realização (constituição) de imposto de renda diferido 442 295 56.206 (50.373)

Saldo final do período (9.371) (7.051) (9.371) (114.034)

Imposto de renda diferido no resultado 214.732 (42.796) 284.177 (89.619)

O ativo diferido de imposto de renda decorrente de prejuízos fiscais e diferenças temporáriasé reconhecido contabilmente levando-se em consideração a análise de lucros tributáveisfuturos, fundamentados em estudos elaborados com base em premissas internas e externas eem atuais cenários macroeconômicos e comerciais aprovados pelas Administrações daCompanhia e suas controladas.




41

(ii) Composição da contribuição social diferida

As Informações Trimestrais consolidadas, em 30 de setembro de 2008, incluem as seguintesparcelas de contribuição social diferida, advindas da controlada IQ e das incorporadas IPQ eCopesul:

Saldos

Set/08 Jun/08

Ativo 9.341 4.825

Passivo 21.973

Contribuição social diferida no resultado 6.343 (12.890)

Os saldos ativos de CSL diferida decorrem de provisões indedutíveis e ágio na aquisição deinvestimentos. Os saldos passivos decorriam de variações cambiais não realizadas e dedepreciação acelerada.

(c) Contribuição social sobre o lucro (“CSL”)

Em face da discussão quanto à constitucionalidade da Lei nº 7.689/88, a Companhia e suasincorporadas OPP Química, Trikem e Polialden ajuizaram ação ordinária para o nãorecolhimento da CSL, tendo a decisão favorável às empresas transitado em julgado.

No entanto, a União Federal ajuizou ação rescisória para os processos da Companhia, daTrikem e da Polialden com o objetivo de reverter a referida decisão, sob o fundamento de que,posteriormente à decisão definitiva proferida em favor das empresas, o Plenário do STF haviadeclarado a constitucionalidade dessa contribuição, exceto para o ano de 1988. No caso daOPP Química, a União não propôs ação rescisória, de modo que, juridicamente, continuouválida a primeira decisão transitada em julgado a seu favor.

A ação rescisória aguarda o julgamento de uma série de recursos que pretendem aapreciação da matéria pelo STJ e pelo STF. Em que pese a pendência da ação rescisória e asuspensão da exigibilidade desses débitos, a Receita Federal vem lavrando autos de infração

contra a Companhia e suas incorporadas, contra os quais têm sido apresentadas defesasadministrativas.

Com base na opinião dos assessores jurídicos externos, que avaliaram a perspectiva de êxitocomo possível, acredita-se que: (i) A Companhia deverá obter êxito em seus pleitos demanutenção do não-recolhimento e (ii) em caso de perda da ação rescisória, a decisão nãopoderia retroagir seus efeitos desde o ano do surgimento da lei, motivo pelo qual aCompanhia não registra provisão para esta contribuição.

Caso seja estabelecida judicialmente a retroatividade da contribuição, contrariando o

entendimento expresso em pareceres dos advogados externos, a Companhia avalia serremota a possibilidade de cobrança de multa. Desta forma, o montante devido, corrigido




42

monetariamente, e atualizado pela taxa SELIC seria de, aproximadamente, R$ 835.013excluindo a multa.

18 Incentivos fiscais

(a) Imposto de renda

Até o ano-base de 2011, a Companhia tem o direito ao benefício de redução de 75% doimposto de renda devido sobre o lucro proveniente da venda de petroquímicos básicos eutilidades produzidos na planta de Camaçari. As três plantas de polietileno, instaladas emCamaçari, gozam da mesma redução até os anos-base de 2011, 2012 e 2016. A planta dePVC, em Camaçari, também usufruirá do benefício até o ano-base de 2013. As plantas de

PVC, em Alagoas, e de PET, em Camaçari, estão isentas de imposto de renda apurado sobreo resultado das suas operações industriais até o ano-base de 2008.

As produções de soda cáustica, cloro, dicloroetano e caprolactama possuem o benefício deredução de 75% da alíquota de imposto de renda até o ano-base de 2012.

Até dezembro de 2007, o valor do imposto de renda coberto pelo incentivo era registradocomo despesa do exercício tendo com contrapartida conta específica do grupo de reservas decapital. A lei 11.638/07 revogou o artigo da lei 6.404/76 que classificava esse incentivo comoreserva de capital. Transitoriamente, a CVM, através da Instrução 469, de 2 de maio de 2008,determinou a classificação dos incentivos como “Resultados de exercícios futuros”. (Nota

28(iii)).

(b) Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS

A Companhia é detentora de incentivos fiscais de ICMS concedidos pelos Estados do RioGrande do Sul e Alagoas, por meio do Fundo de Operação da Empresa - FUNDOPEM e doPrograma de Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas - PRODESIN,respectivamente. Esses incentivos objetivam a implantação e a expansão de indústriasnaqueles estados. O incentivo é registrado no resultado do exercício, na rubrica “Outrasreceitas operacionais”. (Nota 23).




43

19 Patrimônio líquido

(a) Capital social

Em 30 de setembro de 2008, o capital social subscrito e integralizado da Companhia é deR$ 5.375.802, representado por 524.391.654 ações sem valor nominal, divididas em196.714.190 ações ordinárias, 326.874.398 ações preferenciais classe "A" e 803.066 açõespreferenciais classe "B”. O capital social autorizado da Companhia é de 488.000.000 ações,sendo, 175.680.000 ações ordinárias, 307.440.000 ações preferenciais classe "A" e 4.880.000ações preferenciais classe "B".

Em Assembléia Geral Extraordinária, realizada em 30 de maio de 2008, foi aprovado oaumento de capital em razão da incorporação das ações da Grust (Nota 1(b.7)), mediante aemissão de 46.903.320 ações ordinárias e 43.144.662 ações preferenciais classe “A”,passando capital social de R$ 4.640.947 para R$ 5.361.656.

Em 30 de setembro de 2008, em razão da incorporação da IPQ (Nota 1 (b.12)), o capitalsocial da Companhia foi aumentado em R$ 14.146 passando para R$ 5.375.802, mediante aemissão de 1.506.061 ações preferenciais classe “A”.

(b) Direitos das ações

As ações preferenciais não concedem direito a voto mas asseguram, em cada exercício, umdividendo prioritário, não cumulativo de 6% sobre seu valor unitário, de acordo com os lucrosdisponíveis para distribuição. Somente as ações preferenciais classe "A" terão participaçãoigual às ações ordinárias no lucro remanescente, e estas somente terão direito ao dividendoapós o pagamento do dividendo prioritário aos portadores de ações preferenciais. Somente asações preferenciais classe "A" têm, ainda, assegurada a igualdade de condições às açõesordinárias na distribuição de ações resultantes de incorporação de outras reservas. Apenasas ações preferenciais classe “A” poderão ser convertidas em ações ordinárias mediantedeliberação da maioria do capital votante presente em Assembléia Geral. As açõespreferenciais classe "B" podem ser convertidas em ações preferenciais classe “A”, a qualquertempo, na razão de 2 (duas) ações preferenciais classe “B” para cada ação preferencialclasse “A”, mediante simples solicitação por escrito à Companhia, desde que esgotado oprazo de intransferibilidade previsto na legislação especial que viabilizou a emissão eintegralização destas ações com recursos de incentivos fiscais.

Na eventual liquidação da Companhia será assegurada às ações preferenciais classes "A" e"B" prioridade no reembolso do capital.

Aos acionistas é garantido um dividendo mínimo obrigatório de 25% sobre o lucro líquido doexercício, ajustado nos termos da Lei das Sociedades por Ações.

Conforme previsto nos Memorandos de Entendimentos para Celebração de Acordo deAcionistas, a Companhia deverá distribuir, a título de dividendos, um percentual não inferior a




44

50% do lucro líquido disponível no exercício, desde que sejam mantidas as reservasnecessárias e suficientes para a eficiente operação e o desenvolvimento de seus negócios.

Consoante termos pactuados na emissão das Medium-Term Notes (Nota (14)), o pagamentode dividendos ou juros sobre o capital próprio fica limitado ao dobro dos dividendos mínimosprevistos no estatuto social da Companhia.

(c) Ações em tesouraria

Em 30 de setembro de 2008, a Companhia mantinha em tesouraria 14.022.157 ações, sendo6.251.744 ações ordinárias, 7.561.165 ações preferenciais classe “A” e 209.248 açõespreferenciais classe “B”, pelo valor total de R$ 174.277 (R$ 66.382 em junho/08). O valor total

dessas ações, calculado com base na cotação média do pregão de 30 de setembro de 2008,é de R$ 151.241. Essas ações são originadas dos seguintes eventos:

• Em 19 de fevereiro de 2008, foi aprovado um novo programa de recompra de ações comduração de 12 meses e investimento aproximado de R$ 252.000 para recompra de até19.862.411 ações preferenciais classe “A”. Neste programa foram adquiridas, até 30 desetembro de 2008, 7.271.000 ações preferenciais classe “A” ao custo médio de R$ 10,63por ação. Os valores mínimos e máximos dessas aquisições foram de R$ 8,97 e R$ 13,85por ação.

• Em 6 de março de 2008, foi aprovado o cancelamento de 16.595.000 ações preferenciais

classe “A” da Companhia, até então mantidas em tesouraria e contabilizadas pelo valor deR$ 244.456. Esse valor foi baixado da reserva de lucro para expansão.

• Em 28 de abril de 2008, foi comunicada ao mercado a dissidência dos acionistasdetentores de 2.108.823 ações ordinárias e de 209.048 ações preferenciais classe “B” daCompanhia em relação à ratificação da operação de compra do controle dos ativospetroquímicos do Grupo Ipiranga. As ações foram reembolsadas em 11 de março de 2008,pelo valor patrimonial em 31 de dezembro de 2007, de R$ 13,50 por ação, totalizando R$31.292.

•

Em 30 de maio de 2008, os acionistas da Braskem Participações aprovaram a redução doseu capital e a transferência, para a Companhia, de 580.331 ações ordinárias e 290.165ações preferenciais classe “A” de emissão da Companhia, no valor de R$ 13.110.

• Em 02 de julho de 2008, foi comunicada ao mercado a dissidência dos acionistasdetentores de 3.562.590 ações ordinárias e 200 ações preferenciais classe "B" daCompanhia em relação à incorporação das ações da Grust Holdings S/A. O reembolsoocorreu pelo valor patrimonial da ação, de acordo com o balanço patrimonial de 31 dedezembro de 2007, correspondendo a R$ 13,50 por ação, totalizando R$ 48.098

(d) Destinação do resultado

Em Assembléia Geral Ordinária, realizada em 26 de março de 2008, foi aprovada adestinação do lucro líquido do exercício de 2007, no valor de R$ 543.220, da seguinte forma:




45

(i) R$ 278.457 a título de dividendos para as ações ordinárias e preferenciais classes “A” e“B”, a razão de R$ 0,644 por ação; (ii) R$ 27.161 destinados à reserva legal e (iv) R$ 237.602para a reserva de lucros para expansão.

20 Contingências

(a) Convenção coletiva dos trabalhadores - Cláusula 4ª

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Empresas Petroquímicas, Químicas, Plásticase afins do Estado da Bahia ("SINDIQUÍMICA") e o Sindicato da Indústria Petroquímica eResinas Sintéticas no Estado da Bahia ("SINPEQ") discutem, judicialmente, a exigibilidade dacláusula de indexação de salários constante da convenção coletiva de trabalho em face de

norma de ordem pública (plano econômico) instituída em 1990 e que restringiu reajustessalariais. A Companhia operava fábricas na região em 1990 e é membro do SINPEQ.

O sindicato dos empregados pleiteia o reajustamento dos salários de forma retroativa. Emdezembro de 2002, o STF confirmou decisão anterior do Tribunal Superior do Trabalhodeterminando que a lei de política econômica prevalece sobre a convenção coletiva e,portanto, nenhum reajuste é devido. Em 2003, o SINDIQUÍMICA opôs Embargos deDeclaração contra esta última decisão, os quais, em 31 de maio de 2005, foram rejeitados porunanimidade.

Em 24 de outubro de 2005, o SINDIQUÍMICA interpôs Embargos de Divergência. O recursofoi encaminhado para a cota da Procuradoria Geral da República que apresentou parecerintegralmente favorável ao SINPEQ em novembro de 2006. O julgamento do recurso foiiniciado em 28 de junho de 2007, estando suspenso por pedido de vistas de um dos julgadores.

A Administração, com base na opinião dos seus assessores jurídicos externos, entende que odesfecho da ação será favorável ao SINPEQ e, desta forma, não foi provisionado qualquervalor em relação a essa causa.

(b) Compensação de créditos tributários

Entre maio e outubro de 2000, as incorporadas OPP Química e Trikem realizaram

compensações de tributos federais próprios com créditos-prêmio de IPI cedidos por empresacomercial exportadora (“Cedente”). As referidas compensações foram homologadas pelasautoridades fiscais em São Paulo (DERAT/SP), através da emissão de DocumentosComprobatórios de Compensação (“DCC’s”), cuja expedição se deu por força de liminar emMandado de Segurança (“MS SP”). A Cedente também impetrou Mandado de Segurançacontra as autoridades fiscais no Rio de Janeiro (DERAT/RJ) (“MS RJ”), objetivando, damesma forma, assegurar o direito ao ressarcimento do crédito-prêmio de IPI e suacompensação, inclusive com débitos de terceiros. O MS SP foi extinto sem julgamento domérito, firmando-se assim a competência da autoridade administrativa e da jurisdição do Riode Janeiro para dispor sobre o crédito da Cedente.

Em junho de 2005, a DERAT/SP editou portarias que cancelaram os DCC’s. Com base nasreferidas portarias, a Delegacia da Receita Federal em Camaçari - BA encaminhou cartas-




46

cobrança para a Companhia. Contra essas cobranças foram apresentadas manifestações deinconformidade, que não foram processadas administrativamente. Assim, em dezembro de2005, foi inscrito em Dívida Ativa o montante de R$ 276.620, referente aos supostos débitosda Companhia, provenientes destas compensações.

Diversas medidas judiciais e administrativas foram adotadas pela Cedente e pela Companhiapara demonstrar a regularidade e a legalidade das referidas compensações, em relação àsquais os advogados de ambas as empresas classificam as possibilidades de êxito comoprováveis, principalmente em função da validade e liquidez inequívoca dos créditos,confirmada em auditoria específica realizada pela DERAT/RJ.

Finalmente, em 3 de outubro de 2005, a Cedente obteve no Supremo Tribunal Federal

decisão judicial favorável transitada em julgado no MS RJ, assegurando o direito definitivo aoaproveitamento dos créditos-prêmio de IPI relativos a todas as suas exportações, inclusivemediante compensações com débitos de terceiros. À vista da referida decisão, os assessores jurídicos da Cedente e da Companhia entendem que as compensações efetuadas pelasincorporadas e devidamente homologadas pela DERAT/SP estão necessariamenteconvalidadas, razão pela qual também entendem como inexistentes os débitos tributários queestão sendo imputados à Companhia. Independentemente da referida decisão judicialtransitada em julgado no MS RJ, os advogados da Cedente e da Companhia, além de juristaconsultado a respeito do tema, entendem que os débitos objeto dos pedidos de compensaçãopelas incorporadas já estão totalmente extintos por força do instituto da decadência.

Em janeiro de 2006, a Companhia foi intimada a apresentar garantia à execução fiscal novalor referido acima, a qual foi apresentada sob forma de apólice de seguro garantia judicial.

Não obstante os assessores jurídicos externos da Companhia avaliarem as chances de êxitode todas as demandas acima como prováveis, na hipótese de insucesso em todos osprocessos, a Companhia ainda terá assegurado o valor exigido pela Fazenda Nacionalatravés de ressarcimento integral junto à Cedente, conforme firmado em contrato de cessãocelebrado em 2000.

(c) INSS

A Companhia é parte em diversos processos administrativos e judiciais tendo por objetomatérias previdenciárias, os quais, em 30 de setembro de 2008, totalizavam R$ 354.876, valoresse atualizado pela SELIC.

A Administração da Companhia, baseada na opinião de seus assessores jurídicos externos,que julgam como possíveis as possibilidades de êxito com esses processos, entende não serdevido qualquer valor relativo a essas notificações e, portanto, não constituiu provisões paraesse fim.

(d) Outras demandas judiciais da Companhia e suas controladas

• A Companhia possui ações cíveis ajuizadas pelo controlador de uma ex-distribuidora desoda cáustica e pela transportadora que prestava serviços para essa ex-distribuidora, cujos




47

valores, em 30 de setembro de 2008, totalizavam R$ 28.942 (jun/08 – R$ 27.926). Osautores tentam obter reparação de danos relativos ao alegado descumprimento do contratode distribuição pela Companhia. A avaliação da Administração, suportada pela opinião dosassessores jurídicos externos responsáveis pela condução dos casos, é que as açõespossivelmente serão julgadas improcedentes e, por esta razão, não foram constituídasprovisões.

• No segundo trimestre de 2005, os Sindicatos dos Trabalhadores nas IndústriasPetroquímicas e Químicas de Triunfo - RS e de Camaçari - BA ajuizaram açõesreclamatórias requerendo o pagamento de horas extras em diversas ações. Para essasações foram apresentadas as devidas contestações e a Administração da Companhia,baseada na posição de seus assessores jurídicos, não espera ter perdas ao final desses

julgamentos.

• Até julho de 2007, a Companhia era ré em procedimento arbitral instaurado por umaempresa de transporte marítimo que tramitou na cidade do Rio de Janeiro. Neste processo aBraskem foi condenada em virtude da quebra do equilíbrio contratual, desembolsando, emagosto de 2007, o montante de R$ 10.363.

• Em 30 de setembro de 2008, a Companhia e suas controladas eram reclamadas em 1.325ações indenizatórias e ações trabalhistas, incluídas as mencionadas anteriormente, cujosvalores envolvidos totalizavam, aproximadamente, R$ 281.070. Com base nas avaliaçõesdos assessores jurídicos externos, grande parte dessas ações deverá ser julgadaprocedente à Companhia. Para os processos com perda provável, a Companhia e suascontroladas mantêm provisão de R$ 21.220 (jun/08 – R$ 20.605).

• Em 1999, a incorporada Copesul foi autuada pela SRF, constituindo crédito de IRPJ e CSLno período-base de 1994, relativo à correção monetária de balanço e resultado deequivalência patrimonial, decorrentes do reconhecimento contábil de dividendos distribuídospor controlada no exterior. O montante atualizado da causa é de R$ 21.308. O processoaguarda julgamento de recurso interposto pela Fazenda Nacional junto à Câmara Superiorde Recursos Fiscais. Os assessores jurídicos da Companhia avaliam como possível achance de êxito desse processo.

21 Instrumentos financeiros

(a) Gerenciamento de riscos

A Companhia opera no mercado bancário e de crédito nacional e internacional, captandorecursos para manter suas operações e investimentos, ficando exposta, principalmente, aosriscos de mercado decorrentes das variações das taxas de câmbio de moedas estrangeiras,de juros e de “commodities ”.

A Companhia mantém uma política de gerenciamento de riscos aprovada e revista pela

Administração. Estas normas proíbem negociação especulativa, venda a descoberto edeterminam a diversificação de instrumentos e contrapartes (bancos de grande porte). Oslimites e a qualidade de crédito das contrapartes são revistos diariamente, observando “rating”




48

e valor negociado do “credit default swap” (“CDS”) das mesmas. Os ganhos e as perdasdecorrentes das atividades de “hedge ” são reconhecidos mensalmente no resultado comoreceita ou despesa financeira.

Para a cobertura da exposição aos riscos de mercado, diversos instrumentos podem serutilizados, com ou sem caixa. As formas mais comuns de cobertura da exposição aos riscosde mercado com caixa, adotadas pela Companhia, são aplicações no exterior (certificados dedepósito, títulos denominados em dólar, fundos de investimentos entre outros instrumentos)em USD. As formas de "hedge " cambial sem a utilização de caixa são os "swaps ", "forwards "e opções.

Para proteger-se da exposição dos riscos cambiais e de taxas de juros de contratos de

financiamentos, a Companhia adotou a seguinte metodologia: cobertura cambial do principal edos juros com vencimentos nos 12 meses seguintes, para, ao menos (i) 60% da dívidaatrelada à exportação (“trade finance ”), exceto adiantamentos de contratos de câmbio (ACC)de até seis meses e de adiantamentos de contrato de exportação (ACE); e (ii) 75% da dívidanão atrelada a exportações (“non trade finance ”).

(b) Exposição a riscos cambiais

A Companhia utiliza empréstimos e financiamentos de longo prazo para financiar suasoperações, incluindo o fluxo de caixa e os financiamentos de projetos. Parte dos empréstimosde longo prazo é vinculada a moedas diferentes do Real.

(c) Exposição a riscos de taxas de juros

A Companhia está exposta ao risco de taxa de juros em função de seu endividamento. Adívida em moeda estrangeira, vinculada às taxas de juros flutuantes, está sujeita,principalmente, à flutuação da LIBOR. Já a dívida em moeda nacional, vinculada às taxas de juros domésticos, está sujeita, principalmente, à variação da TJLP, Pré e do CDI.

(d) Exposição a riscos de commodities

A Companhia está exposta à variação de preços de diversas “commodities ” petroquímicas,em especial, a de sua principal matéria-prima: a nafta. A Companhia procura repassar asoscilações de preços dessa matéria-prima provocadas pela flutuação da cotaçãointernacional. No entanto, parte de suas vendas podem ser realizadas através de contratos depreços fixos ou com banda de flutuação máxima e/ou mínima. Tais contratos podem seracordos comerciais ou contratos de derivativos associados a vendas a realizar-se no futuro.Em 30 de setembro de 2008, a Companhia não apresenta nenhum destes contratos emaberto.

(e) Exposição a riscos de crédito

As operações que sujeitam a Companhia à concentração de risco de crédito residem,principalmente, nas contas correntes bancárias, aplicações financeiras e outras contas areceber, onde a Companhia fica exposta ao risco da instituição financeira envolvida. Visando




49

gerenciar este risco, a Companhia mantém contas correntes bancárias e aplicaçõesfinanceiras com instituições financeiras de grande porte, ponderando as concentrações deacordo com o “rating” e “CDS” das instituições, bem como analisando contratos decompensação que minimizam o risco de crédito total decorrente das diversas operaçõesfinanceiras celebradas entre as partes.

Com relação ao risco de crédito de clientes, a Companhia tem como mecanismos de proteçãoa análise rigorosa para a concessão do crédito e a obtenção de garantias reais e não reaisquando julgadas necessárias.

(f) Operações com derivativos

As moedas apresentadas nos derivativos a seguir, são designadas pelos códigos de acordocom o padrão ISO 4217:

Código Moeda PaísBRL Real BrasilEUR Euro Zona EuroJPY Yen JapãoUSD Dólar americano Estados Unidos da América

Em 30 de setembro de 2008, existiam na Companhia os seguintes contratos de derivativos:

(i) Operações Ativasa. “Swap” Pré-Pagamento de Exportação

O “Swap” do Pré-Pagamento de Exportação é uma operação de hedge e é classificado,conforme as regras contábeis, como um instrumento de negociação.

Trata-se de um “swap” de dólares americano para real cujo objetivo é retirar a exposição àvariação cambial do pré-pagamento de exportação no montante de USD 150,000 mil comvencimento em fevereiro de 2009, tomado ao custo de variação cambial mais spread. O passivo desta operação consolidada (pré-pagamento e “swap” ) é, portanto de R$ 255.805com juros indexados a um percentual do CDI.

O valor nominal, as taxas e os vencimentos da ponta ativa do “swap” são idênticos aos dopré-pagamento. Os “swaps” foram realizados no mercado de balcão e não é exigido qualquerdepósito de garantia na operação. As condições são explícitas na tabela abaixo:

O valor de mercado dos “swaps” é calculado:i) Carregando a ponta ativa pela taxa pré-fixada até o vencimento e descontado a

valor presente pela curva de cupom cambial negociada na Bolsa de Valores,Mercadorias e Futuros (“BM&FBOVESPA”) na data de avaliação.

ii) A ponta passiva é indexada a um percentual do CDI e seu valor de mercado écomposto pelo principal mais os juros trazidos até a data de avaliação e

Garantia DepositadaDescrição Valor Nominal Vencimento Ativo

(USD) Passivo(BRL)

Tipo Valor

Swap EPP 255.805 Fev/09 VC + 3,94% 98,29 % do CDI




50

carregados até o vencimento pela curva pré, aplicado o percentual do CDI e trazidoa valor presente pela curva pré. A curva pré utilizada é a negociada naBM&FBOVESPA na data de avaliação.

O valor de mercado é encontrado pela diferença entre as pontas passiva e ativa do “swap” e éapresentado abaixo:

Os “swaps” são contabilizados por seu valor de mercado nas contas “Ganhos em operaçõescom derivativos” ou “Perdas em operações com derivativos” em receitas financeiras edespesas financeiras, respectivamente.

b. “Swap” Notas da República da Áustria

O “Swap” Notas Austríacas é uma operação de hedge e é classificado, conforme as regrascontábeis, como um instrumento de negociação, sendo composto por dois ”swaps" distintos.

Estes “swaps” têm por objetivo transformar o cupom pré-fixado em euro das notas daRepública da Áustria para um cupom em dólares americanos (Libor + spread). Desta forma aoperação consolidada (Notas e Swap) é uma aplicação em dólares americanos corrigida por

Libor + spread.

O valor nominal, as taxas e os vencimentos da ponta passiva do “swap” são idênticos aos dasnotas da República da Áustria em carteira. Os “swaps” foram realizados no mercado debalcão com garantia exigida por uma das contrapartes na forma de Certificado de DepósitoBancário (“CDB”) com a própria contraparte, caso o valor de mercado ultrapasse USD 6,000mil contra a Braskem na data de verificação. Os detalhes estão explícitos na tabelas abaixo:

O valor de mercado dos “swaps” é calculado:i) Carregando a ponta ativa pela Libor anual + Spread até o vencimento e

descontado a valor presente pela curva de “swap” de Libor na data de avaliação.ii) A ponta passiva é carregada pelo cupom fixo (5,5% e 5,25%) até o vencimento e

descontado a valor presente pela Euribor (taxa interbancária da zona do euro) nadata de avaliação.

O valor de mercado é encontrado pela diferença entre as pontas passiva e ativa do “swap” eé apresentado abaixo:


Set/08 Jun/08 Set/08 Jun/08 Valor de Mercado 15.775 (21.372) 15.775 (21.372) Valor na Curva 26.827 (20.723) 26.827 (20.723)

Garantia DepositadaDescrição Valor Nominal Vencimento Ativo

(USD) Passivo(EUR)

Tipo Valor

Swap Notas Austríacas I 259.622 Jan/10 Libor 1y + 0,62% 5,5% CDB 21.226Swap Notas Austríacas II 40.230 Jan/11 Libor 1y + 0,41% 5,25%


Set/08 Jun/08 Set/08 Jun/08 Valor de Mercado (12.913) (37.622) (12.913) (37.622) Valor na Curva (14.182) (40.791) (14.182) (40.791)




51

Os “swaps” são contabilizados por seu valor de mercado nas contas “Ganhos em operaçõescom derivativos” ou “Perdas em operações com derivativos” em receitas financeiras edespesas financeiras, respectivamente.

c. “Swap” Financiamento para projetos (NEXI)

O “Swap” do financiamento para projetos (NEXI) é um hedge composto por quatro swapsdistintos.

Este “swap” tem como objetivo a proteção sobre a exposição gerada pelo financiamento emmoeda japonesa junto à Nippon Export and Investment Insurance (“NEXI”). Em março esetembro de 2005, foram feitos quatro “swaps” , que transformam o passivo em YEN para umpassivo em Reais indexado ao CDI – eliminando a exposição ao YEN e a taxa de juros japonesa (“Tibor”). O valor nominal, as taxas e os vencimentos da ponta ativa do “swap” sãoidênticos aos dos financiamentos. Os “swaps” foram realizados no mercado de balcão e nãoé exigido qualquer depósito de garantia na operação. Os detalhes da operação estãoexplícitos na tabelas abaixo:

Os valores de mercado e na curva são apresentados abaixo:

A Braskem assumiu o compromisso de carregar o “Swap” Financiamentos para projetos(Nexi) até o vencimento e, portanto são classificados como “mantido até o vencimento” e

contabilizados por seu valor na curva. A contabilização é feita no grupo de financiamentos decurto e de longo prazo em contrapartida do resultado financeiro.d. Credit Default Swap

A controlada Braskem Inc. detinha em sua carteira de investimentos USD 100,000 mil embonds da Braskem S/A com vencimento em 2015, os quais foram vendidos ao ABN AMRONV. Este, por sua vez, tem o direito de receber o valor financeiro, garantido pela controladaBraskem Inc. por meio de um depósito no NIB Capital Bank, caso ocorra default do emissorda dívida - Braskem S/A. Como emissor deste Credit Default Swap (“CDS”), a controladaBraskem Inc. recebe um prêmio financeiro em troca da proteção oferecida.

GarantiaDepositada

Descrição Valor Nominal Vencimento Ativo(JPY)

Passivo(BRL)

Tipo Valor

Swap NEXI I 86.861 Mar/12 (Tibor3M+095%)*1,1429 101,85% do CDISwap NEXI II 104.001 Jun/12 (Tibor3M+095%)*1,1429 104,04% do CDI


Set/08 Jun/08 Set/08 Jun/08 Valor de Mercado (51.101) (77.639) (51.101) (77.639) Valor na Curva (47.752) (76.799) (47.752) (76.799)

Garantia DepositadaDescrição Valor Nominal Vencimento Ativo Passivo Tipo Valor

Credit Default Swap USD 100,000 mil Jun/15 Time Deposit USD 101,312




52

Uma vez que o Credit Default Swap trata-se de uma garantia, ele é contabilizado por seu valorna curva como receita ou despesa financeira.

(ii) Operações Liquidadas

1. Total Return Swap

Com o propósito de garantir o cumprimento de suas obrigações em dólares, a controladaBraskem Inc. contratou um total return swap onde na ponta passiva do “swap” , a Braskem Inc.pagava o custo de funding pós fixado do Banco (Libor + 0,725%) e recebia o retorno dacarteira de fundos (também pós fixado). Essa operação foi liquidada em agosto de 2008gerando um ajuste positivo no resultado financeiro para a Companhia em USD 6,396 mil,correspondente a R$ 12.786.

2. Swap Cupom vs. Libor

Sendo a controlada Braskem Inc. uma empresa exportadora, o “swap” de Cupom x Libor

fechado com o JPMorgan em out/07 teve como objetivo monetizar o risco de convertibilidadedo Brasil. Neste “swap” , a controlada contratava na ponta ativa em cupom cambial e napassiva em Libor 6M.

Essa operação foi liquidada em julho de 2008 gerando um ajuste positivo para essacontrolada de USD 488 mil, reconhecido como receita financeira no montante de R$ 770.

(iii) Exposição por contraparte

As operações em aberto em 30 de setembro 2008 das exposições da Braskem porcontraparte considerando os valores de mercado dos derivativos somados às garantias dadassão as seguintes:

Contraparte Parte Principal Exposição Set/08 (i)JPMorgan Braskem S.A. 86.861 (28.398)Citibank Braskem S.A. 292.199 (6.798)

Banco Real Braskem S.A. 107.837 (1.865)Merril Lynch Braskem S.A. 259.622 10.047

(i) Valores de exposição negativos significam que a Companhia é devedora do saldo líquido avalor de mercado das operações em aberto com a contraparte.


Set/08 Jun/08 Set/08 Jun/08 Valor na Curva USD 242 USD 58




53

(iv) Contabilização

Todos os valores contabilizados em 30 de setembro de 2008 por contratos de derivativosestão listados a seguir:


Descrição Valor nominal Vencimento Set/08 Jun/08 Set/08 Jun/08

Swap EPP 255.805 Fev/09 15.775 (21.372) 15.775 (21.372)

Swap Notas Austríacas 299.852 Jan/10 e Jan/11 (12.913) (37.622) (12.913) (37.622)

Swap NEXI 190.862 Mar/12 e Jun/12 (47.752) (76.799) (47.752) (76.799)Credit Default Swap USD 100,000 mil Jun/15 463 92Total Return Swap USD 260,000 mil Ago/08 12.786

Swap Cupom vs. Libor USD 150,000 mil Jul/08 770

As movimentações em caixa e resultado devido a contratos de derivativos no período de novemeses findos em 30 de setembro de 2008 foram as seguintes:


Descrição Vencimento Caixa Resultado Caixa Resultado

Swap EPP Fev/09 15.775 15.775

Swap Notas Austríacas Jan/10 e Jan/11 (30.151) 26.977 (30.151) 26.977

Swap NEXI Mar/12 e Jun/12 (29.476) 28.961 (29.476) 28.961

Credit Default Swap Jun/15 USD 360 mil USD 160 mil

Total Return Swap Ago/08 USD 6,397 mil (USD 19,570 mil)

Swap Cupom vs. Libor Jul/08 USD 488 mil (USD 122 mil)

(v) Cenários de estresse

Os derivativos da Companhia em 30 de setembro de 2008 têm a finalidade de “hedge” , comcaracterísticas de vencimento, moedas, taxas e montantes que se adequam perfeitamenteaos ativos ou passivos que estão protegendo. Cenários que apresentem ajustes negativosnos “hedges” serão contrapostos por ajustes positivos nos ativos e passivos protegidos pelosmesmos.




54

22 Resultado financeiro



Receitas financeiras: Receita com juros e partes relacionadas 161.566 78.118 98.504 99.457Variações monetárias de aplicações financeiras, partes

relacionadas, mútuos e títulos a receber 20.823 32.843 21.175 22.767Variação monetária de tributos a recuperar 2.040 7.139 7.088 9.540Ganhos em operações com derivativos 8.268 14.071 3.218 33.265Variação cambial sobre ativos em moeda estrangeira 70.403 (268.747) 138.996 (294.342)Outros 8.165 3.575 11.517 6.044

271.265 (133.001) 280.498 (123.269)

Despesas financeiras: Despesas com juros de financiamentos e partes

relacionadas (304.677) (359.668) (372.469) (404.753)Variação monetária de financiamentos, partes

relacionadas, mútuos e títulos a pagar (169.269) (178.536) (152.864) (170.044)Juros com tributos e fornecedores (63.724) (85.534) (64.644) (90.021)Perdas em operações com derivativos (4.624) (26.504) (7.387) (41.932)Descontos concedidos (24.943) (33.781) (80.230) (113.225)Variação cambial sobre passivos em moeda estrangeira (628.712) 798.013 (893.003) 871.945Tributos e encargos sobre operações financeiras (37.322) (68.666) (50.514) (91.116)Outros (40.065) (66.881) (68.758) (77.639)

(1.273.336) (21.557) (1.689.869) (116.785)

Resultado financeiro líquido (1.002.071) (154.558) (1.409.371) (240.054)

23 Outras receitas e despesas operacionais



Aluguéis de instalações e concessão de direito deuso 11.807 19.835 11.807 19.237

Recuperação de tributos 65 110.902 49.707 115.432Resultado na venda de materiais diversos (12.948) 758 (11.477) 1.164

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 4.473 (18.454) (12.268) 209Incentivo ICMS PRODESIN 16.820 6.673 16.820 6.697

20.217 119.714 54.589 142.739




55

24 Resultado não operacional

As receitas não operacionais do período findo em 30 de setembro de 2008 incluem o valor deR$ 252.105 referente à venda do investimento na Petroflex (Nota 1(b.6)). O custo doinvestimento, no valor de R$ 121.557, já incluindo os efeitos de equivalência patrimonial até31 de março de 2008, foi registrado como despesa não operacional. Em 30 de setembro de2008, por conta da incorporação da Petroquímica Paulínia, a companhia registrou comodespesa não operacional o ajuste do valor de ativos imobilizado e intangível daquelaincorporada, no valor de R$ 42.816

25 Cobertura de seguros

A Companhia e suas controladas possuem um amplo programa de gerenciamento de riscosque proporciona cobertura e proteção para todos os seus ativos patrimoniais seguráveis, bemcomo para possíveis perdas com interrupção da produção, através de uma apólice do tipo "All Risks ". Esta apólice estabelece o valor para dano máximo provável, considerado suficientepara cobrir eventuais sinistros, tendo em vista a natureza da atividade da Companhia e aorientação de seus consultores de seguros. Em 30 de setembro de 2008, o limite máximo deindenização da cobertura de seguros para estoques, imobilizado e lucros cessantes, porevento, monta US$ 2,000,000 mil. O valor dos ativos segurados corresponde a R$31.975.442.

Adicionalmente, são contratados seguros de transportes, vida em grupo, riscos diversos eveículos. As premissas de riscos adotadas não fazem parte do escopo de auditoria e,consequentemente, não foram revisadas pelos nossos auditores independentes.

26 Planos de previdência privada

Os compromissos atuariais com os planos de benefícios de pensão e aposentadoria sãoavaliados de acordo com a Deliberação CVM nº 371/2000.

(a) ODEPREV

A Companhia mantém um plano de contribuição definida para seus empregados administradopela ODEPREV, entidade fechada de previdência privada instituída pela Odebrecht AODEPREV proporciona aos seus participantes, integrantes das empresas patrocinadoras, oplano optativo de contribuição definida, no qual é aberto um fundo individual de poupançapara aposentadoria onde são acumuladas as contribuições mensais e as esporádicas dosparticipantes e as contribuições mensais e anuais das patrocinadoras.

Até 30 de setembro de 2008, a massa de participantes na ODEPREV está composta por2.528 participantes ativos e as contribuições da Companhia no primeiro trimestre de 2008foram de R$ 8.167 e dos participantes de R$ 14.535




56

(b) PETROS - Fundação PETROBRAS de Seguridade Social

A incorporada Copesul e os seus empregados contribuem como mantenedores da PETROS -Fundação PETROBRAS de Seguridade Social, em plano de aposentadoria e pensão debenefício definido.

As contribuições efetuadas pela Copesul no período findo em 30 de setembro de 2008totalizaram R$ 4.551 (R$ 4.006 no mesmo período de 2007).

Conforme previsão no regulamento da PETROS e legislação pertinente, caso se verifiquerelevante insuficiência de reservas técnicas, as mantenedoras e participantes contribuirãocom aporte financeiro adicional ou haverá uma adequação dos benefícios do plano aosrecursos disponíveis. Não ocorreu, até a data de encerramento do trimestre findo em 30 desetembro de 2008, necessidade de qualquer suplementação.

(c) COPESULPREV – Plano Copesul de Previdência Complementar

O Conselho de Administração da Copesul, em maio de 2003, aprovou a institucionalização doPlano Copesul de Previdência Complementar, denominado COPESULPREV, um planofechado, na modalidade de contribuição definida. Esse plano visa atender os colaboradores

não abrangidos pelo plano PETROS, hoje fechado a novos ingressos. O plano é administradopela PETROS - Fundação PETROBRAS de Seguridade Social, de forma independente,desvinculado de qualquer outro plano de previdência hoje administrado por aquela entidade,atendendo os dispositivos da Lei Complementar nº 109/2001.

As contribuições efetuadas pela Copesul no período findo em 30 de setembro de 2008totalizaram R$ 1.089 (R$ 933 no mesmo período de 2007).

(d) Fundação Francisco Martins Bastos – FFMB

As controladas Ipiranga Química, ISATEC e a incorporada IPQ são patrocinadoras daFundação Francisco Martins Bastos - FFMB, entidade fechada de previdência complementar,

que tem como objetivo a administração e execução de plano de benefício definido de naturezaprevidenciária aos funcionários do Grupo Ipiranga.

Até 30 de setembro de 2008, essas controladas efetuaram contribuições nos montantes de R$1.579 para o benefício básico e de R$ 449 para o benefício suplementar.

27 Compromissos de compra de matéria-prima

A Companhia mantém contratos de compra de energia elétrica para consumo em suasinstalações industriais localizadas nos estados de Alagoas, Bahia e Rio Grande do Sul. Ocompromisso anual mínimo estabelecido nesses contratos totaliza R$ 725.895.




57

A Companhia e a incorporada Copesul compram nafta e condensado mediante contratos, comvolume mínimo anual equivalente a R$ 9.084.486 (não revisado), com base no preço demercado praticado em 30 de setembro de 2008.

28 Lei nº 11.638/07 - Alteração à Lei das Sociedades por Ações

( a ) Mudanças nas práticas contábeis

Em 28 de dezembro de 2007 foi promulgada a Lei nº 11.638/07, que modifica e introduz novosdispositivos à Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações). Essa lei teve como principalobjetivo atualizar a legislação societária brasileira para possibilitar o processo deconvergência das práticas contábeis adotadas no Brasil com aquelas constantes nas normasinternacionais de contabilidade que são emitidas pelo International Accounting StandardsBoard (IASB). Em 2 de maio de 2008, a CVM emitiu a Instrução nº 469 que dispõe sobre aaplicação da referida Lei.

Os efeitos na forma de apresentação das Informações Trimestrais e os critérios de apuraçãoda posição patrimonial e financeira e do resultado da Braskem e suas controladas, em virtudedessas alterações, podem ser sumariadas como segue:

(i) Demonstração de fluxos de caixa - Substituição da demonstração das origens eaplicações de recursos (DOAR) pela demonstração de fluxos de caixa. Essademonstração já é apresentada pela Companhia

(ii) Demonstração do valor adicionado - Inclusão da demonstração do valor adicionado,aplicável para companhias de capital aberto. A Companhia já apresenta essademonstração no seu relatório anual.

(iii) Incentivos fiscais – De acordo com a Instrução CVM 469/08, os incentivos fiscaisdecorrentes de doações ou subvenções governamentais para investimento serãoclassificados transitoriamente como resultado de exercícios futuros. Até 31 dedezembro de 2007 esses incentivos eram registrados em conta específica do grupo dereservas de capital no patrimônio líquido.

Em relação aos primeiros 9 meses de 2008, a Companhia não apurou incentivo fiscalde imposto de renda.

(iv) Equivalência patrimonial - Serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial:a) os investimentos em coligadas, quando a controladora tenha influência significativana administração ou quando participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capitalvotante; b) em controladas direta ou indireta e c) em outras sociedades que façamparte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum.

Todos os investimentos da Companhia estão avaliados segundo esses preceitos.

(v) Ajustes a valor presente – Esse ajuste deve ser aplicado aos elementos do ativo e

passivo provenientes de operações de longo prazo, ou de curto prazo quando houverefeitos relevantes.




58

Os ativos e passivos de longo prazo da Companhia são indexados e os efeitos decurto prazo foram considerados não relevantes. A taxa de desconto utilizada foi o CDI(Certificado de depósito interbancário).

(vi) Diferido: No ativo diferido serão registrados apenas os gastos pré-operacionais e osgastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultadode mais de um exercício social e que não configurem tão-somente uma redução decustos ou acréscimo na eficiência operacional.

A Companhia está aguardando a regulamentação deste assunto para uma eventualreclassificação e remensuração dos valores existentes bem como os critérios derealização para definir eventuais impactos no patrimônio líquido e resultado .

(vii) Valor de mercado: As aplicações em instrumentos financeiros, classificadas como“Disponíveis para venda” ou “Destinadas à negociação” e os instrumentos financeirosderivativos passam a ser avaliados a valor de mercado.A Companhia adotou, na avaliação das aplicações em instrumentos financeiros, aCircular nº 3068/01 do Banco Central do Brasil (BACEN).

Os ajustes pelo valor de mercado atribuídos aos instrumentos financeiros classificadoscomo “Disponíveis para venda”, enquanto não realizados, foram registradosdiretamente no patrimônio líquido, na rubrica “Ajustes de avaliação patrimonial” nomontante de R$ 5.747 (R$ 5.747 – consolidado) líquidos de imposto de renda.

(viii) Reserva de reavaliação: Foi eliminada a possibilidade de registro de novas reservasde reavaliação para as sociedades por ações. A nova lei deu opção às companhiaspara manterem os saldos existentes e realizarem esses saldos dentro das regrasatuais ou estornarem esses saldos até o final do exercício de 2008.

A controlada em conjunto Cetrel possui saldo de reserva de reavaliação que serámantido até sua realização total.

(b) Deliberação CVM 534/08 - Conversão de Demonstrações Contábeis

Em 29 de janeiro de 2008, a CVM emitiu a Deliberação n° 534 que aprova o PronunciamentoTécnico - CPC-02, sendo aplicado aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2008. Oobjetivo do CPC-02 é determinar como incluir transações em moeda estrangeira e operaçõesno exterior nas demonstrações financeiras de uma entidade no Brasil e, ainda, comoconverter as demonstrações financeiras de entidade no exterior para a moeda deapresentação das demonstrações financeiras no Brasil.

Na avaliação da administração da Companhia, todas as entidades no exterior foramconsideradas “dependentes da matriz” e terão como moeda funcional o Real.




59

29 Evento subseqüente

Em 9 de outubro de 2008, a Companhia anunciou a conclusão da operação de pré-pagamento de exportação, no valor de US$ 725 milhões, com custo de Libor + 1,75 p.p. eduração de 5 anos, com carência de 3 anos. Essa operação destinou-se ao alongamento doempréstimo-ponte tomado para a aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo e Ipiranga efechamento de capital da incorporada Copesul (Nota 14(d)). Posteriormente, a Companhiarealizou operação de swap que travou a cotação da Libor para o período da operação em3,85%. Com isso, a operação de pré-pagamento de exportação terá seu custo de Libor + 1,75p.p. alterado para 5,6% a.a.




60

Informação suplementarDemonstração dos fluxos de caixa dos períodos findos em 30 de setembro de 2008 e de2007


Set/08 set/07 Set/08 Set/07

Resultado líquido do período (386.567) 510.245 (383.758) 520.346Ajuste para reconciliação do lucro líquido:Depreciação, amortização e exaustão 642.696 709.438 868.910 896.449Amortização de ágio (deságio), líquida 69.079 54.102 142.398 66.061Participações em sociedades controladas e coligadas (173.864) (153.889) 10.856 (859)Provisão (reversão) para perda de investimentos 18.670 903 9.695 903

Incentivos fiscais (1.030) (2.747)Variação cambial sobre investimentos (6.544) 8.670 (6.055) 9.452Perdas (ganhos) de participação em investimentos e

outros 3.417 (83) 94.582 (4.979)Perdas (ganhos) na baixa de ativo permanente (60.689) 19.333 (59.575) 28.373Juros e variações monetárias e cambiais, líquidas 878.865 (83.512) 980.527 (209.466)Reconhecimento de créditos tributários (110.704) (111.546)Participação dos acionistas minoritários 58.930 243.100Imposto de renda diferido (201.656) (30.731) (243.633) (35.719)Outros (5.422) 296 26.338 (4.936)

777.985 924.068 1.498.185 1.394.432

Efeito das incorporações e aquisições de investimentos 8.993 5.796 119.892 222.675Efeitos financeiros de caixa 150.983 329.994 143.194 130.509

Geração de caixa antes das variaçõesdo capital circulante operacional 937.961 1.259.858 1.761.271 1.747.616

Variação do capital circulante operacionalTítulos e valores mobiliários 450.044 427.156 214.758 239.082Contas a receber de clientes (29.509) (147.398) (271.055) 245.006Estoques (303.713) 101.296 (464.268) 127.004Tributos a recuperar (150.255) 308.463 (351.352) 167.131Despesas antecipadas 45.043 58.586 60.473 59.832Dividendos recebidos 48.135 73.908 152.859 2.287Demais contas a receber 162.863 (20.513) 197.542 (18.274)Fornecedores 325.947 (647.317) 908.817 (38.855)Impostos, taxas e contribuições 2.081 (338.495) (35.493) (193.188)

Incentivos fiscais (683) 44.177 (683) 47.223Adiantamentos de clientes 15.838 3.531 11.759 (9.101)Demais contas a pagar (35.475) (59.725) (5.489) (85.142)

Imposto de renda diferido 18.490Geração de caixa operacional antes dos efeitos

financeiros 1.468.277 1.063.527 2.197.629 2.290.621

Exclusão de efeitos financeiros de caixa (150.983) (329.994) (143.194) (130.509)

Geração de caixa operacional contábil 1.317.294 733.533 2.054.435 2.160.112




Fluxo de caixa (continuação)



Recursos recebidos na venda de ativo permanente 7.020 1.613 7.020 1.637Adições ao investimento (695.120) (693.234) (663.557) (782.880)Adições ao imobilizado (673.591) (557.006) (1.110.879) (869.268)Adições no intangível (21.185) (2.494)Adições ao diferido (276.930) (4.241) (314.798) (14.539)

Aplicação de caixa em investimentos (1.638.621) (1.252.868) (2.103.399) (1.667.544)

Dívida de curto prazo, líquidaCaptações 1.642.641 641.974 1.956.129 2.924.522

Pagamentos (1.297.771) (878.774) (3.608.624) (4.420.731)Dívida de longo prazoCaptações 2.584.365 1.295.177 4.151.094 1.657.332Pagamentos (327.972) (673.453) (1.765.641) (742.630)

Partes relacionadasCaptações 39.375 96Pagamentos (1.265.893) (101.220) (1.054)

Dividendos pagos a acionistas e participações dosacionistas minoritários (277.692) (36.606) (599.919) (37.326)

Aumento de capital 38.177 74Recompra de ações (161.167) - (161.167)Outros (8.398) 656 (8.400) 604

Aplicação de caixa em financiamentos 888.113 287.129 1.649 (619.113)

Geração (aplicação) de caixa e equivalentes 566.785 (232.206) (47.315) (126.545)

Representado porCaixa e equivalentes, no início do período 1.071.601 1.125.925 1.890.151 1.547.060Caixa e equivalentes, no final do período 1.638.386 893.719 1.842.836 1.420.515

Geração (aplicação) de caixa e equivalentes 566.785 (232.206) (47.315) (126.545)

Principais transações que não impactaram o caixa

As principais transações que não afetaram o caixa foram excluídas da demonstração do fluxode caixa, estão descritas abaixo:

. Incorporação das ações de emissão da Grust (Nota 1(b));

. Redução de capital da Braskem Participações (Nota 19(c)); e

. Capitalização de AFAC da Ipiranga Química na IPQ.

Essa demonstração foi preparada seguindo os critérios descritos nas Normas e

Documents

BRASKEM_ITR_3T08