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ANEXO IX CADERNO DE ENCARGOS VOLUME 1 CENTRO ADMINISTRATIVO COMPLEXO SANTA CRUZ - POÇOS DE CALDAS/MG

Caderno de Encargos – Volume 1

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ANEXO IX

CADERNO DE ENCARGOS VOLUME 1

CENTRO ADMINISTRATIVO COMPLEXO SANTA CRUZ - POÇOS DE CALDAS/MG

ÍNDICE

I. CONDIÇÕES GERAIS ............................................................................................................................ 2

II. DEFINIÇÃO DO PADRÃO DE QUALIDADE A SER ADOTADO PARA A EXECUÇÃO DE

OBRAS .................................................................................................................................................... 3

1. INSTALAÇÃO DA OBRA ..................................................................................................................... 3

2. DEMOLIÇÕES E REMOÇÕES ............................................................................................................ 81

3. TRABALHOS EM TERRA .................................................................................................................. 87

4. FUNDAÇÕES ..................................................................................................................................... 140

5. CONTENÇÕES ................................................................................................................................... 159

6. ESTRUTURA DE CONCRETO E METÁLICA ................................................................................. 211

7. ALVENARIAS E DIVISÓRIAS ......................................................................................................... 257

8. COBERTURAS E FORROS ............................................................................................................... 301

9. IMPERMEABILIZAÇÕES E ISOLAMENTOS ................................................................................. 315

10. INSTALAÇÃO HIDRO-SANITÁRIA, INCÊNDIO, GÁS E IRRIGAÇÃO ....................................... 393

11. INSTALAÇÕES ELÉTRICA, TELEFÔNICA, S.P.D.A, REDE LÓGICA, AR CONDICIONADO E

CFTV ................................................................................................................................................... 469

12. ESQUADRIAS DE MADEIRA........................................................................................................... 505

I. CONDIÇÕES GERAIS

A elaboração do Caderno de Encargos, apoia-se nas disposições estabelecidas pela Lei de Licitações e

Contratos (Lei nº 8666/93 de 21 de junho de 1993, atualizada pela Lei nº 9648/98), bem como o disposto

na norma técnica NBR 12219 -Elaboração de caderno de encargos para execução de edificações.

O Caderno de Encargos contém as informações e instruções complementares, necessárias à elaboração

dos projetos e execução de serviços e obras, objeto do contrato, tais como:

a. Definição do padrão de qualidade a ser adotado para as obras, serviços de manutenção e

projetos pertinentes ao objeto da Licitação;

b. Especificações Técnicas dos serviços objeto da licitação;

Para a elaboração do Caderno de Encargos, considerou-se como indispensável o conhecimento por parte

da CONTRATADA de normas, especificações, métodos, padronizações, classificações, terminologias e

simbologias estabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) direta ou

indiretamente relacionadas com a construção civil, como se estivessem transcritas neste Caderno de

Encargos.

A CONTRATANTE, no gerenciamento técnico e administrativo de seus contratos, considerará sempre o

acima estabelecido, não admitindo, em hipótese alguma, a ignorância de parte ou do todo deste

Caderno de Encargos que, assim, presidirá a execução de seus serviços e obras.

É desejável que a CONTRATADA desenvolva os seus trabalhos balizada em um Sistema de Qualidade,

estruturalmente organizado, com definições claras das responsabilidades internas, competências e dos

procedimentos adotados nas obras e serviços, voltados para garantia de gestão da qualidade.

Preferencialmente, o Sistema de Qualidade a ser adotado deverá ser estruturado de conformidade com a

série de normas NBR ISO 9001 – “Normas de Gestão da Qualidade e Garantia da Qualidade".

II. DEFINIÇÃO DO PADRÃO DE QUALIDADE A SER ADOTADO PARA A EXECUÇÃO DE OBRAS

1. INSTALAÇÃO DA OBRA

1.1. OBJETIVO

Esta determinação do Caderno de Encargos aplica-se, de forma genérica, ao conjunto de operações necessárias à execução dos serviços preliminares e da instalação da obra, compreendidos pela elaboração da vistoria cautelar, diretrizes gerais de segurança e medicina do trabalho, e pelas instalações provisórias a serem executadas junto a área a ser urbanizada ou edificada, com a finalidade de garantir condições adequadas de trabalho, abrigo, segurança e higiene a todos os elementos envolvidos, direta ou indiretamente, na execução da obra, além dos equipamentos e elementos necessários à sua execução e identificação.

1.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA

– Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho;

– Art. 170, Seções I a XIV, da Lei nº 6.514/77, que altera o Capítulo 5 da Consolidação das Leis do Trabalho;

– Resolução CREA nº 40 7/96 – Regula o tipo e o uso de placas de identificação do exercício profissional em obras, instalações e serviços de Engenharia, Arquitetura e Agronomia;

– NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão;

– NBR 5675 - Recebimento de serviços e obras de engenharia e arquitetura;

– NBR 5732 - “Cimento Portland comum”;

– NBR 6317 – Arame farpado de aço zincado de dois fios;

– NBR 7229 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos;

– NBR 7176 – Mourões de concreto armado para cercas de arame farpado;

– NBR 11169 – Execução de cercas de arame farpado;

– ANEEL – Resolução 456 de 29 de novembro de 2000;

– CEMIG ND-5.1- Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária - Rede de Distribuição Aérea Edificações Individuais;

– CEMIG ND-5.2- Fornecimento de Energia Elétrica Em Tensão Secundária Rede de Distribuição Aérea – Edificações Coletivas;

– CEMIG ND-5.3-Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Primária - 15 kV Rede de Distribuição Aérea ou Subterrânea;

– CEMIG ND-5.5-Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária - Rede de Distribuição Subterrânea;

– NBR- 5675 - Recebimento de serviços e obras de engenharia e arquitetura.

1.3. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO

1.3.1. Objetivo

Este item do Caderno de Encargos visa estabelecer as diretrizes gerais para o cumprimento dos procedimentos de Segurança e Medicina do Trabalho a serem adotados na obra, tais como:

• Evitar os acidentes, eliminando/reduzindo os fatores de riscos ambientais;

• Treinar e orientar constantemente os trabalhadores;

• Fornecer uniformes, EPI e ferramentas adequadas;

• Manter a supervisão constante quanto à segurança. durante a execução das obras públicas do Município Poços de Caldas.

1.3.2. Documentação de referência

Para melhor orientação, dever-se-á consultar as seguintes normas e legislação aplicável:

– Constituição Federal/1988:

Art 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança.

– Lei nº 6.514 de 22 de dezembro de 1977, com destaque para os Art. 157- I e II e158 – I:

Altera o capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho.

Art 157 - Cabe às empresas:

I - Cumprir e fazer cumprir as normas de Segurança e Medicina do Trabalho;

II - Instruir os empregados, através de ordem de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais.

Art 158. Cabe aos empregados:

I - Observar as norma de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior.

– Normas Regulamentadoras aprovadas pela Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978.

– Códigos Civil e Penal: Responsabilidade civil e criminal do empregador e seus prepostos:

• Código Civil

Art. 159 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano.

• Código Penal

Art. 132 – Expor a vida ou saúde de outrem a perigo direto ou iminente.

Pena: detenção de três meses a um ano, se o fato não constituir crime mais grave.

1.3.3. Definições

a. Ato culposo

Quando a ação e a omissão são involuntárias. Ato resultante de negligência, imprudência ou imperícia.

b. Ato doloso

Quando a ação ou omissão é intencional.

c. Ato lícito.

Quando a ação do homem está em conformidade com a lei.

d. Ato ilícito

Quando o homem viola o direito ou causa prejuízo a alguém, e pode gerar responsabilidade civil ou penal.

e. Negligência

Ausência de diligência ou cuidado, ou, ainda, a demora para prevenir ou obstar que o dano ocorra.

f. Imprudência

Falta de observância das medidas de precaução e de segurança que se faziam necessárias, em dado momento, para evitar-se um mal.

g. Imperícia

Falta de aptidão especial, habilidade ou experiência, ou de previsão, no exercício de determinada função, arte ou ofício.

h. Medidas de proteção coletiva

São aquelas de caráter geral, implantadas no ambiente de trabalho, que visam à proteção de todos os trabalhadores em conjunto.

Exemplos: aterramentos de máquinas, exaustão, ventilação, enclausuramento de máquinas ruidosas, escoramentos, instalação de guarda-corpos e plataformas, delimitação de áreas, sinalização etc.

i. Medidas de caráter administrativo

São aquelas que visam minimizar a exposição dos trabalhadores aos fatores de risco ambientais através da reorganização da rotina do trabalho. Ex.: revezamentos, mudança de tarefas, mudança de horários etc.

j. Equipamento de proteção individual

É todo dispositivo de uso individual destinado a proteger o trabalhador contra os danos à sua saúde ou integridade física, no exercício da sua função.

k. Medidas de controle

Conforme estabelecido no item 9.3.5 da NR 9, as medidas de controle dos riscos ambientais deverão seguir a hierarquia acima.

Dessa forma, fica claro que o uso dos EPI é o último recurso a ser adotado, quando as outras medidas se mostram insuficientes para eliminar/reduzir os riscos ambientais.

l. CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

A constituição dessa comissão é uma exigência legal e tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador, conforme NR-5.

m. SESMT - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento, constantes dos Quadros I e II, anexos, observadas as exceções previstas na NR-4.

n. PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

É um programa obrigatório que visa a promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. É parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR.

o. PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

É parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO

p. PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construção.

É obrigatório para estabelecimentos com 20 ou mais trabalhadores. Esse programa deve contemplar os aspectos da NR-18, NR-9 e outros dispositivos complementares de segurança.

q. ASO - Atestado de Saúde Ocupacional

São emitidos a partir da realização dos exames médicos nas fases: admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional. Atestam se o trabalhador está apto ou inapto para o desempenho de suas funções.

r. Riscos Ambientais

São agentes agressivos que podem levar o empregado a adquirir doença do trabalho ou a se sujeitar a acidentes do trabalho. Tais agentes são: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.

s. Responsabilidade civil e criminal

"A responsabilidade civil é a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar o dano moral ou patrimonial causado a terceiros, em razão de ato por ele mesma praticado, por pessoa por quem ela responde, por alguma coisa a ela pertencente ou de simples imposição legal (Maria Helena Diniz, Curso de Direito Civil Brasileiro, 7ª edição, São Paulo, 1993). A diferença entre responsabilidade civil e criminal está em que esta impõe o cumprimento da pena estabelecida em lei, enquanto aquela acarreta a indenização do dano causado.”

1.3.4. Condições gerais

a. Condicionantes

Estas especificações prevalecerão como cláusula integrante do contrato e estabelecerão as condições necessárias para a proteção das pessoas envolvidas, inclusive a população da cidade, bem como a preservação de equipamentos, materiais e do meio ambiente.

O não cumprimento, em 10 dias, das determinações para sanar irregularidades em obra contratada, poderá gerar suspensão dos trabalhos e do pagamento, sem que isto exima a CONTRATADA das obrigações, penalidades, prazos e multas constantes das cláusulas contratuais, bem como desobriga a CONTRATANTE do pagamento das horas não trabalhadas.

Qualquer exigência legal do SESMT poderá ser determinada em qualquer fase do desenvolvimento da obra.

Cabe multa de até 0,3% (zero vírgula três por cento) do valor do contrato pelo não cumprimento das Normas Regulamentadoras da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho.

b. Competências

A CONTRATANTE, através da DF/SESMT, dos seus Técnicos ou dos seus SUPERVISORES DE OBRA, reserva-se o direito de, a qualquer momento, sem prévio aviso, supervisionar a obra, analisar materiais e produtos, verificar o trabalho da CONTRATADA e dos técnicos responsáveis e das eventuais subcontratadas, as técnicas aplicadas, os registros dos produtos, verificar se as Normas de Segurança estão sendo aplicadas e tomar as medidas e providências que se fizerem necessárias.

b.1. Compete à CONTRATANTE

b.1.1. Seção de Segurança de Medicina do Trabalho

• Inspecionar a obra contratada e determinar que sejam sanadas as irregularidades;

• Notificar a empreiteira caso as irregularidades persistam;

• Solicitar a aplicação da multa mencionada na “Solicitação de Contratação”;

• Embargar a obra ou interditar máquinas e/ou equipamentos, em caso de risco grave e iminente.

b.1.2. Gerência de Comunicação

A Gerência de Comunicação da CONTRATANTE ficará encarregada de fornecer as cores e padrões de logomarcas a serem utilizadas.

b.2. Compete à CONTRATADA:

• Seguir às instruções relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, constantes no “Termo de Referência da Obra”.

• Proteger todos os trabalhadores da obra e a população da cidade, eliminando todos os riscos que possam acidentá-los, especialmente a desorganização do trânsito no canteiro, desarrumação de materiais, produção de gases e vapores, ruídos excessivos, vibrações, radiações, incêndios, explosões etc.;

• É obrigatória a uniformização do efetivo da obra. O padrão consiste em calça e jaleco. Nos terços superiores e inferiores do jaleco e nas mangas estão inseridas faixas para acentuar contraste e visualização. No caso de obras noturnas, as faixas brancas deverão ser confeccionadas em material refletivo. Serão fornecidos, a cada operário, dois jogos de uniforme a cada quatro meses, dentro do prazo da obra;

• Os custos dos uniformes serão de responsabilidade da CONTRATADA.

• Caberá à CONTRATADA fornecer todos os equipamentos de proteção individual (EPI’s) aos operários, tais como: capacetes, cintos de segurança, luvas, botas, máscaras e equipamentos de proteção coletiva (EPC’s), conforme as prescrições das “Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho”, em especial às normas NR-6 e NR-18;

• Oferecer condições adequadas de proteção contra roubo e incêndio, e suas instalações, maquinário e equipamentos deverão propiciar condições adequadas de proteção e segurança aos trabalhadores e a terceiros, conforme as especificações contidas no Art. 170, Seções I a XIV da Lei nº 514/77, que altera o Capítulo 5 da Consolidação das Leis do Trabalho, bem como as suas respectivas “Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho”, NR-1 a NR-33, e Portaria nº 3.214 de 8/06/1978.

• Obedecer às Normas Regulamentadoras - NR, de acordo com a portaria 32214 / 78, adequadas ao tipo de obra contratada, em especial a NR-18 e NR-6, destacando-se os itens 6.6.1 e 6.7.1, a saber:

– 6.6.1. Cabe ao empregador, quanto ao EPI :

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

b) exigir o seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente equipamento o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

Obs.: Não basta, ao empregador, fornecer os EPI. É sua obrigação exigir o uso dos mesmos.

– 6.7.1. Cabe ao empregado, quanto ao EPI:

a) usá-lo, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

• Cumprir as Legislações Federal, Estadual e Municipal vigentes, bem como o que preceituam as instruções da presente norma;

• Somente fornecer EPI com o respectivo CA (Certificado de aprovação) expedido pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego);

• Em caso de acidente do trabalho, remeter, ao SESMT da CONTRATANTE, cópia da CAT Comunicação de Acidente do Trabalho).

• Cuidar para que os gerentes ou responsáveis pelo pessoal do campo instruam, com detalhes, as tarefas dos seus subordinados, objetivando maior eficácia e a prevenção de acidentes.

1.3.5. Medidas de proteção

a. Proteção coletiva

Todos os serviços executados nas vias públicas serão obrigatoriamente sinalizados com cones, bandeirolas, bloqueios, placas de advertência e, se necessário, sinalização luminosa.

Para os projetos de grande porte, exige-se:

• Que os tapumes sejam de madeira ou compensado resinado;

• Que as entradas do canteiro sejam iluminadas à noite e controladas de maneira a impedir a entrada de pessoas estranhas;

• Controle de velocidade de veículos no canteiro (máximo 20 km/h);

• Placas de advertência para reduzir a velocidade dos veículos que transitam nas imediações.

• Realização, em caráter permanente, até o final da obra, de campanha preventiva de acidentes no canteiro de obras, com a utilização de cartazes, avisos, placas, folhetos, renovados sempre que necessário.

b. Proteção individual

O trabalhador deverá ser instruído sobre a utilização do equipamento distribuído, para se proteger contra danos possíveis e se responsabilizar pela limpeza, guarda e conservação do mesmo.

A empreiteira fornecerá, sem ônus para os seus empregados, todo o equipamento de proteção individual, que será de uso obrigatório.

O exemplo dado pelos engenheiros, mestres e encarregados é fator indispensável a ser seguido pelos subordinados nas sua atividades e no uso de EPI.

c. Proteção do público e visitantes

Qualquer obra contratada deverá estar cercada com tapumes adequados, bem balizada para pedestres e veículos, e com as vias de trânsito interno desobstruídas e iluminadas.

Todo e qualquer visitante deverá usar capacete, devendo a contratada manter, na obra, uma certa quantidade para tal finalidade. Quando as obras forem executadas às margens de vias pavimentadas, exige-se que a contratada lave ou proceda à varrição diária do pavimento, deixando-o sem lama, areia, terra ou restos de obra.

d. Segurança de veículos, máquinas e equipamentos

Todo veículo, máquina ou equipamento somente poderá ser operado por pessoal legalmente habilitado, testado pela contratada e comprovadamente competente. A CONTRATANTE poderá exigir o afastamento de qualquer motorista ou operador que julgar inconveniente.

1.4. CANTEIRO DE OBRAS E SERVIÇOS

1.4.1. Objetivo

Esta determinação do Caderno de Encargos da CONTRATANTE compreende todas as instalações provisórias executadas junto a área a ser edificada, com a finalidade de garantir condições adequadas de trabalho, abrigo, segurança e higiene a todos os elementos envolvidos, direta ou indiretamente, na execução da obra, além dos equipamentos e elementos necessários à sua execução e identificação.

1.4.2. Condições gerais

A instalação do canteiro de serviços deverá ser orientada pela SUPERVISÃO, que aprovará ou não as indicações das áreas para sua implantação física, devendo a CONTRATADA visitar previamente o local das obras, informando-se das condições existentes.

Constatada a necessidade de supressão de árvores, movimentação de terra ou trabalho em horário especial, as respectivas autorizações deverão ser solicitadas à Divisão de Gestão Ambiental da CONTRATANTE, que tomará as providências cabíveis junto ao órgão.

A CONTRATADA deverá apresentar a disposição física do canteiro de serviços e submetê-lo à aprovação da SUPERVISÃO, dentro do prazo máximo de dois dias após a data de emissão da Ordem de Serviço.

As placas de identificação da obra, os uniformes, os tapumes, os informes e cavaletes sempre obedecerão ao modelo estabelecido pela Gerência de Comunicação da CONTRATANTE. O engenheiro responsável pela SUPERVISÃO da obra encaminhará cópia da Ordem de Serviço à Gerência de Comunicação, a qual se encarregará da definição do padrão a ser adotado, conforme o tipo da obra.

O canteiro deverá conter todas as instalações necessárias ao seu funcionamento, de acordo com as prescrições contidas nas “Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho.

No canteiro de obras deverão ser mantidos: diário da obra, segundo modelo padrão da CONTRATANTE, projeto executivo completo, edital, contrato, planilha contratual, Ordem de serviço inicial, cronograma, plano de segurança, projeto de sinalização, controle meteorológico, Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), inscrição no INSS, alvará de instalação, Caderno de Encargos (impresso e em meio digital), Cadastro de Serviços (impresso e em meio digital), cadastros de instalações da CEMIG, COPASA, BHTRANS e demais CONCESSIONÁRIAS, e eventuais licenciamentos ambientais do órgão competente.

Enfatiza-se a disponibilidade permanente de todos os documentos acima relacionados, por se tratarem de fontes de consultas diárias, objetivando qualidade, segurança e regularidade fiscal da obra.

Determinados documentos constantes desta relação deverão ser fixados em painel próprio, como: a implantação geral da obra, cronograma, controle meteorológico, alvará de instalação, Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), inscrição no INSS e licenciamentos eventuais.

Compete à CONTRATADA manter o Diário da Obras no escritório da SUPERVISÃO, registrando no mesmo, as etapas de trabalho, equipamentos, número de operários e ocorrências, com os detalhes necessários ao entendimento da SUPERVISÃO, que aprovará ou retificará as anotações efetuadas pela CONTRATADA. A escrituração do Diário de Obras tem prazo máximo de 48 horas para encerramento de cada parte diária.

Para definir com clareza o período de vigência da obra, a SUPERVISÃO formalizará os termos de abertura e encerramento do Diário de obras, na primeira e última página deste documento, além do texto principal, mencionando-se o número e data do edital, contrato e ordem de serviço inicial.

Os padrões e ligações provisórias de água, esgoto, luz e telefonia deverão ser executados de modo a atender às necessidades da demanda de obra, devendo ser obedecidas as normas da ABNT e das concessionárias.

O canteiro de serviços instalado pela CONTRATADA deverá contar, de acordo com a natureza de cada obra e com cada uma de suas etapas, com todos os equipamentos, maquinários e ferramentas necessárias à sua boa execução.

A abertura de caminhos de serviço e acessos provisórios deverá ser executada conforme descrito no capítulo 3, item 3.4.

Prioritariamente, deverá ser executado o escritório de obras da SUPERVISÃO.

Deverá ser instalado, no escritório da SUPERVISÃO, uma linha telefônica exclusiva e um computador conectado em banda larga à Internet e softwares necessários ao funcioanmento do mesmo.

Os custos referentes ao pessoal para limpeza diária e contínua das instalações dos escritórios e barracões de obras, bem como de toda a obra, inclusive o canteiro, deverão estar incluídos no preço composto e ofertado pela CONTRATADA.

1.4.3. Escritórios

a. Supervisão e contratada

a.1. Condições específicas

Os escritórios da SUPERVISÃO e da CONTRATADA deverão ser dimensionados, durante o desenvolvimento do projeto, pelo SUPERVISOR DE OBRAS e pelo SUPERVISOR DE PROJETOS, de acordo com o porte da obra, visando o espaço necessário para a devida acomodação do corpo de funcionários que utilizará as instalações. Destaca-se como sugestão, na figura 1 e na figura 2, ao final deste

item, um croqui ilustrativo, apenas para orientação no dimensionamento.

A critério da CONTRATADA e com a anuência da SUPERVISÃO, os escritórios de obra (supervisão e contratada), poderão ser substituídos por contêineres (incluindo banheiros químicos, se for o caso) ou, quando a situação assim o recomendar, poderá ser alugado imóvel próximo à obra, visando melhor abrigar a estrutura. Nestas situações, não haverá acréscimo de nenhum ônus à CONTRATANTE, e todas as exigências referenciadas pelas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e CONTRATANTE, deverão ser respeitadas e atendidas.

a.2. Materiais

Visando atender a montagem das instalações, apresenta-se, a seguir, uma relação com a especificação geral dos materiais e serviços a serem utilizados na construção das instalações para os escritórios da SUPERVISÃO e da CONTRATADA.

a.2.1. Pisos

• Área do escritório: concreto 1:3:6 desempenado, espessura 5cm;

• Área dos banheiros: concreto 1:3:6 desempenado e natado, espessura 5cm ;

• Passeio: concreto 1:3:6, espessura 5cm, largura de 50cm em todo o contorno dos barracões.

a.2.2. Vedação

• Chapa compensada resinada, e = 10mm (com cola fenólica);

• Pontalete de madeira de lei 8 x 8cm;

• Tela galvanizada fio 21, malha 25mm.

a.2.3. Cobertura

• Pontalete de madeira de lei 8 x 8cm;

• Ripa de paraju 4x1,5cm;

• Telha de fibrocimento ondulada 4 mm;

• Forro em compensado;

• Tela galvanizada fio 16, malha 50mm (empenas).

a.2.4. Esquadrias

• Janela em chapa, tipo veneziana, de abrir, 100x100cm;

• Janela basculante em chapa 60x60cm, com 2 básculas;

• Porta em chapa compensada resinada, e = 10mm (com cola fenólica);

• Vidro fantasia canelado;

• Fechadura externa de alavanca;

• Dobradiça de ferro cromado 3 ½” x 2 ¼”.

a.2.5. Pintura

• Tinta látex PVA

– Face interna e externa dos painéis de vedação, inclusive forro;

• Tinta esmalte:

– Face interna dos painéis de vedação até altura 1,80m;

– Esquadrias

a.2.6. Instalação hidro-sanitária:

• Tubo PVC solda;

• Tubo PVC esgoto rígido (esgoto primário);

• Tubo PVC esgoto solda (esgoto secundário);

• Caixa de água polietileno com tampa 310 litros;

• Engate flexível 30 cm;

• Bolsa de ligação 1 ½”;

• Registro de gaveta bruto ½”;

• Torneira de bóia para caixa de água ¾”;

• Torneira para lavatório ½”;

• Válvula de PVC para lavatório;

• Sifão de PVC para lavatório;

• Caixa sifonada de PVC com grelha redonda branca 100 x 100 x 50 mm;

• Caixa de descarga externa 12 L;

• Lavatório de louça branca pequeno;

• Vaso sanitário de louça branca com assento e fixações;

• Conexões e acessórios necessários para a instalação.

a.2.7. Instalação elétrica

• Eletroduto rígido PVC ½”;

• QDC até 6 circuitos;

• Disjuntores;

• Cabos condutores anti-chama;

• Conduletes PVC inclusive tampa;

• Interruptor simples 10 ampères para conduletes;

• Tomada universal redonda 2 P 10 ampère / 250 volts para conduletes;

• Conjunto de 2 interruptores simples;

• Luminária chanfrada para duas lâmpadas fluorescentes 20 W com reator;

• Globo de vidro esférico leitoso 8 x 4” completo (banheiro).

O dimensionamento dos quantitativos será efetuado de acordo com a área definida para os escritórios.

a.2.8. Mobiliário

Será de responsabilidade da CONTRATADA o fornecimento do mobiliário a seguir relacionado, cujos custos deverão estar inclusos nas composições de preços unitários.

• Móveis em geral (mesa com 3 gavetas, cadeiras, mesa de reunião =1,20m, armário de aço com 2 portas, arquivo com 3 gavetas e mapoteca);

• Frigobar capacidade 180 litros;

• Materiais e equipamentos de escritório;

• Produtos para higiene ambiental e pessoal;

• Materiais e equipamentos de limpeza;

• Materiais para segurança das instalações;

• Máquina de calcular e computador.

O dimensionamento dos quantitativos será efetuado de acordo com a área definida.

Figura 1 – Escritório da supervisão e contratada (modelo ilustrativo)

Figura 2 – Corte transversal

1.4.4. Barracões de obra (vestiário, instalação sanitária, área coberta, depósito e ferramentaria, depósito de materiais ensacados e refeitório)

A critério da CONTRATADA, com a anuência da SUPERVISÃO, os barracões de obra, poderão ser substituídos por contêineres (incluindo banheiros químicos, se for o caso) ou, quando a situação assim o recomendar, poderá ser alugado um imóvel próximo à obra, visando melhor abrigar a estrutura. Nestas situações, não haverá acréscimo de nenhum ônus à CONTRATANTE, e todas as exigências referenciadas pelas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e CONTRATANTE, deverão ser respeitadas e atendidas.

a. Vestiário e instalação sanitária

a.1. Condições específicas

O vestiário e as instalações sanitárias deverão ser dimensionados, durante o desenvolvimento do projeto, pelo SUPERVISOR DE OBRAS e pelo SUPERVISOR DE PROJETOS, de acordo com o porte da obra, e com os requisitos técnicos das normas regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, visando proporcionar o espaço necessário para a devida acomodação do corpo de funcionários que utilizará as instalações. Destaca-se como sugestão, na figura 3, ao final deste item, croqui ilustrativo, apenas para orientação no dimensionamento.

As normas regulamentadoras de Segurança e Medicina do trabalho, NR-18 e NR-24, que determinam as condições mínimas para aceitação de uma instalação, estão descritas na Tabela 1, a seguir:

Tabela 1 – Requisitos mínimos NR-18 - Vestiário e instalação sanitária

Tipo de área Requisitos exigidos

Área destinada aos sanitários 1 m² / grupo de 20 operários

Pé direito mínimo 2,70m

Iluminação 100W / 8 m², mínimo de 15% da área do piso

Vaso e Mictório tipo cuba 1 unidade / grupo de 20 trabalhadores

Vaso sanitário

Área de 1m² / vaso

Vaso sanitário de louça branca ou tipo bacia turca

Mictório tipo calha Segmento de 60cm igual a 1 cuba, altura máxima 0,50m do piso

Lavatório tipo calha 1 torneira / grupo de 20 trabalhadores

Lavatório em louça 1 unidade / grupo de 10 trabalhadores

Chuveiro

1 unidade / grupo de 10 trabalhadores

Área mínima igual a 0,80 m² e altura de 2,10m do piso

Área do Vestiário

1,5 m² / trabalhador com armários individuais e bancos

Iluminação: 100w / 8 m²

Ventilação 1/10 área do piso

Pé direito mínimo 2,70 m

Ambulatório

Pé direito 3,00m (para trabalhadores)

frentes de trabalho acima de 50

Ventilação natural Para todas as instalações

a.2. Materiais

Visando atender a montagem das instalações, apresenta-se, a seguir, uma relação geral com a especificação dos materiais e serviços a serem utilizados na construção das instalações para vestiário e instalações sanitárias.

a.2.1. Pisos

• Área interna: concreto 1:3:6 desempenado e natado, espessura 5cm;

• Passeio: concreto 1:3:6, espessura 5 cm, largura de 50cm em todo o contorno dos barracões.

a.2.2. Vedação

• Chapa compensada resinada e=10mm (com cola fenólica);

• Pontalete de madeira de lei 8x8cm;

a.2.3. Cobertura

• Pontalete de madeira de lei 8 x 8 cm;

• Ripa de paraju 4 x 1,5 cm;

• Telha de fibrocimento ondulada 4 mm;

• Tela galvanizada fio 16, malha 50 mm (empenas);

a.2.4. Ventilação

• Fechamento das laterais e fundo, junto à cobertura, em tela de arame galvanizado (fio 21 e malha 25 mm), altura variável de 0 a 1,00m (compatível com a seção de cada lado);

a.2.5. Pintura

• Tinta látex PVA:

– Face externa dos painéis de vedação;

– Face interna dos painéis das paredes de vedação,altura acima de1,80 m;

• Tinta esmalte:

– Face interna dos painéis de vedação até altura 1,80 m;

a.2.6. Instalação hidro-sanitária:

• Tubo PVC solda;

• Tubo PVC esgoto rígido (esgoto primário);

• Tubo PVC esgoto solda (esgoto secundário);

• Caixa de água polietileno com tampa 310 litros;

• Engate flexível 30 cm;

• Bolsa de ligação 1 ½”;

• Registro de gaveta bruto ½”;

• Torneira de bóia para caixa de água ¾”;

• Torneira para lavatório ½”;

• Válvula de PVC para lavatório;

• Sifão de PVC para lavatório;

• Caixa sifonada de PVC com grelha redonda branca 100 x 100 x 50 mm;

• Caixa de descarga externa 12 litros;

• Lavatório de louça branca pequeno;

• Vaso sanitário de louça branca ou tipo bacia turca

• Conexões e acessórios necessários para a instalação.

a.2.7. Instalação elétrica

• Eletroduto rígido PVC ½”;

• QDC até 6 circuitos;

• Disjuntores;

• Cabos condutores anti-chama;

• Conduletes PVC inclusive tampa;

• Interruptor simples 10 ampères para conduletes;

• Tomada universal redonda 2 P 10 ampère / 250 volts para conduletes;

• Conjunto de 2 interruptores simples;

• Luminária chanfrada para duas lâmpadas fluorescentes 20 W com reator;

• Globo de vidro esférico leitoso 8 x 4” completo

O dimensionamento dos quantitativos será efetuado de acordo com a área definida.

a.2.8. Mobiliário

Será de responsabilidade da CONTRATADA o fornecimento de armários e bancos em quantidade adequada ao efetivo da obra, conforme Tabela 1.

b. Área coberta

b.1. Condições específicas

A área coberta deverá ser dimensionada, durante o desenvolvimento do projeto, pelo SUPERVISOR DE OBRAS e pelo SUPERVISOR DE PROJETOS, de acordo com o porte da obra, visando proporcionar o espaço necessário para a devida acomodação dos equipamentos. Destaca-se como sugestão, na figura 4, ao final deste item, croqui ilustrativo, apenas para orientação no dimensionamento.

Esta área coberta, se necessária, deverá ser usada para acondicionamento e proteção de materiais e equipamentos, criação de novas praças de trabalho, abrigo de atividades diversas (serviços de armação, carpintaria, etc.).

b.2. Materiais

Visando atender a montagem das instalações, apresenta-se, a seguir, a especificação dos materiais e serviços a serem utilizados na execução da área coberta.

• Peça de madeira de lei 8x8cm;

• Tábua em madeira de lei;

• Telha de fibrocimento ondulada 4mm;

c. Depósito e ferramentaria/depósito de materiais ensacados

c.1. Condições específicas

As áreas referentes ao “Depósito e ferramentaria” e ao “Depósito de materiais ensacados” deverão ser dimensionadas, durante o desenvolvimento do projeto, pelo SUPERVISOR DE OBRAS e pelo SUPERVISOR DE PROJETOS, de acordo com o porte da obra, visando proporcionar o espaço necessário para a devida acomodação dos materiais e equipamentos. Destaca-se como sugestão, na figura 5, ao final deste item, croquis ilustrativos, apenas para orientação no dimensionamento.

O depósito de materiais ensacados a ser utilizado para o armazenamento de cimento, cal, argamassas industrializadas, etc. deverá atender às recomendações dos FABRICANTES e às da NBR 5732 - “Cimento Portland comum”. Deverá ser instalado em local de fácil acesso, de forma a permitir, à inspeção, a identificação de cada lote. O local deverá estar livre de umidade e bem protegido para preservação da qualidade.

Figura 3 - Vestiário, sanitário e refeitório (planta)

Figura 4 - Detalhe da cobertura padrão

c.2. Materiais

Visando atender a montagem das instalações, apresenta-se, a seguir uma relação com a especificação geral dos materiais e serviços a serem utilizados na construção das instalações para “Depósitos e ferramentaria” e“Depósito de materiais ensacados”.

c.2.1. Pisos

• Área interna: concreto 1:3:6 desempenado, espessura 5cm;

• Passeio: concreto 1:3:6, espessura 5cm , largura de 50cm em todo o contorno dos barracões.

c.2.2. Vedação

• Chapa compensada resinada e=10mm (com cola fenólica);

• Pontalete de madeira de lei 8x8cm;

c.2.3. Ventilação (exceto para o “Depósito de materiais ensacados”)

• Fechamento das laterais e fundo, junto à cobertura, em tela de arame galvanizado (fio 21 e malha 25 mm), altura variável de 0 a 1,00m (compatível com a seção de cada lado);

c.2.4. Cobertura

• Pontalete de madeira de lei 8 x 8 cm;

• Ripa de paraju 4 x 1,5 cm;

• Telha de fibrocimento ondulada 4 mm;

• Forro em compensado;

• Tela galvanizada fio 16, malha 50 mm(empenas);

c.2.5. Pintura

• Tinta látex PVA :Face interna e externa dos painéis de vedação.

c.2.6. Instalação elétrica

• Eletroduto rígido PVC ½”;

• Conduletes PVC inclusive tampa;

• Interruptor simples 10 ampères para conduletes;

• Tomada universal redonda 2 P 10 ampère / 250 volts para conduletes;

• Luminária.

c.2.7. Mobiliário (para o “Depósitos e ferramentaria”)

Será de responsabilidade da CONTRATADA o fornecimento do mobiliário a seguir relacionado, cujos custos deverão estar inclusos nas composições de preços unitários.

• Mesas e cadeiras;

• Balcão;

• Prateleiras.

• Materiais e equipamentos necessários.

O dimensionamento dos quantitativos será efetuado de acordo com a área definida. O pé de direito deve

ter, no mínimo, 2,70 m.

d. Refeitório

d.1. Condições específicas

O refeitório deverá ser dimensionado, durante o desenvolvimento do projeto, pelo SUPERVISOR DE OBRAS e pelo SUPERVISOR DE PROJETOS, de acordo com o porte da obra, e com os requisitos

técnicos das normas regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, visando proporcionar o espaço necessário para a devida acomodação do corpo de funcionários que utilizará as instalações. Destaca-se como sugestão, na figura 3, item a acima, croqui ilustrativo, apenas para orientação no dimensionamento.

As normas regulamentadoras de Segurança e Medicina do trabalho, NR - 18 e NR-24, que determinam as condições mínimas para aceitação de uma instalação estão descritas Tabela 2.

d.2. Materiais

Visando atender a montagem das instalações, apresenta-se, a seguir, uma relação com a especificação geral dos materiais e serviços a serem utilizados na construção das instalações para refeitório.

d.2.1. Pisos

• Área interna:concreto 1:3:6 desempenado e natado, espessura 5cm;

• Passeio: concreto 1:3:6, espessura 5cm, largura de 50cm em todo o contorno dos barracões.

d.2.2. Vedação

• Chapa compensada resinada e=10mm (com cola fenólica);

• Pontalete de madeira de lei 8x8cm;

Figura 5 - Deposito e ferramentaria / deposito de ensacados

60

Tipo de área Requisitos exigidos

Área do Refeitório 1,00 m² / trabalhador , 1/3 do total de empregados por turno

Largura igual 0,75m para circulação principal dos trabalhadores

Bebedouro: 1 unidade / grupo de 50 trabalhadores

Pé direito mínimo de 2,80 m

Largura igual 0,75m para circulação principal dos trabalhadores

Iluminação 150w / 6 m²

Lavatório individual ou coletivo próximo

Aquecedor de marmitas e pia com bancada

Cozinha (se houver) 150w / 4m², pé direito 3,0 m

Ventilação natural Para todas as instalações

Tabela 2 – Requisitos mínimos NR-18 - Refeitório

d.2.3. Cobertura

• Pontalete de madeira de lei 8x8cm;

• Ripa de paraju 4x1,5cm;

• Telha de fibrocimento ondulada 4mm;

• Tela galvanizada fio 16, malha 50mm (empenas);

d.2.4. Ventilação

• Fechamento das laterais e fundo, junto à cobertura, em tela de arame galvanizado (fio 21 e malha 25) mm, altura variável de 0 a 1,00m (compatível com a seção de cada lado);

d.2.5. Pintura

• Tinta látex PVA:

– Face externa dos painéis de vedação;

– Face interna dos painéis das paredes de vedação, altura acima de1,80m.

• Tinta esmalte:

– Face interna dos painéis de vedação até altura 1,80 m.

d.2.6. Instalação hidro-sanitária:

• Tubo PVC solda;

• Tubo PVC esgoto solda (esgoto secundário);

• Engate flexível 30 cm;

• Bolsa de ligação;

• Registro de gaveta bruto;

• Torneira para pia e lavatório;

• Válvula de PVC para pia e lavatório;

• Sifão de PVC para pia e lavatório;

• Caixa sifonada de PVC com grelha redonda branca 100 x 100 x 50 mm;

• Lavatório de louça branca pequeno;

• Conexões e acessórios necessários para a instalação.

d.2.7. Instalação elétrica

• Eletroduto rígido PVC ½”;

• Conduletes PVC (inclusive tampa);

• Interruptor simples 10 ampères para conduletes;

• Tomada universal redonda 2 P 10 ampères / 250 Volts para conduletes;

• Luminária.

O dimensionamento dos quantitativos será efetuado de acordo com a área definida.

d.2.8. Mobiliário

Será de responsabilidade da CONTRATADA o fornecimento de bancos, aquecedor de marmitas e pia com bancada em quantidade adequada ao efetivo da obra.

1.4.5. Elementos de identificação

a. Placa de obra

a.1. Objetivo

Esta determinação do Caderno de Encargos da CONTRATANTE aplica-se aos serviços de instalação das placas de obras

a.2. Definições

As placas de identificação da CONTRATADA (executadas de acordo com as exigências da Resolução CREA nº 407/96, que "regula o tipo e o uso de placas de identificação do exercício profissional em obras, instalações e serviços de Engenharia, Arquitetura e Agronomia" e de eventuais CONSULTORES e FIRMAS ESPECIALIZADAS, bem como da municipalidade local, deverão ter suas dimensões analisadas pela SUPERVISÃO, que determinará, também, o posicionamento de todas as placas no canteiro de serviços.

As placas de obra e de financiamento seguirão o padrão estabelecido pela Gerência de Comunicação da CONTRATANTE.

As placas de obra serão dimensionadas pelo SUPERVISOR DE OBRAS e pelo SUPERVISOR DE PROJETOS, durante o desenvolvimento do projeto, de acordo com a necessidade da obra.

a.3. Materiais e execução

As placas deverão ser confeccionadas de acordo com as seguintes especificações:

• Painel

– Placa em chapa galvanizada nº 24, pré-pintada com fundo supergalvite;

– Fixação da estrutura com rebite em estrutura de metalon 20x30mm, chapa 8 USG (1,27 mm), estaiadas com peças 8x4cm nas peças de sustentação, cantoneira de chapa dobrada 2 1/2”x10 USG (3,6mm), furos Ф 5/16”;

• Estrutura de sustentação

– Peças de madeira (paraju ou goiabão) 12x8cm, inclusive contraventamento;

– Escoramento com peças 8x4cm, entre as peças de sustentação, e outras duas peças de 12x8cm fixadas no solo, 50cm acima do mesmo;

– Pintura em esmalte acetinado branco sobre todas as peças;

• Fixação da placa na estrutura de sustentação.

– Cantoneiras verticais de 2 ½”x3,6mm, e parafuso galvanizado 10cmx1/4” com porcas e arruelas;

Para as placas com dimensões maiores, como, por exemplo, 5x3m, será necessária a utilização de três peças de sustentação.

A CONTRATADA é responsável pela manutenção geral da placa, na ocorrência de algum tipo de dano.

Todas as placas instaladas deverão ser recolhidas, pela CONTRATADA, em um prazo máximo de 90 (noventa) dias após conclusão da obra, quando será emitido o termo de recebimento definitivo.

1.4.6. Elementos de proteção

a. Tapumes

a.1. Objetivo

Esta determinação do Caderno de Encargos da CONTRATANTE aplica-se aos serviços de execução e instalação de tapumes a serem utilizados nas obras da CONTRATANTE. O tipo de tapume, os informes e logomarcas serão especificados pela Gerência de Comunicação da CONTRATANTE, em função da especificidade de cada obra.

a.2. Definições

Os tapumes são dispositivos empregados com o objetivo de isolar o canteiro de obras, impedindo o acesso de elementos estranhos e garantindo a segurança. O tapume será fixo ou móvel, dependendo das necessidades e limitações da obra.

a.3. Execução

Os tapumes serão confeccionados em compensado resinado pintado, alternado ou não com tela de arame galvanizado, conforme padrão fornecido pela Gerência de Comunicação da CONTRATANTE.

a.3.1. Tapume fixo

• Peças de sustentação enterradas 50cm a cada 3,30m;

• Peças de madeira (peças e tábuas)

– Madeira de lei nas dimensões indicadas no padrão;

• Chapas de compensado

– resinado (com cola fenólica)

– espessura igual a 10mm;

• Pintura

– Tinta látex PVA em duas demãos, face interna e externa;

• Tela de arame

– Malha # 2”, fio 14 BWG;

– Conjunto grampo, alça de pinçamento (16,3mm – 50);

a.3.2.Tapume móvel

• Base de concreto 40x40x20cm, no traço 1:4:8;

• Peças de sustentação fixada nas bases a cada 3,30m;

• Escorado pelo lado interno em alguns pontos, a fim de se evitar o tombamento por ações de vento, choques acidentais ou vandalismo;

• Peças de madeira (peças e tábuas)

– Madeira de lei nas dimensões indicadas no padrão;

• Chapas de compensado

– resinado (com cola fenólica)

– espessura igual a 10mm;

• Pintura

– Tinta látex PVA em duas demãos face interna e externa;

• Tela de arame

– Malha # 2”, fio 14 BWG ;

– Conjunto grampo, alça de pinçamento (16,3mm – 50);

a.3.3.Tela-tapume de polipropileno

• Tela de polipropileno 2mm e abertura de malha de 80mm

• Altura: h=1,20m.

• Sustentação: Barras de ferro redondo, onde deverão ser fixados estandartes para publicidade da CONTRATANTE, a serem definidos pela Gerência de Comunicação da CONTRATANTE.

a.3.4. Remanejamento de tapumes

Eventuais remanejamentos de tapumes para novas posições implicam em indenização da mão-de-obra envolvida em item específico, inclusive substituição de eventuais peças danificadas.

1.4.7. Instalação provisória de energia elétrica e telefonia

a. Ligação de padrão de energia elétrica para as unidades da CONTRATANTE

A Diretoria de Iluminação Pública da CONTRATANTE, que objetiva promover o entendimento com as concessionárias, permissionárias e órgãos federais reguladores, aprovar, coordenar o planejamento, cadastro, estudos, projetos, contratos, convênios e acordos na área de Iluminação pública, estabelece, a seguir, os procedimentos técnicos e critérios básicos para a solicitação de ligação de padrão, nas edificações destinadas ao atendimento de instalações de responsabilidade do Poder Público Municipal.

a.1. Âmbito de aplicação

• Diretoria de Iluminação Pública

• Diretoria Operacional

• Diretoria de Projetos

• Regionais

• Demais órgãos da CONTRATANTE

a.2. Definições

a.2.1. Consulta prévia

Busca de informações preliminares que o projetista deve providenciar, junto à concessionária, sobre suas normas para construção de padrão de entrada e fornecimento de energia à edificação. Essa consulta deve preceder a compra de materiais.

a.2.2. Ligação de Obra

Ligação efetuada com medição, sem prazo definido, para atender obras de construção ou reforma de edificação, cuja solicitação e acompanhamento serão de exclusiva responsabilidade da empreiteira contratada para a execução dos serviços.

a.2.3. Ligação Definitiva

As ligações definitivas correspondem às ligações das unidades consumidoras com medição e em caráter definitivo, de acordo com um dos padrões indicados na norma. A CEMIG somente efetuará o desligamento do padrão de obras e fará a ligação definitiva após o pagamento total dos débitos existentes. O padrão de entrada utilizado na ligação de obras poderá ser mantido na unidade consumidora para a ligação definitiva, desde que a carga instalada declarada pelo consumidor seja compatível com as especificações do padrão já existente, bem como com as especificações do projeto final. Quando houver fornecimento em média tensão (S.E.), será necessário contrato. Nesse caso, o solicitante deverá recorrer à CONTRATANTE para as providências necessárias.

a.3. Procedimentos para solicitação

O solicitante deverá enviar à CONTRATANTE as informações necessárias e suficientes para o atendimento de energia das edificações públicas municipais, conforme formulários anexos do item a:

• Anexo 1: formulário para solicitar especificação de padrão/estudo de rede. Informar se for ampliação, apresentando a carga da ampliação e a carga do padrão existente;

• Anexo 2: formulário para ligação definitiva de padrão.

É importante esclarecer que informações incompletas provocam atrasos no atendimento. A complementação das informações deverá ser encaminhada formalmente (e-mail, carta, etc.); caso contrário, os formulários serão devolvidos ao emitente para as devidas providências.

a.4. Prazos para execução - CEMIG

• Especificação de padrão/estudo de rede: 07 (sete) dias corridos;

• Vistoria de padrão de entrada de energia: 06 (seis) dias úteis;

• Ligação de padrão em baixa tensão (B.T.): 06 (seis) dias úteis;

• Ligação de subestação: 06 (seis) dias úteis.

Obs.: a validade do estudo de rede é de 90 (noventa) dias.

a.5. Devolução de documentos para adequação de informações

ANEXO I

MODELO DE PEDIDO ESPECIFICAÇÃO DO PADRÃO

SOLICITANTE

Em, XX de XXX de 2008.

Prezado Senhor,

Solicito de V.Sa. providências junto à CEMIG para a especificação de padrão de energia elétrica e estudo de rede, conforme dados abaixo:

- Nome: XXXXX.

- Endereço completo: XXXXX.

Relação de Carga (esta relação deverá obrigatoriamente constar no projeto elétrico da edificação).

Obs.: informar qual o disjuntor especificado no projeto.

Atenciosamente,

XXXXXXX.

Ao

Sr.

Diretor de Iluminação Pública

ANEXO II

MODELO DE PEDIDO DE LIGAÇÃO

Solicitante

Em, XX de XXX de 2008.

Prezado Senhor,

Solicito de V.Sa. providências junto a CEMIG para a vistoria e ligação definitiva de padrão de energia elétrica, conforme dados abaixo:

- Nome: XXXXX.

- CNPJ: XXXXX.

- A fatura será em nome de: XXXXX.

- Número da contra centralizadora: XXXXX.

- Endereço completo: XXXXX.

- Número do P.S. (quando aprovado pela CEMIG): XXXXX.

Obs.: enviar cópia do boleto de ligação de obra pago.

Atenciosamente,

XXXXX.

Ao

Sr.

Diretor de Iluminação Pública

b. Ligação provisória de telefonia

A ligação do sistema de telefonia da edificação com a rede da concessionária local deve ser executada na entrada de telefone da edificação.

O tipo de entrada a ser empregado na edificação deve ser estabelecido pela concessionária, podendo ser:

• Entrada aérea, diretamente pela fachada;

• Entrada aérea por poste particular;

• Entrada subterrânea.

Solicitar, à Concessionária local, a ligação provisória de telefone, com base em:

• Requerimento, conforme modelo específico da concessionária; e,

• Apresentação do projeto para conhecimento e/ou análise.

Para atender as necessidades de comunicação externa e interna, a CONTRATADA deverá instalar rede telefônica, recaindo sobre ela o ônus da instalação, manutenção e operação, bem como do fornecimento à CONTRATANTE de um ramal telefônico com linha direta, até 5 (cinco) dias da instalação do escritório da supervisão.

1.4.8. Instalação provisória de água e esgoto

O suprimento de água para todos os fins, bem como o afastamento e disposição de águas residuais serão de responsabilidade e ônus da CONTRATADA.

a. Ligação de água

a.1. Para obras de edificações

Para obras de escolas, centros de saúde, espaços multi-uso e outras obras afins, a solicitação de ligação deverá ser feita através de uma das seguintes opções:

• Ofício, elaborado pela empresa CONTRATADA, direcionado à COPASA;

• Diretamente na Agência de Atendimento mais próxima;

• Através da Central de Atendimento COPASA (115).

Deverá ser informado o objetivo da ligação, a demanda diária da obra, o diâmetro necessário, o período estimado para a obra.

A CONTRATADA deverá consultar à COPASA a disponibilidade de atendimento para o padrão definitivo.

A ligação será feita em nome da CONTRATADA, e o serviço de fornecimento para a obra será medido mensalmente, quando será emitida a fatura. Ao final da obra, poderá ser solicitada a alteração do diâmetro (adequando à demanda da edificação, já verificada anteriormente), para a realização dos testes de todas as instalações hidro-sanitárias, quando o diâmetro da edificação não for o mesmo utilizado na obra, e/ou o remanejamento do padrão, se for o caso, e a religação em nome da CONTRATANTE.

A Tabela 3 mostra os consumos, em m³, para o cálculo do consumo estimado para a obra, utilizando a categoria industrial.

Nº de economias (*)

Volume mensal de referência (m3)

Diâmetro do padrão da ligação(e do hidrômetro)

Residencial

1 1 a 15

½” 2 a 20 16 a 75

2 a 20 76 a 270

21 a 35 271 a 450 ¾”

Comercial

1 a 3 1 a 15

½” acima de 3 16 a 75

acima de 3 76 a 270

Industrial

1 1 a 15

½” acima de 2 16 a 75

acima de 2 76 a 270

Público

1 1 a 15

½” acima de 2 16 a 75

acima de 2 76 a 270

Tabela 3 - Dimensionamento de ligação nova

Notas:

(*) Economia: imóvel de uma única ocupação, ou subdivisão de imóvel com ocupação independente das demais, perfeitamente identificável ou comprovável em função da finalidade de sua ocupação legal, dotado de instalação para uso dos serviços dos serviços de água ou de esgoto.

Para ligações mistas que contenham, predominantemente, economias residenciais, prevalece a categoria residencial.

A COPASA deverá ser consultada para ligações destinadas a prédios especiais, tais como alojamentos, hotéis, hospitais, escolas, quartéis, cinemas/teatros, mercados, etc., e também para demanda mensal superior a 450 m3, para a categoria residencial, ou 270 m3, para as categorias comercial, industrial e pública.

b. Ligação de Esgoto

Para obras de escolas, centros de saúde, espaços multi-uso e outras obras afins, o esgoto é considerado “doméstico”.

b.1. Esgoto Doméstico

É esgoto gerado nas residências ou nas instalações hidráulico-sanitárias como cozinha, chuveiro, pia, lavatório, vaso sanitário, ducha sanitária, banheira, bebedouro e mictório.

A ligação de esgoto à rede coletora da COPASA é dividida em duas partes:

b.1.1. Instalação Predial (Ramal Interno)

É a parte da ligação a ser construída pelo cliente. É constituída das tubulações internas, incluindo a caixa de gordura e a(s) caixa(s) de inspeção. Esta parte termina no passeio, ultrapassando a testada do lote, até alcançar 20cm do meio-fio, com uma profundidade mínima de 70cm e máxima de 1m.

Nos locais onde não houver meio-fio definido, a tubulação deverá ultrapassar 1,30m da testada do lote. Havendo necessidade de ultrapassar a profundidade informada, a COPASA deverá ser consultada.

A ponta do tubo deve ser arrolhada com uma bucha de papel, e coberta de terra até que a COPASA execute a ligação. Esta tubulação deverá estar localizada, de preferência, na testada do imóvel, na parte mais baixa do lote.

A manutenção do ramal interno é de responsabilidade do cliente.

Para situações excepcionais, a COPASA deverá ser consultada.

• Caixa de gordura: caixa destinada a coletar e reter os resíduos gordurosos dos esgotos provenientes das pias, dos pisos de copas e cozinhas e das descargas de máquinas de lavar louças.

• Caixa de inspeção: caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade, de diâmetro, de tipo de material e/ou de direção das tubulações.

b.1.2. Ramal Predial (Ramal Externo)

É a parte da ligação a ser construída pela COPASA. Liga a instalação predial à rede coletora e é composta pelas tubulações externas e pelo poço luminar (PL). A sua manutenção é de responsabilidade da COPASA.

• Poço Luminar (PL): caixa situada no passeio, que possibilita a inspeção e desobstrução dos ramais de esgoto e a execução do corte da ligação. O poço luminar, que delimita as responsabilidades de ação entre o cliente e a COPASA, é construído por esta e não pode ser tampado, eliminado, travado ou sofrer qualquer tipo de obstrução pelo cliente.

A ligação de esgoto é executada pela COPASA somente após a vistoria e aprovação do ramal interno. Por isso, deverão ser seguidas as instruções da COPASA antes de construí-lo, e certificar-se das condições de esgotamento das redes da CONCESSIONÁRIA.

b.2. Esgoto não doméstico

São efluentes que possuem características diferentes dos esgotos gerados numa residência, em função das características do seu processo de produção ou de prestação de serviço, além dos materiais utilizados na limpeza do estabelecimento.

Os clientes não-residenciais, cujos imóveis geram “esgoto não-doméstico”, devem seguir as instruções anteriores, relativas ao “esgoto doméstico”, e atender também às exigências do PRECEND – Programa de Recebimento e Controle de Efluentes para Clientes Não-domésticos.

O perfeito funcionamento dos sistemas de esgotamento sanitário operados pela COPASA depende da participação do empreendedor cuja empresa gera esgoto não-doméstico.

O empreendedor que optar por lançar seus efluentes na rede pública coletora de esgotos deverá ingressar no PRECEND – Programa de Recebimento e Controle de Efluentes para Clientes Não-domésticos. Assim, estará repassando à COPASA a responsabilidade pela destinação correta de seus efluentes, reduzindo o seu custo operacional e atendendo às exigências legais dos órgãos competentes, no que diz respeito ao controle da poluição ambiental.

Este programa exige do empreendedor:

• Assinatura do Termo de Compromisso para Recebimento de Efluentes Líquidos;

• Elaboração e apresentação do “Projeto Técnico dos Sistemas de Efluentes Líquidos” – projeto específico para cada tipo de empreendimento, a ser elaborado de acordo com o “Termo de Referência para Recebimento de Efluentes Não Domésticos” e “Norma Técnica T.187 – Lançamento de Efluentes Líquidos Não-domésticos na Rede Pública Coletora de Esgotos “;

• Implantação do projeto técnico aprovado pela COPASA;

• Assinatura do “Contrato de Prestação de Serviços para Recebimento e Tratamento de Efluentes Líquidos de Clientes Não-domésticos”;

• Envio à COPASA dos relatórios de automonitorização dos efluentes líquidos a serem lançados na rede coletora.

Se o empreendimento estiver localizado fora da Região Metropolitana de Belo Horizonte, deverá ser procurado o Escritório Local da COPASA na localidade específica.

1.5. LOCAÇÃO DA OBRA

1.5.1. Obras de Edificações

a. Locação

a.1. Condições específicas

A locação da obra no terreno será realizada a partir das referências de nível e dos vértices de coordenadas implantados ou utilizados para a execução do levantamento topográfico, rigorosamente de acordo com os projetos apresentados pela CONTRATANTE. A locação deverá ser efetuada com equipamentos de precisão compatíveis com os utilizados para o levantamento topográfico, devidamente aferidos segundo normalização própria do INMETRO.

Nos casos em que o movimento de terra já tiver sido executado, inicia-se a locação pelos elementos de fundação, tais como estacas, tubulões, sapatas isoladas ou corridas, entre outros. Caso contrário, a locação será iniciada pelo próprio movimento de terra.

Uma vez locadas e executadas as fundações, locam-se as estruturas intermediárias, como os blocos e baldrames. Os elementos são marcados pelo eixo, definindo-se posteriormente as faces internas, nos casos em que seja necessário, em sapatas corridas, baldrames e alvenarias.

Os cuidados com a locação dos elementos de fundação de maneira precisa e correta são fundamentais para a qualidade final da obra. A execução de todo o restante depende deste posicionamento, e é referência para a estrutura, alvenarias e revestimentos. O tempo empreendido para a correta locação dos eixos iniciais da obra favorece uma economia geral do tempo e do custo total da obra.

A demarcação dos pontos que irão definir a edificação no terreno é executada partindo-se do referencial previamente definido (alinhamento da rua, ponto deixado pelo topógrafo no controle do movimento de terra ou lateral do terreno, etc.), considerando-se três coordenadas, sendo duas planimétricas e uma altimétrica, definindo-se o eixo do elemento a ser demarcado.

Será de responsabilidade da CONTRATADA a verificação da referência de nível – RN - e alinhamento geral da obra, de acordo com os projetos fornecidos pela CONTRATANTE, devendo a SUPERVISÃO ser imediatamente avisada a respeito das divergências porventura encontradas.

A locação planialtimétrica da obra, com a devida marcação dos diferentes alinhamentos e pontos de nível, deverá ser acompanhada e conferida pela SUPERVISÃO, antes que se dê continuidade aos serviços. Os eixos de referência e as referências de nível serão materializados através de estacas de madeira cravadas na posição vertical, ou marcos topográficos previamente implantados em placas metálicas fixadas em concreto. A locação deverá ser global, sobre gabaritos de madeira que envolvam todo o perímetro da obra. Os gabaritos serão perfeitamente nivelados e fixados de modo a resistirem aos esforços de fios de marcação, sem oscilação e possibilidades de fuga da posição correta.

a.2. Execução

A demarcação será realizada com aparelhos topográficos (estação total, nível a laser ou eletrônico, ou, ainda, GPS, se for o caso) e o com auxílio de mangueira, régua, fio de prumo e trena.

A CONTRATADA fará a aferição das dimensões, dos alinhamentos, dos ângulos e quaisquer outras indicações constantes no projeto, com as reais condições encontradas no local. Havendo divergência entre as medidas, a ocorrência será objeto de comunicação por escrito à SUPERVISÃO, que deliberará a respeito.

As referências necessárias à implantação da obra estão contidas nos projetos, e as dúvidas serão sanadas pela SUPERVISÃO.

Para a execução da locação, o gabarito ou tabeira será instalado ao redor de todo o edifício a ser locado, a aproximadamente 1,20m do local da edificação, com altura superior ao nível do baldrame, variando de 0,4m a 1,5m acima do nível do solo.

O gabarito ou tabeira será executado com peças de madeira 8x8cm, espaçadas de 1,50m a 1,80m, nas quais serão fixadas tábuas de 15cm ou 20cm de largura que servirão de suporte para as linhas. As linhas definirão os elementos demarcados, e serão de arame recozido nº 18, ou fio de náilon.

Deverá ser observado o perfeito alinhamento, nivelamento e esquadro do conjunto.

Todos os “pontos notáveis” deverão ser destacados em tinta na cor vermelha, e identificados, concomitantemente, mediante a fixação de um prego 18x30, para a perfeita marcação e conferência da obra. (Figura 11).

Figura 11 - Elementos auxiliadores da locação: tabeira (gabarito)

Em terrenos acidentados e com grande desnível, o gabarito ou tabeira será construído em patamares, como ilustra a Figura 12.

Figura 12 - Tabeira executada em diferentes níveis

As linhas das coordenadas planimétricas cruzam-se definindo o ponto da locação. O ponto é transferido para o solo, com o auxílio do fio de prumo, cravando-se um piquete neste ponto. Para a medição das coordenadas, deve-se tomar sempre a mesma origem, trabalhando-se com cotas acumuladas para evitar a propagação de possíveis erros. Definido o alinhamento dos elementos, determina-se a face, na própria tabeira, colocando-se pregos nas laterais, como ilustra a Figura 13.

Figura 13 – Demarcação do eixo e das faces de um elemento a ser locado

A locação das edificações será executada com recursos de instrumentos de precisão (estação total, nível a laser ou eletrônico, ou, ainda, GPS, se for o caso), devidamente aferidos, sob total responsabilidade da CONTRATADA.

Concluída a locação, a SUPERVISÃO procederá as verificações que julgar oportunas. Somente após a aprovação da locação, por parte da SUPERVISÃO, e respectivo registro no diário de obras, a CONTRATADA poderá dar continuidade aos serviços. A constatação de erro na locação da obra, em qualquer tempo, implicará na obrigação da CONTRATADA, por sua conta e no prazo estipulado, proceder as modificações, demolições e reposições que se fizerem necessárias, a juízo da SUPERVISÃO;

A CONTRATADA manterá, em perfeitas condições, as referências de nível e alinhamentos, permitindo a reconstituição ou aferição da locação em qualquer tempo durante o período de execução da obra;

A SUPERVISÃO deverá atentar para a realização das seguintes atividades específicas:

• Aprovar previamente o conjunto de aparelhos (estação total, nível a laser ou eletrônico ou, ainda, GPS, se for o caso, e trena de aço) a serem utilizados nas operações de locação da obra;

• Verificar se são obedecidas as RN e os alinhamentos estabelecidos por levantamento topográfico original;

• Observar se são obedecidas as recomendações quanto à materialização das referências de nível e dos principais eixos de obra;

• Periodicamente, executar rigorosa verificação para comprovar se a obra está sendo executada de acordo com a locação;

• Efetuar as verificações e aferições que julgar necessárias durante e após a conclusão dos serviços pela equipe de topografia da CONTRATADA.

1.6. PROJETO “AS BUILT”

1.6.1. Objetivo

Esta determinação do Caderno de Encargos da CONTRATANTE aplica-se à padronização dos procedimentos para elaboração de projetos “as built”, de acordo com as alterações e adequações ocorridas no canteiro de obras e às suas inserções no projeto executivo .

1.6.2. Procedimentos

Constatada alguma não conformidade do projeto executivo no canteiro de obras, a SUPERVISÃO solicitará

esclarecimentos e parecer conclusivo da Diretoria de Projetos da CONTRATANTE, através de suas unidades e seus técnicos prepostos. Em comum acordo com a SUPERVISÃO, será definida a modificação necessária a atender a realidade de campo.

Compete à CONTRATADA providenciar os desenhos referentes aos registros das modificações propostas, observando sempre as normas de projetos da CONTRATANTE, durante o decorrer da obra.

Compete à Diretoria de Projetos da CONTRATANTE aprovar, interferir e/ou anexar o novo formato no projeto executivo, conforme procedimentos próprios.

1.7. LIMPEZA DA OBRA

1.7.1. Objetivo

Este item do Caderno de Encargos da CONTRATANTE objetiva estabelecer as diretrizes básicas para os serviços de limpeza nas obras em geral.

1.7.2. Condições gerais

Os serviços de limpeza serão rigorosamente executadas no decorrer da obra.

Durante o desenvolvimento de cada serviço, conforme recomendado em cada item específico, a limpeza será efetuada paralelamente, de modo que cada serviço seja concluído e recebido pela SUPERVISÃO com a limpeza já concluída. O canteiro de obras será mantido em perfeita ordem.

Os entulhos deverão ser removidos diariamente, mantendo os locais de trabalho, barracões, acessos, enfim, toda a obra o mais organizada e limpa possível no decorrer do dia.

Todos os serviços de limpeza, incluindo aqui pavimentos, passeios, guarda corpos, pisos, revestimentos, louças, metais, esquadrias, ferragens, vidros, luminárias, etc., deverão ser executados, conforme capítulos específicos, com escova, estopa, espátula, vassoura, pano seco ou úmido, detergente neutro, sabão neutro e água em abundância. Não será permitida a utilização de qualquer ácido, removedor ou produto químico.

A obra deverá ser entregue em perfeito estado de limpeza e conservação, apresentando o funcionamento ideal de todas as instalações, equipamentos e aparelhos pertinentes, com todas as ligações às redes de serviços públicos (água, esgoto, luz, força, telefone, incêndio, gás, etc.).

A limpeza final abrangerá a desmontagem das instalações provisórias do canteiro, a completa remoção dos materiais provenientes desta desmontagem, bem como dos resíduos e/ou entulhos resultantes da limpeza final da obra.

2. DEMOLIÇÕES E REMOÇÕES

2.1. OBJETIVO

O Caderno de Encargos da CONTRATANTE visa estabelecer as diretrizes gerais para a execução de serviços de demolição e respectiva remoção, fornecendo informações inerentes à sua execução.

2.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA

Para melhor orientação dever-se-á, consultar as seguintes normas:

– NBR 5682 - Contratação, execução e supervisão de demolições;

– NB 18 - Obras de construção, demolição e reparos;

– NBR 10004 - Resíduos sólidos – Classificação;

– NBR 8419 - Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos;

– NBR 8849 - Apresentação de projetos de aterros controlados de resíduos sólidos urbanos;

– NBR 10007 - Amostragem de resíduos sólidos;

– NBR 12235 - Armazenamento de resíduos sólidos perigosos;

– NBR 13221 -Transporte terrestre de resíduo;

– NBR 13463 - Coleta de resíduos sólidos;

– NBR 15112 - Resíduos da construção civil e resíduos volumosos - Área de transbordo e triagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação;

– NBR 15113 - Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes - Aterros - Diretrizes para projeto, implantação e operação;

– NBR 15114 - Resíduos sólidos da construção civil - Áreas de reciclagem -Diretrizes para projeto, implantação e operação;

– Lei 7745 de 09/08/99 – Dispões sobre a remoção de terra e entulho;

– Lei municipal n.º 8.616, de 14 de julho de 2003-Contém o Código de Posturas do município de Belo Horizonte;

– Lei 9.068, de 17 de janeiro de 2005 - Dispõe sobre a coleta, o recolhimento e a destinação final de resíduos sólidos que menciona;

– Lei estadual nº 14.128 de 19 de dezembro de 2001-Dispõe sobre a Política Estadual de Reciclagem de Materiais; DN COPAM nº 07, de 29 de setembro de 1981 (Fixa normas para a disposição de resíduos sólidos);

– Decreto Municipal n.º 5.560 de 07/01/87 - Estipula norma para "bota-foras" de terra e/ou entulhos;

– Decreto Municipal n.º 5.615 de 15/05/87 - Dá nova redação ao artigo 11 do decreto 5.560;

– Decreto municipal n.º 11.601, de 9 de janeiro de 2004 - regulamenta a lei nº 8.616, de 14 de julho de 2003 que contém o Código de Postura de Belo Horizonte;

– Resolução 307/02 do CONAMA;

– Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho;

– Cartilha de Gerenciamento de resíduos sólidos da construção civil 3ª edição - SINDUSCON-MG;

– Lei nº 8459 de 04 de dezembro de 2002.

2.3. CONDIÇÕES GERAIS

E obrigatório um perfeito conhecimento do local e dos serviços por parte da CONTRATADA, de modo que sejam identificadas, sinalizadas e/ou protegidas as redes subterrâneas de serviços por ventura existentes, tais como: drenagem pluvial, água, energia, esgoto, telefone, teleprocessamento e outras.

Os materiais e equipamentos a serem utilizados na execução dos serviços de demolições e remoções atenderão às especificações do projeto, bem como às prescrições da NBR-5682 - “Contratação, execução e supervisão de demolições”, e do Decreto nº 5560 de 08/01/87 da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, que estipula e regulamenta as operações de transporte para bota-fora de terra e/ou entulhos na cidade.

A CONTRATADA deverá elaborar e fornecer, antes do início dos serviços, para apreciação e aprovação da SUPERVISÃO, plano detalhado descrevendo as diversas fases das remoções e demolições previstas no projeto e especificações complementares que considerar necessárias.

Este plano estabelecerá os procedimentos a serem adotados na execução dos serviços, na recuperação, limpeza, armazenamento, transporte e guarda dos materiais ou bens reutilizáveis ou que apresentem interesse histórico, científico ou econômico.

É de responsabilidade da CONTRATADA durante a demolição, os danos que venham a ser causados a terceiros (pessoas e coisas), tais como edificações, transeuntes e empregados da demolidora ou construtora. A contratação de seguro de responsabilidade civil é medida cautelar.

• Obras de Edificações

– Objetos pesados ou volumosos deverão ser descidos mediante o emprego de dispositivos mecânicos, ficando proibido o lançamento em queda livre.

– O material de demolição quando depositado em lajes, não poderá exceder a capacidade de

carga da mesma.

• Obras de infra-estrutura

– O armazenamento do material depositado ou retirado, mesmo que provisório, não deverá obstruir o trânsito das pessoas ou veículos, ou o escoamento natural da águas.

– Os produtos resultantes da demolição, não poderão ser encaminhados para as redes de drenagem urbana através da lavagem.

O pó resultante do acúmulo do entulho deverá ser eliminado através de varrição, evitando a poeira nestes locais.

A CONTRATADA deverá ao longo da obra manter o canteiro de serviço limpo e organizado, removendo todo o entulho, periodicamente.

2.4. DEMOLIÇÕES

2.4.1. Objetivo

O Caderno de Encargos da CONTRATANTE objetiva estabelecer as diretrizes básicas para a execução dos serviços de demolição.

2.4.2. Definição Consiste do ato de desfazer qualquer serviço existente, cujos materiais empregados não tenham condições de reaproveitamento, resultando entulho de obra, que poderá ser removido ou não, para locais a ser autorizados pela SUPERVISÃO.

Os serviços de demolição incluem:

• obras de concreto: Alicerces, muros, galerias, tubos, estruturas a serem demolidas manualmente ou com o auxílio de equipamentos a ar comprimido (compressores e marteletes);

• alvenarias de tijolos independente do tipo, a serem demolidas manualmente ou mecanicamente, visando o reaproveitamento ou não dos materiais;

2.4.3. Condições específicas

a. Equipamentos

Serão utilizados equipamentos adequados a cada tipo de demolição, complementados com o emprego de ferramentas manuais, podendo a SUPERVISÃO vetar o uso de equipamento vibratório, sempre que , a seu critério, isto se fizer necessário.

Poderão ser utilizados tratores de esteiras, quando se tratar de alicerces, pequenos muros e outros de molíveis, mas, somente após o recebimento de autorização por escrito da SUPERVISÃO.

b. Execução

b.1. Orientações iniciais

Antes do início dos serviços, a CONTRATADA procederá um detalhado exame e levantamento das situações e condições da edificação. Deverão ser considerados aspectos importantes, tais como: a natureza da estrutura, o sistema construtivo, os métodos utilizados na construção, o estado de conservação e de estabilidade, o risco de desabamentos, a necessidade de escoramentos ou travamentos e a proteção ou retirada de elementos artísticos ou decorativos.

Os tapumes e outros meios de proteção e segurança serão executados conforme o projeto e as recomendações da norma NBR 5682 da ABNT.

Os serviços só poderão ser iniciados após o recebimento da ordem de serviços respectiva, não devendo serem executadas, escavações desnecessárias e os serviços deverão ser conduzidos de forma a remover todos os entulhos, vegetação, destocamento, etc.

b.2. Obras de edificações

Serão consideradas, também, as condições das edificações e logradouros vizinhos, existência de porões, subsolos, depósito de combustíveis, redes, tubulações e equipamentos de serviços públicos e respectivas normas e determinações dos órgãos e concessionárias de serviços públicos competentes, observando as prescrições contidas nas “Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho”.

Toda e qualquer demolição só poderá ser iniciada pelas partes superiores da edificação, após os devidos escoramentos, preparo de cada local e liberação por parte da SUPERVISÃO. As paredes somente poderão ser demolidas antes da estrutura quando não estiverem na condição de paredes”auto-portantes”. As partes a serem demolidas deverão ser previamente molhadas para evitar poeira em excesso durante o processo de demolição.

As linhas de abastecimento de energia elétrica, água, gás, bem como, canalizações de esgoto e águas pluviais deverão ser removidas ou protegidas, respeitando as normas e determinações das empresas concessionárias de serviços públicos.

A demolição manual será executada progressivamente, utilizando ferramentas portáteis motorizadas ou manuais.

c. Controle

O controle dos serviços de demolição e limpeza será apenas visual. O SUPERVISOR deverá verificar se o serviço foi totalmente executado e de que maneira, respeitando as linhas de demarcação e tendo-se o cuidado para que não haja participação de pessoal e máquina além do necessário. Cuidados especiais deverão ser tomados quanto à segurança do pessoal, na demolição de lajes e paredes.

2.5. REMOÇÃO, TRANSPORTE E DESTINO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

2.5.1. Objetivo

O Caderno de Encargos da CONTRATANTE objetiva estabelecer as diretrizes básicas para a execução dos serviços de remoção, transporte e destino de resíduos da construção civil.

2.5.2. Definições

• Remoção: Consiste no transporte do material até o local de armazenamento na obra ou em veículo apropriado para transporte para fora da obra.

• URPV's - Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes - equipamentos públicos integrantes do sistema de gestão dos resíduos da construção civil, constituem uma rede receptora de materiais, cuja principal finalidade é oferecer solução de destinação para geradores e transportadores de pequenas quantidades de determinados resíduos sólidos especiais.

2.5.3. Condições específicas

a. Execução

a.1. Orientações iniciais

A remoção de materiais demolidos deverá ser efetuada com o emprego de equipamentos e ferramentas adequados, calhas e outros processos de transportes verticais, evitando o lançamento de qualquer material ou elemento em queda livre. A retirada de entulhos poderá ser efetuada por meio de calhas, tubos, equipamentos mecânicos ou por meio de aberturas nos pisos, desde que respeitadas as normas e posturas atinentes, em especial as de proteção do meio ambiente e de segurança e as tolerâncias estipuladas nos itens 7.1.3 e 7.1.4 da norma NBR 5682.

Orientações e cuidados especiais deverão ser observados para evitar o acúmulo de materiais ou entulhos que provoquem sobrecarga em pisos ou peças estruturais ou pressão lateral excessiva em paredes ou em outros elementos da edificação.

Objetos pesados ou volumosos serão removidos, mediante o emprego de dispositivos mecânicos. Peças de grande porte de concreto, aço ou madeira poderão ser içadas e colocadas até o solo, por meio de guindaste ou pelo mesmo processo dos demais entulhos desde que, reduzidas a pequenos fragmentos.

a.2. Obras de edificações

Os elementos da edificação em demolição não poderão ser abandonados em posição que torne viável o seu desabamento, provocado por ações eventuais. Os materiais provenientes da demolição, reaproveitáveis ou não, serão convenientemente removidos para locais indicados pela SUPERVISÃO.

Os materiais, instalações, peças e outros bens, incluindo os artísticos ou decorativos, após suas remoções, serão transportados até os locais indicados no projeto e especificações ou, quando omissos estes, de acordo com as orientações da SUPERVISÃO. Estes materiais receberão os tratamentos indicados no projeto e especificações, para seus futuros usos ou reutilizações.

Quando for viável, após aprovação da SUPERVISÃO, o material poderá ser corretamente reaproveitado. No caso de peças de cunho histórico, o seu destino deverá ser definido pelos SUPERVISORES DE OBRAS E DE PROJETOS.

Os serviços de retirada deverão ser executados de modo a proporcionarem níveis máximos de reaproveitamento. Todos os materiais possíveis de reaproveitamento deverão ser limpos, livres de argamassa ou outros materiais agregados, selecionados e guardados convenientemente até sua remoção do canteiro de serviços. Ficará a cargo da SUPERVISÃO, ouvida a Gerência de Manutenção do Órgão executor da CONTRATANTE, a definição do critério de reutilização e da autorização para liberá-los à CONTRATADA.

As demolições poderão ser totais ou parciais e os materiais delas resultantes serão computados como entulho de obra.

b. Utilização de caçambas

A critério da SUPERVISÃO e obedecendo às prescrições e posturas propostas pela municipalidade, poderão ser utilizadas, em área contígua à obra, se necessário, caçambas de recepção e acondicionamento de entulhos. A remoção do material demolido deverá ser realizada de forma satisfatória, não prejudicando as condições de tráfego das vias utilizadas.

Relaciona-se a seguir as principais considerações para o uso adequado de caçambas:

1 - Certificar se a empresa e seus equipamentos estão licenciados de acordo com a Lei nº 8459 de 04 de dezembro de 2002.

2 - As caçambas deverão conter tarjas refletoras, nome da empresa e número do telefone.

3 - É proibida a colocação de caçambas nos seguintes locais:

• Ponto de táxi;

• Área de carga e descarga;

• Ilha ou refúgio situado ao lado do canteiro central ou sobre este;

• Inclinada em relação ao meio-fio, quando ocupar espaço maior que 2,70 m (dois metros e setenta centímetros) de largura;

• Locais com placas de estacionamento proibido;

• A menos de 5m (cinco metros) da esquina.

4 - A caçamba não poderá, em hipótese alguma, ser removida do local onde a empresa contratada estacioná-la.

5 - É proibido qualquer tipo de incineração no interior da caçamba, assim como ultrapassar o limite da capacidade de carga (sujeito à multa).

6 - É proibido limpar pincéis e rolos sujos de tinta nas caçambas.

7 - É proibido deixar a caçamba carregada na obra ou em vias públicas.

8 - Obedecer os horários de permanência das caçambas em logradouros públicos.

9 - Será permitida a colocação de caçambas no passeio, desde que tenha espaço livre de 1,5m (um metro e meio) junto ao alinhamento da faixa, para trânsito de pedestres.

10 - Sempre que possível, reservar espaço para a colocação de caçambas dentro do canteiro de obras.

11 - Coletar e transportar resíduos acondicionados conforme as normas técnicas NBR 13221 da ABNT.

c. Destino de resíduos

A critério da SUPERVISÃO, os entulhos recolhidos poderão ser encaminhados para as usinas de reciclagem e reaproveitamento da CONTRATANTE, com possibilidade de reutilização, no decorrer da execução da obra, após sistema de beneficiamento, como matéria-prima constituinte de argamassas e concretos, cujo estudo de viabilidade técnica deverá ficar sob responsabilidade da CONTRATADA com a devida aprovação da SUPERVISÃO DE OBRAS e do SUPERVISOR DE PROJETOS.

Pequenos volumes de entulho (até dois metros cúbicos), poderão também ser encaminhados às URPV's Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes. As URPV's são instalações que recebem vários tipos de resíduos sólidos, inclusive os provenientes da construção civil. Todo o material aproveitável é destinado às usinas, onde poderão ser transformados e passarão a compor um outro produto. Os que não forem reciclados são encaminhados aos aterros sanitários. Os “ Pontos de Recebimento de Entulho – PRE's também são pontos alternativos de recebimento, cujo material depositado no entanto é encaminhado sem reciclagem aos aterros sanitários. Relaciona-se em anexo a seguir os endereços das usinas, URPV's e PRE's.

2.5.4. Carga e transporte de material demolido em carrinho de mão, caminhão e caçamba

a. Levantamento (quantitativos de projeto)

a.1. Considerações gerais

Durante o desenvolvimento do projeto o SUPERVISOR DE OBRAS e o SUPERVISOR DE PROJETOS deverão ainda, definir:

• As situações em que será necessário o transporte em carrinho de mão e carga manual. Estes serviços só serão executados quando não for possível a utilização e/ou o acesso de máquinas e equipamentos pesados;

• A utilização ou não de caçambas, cujo quantitativo será levantado separadamente. Porém, utilizando o mesmo critério dos caminhões. Quando o transporte for efetuado em carrinho de mão e posteriormente em caçambas, não será considerada a carga manual;

• As situações em que o transporte será executado em carrinho de mão, nas quais já está incluída a operação de carga, devendo este volume ser coincidente com o volume a ser transportado, seja em caminhão ou caçamba;

a.2. Levantamento do material a ser transportado

a.2.1. Alvenaria, concreto, meio-fio

O material a ser transportado será levantado por metro cúbico (m³) de demolição a ser executado, considerando-se o volume efetivo dos elementos a serem demolidos, apropriado com base nas dimensões das peças íntegras, acrescentando-se um empolamento estimado de 60%. No caso de meio-fio, apesar de estar expresso na tabela em metros, será calculado o seu volume efetivo baseado na dimensão da peça íntegra acrescentando-se 60% de empolamento.

No caso de demolição de grandes áreas ( como pavimentos inteiros) de construções de alvenaria, para o cálculo do volume a ser transportado, será levantada a área em m2 e multiplicado por um coeficiente fixo igual a 0,60 m (altura média), valor calculado com base em apropriações de demolição.

a.2.2. Placas divisórias, revestimento de parede e piso, telhas, esquadrias em geral, forros, quadros, bancadas, alambrado, pisos, passeios e pavimentos

O serviço será levantado por metro cúbico (m³) considerando-se a metragem quadrada apurada através do critério específico de cada item e multiplicando-a por um coeficiente fixo igual a 0,05 m (espessura média). Ao valor obtido em m³ será acrescentado um empolamento estimado de 60%.

a.2.3. Calhas, cercas, peças diversas, marcos e alizares

Estes itens não serão computados para efeito de levantamento do volume a ser efetivamente transportado, por não representarem valor significativo.

a.2.4. Engradamento de telhado

O material a ser transportado será levantado por metro cúbico (m³), considerando-se a metragem quadrada apurada através do critério específico deste item e multiplicando-a por um coeficiente fixo igual a 0,0102 m³/ m². Ao valor obtido em metros cúbicos (m³), será acrescentado um empolamento estimado de 60%.

a.3. carregado

O levantamento da carga, manual ou mecânica, será realizada para transporte em caminhão ou caçamba, seguindo os mesmos critérios do item a.2 - levantamento de material a ser transportado.

a.4. Distância média de transporte (DMT)

a.4.1. Transporte em caminhões

As distâncias médias de transporte serão determinadas pelo SUPERVISOR DE PROJETOS e pelo SUPERVISOR DE OBRAS durante o DESENVOLVIMENTO DO PROJETO, através do percurso do trajeto que melhor atenda aos interesses da administração, desde os centros de massa do local de carga (corte, empréstimo ou jazida) até a área destinada à descarga (aterro, bota-fora ou depósito).

A distância média de transporte adotada será a média entre o percurso de ida e volta aos destinos acima descritos e serão separadas entre os seguintes intervalos:

• DMT 1 km;

• 1 km < DMT 2 km;

• 2 km < DMT 5 km;

• MT > 5 km;

Para os primeiros intervalos, DMT 1 km e 1km < DMT 2 km, os serviços serão medidos em metros cúbicos (m³) desconsiderando-se aqui, para efeito de cálculo de quantidades, a distância de transporte efetiva e para os demais intervalos, em metros cúbicos x quilômetro (m³ x km).

a.4.2. Transporte em carrinho de mão

Os volumes levantados no item a.2 serão separados entre os seguintes intervalos:

• DMT50 m

• 50 <DMT 100 M

a.5. Transporte em caçamba

Para o levantamento do transporte em caçamba transformar o volume levantado do material demolido no item a.2 em viagens, dividindo-se o volume total pelo volume da caçamba - Volume médio= 6,00 m3.

A critério da SUPERVISÃO, se necessário, o transporte poderá ser efetuado em caçambas. A CONTRATADA deverá respeitar rigorosamente a legislação municipal vigente, no que diz respeito aos locais e horários adequados para descarga, estacionamento e recolhimento das caçambas.(Ver item 2.5.3.b).

Em nenhuma hipótese materiais provenientes de demolições ou entulhos em geral poderão ser carregados em caçambas juntamente com materiais provenientes de escavações, desmatamento, etc.

3. TRABALHOS EM TERRA

3.1. OBJETIVO

Esta determinação do Caderno de Encargos se aplica de forma genérica ao conjunto de operações de escavações e aterros, manuais ou mecânicos, necessárias à adequação do terreno ou às exigências de um determinado projeto a ser implantado. Se aplica ainda às situações em que se faz necessária a escavação e/ou reaterro de valas visando o acondicionamento de tubulações e execução de fundações superficiais.

As referidas operações se resumem em:

• Escavação mecânica com ou sem carga;

• Transporte do material, inclusive descarga;

• Aterro compactado;

• Escavação e reaterro de valas.

3.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA

Para melhor orientação consultar as seguintes normas:

– Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho;

– Deliberações Normativas da Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente (SMAMA);

– NBR 5681 - Controle tecnológico da execução de aterros em obras de edificações;

– NBR 9895 - Solo-Índice de Suporte Califórnia;

– Norma DNER 049/94 - Índice de Suporte Califórnia

– Norma DNER – ES – 278/94 Terraplenagem – Serviços preliminares;

– Norma DNER – ES - 279/97 – Terraplenagem – Caminhos de serviço;

– Norma DNER – ES – 280/94 Terraplenagem – Cortes;

– Norma DNER – ES – 281/94 Terraplenagem – Empréstimo;

– Norma DNER – ES – 282/94 Terraplenagem – Aterros;

– Norma DNER – ME 80-94 – Solos – Análise granulométrica por peneiramento;

– Norma DNER – ME 82-64 – Solos – Determinação do limite de plasticidade;

– Manual Prático de Escavação Terraplenagem e Escavação de Rocha – Hélio de Souza Ricardo, Guilherme Catalini, 2ª Ed. - Editora Pini

3.3. CONDIÇÕES GERAIS

3.3.1. Considerações gerais sobre empolamento

Um fenômeno característico dos solos, importante na terraplanagem é o empolamento ou expansão volumétrica. Quando se escava o terreno natural, a terra que se encontra num estado de compactação, proveniente do seu próprio processo de formação, experimenta uma expansão volumétrica que chega a ser considerável na maior parte dos casos.

Após o desmonte a terra assume, portanto, volume solto maior do que aquele em que se encontrava em seu estado natural e, consequentemente, com a massa específica solta correspondente ao material solto, obviamente menor do que a massa específica natural.

Assim sendo, os volumes de material a serem carregados e transportados são maiores do que os volumes medidos no corte.

Ressalta-se também a diferença entre “Fator de conversão” empregado para o cálculo do volume de empréstimo, necessário para os aterros e “Fator de empolamento”. Os solos soltos, se trabalhados com equipamentos especiais (rolos compactadores), sofrem elevada diminuição de volume, ou compactação, causada pela aproximação dos grãos, devida à redução do volume de vazios. Assim para execução de um determinado volume de aterro, é necessário um volume maior do que aquele determinado pelo volume final da cava. Este volume de aterro será portanto calculado a partir da seguinte relação:

• Volume de corte (Vc) = fator de conversão (f) x volume de aterro(V), onde:

– Fator de conversão (f) = massa específica do material compacto (c)

massa específica do material em estado natural (n)

Para determinação da massa específica do material compacto (c) e da massa específica do material em

estado natural (n), deverão ser realizados ensaios in loco.

3.3.2. Classificação dos materiais

Os materiais ocorrentes nos serviços de terraplenagem serão classificados em três categorias, conforme determinação do SUPERVISOR DE OBRAS e do SUPERVISOR DE PROJETOS, durante o desenvolvimento do projeto, e de acordo com as seguintes definições:

a. Materiais de primeira categoria

Solo em geral, residual ou sedimentar, seixo rolado ou não, com diâmetro máximo inferior a 0,15 metros.

b. Materiais de segunda categoria

Constituído por rocha em decomposição que permite a remoção com o uso de escarificador, lâminas ou canto de lâminas de equipamento rodoviário, sem a utilização de desmonte especializado (ex.: explosivo, perfuratriz etc.). Estão incluídos nesta classificação os blocos de rocha de volume inferior a 2,0 m3 e os matacões ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 e 1,0 m.

c. Materiais de terceira categoria

Constituído por rocha sã em que será necessário o uso de explosivo ou perfuratriz para sua remoção. Inclui- se neste seguimento blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,0 m ou volume igual ou superior a 2,0 m3.

3.4. CAMINHOS DE SERVIÇO

3.4.1. Objetivo:

O Caderno de Encargos da CONTRATANTE objetiva estabelecer as diretrizes básicas para a execução dos caminhos de serviço nos canteiros de obras.

3.4.2. Definições

Os caminhos de serviço são construídos para permitir o trânsito de equipamentos e veículos em operação, com a finalidade de interligar cortes e aterros, assegurar acesso ao canteiro de serviço, empréstimos, jazidas, obras-de-arte, fontes de abastecimento de água e instalações diversas previstas nos canteiros de obras.

3.4.3. Condições específicas

a. Equipamentos

A implantação dos caminhos de serviço será executada mediante utilização de equipamento adequado e do emprego acessório de serviços manuais.

No caso de caminhos de serviço implantados com simples raspagem do solo natural, poderão ser utilizadas motoniveladoras,objetivando limpeza de vegetação rasteira e solo orgânico. Para o caso de espessuras maiores de corte, serão usados tratores com lâminas tipo angulável.

Os caminhos de serviço deverão ser devidamente conservados com o uso de motoniveladoras, bem como carros-pipa para irrigação, objetivando eliminação da poeira, quando esta estiver prejudicando a visibilidade dos usuários.

b. Execução

Os caminhos de serviço deverão possuir condições de rampa, desenvolvimento drenagem necessárias à utilização racional do equipamento e veículos. Deverão ainda receber revestimento primário em espessura mínima suficiente para garantia do tráfego, quando assim for necessário.

Os caminhos de serviços, só serão executados mediante autorização prévia da Supervisão.

c. Controle

Os caminhos de serviço deverão ser executados em conformidade com as diretrizes determinadas pela SUPERVISÃO, com largura suficiente que permita o cruzamento dos veículos e equipamentos, velocidade adequada ao equipamento transportador e boa visibilidade.

3.5. DESMATAMENTO, DESTOCAMENTO E LIMPEZA DO TERRENO

3.5.1. Objetivo

O Caderno de Encargos da CONTRATANTE visa estabelecer, sempre que as condições locais exigirem e antes do início dos os trabalhos relativos à implantação geral da obra, a execução dos serviços de

desmatamento, destocamento e limpeza do terreno, nas áreas destinadas a implantação da obra e naquelas correspondentes aos empréstimos.

3.5.2. Definições

Os serviços de desmatamento, destocamento e limpeza do terreno compreendem:

• Capina manual consiste no corte e remoção de toda a vegetação (capim ou erva que seja considerado inconveniente, removendo as raízes da camada superficial do terreno, apenas com o emprego de ferramentas manuais;

• Desmatamento, destocamento e limpeza, inclusive transporte até 50 m, se desenvolve em três etapas assim definidas:

– Desmatamento compreende o corte e a remoção de toda a vegetação, qualquer que seja a sua densidade;

– Destocamento compreende a operação de corte e remoção de tocos de árvores e raízes após o serviço de desmatamento, na profundidade necessária até o nível do terreno considerado apto para a terraplanagem;

– Limpeza compreende a operação de remoção da camada de solo orgânico, na profundidade suficiente para a remoção de detritos de origem vegetal, bem como de quaisquer outros objetos e materiais indesejáveis que ainda subsistam.

• Desmatamento, destocamento e limpeza exclusive transporte, se desenvolve como as etapas do item anterior, porém , somente para distancias superiores a 50 m, onde a carga e o transporte, deverão estar relacionados a parte.

• Roçamento com roçadeira mecânica compreende a operação de capina mecânica que é o corte e remoção da vegetação em superfícies regularizadas sem pedra nem tocos, sendo praticada com objetivo de tornar as áreas marginais das rodovias, taludes ou praças, livres de vegetação daninha, dando-lhes melhor aspecto e condições de visibilidade, ou com a finalidade de evitar a propagação do fogo.

• Destocamento, despraguejamento manual de vegetação consiste na retirada de ervas daninhas e pragas consideradas inconvenientes, por processo manual.

3.5.3. Condições específicas

a. Equipamentos

Os equipamentos deverão ser inspecionados e aprovados pelo SUPERVISOR quanto às possíveis deficiências, mau estado ou inadequação do equipamento, quando poderá requerer a CONTRATADA o reparo, a retirada ou as substituições necessárias dos mesmos visando o bom desempenho dos serviços.

Os serviços poderão ser executados mecânica e/ou manualmente, com utilização de equipamentos adequados e de acordo com definição do SUPERVISOR DE OBRAS.

a.1. Capina, roçamento e despraguejamento

a.1.1. Capina manual

Nesta operação manual, destocamento e despraguejamento manual, serão usadas ferramentas como: foice, ancinho, machado, garfo, gadanho, facão, pá, carrinhos-de-mão, etc., sendo da contratada a responsabilidade sobre os mesmos.

a.1.2. Capina mecânica

Os equipamentos utilizados neste serviço são: uma roçadeira mecânica articulada, acoplada a trator agrícola, duas roçadeiras portáteis, para operações em áreas restritas.

a.2. Desmatamento, destocamento e limpeza

O equipamento será função da densidade e tipo de vegetação, das condições de suporte do terreno natural e dos prazos exigidos para conclusão do serviço, e compreendem as seguintes unidades:

• serras mecânicas portáteis;

• tratores de esteira com lâmina frontal;

• tratores de pneus com lâmina frontal;

• motoniveladoras;

• guinchos;

• escarificadores;

• Ferramentas manuais diversas, como motoserras, foices, machado, alavancas, pás, enxadas, picaretas etc.

b. Execução

O corte de vegetação de porte arbóreo, fica subordinado às seguintes exigências e providências:

• Obtenção de licença, em se tratando de árvores com diâmetro de tronco igual ou superior a 5 cm, medido à altura de 1,3m, acima do terreno circundante;

• Em se tratando de vegetação de menor porte, isto é, arvoredo com diâmetro de tronco inferior a 5 cm, o pedido de licença poderá ser suprido por comunicação prévia à municipalidade que procederá verificação e fornecerá comprovante;

• O desmatamento deverá obedecer às determinações das Deliberações Normativas nº 05 de agosto de 1989, nº 08 de 08 de julho de 1992, nº 11 de março de 1992, nº 13 de março de 1992 e da nº 22 de outubro de 1999, todas da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e mediante uma análise prévia a ser realizada por profissional habilitado, no caso, um Engenheiro Agrônomo ou Florestal,em respeito às atribuições e competências propostas pelo CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia;

Todo o material proveniente do desmatamento, destocamento, limpeza e raspagem será removido e/ou

estocado em local adequado e a ser definido em conjunto com a SUPERVISÃO. A remoção ou a

estocagem dependerá de eventual utilização, a critério da SUPERVISÃO, não sendo permitida a permanência de entulhos nos locais/regiões que possam provocar a obstrução do sistema de drenagem natural ou da obra, bem como dificultar o trânsito e a segurança dos funcionários. Não é permitida a queima do material em referência.

As operações correspondentes aos serviços de desmatamento, destocamento e limpeza deverão ser realizadas dentro da linha de contorno situada 2 (dois) metros além das áreas de implantação das estruturas de concreto, canteiros, pilhas de estoque, jazida e maciço.

No caso de jazida de empréstimo, o material proveniente do desmatamento e limpeza, deverá ser estocado em local determinado pela Supervisão, ou constante do projeto, podendo eventualmente ser transportado para as áreas de onde for retirado o material de empréstimo, após seu conveniente acabamento e acerto.

Nas áreas destinadas a cortes, a camada correspondente a 60 (sessenta) centímetros abaixo do perfil natural deverá ficar isenta de tocos e raízes.

Nas áreas destinadas a aterro de cota vermelha superior a 2,00m, o desmatamento deverá ser executado de modo que o corte das árvores fique, no máximo, ao nível do terreno natural. Para aterros de cota vermelha abaixo de 2,00m será exigida a remoção da capa do terreno contendo raízes e restos vegetais.

Nenhum movimento de terra poderá ser iniciado enquanto as operações de desmatamento, destocamento e limpeza, das áreas de interesse, não estiverem totalmente concluídas, salvo liberação antecipada por parte da SUPERVISÃO.

Para remoção ou estoque do material originário do desmatamento e destocamento, a critério da SUPERVISÃO, poderão ser utilizados caminhões ou caçambas, desde que sejam respeitadas as prescrições e posturas propostas pela municipalidade. Deverá ainda ser controlada, a remoção do material de forma satisfatória, a fim de que não sejam prejudicadas as condições de tráfego das vias circundantes.

Os locais de bota-fora dos materiais provenientes do desmatamento, destocamento e limpeza, salvo no caso de reutilização, serão indicados no projeto ou no documento de licenciamento emitido pela CONTRATANTE, ou outro local, a critério da SUPERVISÃO.

c. Controle

c.1. Controle na execução

O controle das operações de desmatamento, destocamento e limpeza será efetuado por inspeção visual da qualidade dos serviços.

c.2. Controle geométrico

O controle geométrico consiste de:

• Nivelamento do eixo e de pontos ao longo da seção transversal, envolvendo, no mínimo, 3 (três) pontos, antes e depois da operação limpeza;

• Inspeção por técnico da SUPERVISÃO, com intuito de avaliar o diâmetro e a qualidade das árvores removidas;

• Medida das áreas, objeto de desmatamento e limpeza.

c.3. Aceitação

Os serviços devem ser aceitos, quando atendidas as seguintes condições:

• A qualidade dos serviços executados, avaliada visualmente pela SUPERVISÃO, seja julgada satisfatória;

• A camada vegetal, inclusive raízes, tenha sido removida de forma eficiente.

3.6. ESCAVAÇÃO MECÂNICA INCLUSIVE TRANSPORTE ATÉ 50 m

3.6.1. Objetivo

Esta determinação do Caderno de Encargos da CONTRATANTE aplica-se aos serviços de escavação mecânica, em material de 1ª ou 2ª categorias, com trator de esteira, exclusivamente usado na execução de cortes, onde a distância de transporte do material não ultrapasse 50m, no interior dos limites das seções do projeto, que definem o greide e a plataforma ou em seções mistas, onde o material de corte é lançado no aterro lateral.

3.6.2. Definições

Este tipo de escavação será utilizada sempre que a distância entre os centros de massa de corte e aterro for inferior a 50 m, ao logo do eixo e no interior dos limites das seções do projeto que definem a largura da via ou em seções mistas onde o material do corte é lançado no aterro lateral. A escavação é feita exclusivamente com trator de esteira.

3.6.3. Condições específicas

a. Equipamentos

A escavação de cortes, nas condições desta especificação, será executada mediante a utilização racional de equipamentos adequados, que possibilitem a execução dos serviços com a produtividade requerida. Serão empregados tratores de esteiras equipados com lâminas e, quando for o caso, escarificador.

A potência do trator empregado será aquela requerida para a execução do serviço, não podendo ser inferior a 140 HP.

A SUPERVISÃO poderá ordenar a retirada, acréscimo, supressão ou troca de equipamentos, sempre que constatar deficiência no desempenho dos mesmos, falta de adaptabilidade aos trabalhos aos quais estão destinados, bem como a necessidade de se propulsionar o desenvolvimento dos trabalhos, em respeito às exigências de prazo da obra.

b. Materiais

Os materiais ocorrentes nos cortes, cuja implantação será efetuada, serão classificados em três categorias, conforme especificação no item 3.3.2 deste capítulo.

c. Execução

Antes do início dos serviços de terraplanagem, o SUPERVISOR DE OBRAS, juntamente com o SUPERVISOR DE PROJETOS, solicitarão equipe de topografia de empresa contratada, que verificará as seções primitivas, possibilitando a confirmação do levantamento topográfico do projeto e um consenso sobre a seção a ser adotada.

A escavação subordina-se-a aos elementos técnicos, fornecidos à CONTRATADA e constantes das notas de serviço elaboradas em conformidade com o projeto, bem como de uma programação de trabalho aprovada pelo SUPERVISOR.

A escavação será precedida da execução dos serviços de desmatamento, destocamento e limpeza.

Os trechos a serem escavados deverão ser limitados, sinalizados e protegidos segundo as recomendações constantes das Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, garantindo as condições de circulação e segurança para todos os funcionários, pedestres e para o trânsito de um modo geral.

As operações deste processo de escavação compreendem:

• Escavação e transporte até 50 m, dos materiais constituintes do terreno natural, até o greide da terraplenagem indicado no projeto;

• Escavação, em alguns casos, dos materiais constituintes do terreno natural, em espessuras abaixo do greide da terraplenagem, iguais a 60cm, quando se tratar de solos de elevada expansão, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos, conforme indicações do projeto, complementadas por observações da SUPERVISÃO durante a execução dos serviços;

O trator de lâmina executa todas as operações da terraplanagem: escava, transporta e espalha o material através de sucessivas passadas da lâmina.

O desenvolvimento da escavação se processará mediante a previsão da utilização adequada ou rejeição dos materiais extraídos. Assim, apenas serão transportados para constituição dos aterros, os materiais que sejam compatíveis com as especificações de execução dos aterros, em conformidade com o projeto.

Atendido o projeto e desde que técnica e economicamente viável, a juízo da SUPERVISÃO, as massas em excesso que resultariam em bota-fora poderão ser integradas aos aterros, constituindo alargamentos da plataforma, adoçamento dos taludes ou bermas de equilíbrio. A referida operação deverá ser efetuada desde a etapa inicial da construção do aterro.

Nos cortes e aterros indicados no projeto, deverão ser providenciadas todas as proteções quanto à erosão e deslizamento de taludes, drenagem, revestimentos e demais serviços que se tornarem necessários à estabilidade da obra. Para tanto a CONTRATADA deverá apresentar à SUPERVISÃO o escopo básico das soluções propostas para cada uma das situações.

Quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada ocorrência de solos de expansão maior que 2%, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos, promover-se-á rebaixamento na espessura indicada em projeto, procedendo-se à execução de novas camadas constituídas de materiais selecionados.

Constatada a conveniência técnica e econômica de materiais escavados nos cortes, para a confecção das camadas superficiais da plataforma, será procedido o depósito dos referidos materiais em locais determinados pela SUPERVISÃO, para sua oportuna utilização.

Nas aberturas de vias, os serviços de terraplenagem e escavação com corte devem prever a abertura de toda a caixa do logradouro (rua e passeio) conforme o CP (Cadastro de Parcelamento). O pé do talude de corte deverá estar no alinhamento dos terrenos lindeiros à via e o talude para dentro das propriedades, deixando toda a área do passeio desimpedida, facilitando a acessibilidade e o trânsito de pedestres.

d. Controle

Os taludes deverão apresentar a superfície desempenada obtida pela normal utilização do equipamento de escavação. Não será permitida a presença de blocos de rocha ou matacões nos taludes, que possam colocar em risco a segurança dos usuários.

O acabamento da plataforma de corte será procedido mecanicamente, de forma a alcançar-se a conformação da seção transversal do projeto, admitidas as seguintes tolerâncias:

• Variação de altura máxima de 0,10 m para o eixo e bordos;

• Variação máxima de largura + 0,20 m para cada semi-plataforma, não se admitindo largura menor que a indicada no projeto.

A SUPERVISÃO deverá atentar-se para a possibilidade de haver na região próxima à obra em execução, outras obras da CONTRATANTE que possam ceder, ou a ela ser fornecida, terra a ser utilizada em aterros.

3.7. ESCAVAÇÃO E CARGA MECANIZADA

3.7.1. Objetivo

Esta determinação do Caderno de Encargos da CONTRATANTE aplica-se aos serviços de escavação e carga mecanizada, para implantação de corte ao longo do eixo e no interior dos limites das seções transversais.

3.7.2. Definições

Este tipo de escavação é utilizada na implantação de cortes em segmentos das vias, onde a distância de transporte seja superior a 50 metros ou quando as condições locais não permitirem o uso de moto-escavo- transportador, bem como a execução de cortes para empréstimos ou para remoção de solos inadequados, de modo que tenhamos no final o greide de terraplenagem estabelecido no projeto.

3.7.3. Condições específicas

a. Equipamentos

Na escavação serão empregados tratores de esteiras ou pneus, equipados com lâmina e, quando for o caso, escarificador. A potência dos tratores empregados será aquela requerida para a execução dos serviços, não podendo ser inferior a 140 HP.

Para a operação de carga serão utilizadas pás carregadeiras de pneus, com potência mínima de 100 HP, para materiais sem ou com pouca umidade, e de pás carregadeiras de esteiras quando houver teor de umidade que obrigue esta opção, principalmente no caso de preparação das bases dos aterros.

A SUPERVISÃO poderá ordenar a retirada, acréscimo, supressão ou troca de equipamentos, sempre que constatar deficiência no desempenho do mesmo ou falta de adaptabilidade aos trabalhos aos quais estão destinados, bem como a necessidade de se propulsionar o desenvolvimento dos trabalhos, em respeito às exigências de prazo da citada obra.

b. Materiais

Os materiais referentes aos serviços de escavação mecanizada, serão classificados em três categorias, conforme especificação no item 3.3.2 deste capítulo.

c. Execução

Antes do início dos serviços de terraplanagem, o SUPERVISOR DE OBRAS, juntamente com o SUPERVISOR DE PROJETOS, solicitará equipe de topografia de empresa contratada, que verificará as seções primitivas, possibilitando a confirmação do levantamento topográfico do projeto e um consenso sobre a seção a ser adotada.

A escavação subordina-se-a aos elementos técnicos, fornecidos à CONTRATADA e constantes das notas de serviço elaboradas em conformidade com o projeto, bem como de uma programação de trabalho aprovada pelo SUPERVISOR.

A escavação será precedida da execução dos serviços de desmatamento, destocamento e limpeza.

Os trechos a serem escavados deverão ser limitados, sinalizados e protegidos, garantindo as condições de circulação e segurança para todos os funcionários, pedestres e para o trânsito de um modo geral.

As operações deste processo de escavação compreendem:

• Escavação e carga dos materiais constituintes do terreno natural, até o greide da terraplenagem indicado no projeto;

• Escavação e carga dos materiais constituintes do terreno natural, em espessura abaixo do greide da

terraplenagem, quando se tratar de solos de elevada expansão, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos, conforme indicações do projeto, complementadas por observações da SUPERVISÃO durante a execução dos serviços;

• Escavação e carga dos materiais retirados em empréstimos indicados no projeto;

• Retirada, por escavação e carga, das camadas de má qualidade, visando ao preparo das fundações do aterro, sendo que o volume a ser retirado constará do projeto.

O desenvolvimento da escavação se processará mediante a previsão da utilização adequada ou rejeição dos materiais extraídos. Assim, apenas serão transportados para constituição dos aterros, os materiais que sejam compatíveis com as especificações de execução dos aterros, em conformidade com o projeto.

Atendido o projeto e desde que técnica e economicamente viável, a juízo da SUPERVISÃO, as massas em excesso que resultariam em bota-fora poderão ser integradas aos aterros, constituindo alargamentos da plataforma, adoçamento dos taludes ou bermas de equilíbrio. A referida operação deverá ser efetuada desde a etapa inicial da construção do aterro.

Nos cortes e aterros indicados no projeto, deverão ser providenciadas todas as proteções quanto à erosão e deslizamento de taludes, drenagem, revestimentos e demais serviços que se tornarem necessários à estabilidade da obra. Para tanto a CONTRATADA deverá apresentar à SUPERVISÃO o escopo básico das soluções propostas para cada uma das situações.

Quando ao nível da plataforma dos cortes for verificada ocorrência de solos de expansão maior que 2%, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos, promover-se-á rebaixamento na espessura indicada em projeto, procedendo-se à execução de novas camadas constituídas de materiais selecionados.

Constatada a conveniência técnica e econômica de materiais escavados nos cortes, para a confecção das camadas superficiais da plataforma, será procedido o depósito dos referidos materiais em locais determinados pela SUPERVISÃO, para sua oportuna utilização.

Nas aberturas de vias, os serviços de terraplenagem e escavação com corte devem prever a abertura de toda a caixa do logradouro (rua e passeio) conforme o CP (Cadastro de Planta). O pé do talude de corte deverá estar no alinhamento dos terrenos lindeiros à via e o talude para dentro das propriedades, deixando toda a área do passeio desimpedida, facilitando a acessibilidade e o trânsito de pedestres.

d. Controle

Os taludes deverão apresentar a superfície desempenada obtida pela normal utilização do equipamento de escavação. Não será permitida a presença de blocos de rocha ou matacões nos taludes, que possam colocar em risco a segurança dos usuários.

O acabamento da plataforma de corte será procedido mecanicamente de forma a alcançar-se a conformação da seção transversal do projeto, admitidas as seguintes tolerâncias:

• Variação de altura máxima de + ou - 0,10m para o eixo e bordos;

• Variação de largura máxima de + 0,20 m para cada semi-plataforma, não se admitido variação para menos.

A SUPERVISÃO deverá atentar-se para a possibilidade de haver na região próxima à obra em execução, outras obras da CONTRATANTE que possam ceder, ou a ela ser fornecida, terra a ser utilizada em aterros.

3.8. ESCAVAÇÃO E CARGA MECANIZADA EM MATERIAL DE 3ª CATEGORIA

3.8.1. Objetivo

Esta determinação do Caderno de Encargos da CONTRATANTE aplica-se aos serviços caracterizados pela implantação de cortes, em áreas que exigem uso contínuo de máquinas, de equipamentos especiais, e/ou explosivos.

3.8.2. Definição

Material de 3º categoria é constituído por rocha sã em que será necessário o uso de explosivo ou perfuratriz para sua remoção. Inclui-se neste seguimento blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,0 m ou volume igual ou superior a 2,0 m3.

3.8.3. Condições específicas

a. Equipamentos

Para a escavação de corte em rocha, serão utilizados compressores de ar e perfuratrizes pneumáticas para o preparo das minas, podendo ser usadas também perfuratrizes elétricas. Para a limpeza da praça de trabalho e desagregação do material explodido, serão usados tratores de potência mínima de 140 HP, equipados com lâminas e escarificadores. Para o carregamento do material, serão usadas escavadoras de potência adequada, dotadas preferencialmente de esteiras, podendo ser usadas escavadeiras de pneus em casos excepcionais.

Eventualmente, a critério da SUPERVISÃO e em função da espessura de rocha a ser removida, poderão ser utilizados equipamentos a ar comprimido (compressores e rompedores) para o desmonte.

b. Materiais

Os materiais de 3ª categoria compreendem aqueles que apresentam resistência ao desmonte mecânico, equivalente à da rocha não alterada e blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,00 m ou de volume igual ou superior a 2,00 m3, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processem somente com o emprego contínuo de equipamento a ar comprimido e/ou explosivos.

A classificação do material extraído será efetuada por Comissão designada pelo Órgão Contratante da CONTRATANTE, inclusive quando o material de 3ª categoria não puder ser isolado dos materiais de 1ª e 2ª categorias.

c. Execução

Antes do início dos serviços de terraplanagem, o SUPERVISOR DE OBRAS, juntamente com o SUPERVISOR DE PROJETOS, solicitará equipe de topografia de empresa contratada, que verificará as seções primitivas, possibilitando a confirmação do levantamento topográfico do projeto e um consenso sobre a seção a ser adotada.

A escavação subordina-se-a aos elementos técnicos, fornecidos à CONTRATADA e constantes das notas de serviço elaboradas em conformidade com o projeto, bem como de uma programação de trabalho aprovada pelo SUPERVISOR.

Os trechos a serem escavados deverão ser limitados, sinalizados e protegidos, garantindo as condições de circulação e segurança para todos os funcionários, pedestres e para o trânsito de um modo geral.

As operações deste processo de escavação compreendem:

• Preparação conveniente das minas na área onde será dado o fogo;

• Acionamento dos dispositivos de fogo;

• Escavação e carga do material explodido, na espessura determinada em projeto, abaixo do greide de terraplenagem indicado no projeto;

A escavação será precedida da execução dos serviços de desmatamento, destocamento e limpeza, quando necessário. Caso o material de 3ª categoria não aflorar, será efetuada a remoção do material de cobertura até que se atinja o nível da rocha sã. A partir daí, será efetuada a relocação do eixo, novo nivelamento e novas seções transversais, exclusiva do material de 3ª categoria, além da remoção do material de cobertura.

Após a operação acima descrita, ou quando a rocha estiver aflorada, serão preparadas as minas e tomadas, pela CONTRATADA, todas as precauções no sentido de serem evitados acidentes, inclusive com sinalização adequada.

Depois da detonação dos explosivos, será efetuada uma inspeção nas minas, conforme determinam as normas de segurança específicas. Somente após terem sido tomadas todas estas providências, os operários iniciarão os trabalhos de escavação.

Constatada a conveniência técnica e econômica de reserva ou utilização imediata do material escavado, será procedido o depósito dos referidos materiais, para sua oportuna reutilização ou o transporte para os locais de aplicação, sempre com a determinação da SUPERVISÃO.

Quando no nível da plataforma dos cortes for verificada ocorrência de rocha sã em decomposição, será

executado rebaixamento da espessura determinada em projeto, procedendo-se à execução de novas camadas constituídas de materiais selecionados.

As massas excedentes, inclusive blocos ou matacões, que não se destinarem aos fins acima descritos, serão objeto de remoção, de modo a não constituírem ameaça à estabilidade da obra, nem aos seus usuários.

Nas aberturas de vias, os serviços de terraplenagem e escavação com corte devem prever a abertura de toda a caixa do logradouro (rua e passeio) conforme o CP (Cadastro de Parcelamento). O pé do talude de corte deverá estar no alinhamento dos terrenos lindeiros à via e o talude para dentro das propriedades, deixando toda a área do passeio desimpedida, facilitando a acessibilidade e o trânsito de pedestres.

d. Controle

Os taludes deverão apresentar, após a operação de terraplenagem, a inclinação indicada no projeto. Não será permitida a presença de blocos de rocha soltos nos taludes que possam colocar em risco a segurança dos usuários da obra.

Quando a escavação atingir o nível do rebaixamento de greide previsto no projeto será executado novo nivelamento do eixo. A tolerância será definida pela SUPERVISÃO tendo em vista a dificuldade de acabamento.

Após a recomposição do rebaixamento com materiais selecionados, o acabamento da plataforma de corte da via será executado mecanicamente de forma a alcançar-se a conformação da seção transversal do projeto, admitidas as seguintes tolerâncias:

• Variação de altura máxima de ± 10 cm para o eixo e bordos;

• Variação de largura máxima de + 20 cm para cada semi-plataforma, não se admitindo largura da plataforma inferior a especificada no projeto.

3.9. ESCAVAÇÃO E CARGA, TRANSPORTE E DESCARGA COM MOTO-ESCAVO- TRANSPORTADOR

3.9.1. Objetivo

Esta determinação do Caderno de Encargos da CONTRATANTE objetiva determinar as diretrizes para a execução dos serviços de escavação, carga , transporte e descarga com moto-escavo-transportador.

3.9.2. Definições

Este tipo de escavação plica-se aos serviços de implantação de corte ao longo do eixo e no interior dos limites das seções do projeto que definem a largura da via ou em empréstimos utilizados para complementação de aterros ou substituição de materiais inservíveis retirados dos cortes nas seguintes condições:

• Quando a distância de transporte do material escavado for superior a 50 metros e no máximo igual a 1.000 m para material de 1ª categoria ;

• Quando a distância de transporte do material escavado for superior a 50 metros e no máximo igual a 600 m para material de 2ª categoria ;

Eventualmente, em função das condições locais, a critério da SUPERVISÃO ou por determinação de projeto, os limites de distâncias serão ampliados.

3.9.3. Condições específicas

a. Equipamentos

A escavação, carga, transporte e descarga dos materiais de cortes ou empréstimos nas condições desta especificação, serão executados mediante a utilização racional de equipamentos adequados que possibilitem a execução dos serviços com a produtividade requerida.

Serão utilizados escavo-transportadores acoplados a tratores de esteiras, ou moto-escavo-transportadores. A operação poderá ser complementada, se necessário com a utilização de tratores e motoniveladoras, para escarificação, manutenção de caminhos de serviço e áreas de trabalho, além de tratores para a operação de “pusher”, acabamento dos taludes de cortes e retirada de matacões. As motoniveladoras serão utilizadas

também para o acabamento final do greide.

b. Materiais

Os materiais ocorrentes nos cortes ou empréstimos serão classificados, em conformidade com as definições pré-estabelecidas para 1a e 2ª categorias conforme item 3.3.2 deste capítulo.

c. Execução

Antes do início dos serviços de terraplanagem, o SUPERVISOR DE OBRAS, juntamente com o SUPERVISOR DE PROJETOS, solicitará equipe de topografia de empresa contratada, que verificará as seções primitivas, possibilitando a confirmação do levantamento topográfico do projeto e um consenso sobre a seção a ser adotada.

A escavação subordina-se-a aos elementos técnicos, fornecidos à CONTRATADA e constantes das notas de serviço elaboradas em conformidade com o projeto, bem como de uma programação de trabalho aprovada pelo SUPERVISOR.

A escavação será precedida da execução dos serviços de desmatamento, destocamento e limpeza.

Os trechos a serem escavados deverão ser limitados, sinalizados e protegidos, garantindo as condições de circulação e segurança para todos os funcionários, pedestres e para o trânsito de um modo geral.

As operações deste processo de escavação compreendem:

• Escavação, carga, transporte e descarga dos materiais constituintes do terreno natural, até o greide da terraplenagem indicado no projeto;

• Escavação, carga, transporte e descarga dos materiais constituintes do terreno natural, em espessura abaixo do greide da terraplenagem, quando se tratar de solos de elevada expansão, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos, conforme indicações do projeto, complementadas por observações da FISCALIZAÇÃO durante a execução dos serviços;

• Escavação, carga, transporte e descarga dos materiais retirados em empréstimos indicados no projeto;

• Retirada, por escavação e carga, das camadas de má qualidade, visando ao preparo das fundações do aterro, sendo que o volume a ser retirado constará do projeto.

O desenvolvimento dos serviços de escavação será processado mediante a previsão da utilização adequada, ou rejeição dos materiais extraídos. Assim, apenas serão transportados, para constituição ou complementação dos aterros, os materiais que sejam compatíveis com as especificações de execução dos aterros, em conformidade com o projeto.

Atendido o projeto e desde que, técnica e economicamente viável, a juízo da SUPERVISÃO, as massas em excesso que resultariam em bota-fora poderão ser integradas aos aterros, constituindo alargamentos da plataforma, adoçamento dos taludes ou bermas de equilíbrio. A referida operação deverá ser efetuada desde a etapa inicial da construção do aterro.

Nos cortes e aterros indicados no projeto, deverão ser providenciadas todas as proteções quanto à erosão e deslizamento de taludes, drenagem, revestimentos e demais serviços que se tornarem necessários à estabilidade da obra. Para tanto a CONTRATADA deverá apresentar à SUPERVISÃO o escopo básico das soluções propostas para cada uma das situações.

Quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada ocorrência de solos de expansão maior que 2%, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos, promover-se-á rebaixamento na espessura indicada em projeto, procedendo-se à execução de novas camadas constituídas de materiais selecionados.

Constatada a conveniência técnica e econômica de materiais escavados nos cortes, para a confecção das camadas superficiais da plataforma, será procedido o depósito dos referidos materiais, em locais determinados pela SUPERVISÃO, para sua oportuna utilização.

Os moto-escavo-transportadores farão o descarregamento do material, com simultâneo espalhamento do mesmo, na espessura máxima de 30 cm.

d. Controle

Os taludes deverão apresentar a superfície desempenada obtida pela normal utilização do equipamento. Não será permitida a presença de blocos de rocha ou matacões nos taludes que possam colocar em risco a segurança dos usuários da via.

O acabamento da plataforma de corte da via será procedido mecanicamente, de forma a alcançar a conformação da seção transversal do projeto, admitindo as seguintes tolerâncias:

• Variação de altura máxima de 10 cm para o eixo e bordos;

• Variação de largura máxima de + 20 cm para cada semi-plataforma, não se admitindo largura menor do que a especificada no projeto.

A SUPERVISÃO deverá atentar-se para a possibilidade de haver na região próxima à obra em execução, outras obras da CONTRATANTE que possam ceder, ou a ela ser fornecida, terra a ser utilizada em aterros.

3.10. CARGA DE MATERIAL DE QUALQUER CATEGORIA EM CAMINHÕES

3.10.1. Objetivo

Esta determinação do Caderno de Encargos da CONTRATANTE aplica-se somente ao serviço de carga mecanizada de material de qualquer categoria, em caminhões basculantes ou, eventualmente, de carroceria fixa ou em outro equipamento transportador, com utilização de pás carregadeiras ou escavadeiras. O material pode ser oriundo de cortes ou empréstimos utilizados para complementação de aterro, substituição de materiais inservíveis retirados dos cortes ou quaisquer outras finalidades.

3.10.2. Definições

a. Carga manual

Consiste no carregamento manual de material de qualquer categoria, em caminhões basculantes ou em outros equipamentos transportadores, sem a utilização de equipamentos de carga.

b. Carga mecânica

Consiste no carregamento de material de qualquer categoria, em caminhões basculantes ou em outros equipamentos transportadores, com utilização de pás carregadeiras ou escavadeiras.

O material pode ser oriundo de cortes ou empréstimos, de substituição de materiais de baixa qualidade retirada dos cortes, além de entulhos a serem removidos.

3.10.3. Condições específicas

Não serão computados excessos de escavação que venham a ocorrer, sendo obrigatoriedade da CONTRATADA a reposição de material que se fizer necessário, em condições técnicas compatíveis com o projeto. Quando a média das áreas da cava for inferior à média das áreas de projeto, será considerada a média das áreas da cava. Quando a média das áreas da cava for superior à média das áreas de projeto, será considerada a média das áreas de projeto.

a. Equipamento

Para se efetuar o carregamento do material no equipamento transportador deverão ser usadas pás carregadeiras com potência mínima de 100 HP ou escavadeiras, quando o material assim o exigir.

b. Materiais

Os materiais carregados são os provenientes do desmatamento e limpeza e os de qualquer das categorias estabelecidas para os serviços de escavação em terraplenagem, independente de sua natureza.

c. Execução

O material a ser carregado deverá ser adequadamente preparado e amontoado de maneira a possibilitar o trânsito das pás carregadeiras ou das escavadeiras. As praças de trabalho desses equipamentos deverão permitir a movimentação necessária ao ciclo de trabalho.

A carga mecanizada será precedida pela escavação do material e de sua colocação na praça de trabalho em condições de ser manipulado pelo equipamento carregador (pás carregadeiras ou escavadeiras).

As praças de trabalho deverão merecer, da CONTRATADA, especial atenção quanto à sua conservação em condições de boa circulação e manobra, não só do equipamento carregador como também do transportador.

O material deverá ser lançado na caçamba do caminhão, de maneira que o seu peso fique uniformemente distribuído e não haja possibilidade de derramamento pelas bordas laterais ou traseira.

3.11. TRANSPORTE DE MATERIAL DE QUALQUER CATEGORIA EM CAMINHÃO INCLUSIVE DESCARGA

3.11.1. Objetivo

Esta determinação do Caderno de Encargos da CONTRATANTE determinar os critérios para a execução dos serviços de transporte e descarga de material de qualquer categoria de material destinado às diversas camadas do greide de terraplenagem.

3.11.2. Definição

Esta especificação refere-se, exclusivamente, ao transporte e descarga de material de qualquer categoria, inclusive, o proveniente de demolição de edificações e estruturas, cujo carregamento é feito por pás carregadeiras ou escavadeiras trabalhando em cortes, empréstimos ou ocorrências de material às diversas camadas do pavimento.

Quando se tratar de material extraído de cortes da própria via, o transporte dar-se-á, de preferência, ao longo de sua plataforma; quando for o caso de empréstimos ou ocorrências de material para a pavimentação, a trajetória a ser seguida pelo equipamento transportador será objeto de aprovação prévia pela fiscalização. Em se tratando de entulho, o local de descarga será definido também pela fiscalização que indicará ainda, o trajeto a ser seguido pelo equipamento transportador.

3.11.3. Condições específicas

a. Equipamentos

Serão usados, preferencialmente caminhões basculantes, em número e capacidade adequados, que possibilitem a execução do serviço com a produtividade requerida, e devem estar em bom estado de conservação, provido de todos os dispositivos necessários para evitar queda e perda de material ao longo do percurso, em obediência às condições de transporte impostas pela municipalidade, bem como pelas normas vigentes.

b. Materiais

Os materiais transportados e descarregados abrangidos por esta especificação podem ser:

• De qualquer de três categorias estabelecidas para os serviços de terraplanagem;

• Qualquer dos materiais utilizados na execução das diversas camadas do pavimento;

• Proveniente da demolição de edificações ou quaisquer outras estrutura

c. Execução

O caminho de percurso, tanto no caso de cortes, como e empréstimos e jazidas, deverá ser mantido em condições de permitir velocidade adequada ao equipamento transportador, boa visibilidade e possibilidade de cruzamento. Especialmente para o caso de empréstimos ou jazidas, os caminhos de percurso deverão ser, sempre que necessário, umedecidos para evitar o excesso de poeira, e devidamente drenados, para que não surjam atoleiros ou trechos escorregadios.

O material deverá estar distribuído na báscula do caminhão, de modo a não haver derramamento pelas bordas laterais ou traseira, durante o transporte.

Quando se tratar de material proveniente de demolições, este deverá ser distribuído na báscula, de maneira que permita o cálculo do volume transportado em cada viagem.

A descarga do material será feita nas áreas e locais indicados pela SUPERVISÃO, seja na constituição dos

aterros, seja nos locais de bota-fora ou depósito para futura utilização, seja na pista para confecção das diversas camadas do pavimento.

3.12. ATERRO COMPACTADO

3.12.1. Objetivo

Esta determinação do Caderno de Encargos da CONTRATANTE define diretrizes de padronização para a construção de aterros compactados.

3.12.2. Definição

As operações para execução de aterros compactados consistem nas operações de descarga, espalhamento, umedecimento ou aeração e compactação do solo proveniente de cortes ou áreas de empréstimo.

3.12.3. Condições específicas

a. Equipamentos

A execução dos aterros deverá prever a utilização racional de equipamentos apropriados, atendidas as condições locais e a produtividade exigida.

Na construção e compactação dos aterros poderão ser empregados tratores de lâmina, escavo- transportadores, moto-escavo-transportadores, caminhões basculantes (ou, excepcionalmente, de carroceria fixa), motoniveladoras, rolos de compactação (lisos, de pneus, pés-de-carneiro, estáticos ou vibratórios), rebocados por tratores agrícolas ou auto-propulsores, grade de discos para aeração, caminhão- pipa para umedecimento e pulvi-misturador para a homogeneização.

Em casos especiais, onde o acesso do equipamento usual (de maior porte) seja difícil ou impraticável (áreas de passeios estreitos, por exemplo), serão usados soquetes manuais, sapos mecânicos, placas vibratórias ou rolos de dimensões reduzidas.

b. Materiais

Os materiais deverão estar dentre os de 1ª, 2ª e, eventualmente, 3ª categoria, atendendo à finalidade e à destinação no projeto (Ver item 3.3.2).

Os solos relacionados para os aterros provirão de cortes ou empréstimos e serão devidamente indicados no projeto, e aprovados pela Fiscalização.

Os solos para os aterros deverão ser isentos de matérias orgânicas, micáceas e diatomáceas. Turfas e argilas orgânicas não devem ser empregadas.

Na execução do corpo dos aterros, não será permitido o uso de solos que tenham baixa capacidade de suporte e expansão maior do que 4%, determinado no ensaio de índice de suporte Califórnia (CBR), utilizando a energia normal de compactação (NBR-9895 “Solo-Índice de Suporte Califórnia” da ABNT, equivalente ao Método de Ensaio –ME-9 – “Índice de Suporte Califórnia de Solos”). exceto quando indicado em contrário pelo projeto.

A camada final dos aterros executados com finalidade viária (camadas de pavimento), deverá ser constituída de solos selecionados dentre os melhores disponíveis, deverão ter o índice de expansão limitados a 2%. Preferencialmente, os solos deverão receber tratamento prévio na jazida, de modo que, ao serem descarregados no local de trabalho, apresentem-se já com umidades próximas à faixa especificada, soltos e sem presença de torrões ou núcleos duros.

As características acima relacionadas deverão ser comprovadas através da análise dos resultados dos ensaios específicos antes do início dos serviços.

c. Execução

A execução de aterros, deverá atender às seguintes orientações técnicas:

• Subordinar-se aos elementos técnicos fornecidos à Contratada e constantes das notas de serviços em conformidade com o projeto;

• A operação deverá ser precedida da execução dos serviços de desmatamento, destocamento e

limpeza.

c.1. Fundações do aterro

O lançamento do aterro só pode ser autorizado após a liberação da sua fundação, seja esta em material drenante (filtro-dreno interno), seja no contato direto com o solo natural “in situ”.

No caso de solo natural “in situ”, se for constatado material inadequado para fundação, ele deverá ser removido e substituído por outro material (solo compactado, rachão, etc.) a critério da SUPERVISÃO, atendendo às necessidades do Projeto.

c.2. Execução do aterro

c.2.1. Preparação da superfície de contato

Antes do lançamento da 1ª camada, caso a inclinação da superfície do terreno natural seja superior a 1(V):3(H), a superfície para assentamento do aterro deverá ser constituída de degraus, de modo a permitir uma perfeita aderência, impedindo a formação de superfície preferencial de escorregamento.

Os degraus deverão ter largura compatível com o equipamento de compactação a ser utilizado, de modo a garantir uma ligação adequada entre o maciço existente e o aterro que está sendo executado.

c.2.2. Lançamento e espalhamento de cada camada

Antes do lançamento de cada camada, o solo deverá ser escarificado com gradeamento, produzindo ranhuras ao longo de curvas de nível.

Recomenda-se o lançamento de uma primeira camada de material granular permeável, de espessura prevista em projeto, que deverá atuar como dreno para as águas de infiltração do aterro.

O material deverá ser lançado (descarregado e espalhado) em toda a largura do aterro, em camadas de solo cuja espessura não exceda 25 centímetros antes de compactado. Essa espessura poderá ser alterada pela SUPERVISÃO, em função das características do equipamento e do material empregado.

O material deverá ser homogeneizado na umidade especificada, destorroado e revolvido por grade ou arado de disco até ser obtida sua uniformidade. Durante as operações de lançamento e espalhamento, deverá haver no local pessoal encarregado da remoção de eventuais raízes, detritos e outros materiais inadequados.

c.2.3. Sobrelargura do aterro

Na execução do aterro, cada camada deverá ser lançada e compactada com uma sobrelargura de no mínimo 50 centímetros, medidos na horizontal, além dos alinhamentos de projeto. Esta sobrelargura deverá ser removida por ocasião dos serviços de acabamento do talude de aterro, anteriormente à implantação da proteção superficial. Ela visa evitar que, junto à superfície do talude, permaneçam materiais soltos ou solo insuficientemente compactado.

c.2.4. Compactação do aterro

Todo o material de aterro deverá ser compactado por meio de rolos compactadores, em velocidade apropriada para o tipo de equipamento empregado e material a ser compactado.

O número de passadas do rolo compactador deverá ser o necessário para atingir o grau de compactação especificado. Cada passagem do rolo deverá cobrir toda a extensão de cada faixa a ser compactada, com recobrimento lateral da faixa seguinte de no mínimo 30 centímetros.

O lançamento de qualquer camada deverá ser precedido pela liberação da camada anterior, onde a SUPERVISÃO, verificará através dos resultados dos ensaios de campo (método de Hilf), se a camada de solo atende às exigências de projeto, com relação ao grau de compactação (G.C.) e o desvio de umidade (Dh). Caso seja constatado que, após a compactação, a superfície acabada esteja lisa, a mesma deverá ser escarificada com grade de disco ou outro equipamento apropriado, previamente ao lançamento da nova camada. Em nenhuma hipótese poderão ser feitos novos lançamentos de materiais em superfície lisa.

Após a escarificação, a CONTRATADA deverá proceder ao destorroamento, à correção de umidade do solo (se necessário) e à homogeneização do material antes do lançamento de nova camada.

Nos locais onde não seja possível o uso de rolos compactadores, a compactação será feita com compactadores mecânicos manuais (soquetes pneumáticos). Neste caso, a espessura da camada solta, a

ser compactada, será de no máximo 15 centímetros, podendo ser alterada pela Fiscalização, em função do tipo de solo e equipamento que estiver sendo utilizado.

As operações de aterro compreendem:

• Descarga, espalhamento, umedecimento ou aeração e compactação dos materiais oriundos de cortes ou empréstimos, para a construção do corpo de aterro, até 1,00 m abaixo da cota correspondente ao greide de terraplenagem;

• Descarga, espalhamento, homogeneização, umedecimento ou aeração e compactação dos materiais selecionados oriundos de cortes ou empréstimos, para a construção da camada final do aterro, até a cota correspondente ao greide de terraplenagem;

• Descarga, espalhamento, homogeneização, umedecimento ou aeração e compactação dos materiais oriundos de cortes ou empréstimos, destinados a substituir eventualmente os materiais de qualidade inferior, retirados dos cortes.

• As encostas com inclinação transversal acentuada, deverão ser escarificadas com o bico da lâmina do trator, produzindo ranhuras, acompanhando as curvas de nível, de acordo com o projeto, antes da execução do aterro. Quando a natureza do solo exigir medidas especiais para solidarização do aterro ao terreno natural, a SUPERVISÃO poderá exigir a execução de degraus ao longo da área a ser aterrada. No caso de aterro em meia encosta, o terreno natural deverá ser também escavado em degraus;

• O lançamento do material para a construção dos aterros deve ser efetuado em camadas sucessivas, em toda a seção transversal e em extensões tais que permitam as operações necessárias à compactação. Para corpo de aterros, a espessura da camada solta não deverá ultrapassar a 0,30m. Para camadas finais essa espessura não deverá ultrapassar 0,20m;

• No caso de alargamento de aterros, sua execução obrigatoriamente será procedida de baixo para cima, acompanhada de degraus nos seus taludes. Desde que justificada em projeto, poderá a execução ser efetuada por meio de arrasamento parcial do aterro existente, até que o material escavado preencha a nova seção transversal, complementando-se em seguida com material importado, toda a largura da referida seção transversal;

• A inclinação dos taludes de aterro, tendo em vista a natureza dos solos e as condições locais, será fornecida pelo projeto;

• A fim de proteger os taludes contra os efeitos da erosão, deverá ser procedida a sua conveniente drenagem e obras de proteção, mediante o plantio de gramíneas e/ou a execução de patamares, com o objetivo de diminuir o efeito erosivo da água, conforme estabelecido no projeto;

• Havendo a possibilidade de solapamento da saia do aterro, em épocas chuvosas, deverá ser providenciada a construção de enrocamento ao pé do aterro ou outro dispositivo de proteção desde que previsto no projeto;

• Todas as camadas deverão ser convenientemente compactadas;

• Os trechos que não atingirem as condições mínimas de compactação deverão ser escarificados, homogeneizados, levados à umidade adequada e novamente compactados, de acordo com a massa específica aparente seca e desvios de umidade exigidos;Durante a construção dos aterros, os serviços já executados deverão ser mantidos em boa conformação e permanente drenagem superficial;

• As camadas soltas deverão apresentar espessura máxima de 30 cm e serem compactadas a um grau de 100 ou 95% do Proctor Normal, devendo ser umedecidas e homogeneizadas, quando necessário;

• Para o corpo do aterro, a compactação deverá ser na umidade ótima, mais ou menos 3%, até que se obtenha a massa específica aparente máxima seca, correspondente a 95% da massa específica aparente máxima seca. Entretanto, para as camadas finais, a massa específica aparente seca deve corresponder a 100% da massa específica aparente máxima seca, do mesmo ensaio.

d. Controle

d.1. Controle visual

Na inspeção deverão ser observadas:

• escarificação, destorroamento e homogeneização do solo das camadas a serem compactadas;

• o gradeamento para destorroamento do material lançado;

• o espalhamento e o controle da espessura da camada de solo a ser compactada, com relação às cruzetas de referência ;

• os serviços de remoção de raízes, madeira, detritos e outros materiais inadequados, das áreas de trabalho;

• a ocorrência de camadas ressecadas, fissuradas ou com fendas;

• a ligação entre camadas do mesmo material ou de materiais diferentes;

• as inclinações das superfícies dos maciços, de modo que permitam uma drenagem das águas de chuvas;

• a distribuição, nas áreas de trabalho, dos equipamentos de terraplenagem, para o controle da uniformidade de compactação;

• as condições e características dos equipamentos;

• a velocidade de operação dos rolos compactadores;

• o número de passadas dos rolos e a cobertura adequada da faixa durante a compactação.

d.2. Controle tecnológico

Com relação aos ensaios, deverão ser seguidas as seguintes determinações:

• Um ensaio de compactação, segundo o método NBR 9895 - Solo-Índice de Suporte Califórnia da ABNT;NBR ME-9 – Índice de Suporte Califórnia de Solos, para cada 1000m3 de um mesmo material do corpo do aterro;

• Um ensaio para a determinação da massa específica aparente seca, “in situ”, para cada 1000m3 de material compactado no corpo do aterro, correspondente ao ensaio de compactação referido no 1º parágrafo deste item, e no mínimo duas determinações por dia, em cada camada de aterro;

• Um ensaio para a determinação da massa específica aparente seca, “in situ”, para cada 100m3 das camadas finais do aterro; alternadamente no eixo e bordos, correspondente ao ensaio de compactação referido no 2º parágrafo deste item;

• Um ensaio de granulometria (DNER–ME 80-64), do limite de liquidez (DNER–ME 44-64), e do limite de plasticidade (DNER–ME 82-63) para o corpo do aterro, para todo grupo de dez amostras submetidas ao ensaio de compactação, segundo o 1º parágrafo deste item;

• Um ensaio de granulometria (DNER–ME 80-64), do limite de liquidez (DNER–ME 44-64), e do limite de plasticidade (DNER–ME 82-63) para as camadas finais do aterro, para todo grupo de quatro amostras submetidas ao ensaio de compactação, segundo o 2º parágrafo deste item;

• Um ensaio do índice de suporte Califórnia com a energia do método NBR ME-9 – Índice de Suporte Califórnia de Solos, para as camadas finais, para cada grupo de quatro amostras submetidas ao ensaio de compactação, segundo o 2º parágrafo deste item.,

d.3. Controle geométrico de acabamento

O controle de acabamento será realizado por meio de um levantamento topográfico das seções transversais concluídas. O acabamento da plataforma de aterro será procedido mecanicamente, de forma a alcançar-se a conformação da seção transversal do projeto, admitidas as seguintes tolerâncias:

• Variação da altura máxima de ± 0,05m para o eixo e bordas;

• Variação máxima da largura de + 0,30m para a plataforma, não se admitindo variação para menos.

O controle será efetuado por nivelamento do eixo e bordos.

O acabamento, quanto à declividade transversal e à inclinação dos taludes, será verificado pela SUPERVISÃO, de acordo com o projeto.

d.4. Controle tecnológico e liberação das camadas compactadas

Deverá ser feita através do método da Hilf, onde se pode obter o grau de compactação e desvio de umidade, especificados no projeto do aterro compactado.

Para realização do ensaio de Hilf, deve-se recolher aproximadamente 15 kg de solo da camada compactada. A determinação da massa específica aparente “in situ“ deve ser feita em pelo menos três pontos por camada, de forma representativa (pelo método do frasco de areia ou cravação do cilindro). A critério da SUPERVISÃO, esse número de pontos poderá ser ampliado, assim como a sua localização.

3.13. ESCAVAÇÃO DE VALAS

3.13.1. Objetivo

Esta determinação do Caderno de Encargos da CONTRATANTE aplica-se aos serviços inerentes à escavação mecânica e/ou manual de valas.

3.13.2. Condições gerais

A execução dos serviços cobertos por esta especificação deverá atender às exigências da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

A execução de todos os serviços deve ser regida, protegida e sinalizada contra riscos de acidentes, segundo as prescrições contidas nas Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho.

As valas deverão ser abertas preferencialmente no sentido de jusante para montante e executadas em caixão (talude vertical), a partir dos pontos de lançamento ou de pontos onde seja viável o seu esgotamento por gravidade, caso ocorra presença de água durante a escavação.

Os trechos a serem escavados deverão ser limitados, sinalizados e protegidos, garantindo as condições de circulação e segurança para todos os funcionários, pedestres e para o trânsito de um modo geral.

As valas escavadas serão protegidas contra infiltração de águas pluviais, com objetivo de evitar retrabalho para remover sedimentos de erosões e desbarrancamentos inerentes às ações das chuvas.

As valas escavadas para a execução dos elementos das fundações e lançamento de tubulações deverão ser alinhadas e apresentar paredes laterais verticais, fundo nivelado e largura compatível com as dimensões das peças a serem concretadas. A menos que as condições de estabilidade não o permitam, as escavações de valas de fundação deverão ser executadas com largura de 15 cm para cada lado da peça a ser concretada ou da tubulação. Os fundos das valas deverão ser regularizados e fortemente compactados, precedendo o lançamento de uma camada de 50 mm de concreto magro. O lançamento do concreto da estrutura de fundação nas cavas só se dará após a aprovação e liberação por parte da SUPERVISÃO.

Compete à SUPERVISÃO aprovar as Notas de Serviço elaboradas pela CONTRATADA, após a locação e conforme larguras, profundidades e declividades fornecidas pelo projeto.

3.13.3. Condições específicas

a. Equipamentos

Em função das características do material, profundidade da escavação ou condições específicas de projeto poderão ser utilizados na execução de serviço, equipamentos tais como:

• Ferramentas manuais;

• Retro-escavadeiras;

• Escavadeiras sobre esteira ou pneus;

• Draga de arraste;

• Equipamentos e ferramentas a ar comprimido;

• Outras ferramentas ou equipamentos, desde que aprovados pela SUPERVISÃO

b. Materiais

Os materiais deverão estar dentre os de 1ª, 2ª e, eventualmente, 3ª categoria, atendendo à finalidade e à destinação no projeto conforme descrito no item 3.3.2.

Para material de 3ª categoria a utilização de explosivos, só será permitida após autorização da SUPERVISÃO, não eliminando a CONTRATADA das responsabilidades de seus efeitos.

c. Execução

c.1. Condições iniciais

Antes de se iniciar os serviços de escavação a Contratada deverá solicitar aos órgãos concessionários de serviços públicos, cadastros de redes subterrâneas de água, esgoto, energia elétrica, telefonia, transmissão de dados e sinalização de tráfego, afim de que sejam compatibilizadas possíveis interferências identificadas no cadastramento apresentado, visando evitar danos a estas instalações.

Antes do início da escavação deverá ser promovida a limpeza da área com a retirada de entulhos, tocos, raízes, etc.

Os serviços de escavação de valas e cavas obedecerão ao disposto nesta especificação quanto à execução, tipos de materiais escavados, esgotamento, escoramento e reaterro.

A demarcação e acompanhamento dos serviços devem ser efetuados por equipe de topografia da CONTRATADA e liberada pela SUPERVISÃO.

Atenção especial deve ser dada às cavas e valas próximas à obras já existentes, com criteriosos acompanhamento das diversas etapas de execução, a fim de que seja possível adotar, quando necessário, as medidas cabíveis de proteção.

No caso de divergência entre elementos do projeto serão obedecidos os seguintes critérios:

• Divergências entre as cotas assinaladas em projeto e as suas dimensões medidas em escala: prevalecerão as primeiras.

• Divergência entre desenhos de escalas diferentes: prevalecerá a última revisão.

c.2. Escavação

Em função da características do material a ser escavado, foram estabelecidos três tipos de serviço:

c.2.1. Escavação e material de 1ª e 2 ª categorias

Quando a escavação for executada satisfatoriamente com a utilização de ferramentas manuais, retroescavadeiras e escavadeiras.

A escavação poderá ser manual e/ou mecânica, sempre com o uso de equipamentos e ferramentas adequadas, dependendo da localização da obra a ser executada e sempre com autorização da SUPERVISÃO.

• Escavação manual: Será executada com ferramentas manuais até uma profundidade de 1,50 m, onde não for possível a escavação por processo mecânico devido a interferências com redes de serviços públicos, área acanhada, difícil acesso ao equipamento ou em pequenas valas , acertos e regularizações e outras condições, a critérios da SUPERVISÃO.

• Escavação mecânica: Será executada mediante o emprego de equipamento mecânico específico para o tipo de solo e profundidade de escavação desejada. A escavação poderá ser executada em talude inclinado, desde que previsto em projeto ou determinado pela SUPERVISÃO. A escavação mecânica poderá ser realizada de duas maneiras:

– com descarga lateral

– com descarga direta sobre caminhões

O material escavado será depositado, sempre que possível, de um só lado da vala, afastado 1,0 m da borda da escavação.

O fundo das cavas e valas, antes do assentamento da obra, deverá ser regularizado, compactado e

nivelado nas elevações indicadas em projeto com uma tolerância de 1 cm. Qualquer excesso de escavação ou depressão no fundo da cava ou vala deve ser preenchido com material granular fino compactado, às expensas da CONTRATADA.

c.2.2. Escavação em solo mole

Quando a execução da escavação se caracteriza pela obrigatoriedade de utilização das dragas de arraste, a ocorrência mais comum é o leito de rio ou córrego, com escavação para a construção de canais ou galerias.

Na ocorrência de água, não sendo possível o escoamento natural pelo trecho à jusante, deverá ser previsto o esgotamento através de moto-bomba e de um sistema definido de drenagem profunda, antes da execução de qualquer outro serviço na vala.

c.2.3. Escavação em material de 3ª categoria

Quando o material apresenta resistência ao desmonte equivalente à rocha não alterada, ou dos blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1m, ou volume igual ou maior que 2m³, a extração se fará pelo emprego contínuo de equipamento de ar comprimido e/ou explosivos até a redução dos blocos a dimensões compatíveis com os equipamentos de carga e transporte.

Para este tipo de escavação deverão ser seguidas as prescrições do item 3.8 deste capítulo.

c.3. Escoramento

De acordo com a natureza do terreno e a profundidade da escavação, a critério da SUPERVISÃO, podem ser utilizados um dos seguintes tipos de escoramento: pontaleteamento, tábuas, pranchas do tipo macho e fêmea, etc., de acordo com a padronização da CONTRATANTE e de acordo com as especificações técnicas deste caderno de encargos, Capítulo 19 – Drenagem.

Os taludes das escavações de profundidade superior a 1,50 m, quando realizados na vertical, devem ser escorados com peças de madeira ou perfis metálicos, assegurando estabilidade de acordo com a natureza do solo.

O talude de escavação, com profundidade superior a 1,50 m, quando não escorado, deverá ter sua estabilidade assegurada com as paredes da cava rampada, em respeito às Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho.

Além das recomendações descritas acima, para a execução de escoramentos de valas com profundidade maior que 1,50 m, de valas para tubulações com diâmetro maior ou igual a 400 mm, de valas em solo mole ou de valas em material de 3ª categoria, deverão ser seguidas as prescrições do item 3.8 deste capítulo. d. Controle

As valas ou cavas deverão ser inspecionadas durante a execução das escavações, verificando-se a existência de solos com características e natureza tais que, comparadas com as exigências de projeto, necessitem ser removidos ou substituídos.

Os serviços de escavação para abertura de valas com a finalidade de construção de caixas e tubulações devem incluir entre outros:

• Limpeza de área na linha de locação das tubulações, escavações;

• Depósito do material ao lado da vala;

• Remoção do excesso;

• Escoramentos de tábuas e pontaletes,

• Apiloamento, nivelamento e consolidação do fundo da vala;

• Escavações complementares para demais serviços, quando aqui mencionados ou não.

Deverá ser assegurada a correta locação em linha e nível, bem como a segurança do pessoal durante a obra.

Para assentamento de tubulações, a largura da vala deve obedecer as tabelas 1 e 2, conforme medidas pré-estabelecidas e padronizadas pela CONTRATANTE.

Tabela 1 - Dimensões de vala para assentamento de tubulações de drenagem – tubos de concreto (NBR 12266)

Diâmetro

(mm)

PROFUNDIDADE

(m)

Largura da vala em função do tipo de escoramento e profundidade (m)

S/ escoramento e pontaleteamento

Descontínuo e contínuo

Especial

Metálico- madeira

300

0 - 2 0,80 0,80 0,90 -

2 - 4 0,90 1,00 1,20 1,85

4 - 6 1,00 1,20 1,50 2,00

6 - 8 1,10 1,40 1,80 2,15

400

0 - 2 0,90 1,10 1,20 -

2 - 4 1,00 1,30 1,50 2,15

4 - 6 1,10 1,50 1,80 2,30

6 - 8 1,20 1,70 2,10 2,45

500

0 - 2 1,10 1,30 1,40 -

2 - 4 1,20 1,50 1,70 2,35

4 - 6 1,30 1,70 2,00 2,50

6 - 8 1,40 1,90 2,30 2,65

600

0 - 2 1,20 1,40 1,50 -

2 - 4 1,30 1,60 1,80 2,45

4 - 6 1,40 1,80 2,10 2,60

6 - 8 1,50 2,00 2,40 2,75

700

0 - 2 1,30 1,50 1,60 -

2 - 4 1,40 1,70 1,90 2,55

4 - 6 1,50 1,90 2,20 2,70

6 - 8 1,60 2,10 2,50 2,85

800

0 - 2 1,40 1,60 1,70 -

2 - 4 1,50 1,80 2,00 2,65

4 - 6 1,60 2,00 2,30 2,80

6 - 8 1,70 2,20 2,60 2,90

900

0 - 2 1,50 1,70 1,80 -

2 - 4 1,60 1,90 2,10 2,75

4 - 6 1,70 2,10 2,40 2,90

6 - 8 1,80 2,30 2,70 3,05

1000

0 - 2 1,60 1,80 1,90 -

2 - 4 1,70 2,00 2,10 2,85

4 - 6 1,80 2,20 2,50 3,00

6 - 8 8 2,40 2,80 8

Tabela 2 – Dimensionamento de valas

DIMENSIONAMENTO DE VALAS EM CAIXÃO

DN(mm)

Diâmetro nominal

da rede tubular

H (m)

Profundidade da

vala

B(m)

Largura da vala

DN(mm)

Diâmetro nominal

da rede tubular

H (m)

Profundidade da

vala

B(m)

Largura da vala

400 1,50 0,80 1000 1,50 1,60

400 1,50 0,90 1000 1,50 1,90

500 1,50 0,80 1100 1,50 1,70

500 1,50 1,10 1100 1,50 2,00

600 1,50 1,00 1200 1,50 1,90

600 1,50 1,30 1200 1,50 2,20

700 1,50 1,10 1300 1,50 2,00

700 1,50 1,40 1300 1,50 2,30

800 1,50 1,30 1500 1,50 2,40

800 1,50 1,60 1500 1,50 2,70

900 1,50 1,40 - - -

900 1,50 1,70 - - -

3.14. REATERRO E COMPACTAÇÃO DE VALAS

3.14.1. Objetivo

Esta determinação do Caderno de Encargos da CONTRATANTE aplica-se aos serviços de aterro ou reaterro de vala, com o emprego de solo selecionado e compactado.

3.14.2. Condições específicas

a. Equipamentos

Para a realização do reaterro compactado de valas devem ser empregados os seguintes equipamentos:

• Compactadores de placa vibratória (elétricos, à diesel ou gasolina);

• Equipamentos de percussão (sapos mecânicos a ar comprimido);

• Rolos compactadores de pequenas dimensões;

• Soquetes manuais com mais de 30 kg.

b. Materiais

O reaterro de vala será executado, sempre que possível, com o mesmo material removido da vala, utilizando-se equipamento compatível com a largura da vala.

Os solos e materiais empregados como aterro ou reaterro serão descarregados na área de trabalho ou no interior da vala, após a liberação e autorização da SUPERVISÃO.

c. Execução

Para o reaterro compactado das valas deverá ser procedido o seguinte:

• Os aterros ou reaterros serão espalhados manualmente no interior da vala e compactados manual ou mecanicamente, sobre a canalização ou rede tubular construída, somente após a liberação da SUPERVISÃO, para assegurar o perfeito recobrimento das redes implantadas e o completo acabamento dos serviços.

• Os aterros serão espalhados e regularizados com o auxílio de ferramentas manuais. Na operação serão removidos galhos, matacões, entulhos e demais rejeitos, indesejáveis ao bom desempenho do reaterro da vala.

• Os fundos de valas deverão ser regularizados e fortemente compactados, utilizando-se compactadores de solos do tipo placas (Mikasa ou equivalente);

• As atividades seqüenciais a serem realizadas nas cavas, como por exemplo, lançamento de formas, armaduras e concretos, só poderão ser realizadas após a aprovação e a liberação por parte da SUPERVISÃO.

• As camadas soltas deverão apresentar espessura máxima de 30 cm e compactadas a um grau de 100 a 95% , conforme NBR 5681.

c.1. Reaterro de valas de drenagem ou redes tubulares

A critério da SUPERVISÃO, quando se tratar de serviços de recomposição de valas de drenagem ou de execução de remendos em pavimentos já existentes, admitir-se-á o uso de equipamentos de menor porte para a compactação da camada, desde que a área da vala ou do remendo a ser trabalhada não comporte a execução com os equipamentos usuais.

O reaterro em redes tubulares de concreto, até 20 cm acima da geratriz superior do tubo, deverá ser executado manualmente com soquetes leves ou maço, devendo ser apiloado, sem controle do grau de compactação.

No entorno dos poços de visita e redes de drenagem pluvial executadas, a compactação será com compactadores de placa vibratória, executando-se a s passadas suficientes à compacidade exigida em projeto e orientada pela SUPERVISÃO. No entorno das caixas de boca-de-lobo, os cuidados serão os mesmos, utilizando para compactação manual ferramentas informais, devido ao pequeno espaço entre o corte e a parede da caixa.

c.2. Reaterro entre cintas

O reaterro compactado das áreas entre cintas e paredes das cavas, deverá ser executado preferencialmente com vibrador de placas, (CM-20, Mikasa ou equivalente). O material usado para o reaterro deverá ser umedecido e compactado até apresentar o grau de compactação adequado, de conformidade com a norma NBR 5681 - “Controle tecnológico da execução de aterros em obras de edificações” da ABNT.

A critério da SUPERVISÃO o material do reaterro poderá ser substituído, sendo a operação medida e remunerada à parte.

d. Controle

Deverão ser realizados os ensaios de controle de compactação segundo a NBR 5681 - “Controle tecnológico da execução de aterros em obras de edificações” da ABNT e as camadas só serão liberadas se estiverem de acordo com as exigências normativas.

Deverão ser procedidos os ensaios de caracterização dos materiais utilizados que deverão obedecer às especificações e ensaios previstos na ABNT.

3.15. REGULARIZAÇÃO E COMPACTAÇÃO DO TERRENO

3.15.1. Objetivo

Esta determinação do Caderno de Encargos da CONTRATANTE aplica-se aos serviços de regularização e/ ou compactação de terrenos.

3.15.2. Definição

A regularização e a compactação geralmente são necessárias, quando da ocasião da execução de lajes de transição ou revestimento de pisos externos, além dos fundos de valas.

3.15.3. Condições específicas

a. Execução

A regularização e/ ou compactação de terreno deverá ser realizada com a utilização de equipamentos manuais ou mecânicos, escolhidos em função da área e do tipo de solo a ser trabalhado.

Os solos coesivos (argilas plásticas) aceitarão melhor o adensamento pela pressão estática e pelo amassamento. Para os solos arenosos é mais indicada a vibração, pois obtêm-se com facilidade o escorregamento e a acomodação das partículas.

3.16. TRANSPORTE DE MATERIAL DE QUALQUER NATUREZA EM CARRINHO DE MÃO TRANSPORTE DE MATERIAL DE QUALQUER NATUREZA EM CAÇAMBA

3.16.1. Objetivo

Esta determinação do Caderno de Encargos da CONTRATANTE aplica-se aos serviços de carga manual, transporte em carrinho de mão e transporte em caçambas.

3.16.2. Condições específicas

a. Execução

Somente a critério e após liberação da SUPERVISÃO, o transporte de material em carrinho de mão poderá ser executado, quando o material proveniente das escavações manuais não for totalmente aproveitado nos reaterros de valas ou não for possível seu espalhamento, em ocasiões tais como:

• Escavação manual para fundações diversas (cintamento, sapatas, tubulões, estacas, etc.);

• Escavação manual para tubulações em geral (redes de água, esgoto, elétrica, lógica, incêndio, etc.).

A carga manual só será executada quando não for possível a carga mecânica. Havendo condições, o material a ser transportado deverá ser estocado e posteriormente carregado com a utilização de equipamento pesado adequado (carregadeiras, escavadeiras, etc.).

Quando for fisicamente viável o derramamento do material diretamente do carrinho de mão no caminhão, a SUPERVISÃO não permitirá a execução de de carga manual.

A critério da SUPERVISÃO, se necessário, o transporte poderá ser efetuado em caçambas. A CONTRATADA deverá respeitar rigorosamente a legislação municipal vigente, no que diz respeito aos locais e horários adequados para descarga, estacionamento e recolhimento das caçambas. (Ver cap.2)

Em nenhuma hipótese materiais provenientes de demolições ou entulhos em geral poderão ser carregados em caçambas juntamente com materiais provenientes de escavações, desmatamento, etc.

4. FUNDAÇÕES

4.1. OBJETIVO

O Caderno de Encargos da CONTRATANTE visa estabelecer as condições e prescrições relativas à execução dos diversos tipos de fundações existentes, fornecendo informações inerentes à sua execução.

4.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA

Para melhor orientação dever-se-á, consultar as seguintes normas:

– NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto – Procedimento;

– NBR 6122 - Projeto e execução de fundações;

– NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações;

– NBR 6489 - Prova de carga direta sobre terreno de fundação;

– NBR 7678 - Segurança na execução de obras e serviços de construção;

– NBR 12131 - Estacas - Prova de carga estática;

– NBR 13208 - Estacas – Ensaio de carregamento dinâmico.

4.3. CONDIÇÕES GERAIS

A fundação é um dispositivo de suporte da superestrutura de uma edificação que permite a devida sustentação e estabilidade às construções. Pode ser classificada conforme a Tabela 1.

Tabela 1 – Classificação das fundações

Fundações Superficiais

Blocos e alicerces

Sapatas

Corrida

Isolada

Associada

Alavancada

Vigas de fundação

Radiers

Fundações Profundas

Estacas de concreto moldadas

“in loco”

Straus

Franki

Brocas

Hélice contínua

Escavada

Estacas pré-moldadas de concreto Cravada

Prensada

Estacas metálicas

Estacas de madeira

Tubulões Céu aberto

Ar comprimido

Durante a execução dos serviços, a natureza ou o comportamento do terreno poderão acarretar modificações no tipo de fundação adotada. Nestas hipóteses, deverá a CONTRATADA submeter à SUPERVISÃO as alternativas possíveis para a solução do problema. Aprovada pela SUPERVISÃO a solução mais conveniente, caberá à CONTRATADA todas as providências concernentes às modificações do respectivo projeto.

De maneira geral, para a execução de qualquer um dos tipos relacionados, a CONTRATADA deverá estar ciente que:

• Todos os escoramentos necessários ficarão à cargo da CONTRATADA.

• Na execução de subsolos, quando for o caso, será determinado o nível superior efetivo do lençol d’água, com vistas à impermeabilização de cortinas e lajes, o que será feito mediante escavação de poço - piloto.

• Quanto à agressividade do lençol d’água, caberá à CONTRATADA investigar a ocorrência de águas agressivas no subsolo, o que, caso constatado, será imediatamente comunicado à SUPERVISÃO. A proteção das armaduras e do próprio concreto contra a agressividade de águas subterrâneas será objeto de estudos especiais por parte da CONTRATADA, bem como de cuidados de execução, no sentido de assegurar a integridade e durabilidade da obra.

• O concreto a ser utilizado deverá satisfazer às condições previstas em projeto (fck, “slumps”, etc.), bem como às prescrições contidas nas especificações da obra, em tudo que lhe for aplicável admitindo-se o emprego do concreto convencional ou o concreto ciclópico, de acordo com o tipo de fundação.

• O preparo adequado da superfície sobre a qual o concreto será lançado será governado pelas exigências de projeto, pelas condições e pelo tipo do material de fundação.

Havendo a necessidade de melhor avaliar e pesquisar o terreno objeto da construção, na medida em que as sondagens preliminares não foram suficientes em fornecer os dados necessários à segura execução das fundações propostas pelo projeto, deverá ser executada, a critério da SUPERVISÃO, nova investigação geotécnica ou geológica extra (SPT ou rotativa).

Uma vez detectada a necessidade de se realizar contenções especiais, do tipo cachimbo, tubulão de contenção, parede diafragma, cortina atirantada, muro de arrimo, terra armada, etc., estas deverão ser objeto de levantamento específico durante a elaboração do projeto executivo.

4.4. FUNDAÇÕES EM SUPERFÍCIE

4.4.1. Definições

Define-se como fundação em superfície - rasa ou direta - aquela colocada imediatamente abaixo da parte mais inferior da superestrutura, onde as pressões se transmitem pela base, diretamente ao terreno de apoio, sendo desprezível a parcela correspondente à transmissão pelo atrito lateral. Nestes casos pode-se citar:

a. Blocos de fundação

Trata-se de fundação em superfície, isolada, rígida ou indeformável.

São utilizados quando as cargas estruturais não são muito elevadas e a taxa admissível no terreno não é muito reduzida. São caracterizados por sua grande altura.

As seções dos blocos deverão ter dimensões suficientes para que as tensões de tração não ultrapassem a tensão admissível do concreto.

Os blocos de fundação poderão ter formas tronco cônicas ou tronco piramidais.

Os blocos de fundação poderão apresentar faces inclinadas ou degraus verticais.

b. Sapatas

b.1. Sapata isolada

Trata-se de fundação em superfície, isolada, semi - flexível ou semi - rígida, confeccionada em concreto armado.

b.2. Sapata corrida-contínua

Trata-se de fundação em superfície, contínua, rígida e que acompanha a linha das paredes, as quais lhes transmitem a carga por metro linear, ou quando a base de duas ou mais sapatas se superpõem, por exigência de cálculo. Para edificações cujas cargas não sejam muito grandes, pode-se utilizar alvenaria de tijolos ou blocos. Caso contrário, ou ainda para profundidades maiores do que 1,0m, torna-se mais econômico o uso do concreto armado.

b.3. Sapata associada

Fundação comum a vários pilares, cujos centros, em planta, não estão situados em um mesmo alinhamento (radier parcial), e onde a proximidade entre dois ou mais pilares seja tal que as sapatas isoladas se superponham.

A viga que une os dois pilares denomina-se viga de rigidez e tem a função de permitir que a sapata trabalhe com tensão constante.

b.4. Sapata alavancada

No caso de sapatas de pilares de divisa ou próximos a obstáculos onde não seja possível fazer com que o centro de gravidade da sapata corrida coincida com o centro de carga do pilar, cria-se uma viga ligada entre duas sapatas, de modo que um pilar absorva o momento resultante da excentricidade da posição do outro pilar.

c. Vigas de fundação

Trata-se de fundação em superfície, semi-flexível ou semi - rígida, em forma de viga contínua e comum a vários pilares, cujo centro, em planta, esteja situado em um mesmo alinhamento. São de concreto armado, destinadas a transmitir, ao terreno, as cargas provenientes de todos os pontos (pilares) a ela associados.

d. Radiers

Fundação em superfície, contínua e rígida, apresentando em geral a disposição de uma plataforma ou laje de concreto armado ou não. As cargas são transmitidas ao solo através de uma superfície igual ou superior à da obra.

4.4.2. Condições específicas

a. Equipamentos

Os equipamentos para execução das fundações serão determinados em função do tipo e dimensão do serviço. Poderão ser utilizados: escavadeiras para as operações de escavação; equipamentos para concretagem tais como vibradores, betoneiras, mangueiras, caçambas, guindastes para colocação de armadura; bombas de sucção para drenagem de fundo de escavação e outros que se fizerem necessários.

b. Materiais

Os materiais utilizados para a execução das fundações em superfície (concreto, aço e forma) obedecerão às especificações de projeto e normas da ABNT.

c. Execução

A metodologia de execução relativa aos itens forma, escoramento, desforma, etc., integrantes do grande grupo fundações, encontra-se referenciada no Capítulo 6 - “Estrutura de Concreto e Metálica” deste Caderno de Encargos.

Para a execução dos blocos, sapatas e vigas de fundação, deverão ser observadas as seguintes condições:

• Durante a etapa de escavação das valas, a CONTRATADA deverá providenciar dispositivos para a prevenção de acidentes, tais como cercas, gradis, tapumes, etc.

• Na execução das fundações em superfície, a CONTRATADA não deverá restringir-se à profundidade prevista em projeto; a escavação será levada até a cota onde o terreno apresentar resistência suficiente.

• O fundo das valas, após devidamente compactados, deverá ser recoberto com uma camada de concreto magro de 5 cm.

• As águas, porventura existentes nas valas, deverão ser totalmente esgotadas.

• No preparo da fundação em rocha, visando proporcionar uma perfeita aderência rocha - concreto, a superfície da rocha deverá ser preparada com certa rugosidade, seguida de uma limpeza total e lavagem completa da área de fundação. Rochas soltas, argamassas secas, depósitos orgânicos, substâncias oleosas, friáveis (rocha sedimentar,metamórfica ou substancia que é facilmente desmontada, fraturada, desmanchada, dissolvida ou destruída) e outros materiais estranhos, deverão ser removidos. Fissuras abertas, impregnadas de argila ou outros materiais finos deverão ser limpas com jatos de ar e água até uma profundidade adequada.

• Rochas que não se desprendem facilmente com alavancas aplicadas manualmente não serão removidas.

• Antes do lançamento do concreto, as cavas deverão ser cuidadosamente limpas, isentas de quaisquer materiais que sejam nocivos ao concreto, tais como: madeiras, solos carreados por chuvas, etc.

• A complementação da limpeza será efetuada através do uso de picaretas, alavancas, vassouras duras, jatos de ar e água em alta velocidade, jatos de areia ou outros métodos adequados, seguidos de uma total lavagem.

• O acúmulo de água de lavagem, que resulta nas depressões da fundação, deverá ser removido antes do início do lançamento do concreto.

• Os corrimentos de água que procedem da parte externa da fundação a ser concretada deverão ser direcionados para locais de bombeamento.

• Durante o lançamento, a rocha deverá estar isenta de materiais finos e nas condições de “saturado superfície seca”, a fim de que não haja absorção de água do concreto fresco.

c.1. Blocos

Deverá haver rigoroso controle de locação dos elementos. No caso da existência de tensões de tração será necessária a armação da base do bloco para absorção dos esforços devidos à flexão.

c.2. Sapatas

Para a execução de sapata corrida em alvenaria ou baldrame, proceder às etapas de escavação e alvenaria de embasamento, onde os blocos serão assentados com argamassa de cimento e areia, cuidando-se para ter juntas verticais e horizontais de espessura constante. Evitar o uso de pedaços de blocos e observar, sempre, a amarração para execução da cinta de concreto armado. Com a finalidade de maior distribuição das cargas e afim de evitar deslocamentos indesejáveis muitas vezes é usado o próprio bloco como forma lateral.

Para pequenos baldrames de contenção, utilizar alvenaria de blocos preenchidos com concreto, de acordo com a resistência especificada

Os esforços de tração produzidos na parte inferior da sapata serão absorvidos por armadura, que deverá estar convenientemente envolvida no concreto de modo a evitar a corrosão.

Para se evitar o aparecimento de tensões acima das previstas em projeto, deverá haver rigoroso controle na locação dos elementos, bem como nos respectivos ângulos de inclinação previstos.

No caso de sapatas contíguas, assentes em cotas diferentes, deverá se concretar primeiramente a sapata situada na cota mais baixa, respeitando-se também, as condições impostas na NBR 6122.

Competirá à CONTRATADA verificar se a taxa de fadiga (taxa de trabalho do terreno) é compatível com a adotada pelo autor do projeto de fundações, concretando as sapatas em camadas do solo que assegurem a perfeita estabilidade da obra.

c.3. Vigas de fundação

Procede-se a locação do centro da sapata e do eixo do pilar; determinação da cota do fundo da vala; limpeza do fundo da vala; nivelamento do fundo da vala; dimensões da forma da sapata;armadura da sapata e do arranque do pilar.

c.4. Radiers

Caberá à CONTRATADA, quando da escavação do local, atingir uma cota de assentamento mais homogênea possível e com uma taxa de trabalho do solo compatível com as cargas do projeto.

Deverá a CONTRATADA proceder a um perfeito nivelamento da área, levando em consideração a uniformidade das pressões a que será submetido o radier.

Os mesmos cuidados citados no item anterior deverão ser observados quando do lançamento das camadas de brita e do concreto magro.

Tanto em radiers homogêneos, quanto em radiers de espessuras variadas, deverá haver um perfeito nivelamento das lajes, de modo a não comprometer a estabilidade da obra.

d. Controle

O controle tecnológico do concreto deverá ser rigorosamente executado de acordo com as normas da ABNT referenciadas item 6.1 do Capítulo 6 – “Estrutura de Concreto e Metálica” deste Caderno de Encargos.

d.1. Controle executivo

As fundações diretas, como sapatas, blocos, sapatas associadas, vigas de fundação, vigas alavanca e vigas de travamento, “radier” e outras deverão ser locados perfeitamente de acordo com o projeto.

A escavação será realizada com a inclinação prevista no projeto ou compatível com o solo escavado. Uma vez atingida a profundidade prevista em projeto, o terreno de fundação será examinado para a confirmação da tensão admissível referenciada no projeto. No caso de não se atingir a resistência compatível com a adotada em projeto, a critério da SUPERVISÃO e consultado o autor do projeto, a escavação será aprofundada até a ocorrência de material adequado. Será permitida a troca do solo por outro material, como pedras e areia, desde que consultado o autor do projeto.

Uma vez liberada a cota de assentamento das fundações, será preparada a superfície através da remoção de material solto ou amolecido para a colocação do lastro de concreto magro previsto no projeto.

As operações de colocação de armaduras e a concretagem dos elementos de fundação serão realizadas dentro dos requisitos das especificações de serviço, tanto quanto às dimensões e locações quanto às características de resistência dos materiais utilizados. Cuidados especiais serão tomados para permitir a drenagem da superfície de assentamento das fundações diretas e para impedir o amolecimento do solo superficial.

d.2. Controle tecnológico

A execução das fundações deverá satisfazer às normas da ABNT atinentes ao assunto, especialmente às NBR 6122 - “Projeto e execução de fundações” e NBR 6118 - “Projeto de estruturas de concreto - Procedimento" e aos Códigos e Posturas dos Órgãos Oficiais que jurisdicionem a localidade onde será executada a obra.

Um dos tópicos mais importantes do controle tecnológico é a realização da prova de carga em fundações, que objetiva determinar, por meios diretos, as características de deformação ou resistência do terreno. Este tópico terá um tratamento especial no final deste capítulo, no item 4.6.

4.5. FUNDAÇÕES PROFUNDAS

4.5.1. Objetivo

O Caderno de Encargos da CONTRATANTE objetiva estabelecer as diretrizes básicas para execução dos serviços de fundações profundas.

4.5.2 Definições

Quando os solos próximos à superfície do terreno são dotados de baixa capacidade de carga e são compressíveis, não permitindo o emprego de fundações em superfície, as cargas estruturais são transferidas para os solos de maior capacidade de suporte, situados em maiores profundidades, por meio de fundações ditas profundas.

Fundações profundas, do tipo estacas e tubulões, por exemplo, são elementos de fundação executados por equipamento à superfície do terreno, caracterizadas pelo seu comprimento e pequena seção transversal. São em geral de forma cilíndrica ou prismática, sendo suas principais funções:

• Transferir cargas a certa profundidade, em solos com pouca capacidade de suporte, por meio de atrito lateral ao longo do fuste (estacas flutuantes);

• Transferir cargas, através de água ou de camadas pouco resistentes, a um nível do terreno suficientemente capaz de absorvê-las (estacas carregadas de ponta);

• Transferir cargas ao terreno por meio de atrito lateral e de ponta;

• Compactar solos arenosos a fim de aumentar sua capacidade de carga (estaca de compactação);

• Levar a fundação a uma profundidade suficientemente segura aos fenômenos de erosão;

• Conter empuxo de terra ou de água.

a. Estacas de concreto moldadas in loco

As estacas serão moldadas no solo por meio de tubo de aço ou equipamento adequado, com um bulbo de alargamento da própria massa de concreto, na base, e deverão atender às normas da ABNT pertinentes ao assunto, em particular às NBR 6118 e NBR 6122, além de:

• O diâmetro mínimo será de 25 cm;

• As estacas moldadas no solo poderão ser armadas ou não, com revestimento perdido ou recuperável, conforme o caso;

• A dosagem do concreto a ser utilizado na confecção das estacas deverá ser racional; admitir-se-á, contudo, a critério da SUPERVISÃO, a dosagem empírica, quando a taxa nominal de trabalho da estaca for de 10 (dez) toneladas;

• No caso de se adotar a dosagem empírica, o concreto das estacas apresentará um teor mínimo de cimento, 300 kg/m3 de concreto, e será de consistência plástica;

• Em qualquer das hipóteses anteriores, deverá a CONTRATADA provar, junto à SUPERVISÃO, que a dosagem do concreto a ser utilizado na confecção das estacas atende às exigências de projeto;

• Para o cumprimento das prescrições relativas aos concretos, deverão ser executados pela CONTRATADA, a critério da SUPERVISÃO, todos os ensaios necessários à perfeita caracterização da qualidade do concreto empregado nas estacas;

• O espaçamento das estacas, de eixo a eixo, deverá ser, no mínimo, três vezes o diâmetro da menor delas;

• Quando não especificado de modo diverso, o recobrimento mínimo das armaduras das estacas será de 25 mm;

• As estacas sujeitas a deslocamento horizontal serão dotadas de armaduras e dispositivos adequados para absorver os esforços oriundos do citado deslocamento;

As partes superiores dos fustes das estacas serão ligadas entre si por cintas ou blocos de fundações de concreto armado, em conformidade com indicações do projeto;

Não se deverá utilizar blocos de coroamento com mais de 6 (seis) estacas;

As estacas moldadas em solo podem ser dos seguintes tipos: Strauss, broca, escavada e Franki.

a.1. Estaca tipo Strauss

São estacas executadas com revestimento metálico recuperável, de ponta aberta, de modo a permitir a escavação do solo. Poderão ser de concreto simples ou armado.

São usadas para resistir a esforços verticais de compressão ou de tração. Não se recomenda a sua

utilização em solos, onde a camada resistente se situe abaixo do nível aqüífero. Para a utilização neste caso, o procedimento de execução deve estar detalhadamente especificado no projeto de fundações. A CONTRATANTE não admitirá sua utilização em argilas submersas de consistência muito mole. As estacas terão comprimento máximo de 15,0 m.

a.2. Estaca tipo Franki

São estacas moldadas “in loco”, executadas com revestimento metálico recuperável, de base alargada, sendo para isso necessário que os últimos 150 litros de concreto sejam introduzidos com uma energia mínima de 2,5 MNm, para estacas de diâmetro inferior ou igual a 45 cm e 5,0 MNm para estacas de diâmetro superior a 45 cm.

Poderá ser utilizada em qualquer tipo de solo. Merecerá cuidados especiais quando empregada em argilas submersas de consistência mole. Em argilas médias e rijas e em locais onde a cravação poderá acarretar danos a prédios vizinhos, será obrigatório que o fuste seja executado por escavação.

a.3. Estacas tipo Broca

São estacas moldadas “in loco”, executadas por perfuração com auxilio de um trado espiral, que penetra no solo através de movimentos giratórios, de modo a transmitir para camadas mais resistentes do solo, as cargas a que serão submetidas.

Seu uso será limitado a terrenos acima do nível do lençol freático, com coesão (por exemplo: argila) e pouca água , de forma a garantir que o furo permaneça aberto sem desmoronamento das paredes laterais.

a.4. Estaca Hélice Contínua

É uma estaca de deslocamento, executada através da introdução, no terreno, de um trado helicoidal contínuo, com o comprimento integral previsto para a estaca. O trado possui um tubo interno, pelo qual se executará a concretagem, simultaneamente à retirada do mesmo, evitando, desta forma, o desconfinamento do solo. Este tipo de estaca tem como principais características a alta produtividade, monitoramento eletrônico durante todas as fases de execução e inexistência de vibração.

Aplicável em terrenos coesivos e arenosos, na presença ou não de lençol freático. Não deverá ser utilizada na presença de matacões e rochas. Em função do porte do equipamento, as áreas de trabalho devem ser planas e de fácil movimentação.

a.5. Estaca escavada

É a estaca moldada “in loco” cujo processo de execução envolve a utilização de lama bentonítica. Geralmente são circulares e alongadas, e têm a sua resistência garantida pelo atrito ao longo do fuste.

Em terreno onde haja a necessidade de grande capacidade de carga, garantindo a transmissão da carga da superestrutura ao estrato profundo e resistente do subsolo. Pode-se utilizar elementos do tipo diafragmas contínuos de concreto armado moldados no terreno, como forma de se construir, no solo, muro vertical de profundidade e largura variável.

b. Estacas de concreto pré-moldadas

No caso de estacas pré-moldadas, o diâmetro deverá ser definido pelo projeto, em respeito à capacidade de carga necessária. Quando a SUPERVISÃO julgar pertinente, poderá ser solicitada a realização de teste de cargas, com ônus exclusivo à CONTRATADA;

b.1. Cravadas

As estacas pré-moldadas de concreto armado, cravadas no solo, deverão atender as seguintes condições:

• Deverão ser dotadas de armadura para resistir aos esforços de transporte, manipulação e cravação, além do trabalho normal a que estarão sujeitas, inclusive deslocamento horizontal;

• O dimensionamento será conforme normas NBR 6122 e NBR 6118;

• O espaçamento mínimo entre os eixos será de 2,5 vezes o diâmetro da estaca ou do círculo de área equivalente;

• O recobrimento mínimo das armaduras das estacas será de 25mm;

• O concreto apresentará uma resistência (fck) mínima de 20 MPa (200kg/cm2);

b.2. Prensadas

Também conhecidas pelo nome de estaca mega, são estacas de concreto pré-moldado constituídas de segmentos curtos, cravadas por pressão estática.

Este tipo de estaca será utilizado apenas com o reforço de fundação. Entretanto, será admitido, somente em casos excepcionais, quando for inadmissível qualquer vibração, choque ou ruído na confecção da fundação de uma edificação.

c. Estacas metálicas

Trata-se de elementos de fundação constituídos por perfis laminados ou soldados, simples ou múltiplos, tubos de chapa dobrada (seção quadrada, circular ou retangular), apresentando elevada resistência de ponta, bem como carga de trabalho em torno de 800kg/cm².

Serão empregadas em qualquer tipo de solo, sendo mais indicadas para os casos onde as peças têm função múltipla (fundação, escoramento e estrutura).

d. Estacas de madeira

São elementos de fundação profunda, atualmente, aplicadas apenas em casos particulares e constituídas das seguintes madeiras: maçaranduba, pau d’arco, ipê, baraúna e, mais comumente, o eucalipto.

As estacas de madeira somente poderão ser utilizadas quando totalmente submersas, não sendo permitido seu emprego em terrenos com matacões. A SUPERVISÃO admitirá apenas em casos excepcionais, após prévia autorização.

A ponta e o topo deverão ter diâmetros maiores que 15,0 cm e 25 cm, respectivamente.

e. Tubulões

Elemento estrutural, cilíndrico, construído concretando-se um poço aberto no terreno (tubulão não revestido ou a céu aberto), ou fazendo-se descer por escavação interna ou cravação, com equipamento, um tubo de concreto armado ou aço que é preenchido de concreto simples ou armado (ar comprimido – pneumático).

e.1. Tubulões a céu aberto

São elementos cuja função é transmitir as cargas estruturais para os solos de maior capacidade de suporte, situados em maiores profundidades. São caracterizadas por seção transversal que permite escavação interna, com entrada de pessoal em seu interior. Os tipos existentes se diferenciam por modo de execução:

• Tubulão não-revestido: executado por escavação manuais ou mecânicas, sempre acima do nível d'água natural ou rebaixado, sem risco de desmoronamento;

• Tubulão revestido: utilizado em terrenos com baixa coesão; a escavação deverá possuir escoramento para contenção lateral. Podem ser:

– Com revestimento em concreto: com camisa de concreto armado, ou anéis de concreto pré- moldado;

– Com camisa de aço.

e.2. Tubulões a ar comprimido

Utilizados em locais com N.A. elevado, onde não seja possível o esgotamento da água. Usa-se injeção de ar comprimido nos tubulões para impedir a entrada de água, pois a pressão interna é maior que a pressão da água. A pressão empregada é no máximo de 3 atm, limitando a profundidade em 30m abaixo do N.A. – (Mal do ar comprimido) e existe o perigo de desmoronamento das paredes.

4.5.3. Condições específicas

a. Equipamentos

Os equipamentos para execução das fundações em profundidade serão função do tipo e dimensão do serviço a ser realizado. Poderão ser utilizados: bate- estaca, perfuratriz, trados mecanizados, escavadeira, equipamentos para concretagem como: vibradores, betoneiras, mangueiras, caçambas, guindastes para colocação de armadura, bombas de sucção para drenagem de fundo de escavação e outros que se fizerem necessários.

b. Materiais

Os materiais utilizados para a execução das fundações profundas, concreto, aço e forma, obedecerão às especificações de projeto e normas da ABNT.

c. Execução

A metodologia de execução relativa aos itens forma, escoramento, desforma, etc., integrantes do grande grupo fundações, encontra-se referenciada no Capítulo 6 - “Estrutura de Concreto e Metálica” deste Caderno de Encargos.

Caso a execução das fundações seja sub-empreitada para firma especializada, deverá a CONTRATADA submeter à apreciação prévia da SUPERVISÃO todas as credenciais da firma. Somente após a autorização da SUPERVISÃO os serviços poderão ser iniciados. A sub - empreiteira deverá obrigatoriamente estar ciente de todas as normas e especificações relativos a estes serviços contidas neste Caderno de Encargos.

Ao efetuar a fundação em profundidade, não deverá a CONTRATADA restringir-se às profundidades pré - estabelecidas em projeto, mas prosseguir na cravação e/ou escavação até onde a camada de base apresentar resistência compatível com as cargas previstas para as fundações.

Qualquer modificação durante a execução dos trabalhos, só poderá ser executada depois de autenticada pela SUPERVISÃO, sem que tal autenticação prejudique, de qualquer modo, o disposto quanto à responsabilidade da CONTRATADA.

Correrão por conta da CONTRATADA todas as despesas necessárias com escoramentos de construções vizinhas e sustentação de taludes, ou quaisquer outros itens necessários à perfeita execução e estabilidade da obra.

c.1. Estacas moldadas “in loco”

c.1.1. Estaca tipo Strauss

O equipamento empregado será basicamente o seguinte:

• Tripé semelhante ao utilizado para execução de sondagem a percussão;

• Forma metálica para cravação no terreno;

• Pilão com aproximadamente 300 kg;

• Guincho (sendo preferível o equipamento com 2 guinchos);

• Sonda de percussão, que escavará o terreno;

Linhas de tubulação de aço com elementos de 2,0 a 3,0 m, rosqueáveis entre si, além das roldanas, cabos e ferramentas.

O tripé será localizado de modo que o soquete preso ao cabo de aço fique centralizado no piquete de locação.

A perfuração será iniciada com o soquete até a profundidade de 1,0 a 2,0 m; o furo assim formado servirá de guia para a introdução do primeiro tubo dentado na extremidade inferior, chamado coroa.

Após a introdução da coroa, o soquete será substituído pela sonda de percussão, a qual, por golpes sucessivos, irá retirando o solo interior abaixo da coroa e introduzindo-se no terreno. Quando esta estiver toda cravada, será rosqueado o tubo seguinte, e assim por diante, até atingir-se uma camada de solo resistente e/ou que se tenha um comprimento de estaca considerado suficiente para garantia da carga de trabalho.

Na primeira etapa de concretagem, a sonda será substituída pelo soquete. O concreto será lançado no tubo em quantidade suficiente para se ter uma coluna de aproximadamente 1,0 m. Sem puxar a tubulação, apiloa - se o concreto, formando uma espécie de bulbo.

A execução do fuste será efetuada lançando-se o concreto dentro da tubulação e, à medida em que for apiloado, deverá ser retirada a referida tubulação com emprego de guincho manual.

Para garantia da continuidade do fuste, deverá ser mantida, dentro da tubulação, durante o apiloamento, uma coluna de concreto suficiente para ocupar todo o espaço perfurado e eventuais vazios no subsolo. Dessa forma, o pilão não terá possibilidade de entrar em contato com o solo da parede da estaca e provocar desmoronamento e mistura de solo com o concreto.

Para se evitar o seccionamento do fuste, o molde deverá ser retirado com muito cuidado, e com velocidade

tal a evitar invasão do solo no concreto.

A concretagem será efetuada até um pouco acima da cota de arrasamento da estaca. Deverá ser deixado um excesso para o corte da cabeça da estaca.

A operação final será a colocação dos ferros de “espera” para amarração aos blocos e baldrames, geralmente em número de 04 (quatro) ferros, isolados com 2,0 m de comprimento, simplesmente enfiados no concreto ainda fresco.

Quando houver necessidade de colocação de armadura para resistência aos esforços de tração, deverão ser tomadas as seguintes precauções:

• A bitola mínima para execução de estacas armadas deverá ser dimensionada, de forma que a armação fique situada entre o tubo e o soquete, para que este possa trabalhar livremente no interior daquela;

• Os estribos deverão ser convenientemente amarrados, de modo a obedecer rigorosamente o espaçamento previsto.

• Deverá haver especial cuidado quando da cravação do molde, principalmente próxima a uma estaca recém concretada, uma vez que o deslocamento lateral do solo causado pela cravação poderá danificar as estacas adjacentes.

c.1.2. Estaca tipo Franki

Na colocação do tubo serão empregados equipamentos semelhantes aos mencionados para estacas tipo Strauss, atentando para o fato que o pilão (soquete) deverá ter peso variando de 1 a 3 toneladas e diâmetro de 180 a 380 mm (valores mínimos).

Colocado o tubo verticalmente, ou segundo a inclinação prevista, derrama-se sobre o mesmo uma certa quantidade de concreto seco que será socado de encontro ao terreno.

Sob os choques do pilão, o concreto forma, na parte inferior do tubo, uma “bucha” estanque, cuja base penetrará ligeiramente no terreno, sendo que sua parte superior, comprimida energicamente contra as paredes do tubo, o afundará por atrito.

Uma vez que o tubo tenha atingido a profundidade do solo que contém resistência suficiente para a carga a que será submetido (nega de 20mm/10 golpes), o tubo será levantado ligeiramente e mantido preso aos cabos de moitão da máquina.

Destaca-se, em seguida, a “bucha”, por meio de golpes de pilão, tendo-se, no entanto, o cuidado de deixar no tubo uma certa quantidade de concreto que garanta estanqueidade.

Nesta etapa, introduze-se mais concreto no tubo e, sem levantá-lo, apiloa - se o concreto no terreno, provocando a formação de um bulbo.

Colocada a armadura, inicia-se a execução dos fustes, apiloando - se o concreto em camadas sucessivas de espessura conveniente, ao mesmo tempo em que se retira o tubo, tendo-se o cuidado de deixar no mesmo uma quantidade de concreto, para que o solo e/ou água nele não penetre.

Sempre que a compressão do solo não for desejável, ou seja, houver possibilidade de levantamento de estacas próximas, ou vibrações muito intensas, a cravação do tubo será efetuada escavando-se o terreno previamente e mantendo-se as paredes do furo estáveis, no caso de terrenos arenosos.

A estaca Franki será permitida, desde que seu comprimento não seja superior a 25,0m. Ocorrendo comprimento superior a este, deverá ser utilizada a estaca Franki com tubo perdido de parede delgada de aço. Tal recomendação também será aplicada para casos onde existir argila mole acima da camada suporte.

c.1.3. Estacas tipo Broca

Deverá ser feita escavação até profundidade compatível com a carga indicada no projeto estrutural, em comprimento máximo de 6m.

O lançamento do concreto deverá ser acompanhado de apiloamento, tomando-se o cuidado de não atingir as paredes do furo.

Deverão ser executados serviços complementares de colocação de ferragens de ligação com o bloco de apoio.

Será observada a perfeita verticalidade da mesma, não sendo permitido desvio superior a 1:100.

• Trado manual

A perfuração é realizada por um operário, através de equipamento manual de pequeno porte. A SUPERVISÃO admitirá seu emprego apenas em serviços sem grandes responsabilidades (por exemplo muros divisórios, galpões, etc.). Em nenhuma hipótese será admitido seu emprego quando submetidas à cargas superiores a 10t.

• Trado mecanizado

As estacas são escavadas mecanicamente, executadas através de torres metálicas, geralmente acopladas a caminhões. São empregados guinchos, conjunto de tração e haste de perfuração, constituídas de trados de até 6 metros em sua extremidade, procedendo o avanço através de prolongamento telescópico.

c.1.4. Estaca Hélice Contínua

A metodologia de execução obedecerá ao seguinte roteiro:

• Posicionamento do equipamento e perfuração do terreno com o trado até a profundidade definida em projeto. Durante essa etapa, o solo é bloqueado pelo fundo, e assim o material preenche as hélices do trado.

• Injeção de concreto bombeado pelo corpo central do trado até o topo, sob pressão.

• Retirada contínua e lenta do trado, sendo o espaço anteriormente ocupado pelo trado preenchido com concreto, que é mantido sob pressão, medida no topo do trado, até o final de concretagem. Nesta etapa é utilizado o “limpador mecânico”, que permite retirar o material das hélices do trado.

• Posicionamento da armadura imediatamente após o término da concretagem, enquanto o concreto ainda está em início de cura.

Os equipamentos disponíveis permitem executar estacas de, no máximo, 25m de profundidade e inclinação de até 1:4 (H:V).

Para controlar a pressão de bombeamento do concreto, existe um instrumento medidor digital que informa todos os dados de execução da estaca, tais como: inclinação da haste, profundidade da perfuração, torque e velocidade de rotação da hélice, pressão de injeção, perdas e consumo de concreto.

O sistema permite uma produtividade em média de 250m por dia dependendo do diâmetro da hélice, da profundidade e da resistência do terreno.

Figura 1 – a: início perfuração; b: perfuração completa; c: retirada trado e concretagem simultânea; d:

concretagem acabada

c.1.5. Estaca escavada

Compreende a realização das etapas de perfuração, colocação de armaduras e concretagem. No caso da perfuração, ela poderá ser realizada a seco, em locais de solo coesivo ou mediante a utilização de sistemas de contenções das paredes dos furos, a ser realizada por meio da lama bentonítica ou mediante cravação de revestimento metálico apropriado. O sistema de perfuração pode ser por rotação ou por mandíbulas, conforme se trata de estacas cilíndricas ou paredes-diafragma e estacas-barrete. Terminada a perfuração procede-se a colocação da armadura em gaiolas pré-montadas, por meio de guindaste, devendo a armadura ser dotada de estribos espirais, anéis de rigidez e espaçadores que possam garantir o recobrimento conveniente da ferragem principal. O lançamento do concreto, em perfuração preenchida com lama bentonítica, requer o uso de um tubo de concretagem denominado de tubo tremonha.

c.2. Estacas de concreto pré-moldadas

c.2.1. Cravadas

A cravação será executada por bate-estacas equipado com martelo especial apropriado, de modo que a estaca penetre com maior verticalidade. Deverão ser obedecidas as recomendações da NBR 6122, no que se refere à relação entre o peso do pilão e o peso da estaca.

Durante a cravação deverá haver rigoroso controle com relação à verticalidade, corrigindo-se qualquer irregularidade neste sentido.

As emendas, quando necessárias, deverão resistir a todas as solicitações que nelas ocorrerem. As emendas deverão ser efetuadas mediante o emprego de luvas de aço, onde o comprimento mínimo de cada aba de encaixe seja de 2 vezes o diâmetro médio da estaca.

Para se evitar a compactação indevida do solo, impedindo a penetração de estacas vizinhas em um mesmo bloco, a seqüência de cravação deverá ser do centro do grupo para a periferia, ou de um bordo em direção ao outro.

Nas estacas vazadas de concreto, antes da concretagem do bloco, o furo central deverá ser convenientemente tamponado.

Deverá ser utilizado um capacete de aço com coxim de madeira, para proteção da cabeça da estaca durante a cravação.

A nega máxima admitida para as estacas pré-moldadas será de 20mm/10 golpes.

O comprimento mínimo de cravação das estacas deverá ser de 5,0m.

A SUPERVISÃO admitirá a utilização de 3 tipos: concreto armado, concreto armado centrifugado e concreto armado protendido.

Quaisquer dos tipos mencionados deverão satisfazer às condições de projeto e ser compatíveis com o tipo de solo.

c.2.2. Prensadas

Os segmentos serão cravados um após outro, e sobrepostos por meio de um macaco hidráulico reagindo contra um peso.

Quando se utilizar a estrutura existente como reação para cravação do elemento, a força de prensagem ficará limitada ao valor da reação disponível.

A SUPERVISÃO admitirá a utilização de elementos com orifício central, que servirão para circulação de água sob pressão, facilitando a penetração, devendo, porém, serem confeccionados em concreto centrifugado.

c.3. Estacas metálicas

A SUPERVISÃO admitirá o emprego de perfis H, perfis I, perfis tubulares e perfis soldados.

Na seção transversal dos perfis de aço deverá ser desprezada a área ao longo da periferia em contato com o solo no valor de 1,5mm da sua espessura.

Havendo, porém, trecho desenterrado, imerso em aterro com materiais capazes de atacar o aço ou a existência de qualquer outro meio agressivo, será obrigatória a proteção desse trecho.

As estacas metálicas deverão ser retilíneas, admitindo-se, como tais, as que apresentem raio de curvatura, em qualquer ponto do eixo, maior que 400,0 metros.

As estacas poderão ser emendadas por solda, de maneira que a emenda tenha resistência maior ou igual às partes emendadas.

Para efeito de cravação, o estaqueamento deverá obedecer às especificações próprias e sobretudo:

• Deve-se dimensionar o mínimo de 2 estacas por pilar;

• O cabeçote a ser colocado na cabeça das estacas deverá estar ajustado, evitando-se assim excentricidades e inclinações indesejáveis;

• O controle de execução deverá seguir rigorosamente as instruções contidas em especificações próprias.

c.4. Estacas de madeira

A reta imaginária que une os centros das seções de ponta e topo deverá estar integralmente dentro do plano da estaca.

Será indispensável uma conveniente proteção nos topos das estacas, para evitar danos durante a cravação.

Caso ocorra algum dano durante a escavação, a parte afetada deverá ser cortada; quando tiver que penetrar ou atravessar camadas resistentes, as pontas deverão ser protegidas por ponteiras de aço.

Emendas, se necessárias, deverão ter resistência no mínimo igual à da seção da estaca, e deverão ser executadas por sambladuras, por anel metálico ou por talas de junção. Quando submersas em água livre, quer doce ou salgada, no sentido de se evitar ataques de organismos vivos, deverá ser efetuado tratamento adequado para proteção, não sendo admitido o tratamento por pintura superficial.

O peso do martelo deverá obedecer as prescrições contidas na NBR 6122. O bate-estacas deverá ser lento, sendo admitida a velocidade de 60 golpes/minuto.

Quando utilizada como estaca de ponta, seu diâmetro maior será cravado para baixo. No caso de ser utilizada como estaca flutuante, deverá ser deixado o diâmetro maior no topo.

A nega máxima admissível para a estaca de madeira será de 40 mm/10 golpes.

c.5. Tubulões

Deverão ser observadas as normas da ABNT atinentes ao assunto, em particular a NBR 6118, NBR 6122 e NBR 7678 – “Segurança na execução de obras e serviços de construção”.

Os tubulões serão sempre executados em concreto, armado ou simples. Poderão ser dotados de camisa externa de aço - perdida ou recuperável - ou de concreto armado.

Poderão ser escavados manual ou mecanicamente, usando, eventualmente, lamas bentoníticas.

Quando a escavação for manual, o diâmetro necessário para segurança do operador deverá ser de, no mínimo, 60 cm.

Caso a escavação seja executada mecanicamente, os últimos 0,50 m deverão ser escavados e abertos manualmente, inclusive o alargamento da base (quando necessário), a fim de evitar-se a destruição da estrutura do terreno.

Os tubulões deverão ficar assentes sobre terreno de alta resistência à compressão.

Na hipótese de ocorrência de desmoronamento, a CONTRATADA deverá submeter, previamente, a solução do problema à aprovação da SUPERVISÃO.

Deverá a CONTRATADA prever adequada proteção junto aos fustes, de modo a impedir a entrada em seu interior de materiais estranhos.

Antes da concretagem deverá ser efetuada uma nova inspeção no tubulão, devendo-se conferir as dimensões, qualidades e características do solo, inclusive da base, procedendo-se à limpeza do fundo da base, com remoção de camada eventualmente amolecida pela exposição ao tempo ou por água de infiltração.

Quando previstas cotas variáveis de assentamento entre tubulões próximos, a execução deverá ser iniciada pelos tubulões mais profundos, passando-se a seguir para os mais rasos.

Não será permitido trabalho simultâneo em bases alargadas de tubulões adjacentes, tanto em relação à escavação quanto à concretagem.

Quanto às cargas admissíveis e o cálculo estrutural dos tubulões, deverão ser observados o contido na NBR 6122.

Quanto a tolerâncias, serão de acordo com a NBR 6122, cabendo destacar:

• Excentricidade: 10% do diâmetro do fuste;

• Desaprumo: 1%.

Quanto ao modo de execução os tubulões poderão ser:

c.5.1. Tubulões não revestidos

Estes elementos de fundação serão executados com escavação manual ou mecânica.

A escavação manual só poderá ser executada acima do nível d’água, natural ou rebaixado, ou, ainda, em casos especiais em que seja possível bombear a água sem risco de desmoronamento ou perturbação no terreno de fundação abaixo desse nível.

Serão dotados ou não de base alargada tronco-cônica, conforme projeto;

Poderão ser escavados mecanicamente com equipamento adequado;

Quando abaixo do nível d’água, a perfuração mecânica poderá prosseguir utilizando-se, se necessário, lamas bentoníticas para manter estável o furo.

Na concretagem de tubulões , quanto à escavação, admitir-se-ão as seguintes variantes:

• Escavação seca: o concreto será simplesmente lançado da superfície, através de tromba (funil) de comprimento adequado para evitar que o concreto bata nas paredes da escavação e se misture com terra. Normalmente o comprimento do tubo do funil é de 5 vezes seu diâmetro;

• Escavação com água ou lama: o concreto será lançado através de tubo tremonha ou outro processo de eficiência comprovada.

c.5.2. Tubulões revestidos

Em terrenos com baixa coesão, a escavação do poço deverá ser acompanhada com escoramento para contenção lateral da terra, que poderá ser executado com camisa de concreto ou metálica.

• Com revestimento em concreto

A camisa de concreto armado será concretada sobre a superfície do terreno ou em uma escavação preliminar de dimensões adequadas, por trechos de comprimento convenientemente dimensionados e introduzidos no terreno depois que o concreto atinja resistência adequada à operação da escavação interna. Depois de cravado um elemento, concreta–se, sobre ele, o elemento seguinte, e assim sucessivamente, até atingir-se o comprimento final previsto.

Caso durante essas operações seja atingido o lençol d’água do terreno, será adaptado ao tubulão equipamento pneumático conforme item adiante.

Atingida a cota prevista para assentamento do tubulão, procede-se, se for o caso, às operações de abertura da base alargada.

Durante essa operação, a camisa deverá ser escorada, de modo a evitar sua descida.

Terminado o alargamento, concreta-se a base e o núcleo do tubulão, obedecendo-se o plano de concretagem previamente definido.

• Com camisa de aço

A camisa de aço será utilizada do mesmo modo que a camisa de concreto, para manter aberto o furo e garantir a integridade do fuste do tubulão.

Poderá ser introduzida por cravação com bate-estacas, ou através de equipamento especial. A escavação interna, manual ou mecânica, poderá ser executada à medida da penetração do tubo ou de uma só vez, quando completada a cravação do tubo.

O alargamento da base poderá ser executado manual ou mecanicamente, sob ar comprimido ou não.

No caso de uso de ar comprimido, a camisa deverá ser ancorada ou receber contrapeso, de modo a evitar sua subida.

A camisa metálica, no caso de não ter sido considerada no dimensionamento estrutural do tubulão (conforme NBR 6122), poderá ser recuperada à medida em que se processe a concretagem ou posteriormente.

A espessura mínima das paredes do tubo será de 10 mm.

Durante a cravação da camisa metálica, a verticalidade deverá ser controlada através de prumo de face.

Antes da concretagem, deve-se limpar internamente as camisas, manualmente ou através da circulação de água, ou ainda através da renovação de lama bentonítica.

c.5.3. Disposições construtivas gerais (tubulões)

• Alargamento de base

Os tubulões serão dimensionados de maneira a evitar alturas de bases superiores a 2,0m, estas só admitidas em casos excepcionais e devidamente justificados.

Quando as características do solo indicarem que o alargamento de base será problemático, dever-se-á prever o uso de injeções, aplicações superficiais de argamassa de cimento ou mesmo escoramento, a fim de se evitar desmoronamento da base.

Quando a base do tubulão for assente sobre rocha inclinada, deverá ser observado o disposto no item específico da NBR 6122.

• Armadura

A armadura do núcleo deverá ser montada de maneira a garantir sua rigidez e evitar deformações durante o manuseio e concretagem.

A armadura de ligação fuste-base deverá ser projetada e executada de modo a garantir concretagem satisfatória da base alargada. Deve-se evitar que a malha constituída pelos ferros verticais e os estribos, tenha dimensões inferiores a 30x 30 cm, usando-se, se necessário, feixes de barras ao invés de barras isoladas.

• Tempo de execução

Deve-se evitar que entre o término da execução do alargamento da base e sua concretagem decorra tempo superior a 24 horas.

• Concretagem

O concreto será lançado, da superfície, através de funil (tremonha ou calha) especialmente projetado para tal fim, com o comprimento da ordem de 5 vezes o seu diâmetro, de modo a evitar que o concreto bata nas paredes do tubulão e se misture com a terra, prejudicando a concretagem. O concreto se espalhará pela

Figura 2 a

base pelo próprio impacto de sua descarga mas é conveniente interromper a concretagem de vez em quando e descer para espalhá-lo, para evitar que fiquem vazios na massa de concreto.

Pode-se observar na Figura 2 o detalhe do processo recomendado.

2.c

Figura 2A/2B/2C - Detalhe de calha projetada para lançamento de concreto em tubulões

• Preparo da cabeça

O topo dos tubulões apresenta, normalmente, conforme o trabalho desenvolvido, concreto não satisfatório. O mesmo deverá ser removido até que se atinja material adequado, ainda que abaixo da cota de arrasamento prevista, reconcretando-se a seguir o trecho eventualmente cortado abaixo dessa cota.

• Ligação do tubulão com o bloco de coroamento

Em qualquer caso deverá ser garantida a transferência adequada da carga do pilar para o tubulão, conforme estabelecido em projeto.

• Acompanhamento

Quando da necessidade de bloco de coroamento, o fundo da cava deverá ser recoberto com uma camada de 5 cm de espessura de concreto magro.

Deverão ser apresentados à SUPERVISÃO, pela CONTRATADA, os seguintes elementos para cada tubulão:

– Cota de arrasamento;

– Dimensões reais da base alargada;

– Material da camada de apoio da base;

– Equipamento usado nas várias etapas;

– Deslocamento e desaprumo;

– Consumo de material durante a concretagem e comparação com o volume previsto;

2.a

2.b

– Quantidade dos materiais;

– Anormalidade de execução e providências.

d. Controle

d.1. Controle Executivo

Na execução das estacas, o operador não deverá restringir-se, rigorosamente, à profundidade prevista no projeto, realizando, porém, a cravação até onde a nega da estaca e o material extraído indicarem a presença de camada suficientemente resistente para suportar a obra a ser executada.

A definição da nega a ser aplicada será empregada para o controle de cravação da estaca, não sendo recomendável seu uso para determinação da capacidade de carga da estaca. Quando não definido no projeto ou em especificações, a nega admitida pela CONTRATANTE será de 20 mm para 10 golpes do martelo, obtida na terceira tentativa consecutiva.

As fundações não poderão ter os blocos invadindo o terreno vizinho nem o passeio da rua.

No caso de estacas parcialmente cravadas no solo, deverá ser apresentada justificativa de segurança das mesmas quanto à flambagem.

As estacas terão o comprimento mínimo necessário, evitando-se, tanto quanto possível, soldas ou emendas.

Quando da cravação de estacas vizinhas, sobretudo a distâncias inferiores a 5 (cinco) diâmetros e, mais particularmente, no caso de peças moldadas no solo, serão tomados os maiores cuidados no sentido de evitar a possível danificação das estacas existentes (recém - cravadas), pela penetração das novas.

No cálculo das fundações em profundidade serão considerados os momentos e os esforços verticais e horizontais.

Deverá ser considerado, também, que a carga total de um bloco composto de várias estacas é menor que a soma das capacidades individuais das estacas, e que é tanto menor quanto maior for o número de estacas.

Em todos blocos de coroamento deverão ser utilizadas formas de madeira. Como o fundo da cava será recoberto com concreto magro, deverá ser evitado que ele cubra a cabeça das estacas. Para tanto, recomendar-se-á que a cabeça da estaca fique em cota mais alta que o fundo da escavação. A cota definitiva só deverá ser atingida após o lançamento do concreto magro.

As cabeças das estacas, caso seja necessário, deverão ser cortadas com ponteiros até que se atinja a cota de arrasamento prevista, não sendo admitido nenhum outro aparelho para tal serviço. Não será admissível a utilização de sistemas pneumáticos que possam ocasionar vibração excessiva nas estacas.

Para cortar o concreto serão utilizados ponteiros bem afiados, trabalhando horizontalmente e se possível um pouco inclinado para cima.

O corte do concreto será efetuado em camadas de pouca altura, iniciando da periferia em direção ao centro.

As cabeças das estacas deverão ficar sempre em posição normal ao eixo das mesmas.

As estacas deverão penetrar no bloco de coroamento pelo menos 10 cm para estacas de concreto e 20 cm para estacas metálicas, salvo especificação contrária.

Os materiais a serem utilizados na produção de estacas (água, pedra, areia, aço, cimento e madeira), deverão respeitar as prescrições contidas nas respectivas normas da ABNT. É permitida a utilização de aditivos e adições respeitadas as especificações dos fabricantes.

Deverá a CONTRATADA apresentar à CONTRATANTE, planilha contendo:

• Comprimento real da estaca abaixo do arrasamento;

• Suplemento utilizado – tipo e comprimento;

• Desaprumo, desvios de locação e quebras ocorridas;

• Características do equipamento de cravação contendo: peso do martelo, diâmetro, altura de queda do martelo, número de golpes/minuto, etc.;

• Cota de arrasamento;

• Número de golpes/metro para cada estaca; • Data da cravação;

• Nega final obtida em cada estaca (para 10 golpes de martelo); • Deslocamento e levantamento de estacas, por efeito de cravação de estacas vizinhas, quando

ocorrer.

Deverá a CONTRATADA apresentar diagrama de cravação em pelo menos 10% das estacas, sendo obrigatoriamente incluídas as estacas mais próximas aos furos de sondagem.

Em relação a prova de carga em fundações profundas esta será objeto de abordagem específica, contida no item 4.6 – “Prova de Carga”.

d.2. Tolerâncias

d.2.1. Quanto à excentricidade

• De estacas isoladas não travadas

No caso de estacas isoladas não travadas, em duas direções aproximadamente ortogonais, será tolerado um desvio, entre eixos de estaca e ponto de aplicação da resultante das solicitações do pilar, de 10% do diâmetro da estaca. Será obrigatório, na verificação de segurança à flambagem do pilar, levar em conta um acréscimo de flambagem dependente das condições de engastamento da estaca.

• De estacas isoladas travadas

Neste caso, as vigas de travamento deverão ser dimensionadas para a excentricidade real quando a mesma ultrapassar o valor do item anterior. Quanto à flambagem e verificação, deverá ser efetuada apenas quanto ao pilar.

• Do conjunto de estacas alinhadas

Para excentricidade na direção do plano das estacas, deverá ser verificada a solicitação nas estacas. Admitir-se-á, sem correção, um acréscimo de, no máximo, 15% sobre a carga admissível de projeto da estaca. Acréscimos superiores a este deverão ser corrigidos, mediante acréscimo de estacas ou recurso estrutural.

• Do conjunto de estacas não alinhadas

Deverá ser verificada a solicitação em todas as estacas, admitindo-se, na estaca mais solicitada, que seja ultrapassada em 15% a carga admissível de projeto. Acréscimos superiores a este, deverão ser corrigidos conforme item anterior.

d.2.2. Quanto ao desvio de inclinação

Sempre que uma estaca apresentar desvio angular em relação à posição projetada, deverá ser efetuada verificação de estabilidade, tolerando-se sem medidas corretivas um desvio de 1:100.

Em se tratando de grupo de estacas, a verificação deverá ser efetuada para o conjunto, levando-se em conta a contenção do solo e as ligações estruturais.

4.6. PROVA DE CARGA DAS FUNDAÇÕES

4.6.1. Objetivo

Determinar, por meios diretos, as características de deformação ou resistência do terreno.

4.6.2. Fundações de superfície

a. Condições gerais

Obriga-se a CONTRATADA a realizar, pelo menos, duas provas de carga, em locais previamente designados pela SUPERVISÃO.

Para perfeita verificação do comportamento das fundações, poderão ser exigidas, a critério da SUPERVISÃO, novas provas de carga, responsabilizando-se a SUPERVISÃO pelo pagamento.

Se os resultados não satisfizerem as condições pré-estabelecidas pela SUPERVISÃO, as provas de carga subseqüentes que se fizerem necessárias para comprovação da taxa de trabalho, após a correção das irregularidades, serão executadas às expensas da CONTRATADA.

As provas de carga deverão obedecer ao preconizado na NBR 6489 - “Prova de carga direta sobre terreno de fundação”, além do adiante especificado:

• Serão executadas diretamente no terreno de base das fundações;

• Serão efetuadas, de preferência, nos trechos mais desfavoráveis do terreno.

b. Instalação e aparelhamento

A cota da superfície de carga deverá ser sempre a mesma que a das bases da futura fundação.

A placa para aplicação das cargas deverá ser rígida, ter uma área não inferior a 0,5 m² (geralmente usa - se placa circular com diâmetro de 0,80 m), sendo colocada sobre o solo em seu estado natural, devidamente nivelado.

O dispositivo de transmissão de carga a ser utilizado deverá ser um macaco hidráulico, munido de bomba e manômetro, devidamente aferidos, reagindo contra uma carga de reação (caixão carregado, viga de reação, etc.).

Os recalques serão medidos por extensômetros sensíveis a 0,01 mm, colocados em dois pontos diametralmente opostos da placa, que deverão estar livres da influência dos movimentos da placa e do caixão de reação, devendo seus apoios acharem-se a uma distância igual a pelo menos 1,5 vezes o diâmetro da placa, medida a partir do centro e nunca inferior a 1,50 m.

c. Execução

O carregamento será efetuado em estágios sucessivos, com aplicação de incrementos de tensão correspondente a 20% da taxa de trabalho provável do solo.

Em cada estágio da carga, a tensão será mantida constante, procedendo-se a leitura das deformações, imediatamente após a aplicação dessa carga e quando decorridos 1, 2, 4, 8, 15, 30 e 60 minutos.

O estágio é encerrado quando se obtém um acréscimo de deformação, de uma leitura para a seguinte, inferior a 5% da deformação ocorrida no estágio.

Caso não ocorra a ruptura do solo, a prova de carga será conduzida até que se observe um recalque total de 25 mm (considerado, pela SUPERVISÃO, como excessivo) ou que se atinja uma carga equivalente ao dobro da taxa de trabalho provável no solo.

Desde que não ocorra a ruptura, a carga máxima alcançada no ensaio deverá ser mantida pelo menos durante 12 horas.

Em seguida, deve-se fazer o descarregamento em estágios sucessivos, não superiores a 25% da carga total, lendo-se os recalques de maneira idêntica ao carregamento.

d. Resultados

Como resultado do ensaio, deverá ser apresentada uma curva pressão x deformação, onde serão anotados os tempos iniciais e finais de cada estágio. Anexo à curva dos resultados serão fornecidas, ainda, as seguintes informações:

• Dia e hora do início e fim da prova;

• Situação do local da prova no terreno e cota da superfície carregada em relação a um RN bem determinado (preferencialmente o adotado no levantamento topográfico);

• Referência aos dispositivos de carga e medida;

• Ocorrências excepcionais durante a carga.

A CONTRATADA deverá, de imediato, enviar o resultado da prova de carga à SUPERVISÃO, em duas vias. Somente após esta apresentação a SUPERVISÃO autorizará a execução das fundações.

e. Interpretação dos resultados

A carga admissível das fundações superficiais, baseada na prova de carga, será determinada dentro do seguinte critério:

• Ruptura do solo: caso ocorra a ruptura do solo, será considerada como taxa de trabalho do terreno a metade do valor da tensão que provocou a ruptura;

• Sensibilidade da estrutura: caso não ocorra a ruptura do solo, a carga admissível será adotada, admitindo-se a metade da carga que conduz a um recalque de 25 mm;

Caso não ocorra ruptura do solo, nem se atinja o recalque compatível com a sensibilidade da estrutura (fixado em 25 mm no elemento isolado), adotar-se-á, como pressão admissível, a pressão adotada em projeto.

f. Providências complementares

Caso as provas de carga não obtenham resultados satisfatórios, caberá a CONTRATADA, às suas expensas, adotar todas as providências necessárias para a viabilidade das fundações, tais como: novas provas de cargas, redimensionamento das fundações e elementos intermediários, reforço das fundações, modificações das cotas de assentamento, controle de recalques, etc.

Quaisquer das providências mencionadas deverão ser previamente submetidas à apreciação e autenticação da CONTRATANTE.

4.6.3. Fundações profundas

a. Considerações gerais

As provas de carga deverão obedecer à NBR 12131 – “Estacas – Prova de carga estática”, além do adiante especificado. Serão efetuadas, de preferência, nas estacas que estiverem com maior carga, em relação à sua capacidade e, no caso de estacas carregadas de ponta, nos trechos mais desfavoráveis, quanto à resistência do terreno.

Em se tratando de fundações profundas à base de estacas, obriga-se a CONTRATADA a realizar, pelo menos, duas provas de carga, em locais previamente designados pela SUPERVISÃO, sobre estacas de blocos distintos. Para a perfeita verificação do comportamento das fundações, serão exigidas, a critério da SUPERVISÃO, novas provas de carga, responsabilizando-se a SUPERVISÃO pelo pagamento das mesmas. Se as provas de carga não satisfizerem as condições pré - estabelecidas pela SUPERVISÃO, as provas de carga que se fizerem necessárias para comprovação da carga admissível serão realizadas às expensas da CONTRATADA.

b. Instalação e aparelhamento

Serão adotados processos que garantam aplicação axial da carga e que evitem choques ou trepidações durante a realização das provas.

Será aconselhável a utilização dos macacos hidráulicos, munidos de bomba e manômetros, devidamente aferidos, opondo-se a uma carga de reação estável – caixa carregada, ancoragem, etc. – sendo vantajoso prever-se, para maior garantia de axiabilidade, uma rótula na cabeça do macaco ou da estaca.

Os recalques do topo da estaca serão medidos, simultaneamente, em dois extensômetros, sensíveis ao centésimo de milímetro, colocados em posição diametralmente opostas em relação à seção transversal da estaca.

Os dispositivos de referência para as medidas de recalques deverão estar ao abrigo de intempéries e suficientemente afastados para não serem influenciados pelo movimento das estacas dos terrenos circunvizinhos, do caixão, da ancoragem, etc.

Os apoios dos dispositivos referidos no item anterior deverão situar-se a uma distância igual a, pelo menos, 05 (cinco) vezes o diâmetro das estacas e nunca inferior a 150 cm.

c. Execução

Nas estacas pré - fabricadas de concreto, de madeira ou aço, a prova de carga somente deverá ser iniciada 24 horas após a sua cravação, no caso de terreno arenoso e após 5 dias, no mínimo, em se tratando de terreno argiloso.

No caso de estacas moldadas no solo, a prova de carga só deverá ser realizada após um tempo mínimo de cura de 15 dias, exceto se usado cimento de alta resistência inicial ou aditivos aceleradores. Contudo, o uso do cimento de resistência inicial e de aditivos aceleradores ficarão condicionados à prévia autorização da SUPERVISÃO.

Deverá ser moldado um bloco de concreto armado, na cabeça da estaca, com armadura devidamente dimensionada. Antes do processo de moldagem do bloco, a cabeça da estaca deverá ser convenientemente preparada. É importante que a estaca fique perfeitamente centrada no bloco.

O carregamento da estaca deverá ser feito em estágios sucessivos não superiores a 20% da carga de trabalho provável ou fixada para a estaca.

Em cada estágio da carga, os deslocamentos deverão ser lidos imediatamente após a aplicação da carga correspondente, efetuando-se leituras, quando decorridos os seguintes tempos, a partir da aplicação da carga, 1, 2, 4, 8, 15, 30 e 60 minutos, até a estabilização dos deslocamentos. A estabilização poderá ser admitida quando a diferença entre duas leituras sucessivas corresponder a um máximo de 5% do deslocamento havido no estágio.

O intervalo de tempo entre estágios deverá ser de, no mínimo, 30 minutos.

O ensaio, caso não seja levado até a ruptura, será continuado até observar-se um deslocamento (medido no topo da estaca), compatível com a sensibilidade da estrutura (fixado pela CONTRATANTE em 15mm) ou até 1,5 vezes a carga de trabalho prevista para a estaca.

Em quaisquer dos casos, não sendo atingida a ruptura, a carga máxima de ensaio deverá ser mantida durante 12 horas, pelo menos, após a estabilização dos deslocamentos.

A descarga, sempre que possível, será efetuada por estágios sucessivos não superiores a 25% da carga total atingida no ensaio. Cada estágio deverá ser mantido até a estabilização das deformações.

O intervalo de tempo entre intervalos de descarga não poderá ser inferior a 15 minutos.

d. Apresentação dos resultados

Os resultados das provas de carga serão apresentados graficamente, através de uma curva carga - recalque, onde figurem as observações efetuadas no início e no fim de cada estágio, com indicação também dos tempos decorridos.

Anexo ao gráfico, serão fornecidos os seguintes elementos:

• Localização da estaca no terreno, arrasamento, altura do bloco, volume (para estacas moldadas no local) e indicação dos furos de sondagem;

• Características e dados gerais da estaca testada: tipo, dimensões, cota de arrasamento, volume da estaca e da base (para estacas moldadas no solo), armação (se for o caso), tensão do concreto, data da cravação, data da moldagem, altura do bloco, etc.;

• Dados da cravação: tipos de bate-estacas e do martelo, peso do martelo, altura e tipo da queda ou energia de cravação, nega em cada série de golpes por minuto, etc.;

• Descrição sucinta dos dispositivos de carga, de medida e aferição dos manômetros;

• Ocorrências excepcionais verificadas durante a prova; perturbações dos dispositivos de carga e medida; modificações na superfície do terreno contíguo à estaca; alterações eventuais nos pontos fixos de referência, etc.;

• Diagrama - número de golpes (n) x penetração (e) - obtido na cravação das estacas relacionadas para as provas de carga;

• Nega do último golpe, obtida pela expressão e/10, sendo “e” a penetração alcançada com os últimos 10 golpes de cravação;

• Confirmação da viabilidade do comprimento alcançado pelas estacas, mediante cálculo com o emprego de fórmulas próprias a cada tipo de solo (deverá ser apresentado o demonstrativo de cálculo);

• Dia e hora do início e fim da prova;

• Representação das características do terreno de acordo com a sondagem mais próxima.

A CONTRATADA deverá, de imediato, enviar o resultado da prova de carga à SUPERVISÃO, em duas vias. Somente após a apresentação e aprovação dos resultados a SUPERVISÃO autorizará a concretagem dos blocos de coroamento.

e. Interpretação dos resultados

A carga admissível da estaca, baseada na prova de carga, será determinada dentro do seguinte critério:

• Ruptura do solo: caso ocorra a ruptura do solo, será considerada, como taxa admissível da estaca, a metade do valor da tensão que provocou a ruptura do solo;

• Sensibilidade da estrutura: caso não ocorra a ruptura do solo, a carga admissível da estaca será adotada admitindo-se 1/1,5 da carga que conduz a um recalque compatível com a sensibilidade da estrutura projetada (fixado pela CONTRATANTE em 15 mm);

• Caso não ocorra ruptura do solo, nem se atinja o recalque compatível com a sensibilidade da estrutura (fixado em 15 mm), adotar-se-á, como carga admissível da estaca, a carga adotada em projeto.

f. Providências complementares

Caso as provas de cargas não obtenham resultados satisfatórios, caberá a CONTRATADA, às suas expensas, adotar todas as providências necessárias para a viabilidade das fundações, tais como: novas provas de cargas, redimensionamento das fundações e elementos intermediários, reforço das fundações, modificações das cotas de assentamento (recravação), controle de recalques, etc.

Quaisquer das providências mencionadas deverão ser previamente submetidas à apreciação e autenticação da SUPERVISÃO.

5. CONTENÇÕES

5.1. OBJETIVO

O Caderno de Encargos da CONTRATANTE, através deste capítulo, objetiva definir diretrizes para a execução dos serviços envolvidos na execução de contenções.

5.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA

Sugere-se, para complementação deste capítulo, a seguinte bibliografia específica:

– DNER EM 034/97 – Água para concreto;

– DNER EM 036/95 – Cimento Portland – Recebimento e aceitação;

– DNER EM 037/97 – Agregado graúdo para concreto de cimento;

– DNER EM 038/97 – Agregado miúdo para concreto de cimento;

– DNER ES 330/97 – Obras-de-arte especiais – Concretos e argamassas;

– DNER ES 331/97 – Obras-de-arte especiais – Armaduras para concreto armado;

– DNER ES 332/97 – Obras-de-arte especiais – Armaduras para concreto protendido;

– DNER ES 333/97 – Obras-de-arte especiais – Fôrmas;

– DNER ES 334/97 – Obras-de-arte especiais – Fundações;

– DNER -ES 335/97 – Obras-de-arte especiais – Estruturas de concreto armado;

– DNER ES 337/97 – Obras-de-arte especiais – Escoramentos;

– DNER EM 374/97 – Fios e barras de aço para concreto armado;

– Manual de Construção de Obras de Arte Especiais – DNER, 1995;

– NBR 5732 – Cimento Portland comum;

– NBR 5733 – Cimento Portland de alta resistência inicial;

– NBR 5735 – Cimento Portland de alto forno;

– NBR 5736 – Cimento Portland pozolânico;

– NBR 5737 – Cimentos Portland resistentes a sulfatos;

– NBR 5738 – Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos e prismáticos de concreto;

– NBR 5739 – Concreto. Ensaios de compressão de corpos de prova cilíndricos;

– NBR NM18–Cimento Portland - Análise química - Determinação de perda ao fogo;

– NBR 6118 – Projeto e execução de obras de concreto armado;

– NBR-6120 – Cargas para o cálculo de estruturas de edificações;

– NBR 7211 – Agregado para concreto;

– NBR 7215 – Cimento Portland – Determinação da resistência à compressão;

– NBR NM26 – Agregados – Amostragem;

– NBR NM 248– Agregados - Determinação da composição granulométrica;

– NBR 7218 – Agregados – Determinação do teor de argila em torrões e materiais friáveis;

– NBR NM 46 – Agregados - Determinação do material fino que passa através da peneira 75 micrômetro, por lavagem;

– NBR NM49 – Agregado fino – Determinação de impurezas orgânicas;

– NBR NM67 – Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone;

– NBR NM76 – Cimento Portland - Determinação de finura pelo método de permeabilidade ao ar (método de Blaine);

– NBR 7477 – Determinação do coeficiente de conformação superficial de barras e fios de aço destinados a armaduras de concreto armado;

– NBR 7478 – Método de ensaio de fadiga de barras de aço para concreto armado;

– NBR 7480 – Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado;

– NBR 8964 – Arame de aço de baixo teor de carbono, zincado, para gabiões;

– NBR 10514 – Redes de aço com malha hexagonal de dupla torção, para confecção de gabiões;

– NBR 12654 - Controle tecnológico de materiais componentes do concreto;

– NBR 12655 - Preparo, controle e recebimento do concreto;

– ASTM C444/95 – Standard Specification for Perforated Concrete Pipe;

– ASTM C498/95 – Standard Specification for Perforated Clay Drain Tile.

5.3. GABIÃO

5.3.1. Objetivo

Este item do Caderno de Encargos da CONTRATANTE objetiva definir as diretrizes básicas para execução e SUPERVISÃO da execução de gabiões, observando os cuidados necessários e determinações para alcançar o seu objetivo com a estabilidade e qualidade desejáveis.

5.3.2. Definições

Existem, nesta especificação, três tipos de gabiões, colchão, caixa e saco.

Os gabiões são sub-divididos em células por diafragmas cuja função é reforçar a estrutura. Toda a malha, com exceção dos diafragmas, é reforçada em suas extremidades por arames de diâmetro maior que o da malha para fortalecer os gabiões e facilitar sua montagem e instalação.

Quando instalados e cheios de pedra os gabiões se convertem em elementos estruturais flexíveis, armados, drenantes e aptos a serem utilizados na construção dos mais diversos tipos de estruturas (muros de contenção, barragens, canalizações, etc.).

O gabião tipo caixa é uma estrutura em forma de prisma retangular fabricada com malha hexagonal de dupla torção produzida com arames de baixo teor de carbono revestido com Galfan®.

Os gabiões tipo colchão e caixa são invólucros em forma de paralelepípedo fabricados em tela de malha hexagonal a dupla torção, formada por arame duplamente galvanizado; são divididos em celas, ao longo do comprimento, por diafragmas. As bordas são reforçadas por arame mais grosso.

O gabião tipo colchão é uma estrutura metálica, em forma de paralelepípedo, de grande área e pequena espessura. É formado por dois elementos separados, a base e a tampa, ambos produzidos com malha hexagonal de dupla torção

Os gabiões saco são estruturas metálicas em forma de cilindros, constituídos por um único pano de malha hexagonal de dupla torção, que em suas bordas livres apresentam um arame especial que passa alternadamente pelas malhas para permitir a montagem da peça na obra .

É um tipo de gabião extremamente versátil devido ao seu formato cilíndrico e método construtivo, pois as operações de montagem e enchimento são realizadas no canteiro de obras para posterior aplicação, com o auxílio de equipamentos mecânicos.

5.3.3. Condições específicas

a. Materiais

a.1. Tela

Deverá ser especificada tela galvanizada. Quando for identificado na linha d’água dos córregos e rios, resíduos químicos com poder de corrosão, empregar a tela com arames, revestidos com liga zinco alumínio e recobertos por uma camada contínua de PVC (cloreto de polivinil).

a.2. Pedras

A obra deve ser executada com um só tipo de pedra, de mesma granulometria não sendo permitido qualquer modificação do material especificado. Podem ser empregadas, na formação do maciço, pedras como gnaisse, calcário, matacões de canga de minério.

Material friável não pode ser empregado, por não suportar intempéries e estar sujeito a esmagamento por sobrecarga.

a.3. Manta geotêxtil com as seguintes características

• Resistência à ruptura (longitudinal): 9 kN / m;

• Resistência ao rasgo trapezoidal (longitudinal): 270 N;

• Resistência ao puncionamento: 1,7 kN;

• Largura mínima: 215 cm;

• Largura máxima: 430 cm.

b. Execução

Prover a face interna do maciço com manta geotêxtil, conforme especificado em projeto, a fim de conter o material fino do reaterro e filtragem de águas pluviais.

b.1. Gabião tipo caixa

Desdobrar a caixa sobre a superfície plana e rígida, tirando as eventuais irregularidades. Levantar as laterais e o diafragma para formar uma caixa, juntando os cantos superiores com os arames que saem dos mesmos, fixando o arame de amarração na parte inferior e costurando as caixas em vários grupos, posicionando-os no local indicado no projeto. Para um melhor acabamento, fixar gabaritos de madeira na face externa dos gabiões para alinhamento horizontal e vertical do conjunto, antes de enchê-los.

No enchimento de cada caixa, colocar os tirantes nos dois primeiros terços da caixa e completar a arrumação das pedras até 3 ou 5 centímetros acima da altura da caixa. Não empregar brita ou outro tipo de material para acertar as saliências das pedras na camada final.

Devido aos gabiões de 50 cm de altura suportarem cargas maiores e grandes esforços de compressão, é aconselhável o seu emprego em camadas inferiores, para muros com altura superior a 6 m e em apoio de pontes.

Proceder à amarração de todas as caixas entre si, para formação de um conjunto sólido e homogêneo. Fechar a tampa de cada caixa, amarrando-as do mesmo modo.

Cuidar para que a contra-flecha seja executada como indicada em projeto, voltada para face externa, visando a maior estabilidade da contenção. A ancoragem da contenção, através de estaiamento, somente

será executada quando especificada em projeto e as condições urbanas do local assim o permitirem.

b.2. Gabião tipo colchão

Abrir o colchão sobre a superfície plana e rígida tirando as eventuais irregularidades. Esticar o colchão até obter o seu comprimento nominal. Posicionar os diafragmas corretamente (os que porventura vierem a abrir), levantar as paredes e proceder as costuras das paredes frontais e diafragmas às laterais, corretamente conforme indicado pelo fabricante.

Instrui-se estaquear a base com pontaletes de madeira roliça de diâmetro básico de 11 a 15 cm, nas situações: em curvas de margens côncavas nos rios ou córregos e nos pontos em que foram identificadas situações de erosão e carreamento de material na linha d’água.

Cravar as estacas no topo do talude e unir os colchões vazios, costurando-os ao longo das bordas de contato. Colocar um tirante vertical a cada m² para unir a tampa ao fundo.

Executar arrumação manual das pedras nas caixas, pela parte inferior, observando o seu intertravamento em todo o volume. Não proceder o enchimento com descarga direta de carregadeiras após a arrumação da face externa do maciço.

Colocar a tampa superior, costurando-a às bordas superiores das paredes, ao diafragma e aos tirantes.

Tabela 17 - Dimensões de gabião tipo caixa

Comprimento(m) Largura (m) Altura (m) Volume (m³) Diafragma (n)

1,50 1,00 0,50 0,75 -

2,00 1,00 0,50 1,00 1

3,00 1,00 0,50 1,50 2

4,00 1,00 0,50 2,00 3

1,50 1,00 1,00 1,50 -

2,00 1,00 1,00 2,00 1

3,00 1,00 1,00 3,00 2

4,00 1,00 1,00 4,00 3

Malha hexagonal fio da rede fio da amarração fio da borda

8 x 10 2,70 mm 2,20 mm 3,40 mm

Figura 18 - Gabião tipo caixa

Tabela 18 - Dimensões de gabião tipo colchão

Comprimento(m) Largura (m) Altura (m) Área (m2) Celas (n)

4,00 2,00 0,17 8,00 4

5,00 2,00 0,17 10,00 5

6,00 2,00 0,17 12,00 6

4,00 2,00 0,23 8,00 4

5,00 2,00 0,23 10,00 5

6,00 2,00 0,23 12,00 6

4,00 2,00 0,30 8,00 4

5,00 2,00 0,30 10,00 5

6,00 2,00 0,30 12,00 6

Malha hexagonal fio da rede fio da amarração fio da borda

6 x 8 2,20 mm 2,00 mm 2,70 mm

Figura 19 - Gabião tipo colchão

b.3. Gabião tipo saco

Tornam-se necessários cuidados específicos com as fundações, principalmente para situações em presença de água corrente. Nestes casos, devem ser empregados gabiões tipo saco que são especificados para conformar a base de assentamento da estrutura principal.

b.4. Execução

Desdobrar a tela em superfície rígida e plana, tirando eventuais irregularidades. Enrolar a tela até formar um cilindro e costurar 30 cm a partir das extremidades, alternando voltas simples e duplas a cada malha. Fixar uma das extremidades com arame grosso e puxar até fechar o cilindro, e enrolar o arame grosso ao

redor da tela até fechar o saco, repetindo o procedimento para a outra extremidade. Colocar os tirantes diametrais ou perimetrais a cada metro, para evitar deformações excessivas durante o enchimento e o lançamento. O enchimento deve ser da extremidade para o centro, e após fechar o gabião saco com o mesmo tipo de costura

Para o lançamento, poderá ser içado por uma das extremidades e colocado cuidadosamente no local a ser instalado.

Tabela 19 - Dimensões de gabião tipo saco

Comprimento(m) Diâmetro (m) Volume (m3)

2,00

3,00

4,00

0,65

0,65

0,65

0,65

1,00

1,30

Malha hexagonal fio da rede fio da amarração fio da borda

8 x 10 2,70 mm 2,20 mm 3,40 mm

6. ESTRUTURA DE CONCRETO E METÁLICA

6.1. OBJETIVO

O Caderno de Encargos da CONTRATANTE tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para a execução de estruturas de concreto e metálica, envolvendo seus aspectos construtivos. A construção civil brasileira dos dias atuais está voltando a sua atenção, cada vez mais, para os aspectos inerentes à durabilidade das estruturas, passando pelo inevitável controle de qualidade dos processos e produtos envolvidos em sua execução, ‘respeitando-se todas as normas recomendadas pelos organismos de normalização, tal como a ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas.

A definição quanto ao tipo de estrutura a ser adotada na obra, ou seja, concreto armado, metálica ou mista, será definida posteriormente durante a elaboração dos projetos específicos para a mesma.

6.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA

Para melhor orientação dever-se-á, consultar as seguintes normas:

– NBR NM26 – Agregados – Amostragem;

– NBR NM49 – Agregado fino – Determinação de impurezas orgânicas;

– NBR NM51 – Agregado graúdo – Ensaio de abrasão “Los Angeles”;

– NBR NM 67 – Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento de cone;

– NBR 5732 – Cimento Portland comum;

– NBR 5733 – Cimento Portland de alta resistência inicial;

– NBR 5735 – Cimento Portland de alto-forno;

– NBR 5736 – Cimento Portland pozolânico;

– NBR 5738 – Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto;

– NBR 5739 – Concreto - Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos;

– NBR 5875 – Parafusos, porcas e acessórios;

– NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento;

– NBR 6355 – Perfis estruturais de aço formados a frio – Padronização;

– NBR 7211 – Agregado para concreto;

– NBR 7212 – Execução de concreto dosado em central;

– NBR 7350 – Exposição de superfícies de aço para remoção de carepa;

– NBR 7480 – Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado;

– NBR 7668 – Segurança na execução de obras e serviços de construção;

– NBR 7348 – Pintura industrial - Preparação de superfície de aço com jato abrasivo e hidrojateamento;

– NBR 8800 – Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios;

– NBR 8540 – Controle da qualidade para o sistema de recebimento de materiais produtivos e serviços – Diretrizes;

– NBR 8548 – Barras de aço destinadas a armaduras para concreto armado com emenda mecânica ou por solda – Determinação de resistência à tração;

– NBR 8953 – Concreto para fins estruturais – Classificação por grupos de resistência;

– NBR 9062 – Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado;

– NBR 11297 – Execução de sistema de pintura para estruturas e equipamentos de aço - carbono zincado;

– NBR 11578 – Cimento Portland composto;

– NBR 11768 – Aditivos para concreto de cimento Portland;

– NBR 11919 – Verificação de emendas metálicas de barras de concreto armado;

– NBR 12654 – Controle tecnológico de materiais componentes do concreto – Procedimento;

– NBR 12655 – Concreto – Preparo, controle e recebimento – Procedimento;

– NBR 14762 – Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio – Procedimento;

– NBR 14931 – Execução de estruturas de concreto – Procedimento;

– NBR 15239 – Tratamento de superfícies de aço com ferramentas manuais e mecânicas;

– ISO SIS 5900 – Norma Sueca (Svensk Standard);

– ASTM – D4145-83 (1996) Standard Test Method for Coating Flexibility of Prepainted Sheet;

– ASTM – D1654-92 (2000) Standard Test Method for Evaluationa of Painted or Coated Specimens Subjected to Corrosive Environments;

– ASTM – D660-93 Standard Teste Method for Evaluating Degree of Checking of Exterior Paints;

– ASTM – D4946-89(1999) Standard Teste Method for Blocking Resistance of Architectural Paints;

– ASTM – D564-87(1996) Standard Teste Methods for Liquid Paint Driers.

6.3. ESTRUTURAS DE CONCRETO

6.3.1. Objetivo

O Caderno de Encargos da CONTRATANTE objetiva estabelecer as diretrizes gerais para a execução dos serviços de estruturas de concreto.

6.3.2. Definições

É necessário consolidar um novo conceito na execução de estruturas de concreto armado em obras, principalmente em se tratando de obras públicas, cuja principal característica deve ser a durabilidade.

Todas as vezes que for mencionado o termo “controle tecnológico” da execução da referida estrutura, subentende-se a existência de um processo mais amplo e abrangente, que se inicia na contratação do projeto estrutural. Tal como se controla a qualidade dos materiais inerentes à estrutura, é fundamental que esse controle de qualidade passe também pela concepção de um projeto estrutural bem elaborado e compatível com os outros projetos complementares necessários às construções, mediante a utilização de

técnicas gerenciais de compatibilização de projetos. Isso significa que, já na fase de concepção da estrutura, todas as diretrizes da NBR 6118 devam ser perseguidas e atendidas. Questões afetas aos requisitos de qualidade da estrutura, tais como, capacidade resistente, desempenho em serviço e durabilidade devem ser cuidadosamente estudadas de modo que quando utilizadas, conforme preconizado em projeto, conservem suas segurança, estabilidade e aptidão em serviço durante o período correspondente à sua vida útil.

Neste contexto, é essencial a participação ativa da SUPERVISÃO das etapas do projeto, ainda no escritório do engenheiro projetista, envolvendo discussões sobre a concepção inicial do lançamento da estrutura, passando pelo cálculo propriamente dito e pelo seu detalhamento.

a. Concreto fresco

À massa constituída de agregado miúdo, graúdo, pasta de cimento e ar, dá-se o nome de concreto fresco. Neste tipo de mistura devem ser tomados alguns cuidados indispensáveis à obtenção de um bom concreto no estado fresco, como por exemplo, ser transportado, lançado e adensado sem segregação. Depois de endurecida, a massa deve se apresentar homogênea e com um mínimo de vazios.

Durante a produção de concreto nas obras, deve-se atentar para a garantia das seguintes propriedades:

a.1. Trabalhabilidade

Quando um concreto atende às particularidades de um tipo de estrutura, como dimensões das peças, afastamento e distribuição das armaduras, métodos de transporte, lançamento e adensamento e ao acabamento que se pretende dar, diz-se que ele é um concreto trabalhável. Um concreto deve apresentar uma trabalhabilidade que assegure plasticidade máxima, segregabilidade mínima e consistência apropriada, e depende:

• Da fluidez da pasta dada pelo fator água - cimento;

• Da plasticidade da mistura dada pela proporção entre a pasta e os agregados;

• Da proporção entre os agregados;

• Das características dos agregados;

• De aditivos ou adições utilizadas na mistura.

A trabalhabilidade não é característica inerente ao próprio concreto, mas depende também do tipo de obra. Assim sendo, um concreto para peças de grandes dimensões e pouca armação, pode não ser o mesmo indicado para peças esbeltas e muito armadas, bem como, um concreto que aceite um perfeito adensamento com vibração, provavelmente não dará uma moldagem satisfatória com adensamento manual. Concluindo, um concreto pode ser trabalhável para alguns casos e em outros não.

Vale lembrar que, a má trabalhabilidade gera porosidades, ou seja, diminui a densidade do concreto, transformando-o num concreto de qualidade inferior, com ninhos na estrutura, dificuldades no adensamento e, principalmente, induzindo a um consumo exagerado de água, prejudicando qualidades fundamentais do concreto endurecido como permeabilidade e resistência.

A correção da trabalhabilidade, deve ser feita com a granulometria. Aumentando-se os finos do concreto (cimento e areia), a trabalhabilidade aumentará. Esta regra porém, só é válida até um certo limite, pois, o concreto ficando muito denso se tornará menos trabalhável. A melhor proporção entre os componentes da mistura, é aquela na qual se obtém a trabalhabilidade máxima, com o menor fator água - cimento possível. Em geral, à medida que se aumenta o diâmetro do agregado, diminui-se a quantidade de água, aumentando-se a resistência.

a.2. Fluidez e plasticidade

Juntamente com a segregabilidade, a fluidez e a plasticidade são os elementos que determinam a trabalhabilidade. Plasticidade do concreto é a sua capacidade de adaptar-se às formas e fluidez é a facilidade de escoar em planos. A plasticidade está intimamente relacionada com a granulometria e a fluidez com a quantidade de água.

a.3. Compactabilidade e mobilidade

São duas propriedades das quais depende a consistência do concreto. Consistência segundo o ACI (American Concrete Institute) é “a relativa mobilidade ou facilidade do concreto ou argamassa escoar”. A

compactabilidade pode ser caracterizada pela relação entre o peso específico de uma amostra de concreto e a soma teórica dos pesos específicos de seus componentes. Quanto maior este índice mais compacto é o concreto. Já a mobilidade é a propriedade inversamente proporcional à resistência interna e à deformação e depende de três características do concreto fresco: ângulo de atrito interno, coesão e viscosidade. É importante o estudo da mobilidade para se conhecer o comportamento do concreto fresco durante o transporte, lançamento, adensamento e acabamento.

a.4. Consistência

Quando o concreto atende às particularidades da obra como dimensões das peças, armadura, diâmetro máximo do agregado e processo de execução, a trabalhabilidade dependerá apenas da consistência do concreto.

Para uma estrutura específica pode-se utilizar várias misturas trabalháveis mas de consistência variável podendo-se gerar concretos secos, plásticos ou fluidos. A natureza da obra e o adensamento indicarão o grau de consistência mais conveniente.

Podemos definir a consistência como a resistência momentânea do concreto fresco às forças que tendem a modificar sua forma. Dentro de uma mesma consistência ou grau de umidade a trabalhabilidade poderá variar com a granulometria. Os fatores que afetam a consistência do concreto são:

• Teor água/mistura seca;

• Granulometria e forma dos grãos dos agregados;

• Os aditivos;

• Tempo e temperatura.

a.5. Calor de hidratação

O cimento ao hidratar-se eleva muito a sua temperatura e a massa do concreto expande-se. Ao se resfriarem, as camadas externas em contato com o ar, contraem-se e, como o núcleo da massa ainda está expandindo e o concreto ainda não adquiriu coesão suficiente, as camadas externas fissuram e também se separam das internas, enfraquecendo a estrutura. A temperatura atingida é função de temperatura ambiente, do calor de hidratação do cimento empregado, das dimensões do bloco concretado, da velocidade de lançamento, das condições de aeração do ambiente, das propriedades térmicas do agregado e da quantidade de calor que pode ser irradiado.

Deve-se procurar temperaturas mais baixas principalmente nos grandes blocos. Para tal pode-se utilizar gelo em vez de água, reduzir a dosagem de cimento, utilizar cimento de baixo calor de hidratação, reduzir- se a espessura das camadas concretadas e usar-se aditivos retardadores de pega.

É bom procedimento lavar o agregado graúdo uma hora antes da mistura pois, além de diminuir-se a temperatura, ganha-se maior aderência com a pasta.

Aumentando-se o teor de cimento surgem deformações que não compensam o aumento da resistência mecânica. O ideal é ficar com o teor de cimento na faixa de 300 a 400 kg/m3 quando se pretende concretos com alta resistência.

a.6. Segregação

É a separação dos constituintes da mistura impedindo a obtenção de um concreto com características de uniformidade razoáveis. A segregação pode ocorrer por diversos motivos:

• Vibração exagerada em concretos muito plásticos;

• Lançamento de grande distância ou grande altura;

• Número exagerado de voltas na betoneira.

Existem duas formas de segregação: na primeira os grãos maiores do agregado tendem-se a se separar da pasta depositando-se no fundo das formas ou da betoneira ou rolando mais rapidamente quando transportados em calhas. A segunda forma ocorre em concretos muito plásticos quando a pasta separa-se do resto. A primeira forma pode ocorrer em concretos pobres e secos e pode ser combatida aumentando-se a coesão com adição de água. Em misturas muito úmidas ocorre a segunda forma de segregação.

a.7. Tempo de pega

É um fenômeno químico resultante das reações do cimento no qual os agregados influem um pouco, e que mensura com precisão a rapidez em que um determinado concreto inicia o seu endurecimento.

a.8. Exudação

É uma forma particular de segregação. É a tendência de a água de amassamento aflorar enquanto o concreto não faz pega. Formam-se nas superfícies superiores resultando um concreto poroso, fraco e de pouca durabilidade. Combate-se a exudação usando-se a água estritamente necessária para o tipo de adensamento e adicionando-se mais cimento e material pulverulento.

a.9. Incorporação de ar

O ar é incorporado à mistura no amassamento, no lançamento e no manuseio. Se o concreto é lançado de grande altura, a quantidade de ar incorporado aumenta; ao passo que, diminui, à medida que se aumenta o cimento ou que se usa cimento mais fino. O ar incorporado melhora a trabalhabilidade e a impermeabilidade mas reduz a resistência pois as gotas de ar agem como lubrificante, interrompem o fissuramento contínuo e aumentam os vazios respectivamente. A diminuição de resistência devido ao aumento dos vazios pode ser compensada em parte com a redução da água devido ao aumento de trabalhabilidade.

b. Concreto endurecido

A passagem de um concreto do seu estado fresco para o endurecido requer cuidados especiais, na medida em que são responsáveis pela boa qualidade da peça produzida, garantindo os requisitos mínimos de segurança e durabilidade exigidos. Existem diversos fatores que afetam o desempenho dos concretos, modificando as suas propriedades, e que devem ser observados atentamente pela CONTRATADA. Destacam-se:

b.1. Permeabilidade

Todo concreto produzido deve ter a devida e necessária impermeabilização para que, o mesmo, não permita a percolação de água para o seu interior, fato que irá proporcionar conseqüências danosas à vida útil e durabilidade dos concretos, na medida em que podem provocar a oxidação das armaduras ali existentes, bem como a geração de sais solúveis de conseqüências danosas. Um concreto impermeável é obtido com uma correta dosagem, escolhendo materiais e fator água/cimento adequados, e com uma correta vibração e adensamento.

b.2. Resistência mecânica

A resistência do concreto obtida em corpos-de-prova em laboratório é um indício de qualidade do concreto. Influem na resistência final do concreto o tipo de cimento, o grau de adensamento, o fator água/cimento, o processo de cura além dos agregados.

b.3. Peso

O peso do concreto é função dos componentes, traço e adensamento usados. Normalmente, a resistência do concreto cai com a diminuição da densidade do concreto mantendo-se constantes os outros fatores. A introdução de ar incorporado diminui o peso e a resistência do concreto.

b.4. Retração

Ao secar, o concreto diminui de volume por perda de água. A retração gera gretas capilares e fissuras que comprometem a impermeabilidade do concreto e, por conseqüência, a sua durabilidade. São os seguintes os principais tipos de retração do concreto:

• Retração por sedimentação nas primeiras horas;

• Retração por perda de água nos primeiros dias;

• Variações de volume por dilatação térmica;

• Variações do volume devido à umidade ambiente;

• Deformação lenta.

A norma NBR 14931 recomenda e especifica algumas ações básicas a serem controladas e ajustadas para

o controle adequado da cura dos concretos.

b.5. Dilatação

O coeficiente de dilatação do concreto é aproximadamente 0,01mm/m/C dentro dos limites de -15 a +15C. As Normas Brasileiras exigem juntas de dilatação a cada 30 metros para combater os efeitos da dilatação mas dependendo da amplitude da variação da temperatura conforme o local deve-se encurtar as referidas juntas.

As variações bruscas de temperatura poderão gerar tensões prejudiciais ao concreto pois sendo ele um razoável isolante de calor terá temperaturas bem diferentes no núcleo e na superfície. A dilatação depende da natureza do agregado, do traço e do processo de cura.

c. Concreto usinado ou pré misturado

Todo e qualquer concreto utilizado nas obras da CONTRATANTE, em volumes acima de 6 metros cúbicos (m³), deverá ser usinado, gerado em centrais dosadoras com o perfeito controle de qualidade dos materiais utilizados e do processo. Ele pode ser fornecido à CONTRATADA para um sistema de lançamento

dito convencional ou bombeado, e deverá respeitar todas as prescrições contidas nas normas NBR 6118 e NBR 14931 da ABNT.

A CONTRATADA deverá indicar um laboratório de concreto, idôneo, da confiança da CONTRATANTE, onde, com os agregados e cimento utilizados pela concreteira licitante, será reproduzido o concreto a ser fornecido. O objetivo desse procedimento é verificar em laboratório, algumas propriedades do concreto fresco e endurecimento a ser fornecido. Tal procedimento e seus custos correrão por conta da CONTRATADA.

Antes de sua aplicação para produção dos elementos pré-fabricados, o concreto recebido na planta de produção (que não é produzido por ela) deve ter sua consistência analisada com a realização do ensaio de abatimento de tronco de cone, de acordo com as exigências da norma NBR NM 67.

Devem ser mantidos registros documentados internos ou laudos de laboratório com os resultados do ensaio e de qualquer adição de água posterior autorizada pelo responsável pelo recebimento.

Após o recebimento do concreto, este deve ser rastreado, de maneira a proporcionar o controle tecnológico.

6.3.3. Condições gerais

A SUPERVISÃO deverá realizar ainda as seguintes atividades específicas:

• Atender às solicitações efetuadas pela CONTRATADA através do diário de obra, para liberação da concretagem de partes ou peças da estrutura. Tal liberação somente se dará se for solicitada em tempo hábil, para que sejam executadas as eventuais correções necessárias;

• Liberar a execução da concretagem da peça, após conferir as dimensões, os alinhamentos, os prumos, as condições de travamento, vedação e limpeza das formas e do cimbramento, além do posicionamento e bitolas das armaduras, eletrodutos, passagem de dutos e demais instalações. Tratando-se de uma peça ou componente de uma estrutura em concreto aparente, comprovar que as condições das formas são suficientes para garantir a textura do concreto indicada no projeto de arquitetura;

• Não permitir que a posição de qualquer tipo de instalação ou canalização, que passe através de vigas ou outros elementos estruturais, seja modificada em relação à indicada no projeto, sem a prévia autorização da SUPERVISÃO;

• Em estruturas especiais, solicitar, aprovar e acompanhar a execução dos planos de concretagem elaborados pela CONTRATADA;

• Acompanhar a execução de concretagem, observando se são obedecidas as recomendações sobre o preparo, o transporte, o lançamento, a vibração, a desforma e a cura do concreto. Especial cuidado deverá ser observado para o caso de peças em concreto aparente, evitando durante a operação de adensamento a ocorrência de falhas que possam comprometer a textura final;

• Controlar com o auxílio de laboratório, a resistência do concreto utilizado e a qualidade do aço empregado, programando a realização dos ensaios necessários à comprovação das exigências do projeto, cujos relatórios de resultados deverão ser catalogados e arquivados;

• Exigir o preparo das juntas de concretagem, conforme projeto de construção correspondente. No caso de concreto aparente, solicitar ao autor do projeto o plano de juntas, quando não indicado no projeto de arquitetura;

• Solicitar da CONTRATADA, sempre que necessário, o plano de descimbramento das peças, aprovando-o e acompanhando sua execução;

• Verificar continuamente os prumos nos pontos principais da obra, como por exemplo: cantos externos, pilares, poços de elevadores e outros;

• Observar se as juntas de dilatação obedecem rigorosamente aos detalhes do projeto.

6.3.4. Condições específicas

a. Materiais

Os materiais recebidos na planta de produção e destinados à produção dos elementos pré-fabricados ou montagem, devem ser verificados em relação ao seu aspecto geral, quantidade, validade e demais características, garantindo que eles atendam às especificações de compra estabelecidas.

O estoque de insertos e de outros elementos metálicos, para utilização em elementos pré-fabricados, deve ser realizado em local afastado do solo e demais fontes de umidade, de modo a garantir a não ocorrência de oxidações excessivas ou alteração de suas características de recebimento. O armazenamento deve ser separado por tipo de material ou especificações de projeto, com identificação clara, caso existam peças similares estocadas no mesmo local.

O transporte destes materiais deve ser realizado de maneira a garantir as condições de estocagem anteriormente definidas.

a.1. Agregados

É fundamental que se tenha um perfeito conhecimento dos agregados a serem utilizados para a obtenção de um concreto com boa resistência e durabilidade, visto que eles constituem aproximadamente 75% da composição do concreto, sendo os materiais menos homogêneos dentre os utilizados nas estruturas de concreto armado. Eles podem ser subdivididos em duas categorias:

• Agregado miúdo: “Areia de origem natural ou resultante do britamento de rochas estáveis, ou a mistura de ambas, cujos grãos passam pela peneira ABNT 4,8 mm e ficam retidos na peneira ABNT 0,075 mm”;

• Agregado graúdo: “Pedregulho ou brita proveniente de rochas estáveis, ou a mistura de ambas, cujos grãos passam pela peneira de malha quadrada com abertura nominal de 152 mm e ficam retidos na peneira ABNT 4,8 mm”.

Os agregados a serem utilizados nas estruturas de concreto armado deverão obedecer às exigências contidas nas NBR 7211 - “Agregado para concreto” e NBR 6118 da ABNT.

Dentre as recomendações mais importantes destacam-se:

• Os agregados devem possuir granulometria e forma dos grãos adequadas, resistência mecânica e

serem isentos de substâncias nocivas e impurezas orgânicas, tais como: torrões de argila, materiais carbonosos e material pulverulento, nos limites propostos pela normalização;

• Deverá ser coletada amostra do agregado miúdo sempre que houver dúvidas sobre sua homogeneidade em relação à proposta para a dosagem do concreto. A amostra deverá ser coletada de acordo com a NBR NM26 - “Agregados - Amostragem” e sendo realizados todos os ensaios propostos pela NBR 7211;

• A granulometria dos agregados deverá se enquadrar em uma das faixas propostas e referenciadas na Tabela 1 e 2;

• Os agregados devem possuir teor de matéria orgânica conforme NBR NM 49 (somente areia);

• Quando os agregados forem medidos em volume, as padiolas ou carrinhos, especialmente construídos, deverão trazer, na parte externa, em caracteres bem visíveis, o material, o número de padiolas por saco de cimento e o traço respectivo. A SUPERVISÃO deverá ser chamada para conferir

os caixotes ou carrinhos especiais e só após sua aprovação em diário os mesmos poderão ser usados;

• Os lotes de agregados, somente serão aceitos se, após a realização de ensaio das amostras em laboratório indicado pela SUPERVISÃO da CONTRATANTE constatar-se que foram cumpridas todas as prescrições da NBR 7211 e as prescrições especiais combinadas com o FORNECEDOR. O estoque e transporte de agregados para concreto devem ser realizados de maneira a garantir que não ocorram contaminações com outros materiais.

Os locais estabelecidos para armazenamento devem ser identificados com o tipo do material e uso pretendido (traço, pista, produto etc.).

Tabela 1 – Limites granulométricos de agregado miúdo

Agregado Miúdo

Porcentagem, em peso, retida acumulada na peneira ABNT Peneira

ABNT

Zona 1

(muito fina)

Zona 2

(fina)

Zona 3

(média)

Zona 4

(grossa)

9,5mm 0 0 0 0

6,3mm 0 a 3 0 a 7 0 a 7 0 a 7

4,8mm 0 a 5 (A) 0 a 10 0 a 11 0 a 12

2,4mm 0 a 5 (A) 0 a 15 (A) 0 a 25 (A)

5(A) a 40

1,2mm 0 a 10 (A) 0 a 25 (A)

10(A) a 45 (A) 30(A) a 70

0,6mm 0 a 20 21 a 40 41 a 65 66 a 85

0,3mm 50 a 85 (A) 60 a 88 (A)

70(A) a 92 (A) 80(A) a 95

0,15mm 85(B) a 100 90(B) a 100 90(B) a 100 90(B) a 100

(A) Pode haver uma tolerância de até um máximo de 5 unidades de porcento em um só dos limites marcados com a letra “A” ou distribuídos em vários deles.

(B) Para agregado miúdo resultante de britamento este limite poderá ser 80.

Tabela 2 – Limites granulométricos de agregado graúdo

Graduação

Agregado Graúdo

Porcentagem retida acumulada, em peso, nas peneiras de abertura nominal, em mm

152

76

64

50

38

32

25

19

12,5

9,5

6,3

4,8

2,4

0 - - - - - - - - 0 0-10 - 80-100 95-100

1 - - - - - - 0 0-10 - 80-100 92-100 95-100 -

2 - - - - - 0 0-25 75-100 90-100 95-100 - - -

3 - - - 0 0-30 75-100 87-100 95-100 - - - - -

4 - 0 0-30 75-100 90-100 95-100 - - - - - - -

5 - - - - - - - - - - - - -

a.2. Aço

O aço recebido na planta de produção deve atender às exigências das normas NBR 7480, 7481, 7482 e/ou 7483 (de acordo com o tipo de aço utilizado), no mínimo em relação aos ensaios de:

• tração e dobramento, no caso de fios, barras e telas para concreto armado;

• tensão a 1% de alongamento, tração e relaxação (se necessário), no caso de fios e cordoalhas para

concreto protendido.

Devem ser mantidos laudos de laboratório ou fornecedor que comprovem o atendimento às exigências para todos os lotes entregues.

Existem dois tipos de nomenclatura para os aços:

• Barras: produtos de bitola igual ou superior a 5 mm, obtidos por laminação à quente ou por este método associado a encruamento a frio;

• Fios: produtos de bitola inferior a 12,5 mm obtidos por trefilação ou estiramento.

De acordo com o valor característico da resistência de escoamento registrado em ensaio de tração, são classificados em: CA-25, CA-50 e CA-60.

As barras e fios devem apresentar suficiente homogeneidade quanto às suas características geométricas, e possuir mossas e saliências visíveis para melhorar a aderência das mesmas ao concreto.

Por acordo prévio entre FORNECEDOR e a CONTRATANTE, este último deve ter livre acesso aos locais em que as peças encomendadas estejam sendo fabricadas examinadas ou ensaiadas, tendo o direito de inspecioná- las. A inspeção pode ser efetuada diretamente pela CONTRATANTE ou através de inspetor credenciado.

Todo o sistema de controle de qualidade, envolvendo as atividades de amostragem, ensaios e análise de resultados deverá ser realizado segundo as especificações contidas na norma NBR 7480 da ABNT, que irá propor a aceitação ou rejeição dos materiais disponibilizados pela CONTRATADA. É necessária a realização da amostragem dos materiais no próprio canteiro, sendo sobre estas amostras, realizados ensaios de tração e dobramento.

Não é vedada a utilização de barras de aço soldada, desde que seja decidido pela SUPERVISÃO e ouvida a equipe técnica da CONTRATANTE. Entretanto alguns requisitos devem ser obrigatoriamente respeitados, tais como:

• Emendas admissíveis somente em aços CA-50 e diâmetros superiores a 12,5 mm;

• Pode-se utilizar soldagem por caldeamento ou eletrodo convencional desde que respeite a todos os requisitos propostos pela NBR 8548 - “Barras de aço destinadas a armaduras para concreto armado com emendas mecânicas ou por solda - Determinação de resistência à tração” e NBR 6118 -”Projeto de estruturas de concreto - Procedimento”;

• Utilizar soldas de topo ou por trespasse.

Quando da utilização de peças protendidas nas obras, os fios e cordoalhas de concreto protendido a serem utilizados serão inspecionados e avaliados respeitando-se às prescrições contidas na NBR 8540 - “Controle da qualidade para o sistema de recebimento de materiais produtivos e serviços – Diretrizes”.

O estoque do aço (bruto ou armaduras montadas) deve ser realizado em local afastado do solo e demais fontes de umidade, de modo a garantir a não ocorrência de oxidações excessivas, carepas, materiais aderidos, deformações ou dobramentos (antes da montagem). O armazenamento deve ser separado por tipo (bitola, rolos, painéis etc.).

Os materiais devem ser devidamente identificados por tipo. As armaduras montadas (se estocadas) devem ter a identificação da peça ou elemento a que se destinam.

O transporte do aço até o local de produção da peça deve ser realizado garantindo a não ocorrência de deformações e, no caso de armaduras pré-montadas, evitando-se rupturas dos vínculos de posicionamento, conformação das armaduras (incluindo sua identificação) e posicionamento de elementos de ligação ou ancoragens (quando aplicável).

a.3. Cimentos

A composição química e as características mecânicas dos cimentos a serem utilizados, devem ser compatíveis com o trabalho a que se destinam. Como a grande maioria das obras executadas pela CONTRATANTE utiliza o cimento Portland, em relação as especificações e procedimentos de recebimento, deve-se respeitar as prescrições contidas na NBR 5732 - “Cimento Portland comum”.

Admite-se, à partida, que sejam utilizados todos os cimentos produzidos no Brasil, tais como:

• Cimento CP II E, CP II F, CP II Z (especificação NBR 11578 - “Cimento Portland composto”).

• Cimento CP III (especificação NBR 5735 - “Cimento Portland de alto - forno”).

• Cimento CP IV (especificação NBR 5736 - “Cimento Portland pozolânico” ).

• Cimento CP V ARI (especificação NBR 5733 - “Cimento Portland de alta resistência inicial”).

A CONTRATADA deverá respeitar todos requisitos propostos pelas normas técnicas em relação aos cimentos, especificamente com atenção voltada para: condições de estocagem e armazenamento; inspeção periódica e ensaios; critérios de escolha em função do tipo de peça de concreto produzida e das condições de exposição a que ela estará submetida (submersa, enterrada, ar livre, etc.).

Em relação a embalagem, marcação e entrega dos cimentos têm-se:

• O cimento pode ser entregue em sacos, “conteiners“ ou a granel;

• Quando o cimento é entregue em sacos, estes devem ter impressos de forma bem visível em cada extremidade, as siglas e classes correspondentes, com 60 mm de altura no mínimo e no centro, a denominação normalizada, o nome e a marca do FABRICANTE;

• Os sacos devem conter 50 kg líquidos de cimento e devem estar íntegros na ocasião da inspeção e recebimento;

• No caso de cimento a granel ou conteiner, a documentação que acompanha a entrega deve conter a sigla correspondente (CP E, CP Z, etc.), a classe (25, 32 ou 40), a denominação normalizada, o nome, marca do FABRICANTE e a massa líquida de cimento entregue.

Em relação ao armazenamento em sacos, recomenda-se:

• Os sacos de cimento devem ser armazenados em locais bem secos e bem protegidos para preservação da qualidade, de forma a permitir fácil acesso à inspeção e identificação de cada lote. As pilhas devem ser colocadas sobre estrados secos e não devem ter mais de 15 sacos, para uso em até 15 dias e não mais de 10 sacos, para uso superior a 15 dias.

• Preferencialmente, a escolha do tipo de cimento a ser utilizado deverá constar do projeto executivo, e quando da sua não definição prévia, ficará sob responsabilidade da SUPERVISÃO.

• Dependendo do porte da obra a ser realizada, e a critério da SUPERVISÃO, os cimentos poderão ser fornecidos em silos instalados dentro do canteiro de obra ou da praça de trabalho.

• Quando por alguma razão a SUPERVISÃO detectar algum tipo de anomalia no cimento em utilização na obra, poderá solicitar a realização de ensaios de avaliação da qualidade e da atividade dos mesmos, os custos ficarão por conta da CONTRATADA. Uma vez detectada a perda de atividade dos cimentos estocados na obra, a CONTRATADA procederá imediatamente a sua remoção do canteiro e a sua conseqüente reposição.

• Qualquer problema na mudança de coloração das peças em concreto aparente, motivado pela alteração do tipo de cimento, será de inteira responsabilidade da CONTRATADA, ficando a seu cargo, sem ônus para a CONTRATANTE, a resolução do problema, mediante a utilização de técnicas apropriadas, tais como a estucagem.

• Não será conveniente utilizar numa mesma concretagem mistura de tipos diferentes de cimento, nem de marcas diferentes, ainda que pertencentes a um mesmo tipo.

• O estoque de cimento para concreto deve ser realizado em local coberto ou fechado, de modo que não tenha contato com a umidade e que seja garantida sua validade estabelecida pelo fabricante, não ocorrência de endurecimento, contaminação ou alterações de suas características. O transporte interno até o local de mistura deve garantir as mesmas condições de estoque.

• Especificamente para o cimento ensacado, ele deve ser estocado de maneira a atender a todas as condições estabelecidas na embalagem (local, empilhamento máximo etc.), e seu transporte deve evitar que os sacos sejam molhados ou rasgados até sua utilização.

a.4. Água

A água é o elemento necessário à hidratação do cimento, reação química básica para produção de concretos e argamassas. Deve ser isenta de teores prejudiciais e de substâncias estranhas. Podem ser usadas para produção de concretos, as águas potáveis e as que apresentarem PH entre 5,8 e 8,0 e respeitem os seguintes limites máximos:

• Matéria orgânica (expressa em oxigênio consumido) 3 mg / L

• Resíduo sólido 5000 mg / L

• Sulfatos (expresso em íons SO4 -2) 300 mg / L

• Cloretos (expresso em íons Cl -1) 500 mg / L

• Açúcar 5 mg / L

A SUPERVISÃO poderá, caso algum dos limites acima não seja atendido, exigir estudos experimentais em laboratório para avaliação das conseqüências do uso da água em questão, em conformidade com as prescrições da NBR 6118 da ABNT.

Qualquer tipo de água disponibilizada diretamente pela COPASA é aceita e recomendada para a utilização em concretos.

a.5. Aditivos

Aditivo, por definição, é todo e qualquer material incorporado na mistura até o limite de 5% sobre o peso de cimento ou aglomerante utilizado na produção de concretos. É recomendável a utilização de aditivos nos concretos produzidos visando alcançar alguma propriedade desejável e importante. Dentre eles pode-se citar:

• Plastificantes e super - plastificantes;

• Redutor de água;

• Incorporador de ar;

• Corantes;

• Hidrofugantes;

• Acelerador ou retardador de pega, etc.

Todos os aditivos a serem utilizados deverão atender às especificações contidas na norma NBR 11768 - “Aditivos para concreto de cimento Portland” da ABNT. É dispensável, por parte da CONTRATADA, a realização de ensaios de recepção e controle dos aditivos a serem utilizados. Entretanto, caso haja, no ato de produção, lançamento ou cura do concreto, a aparição de alguma patologia ou dano, cuja origem tenha sido a qualidade do aditivo utilizado, a CONTRATADA é responsável pelos danos ocasionados, ficando obrigada a repor o concreto às condições prescritas pelo projeto. A qualquer tempo, a SUPERVISÃO poderá exigir a contratação de um laboratório especializado, com o objetivo de avaliar o desempenho de possíveis aditivos a serem utilizados nos concretos, sem ônus para a CONTRATANTE.

A utilização de qualquer aditivo é condicionada a uma aprovação prévia da SUPERVISÃO.

a.6. Adições

Entende-se como adição todo e qualquer material incorporado no concreto acima de 5% sobre o peso de cimento ou aglomerante utilizado. É admissível a utilização de adições nos concretos, ficando à cargo da CONTRATADA a realização de ensaios comprobatórios, em laboratórios qualificados, da melhoria de performance e de qualidade dos concretos produzidos. Caso venha ocorrer algum tipo de patologia nos concretos produzidos cuja causa esteja relacionada com o uso da adição, ela será de inteira responsabilidade da CONTRATADA, ficando a mesma responsável pela reparação dos danos ocasionados. Pode-se utilizar como adição os seguintes materiais: escória moída, pozolanas, filler, etc.

a.7. Formas

Os materiais de execução das formas serão compatíveis com o acabamento desejado e indicado no projeto. Partes da estrutura não visíveis poderão ser executadas com madeira serrada em bruto. Para as partes aparentes, será exigido o uso de chapas compensadas, madeira aparelhada, madeira em bruto revestida com chapa metálica ou simplesmente outros tipos de materiais, conforme indicação no projeto e conveniência de execução, desde que sua utilização seja previamente aprovada pela SUPERVISÃO. As madeiras deverão ser armazenadas em locais abrigados, onde as pilhas terão o espaçamento adequado, a fim de prevenir a ocorrência de incêndios. O material proveniente da desforma, quando não mais aproveitável, será retirado das áreas de trabalho.

Geralmente são encontrados dois tipos de estruturas de formas:

• Estruturas padrão, moduladas, com grande número de repetições e aplicação em diversos prédios;

• Estrutura atípica como escadas, reservatórios d’água, rampas, elevadores e mesmo pequenas obras com finalidade específica.

Em relação à estrutura padrão, a experiência tem mostrado que é fundamental racionalizar o serviço, empregando materiais que possuam um alto índice de reaproveitamento e que minimizem a mão-de-obra. O uso do aço (escoras, painéis laterais e fundo de vigas) combinado com fibras sintéticas em forma de módulos de laje, tem tido resultados excepcionais em obras, tanto nos fatores qualidade e prazo, como também no ótimo reaproveitamento.

a.8. Escoramentos

Os escoramentos podem ser de dois tipos:

• Madeira: utilizando pontaletes de eucalipto sem nós visíveis ou em peças de lei serradas de dimensões mínimas de 7,0 cm;

• Metálicos: sistemas padronizados, versáteis e práticos, projetados por empresas especializadas e devidamente concebidas em função das necessidades impostas pelo projeto de formas.

b. Execução

O objetivo deste item é, expor de forma comentada, as determinações da NBR 6118 e da NBR 14931 bem como a experiência acumulada pela CONTRATANTE em suas obras de concreto armado. Já há muitos anos, vem sendo dada ênfase especial à questão qualidade - durabilidade, ultrapassando em importância e preocupação outra questão ligada às estruturas de concreto armado – a resistência mecânica.

Procurar-se enfatizar os aspectos ligados a execução de uma obra de concreto armado, para lhe garantir uma vida com qualidade, superior a 50 anos.

A passagem de tubulações ou qualquer outro elemento, através de peças estruturais (vigas e/ou lajes), será executada na peça devidamente curada, utilizando-se perfuratrizes especiais. Vale ressaltar que, tal procedimento, só será aceito com a existência de detalhamento no projeto estrutural, especificando o diâmetro e posição relativa dos furos, salientando, ainda, os cuidados estruturais a serem tomados.

Os níveis definidos no projeto estrutural, serão marcados e transferidos, obrigatoriamente, com o uso de equipamento a laser.

Desta forma, serão descritos neste item normas e procedimentos voltados para a execução de obras, relacionando posturas de controle, inspeção e aceitação das suas estruturas.

b.1. Formas e Escoramentos

As formas deverão ser dimensionadas de modo que não possuam deformações prejudiciais, quer sob a ação dos fatores ambientais, quer sob a carga, especialmente a do concreto fresco, considerando nesta o efeito do adensamento sobre o empuxo do concreto.

O escoramento deverá ser projetado de modo a não sofrer, sob a ação de seu peso, do peso da estrutura e das cargas acidentais que possam atuar durante a execução da obra, deformações prejudiciais à forma da estrutura ou que possam causar esforços no concreto na fase de endurecimento. Não se admitem pontaletes de madeira com diâmetro ou menor lado da seção retangular inferior a 5 cm, para madeiras duras, e 7 cm para madeiras moles. Os pontaletes com mais de 3,00 m de comprimento deverão ser

contraventados. Deverão ser tomadas as precauções necessárias para evitar recalques prejudiciais provocados no solo ou na parte da estrutura que suporta o escoramento, pelas cargas por eles transmitidas.

No caso do emprego de escoramento metálico, devem ser seguidas as instruções do fornecedor responsável pelo sistema.

• Dimensionamento

As formas e os escoramentos deverão ser dimensionados e construídos obedecendo às prescrições da norma brasileira NBR 7190 - “Projeto de estruturas de madeira”.

• Precauções contra incêndio

Deverão ser tomadas nas obras as devidas precauções para proteger as formas e o escoramento contra os riscos de incêndio, tais como cuidados nas instalações elétricas provisórias, remoção de resíduos combustíveis e limitação no emprego de fontes de calor, observando a NR 18.

• Emenda nos pontaletes

Cada pontalete de madeira só poderá ter uma emenda, que não deverá ser executada no terço médio do seu comprimento. Nas emendas, os topos das duas peças a emendar deverão ser planos e normais ao eixo comum. Deverão ser pregadas cobre-juntas em toda a volta das emendas.

b.1.1. Montagem de formas para concreto armado

• Montagem de forma de pilar

Na montagem das formas dos pilares, devem ser observados os seguintes procedimentos:

– Verificar se o desmoldante foi aplicado nas formas (exceto no primeiro uso);

– Observar se o posicionamento das galgas e dos espaçadores e o espaçamento entre tensores ou agulhas atendem ao projeto;

– Conferir o prumo das formas de pilares, utilizando um prumo face, e a altura de topo de cada painel;

– Conferir a imobilidade do conjunto mão-francesa-gastalho e o esquadro do encontro dos painéis no topo do pilar;

– Verificar todos os encaixes das formas para que não haja folgas. Acertar eventuais diferenças encontradas em qualquer dos itens averiguados.

• Montagem de forma de viga

Na montagem das formas das vigas, devem ser observados os seguintes procedimentos:

– Utilizando um prumo, observar se os pontos de fixação das linhas de náilon que definem os eixos da obra foram transferidos, do andar inferior para o pavimento a ser concretado, com exatidão. Acertar qualquer diferença encontrada;

– Verificar a locação dos topos das formas de pilares, com uma tolerância de 2 mm, bem como as dimensões internas das formas;

– Checar se o desmoldante foi aplicado na face da forma de viga (exceto no primeiro uso);

– Certificar-se do perfeito encaixe das formas na cabeça dos pilares, admitindo uma tolerância de

2 mm;

– O alinhamento dos painéis laterais deve ser conferido por intermédio de linhas de náilon unindo as cabeças dos pilares;

– Observar o nivelamento dos fundos de viga, medindo com um metro a altura da forma até a linha de náilon posicionada horizontalmente, abaixo dos fundos de viga;

– Avaliar a perfeita imobilidade de todo o conjunto, assim como o espaçamento dos garfos definido em projeto.

• Montagem de forma de lajes

Na montagem das formas das lajes, devem ser observados os seguintes procedimentos:

– Verificar a fixação e o posicionamento dos sarrafos - guia para apoio das longarinas;

– Checar o posicionamento das longarinas e das escoras, bem como o seu travamento;

– Será obrigatória, a verificação do nivelamento das formas de laje, com aparelho de nível a laser, pela parte superior das formas. O aparelho será instalado, em um local onde o trânsito de pessoas e a possibilidade de deslocamento do mesmo, seja menor, devendo a base, ser o mais firme possível. Define-se então, a referência de nível, segundo a qual, será verificado o nível da laje. Posiciona-se o sensor eletrônico do aparelho, preso a uma régua de alumínio, em diversos pontos, procedendo em cada um, os ajustes necessários, até que se tenha uma condição de nivelamento perfeita. Deve-se atentar para as lajes com previsão de contra - flecha. A Figura 1, apresenta o detalhe de um aparelho de nível à laser;

– Observar se o assoalho está todo pregado nas longarinas e com desmoldante aplicado.

Figura 1 - Nivelamento a laser

b.1.2. Dispositivos para retirada das formas e do escoramento

A construção das formas e do escoramento deverá ser executada de modo a facilitar a retirada de seus diversos elementos separadamente, se necessário. Para que se possa fazer essa retirada sem choque, o escoramento deverá ser apoiado sobre cunhas, caixas de areia ou outros dispositivos apropriados a esse fim.

Deverão ser utilizados produtos que facilitem a retirada das formas após a concretagem, sem contudo deixar manchas ou bolhas sobre a superfície dos concretos. No ato de desforma das peças, é obrigatória a amarração prévia das formas a serem retiradas, como forma de evitar a sua queda e por conseqüência riscos de acidente e danos à futuras reutilizações. É importante que em todo sistema de forma sejam previstas faixas de reescoramento, cujas escoras não serão removidas no ato da desforma, ali permanecendo, como forma de se evitar a deformação plástica imediata e instantânea das peças de concreto.

b.1.3. Precauções anteriores ao lançamento do concreto

Antes do lançamento do concreto deverão ser conferidas as dimensões e a posição das formas, a fim de assegurar que a geometria da estrutura corresponda ao projeto. Procede-se a limpeza do interior das formas e a vedação das juntas, de modo a evitar a fuga de pasta. Nas formas de paredes, pilares e vigas estreitas e altas, deve-se deixar aberturas próximas ao fundo, para limpeza.

As formas absorventes deverão ser molhadas até a saturação, fazendo-se furos para escoamento da água em excesso. No caso em que as superfícies das formas sejam tratadas com produtos anti - aderentes, destinados a facilitar a desmontagem, esse tratamento deverá ser executado antes da colocação da armadura. Os produtos empregados não deverão deixar, na superfície do concreto, resíduos que sejam prejudiciais ou possam dificultar a retomada da concretagem ou a aplicação de revestimento.

b.2. Armadura

b.2.1. Emprego de diferentes classes e categorias de aço

Não poderão ser empregados na obra aços de qualidades diferentes das especificadas no projeto, sem aprovação prévia do projetista. Quando previsto o emprego de aços de qualidades diversas, deverão ser tomadas as necessárias precauções para evitar a troca involuntária.

b.2.2. Limpeza

As barras de aço deverão ser convenientemente limpas de qualquer substância prejudicial à aderência, retirando-se as escamas eventualmente destacadas por oxidação.

b.2.3. Dobramento, fixação das barras e barras curvadas

O dobramento das barras, inclusive para os ganchos, deverá ser feito com os raios de curvatura previstos no projeto e respeitando os diâmetros internos de curvatura previstos na NBR 14931. As barras de aço deverão ser sempre dobradas a frio. As barras não podem ser dobradas junto às emendas com soldas, observando-se uma distância mínima de 10 vezes o diâmetro.

b.2.4. Emendas

As emendas das barras de aço poderão ser executadas por trespasse ou por solda. Os trespasses deverão respeitar, rigorosamente, os detalhes e orientações do projeto estrutural.

A solda, quando especificada no projeto, só poderá ser:

• Por pressão (caldeamento);

• Com eletrodo.

As máquinas soldadoras deverão ter características elétricas e mecânicas apropriadas à qualidade do aço e à bitola da barra e ser de regulagem automática. Nas emendas por pressão, as extremidades das barras deverão ser planas e normais aos eixos e, nas com eletrodos, as extremidades serão chanfradas, devendo- se limpar perfeitamente as superfícies. As barras de aço classe B só poderão ser soldadas com eletrodo, executando-se a solda por etapas e com aquecimento controlado de modo a não prejudicar a qualidade do aço. A solda de barras de aço CA-50A deverá ser executada com eletrodos adequados, pré - aquecimento e resfriamento gradual.

Deverão ser realizados ensaios prévios da solda na forma e com o equipamento e o pessoal a serem empregados na obra assim como ensaios posteriores para controle, de acordo com o NBR 11919 - “Verificação de emendas metálicas de barras de concreto armado”.

b.2.5. Montagem

A armadura deverá ser posicionada e fixada no interior das formas de modo que durante o lançamento do concreto se mantenha na posição indicada no projeto, conservando-se inalteradas as distâncias das barras entre si e às faces internas das formas. Para isso, deverão ser adotados os procedimentos descritos no item

Nas lajes deverá ser efetuada a amarração das barras, de modo que em cada uma destas o afastamento entre duas amarrações não exceda 35 cm.

b.2.6 Proteção

Antes e durante o lançamento do concreto, as plataformas de serviços deverão estar dispostas de modo a não acarretarem deslocamento das armaduras.

As barras de espera deverão ser devidamente protegidas contra a oxidação; ao ser retomada a concretagem elas deverão ser perfeitamente limpas de modo a permitir boa aderência.

b.2.7. Cobrimento

Deverá ser realizado respeitando-se as prescrições contidas na NBR 6118, bem como o projeto executivo.

Qualquer barra da armadura, inclusive de distribuição, de montagem e estribos, deve ter cobrimento pelo menos igual ao seu diâmetro, mas não menor que:

Tabela 3 - Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento nominal

Tipo de estrutura

Componente ou elemento

Classe de agressividade ambiental (tabela 4)

I II III IV3)

Cobrimento nominal cm

Concreto armado Laje2)

2,0 2,5 3,5 4,5

Viga/Pilar 2,5 3,0 4,0 5,0

Concreto protendido1) Todos 3,0 3,5 4,5 5,5

1) Cobrimento nominal da armadura passiva que envolve a bainha ou os fios, cabos e cordoalhas, sempre superior ao especificado para o elemento de concreto armado, devido aos riscos de corrosão fragilizante sob tensão. 2) Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento tais como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros tantos, as exigências desta tabela podem ser substituídas por um cobrimento nominal ≥ 1,5 cm.

3) Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios, estações de tratamento de água e esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente agressivos, a armadura deve ter cobrimento nominal ≥ 4,5 cm.

A agressividade ambiental deve ser classificada de acordo com o apresentado na tabela 3 e pode ser avaliada, simplificadamente, segundo as condições de exposição da estrutura ou de suas partes.

Tabela 4 - Classes de agressividade ambiental

Classe de agressividade

ambiental

Agressividade Classificação geral do tipo de ambiente para

efeito de Projeto

Risco de deterioração da estrutura

I Fraca Rural

Insignificante Submersa

II Moderada Urbana 1) 2) Pequeno

III Forte Marinha 1)

Grande

Industrial 1) 2)

IV Muito forte Industrial 1) 3)

Elevado

Respingos de maré 1) Pode-se admitir um micro-clima com classe de agressividade um nível mais branda para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura). 2) Pode-se admitir uma classe de agressividade um nível mais branda em: obras em regiões de clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos, ou regiões onde chove raramente. 3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.

• Medidas especiais

A dimensão máxima característica do agregado graúdo utilizado no concreto não pode superar em 20% a espessura nominal do cobrimento, ou seja:

– dmáx ≤ 1,2 Cnom

Para concreto em contato com o solo e se o solo não for rochoso, sob a estrutura deverá ser interposta uma camada de concreto simples, não considerada no cálculo, com o consumo mínimo de 250 kg de cimento por metro cúbico e espessura de pelo menos 5,0 cm.

Para cobrimento maior que 6,0 cm deve-se colocar uma armadura de pele complementar, em rede, cujo

cobrimento não deve ser inferior aos limites especificados neste item.

Qualquer armadura terá cobrimento de concreto nunca menor que as espessuras prescritas no projeto e na norma NBR 6118. Para garantia do cobrimento mínimo preconizado em projeto, serão utilizados espaçadores plásticos ou espaçadores de concreto, e mesmo até outro dispositivo aprovado pela SUPERVISÃO, com espessuras iguais ao cobrimento previsto e que não tenham partes metálicas expostas. A resistência do concreto dos espaçadores deverá ser igual ou superior à do concreto das peças às quais serão incorporadas. Os espaçadores de concreto deverão apresentar relação água/cimento menor ou igual a 0,5. Os espaçadores serão providos de arames de fixação nas armaduras.

b.3. Tolerâncias

A execução das obras deverá ser a mais cuidadosa possível a fim de que as dimensões, a forma e a posição das peças obedeçam às indicações do projeto, bem como da NBR 6118 e da NBR 14931 da ABNT.

b.4. Preparo do concreto

b.4.1. Dosagem experimental

Tanto a dosagem para o preparo do concreto em obra, quanto a encomenda e o fornecimento de concreto pré - misturado, deverão ter por base a resistência característica, fck, nos termos da norma NBR 6118 da ABNT.

b.4.2. Concreto produzido na obra

• A medida dos materiais

No caso de concretos produzidos nos canteiros, deverão ser obedecidas as seguintes condições:

– Quando o aglomerante for usado a granel, deverá ser medido em peso com tolerância de 3%; no caso de cimento ensacado, pode ser considerado o peso nominal do saco, atendidas as exigências das Especificações Brasileiras;

– Os agregados miúdo e graúdo deverão ser medidos em peso ou volume, com tolerância de 3%, devendo-se sempre levar em conta a influência da umidade;

– A água poderá ser medida em volume ou peso, com tolerância de 3%;

– O aditivo poderá ser medido em volume ou peso, com tolerância de 5%.

• O amassamento mecânico

O amassamento mecânico em canteiro deverá durar, sem interrupção, o tempo necessário para permitir a homogeneização da mistura de todos os elementos, inclusive eventuais aditivos; a duração necessária aumenta com o volume da amassada e será tanto maior quanto mais seco o concreto.

O tempo mínimo de amassamento, em segundos, será 120 d , 60 d ou 30 d , conforme o eixo da misturadora seja inclinado, horizontal ou vertical, sendo d o diâmetro máximo da misturadora (em metros). Nas misturadoras de produção contínua deverão ser descartadas as primeiras amassadas até se alcançar a homogeneização necessária. No caso de concreto pré-misturado aplica-se a NBR 7212 - “Execução de concreto dosado em central”.

• A produção do concreto na própria obra, será sempre realizada por intermédio de betoneiras de eixo inclinado.

• Devido à existência de uma forte correspondência entre a relação água/cimento, a resistência à compressão do concreto e sua durabilidade, permite-se adotar os requisitos mínimos expressos na tabela 5 de acordo com a NBR 6118. Tal adoção terá efeito na permeabilidade do concreto produzido, que no caso de fatores água/cimento mais baixos, implicam em concretos menos porosos e, portanto, com suas armaduras menos sujeitas ao ataque do oxigênio do ar e da água.

Tabela 5 - Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto

Concreto Tipo Classe de agressividade (tabela 4)

I II III IV

Relação água/cimento

em massa

CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45

CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45

Classe de concreto(NBR

8953)

CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40

CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40

• O concreto adequado, deverá ser produzido, criteriosamente, de modo a modificar, o menos possível, as suas propriedades.

• As condições de estocagem do cimento e dos agregados (segundo NBR 14931) com a utilização de um umidimetro é preciso fazer um mínimo de 3 medições diárias da umidade da areia e com ajuda de um balde graduado, previamente aferido em laboratório, completar a água necessária para conferir ao concreto a trabalhabilidade necessária, mantendo inalterado o fator água/cimento. A determinação constante da umidade da areia, sempre que iniciada a produção do concreto e quando for utilizado novo carregamento, junto com um cuidadoso lançamento da água necessária na betoneira, são os dois fatores principais que garantirão a uniformidade do concreto produzido.

• Esse controle será facilitado com o treinamento do mestre de obras ou encarregado de concreto, na determinação da umidade da areia e no uso de tabela que relaciona umidade da areia e água a adicionar à betoneira, para 1 ou 2 sacos de cimento.

• Após o operador da betoneira, estar devidamente orientado sobre a quantidade de água a ser adicionada, sua função será controlar o tempo da mistura, o número de carrinhos padiolas de agregados e sacos de cimento lançados no carregador da betoneira. Uma verificação da consistência do concreto, no início da produção do dia ou período, completa o rol de controles da produção. Sem esses cuidados, não será possível obter concreto de qualidade e uniformidade desejáveis.

• Para efeito de controle da produção serão retirados pares de corpos-de-prova cilíndricos de concretos, para ensaios à compressão.

b.5. Concretagem

b.5.1. Transporte

O concreto deverá ser transportado do local do amassamento ou da boca de descarga do caminhão betoneira até o local da concretagem num tempo compatível com as condições, e o meio utilizado não deverá acarretar desagregação ou segregação de seus elementos ou perda sensível de qualquer deles por vazamento ou evaporação.

No caso de transporte por bombas, o diâmetro interno do tubo deverá ser no mínimo quatro vezes o diâmetro máximo do agregado.

O sistema de transporte deverá, sempre que possível, permitir o lançamento do concreto direto nas formas, evitando-se depósito intermediário; se este for necessário, no manuseio do concreto deverão ser tomadas precauções para evitar segregação.

b.5.2. Lançamento

Salvo condições específicas definidas em projeto, ou influência de condições climáticas ou de composição do concreto, recomenda-se que o intervalo de tempo transcorrido entre o instante em que a água de amassamento entra em contato com o cimento e o final da concretagem não ultrapasse a 2h 30min. Quando a temperatura ambiente for elevada, ou sob condições que contribuam para acelerar a pega do

NOTAS: 1) O concreto empregado na execução das estruturas deve cumprir com os requisitos estabelecidos na NBR 12655. 2) CA corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto armado. 3) CP corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto protendido.

concreto, esse intervalo de tempo deve ser reduzido, a menos que sejam adotadas medidas especiais, como o uso de aditivos retardadores, que aumentem o tempo de pega sem prejudicar a qualidade do concreto.

Em nenhuma hipótese se fará lançamento após o início da pega.

Para os lançamentos a serem executados a seco, em recintos sujeitos à penetração de água, deverão ser tomadas as precauções necessárias para que não haja água no local em que se lança o concreto nem possa o concreto fresco vir a ser por ela lavado.

O concreto deverá ser lançado o mais próximo possível de sua posição final, evitando-se incrustação de argamassas nas paredes das formas e nas armaduras.

Deverão ser tomadas precauções para manter a homogeneidade do concreto. A altura de queda livre não poderá ultrapassar 2,00 m. Para peças estreitas e altas, o concreto deverá ser lançado por janelas abertas na parte lateral, ou por meio de funis ou trombas.

Cuidados especiais deverão ser tomados quando o lançamento se der em ambiente com temperatura inferior a 10°C ou superior a 40°C.

• Lançamento submerso

Quando o lançamento for submerso, o concreto deverá ter no mínimo 400kg de cimento por m3, ser de consistência plástica e ser levado dentro da água por uma tubulação, mantendo-se a ponta do tubo imersa no concreto já lançado, a fim de evitar que ele caia através da água e que provoque agitação prejudicial; o lançamento poderá também ser efetuado por processo especial, de eficiência devidamente comprovada. Após o lançamento o concreto não deverá ser manuseado para lhe dar forma definitiva. Não se deverá lançar concreto submerso quando a temperatura da água seja inferior a 5°C, estando o concreto com temperatura normal, nem quando a velocidade da água supere 2,0 m/s.

b.5.3. Adensamento

Durante e imediatamente após o lançamento, o concreto deverá ser vibrado ou apiloado contínua e energicamente com equipamento adequado à sua consistência. O adensamento deverá ser cuidadoso para que o concreto preencha todos os recantos da forma. Durante o adensamento deverão ser tomadas as precauções necessárias para que não se formem ninhos ou haja segregação dos materiais; deve-se evitar a vibração da armadura para que não se formem vazios a seu redor com prejuízo da aderência. Quando se utilizarem vibradores de imersão a espessura da camada deverá ser aproximadamente igual a ¾ do comprimento da agulha; se não puder atender a esta exigência não deverá ser empregado vibrador de imersão. O vibrador nunca deverá ser desligado com a agulha introduzida no concreto.

b.5.4. Juntas de concretagem

Quando o lançamento do concreto for interrompido e, assim, formar-se uma junta de concretagem, deverão ser tomadas as precauções necessárias para garantir, ao reiniciar-se o lançamento, a suficiente ligação do concreto já endurecido com o do novo trecho. Antes de reiniciar-se o lançamento, deverá ser removida a nata e feita a limpeza da superfície da junta.

Deverão ser tomadas precauções para garantir a resistência aos esforços que podem agir na superfície da junta, que poderão consistir na cravação de barras ou deixar arranques ou reentrâncias no concreto mais velho. As juntas deverão ser localizadas nas áreas de menores esforços de cisalhamento, preferencialmente em posição normal aos de compressão. O concreto deverá ser perfeitamente adensado até a superfície da junta. O responsável pelo cálculo estrutural deverá ser consultado sobre a melhor localização da junta.

A concretagem das vigas deverá atingir o terço médio do vão, não sendo permitidas juntas próximas aos apoios. Na ocorrência de juntas em lajes, a concretagem deverá atingir o terço médio do maior vão, localizando-se as juntas paralelamente a armadura principal.

Em lajes nervuradas as juntas deverão situar-se paralelamente ao eixo longitudinal das nervuras. Especial cuidado deverá ser tomado quanto ao adensamento junto a interface entre o concreto já endurecido e o recém lançado, a fim de se garantir a perfeita ligação das partes. No lançamento de concreto novo sobre superfície antiga poderá ser exigida, a critério da SUPERVISÃO, o emprego de adesivos estruturais.

b.5.5. Programa de lançamento

Quando a seqüência das fases de lançamento do concreto puder resultar efeitos prejudiciais à resistência e à deformação ou à fissuração da estrutura, o lançamento deverá obedecer o programa que leve em conta a retração, e seja organizado tendo em vista o projeto do escoramento e as deformações que serão nele provocadas pelo peso próprio do concreto e pelas cargas resultantes dos trabalhos de execução.

b.6. Cura, retirada das formas e do escoramento

b.6.1. Cura e outros cuidados

Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o concreto deverá ser protegido contra agentes prejudiciais, tais como mudanças bruscas de temperatura, secagem, chuva forte, água torrencial, congelamento, agentes químicos, bem como choques e vibrações, de intensidade tal, que possa produzir fissuração na massa do concreto ou prejudicar a sua aderência à armadura.

A proteção contra a secagem prematura, pelo menos durante os 7 primeiros dias após o lançamento do concreto, aumentado este mínimo quando a natureza do cimento o exigir, poderá ser efetuada mantendo-se umedecida a superfície ou protegendo com uma película impermeável ou cura química. O endurecimento do concreto poderá ser antecipado por meio de tratamento térmico adequado e devidamente controlado, não se dispensando as medidas de proteção contra a secagem.

b.6.2. Retirada das formas e do escoramento

• Prazos

A retirada das formas e do escoramento só poderá ser efetuada quando o concreto se achar suficientemente endurecido para resistir às ações que sobre ele atuarem e não conduzir a deformações inaceitáveis, tendo em vista o valor baixo de Ec, a maior probabilidade de grande deformação lenta quando o concreto é solicitado com pouca idade.

Se não for demonstrado o atendimento das condições acima e não se tendo usado cimento de alta resistência inicial ou processo que acelere o endurecimento, a retirada das formas e do escoramento não deverá ser efetuada antes dos seguintes prazos:

– Faces laterais: 3 dias;

– Faces inferiores, deixando-se pontaletes bem encunhados e convenientemente espaçados: 14 dias, entretanto, permanecendo no local as faixas de reescoramentos previamente projetadas;

– Faces inferiores, sem pontaletes: 21 dias.

• Precauções

A retirada do escoramento e das formas deverá ser efetuada sem choques e de acordo com o plano de desforma previamente estabelecido de acordo com o tipo da estrutura e de maneira a não comprometer a segurança e o desempenho em serviço da estrutura.

b.7. Lajes

b.7.1. Laje Nível Zero

A concretagem das lajes, poderá ser realizada mediante o emprego de técnicas e equipamentos específicos, possibilitando ao término do serviço, a obtenção de uma superfície com acabamento final, que poderá ser acamurçado, liso ou vitrificado, correspondendo respectivamente, aos acabamentos sarrafeado, feltrado e natado do sistema convencional.

Esta metodologia é conhecida como “sistema de laje nível zero” e consiste em incluir no processo de concretagem, equipamentos como régua vibratória, desempenadeiras mecânicas e o nível a lazer. Os dois primeiros equipamentos atuam no adensamento, nivelamento e acabamento da superfície e o terceiro, permite a determinação e acompanhamento do nível de acabamento durante todo o processo.

A adoção deste sistema, dispensará tanto a realização da camada de revestimento, quando a especificação for o piso cimentado, quanto da camada de regularização (contra-piso), quando for especificado outro tipo de acabamento, gerando portanto, substancial economia no custo da obra.

Vale lembrar que é perfeitamente admissível a execução da laje nível zero em associação com uma laje nervurada.

b.7.2. Lajes Pré-moldadas

• Laje Pré-moldada com Vigotas de Concreto

São lajes que possuem estrutura espacial composta por vigas pré-moldadas (vigotas de concreto armado de seção “T”), materiais de enchimento que podem ser blocos cerâmicos, de concreto, concreto celular entre outros e concreto moldado no local para complementar a espessura necessária da laje.

O pavimento imediatamente inferior, quando for o caso, deve estar liberado para receber a carga proveniente do pavimento a concretar e os outros pavimentos inferiores devem estar devidamente reescorados. É interessante que as vigas já estejam concretadas até a altura do fundo da laje, para que sirvam de apoio às nervuras. No caso de concretagem com concreto bombeado, a tubulação deve ser instalada e lubrificada com argamassa, a bomba corretamente posicionada e deve-se prever de dois a quatro homens para segurar e movimentar a extremidade da tubulação(mangote). Quando se tratar de concretagem com bomba-lança (ou caminhão-lança) deve-se verificar se a lança atinge todos o pontos a concretar, se as redes públicas de telefone e eletricidade permitem a instalação e movimentação da lança e, deve-se ainda, verificar se a tubulação encontra-se lubrificada com argamassa. É necessário um homem para manusear a extremidade da tubulação. Em se tratando de concretagem com o auxílio de grua, a caçamba deverá ser molhada antes da concretagem e retirado qualquer resto de concreto ou argamassa acumulados de outras concretagens.

• Procedimento de Execução do Serviço

A parte das vigas já concretadas deve ser molhada em abundância e a superfície deve estar limpa e livre de restos de concreto ou argamassa solta. Não deve-se permitir que se acumule um volume muito grande de concreto em ponto isolado sobra a laje. As nervuras devem penetrar nas vigas o mínimo exigido pelo fabricante ou recomendado em projeto. A disposição das nervuras será sempre mostrada em projeto ou ao longo do menor vão. Deve-se lançar o concreto em tempo hábil, ou seja, em tempo inferior ao início de pega levando-se em conta porém, se foi empregado aditivo retardador de pega ou não. Nivelar os sarrafos de madeira, respeitando-se os níveis indicados em projeto.

• Montagem

Inicialmente são colocadas as vigotas seguindo o sentido indicado em projeto. Após a colocação das nervuras deve-se colocar os blocos. A laje deve ser escorada antes do início da concretagem e deve-se, também, aplicar a contra flecha especificada em projeto. Devem ser colocadas a armadura, as caixas das instalações elétricas, hidráulicas e eletrodutos. As extremidades das vigotas que serão introduzidas nas vigas ou cintas sobre alvenaria deverão ter o concreto removido de tal forma que as barras da armadura das vigotas fiquem expostas e tenham assim aderência com o concreto da viga a ser lançado. As vigotas que porventura apresentem deformações prévias (flechas) ou sinais de corrosão não devem ser empregadas. Caso seja detalhado pelo projetista o uso da armadura negativa na ligação entre lajes deve-se empregar “caranguejos” para seu correto posicionamento.

• Lajes Treliçadas

– Definição / Aplicação

A laje treliçada é composta por uma estrutura de aço eletrosoldada. Este modelo de estrutura que combina estrutura espacial e concreto permite que se tenha uma gama muito grande de combinações de vãos e sobrecargas. Seu uso dentro da construção civil vai desde a construção de pequenas lajes para casas, lojas, indústrias, até a utilização de grandes vãos (até 15 metros) ou grandes sobrecargas como pontes, viadutos, etc.

– Metodologia de Execução

Todos os vãos devem ser escorados com tábuas colocadas em espelhos, exceto nos escoramentos destinados às nervuras de travamento, onde deverão ser colocadas “horizontalmente”, e pontaletadas.

O escoramento deve ser apoiado sobre base firme, bem contra ventada e com altura necessária para possibilitar a contra flecha da laje treliçada.

A colocação das vigas deve ser realizada seguindo as indicações contidas na planta de execução que é

fornecida juntamente com o material; os números indicados na planta podem corresponder aos marcados nas vigas treliçadas. Esta planta também deve conter todas as informações sobre os ferros negativos e os de distribuição.

Para caminhar sobre a laje treliçada durante o lançamento é aconselhável fazê-lo sobre tábuas apoiadas nas vigas treliçadas.

As vigas treliçadas devem ser colocadas usando blocos em cada extremidade para espaçá-las exatamente. A primeira carreira de blocos deve se apoiar de um lado sobre a parede ou na forma (tábua) e de outro sobre a primeira viga treliçada. Coloque todos os blocos restantes entre as vigas treliçadas. Devem ser colocados com cuidado para que não fiquem folgas e não saiam do esquadro.

Nas nervuras de travamento e extremidades deverão ser colocados blocos fechados para evitar consumo desnecessário de concreto.

Os ferros devem ser distribuídos de acordo com as indicações de bitola e quantidade anotada na planta. Apoiar e amarrá-los sobre os ferros que serão colocados no sentido transversal ao das vigas treliçadas. O ferro não deverá entrar nas juntas entre as vigas treliçadas e blocos de concreto, mas ficar no meio da espessura da capa.

O material deve ser bem molhado antes de lançar o concreto. Para o concreto da capa, verificar a indicação de fck contida na planta de execução.

Não é aconselhável caminhar sobre a laje recém concretada. Durante os três primeiros dias após o lançamento do concreto, a superfície da capa deve ser bem molhada. A desforma do escoramento não deve ser realizada antes de passados 18 dias do lançamento do concreto. Em edifícios de múltiplos pisos, não retire o escoramento do piso inferior antes de terminar a execução da laje imediatamente superior (sempre deverão estar escoradas as duas lajes de pisos contíguos verticais), e nas lajes treliçadas de forro, não retire o escoramento antes do carpinteiro terminar o serviço de cobertura do telhado. O escoramento deve ser retirado do centro para as extremidades. Deve-se verificar se o próximo andar a ser concretado não descarregará excesso de carga através do escoramento, sobre a laje treliçada recém concretada.

b.7.3. Lajes Nervuradas

• Conceituação:

Consiste em lajes compostas por módulos, ocos ou não, e um vigamento especial cruzado, que dá a devida estabilidade e sustentação à laje.

• Utilização:

Esse tipo de laje de concreto armado é especialmente recomendada, quando da necessidade de vencer vãos, sem a necessidade de vigas intermediárias, pois possibilita o aumento da altura (h) da laje, com grande economia no volume de concreto. Nas lajes de teto de garagens, além desta finalidade, a laje nervurada com módulos plásticos, permite eliminar o revestimento do teto, por apresentar superfície de acabamento adequada a estes ambientes.

• Determinações Técnicas:

De acordo com a ABNT, as lajes nervuradas devem apresentar as seguintes características:

– A resistência da mesa à flexão deverá ser verificada sempre que a distância entre as nervuras for superior a 50 cm ou houver carga concentrada no painel entre as nervuras;

– As nervuras deverão ser sempre verificadas quanto ao cisalhamento. Como vigas, se a distância livre entre elas for superior a 50cm e, como laje, em caso contrário;

– O apoio das lajes deverá ser feito ao longo de uma nervura;

– Nas lajes armadas numa só direção, serão necessárias nervuras transversais sempre que houver cargas concentradas a distribuir ou quando o vão teórico for superior a 4m. Exige-se duas nervuras no mínimo quando esse vão ultrapassar 6m;

– Nas nervuras com espessuras inferiores a 8cm, não é permitido colocar armadura de compressão no lado oposto à mesa.

c. Controle tecnológico

O controle tecnológico deverá ser realizado segundo as prescrições contidas na NBR 6118 e na NBR 14931, controlando todos os materiais a serem utilizados, e através de laboratório idôneo e certificado em padrão de referência ISO. Enfatiza-se a necessidade da realização de uma inspeção visual detalhada, por parte da SUPERVISÃO, buscando-se detectar nichos, brocas e vazios na estrutura, e só após este controle será definida a metodologia de recuperação a ser adotada, se for o caso.

Em caso de dúvidas, ou na presença de pequenas e precoces deteriorações nas estruturas que possam vir a comprometer a qualidade e durabilidade das mesmas, será, a critério da SUPERVISÃO e da equipe técnica da CONTRATANTE, recomendada a realização de ensaios especiais, preferencialmente não destrutivos, como forma de melhor balizar decisões sobre a recuperação, o desmanche, a modificação do processo construtivo e, mesmo até do projeto. Dentre eles enquadram-se ensaios de prova de carga realizado diretamente na estrutura. Qualquer ônus deste tipo de trabalho, é de responsabilidade da CONTRATADA..

6.4. ELEMENTOS PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO

6.4.1. Objetivo

O objetivo deste documento é estabelecer critérios padronizados para regulamentar a produção e montagem de Elementos Pré-fabricados.

6.4.2. Condições Gerais

A empresa deve utilizar projetos e outros documentos para a execução dos elementos pré-fabricados, contendo no mínimo as seguintes especificações:

• Identificação do desenho (folha, peça etc.), com nome ou logomarca da empresa, projetista ou responsável pelo desenho, data da primeira emissão do desenho, número de revisões e as alterações e modificações realizadas;

• Identificação clara de cada elemento pré-fabricado e suas medidas;

• Tipo do concreto e características, sendo no mínimo a resistência do concreto para manuseio e transporte dos elementos pré-moldados, liberação da armadura na pré-tração (ou para aplicação da protensão por pós-tração) e resistência na idade especificada;

• Os tipos de aços com suas dimensões, bitolas, quantidades e posições, incluindo o valor da tensão na armadura protendida, quando existir;

• Detalhes das ligações, soldas e emendas;

• Localização e inclinação das alças de içamento e pontos de apoio para armazenamento e transporte;

• Tolerâncias dimensionais dos elementos pré-fabricados;

• Volume e peso de cada elemento pré-fabricado.

a. Especificações de cobrimento para os elementos

O projeto ou documento interno da empresa deve estabelecer os valores de cobrimento dos elementos pré- fabricados, atendendo às especificações do item 9.2.1.1 da NBR 9062, em função dos diversos parâmetros de agressividade e qualidade do concreto (previstos na NBR 6118), suas tolerâncias e critérios para redução, desde que os valores de cobrimento não sejam inferiores a:

• Lajes em concreto armado: cobrimento ≥ 15 mm

• Demais peças em concreto armado (vigas/pilares): cobrimento ≥ 20 mm

• Peças em concreto protendido: cobrimento ≥ 25 mm

• Peças delgadas em concreto protendido (telhas / nervuras): cobrimento ≥ 15 mm

• Lajes alveolares protendidas: cobrimento ≥ 20 mm

b. Especificações para montagem

A empresa deve utilizar projetos e outros documentos para a montagem da estrutura de elementos pré- fabricados, contendo no mínimo as seguintes especificações:

• Identificação do desenho (folha, etapa, obra etc.), com nome ou logomarca da empresa, projetista ou responsável pelo desenho, data da primeira emissão do desenho, número de revisões, alterações e modificações realizadas, descritas ou identificadas com símbolos, como desenho, cores etc.;

• Identificação clara de cada elemento pré-fabricado;

• Cotas, níveis e outras medidas para o posicionamento dos elementos;

• Detalhes das ligações a serem executadas na obra, durante ou após a montagem, incluindo materiais constituintes e seqüência de execução durante a montagem, além dos critérios para solidarização de peças ou capeamento de lajes, quando aplicáveis;

• Tolerâncias para a montagem dos elementos pré-moldados;

• Detalhes e critérios para a impermeabilização ou vedação da estrutura executada, incluindo juntas, rufos e pinos;

• Carregamentos utilizados para o cálculo da estrutura, incluindo as sobrecargas, solicitações dinâmicas, cargas de ventos e outros dados, conforme método adotado pela empresa.

c. Controle de especificações e projetos

A empresa deve estabelecer sistemática que garanta o controle das versões de projetos internos e documentos correlatos (citados em determinada planta, tais como especificação de ligações, valor de protensão de cabos etc.), elaborados pela planta de produção para a produção e montagem dos elementos pré-fabricados.

6.4.3. Condições específicas

a. Materiais

Os materiais dos elementos pré fabricados de concreto estão descritos juntamente com o capitulo 6.3.4.

b. Produção

b.1. Traços para o concreto

A empresa deve definir formalmente os traços do concreto utilizados na planta de produção. A documentação que os descreve (procedimento, listas, tabelas etc.) deve estabelecer para cada um dos traços, no mínimo as seguintes informações:

• Resistência característica (Mpa);

• Peso do agregado miúdo por metro cúbico e identificação do tipo de material;

• Peso da brita por metro cúbico, identificação genérica de granulometria (pedrisco, brita 1 etc.) e tipo de material;

• Consumo de cimento por metro cúbico e sua especificação (classe e tipo);

• Relação água/cimento (a/c);

• Quantidade e tipo de aditivos (quando aplicável).

Os traços devem ser disponibilizados para o local de produção ou identificados claramente para cada tipo de elemento pré-fabricado produzido.

Nota: Os valores de a/c definidos devem atender às exigências mínimas para cada categoria de concreto utilizado, conforme parâmetros definidos na NBR 6118.

b.2. Produção e Transporte do concreto

O concreto produzido deve ser dosado e preparado conforme NBR 12655 (onde forem estabelecidas especificações para a “obra”, entende-se como “planta de produção”).

Seu transporte após produção deve ser realizado em caminhões betoneira, caçambas ou carrinhos específicos que não permitam segregação, diretamente do local de produção para as formas dos elementos pré-fabricados.

Os locais de produção e transporte (betoneiras, caçambas etc.) devem ser lavados após 6 horas de uso ininterrupto ou sempre que houver paralisação por mais de 1 hora.

b.3. Controle Tecnológico

Para todo concreto recebido ou produzido na planta de produção (relativo aos elementos pré-fabricados), devem ser realizados todos os ensaios necessários para a comprovação das especificações de projeto para o produto final, como resistências à compressão e outros quando existirem (módulo de elasticidade, permeabilidade etc.).

Especificamente para os ensaios de resistência à compressão, estes devem atender às seguintes condições:

• A moldagem e cura dos corpos de prova devem seguir as orientações da NBR 5738;

• No caso dos corpos de prova para liberação de desforma ou desprotensão, eles podem ser mantidos junto à forma da peça e submetidos às mesmas condições de cura;

• Os ensaios de resistência à compressão devem ser realizados conforme NBR 5739, comprovando-se os dados especificados em projeto ou em documento interno da empresa, desde que ele esteja vinculado ao projeto;

• Todos os exemplares utilizados para a amostragem dos ensaios devem ser compostos de no mínimo 2 corpos-de-prova para cada idade a ser avaliada;

• A amostragem para controle das resistências de projeto (fck) deverá atender ao estabelecido na NBR 12655. No caso de amostragem parcial, esta deverá ser constituída de pelo menos 1 exemplar a cada 50 m³ de concreto de um mesmo traço produzido, sendo no mínimo 6 exemplares por mês (abrangendo amostras de semanas distintas);

• Os resultados de resistência final devem atender às condições da NBR 12655;

• No caso da utilização de amostragem parcial, o lote representativo do controle estatístico (inclusive para definição do desvio padrão), deve ser claramente definido pela empresa. Devem ser mantidos laudos de laboratório que descrevam os resultados encontrados.

b.4. Desprotensão

Para todo concreto protendido utilizado na planta de produção devem ser realizados todos os ensaios necessários para a comprovação das especificações de projeto, atendendo no mínimo as seguintes condições:

• A amostragem para controle das resistências de desprotensão (fcj) deve ser constituída de no mínimo 1 exemplar por pista a ser concretada ou a cada 30 m³ de concreto de um mesmo traço produzido. Em caso de retirada de uma única amostragem em pistas, esta deverá ser feita no final dela;

• Os resultados de resistência devem ser obtidos obrigatoriamente antes do início da protensão da pista ou peça, considerado-se o maior valor encontrado entre os dois corpos-de-prova de cada exemplar moldado;

• Devem ser mantidos laudos de laboratório que descrevam os resultados encontrados;

• Caso verificado resultado inferior ao esperado em um dos corpos-de-prova do exemplar, pode-se reservar (se necessário) o outro para ensaio e liberação posterior. Liberações com base em

resultados inferiores ao especificado (concessões), somente serão aceitos com anuência por escrito do projetista ou responsável por projetos na empresa.

b.5. Desforma

Para todo concreto armado utilizado na planta de produção devem ser realizados todos os ensaios necessários para a comprovação das especificações de projeto para desformação, atendendo no mínimo as seguintes condições:

• A amostragem para controle das resistências de desformação deve ser constituída de no mínimo 1

exemplar por dia para cada traço produzido;

• Os resultados de resistência devem ser obtidos obrigatoriamente antes do início da desformação dos respectivos elementos (e não apenas para comprovação posterior), considerado-se o maior valor encontrado entre os dois corpos-de-prova de cada exemplar moldado;

• Devem ser mantidos laudos de laboratório que descrevam os resultados encontrados;

• Caso verificado resultado inferior ao esperado em um dos corpos-de-prova do exemplar, pode-se reservar (se necessário) o outro para ensaio e liberação posterior. Liberações com base em resultados inferiores ao especificado (concessões), somente serão aceitos com anuência por escrito do projetista ou responsável por projetos na empresa.

b.6. Formas

As formas para concreto armado ou protendido devem ser estáveis e conferir aos elementos pré-fabricados uma superfície uniforme. Sua execução deve ser realizada conforme especificações de dimensionamento, montagem, ancoragem, limpeza e desmoldagem, estabelecidas no item 9 da NBR 9062.

b.7. Alças, insertos e outros detalhes

Os detalhes construtivos em aço, necessários ao transporte e à ligação dos elementos pré-fabricados na montagem, executados na planta de produção (sejam elas através de insertos, chapas metálicas, alças ou outros processos) devem atender às especificações estabelecidas em projeto.

Caso seja necessária a utilização de solda para a execução das ligações, esta deve ser realizada por profissional qualificado por entidade habilitada e certificada.

Devem ser mantidos registros da qualificação dos soldadores na planta de produção (quando existir tal serviço), que identifique o tipo de solda executado por este profissional (soldador a arco elétrico com eletrodo revestido, oxiacetilênico etc.).

b.8. Armação passiva

A execução da armação para o concreto armado deve ser executada com base nas especificações de projeto e atender às exigências construtivas, de confecção e montagem estabelecidas no item 9 da NBR 9062.

b.9. Armação protendida

A execução da armação para o concreto protendido deve ser executada com base nas especificações de projeto e atender às exigências construtivas, de confecção e montagem estabelecidas no item 9 da NBR 9062.

A verificação da carga de tração deve ser realizada de forma visual através de manômetro do macaco hidráulico, dinamômetros nos fios e cordoalhas ou através da análise do alongamento total.

Nota: No caso da utilização da análise do alongamento, deve ser definida a sistemática de cálculo do valor real, a ser comparado com as especificações de projeto (levando-se em consideração desvios provocados pela eliminação de catenárias, macacos hidráulicos etc.). Esta sistemática deve ser formalmente aprovada pelo projetista ou responsável técnico da empresa.

b.10. Cobrimento da armadura

O cobrimento dos elementos da armadura deve atender ao especificado em projeto ou em documentos internos da empresa (no caso de elementos pré-fabricados padronizados), em todas as faces dos elementos.

Os cobrimentos podem ser verificados diretamente na forma, antes da concretagem ou após (caso seja visível).

b.11. Execução da concretagem

O concreto utilizado para a produção dos elementos pré-fabricados deve ser lançado e adensado (incluindo a execução de juntas quando aplicável) conforme item 9 da NBR 9062.

Deve ser realizada a rastreabilidade de todo o concreto lançado, correlacionando os elementos produzidos com os resultados de ensaio de resistência.

O prazo para desmoldagem deve garantir a resistência estabelecida em projeto ou documento interno da empresa. Este processo deve ser controlado através do acompanhamento da resistência obtida pelos ensaios descritos na letra “b.3” do item 6.4.3 desta especificação.

b.12. Verificação do elemento pré-fabricado

Após a desmoldagem, pós-tração (quando aplicável) e retirada do elemento pré-fabricado das formas, deve ser realizada a verificação de suas dimensões e aspecto geral, considerando as seguintes exigências:

• Deve-se verificar visualmente a ocorrência de deformações muito acentuadas, falhas de concretagem e fissuras ao longo das peças, nos cantos e zonas de tensão de protensão, quando existirem;

• As características dimensionais devem atender às especificações de projeto, aceitando-se as tolerâncias apresentadas nas Tabelas e Figuras a seguir, para os seguintes elementos:

– b1) Painéis arquitetônicos;

– b2) Pilares, vigas, pórticos e escadas armadas;

– b3) Vigas e pórticos protendidos;

– b4) Terças de cobertura (10 pt.);

– b5) Lajes armadas ou protendidas;

– b6) Lajes ou painéis alveolares;

– b7) Telhas;

– b8) Estacas e blocos de fundação;

– b9) Monoblocos.

• Caso os elementos não atendam às exigências de aceitação estabelecidas, eles devem apresentar disposições definidas por uma função responsável, tais como refugo, reparos, ajustes, uso alternativo fora da obra do cliente etc.;

• Devem ser estabelecidas sistemáticas de identificação da aprovação ou não de cada elemento pré- fabricado, produzido na planta de produção.

Nota: é admissível a utilização, na obra, de elementos fora das tolerâncias definidas (somente aqueles reprovados dentro de toda a produção que teve sua amostragem aceitável), desde que estes não comprometam o desempenho estrutural e arquitetônico da obra como um todo. Tal fato deve ser comprovado através de registros apropriados que comprovem a avaliação das conseqüências do uso dos elementos pelo projetista e a descrição das alterações de projeto ou montagem necessárias para tratar tais problemas, garantindo o atendimento das tolerâncias finais de montagem.

c. Execução

c.1. Armazenamento de elementos pré-fabricados

Os elementos pré-fabricados devem ser armazenados na planta de produção apoiados nas posições estabelecidas em projeto ou outro documento interno da empresa, atendendo às especificações do item 10 da NBR 9062.

Os pontos de apoio para armazenamento podem ser deslocados em valores máximos definidos por projeto ou documento interno. No caso de não existir tal especificação, adota-se o limite de 40 cm.

c.2. Transporte e manuseio de elementos pré-fabricados

A retirada dos elementos pré-fabricados das formas deve ser realizada após comprovação do atendimento de sua resistência para transporte estabelecida em projeto.

O içamento deve ser realizado pelas alças ou demais mecanismos também previstos em projeto, em ângulos não superiores a 45° da direção vertical.

O manuseio e o transporte devem garantir a integridade dos elementos desde sua movimentação interna, deslocamento sobre veículos e montagem na obra, atendendo às exigências do item 10 da NBR 9062.

Os pontos de apoio para carregamento e transporte podem ser deslocados em valores máximos definidos por projeto ou documento interno. No caso de não existir tal especificação, adota-se o limite de 40 cm.

Figura 2 - Parte A – Tolerâncias Dimensionais – Elemento Pré-Fabricado

Figura 3 – Continuação – Parte A – Tolerâncias dimensionais – Elemento pré-fabricado

Figura 4 – Desenho ilustrativo de tipos de tolerâncias para elementos (exemplo com laje ou painel alveolar).

Figura 5 – Desenho ilustrativo de tipos de tolerâncias para elementos (exemplo com

pilar).

Figura 6 – Desenho ilustrativo de tipos de tolerâncias para elementos (exemplo com viga).

Figura 7– Parte B – Tolerâncias de montagem – Estrutura final (obra)

Figura 8 – Parte C – Tolerâncias de montagem – Elementos da estrutura

Figura 9 – Desenhos ilustrativos de tipos de tolerâncias para montagem (exemplo com painéis).

Figura 10 – Desenhos ilustrativos de tipos de tolerâncias para montagem (exemplo com pilares e vigas).

c.3. Acabamento dos elementos pré-fabricados

De acordo com o uso do elemento este pode necessitar de um acabamento final para regularização de sua superfície aparente, caso esta apresente pequenas imperfeições que não comprometam a resistência e durabilidade da peça, como fissuras acentuadas ou falhas de grandes dimensões.

Deve ser realizado também o acabamento do elemento para a proteção de pontos com fios e cordoalhas aparentes de peças cortadas, não sendo admitidas para armação fora das tolerâncias de cobrimento.

Devem ser estabelecidas sistemáticas de identificação da aprovação ou não de cada elemento pré- fabricado que necessite de acabamento para sua expedição para a obra ou outro uso especificado.

c.4. Identificação dos elementos pré-fabricados

Os elementos liberados para expedição (após execução e acabamento) devem manter sua identificação de produção ou receberem nova codificação de maneira a possibilitarem a correta montagem ou uso na obra.

Esta identificação deve garantir a rastreabilidade do elemento em relação aos dados de sua produção.

c.5. Locação das fundações

A locação das fundações, quando não realizada pela empresa, deve ser verificada antes do início da montagem, com o uso de equipamento de medição adequado e aceitando-se tolerância de ± 5 cm para posição final das estacas ou tubulões e de ± 5 cm para os blocos sobre a fundação.

Caso o projeto ou outra documentação interna da empresa ou do cliente especifique tolerâncias com valores inferiores, tais especificações devem ser também atendidas.

Devem ser mantidos registros documentados internos ou externos dos resultados destas verificações.

c.6. Montagem e ligação dos elementos pré-fabricados

A montagem de todos os elementos pré-fabricados deve ser realizada de acordo com o item 11 da NBR 9062, com base no projeto e já nas posições definitivas na obra.

As ligações em aço executadas na obra devem atender às especificações estabelecidas em projeto, caso seja necessária a utilização de solda para a execução delas, esta deve ser realizada por profissional qualificado.

Devem ser mantidos registros da qualificação dos soldadores que executam as ligações na obra (quando esta for realizada) que identifique o tipo de solda executado por este profissional (soldador a arco elétrico com eletrodo revestido, oxiacetilênico etc.).

c.7. Serviços complementares na obra

Caso sejam realizados serviços em concreto necessários para a montagem da estrutura pré-fabricada (previstos em propostas ou contrato), tais como fundações, peças complementares ou capeamento de lajes, estes devem seguir as especificações de projeto.

No caso específico do concreto recebido diretamente na obra, para a execução de serviços complementares, deve ter seu controle realizado de acordo com a NBR 12655.

No caso de aço recebido diretamente na obra para a execução de serviços complementares, este deve atender às exigências das normas NBR 7480 ou 7481.

Devem ser mantidos laudos de laboratório ou fornecedor que comprovem o atendimento às exigências para todos os lotes de aço entregues.

Devem ser mantidos laudos de laboratório que comprovem o atendimento às exigências para todos os lotes de concreto entregues. Pode-se aceitar laudos do fornecedor desde que não haja exigências oriundas de requisitos contratuais (com o cliente) e somente se o fornecedor disponibilizar o certificado de calibração de sua prensa, além do controle tecnológico detalhado estar descrito no contrato de fornecimento de concreto para a obra.

Nota: este item não é aplicável quando a execução de tais serviços é realizada pelo cliente, conforme comprovação do escopo dos serviços em contrato.

c.8. Controle tecnológico

Após a montagem dos elementos deve ser realizada a verificação do posicionamento das peças e do aspecto final da estrutura:

• Devem-se verificar, visualmente, o alinhamento e a uniformidade de cor dos elementos aparentes, a ocorrência de deformações acentuadas, fissuras ou quebras nos pontos de apoio ou solicitação;

• A montagem da estrutura deve atender a todas as tolerâncias apresentadas (NBR 9062), independente do tipo de estrutura ou tecnologia empregada, para os itens:

– Posição dos pilares;

– Posição e nível de monoblocos;

– Níveis dos elementos sobre apoios;

– Prumo do painel, pilar externo isolado ou carregado;

– Juntas entre elementos aparentes

• Devem ser estabelecidas sistemáticas de identificação da aprovação ou não da estrutura final montada, antes da entrega da obra ao cliente.

6.6. ESTRUTURAS METÁLICAS

6.6.1. Objetivo

O Caderno de Encargos da CONTRATANTE objetiva estabelecer as diretrizes gerais para a execução dos serviços de fabricação e montagem de estruturas metálicas.

6.6.2. Condições Gerais

Todos os elementos de projeto produzidos pelo FABRICANTE deverão ser submetidos à aprovação do autor do projeto, que deverá, de preferência, acompanhar a execução dos serviços.

As modificações de projeto que eventualmente forem necessárias durante os estágios de fabricação e montagens da estrutura, deverão ser submetidas à aprovação da SUPERVISÃO e do autor do projeto.

A SUPERVISÃO deverá realizar as seguintes atividades específicas:

• Conferir se as dimensões e características das peças componentes da estrutura estão de acordo com os desenhos, especificações, tolerâncias permitidas e outros requisitos, com a finalidade de assegurar uma montagem simples e perfeita e de modo que a estrutura cumpra as finalidades dela exigidas;

• Fazer inspeção dos componentes de fabricação da estrutura tais como: chapas e perfis laminados, eletrodutos, parafusos, arruelas e quaisquer outros componentes estruturais, antes de serem colocados na obra;

• Solicitar da CONTRATADA todos os documentos pertinentes tais como: certificados de matéria-prima fornecida por terceiro, certificado de testes de eletrodos, certificado de parafusos e outros materiais, qualificação de soldadores e qualquer outro elemento que seja necessário para demonstrar a qualidade dos materiais e a adequação dos métodos e mão-de-obra aplicadas;

• Conferir, através de listas de remessa elaboradas pela CONTRATADA, se as peças componentes da estrutura a serem transportadas estão devidamente marcadas com pintura de fácil reconhecimento, inclusive com lista de parafusos de montagem;

• Rejeitar as matérias-primas que apresentarem defeito de laminação ou curvaturas, além dos limites permitidos;

• Observar se os processos utilizados em todo e qualquer estágio de fabricação, como método de soldagem, método de aperto de parafusos, método de alinhamento e correção de distorções, método de usinagem, asseguram o atendimento às especificações de projeto;

• Recusar qualquer método de trabalho considerado prejudicial aos materiais ou componentes das

estruturas acabadas;

• Inspecionar, usando torquímetro pré - calibrado, pelo menos um parafuso de cada conexão, verificando se não apresenta torque abaixo do mínimo especificado nas normas. Caso isso ocorra, todos os parafusos da conexão deverão ser rejeitados;

• Verificar se as condições dos elementos de ligação estão de acordo com os detalhes de projeto, quando da execução da montagem;

• Observar as condições de corrosão das peças, recusando as que não satisfazem às especificações;

• Acompanhar a execução da pintura de estrutura em suas diversas etapas, solicitando a realização dos devidos ensaios, se necessários à aceitação dos serviços.

6.6.3. Condições específicas

a. Materiais

A escolha do tipo de aço para construções metálicas em geral é feita em função dos aspectos ligados ao ambiente em que as estruturas se localizam e da previsão do comportamento estrutural de suas partes, devido à geometria e aos esforços solicitantes. Peças comprimidas com elevado índice de esbeltez ou peças fletidas em que a deformação (flechas) é fator preponderante estrutural, são casos típicos de utilização de média resistência mecânica. Para peças com baixa esbeltez e deformação não preponderante é mais econômica a utilização de aços de alta resistência.

Portanto, sua aplicação, com finalidade estrutural é guiada por dois fatores:

• Tipos de aço;

• Seção transversal do perfil.

Em relação aos tipos de aço tem-se: os aços estruturais utilizados no Brasil são produzidos segundo normas estrangeiras (especialmente a ASTM - AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIAL e DIN- DEUSTSCHE INDUSTRIE NORMEN) ou fornecidos segundo denominação dos próprios fabricantes:

Aços de média resistência para uso geral:

• Perfis, chapas e barras redondas acima de 50mm: ASTM A-36;

• Chapas finas: ASTM A-570 e SAE 1020;

• Barras redondas (6 a 50 mm): SAE 1020;

• Tubos redondos sem costura: DIN 2448 ASTM A-53 grow B;

• Tubos quadrados e retangulares, com e sem costura: DIN 17100.

Aços estruturais, baixa liga, resistentes á corrosão atmosférica, média resistência mecânica:

• Chapas: USI-SAC 41 (USIMINAS);

• Chapas: Aço estrutural com limite de escoamento de 245 MPa (COSIPA).

Aços estruturais, baixa liga, resistentes à corrosão atmosférica, alta resistência mecânica:

• Chapas ASTM A-242, ASTM A-588 COS-AR-COR, USI-SAC-SO e NIOCOR;

• Perfis: ASTM A-242, A-588.

Já no tocante aos perfis utilizados, estes se dividem em perfis de chapa dobrada, perfis soldados e perfis laminados.

Todos os perfis metálicos, laminados ou soldados, comumente utilizados na construção civil, devem ser inspecionados, avaliados e recepcionados segundo a normalização específica da ABNT. São os seguintes perfis metálicos utilizados nas construções: cantoneiras, perfis chatos, metalon, perfis I ; perfis caixões; perfis tubulares; etc.

Entende-se como perfis metálicos, os elementos de diversas seções, constituídos de aço carbono, podendo conter algum tipo de proteção anti - corrosiva superficial, do tipo galvanização.

Já os componentes metálicos são os elementos acessórios comumente utilizados nas construções, tais

como: porcas, parafusos, arruelas, rebites, estojos, manilhas, cavaletes, abraçadeiras, etc.

As emendas e uniões que por ventura venham a ser realizadas nos perfis deverão obedecer às prescrições contidas na normalização vigente, bem como proporcionar a devida estabilidade e segurança à estrutura. As uniões podem ser realizadas mediante o uso de soldas, parafusos, e rebites, e devem obedecer ao detalhamento existente e proposto no projeto. Caso seja conveniente e necessário, a SUPERVISÃO poderá exigir ensaios de recepção e controle das emendas realizadas na estrutura metálica, ficando o seu custo por conta da CONTRATADA.

É claro que, no caso de parafusos, os mesmos sejam avaliados segundo a prescrição de análise e controle proposta pela NBR 5875 - “Parafusos, porcas e acessórios” da ABNT, preponderando a realização de ensaios em tamanho natural dos mesmos.

Em se tratando de soldagem, pode-se utilizar sistemas tradicionais, com o uso de eletrodos revestidos, e mesmo até de sistemas mais sofisticados, tais como, MIG, TIG e arco submerso. Em todo sistema de soldagem envolvido nas construções metálicas, deve-se atentar para a necessidade de qualificar os soldadores e os processos envolvidos, através de empresa especializada.

Os custos com a qualificação correrão por conta da CONTRATADA. Em algumas situações, a critério da SUPERVISÃO, ouvida a equipe técnica da CONTRATANTE, poderá ser dispensada, fato que entretanto não isenta a CONTRATADA dos defeitos que por ventura venham ocorrer.

Quando se tratar de peças ou perfis galvanizados, é fundamental que as mesmas sejam avaliadas quanto ao recobrimento da camada de zinco existente, sua uniformidade e durabilidade.

Os custos dos ensaios correrão por conta da CONTRATADA, e estes deverão ser realizados em laboratório idôneo e qualificado.

Na Tabela 6, são apresentadas as características gerais dos aços laminados à quente.

b. Fabricação

b.1. Matéria-prima

O aço e os elementos de ligação utilizados na fabricação das estruturas metálicas obedecerão às prescrições estabelecidas nas especificações de materiais. Somente poderão ser utilizados na fabricação os materiais que atenderem aos limites de tolerância de fornecimento estabelecidos no projeto.

Serão admitidos ajustes corretivos através de desempeno mecânico ou por aquecimento controlado, desde que a temperatura não ultrapasse a 650°C. Estes procedimentos também serão admitidos para a obtenção de pré - deformações necessárias.

No tocante aos gabaritos a serem utilizados na fabricação, recomenda-se:

Para garantia da forma das peças que saem da fábrica, é importante a preparação de um gabarito de posicionamento de todos os elementos que irão compor a peça, com as devidas compensações de deformação, que irão surgir devido às retrações de solda.

Em relação ao acabamento comumente encontrado, no estado bruto, sobre a superfície da matéria prima utilizada (perfil, cantoneira, tubo, etc.), o mesmo pode ser classificado em quatro diferentes graus, a saber:

• Grau A

Superfície de aço com a carepa de laminação praticamente intacta e sem corrosão. Representa a superfície de aço recentemente laminada;

• Grau B

Superfície de aço com princípio de corrosão, da qual a carepa de laminação começa a desprender-se;

• Grau C

Superfície de aço em que a laminação foi eliminada pela corrosão ou poderá ser removida, por raspagem ou jateamento, porém sem que se tenham formado cavidades muito visíveis (pites), em grande escala;

• Grau D

Superfície de aço onde a carepa de laminação foi eliminada pela corrosão, com formação de cavidades visíveis em grande escala;

b.2. Tratamento antioxidante

A partir dos graus de acabamento encontrados sobre a matéria prima, pode-se definir o melhor e mais adequado tipo de tratamento preliminar antioxidante a ser adotado, que é também função do sistema de pintura especificado no projeto. Este tratamento antioxidante obedecerá, às prescrições contidas na norma Sueca SIS 5900 (Svensk Standard).

O tipo de padrão a ser adotado deverá constar na especificação do projeto executivo, cabendo à SUPERVISÃO verificar e avaliar a sua utilização, quando do início de produção das serralherias. A SUPERVISÃO irá avaliar a correta escolha do sistema de limpeza adotado, em observância às prescrições contidas na norma ISO-SIS 5900, que propõe os seguintes padrões de limpeza:

• Padrão St 2 – Limpeza manual

Raspagem com raspadeira de metal duro e escovamento cuidadoso, a fim de remover as escamas de laminação, óxido e partículas estranhas. Após a limpeza, a superfície deve ter suave brilho metálico. Este padrão pode ser aplicado a qualquer tipo de superfície, exceto àquelas pertencentes ao Grau A;

Tabela 6 – Características gerais dos aços

Nome atual do aço Nome antigo do aço Limite de Escoamento

(MPa)

Resistência a corrosão

atmosférica

Resistência ao fogo

ASTM A 36 - 250 ▲ ▲ ▲

ASTM A 36MD ASTM A 36MG 300 ▲ ▲ ▲

ASTM A572-50-1 - 345 ◊ ▲ ▲

USI-SAC-250 USI-SAC-41 250 ▲ ◊ ▲

USI-SAC-300 USI-SAC-41-MG 300 ● ◊ ▲

USI-SAC-350 USI-SAC-50 350 ◊ ◊ ▲

USI-SAC-400 USI-SAC-60 450 ◊ ◊ ▲

USI-SRC-300 - 300 ● ◊ ▲

USI-SRC-350 - 350 ◊ ◊ ▲

USI-FIRE-300 USI-FIRE-400 300 e

200 a 600°C ●

SUI-FIRE-350 USI-FIRE-490 325 e

217 a 600°C ◊

▲ baixa ● média ◊ alta

Na Tabela 7 pode-se observar um resumo da similaridade dos aços laminados a quente para construção civil, em relação à diversos organismos de normalização.

NORMAS

Qualidade ASTM EN JIS NBR MERCOSUL

ASTM A 36 - EN 10025-S235J0 JIS G3101- SS400

NBR 6650- CF26

NM02-131-ED24

ASTM A 572-50- 1

-

EN 10025-S335J0

JIS G3101- SS490

NBR 5000 NBR 5004

NM02-102-MCF-345 NM02-101-MCG-360

I-SAC 250 USI-SAC 41

ASTM A 709- GR36

EN 10155-S235J0

JIS G3114- SMA400

NBR5921- CFR-400

NBR 5008- CGR-400

NM02-103-GRAU- 400

USI –SAC 300 USI-SAC 41 E USI SAC 41MG

ASTM A 709- GR50

-

-

NBR 5921- CFR-400

NBR 5008- CGR-400

NM02-103-GRAU- 400

USI-SAC-350 USI-SAC 50

ASTM A 588 (cg)

ASTM A 606-2

(tq)

EN 10155-S355J0W

JIS G3114- SMA490

NBR 5921- CFR 500

NBR 5008- CGR-500

NM02-103-GRAU- 500

USI-SAC 450 USI-SAC 60

ASTM A 709- FR-70

- JIS G3114- SMA570

- -

USI-SRC 300 - - - - -

USI-SRC 350 ASTM A 242-1 (CG)

ASTM A 606-4 (tq)

EN 10155- S3555J0WP

JIS G3125- SPA-H

- -

Tabela 7 – Similaridade de aços laminados à quente

Na Tabela 8 observa-se a caracterização das categorias dos aços com seus respectivos sistemas químicos.

Aplicação

Nomenclatura

Sistema Químico

Estrutural ASTM A 36-MD

ASTM A 36 ASTM A 572 50-1

C , Mn

Anti-corrosão

USI-SAC 250 USI-SAC 300 USI-SAC 350

Cu , Cr

Resistente à corrosão USI-SAC 250 USI-SAC 350

Si , P , Cu

Resistente ao Fogo USI-FIRE 250 USI-FIRE 350

Mo , Cu

Tabela 8 – Caracterização das categorias dos aços com seus sistemas químicos

• Padrão St 3 – Limpeza mecânica ou manual

Raspagem e escovamento com escova de aço, de modo cuidadoso. Após a limpeza, deverá a superfície apresentar pronunciado brilho metálico. Este padrão não se aplica as superfícies de grau A;

• Padrão Sa 1– Jateamento ligeiro com abrasivo

O jato se move rapidamente sobre a superfície de aço, a fim de remover as escamas de laminação, óxido e partículas estranhas. Este padrão não se aplica as superfícies de grau A;

• Padrão Sa 2 – Jateamento abrasivo comercial

Jateamento cuidadoso a fim de remover praticamente toda escama de laminação, óxido e partículas estranhas. Caso a superfície possua cavidade (pites), apenas ligeiros resíduos poderão ser encontrados no fundo da cavidade, porém 2/3 de uma área de 1 polegada quadrada deverão estar livre de resíduos visíveis. Após o tratamento, a superfície apresentará uma coloração acinzentada. Este padrão não se aplica as superfícies de grau A;

• Padrão Sa 2 ½ – Jateamento abrasivo ao metal quase branco

O jato é mantido por tempo suficiente para assegurar a remoção das escamas de laminação, ferrugem e partículas estranhas, de tal modo que apenas apareçam leves sombras, listras ou descoloração da superfície. Os resíduos são removidos com um aspirador de pó, ar comprimido seco e limpo, ou escova limpa. Ao final da limpeza, 95% de 1 polegada quadrada deverão estar livres de resíduos e a superfície apresentará cor cinza-claro;

• Padrão Sa 3 – Jateamento abrasivo ao metal branco

Jateamento abrasivo perfeito, com remoção total das escamas de laminação, óxido e partículas estranhas. Os resíduos serão removidos com um aspirador de pó, ar comprimido seco e limpo ou escova. Quando limpa, a superfície apresentará cor cinza muito clara e uniforme, em listras ou sombras.

Pode-se observar no Tabela 9 uma proposta de preparo prévio das estruturas metálicas em geral, função do tipo de pintura a ser adotada ou previamente especificado.

Sistema de Pintura Preparo da Superfície

“Shop Primers” Padrão Sa 3 ou Sa 2 ½

Silicato Inorgânico de Zinco Padrão Sa 3 ou Sa 2 ½

Epóxi rico em Zinco Padrão Sa 3 ou Sa 2 ½

Poliuretano Padrão Sa 3 ou Sa 2 ½

Epóxi Catalizado Padrão Sa 3 ou Sa 2 ½

“Coal Tar” Epóxi Padrão Sa 3 ou Sa 2 ½

Vinílico Padrão Sa 3 ou Sa 2 ½

Borracha Clorada Padrão Sa 2 1/2 ou Sa 2

Éster de Epóxi Padrão Sa 2 1/2 ou Sa 2

Éster de Poliuretano Padrão Sa 2 1/2 ou Sa 2

Alquídico Padrão Sa 2 ou St 3

Óleo –Resinoso Padrão Sa 2 ou St 3

Betuminoso Padrão St 3 ou Sa 1

Tabela 9 – Sistema de preparo da superfície das estruturas metálicas em função do tipo de

pintura a ser adotado

Já a normalização brasileira da ABNT propõe uma correlação entre os diversos tipos de preparo de superfície. Entretanto, tal proposta não contempla alguns importantes tipos de preparo das superfícies das serralherias. Caberá à SUPERVISÃO definir qual deverá ser a metodologia a se respeitar, salvo em condições onde o projeto executivo faça uma menção explícita da mesma. Esta correlação pode ser observada na Tabela 10.

Tipo de Tratamento Normas SIS 5900 Norma ABNT (Suécia)

Limpeza manual St 2 NBR 15239 Limpeza mecânica St 3 NBR 15239

Com jato abrasivo

Ligeiro Sa 1

NBR 7348 Comercial Sa 1 Metal quase branco Sa 2 ½

Metal branco Sa 3

Outros tipos

Limpeza com solventes Sa 1

NBR 7350

Limpeza a fogo Sa 1 Decapagem química Sa 2 ½

Intemperismo e jato abrasivo

Sa 3

Tabela 10 - Paralelo entre sistema de tratamento de superfície das estruturas metálicas proposta pela norma ISO e pela ABNT

b.3. Cortes

Os cortes por meios térmicos deverão ser realizados, de preferência, com equipamentos automáticos. As bordas assim obtidas deverão ser isentas de entalhes e depressões. Eventuais entalhes ou depressões de profundidade inferior a 4,5 mm poderão ser tolerados. Além desse limite deverão ser removidos por esmerilhamento. Todos os cantos reentrantes deverão ser arredondados com um raio mínimo de 13 mm.

b.4. Aplainamento de bordas

Não será necessário aplainar ou dar acabamento às bordas de chapas ou perfis cortados com serra, tesoura ou maçarico, salvo indicação em contrário nos desenhos e especificações. Bordas cortadas com tesoura deverão ser evitadas nas zonas sujeitas à formação de rótulas plásticas. Se não puderem ser evitadas, as bordas deverão ter acabamento liso, obtido por esmeril, goiva ou plaina. As rebarbas deverão ser removidas para permitir o ajustamento das partes que serão parafusadas ou soldadas, ou se originarem riscos durante a construção.

b.5. Produtos laminados

Os ensaios para a demonstração da conformidade do material com os requisitos de projeto serão limitados aos exigidos pelas normas e especificações, a não ser que sejam estabelecidas exigências especiais neste Caderno de Encargos. Se o material recebido não atender às tolerâncias da ASTM A6 relativas à curvatura, planicidade, geometria e outros requisitos, será admitida a correção por aquecimento ou desempeno mecânico, dentro dos limites indicados na norma.

Os procedimentos corretivos para recondicionamento de chapas e perfis estruturais recebidos da usina poderão também ser utilizados pelo FABRICANTE da estrutura se as anomalias forem constatadas ou ocorrerem após o recebimento dos produtos. Procedimentos mais restritivos deverão ser acordados com a SUPERVISÃO, de conformidade com o estabelecido no Caderno de Encargos.

Os materiais retirados do estoque deverão ter qualidade igual ou superior à exigida pelas especificações. Os relatórios elaborados pela usina poderão ser aceitos para a comprovação da qualidade. Os materiais de estoque adquiridos sem qualquer especificação não poderão ser utilizados sem aprovação expressa da SUPERVISÃO e do autor do projeto.

b.6. Perfis soldados

Todas as colunas, vigas principais ou secundárias e outras peças da estrutura deverão ser compostas com chapas ou perfis laminados inteiramente soldados, conforme indicação do projeto.

Todas as soldas a arco serão do tipo submerso e deverão obedecer às normas da AWS. O processo de execução deverá ser submetido à aprovação da SUPERVISÃO.

As soldas entre abas e almas serão de ângulo e contínuas ou de topo com penetração total, executadas por equipamento inteiramente automático. Poderão ser utilizadas chapas de encosto em função das necessidades. As soldas de enrijecedores às almas das peças deverão ser semi-automáticas ou manuais.

Os elementos deverão ser posicionados de tal modo que a maior parte do calor desenvolvido durante a solda seja aplicado ao material mais espesso. As soldas serão iniciadas pelo centro e se estenderão até as extremidades, permitindo que estas estejam livres para compensar a contração da solda e evitar o aparecimento de tensões confinadas.

As peças prontas deverão ser retilíneas e manter a forma de projeto, livre de distorções, empenos ou outras tensões de retração.

b.7. Colunas

As colunas deverão ser fabricadas numa peça única em todo a sua extensão, ou de conformidade com as emendas indicadas no projeto. As emendas somente poderão ser alteradas após aprovação da SUPERVISÃO e do autor do projeto. As extremidades das colunas em contato com placas de base ou placas de topo, destinadas a transmitir os esforços por contato (compressão), deverão ser usinadas. As abas e almas deverão ser soldadas à chapa.

As placas de base deverão ser acabadas em atendimento aos seguintes requisitos:

• As placas de base laminadas com espessura igual ou inferior a 50 mm poderão ser utilizadas sem usinagem, desde que seja obtido apoio satisfatório por contato;

• Placas de base laminadas com espessura superior a 50 mm e inferior a 100 mm poderão ser desempenadas por pressão ou aplainadas em todas as superfícies de contato, a fim de ser obtido apoio por contato satisfatório, com exceção dos casos indicados a seguir;

• Placas de base laminadas com espessura superior a 100 mm, assim como bases de pilares e outros tipos de placas de base, deverão ser aplainadas em toda a superfície de contato com exceção dos casos indicados a seguir;

• Não será necessário aplainar a face inferior das placas de base se for executado grauteamento para garantir pleno contato com o concreto de fundação;

• Não será necessário aplainar a face superior das placas de base se for utilizada solda de penetração total entre a placa e o pilar.

b.8. Treliças

As treliças deverão ser soldadas na oficina e parafusadas no local de montagem, salvo indicação contrária no projeto. De um modo geral, os banzos superiores e inferiores não deverão ter emendas, mas se forem necessárias serão localizadas nos quartos de vão, para evitar manuseio especial ou dificuldades de transporte. As juntas serão defasadas e localizadas nos pontos de suporte lateral ou tão próximas quanto possível desses pontos.

As treliças deverão ser montadas com as contra-flexas indicadas no projeto ou de conformidade com as normas, no caso de omissão do projeto.

b.9. Acessórios

O FABRICANTE fornecerá todas as peças de fechamento da edificação indicadas no projeto, como vigas de fachada, pendurais, vigas de beiral, suportes de parapeito, parapeitos, calhas, escadas e marquises.

b.10. Contraventamento das colunas, treliças e terças

Todos os contraventamentos serão executados de forma a minimizar os efeitos de excentricidades nas

ligações com a estrutura. De um modo geral, os contraventamentos executados com barras redondas deverão ser ligados às treliças ou às vigas por meio de cantoneiras de fixação.

Os tirantes de fechamento da cobertura, constituídos de barras redondas e cantoneiras, deverão prover todas as terças da estrutura.

Os contraventamentos fabricados com duplas cantoneiras deverão ser executados com chapas soldadas e travejamentos espaçados, de conformidade com as especificações.

b.11. Construção parafusada

Se a espessura da chapa for inferior ou no máximo igual ao diâmetro nominal do parafuso acrescido de 3 mm, os furos poderão ser puncionados. Para espessuras maiores os furos deverão ser broqueados com seu diâmetro final. Os furos poderão ser puncionados ou broqueados com diâmetros menores e posteriormente usinados até os diâmetros finais, desde que os diâmetros das matrizes sejam, no mínimo, 3,5 mm inferiores aos diâmetros finais dos furos. Não será permitido o uso de maçarico para a abertura de furos.

Durante o ato de parafusar a estrutura, deverão ser utilizados parafusos provisórios para manter a posição relativa das peças, sendo vedado o emprego de espinas para a coincidência dos furos, alargamento ou distorção dos perfis. Coincidência insuficiente deverá originar recusa da peça pela SUPERVISÃO.

Todos os materiais e métodos de fabricação obedecerão à especificação para conexões estruturais para parafusos ASTM A325, na sua mais recente edição. O aperto dos parafusos de alta resistência será realizado com chaves de impacto, torquímetro ou adotando o método de rotação da porca do AISC.

b.12. Construção soldada

É muito importante o respeito às seguintes etapas no caso de construções metálicas soldadas:

b.12.1. Classificação de soldadores

Os soldadores deverão ser qualificados, conforme a prescrição do “Standard Code For Building Constrution” da ASW D1.1. O FABRICANTE poderá comprovar a experiência dos seus soldadores, através de trabalhos já executados.

b.12.2. Procedimentos de soldagem

A técnica de soldagem, a execução, a aparência e a qualidade das soldas, bem como os métodos utilizados na correção de defeitos, deverão obedecer às seções 3 e 4 da AWS D1.1.

Só poderão ser utilizadas juntas e procedimentos de soldagem pré-qualificados de acordo com a AWS D1.1, item 2 “Design Of Welded Connections”.

A preparação do metal base, o posicionamento das peças para soldagem, o controle e contrações, as tolerâncias dos perfis da solda, os reparos, a limpeza das soldas e o martelamento, deverão ser executados de acordo com a AWS D1.1, item 3 “Work Manship”.

A escolha do eletrodo, o pré-aquecimento, a temperatura, interpasses e os processos de soldagem, deverão estar de acordo com as AWS D1.1 item 4 “Technique”.

As superfícies a serem soldadas deverão estar livres de escórias, graxas, rebarbas, tintas ou quaisquer outros materiais estranhos. A preparação das bordas por corte a gás será realizada, onde possível, por maçarico guiado mecanicamente. As soldas por pontos deverão estar cuidadosamente alinhadas e serão de penetração total.

Deverão ser respeitadas as indicações do projeto de fabricação, tais como dimensões, tipo, localização e comprimento de todas as soldas. As dimensões e os comprimentos de todos os filetes deverão ser proporcionais à espessura da chapa e à resistência requerida.

Os trabalhos de soldagem deverão ser executados, sempre que possível, de cima para baixo. Na montagem e junção de partes da estrutura ou de elementos pré - fabricados, o procedimento e a seqüência de montagem serão tais que evitem distorções desnecessárias e minimizem os esforços de retração. Não sendo possível evitar altas tensões residuais nas soldas de fecho nas conexões rígidas, o fechamento será realizado nos elementos de compressão.

Na fabricação de vigas com chapas soldadas às flanges, todas as emendas de oficina de cada componente

deverão ser realizadas antes que seja soldado aos demais componentes. Vigas principais poderão ser executadas com emendas de oficina, mas não com mais de três subseções.

O pré - aquecimento à temperatura adequada deverá levar a superfície até uma distância de 7,5 cm do ponto de solda. Esta temperatura deverá ser mantida durante a soldagem.

b.12.3. Controle de qualidade

A SUPERVISÃO poderá requerer testes radiográficos em um mínimo de 25% das soldas executadas. Os testes serão realizados por laboratório independente, previamente aprovado pela SUPERVISÃO. No caso de execução rejeitada, a CONTRATADA deverá remover e executar novamente os serviços de soldagem.

Tanto os cordões de solda quanto as peças soldadas, deverão atender as tolerâncias dimensionais previstas nas normas aplicáveis, deverá ser efetuada a inspeção visual em todas as soldas, e aceitação de acordo com a AWS D1.1, item 8.15. Emendas não previstas no projeto, quando extremamente necessárias, deverão ser executadas com solda de penetração total, na fábrica.

Todas as peças componentes da estrutura deverão ser adequadamente marcadas por meio de punção, com as marcas de montagem, na fábrica.

b.13. Juntas de dilatação

Serão fornecidas e instaladas conforme indicado no projeto. Prever ajuste suficiente entre as juntas e as peças da estrutura para permitir o alinhamento e o nivelamento das juntas após a montagem da estrutura.

A estrutura será alinhada em sua posição correta. A fim de evitar interferências nas folgas previstas, serão utilizados furos escariados nas faces internas. Prever também chapas de fechamento nas colunas pertencentes às juntas de dilatação.

b.14. Pintura de fábrica

Os elementos de projeto deverão especificar todos os requisitos de pintura, incluindo as peças a serem pintadas, a preparação das superfícies, a especificação da pintura e a espessura da película seca da pintura de fábrica.

A pintura de fábrica é a primeira camada do sistema de proteção que deverá funcionar por um período curto de tempo e assim, será considerada temporária e provisória. A CONTRATADA deverá evitar a deterioração desta camada por mau armazenamento ou por submetê-la a ambientes mais severos que os ambientes normais.

Toda a estrutura deverá ser preparada por meio de jato abrasivo conforme Norma Sueca SIS 05 5900.

O FABRICANTE deverá efetuar a limpeza manual do aço, retirando a ferrugem solta, carepa de laminação e outros materiais estranhos, de modo a atender aos requisitos da SSPC-SP 2. A pintura poderá ser aplicada por pincel, rolo, “spray”, escorrimento ou imersão, conforme especificação em projeto. A espessura mínima da película seca de fábrica deverá ser de 25 micra.

As partes das peças de aço que transmitem esforços ao concreto por aderência não deverão ser pintadas. Com exceção deste caso e nos pontos em que a pintura for desnecessária, todas as peças deverão receber na fabricação pelo menos uma camada de primmer.

As superfícies inacessíveis após a montagem da estrutura serão previamente limpas e pintadas, com exceção das superfícies de contato, que não deverão ser pintadas.

As ligações com parafusos trabalhando por contato poderão ser pintadas. As ligações com parafusos trabalhando por atrito e as superfícies que transmitem esforços de compressão por contato, deverão ser limpas e sem pintura, a não ser que seja considerado no cálculo um coeficiente de atrito adequado a este tipo de acabamento. Se as superfícies forem usinadas, deverão receber uma camada inibidora de corrosão, removível antes da montagem da estrutura.

As superfícies a serem soldadas no campo, se não houver outra especificação, deverão estar isentas de materiais que impeçam a soldagem adequada ou que produzam gases tóxicos durante a sua execução, numa faixa de 50 mm de cada lado da solda. Após a soldagem, as superfícies deverão receber a mesma limpeza e proteção previstas para toda a estrutura.

b.15. Entrega antecipada

Elementos como chumbadores de ancoragem, a serem instalados nas fundações de concreto ou em outras estruturas de concreto e placas de base soltas, a serem instaladas sobre argamassa de enchimento, deverão ser entregues antes das demais peças, a fim de evitar atrasos no desenvolvimento da construção das fundações ou na montagem da estrutura metálica.

b.16. Estocagem na fábrica

Caso haja necessidade de se estocar os componentes da estrutura na fábrica, deverão ser observados o posicionamento das peças e proteção do local contra chuvas e umidade. Ao fim da estocagem, deverá ser verificado o estado de conservação da proteção anti - corrosiva, retocando onde necessário, antes do embarque para o campo.

b.17. Entrega da estrutura

A estrutura metálica deverá ser entregue no canteiro de serviço após ter sido pré - montada na oficina e verificadas todas as dimensões e ligações previstas no projeto, de forma a evitar dificuldade na montagem final.

Em casos especiais, a entrega da estrutura obedecerá a uma seqüência previamente programada e aprovada pela SUPERVISÃO, a fim de permitir uma montagem mais eficiente e econômica.

b.18. Transporte, manuseio e armazenamento

As peças de pequeno porte deverão ser classificadas em grupos de comprimentos, larguras e alturas similares, e deverão ser protegidas, enfeixadas ou encaixotadas, de acordo com suas características.

Uma lista com descrição do material deverá aparecer na parte externa de cada recipiente fechado. Deverá ser dada especial atenção à fixação das peças sobre o veículo de transporte, de forma a evitar qualquer movimento, bem como, danos às mesmas.

Após a entrega no canteiro de serviços, a estrutura será armazenada sobre dormentes de madeira. Durante o manuseio e empilhamento, todo cuidado será tomado para evitar empenamentos, danos à pintura, flambagens, distorções ou esforços excessivos nas peças.

Partes protuberantes, capazes de serem dobradas ou avariadas durante o manuseio ou transporte, serão escoradas com madeira, braçadeiras ou qualquer outro meio. Peças empenadas não deverão ser aceitas pela SUPERVISÃO. Os métodos de desempeno também deverão ser previamente aprovados pela SUPERVISÃO.

c. Execução

c.1. Introdução

O método e a seqüência de montagem deverão ser submetidos à aprovação da SUPERVISÃO e do autor do projeto. A CONTRATADA deverá manter vias de acesso ao canteiro que permitam a movimentação dos equipamentos a serem utilizados durante a fase de montagem, bem como a manipulação das peças a serem montadas no canteiro de serviço, de conformidade com o Plano de execução dos serviços e obras.

O plano de execução será elaborado de conformidade com as facilidades do canteiro de serviço, como espaços adequados para armazenamento, vias de acesso e espaços de montagem livres de interferências, previamente concebido e executado pela CONTRATADA sob as condições oferecidas pela CONTRATANTE.

Cumprirá a CONTRATANTE o fornecimento de marcos com coordenadas e referências de nível, necessários à correta locação da edificação e dos eixos e pontos de montagem da estrutura.

No caso de contrato específico e limitado à execução da estrutura metálica, caberá à CONTRATANTE fornecer as fundações, bases, encontros e apoios com resistências e demais características adequadas à montagem da estrutura metálica.

c.2. Controle dos chumbadores e acessórios embutidos

Os chumbadores e parafusos de ancoragem deverão ser instalados pela CONTRATADA de conformidade com o projeto da estrutura. No caso do contrato específico e limitado à execução da estrutura metálica, caberá à CONTRATANTE responder por essa instalação.

As tolerâncias de desvios não poderão ultrapassar os seguintes limites:

• 3 mm de centro a centro de dois chumbadores quaisquer dentro de um grupo que compõem uma ligação;

• 6 mm de centro a centro de grupos adjacentes de chumbadores;

• Para cada 30 m medidos ao longo da linha estabelecida para os pilares, o valor acumulado dos desvios entre grupos não poderá superar 6 mm ou o total de 25 mm (linha estabelecida para os pilares é a linha real de locação mais representativa dos centros dos grupos de chumbadores ao longo de uma linha de pilares);

• 6 mm entre o centro de qualquer grupo de chumbadores e linha estabelecida para os pilares que passam por esse grupo;

• Para pilares individuais, locados fora das linhas estabelecidas para os pilares, aplicam-se as tolerâncias das três alíneas anteriores, desde que as dimensões consideradas sejam medidas nas direções paralela e perpendicular à linha mais próxima estabelecida para os pilares.

O respeito a essas tolerâncias deverá permitir o atendimento das exigências de montagem da estrutura. Os chumbadores deverão ser sempre instalados perpendicularmente à superfície teórica de apoio, a não ser quando indicados em contrário no projeto.

Outros acessórios embutidos ou materiais de ligação entre a estrutura metálica e partes executadas por outras CONTRATADAS, deverão ser locados e instalados de conformidade com os desenhos aprovados pela SUPERVISÃO e pelo autor do projeto.

O FABRICANTE deverá fornecer cunhas, calços e parafusos de nivelamento necessários à montagem da estrutura, marcando com clareza nos dispositivos de apoio as linhas de trabalho que facilitem o adequado alinhamento.

Imediatamente após a instalação de qualquer dispositivo de apoio, a CONTRATADA ou CONTRATANTE, no caso de contrato específico e limitado à execução da estrutura metálica, deverá verificar os alinhamentos e níveis, executando os enchimentos de argamassa necessários.

c.3. Suportes temporários

Suportes temporários como estais, contraventamentos, andaimes, fogueiras e outros elementos necessários para os serviços de montagem, deverão ser determinados, fornecidos e instalados pelo montador com a assessoria da SUPERVISÃO e do autor do projeto.

Os suportes temporários deverão garantir que a estrutura metálica ou qualquer parte montada possa resistir a cargas compatíveis em intensidade àquelas para as quais a estrutura foi projetada, resultantes da ação do vento ou operações de montagem, excluindo cargas extraordinárias e imprevisíveis.

Os suportes temporários poderão ser removidos pela CONTRATADA após a estrutura ter sido conectada definitivamente, de acordo com o projeto e com a autorização expressa da SUPERVISÃO e do autor do projeto.

c.4. Pisos e corrimãos

A CONTRATADA deverá fornecer os pisos, corrimãos e passadiços temporários que forem exigidos pelas normas de segurança e saúde do trabalho, de forma a proteger o pessoal de montagem, contra acidentes. A CONTRATADA deverá remover estas instalações após a conclusão das operações de montagem.

c.5. Tolerâncias de montagem

As tolerâncias de montagem são estabelecidas em relação aos pontos e linhas de trabalho de barras da estrutura, estando assim definidos:

• Para barras não horizontais, o ponto de trabalho é o centro real em cada extremidade da barra;

• Para barras horizontais, o ponto de trabalho é a linha de centro real da mesa superior em cada extremidade;

• A linha de trabalho é uma linha reta ligando os pontos de trabalho da barra.

Outros pontos de trabalho poderão ser utilizados para facilidade de referência. As tolerâncias devem obedecer aos seguintes limites e condições:

• Desvio da linha de trabalho de um pilar em relação à linha de prumo não deverá ser superior a 1:500, observadas as seguintes limitações: 25 mm para pilares adjacentes a poços de elevadores; 25 mm da fachada para fora e 50 mm do sentido oposto para pilares de fachada; os pontos de trabalho dos pilares de fachada não poderão cair fora de uma faixa de 38 mm;

• Alinhamento das barras que se ligam aos pilares será considerado satisfatório se estes estiverem dentro das tolerâncias. A elevação das barras será considerada aceitável se a distância entre o ponto de trabalho da barra e a emenda do pilar imediatamente superior estiver entre +5 mm e -8 mm; as demais barras serão consideradas ajustadas se o seu desvio não for superior a 1:500 em relação à reta traçada entre os pontos de suporte da barra;

• Para vergas, vigas sob paredes, cantoneiras de parapeito, suportes de esquadrias e peças semelhantes a serem utilizadas por outras CONTRATADAS e que exijam limites rigorosos de tolerância, a SUPERVISÃO deverá exigir ligações ajustáveis à estrutura.

Antes da colocação ou aplicação de quaisquer outros materiais, a SUPERVISÃO deverá constatar que a locação da estrutura é aceitável em prumo, nível e alinhamento.

c.6. Correção de desvios e defeitos

Os desvios e defeitos que não puderem ser corrigidos pelos meios normais, utilizando pinos ou aparelhos manuais para o realinhamento das peças da estrutura, ou que exijam alterações na configuração das peças, deverão ser comunicados imediatamente a SUPERVISÃO e ao autor do projeto para a escolha de uma solução alternativa eficiente e econômica.

c.7. Conexões

Todas as conexões estruturais deverão utilizar parafusos de alta resistência cujo aperto será realizado com chaves de impacto, torquímetro ou adotando o método de rotação da porca, conforme especificação do AISC. As chaves deverão ser calibradas por aparelho para medir a tensão real do parafuso decorrente do aperto, em atendimento às recomendações constantes na NBR 5875 – “Parafusos, porcas e acessórios”. Os parafusos e porcas inacessíveis às chaves de impacto serão apertados por meio de chaves de boca e o torque verificado por torquímetro.

Os parafusos e porcas acessíveis às chaves de impacto serão instalados e apertados em conformidade com o seguinte processo:

• Acertar os furos com pinos de chamada, de modo a manter as dimensões e o prumo da estrutura. Utilizar parafusos em número suficiente, de qualidade e diâmetro adequados, a fim de manter a conexão na posição. Nesse ponto será suficiente aplicar aperto manual. Os parafusos de alta resistência permanecerão em sua posição permanentemente. As arruelas necessárias serão colocadas junto com os parafusos durante o ajuste na posição;

• Aplicar pré - torque nos parafusos já instalados; neste momento, todas as faces deverão estar em estreito contato;

• Remover os pinos de chamada e colocar os parafusos restantes aplicando o pré - torque;

• Para o aperto final é necessário cuidado especial para evitar a rotação do elemento ao qual não se aplica torque. Deverá ser usada uma chave manual para manter fixa a cabeça ou a porca que não está sendo girada. O aperto final, a partir da condição de pré - torque, deverá ser atingido girando a cabeça ou a porca de um quarto de diâmetro da mesma.

c.8. Pintura de acabamento

Após a montagem da estrutura, todas as superfícies serão limpas de modo a ficarem adequadas à aplicação da pintura de acabamento. Os pontos das superfícies cuja camada de tinta aplicada na oficina tenha sido avariada deverão ser retocados utilizando a tinta original.

Também as áreas adjacentes aos parafusos de campo deixados sem pintura serão devidamente escovadas, de forma a assegurar a aderência da tinta e pintadas. A pintura de acabamento será aplicada nas demãos necessárias, conforme indicação das especificações, de modo a obter uma superfície final

uniforme. Ficará ao critério do fornecedor aplicar o acabamento final, após a conclusão da montagem, ou na fábrica, retocando-a após a montagem completa.

c.9. Recebimento

O recebimento da estrutura metálica será efetuado inicialmente na oficina da fábrica, verificando se todos os estágios de fabricação (soldagem, aperto de parafusos, alinhamento, usinagem, correções de distorções e outros) atendem ao projeto e especificações. A segunda etapa do recebimento será efetuada com a verificação de todos os estágios da montagem, incluindo a pintura de acabamento da estrutura.

d. Controle tecnológico

d.1. Introdução

A CONTRATADA e o FABRICANTE da estrutura deverão manter um sistema de garantia de qualidade para que os trabalhos sejam executados em conformidade com o projeto e normas de execução. Esse sistema de qualidade deverá ser proposto à CONTRATANTE de conformidade com as disposições do Caderno de Encargos e será submetido à aprovação da SUPERVISÃO e do autor do projeto.

d.2. Inspeção de produtos recebidos da fábrica

A inspeção deverá basear-se em relatórios emitidos pela usina e em aspectos visuais e eventuais ensaios adicionais, em conformidade com as disposições do Caderno de Encargos. Se forem exigidos ensaios destrutivos, seu processo, extensão, técnica e norma de aceitação deverão ser definidos, em conjunto com a SUPERVISÃO, com base na normalização específica.

d.3. Inspeção independente

A CONTRATANTE se reserva no direito de inspecionar a fabricação, montagem e pintura dos equipamentos em qualquer fase de sua execução tendo, a SUPERVISÃO, poderes para sugerir, alterar ou rejeitar peças ou procedimentos que não atendem às exigências do projeto e/ou das normas citadas.

A CONTRATADA e o FABRICANTE deverão permitir ao inspetor o livre acesso a todos os locais de execução dos serviços. O início dos trabalhos deverá ser notificado à SUPERVISÃO com pelo menos 24 horas de antecedência. A inspeção deverá ser seqüencial, em tempo oportuno e executada de modo a minimizar as interrupções nas operações de fabricação e permitir as ações corretivas durante o processo de fabricação.

Procedimentos análogos se aplicam aos trabalhos de montagem, no canteiro de serviço. A CONTRATADA e o fabricante deverão receber cópias de todos os relatórios emitidos pelo inspetor.

d.4. Controle de qualidade

O controle de qualidade das estruturas metálicas, irá contemplar a realização de ensaios de recepção e controle de toda matéria-prima utilizada, bem como de todos os processos necessários à sua fabricação. Deverão ser realizados ensaios preconizados pelas normas brasileiras, correndo por conta da CONTRATADA os custos de execução.

Toda amostragem será realizada no próprio canteiro, salvo em algumas situações especiais, a critério da SUPERVISÃO.

7. ALVENARIAS E DIVISÓRIAS

7.1. OBJETIVO

Caderno de Encargos da CONTRATANTE tem como objetivo, apresentar de forma detalhada, todas as etapas necessárias para a execução da alvenaria, desde a locação até o revestimento final, e as etapas para execução da divisória, desde a locação até o assentamento.

7.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA

Para melhor orientação dever-se-á, consultar as seguintes normas:

— NBR 5718 - Alvenaria modular;

— NBR 6136 - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Requisitos;

— NBR 7211 - Agregado para concreto;

— NBR 8041 - Tijolo maciço cerâmico para alvenaria - Forma e dimensões;

— NBR 8215 - Prisma de blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural – preparo e ensaio à compressão;

— NBR 8545 - Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos;

— NBR 8798 - Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto;

— NBR 15270-1 - Componentes cerâmicos - Parte 1 - Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação - Terminologia e requisitos;

— NBR 15270-2 - Componentes cerâmicos - Parte 2: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural - Terminologia e requisitos;

— NBR 15270-3 - Componentes cerâmicos - Parte 3: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação - Método de ensaio.

7.3. ALVENARIAS

7.3.1. Condições gerais

Confrontar a locação e as dimensões das alvenarias com as definidas em projeto, bem como das aberturas dos vãos (portas e janelas, etc.) e de eventuais saliências, reentrâncias e/ou de rasgos, ranhuras ou furos previstos em projeto e destinados à passagem ou à inserção de tubulações, caixas de passagem, conexões ou de outros elementos ou componentes construtivos de quaisquer naturezas.

Verificar, sistemática e permanentemente, a qualidade dos materiais e/ou componentes a serem utilizados na obra, confrontando-os com as especificações dos projetos e eventualmente exigindo da CONTRATADA ensaios em laboratório qualificado e idôneo, de conformidade com as normas técnicas correspondentes, caso a caso.

Verificar, sistemática e permanentemente, a qualidade dos materiais e da preparação das argamassas a serem empregadas na obra, confrontando suas características intrínsecas e seu traço com as definições do memorial descritivo e das planilhas de especificações dos projetos, bem como com os preceitos e recomendações da boa técnica.

Verificar, sistemática e permanentemente, a regularidade do prumo, do esquadro e do alinhamento das diversas fiadas da alvenaria, assim como da espessura das juntas, conforme definido nas especificações do projeto arquitetônico - construtivo e tendo em vista as características intrínsecas dos materiais empregados na conformação da mesma alvenaria.

Verificar, sistemática e permanentemente, a qualidade da amarração entre os diversos elementos da alvenaria, com especial atenção para as junções e os cantos de alvenarias (externos ou internos).

Nos vãos (de portas, janelas, etc.), e sempre que pertinente, verificar a adequada execução de contra - vergas e vergas, conforme as indicações e especificações dos projetos.

Na junção de alvenarias novas com alvenarias preexistentes, ou com pilares e/ou vigas da superestrutura, fiscalizar atentamente a adequada execução das juntas de dilatação ou dos elementos de solidarização previstos em projeto e/ou discriminados no memorial descritivo ou nas especificações técnicas da obra.

Quando houver instalação hidro - sanitária, de gás ou de vapor, embutida as alvenarias só serão vedadas após exame, testes e liberação por escrito da SUPERVISÃO.

Não será tolerado, em hipótese alguma, o uso de saibro ou areia comum na composição das argamassas, que só poderão ser de cimento e areia lavada ou cimento, areia lavada e cal.

Usar cambotas e vergas em concreto para execução dos vãos circulares, se houver.

7.3.2. Alvenarias de vedação

a. Definições

Este caderno aborda diversos aspectos relacionados ao projeto e a execução de alvenarias de vedação com blocos cerâmicos vazados, blocos de concreto, tijolos maciços e laminados, tijolos de vidro e cobogó, visando integrar este componente, de forma racionalizada, tanto a estrutura da obra, como a todos os demais elementos e componentes que a constituem.

As alvenarias de vedação destinam-se ao preenchimento de espaços entre componentes da estrutura, conforme ilustrado na Figura 1, podendo ser empregadas na fachada da obra (alvenarias externas) ou na criação dos espaços internos (divisórias internas).

Não têm função estrutural, mas desempenham papel importante na isolação térmica e acústica dos ambientes, na segurança em casos de incêndio, na estanqueidade à água e até mesmo no contraventamento da estrutura.

Neste trabalho, será mencionada, por diversas ocasiões, a palavra “bloco”, cujo termo abrange também os tijolos.

Figura 1 - Alvenaria de Vedação

b. Materiais

b.1. Blocos cerâmicos de vedação

Os blocos cerâmicos de vedação são fabricados com argila e conformados por extrusão, possuindo ranhuras nas suas faces laterais que propiciam melhor aderência com a argamassa de assentamento ou de revestimento; esses blocos são fabricados com dimensões padronizadas, indicadas posteriormente na Tabela 5, geralmente com furos circulares ("tijolos baianos") ou com furos retangulares, conforme ilustrado na Figura 2.

As propriedades mais importantes dos blocos cerâmicos de vedação, algumas delas especificadas nas normas brasileira NBR 15270-1 e NBR 15270-2, são as seguintes:

• Tolerâncias dimensionais: 3 mm e desvio de esquadro: 3 mm;

• Empenamento: 3 mm;

• Absorção de água: 10 a 20%;

• Resistência a compressão: 10 kgf/cm² (classe A); 25 kgf/cm² (classe B).

Os limites impostos para as variações dimensionais e os desvios de forma asseguram a máxima economia no consumo de argamassa, tanto de assentamento como de revestimento, enquanto que a absorção de água, em torno de 10 a 20%, proporciona uma aderência adequada entre os blocos e a argamassa; em níveis excepcionalmente altos de absorção de água, ou mesmo quando os blocos encontram-se muito ressecados, recomenda-se para o assentamento o prévio umedecimento dos blocos, como será visto no item g.3.

Os blocos com furos retangulares apresentam resistência à compressão igual ou maior que 25 kgf/cm2, enquanto que nos blocos com furos circulares este valor é acentuadamente menor (em torno de 10 kgf/cm2). A rigor, as duas categorias de blocos podem ser empregadas na construção de alvenarias de vedação; a favor da segurança, contudo, para a execução de alvenarias externas (fachadas) de edifícios altos, sujeitos à ação de ventos fortes, deverão ser empregados blocos com furos retangulares (classe B,

resistência 25 kgf/cm2).

Figura 2 - Tipos mais correntes de blocos de vedação

b.2. Argamassa de assentamento

A argamassa empregada no assentamento de blocos cerâmicos deve ser plástica (argamassa “gorda") e ter consistência para suportar o peso dos blocos, mantendo-os no alinhamento por ocasião do assentamento. Deve ainda ter boa capacidade de retenção de água, além de promover forte aderência com os blocos cerâmicos.

Consideram-se, como adequadas as argamassas de traços 1:7 (cimento e areia) ou 1:2:9 (cimento + cal hidratada + areia, expresso em volume).

O cimento empregado normalmente na argamassa de assentamento de blocos cerâmicos sem função portante é o cimento Portland Comum CP 32.

A areia não deve conter sais solúveis nem matéria orgânica; recomenda-se a utilização de areias de rio lavada, de granulometria média.

A água de amassamento deve ser potável, não devendo ser empregadas águas contaminadas por impurezas orgânicas, altos teores de sais solúveis, etc.

A cal será, obrigatoriamente, aditivada (100 % hidratada).

b.3. Blocos de concreto simples

Fabricado com concreto constituído de cimento Portland, agregados e água. Os agregados podem ser areia e pedra, de acordo com a NBR 7211 – “Agregado para concreto”, ou escória de alto forno, cinzas volantes, argila expandida ou outros agregados leves que satisfaçam especificações próprias a cada um desses materiais.

Os blocos de concreto não devem apresentar defeitos sistemáticos tais como: trincas, fraturas, superfícies irregulares e deformações. Deverão ter arestas vivas e possuir a forma de um paralelepípedo.

De acordo com a NBR 6136 - “Bloco vazado de concreto simples para alvenaria - Requisitos”, as dimensões reais que os blocos modulares e submodulares devem atender, estão apresentados na Tabela 1.

Descrição Largura (cm) Altura (cm) Comprimento (cm)

Blocos de 20 cm

19 19 39

19 19 29

19 19 19

19 19 9

19 9 19

Blocos de 15 cm

14 19 39

14

14

19

19

34

29

14 19 19

Blocos de 10 cm

9 19 39

9 19 29

9

9

19

19

19

14

9 19 9

9 9 19

Tabela 1 – Dimensões reais dos blocos de concreto

b.4. Manuseio e estocagem dos materiais

Os blocos devem ser estocados em pilhas com altura máxima recomendada de 1,80 m, apoiadas sobre superfície plana, limpa e livre de umidade ou materiais que possam impregnar a superfície dos blocos (Figura 3), caso as pilhas sejam apoiadas diretamente sobre o terreno, este deve ser anteriormente apiloado.

Quando a estocagem for feita a céu aberto, deve-se proteger as pilhas de blocos contra as chuvas por meio de uma cobertura impermeável, de maneira a impedir que os blocos sejam assentados com excessiva umidade.

Quando se dispuser de transporte mecânico na obra (horizontal e vertical), é aconselhável que os blocos sejam fornecidos em "pallets", sendo os mesmos embalados com o auxílio de fitas metálicas ou plastificados; dessa maneira os "pallets" poderão ser transportados até o local de aplicação dos blocos, com considerável redução na mão-de-obra e nas perdas.

Figura 3 - Empilhamento de blocos

Qualquer que seja o sistema de transporte dos blocos, deve-se evitar que os mesmos sofram impactos que venham a provocar lascamentos, fissuras, quebras e outras condições prejudiciais.

O cimento, cal hidratada e os materiais pozolânicos fornecidos em sacos, devem ser armazenados em locais protegidos da ação das intempéries e da umidade do solo, devendo as pilhas ficarem afastadas de alvenarias ou do teto do depósito. Não se recomenda a formação de pilhas com mais de 15 sacos de cimento quando o período de armazenamento for de até 15 dias e com mais de 10 sacos quando o período de armazenamento for superior a 15 dias.

A estocagem da areia deve ser feita em local limpo, de fácil drenagem e sem possibilidade de contaminação por materiais estranhos que possam prejudicar sua qualidade.

c. Execução

c.1. Características técnicas das alvenarias

Considerando-se os casos mais comuns das alvenarias de vedação constituídas por blocos cerâmicos com larguras de 9 cm e de 14 cm, revestidas em ambas as faces com argamassa com 1,5 cm de espessura, são apresentadas na Tabela 2 a seguir, como orientação para o projeto, algumas propriedades dessas alvenarias (valores médios).

Largura do bloco

cerâmico (cm)

Características da parede revestida com argamassa

Largura (cm) Massa (Kg/m²)

Resistência térmica

(m² ºC/W)

Classe de transmissão sonora (1)

Resistência ao fogo (minutos)

Isol. Térmica Estabilidade

9 12 130 0,22 42 105 155

14 17 180 0,30 39 - -

(1) Indicador da resistência da alvenaria à transmissão dos sons em todas as faixas de freqüência de

interesse, obtido da comparação de curva de isolações da alvenaria com uma curva normalizada

Tabela 2 - Características técnicas das alvenarias de vedação com bloco cerâmico

A fim de se garantir um nível satisfatório de segurança contra ação de cargas laterais (por exemplo, cargas provenientes da ação do vento ou de impactos acidentais), as dimensões das alvenarias deverão ser limitadas tanto na direção do seu comprimento como na direção da sua altura. Essa limitação será imposta por elementos ditos contraventantes, sendo que os principais, são:

• Na direção do comprimento da alvenaria: pilares, enrijecedores e alvenarias transversais;

• Na direção da altura da alvenaria: vigas, lajes e cintas de amarração.

Em função da largura do bloco ou do tijolo e da localização da alvenaria no edifício (alvenarias internas ou alvenarias de fachada), recomenda-se que não sejam superados os valores indicados na Tabela 3.

LARGURA DO BLOCO

PAREDES INTERNAS

PAREDES DE FACHADAS

Altura máxima Comprimento Altura máxima Comprimento

(cm) (m) máximo (m) (m) máximo (m)

9 3.20 6.50 2.70 5.00

14 4.20 8.50 3.70 7.00

Tabela 3 - Dimensões máximas recomendadas para alvenarias de vedação, entre elementos contraventantes.

As alvenarias de blocos cerâmicos, a exemplo de qualquer outro tipo de alvenaria, são susceptíveis à fissuração em função da deflexão do suporte. Assim sendo, recomenda-se que as flechas, das vigas e lajes que suportam as alvenarias não ultrapassem a L/300 (L = vão teórico do componente estrutural devendo-se considerar no cálculo das flechas das vigas os efeitos da fissuração e da deformação lenta do concreto).

c.2. Juntas de controle

Considerando-se ainda que há um risco de fissuração das alvenarias muito extensas, em função de contrações ou dilatações provocadas por diversos fatores (retração da argamassa de assentamento, movimentações térmicas da alvenaria e da estrutura, etc.), os trechos contínuos de alvenarias devem ser limitados, principalmente no caso de alvenarias de fachada. Essa limitação será conseguida com a inserção de juntas de controle na alvenaria, recomendando-se que, em função da largura do bloco cerâmico, não sejam ultrapassadas entre as juntas de controle, as distâncias indicadas na Tabela 4.

LARGURA

do bloco

(cm)

DISTÂNCIA MÁXIMA ENTRE JUNTAS (M)

Parede sem aberturas

(parede cega)

Parede com vãos de portas

e/ou janelas

9 10.00 7.50

14 14.00 10.50

Tabela 4 - Distância máxima entre juntas de controle na alvenaria de blocos.

Sempre que existir junta de movimentação na estrutura deverá haver na alvenaria uma junta de controle correspondente, com mesma localização e mesma largura, independentemente do comprimento da alvenaria. Não havendo junta de movimentação, a junta de controle inserida na alvenaria deverá ser executada com largura de aproximadamente 20 mm.

Para assegurar-se a vinculação entre os trechos da alvenaria separados pela junta de controle, devem ser introduzidas nas juntas de assentamento, a cada duas fiadas, barras de aço com 5,0 mm de diâmetro, embutidas aproximadamente 40 cm em cada trecho da alvenaria; esses ferros deverão ter o formato de "S" (Figura 4), possibilitando as movimentações da junta.

A junta de controle poderá ser acabada com qualquer material ou componente flexível que absorva suas movimentações, sem que isso venha a prejudicar as propriedades da alvenaria no tocante à isolação termo- acústica e estanqueidade à água; nesse sentido poderão ser empregados diversos componentes como perfis de PVC, chapas corrugadas de cobre ou alumínio, gaxetas de neoprene, etc.

As juntas poderão ainda ser calafetadas com material deformável (cortiça, isopor, poliuretano expandido, etc.), recebendo externamente camada com altura de 10 a 15 mm de selante flexível à base de silicone ou poliuretano, conforme indicado na Figura 4.

Figura 4 - Junta de controle

As juntas de controle são necessárias nas situações em que o processo construtivo proporcionou a existência de panos contínuos, tal como mostrado, adiante, no item c.5.

c.3. Coordenação modular horizontal e vertical

A fim de evitar-se ao máximo a necessidade do corte de blocos, com racionalização no uso de materiais e de mão-de-obra, toda atenção deve ser dada ao projeto de arquitetura, buscando-se projetar os comprimentos e as alturas das alvenarias sempre com valores múltiplos, respectivamente, do comprimento e da altura do bloco a ser empregado na construção, considerando-se ainda a espessura da junta de argamassa. Dessa maneira, será constituído um reticulado modular, conforme indicado na Figura 5 a seguir, onde cada bloco apresentará sempre duas de suas faces tangenciando duas linhas desse reticulado.

Figura 5 - Reticulado modular

Nesse sentido, as dimensões dos blocos, padronizadas pelas normas brasileira NBR 15270-1 - “Componentes cerâmicos - Parte 1 - Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação - Terminologia e requisitos” e NBR 15270-2 – “Componentes cerâmicos - Parte 2: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural - Terminologia e requisitos” e indicado na Tabela 4 a seguir, foram estabelecidas para constituírem reticulados cujos lados sejam múltiplos de 10 cm, considerando-se que as juntas de argamassa de assentamento, tanto horizontais como verticais, devem apresentar espessura de 1 cm. Em se tratando de paredes internas, dispensa-se o preenchimento das juntas verticais, observando o cuidado de se manter próximas as faces verticais dos blocos.

Tipo

(L x H x C em cm)

Largura (L)

(mm)

Altura (H)

(mm)

Comprimento (C)

(mm)

10x20x20 90 190 190

10x20x25 90 190 240

10x20x30 90 190 290

10x20x40 90 190 390

12,5x20x20 115 190 190

12,5x20x25 115 190 240

12,5x20x30 115 190 290

12,5x20x40 115 190 390

15x20x20 140 190 190

15x20x25 140 190 240

15x20x30 140 190 290

15x20x40 140 190 390

20x20x20 190 190 190

20x20x25 190 190 240

20x20x30 190 190 290

20x20x40 190 190 390

10x10x20 90 90 190

10x15x20 90 140 190

10x15x25 90 140 240

12,5x15x25 115 140 240

Tabela 5 - Dimensões padronizadas dos blocos

O arquiteto, portanto, deverá indicar ao calculista de estrutura quais dimensões de vigas e pilares serão fixas e quais poderão sofrer variações, de modo que os vãos estruturais sejam compatíveis com a coordenação modular presente no projeto de arquitetura.

Nas extremidades das alvenarias, por exemplo no encontro com pilares ou com marcos de portas e janelas, o arquiteto poderá especificar a própria utilização de blocos cerâmicos (1/2 bloco) ou optar pelo emprego de tijolos maciços de barro cozido; ressalte-se que. as dimensões padronizadas dos tijolos maciços (comprimento – 190 mm, largura – 90 mm, altura – 57 mm) compatibilizam-se com a modulação dos blocos cerâmicos, conforme ilustrado na Figura 6.

Figura 6 - Arremates no canto da alvenaria com ½ bloco ou com tijolos

c.4. Coordenação modular com vãos de portas e janelas

O projeto de arquitetura deverá prever, também, a coordenação com os vãos destinados a portas e janelas, tanto no que se refere às dimensões externas dos marcos como do posicionamento do vão na alvenaria e da necessidade de juntas (folgas) entre a alvenaria e o marco.

Por exemplo, as portas de madeira, com dimensões padronizadas pela norma brasileira NBR 8052 - “Porta de madeira de edificação - Dimensões” apresentam as dimensões externas dos marcos compatíveis com a quadrícula modular estabelecida para os blocos cerâmicos, conforme indicado na Tabela 6 a seguir, prevendo-se uma folga de 1,5 cm entre os montantes e a alvenaria, e um espaço de 6,5 cm entre a travessa e a alvenaria, conforme indicado na Figura 7.

Folha de porta

Dimensões externas do

marco de porta

Dimensões internas

(livres) do vão

Altura (m) Largura (m) Altura (cm) Largura (cm) Altura (cm) Largura (cm)

2.11 0.62 213.5 67 220 70

2.11 0.72 213.5 77 220 80

2.11 0.82 213.5 87 220 90

2.11 0.92 213.5 97 220 100

2.01 0.62 203.5 67 210 70

Tabela 6 - Dimensões padronizadas de portas de madeira e dimensões do vão inserido na alvenaria

Figura 7- Coordenação do vão da porta no reticulado modular

(no exemplo, folha de porta com largura de 0,72m)

Para os caixilhos de ferro ou alumínio, cujas dimensões não se encontram padronizados por norma brasileira, verifica-se que suas dimensões comerciais geralmente são múltiplas de 10 cm.

No caso das alvenarias revestidas é necessário uma folga de 1,5 cm a 3,0 cm entre o marco do caixilho e a alvenaria, espaço este necessário para a fixação com chumbadores e para o revestimento do vão inserido na alvenaria, em todo o seu contorno interno, conforme indicado na Figura 8.

Em relação aos caixilhos de alumínio, deverão ter um contramarco chumbado à alvenaria, e posteriormente o caixilho parafusado no conjunto.

Figura 8 - Caixilho de ferro inserido no reticulado modular: folga f de 1,5 cm a 3,0 cm entre o marco do caixilho e a alvenaria

Considerando-se que os caixilhos de ferro e alumínio poderão sempre ser comprados por encomenda, recomenda-se que sejam especificadas para os mesmos, dimensões 3 cm inferiores às dimensões do vão modulado da alvenaria.

c.5. Posicionamento das alvenarias no reticulado horizontal

O projeto de arquitetura deverá ainda considerar as melhores opções para posicionamento das alvenarias (modulação horizontal), levando-se em conta as áreas dos cômodos, as dimensões dos componentes estruturais, as dimensões padronizadas de componentes para pisos e para forros, os tratamentos arquitetônicos das fachadas, etc. A título ilustrativo, serão analisados alguns casos de encontros entre alvenarias e pilares e encontros entre alvenarias, com suas respectivas implicações.

c.5.1. Encontros entre alvenarias e pilares

O posicionamento das alvenarias em relação aos pilares, quando estes forem mais largos que as alvenarias, deve-se levar em conta:

• Facilidade para posterior colocação do piso;

• Facilidade de limpeza do piso, durante a vida do edifício;

• Diminuição de reentrâncias e saliências provenientes da justaposição dos planos das alvenarias e dos pilares.

As ilustrações da Figura 9, a seguir, mostram as posições relativas entre pilares e alvenarias.

Caso 1

Caso 2

Caso 3

Caso 4

Figura 9 - Posições relativas entre alvenarias e pilares

Para o tratamento arquitetônico das fachadas, e mesmo para a colocação de componentes industrializados de pisos e forros, pode-se considerar:

• No caso 1, o eixo da alvenaria coincide com o eixo dos pilares consecutivos; em ambas as faces as superfícies são descontínuas, dificultando a colocação posterior dos componentes de pisos e de forro;

• No caso 2, as faces internas da alvenaria e dos pilares estão no mesmo alinhamento, o que facilita a colocação do revestimento do piso e do forro;

• O caso 3 é menos comum devido à dificuldade de construção da alvenaria, obtendo-se a variação na espessura da alvenaria pelo emprego de blocos de menor largura ou pela quebra de alguns blocos; assim como no caso 1, dificulta a execução dos pisos e do forro;

• O caso 4, no qual há o desvinculamento entre a alvenaria e os pilares, deve ser considerado quando a distância entre a face da alvenaria e as faces dos pilares for de tal dimensão que possa ter uma finalidade funcional; pequenas distâncias, além de dificultarem a colocação do piso e do forro, dificultarão a posterior limpeza do piso;

• Nos casos 1 e 2 deve-se tomar cuidado com a amarração entre os panos das alvenarias e os pilares (vide item g.1.), enquanto que nos casos 3 e 4 deve-se prever a inserção de juntas de controle, conforme analisado no item b.2.

De maneira geral a marcação do alinhamento das alvenarias, deve ser considerada desde a fase de projeto, visando o menor número de cantos entre alvenarias e pilares ou entre duas ou mais alvenarias.

A seguir são apresentadas duas soluções de alinhamentos de alvenarias e pilares (Figuras 10 e 11), resultando em menor ou em maior número de cantos.

Figura 10 - Alinhamento de alvenarias e pilares (solução mais recomendada)

Figura 11 - Alinhamento de alvenarias e pilares (solução menos recomendada)

d. Controle

d.1. Blocos cerâmicos

d.1.1. Critérios de inspeção

• Formação dos lotes

Cada caminhão será considerado um lote para efeito de inspeção.

A verificação das dimensões e da planeza das faces, deverá ser realizada pela inspeção de 24 blocos coletados aleatoriamente de cada caminhão, antes da descarga.

No uso de blocos estruturais, para verificação da resistência à compressão, cada partida deve ser dividida em lotes de até 3000 blocos retirando-se amostragem dupla de 13 blocos.

• Inspeção visual

A verificação de trincas, quebras, superfícies irregulares, deformações e não uniformidade de cor deverá ser realizada visualmente, no lote inteiro, durante o descarregamento das peças.

Inspeção de planeza das faces e desvio em relação ao esquadro

A planeza das faces deve ser verificada com uma régua metálica plana conforme a Figura 12, na amostra de 24 blocos. O desvio em relação ao esquadro deve ser verificado com esquadro metálico conforme a Figura 12.

• Dimensões

A determinação das dimensões deve ser efetuada dispondo 24 blocos em fila e medindo-se a dimensão em questão com uma trena metálica, conforme indicado na Figura 12. A dimensão média será a leitura da trena dividida por 24.

• Queima dos blocos

A queima pode ser verificada pelo teste do som gerado pelo choque de um objeto metálico pequeno contra os blocos. Um som forte e vibrante indica que a queima foi bem feita, enquanto que, um som abafado denota que os blocos não foram bem queimados. Havendo dúvidas quanto ao teste do som, pode-se verificar o cozimento, mergulhando alguns blocos num tambor d’água durante 4 horas. Após o período não pode ocorrer desmanche ou esfarelamento.

• Resistência à compressão

Os ensaios de resistência à compressão devem ser realizados por laboratório de controle tecnológico segundo a norma NBR 15270-1 – “Bloco cerâmico para alvenaria - Verificação da resistência à compressão”.

d.1.2. Critérios de aceitação

• Inspeção visual

Rejeitar os blocos que apresentarem defeitos visuais no ato da descarga, separando-os do restante do lote. Os blocos rejeitados deverão ser devolvidos ao fornecedor para reposição ou desconto no pagamento.

• Inspeção de planeza das faces e desvio em relação ao esquadro

Rejeitar o lote caso sejam encontrados 8 ou mais blocos defeituosos entre os 24 verificados. Encontrando- se até 4 peças defeituosas, aceitar o lote. Caso o número de unidades defeituosas seja superior a 4 e inferior a 8, repetir o ensaio em uma segunda amostra de 24 unidades. O lote será aceito se a soma do número de blocos defeituosos das duas amostras for igual ou inferior a 11. Por exemplo, se na primeira amostra registrou-se um índice de 7 peças defeituosas (duas com trincas, duas com desvio de esquadro acima do tolerado e três com paredes abaixo do tolerado), o lote só poderá ser aceito se na segunda amostra este número for igual ou inferior a 4 (seja em qualquer item de verificação).

Figura 12 – Verificações dos blocos

• Dimensões Quanto às dimensões nominais, o lote será aceito somente se o comprimento, largura e altura dos blocos

atenderem à especificação com uma tolerância de 3 mm (3 mm para mais ou para menos).

• Queima dos blocos

Se for constatado que os blocos estão mal queimados (teste do som ou tambor d’água), o lote deve ser rejeitado.

• Resistência à compressão

Os critérios de aceitação estão descritos nas NBR 15270-1 e NBR 15270-2 e a aceitação ou rejeição do lote deve ser informada pelo laboratório contratado.

d.2. Blocos de concreto, com ou sem função estrutural

d.2.1. Critérios de inspeção

• Formação dos lotes

No caso de blocos de vedação, cada caminhão entregue na obra será considerado um lote para efeito de inspeção. A verificação das características visuais deverá ser realizada inspecionando-se 20 blocos coletados aleatoriamente de cada caminhão. As análises dimensionais deverão ser realizadas numa amostra de 10 blocos coletados nas mesmas condições. Já no caso blocos estruturais, a retirada de amostras deverá ser efetuada por laboratório contratado de acordo com a norma NBR 6136 – “Bloco vazado de concreto simples para alvenaria - Requisitos”.

• Inspeção visual

Para blocos de vedação, a verificação de trincas, fraturas, superfícies e arestas irregulares, deformações e falta de homogeneidade deverá ser realizada visualmente, inspecionando-se a amostra de 20 unidades

recolhida das peças já descarregadas do caminhão. No caso de blocos que não receberão revestimento, a inspeção também deverá contemplar a presença de pequenas lascas ou imperfeições na face que ficará exposta.

Figura 13 - Dimensões

• Dimensões A determinação das dimensões (comprimento, largura e altura) deve ser realizada dispondo os 10 blocos em fila e medindo-se a dimensão em questão com uma trena metálica, conforme indicado na Figura 13. A dimensão média será a leitura da trena dividida por dez.

A espessura da parede do bloco deve ser determinada em cada unidade, medindo-se um ponto com régua metálica. O ponto onde se realizará a medição deve ser escolhido visualmente na região em que a parede se apresentar mais estreita.

• Considerações gerais

Para os blocos estruturais, o laboratório contratado deve realizar a inspeção visual, verificação de dimensões, resistência à compressão, retração por secagem e absorção, massa específica, área líquida e umidade, conforme a NBR 6136.

d.2.2. Critérios de aceitação

• Inspeção visual

O lote será aceito se a inspeção visual na amostra de 20 unidades resultar em, no máximo, duas peças defeituosas. Se a primeira amostra for rejeitada, coletam-se mais 20 peças para análise, aceitando-se o lote se o número total de blocos defeituosos nas duas amostras somadas for menor ou igual a 6 (seis) unidades. Caso a segunda amostra também se apresente imprópria, rejeitar o fornecimento em sua totalidade ou realizar a inspeção em 100% do lote, separando os blocos considerados defeituosos.

Para blocos aparentes, é preciso ainda verificar a presença de lascas ou pequenas imperfeições na

superfície a ser exposta e adotando-se os mesmos critérios.

Para blocos estruturais, os critérios de aceitação e rejeição do lote devem ser os mesmos definidos na norma NBR 6136, sendo de responsabilidade do laboratório contratado informar a obra quanto aos resultados obtidos.

• Dimensões

O lote será aceito somente se o comprimento, largura e altura dos dez blocos inspecionados estiverem de acordo com suas dimensões nominais, admitindo-se uma tolerância de 3 mm para mais e 2 mm para menos (+ 3 mm / - 2 mm).

Quanto à espessura das paredes dos blocos, o lote será aceito caso a inspeção na amostra de dez unidades encontre, no máximo, uma unidade defeituosa, considerando a espessura mínima de 15 mm e uma tolerância de 3 mm para mais e 2 mm para menos (+ 3 mm / - 2 mm).

Para blocos estruturais, os critérios de aceitação e rejeição do lote devem ser os mesmos definidos na norma NBR 6136, sendo de responsabilidade do laboratório contratado informar a obra quanto aos resultados obtidos.

e. Impermeabilização da base das alvenarias

As alvenarias do pavimento térreo, em contato com a fundação, devem ter sua base impermeabilizada mediante aplicação de argamassa impermeável e pintura com emulsão asfáltica.

Recomenda-se para a argamassa o traço 1:3 (cimento e areia, em volume), dosada com um impermeabilizante, em base química compatível, sendo este impermeabilizante previamente dissolvido na água de amassamento da argamassa: o consumo de impermeabilizante deve ser indicado pelo FABRICANTE, adotando-se em geral, a seguinte dosagem:

• 1 lata de cimento (18 litros);

• 3 latas de areia (54 litros);

• 1,0 kg de impermeabilizante.

Antes da aplicação da argamassa impermeabilizante, molham-se o respaldo e as laterais da fundação para remover a poeira. Deve-se evitar interrupções na execução da impermeabilização, de maneira a evitar-se qualquer descontinuidade que poderá comprometer seu funcionamento. Quando não for possível tal procedimento a camada de argamassa deve ser interrompida em chanfro de 45º, retomando-se sua execução após pintura prévia da superfície com nata de cimento, para garantir perfeita aderência.

A espessura da argamassa deve ser de 1,0 a 1,5 cm, e deve-se tomar o cuidado de efetuarem-se dobras para cobrir as laterais da fundação, com cerca de 10 cm de largura, conforme ilustrado na Figura 14.

A camada de argamassa deve ser apenas desempenada para que sua superfície fique semi-áspera; após sua secagem, aplica-se então duas ou três demãos da emulsão asfáltica, iniciando-se após aproximadamente 24 horas, a construção da alvenaria propriamente dita.

Figura 14 – Impermeabilização na base de baldrame

f. Execução de alvenarias

f.1. Locação

Constatada a correta locação dos componentes da estrutura em relação ao disposto no projeto, inicia-se a locação propriamente dita das alvenarias.

Essa locação, baseada no projeto executivo de arquitetura, é feita em função da posição dos pilares e vigas, marcando-se os eixos dos pilares e/ou procedendo-se à projeção vertical dos eixos das vigas superiores na laje de piso com o auxílio de uma régua e do fio-de-prumo, a partir daí são demarcadas na laje, com lápis ou giz de cera, as faces da alvenaria (sem revestimento) ou então já são assentados alguns blocos que delimitarão posições das alvenarias conforme representado na Figura 15.

Figura 15 - Locação das alvenarias através dos eixos dos pilares e/ou da “projeção” das vigas

Na locação deverão ser levadas em conta a posição das alvenarias em relação aos pilares e vigas (eixos coincidentes, faces coincidentes, etc.), as espessuras dos revestimentos e as posições dos vãos de portas e janelas. Todos os distanciamentos entre alvenarias, comprimentos de alvenarias e posicionamento dos vãos deverão ser conferidos.

Cuidados especiais deverão ser tomados no assentamento desses blocos, conforme indicações do item g.2.

No tocante à perpendicularidade entre alvenarias, esta deve ser estabelecida com o auxílio de esquadro de obra (lados com dimensões de aproximadamente 50 cm), conforme ilustrado na Figura 16.

Figura 16 - Perpendicularidade entre as alvenarias, com auxílio de esquadro

A perpendicularidade poderá ainda ser estabelecida com o auxílio de duas linhas, conforme ilustrado na Figura 19, mediante os seguintes procedimentos:

• No ponto de cruzamento das duas alvenarias fixa-se uma das linhas (ponto A no desenho) e, a 60 cm deste ponto, fixa-se a outra linha (ponto B no desenho);

• Com duas linhas esticadas, marca-se o ponto C na primeira linha (a 80 cm de A) e o ponto D na segunda linha (a 100 cm de B);

• Movimentam-se as duas linhas esticadas até que as duas marcas se encontrem (pontas C e D coincidindo) obtendo-se então um ângulo de 90º conforme indica a Figura 17.

Figura 17 - Obtenção da perpendicularidade entre alvenarias com o auxílio de duas linhas

f.2. Assentamento da primeira fiada de blocos

Após a locação procede-se ao assentamento da primeira fiada de cada uma das alvenarias.

Além das recomendações estabelecidas no item anterior (comprimento das alvenarias, distanciamentos, perpendicularidade, etc.), deve-se tomar todo o cuidado no nivelamento da 1ª fiada, da qual dependerá a qualidade e facilidade da elevação da alvenaria propriamente dita; vale lembrar que as lajes normalmente apresentam desnivelamentos e embarrigamentos que, se não forem compensados logo na primeira fiada, comprometerão toda a execução da alvenaria, com acentuado desperdício de material e de mão-de-obra.

Assim sendo, devem-se nivelar previamente as primeiras fiadas de blocos, utilizando-se régua e nível de bolha, ou então partindo-se de pontos de nível demarcados nos pilares na ocasião da execução da estrutura, através de aparelho a laser. Este aparelho permite a rápida e precisa verificação de nível e prumo, através da geração de um plano horizontal ou vertical de referência, constituído pela projeção de um laser e captado por um sensor eletrônico (Figura 18).

Figura 18 - Nivelamento a laser

A partir dos pontos de referência determina-se, com o auxílio de trena, o nível da 1ª fiada, assentando-se os blocos das extremidades das alvenarias; em seguida, com o auxílio de uma linha esticada preenche-se toda a fiada, conforme Figura 19, corrigindo-se as irregularidades e os eventuais desnivelamentos presentes na laje.

Figura 19 - Assentamento da 1ª fiada

f.3. Levantamento das alvenarias

As etapas para a elevação de uma alvenaria onde os elementos estruturais (lajes, vigas e pilares) estão construídos, são apresentadas a seguir:

• Inicia-se a construção pelas extremidades, isto é, nas junções com alvenarias principais e/ou pilares, estando a primeira fiada de cada uma das alvenarias assentadas de acordo com o item precedente;

• Assentam-se os blocos de maneira escalonada, aprumados e nivelados com os da primeira fiada; para a marcação das linhas das fiadas, que garantirão o alinhamento dos blocos será indispensável a utilização do escantilhão (peça metálica ou de madeira com graduação em centímetro), conforme ilustrado na Figura 20, tomando-se como referência a primeira fiada assentada;

• As linhas guias das fiadas são amarradas em blocos ainda não assentados, conforme Figura 21 ou então, são amarradas em pregos cravados na junta, ou ainda no próprio escantilhão.

Figura 20 – Marcação das fiadas com escantilhão

Figura 21 - Linha amarrada num bloco superior (não assentado), sendo esticada para o nivelamento da fiada

Figura 22 – Aplicação de manta sobre rodapé / alvenaria

Em áreas molhadas, onde posteriormente será aplicada impermeabilização através de sistemas de mantas, deverá ser o pé da alvenaria rebaixado como forma de melhor acomodar os trespasses verticais das mantas. Uma sugestão é se utilizar nas duas primeiras fiadas blocos de menor largura, criando a reentrância desejada. Pode-se observar na Figura 22 um detalhe desta proposta;

• Os blocos a serem assentados, caso estejam muito ressecados, devem ser umedecidos, mas não encharcados;

• A argamassa de assentamento deve ser estendida sobre a superfície horizontal da fiada anterior e na face lateral do bloco a ser assentado (quando for o caso) em quantidade suficiente para que nenhuma porção seja expelida quando aplicado pressão no bloco para o seu correto assentamento, observando-se a espessura prevista para a junta; as correções dos blocos (nível e prumo) só poderão ser efetuadas antes do início da pega da argamassa, ou seja, logo após o assentamento do bloco. Será indispensável a utilização de gabaritos norteadores de correto preenchimento de argamassa na face superior da fiada dos blocos, que padronizam e uniformizam as espessuras, evitando o desperdício, conforme demonstram as Figuras 23 e 24;

Figura 23 – Vista em planta do gabarito p/ Figura 24 – Vista lateral do gabarito,

assentamento de argamassa sobre bloco

• A cada fiada devem ser verificados o alinhamento, nivelamento e o prumo da alvenaria; o nivelamento

da fiada pode ser verificado com régua e nível de bolha, conforme ilustrado na Figura 25, salientando- se a importância dessa verificação na fiada que ficará imediatamente abaixo dos vãos de janela;

Figura 25 – Nivelamento da fiada com nível de bolha

• A verificação do prumo deve ser efetuada em três ou quatro posições ao longo da alvenaria, sendo que, nos casos de fachadas recomenda-se que a verificação seja efetuada na face externa da alvenaria, conforme indicado na Figura 26; o prumo deverá ser verificado ainda, com o máximo cuidado, nas laterais (ombreiras) dos vãos de portas e janelas;

Figura 26 – Verificação do prumo da alvenaria

• Na verificação do prumo deve-se lembrar que o fato de estarem encostados na alvenaria, tanto a

peça de madeira como o cilindro metálico, não significa que a alvenaria esteja obrigatoriamente aprumada, ou seja, esta hipótese só será verdadeira no caso de que um pequeno afastamento da peça de madeira (cerca de 1 mm) provoque também um pequeno afastamento do cilindro; na Figura 27 estão ilustradas as situações possíveis do fio de prumo em relação à alvenaria.

(a) alvenaria em prumo duvidoso; (b) alvenaria aprumada; (c) e (d) alvenaria fora de prumo

Figura 27 – Detalhe da verificação do prumo

f.4. Encunhamento das alvenarias

As alvenarias serão encunhadas (Figura 28) nos encontros com as faces inferiores de lajes e/ou vigas, utilizando-se argamassa convencional provida de aditivos expansores. Para tanto deverá ser deixada folga entre alvenaria e o fundo da viga ou laje, de no máximo 2,5 cm. Não serão aceitos encunhamentos com tijolos maciços ou qualquer outro tipo de bloco.

Figura 28 – Encunhamento da alvenaria

A fim de evitar-se a transferência de carga para as alvenarias de vedação durante a execução da obra, o encunhamento das alvenarias será iniciado após estarem concluídas as alvenarias de pelo menos 3 andares subseqüentes. No caso de construções térreas, deve ser observado, um intervalo de no mínimo 7 dias.

Sempre que houver suspeita sobre a rigidez do componente estrutural localizado no topo da alvenaria, a fim de evitar-se a transferência de carga para a alvenaria por efeito da deflexão da laje ou da viga ao longo do tempo, recomenda-se evitar o encunhamento representado na Figura 28. Nesse caso, deve-se introduzir entre a alvenaria e a face inferior da viga ou da laje uma tira de material flexível (cortiça, madeira aglomerada, papelão betumado, etc.), vinculando-se a alvenaria ao componente estrutural através de ferros previamente chumbados, conforme representado na Figura 29.

Figura 29 – Encontro de alvenaria com laje ou viga deformável

g. Detalhes construtivos

g.1. Ligação entre alvenaria e pilar

A ligação da alvenaria com os pilares é feita normalmente com a introdução de argamassa entre o bloco e o pilar, devendo a face do pilar ser previamente chapiscada.

Além do chapisco, a ligação será feita através de barras de aço previamente chumbadas no pilar, conforme indicado na Figura 30. Estas barras, com diâmetro de 3,8 mm ou 5,0 mm, deverão ser dispostas a cada duas fiadas de blocos e deverão avançar para o interior da alvenaria aproximadamente 40 cm.

Figura 30 – Ligação da alvenaria com o pilar através de barras de aço “cabelos”

g.2. Ligação entre alvenarias

As ligações entre alvenarias geralmente são feitas com os blocos assentados com juntas em amarração; nos cantos entre duas alvenarias perpendiculares esta ligação ajusta-se perfeitamente à coordenação modular, desde que o comprimento do bloco seja o dobro de sua largura, conforme representado na Figura 31.

Figura 31 – Assentamento dos blocos no canto constituído por duas alvenarias

Quando isto não ocorrer, por exemplo quando forem empregados blocos com comprimento de 19 cm e largura de 14 cm, os cantos deverão ser erguidos normalmente, podendo-se fazer o acerto das fiadas que não obedecem ao reticulado modular com o emprego de tijolos maciços, conforme ilustrado na Figura 32.

Figura 32 – Canto de alvenarias com blocos de 19x14 cm e acerto do reticulado modular com tijolos maciços

Também quando ocorrerem cruzamentos entre alvenarias em “T” ou em cruz haverá uma defasagem de juntas em relação ao reticulado modular, podendo-se acertar as fiadas com tijolos maciços como no caso anterior. Em qualquer circunstância, contudo, as juntas deverão ser defasadas (em amarração), conforme ilustrado na Figura 33.

Figura 33 – Ligação “T” entre duas alvenarias, com juntas em amarração

Para projetos onde as alvenarias apresentem comprimentos modulados nas duas direções, e caso não se deseje quebrar a modulação das juntas, existe a possibilidade de que todos os encontros entre alvenarias (canto, “T” ou cruz) sejam executados com juntas aprumadas, isto é, não haverá amarração entre os blocos no cruzamento. Nesse caso, a ligação entre as alvenarias deverá ser efetuada através de barras de aço com diâmetro de 5,0 mm, introduzidas na argamassa de assentamento dos blocos a cada duas fiadas; o comprimento dessas barras, medido a partir da face da alvenaria, deve ser de aproximadamente 40 cm.

g.3. Execução de vergas e contra-vergas

Embaixo das aberturas de todas as janelas, será construída uma viga de concreto armado (contra-verga), que impedirá o surgimento de trincas a 45°. Na elaboração do projeto arquitetônico, deverão ser evitadas as situações em que a face superior da janela, fique distante da viga estrutural, tornando necessária a execução de uma verga. Nos casos em que isto ocorrer, será executada a verga, conforme Figura 34.

Figura 34 – Verga e contra - verga de concreto armado

As vergas e contra - vergas serão pré - fabricadas e assentadas durante a execução da alvenaria. As peças terão 10 cm de altura e sua largura irá variar de acordo com a largura do tijolo utilizado (10, 15 ou 20 cm). O comprimento será o tamanho da janela, acrescido de 60 cm (30 cm para cada lado). Para compor a diferença entre a altura da verga e a do bloco, será executado um complemento com tijolos maciços, acima da verga e abaixo da contra-verga (Figura 36), evitando-se a perda de material com o corte de blocos.

A Figura 35 apresenta o detalhamento da armação das vergas e contra - vergas de concreto armado. As vergas sobre portas seguirão o mesmo procedimento descrito para as janelas, devendo-se alertar para a necessidade de execução do complemento com tijolos maciços. Seu comprimento será o tamanho do vão da porta acrescido de 30 cm (15 cm para cada lado) conforme Figura 38. Para vãos superiores a 2 metros, as vergas deverão ser dimensionadas pelo calculista.

Figura 35 – Detalhe da seção transversal da verga em concreto armado

Figura 36 – Verga sobre porta

g.4. Embutimento de tubulações

As tubulações para instalação hidráulica, elétrica e outras, serão embutidas após a execução da alvenaria. Os rasgos serão feitos com a utilização de serra manual elétrica, evitando-se a quebra dos tijolos, em dimensões superiores às necessárias. As tubulações horizontais deverão ser posicionadas aproveitando os furos dos blocos. Os blocos nos quais serão fixados as caixinhas de elétrica, deverão ser cortados com uma serra de bancada, em uma central de produção.

O embutimento dos tubos será feito envelopando - os com tela galvanizada, procedendo-se então, seu revestimento com argamassa.

Poderá também ser utilizado o sistema de “shafts“, com o emprego de placas de gesso. A utilização de um ou outro procedimento, será definido em projeto.

7.4. DIVISÓRIAS

7.4.1. Objetivo

Apresentar, de maneira detalhada, todas as etapas necessárias para execução da divisória, desde a locação até o assentamento.

7.4.2. Execução

Entende-se por divisórias, um sistema modulado de perfis e painéis montados por simples processo de encaixe ou fixação.

a. Painéis Dry wall

Os fechamentos e paredes em drywall serão constituídos por conjunto estruturado em perfis metálicos zincados, revestido, em ambas as faces por duas chapas de gesso acartonado e preenchido por feltro em lã de vidro.

As placas de gesso deverão ser lisas, com dimensões não inferiores a 120x180 cm, ref. Standard (ST) da Knauf, com espessura de 12,5 mm, conforme NBR 14715-1/10 e NBR 14715-2/10.

A estrutura deverá ser em perfis conformados a frio, em chapas de aço com espessura mínima de 0,5 mm, revestidos com zinco pelo processo de imersão a quente, composto por 275 g/m² de zinco, na soma das duas faces, conforme a norma NBR 15217.

O preenchimento será em feltro de lã de vidro, espessura mínima de 75 mm, revestido por papel kraft ou véu de vidro, condutividade térmica aproximada de 0,042 W/m°C e performace acústica de 54 RW, quando combinada à estrutura dupla de placas de gesso, em rolos de 12,5 x 1,2 m (15 m²), referência WallFelt 75 da

Isover ou similar.

Deverão ser utilizados parafusos com comprimentos compatíveis às diversas fixações. Não serão permitidos parafusos inferiores a 35 mm para fixação entre chapas de gesso duplas e perfis.

Para o arremate de juntas e quinas deverá ser utilizada fita de papel microperfurado, com largura não inferior a 50 mm, e massa de rejuntamento Fastfix ou Readfix-BR da Knauf ou similar, conforme NBR 15758-1/09. Para as quinas a fita utilizada deverá ser reforçada em lâminas de alumínio, para a proteção contra impactos leves.

Para o isolamento acústico entre ambientes, deverá ser aplicada fita de isolamento, à base de resina auto-adesiva, largura de 70 mm, em todo o perímetro do drywall, ref. Knauf ou similar, capaz de aumentar em até 4 dB o desempenho acústico do fechamento.

Deverá ser procedida a marcação das guias e vãos de porta antes do inicio da instalação. Em seguida deverá ser aplicada a fita de isolamento e após, as guias. Para fixação no piso e na laje de foro serão utilizadas guias com largura de 70 mm, fixadas ao substrato a cada metro, no máximo.

Em virtude da movimentação da estrutura de concreto que constitui a edificação, os fechamentos em drywall deverão ser executados com sistema de telescópio no topo, conforme figura abaixo, possibilitando a movimentação da laje sem prejuízos o fechamento em gesso.

Sistema de telescópio para Drywall

Junto às aberturas, como portas, deverá ser efetuada fixação adicional, independente do parafuso mais próximo.

Os montantes deverão possuir largura de 70 mm e serão encaixados às guias do teto e do piso. Estes perfis deverão ser montados de forma a respeitar o afastamento máximo de 60 cm entre cada montante adjacente.

No entorno de portas, visores e aberturas em geral, deverão ser instalados montantes duplos, formados por dois perfis de 70 mm encaixados, tipo caixão, assim como no limite dos cômodos, junto às esquadrias.

A lã de vidro deverá ser aplicada após a instalação das chapas de gesso em uma das faces do drywall e só então poderá ser efetuada a fixação das demais chapas.

Toda a instalação deverá ser rigorosamente conforme descrito no manual da fabricante dos materiais.

Deverão ser executadas juntas de movimentação do drywall a cada 70 m², sendo que a distância entre juntas não poderá exceder 15 m.

Para a fixação de marcos de portas deverá ser aplicada espuma de poliuretano expansível, ref. Basf, Siltrade ou similar, em no mínimo 11 (onze) pontos, sendo 4 (quatro) em cada lateral do marco e os demais na peça horizontal de topo.

Para a fixação de equipamentos suspensos no drywall, deverão ser instalados reforços em chapa metálica, fixados diretamente à estrutura metálica deste, conforme recomendações do fabricante. Nos demais casos, como instalações elétricas em geral, deverão ser previstos e instalados reforços compatíveis com o esforço aplicado, conforme figura abaixo:

Tabela de Cargas e reforços

b. Painéis fixos

Sistema constituído de painéis de pedra natural, podendo ser de mármore, ardósia ou granito, conforme detalhes de projeto. A fixação dos painéis à alvenaria será feita com massa plástica e 3 (três) cantoneiras metálicas, parafusadas (Figura 53). Os painéis terão suas arestas visíveis, arredondadas e faces planas polidas. A ligação entre placas, será feita também com massa plástica e cantoneiras metálicas (Figura 54). As cantoneiras metálicas e demais complementos são apresentados na Figura 55. A divisória só será chumbada no piso.

Figura 53 - Fixação de painel a alvenaria

Figura 54 - Ligação entre placas

Figura 55 – Ferragens em latão cromado para fixação de divisórias de pedra

c. Divisória Anti-chama

Onde estiver indicado em projeto e seguindo as recomendações do FABRICANTE, deverão ser instaladas divisórias anti-chama que além da alta resistência ao fogo contêm retardantes de chama em sua fórmula, sendo indicadas principalmente para uso em áreas especiais como saídas de emergência e escadas enclausuradas.

8. COBERTURAS E FORROS

8.1. OBJETIVO

Este item do Caderno de Encargos da CONTRATANTE tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para execução dos serviços relativos ao engradamento (estrutura), coberturas e forros.

8.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA

Para melhor orientação, consultar as seguintes normas.

– BARBOSA, L.M.: Santos Junior, N.A. dos, A Botânica no Brasil: pesquisa, ensino e políticas públicas ambientais – São Paulo, Sociedade Botânica do Brasil, 2007.

– COSTA, Ennio Cruz da, Arquitetura Ecológica: Condicionamento Térmico Natural. Ed. Edgard Blücher Ltda., 1982.

– LEGGETT, Jeremy. Aquecimento Global – Relatório do Greenpeace. Ed. FGV, 1987.

– REVISTAS, Pini. Telhados verdes. Revista Téchne, edição 148 - 2009. Disponível em: http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/148/artigo144157-1.asp [acesso em 13 de setembro de 2011].

– BEYER, Prof. Paulo Otto - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Disponível em: www.ecotelhado.com.br/InformacoesInterna/Desempenho%20termico.pdf [acesso em 13 de setembro de 2011].

– CAPELLO, Giuliana. Telhados verdes. Revista Minha Casa, Ed. Abril. Disponível em: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/casa/telhado-ecologico-planeta-nao-caro-minhacasa- 615171.shtml [acesso em 25 de setembro de 2011].

– ECOTELHADO. Porto Alegre - RS - Disponível em: http://www.ecotelhado.com.br [acesso em 20 de agosto de 2011].

– CONSTRUMETAL. Certificação LEED – Congresso Latino-Americano da Construção Metálica - São Paulo – 31 de agosto a 2 de Setembro de 2010. Disponível em: http://www.construmetal.com.br/2010/downloads/contribuicoes-tecnicas/22-a-aplicacao-da-ferramenta- de-certificacao-leed-para-avaliacao-de-edificios-sustentaveis-no-brasil.pdf. [acesso em 13 de setembro de 2011].

– NBR 5723 – Forro modular horizontal de acabamento – Placas, chapas ou similares – Procedimento;

– NBR 12775 – Placas lisas de gesso para forro – determinação das dimensões e propriedades físicas – método de ensaio;

8.3. COBERTURA VERDE

8.3.1. Definições

Entende-se por cobertura verde a cobertura de edificações com vegetação, requerendo sistema preparado para receber as plantas.

8.3.1.1 Cobertura verde:

A cobertura verde, também chamado de telhado verde, cobertura vegetal ou jardim suspenso, é um sistema construtivo caracterizado por uma cobertura vegetal feita com grama ou plantas. É instalado em lajes ou até mesmo sobre telhados convencionais e consiste em camadas de impermeabilização e de drenagem, as quais recebem o solo e a vegetação indicada para o projeto. Além do benefício estético, os telhados verdes funcionam como isolantes térmicos nas coberturas das edificações.

Para as cidades, são uma forma de área vegetada que, em larga escala, contribui para melhorar a qualidade do ar e minimizar o efeito das ilhas de calor. No Brasil, o sistema ainda é pouco utilizado e não tem normatização. Algumas cidades e Estados, como Porto Alegre, Santa Catarina e Guarulhos (SP), têm leis e/ou instruções que incentivam a implementação das coberturas verdes em edificações públicas e privadas.

8.3.1.1.1. Tipos:

Segundo a International Green Roof Association (Igra), as coberturas verdes podem ser de três tipos:

extensivo: tem configuração de um jardim, com plantas rasteiras de pequeno porte. A altura da estrutura, descontada a vegetação, vai de 6 cm a 20cm. O peso do conjunto fica entre 60 kg/m² e150 kg/m²;

intensivo: comporta plantas de nível médio a grande em uma estrutura de 15cm a 40cm. A carga prevista varia entre 180 kg/m² e 500 kg/m²;

semi-intensivo: Esse tipo intermediário tem vegetação de porte médio plantadas num sistema de12cm a 25cm. Pode exercer uma carga de 120 kg/m² a 200 kg/m².

8.3.1.1.2. Benefícios gerais:

A cobertura verde oferece, dentre outros, os seguintes benefícios:

Melhora as condições térmicas e acústicas da edificação, tanto no inverno como no verão. Estudos de bioclimatismo indicam que é possível melhorar cerca de 30% as condições térmicas no interior do imóvel, apenas com o uso de vegetação no entorno ou na superfície das edificações. Com isso, se dispensa ou minimiza o uso de sistemas de ar condicionado ou climatização artificiais;

Contribui para a manutenção da umidade relativa do ar no entorno da edificação e para formação de microclima, purificando o oxigênio e melhorando a qualidade de vida de moradores e ocupantes do imóvel e vizinhança;

Contribui para formação de um mini-ecossistema, com uso plantas diferentes, tornando-se atraente para borboletas, joaninhas e pássaros;

Contribui no combate às chamadas ‘ilhas de calor’, formadas nos centros urbanos pela presença excessiva de estruturas de concreto;

Contribui no combate ao aquecimento global, aumentando a área verde disponível na edificação e o conseqüente seqüestro de carbono pela vegetação;

Para o Poder Público, o uso de telhados verdes é uma excelente estratégia para o combate às

enchentes em centros urbanos, onde o solo é asfaltado e impermeabilizado. Coberturas vegetadas aumentam o tempo de detenção das chuvas, reduzem a velocidade da água, que escoam mais lentamente, e também seu impacto geral;

Coberturas verdes são um excelente atrativo para pontos comerciais e residências, tornando-os mais vistosos;

Coberturas verdes trazem mais harmonia, bem-estar e beleza para os moradores e/ou ocupantes da edificação;

8.3.1.1.3. Componentes:

Independentemente do tipo, os sistemas empregados em coberturas verdes podem variar bastante.

Em uma aplicação típica, a montagem de um telhado verde pode ser feita diretamente sobre uma laje, aplicando-se todas as camadas nessa seqüência:

camada impermeabilizante: normalmente feita com mantas sintéticas, ela protege a laje contra infiltrações;

camada drenante: serve para drenar a água e também como filtro. Pode ser feita de brita, seixos, argila expandida ou com mantas drenantes de poliestireno;

camada filtrante: serve para reter partículas e pode ser feita com um geotêxtil;

membrana de proteção contra raízes: serve para controlar o crescimento de raízes da vegetação;- solo e vegetação.

Existem sistemas modulares em que os módulos já vêm prontos com a vegetação e, ainda, sistemas que empregam pisos elevados que armazenam a água das chuvas para posterior irrigação da vegetação.

8.3.1.1.4. Execução:

As coberturas verdes exigem a instalação do sistema em uma cobertura impermeabilizada, e a estrutura da edificação deve suportar o sistema dimensionado para ela. Normalmente, o ângulo de inclinação da cobertura é baixo ou nulo - esse fator determina a forma de drenagem ou a necessidade de barreiras para conter o fluxo de água. Após o preparo da cobertura e a instalação das camadas do sistema, deve-se aplicar a terra e plantar as espécies vegetais adequadas.

8.3.1.1.5. Impermeabilização:

Uma das principais dúvidas sobre coberturas verdes é sua influência na impermeabilização da laje ou em eventuais infiltrações na mesma. Na verdade, o telhado verde serve como um escudo, protegendo do calor e da incidência direta dos raios solares, que causam movimentação na laje, causando trincas e fissuras por onde penetram a água e a umidade. O telhado verde forma uma barreira de cerca de 15cm sobre a cobertura, não permitindo o contato direto com o sol. Além disso, pela rápida drenagem do sistema, o telhado verde não permite o acúmulo de água na superfície, que, em caso de chuva, é conduzida rapidamente para os condutores.

8.3.1.1.6. Vegetação e manutenção:

Plantas locais, mais resistentes e que exijam pouca rega e poda, podem facilitar a manutenção. No geral, coberturas verdes extensivas usam grama por conta da durabilidade. Normalmente a manutenção do telhado verde pode ser feita uma ou duas vezes por ano, dependendo do sistema aplicado. Os telhados verdes intensivos requerem maior manutenção.

8.3.1.1.6.1. Plantas para telhado verde:

As plantas para telhado verde devem atender as seguintes características:

Resistência a excesso ou falta de água;

Resistência a variações de temperatura;

Baixa manutenção;

Devem aceitar variação de insolação (luz direta, sombra, meia-sombra)

:

As plantas mais indicadas para uso em telhados verdes são as suculentas, utilizadas em geral para fins ornamentais. Contudo, há algumas ervas condimentares, chás e plantas aromáticas, que também podem ser usadas em telhados verdes.

Um dos principais diferenciais do sistema de cobertura verde é o substrato, “terra” fundamental para nutrição e enraizamento das plantas. O substrato deve ser leve, balanceado e aerado, com todos os nutrientes que as plantas escolhidas necessitam, e que permite excelente drenagem durante períodos de chuva.

Este substrato é fundamental para uma menor necessidade de manutenção das plantas e para uma boa drenagem, evitando encharcamento, presença de fungos e sobrepeso na cobertura, o que resulta em economia no processo de instalação.

8.3.2. TIPOS DE SISTEMAS

8.3.2.1 Sistema Laminar

O sistema Laminar tem a característica de utilizar uma lamina d’água em um piso elevado, formando um eco-dreno, essa cisterna armazena até 200 L/m², pode ser utilizado em terraços ou lajes plana.

O peso do sistema Laminar é de 250 kg/m², varia de acordo com a vegetação.

É ideal para regiões de seca pela quantidade de água que retém. Nele pode-se usar grande variedade de coberturas verdes e pequenos arbustos. Esse sistema permite fazer a purificação de água cinza, podendo posteriormente reutilizar esta água.

O esquema acima mostra o reuso da água cinza, onde a água do chuveiro e pias é filtrada num reservatório, bombeadas até o telhado para regar, e ocorre uma nova filtragem, escoando para o sistema laminar onde é redirecionado para as descargas.

8.3.2.1.1. Execução da Cobertura Verde Laminar:

Elevar os drenos da laje a uma altura de cerca de 18cm acima da laje;

Testar estanqueidade da laje e nível da lâmina d’água;

Revestir fundo da laje com geotêxtil para aderência dos módulos;

Encaixar módulos de drenos em toda a laje;

Deixar visitas em torno dos drenos, omitindo a colocação de módulos nos locais;

Acabamento dos poços de visita pode ser feito com cimento e ou tubo de PVC de 20 com tampa;

Encher os módulos com cinasita;

Colocar geotêxtil para retenção de material fino do substrato;

Colocar substrato na quantidade adequada para as plantas escolhidas. (4 cm);

Plantar de acordo com projeto paisagístico.

8.3.2.2. Sistema Modular

É um sistema que tem patente de telhado verde, é composto por módulos já vegetados que são colocados lado a lado sobre uma membrana antiraízes e outra para retenção de nutrientes. Este método é de rápida instalação.

O sistema modular pesa 50 kg/m² e pode ser colocado em qualquer tipo de telhado ou laje. Necessita de plantas adaptadas a solos rasos, resistentes a estiagem, de baixa manutenção como Seduns e Suculentas.

8.3.2.3 Sistema Galocha

O módulo Galocha é uma evolução em sistemas de telhados verdes, ele tem mais retenção de água que

os outros sistemas, é o sistema com melhor custo benefício do mercado, ele pode ser adquirido somente

com o substrato, caso a pessoa queira plantar espécies de plantas a seu gosto.

8.3.2.4. Sistema Alveolar Simples

O Sistema Alveolar Simples é um sistema prático, com excelente custo-benefício, conta com boa reserva

de água e se adapta a variadas plantas. Seu peso é de 40 a 80 kg/m². É recomendado fazer irrigação.

Composição do Sistema Alveolar Simples:

1º passo - Membrana Anti-raízes (PEAD 200 micras);

2º passo - Membrana Alveolar (2 cm) - Retém água e por baixo forma canais drenantes;

3º passo - Membrana de Retenção de Nutrientes;

4º passo - Substrato Leve(1cm ou mais). Cada 10 litros/m² correspondem a 1cm de altura;

5º passo (opcional) – Vegetação

Membrana Vegetação

8.3.2.5. Sistema Alveolar Grelhado

O sistema Alveolar Grelhado permite usar uma maior variedade de plantas, sendo perfeito para telhados

com grama. Seu peso é de 40 a 80 kg/m². É recomendado fazer irrigação.

1º passo - Membrana Anti-raízes (PEAD 200 micras);

2º passo - Membrana Alveolar (2 cm) - Retém água e por baixo forma canais drenantes;

3º passo - Membrana de Retenção de Nutrientes;

4º passo - Grelha Tridimensional de PEAD para telhados;

5º passo - Substrato Leve (1 cm ou mais). Cada 10 litros/m² correspondem a 1cm de altura.

8.3.2.6. Sistema Alveolar Modular

O Sistema Alveolar Modular também permite variedade de plantas, tem perfeita drenagem devido ao

módulo, seu peso é de 60 a 80 kg/m². Também é recomendado fazer irrigação.

Foto de um Sistema Alveolar Modular completo.

8.6. FORRO

8.6.1. Definições

Forros são elementos contínuos, rígidos ou flexíveis, de recobrimento interno sob as coberturas, visando isolamento térmico e/ou acústico; utilizados também para embutir tubulações em determinados ambientes.

Os locais que receberão forros deverão ser indicados em projeto, com especificação do sistema a ser utilizado, assim como a altura da instalação.

8.6.2. Condições Específicas

a. Materiais

a.1. Forro de gesso liso

Os materiais utilizados neste tipo de forro são:

• Placas de gesso liso, dimensões 60 cm x 60 cm, bordos reforçados, juntas secas;

• Para fixação: estrutura em perfis de alumínio e tirantes metálicos, ou arame galvanizado (1/8”) e presilhas metálicas fixados à laje, com pinos de cravação a pólvora.

a.2. Forro de gesso acartonado

Os materiais utilizados neste tipo de forro são:

• Placas de gesso liso com aditivos, recobertas por papelão, dimensões variáveis, juntas secas e espessura de 12,5 mm. As bordas deverão ser chanfradas para permitir arremate perfeito entre elas;

• Estrutura em perfis de alumínio, tirantes metálicos e pinos de cravação a pólvora.

b. Execução

Os forros de elementos pré-fabricados de gess deverão ser fixados em estruturas próprias, de metal ou madeira, conforme o caso, desvinculados de eventuais estruturas de telhado, salvo expressa indicação do projeto e indispensável autorização da CONTRATANTE. A execução se fará em obediência aos detalhes do projeto básico, observadas as prescrições e recomendações dos FABRICANTES e, sempre, após a aprovação da CONTRATANTE ao respectivo projeto executivo. Particular cuidado deverá ser tomado para a harmonização do conjunto, tendo em vista a instalação de luminárias, devendo-se sempre levar em conta o sistema de iluminação na elaboração do projeto executivo dos forros, principalmente quando as

luminárias forem embutidas.

Os forros deverão ser instalados exclusivamente com acessórios especificados no projeto básico ou produzidos pelo respectivo FABRICANTE (pendurais, cimalhas, presilhas, mata-juntas etc.), e de modo que seus componentes aparentes apresentem paralelismo e alinhamento o mais perfeitos possível.

O exato nivelamento nos forros atirantados deverá ser garantido por pendurais dotados de sistema para ajuste de nível, sempre que o atirantamento por intermédio de fios de aço, simplesmente amarrados, não produzir resultados satisfatórios.

Como norma geral, serão sempre instalados forros com sistemas de fixação fornecidos pelo próprio FABRICANTE, exceção feita aos forros de madeira, cuja prática executiva de entarugamento está afeta a pessoal categorizado vinculado à própria obra.

b.1. Forro de gesso liso

Deverão ser seguidas as recomendações e manuais técnicos dos FABRICANTES quanto a cuidados relativos a transporte, manuseio, armazenamento (em locais secos) e montagem das peças.

A execução deverá ser feita por mão-de-obra especializada.

A estrutura deverá ser reforçada nos pontos de fixação de luminárias, quando houver.

Na hipótese de ser necessária pintura sobre o gesso, sua superfície deverá receber tratamento com selador.

Serão previstas juntas de dilatação junto aos pilares, paredes e divisórias, empregando perfis de arremate, para um perfeito acabamento.

b.2. Forro acústico

Para a execução dos forros acústicos em painéis modulados (62,5 x 125)cm instalados com perfil rebaixado, ref.: KNAUF AMF, linha Thermatex Feinstratos ou similar e forro acústico tipo Cleaneo Acoustic, ref.: KNAUF ou similar, deverão ser seguidas as recomendações e manuais técnicos dos FABRICANTES e projeto específico de acústica, quanto a cuidados relativos a transporte, manuseio, armazenamento (em locais secos) e montagem das peças.

A execução deverá ser feita por mão-de-obra especializada.

A estrutura deverá ser reforçada nos pontos de fixação de luminárias, quando houver.

Na hipótese de ser necessária pintura, sua superfície deverá receber tratamento com selador.

Serão previstas juntas de dilatação junto aos pilares, paredes e divisórias, empregando perfis de arremate, para um perfeito acabamento.

c. Controle

Antes de autorizar a execução dos revestimentos de forros, verificar a perfeita execução de tubulações, caixas de passagem e demais elementos construtivos previstos em projeto. No caso de tubulações embutidas de instalações hidráulicas e/ou sanitárias, verificar se as mesmas foram prévia e adequadamente testadas quanto a seu funcionamento e à inexistência de defeitos e/ou vazamentos.

c.1. Forro de Gesso Liso

O recebimento dos serviços se dará quando:

Atendidas as condições de fornecimento e execução, os forros deverão apresentar superfície plana, com as juntas das placas formando linhas retas, paralelas às linhas de paredes, resultando em quadriculado homogêneo;

Não deverão apresentar flechas maiores que 0,3% do menor vão.

c.2. Forro acústico

O recebimento dos serviços se dará quando atendidas as condições de fornecimento e execução, os forros deverão apresentar superfície plana, com as juntas das placas formando linhas retas, paralelas às linhas de paredes, resultando em reticulado homogêneo.

Não deverão apresentar flechas maiores que 0,3% do menor vão.

8.7. CALHAS, CONDUTORES, RUFOS E CONTRA-RUFOS

8.7.1. Definições

Entende-se por calhas, condutores, rufos e contra-rufos, o conjunto de dispositivos de captação de águas pluviais das coberturas de uma construção.

8.7.2. Condições Específicas

O dimensionamento e especificação das calhas e condutores deverá seguir as determinações da NBR 10844 – Instalações prediais de águas pluviais.

a. Materiais

a.1. Calhas

a.1.1. Metálicas

Confeccionadas em chapa galvanizada de aço, ferro, zinco ou alumínio, com espessura entre 0,5 e 0,65mm, chapa de cobre, chapa de alumínio, aço inoxidável, e ainda em folha de flandres revestida com zinco por imersão em banho do metal fundido.

a.1.2. Concreto

Deverão obedecer as especificações e detalhes contidos no projeto estrutural, os quais já deverão levar em conta as espessuras necessárias à impermeabilização.

a.1.3. PVC rígido

Disponibilizadas por diversos FABRICANTES em sistemas modulares completos, com calhas e todos os acessórios necessários para a instalação.

a.1.4. Outros materiais

Também poderão ser executadas calhas em alvenaria, fibrocimento ou fibra de vidro.

a.2. Condutores

a.2.1. Metálicos

Nos condutores horizontais deverão ser utilizados tubos e conexões de aço galvanizado, folha de flandres zincada, ou cobre.

Nos condutores verticais: tubos e conexões de aço galvanizado, e ainda chapas de aço galvanizado, folha de flandres zincada, chapas de cobre, aço inoxidável ou alumínio.

a.2.2. PVC

Serão utilizados tubos de PVC rígido, ponta e bolsa com anel de borracha, diâmetros nominais 100mm e 150mm, 200mm, 250mm e 300mm, e seus acessórios:

• Curva 87º30' de PVC com anel de borracha, na extremidade inferior dos condutores verticais;

• Joelho 45 graus de PVC com anel de borracha, nas mudanças de direção dos tubos;

• Joelho 90 graus de PVC com anel de borracha, nas descidas dos tubos;

• Luva de PVC com anel de borracha, na união dos tubos;

• Tê de inspeção de PVC esgoto, nos condutores verticais.

a.2.3. Outros materiais

Nos condutores horizontais: fibrocimento, cerâmica vidrada, concreto, e ainda, canaletas de concreto ou alvenaria.

Nos condutores verticais: fibrocimento ou fibra de vidro.

a.3. Rufos e Contra-rufos

a.3.1. Metálicos

Poderão ser executados em chapas de aço galvanizado ou zincado, alumínio ou aço inox, de acordo com projeto e especificações.

a.3.2. PVC

Usualmente classificados pelos FABRICANTES como:

• Rufo Capa: para proteção e acabamento da parte superior de muros;

• Rufo Água-furtada: para coleta de água de chuva entre dois telhados;

• Rufo Externo: para evitar infiltrações entre parede e telhado, dando melhor acabamento.

Disponíveis em PVC rígido com aditivo anti-U.V. E fornecidos com furações para fixação.

Larguras médias entre 170mm e 250mm, comprimento dos perfis variando entre 1,0m e 3,0m.

Acessórios:

• Emendas: para a união de um rufo capa a outro, ou aos esquadros;

• Esquadros: aplicados na mudança de direção, acoplado ao rufo através da emenda.

a.3.3. Fibrocimento

Deverão ser especificados rufos e demais peças complementares dos mesmos FORNECEDORES das telhas de fibrocimento utilizadas.

b. Execução

O caimento das calhas deve ser de, no mínimo, 0,5% na direção e sentido de dois pontos de drenagem, e devem ser considerados os problemas decorrentes dos desníveis imposto.

As superfícies das lajes impermeabilizadas devem possuir também 0,5% de declividade mínima.

Nas edificações térreas, a colocação de calha nos telhados é dispensável, dependendo das condições dos locais de queda de água. Entretanto, é obrigatória a colocação de calha em edificações de mais de um pavimento, cuja altura de queda da água possa contribuir para o desgaste ou deterioração dos elementos construtivos dispostos logo abaixo, ou para a erosão do terreno.

Tendo em vista as condições desejáveis de manutenção, as calhas devem ser acessíveis sem que para isto sejam necessários dispositivos especiais para inspeção e limpeza

A execução das calhas de águas pluviais deverá obedecer às prescrições relacionadas no projeto hidráulico, no que diz respeito ao tipo de material, dimensões e declividade.

b.1. Calhas

b.1.1. Calhas metálicas

Na confecção das calhas será escolhido o “corte” que evite a necessidade de emendas no sentido longitudinal, estas terminantemente proibidas.

A emenda no sentido transversal será feita por trespasse e utilização de rebites especiais. Deverá ser executada a vedação com mastiques apropriados de alta aderência de modo a não permitir o extravasamento das águas entre as chapas. As emendas dos diversos segmentos das calha serão executadas de modo a garantir o recobrimento mínimo de 0,05 m.

As calhas deverão ser providas de junta de dilatação.

Caso haja, no projeto arquitetônico, especificação para pintura da calha, a mesma deverá obedecer as prescrições contidas no capítulo 17 – “Pintura”, deste Caderno de Encargos.

Nas calhas, observar caimento mínimo de 0,5%.

A fixação de peças em chapas galvanizadas deve obedecer os detalhes indicados em projeto. O projeto deve prever a fixação através de pregos de aço inox, rebites de alumínio, parafusos galvanizados e buchas plasticas, embutidos com argamassa ou com utilização de mastiques.

Figura 15 – Detalhe dos rufos e calha

b.1.2. Calhas de concreto

Deverão obedecer as especificações e detalhes contidos no projeto estrutural, os quais já deverão levar em conta as espessuras necessárias à impermeabilização, e o disposto no Capítulo 6 – “Estruturas de Concreto e Metálicas” deste Caderno de Encargos.

b.1.3. Calhas de PVC

Serão executadas conforme orientações de projetos e demais prescrições dos fabricantes dos produtos, inclusive no que diz respeito aos acessórios.

Recomenda-se espaçamento máximo de 90cm entre os suportes das calhas.

As contribuições coletadas pelas calhas serão conduzidas aos condutores verticais sendo que as extremidades superiores dos mesmos deverão receber ralos hemisféricos, também chamados “cogumelo” ou abacaxi”. Veja exemplo da utilização de um ralo hemisférico na Figura 16.

Figura 16 - Interligação da calha / Ralo hemisférico / Condutor vertical

As especificações para ralos hemisféricos e condutores, se encontram referenciadas no capítulo 10– Instalações Hidro-sanitárias.

b.2. Condutores

Os condutores deverão ser instalados, sempre que possível, em uma única prumada. Quando houver necessidade de desvios devem ser utilizadas curvas de 90º de raio longo ou curvas de 45º, sempre com peças de inspeção.

O dimensionamento dos condutores verticais deverá seguir as especificações da NBR 10844 - Instalações prediais de águas pluviais, e o diâmetro mínimo será de 75mm.

b.3. Rufos e contra-rufos

b.3.1. Rufos e contra-rufos metálicos

Seguir as especificações e os detalhamentos de projeto.

Utilizar, para a fixação nas alvenarias, argamassa de cimento e areia no traço 1:3.

Os rufos após assentados devem ficar totalmente estanques.

b.3.2. Rufos de PVC

Serão executados conforme orientações de projeto e demais prescrições dos FABRICANTES dos produtos, inclusive no que diz respeito aos acessórios e peças complementares.

b.3.3. Rufos de fibrocimento

Serão executados conforme orientações de projeto e demais prescrições dos FABRICANTES dos produtos, inclusive no que diz respeito aos acessórios e peças complementares.

b.3.4. Rufos de concreto

Nestes casos, deve ser aplicada uma camada impermeabilizante com membranas.

Deverá ser prevista a execução de sulco longitudinal de 2,5cm x 2,5cm, distante 3cm da borda, que evitará o refluxo da água (pingadeira).

A superfície superior e lateral do rufo deve receber uma camada de regularização (cimento e areia no traço 1:3) com espessura mínima de 3cm. Todos os cantos devem ser arredondados e a membrana deve revestir toda a face lateral e superior do rufo, assim como a parede de onde emerge o rufo e sua face superior.

A face superior da parede deve ter uma inclinação de 5% para o lado interno a fim de evitar manchas precoces na fachada.

c. Controle

Antes de autorizar a execução das revestimentos de forros, verificar os elementos construtivos previstos em projeto.

Verificar sistematicamente as seções, a espessura das paredes, o tratamento anticorrosivo (se for o caso) e a forma de colocação das calhas, dos condutores de águas pluviais, dos rufos e dos contra-rufos, confrontando-os com o detalhamento executivo e com as especificações de projeto.

A chapa das calhas, condutores, rufos e contra-rufos deverão ter espessura uniforme, galvanização perfeita, isenta de nódulos e pontos de ferrugem, sem apresentar fissuras nas bordas e dobras.

Verificar acuradamente seu adequado caimento em direção aos pontos de escoamento.

No caso de calhas ou rufos embutidas em platibandas ou alvenarias, verificar se as mesmas foram prévia e adequadamente instaladas, soldadas e testadas quanto a seu funcionamento e à inexistência de defeitos e/ ou vazamentos.

Verificar se o recobrimento mínimo é respeitado, e os pontos de impermeabilização.

9. IMPERMEABILIZAÇÕES E ISOLAMENTOS

9.1. OBJETIVO

Este item do Caderno de Encargos da CONTRATANTE tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para execução dos serviços de impermeabilizações e isolamentos.

9.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA

Para melhor orientação consultar as seguintes normas:

– NBR 101 - Tratamento Acústico em recintos fechados

– NBR 5628 - Componentes construtivos estruturais - Determinação da resistência ao fogo;

– NBR 7686 – Revestimentos têxteis de piso;

– NBR 8537 - Espuma flexível de poliuretano - Determinação da densidade;

– NBR 8681 - Ações e segurança nas estruturas – Procedimento;

– NBR 9178 - Espuma flexível de poliuretano - Determinação das características de queima;

– NBR 9227 – Véu de fibras de vidro para impermeabilização;

– NBR 9228 – Feltros asfálticos para impermeabilização;

– NBR 9229 – Mantas de Butil para impermeabilização;

– NBR 9574 – Execução de Impermeabilização;

– NBR 9575 – Impermeabilização – Execução e Projeto;

– NBR 9685 - Emulsão asfáltica para impermeabilização;

– NBR 9686 – Solução e emulsão asfálticas empregadas como material de imprimação na impermeabilização;

– NBR 9690 - Impermeabilização - Mantas de cloreto de polivilina (PVC);

– NBR 9910 – Asfaltos modificados para impermeabilização sem adição de polímeros – características de desempenho;

– NBR 9952 - Manta asfáltica para impermeabilização;

– NBR10151 - Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade – Procedimento;

– NBR 10152 – Níveis de Ruído para Conforto Acústico;

– NBR10662 - Isolantes térmicos pré-moldados de silicato de cálcio – Especificação;

– NBR 10830 – Caixilhos para edificação – Acústica dos Edifícios;

– NBR 11358 – Painéis termoisolantes à base de lã de vidro;

– NBR 11360 – Isolantes térmicos de lã de vidro – flocos;

– NBR 11361 – Mantas termoisolantes à base de lã de vidro;

– NBR 11362 – Feltros termoisolantes à base de lã de vidro;

– NBR 11752 - Materiais celulares de poliestireno para isolamento térmico na construção civil e refrigeração industrial;

– NBR 11797 - Mantas de etileno-propileno-dieno-monômero (EPDM) para impermeabilização;

– NBR 11905 – Sistema de impermeabilização composto por cimento impermeabilizante e polímeros;

– NBR 11957 - Reverberação – análise do tempo de reverberação em auditórios.

– NBR11982 - Cimento isolante térmico à base de silicato de cálcio - Determinação da resistência à compressão;

– NBR12094 - Espuma rígida de poliuretano para fins de isolamento térmico - Determinação da condutividade térmica;

– NBR 12170 - Potabilidade de água aplicável em sistemas de impermeabilização;

– NBR 12171 - Aderência aplicável em sistema de impermeabilização composto por cimento impermeabilizante e polímeros;

– NBR 12179 – Tratamento acústico em recintos fechados;

– NBR 12197 – Tratamento acústico em recintos fechados.

– NBR 13121 - Asfalto elastomérico para impermeabilização;

– NBR 13321 - Membrana acrílica para impermeabilização;

– NBR 13724 - Membrana asfáltica para impermeabilização com estruturante aplicada a quente;

– NBR 13867 – Revestimento interno de paredes e tetos com pastas de gesso – materiais, preparo, aplicação e acabamento;

– NBR 14313 - Barreiras acústicas para vias de tráfego - Características construtivas;

– NBR 14432 - Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações – Procedimento;

– NBR 14715 – Chapas de gesso acartonado – Requisitos;

– NBR 15414 - Membrana de poliuretano com asfalto para impermeabilização;

– NBR 15352 - Mantas termoplásticas de polietileno de alta densidade (PEAD) e de polietileno linear (PEBDL) para impermeabilização;

– NBR 15460 - Membrana elastomérica de isobutileno isopreno em solução para impermeabilização;

– NBR 15375 - Bocal de etileno-propileno-dieno monômero (EPDM) para impermeabilização de descida de águas;

– NBR 15487 - Membrana de poliuretano para impermeabilização;

– NBR ISO31-7 - Grandezas e unidades - Parte 7: Acústica;

– NR-15 – Norma Regulamentadora – Ministério do Trabalho e Emprego;

– TB143 - Poluição sonora.

9.3. IMPERMEABILIZAÇÃO

9.3.1. Objetivo

Estas especificações têm por finalidade definir qualitativamente os materiais de impermeabilização a serem utilizados na obra e as condições especiais para a execução dos serviços.

9.3.2. Definições

A impermeabilização constitui-se de um sistema de proteção contra a infiltração de água, através do emprego de materiais e técnicas apropriadas, tais como: argamassa rígida com hidrofugante, pintura, mantas especiais e feltro asfáltico, etc.

a. Manta

Produto impermeável, industrializado, obtido por calandragem, extensão ou outros processos, com características definidas.

b. Membrana

Produto ou conjunto impermeabilizante, moldado no local, com ou sem armadura.

9.3.3. Classificação dos Sistemas de Impermeabilização

Os sistemas de impermeabilização são classificados de acordo com suas diferenças de concepção, princípio de funcionamento, materiais, técnicas de aplicação etc. Essas variações servem de base para diversas classificações, que podem auxiliar na compreensão e comparação dos sistemas disponíveis no mercado.

a. Classificação quanto à solicitação imposta pela água

Os sistemas podem ser classificados quanto à solicitação imposta pela água: água sob pressão, água de percolação e umidade do solo.

a.1. Contra água sob pressão

Contra a água que está confinada ou não, exercendo pressão hidrostática superior a 0,10m.

a.2. Contra água de percolação

Contra a água que atua sobre superfícies, não exercendo pressão hidrostática superior a 0,10m, ou seja, é aquela que, obedecendo a lei da gravidade, escorre sobre as superfícies em direção determinada.

a.3. Contra a umidade do solo

Contra a água existente no solo, aderida e absorvida pelas partículas deste, podendo agir por contato lateral ou subpressão capilar nos materiais empregados na construção.

b. Classificação quanto à exigência de proteção

b.1. Sistemas que dispensam proteção

São aqueles em que o próprio material impermeabilizante utilizado em todas as camadas, ou pelo menos nas mais externas, é resistente às intempéries e de cor clara, podendo ser usado sem proteção mecânica ou solar. São sistemas concebidos para ficarem expostos, atendendo a exigências estéticas e de leveza.

b.2. Sistemas auto-protegidos

São sistemas pré-fabricados cujas mantas recebem, ainda durante a fabricação, um revestimento refletivo (folha de alumínio, acabamento plástico de cor clara) que dispensa a proteção mecânica.

b.3. Sistemas que podem ser utilizados com pintura refletiva

São aqueles em que o material impermeabilizante é de cor escura não resistente ao intemperismo, exigindo proteção solar mas dispensando a proteção mecânica.

b.4. Sistemas que exigem proteção mecânica

São sistemas que não dispensam a proteção mecânica, mesmo que a cobertura seja inacessível, uma vez que uma simples proteção solar não seria suficiente para uma durabilidade satisfatória.

c. Classificação quanto à execução

c.1. Sistemas executados no local

Argamassas impermeáveis, membranas asfálticas, membrana de elastômeros (polímeros), membranas termoplásticas, cristalização, cimento polimérico, resinas epoxídicas.

c.2. Sistemas pré-fabricados

Manta de elastômeros, mantas termoplásticas, manta de asfalto com armadura.

d. Classificação quanto à flexibilidade

d.1. Rígidos

Baixa capacidade de absorver deformações da base (principalmente deformações concentradas, em fissuras e trincas). Dentro desse sistema encontram-se as argamassas e concretos impermeáveis, os

cimentos e cimentos cristalizantes.

• Concreto impermeável;

• Argamassa impermeável (*)

• Cimentos Poliméricos e Cristalizantes;

• Cimentos impermeabilizantes e polímeros;

• Cimentos impermeabilizantes e líquidos seladores;

• Bloqueadores hidráulicos;

• Cristalização superficial (*);

• Cristalização interior (*).

d.2. Flexíveis

Esses materiais são conhecidos também como elásticos, constituídos de materiais asfálticos ou polímeros sintéticos. Suportam deformações da base com amplitudes variáveis (em função do sistema de impermeabilização), acompanhando os movimentos normais que lhe são impostos, sem perder a continuidade pelo surgimento de fissuras, ranhuras, rompimentos ou outras falhas.

• Feltro asfáltico;

• Solução asfáltica;

• Resina epoxídica;

• Membranas de emulsão asfáltica;

• Membranas de emulsão polimérica;

• Membranas de emulsão - Asfalto modificado;

• Membrana de Neoprene Hypalon;

• Manta butil ou EPDM;

• Manta de PVC;

• Mantas de asfalto oxidado (*);

• Mantas de asfalto modificado (*);

• Mastique (*).

d.3. Observações

Os asteriscos (*) sinalizam os sistemas mais utilizados.

9.3.4. Proteção da impermeabilização

A proteção mecânica é uma camada sobrejacente à impermeabilização, necessária para minimizar os danos eventuais do sistema impermeabilizante, protegendo-a da ação de agentes atmosféricos e mecânicos.

Os principais danos são causados por ações físicas, como de puncionamento dinâmico e estático, ou abrasão. Os danos causados pelo intemperismo também deverão ser considerados, especialmente a ação dos raios ultravioleta. Devem ser consideradas também as ações dos ventos e o efeito de sucção.

A proteção mecânica deverá se adequar ao tipo de solicitação; portanto, adota-se como áreas transitáveis aquelas que possuem trânsito de veículos, e não transitáveis aquelas que possuem apenas trânsito de pessoas.

Poderá ainda ser utilizado isolamento térmico ou não.

a. Tipos de proteção

a.1. Pinturas Refletivas

São proteções somente contra a radiação solar, sendo utilizados em situação em que a proteção mecânica possa ser dispensada, como em coberturas inacessíveis ou onde haja trânsito ocasional de manutenção, por exemplo. As pinturas refletivas são aplicadas sobre as mantas ou membranas, e geralmente são elaboradas à base de alumínio.

a.2. Proteção Mecânica Simples

Constitui o piso final, sendo utilizada em áreas acessíveis, podendo ser constituída de argamassa, concreto armado ou piso (cerâmica, pedra natural).

a.3. Proteção Mecânica do tipo Material Solto

Constituída pela colocação de materiais granulares soltos (brita, argila expandida), podendo ser utilizada em cobertura inacessíveis e de pequena inclinação.

a.4. Proteção Mecânica do tipo Sombreamento

Utilizada em coberturas acessíveis aos pedestres, é constituída de placas sobre pilaretes, de forma a obter colchão de ar entre as placas e cobertura. Atua também como um isolamento térmico.

9.3.5. Condições Específicas

a. Projeto de impermeabilização

a.1. Introdução

O projeto de impermeabilização deverá ser desenvolvido conjuntamente com o projeto geral e os demais projetos complementares, de modo a serem previstas as correspondentes especificações em termos de dimensões, cargas e detalhes. Sua função é elaborar, analisar, planificar, detalhar, discriminar e adotar todas as metodologias adequadas visando o bom comportamento da impermeabilização, compatibilizando os possíveis sistemas impermeabilizantes a serem adotados com a concepção da edificação.

Alguns procedimento básicos são: camada de regularização, caimento mínimo, cantos e arestas arredondados, para evitar danos às mantas, preocupação com a isolação térmica e mecânica.

Ao projetar uma impermeabilização, deve-se levar em consideração não apenas o desempenho do material

isoladamente, mas o comportamento deste, integrado no conjunto. Portanto, é fundamental a análise da interdependência dos materiais com o projeto em questão.

Deve-se observar também a condição local de trabalho, que pode ser determinante, influenciando a exeqüibilidade da impermeabilização ou o cronograma da obra, por exemplo.

O projeto de impermeabilização deve conter a solução de todos os problemas de impermeabilização possíveis, especificar os materiais que serão utilizados em cada caso, e a técnica de aplicação desses materiais, em cada local. É necessário também que o projeto de impermeabilização determine os serviços complementares à impermeabilização.

A especificação de um sistema de impermeabilização deve ser analisada também considerando os custos dos materiais e mão-de-obra, a durabilidade prevista para a impermeabilização, os riscos e segurança patrimonial e a possibilidade de manutenção e conservação.

a.2. Desenvolvimento do projeto

O especialista em impermeabilizações deverá participar do desenvolvimento do projeto arquitetônico desde a sua concepção inicial, informando ao arquiteto sobre as possibilidades e opções de sistemas e materiais impermeabilizantes, sua especificação e dimensionamento.

Em seguida, identifica-se os locais da edificação que serão impermeabilizados, fazendo-se, então, um levantamento indicando cotas, níveis, pontos de revestimentos, etc. É desejável que tais locais sejam identificados antes do lançamento definitivo da estrutura.

Após a finalização dos projetos definitivos de arquitetura, fundações e estrutura, passa-se à fase de dimensionamento dos sistemas e às correções necessárias, preparando então o que chamamos de anteprojeto de impermeabilização.

O projeto executivo da obra permitirá o término do projeto definitivo de impermeabilização.

a.3. Projeto de arquitetura

Para cada trecho da construção sujeito à ação da água ou umidade deverá ser prevista uma solução técnica, acompanhada da definição de detalhes construtivos.

a.4. Projeto de instalações

Tem profunda relação com a impermeabilização, pois os seus elementos interferem diretamente nesta última, seja por causa das tubulações emergentes e transpassantes, elétricas e hidráulicas ou porque os condutores de águas pluviais são a seqüência do caminho percorrido pela água sobre a lâmina impermeabilizante.

O dimensionamento das redes coletoras de águas pluviais deve ser consoante com projeto de impermeabilização, cabendo aí a análise da quantidade de ralos e distâncias entre os mesmos.

Este tópico costuma causar sérios problemas se não for visto a tempo, pois impedirá a obediência à norma no tocante a caimentos ou então causará dificuldades quanto a níveis (alturas) disponíveis para soleiras ou desníveis para interiores.

a.5. Projeto de estruturas

Partindo do princípio de que as estruturas nas edificações deverão ser dimensionadas para suportar diversos tipos de movimentos, cargas e mutações climáticas de acordo com a umidade relativa, a temperatura, o vento, a chuva, faz-se necessário protegê-las de infiltrações e do calor, para se obter maior vida útil dos materiais de construção, do concreto e dos materiais plásticos, dando melhor desempenho e conforto às edificações.

O calculista precisa ser informado sobre o tamanho da sobrecarga em função dos revestimentos devidos às argamassas de regularização e caimentos e, em alguns casos, pavimentação e proteções mecânicas que a impermeabilizarão requer. Outra informação importante no relacionamento com o calculista diz respeito à possibilidade de se dar caimentos nas próprias lajes, evitando-se, com isto, as regularizações.

Devem ser observadas características específicas do projeto estrutural (tipo e finalidade da estrutura, deformações previstas e posicionamento das juntas etc.) e condições externas às estruturas (solicitação imposta às estruturas pela água: água sob pressão unilateral, água sob pressão bilateral, água de

percolação, umidade do solo).

Considerar também as solicitações impostas à impermeabilização:

• Cargas estáticas (como o peso da proteção e cargas estáticas de jardins etc.);

• Cargas dinâmicas (passagem de veículos etc.);

• Água sob pressão, que tende a comprimir a impermeabilização contra a estrutura (reservatório, piscinas);

• Água sob pressão, que tende a destacar a impermeabilização da estrutura (subsolo com lençol freático com a aplicação da impermeabilização pelo lado interno);

• Variação de temperatura;

• Choque;

• Abrasão;

• Trânsito;

• Vibrações;

• Agressividade do meio (ex.: tanques de rejeitos industriais, etc.).

a.6. Projeto de Detalhamento e Acabamento

Os projetos de detalhamento e acabamento deverão ser elaborados prevendo a execução da impermeabilização.

a.7. Projeto de Drenagem

Os projetos de drenagem em jardineiras ou em lajes de subsolo deverão ser concebidos e compatibilizados com a impermeabilização.

a.8. Projeto de ar condicionado

As técnicas de economia de energia elétrica em instalações de ar condicionado conduzem a construções de grandes sistemas de resfriamento (ex.: torres de água gelada etc); este tipo de estrutura não poderá ser impermeabilizada sem que se faça um detalhado projeto.

a.9. Projeto de isolação térmica

Quase sempre que se faz necessário o isolamento térmico de uma laje, este está associado à impermeabilização. Também neste caso, é desejável a participação do especialista para o correto dimensionamento e posicionamento

a.10. Pavimentação

Com exceção das coberturas expostas, normalmente as impermeabilizações são protegidas e ficam sob algum tipo de pavimentação. É o caso de grandes pátios descobertos, áreas de estacionamento, etc.

As solicitações decorrentes da pavimentação deverão ser levadas em consideração na impermeabilização, sendo também importante a participação de especialista na definição do sistema.

a.11. Outros Projetos

Eventualmente, outros projetos poderão ter alguma vinculação com a impermeabilização, tais como:

• Acústico;

• Sonorização;

• Luminotécnico;

• Instalações de prevenção e combate a incêndio;

• Barreira de vapor.

b. Materiais

b.1. Cimentos impermeabilizantes

São cimentos de diversos tipos, com incorporação de outros produtos químicos, que proporcionam características de impermeabilidade. Podem ser de dois tipos: osmóticos e não osmóticos.

Os primeiros, também chamados de cristalização, possuem características de pequena penetração nos capilares do concreto, colmatando-os.

O segundo tipo, também chamado de revestimento polimérico, é utilizado com resina (do tipo acrílico), possui melhor aderência ao substrato e maior flexibilidade.

São sistemas considerados rígidos e, nas estruturas sujeitas a fissuras, necessitam de tratamento com mastiques nestes locais. O substrato deverá ser concreto, argamassa ou alvenarias.

Utilizados para impermeabilização de locais onde o conjunto estrutural apresenta rigidez, com pequenas variações de temperatura, como reservatórios inferiores com fundação independente da do edifício, piscinas, tanques, floreiras, estações de tratamento de água, subsolos, galerias e cortinas submetidas a pressões hidrostáticas positivas ou negativas (águas que percolam para o interior do ambiente, onde é somente possível impermeabilizar pelo lado interno, como em lençóis freáticos).

Também aplicável na impermeabilização de banheiros, cozinhas, lavanderia e outros locais sujeitos à umidade.

Os cimentos com incorporação de polímeros são, no entanto, menos rígidos, podendo, em alguns casos, ser utilizados em reservatórios elevados. Deve-se reforçar os pontos críticos com incorporação de tela de poliéster ou nylon.

b.2. Concreto impermeável

Sistema de impermeabilização constituído por agregados, cimento e água com utilização de aditivos. É utilizado mais freqüentemente em obras enterradas, tais como galerias, sub-solos, muros de arrimo, reservatórios de água etc.

b.3. Argamassa impermeável

Sistema rígido de impermeabilização, constituído de areia, cimentos, aditivo impermeabilizante e água.

O aditivo impermeabilizante é um produto à base de estereato, ácido graxo etc. que, adicionado às argamassas, confere às mesmas características impermeáveis.

A argamassa, aplicada em superfície, forma uma pasta que, quando endurecida, apresenta propriedades impermeabilizantes. É um sistema destinado a locais onde o conjunto estrutural apresenta rigidez, onde há pequenas variações de temperatura. O substrato deverá ser concreto, podendo ser aplicado com restrição sobre argamassas ou alvenarias.

Adequa-se bem em pressões negativas (águas que percolam para o interior do ambiente, onde é somente possível impermeabilizar pelo lado interno). Utilização: subsolos, reservatórios inferiores, com fundação independente a do edifício, túneis e galerias.

b.4. Asfalto oxidado

É aquele produzido a partir do asfalto de destilação direta através da passagem de ar em temperaturas elevadas. A oxidação diminui a termo-sensibilidade do asfalto de destilação direta e produz alterações em suas propriedades, principalmente quanto à diminuição de suscetibilidade térmica, isto é, da tendência a modificar a sua consistência pelo efeito da temperatura.

Os asfaltos oxidados não são elásticos, apenas possuem plasticidade. Deformam-se em torno de 10% (sem modificação com óleos e polímeros), são quebradiços em baixas temperaturas e possuem baixa resistência à fadiga.

São utilizados para o sistemas de membranas de feltro e asfalto, mantas asfálticas, e como adesivo para mantas asfálticas. É um sistema de uso decrescente na impermeabilização.

b.5. Emulsão asfáltica / Adesivo Hidro-asfáltico

É produzida através da emulsificação em água do asfalto CAP (cimento asfáltico de petróleo). Normalmente, são adicionadas cargas com o objetivo de melhorar sua resistência ao escorrimento em temperaturas mais elevadas.

Possui um teor de sólidos entre 50% a 65%.

Apresenta baixa flexibilidade, principalmente depois de envelhecido, não tendo resistência à fadiga e elasticidade, restringindo a sua utilização em situações de menor exigência de desempenho.

Alguns FABRICANTES incorporam polímeros plastoméricos ou elastoméricos para um incremento de flexibilidade. Isto pode, dependendo da formulação, provocar um aumento da absorção de água do produto.

São utilizados no sistema de membrana de emulsão asfáltica com armaduras de véu de fibra de vidro, véu ou tela de poliéster ou nylon.

Também é recomendada a sua utilização na vedação interna de caixas em geral (água pluvial, esgoto sanitário, passagem de rede elétrica e telefonia). A emulsão não deve ser inflamável, e deve ser adequada para aplicação à temperatura acima do ponto de congelamento da água, sem diluição ou aquecimento, devendo aderir a superfícies secas e úmidas.

Não é recomendada sua utilização em piscinas, reservatórios ou outros locais com água sob pressão, sendo adequado somente para água de percolação.

São apresentadas nas seguintes formas:

• emulsão asfáltica com carga;

• emulsão asfáltica sem carga;

• emulsão asfáltica com fibras de amianto;

• emulsão asfáltica modificada com polímeros.

b.6. Solução asfáltica

É produzida principalmente a partir da solubilização do asfalto oxidado em solvente apropriado, de forma a permitir a sua aplicação a frio. Após a evaporação do solvente, adquire as propriedades do asfalto antes da solubilização.

Seu principal uso é como primer para utilização dos sistemas de feltro e asfalto ou de mantas asfálticas.

b.7. Membrana asfáltica

Sistema flexível indicado para locais onde o conjunto estrutural apresenta movimentações. O substrato de aplicação poderá ser concreto, argamassa, alvenarias, deck de madeira.

O sistema é constituído da aplicação de várias demãos de asfalto polimérico em emulsão ou solução, sendo estruturado com uma tela de poliéster. É contínuo, não tem emendas.

Utilização: coberturas, estacionamentos, jardineiras, piscinas e reservatórios.

b.8. Manta asfáltica

Sistema flexível de impermeabilização indicado para locais onde o conjunto estrutural apresenta movimentações. O substrato de aplicação poderá ser concreto, argamassa, alvenarias, deck de madeira.

Exemplos de utilização: em coberturas, estacionamentos, jardineiras, piscinas, reservatórios.

b.9. Emulsão polimérica

É produzida a partir da emulsificação de polímeros sintéticos. As emulsões podem ser dos tipos pura ou estirenadas.

A grande maioria dos impermeabilizantes acrílicos são formulados a partir de resinas acrílicas estirenadas. O estireno na formulação, artifício para menor custo, provoca diminuição da durabilidade do produto, tendendo a craquear, amarelar, aderir sujeira, etc.

O mais adequado é a utilização de resina acrílica pura, pois possui excelente resistência aos raios ultravioleta, não retém sujeira, não amarela e não perde a flexibilidade.

Emulsões acrílicas são utilizadas com a incorporação de telas de poliéster ou nylon em impermeabilizações expostas as intempéries como lajes sheds, abóbadas etc.

Possui absorção d’água relativamente elevada (entre 10% a 15%), devendo ser aplicada em lajes com perfeita inclinação, de forma a não ocorrer empoçamento d'água. Não devem ser utilizados em lajes com proteção mecânica ou com exigências de desempenho, médias ou elevadas, restringindo sua aplicação em lajes expostas, com acesso para uma periódica conservação ou manutenção.

Também é utilizado, em formulação apropriada, como pintura refletiva de impermeabilizações asfálticas e isolantes térmicos de poliuretano expandido, sendo que, neste caso, deve possuir maior capacidade de recobrimento com a incorporação de maior quantidade de óxido de titânio (TiO2).

b.10. Asfalto modificado

É aquele modificado com polímeros, com a finalidade de incorporar melhores características físico-químicas ao asfalto. As principais características do asfalto modificado são: melhor resistência às tensões mecânicas, redução da termo-sensibilidade, maior coesão entre partículas, excelente elasticidade/plasticidade, maior plasticidade em baixas temperaturas, sensível melhora da resistência à fadiga e ao envelhecimento.

O asfalto modificado pode ter características plásticas, quando incorporado com polímeros dos tipos APP (Polipropileno Atático), copolímeros de etileno, ou elástico, com a incorporação de polímeros de SBS (Estireno – Butadieno - Estireno), poliuretano, etc.

Suas propriedades podem ser maiores ou menores, dependendo da quantidade e tipo de polímero adotado, bem como da sua perfeita compatibilização com o asfalto.

O asfalto modificado pode ser a quente, base solvente ou emulsão. São utilizados nos sistemas de membranas asfálticas com incorporação de armaduras de poliéster ou nylon, bem como mantas asfálticas modificadas.

São utilizados em impermeabilização de lajes, inclusive com grandes solicitações, jardineiras, piscinas, tanques, etc.

b.11. Mastique

Material específico para a aplicação em juntas de dilatação, juntas de trabalho, trincas, fissuras e fechamento de pequenos vãos entre diversos materiais de construção. Devem ser impermeáveis a líquidos e gases, possuir boa aderência ao substrato, resistência ao intemperismo, boa coesividade e boa trabalhabilidade.

Possui as seguintes características, dependendo de sua composição:

b.11.1. Elásticos

Materiais com capacidade de serem tracionados e comprimidos, voltando praticamente a sua forma original, após o relaxamento da tensão. Ex.: silicone, poliuretano, polissulfeto.

b.11.2. Elasto-plásticos

Possuem o mesmo comportamento elástico quando tencionados até um determinado ponto, não voltando totalmente à sua forma original, quando a tensão é mantida por longo período ou quando alongados (ou comprimidos) acima de um limite específico. Ex.: poliuretano com alcatrão, polissulfeto com alcatrão.

b.11.3. Plasto-elásticos

Possuem um comportamento predominante plástico, mas apresentam algumas características elásticas dentro de determinado alongamento/compressão e período de tensão. Ex.: Acrílicos, asfaltos elastoméricos.

b.11.4. Plásticos

Possuem um comportamento plástico, não recuperando sua forma inicial após o relaxamento da tensão. Ex.: asfaltos modificados, butílicos.

Existem no mercado produtos com características distintas como mono-componente, bicomponente, autonivelantes, tixotrópicos, aplicados a frio, aplicado a quente, etc.

O fator de forma largura x profundidade e capacidade de alongamento variam de acordo com a composição do produto, devendo os mesmos serem indicados pelo FABRICANTE.

b.12. Solução polimérica

É um elastômero sintético solubilizado em solventes apropriados, que possuem excelentes características de elasticidade, resistência mecânica, resistência à fadiga, etc.

As mais utilizadas são as do tipo Neoprene-Hypalon, SBS e EPDM. As soluções de EPDM e Neoprene- Hypalon são resistentes aos raios ultravioleta do sol. Sendo, portanto, indicadas para impermeabilização exposta às intempéries. Normalmente é utilizada em tanques, piscinas, etc.

b.13. Resina epoxídica

É normalmente utilizada em impermeabilização com finalidade anticorrosiva, pois o sistema possui boa resistência a diversos produtos químicos sobre concreto ou metal. Normalmente é utilizada em tanques de produtos químicos, de resíduos industriais, etc.

As mais utilizadas são: epóxi, poliuretano, éster-vinílica, poliéster e furânicas.

b.14. Manta de polímero

É um produto pré-fabricado à base de polímeros dos tipos butil, EPDM, PVC, etc., utilizada para impermeabilização de lajes. Estes polímeros apresentam boas características de impermeabilidade e durabilidade. Normalmente, não são incorporadas armaduras e, geralmente, são aplicadas pelo sistema não aderido. Exige mão-de-obra especializada pois é de difícil execução.

b.15. Adesivo Auto-vulcanizante

É uma substância adesiva que permite a colagem instantânea das mantas butílicas. Proveniente da introdução de átomos de enxofre na cadeia do polímero natural, formando uma camada plástica impermeável e de grande resistência química. Aplicável em emendas de mantas butílicas para impermeabilização de coberturas, marquises e terraços.

b.16. Materiais auxiliares

São produtos que podem ser incorporados a um material impermeabilizante ou um sistema de impermeabilização para auferir determinadas características.

b.16.1. Armaduras

São materiais incorporados a um sistema de impermeabilização, com o objetivo de transferir ao sistema resistências como tração, puncionamento, impacto, bem como ductibilidade, resistência ao escorrimento, homogeneidade de espessura, etc.

São classificadas como segue:

• Não tecidas

– Orgânicas (ex.: feltro betumado);

– Inorgânicas (ex.: véu de fibra de vidro);

– Sintéticas (ex.: véu de poliéster).

• Tecidas

– Orgânicas (ex.: tecido de junta);

– Inorgânicas (ex.: tecido de fibra de vidro);

– Sintéticas (ex.: tecido de poliamida – nylon - ou poliéster.

• Filmes sintéticos

– PVC;

– Polietileno;

– Poliéster.

• Cargas

– São materiais incorporados na formulação dos materiais impermeabilizantes com o objetivo de melhorar suas propriedades, como resistência ao escorrimento, puncionamento, impacto etc.

c. Execução

c.1. Argamassa impermeável

c.1.1. Características

Constitui-se de argamassa de cimento e areia média lavada, traço em volume 1:3, amolentada com água + aditivo específico, para pressões até 20m. de coluna d’água, e de 1:2 para pressões superiores a esta.

A proporção entre o hidrófugo e água de amassamento será a seguinte:

• subsolos, túneis etc.: 1:8 a 1:10;

• reservatórios, piscinas e galerias: 1:10 a 1:12;

• reboco impermeável: 1:10 a 1:15;

O consumo médio de hidrófugo por metro quadrado e por centímetro de espessura será o seguinte:

• subsolos, túneis etc.: 0,250 a 0,300Kg;

• reservatórios, piscinas e galerias: 0,220 a 0,250Kg;

• reboco impermeável: 0,180 a 0,220Kg.

c.1.2. Aplicação

A superfície a ser revestida deverá estar limpa (sem detritos de construção), resistente e áspera.

Apicoa-se com ponteiro o local, recupera-se as eventuais falhas e remove-se todos pontos fracos; lava-se em seguida com água e pressão, removendo todas partículas soltas. A superfície deve estar seca, sem apresentar filme de água aparente. A estrutura não pode ser objeto de trincas. Cantos e arestas devem ser arredondados, com raio mínimo de 8cm. As superfícies devem ter caimento mínimo de 1,0% em direção aos coletores pluviais.

Efetua-se um chapisco contínuo, aplicado com colher, composto de cimento e areia média lavada, traço nunca inferior ao da argamassa impermeável e sem aditivos impermeabilizantes.

Após 24 horas da aplicação do chapisco, executar uma camada de argamassa impermeabilizante com espessura de 1,0 a 1,5 cm, deixando a superfície áspera.

A espessura mínima admissível será de 3cm., em duas camadas de 1,5cm. A espessura da argamassa será definida em função da pressão da água, sendo de 3cm para até 10m de coluna d’água e, a partir dessa pressão, um acréscimo de 1cm para cada aumento de 5m de coluna d’água.

O aumento da espessura da argamassa será obtido pela aplicação de um maior número de camadas, respeitando o limite máximo de 1,5cm de espessura por camada.

Após 5 horas (depois que a primeira camada de argamassa tiver “puxado”). aplicar a segunda camada, observando as espessuras citadas.

Repetir o processo anterior se houver necessidade da terceira camada.

Passadas 12 horas da aplicação da última camada, proceder à execução do acabamento desejado.

Cuidados:

• Misturar quantidades para utilizar em 30 minutos, tempo máximo de aplicação.

• Aplicar de forma contínua, evitando-se, sempre que possível, emendas em uma mesma camada serão separadas das emendas da camada subseqüente, e estarão distanciados em pelo menos 50cm. dos cantos e arestas;

• O intervalo de tempo entre as aplicações das camadas será de 12 a 24 horas. Na hipótese da ocorrência de intervalo superior a 24 horas, será executado, antes da aplicação da camada seguinte, chapisco idêntico ao especificado anteriormente. O acabamento das camadas será a

desempenadeira de madeira, do tipo textura áspera fina.

Observações:

• Verificar sempre a validade dos produtos a serem utilizados: aditivo e cimento;

• Quando aplicado em reservatórios, verificar se o produto altera a potabilidade da água;

• Seguir criteriosamente as orientações do FABRICANTE.

c.2. Cristalização

c.2.1. Características

Apresenta-se em dois componentes, A e B, sendo um geralmente líquido e, o outro, um pó (cimento + polímeros).

Mistura-se todo o conteúdo das duas embalagens durante 5 minutos antes da aplicação, assegurando a homogeneidade.

c.2.2. Aplicação

A superfície a ser revestida deverá estar limpa (sem detritos de construção), resistente e áspera.

Umedecer o substrato e aplicar o produto com auxílio de uma brocha, trincha ou vassoura de pêlo como se fosse uma pintura.

Aplicar as primeiras camadas cruzadas. Se necessário, utilizar para aplicação uma desempenadeira dentada.

Cuidados:

• misturar quantidades para utilizar em 40 minutos (tempo máximo de aplicação);

• Limpar as ferramentas utilizadas antes da cura dos produtos;

• Curar durante as primeiras 48 horas após aplicação da última camada.

Observações:

• Verificar sempre a validade dos produtos a serem utilizados;

• Seguir criteriosamente as orientações do FABRICANTE.

c.3. Manta asfáltica

c.3.1. Características

Constitui-se de uma manta feita de asfalto modificado ou oxidado, estruturado com tecido de poliéster ou alma de polietileno.

Nas faces, poderá receber o acabamento com pó de areia, polietileno retrátil, lamelas de ardósia ou alumínio.

Há duas maneiras de aderir a manta ao substrato e fazer a colagem das emendas: através da utilização de maçarico específico ou asfalto quente. Essa última forma tem diminuído sua utilização.

c.3.2. Aplicação

Aplicar a solução de imprimação e aguardar a secagem.

Iniciar a colocação da manta fazendo reforços nos cantos e quinas, tubos emergentes, ralos e detalhes especiais.

Desenrolar a bobina para obtenção dos alinhamentos (esquadros e nível na vertical) rebobinar, observando a posição e proceder a colagem no substrato e das emendas.

Para colagem com asfalto oxidado a quente, aplicar com esfregão uma camada de asfalto observando sempre o intervalo de temperatura de 160 a 210ºC, até no máximo 50 cm à frente da bobina de manta. Desembobinar, pressionando a manta sobre a camada de asfalto quente.

Para colagem com maçarico, utilizar o maçarico específico (característica da chama, na boca diâmetro de 8

cm – temperatura 1500ºC; comprimento máximo 60 cm – temperatura de 750ºC). Apontar o maçarico para o substrato de forma que a chama bata na base e ricocheteie na bobina. Não é aconselhável aplicar a chama diretamente na manta, salvo situações especiais.

Nas emendas entre mantas, retirar o plástico de proteção, executar, observando uma faixa mínima de superposição de 10 cm.

Nos encontros dos planos horizontal e vertical, executar primeiro o plano horizontal subindo 15 cm no plano vertical. Na seqüência, executar o plano vertical avançando sobre o plano horizontal 15 cm.

No plano vertical (paredes, pilares, vigas etc.) a manta deverá subir no mínimo 20 cm acima da cota prevista do piso acabado. Deverá ser previsto um rebaixo na alvenaria conforme prescreve o Capítulo 7 – “Alvenarias e Divisórias”, deste Caderno de Encargos, em seu item f.3 - Levantamento das alvenarias, Figura 22.

Instalar os extravasores, fazer o teste de estanqueidade, deixando uma lâmina de 10 cm de água pelo período mínimo de 72 horas.

Cuidados:

• Não colar com asfalto quente manta modificada com polímero APP;

• Não aderir manta de asfalto oxidado com maçarico;

• Estocar e transportar a bobina de manta em pé;

• A solução de imprimação é tóxica e inflamável, estocar em lugar arejado e com os devidos cuidados.

Observações: seguir criteriosamente as orientações do FABRICANTE. Em caso de dúvida consultar o departamento técnico do FABRICANTE da manta.

c.4. Membrana asfáltica

Aplicar a solução de imprimação e aguardar a secagem.

Iniciar a aplicação fazendo reforços nos cantos e quinas, tubos emergentes, ralos e detalhes especiais.

Aplicar a primeira demão utilizando um esfregão ou rodinho, cobrindo todo o substrato.

Após a secagem da primeira demão, aplicar uma segunda demão em conjunto com o estruturante (tela de poliéster).

Aplicar a terceira demão, sempre cobrindo todo o substrato. Se necessário aplicar mais demãos.

Cuidados:

• Nas emendas da tela estruturante, sobrepor no mínimo 15 cm.;

• O asfalto em solução é tóxico e inflamável; estocar em lugar arejado e com os devidos cuidados.

Observações:

• Seguir criteriosamente as orientações do FABRICANTE;

• Em caso de dúvida consultar o departamento técnico do FABRICANTE.

c.5. Preparação da base

Observa-se, nas patologias relacionadas com impermeabilização, que a maioria dos problemas estão relacionados com descaso ou descuido na preparação do substrato para o recebimento do sistema impermeabilizante.

c.5.1. Regularização

Limpeza e preparação da base:

• Retirar pontas de ferro; se necessário, escarear e cortar;

• Remover pedaços de madeira, nata de cimento e argamassa solta;

• Limpar todas as manchas de graxa e óleo; se necessário, remover com solvente ou detergente;

• Lavar a superfície com máquina de pressão;

• Recuperar as falhas de concretagem nos locais de onde foram removidas as pontas de ferro.

Executando a camada de regularização:

• Tirar os pontos de nível considerando os caimentos com declividade média de 1 %, em direção aos pontos de drenagem;

• Considerar a espessura mínima da argamassa de regularização de 2 cm nos pontos mais baixos;

• Aplicar uma nata de cimento no substrato;

• Executar as mestras; após as mesmas “puxarem”, preencher os intervalos entre elas com argamassa de areia média lavada e cimento sem aditivos, traço em volume 1:3;

• Quando a espessura ultrapassar 3 cm, compactar com soquete;

• Desempenar com desempenadeira de madeira, não usar feltro ou espuma para alizar a regularização;

• Executar a cura da regularização durante 48 horas.

Cuidados:

• No plano vertical, considerar os chanfrados para arrematar o sistema;

• Executar arredondamento dos cantos e quinas. Para manta asfáltica, considerar um diâmetro mínimo de 5 cm.

c.6. Proteção da impermeabilização

Inicialmente, aplica-se uma camada separadora (feltro asfáltico, papel kraft) sobre a impermeabilização.

Antes da execução da proteção mecânica ou piso acabado definitivo, recomenda-se uma proteção primária com argamassa, funcionando como uma proteção provisória, evitando danos devido ao trânsito de terceiros e às tarefas de execução da impermeabilização final.

Em coberturas acessíveis a veículos, esta camada é substituída por uma camada de emulsão asfáltica e areia.

c.6.1. Proteção em áreas não transitáveis sem isolamento

térmico Com argamassa moldada no local:

• Aplica-se sobre a impermeabilização uma camada de separação com geotêxtil de 200 gramas;

• Executa-se sobre a camada de separação, uma camada de argamassa de cimento e areia lavada com 3cm de espessura, traço em volume 1:3, formando placas de 1,5 por 1,5 m com juntas de 15 mm entre as placas e na perimetral 20 mm;

• Deixar encaixes para os raios hemisféricos;

• Preencher juntas com asfalto ou mastique.

c.6.2. Proteção em áreas não transitáveis com isolamento térmico

Repete-se as operações anteriores, considerando-se, sobre a camada separadora, a colocação do isolante térmico. Os demais procedimentos seguem normalmente.

c.6.3. Proteção em Áreas transitáveis sem isolamento

térmico Com argamassa moldada no local:

• Aplica-se sobre a impermeabilização uma camada de separação com geotêxtil de 350 gramas;

• Executa-se sobre a manta geotêxtil, uma camada de argamassa de cimento e areia lavada com 3cm de espessura, traço em volume 1:3, formando placas de 1,5 por 1,5m com juntas de 15mm entre as placas e na perimetral 20mm. Esta camada de proteção receberá o piso de acabamento.

c.7. Observação

Considerar, nas jardineiras e floreiras, a camada do sistema drenante no fundo.

d. Detalhes construtivos

d.1. Especificações técnicas para execução de rodapés

A impermeabilização deverá se estender verticalmente nos rodapés pelo menos 30,0 cm acima do piso acabado. A fim de evitar-se o desprendimento da impermeabilização ou infiltração de água por detrás da mesma, devem ser observados os seguintes cuidados:

• No caso de platibanda, esta não deve ser executada com tijolos em blocos vazados; deve ser utilizado tijolo maciço ou concreto;

• Deve ser previsto rebaixo, de forma que a proteção mecânica não represente um acréscimo de espessura na platibanda ou parede (Figura 1):

Figura 1 – Detalhe da impermeabilização de rodapés

1- laje em concreto

2 - camada de

regularização 3 -

impermeabilização

4 - proteção

térmica 5-

proteção

mecânica

6- mastique anti-compressão

7 - platibanda concreto ou alvenaria

mín

. 3

0 c

m

8 - rufo de concreto, chapa ou cerâmica, etc.

É indispensável o arredondamento nos cantos entre planos horizontais e verticais. Também as arestas devem ser arredondadas. O raio de curvatura do arredondamento deverá ser no mínimo de 8,0 cm.

d.2. Peças que atravessam a impermeabilização

Quando houver tubo atravessando a laje a ser impermeabilizada, a estanqueidade poderá ser garantida, observando os detalhes a seguir:

• Tubo metálico, exceto para água quente: neste caso a estanqueidade poderá ser garantida pela própria impermeabilização e um mastique (Figura 2);

Figura 2 – Peças que atravessam a impermeabilização – tubo metálico

• Tubo não metálico: neste caso, o tubo deve ser envolvido por um tubo metálico, com finalidade de impedir o contato da impermeabilização com o tubo plástico, que não resiste a solventes orgânicos presentes em grande parte dos materiais de impermeabilização (Figura 3);

Figura 3 – Peças que atravessam a impermeabilização – tubo não metálico

Min

30cm

• Tubos metálicos de água quente ou vapor, chaminés: devem ser isolados da laje e da impermeabilização, devido à sua movimentação térmica (Figura 4).

Figura 4 – peças que atravessam a impermeabilização – tubos metálicos de água quente ou vapor, chaminés

d.3. Execução de ralos

A impermeabilização deve ser levada até dentro dos ralos, para evitar que haja infiltração entre a impermeabilização e a face exterior do ralo. Os ralos devem estar colocados quando da execução da camada de regularização, devendo seu topo, preferencialmente, tangenciar a face superior da mesma. Caso o ralo tenha sido instalado faceando a laje, a camada de regularização deve ser suavemente rebaixada na região próxima ao ralo, até atingir a borda do mesmo. A impermeabilização deve ficar bem aderida à face interna ao ralo, para evitar a sucção da água por capilaridade, para baixo da impermeabilização.

A impermeabilização deverá ser reforçada num raio de aproximadamente 30 cm do ralo, recebendo camadas adicionais entremeadas de armadura (Figura 5).

Figura 5 – Execução de ralos

d.4. Execução de soleiras

Quando há áreas cobertas com a área externa impermeabilizada, a impermeabilização deve avançar pelo menos 40 cm na região coberta sob a soleira (Figura 6).

Figura 6 – Execução de soleiras

d.5. Especificações técnicas para juntas de dilatação

Quando, por conveniência técnica, existirem juntas de dilatação em superfícies a serem impermeabilizadas, estas devem receber tratamento adequado no sentido de torná-las estanques à passagem de sólidos, líquidos ou gases. Recomenda-se, portanto, o uso de selantes pré - fabricados ou moldados no local.

d.5.1. Selantes pré-moldados

Estes selantes podem ser do tipo chapa galvanizada ou mata-juntas de PVC. Os selantes em chapa galvanizada são como um rufo e normalmente são usados no caso de junta de dilatação sobre vigas invertidas ou muretas, como mostra a Figura 7.

Figura 7 – Selantes premoldados

> 30 cm

d.5.2. Selantes do tipo mata-juntas

São perfis de PVC elástico, com variadas formas, como mostra a Figura 8.

Figura 8 – Selantes do tipo mata-juntas

Este tipo de selante é indicado para juntas de dilatação com grandes solicitações e devem ser imersos no concreto, como mostra a Figura 9, e o espaço sobre o mata-juntas preenchido, o que pode ser feito com mastique betuminoso. Deve ser evitado seu contato com materiais asfálticos.

Figura 9 – Selante do tipo mata-juntas imerso em concreto

d.5.3. Selantes moldados no local

Também chamados de mastique, sendo material de consistência pastosa, com cargas adicionais a si, adquirindo o produto final consistência adequada para ser aplicado em calafetações rígidas, plásticas ou elásticas.

Sua aplicação poderá ser feita com espátula ou pistola após limpeza da junta, que deve estar completamente isenta de falhas, rebarbas, materiais que impeçam seu fechamento, poeira, graxas, etc. Caso existam quinas quebradas, estas devem ser arrematadas com argamassa à base de epóxi.

A seguir é introduzido um limitador de profundidade com a finalidade de uniformizar a junta em dimensões apropriadas. Este limitador de profundidade poderá ser tiras de espuma rígida de poliuretano ou de poliestireno expandido, cordão de borracha, corda betumada, mangueira plástica, como mostra a Figura 10.

Figura 10 – Camadas do sistema de impermeabilização

e. Controle

e.1. Análise de desempenho

Como conceito geral, qualquer sistema de impermeabilização vai ser submetido a diversos esforços físicos/ químicos sendo necessário saber se estes sistemas atendem a uma determinada exigência. Através dos resultados dos ensaios, e conhecendo-se as necessidades da obra, é que se pode selecionar o sistema mais adequado. Encontram-se listados abaixo os ensaios normalmente requeridos para verificação das características de um material ou sistema impermeabilizante.

e.1.1. Ensaios de desempenho

Os ensaios de desempenho possibilitam verificar a qualidade dos materiais empregados, garantindo serviços que atendam às normas pertinentes, em especial à norma NBR 9952 - “Manta asfáltica para impermeabilização”.

• Ensaio de tração;

• Estanqueidade a água;

• Absorção de água por imersão;

• Puncionamento estático;

• Puncionamento dinâmico;

• Ensaio de rasgamento;

• Ensaio de fadiga;

• Envelhecimento acelerado;

• Aderência.

e.1.2. Ensaios de caracterização

Os ensaios de caracterização possibilitam verificar as características físicas e químicas de cada material. São eles:

• Massa específica;

• Viscosidade:

Mede a consistência do material; pode-se, neste ensaio, verificar se o material é muito pastoso, com dificuldade para impregnação de um tecido de reforço. Utiliza-se, normalmente, aparelhos tipo Stormer ou Copo Ford.

• Percentual de sólidos em peso:

Avalia-se qual a quantidade de sólidos que possui um material impermeabilizante, evaporando-se todos os voláteis do produto (água ou solvente).

Neste ensaio, pode-se comparar o teor de sólidos de dois FABRICANTES distintos e correlacionar o teor de sólidos, que é efetivamente o filme seco do impermeabilizante com relação ao custo do produto. Muitas vezes um material que, pelo preço/kg, é mais caro que outro mas possui altos sólidos, passa a ser mais barato por metro quadrado, pois seu consumo é menor para atingir uma espessura de filme equivalente.

O ensaio é normalmente feito em estufa a 110ºC, mas pode-se fazer sem a mesma. Pesa-se uma determinada quantidade de produto (Exemplo: 1 grama), evapora-se o solvente em estufa e pesa-se novamente. Pela diferença de peso calcula-se o teor de sólidos.

• Teor de cinzas:

É o ensaio que verifica quanto o produto tem de cargas minerais.

Pesa-se um filme do material impermeabilizante (já com o solvente volatilizado), coloca-se em uma mufla, com temperatura variando entre 400 a 800ºC durante um determinado tempo.

Pesa-se novamente; por diferença de peso, calcula-se a quantidade de cinzas. Neste ensaio, com temperatura entre 400 a 800ºC, evaporam-se todos os componentes orgânicos (resina, aditivos, etc.).

• Estabilidade:

Verifica-se a estabilidade do produto dentro da embalagem, para que o FABRICANTE possa garantir a vida útil do material dentro da mesma.

• Secagem ao toque:

Verifica-se o tempo de secagem superficial do filme impermeabilizante.

• Pot-life:

Tempo de vida de utilização para produtos bi-componentes, após a mistura.

• Cobertura:

Ensaio para verificar se um impermeabilizante possui boa cobertura.

No ensaio, aplica-se uma demão sobre um papel cartolina branco com talas pretas e verifica-se o grau de cobrimento da tarja preta. Se o produto possui baixo cobrimento, significa que possui baixo teor de dióxido de titânio, importante em alguns produtos.

• Absorção por coluna d'água:

É parecido com o anterior, mas com baixíssima pressão hidrostática.

Cola-se com epóxi um tubo de vidro de 130 a 300 mm sobre o filme impermeabilizante e outro tubo sobre um vidro.

Verifica-se o abaixamento da coluna d'água a cada 24 horas, descontando-se a evaporação calculada do tubo afixado em vidro.

Normalmente, faz-se medições de 5 dias a 30 dias, dependendo do caso.

Pode ser usado para filmes impermeáveis ou para cristalização.

Este ensaio não é o suficiente para avaliar o desempenho de um produto.

• Flexibilidade à baixa temperatura:

Avalia-se a flexibilidade de um determinado produto a uma temperatura menor ou igual a 0ºC. Costuma-se dobrar uma película impermeabilizante sobre um mandril de 1 polegada, e o mesmo não deve fissurar a uma determinada temperatura (Ex. – 18ºC).

• Análise granulométrica:

Normalmente executado em materiais em forma de pó. É medida a retenção de produto em determinadas peneiras. É utilizado como ensaio para impermeabilizantes por cristalização.

• Início e fim de pega:

Utilizado para impermeabilizantes de base cimentícia, como cristalização.

• Resistência a microorganismos:

Resistência a agentes agressivos (névoa salina, ozona, produtos químicos, etc.)

• Ensaio de inflamabilidade

• Dureza Shore A:

Avalia-se o grau de dureza de um produto, muito utilizado para mastiques.

• Percentual (%) de polímero em peso:

Calcula-se a percentagem de polímero e materiais impermeabilizantes poliméricos.

• Caracterização do polímero:

Detecção do tipo de polímero utilizado em um determinado produto.

• Transmissão de vapor:

Mede a resistência de um produto à percolação de vapor de água ou de outro.

• Ensaio de potabilidade:

Verifica-se se o produto não altera a potabilidade da água. Normalmente, no momento da especificação do projeto, analisa-se quais os ensaios disponíveis, selecionando-se alguns para serem adotados no recebimento do material na obra, para controle de qualidade.

e.2. Recebimento dos serviços

Os serviços de impermeabilização deverão ser acompanhados em suas várias fases de execução.

e.2.1. Camada de regularização

Devem ser observados os caimentos em direção aos pontos de drenagem, como ralos, por exemplo. O acabamento e traço da argamassa deverão estar de acordo com o especificado no item c.5 e os detalhes de acordo com o item d. Caso esteja em desacordo, exigir as correções necessárias e fazer nova inspeção.

e.2.2. Impermeabilização

A SUPERVISÃO deverá acompanhar o lançamento de todas as camadas de emulsão, observando sempre as especificações acima. Deverá ser feito, também, o teste de estanqueidade. Caso esteja em desacordo, exigir as correções necessárias e proceder nova inspeção.

e.2.3. Proteção

Devem estar rigorosamente de acordo com este capítulo (item c.6). Caso contrário, proceder os reparos necessários.

e.2.4. Aprovação

Uma vez atendidas todas as exigências deste capítulo, a SUPERVISÃO da CONTRATANTE poderá receber os serviços com aprovação.

9.4. ISOLAMENTOS ACÚSTICOS

9.4.1. Objetivo

Este item do Caderno de Encargos da CONTRATANTE apresenta as definições básicas, materiais e sistemas usualmente utilizados nos serviços de isolamento acústico.

9.4.2. Definições

a. Isolamento acústico

Um sistema de isolamento acústico é o método para reduzir a entrada ou saída de qualquer tipo de som indesejado em um ambiente.

Para os fins deste Caderno de Encargos, Sistema de Isolamento Acústico compreenderá a especificação e o fornecimento dos materiais especiais e sua aplicação em pisos, paredes, tetos e tubulações, objetivando o controle do ruído e do condicionamento acústico de acordo com os níveis especificados em projeto e estabelecidos pelas normas técnicas aplicáveis.

b. Absorção acústica

É o fenômeno que minimiza a reflexão das ondas sonoras num mesmo ambiente, ou seja, diminui ou elimina o nível de reverberação num mesmo ambiente. A absorção ocorre quando uma onda atinge um obstáculo qualquer e deposita parte de sua energia sonora ali, sendo refletida ou transmitida ou refratada com uma intensidade menor.

Assim, além de diminuir os níveis de pressão sonora do recinto, melhora-se o nível de inteligibilidade dos sons emitidos. Contrariamente aos materiais de isolamento, estes são materiais leves (baixa densidade), fibrosos ou de poros abertos (espumas poliéster de células abertas, fibras cerâmicas e de vidro, tecidos, carpetes, etc.).

As ondas sonoras do ar entram nesses materiais porosos e, devido ao atrito das partículas de ar nas fibras do material, a energia se perde como calor; esta fração de energia não é mais recuperada sob forma de som, proporcionando um curto tempo de reverberação.

Os materiais disponíveis no mercado ou isolam ou absorvem ondas sonoras, embora com diferente eficácia. Um material com grande poder de isolamento acústico quase não tem poder de absorção acústica, e vice- versa. Outros materiais têm baixo poder de isolamento acústico e também baixo poder de absorção acústica (como plásticos leves e impermeáveis), pois são de baixa densidade e não têm poros abertos.

c. Conforto acústico

O conceito de conforto acústico refere-se às medidas possíveis para garantir que os ambientes permaneçam dentro do limite regulamentado, tolerável ou desejável de ruídos para a execução de determinada atividade.

As boas condições acústicas de uma edificação dependem de variáveis como orientação, volumetria, definição do posicionamento e das dimensões das aberturas nas fachadas, eficácia da ventilação, propriedades dos materiais construtivos e de acabamento.

O projeto de acústica deve considerar o nível de ruído de fundo adequado às atividades que serão exercidas no local e o tempo de reverberação recomendado para o tipo de função do ambiente.

d. Inteligibilidade acústica

Principal característica acústica de um ambiente, pois reflete o grau de entendimento das palavras no interior do mesmo.

e. Som

É a modificação de pressão que se propaga em meios elásticos, não sendo, portanto, transmitido no vácuo.

O som consiste em um fenômeno físico causado por qualquer vibração ou onda mecânica que se propague em meio elástico, capaz de produzir excitações auditivas ao homem (Moraes, Regazzoni, 2002).

f. Reflexão

A reflexão, observada quando existe o encontro de uma onda com uma superfície rígida, mantém as características da onda incidente, e ocorre sempre que as dimensões da superfície rígida forem muito maiores do que o comprimento de onda.

Os materiais de face lisa são utilizados quando se deseja que o som seja refletido; os materiais de face rugosa e/ou irregular ajudam a evitar ou minimizar tal fenômeno.

g. Ruído

Ruído é uma mistura de sons cujas freqüências não seguem uma lei precisa e que diferem entre si por valores imperceptíveis ao ouvido humano, considerando como um som indesejado. Assim, ruído é a “mistura de tons cujas freqüências diferem entre si por valor inferior à discriminação (em freqüência) do ouvido humano”. (TB-143/ABNT).

A Norma Regulamentadora NR-15 do Ministério do Trabalho e Emprego (NR15/MT) classifica como insalubres os ambientes cujos níveis sonoros sejam superiores a 85dB. Também segundo a NR-15, os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos sempre em decibéis (dB) utilizando o aparelho para medição do nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de resposta lenta (Slow).

g.1. Ruído Aéreo

Propagado pelo ar, atravessa portas, janelas, pisos, paredes e lajes.

g.2. Ruído de Impacto

São picos de energia acústica de duração inferior a 1s, em intervalos superiores a 1s.

g.3. Ruído de Fundo

É a média dos níveis de ruído mínimos no local e hora considerados, na ausência de outra fonte emissora. Quando for empregada a análise estatística dos níveis sonoros, o nível de ruído de fundo deve ser considerado como o nível que é superado em 90% do tempo de medição (05 minutos).

g.4. Ruído contínuo

É aquele cujo nível de pressão sonora varia 3 dB (decibéis) entre seus patamares mínimos e máximos,

durante um período longo (mais de 15 minutos) de observação.

g.5. Ruído intermitente

O ruído intermitente é aquele cujo nível de pressão sonora varia em até 3 dB entre seus patamares mínimos e máximos, em períodos curtos (menor que 15 minutos e superior a 0,2s).

g.6. Ruído rosa/ruído tráfego

O índice de isolamento global de um elemento de construção (expresso em dB), depende do espectro do ruído emitido. Este é um ruído definido pela regulamentação que simula uma situação incomoda, e utiliza-se para avaliar as condições acústicas de um elemento de construção.

Foram definidos dois tipos de ruído: o rosa e tráfego.

O primeiro simula ruídos convencionais; o segundo, ruídos produzido pelo tráfego rodado ( mais rico em baixas freqüências).

9.4.3. Condições Específicas

a. Projeto de isolamento acústico

a.1. Introdução

Os projetos de edificações muitas vezes relegam o conforto acústico a um plano secundário. O comportamento acústico dos diversos espaços da edificações costumam ser estudados apenas em ambientes especiais, tais como auditórios, teatros etc. A correção de elementos construtivos que comprometem o conforto acústico de uma edificação é mais onerosa do que a concepção projetual pautada em estratégias e técnicas construtivas que considerem a boa acústica dos ambientes.

a.2. Projeto de arquitetura

Em cada detalhe dos trechos da construção sujeitos a níveis de ruídos e/ou pressão sonora, o arquiteto e o projetista de isolamento acústico, em conjunto, buscarão soluções técnicas e definirão detalhes construtivos para cada caso.

a.3. Projeto de instalações

A vibração das instalações hidráulicas é transmitida à estrutura ou a paredes que estiverem em contato

direto e rígido.

Isolar a vibração e impedir a transmissão de ruído é o princípio dos métodos de isolamento acústico de instalações hidráulicas. Assim, identificar a origem dos ruídos e cuidar das ligações de componentes e sistemas é o ponto de partida.

a.4. Projeto de estrutura

O calculista precisa ser informado sobre a eventual sobrecarga sobre as lajes em função dos revestimentos acústicos especificados, sejam eles mantas, chapas revestidas, forros ou outro material.

a.5. Projeto de ar condicionado

O projeto de isolamento acústico deve considerar o nível de ruído emitido pelos equipamentos de ar- condicionado, sendo imprescindível que o dimensionamento dos projetos seja feito de acordo com as necessidades de ambos.

a.6. Isolamento térmico

Vários dos materiais utilizados nos projetos de isolamento acústico apresentam também boa performance como isolante térmico. Alguns materiais, entretanto, não têm boa performance térmica. Analogamente à interferência com o projeto de ar-condicionado, o bom projeto de isolamento acústico deve considerar os condicionantes térmicos da edificação. Também neste caso é desejável a participação do especialista para o seu correto dimensionamento e especificação.

b. Dimensionamento dos sistemas

A norma brasileira NBR 10151 - “Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade – Procedimento” fixa as condições exigíveis para a avaliação da aceitabilidade do ruído em comunidades, independente da existência de reclamações.

A norma técnica NBR 10152 - “Níveis de ruído para conforto acústico” fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em ambientes diversos.

A norma técnica NBR 12179 – “Tratamento acústico em recintos fechados” fixa os critérios para a execução dos tratamentos acústicos em recintos fechados.

c. Classificação dos sistemas isolantes

c.1. Quanto ao tipo de ruído

Dois tipos de isolamento devem ser considerados separadamente: isolamento contra ruído aéreo e isolamento contra ruído de impacto. O primeiro se refere a ruídos que se originam no ar (por exemplo, rádios etc;); o segundo se refere a impactos: passos, batidas nos fechamentos etc.

c.1.1. Isolamento contra Ruído Aéreo

As ondas sonoras que incidem num fechamento produzem uma vibração no mesmo, o que faz com que este irradie energia para o outro lado. A quantidade de isolamento que o fechamento produz depende da freqüência do som incidente e das características construtivas da parede.

A Lei da Massa diz: quanto mais pesada a envoltória (mais massa), menos ela vibra (menos transmissão), e não irradia energia sonora para o outro lado; ainda segundo a mesma lei, o isolamento aumenta em aproximadamente 6dB para cada duplicação da massa. Esse aumento deve ser observado juntamente com o aumento do isolamento, em função da freqüência, também de aproximadamente 6 dB por oitava.

Porém, essa lei não se aplica para qualquer freqüência. Para freqüências baixas, inferiores à de ressonância, o isolamento não segue a Lei da Massa, e depende das características de rigidez do fechamento.

Para freqüências superiores à de ressonância, o isolamento é controlado pela Lei da Massa, até uma certa freqüência, onde se produz uma nova diminuição do isolamento. A Lei de Massa indica que, se é preciso um grande isolamento, é necessário aumentar consideravelmente o peso do fechamento. Obviamente, isto tem limites, fazendo-se necessário procurar outros sistemas.

O mais usual é a chamada parede dupla. O isolamento produzido por estas é entre 5 e 10 dB superior ao produzido por uma parede simples do mesmo peso.

c.1.2. Isolamento contra Ruído de Impacto

A sonoridade que tais impactos ocasionam no local contíguo dependerá da construção do piso e, especialmente, de sua superfície. O melhor é agir diretamente nela, usando superfícies macias que possam absorver o impacto: tapetes, placas de borracha ou cortiça.

Como tais acabamentos não são sempre possíveis ou suficientes, às vezes é necessário tratar a própria construção do piso:uma separação estrita e hermética entre as superfícies do piso e do teto imediatamente inferior, através de estruturas independentes ou, o que é mais comum, com o chamado piso flutuante. Este consiste em uma laje de concreto (um piso de tábuas de madeira) apoiada numa capa de material flexível – lã de vidro, isopor, borracha, etc. – que, por sua vez, se apóia na laje estrutural.

O importante é que em nenhum momento se estabeleça uma comunicação direta entre o piso e o forro inferior; inclusive na junção com a parede, o piso estará separado desta pelo material flexível por baixo do rodapé

d. Materiais

Existem no mercado diversos produtos isolantes com características físico-químicas distintas, em função das diferentes matérias-primas adotadas. É necessário conhecer as características mais importantes destes produtos, de forma a utilizá-los adequadamente para o fim a que se destinam.

Os produtos isolantes são baseados em uma ou mais das seguintes matérias-primas: lã de rocha, lã de vidro, fibra cerâmica, silicato de cálcio, argila expandida, poliestireno expandido, poliuretano etc.

A seguir, são apresentados, os sistemas de isolamento acústico mais comumente utilizados.

d.1. Espuma flexível de poliuretano (placas acústicas esculpidas em cunhas anecóicas)

Poliuretano (ou PU) é qualquer polímero que compreende uma cadeia de unidades orgânicas unidas por ligações uretânicas. É amplamente usado em espumas rígidas e flexíveis, em elastômeros duráveis e em adesivos de alto desempenho, em selantes, fibras, vedações, gaxetas etc.

O poliuretano é um produto sólido, com textura de espuma, e aparência entre a cortiça e o poliestireno expandido. É obtido a partir da reação química, que ocorre quase que instantaneamente, entre dois compostos químicos líquidos, um, ativador da reação (MDI ou equivalente); o outro, um composto químico conhecido como POLIOL.

Seu coeficiente de condutibilidade térmica, à temperatura ambiente, de 0,017 Kcal/mh ºC.

Aplicação: no tratamento interno de ambientes que necessitam de redução do ruído.

Disponíveis em placas de dimensões variáveis e espessura de 20mm/35mm/50mm/75mm.

d.2. Lã de Vidro

É um componente formado a partir de sílica e sódio aglomerados por resinas sintéticas em alto forno. Reconhecida como um dos melhores isolantes térmicos, a lã de vidro deve destaca-se também como um dos produtos de melhor desempenho no tratamento acústico de ambientes, graças ao seu ótimo coeficiente de absorção acústica (devido à porosidade da lã), sendo indicada sua aplicação em forros ou na confecção de paredes duplas, no processo construtivo conhecido como massa-mola-massa, substituindo com vantagens as paredes pesadas, dificultando a transmissão dos sons graças à sua descontinuidade e grande elasticidade.

A lã de vidro é disponibilizada no mercado em forma de manta, do tipo manta ensacada com polietileno, manta aluminizada, manta revestida com feltro para construções metálicas e manta de fibro-cerâmica para tubulações e equipamentos com temperaturas elevadas.

Tem alto poder de isolação térmica e ótimo coeficiente de absorção acústica. Não propagam chamas nem deterioram ou apodrecem. São dimensionalmente estáveis mesmo em altas temperaturas, fáceis de recortar e aplicar, inquebráveis (reduzindo as perdas nas obras) e não são atacados por roedores ou insetos. Não atacam as superfícies com as quais estão em contato nem favorecem a proliferação de fungos ou bactérias. Não possui partículas não fibradas.

O material deverá atender aos seguintes métodos de ensaio:

• ASTM C 411 - Faixa de temperatura de trabalho

• ASTM C 1136 - Limites de temperatura de revestimento isolante

• ASTM E 96 - Método A – permeabilidade de revestimento.

• ASTM D 781 - Resistência à compressão (mínima a 10% e 25%)

• ASTM E 84 - Combustão superficial

Absorção Sonora – Lã de vidro

Freqüência (Hz) 125 250 500 1000 2000 4000

Coeficiente de Absorção Sonora

0,21 0,58 0,84 1,00 0,99 1,03

Tabela 1 - Coeficientes de absorção acústica - lã de vidro

d.3. Lã Mineral

Painéis em lã mineral (lã de rocha ou lã de vidro), aglomerados com resinas especiais, flexíveis, rígidos ou semi-rígidos, são indicados para tratamentos termo-acústicos para a construção civil. São fornecidos em várias densidades e espessuras, podendo ser utilizados em baixas, médias e altas temperaturas.

Apresentam baixa condutividade térmica e funcionam como auxiliares na redução da transmissão do som e como absorvedores acústicos.

Trata-se de material resiliente (recupera a espessura original, após a retirada da força que causou a deformação), e repelente à água na forma líquida devido aos aditivos adicionados ao produto.

Espessura 50mm Absorção Sonora

Freqüência (Hz) 125 250 500 1000 2000 4000 NCR

Coeficiente de Absorção Sonora

0,16 0,52 0,82 0,92 0,94 0,96 0,80

Tabela 2 - Coeficientes de absorção acústica - lã mineral

d.4. Forros acústicos

Os forros suspensos podem aumentar consideravelmente o isolamento de um piso a respeito dos ruídos aéreos, mas geralmente não acrescenta isolamento aos ruídos de impacto.

Todavia, deverá cumprir certas condições, como não ser exageradamente rígido ter seus elementos de suspensão tão poucos e flexíveis quanto possível.

O mercado disponibiliza forros acústicos compostos de placas de gesso, painéis metálicos e de madeira, PVC, plásticos, e ainda painéis rígidos com lã de rocha em estrutura metálica.

d.5. Gesso Acartonado (Dry Wall)

Método de construção de divisórias internas leves, por montagem a seco (acoplamento mecânico). O sistema é constituído por placas de baixa densidade superficial montados sobre uma estrutura reticulada (em madeira ou metálica), chapas de fechamento (em gesso acartonado, chapas de gesso reforçadas com fibra, painéis compostos), complementos e acessórios.

Utilizado em conjunto com materiais isolantes (lã de vidro, etc.), os sistemas à base de gesso acartonado proporcionam bom desempenho acústico com significativa redução da carga sobre a estrutura.

d.6. Jateamento por celulose

Sistema em que a celulose desfibrada e mineralizada pode ser aplicada sobre superfícies de concreto, gesso, telhas, cimento amianto etc.

Aplicável em tratamento de coberturas de galpões industriais com telhas aparentes, reduzindo o fluxo térmico de irradiação em aproximadamente 70%.

Aplicando-se uma camada a partir de 1 polegada, obtém-se altos índices de absorção média dos ruídos do ambiente.

É um material auto-extinguível e não propagante de chamas, e com baixo teor de fumaça.

Resistência térmica: R = 0,54m2 K/W (0,63m2 ºC/Kcal)

Condutância térmica: C = 1,86W/m2K (1,60Kcal/m2ºCh)

Absorção Sonora – jateamento de celulose

Freqüência (Hz) 125 250 500 1000 2000 4000

Coeficiente de Absorção Sonora

0,12 0,25 0,61 0,98 0,99 0,99

Tabela 3 - Coeficientes de absorção acústica – celulose (aplicação por jateamento)

d.7. Portas Acústicas

As portas são, geralmente, elementos acusticamente fracos, apresentando índices de isolação são menores que os das paredes em que elas se encontram inseridas, pois possuem massas superficiais menores que as das paredes e frestas (entre as portas e os caixilhos).

O principal caminho de transmissão de ruído por este tipo de elemento dá-se através das frestas, especialmente, segundo SILVA (2000), da fresta inferior que, nas portas usuais, apresenta uma abertura de 1 cm, o que faz com que o índice de isolamento deste tipo de porta não ultrapasse 20 a 25 dB(A), qualquer que seja o material que a componha.

Para se obter um melhor desempenho, deve-se utilizar portas com sistema construtivo e de vedação especiais, denominadas portas acústicas, elementos essenciais em projetos de controle de ruído.

Seja para separação de área ruidosa/área silenciosa, seja para fechamentos de cabines de máquinas ou salas com alto nível de ruído, é preciso que a porta forneça isolamento acústico compatível com o restante da construção.

O mercado oferece portas e caixilhos em aço e madeira preenchidos de material fono-absorvedor, dupla vedação inferior, ferragens, revestimento externo em madeira, PVC, fórmica, pintura epóxi etc.

d.8. Tecidos de parede

Revestimento de paredes para ambientes que necessitam de confinamento de som aliado a bom acabamento.

e. Execução

e.1. Poliuretano - placas de espuma e espumação local

A densidade mínima para as placas será de 25kg/m3.

Os materiais componentes deste revestimento deverão atender às recomendações de seus respectivos FABRICANTES.

e.1.1. Camada de regularização

Depois de inteiramente limpa, a superfície a ser isolada receberá chapisco de argamassa traço 1:3, para melhor aderência.

A camada de regularização será constituída por argamassa traço 1:3, e terá sua superfície retificada, com acabamento que permita a aplicação, utilizando-se produto adesivo, das placas de poliuretano.

No caso de aplicação por espumação local, elimina-se a camada de regularização.

e.1.2. Cura

A camada de regularização deverá ser submetida a cura por prazo de 3 dias, no mínimo, o qual se ampliará para 7 dias em casos de tempo seco.

Entre a conclusão da cura e a aplicação das placas de poliuretano, deverá haver um intervalo de 4 dias, para secagem das superfícies, acrescentando-se mais 3 dias, em caso de tempo chuvoso.

e.1.3. Camada isolante

A camada isolante poderá ser constituída por placas de espuma de poliuretano ou por camada executada através de espumação local, com peso específico aparente de 37kg/m3, e condutibilidade térmica de 0,0152 W/m.k (0,013kcal/m.h.ºC)

As placas podem ser colocadas sobre paredes emboçadas, e suportam revestimento de argamassa aplicado diretamente sobre elas.

As placas serão coladas com o auxílio de adesivo plastipegante, cola de cimento ou, ainda, adesivo asfáltico. Aplicar o adesivo em toda a superfície do dorso das placas, bem como em toda a superfície a ser revestida. Em seguida, uni-las cuidadosamente até a fixação completa.

Na colagem das placas não será admitida aplicação de adesivo somente no perímetro e diagonais. A colagem da placa deverá ser iniciada por uma de suas extremidades. Evitar descontinuidade na colagem, vincos e/ou rugas entre a superfície de aplicação e a placa.

O assentamento das placas junto às esquadrias deverá realizar-se depois da pintura destas. Não será permitido o reaproveitamento de placas acústicas.

A execução dos cortes para emendas ou adaptações, se necessário, será feita com as placas superpostas.

As placas de espuma rígida de poliuretano suportam o peso das cargas normais do piso, desde que se execute uma argamassa ou sobrelaje de concreto armado, capaz de distribuir as cargas. Para o trânsito de pessoas e cargas leves, a espessura mínima da argamassa será de 3cm.

Os agregados para a massa de revestimento precisam ser escolhidos de forma a evitar que a massa, ao curar, venha a se contrair e apresentar trincas e fissuras.

As placas isolantes são muito impermeáveis, dificultando a evaporação da água através delas, tornando-se fundamental o perfeito conhecimento do ponto de aderência para aplicar o adesivo no momento certo.

Os serviços deverão ser executados por mão de obra especializada, sendo obrigatório o uso de EPI.

e.2. Mantas de Lã de Vidro

As superfícies destinadas ao recebimento do isolamento acústico deverão estar limpas, secas, uniformes, sem saliências ou reentrâncias, com ângulos ligeiramente chanfrados e não cortantes.

As mantas serão estendidas sobre a superfície, formando uma camada mínima de 7,5mm de espessura, ou seguindo as especificações do projeto de isolamento e, ainda, as instruções do FABRICANTE.

Deverão ser tomados cuidados especiais na colocação da manta próximo às aberturas (portas, janelas e

outros vãos), com ajuntamento perfeito aos batentes e calafetadas à passagem do ar.

Sobre esta camada deverá ser aplicada uma proteção à base de asfalto oxidado a quente.

Proceder o corte no formato desejado, com instrumentos apropriados.

e.3. Forros acústicos

A especificação e execução de sistemas de forros acústicos deverá estar em conformidade com o Capítulo 8 - “Coberturas e Forros” deste Caderno de Encargos, além de seguir o disposto em projeto específico e as determinações do FABRICANTE.

e.4. Gesso Acartonado (Dry Wall)

A especificação e execução dos forros e paredes em gesso acartonado (Dry Wall) deverão estar em conformidade com o disposto no Capítulo 07 - “Alvenarias e Vedações” e no Capítulo 08 - “Coberturas e Forros” deste Caderno de Encargos e, ainda, seguir as determinações projetuais e dos FABRICANTES.

f. Controle

A SUPERVISÃO deverá acompanhar a execução de todas as camadas de material isolante, observando sempre as especificações deste Caderno de Encargos.

Também deverão ser consideradas as recomendações e instruções de execução emitidas pelos FABRICANTES dos materiais isolantes.

Quando necessária, a camada de proteção deverá estar rigorosamente de acordo com as especificações de projeto e do FABRICANTE. Caso contrário, proceder os reparos necessários.

Caso esteja em desacordo, a SUPERVISÃO deverá exigir as correções necessárias e realizar nova inspeção.

As especificações e dimensionamento de materiais e áreas a serem isoladas deverão ser sistematicamente obedecidas, e serão objeto de conferência.

Uma vez atendidas todas as exigências deste capítulo, a SUPERVISÃO da CONTRATANTE poderá receber os serviços com aprovação.

9.5. ISOLAMENTOS TÉRMICOS

9.5.1. Objetivo

Este item do Caderno de Encargos da CONTRATANTE objetiva estabelecer definições básicas, materiais e sistemas usualmente utilizados para os serviços de isolamento térmico.

9.5.2. Definições

a. Carga térmica

Corresponde à quantidade de calor infiltrado ou gerado em um ambiente.

b. Condutividade Térmica

É a característica do produto isolante cujo valor numérico é fundamental para a elaboração de projetos térmicos, tabelas de perda de calor, cálculo de espessura econômica.

É a quantidade de calor Q transmitida através de uma espessura L, em direção normal à superfície A, devido a uma variação de temperatura T.

Na prática, condutividade térmica é a medida fundamental da capacidade de um material transmitir ou retardar o calor. Quanto mais baixo for seu valor, tanto melhores as propriedades isolantes do material.

c. Conforto térmico

Satisfação psicofisiológica de um indivíduo com as condições térmicas do ambiente.

d. Fluxo de calor

Geralmente usado para quantificar o calor perdido ou ganho em um sistema por hora numa determinada área.

e. Isolamento térmico

O isolamento térmico objetiva assegurar, mediante o emprego de materiais isolantes e de outras disposições, a perfeita proteção da obra contra a atuação da variação térmica do meio.

O isolamento térmico na edificação tem três finalidades básicas: conforto, economia e estabilização das estruturas.

f. Resistência Térmica

É a habilidade de um material retardar o fluxo de calor. Quando a resistência aumenta, o fluxo de calor reduz. O fator R é denominado resistência térmica do corpo, e a unidade usual é ºC/W (grau Celsius por Watt) ou K/W (grau Kelvin por Watt).

A resistência térmica de um corpo depende da sua geometria e da condutividade (ou o inverso, resistividade) térmica do material. Isso significa, por exemplo, que dois corpos de materiais idênticos podem ter resistências térmicas diferentes. Basta que algumas dimensões sejam diferentes.

9.5.3. Condições específicas

a. Projeto de isolamento

O projeto de isolamento térmico pode acompanhar qualquer tipo de projeto que priorize o conforto térmico ou a redução de gastos com climatização. O isolamento térmico bem projetado pode proporcionar conforto térmico e, muitas vezes, tornar dispensável ou desnecessário o sistema de climatização.

Além disso, o sistema de isolamento térmico aumenta a vida útil da impermeabilização.

As membranas impermeáveis são constituídas geralmente de materiais orgânicos (por exemplo, betume asfáltico, que é transformado em asfalto oxidado). A degradação química do asfalto tem como causa principal a oxidação, que aumenta exponencialmente com a elevação da temperatura.

Os impermeabilizantes inorgânicos são rígidos e não satisfazem às exigências de uma membrana impermeável. Os asfaltos e plásticos sofrem deterioração acentuada quando expostos ao sol, (raios infravermelhos e ultravioletas), ao oxigênio, ao ozônio e às variações de temperatura.

Todas as estruturas sofrem o efeito das dilatações e das contrações térmicas. A variação dimensional das estruturas depende da natureza do material, e é proporcional à temperatura ambiente. A dilatação térmica causa tensões de compressão por aumento de volume. Esta força que se desenvolve como resultado da dilatação destrói qualquer obstáculo que se oponha a ela, como muretas, engastamentos entre confinamentos rígidos, etc. No caso de diminuição da temperatura em relação à média, obtém-se forças de contração. Como conseqüência, as forças de contração produzem fissuramentos.

Para minimizar os efeitos das dilatações e demais variações dimensionais nas estruturas, deve-se recorrer aos sistemas de isolamento térmico.

Para se poder avaliar as variações dimensionais é necessário conhecer o coeficiente de dilatação térmica do material, que se expressa em unidade dimensional por grau de temperatura.

b. Materiais

Um bom isolante é um material cuja condutividade térmica é baixa em ralação à dos materiais usuais.

Como os sólidos conduzem bem o calor e os gases estagnados são maus condutores, os isolantes são sempre produtos celulares ou laminares, formados por células de gás ou simplesmente de ar. Por esta razão, os isolantes são muito leves, não influenciando de maneira significante no peso total da construção.

A escolha do isolante é feita em função do seu custo, resistência e temperaturas elevadas ou baixas, impermeabilidade, porosidade, facilidade de incendiar-se, peso, resistência à putrefação, facilidade de manuseio, resistência mecânica, resistência química e estabilidade dimensional.

As espumas plásticas são inflamáveis e alimentam a chama. Nelas empregam-se agentes químicos que servem para abafar o processo de combustão impedindo que o fogo se alastre. Estes materiais devem ser protegidos por revestimentos, de forma a mantê-los resguardados. O material deve ser colocado entre duas paredes pintando com tinta “ignífuga” ou protegido com revestimento de alumínio.

As espumas de poliestireno são destruídas pela ação de óleos e solventes, como nafta, aguarrás, benzeno, tolueno e outros. Assim, é necessário escolher adesivos que não contenham estes solventes e evitar o contato com óleos minerais. Antes da aplicação de produtos desconhecidos, devem ser feitos testes nesse sentido.

A espuma rígida de poliuretano, entretanto, resiste bem à maioria dos produtos químicos e solventes, necessitando de maiores cuidados somente em casos especiais.

Os isolantes inorgânicos resistem bem aos solventes; porém, em casos específicos de agressão ácida ou alcalina, é necessário submeter os produtos a testes

Somente os materiais inorgânicos são realmente resistentes ao fogo e não alimentam a chama. Exemplo: espuma de cimento (concreto celular), argilas expandidas, silicato de cálcio, silicato diatomáceo com amianto, lã de vidro ou lã de rocha que se fundem a temperaturas elevadas, etc.; em certos tipos de materiais são empregados aglomerantes que podem alimentar a chama.

As espumas plásticas são inflamáveis e alimentam a chama. Nelas empregam-se agentes químicos que servem para abafar o processo de combustão, impedindo que o fogo se alastre.

Tais materiais devem ser protegidos por revestimentos, de forma a mantê-los resguardados. Para isso, o material deve ser colocado entre duas paredes, pintado com tinta ignífuga ou protegido com revestimento de alumínio.

As faixas de temperatura para aplicação dos diversos materiais é variável:

• Lã de Rocha: aplicável em temperaturas variando de – 200ºC a 750ºC

• Lã de Vidro: aplicável em temperaturas variando de – 200ºC a 550ºC;

• Fibra Cerâmica: até 1.400ºC, podendo atingir até 1.600ºC em determinados produtos;

• Silicato de Cálcio: até 815ºC;

• Poliestireno Expandido (Isopor): aplicável em temperaturas variando de -50ºC à 80ºC;

• Poliuretano: aplicável em temperaturas variando de 80ºC a 100ºC (períodos curtos).

Material K (W.m −1.K−1) Material K (W.m−1.K−1)

Prata 406 Fibrocimento 0,16

Cobre 385 Hidrogênio a 0º 0,14

Latão 109 Hélio a 0º 0,14

Alumínio 205 Oxigênio 0,023

Ferro 65 Gelo seco 0,1

Aço 50,2 Fibra de vidro 0,04

Chumbo 34,7 Tijolo de isolamento 0,15

Mercúrio 8,3 Tijolo cerâmico 0,6

Gelo 1,6 Cortiça 0,04

Vidro 0,8 Lã de rocha 0,04

Cimento 0,8 Madeira 0,04 – 0,12

Água a 20ºC 0,6 Ar a 0ºC 0,024

Tabela 4 – Condutividade térmica de materiais habituais

Materiais Isolantes

Densidade (kg/m3)

Coeficiente de Condutividade Térmica – K

(Kcal/mhºC)

Espuma de concreto

400 0,12

500 0,16

(concreto celular) 600 0,20

800 0,25

Fibra de madeira 200

300

0,040

0,050

Cortiça 120

160

0,035

0,038

Espumas plásticas 16

25

0,030

0,035

Lã de vidro ou mineral

12 0,045

16 0,042

20 0,038

30 0,018

40 0,029

Lã de vidro ou mineral em mantas

200 0,035

300 0,080

450 0,110

Argamassa de argila expandida 200 0,085

Silicato de cálcio ou óxido de magnésio 100

200

0,046

0,055

Poliestireno extrudado 33 0,023

Poliestireno expandido do tipo auto- extinguível

20 0,027 – 0,031

40 0,029

60 0,027

Espuma rígida de poliuretano 40 0,018

Tabela 5 – Tabela comparativa da condutividade térmica de materiais isolantes – valores práticos para

cálculo conforme norma DIN 4108

b.1. Poliuretano (PU ou PUR)

Poliuretano (ou PU) é qualquer polímero que compreende uma cadeia de unidades orgânicas unidas por ligações uretânicas. É amplamente usado em espumas rígidas e flexíveis, em elastômeros duráveis e em adesivos de alto desempenho, em selantes, fibras, vedações, gaxetas etc.

O poliuretano é um produto sólido, com textura de espuma, e aparência entre a cortiça e o poliestireno expandido. É obtido a partir da reação química, que ocorre quase que instantaneamente, entre dois compostos químicos líquidos. Um dos compostos químicos é um ativador da reação (conhecido por MDI) e o outro é um composto químico conhecido como POLIOL.

A espuma de poliuretano aplicada por "spray" tem viabilidade econômica para áreas acima de 300 m2. Oferece a vantagem de ser auto-aderente e pode ser aplicada sobre superfícies irregulares e onduladas, como no caso de telhas. Resolve casos onde placas não podem ser aplicadas. Este produto necessita sempre de uma pintura ou revestimento de proteção, principalmente quando exposto ao tempo. As pinturas adequadas são: pinturas asfálticas com acabamento pigmentado de alumínio, pinturas à base de silicone; pinturas à base de acrílico; pinturas com tintas de proteção contra incêndio; aplicações de emulsão asfáltica.

A espuma de poliuretano contém, no interior das suas células, o agente expansor, monofluorclorometano cujo coeficiente de condutibilidade térmica é de 0,0079 Kcal/mh ºC. Esta característica confere à espuma de Poliuretano um coeficiente de condutibilidade térmica, à temperatura ambiente, de 0,017 Kcal/mh ºC.

Pode ser aplicado sobre qualquer tipo de suporte, e possui grande aderência. À sua resistência térmica, o acrescenta-se a sua total estanqueidade e resistência à compressão.

Quando aplicado diretamente sobre os materiais normalmente utilizados na construção civil (concreto, tijolos, madeira, ferro etc), reduz as dilatações das coberturas e paredes, sendo classificado como isolante estrutural.

Os poliuretanos são extremamente versáteis, mas podem ser definidos em alguns tipos básicos:

• Espumas rígidas: são sistemas bicomponentes normalmente utilizados em sistemas de isolamento térmico e acústico, para modelação ou para proteção de transportes de peças e equipamentos;

• Espumas flexíveis: são utilizados em abafadores, isolamentos acústicos etc;

• Elastômeros: utilizados em várias aplicações, como encapsulamentos eletrônicos, amortecedores, sapatas de equipamentos, revestimentos antiderrapantes e resistentes à abrasão, acabamento em produtos promocionais, tubos e dutos, revestimentos de etiquetas, blocos de modelação, etc.;

• Tintas: normalmente são utilizadas em aplicações onde existe a necessidade de bom acabamento, excelente brilho, resistência química, boa aderência, e resistência a UV. Podem ser bicomponentes ou monocomponentes; normalmente, os bicomponentes são os de melhor resistência, em todos os sentidos.

b.2. Poliestireno expandido (EPS)

O EPS é um plástico celular rígido, resultante da polimerização do estireno em água. Em seu processo produtivo não se utiliza o gás CFC ou qualquer um de seus substitutos. Como agente expansor para a transformação do EPS, emprega-se o pentano, um hidrocarbureto que se deteriora rapidamente pela reação fotoquímica gerada pelos raios solares, sem comprometer o meio ambiente. O produto final é composto de pérolas de até 3 milímetros de diâmetro, que se destinam à expansão.

No processo de transformação, essas pérolas são submetidas à expansão em até 50 vezes o seu tamanho original, através de vapor, fundindo-se e moldando-se em formas diversas. Expandidas, as pérolas consistem em até 98% de ar e apenas 2% de poliestireno. Em 1m³ de EPS expandido, por exemplo, existem de 3 a 6 bilhões de células fechadas e cheias de ar.

Os produtos finais de EPS são inodoros, não contaminam o solo, água ou ar, são 100% reaproveitáveis e recicláveis, e podem voltar à condição de matéria-prima. Não produz chama quando queimado, e libera basicamente água e produtos derivados de carbono.

É produzido em duas versões: Classe P, não retardante à chama, e Classe F, retardante à chama.

É um material inerte, muito leve, proporciona bom isolamento térmico e acústico, não prolifera fungos e não absorve água. Possui boa resistência mecânica e baixa condutividade térmica. A estrutura de células fechadas, cheias de ar, dificulta a passagem do calor, o que confere ao isopor um grande poder isolante. Pode ficar exposto a intempéries sem prejuízos a sua durabilidade. É compatível com a maioria dos materiais como cimento, cal e gesso, e tem um ótimo acabamento.

Higiênico e totalmente inócuo, não constitui substrato ou alimento para o desenvolvimento de microrganismos, não absorve umidade nem liberta qualquer substância.

A leveza e a capacidade de isolamento térmico do poliestireno expandido, associadas ao baixo custo do material, proporcionam grande utilização pelo mercado da construção civil.

Disponível em:

• Chapas para isolamento termo-acústico em telhados;

• Forro isolante e molduras para teto (sancas);

• Telhas térmicas;

• Placas associadas a gesso acartonado;

• Pranchas usadas como base para pisos;

• Painéis autoportantes.

b.3. Espuma rígida de poliestireno extrudado

Isopor de alta densidade para aplicação na construção civil, confeccionado em poliestireno e modelado em placas rígidas. Apresenta pouca ou nenhuma absorção de água.

Promove o aumento da vida útil da impermeabilização, e é indicado para isolamentos térmicos de altas e baixas temperaturas, com boa resistência mecânica, fácil instalação, manuseio, estocagem e transporte.

Aplicação: paredes, lajes com impermeabilização, sob telhas (metálicas, fibrocimento etc.).

Pode também ser utilizado como camada amortecedora sobre pisos em áreas que recebem cargas concentradas (pisos de rolamento e locais sujeitos ao trânsito de veículos).

b.4. Concreto celular

b.4.1. Concreto celular “in situ”

O concreto celular é um concreto leve, produzido pela incorporação aditivo aerante a uma argamassa de areia, cimento e água. Sua preparação é feita no próprio local da obra, com equipamentos especiais que permitem produção em bateladas ou contínua.

O produto final curado apresenta um número infinito de pequenos alvéolos formados por diminutas bolhas de ar, uniformemente distribuídas em toda a massa, conferindo baixa densidade e propriedades isolantes ao produto, sem alterar as características do cimento utilizado. Dessa forma, permite que o concreto apresente uma resistência à compressão superior a outros produtos isolantes, como espumas plásticas, lã de vidro, etc.

O aditivo aerante em pó misturado ao cimento produz concretos de baixas densidades, tornando-os isolantes térmicos, resistentes ao fogo e com boa atenuação acústica.

Condutividade térmica = 0,079 kcal/mh ºC a 33,9 ºC ou 0,0679 W/Km a 307,05 K

Aplicações:

• Como isolante térmico em lajes de coberturas e terraços, sobre as mantas impermeabilizantes, em espessura uniforme. Pode também ser aplicado com espessura variada, formando caimentos (desníveis) de 1% até 5%;

• Como enchimento de câmaras vazias entre paredes; sob piscinas de fibra de vidro ou em rebaixo em lajes, proporcionando, simultaneamente, isolamento térmico e redução da transmissão de ruídos e vibrações à estrutura (isolamento acústico);

• Na confecção de blocos (tijolos) e peças pré-moldadas para lajes pré-moldadas etc.

O concreto celular “in situ” pode ser fabricado em densidades variáveis de 400Kg/m³ até 1.800Kg/m³, conforme a finalidade e resistência desejadas.

Além do seu efeito isolante, pode ser utilizado para fazer os caimentos e os enchimentos de rebaixos.

A variação da densidade do concreto ocorre em função da quantidade da aditivo aerante incorporado à argamassa e ao tempo de amassamento.

b.4.2. Concreto celular autoclavado

O concreto celular autoclavado é um produto leve, formado a partir de uma reação química entre cal, cimento, areia e pó, que, após uma cura em vapor a alta pressão e temperatura, da origem a um silicato de cálcio, composto químico estável que o faz um produto de excelente desempenho na construção civil.

Apresenta uma resistência à ruptura por compressão que permite, também, a execução de alvenaria autoportante. Além da boa performance funcional, como elemento de alvenaria e laje, o concreto celular autoclavado exibe propriedades que o caracterizam como um material incombustível e isolante termo- acústico.

Os blocos são utilizados para vedação de vãos e enchimento de lajes nervuradas; os painéis armados; para paredes ou lajes. Também são encontrados blocos-canaleta para vergas e contra-vergas.

Como isolante de paredes externas sujeitas à incidência do sol, a espessura indicada é de 10 cm.

Para áreas transitáveis, assenta-se o piso sobre os blocos, como acabamento final.

b.5. Argamassa de vermiculita expandida

Vermiculita é um mineral da família das argilas micáceas (aluminosilicato hidratado de ferro e de magnésio), constituído pela superposição de finas lamínulas que, submetidas a altas temperaturas (cerca de 800º/1000°C), expandem os seus grãos em vinte vezes do seu volume original, deixando um grande vazio em seu interior. Os espaços vazios originados desta expansão volumétrica são preenchidos por ar, que conferem à vermiculita grande leveza, e isolação térmica e acústica.

As principais características deste tipo de material são:

• Massa específica aparente ~ 110kg/m³;

• Baixa densidade (variando de 80 até 120kg/m³);

• Condutividade térmica máxima a temperatura ambiente da Vermiculita ~ 0,070 W/m.k;

• Coeficiente de absorção acústica a 1.000 Hz: 0,50;

• Incomburente;

• Insolúvel em água;

• Atóxico;

• Não abrasivo;

• Inodoro;

• Não se decompõe, deteriora ou apodrece.

A vermiculita é inorgânica, insolúvel em bases e ácidos fracos solventes orgânicos, apresentando pH praticamente neutro (7,0). É usada como agregado fino (substituindo a areia) para argamassas ou concretos aplicadas sobre lajes ou revestimento de parede, normalmente como "massa grossa", com espessuras de 3 a 10cm.

Em paredes deverá ser aplicado um chapisco grosso prévio e, se necessário, esta argamassa deverá ser aplicada em camadas, seguindo os procedimentos para aplicação de argamassas para revestimento descritos no Capítulo 7 - “Alvenarias e Revestimentos” deste Caderno de Encargos.

b.5.1. Concreto leve de vermiculita expandida

Também muito utilizada na produção de concretos leve, para confecção de contra-pisos de nivelamento de lajes em edifícios. O concreto leve com vermiculita é um concreto convencional onde o principal agregado é a vermiculita.

Utilizando em áreas que não haja exigência de grandes esforços, o concreto de vermiculita consegue compatibilizar baixíssimo peso com boa resistência mecânica.

Aplicações: enchimento de pisos, isolamento termo-acústico em divisórias, forros, lajes e paredes, contra- piso, rebocos acústicos, corta fogo, câmaras a prova de som, câmaras a prova de fogo, rebocos isolantes etc. A vermiculita é também usada a granel, dentro de alvenarias, blocos de concreto ou sob assoalhos.

b.5.2. Placas e blocos de vermiculita

Placas e blocos isolantes extremamente leves, prensadas, quimicamente ligadas, à base de vermiculita expandida e ligantes inorgânicos, apresentando boa resistência mecânica. São recomendadas para uso em temperaturas de serviço contínuo de até 1000oC.

b.6. Lã de Rocha

A lã de rocha mineral é um produto isolante formado por uma trama de fibras de materiais pétreos (basalto aglomerado com resina sintética), formando um feltro que mantém, entre as fibras, o ar em estado estático. Tais formações de fibras permitem obter produtos muito leves e que oferecem elevados níveis de proteção ao calor, ao ruído e ao fogo.

A lã de rocha é conhecida como isolante acústico por sua estrutura flexível, e térmico por manter o ar em estado imóvel. As principais características deste material são:

• Isolante acústico;

• Isolamento térmico;

• Incomburente;

• pH neutro, anti-parasita, não corrosivo e imputrescível;

• Não nocivo à saúde, mas seu manuseio e aplicação deverá ser feito com vestuário e luvas adequadas;

• Não poluente;

• Favorável custo/benefício.

A lã de rocha pode ser aplicada em forros, divisórias, pisos, falsos tetos, fachadas, proteção de estruturas, em dutos de ar condicionados, em tubulações com baixas, médias e altas temperaturas de 50°C a 750°C.

O mercado brasileiro oferece a lã de rocha em forma de painéis e mantas revestidas ou não, com plástico auto-extinguível, de manta com Kraft aluminizado, de calhas e mantas com tela metálica para proporcionar maior resistência mecânica ao material.

b.7. Lã de Vidro

A lã de vidro provém de uma substância líquida inorgânica obtida através de um composto básico de vários elementos: a sílica (em forma de areia, que assume o papel de vitrificante), o carbonato de sódio, sulfato de sódio e potássio (para que a temperatura de fusão seja mais baixa), e o carbonato de cálcio e magnésio, como estabilizantes, conferindo a este material uma elevada resistência à umidade.

É fabricado em alto forno a partir de sílica e sódio, que elevados a temperatura de aproximadamente 1500 ºC, formam uma massa em estado plástico de altíssima viscosidade, que aumenta à medida que arrefece, mantendo-se em estado de sobre fusão sem cristalizar.

Possui ótimo coeficiente de absorção sonora em função à porosidade da lã (a onda sonora entra em contato com a lã e é rapidamente absorvida).

Possui rendimento térmico superior ao da lã de rocha, porém em faixa de trabalho inferior, chegando a limites máximos de 450ºC.

Suas principais vantagens:

• É leve e de fácil manipulação;

• Não propaga chamas;

• Não deteriora;

• Não favorece a proliferação de fungos ou bactérias;

• Não é atacada nem destruída pela ação de roedores.

O mercado oferece a lã de vidro em forma de manta, do tipo manta ensacada com polietileno, manta aluminizada, manta revestida com feltro para construções metálicas e manta de fibro-cerâmica para tubulações e equipamentos com temperaturas elevadas e, ainda, painéis revestidos com papel Kraft, tecido e outros.

A manta de lã de vidro, quando instalada, adquire a forma do material ou componente que se vai isolar. Nesse caso, o produto não recebe aplicação de resina, sendo comercializado na forma de grandes rolos.

Aplicável no isolamento externo de dutos de ar retangulares ou redondos e, quando revestidos com barreira de vapor, podem ser usados em sistemas de ar condicionado. São produzidas com diversas densidades (de 12 Kg/m3 a 20 kg/m3) e apresentam diversas espessuras, (1 a 4 polegadas).

As placas isolantes são fabricadas com lã aglutinada com resina termofixa, e apresentadas em forma de painéis retangulares flexíveis, semi-rígidos ou rígidos em diferentes densidades (desde 20 Kg/m3 até 100 Kg/m3) e diversas espessuras, para aplicações em temperaturas de –18°C a 232°C. São leves, resistentes e possuem alta performance térmica e acústica.

Densidade

kg/m3

Espessura Condutividade Térmica – K

(W / mºC ) - Temp. méd.=24ºC

Resistência térmica - R (m2 º C / W )

12 50 mm 0,045 1,11

20 50 mm 0,038 1,32

35 50 mm 0,034 1,47

12 75 mm 0,045 1,67

Tabela 6 – Resistência térmica da lã de vidro

b.8. Fibra cerâmica

A fibra cerâmica é um material composto pela eletrofusão da alumina e da sílica em temperatura aproximada de 2000°c. A composição básica da fusão é de 48% de Al2O3 e 52% de SiO2. No processo de eletrofusão, em temperatura próxima a 2000°C, o material fundido escorre por um orifício e recebe um jato de ar comprimido, formando assim a fibra. De aparência similar à fibra de vidro, suporta temperaturas muito mais elevadas, além de maior coeficiente de isolamento.

É usada em diferentes aplicações como isolante térmico. Sua limitação de emprego está nas aplicações nas quais o isolante sofra esforço mecânico. Aplicável em diversas faixas de temperatura, até 1.440ºC. Normalmente, o material é empregado sob a forma de mantas, placas, módulos ou flocos.

A manta de fibra cerâmica é composta por fibras flexíveis entrelaçadas, e possui a resistência de um refratário sólido. Aplicação: temperaturas de 538º a 1482ºC.

Características:

• Baixa condutibilidade térmica e baixo armazenamento de calor;

• Alta resistência à tração e resistência ao choque térmico;

• Material absorvente;

• Não contém amianto.

b.9. Feltros revestidos

Feltros leves e flexíveis revestidos com folha de alumínio em uma das faces, utilizado para isolamento térmico de dutos de ar-condicionado que requeiram proteção á condensação.

Também aplicável ao isolamento termo-acústico de tubulações, coberturas, sobre forros e dutos de exaustão.

b.10. Feltros envelopados

Feltros leves e flexíveis envelopados em polietileno auto-extinguível. Devido a sua baixa condutividade térmica, amortece e atrasa a passagem de calor, proporcionando conforto aos usuários. Possui altos índices de absorção acústica, que não são substancialmente alterados pelo polietileno, devido a pequena espessura do filme.

Aplicações: sobre forros vazados, sobre forros falsos, sob coberturas.

b.11. Mantas revestidas com tela galvanizada

Indicadas para o revestimento térmico e acústico de superfícies cilíndricas, planas ou irregulares, caixas removíveis de flanges, válvulas etc. A maleabilidade, flexibilidade e conformabilidade das mantas permitem a sua utilização em equipamentos e tubulações de formas e diâmetros variados.

A tela metálica de suporte serve como elemento de fixação.

Possuem baixos coeficientes de condutividade e elevados índices de absorção acústica. Conjugados aos revestimentos massivos, são freqüentemente utilizados para reduzir o nível de ruído de tubulações e equipamentos industriais.

b.12. Silicato de Cálcio

Material isolante para aplicação em tubulações e equipamentos em médias e altas temperaturas, por sua baixa densidade, resistência mecânica, mínima perda de calor, insolubilidade em água e alta resistência estrutural.

b.13. Emulsão polimérica

Também é utilizado como pintura refletiva de impermeabilizações asfálticas e isolantes térmicos de poliuretano expandido, sendo que, neste caso, deve possuir maior capacidade de recobrimento com a incorporação de maior quantidade de óxido de titânio (TiO2).

b.14. Espuma Elastomérica

Espuma do poliuretano poliéster, auto-extinguível, tratada com retardante a chama para melhorar sua propriedade quanto a segurança ao fogo. Estão protegidas contra mofos, fungos e bactérias.

Este tipo de material é oferecido no mercado em forma de placas de diversas espessuras e dimensões.

b.15. Alumínio corrugado

Disponível com ou sem papel Kraft betumado em uma das faces, é utilizado para capear tubulações e equipamentos com isolamento.

Vantagens:

• aumento da resistência mecânica da tubulação (sem aumento da espessura dos tubos);

• formação de barreira de vapor;

• evita o contato entre o material isolante e o revestimento metálico da tubulação (por diferença de potencial galvânico poderia ocorrer o ataque da lâmina de alumínio);

• proporciona melhor acabamento.

b.16. Manta refletiva

Manta refletiva composta de papel kraft reforçado por trama de fios, selada em ambas as faces por folha de alumínio. É impermeável e auto-extinguível, sendo indicada para atuação como sub-coberturas, aplicada logo abaixo de telhas (cerâmicas, metálicas, etc), evitando o calor proveniente da radiação térmica.

Além de atuar como isolante térmico, evita infiltrações para o interior da edificação, originadas a partir da cobertura. A manta pode ser recoberta por outros produtos e ainda proporcionar bom isolamento contra o calor e o frio.

b.17. Argila expandida

É um agregado leve de formato esférico, com estrutura interna formada por uma espuma cerâmica com microporos e superfície rígida e resistente. Possui estabilidade dimensional e propriedades de isolamento térmico e acústico. Disponível em diferentes granulometrias e, de acordo com os diâmetros, pode ser utilizada em jardins e floreiras (para estabilizar a umidade da terra), na produção de concreto leve e sobre lajes sombreadas (devido à sua baixa densidade), e no isolamento térmico e acústico de ambientes.

É produzida artificialmente em grandes fornos cilíndricos rotativos, utilizando argilas especiais que se expandem (devido à retenção de gases formados) a altas temperaturas (1.100°C), transformando-as em um produto leve, de elevada resistência mecânica e ao fogo e aos principais ambientes alcalinos e ácidos etc.

No ambiente interno, a argila expandida dificilmente é pulverizada devido à sua rigidez; caso aconteça, a proteção pode ser feita com lenços ou máscaras simples que filtrarão a poeira indesejável. A argila expandida é inodora e hipoalergênica.

É mecanicamente consistente, durável e quimicamente estável, não inflamável e eletricamente neutra, e não se altera com o tempo, podendo ser estocada por longos períodos e próximo a outros materiais. Não há necessidade de manutenção ou limpeza regularmente devido à sua estabilidade.

A camada de argila expandida é utilizada basicamente como isolante térmico, atuando também como proteção da impermeabilização contra a incidência de raios solares. A altura mínima recomendada para a camada de argila expandida é de 10cm.

Nas lajes, seu dimensionamento deve considerar a sobrecarga advinda da utilização do material, considerando sua granulometria e estado de saturação, admitindo média de 1.400kg/m3.

Cuidados adicionais deverão ser observados no que diz respeito aos caimentos para drenagem de água e na adoção de grelhas hemi-esféricas, evitando que os grãos de argila sejam encaminhados para os condutores de água. Observar também que o desempenho da camada do isolante térmico cai quando há saturação da argila.

Granulometria e Aplicações:

• 05 a 13mm: enchimento de pisos e vazios;

• 13 a 20mm: proteção térmica de drenagem;

• 20 a 30mm: proteção térmica de drenagem em jardins, agregado para concreto.

Material Densidade Kg/cm3

Absorção (% vol.)

Estabilidade dimensional

Poliestireno extrudado 33 0,2

Estável até 70ºC

Poliestireno expandido 20 4

Espuma rígida de poliuretano 25

30

40

2

1,2

1

Lã de vidro

Mantas de lã de vidro

12 – 20

40

absorvente

Há deformação quando

exposto ao sol

Tabela 7 – Tabela comparativa de materiais isolantes - % de absorção de água e estabilidade dimensional

Material Densidade Kg/cm3

Temperatura máxima (ºC)

Poliestireno extrudado 33 70

Poliestireno expandido 20-25 70

Espuma rígida de poliuretano 30 120

40 250

40

Lã de vidro 40 400

60 500

Lã mineral 200 300

Concreto celular ou 200 600

espuma de cimento 400 - 450 300

Tabela 8 – Tabela comparativa de materiais isolantes – resistência ao calor

c. Execução

As superfícies a isolar receberão limpeza geral e cuidadosa.

Salvo especificação em contrário, a espessura da camada isolante será calculada de forma que o conjunto cobertura-camada apresente uma resistência térmica de, no mínimo, 1,3 K

Kcal/h

Onde:

K = constante de condutividade do material isolante.

c.1. Poliuretano - placas de espuma e espumação local

c.1.1. Camada de regularização

Depois de inteiramente limpa, a superfície a ser isolada receberá chapisco de argamassa traço 1:3, para melhor aderência.

A camada de regularização será constituída por argamassa traço 1:3, e terá sua superfície retificada, com acabamento que permita a aplicação, utilizando-se produto adesivo, das placas de poliuretano.

No caso de aplicação por espumação local, elimina-se a camada regularizante.

c.1.2. Cura

A camada de regularização deverá ser submetida à cura por prazo de 3 dias, no mínimo, o qual se ampliará para 7 dias em casos de tempo seco.

Entre a conclusão da cura e a aplicação das placas de poliuretano, deverá haver um intervalo de 4 dias, para secagem das superfícies, acrescentando-se mais 3 dias, em caso de tempo chuvoso.

c.1.3. Camada isolante

A camada isolante poderá ser constituída por placas de espuma de poliuretano ou por camada executada através de espumação local, com peso específico aparente de 37kg/m3, e condutibilidade térmica de 0,0152 W/m.k (0,013kcal/m.h.ºC)

As placas serão coladas com o auxílio de adesivo plastipegante, cola de cimento ou, ainda, adesivo asfáltico. Aplicar o adesivo em toda a superfície do dorso das placas, bem como em toda a superfície a ser revestida. Em seguida, uni-las cuidadosamente até a fixação completa.

Na colagem das placas não será admitida aplicação de adesivo somente no perímetro e diagonais. A colagem da placa deverá ser iniciada por uma de suas extremidades. Evitar descontinuidade na colagem, vincos e/ou rugas entre a superfície de aplicação e a placa.

O assentamento das placas junto às esquadrias deverá realizar-se depois da pintura destas. Não será permitido o reaproveitamento de placas acústicas.

A execução dos cortes para emendas ou adaptações, se necessário, será feita com as placas superpostas.

As placas de espuma rígida de poliuretano suportam o peso das cargas normais do piso, desde que se execute uma argamassa ou sobrelaje de concreto armado, capaz de distribuir as cargas. Para o trânsito de pessoas e cargas leves, a espessura mínima da argamassa será de 3cm.

As placas isolantes são muito impermeáveis, dificultando a evaporação da água através delas, tornando-se fundamental o perfeito conhecimento do ponto de aderência para aplicar o adesivo no momento certo.

Os serviços deverão ser executados por mão de obra especializada, sendo obrigatório o uso de EPI.

• Placas com densidade 25kg/m3

Para uma transmissão de calor de 1,0 kcal/m2 h ºC, recomenda-se a espessura mínima de 2,5cm.

Para uma transmissão de calor de 0,72 kcal/m2 h ºC, recomenda-se a espessura mínima de 3,5cm.

• Placas com densidade 30kg/m3

Para uma transmissão de calor de 1,0 kcal/m2 h ºC a espessura necessária é de 1,8 cm (na prática, 2,0 cm).

Para uma transmissão de calor de 0,72 kcal/m2 h ºC a espessura necessária é de 2,5 cm.

c.2. Forros e placas de poliestireno expandido

c.2.1. Camada de regularização

Depois de inteiramente limpa, a superfície a ser isolada receberá chapisco de argamassa traço 1:3, para melhor aderência.

A camada de regularização será constituída por argamassa traço 1:3, e terá sua superfície retificada, com acabamento que permita a aplicação, utilizando-se produto adesivo, das placas de poliestireno

c.2.2. Cura

A camada de regularização deverá ser submetida à cura por prazo de 3 dias, no mínimo, o qual se ampliará para 7 dias em casos de tempo seco.

Entre a conclusão da cura e a aplicação das placas de poliestireno, deverá haver um intervalo de 4 dias, para secagem das superfícies, acrescentando-se mais 3 dias, em caso de tempo chuvoso.

c.2.3. Camada isolante

A camada isolante será constituída por placas de poliestireno expandido, com peso específico aparente de 20 kg/m3 e condutibilidade térmica de 0,028 W/m.m.K (0,024 Kcal/m.h.ºC).

As placas, no caso de isolamento de telhados, podem ser coladas com emulsão asfáltica.

As placas associadas a gesso acartonado serão fixadas através com argamassa específica ou fixação mecânica.

Os forros serão presos ao teto através de perfis metálicos e tirantes. A execução deverá seguir as instruções do FABRICANTE e o disposto item 8.6 do Capítulo 8 - “Coberturas e Forros” deste Caderno de Encargos, no que for aplicável.

c.3. Mantas de lã de vidro

Os serviços de execução deverão seguir o disposto no item 9.4.3 – e.2 deste capítulo.

c.3.1. Densidade 40kg/m3

Para uma transmissão de calor de 1,0 kcal/m2 h ºC, recomenda-se a espessura mínima de 3cm.

Para uma transmissão de calor de 0,72 kcal/ m2 h ºC, recomenda-se a espessura mínima de 4cm.

Restrição: estas mantas não podem ser pisadas, e absorvem água se houver vazamento de água pelo telhado.

c.4. Concreto celular “in situ”

Depois de inteiramente limpa, a superfície receberá um chapisco com argamassa 1:3, para melhor aderência.

Preparar a mistura de cimento, aditivo aerante e água. Os aditivos devem ser bem misturados e agitados, evitando qualquer contaminação com outros materiais. Deverão ser observadas as instruções de execução fornecidas pelo FABRICANTE dos aditivos..

Misturar a água, o aditivo aerante e o cimento, em betoneira, pelo tempo de 5, 8 ou 10 minutos, ou de acordo com as instruções do FABRICANTE dos aditivos. De acordo com o tempo de batimento, o concreto ficará mais leve ou mais pesado. Quanto menor a relação água/cimento, maior a resistência de compressão, e menor a capacidade isolante.

A camada isolante será constituída por concreto celular de peso específico aparente de 400 kg/m3, salvo determinação em contrário, e deverá apresentar condutibilidade térmica de 0,174W/m.K (0,15 Kcal/m.h.ºC).

A resistência à compressão do concreto celular será de, no mínimo, igual a 0,8MPa (8kg/cm2)

Para uma transmissão de calor de 1,0 kcal/m2 h ºC, é necessária uma camada de de 6 a 8 cm de espessura. Para uma transmissão de calor de 0,72 kcal/m2 h ºC, a espessura necessária é de 11 cm (equivalente a 2,5 cm de espuma rígida de poliuretano).

O preparo do concreto deverá seguir as disposições contidas no Capítulo 6 - “Estrutura de Concreto e Metálica” deste Caderno de Encargos.

Tempo de Mistura

(em betoneira de 43 RPM)

Resistência à compressão (72h)

5 minutos 14 kgf/cm2

8 minutos 9,5 kgf/cm2

10 minutos 7,0 kgf/cm2

Tabela 9 – Concreto espumoso celular “in situ” - tempos de mistura e resistência à compressão

c.5. Argamassa de vermiculita expandida

A camada isolante será constituída por argamassa de vermiculita com peso específico aparente de 400 kg/ m3, salvo especificação em contrário, e condutibilidade térmica de 0,051W/mK (0,44 kcal/m.h.ºC).

A resistência à compressão da argamassa de vermiculita ser de, no mínimo, igual a 0,8MPa (8 kg/cm2)

c.5.1. Manuseio

Evitar pancadas fortes, que podem provocar geração de pó dentro da embalagem. O material poderá emitir poeira se manuseado de modo inadequado. O ambiente deverá ser ventilado.

A trepidação gerada durante o transporte e o manuseio provoca um adensamento normal do material.

c.5.2. Estocagem

Armazenar o produto sobre paletes de madeira, em local seco e aberto protegido de intempéries.

O empilhamento máximo recomendado é de 10 sacos.

c.5.3. Traços

• Vermiculita : Cimento : Água = 4 : 1 : 2 (mistura, quando curada, apresenta peso aproximado de 700Kg/m3);

• Vermiculita : Cimento : Água = 5 ou 6 : 1 : 2 (para locais sem trânsito).

Traços da vermiculita sobre lajes, para enchimentos leves, isolamentos térmicos e acústicos

Trânsito sobre a laje

Traço

Sem trânsito 1:8

Trânsito leve de pessoas 1:6 (com proteção mecânica de cimento e areia)

Trânsito pesado de pessoas 1:4 (com proteção mecânica de cimento e areia)

Trânsito de veículos 1:4 (com proteção mecânica de cimento e areia de 5 em armada com tela e piso final)

Caso haja trânsito de qualquer espécie, é recomendável proteção mecânica com uma argamassa de cimento x areia traço 1: 3, com no mínimo 2 cm de espessura.

Tabela 10 - Traços – vermiculita

c.5.4. Aplicação

• Paredes:

Depois de inteiramente limpa, a superfície a ser isolada receberá um chapisco com argamassa traço 1:3, para melhor aderência. Apicoar, caso haja reboco.

Com as paredes bem secas, aplicar uma camada de até 3 cm. Usar a proporção de 5:1 (Vermiculita: Cimento) com 25% de água sobre o volume da vermiculita.

Espere secar bem (aproximadamente 72 h), e só então aplicar uma nova camada, repetindo o processo até a espessura desejada (mínima recomendada: 3,0 cm).

Depois de seco, aplicar uma camada de aproximadamente 1 cm de argamassa de areia e cimento, traço 1:3.

• Lajes descobertas

Regularizar a superfície da laje, deixando caimento mínimo de 1%.

Após a execução da impermeabilização, aplicar a argamassa de vermiculita na espessura de 3,0 a 5,0 cm.

Depois de bem seco, fazer a proteção com argamassa de areia e cimento (traço 4:1).

• Contrapisos

Regularizar a superfície da laje, deixando caimento mínimo de 1cm.

Impermeabilizar conforme projeto e especificações e aplicar argamassa de vermiculita na espessura de 2,0 a 3,0 cm.

Depois de bem seco, fazer a proteção com argamassa de areia e cimento (traço 4:1).

Caso haja trânsito de qualquer espécie, recomenda-se sempre uma proteção mecânica da camada de isolante com uma argamassa de cimento x areia traço 1: 3 com no mínimo 2 cm de espessura.

d. Controle

A SUPERVISÃO deverá acompanhar a execução de todas as camadas de material isolante, observando sempre as especificações deste Caderno de Encargos.

Também deverão ser consideradas as recomendações e instruções de execução emitidas pelos FABRICANTES dos materiais isolantes.

As especificações e dimensionamento de materiais e áreas a serem isoladas deverão ser sistematicamente obedecidas, e serão objeto de conferência.

A camada de proteção (quando necessária), deverá estar rigorosamente de acordo com as especificações de projeto e em conformidade com as especificações contidas neste Caderno de Encargos.

Caso esteja em desacordo, a SUPERVISÃO deverá exigir as correções necessárias e realizar nova inspeção.

Uma vez atendidas todas as exigências deste capítulo, a SUPERVISÃO da CONTRATANTE poderá receber os serviços com aprovação.

10. INSTALAÇÃO HIDRO-SANITÁRIA, INCÊNDIO, GÁS E IRRIGAÇÃO

10.1. OBJETIVO

O Caderno de Encargos da CONTRATANTE tem como objetivo estabelecer as diretrizes gerais para a execução de serviços de instalações hidráulicas de água fria, água quente, serviços de instalações hidráulicas de drenagem de águas pluviais, de esgotos sanitários, instalações de louças, metais e acessórios, prevenção e combate a incêndio e instalações de gás combustível.

10.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA

Para melhor orientação deve-se, consultar as seguintes Normas:

– ANSI/ASME B 16.9 - Factory-made wrought steel buttwelding fittings;

– NBR 1549 - Ensaio de efeito mola (springback) em folhas laminadas de aço-carbono duplamente reduzidas, revestidas eletroliticamente com estanho ou cromo, ou não revestidas - Método de ensaio;

– NBR 5419 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas;

– NBR 5580 - Tubos de aço - carbono para usos comuns na condução de fluidos – Especificação;

– NBR 5590 - Tubos de aço-carbono com ou sem solda longitudinal, pretos ou galvanizados – Especificação;

– NBR 5626 - Instalação predial de água fria;

– NBR 5648 – Sistemas prediais de água - Tubos e conexões de PVC 6,3, PN 750 kPa, com junta soldável - Requisitos;

– NBR 5667-1 - Hidrantes urbanos de incêndio de ferro fundido dúctil - Parte 1: Hidrantes de coluna;

– NBR 5667-2 - Hidrantes urbanos de incêndio de ferro fundido dúctil - Parte 2: Hidrantes subterrâneos;

– NBR 5667-3 - Hidrantes urbanos de incêndio de ferro fundido dúctil - Parte 3: Hidrantes de coluna com obturação própria;

– NBR 5680 - Dimensões de tubos de PVC rígido;

– NBR 5883 - Solda branda;

– NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto – Procedimento;

– NBR 6125 - Chuveiros automáticos para extinção de incêndio;

– NBR 6925 - Conexão de ferro fundido maleável classes 150 e 300, com rosca NPT para tubulação;

– NBR 6943 – “Conexões de ferro fundido maleável, com rosca

– NBR 7198 - Projeto e execução de instalações prediais de água quente;

– NBR 7229 - Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos;

– NBR 7372 - Execução de tubulações de pressão - PVC rígido com junta soldada, rosqueada, ou com anéis de borracha;

– NBR 7417 - Tubo extraleve de cobre, sem costura, para condução de água e outros fluidos;

– NBR 7542 - Tubo de cobre médio e pesado, sem costura, para condução de água;

– NBR 7661 - Tubo de ferro fundido centrifugado, de ponta e bolsa, para líquidos sob pressão, com junta não elástica;

– NBR 7662 - Tubo de ferro fundido centrifugado para líquidos sob pressão com junta elástica;

– NBR 8160 - Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução;

– NBR 8220 - Reservatório de poliéster reforçado com fibra de vidro para água potável para abastecimento de comunidades de pequeno porte;

– NBR 8222 - Execução de sistemas de prevenção contra explosão e incêndio, por impedimento de sobrepressões decorrentes de arcos elétricos internos em transformadores e reatores de potência;

– NBR 8613 – “Mangueiras de PVC plastificado para instalações domésticas de gás liqüefeito de petróleo (GLP)”;

– NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos;

– NBR 9077 - Saídas de emergência em edifícios;

– NBR 9256 - Montagem de tubos e conexões galvanizados para instalações prediais de água fria;

– NBR 9441 - Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio;

– NBR 9574 - Execução de impermeabilização;

– NBR 10071 - Registros de pressão fabricado com corpo e castelo em ligas de cobre para instalações hidráulicas prediais;

– NBR 10072 - Instalações hidráulicas prediais – Registros de gaveta de liga de cobre - Requisitos;

– NBR 10184 - Coletores solares planos líquidos – Determinação do rendimento térmico;

– NBR 10185 - Reservatórios térmicos para líquidos destinados a sistemas de energia solar - Determinação de desempenho térmico;

– NBR 10281 - Torneira de pressão – Requisitos e métodos de ensaio;

– NBR 10283 - Revestimentos eletrolíticos de metais e plásticos sanitários;

– NBR 10355 - Reservatórios de poliéster reforçado com fibra de vidro – Capacidades nominais – Diâmetros internos;

– NBR 10674 - Aparelhos elétricos de aquecimento de água não instantâneo de uso doméstico e similar – Requisitos de segurança;

– NBR 10844 - Instalações prediais de águas pluviais;

– NBR 10898 - Sistema de iluminação de emergência;

– NBR 11535 - Misturadores para pia de cozinha tipo mesa;

– NBR 11720 - Conexões para unir tubos de cobre por soldagem ou brasagem capilar – Requisitos;

– NBR 11742 - Porta corta - fogo para saída de emergência;

– NBR 11815 - Misturadores para pia de cozinha tipo parede;

– NBR 11861 - Mangueira de incêndio – Requisitos e métodos de ensaio;

– NBR 12269 - Execução de instalações de sistemas de energia solar que utilizem coletores solares planos para aquecimento de água;

– NBR 12483 - Chuveiros elétricos;

– NBR 12904 - Válvula de descarga;

– NBR 12912 - Rosca NPT para tubos – Dimensões;

– NBR 13206 - Tubo de cobre leve, médio e pesado, sem costura, para condução de fluidos – Requisitos;

– NBR 13523 - Central de gás liqüefeito de petróleo;

– NBR 13714 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio;

– NBR13792 - Bebedouros com refrigeração mecânica incorporada - Requisitos de qualidade, desempenho e instalação;

– NBR 14534 - Torneira de bóia para reservatórios prediais de água potável – Requisitos e métodos de ensaio;

– NBR 14788 - Válvulas de esfera - Requisitos;

– NBR 14799 - reservatório poliolefínico para água potável - Requisitos;

– NBR 14800 - Reservatório poliolefínico para água potável - Instalação em obra;

– NBR 14908 – Aparelhos para melhoria da qualidade de água para uso doméstico - Aparelho por pressão;

– NBR 15097 - Aparelho sanitário de material cerâmico - Requisitos e métodos de ensaio;

– NBR 15491 -Caixa de descarga para limpeza de bacias sanitárias - Requisitos e métodos de ensaio;

– NBR 15526 - Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais - Projeto e execução.

– NBRNM 212 – Medidores velocimétricos de água fria até 15 m³/h;

– NBR NM-ISO 7-1 - Rosca para tubos onde a junta de vedação sob pressão é feita pela rosca - Parte 1: dimensões, tolerâncias e designação;

– Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e Municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos;

– Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA-CONFEA.

– Lei nº 2060 do Governo do Estado de Minas Gerais de 27/04/72;

– Portaria nº 1469 do Ministério da Saúde;

10.3. ÁGUA FRIA

10.3.1. Objetivo

O Caderno de Encargos da CONTRATANTE tem como objetivo estabelecer as diretrizes gerais para a execução de serviços de instalações hidráulicas de água fria, em respeito às prescrições contidas na NBR 5626 - “Instalação predial de água fria” da ABNT e às exigências e recomendações da COPASA.

10.3.2. Condições gerais

A instalação será executada rigorosamente de acordo com o projeto hidráulico - sanitário, as normas da ABNT e com as exigências e/ou recomendações da COPASA e com as prescrições contidas neste Caderno de Encargos.

Para execução das tubulações em PVC (água e esgoto), deverão ser utilizados tubos, conexões e acessórios sempre da mesma marca, Tigre ou Fortilit ou similar.

O ônus da ligação provisória de rede de água é de responsabilidade da CONTRATADA, que deverá lançá-lo em seus custos indiretos.

Quando houver necessidade de extensão de rede, a mesma deverá ser comunicada à COPASA pela SUPERVISÃO. Os custos de tal extensão serão assumidos pelo convênio CONTRATANTE/COPASA.

A SUPERVISÃO deverá realizar, ainda, as seguintes atividades específicas:

• Liberar a utilização dos materiais e equipamentos entregues na obra, após comprovar que as características e qualidade satisfazem às recomendações contidas nas especificações técnicas e no projeto;

• Acompanhar a instalação das diversas redes de água fria, seus componentes e equipamentos, conferindo se as posições e os diâmetros correspondem aos determinados em projeto;

• Permitir a alteração do traçado das redes, quando for necessário, devido à modificação na posição das alvenarias ou na estrutura, desde que não interfiram nos cálculos já aprovados. Caso haja dúvida, a SUPERVISÃO deverá solicitar parecer do SUPERVISOR DE PROJETOS de instalações hidro-sanitária;

• Fica sob a responsabilidade da SUPERVISÃO requerer junto à CONTRATADA, o “As built” referente às modificações do projeto;

• A SUPERVISÃO deverá solicitar parecer do SUPERVISOR DE PROJETO estrutural para execução de furos não previstos em projeto, para travessia de elementos estruturais por tubulações;

• A FISCALIZAÇÂO deverá inspecionar cuidadosamente a casa de bombas, comprovando com os fornecedores dos equipamentos e/ou SUPERVISOR DE PROJETO de instalações hidro-sanitária, o seu funcionamento;

• A SUPERVISÃO deverá exigir que todas as tubulações embutidas sejam devidamente testadas sob pressão, antes da execução do revestimento;

• A SUPERVISÃO deverá acompanhar a realização de todos os testes previstos nas instalações de água fria, analisando, se necessário, com o auxílio do SUPERVISOR DE PROJETO de instalações hidro-sanitária, os seus resultados;

• Observar se durante a execução dos serviços são obedecidas as instruções contidas no projeto;

• A SUPERVISÃO deverá acompanhar a execução dos testes dos conjuntos moto-bombas.

a. Ligação de entrada de água

O padrão deve localizar-se no interior do terreno do empreendimento e deverá ser fixado junto ao muro da testada do lote.

Para a montagem e assentamento do padrão de ligação de água deverão ser seguidas as prescrições de projeto.

A composição de custo unitário deste serviço inclui toda a mão-de-obra, ferramentas, todas as peças relacionadas em projeto necessários à execução do serviço, inclusive limpeza da área com a remoção e bota-fora do material inaproveitável.

Para a montagem do padrão observar a Figura 1.

a.1. Padrão de entrada de água de embutir com tampa

Nesta instalação, o kit COPASA, no diâmetro especificado em projeto, será embutido em um nicho com as dimensões de 60 x 40 x 12 cm, o qual deverá estar bem nivelado, chapiscado e rebocado. Esta caixa terá tampa de proteção em chapa pintada nas dimensões de 60 x 40 cm, com puxador para facilitar sua abertura e aletas para ventilação adequada (Figura 2 e Figura 3).

a.2. Padrão de entrada de água com cavalete

Nesta instalação o kit COPASA, no diâmetro especificado, será instalado, sem proteção sobre o piso (Figura 4).

a.3. Padrão de entrada de água embutido no passeio

A caixa para a instalação do kit COPASA, no diâmetro especificado no projeto, será construída em alvenaria de tijolos maciços, rebocada, com fundo em brita, conforme mostrado na Figura 5, Figura 6 e Figura 7. A composição de custo inclui o fornecimento de todos os materiais e mão-de-obra necessários à execução da caixa, exceto o fornecimento do hidrômetro, que será colocado pela COPASA na data da ligação.

Figura 1 – Esquema de montagem do kit COPASA

Figura 2 – instalação do padrão COPASA embutido em muro ou mureta-Vista frontal

Tabela 1 – Padrão de água embutido no passeio

VAZÃO (m³)

DIMENSÕES INTERNAS TAMPA

15, 3 e 5 40 x 28 x 51 T – 22

(Padrão COPASA)

7, 10 e 20 64 x 45 x 60 Chapa de aço

(Padrão COPASA)

Figura 3 – Instalação do padrão COPASA embutido em muro ou mureta – corte

Figura 4 – Instalação do padrão COPASA em cavalete (no piso)

Figura 5 – Planta padrão COPASA no passeio

b. Caixa de alvenaria para registro no piso

Quando especificada no projeto hidráulico, será utilizada a caixa de alvenaria para acomodação de um registro de gaveta. Basicamente, esta caixa se divide em 2 tipos.

Na Figura 8 temos a caixa de alvenaria com torneira para o registro funcionando como torneira de limpeza e/ou irrigação. Na Figura 9, o registro de gaveta funcionará como dispositivo de interrupção da vazão. A composição de custos inclui a confecção da caixa e o fornecimento e aplicação de todos os seus componentes, exceto o registro.

Figura 6 – Detalhe da montagem do kit COPASA no passeio

Figura 7 – Corte hidrômetro passeio

Figura 8 - Registro de gaveta funcionando como torneira de limpeza e/ou irrigação

10.3.3. Condições específicas

a. Materiais e equipamentos

Para o recebimento dos materiais e equipamentos, a inspeção deve basear-se na descrição constante da nota fiscal ou guia de remessa, pedido de compra e respectivas especificações de materiais e serviços, além de processo visual, a ser realizado no canteiro de obras ou no local de entrega.

A inspeção visual para recebimento dos materiais e equipamentos constitui-se, basicamente, no atendimento às observações descritas a seguir, quando procedentes:

• Verificação da marcação existente conforme solicitada na especificação de materiais;

• Verificação da quantidade da remessa;

• Verificação do aspecto visual, constatando a inexistência de amassaduras, deformações, lascas, trincas, ferrugens e outros defeitos possíveis;

• Verificação de compatibilização entre os elementos componentes de um determinado material (Por exemplo: Deverão ser utilizados tubos e conexões de um mesmo FABRICANTE, exceto quando especificado em projeto).

Quando necessário é justificável, a CONTRATANTE poderá exigir a certificação da qualidade dos materiais e componentes de acordo com as prescrições das normas brasileiras vigentes. Tal certificação deverá ser recente e fornecida por laboratório qualificado para tal, sem ônus para a CONTRATANTE.

Todos os materiais e equipamentos empregados nas instalações deverão ser manuseados de forma cuidadosa, com vistas a evitar danos. As recomendações dos FABRICANTES quanto ao carregamento, transporte, descarregamento e armazenamento, devem ser rigorosamente seguidas.

Os materiais ou equipamentos que não atenderem às condições exigidas serão rejeitados.

Figura 9 - Registro de gaveta funcionando como dispositivo de interrupção da vazão

b. Execução

Antes do início da concretagem das estruturas, a CONTRATADA deverá examinar cuidadosamente o projeto hidráulico - sanitário e verificar a existência de todas as passagens e aberturas nas estruturas.

Todas as passagens de redes hidráulicas em geral, através de peças de concreto armado da edificação, serão realizadas após a concretagem das mesmas, respeitando-se as locações anotadas no projeto hidráulico com a autorização do calculista estrutural.

A realização dos furos será executada com o uso de perfuratriz apropriada, obedecendo aos diâmetros relacionados nos projetos hidráulico e estrutural (os diâmetros deverão permitir a passagem da rede hidráulica com folga).

A montagem das tubulações, deverá ser executada com as dimensões indicadas no desenho e confirmadas no local da obra.

As tubulações de água fria deverão ser instaladas com ligeira declividade, para se evitar a indesejável presença de ar aprisionado na rede.

A tabela 2 mostra os diâmetros usuais das tubulações para água fria de PVC soldáveis e sua conversão de polegada para milímetro.

Tabela 2 – Diâmetros usuais PVC soldáveis – Água fria

Diâmetro de referência (pol)

Diâmetro nominal

(mm)

1/2 20

3/4 25

1 32

1 1/4 40

1 1/2 50

2 60

2 1/2 75

3 85

4 110

b.1. Tubulações embutidas

Para as tubulações embutidas em alvenaria de tijolos cerâmicos, o corte deverá ser iniciado com serra elétrica portátil e cuidadosamente concluído com talhadeira, conforme marcação prévia dos limites de corte.

No caso de blocos de concreto, deverão ser utilizadas apenas as serras elétricas portáteis, apropriadas para essa finalidade.

As tubulações embutidas em paredes de alvenaria serão fixadas pelo enchimento do vazio restante nos rasgos com argamassa de cimento e areia. Deverá ser eliminado qualquer agente que mantenha ou provoque tensões nos tubos e conexões. É desejável que a tubulação permaneça livre e com folga dentro dos rasgos executados na alvenaria.

Quando indicado em projeto, as tubulações, além do referido enchimento, levarão grapas de ferro redondo, em número e espaçamento adequados, para manter inalterada a posição do tubo (permitindo-se somente, conforme descrito no parágrafo anterior, o deslocamento longitudinalmente).

As passagens previstas para as tubulações, através de elementos estruturais, deverão ser executadas, conforme indicação no projeto, tal como recomendado na introdução do item (b).

Não será permitida a concretagem de tubulações dentro de colunas, pilares ou outros elementos estruturais.

Uma outra alternativa de lançamento de redes e tubulações é a utilização de locais apropriados, simplesmente vazios ou providos de fundo/parede falso, denominado de “shafts”. Este espaço, adequadamente dimensionado à passagem das tubulações, deverá ser previsto no projeto.

b.2. Tubulações aéreas

As tubulações aparentes serão sempre fixadas nas alvenarias ou estrutura por meio de braçadeiras ou suportes, conforme detalhes do projeto. Todas as linhas verticais deverão estar no prumo e as horizontais correrão paralelas às paredes dos prédios, devendo estar alinhadas. As tubulações serão contínuas entre as conexões, sendo os desvios de elementos estruturais e de outras instalações executados por conexões. Na medida do possível, deverão ser evitadas tubulações sobre equipamentos elétricos.

Para os apoios das tubulações horizontais observar o seguinte:

• Os apoios (braçadeiras e/ou suportes) deverão ter um comprimento de contato mínimo de 5 cm e um ângulo de abraçamento de 180º, isto é, envolvendo a metade inferior do tubo (inclusive acompanhando a sua forma) e deverão estar espaçados de acordo com as especificações do projeto;

• Os apoios deverão estar sempre o mais perto possível das mudanças de direção;

• Em um sistema de diversos apoios apenas um poderá ser fixo, os demais deverão estar livres, permitindo o deslocamento longitudinal dos tubos, causado pelo efeito da dilatação térmica;

• Quando houverem pesos concentrados, devido à presença de registros, estes deverão ser apoiados independentemente do sistema de tubos.

As travessias de tubos em paredes deverão ser efetuadas, de preferência, perpendicularmente às mesmas.

Para tubulações de PVC soldável o espaçamento mínimo deverá ser de acordo com a Tabela 3.

Tabela 3 – Espaçamento mínimo recomendado para apoios de tubos de água fria PVC solda

Diâmetro

(mm)

Espaçamento

(m)

20 0,9

25 1,0

32 1,1

40 1,3

50 1,5

60 1,7

75 1,9

85 2,1

110 2,5

b.3. Tubulações enterradas

Todos os tubos serão assentados de acordo com o alinhamento e a elevação indicadas no projeto.

Para o assentamento de tubulações em valas, observar o seguinte:

• Nenhuma tubulação deve ser instalada enterrada em solos contaminados. Na impossibilidade de atendimento, medidas eficazes de proteção devem ser adotadas;

• As tubulações não devem ser instaladas dentro ou através de: caixas de inspeção, poços de visita, fossas, sumidouros, valas de infiltração, coletores de esgoto sanitário ou pluvial, tanque séptico, filtro anaeróbio, leito de secagem de lodo, aterro sanitário, depósito de lixo, etc.;

• A largura das valas deve ser de 15 cm para cada lado da canalização, ou seja, suficiente para permitir o assentamento, a montagem e o preenchimento das tubulações sob condições adequadas de trabalho;

• O fundo das valas deve ser cuidadosamente preparado de forma a criar uma superfície firme e contínua para suporte das tubulações. O leito deve ser constituído de material granulado fino, livre de descontinuidades, como pontas de rochas ou outros materiais perfurantes. No reaterro das valas, o material que envolve a tubulação também deve ser granulado fino e a espessura das camadas de compactação deve ser definida segundo o tipo de material de reaterro e o tipo de tubulação;

• As tubulações devem ser mantidas limpas, devendo-se limpar cada componente internamente antes do seu assentamento, mantendo-se a extremidade tampada até que a montagem seja realizada;

• Todos os tubos serão assentados com uma cobertura mínima possível de 30 cm;

• Para os casos de tubulações assentadas sob leito de ruas (ou onde haja tráfego de veículos), recomenda-se como profundidade mínima de assentamento, h = 80 cm e, quando em passeios, h = 60 cm. Caso não seja possível adotar essas medidas, deve-se prever um sistema de proteção especial dos tubos conforme detalhado na Figura 10.

Figura 10 – Proteção de canalização em vala

b.4. Instalação de equipamentos

Todos os equipamentos com base ou fundações próprias deverão ser instalados antes de iniciada a montagem das tubulações diretamente conectadas aos mesmos. Os demais equipamentos poderão ser instalados durante a montagem das tubulações.

Durante a instalação dos equipamentos deverão ser tomados cuidados especiais para o seu perfeito alinhamento e nivelamento.

b.4.1. Bombas

A instalação do conjunto moto - bomba deverá obedecer às indicações e características constantes do projeto de instalações elétricas e hidráulicas, seu equipamento incluirá todos os dispositivos necessários à perfeita proteção e acionamento: chaves térmicas, acessórios para comando automático de bóia, etc.

Para correta operação, o conjunto moto - bomba será firmemente assentado sobre base solidamente construída e perfeitamente nivelada.

Não obstante o conjunto base - motor - bomba deverá estar rigorosamente alinhado, será absolutamente necessária a verificação do desalinhamento angular (não deverá ultrapassar a 0,003”) e do deslocamento – alinhamento horizontal e vertical – entre os eixos da bomba e do motor. O acoplamento flexível não compensa o desalinhamento.

Conexões deverão ser evitadas na instalação, dando preferência a curvas no lugar de joelhos.

Deverão ser instaladas uniões na canalização de sucção e recalque próximas à bomba para facilitar sua montagem e desmontagem.

Deverão ser previstos apoios para canalização de sucção e recalque, evitando-se, assim, que o conjunto moto - bomba suporte os pesos das mesmas.

A canalização de sucção deverá possuir um pequeno declive, no sentido da moto - bomba ao local de captação.

A válvula de pé (fundo de poço) deverá ser instalada no mínimo a 30 cm do fundo do local da captação.

b.5. Reservatórios de água

b.5.1. Generalidades

O sistema de acondicionamento de água (reservatório) deverá ser executado de acordo com o projeto e deverá obedecer às prescrições da NBR 5626.

Deverão ser obedecidas as seguintes recomendações quando da execução e montagem hidráulica dos reservatórios de água potável:

• O reservatório deve ser um recipiente estanque que possua tampa ou porta de acesso opaca, firmemente presa na sua posição, com vedação que impeça a entrada de líquidos, poeiras, insetos e outros animais no seu interior;

• Qualquer abertura na parede do reservatório situada no espaço compreendido entre a superfície livre da água no seu interior e a sua cobertura e que se comunica com o meio externo direta ou indiretamente (através de tubulação), deve ser protegida de forma a impedir a entrada de líquidos, poeiras, insetos e outros animais no seu interior;

• Os registros do barrilete de água potável deverão estar identificados de modo a permitir a sua operação e manutenção. Tal identificação deverá estar definida no projeto hidráulico e transcrita para o barrilete pela CONTRATADA;

• As ligações hidráulicas dos reservatórios fabricados em material plástico ou executados em concreto deverão ser executadas com o emprego de adaptador flangeado do tipo dotado de junta adequada à tubulação a que estará ligado. Atenção especial deverá ser dada à estanqueidade da ligação hidráulica e, para tanto recomenda-se o emprego de vedação constituída por anéis de material plástico ou elástico ou massa de calafetar na face externa do reservatório (Figura 2);

• Não se deve enterrar os reservatórios total ou parcialmente sem conhecer os tipos de solo e as técnicas apropriadas.

B.5.2. Reservatório de concreto

Para os reservatórios fabricados em concreto, alem das observações do item b.5.1, deve-se seguir as recomendações abaixo:

• A norma de referência para fabricação do reservatório de concreto é a NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento;

• A impermeabilização do reservatório de concreto deverá obedecer as prescrições contidas no capítulo 9 do Caderno de Encargos - Impermeabilização e a norma NBR 9574;

• As passagens das tubulações pelas paredes/fundo do reservatório em concreto deverão ser executadas após a concretagem do mesmo, com perfuratriz apropriada, obedecendo os diâmetros especificados no projeto;

• A superfície do fundo do reservatório deve ter uma ligeira declividade no sentido da entrada da tubulação de limpeza, de modo a facilitar o escoamento da água e a remoção de detritos remanescentes;

• O reservatório pré - fabricado deve ser instalado sobre uma base estável, capaz de resistir aos esforços sobre ela atuantes;

A extremidade da tomada d'água no reservatório deve ser elevada em relação ao fundo deste, para evitar a entrada de resíduos eventualmente existentes na rede predial de distribuição. No caso de haver a necessidade de reserva de incêndio, a tomada d'água para distribuição se fará pela lateral do reservatório, na altura que garanta o volume de água para combate a incêndio aprovado no Corpo de Bombeiros conforme figura abaixo.

Figura 11 –Tomada d'água em reservatórios com reserva de incêndio

b.6. Meios de ligação

b.6.1. Tubulações de PVC soldadas

Para a execução das juntas soldadas de canalizações de PVC rígido, observar o seguinte procedimento:

• Limpar a bolsa da conexão e a ponta do tubo, e retirar o brilho das superfícies a serem soldadas com o auxílio de lixa n.º 100;

• Limpar as superfícies lixadas com solução apropriada, eliminando as impurezas e gorduras;

• Distribuir adequadamente em quantidade uniforme, com um pincel ou com a própria bisnaga o adesivo: primeiro na bolsa e depois, na ponta;

• Encaixar as extremidades e remover o excesso de adesivo.

OBS.:

• O adesivo não deve ser aplicado em excesso;

• Certificar que o encaixe seja bastante justo (quase impraticável sem o adesivo), pois sem pressão não se estabelece a soldagem;

• Aguardar o tempo de soldagem de 12 horas, no mínimo, para colocar a rede em carga (pressão).

b.6.2. Conexões de PVC com bucha metálica

Para fazer a transição entre as tubulações plásticas e as peças metálicas deve ser utilizado conexões com bucha de latão, identificável visualmente por sua cor azul. Geralmente são utilizados nos acoplamentos com registros, nos pontos de consumo, válvulas e chuveiros. A conexão com bucha de latão mantém integridade da rosca interna e guia a rosca macho metálica. Para utilização deve-se seguir as seguintes especificações:

• A conexão deve atender a norma NBR 5648 e NBR 5626;

• Deverão ser utilizadas conexões TIGRE ou similar.

As conexões estão disponíveis no mercado nas dimensões: 20mm x ½’’ , 25mm x ½’’ , 25mm x ¾’’ e 32mm x 1’’.

c. Recebimento

Após a conclusão dos trabalhos e antes de ser revestida, a instalação deverá ser testada pela CONTRATADA, com o acompanhamento da SUPERVISÃO a fim de verificar possíveis pontos de vazamento ou falhas nas juntas.

A verificação da estanqueidade poderá ser executada por partes e deverá ser complementada por uma verificação global, de maneira que a CONTRATADA possa garantir, ao final, que a instalação predial de água esteja integralmente estanque.

Tanto no ensaio de estanqueidade executado por partes, como no ensaio global, os pontos de utilização poderão contar com as respectivas peças de utilização já instaladas. Caso isto não seja possível, podem ser vedadas com bujões ou tampões.

c.1. Equipamento necessário para verificação de estanqueidade

• Bomba de água: elétrica ou manual, capaz de fornecer pressão de água de até 8 Kgf/cm², dotada, quando necessário, de uma câmara hidropneumática acoplada, para evitar golpes de ariete ou oscilações de pressão;

• Manômetro: para pressão máxima de 10 Kgf/cm² com precisão de + 0,2 Kgf/cm², dotado de registro de macho de 3 vias para purga de ar, suficientemente aferido e com as respectivas conexões para ligação dos pontos de água da instalação predial.

c.2. Teste de estanqueidade

c.2.1. Verificação da estanqueidade da tubulação

A verificação da estanqueidade das tubulações deverá obedecer às prescrições do item 6.3.3 da NBR 5626.

• Procedimento

– A tubulação a ser ensaiada deverá estar convenientemente limpa, cheia de água fria (+20°C) e sem nenhum bolsão de ar no seu interior;

– Instalar a bomba no ponto de utilização e injetar água sob pressão, lentamente;

– A pressão máxima a ser alcançada deverá ter um valor correspondente a 1,5 vezes a máxima pressão estática prevista em projeto para a respectiva seção em teste;

– Atingindo esse valor as tubulações devem ser inspecionadas visualmente, bem como deve ser observada eventual queda de pressão no manômetro. Se após o período de 1 hora não for detectado nenhum ponto de vazamento, a tubulação poderá ser considerada estanque;

– Caso ocorram pontos de vazamento, os mesmos deverão ser assinalados, corrigidos e novamente testados conforme descrito nos itens anteriores.

Obs.: – Para o teste de estanqueidade das peças de utilização e dos reservatórios domiciliares, ver item

c.2.2;

– Para as tubulações com abastecimento direto da concessionária, o valor da pressão em condições estáticas em uma certa seção, dependerá da faixa de variação da pressão da rede pública, devendo ser adotado o maior valor fornecido pela concessionária, considerando-se eventuais perdas devidas à diferença de cota entre a rede e o ponto de suprimento ou de utilização.

c.2.2. Verificação da estanqueidade de reservatórios e peças de utilização

Após a execução da instalação predial de água fria e com a instalação totalmente cheia de água, ou seja, com as peças de utilização sob condições normais de uso, adotar o seguinte procedimento para a verificação da estanqueidade:

• Todas as peças de utilização devem estar fechadas e mantidas sob carga, durante o período de 1 h. Os registros de fechamento devem estar todos abertos. Os reservatórios domiciliares devem estar preenchidos até o nível operacional;

• Deve-se observar se ocorreram vazamentos nas juntas das peças de utilização e dos registros de fechamento. Da mesma forma, devem-se observar as ligações hidráulicas e os reservatórios;

• Deve-se observar se ocorreram vazamentos nas peças de utilização, quando estas são manobradas, a fim de se obter o escoamento próprio da condição de uso;

• As peças de utilização e reservatórios domiciliares podem ser considerados estanques se não for detectado vazamento. No caso de ser detectado vazamento, este deve ser reparado e o procedimento repetido.

Os testes deverão ser executados na presença da SUPERVISÃO. Durante a fase de testes, a CONTRATADA deverá tomar todas as providências para que a água proveniente de eventuais vazamentos não cause danos aos serviços já executados.

Concluídos os ensaios e antes de entrarem em serviço, as tubulações de água potável deverão ser lavadas e desinfetadas de acordo com o que está descrito nos itens 6.5.2 na NBR 5626. Tal procedimento será acompanhado pela SUPERVISÃO e será considerado como concluído quando todos os passos do processo, descrito na norma, forem concluídos satisfatoriamente.

A CONTRATADA deverá atualizar os desenhos do projeto à medida em que os serviços forem executados, devendo entregar, no final dos serviços e obras, um jogo completo de desenhos e detalhes conforme executado (projeto “As built”).

10.4. ESGOTOS SANITÁRIOS

10.4.1. Objetivo

Estabelecer as diretrizes gerais para a execução de serviços de instalações hidráulicas de esgotos sanitários, em respeito às prescrições contidas na NBR 8160 – “Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e execução” da ABNT.

10.4.2. Condições gerais

Para execução das tubulações em PVC (água e esgoto) serão utilizados, tubos, conexões e acessórios, Tigre, Amanco ou similar, não sendo admitido o uso de produtos de qualidade inferior.Para melhor orientação dever-se-á, obrigatoriamente, consultar as seguintes normas NBR 7229 - Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos, NBR 8160, Lei nº 2060 do Governo do Estado de Minas Gerais de 27/04/72, Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA-CONFEA.

A instalação será executada rigorosamente de acordo com o projeto hidráulico - sanitário, as normas da ABNT e as exigência e/ou recomendações da COPASA.

O ônus da ligação provisória de rede de esgoto à obra é de responsabilidade da CONTRATADA, que deverá lançá-lo em seus custos indiretos. Quando houver a necessidade de extensão de rede, a mesma deverá ser comunicada à COPASA pela SUPERVISÃO. Os custos de tal extensão serão assumidos pelo convênio CONTRATANTE/COPASA.

Com o término da obra e a aprovação da instalação de esgoto pela concessionária (COPASA), a ligação definitiva deverá ser requerida pela SUPERVISÃO, em nome do órgão ao qual se destina o empreendimento.

10.4.3. Condições específicas

a. Materiais e equipamentos

Para o recebimento dos materiais e equipamentos ver sub-item a, do item 10.3.3, referente às instalações prediais de água fria.

Obs.: Não poderão ser utilizados nos sistemas prediais de esgoto sanitário, materiais ou componentes não constantes da normalização brasileira.

Não será admitida a utilização de tubulações de ferro fundido ou qualquer outro tipo de liga metálica que seja passível de corrosão. A utilização de tubos especiais de plástico, fibras ou qualquer outro polímero só se dará mediante autorização expressa da SUPERVISÃO, ouvida a equipe técnica da CONTRATANTE.

b. Execução

Deverá ser observado o sub-item b, do item 10.3.3, referente às instalações prediais de água fria.

Para as declividades da rede de esgoto observar a tabela abaixo:

• 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75 mm;

• 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100 mm.

Obs.: Todos os trechos horizontais devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para isso, apresentar uma declividade constante, não podendo ser superior a 5%, exceto quando indicado em projeto.

Os tubos serão assentes, com a bolsa voltada em sentido contrário ao do escoamento.

b.1. Tubulações embutidas

Deverá ser observado o sub-item b.1, do item 10.3.3, referente às instalações prediais de água fria.

b.2. Tubulações aéreas

Deverá ser observado o sub-item b.2, do item 10.3.3, referente às instalações prediais de água fria.

Para a locação dos apoios observar a Tabela 8:

Tabela 8- Distância máxima entre apoios

DISTÂNCIA MÁXIMA ENTRE APOIOS (A 20ºC)

TIPO DO TUBO DN DISTÂNCIA (m)

PVC

75 0,75

100 1,00

150 1,50

PVC (R)

75 1,50

100 1,80

150 2,30

Obs.: As tubulações na vertical devem ser fixadas através de braçadeiras distanciadas de, no máximo, 2 metros.

b.3. Tubulações enterradas

As canalizações deverão ser assentes em fundo de vala cuidadosamente preparado de forma a criar uma superfície firme para suporte das tubulações.

Caso a vala esteja localizada em terreno com detritos, lama, materiais perfurantes, etc., este deverá ser removido e substituído por material de enchimento e, caso necessário, deverá ser executada uma base de concreto magro no fundo da vala.

Para a abertura da vala considerar a largura e a profundidade conforme detalhado na Figura 13, ou seja, a largura (L) deverá ser de 15 cm para cada lado, mais o diâmetro (D) da canalização e a profundidade (H) deverá ser a que está definida no projeto, mais 5 centímetros.

Figura 13 – Dimensões da vala

A profundidade mínima da vala será de 30 cm. Caso não seja possível executar esse recobrimento mínimo, ou se a canalização estiver sujeita à carga de rodas ou fortes compressões, deverá existir uma proteção adequada, com uso de lajes que impeçam a ação desses esforços sobre a canalização (Figura 14).

Figura 14 – Proteção da canalização em vala c/ recobrimento menor do que 30 cm.

Nos trechos situados em áreas edificadas, deverá ser prevista a necessária folga nas passagens das tubulações pela fundação, para que eventual recalque do edifício, não venham a prejudicá-las.

Durante o reaterro da vala, a canalização deverá ser envolvida em material granular, isento de pedras e compactado manualmente, principalmente nas laterais da mesma.

As valas abertas no solo, para assentamento das canalizações, só poderão ser fechadas após verificação, pela SUPERVISÃO, das condições das juntas, tubos, proteção dos mesmos, níveis de declividade e verificação da estanqueidade, conforme descrito no sub-item c.2, item 10.3.3.

b.4. Ventilação

Para que a ventilação funcione com eficiência, durante a execução da instalação de esgoto deverão ser observados os seguintes cuidados:

• Declividade mínima de 1%, de modo que qualquer líquido que porventura nela venha a ingressar possa escoar totalmente por gravidade para dentro do ramal de descarga ou de esgoto em que o ventilador tenha origem;

• A ligação do ramal de ventilação ao ramal de descarga deverá ser efetuada acima do eixo do mesmo por meio de tê 90º. Nos casos em que não houver altura suficiente, a ligação poderá ser efetuada com tê 90º e joelho 45° (Figura 10);

• A ligação do ramal de ventilação ao tubo ventilador primário (quando esta ventilação atender a mais de um banheiro) deverá ser executada c/ junção 45°, elevando-se a uma distância de até 0,15 m, ou mais, acima do nível de transbordamento da água do mais elevado dos aparelhos sanitários por ele ventilados (Figura 15);

• A distância entre a saída do aparelho sanitário e a inserção do ramal de ventilação deve ser igual a, no mínimo, duas vezes o diâmetro do ramal de descarga (Figura 15);

• A distância máxima de um desconector ao tubo ventilador deverá obedecer aos valores constantes da Tabela 9, a seguir:

Figura 15 – Ligação de ramal de ventilação

DIÂMETRO NOMINAL DO RAMAL DE DESCARGA

(DN) DISTÂNCIA MÁXIMA

(m)

40 1,00

50 1,20

75 1,80

100 2,40

Tabela 9 – Distância máxima de um desconector ao tubo ventilador

b.5. Meios de ligação

No acoplamento de tubos e conexões de esgoto a vedação poderá ser efetuada com anel de borracha (rede de esgoto primária), ou por soldagem com adesivo (rede de esgoto secundário).

Sob hipótese nenhuma será permitida a confecção de juntas que deformem ou venham a deformar fisicamente os tubos ou aparelhos sanitários na região de junção entre as partes, como, por exemplo, fazer bolsa alargando o diâmetro do tubo por meio de aquecimento. Deverão ser utilizadas as conexões apropriadas para tal, como, por exemplo, luvas duplas ou luvas de correr.

Todas as juntas executadas nas tubulações, e entre as tubulações e os aparelhos sanitários deverão ser estanques ao ar e à água devendo assim permanecer durante a vida útil.

Nenhum material utilizado na execução de juntas deve adentrar nas tubulações de forma a diminuir a seção de passagem destas tubulações.

Finalmente, as instruções dos FABRICANTES devem ser sempre observadas de forma a se obter uma junta eficaz.

b.5.1. Tubulações de PVC soldadas

Para a execução das juntas soldáveis deve-se observar o seguinte procedimento:

• Limpar cuidadosamente a bolsa da conexão e a ponta do tubo com estopa branca;

• Lixar a bolsa da conexão e a ponta do tubo até tirar todo o brilho;

• Limpar as superfícies lixadas com estopa branca embebida em solução limpadora apropriada, removendo todo e qualquer vestígio de sujeira e gordura;

• Marcar na ponta do tubo a profundidade da bolsa;

• Aplicar o adesivo, primeiro na bolsa e depois na ponta do tubo, em quantidade uniforme, distribuindo adequadamente com um pincel ou com a própria bisnaga;

• Imediatamente após a aplicação do adesivo proceder a montagem, introduzindo a ponta até o fundo da bolsa, observando a posição da marca feita na ponta.

Obs.: Os tubos com ponta e bolsa para soldar são fornecidos com pontas chanfradas. Sendo necessário serrar um tubo, a ponta deverá ser perfeitamente chanfrada com uma lima, para facilitar o encaixe na bolsa.

b.5.2. Tubulações de PVC com juntas elásticas

Para a execução das juntas elásticas deve-se observar o seguinte procedimento:

• Limpar a ponta do tubo e a bolsa da conexão, com especial cuidado na virola, onde será alojado o anel de borracha, com auxílio de estopa comum;

• Acomodar o anel de borracha na virola da bolsa;

• Marcar a profundidade da bolsa na ponta do tubo;

• Aplicar pasta lubrificante no anel e na ponta do tubo. Não usar óleo ou graxa, que poderão atacar o anel borracha;

• Encaixar a ponta chanfrada do tubo no fundo da bolsa, recuar 5 mm no caso de canalizações expostas e 2 mm para canalizações embutidas, tendo como referência a marca previamente feita na ponta do tubo. Esta folga se faz necessária para a dilatação da junta.

Obs.: Quando houver necessidade de cortar um tubo, esta operação, deverá ser perpendicular ao eixo do mesmo. Após o corte, remover as rebarbas com uma rasqueta e chanfrar a ponta do tubo.

b.6. Proteção

Todas as aberturas deverão ser devidamente protegidas por peças ou meios adequados e assim permanecerem durante toda a execução da obra, sendo vedado o emprego de buchas de papel ou madeira para tal fim.

Serão tomadas todas as precauções para se evitar infiltrações em paredes e tetos, bem como obstruções

de ralos, caixas, condutores, ramais ou redes coletoras.

Todo cuidado deve ser tomado para proteger as tubulações, aparelhos e acessórios sanitários durante a execução da obra.

b.7. Caixas

A rede de esgoto contempla a existência de diversas caixas, tais como:

b.7.1. Caixa de gordura

Caixa destinada, exclusivamente, à retenção de gordura. É classificada em quatro tipos distintos, em função do número de usuários, a saber: caixa de gordura simples, pequena e dupla. Na Figura 16, pode-se observar uma caixa de gordura pequena ou individual (CGP); na Figura 17, uma caixa de gordura simples (CGS) e na Figura 18, uma caixa de gordura dupla (CGD). Todas estas caixas, são pré - fabricadas e encontram-se prontas para aquisição. Na Figura 19 pode-se observar uma caixa sifonada Tipo 1 e na Figura 20 temos uma caixa de gordura especial (padrão COPASA), ambas construídas na própria obra, possuindo paredes em alvenaria e fundo e tampa em concreto.

Figura 16 – Caixa de gordura individual / pequena

Figura 17 – Caixa de gordura simples

Figura 18 – Caixa de gordura dupla

Figura 19 – Caixa sifonada – Tipo 1

Onde:

C = comprimento

L = largura

H = altura da caixa

A = altura da saída (altura molhada)

As dimensões relacionadas acima deverão estar indicadas no projeto hidráulico

Figura 20 – Caixa de gordura padrão COPASA – Tipo 2

b.7.2. Caixa ou ralo sifonado

É a peça da instalação de esgotos que recebe as águas servidas de lavatórios, banheiras, box, tanques e pias, ao mesmo tempo em que impede o retorno dos gases contidos nos esgotos para os ambientes internos dos compartimentos. Além disso, permite recolher as águas provenientes de lavagem de pisos e protege a instalação contra a entrada de insetos e roedores devido ao fecho hídrico. Os detritos, porventura existentes, se depositam no fundo, o que permite a sua inspeção e limpeza com certa facilidade.

Basicamente a caixa sifonada é composta de:

• Corpo monobloco em PVC;

• Anel de fixação do porta-grelha em PVC;

• Porta - grelha e a grelha deverão ser em metal (inox), com fecho-giratório;

• Prolongamento em PVC;

• Tampa-cega em metal (inox).

A Figura 21 mostra o esquema de montagem da caixa sifonada, conjunto grelha e porta-grelha Tampa – cega.

Figura 21 - Detalhe de montagem da caixa sifonada

Para a instalação da caixa deve-se observar o seguinte:

• Abrir os furos de entrada das caixas com furadeira elétrica, fazendo furo ao lado de furo, o arremate final se faz com uma lima meia - cana ou rasqueta.

Para a instalação do prolongamento deve-se observar o seguinte:

• Deve-se cortar essa peça na medida necessária e substituir o anel de fixação que acompanha a caixa sifonada. O acoplamento do prolongamento se fará por meio de adesivo, de acordo com o que está descrito no sub-item b.6.1, item 10.3.3, juntas soldadas.

b.7.3. Caixa neutralizadora

É uma caixa destinada a reduzir a concentração da acidez, ou alcalinidade dos despejos, pela adição de água ou neutralizantes especiais (Figura 22).

Figura 22 - Caixa neutralizadora

b.7.4. Caixa de inspeção

Objetiva a mudança de direção e inclinação da rede, proporcionando a correta inspeção, manutenção e desobstrução das linhas. Ver na Figura 23 o detalhe de uma caixa de inspeção.

Figura 23 – Caixa de passagem / caixa de inspeção

b.7.5. Caixa de passagem

Destina-se permitir a inspeção, limpeza e desobstrução das canalizações. É uma caixa de inspeção com apenas uma entrada e uma saída (Figura 23).

b.7.6. Confecção das caixas de alvenaria

Com relação às caixas de alvenaria executadas no canteiro de obra, serão seguidas as seguintes determinações:

• As caixas serão confeccionadas:

– Em alvenaria de tijolo comum requeimado, e = 10 cm;

– Com revestimento de argamassa no traço 1:3, cimento e areia;

– Com fundo de concreto no traço 1:3:6 (10MPa), sendo que as caixas de inspeção e de passagem deverão ter declividade de 5% no fundo, no sentido do escoamento;

– Com tampa de concreto armado no traço 1:2:4(13,5MPa), pré-moldada;

– Com septo de concreto armado pré-moldado (para a caixa de gordura).

Obs.: A tampa e o septo (caixa de gordura) deverão ter espessura uniforme, deverão ser planos e com

acabamento desempenado e liso. A armação deverá ser composta de uma malha de aço CA-60, = 4,2 mm a cada 10 cm, nos dois sentidos:

• As tampas de concreto serão executadas obrigatoriamente, com o uso de requadro de cantoneira de aço, conforme detalhe e especificações da Figura 26, com dimensões máximas de 70 x 70 cm, funcionando como tampa para a caixa de 60 x 60 cm. Para as caixas maiores, será executada uma tampa de concreto, do tamanho total da caixa, sem o referido quadro de cantoneira, que receberá a tampa de 70 x 70 (Figura 24);

• As caixas com tampa de concreto (inspeção, passagem e sifonada), terão em qualquer situação, a placa de identificação com o nome da CONTRATANTE e o tipo de caixa (esgoto ou água pluvial). Esta placa está incluída na composição de custo unitário das referidas caixas. Sua confecção e fixação deverá seguir os detalhes constantes da Figura 25;

• Todas as tampas de concreto deverão ter um sistema de içamento, denominado “alça móvel”, conforme detalhado na Figura 27;

• As dimensões das caixas de alvenaria, constantes da Planilha/Tabela de Preços Unitários da CONTRATANTE, referem-se às medidas internas das mesmas;

• As caixas deverão ser impermeabilizadas internamente, através de pintura e proteção asfáltica com produtos tipo Isol, Igol, etc., em, no mínimo, duas demãos bem diluídas.

As caixas deverão ser executadas paralelas à edificação, segundo o alinhamento indicado no projeto hidráulico - sanitário, em terreno regularizado e compactado, sendo que as dimensões das mesmas (largura x profundidade) obedecerão as indicações de projeto. As tampas deverão ficar rigorosamente niveladas com o piso adjacente.

c. Recebimento

Após a conclusão dos trabalhos das instalações sanitárias, e antes do fechamento das tubulações embutidas e enterradas, todo o sistema de esgoto sanitário, inclusive ventilação, seja novo ou existente, que tenha sofrido modificações ou acréscimos, deverá ser inspecionado e ensaiado.

Antes do início dos ensaios deverá ser efetuada a inspeção final em toda a canalização, verificando se todo o sistema se encontra adequadamente fixado e se existe algum material estranho no seu interior.

Após a inspeção final, e antes da colocação dos aparelhos sanitários, a tubulação deverá ser ensaiada com água ou ar, conforme descrito nos sub-itens c.1.1 e c.1.2, respectivamente, não devendo apresentar nenhum vazamento.

Após a colocação dos aparelhos sanitários, o sistema deverá ser submetido ao ensaio final de fumaça, conforme descrito no sub-item c.1.3.

c.1. Ensaios

c.1.1. Ensaio com água

No ensaio com água, toda a abertura deverá ser convenientemente tamponada, exceto a mais alta, por onde deve ser introduzida água até o nível de transbordamento da mesma e mantida por um período de 15 minutos, observando-se a carga hidrostática não ultrapasse 60 kPa.

c.1.2. Ensaio com ar

No ensaio com ar, toda a entrada ou saída da tubulação deverá ser convenientemente tamponada, com exceção daquela pela qual o ar será introduzido.

O ar deverá ser introduzido no interior da tubulação até que atinja uma pressão uniforme de 35 kPa, a qual deverá ser mantida pelo período de 15 minutos, sem a introdução de ar adicional.

Figura 24 – Detalhe da tampa de concreto para caixas com L > 90 cm

Figura 25 - Detalhe da placa de identificação

Figura 26 – Detalhe do requadro das tampas de concreto

Figura 27 – Alça móvel

c.1.3. Ensaio final com fumaça

Para a realização do ensaio final com fumaça, todos os fechos hídricos dos aparelhos sanitários deverão ser completamente preenchidos com água, devendo as demais aberturas serem convenientemente tamponadas, com exceção das aberturas dos ventiladores primários e da abertura pela qual a fumaça será introduzida.

A fumaça deverá ser introduzida no sistema através da abertura previamente preparada; quando for notada a saída de fumaça pelos ventiladores primários, a abertura respectiva de cada ventilador deverá ser convenientemente tamponada.

A fumaça deverá ser continuamente introduzida, até que se atinja uma pressão de 0,25 kPa. Esta pressão deverá se manter pelo período de 15 minutos sem que seja introduzida fumaça adicional.

Obs.: 10 kPa = 1 mca

Para as tubulações enterradas, externas à edificação, deverá ser adotado o seguinte procedimento:

• O teste deverá ser efetuado preferencialmente entre dois poços de visita ou caixas de inspeção consecutivas;

• A tubulação deverá estar assentada com envolvimento lateral, porém, sem o reaterro da vala;

• Os testes serão efetuados com água, fechando-se a extremidade de jusante do trecho e enchendo-se a tubulação através da caixa de montante.

Este teste hidrostático poderá ser substituído por prova de fumaça, devendo, neste caso, estarem as juntas totalmente descobertas.

Os testes deverão ser executados na presença da SUPERVISÃO. Durante a fase de testes, a CONTRATADA deverá tomar todas as providências para que a água proveniente de eventuais vazamentos não cause danos aos serviços já executados.

A CONTRATADA deverá atualizar os desenhos dos projetos à medida em que os serviços forem executados, devendo entregar, no final dos serviços e obras, um jogo completo de desenhos e detalhes da obra concluída (“As built”).

10.5. ÁGUAS PLUVIAIS

10.5.1. Objetivo

Estabelecer as diretrizes gerais para a execução de serviços de instalações hidráulicas de drenagem de águas pluviais, em respeito às prescrições contidas na NBR 10844 - “Instalações prediais de águas pluviais” da ABNT. E para melhor orientação dever-se-á, obrigatoriamente, consultar Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e Municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos, Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA-CONFEA.

10.5.2. Condições gerais

A SUPERVISÃO deverá realizar, além das atividades mencionadas na normalização pertinente, no caso a NBR 10844 da ABNT, as recomendações referenciadas no quesito instalações de esgoto sanitário.

Em hipótese alguma será admitido o lançamento de água pluvial em redes de esgoto sanitário, também não sendo admitida a sua interligação a nenhuma outra instalação predial vizinha.

10.5.3. Condições específicas

a. Materiais e equipamentos

Para o recebimento de materiais e equipamentos ver sub-item a, do item 10.3.3, referente às instalações prediais de água fria. b. Execução

Deverão ser observadas todas as recomendações no que diz respeito a águas pluviais, além disso, as recomendações descritas a seguir:

b.1. Coberturas horizontais de laje

A execução dos caimentos das coberturas horizontais deverá obedecer às declividades indicadas no projeto hidráulico, de maneira a evitar o empoçamento das águas pluviais.

A coleta de tais águas se fará pelo ralo seco, que deverá ser executado, conforme indicado na Figura 28.

Figura 28 - Execução de ralo em laje

b.2. Calhas

A execução das calhas de águas pluviais deverá obedecer às prescrições relacionadas no projeto hidráulico, no que diz respeito ao tipo de material, dimensões e declividade.

As especificações para calhas, rufos e contra-rufos se encontram no Capítulo 8 – Coberturas e Forros.

As contribuições coletadas pelas calhas serão conduzidas aos condutores verticais sendo que as extremidades superiores dos mesmos deverão receber ralos hemisféricos, também chamados “cogumelo” ou abacaxi”. Veja exemplo da utilização de um ralo hemisférico na Figura 29.

b.3. Ralos hemisféricos

São destinadas à proteção contra entupimento dos condutores, devendo ser dispostas no local de conexão dos mesmos, com as calhas ou com as lajes impermeabilizadas; devem ser utilizadas sempre que a cobertura esteja próxima de local com árvores;

O emprego de ralos hemisféricos em ferro fundido evita infiltrações laterais ao condutor.

b.4. Condutores verticais e horizontais

Deverão ser observadas todas as recomendações referente às instalações prediais de esgotos sanitários, além das recomendações descritas a seguir:

• As tubulações (condutores) verticais deverão ser executadas com PVC reforçado;

• As juntas serão executadas com bolsa e anel de borracha (ver sub-item b.5.2, do item 10.5.3, referente às instalações prediais de esgoto sanitário);

• Para a abertura da vala em trechos que contenham mais de um condutor de água pluvial, considerar a largura e a profundidade conforme detalhado na Figura 31, ou seja, a largura (L) deverá ser de 15 cm para cada lado da canalização, mais os diâmetros (D) dos tubos, e a profundidade (H) será a definida no projeto, mais 5 centímetros;

• As declividades da rede de água pluvial deverão ser definidas no projeto, não podendo ser menor do que 1%.

Figura 29 - Interligação da calha / Ralo hemisférico / Condutor vertical

Figura 30 - Exemplo de tipos de ralos hemisféricos ou tipo “abacaxi”

Figura 31 - Exemplo de abertura da vala para mais de um condutor de água pluvial

b.5. Canaletas

Deverão ser observadas todas as recomendações referenciadas no capítulo 19 – “Drenagem” e no projeto hidráulico.

b.6. Caixas de alvenaria

A caixa de alvenaria é parte integrante de um sistema de coleta de águas pluviais sendo utilizada nas mudanças de direção e declividade e na coleta das redes de água pluvial, além de permitir a correta inspeção, manutenção, limpeza e desobstrução das linhas.

As caixas de alvenaria para águas pluviais utilizadas nos empreendimentos da CONTRATANTE se dividem, basicamente, em 3 tipos: caixa de passagem (Figura 23), caixa coletora com grelha (Figura 32) e caixas para retenção e infiltração de águas pluviais em lotes urbanos, estas últimas estão detalhadas e descritas no capítulo 19 – “Drenagem”.

Para a execução das caixas de alvenaria referenciadas anteriormente deve-se, observar as recomendações contidas no sub-item b.7, do item 10.5.3, referente às instalações prediais de esgoto sanitário, no que for aplicável.

Na execução da tampa da caixa coletora com grelha, deverá ser observado o seguinte: a grelha e o porta - grelha terão dimensões máximas de 45 x 45, para a caixa de 40 x 40 cm. Para as caixas maiores que 60 cm, será executada uma tampa de concreto do tamanho total da caixa, sem o referido quadro em cantoneira, que receberá o porta - grelha e a grelha (Ver detalhamento na Figura 33).

Figura 32 - Caixa de passagem com grelha

Figura 33 – Detalhe da tampa de concreto c/ a grelha e o porta grelha p/ caixas c/ L > 60 cm

b.7. Meios de ligação

Admite-se a utilização de outros materiais, desde que claramente especificado em projeto e autorizado pela SUPERVISÃO da CONTRATANTE, como, por exemplo, os materiais descritos a seguir:

b.7.1. Tubulações de PVC com juntas elásticas

O procedimento para a execução das juntas elásticas está descrito no sub-item b.5.2, do item 10.4.3, das instalações prediais de esgoto sanitário.

b.7.2. Tubulações cerâmicas

• Com junta de asfalto e estopa alcatroada

Antes de confeccionar as juntas, deve-se limpar as pontas e bolsas das manilhas e verificar se estas não estão úmidas, o que impediria a aderência do asfalto às paredes dos tubos. Para a execução da junta, a estopa alcatroada será enrolada na ponta do tubo a ser rejuntado e recalcada na bolsa do outro, obtendo- se, assim, a vedação interna da junta.

Em seguida, será efetuada a vedação externa da junta, com o cachimbo de corda de amianto, sendo que entre as vedações interna e externa deverá ficar um espaço vazio, que será preenchido pelo asfalto.

• Com junta de cimento e areia

Antes de confeccionar as juntas, limpar as pontas e bolsas das manilhas. A argamassa deverá ser executada na proporção de 1:3 ou outro traço aprovado pela SUPERVISÃO.

Depois de preparada deverá ser aplicada de modo a preencher o vazio existente entre a ponta e a bolsa dos tubos unidos.

No enchimento dos vazios deverão ser usadas colheres de pedreiro, sendo o acabamento dado com auxílio de desempenadeira. Durante a cura da argamassa, as juntas deverão ser molhadas e mantidas cobertas com panos ou sacos de cimento molhados.

b.7.3.Tubulações de concreto

As juntas das tubulações de concreto serão executadas com argamassa de cimento e areia na proporção 1:3 ou outro traço aprovado pela SUPERVISÃO. A argamassa, depois de devidamente preparada, deverá ser aplicada de modo a preencher o vazio existente entre a ponta e a bolsa dos tubos unidos.

No enchimento dos vazios deverá ser usada a colher de pedreiro, sendo o acabamento dado com auxílio de desempenadeira. Durante a cura da argamassa, as juntas deverão ser molhadas e mantidas cobertas com panos ou sacos de cimento molhados.

c. Recebimento

Deve-se efetuar o recebimento de redes de água pluvial tal como referenciado no sub-item c, do item 10.3.3, referente às instalações prediais de esgoto sanitário, inclusive em relação aos testes a serem realizados.

10.6. LOUÇAS METAIS E ACESSÓRIOS

10.6.1. Objetivo

Estabelecer as diretrizes básicas para a execução de serviços de instalações de louças, metais e acessórios.

10.6.2. Condições específicas

a. Materiais

a.1. Lavatórios

Serão em louça cor branca, e seguirão as especificações de projeto quanto ao tipo utilizado, de embutir em bancada, médio ou grande, ou pequeno fixado em parede. Sua ligação consistirá de um sifão de copo rosqueável, regulável cromado de 1” x 1 ½”, tubo de ligação de água metálico cromado, flexível com canopla cromada, rosca BSP, DN ½” x 0,40 m, válvula de escoamento universal.

a.2. Vasos sanitários

As louças sanitárias serão brancas, salvo especificação em contrário no projeto, e deverão estar em conformidade com a NBR 15097:2004 - Aparelho sanitário de material cerâmico - Requisitos e métodos de ensaio.

As bacias ou vasos sanitários terão sifão interno, fixados com parafusos de metal não ferroso, com entrada de água vedada com bolsa de borracha e canopla de metal cromada. A ligação de água da parede ao vaso deverá ser metálica cromada 1 ½”.

O encontro do vaso sanitário com o piso deverá ser devidamente rejuntado, com rejunte na cor da bacia sanitária. A caixa acoplada também será cerâmica, da mesma marca e cor do vaso sanitário.

a.3. Mictórios

Serão em louça branca ou aço inoxidável, e terão válvula de escoamento universal, tubo de ligação de água metálico cromado flexível, e válvula para mictório com fechamento hermético de descarga, seguindo as especificações do projeto.

a.4. Pias

Serão em cubas de aço inoxidável, fixadas em bancadas de pedra, e terão torneira com bica móvel, sifão de copo rosqueável cromada 1 ½” x 1 ½”, válvula em aço inoxidável 3” x 1 ½”, seguindo as especificações do projeto.

a.5. Tanques

Serão em louça branca, completo, aço inoxidável, ou de outro tipo especificado pelo projeto, e terão sifão de copo rosqueável cromada 1 ½” x 1 ½”, válvula em aço inoxidável 1 ¼ ”, seguindo as especificações do projeto.

a.6. Chuveiros

Chuveiro elétrico cromado com braço para chuveiro.

a.7. Bebedouros e filtros

a.7.1. Bebedouros com refrigeração

Será utilizado bebedouro elétrico automático, com refrigeração, auto filtrante, 110 V, 50/60 ciclos, dotado de reservatório de água refrigerada, com capacidade para 40 litros e tampo em aço inox.

• Inspeção e recebimento

O material deverá atender às especificações da Norma Técnica NBR 13972 - Bebedouros com refrigeração mecânica incorporada - Requisitos de qualidade, desempenho e instalação;

• Armazenamento

O material deverá ser armazenado em local protegido das intempéries e embalado em caixa de papelão.

• Especificações técnicas

Gabinete feito em chapa de aço carbono galvanizada com espessura de 0,65mm, acabamento em pintura eletrostática ou em chapa de aço inox escovada.

Base formada por ponteiras (suportes) de plástico injetado, resistentes a impactos.

Tampa pia em aço inox 304 polido com relevos contra respingos, bordas protegidas por frisos em plástico para proteção ao usuário.

Torneira copo e jato com alavanca para controle do fluxo de água confeccionada em vergalhão de latão cromado. Ralo sifonado.

Nos modelos conjugados, fonte anexa para crianças e portadores de necessidades especiais.

Reservatório de água em chapa de aço inox 304 espessura 0,80mm.

Hermético, para evitar contaminação da água com o ar ambiente, e dotado de dreno de limpeza.

Serpentina de cobre externa.

Termostato blindado para manutenção da temperatura da água entre 6º e 10º graus.

Gás refrigerante R-134A, não agressivo ao meio ambiente, sem CFC.

a.7.2. Bebedouros sem refrigeração

• Inspeção e recebimento

O material deverá atender às especificações das Normas Técnicas NBR 14908 – Aparelhos para melhoria da qualidade de água para uso doméstico - Aparelho por pressão, que especifica os requisitos mínimos e os métodos de ensaios para os aparelhos por pressão utilizados para melhoria da qualidade da água, de uso doméstico, potável ou bruta (não residuária), de acordo com a Portaria n.º 1469 do Ministério da Saúde.

• Armazenamento

O material deverá ser armazenado em local protegido das intempéries e embalado em caixa de papelão.

• Especificações técnicas

Fonte do tipo pressão de parede, sem refrigeração, fixado através de buchas e parafusos. Gabinete em aço carbono pré-tratado contra corrosão e pintura epóxi a pó.

Pia em aço inoxidável polido. Filtro de água com carvão ativado e vela sinterizada.

a.7.3. Filtros

Serão utilizados os filtros confeccionados em polipropileno, corpo em SAN, latão ou bronze cromado, instalados na entrada de água em caixas d’água ou acoplados ao bebedouro, internamente ao equipamento sempre que possível. O material deverá atender às especificações das Normas Técnicas NBR 14908 – Aparelhos para melhoria da qualidade de água para uso doméstico - Aparelho por pressão, que especifica os requisitos mínimos e os métodos de ensaios para os aparelhos por pressão utilizados para melhoria da qualidade da água, de uso doméstico, potável ou bruta (não residuária), de acordo com a Portaria n.º 1469 do Ministério da Saúde.

Elemento Filtrante: polipropileno, celulose, resina e carvão ativado com sais de prata. Vida útil do Elemento Filtrante: 2.500 litros

Temperatura: Máxima 38ºC - Mínima 4ºC

Vazão: 340 Litros/Hora

Pressão Máxima: 700Kpa

Pressão Mínima: 20 Kpa

a.8. Metais, válvulas e registros

Serão de boa qualidade, Fabrimar, Deca, Docol, Metrila ou similar com acabamento em metal cromado e especificados no projeto. Os registros serão em bronze com acabamento cromado.

a.9. Acessórios

Todos os acessórios como saboneteiras, papeleiras, cabides e assento para vaso, seguirão as especificações de projeto.

b. Execução

Os aparelhos sanitários serão cuidadosamente montados de forma a proporcionar perfeito funcionamento, permitir fácil limpeza e remoção e evitar a possibilidade de contaminação de água potável.

Deve-se tomar precauções para evitar a entrada de detritos nas tubulações durante a montagem das peças.

Deverão ser seguidas as normas NBR 9050, NBR 10283, NBR 11535, NBR 11815,NBR 12483, NBR 12904,NBR 15097, NBR 1549.

10.7. PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

10.7.1. Objetivo

Estabelecer as diretrizes básicas para a execução de serviços de instalações de prevenção e combate a incêndio, em consonância com as prescrições propostas pela Corporação do Corpo de Bombeiros do Estado de Minas Gerais, nomeadamente a Lei n.º 2060 do Governo do Estado de Minas Gerais de 27/04/72 e da NBR 13714 – “Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio” da ABNT.

10.7.2. Condições gerais

A instalação será executada rigorosamente de acordo com as normas da ABNT, com o respectivo projeto e com as exigências e/ou recomendações da Legislação Municipal de Belo Horizonte – Lei n.º 2060 de abril de 1972.

A instalação e manutenção de sistemas de prevenção e combate a incêndio, deverão ser executados por profissionais liberais ou firmas habilitadas junto ao CREA para esse fim.

A instalação será perfeitamente estanque e executada de maneira a permitir rápido, fácil e efetivo funcionamento. Para melhor orientação dever-se-á, obrigatoriamente, consultar as seguintes normas:

NBR 5580, NBR 5667-1, NBR 5667-2, NBR 5667-3, NBR 6125, NBR 7661,NBR 7662, NBR 8222, NBR 9077, NBR 9441, NBR 10898, NBR 11742, NBR 11861, NBR 13714 e NBR 13523. .

A proteção contra incêndio é assegurada pelos sistemas a seguir indicados:

• Sistema sob comando(São aqueles em que a defesa só se estabelece mediante a manobra de dispositivos adequados)

• Sistema automatizado (São aqueles em que a defesa se estabelece independentemente de qualquer intervenção de um operador, quando são atingidas condições pré–estabelecidas).

Após a conclusão dos trabalhos e antes do revestimento, a instalação deverá ser testada pela CONTRATADA, com o acompanhamento da SUPERVISÃO a fim de verificar possíveis pontos de vazamentos ou falhas nas juntas.

As canalizações da instalação deverão suportar uma pressão não inferior a pressão de trabalho, acrescida de 0,5 MPa, sendo que a pressão mínima de ensaio será de 1,0 MPa, de acordo com a NBR 13714. A duração dos ensaios será de 1 hora, no mínimo.

A CONTRATADA deverá atualizar os desenhos do projeto à medida em que os serviços forem executados, devendo entregar, no final dos serviços e obras, um jogo completo de desenhos e detalhes conforme executado (Projeto “As Built”).

A SUPERVISÃO deverá verificar, além das atividades mencionadas na norma NBR 13714 da ABNT, as prescrições do Corpo de Bombeiro

10.7.3. Sistema sob comando

Serão aqueles em que a defesa só se estabelece mediante a manobra de dispositivos adequados.

a. Materiais e equipamentos

Para o recebimento dos materiais e equipamentos ver sub-item a, do item 10.3.3, das instalações de água fria, no que for aplicável.

São componentes de um sistema sob comando:

• Mangueiras;

• Hidrantes;

• Abrigos;

• Reservatórios;

• Conexões e válvulas;

• Esguichos;

• Bombas;

• Extintores.

Os materiais deverão estar de acordo com as normas vigentes da ABNT. As canalizações devem ser de tubos de ferro fundido que satisfaçam às NBR 7661 – “Tubo de ferro fundido centrifugado, de ponta e bolsa, para líquidos sob pressão, com junta não elástica” ou NBR 7662 – “Tubo de ferro fundido centrifugado para líquidos sob pressão com junta elástica”, de tubos de aço galvanizado (NBR 5580 – “Tubos de aço-carbono para rosca Withworth gás para usos comuns na condução de fluidos”) ou preto, e de tubos de cobre ou latão. Não poderão ter diâmetro interno inferior a 63 mm, devendo ser completamente independentes das demais canalizações existentes na edificação.

b. Execução

b.1. Tubulações embutidas, aéreas, enterradas e instalação de equipamentos

Seguir as mesmas instruções e procedimentos do sub-item b, do item 10.3.3, de instalações hidráulicas para tubulações embutidas, aéreas, enterradas e instalação de equipamentos.

Todos os equipamentos com bases ou fundações próprias deverão ser instalados antes de iniciada a montagem das tubulações neles conectadas. Os demais equipamentos poderão ser instalados durante a montagem das tubulações.

Durante a instalação dos equipamentos deverão ser tomados cuidados especiais para o seu perfeito

alinhamento e nivelamento.

b.2. Bombas

As bombas devem recalcar a água diretamente na rede de alimentação do sistema de incêndio.

As bombas não poderão ser usadas para outros fins que não os de combate a incêndio.

A instalação elétrica para o funcionamento das bombas e demais equipamentos do sistema de hidrantes deverá ser independente da instalação, ou ser executada de modo que se possa desligar a instalação geral sem interromper a sua alimentação.

É proibida a interposição de fusíveis no circuito de alimentação do motor. Dentro da área protegida, as linhas de alimentação e de comando dos motores elétricos devem ser protegidos contra eventuais danos mecânicos, intempéries, agentes químicos, fogo e umidade. É permitido o uso de linhas aéreas fora da área protegida.

Quando a bomba não estiver situada abaixo do nível de tomada de água, no reservatório de alimentação, deve ser previsto um dispositivo de escorva automática, de fonte independente e permanente.

b.3. Hidrante

O hidrante será constituído de uma tomada de água munida de dispositivo de manobra colocado em lugar de fácil acesso e mantido permanentemente desobstruído. A altura do dispositivo de manobra sobre o piso não deve ultrapassar de 1,50 m.

Quando externos, os hidrantes devem ser colocados, tanto quanto, afastados dos edifícios, até 15 m.

Em nenhum caso a distância entre 2 hidrantes poderá ser superior a 70 m.

Todos os hidrantes devem estar situados em lugares de fácil acesso permanentemente desobstruídos, sendo vetada a sua localização em escadas e rampas podendo, entretanto, serem instalados no hall das mesmas.

O hidrante de recalque (passeio) será localizado junto a via de acesso de viaturas sobre o passeio e afastado dos prédios, de modo que possa ser operado com facilidade. Constará de registro de gaveta com diâmetro de 63 mm protegido por uma caixa embutida no passeio, com tampa metálica identificada com a expressão incêndio, e com as dimensões mínimas de 40 x 60 cm.

A expedição não deve situar-se em profundidade superior a 15 cm em relação ao nível do passeio.

b.4. Abrigos (caixas de incêndio)

Serão executados com chapa de ferro nº16 com as dimensões mínimas de 70 cm de altura, 50 cm de largura e 25 cm de profundidade; porta com vidro de 3 mm, com a inscrição INCÊNDIO em letras vermelhas com o traço de 1 cm em moldura de 7cm de largura; registro de gaveta de 63 mm (2 ½”) de diâmetro, com junta “STORZ” de 63 mm (2 ½”), com redução para 38 mm (1 ½”) de diâmetro, onde será estabelecida a linha de mangueiras.

Os abrigos terão ventilação permanente e o fechamento da porta será efetuado, preferencialmente, por trinco, podendo ser aceita fechadura desde que uma das chaves permaneça junto os mesmos ou em seu interior, caso em que deverá existir uma viseira de material transparente, de fácil violação.

Os abrigos, inclusive respectivos hidrantes, serão pintados com tinta vermelha, de forma a serem localizados facilmente.

Os abrigos deverão possuir sinalização para serem identificados facilmente e em sua frente a convenção “Proibido o Estacionamento de Veículos”.

b.5. Reservatórios

Observar o sub-item b.5, do item 10.3.3.

b.6. Mangueiras

As mangueiras serão de 38 mm (1 ½”) ou de 63 mm (2 ½”) de diâmetro interno, flexíveis, de fibra de poliéster, revestidas internamente de borracha, capazes de suportar a pressão mínima de teste de 2,0 MPa, dotadas de juntas “STORZ” e com seção de 15 m de comprimento.

b.7. Esguichos

Os esguichos devem ser indeformáveis e confeccionados com materiais não sujeitos à corrosão, no ambiente de guarda ou trabalho. Devem resistir a pressão indicada para as mangueiras. Os esguichos podem ser munidos de válvulas apropriadas para o fechamento de água no próprio aparelho.

b.8. Extintores

Serão utilizados extintores portáteis, tipos pulverização gás - água, pó químico seco, gás carbônico ou espuma, de acordo com a categoria do incêndio e conforme indicado no projeto.

O extintor será sinalizado com um círculo amarelo de 15 cm de diâmetro, circunscrito por outro vermelho com 30 cm de diâmetro, pintados em cores firmes, a 50 cm acima de sua parte superior. A parte superior do extintor deverá estar a 1,80 m do piso acabado.

Os extintores não poderão ser colocados nas paredes das escadas e rampas.

Somente serão aceitos extintores que possuírem o selo de “marca de conformidade”, ABNT, seja de vistoria ou inspecionado, respeitadas as datas de vigência.

b.9. Meios de ligação

Admite-se a utilização de tubulações de aço galvanizado rosqueadas, e com as seguintes recomendações:

• O corte de tubulações de aço deverá ser efetuado em seção reta, por meio de serra própria para corte de tubos. As porções rosqueadas deverão apresentar filetes bem limpos que se ajustarão perfeitamente às conexões, de maneira a garantir perfeita estanqueidade das juntas;

• As roscas dos tubos deverão ser abertas com tarraxas apropriadas, devendo dar-se o acréscimo do comprimento na rosca que deverá ficar dentro das conexões, válvulas ou equipamentos. As juntas rosqueadas de tubos e conexões deverão ser vedadas com fita à base de resina sintética própria para vedação, ou outros materiais, conforme especificação do projeto;

• O aperto das roscas deverá ser feito com chaves apropriadas, sem interrupção e sem retornar, para garantir a vedação das juntas.

b.10. Pintura em tubulações metálicas

Todas as tubulações metálicas aéreas, inclusive as galvanizadas, deverão receber proteção e pintura. A espessura da película de tinta necessária para isolar o metal do contato com a atmosfera deverá obedecer à especificação de projeto.

Deverão ser dadas pelo menos três demãos de tinta, para que se atinja a espessura mínima necessária; cada demão deverá cobrir possíveis falhas e irregularidades das demãos anteriores.

A tinta de base deverá conter pigmentos para inibir a formação de ferrugem, tais como as tintas de óleo de linhaça com pigmentos de zarcão, óxido de ferro, cromato de zinco e outros. Será de responsabilidade da CONTRATADA o uso de tintas de fundo e de acabamento compatíveis entre si.

10.7.4. Sistema automatizado

São aqueles em que a defesa se estabelece independentemente de qualquer intervenção de um operador, quando são atingidas condições pré-estabelecidas.

a. Materiais e equipamentos

Para o recebimento dos materiais e equipamentos ver sub-item a, do item 10.3.3, de instalações de água fria.

b. Execução

b.1. Tubulações embutidas, aéreas, enterradas, instalação de equipamentos

Observar o sub-item b, do item 10.3.3, das instalações de água fria.

As tubulações de PVC somente poderão ser utilizadas em redes enterradas, afastadas de, no mínimo, 1 m dos limites da edificação.

b.2. Sprinklers

Sistema constituído de uma canalização fixa onde serão colocados regularmente os chuveiros, ligada permanentemente a um abastecimento d’água, de forma a possibilitar, em caso de sinistro, que a água de extinção seja aplicada diretamente no local afetado, acionando, simultaneamente, o respectivo dispositivo de alarme.

As canalizações serão executadas conforme o projeto e o dispositivo na NE-20/02 e correrão normalmente aparentes (não embutidas na estrutura), presas ao teto por meio de braçadeiras.

Todo o equipamento a ser utilizado, tal como: “sprinklers” (aspersores), válvulas de comando, bombas (booster) etc., será definido nas especificações e/ou projeto.

O alarme será acionado por meio de uma válvula de fluxo, quando houver passagem d’água decorrente do funcionamento de um ou mais bicos.

A bomba deverá ter capacidade para manter a pressão mínima de 0,1 MPa (1 Kgf/cm²) em qualquer bico, sendo a vazão estabelecida de acordo com o projeto e/ou especificações.

Deverão ser previstas a insonorização e o isolamento de vibrações, conforme NE-29/02.

As instalações de chuveiros automáticos contra incêndio (“sprinklers”) obedecerão, naquilo que não contrariarem a este Regulamento, às normas do “Fire Office Committe” (FOC) ou da “National Fire Protection Association” (NFPA), ou as que vierem a ser estabelecidas pela Comissão Especial de Instalação de Chuveiros Automáticos (CEICA) da FENASEG.

b.3. Sistema a gás

Será constituído por uma rede a gás (CO2, Halon), geralmente utilizada para recintos de computadores e depósitos da guarda de documentos e dinheiro.

As canalizações serão conforme o projeto e o dispositivo na NE-20/02 e correrão normalmente aparentes (não embutidas nas estrutura), presas ao teto por meio de braçadeiras.

Todo o equipamento a ser utilizado, tal como: “sprinklers” (aspersores), válvulas de comando, bombas (booster) etc., será definido nas especificações e/ou projeto.

O alarme será acionado por meio de uma válvula de fluxo, quando houver passagem d’água decorrente do funcionamento de um ou mais bicos.

A bomba deverá ter capacidade para manter a pressão mínima de 0,1 MPa (1 Kgf/cm²) em qualquer bico, sendo a vazão estabelecida de acordo com o projeto e/ou especificações.

Deverão ser previstas a insonorização e o isolamento de vibrações, conforme NE-29/02.

As instalações de chuveiros automáticos contra incêndio (“sprinklers”) obedecerão, naquilo que não contrariarem a este Regulamento, às normas do “Fire Office Committe” (FOC) ou da “National Fire Protection Association” (NFPA), ou as que vierem a ser estabelecidas pela Comissão Especial de Instalação de Chuveiros Automáticos (CEICA) da FENASEG.

b.4. Rede de detecção de incêndio

O sistema será constituído por uma rede de “detecção de incêndio”, geralmente acionada por censores de fumaça ou de temperatura, que será ligada a uma central geral de controle que por sua vez, será interligada com o serviço de segurança local.

A execução da rede de eletrodutos e caixas, bem como a fiação, serão executadas conforme projeto e o disposto na NE-19/01.

Todo o equipamento a ser utilizado será definido nas especificações e/ou projetos.

b.5. Meios de ligação

Recomenda-se as mesmas prescrições e cuidados referenciados no item 10.7.3, denominado de “Sistema sob comando”.

b.6. Proteção de tubulações enterradas

Deve-se adotar as mesmas prescrições no sub-item b.3, do item 10.3.3, de instalações hidráulicas.

b.7. Pintura em tubulações metálicas

Deve-se adotar as mesmas prescrições no item 10.7.3, denominado de “Sistema sob comando”.

10.7.5. PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA

10.7.5.1. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Para melhor orientação deve-se, consultar as seguintes Normas:

– Norma de Procedimento Técnico (NPT 013 – Pressurização de Escada de Segurança. Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado

– Instrução Técnica no 13/2011 – Pressurização de Escada de Segurnaça. Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

– NBR 9050 - que trata da adequação das edificações e do imobiliário urbano à pessoa deficiente – Procedimento.

– NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios.

– NBR 10898 - Sistemas de iluminação de emergência.

– NBR 11742 – Porta corta-fogo para saída de emergência.

– NBR 13768 – Acessórios destinados à porta corta-fogo para saída de emergência – requisitos.

– NBR 14880 – Saídas de emergência em edifícios – Escada de Segurança – Controle de fumaça por pressurização.

– NBR 16401 – Instalações de ar-condicionado – Sistemas centrais e unitários.

– NBR 17240 - Sistemas de detecção e alarme de incêndio BS-5588-4 (British Standards Institution) – Pressurização de escadas de segurança.

– ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers) Handbook - Normas ASNI / ASHRAE 51.

– HVAC (Heating, Ventilating, and Air-Conditioning, and Refrigeration) Publications - Recomendação Técnica DW/143 da Heating and Ventilation Contractors’ Association (HVAC).

– SMACNA (Sheet Metal and Air Conditioning Contractors’ National Association) Publications HVAC Duct Construction - Metal and Flexible.

– HVAC System Duct Design; HVAC Air Duct Leakage Test Manual.

– AMCA (Air Movement and Control Association International, Inc.) - AMCA 203, pela literatura Field Performance Measurement of Fan System; AMCA-210 e o Manual da AMCA “Fans and Systems” - publicação 201-90 - “O fator do efeito do sistema” (System Effect Factor) e suas tabelas.

– Norma ISO 6944 - Fire Resistance Tests – Ventilation Ducts ou similar.

10.7.5.2. OBJETIVO O Sistema de Pressurização de Escadas de Segurança em edificações tem por objetivo manter as escadas de emergência livres da fumaça, de modo a permitir a fuga dos ocupantes de uma edificação no caso de incêndio. Esse sistema também pode ser acionado em qualquer caso de necessidade de abandono da edificação.

10.7.5.3. CONDIÇÕES GERAIS

a. Conceitos básicos do sistema de pressurização

Princípio geral da pressurização

considera-se um espaço pressurizado quando este receber um suprimento contínuo de ar que

possibilite manter um diferencial de pressão entre este espaço e os adjacentes, preservando-se

um fluxo de ar através de uma ou várias trajetórias de escape, que conduzem o ar para o exterior

da edificação;

para a finalidade prevista na NPT 013, o diferencial de pressão deve ser mantido em nível

adequado para impedir a entrada de fumaça no interior da escada;

o método estabelecido na NPT 013 também se aplica às escadas de segurança com pavimentos

abaixo do piso de descarga.

b. Pressurização de 1 ou 2 estágios

O sistema de pressurização pode ser projetado de duas formas:

Sistema de 1 estágio: para operar somente em situação de emergência;

Sistema de 2 estágios: incorporar um nível baixo de pressurização, para funcionamento contínuo,

com previsão para um nível maior de pressurização que entra em funcionamento em uma

situação de emergência.

Recomenda-se dar preferência para a opção do sistema de 2 estágios, para que se mantenha um nível

mínimo de proteção em permanente operação, bem como propiciar a renovação de ar no volume da escada.

c. Elementos básicos de um sistema de pressurização

São elementos básicos de um sistema de pressurização:

sistema de acionamento e alarme;

ar externo suprido mecanicamente;

trajetória de escape do ar;

fonte de energia garantida.

d. Unidades adotadas

Toda e qualquer proposta de sistema de pressurização deve seguir os critérios de apresentação e

desenvolvimento de acordo com o estabelecido abaixo:

Vazão ( Q ) = m3/s

Velocidade ( V ) = m/s

Área ( A ) = m2

Pressão ( P ) = Pa ( Pascal ), ou mmH2O (milímetro de coluna d’água)

Potência = CV (Cavalo Vapor) ou HP (Horse Power)

Temperatura em Graus Celsius = oC

Altura da Edificação ( h ) = m

e. Níveis de pressurização adotados

O nível de pressurização utilizado para fins de projeto não deve ser menor que o apresentado na Tabela1 do

Anexo A e não deve ultrapassar o limite de 60 Pa, considerando-se todas as PCF (portas corta-fogo) de

acesso à escada, na condição fechadas.

Os edifícios utilizados por crianças, idosos e ou pessoas incapacitadas precisam de considerações especiais,

a fim de assegurar que as PCF possam ser abertas, apesar da força criada pelo diferencial de pressão.

Para obtenção dos níveis de pressurização, no interior dos espaços pressurizados, na determinação da

capacidade de vazão e pressão dos motoventiladores, devem ser avaliadas as perdas de carga localizadas em

todos os componentes de captação e distribuição do sistema (dutos, venezianas, grelhas, joelhos, dampers,

saídas dos motoventiladores, rugosidades das superfícies internas dos dutos etc.) que devem constar de

memorial de cálculo, atendendo as seguintes condições:

desenvolvimento do cálculo do suprimento de ar necessário considerando as duas situações

previstas no item f abaixo: escape de ar com todas as portas do espaço pressurizado na condição

fechadas (equação 2); e escape de ar considerando as portas na condição abertas, conforme a

quantidade estipulada;

desenvolvimento do cálculo das perdas de carga ao longo da rede de captação e distribuição ar,

considerando todas as singularidades. Devem constar também a velocidade do fluxo de ar em

todos os trechos e acessórios, que devem estar dentro dos limites estipulados na NPT 013.

Tabelas e ábacos de fabricantes de acessórios podem ser considerados para determinação das

perdas de carga de singularidades, a partir da velocidade e vazão;

a velocidade do fluxo de ar em todo o trecho de captação deve ser de, no máximo, 8 m/s e, no

trecho de distribuição: máximo de 10 m/s quando o duto for construído em alvenaria ou gesso

acartonado e de 15 m/s quando o duto for construído em chapa metálica. No dimensionamento,

adotar parâmetros do manual da ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air-

Conditioning Engineers), podendo ser aceitas velocidades diferentes, quando se tratar de

edificação existente, desde que não haja possibilidade técnica de adequação, devidamente

justificada.

f. Suprimento de ar necessário

Cálculo do suprimento de ar

Para determinação do primeiro valor de suprimento de ar necessário para obtenção de um diferencial de

pressão entre o ambiente a ser pressurizado e os ambientes contíguos, deve-se adotar a equação 1. Essa

equação depende diretamente da área de restrição e do diferencial de pressão entre os ambientes contíguos.

A área de restrição é determinada pelo escape de ar para fora do espaço a ser pressurizado, quando o ar

passa, por exemplo, pelas frestas ao redor de uma PCF. O diferencial de pressão é o mínimo estabelecido na

Tabela1 do Anexo A, ou seja, 50 Pa.

Equação 1:

Q = 0,827 x A x (P)(1/N)

Onde:

Q é o fluxo de ar (m3/s)

A é a área de restrição (m2)

P é o diferencial de pressão (Pa)

N é um índice que varia de 1 a 2

No caso de frestas em torno de uma PCF, N = 2.

No caso de frestas em vãos estreitos, tais como frestas em torno de janelas, N = 1,6.

Vazão de ar (condição padrão de ar com densidade de 1,204 kg/m3 ).

Na trajetória de escape do ar para fora de um espaço pressurizado podem existir elementos de restrição

posicionados em paralelo, tal como ilustrado na Figura 1, ou em em série, como apresentado na Figura 2, ou

ainda uma combinação desses.

Figura 1 - Trajetórias de escape do ar em paralelo

No caso de trajetórias de escape do ar em paralelo, com as portas do ambiente conforme Figura 1 acima, a

área total de escape é determinada pela simples soma de todas as áreas de escape envolvidas, então:

Equação 2:

No caso de trajetórias de escape do ar em paralelo, com as portas do ambiente conforme Figura 1 acima, a

área total de escape é determinada pela simples soma de todas as áreas de escape envolvidas, então:

Equação 3:

Figura 2 - Trajetórias de escape do ar em série

No caso das portas em série, como a PCF da escada e a PCF da antecâmara não ventilada a ela associada,

como demonstrado na Figura 2 acima, temos:

Equação 4:

O escape total e efetivo de uma combinação de trajetórias de escape do ar em série e em paralelo, pode ser

obtido combinando sucessivamente grupos simples de escape isolados (PCF da escada e da antecâmara

pressurizada do mesmo pavimento), com os outros equivalentes (PCF em paralelo).

Áreas de escape a partir de uma escada pressurizada.

De maneira geral, o escape de ar a partir de uma escada ocorre:

por meio das frestas em torno das PCF (quando essas estiverem fechadas;

por meio do vão de luz das PCF consideradas na condição abertas, na quantidade estipulada

somadas às perdas pelas frestas das demais PCF consideradas na condição fechadas;

por meio das frestas no entorno de portas de elevadores e janelas existentes no espaço

pressurizado.

Portas corta-fogo abertas e outras aberturas

para ser eficaz, a escada de emergência deve ter seus acessos protegidos por PCF, sendo

inevitável que estas sejam abertas ocasionalmente. A pressurização projetada não pode ser

mantida, se houver grande abertura entre a área pressurizada e os espaços adjacentes;

caso haja uma abertura permanente (uma janela dentro da caixa de escada, por exemplo), deve

ser considerada a introdução de vazão de ar suficiente para se obter uma velocidade média do ar,

através desta abertura, de 4 m/s;

a abertura intermitente das PCF, quando do abandono da edificação, produz, momentaneamente,

uma perda de pressão no interior da escada. Nesta situação, a vazão de ar determinada pela

Equação 1 deve ser avaliada para que seja obtida uma condição satisfatória para minimizar a

infiltração de fumaça no interior da escada nesta situação, devendo possibilitar a manutenção de

uma velocidade de ar mínima de 1,0 m/s saindo através das PCF consideradas na condição

abertas;

os critérios para verificação da velocidade do ar a que se referem os itens seguintes são os

estipulados adiante;

o número de PCF, na condição abertas, a ser utilizado nos cálculos, depende do tipo de

edificação, considerando-se o número de ocupantes e as dificuldades encontradas para o

abandono, devendo obedecer aos critérios;

uma PCF considerada na condição aberta deve ser acrescentada no cálculo do suprimento de ar

do sistema de pressurização, em edificações de escritório até 21m de altura onde existem locais

de reunião de público, com capacidade para 50 ou mais pessoas (tais como auditórios, refeitórios,

salas de exposição e assemelhados). Esse critério deve ser desconsiderado quando o local de

reunião de público estiver no piso de descarga (térreo ou nível com saída direta para o exterior)

ou em mezaninos do piso térreo com acessos através de escadas exclusivas, de tal modo que a

escada pressurizada não seja utilizada como rota predominante de saída de emergência para

esse público;

devem ser considerados os vãos e frestas reais de todas as PCF da caixa da escada

pressurizada, conforme especificado abaixo:

PCF simples, quando todos os acessos à escada pressurizada ocorrer apenas através de

PCF simples;

PCF duplas, quando a quantidade de PCF duplas instaladas for igual ou superiorà

quantidade de PCF abertas, para efeito de dimensionamento de escapes de ar por meio de

PCF na condição abertas;

PCF duplas e PCF simples na mesma caixa de escada, quando a quantidade de PCF

duplas for inferior à quantidade de PCF consideradas na condição abertas, devem ser

consideradas todas as PCF duplas e, na quantidade devida, complementar com PCF

simples. Neste caso, cada PCF dupla deve ser computada como uma PCF aberta e não

como duas, embora devem ser somados o vão de luz real de cada PCF dupla e simples

consideradas;

em edificações existentes é comum o uso da pressurização de um amplo hall e o uso da

PCF no acesso às unidades residenciais ou unidades de escritório etc., como estabelecido

na figura 1 acima. Nesses casos, o número de PCF duplas ou simples calculadas

(respeitando-se suas áreas), deve ser de 4 para edificações com até 60 m de altura, sendo

que acima desse valor é exigido o cálculo de 5 PCF abertas.

Obs.: o número máximo de PCF por pavimento em contato com esse ambiente

pressurizado deve ser de 4 PCF simples.

Características diferentes devem ser avaliadas em Comissão Técnica do CBMPR.

Nota: A vazão total requerida para o sistema de pressurização de escadas deve ser

calculada pela equação abaixo:

Equação 4:

• Se QFT > QAT, então QT = QFT

• Se QFT < QAT, então QT = QAT

Onde:

QT = vazão total requerida do sistema de pressurização;

QFT = vazão total das frestas com todas as portas fechadas (m3/s) conforme Equação 1;

QAT = vazamento de ar através das portas consideradas na condição abertas somadas às

frestas das demais portas, na condição fechadas (m3/s), com velocidade de 1 m/s.

Obs.: Em todos os casos, levar em consideração a condição padrão do ar.

Estimativa da velocidade de saída do ar através da PCF aberta

na prática, a velocidade de saída do ar deve ser obtida dividindo-se a vazão de ar de suprimento

(Equação 1) pela área de abertura total;

a área de abertura total deve ser calculada somando-se as áreas das PCF consideradas abertas

e as frestas das demais PCF previstas na escada, na condição fechadas;

quando a velocidade obtida no cálculo for inferior ao parâmetro mínimo estabelecido, a vazão de

ar deve ser aumentada até que seja alcançado o valor requerido (1 m/s);

sobre o valor de vazão de ar obtido, devem ser aplicados os fatores de vazamentos em dutos e

de vazamentos não identificados;

para atender a todas as hipóteses de escapes de ar e de vazamentos não identificados,

invariavelmente a escada pressurizada deve ser provida de dispositivos que impeçam que a

pressão no seu interior eleve-se acima de 60 Pa, devido ao excesso de ar que pode ser

necessário.

Vazamentos em dutos e vazamentos não identificados

Para se determinar a vazão de ar total requerida, após o desenvolvimento da equação 4, constante do item

anterior, acrescentar ao resultado final, conforme equação 5, abaixo, os fatores de vazamentos de ar em dutos

e de vazamentos não identificados:

acrescentar 15% para vazamentos em dutos metálicos ou 25% para dutos construídos em

alvenaria ou mistos, sendo que esses valores porcentuais devem ser considerados

independentemente do comprimento dos dutos;

acrescentar 25% - para atender à hipótese de vazamentos não identificados:

• QTS = QT + 15% (vazamentos em dutos metálicos) +25% (vazamentos não identificados);

ou

• QTS = QT + 25% (vazamentos em dutos de alvenaria ou mistos) + 25% (vazamentos não

identificados);

Onde:

QT = vazão total requerida do sistema de pressurização (m3/s) conforme equação 4, levando-se

em consideração a condição padrão do ar;

QTS = vazão total requerida do sistema de pressurização (m3/s), conforme equação 4 acrescida

dos fatores de segurança, levando-se em consideração a condição padrão do ar;

Nota: A vazão total requerida para o sistema de pressurização de escadas, somada aos dois

fatores de segurança acima descritos, deve ser calculada conforme abaixo:

Equação 5:

a. QTS = QT x 1,4 (quando se tratar de duto metálico);

ou

b. QTS = QT x 1,5 (quando se tratar de duto de alvenaria ou misto).

Antecâmara do elevador de emergência

A antecâmara de segurança do elevador de emergência deve ser pressurizada, adotando-se os devidos

critérios além da Tabela 1 do Anexo A, e apresentar as seguintes características:

no cálculo da vazão de ar de pressurização, deve ser considerado o escape de ar através das

aberturas no entorno da passagem de cabos de aço e outros no topo do poço do elevador, no

piso da casa de máquinas, em série com o escape pelas frestas das portas de acesso ao

elevador nos diversos pavimentos;

o cálculo para determinação da vazão de ar de pressurização deverá considerar as frestas das

portas do elevador e das PCF de acesso às antecâmaras. Considerando que esses parâmetros

dimensionais poderão estar alterados na conclusão da obra, a vazão de ar introduzida em cada

antecâmara deve ser regulada para que a pressão interna não ultrapasse a 60 Pa;

quando contígua com a escada pressurizada, a antecâmara, quando não pressurizada por duto

exclusivo, deve ser pressurizada pelo mesmo sistema da escada, através de vasos comunicantes,

controlados por venezianas unidirecionais, reguláveis e independentes em cada nível de

pavimento, de forma a manter um gradiente de pressão no sentido do interior da escada

pressurizada para a antecâmara de segurança, neste caso, considerar o escape de ar através

dessas janelas no cálculo do suprimento total de ar necessário para o sistema de pressurização

da escada (adotar as frestas e vão reais efetivos);

ser protegida por PCF P-90, no acesso à antecâmara de segurança, a partir do pavimento;

a casa de máquinas deve ser independente e isolada em relação aos demais elevadores, com

paredes com TRRF, mínimo de, 2 h e acessos por PCF P-90;

alternativamente, pode ser adotada a pressurização das antecâmaras do elevador de emergência

a partir do poço do elevador que, nesse caso, funcionará como um duto de pressurização, para

tanto, avaliar as condições para se manter as antecâmaras pressurizadas até o limite de 60 Pa,

considerando-se as resistências das frestas no entorno das portas dos elevadores e PCF de

acesso em cada pavimento – precaver-se de que haja um fluxo de ar contínuo entre esse espaço

pressurizado com os ambientes contíguos e, desses, com aberturas permanentes para o exterior

da edificação. As paredes do poço do elevador devem seguir os critérios específicos.

também, alternativamente, pode-se fazer o acesso ao elevador de segurança diretamente por um

patamar da escada pressurizada, a partir de um hall disposto fora da rota de circulação das

pessoas na escada, formando um ambiente único com a caixa de escada. No ingresso a este

conjunto, verificar a necessidade, ou não, da exigência da antecâmara de segurança; o gradiente

de pressão entre a escada e a antecâmara pode ser obtido por meio de grelha unidirecional, no

sentido da escada para a antecâmara. A dimensão do acesso ao elevador emergência deve

possuir espaço livre (largura) de, no mínimo, 1,50 m, não podendo esse espaço, em nenhuma

hipótese, interferir no raio de escoamento da escada de segurança.

Antecâmara de segurança de escada pressurizada

para as ocupações com altura superior a 90 m será exigida, além da pressurização da escada de

segurança, a existência de uma antecâmara de segurança;

essa antecâmara deve possuir as seguintes características:

Ser interposta entre a escada pressurizada e as áreas comuns ou privativas da edificação,

em todos os níveis de pavimento, considerando-se a partir do piso de descarga, nos

sentidos ascendente e descendente (pavimentos superiores e inferiores ao nível da

descarga) dentro do critério de altura;

Ser protegida por PCF P-60, tanto no acesso à antecâmara de segurança quantono acesso

à escada pressurizada.

deve haver um diferencial de pressão (DDP) entre a antecâmara de segurança e o interior da

escada pressurizada, garantindo-se dessa forma o gradiente de pressão no sentido do interior da

escada pressurizada para a antecâmara de segurança; para realizar essa DDP, o Corpo de

Bombeiros aceita:

A previsão de insuflação somente na escada, deixando uma abertura na parede entre a

escada e cada antecâmara, adotando o princípio de vasos comunicantes, com um único

dispositivo de controle de pressão localizado no interior da escada. A abertura mencionada

deve ser dotada de dispositivo que garanta o fluxo de ar somente no sentido da escada à

antecâmara, impedindo o fluxo da antecâmara à escada. O sistema deve ser dimensionado

considerando as aberturas de frestas da antecâmara ao exterior, incluindo o poço do

elevador;

Sistemas de pressurização independentes entre a escada e as antecâmaras, com dutos,

ventiladores e controles exclusivos para cada sistema, tendo um nível de pressurização

mais alto na escada e mais baixo nas antecâmaras, aceita-se o controle de pressurização

pela variação da rotação dos ventiladores utilizando inversores de frequência na

alimentação elétrica de seus motores.

a antecâmara de segurança deve possuir dimensões mínimas de acordo com a NPT 011/11;

Obs.: quando exigido as antecâmaras de segurança das escadas pressurizadas e dos elevadores

de emergência, localizadas em níveis inferiores ao piso de descarga, devem possuir as mesmas

características mencionadas acima.

Efeito do sistema

Com a finalidade de eliminar o risco de redução de desempenho do ventilador, em termos de vazão, deve ser

considerado o “efeito do sistema”, atendendo aos parâmetros definidos pelo fabricante. Normas de referência:

Normas ASNI / ASHRAE 51; AMCA-210 e o Manual da AMCA “Fans and Systems” - publicação 201- 90 - “O

fator do efeito do sistema” (System Effect Factor) e suas tabelas.

Cálculo de pressão

A apresentação da memória de cálculo da perda de pressão no circuito de transporte de ar do sistema não é

obrigatória, porém pode ser exigida pelo Serviço de Segurança contra Incêndio, a comprovação da

metodologia de cálculo, para esclarecimentos do valor obtido.

10.7.5.4. A EDIFICAÇÃO

10.7.5.4.1. Aspectos gerais

cuidados especiais devem ser avaliados para dimensionamento do sistema de pressurização de

escada de segurança para edificação com altura superior a 80 m, principalmente quanto a

velocidade máxima no dutos, vazão e perdas;

a edificação deve ser planejada de forma a atender aos requisitos do sistema de pressurização,

garantindo o seu funcionamento com relação às condições descritas;

todos os componentes do sistema de pressurização (dutos, grupo motoventilador, grupo

motogerador automatizado) devem ser protegidos contra o fogo por no mínimo 2 h (exceção feita

às portas cortafogo que devem ser do tipo P-90, nas casas demáquinas), a fim de garantir o

abandono dos ocupantes da edificação, bem como, o acesso ao Corpo de Bombeiros;

pisos escorregadios nas proximidades das PCF de acesso aos espaços pressurizados devem ser

evitados;

portas corta-fogo devem estar de acordo com a norma NBR 11742/03, e serem instaladas de

forma a atender às premissas básicas do projeto de pressurização de escadas. Caso contrário, a

pressurização perde sua função e deve ser reavaliada, ou dispositivos complementares, junto a

esta PCF, devem dar as garantias do projetado na pressurização. Tais dispositivos não podem

alterar as características de resistência ao fogo das PCF;

atenção especial deve ser dada às edificações que possuam acesso de pessoas portadoras de

deficiência física;

quando a pressurização da escada dificulta o fechamento das PCF (como exemplo, PCF

posicionada no pavimento de descarga), dispositivos de fechamento devem ser dimensionados de

forma a vencer esta força. Tais dispositivos devem ser capazes de mantê-las fechadas contra a

pressão do sistema de pressurização;

deve ser prevista sinalização nas PCF, na face externa à escada, com os seguintes dizeres:

“ESCADA PRESSURIZADA”, seguindo critérios da NPT 020/11;

deve ser considerado o controle da porosidade das paredes que envolvem as escadas, bem

como, dos dutos de sucção e pressurização, construídos em alvenaria;

deve ser previsto sistema de detecção de fumaça e iluminação de emergência nos seguintes

locais: casa de máquinas de pressurização; sala do grupo motogerador automatizado; no

ambiente onde se localizar os acionadores manuais alternativos dos motoventiladores; em

qualquer outro local que possua contato direto com a escada pressurizada;

caso exista algum compartimento ou equipamento que, direta ou indiretamente, possa gerar

dúvida quanto à sua real interferência no sistema de pressurização, como por exemplo sistema de

controle de fumaça, o projeto deve ser submetido à análise de Comissão Técnica.

10.7.5.4.2. Edifícios com múltiplas escadas

em edifícios com múltiplas escadas pressurizadas, devem ser instalados sistemas independentes

de pressurização para cada escada. A exigência de sistemas independentes aplica-se aos

equipamentos a serem instalados, devendo estes serem independentes para cada escada

(conjunto motoventilador, dutos de insuflamento, registros e grelhas), e quanto ao ambiente onde

serão instalados os motoventiladores (proteção passiva dos sistemas) pode-se aceitar uma casa

de máquinas única. Esse conceito aplica-se igualmente para os sistemas de detecção automática

de incêndio e para o grupo motogerador, que pode ser único para alimentação dos sistemas de

pressurização de uma edificação.

não devem ser aceitas escadas de segurança com aberturas entre si (uma escada se

comunicando com a outra, através de dutos, janelas etc.), quando se tratarem de quantidade

mínima de escadas exigidas para a edificação, conforme NPT 011/11 ou Código de Obras local;

no caso de uma escada em que for utilizado o recurso arquitetônico de aproveitamento de área da

caixa de escada, mantendo-se as larguras, unidades de passagens etc, com duas entradas

distintas para a mesma caixa de escada em um mesmo nível, é permitida a pressurização por um

único duto, devendo-se levar em conta o número de portas abertas, frestas e perdas em

duplicata, não podendo diminuir o número mínimo de escadas previstas para a edificação;

devem ser projetados sistemas de pressurização para as escadas que atenderem os pavimentos

abaixo do piso de descarga e subsolos, caso esses pisos sejam utilizados para outras atividades

que não de estacionamento de veículos ou possuam altura ascendente maior que 12 m;

como regra geral, deve-se evitar o uso de escadas de segurança pressurizadas e escadas

simples ou enclausuradas sem pressurização, quando ocupam o mesmo espaço (mesmo

ambiente – por exemplo: mesmo corredor de acesso). Casos específicos poderão ser aceitos pelo

Corpo de Bombeiros, desde que o responsável técnico cite claramente, no memorial específico,

que as ventilações do ambiente (por exemplo: ventilações permanentes nas fachadas, nos

corredores de acesso e outras) garantam a não interferência da escada pressurizada sobre as

demais.

10.7.5.4.3. Relação entre a pressurização e o sistema de ar-condicionado

a circulação de ar promovida pelo sistema de condicionamento de ar ou de exaustão mecânica

deve ser projetada de modo a manter a trajetória do fluxo de ar no sentido contrário ao

estabelecido para o abandono da população da edificação, a fim dediminuir o risco das rotas de

fuga serem atingidas pela fumaça oriunda do incêndio. Caso isso não seja atendido, devem ser

previstos dispositivos de fechamento automático, que garantam o bloqueio da passagem de

fumaça em caso de incêndio. Portanto, esses dispositivos devem ser utilizados quando existir o

risco desses dutos e/ ou sistemas contribuírem para o alastramento do incêndio, ou não

atenderem aos critérios de compartimentação horizontal e/ou vertical;

na situação de emergência (em funcionamento do sistema de pressurização), todo o sistema de

circulação de ar existente na edificação deve ser projetado para imediata interrupção do seu

funcionamento.

sistemas de exaustão podem ser mantidos ligados desde que promovam um fluxo favorável ao

sentido do escape de ar do sistema de pressurização de escada, sendo que tais casos devem ser

analisados em Comissão Técnica;

o sistema de alarme e detecção de incêndio também deve ser o responsável pelo comando das

alterações necessárias no sistema de ventilação e ar condicionado. O sinal, que deve dar início a

todas estas alterações na operação desses sistemas, deve vir da mesma fonte que aciona a

pressurização na situação de emergência;

detector de fumaça dentro dos dutos de retorno do ar condicionado pode ser utilizado como

sistema auxiliar de acionamento do sistema de pressurização, devendo o mesmo ser

adequadamente instalado e ter sua eficiência comprovada por meio de ensaio, de acordo com

NBR 17240/10.

10.7.5.4.4. Estruturas de proteção e garantias de funcionamento do sistema de pressurização

a edificação deve proporcionar a proteção adequada contra incêndio para todos os componentes

que garantam o funcionamento do sistema de pressurização;

os dutos de sucção e/ou pressurização, seus ancoramentos ou seus revestimentos contra

incêndio, em seu caminhamento interno ou externamente à edificação, não devem passar por

ambientes que possam prejudicar (com danos mecânicos, químicos ou do próprio incêndio) a

eficiência do sistema de pressurização;

os dutos de sucção e/ou pressurização, no seu caminhamento devem, de preferência, estar

posicionados o mais próximo possível ao teto (laje) dos ambientes,

sendo que quaisquer outras instalações devem estar posicionadas logo abaixo;

os ancoramentos dos dutos e outros acessórios, necessários ao sistema de pressurização, não

podem servir funcionalmente a outros tipo de instalações;

cabos elétricos e dutos de sucção e/ou pressurização devem estar devidamente protegidos contra

a ação do fogo em caso de incêndio, garantindo o acionamento e o funcionamento do sistema de

pressurização para no mínimo 2 h;

os dutos de sucção e/ou pressurização, para que não seja exigido o revestimento contra incêndio,

devem estar afastados de sistemas de vasos sob pressão, baterias de GLP ou sistemas

alimentados por gás natural, de nafta ou similares e depósitos ou tanques de combustível;

para os riscos nos casos em que não consiga os afastamentos, além da proteção que garanta

resistência ao fogo por 2 h nos dutos de sucção e/ou pressurização, deve ser prevista distância

mínima, medida no plano horizontal, de 2 m desses riscos;

caso o afastamento de 2 m entre as tubulações que conduzem gás GLP, gases naturais, de nafta

ou similares e os dutos de sucção e/ou pressurização não seja cumprido, essas tubulações de

gás devem ser envolvidas por tubo-luva de proteção, de ferro galvanizado ou aço carbono,

devidamente identificada na cor vermelha e suportado de forma independente, com diâmetro

nominal mínimo 1,5 vezes maior que a tubulação a ser envolvida. O afastamento, medido no

plano horizontal, entre a entrada e saída do tubo-luva de proteção e os dutos de sucção e/ou

pressurização, deve ser de no mínimo 1 m;

o grupo motoventilador, seus acessórios, componentes elétricos e de controle, devem ser alojado

em compartimento resistente ao fogo por, no mínimo, 2h. As PCF de acesso a esse

compartimento devem ser do tipo PCF P-90;

caso o compartimento da casa de máquinas do grupo motoventilador esteja posicionado em

pavimento subsolo, ou outro pavimento que possa causar risco de captação da fumaça de um

incêndio, deve ser previsto uma antecâmara de segurança entre esse compartimento e o

pavimento. Também deve ser previsto sistema de detecção no acesso a esse conjunto

compartimento casa de máquinas. Essa antecâmara de segurança pode possuir dimensões

reduzidas, com relação ao estabelecido na NPT 011/11. O acesso à antecâmara de segurança

deve ser protegido por uma PCF P-90, bem como, o acesso à casa de máquinas do grupo

motoventilador ser protegido por uma porta estanque, de forma a evitar a captação de fumaça que

porventura passe pelas frestas desta PCF. Essa solução pode ser substituída por outra que

garanta a diminuição de risco de captação da fumaça de um incêndio pelo compartimento casa de

máquinas do grupo motoventilador;

quando o sistema de interligação do grupo motoventilador for realizado por correias, deve ser

providenciada proteção contra eventuais acidentes pessoais, por meio de grade ou outro

dispositivo que possua mesma finalidade e eficiência;

o grupo motogerador automatizado e seus acessórios, quando exigidos, devem ter seu

compartimento, o mesmo nível de proteção. Tais compartimentos devem ser projetados com

vistas a garantir a manutenção de sua estabilidade, integridade e estanqueidade, tendo em vista a

vibração originária do funcionamento do grupo motogerador;

o circuito formado pela tomada de ar frio e saída do ar aquecido (do compartimento casa de

máquinas do grupo motogerador), bem como, o escape dos gases da combustão, para o perfeito

funcionamento do grupo motogerador automatizado e seus acessórios, devem ser

adequadamente projetados como forma de garantir a alimentação elétrica dos sistemas de

segurança e sistema de pressurização das edificações. Preferencialmente, o grupo motogerador e

seus acessórios devem estar posicionados no pavimento térreo ou próximo deste. Caso não

exista condição técnica para o cumprimento dessa exigência, no mínimo, deve ser garantida que

a tomada de ar frio seja realizada próximo ao pavimento térreo, através de dutos, sem o risco de

se captar a fumaça oriunda de um incêndio. Os dutos de tomada de ar frio se passarem por áreas

de risco, devem possuir proteção que garanta resistência ao fogo por no mínimo 2 h. Cuidados

especiais, quanto ao isolamento térmico e/ou de resistência ao fogo, devem ser tomados para os

dutos de saída do ar aquecido e dutos de escape de gases da combustão;

cuidados especiais devem ser tomados para evitar a entrada de água ou produtos agressivos, nos

compartimentos casa de máquinas do grupo motoventilador e do grupo motogerador

automatizado, por intempéries ou mesmo quando da manutenção geral da edificação;

o grupo motoventilador deve estar posicionado em compartimento diferente do que abriga o grupo

motogerador automatizado;

nas edificações existentes, não é obrigatório o uso do grupo motogerador automatizado, que pode

ser substituído pela ligação independente do grupo motoventilador.

prever fechamento adequado para as instalações hidráulicas de água, esgoto e águas pluviais no

interior das casas do grupo motoventilador e grupo motogerador, com TRRF conforme a NPT

008/11.

10.7.5.4.5. A Instalação e equipamentos

10.7.5.4.5.1. Ventilador

o conjunto motoventilador deve atender a todos os requisitos para proporcionar a pressurização

requerida;

em todos os edifícios devem ser previstos sistemas motoventiladores em duplicata, com as

mesmas características, para atuarem especificamente na situação de emergência;

nos edifícios residenciais com até 80 m de altura, nos edifícios de escritórios com até 60 m de

altura e nos edifícios escolares com até 30 m de altura, é permitido o uso de somente um

motoventilador. De forma substitutiva, nestes casos, podem ser utilizados 2 grupos

motoventiladores, sendo que cada grupo deve, no mínimo, garantir 50% da vazão total do sistema

e 100% da pressão total requerida, para atuarem especificamente no estágio de emergência e em

conjunto.

10.7.5.4.5.2. Tomada de ar

é essencial que o suprimento de ar usado para pressurização nunca esteja em risco de

contaminação pela fumaça proveniente de um incêndio no edifício. Medidas para minimizar a

influência da ação dos ventos sobre o sistema de pressurização (como a tomada e a saída de ar)

também devem ser adotadas;

as seguintes distâncias mínimas devem ser adotadas, em relação às aberturas próximas à

tomada de ar da pressurização:

2,5 m das aberturas nas laterais, medidos horizontalmente. Quando a tomada de ar for feita

abaixo do nível do piso de descarga da edificação, a distância deverá então ser de 5 m;

2 m das aberturas acima da tomada de ar;

Abaixo da veneziana de tomada de ar não serão permitidas aberturas, exceto quando,

comprovadamente, esta abertura não prejudicar a tomada de ar, devido à posição, à

existência de proteções etc.

Figura 3 – Distâncias mínimas de aberturas à tomada de ar

Não é permitida a instalação da tomada de ar em local interno à linha de projeção do

pavimento superior.

10.7.5.4.5.3. Sistema de distribuição de ar

nos edifícios com vários pavimentos, a disposição preferida para um sistema de distribuição de ar

para pressurização consiste em um duto vertical que corre adjacente aos espaços pressurizados,

sendo que, para edificações existentes, havendo impossibilidade técnica justificada de execução

desse duto, pode ser aceita a distribuição de ar através de duto plenum. Neste caso o projeto

deve ser analisado em Comissão Técnica. Deve-se verificar os efeitos da “resistência fluído-

dinâmica” associada ao escoamento vertical do ar pela escada, que se manifesta em série, de um

andar a outro. O problema fica, portanto, na dependência da geometria da escada, que deve ser

objeto de análise específica de cada caso.

os dutos devem, de preferência, ser construídos em metal laminado, com costuras longitudinais

lacradas à máquina, com material de vedação adequado. Os aspectos construtivos devem

obedecer às recomendações da SMACNA, por meio das literaturas HVAC Duct Construction -

Metal and Flexible e HVAC System Duct Design. A utilização de dutos confeccionados em outros

materiais, além de atender as condições de exigência relativas aos dutos metálicos, deve ser

submetida à avaliação da Comissão Técnica, no Serviço de Segurança contra Incêndio;

cuidados especiais devem ser tomados na ancoragem dos dutos do sistema de pressurização,

quando for necessário o uso de revestimento resistente ao fogo para sua proteção, tendo em vista

o aumento de peso causado por esses revestimentos;

dutos de alvenaria podem ser utilizados, desde que sejam somente para a distribuição do ar de

pressurização, e que a sua superfície interna, preferencialmente, possua revestimento com

argamassa, com objetivo de se obter uma superfície lisa e estanque, ou revestida com chapas

metálicas ou outro material incombustível. Dutos para pressurização, com áreas internas

inferiores a 0,5 m2, triangulares e muito estreitos (com largura menor que 40 cm), devem, à

medida do possível, ser evitados;

recomenda-se que o nível de ruído transmitido pelo sistema de pressurização no interior da

escada não deve ultrapassar a 85 db(a), na condição desocupada;

caso necessário, um teste de vazamento nos dutos pode ser aplicado de forma a se verificar a

exatidão dos parâmetros adotados. O método de teste deve ser o recomendado pela SMACNA,

por meio da literatura HVAC Air Duct Leakage Test Manual;

Registros corta-fogo não devem ser usados na rede de dutos de tomada ou distribuição do ar de

pressurização, de modo que o seu acionamento não prejudique o suprimento de ar;

os dutos metálicos, tanto na tomada de ar quanto na sua distribuição, que ficarem posicionados

de forma aparente, devem possuir tratamento de revestimento contra o fogo, que garanta

resistência ao fogo por 2 h, mesmo que esses dutos estejam posicionados em pavimentos

subsolos ou na face externa do edifício. Exceção, quando do caminhamento do duto externo à

edificação com os afastamentos;

os revestimentos resistentes ao fogo aplicados diretamente sobre os dutos metálicos de

ventilação, quando submetidos às condições de trabalho esperadas, principalmente às condições

de um incêndio, devem demonstrar resistência ao fogo por um período mínimo de 2 h, atendendo

aos seguintes critérios abaixo:

integridade à passagem de chamas, fumaça e gases quentes;

Estabilidade ao colapso do duto, que evitaria o cumprimento normal de suas funções;

Isolamento térmico, para evitar que a elevação da temperatura na superfície interna do duto

não alcance 140oC (temperatura média) e 180oC (temperatura máxima pontual), acima da

temperatura ambiente;

Incombustibilidade do revestimento.

Obs.: Os critérios acima devem ser definidos em testes normalizados de resistência ao fogo

de dutos de ventilação, utilizando a norma brasileira, e na sua ausência a norma isso 6944 -

Fire Resistance Tests - Ventilation Ducts ou similar.

caso se adote parede sem função estrutural para proteger dutos metálicos verticalizados, pode

ser adotada a Tabela de Resistência ao Fogo Para Alvenarias.

10.7.5.4.5.4. Grelhas de insuflamento de ar

para a pressurização de uma escada, através de duto, devem ser previstas várias grelhas de

insuflamento, localizadas a intervalos regulares por toda a altura da escada, e posicionadas de

modo a haver uma distância máxima de dois pavimentos entre grelhas adjacentes. Os pontos de

saída devem ser balanceados para permitir a saída de quantidades iguais de ar em cada grelha,

devendo obrigatoriamente haver uma grelha no piso de descarga (pavimento térreo) e uma no

último pavimento;

os dispositivos de ajuste e balanceamento das grelhas de insuflamento não podem permitir

alterações, mesmo que acidentais, após montagens e testes, a não ser por pessoal técnico

capacitado.

10.7.5.4.5.5. Sistema elétrico

deve ser assegurado o fornecimento de energia elétrica para o sistema de pressurização e de

segurança existente na edificação durante o incêndio, de modo a garantir o funcionamento e

permitir o abandono seguro dos ocupantes da edificação. O edifício deve possuir um sistema de

fornecimento de energia de emergência por meio de um grupo motogerador automatizado, de

acordo com as Normas Técnicas Oficiais, com autonomia de funcionamento e acionado

automaticamente quando houver interrupção no fornecimento de energia normal para o sistema

de pressurização;

os demais sistemas de emergência (tais como iluminação de emergência, registros corta-fogo,

bombas de pressurização hidráulicas de incêndio, elevadores de segurança etc), podem ser

alimentados pelo mesmo grupo motogerador automatizado;

o comando elétrico, de início de funcionamento do grupo motoventilador, na situação de

emergência, deve se dar a partir de um sistema automático de detecção de fumaça.

as instalações elétricas devem estar de acordo com a NBR 5410/04;

os circuitos elétricos do sistema de pressurização, devem ser acondicionados de forma a garantir

a operação do sistema conforme tempo preconizado. Se os circuitos elétricos do sistema de

pressurização passarem por áreas de risco, aparentes ou embutidas em forros sem resistência

contra incêndio, devem ser protegidos contra a ação do calor do incêndio, pelo tempo de

utilização do grupo motogerador automatizado;

10.7.5.4.5.6. Sistemas de controle

considerando-se a diversidade de condições a que o sistema é submetido, para manter um

diferencial de pressão adequado, quando todas as PCF estiverem fechadas e a velocidade

mínima necessária, referida à condição padrão do ar, por meio das PCF consideradas na

condição abertas, deve ser previsto registro de sobrepressão, ou damper motorizado acionado

por sensor diferencial de pressão, a fim de impedir que a pressão se eleve acima de 60 Pa,

quando todas as PCF estiverem fechadas;

esse registro é colocado entre um espaço pressurizado e um espaço interno ou externo, desde

que haja garantias de funcionamento, considerando-se a influência da ação dos ventos. Esse

registro deve ser posicionado fora das áreas de risco e afastados;

alternativamente ao registro de sobrepressão, podem ser adotados sistemas que modulem a

capacidade dos ventiladores de pressurização (variador de frequência do motor), sob comando de

um controlador de pressão com sensor instalado no interior da escada pressurizada;

para sistemas de pressurização que se utilizam 2 conjuntos motoventiladores, um funcionando

como reserva do outro, deve ser instalado no sistema de dutos, um dispositivo automático que

identifique a parada de um grupo motoventilador e possibilitar o imediato acionamento do outro;

orienta-se que, quando se utilizar registros (dampers) nas descargas dos ventiladores, suas

lâminas sejam posicionadas de forma perpendicular ao eixo do ventilador, como forma de diminuir

o chamado “efeito do sistema”;

sistemas de controle também devem ser aplicados nos trechos de escadas situados em subsolos,

quando existir a descontinuidade no piso de descarga (térreo) todavia, deve-se ter a precaução de

que aberturas não sejam utilizadas para os pavimentos enterrados, devendo-se dar preferência

para instalação de registros de sobrepressão localizados no nível térreo ou, então, de variador de

frequência ou similar.

10.7.5.4.5.7. Sistema de acionamento e alarme

o sistema principal para acionamento do sistema de pressurização, na situação de emergência,

deve ser o de detecção automática de fumaça, pontual ou linear. Em todos os edifícios, deve

haver tal sistema, no mínimo, no hall interno de acesso à escada pressurizada e nos seus

corredores principais de acesso, dimensionados conforme NPT 019/11 - Sistemas de detecção e

alarme de incêndio;

Obs.: Todos os ambientes ou halls que possuem acesso direto à escada pressurizada devem

possuir sistema de detecção de fumaça.

nos edifícios em que os detectores de fumaça foram instalados apenas para acionar a situação de

emergência do sistema de pressurização, esse detector deve ser posicionado no lado de menor

pressão de todas as PCF de comunicação entre a escada pressurizada e o espaço adjacente, nos

locais indicados;

a instalação do detector de fumaça dentro do espaço pressurizado não é aceitável;

o uso do sistema de detecção não isenta o uso do sistema de alarme manual, sistema de

chuveiros automáticos ou outro sistema de prevenção ou combate a incêndios.

Obs.: A existência de sistema de chuveiros automáticos ou outro sistema de combate a

incêndios não isenta a necessidade de instalação de sistema de detecção e alarme, como

forma principal de acionamento do sistema de pressurização;

O treinamento da brigada de combate a incêndios e a elaboração de plano de abandono e

emergências, para a plena utilização do sistema de detecção e alarme, devem ser

elaborados e constantemente avaliados.

procedimentos devem ser adotados no sentido de se testar o sistema de alarme de incêndio, sem

necessariamente operar o sistema de pressurização de escadas;

a instalação dos detectores automáticos ou acionadores manuais de alarme devem seguir as

orientações do Corpo de Bombeiros e, subsidiariamente, o que preceitua a NPT 019/11;

o painel da central de comando de alarme/detecção deve sinalizar o setor atingido, não sendo

permitido que um laço de alarme/detecção supervisione mais de um pavimento; todas as

indicações da central de alarme/detecção devem ser informadas na língua portuguesa;

qualquer sinal de alarme ou defeito deve ser interpretado pela central de alarme/detecção como

alarme e deve acionar o sistema de pressurização, sendo que não é permitido, por meio da

central de alarme, realizar o desligamento do sistema de pressurização, respeitadas as

considerações dos itens seguintes;

o sistema de pressurização deve ser acionado imediatamente quando a central de alarme e

detecção de incêndio receber sinal de ativação do detector de fumaça/calor e/ ou acionador

manual de alarme de incêndio instalados na edificação. O funcionamento de motoventiladores

não pode depender da ativação dos dispositivos sonoros, cujo retardo pode causar a

contaminação da escada pela fumaça oriunda do incêndio; dessa forma, o sistema de alarme e

detecção de incêndio deve ativar o sistema de pressurização antes mesmo do reconhecimento do

sinal de alarme pela pessoa responsável pela vigilância;

o detector de fumaça instalado na sala dos motoventiladores deve possuir laço exclusivo e

independente (ou similar) dos demais e funcionar de forma diferenciada, ou seja, ao ser acionado,

deve inibir o acionamento do sistema de pressurização;

somente é aceito, para garantia do sistema de pressurização, sistemas com acionadores manuais

que sejam supervisionados pela central de alarme e detecção, de acordo com os critérios

estabelecidos na NPT 019/11;

a lógica do sistema deve contemplar a necessidade de se evitar que o sistema de pressurização

da escada entre em funcionamento automaticamente em caso da existência real de fumaça no

interior do compartimento que abriga o conjunto motoventilador, proveniente de um incêndio em

suas adjacências. Dessa forma, devem ser adotados mecanismos adequados que impeçam que o

falso alarme desative o funcionamento do conjunto motoventilador. O monitoramento através do

sistema de detecção de fumaça desse compartimento deve ser realizado através de um laço

exclusivo e independente (ou similar) em relação aos demais detectores de fumaça e acionadores

manuais de alarme da edificação;

o sistema de detecção deve ser submetido aos testes de acordo com a NPT 019/11, e também

com as interferências da pressurização, quando o sistema for de 2 estágios. Deve-se apresentar o

laudo de teste do sistema de detecção, quando da solicitação da vistoria junto ao Corpo de

Bombeiros; comprovando que foram realizados os testes de acordo com a referida norma, bem

como, o devido recolhimento da A.R.T. (Anotação de Responsabilidade Técnica);

é permitido o uso de destravadores eletromagnéticos para PCF de acesso à escada pressurizada,

sendo que o seu circuito deve ser ligado à central de comando do sistema de detecção e alarme.

O sistema deve permitir ainda o destravamento manual por meio da central de comando do

sistema de alarme, ou manualmente na própria PCF. Esse sistema tem a função de destravar a

PCF automaticamente na falta de energia elétrica ou quando acionado o sistema de

pressurização de escadas.

o tempo máximo de fechamento das PCF de acesso à escada pressurizada, onde houver

destravadores eletromagnéticos, deve ser de 30 s;

os acionadores manuais de alarme, de forma complementar (e nunca substitutiva), devem sempre

permitir o acionamento do sistema de pressurização em situação de emergência;

um acionador remoto manual, do sistema de pressurização, deve sempre ser instalado em cada

local abaixo descrito:

Na sala de controle central de serviços do edifício (desde que possua fácil comunicação

com todo o edifício) ou na portaria ou guarita de entrada do edifício com vigilância

permanente;

No compartimento do grupo motoventilador e seus acessórios, se este for distante da sala

de controle central;

a parada do sistema de pressurização, em situação de emergência, somente pode ser realizada

de modo manual.

10.7.5.4.5.8. Métodos de escape do ar para o exterior, a partir dos pavimentos

no dimensionamento do sistema de pressurização devem ser previstas áreas de escape de ar

para o exterior da edificação, de preferência utilizando-se de aberturas em pelo menos duas de

suas faces. Tais aberturas em cada pavimento devem proporcionar, no total, um mínimo de vazão

correspondente a 15% da vazão volumétrica média que escapa de uma PCF aberta (com

velocidade de 1 m/s). Para tanto, o projetista deve adotar uma das alternativas abaixo:

Método do escape de ar por janelas;

Método do escape de ar através de aberturas especiais no perímetro do edifício, que

permanecem normalmente fechadas, na condição normal de uso da edificação, e

funcionem no caso de ativação do sistema de pressurização;

Método do escape de ar através de dutos verticais, desde que não comprometa a

compartimentação vertical exigida para a edificação. As aberturas devem ser protegidas

nos moldes do especificado na NPT 009/11;

Método do escape de ar através de extração mecânica, seguindo critérios adotados na NPT

009/11 e NPT 015/11;

Outro método, a critério do projetista, desde que seja possível comprovar o desempenho e

não haja prejuízo às demais medidas de segurança exigidas para aedificação, como por

exemplo, compartimentação vertical, entre outras.

nos edifícios onde haja necessidade de sistema de escape do ar de pressurização, baseado na

operação automática dos dispositivos instalados para esta finalidade, o sinal que opera tais

dispositivos deve ser o mesmo que aciona o grupo motoventilador no estágio de emergência.

Sensores independentes, que acionem apenas os dispositivos de escape, não são permitidos;

todo equipamento acionado automaticamente para proporcionar o escape do ar de pressurização

do edifício, caso exista, deve ser incluído nos procedimentos de manutenção.

10.7.5.4.5.9. Procedimentos de manutenção

todo equipamento de pressurização deve ser submetido a um processo regular de manutenção,

que inclui: o sistema de detectores de fumaça ou qualquer outro tipo de sistema de alarme de

incêndio utilizado, o mecanismo de comutação, o grupo motoventilador, suas correias de

interligação, dutos (sucção e/ou pressurização) e suas ancoragens e proteções contra incêndio,

os sistemas para o fornecimento de energia em emergência, portas corta-fogo e o equipamento

do sistema de escape do ar acionado automaticamente. Os cuidados com esses equipamentos

devem ser incluídos no programa de manutenção anual do edifício e devem ser apresentados

quando da solicitação de vistoria.

todos os sistemas de emergência devem ser colocados em operação semanalmente, a fim de

garantir que cada um dos grupos motoventiladores de pressurização esteja funcionando;

sistemas que se utilizam de duplicidade de motores, condições devem ser dadas para o teste

individualizado;

os diferenciais de pressão devem ser verificados anualmente, podendo ser prevista a instalação

permanente de equipamentos para esta finalidade. Uma lista de verificações dos procedimentos

de manutenção deve ser fornecida aos proprietários do edifício ao final das obras, pelos

responsáveis da instalação do sistema, com manuais em português.

10.7.5.4.6. Integração com outras medidas ativas deproteção contra incêndio

10.7.5.4.6.1. Acionamento do sistema de pressurização

O acionamento do sistema de pressurização deve estar em conformidade com o item 5.3.7 desta NPT,

podendo haver a interligação com outros sistemas automáticos de combate, permitindo de forma secundária, o

acionamento do sistema.

10.7.5.4.6.2. Dutos conjugados com sistema de controle de fumaça

Serão aceitos projetos com dutos conjugados de pressurização de escadas e controle de fumaça (para

entrada de ar), desde que atendam as respectivas demandas concomitantemente.

10.7.5.4.7. Testes de aprovação

10.7.5.4.7.1. Aspectos gerais

um teste de fumaça não é satisfatório para se determinar o correto funcionamento de uma

instalação de pressurização, visto que não se pode garantir que todas as condições climáticas

adversas possam estar presentes no momento da execução do teste. Entretanto, esse teste pode,

às vezes, revelar trajetórias indesejáveis de fluxo da fumaça provocadas por defeitos na

construção.

o teste de aprovação da pressurização deve consistir de:

1) Medição do diferencial de pressão entre a escada e os espaços não pressurizados

adjacentes com todas as PCF fechadas;

2) Medição da velocidade do ar que sai de um conjunto representativo (de acordo com

estipulado no cálculo) de PCF abertas que, quando fechadas, separam o espaço

pressurizado dos recintos ocupados do edifício.

o teste deve ser feito quando o edifício estiver concluído, com os sistemas de condicionamento de

ar e de pressurização balanceados e todo o sistema pronto e funcionando, com cada componente

operando satisfatoriamente e sendo controlado pelo sistema de acionamento no seu modo correto

de operação em emergência. As medições efetuadas em campo devem seguir as recomendações

da AMCA 203, pela literatura Field Performance Measurement of Fan System.

nos sistemas com 2 estágios são exigidas medições apenas com o segundo estágio operando

(estágio de emergência);

O sistema de detecção deve ser submetido aos testes, de acordo com a NPT 019/11 - Sistema de

detecção e alarme de incêndio, e também considerando as interferências da pressurização,

quando o sistema for de 2 estágios.

10.7.5.4.7.2. Medição dos diferenciais de pressão

a medição dos diferenciais de pressão, entre os espaços pressurizados e os espaços não

pressurizados adjacentes, deve ser feita com o auxílio de um manômetro de líquido ajustável ou

outro instrumento sensível e adequadamente calibrado;

um local conveniente para medir o diferencial de pressão é por meio de uma PCF fechada.

Pequenas sondas são colocadas de cada lado da PCF, sendo que uma das sondas passa através

de uma fresta da PCF, ou por baixo dela. As duas sondas, a seguir, são ligadas ao manômetro

por meio de tubos flexíveis. É importante que o tubo que passa através da fresta da PCF,

efetivamente, atravesse-a e penetre suficientemente no espaço, para que a extremidade livre

fique em uma região de ar parado. Sugere-se que essa sonda tenha uma dobra em L (de pelo

menos 50 mm de comprimento), para que depois da inserção através da fresta, a sonda possa

ser girada em ângulo reto em relação à fresta. Este processo introduz a extremidade livre em uma

região de ar parado;

é importante que a inserção da sonda não modifique as características de escape da PCF, por

exemplo, afastando a superfície da PCF do rebaixo no batente. A posição da sonda de medição

deve ser escolhida de acordo com esses critérios.

10.7.5.4.7.3. Correção de divergências no nível de pressurização obtido

se houver qualquer divergência séria, entre os valores medidos e os níveis de pressurização

especificados, os motivos dessa divergência devem ser detectados e corrigidos. Há 3 razões

principais que explicam a não obtenção do nível de pressurização projetado:

1) vazão de ar insuficiente;

2) áreas de vazamento para fora do espaço pressurizado, excessivas;

3) áreas de escape do ar para fora do edifício, insuficientes.

deve ser medida a vazão de ar dos ventiladores e a vazão de ar através de todas as grelhas de

insuflamento, a fim de se detectar os níveis de escape e o suprimento total de ar que chega à

escada. Para a avaliação do teste de escape podem ser utilizados os procedimentos previstos no

MANUAL SMACNA, HVAC AIR DUCT LEAKAGE TEST MANUAL ou da Recomendação Técnica

DW/143 da Heating and Ventilation Contractors’ Association (HVAC). Essas medições devem ser

efetuadas com as PCF da escada fechadas, utilizando o próprio ventilador da instalação;

caso a vazão de ar que entra na escada esteja de acordo com a prevista em projeto, devem ser

verificadas as frestas em redor das PCF, dando-se atenção especial à folga na sua parte inferior.

Se qualquer PCF tiver folgas inaceitavelmente grandes, estas devem ser reduzidas. Devem ser

localizadas, também, áreas de vazamentos adicionais não previstas, que devem ser vedadas;

caso a vazão de ar não atinja o nível previsto, o escape de ar a partir dos espaços não

pressurizados deve ser examinado para se ter certeza que está em conformidade com o projeto e

as necessidades desta NPT. Se for inadequado, o escape deve ser aumentado para os valores

recomendados. Como alternativa, pode ser aumentada a vazão de entrada de ar até o nível

desejado de pressurização a ser atingido, mesmo diante de escapes adicionais ou de condições

insuficientes. O nível de pressurização medido não deve ser menor que 90% do valor projetado,

nem exceder a 60 Pa.

10.7.5.4.7.4. Medição da velocidade média do ar através de uma PCF aberta

essa medida deve ser tomada com um anemômetro de fio quente ou outro instrumento com

resolução e exatidão adequados e devidamente calibrado;

a velocidade média através da PCF aberta deve ser obtida por meio da média aritmética de pelo

menos 12 medições em pontos uniformemente distribuídos no vão da PCF, sendo necessárias

condições estáveis de vento e com o edifício vazio;

o número de PCF abertas durante a realização das medições deve seguir o estabelecido.

ANEXO A

Tabela 1 – Níveis de pressurização

10.8. GÁS COMBUSTÍVEL (GLP)

10.8.1. Objetivo

Estabelecer as diretrizes básicas para a execução de serviços de instalações de gás combustível.

10.8.2. Condições gerais

Para melhor orientação dever-se-á, obrigatoriamente, consultar as seguintes normas NBR 5419, NBR 13523 e NBR 15526.

Será proibida a passagem do ramal interno (tubulação) em locais que não possam oferecer segurança, tais como:

• Compartimentos de equipamentos elétricos;

• No interior de reservatórios d’água, de esgotos pluviais, de esgotos sanitários e de incineradores de lixo;

• Tubos de lixo, de ar condicionado e outros;

• Compartimentos destinados a dormitórios;

• Poços de ventilação capazes de confinar o gás proveniente de eventual vazamento;

• Qualquer vazio ou parede contígua a qualquer vão formado pela estrutura ou alvenaria ou por estas e o solo, sem a devida ventilação.

OBS.: Será permitida a passagem das tubulações de gás no interior de “shafts” que deverão conter apenas, além dessas, as tubulações de líquidos não inflamáveis e demais acessórios, com ventilação adequada nas partes superior e inferior, sendo que estes vazios devem ser sempre visitáveis e previstos em área de ventilação permanente e garantida.

• Qualquer tipo de forro falso ou compartimento não ventilado, exceto quando utilizado tubo - luva;

• Locais de captação de ar para sistema de ventilação;

• Todo e qualquer local que propicie o acúmulo de gás vazado.

As tubulações aparentes devem:

• Ter um afastamento mínimo de 0,30 m de condutores de eletricidade, se forem protegidos por conduíte, e 0,50 m nos casos contrários;

• Ter um afastamento das demais tubulações o suficiente para ser realizada a manutenção das mesmas;

• Ter um afastamento no mínimo de 2 metros de pára-raios e seus respectivos pontos de aterramento, ou conforme a NBR 5419;

• Em caso de superposição de tubulação, a tubulação de GLP deve ficar abaixo das outras tubulações.

As tubulações embutidas deverão ser protegidas com cobertura de argamassa, com espessura mínima de 5 cm.

As tubulações enterradas, de aço galvanizado, deverão ser protegidas, sendo recomendado:

• Pintura asfáltica com envelopamento da rede com concreto magro (sem aditivos);

• Fita de alta fusão.

As tubulações não devem passar por pontos que a sujeitem a tensões inerentes à estrutura da edificação.

Os registros, válvulas e reguladores de pressão devem ser instalados de maneira a permitir fácil conservação e substituição.

A ligação dos aparelhos de utilização à rede secundária deverá ser efetuada por meio de conexões rígidas.

Todos os pontos de alimentação deverão ter roscas internas e permanecerão fechados com plugue durante a montagem, bem como em todo o período em que ficarem sem uso até a ligação do aparelho de utilização.

Quando o aparelho de utilização for deslocável, ou a ligação for submetida a vibrações, é permitido o uso de mangueiras flexíveis para a ligação, desde que:

• A mangueira permaneça com as extremidades rigidamente fixadas;

• A mangueira tenha no máximo o comprimento de 0,80 m;

• A mangueira não atravesse paredes, pisos ou outras divisões de compartimentos, permanecendo suas extremidades no mesmo local ou compartimento em que for empregada.

10.8.3. Condições específicas

a. Materiais e equipamentos

Para o recebimento dos materiais e equipamentos ver sub-item a, do item 10.3.3, referente às instalações prediais de água fria.

b. Execução

A execução da instalação de GLP obedecerá à Legislação Municipal, as instruções do Corpo de Bombeiros, bem como as indicações do respectivo projeto.

Serão observadas, para a instalação de gás, as normas de execução referente às instalações de água fria, no que for aplicável.

Basicamente, as instalações de GLP dos empreendimentos gerenciados pela CONTRATANTE se constituem de:

b.1. Central de gás

“Área devidamente delimitada que contém os recipientes transportáveis ou estacionário(s) e acessórios, destinados ao armazenamento de GLP para consumo da própria instalação, conforme descrito na NBR 13523”.

Para a execução da Central de Gás (também denominado “Abrigo para Gás”), deverão ser observados os seguintes procedimentos:

• Deverá ser executada conforme indicado nos projetos arquitetônico e hidráulico;

• A base da Central de Gás para assentamento dos recipientes deverá estar em nível superior ao do piso circundante, não sendo permitida a instalação em rebaixos e recessos;

• Junto à Central, e em lugar visível, deverá ser instalado um extintor de pó químico;

• Na parte interna da Central não poderá haver qualquer ponto de energia elétrica, seja interruptor, lâmpada, tomada, etc., ou qualquer aparelho que possa produzir faísca;

• A Central deverá ser ventilada (conforme detalhado no Projeto Padrão do Corpo de Bombeiros) e estar afastada em, pelo menos, 1,50 m de ralos, caixas de alvenaria, canaletas e aberturas em geral.

b.2. Tubulação

b.2.1. Materiais

• Rede de alimentação: “Trecho da instalação em alta pressão, situado entre os recipientes de GLP e o regulador de primeiro estágio ou estágio único”.

Para a condução de GLP na rede de alimentação da Central de Gás, podem ser utilizados:

– Tubos de aço - carbono, sem costura, preto ou galvanizado, graus A ou B próprios para serem unidos por solda, flange ou rosca, atendendo às especificações da NBR 5590 – “Tubos de aço - carbono com ou sem costura, pretos ou galvanizados por imersão a quente, para condução de fluidos”, com espessura mínima conforme classe Schedule 40;

– Conexões de ferro fundido maleável, preto ou galvanizado, classe 300 conforme NBR 6925 – “Conexão de ferro fundido maleável classes 150 e 300, com rosca NPT para tubulação”, com rosca de acordo com a NBR 12912 – “Rosca NPT para tubos – Dimensões”;

– Conexões de aço forjado, atendendo às especificações da ANSI/ASME B 16.9;

– Tubos de cobre com espessura mínima de 0,8 mm para pressão de projeto de no mínimo 1,7 MPa (conforme NBR 13206 – “Tubo de cobre leve, médio e pesado sem costura, para condução de água e outros fluidos”), próprios para serem unidos por acoplamentos ou solda de ponto de fusão acima de 449°C;

– Conexões de cobre, conforme NBR 11720 – “Conexões para unir tubos de cobre por soldagem ou brasagem capilar”.

• Rede de distribuição: “Tubulação com seus acessórios, situada dentro do limite da propriedade dos consumidores, destinada ao fornecimento de gás, constituída pelas redes de alimentação primária e secundária”.

Para a execução das redes primária e secundária serão admitidos os seguintes materiais:

– Tubos de condução de aço, com ou sem costura, preto ou galvanizado, no mínimo classe média, atendendo às especificações da NBR 5580;

– Tubos de condução, com ou sem costura, preto ou galvanizado no mínimo classe normal, atendendo às especificações da NBR 5590;

– Tubos de condução de cobre rígido, sem costura, com espessura mínima de 0,8 mm para baixa pressão e classes A ou I para média pressão, atendendo às especificações da NBR 13206;

– Conexões de ferro fundido maleável preto ou galvanizado, atendendo às especificações da NBR 6943 – “Conexões de ferro fundido maleável, com rosca, NBR NM-ISO 7-1, para tubulações” ou NBR 6925;

– Conexões de aço forjado, atendendo à especificação da ANSI/ASME B 16.9;

– Conexões de cobre ou bronze para acoplamento dos tubos de cobre conforme a NBR 11720.

b.2.2. Acessórios para interligações

• Mangueiras

Para as interligações de acessórios e aparelhos de utilização de gás deverão ser utilizadas mangueiras de PVC para baixa pressão, conforme NBR 8613 – “Mangueiras de PVC plastificado para instalações domésticas de gás liquefeito de petróleo (GLP)”, com comprimento máximo de 0,80 m evitando-se a sua utilização em locais onde possam ser expostas à temperaturas superiores a 50°C. As mangueiras de outros materiais sintéticos deverão resistir à temperatura de no mínimo 120°C.

• Tubos flexíveis

Os tubos flexíveis deverão atender às condições de resistência da aplicação e ser compatíveis com o GLP.

b.3. Meios de ligação

Os acoplamentos dos elementos que compõem as tubulações da instalação interna podem ser executados através de roscas ou soldagem.

• Acoplamentos roscados

As roscas devem ser cônicas (NPT) ou macho cônica e fêmea paralela (BSP) e a elas deve ser aplicado um vedante com características compatíveis para o uso com GLP, como por exemplo, fita a base de resina sintética (para diâmetros até ¾”, inclusive) ou pasta (para todos os diâmetros). É proibida a utilização de qualquer tipo de tinta ou fibras vegetais na função de vedantes. Para a execução de rosca na tubulação de aço galvanizado adotar o seguinte procedimento:

– Corte de tubulações de aço deverá ser efetuado em seção reta, por meio de serra própria para corte de tubos. As porções rosqueadas deverão apresentar filetes bem limpos que se ajustarão perfeitamente às conexões, de maneira a garantir perfeita estanqueidade das juntas;

– As roscas dos tubos deverão ser abertas com tarrachas apropriadas, devendo dar-se o acréscimo do comprimento na rosca que deverá ficar dentro das conexões, válvulas ou equipamentos. As juntas rosqueadas de tubos e conexões deverão ser vedadas com fita à base

de resina sintética própria para vedação ou outros materiais, conforme especificação do projeto;

– Aperto das roscas deverá ser efetuado com chaves apropriadas, sem interrupção e sem retornar, para garantir a vedação das juntas.

• Acoplamentos soldados

O acoplamento de tubos e conexões de cobre deve ser efetuado por soldagem ou brasagem capilar:

– Soldagem capilar – Este processo deve ser usado somente para acoplamento de tubulações embutidas em alvenarias. O metal de enchimento será SnPb 50 x 50 conforme a NBR 5883.

– Brasagem capilar – Este processo deve ser usado para acoplamento de tubulações aparentes ou embutidas, onde o metal de enchimento deve ter ponto de fusão mínimo de 450°C.

c. Recebimento

Após a conclusão dos trabalhos e antes de ser revestida a instalação deverá ser testada pela CONTRATADA com o acompanhamento da SUPERVISÃO, a fim de verificar possíveis pontos de vazamentos ou falhas nas juntas.

c.1. Ensaio

Os ensaios da tubulação da rede de distribuição deverão ser efetuados com ar comprimido ou gás inerte, sob pressões de no mínimo:

• Quatro vezes a pressão de trabalho máxima admitida para as redes primárias que é de 150 KPa;

• Quatro vezes a pressão de trabalho máxima admitida para as redes secundárias que é de 5 KPa.

Procedimento:

• As redes deverão ficar submetidas à pressão de ensaio por um tempo não inferior a 60 minutos sem apresentar vazamento. Deverá ser usado manômetro com fundo de escala de até 1,5 vezes a pressão do ensaio, com sensibilidade de 20 KPa e diâmetro de 100 mm;

• Iniciada a admissão de gás na tubulação, deve-se drenar e expurgar todo o ar ou gás inerte contido na mesma, abrindo-se os registros dos aparelhos de utilização. Durante essa operação os ambientes devem ser mantidos amplamente arejados, não se permitindo nos mesmos a permanência de pessoas não habilitadas e qualquer fonte de ignição (exceto para detecção da chegada de gás inflamável);

• Deverá ser verificada a inexistência de vazamentos de gás, sendo proibido o emprego de chamas para essa finalidade.

11. INSTALAÇÕES ELÉTRICA, TELEFÔNICA, S.P.D.A, REDE LÓGICA, AR CONDICIONADO E CFTV

11.1. OBJETIVO

Este capítulo do Caderno de Encargos da CONTRATANTE tem como objetivo, estabelecer diretrizes para projetos elétricos e execução de serviços de instalações elétricas, para execução de serviços de instalação de telefonia, para estabelecer critérios para projeto, instalação e manutenção de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA), e oferecer infra-estrutura para os sistemas de cabeamento com as facilidades de interconexão dentro e entre prédios, para um melhor e mais eficiente gerenciamento dos processos de automação e distribuição de facilidades de telecomunicações internas e externas.

11.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA

– NBR 5349 - Cabos nus de cobre mole para fins elétricos – Especificação;

– NBR 5356 - (parte 1 – parte 5) Transformadores de potência;

– NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão;

– NBR 5413 - Iluminância de interiores;

– NBR 5419 - Proteção de estruturas contra descargas elétricas e atmosféricas;

– NBR 5431 - Caixas e invólucros para acessórios elétricos para instalações elétricas fixas domésticas e análogas - Dimensões;

– NBR 5461 - Iluminação;

– NBR 5624 - Eletroduto rígido de aço-carbono, com costura, com revestimento protetor e rosca;

– NBR 6147 - Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo – Especificação;

– NBR 6323 - Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido – Especificação;

– NBR 6689 - Requisitos gerais para condutos de instalações elétricas prediais;

– NBR 6820 - Transformador de potencial indutivo;

– NBR 6821 - Transformador de corrente;

– NBR 6855 - Transformador de potencial indutivo;

– NBR 6856 - Transformador de corrente;

– NBR 7285 - Cabos de potência com isolação extrudada de polietileno termofixo (XLPE) para tensão de 0,6 kV/1 kV – Sem cobertura – Especificação;

– NBR 8133 - Rosca para tubos onde a vedação não é feita pela rosca – Designação, dimensões e tolerâncias;

– NBR 8196 - Desenho técnico – Emprego de escalas;

– NBR 9513 - Emendas para cabos de potência isolados para tensões até 750 V;

– NBR 10067 - Princípios gerais de representação em desenho técnico;

– NBR 10068 - Folha de desenho – Leiaute e dimensões;

– NBR 10126 - Contagem em desenho técnico;

– NBR 10582 - Apresentação da folha para desenho técnico;

– NBR 13231 - Proteção contra incêndio em subestações elétricas de geração, transmissão e distribuição;

– NBR 13571 - Haste de aterramento aço-cobreada e acessórios;

– NBR 14039 - Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV; – NBR 14136 - Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20 A/250 V em corrente

alternada – Padronização;

– NBR 14565 - Cabeamento de telecomunicações para edifícios comerciais;

– NBR 14936 - Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo – Adaptadores – Requisitos específicos;

– NBR 15465 - Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações elétricas de baixa tensão – Requisitos de desempenho;

– NBR IEC 60050(826) - Instalações elétricas em edificações;

– NBR IEC 60439–1 - Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão – Parte 1: Conjuntos com ensaio de tipo totalmente testados (TTA) e conjuntos com ensaio de tipo parcialmente testados (PTTA);

– NBR IEC 60670–1 - Caixas e invólucros para acessórios elétricos para instalações elétricas fixas domésticas e análogas – Parte 1: Requisitos gerais;

– NBR IEC 62271–100 - Equipamentos de alta-tensão – Parte 100: Disjuntores de alta-tensão de corrente alternada;

– NBR IEC 62271–102 - Equipamentos de alta-tensão – Parte 102: Seccionadores e chaves de aterramento;

– NBR ISO 9001 - Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos;

– NBR ISO 10209–2 - Documentação técnica de produto – Vocabulário – Parte 2: Termos relativos aos métodos de projeção;

– NBR NM 247–3 - Cabos isolados com policloreto de vinila (PVC) para tensões nominais até 450/750V, inclusive - Parte 3: Condutores isolados (sem cobertura) para instalações fixas (IEC 60227–3, MOD);

– NBR NM 60884–1 - Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo – Parte 1: Requisitos gerais (IEC 60884–1:1994, MOD);

– ND-2.1 – CEMIG - Instalações básicas de redes de distribuição aéreas urbanas;

– ND-2.6 – CEMIG - Padrões e especificações de materiais e equipamentos;

– ND-5.1 – CEMIG - Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária – Rede de distribuição aérea – Edificações individuais;

– ND-5.2 – CEMIG - Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária – Rede de distribuição aérea – Edificações coletivas;

– ND-5.3 – CEMIG - Fornecimento de energia elétrica em tensão primária 15 kV – Rede de distribuição aérea ou subterrânea;

– ND-5.5 – CEMIG - Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária – Rede de distribuição subterrânea;

– NR 10 - Norma Regulamentadora nº 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;

– ANSI/TIA/EIA 568–A;

– ANSI/TIA/EIA 568–B e C;

– ANSI/TIA/EIA 569–A;

– Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e Municipais, inclusive normas de concessionária de serviço público;

– Instruções e resoluções dos órgãos do sistema CREA-CONFEA;

– Manual do consumidor nº 11 (Materiais padronizados CEMIG); – Prática nº 235.510.600 - Projetos de redes telefônicas em edifícios – ANATEL.

– Os casos omissos nas normas ABNT deverão ser cobertos pelo NEC (National Electrical Code) ou pelas normas abaixo:

– IEC - International Eletrotechnical Comission;

– IES - Illuminating Engineering Society;

– ANSI - American National Standards Institute;

– IEE - Institute of Eletrical end Eletronics Engineers;

– NFPA - National Fise Protection Association;

– NEMA - National Electrical Manufacture’s Association;

– ISO - International Organization for Standardization.

11.3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

É da responsabilidade da CONTRATADA a entrega dos serviços relacionados com a entrada de energia completa, de conformidade com as exigências da Concessionária e da ABNT.

11.4. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

11.4.1. Objetivos

Este capítulo do Caderno de Encargos da CONTRATANTE tem como objetivo, estabelecer diretrizes para projetos elétricos e execução de serviços de instalações elétricas, segundo as boas práticas de

eficiência energética, almejando resultado final técnico e esteticamente correto e em conformidade com as normas pertinentes. Além disso, busca-se a eliminação de interferências com outras instalações do local (estruturas de concreto e metálica, instalações hidráulicas e outras) e com o projeto arquitetônico.

11.4.2. Condições específicas

a. Equipamentos

Os materiais e equipamentos adotados devem atender, além das normas pertinentes, ao disposto neste Caderno de Encargos e às exigências de eficiência energética da CONTRATANTE.

Os materiais e equipamentos devem possuir a classe e procedência impressos em placa de identificação ou dispositivo similar, além do nível de eficiência energética.

A documentação descrita a seguir deve ser criteriosamente fiscalizada e uma cópia tem que estar anexada ao documento entregue à CONTRATANTE pela CONTRATADA, para emissão do termo provisório de recebimento da obra:

• Manual de operação e manutenção dos equipamentos adquiridos;

• Documentação técnica dos componentes empregados na obra;

• Certificado de garantia dos equipamentos adquiridos.

a.1. Recebimento e inspeção de equipamentos e materiais

A inspeção para recebimento de materiais e equipamentos poderá ser realizada: no local da obra por processo visual; na fábrica ou em laboratório, por meio de ensaios, a critério da SUPERVISÃO. Neste caso, o FORNECEDOR deverá avisar com antecedência a data da inspeção.

Para o recebimento dos materiais e equipamentos, a CONTRATADA deverá conferir a discriminação constante da nota fiscal ou guia de remessa, com o respectivo pedido de compra, que deverá estar de acordo com as especificações de materiais, equipamentos e serviços.

Material ou equipamento que não atenda às condições do pedido de compra, deverá ser rejeitado.

A inspeção visual para recebimento constitui-se, basicamente, do cumprimento das atividades descritas a seguir:

• Conferência das quantidades e condições dos materiais, que devem estar em perfeito estado, pintados, sem trincas e amassamentos, embalados e outras;

• As áreas de estoque devem ser em locais adequados de acordo com os tipos de materiais, sendo que, materiais sujeitos à oxidação, peças miúdas, fios, luminárias, reatores, lâmpadas, interruptores, tomadas, eletrodutos de PVC e outros deverão estar em local abrigado.

b. Materiais

b.1. Eletrodutos

Os eletrodutos a serem utilizados deverão ser novos, internamente lisos e sem rebarbas, podendo ser metálicos tipo leve ou pesado, metálicos flexíveis, rígidos de PVC ou flexíveis com revestimento de PVC rígido.

Na utilização de eletrodutos rígidos, metálicos ou de PVC, deverão ser seguidas as seguintes orientações:

• Serão instalados de maneira a apresentar um conjunto mecanicamente resistente, de boa aparência quando embutidos, cuidando-se para que nenhuma condição possa danificar os condutores neles contidos;

• Os dutos embutidos nas vigas e lajes de concreto armado serão colocados sobre os vergalhões da armadura inferior. Todas as aberturas e bocas dos dutos serão fechadas para impedir a penetração de nata de cimento durante a colocação de concreto nas formas. A instalação de tubulação embutida nas peças estruturais de concreto armado será efetuada de modo que os dutos não suportem esforços não previstos, conforme disposição da norma NBR 5410;

• A taxa máxima de ocupação dos eletrodutos não deve exceder 40% (válido também para eletrodutos flexíveis);

• Os eletrodutos deverão ser limpos e secos antes da passagem de fiação;

• Todos os eletrodutos não utilizados deverão ser providos de arames-guia (sonda) de aço galvanizado 16 AWG;

• Os eletrodutos verticais serão montados antes da execução da alvenaria;

• A tubulação será instalada de maneira a não formar cotovelos, apresentando uma ligeira e contínua declividade para as caixas;

• Só deverão ser cortados perpendicularmente ao seu eixo, abrindo-se nova rosca na extremidade a ser aproveitada e retirando-se cuidadosamente todas as rebarbas deixadas nas operações de corte e abertura de roscas. Poderão ser cortados à serra, sendo porém, escariados a lima para remoção de rebarbas;

• Serão sempre emendados por meio de luvas, atarraxados até assegurar perfeita continuidade da superfície interna de tubulação e vedação;

• Os eletrodutos subterrâneos deverão ser instalados com declividade mínima de 0,5% entre caixas de inspeção, de modo a assegurar a drenagem;

• Nas travessias de vias, os eletrodutos serão envelopados em concreto, com face superior situada no mínimo, a 1,00 m abaixo do nível do solo.

b.1.1. Eletrodutos metálicos

• Eletrodutos metálicos rígidos de aço galvanizado.

Deverão ser revestidos com banho de zinco fundido e poderão ser utilizados em instalações externas ou subterrâneas em contato direto com o solo. Os eletrodutos metálicos rígidos tipo pesado e leve deverão obedecer as características das Tabelas 1 e 2.

DIMENSÕES DE ELETRODUTOS RÍGIDOS DE AÇO CARBONO,

TIPOS PESADO E EXTRA, DE ACORDO COM A NBR 5597 (EB-341)

Tamanho Nominal Diâmetro Externo

(mm)

Espessura da Parede (mm)

(mm) (Pol) Pesado

17 3/8" 17,1 2,00

21 1/2" 21,3 2,25

27 3/4" 26,7 2,25

33 1" 33,4 2,65

42 1 1/4" 42,2 3,00

48 1 1/2" 48,3 3,00

60 2" 60,3 3,35

73 2 1/2" 73 3,75

89 3" 88,9 3,75

102 3 1/2" 101,6 4,25

114 4" 114,3 4,25

141 5" 141,3 5,00

168 6" 168,3 5,30

Tabela 1 – Dimensões de eletrodutos rígidos de aço pesado

DIMENSÕES DE ELETRODUTOS RÍGIDOS DE AÇO CARBONO,

TIPO LEVE, DE ACORDO COM A NBR 5624 (EB-568)

Tamanho Nominal Diâmetro Externo Espessura da Parede (mm)

(mm) (Pol) (mm) Leve I Leve II Leve III

16 3/8" 16 1,50 1,25 1,00

20 1/2" 20 1,50 1,25 1,00

25 3/4" 25 1,50 1,25 1,00

31 1" 31 1,50 1,25 1,00

41 1 1/4" 41 2,00 1,50 1,25

47 1 1/2" 47 2,25 1,50 -

59 2" 59 2,25 2,00 -

75 2 1/2" 75 2,65 2,00 -

88 3" 88 2,65 2,00 -

100 3 1/2" 100 2,65 2,25 -

113 4" 113 2,65 2,25 -

Tabela 2 – Dimensões de eletrodutos rígidos de aço leve

• Utilização

Os eletrodutos metálicos leves, só poderão ser usados em locais comprovadamente não sujeitos a choques de origem mecânica ou química (tração, compressão, torção ou corrosão).

Os eletrodutos metálicos enterrados, serão sempre envelopados em concreto, independente de tensão nos circuitos.

A galvanização dos eletrodutos será pelo processo de imersão à quente, em zinco fundido, conforme NBR 6323 - “Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido - Especificação”.

Os eletrodutos metálicos rígidos serão fornecidos em peças de 3 m, contendo em uma das extremidades 1 luva e um protetor plástico. A rosca deverá ser cônica. Eletrodutos sem rosca serão usados com conexões de encaixe ou aparafusados.

Deverão ter a superfície interna lisa e isenta de arestas cortantes ou rebarbas.

Os eletrodutos metálicos deverão ser sempre instalados com luvas, buchas e porcas vedadas com adesivo não secativo.

Os eletrodutos metálicos deverão sempre ser interligados à malha de aterramento da edificação, atentando- se sempre para a continuidade das interligações entre peças da tubulação ao longo de toda a instalação e até a malha de terra.

Os eletrodutos metálicos rígidos serão preferencialmente usados nas seguintes situações:

Para áreas externas, enterrados e envelopados em concreto, com inclinação para drenagem nas caixas;

Para instalações aparentes de grande porte com condutores e eletrodutos de aço galvanizado ou alumínio- silício e para travessias de vias públicas;

Para instalações de ramal de entrada aérea ou de ligação subterrânea, e cabo de entrada da Concessionária de Telefonia Fixa (conforme prescrições a respeito nas respectivas normas).

Para os eletrodutos metálicos rígidos, serão utilizados os seguintes acessórios:

• Curvas, no caso de curvas galvanizadas, somente serão aceitas as fabricadas em raio longo;

• Luvas de aço esmaltado de 15 mm (1/2”) a 80 mm (3”) ou alumínio-silício de 10 mm (3/8”) a 50 mm (2”);

• Conectores curvos ou retos, serão em liga de alumínio-silício de 10mm (3/8”) a 100mm (4”) ou latão zincado de 15 mm (1/2”) a 25 mm (1”);

• Buchas e arruelas em liga de alumínio-silício de 10 mm (3/8”) a 100 mm (4”) ou latão zincado de 10 mm (3/8”) a 80 (3”).

As curvas serão sempre pré-fabricadas, não se admitindo, a execução das mesmas no local. Em cada trecho de tubulação, entre duas caixas ou entre extremidades e caixas, poderão ser empregadas no máximo, 3 curvas de 90º, ou seu equivalente até no máximo 270º.

O conector facilita a execução de curvas, pois com a retirada da tampa os fios deslizam livremente. Enquanto a arruela fixa o tubo, a bucha evita o deslocamento do fio e serve de contra-porca para fixação.

Exemplo de aplicação de conector reto, que permite a execução de instalações completas com eletrodutos lisos, sem roscas.

Luva: Permite conexões retas ou em curvas e contornos, conforme as indicações 3 e na ilustração maior.

• Eletrodutos metálicos flexíveis

Serão utilizados em ligações de equipamentos elétricos de grande porte, tais como motores, bombas, compressores e geradores, que estão sujeitos a vibração. Não deverão ser embutidos, nem utilizados em partes externas das edificações. Em substituição aos eletrodutos metálicos flexíveis, para esta aplicação, poderão ser usados os eletrodutos flexíveis fabricados em polietileno de alta densidade (PEAD).

A fixação será feita por braçadeiras com espaçamento máximo de 30 cm. Serão fixados às caixas nas peças conectadas a estas através de buchas e arruelas, prendendo os tubos por pressão de parafuso. Não serão permitidos emendas em tubos flexíveis, que deverão formar trechos contínuos de caixa a caixa.

b.1.2. Eletrodutos plásticos

• Eletrodutos de PVC rígido

Serão de cloreto de polivinila (PVC) rígido, sendo fornecidos em 2 tipos: Pesados (com roscas e luvas) e leves (pontas lisas e com bolsa para encaixe, sem cola), sendo estes, empregados somente onde estejam isentos de esforços mecânicos (torção, tração, vibração e compressão).

Para uso aparente ou embutido em concreto, permitir-se-á o uso de eletrodutos de PVC tipo leve ou pesado, conforme Tabela 3:

DIMENSÕES DE ELETRODUTOS DE PVC RÍGIDOS,

TIPO ROSQUEÁVEL, DE ACORDO COM A NBR 15465 (CB-03)

Tamanho Nominal Diâmetro Externo

(mm)

Espessura da Parede (mm)

(mm) (Pol) Classe A Classe B

16 3/8" 16,7 2,0 1,8

20 1/2" 21,1 2,5 1,8

25 3/4" 26,2 2,6 2,3

32 1" 33,2 3,2 2,7

40 1 1/4" 42,2 3,6 2,9

50 1 1/2" 47,8 4,0 3,0

60 2" 59,4 4,6 3,1

75 2 1/2" 75,1 5,5 3,8

85 3" 88,0 6,2 4,0

Tabela 3 – Dimensões de eletrodutos de PVC rosqueável

Na execução de instalações com eletrodutos de PVC rígido, deve ser dada atenção especial à diferença de critério em adotar o diâmetro interno ou externo do tubo, para instalações elétricas e de telefonia. Tanto o projeto de telefonia, quanto o de instalações elétricas, deverá conter a tabela de equivalência de diâmetros.

• Utilização

Serão preferencialmente utilizados:

Em áreas internas das edificações, embutidos em lajes, paredes, pisos e também sobre forros;

Em instalações aparentes de pequeno porte ou instalações provisórias desmontáveis, como barracões de obra por exemplo;

A partir da caixa de medição do padrão CEMIG até os quadros de distribuição internos (ramal de entrada interno).

Na utilização de eletrodutos de PVC, deve-se ter atenção especial na enfiação dos condutores, para não ocorrer a perda da isolação neste processo, já que neste caso, ocorrerá a existência de condutores energizados e descascados no interior do eletroduto plástico onde não há como ocorrer a dissipação da corrente de volta para a terra.

A instalação dos eletrodutos será executada por meio de luvas e as ligações com as caixas, através de arruelas, sendo todas as juntas vedadas com material que não resseque. As buchas e arruelas sempre serão de PVC.

• Eletrodutos plásticos flexíveis

Serão aceitos 2 (dois) tipos:

Em PVC flexível, auto-extinguível, reforçado com espirais de PVC rígido sendo liso internamente, para facilitar a passagem dos fios e cabos elétricos. Este tipo poderá ser usado em substituição aos eletrodutos de PVC rígido nas aplicações embutidas em áreas internas, quando for especificado em projeto;

Em polietileno de alta densidade (PEAD), poderá ser usado em áreas externas enterradas, onde se necessita de grandes vãos entre caixas de derivação e/ou passagem. Não exige emendas entre peças e é fabricado em bobinas de 25, 50 e 100 metros. É fornecido com arame-guia e tem leveza, flexibilidade e elevada resistência mecânica.

Instalação aparente de eletrodutos rígidos plásticos e metálicos com a utilização de conduletes flexíveis ou plásticos, caixas de passagem e/ou derivação e quadros de distribuição de sobrepor.

As extremidades dos eletrodutos, quando não conectados diretamente em caixas ou conexões, deverão ser providas de buchas e arruelas.

As uniões deverão ser convenientemente montadas, garantindo não só o alinhamento mas também o espaçamento correto, de modo a permitir o rosqueamento da parte móvel sem esforços. A parte móvel da união deverá ficar, no caso de lances verticais, do lado superior. Em lances horizontais ou verticais superiores a 10 m deverão ser previstas juntas de dilatação nos eletrodutos.

A instalação aparente deverá ser fixada em paredes, forros e divisórias, por braçadeiras plásticas ou metálicas, conforme cada caso, a cada 3 m.

Deverá ser adotado este tipo de instalação em reformas de instalações existentes, onde se tenha, preferencialmente, um leiaute predefinido.

Para derivações e curvas serão usados conduletes metálicos ou plásticos, caixas de derivação ou caixas de passagem de sobrepor, conforme indicação em projeto.

No caso dos conduletes, o tipo de bitola dos mesmos virá indicado em projeto, devendo tais indicações, serem seguidas sob pena de se comprometer a estética e a correta utilização aparente.

Os eletrodutos aparentes deverão ser fixados adequadamente, de modo a constituírem um sistema de boa aparência e firmeza suficiente para suportar o peso da instalação como um todo e os esforços decorrentes do processo de enfiação dos condutores.

As tomadas, interruptores e placas a serem instalados, nos conduletes plásticos ou metálicos, deverão ser da mesma linha de fabricação destes, objetivando o perfeito encaixe entre peças.

b.2. Sistema de canaletas e dutos plásticos aparentes

São sistemas plásticos aparentes, dotados de uma linha completa de adaptação de caixas, derivações, terminações separadoras, tomadas, interruptores, placas, e os dutos com suas respectivas tampas aparafusadas ou encaixadas, que são instalados aparentes sobre paredes, forros, divisórias, dando um acabamento estético mais adequado, para ambientes que tenham preferencialmente um leiaute predefinido, e o objetivo seja reformar as instalações existentes. Só poderão ser instalados em locais isentos de umidade e não sujeitos a lavagens freqüentes.

Não deverão apresentar descontinuidade ou emendas, ao longo da instalação, devendo-se usar em cada caso, as peças disponíveis na própria linha de fabricação do sistema de canaletas ou de dutos aparentes.

Só poderão ser alojados nestes sistemas, condutores isolados e as emendas e derivações deverão ser executadas com caixas da própria linha de fabricação.

Deve-se atentar, para a taxa de ocupação de 40% da área útil interna dos dutos ou canaletas, a fim de não submeter os condutores a esforços términos, acima dos níveis aceitáveis, bem como também, não submeter o próprio sistema de dutos e canaletas, a esforços de espaço interno, que levem à danificação da instalação.

b.3. Instalação subterrânea com eletrodutos, canaletas e galerias

Os trechos entre caixas serão retilíneos e com caimento num único sentido;

Os dutos serão assentados de modo a resistirem aos esforços externos e aos provenientes da instalação dos tubos, observando as condições próprias do terreno;

A junção dos dutos de uma mesma linha será executada mantendo-se o alinhamento e a estanqueidade, tomando-se precauções para evitar rebarbas internas;

Nas passagens do exterior para o interior dos edifícios, pelo menos a extremidade interior da linha, será convenientemente fechada, para impedir a entrada de água e de pequenos animais;

As canaletas deverão ser construídas com o fundo em desnível e ser providas de meios para drenagem em todos os pontos baixos capazes de coletar água. Deverão ser fechadas com tampa para impedir a entrada de água e corpos estranhos e serem assentadas de modo a resistirem a esforços externos;

As saídas dos condutores e dos cabos deverão ser alojadas em caixas metálicas acessíveis, de onde sairão as extensões feitas por outros métodos de instalação (eletrodutos rígidos ou flexíveis e congêneres). Essas caixas serão dispensadas quando os cabos terminarem na caixa de chaves ou disjuntores, ou no interior do conjunto de manobra, ou quando ligados às linhas abertas ou redes aéreas, excetuando-se o caso de instalações exteriores para postes de iluminação em que a saída dos condutores dos cabos será colocada em caixas na base dos postes.

b.4. Dutos de piso de embutir e de sobrepor (undercarpet)

Será utilizado este tipo de instalação em locais onde não se tem leiaute definido, ou o mesmo esteja sujeito a constantes alterações. A malha de piso se adequa a este caso, pois, confere à instalação, flexibilidade quanto ao número e locação de pontos de tomadas elétricas, telefônicas e de todas as instalações, que correm paralelas ao longo de todo o local.

Não será utilizado este sistema em locais sujeitos a lavagens constantes com jatos d’água e vapores corrosivos, tais como escolas e hospitais.

O projeto e execução deste sistema deverá seguir especificações do FABRICANTE, constantes em manual de instrução/catálogos, assim como as prescrições da NBR 5410 e do NEC (National Eletrical Code).

Somente serão aceitos os dutos metálicos para piso, no intuito de salvaguardar as instalações de dados e telefônicas das interferências eletromagnéticas advindas do paralelismo e proximidade das instalações elétricas.

Poderão ser aceitos dutos não metálicos, caso haja comprovação técnica documentada do FABRICANTE, da não ocorrência futura das interferências acima citadas.

Os dutos metálicos deverão ser aterrados para promover a blindagem eletromagnética das instalações suscetíveis.

O duto de piso de sobrepor (sistema undercarpet), é instalado sobre a laje de piso e recoberto com carpete, possibilitando sua instalação em locais de reforma.

O duto de piso embutido deve ser instalado no contrapiso a ser executado sobre a laje.

b.5. Perfilados, eletrocalhas e bandejas

b.5.1. Calhas

Calhas são estruturas metálicas ou não, com ou sem tampa, destinadas a conter em seus interiores os condutores de um ou mais circuitos elétricos, que deverão suportar perfeitamente as condições ambientais, sendo instaladas de modo a não submeter os condutores elétricos a esforços mecânicos e térmicos.

As calhas só poderão conter condutores isolados e com cobertura. Admite-se a utilização de condutores isolados e sem cobertura no seu interior nos casos em que a calha:

Possuir cobertura desmontável apenas por ferramenta adequada e tiver paredes maciças;

Estiver instalada em locais acessíveis apenas às pessoas qualificadas;

Estiver instalada dentro de forro ou pisos falsos, não desmontáveis;

Estiver instalada em pisos ou forros falsos desmontáveis, acessíveis apenas às pessoas qualificadas.

Não se utilizarão calhas metálicas nos seguintes casos:

Em locais sujeitos às condições físicas desfavoráveis;

Quando a tensão entre os condutores for igual ou superior a 300 V, a menos que a espessura da calha seja superior a 0,4” (polegadas).

b.5.2. Bandejas, prateleiras ou leito de cabos

São estruturas rígidas, metálicas ou não, incombustíveis, formadas por duas longarinas laterais lisas ou em perfil “U” e perfilados transversais devidamente espaçados (ou fundo de chapa perfurada ou não), que se destinam a suportar condutores elétricos.

As bandejas poderão ser do tipo leve, médio ou pesado, sendo especificadas em função do peso dos condutores elétricos a serem suportados.

As bandejas só serão utilizadas em locais onde houver uma manutenção adequada, isenção de choques mecânicos significativos e impossibilidade de ataques químicos.

Os condutores elétricos a serem instalados em bandejas, deverão ser isolados, possuir cobertura e serão presos firmemente às bandejas.

b.6. Caixas

Denominam-se caixas, os componentes de uma instalação elétrica, destinados a conter as tomadas e interruptores de corrente, emendas, derivações e passagem de condutores elétricos.

• Especificação de materiais

Conforme sua destinação e de acordo com as normas da ABNT em vigor, as caixas poderão ser:

Em chapa de aço esmaltada, galvanizada ou pintada com tinta de base metálica;

De alumínio fundido;

De PVC rígido, baquelite ou polipropileno.

As caixas conterão olhais destinados à fixação dos eletrodutos (com buchas e arruelas ou roscas), só sendo permitida a abertura daqueles realmente necessários.

As caixas para passagem de condutores serão em chapa 14 BWG com uma demão de verniz isolante e outra de zarcão na face interna.

As caixas não metálicas só serão admitidas com eletrodutos não metálicos e quando não estiverem sujeitos a esforços mecânicos.

As caixas para instalações aparentes serão metálicas e do tipo condulete. Será admitida a utilização de conduletes tipo PVC em instalações aparentes de pequeno porte ou provisórias (barracão de obra).

• Utilização

Serão empregadas caixas nos seguintes pontos:

De entrada ou saída dos condutores da tubulação, exceto nos pontos de transição ou passagem de linhas abertas para linhas em condutos arrematados com bucha adequada;

De emenda ou derivação de condutores;

De instalação de luminárias e outros dispositivos.

As caixas terão as seguintes características:

Octogonais, de fundo móvel, para centros de luz;

Octogonais estampadas, de 75 x 75 mm (3” x 3”), nos extremos dos ramais de distribuição;

Quadradas, de 100 x 100 mm (4” x 4”), quando o número de interruptores ou tomadas exceda a três, ou quando usadas para caixas de passagem;

Retangulares de 50 x 100 mm (2” x 4”), para o conjunto de interruptores ou tomadas igual ou inferior a três;

Especiais em chapa nº 16, no mínimo de aço zincado, com pintura antioxidante e isolante com tampa lisa e aparafusada nas dimensões indicadas no projeto.

As caixas embutidas nas lajes serão firmemente fixadas nas formas.

Só poderão ser abertos os olhais destinados a receber ligações de eletrodutos.

As caixas embutidas nas paredes deverão facear o taliscamento garantindo seu nivelamento com a superfície acabada depois de concluído o revestimento, devendo ser aprumadas uma a uma e niveladas entre si.

A altura das caixas em relação ao piso acabado, será a seguinte:

Interruptores e botões de campainha (bordo superior da caixa)........................................1,20 m

Tomadas baixas, quando não indicadas nos rodapés ou em locais úmidos (bordo inferior da caixa)...................................................................................................................................0,30 m

Tomadas em locais úmidos (bordo inferior da caixa).........................................................0,80 m

Tomadas de bancada (cozinhas, lavatórios, laboratórios, oficinas, etc.)............................1,20 m

Caixas de passagem...........................................................................................................0,30 m

As caixas de arandelas e tomadas altas serão instaladas de acordo com as indicações do projeto.

As caixas de interruptores e tomadas, quando próximas de alizares, serão localizadas a, no mínimo, 5 cm dos mesmos.

As diferentes caixas de um mesmo ambiente serão perfeitamente alinhadas e niveladas, dispostas de forma a não apresentarem discrepâncias sensíveis no seu conjunto.

As caixas de pontos de luz dos tetos serão rigorosamente centradas e alinhadas nos respectivos ambientes.

As caixas ou conduletes serão colocados em locais de fácil acesso e serão providos de tampas adequadas; as que contiverem interruptores, tomadas e congêneres, serão fechadas por espelhos que completam a instalação dos mesmos; as de saída para alimentação de aparelhos poderão ser fechadas por placas destinadas à fixação dos mesmos.

A distância entre as caixas ou conduletes será determinada para permitir fácil enfiação e desenfiação dos condutores. Em trechos retilíneos, o espaçamento será no máximo de 15 m; nos trechos em curva o espaçamento será reduzido de 3 m para cada curva de 90º.

Instalações subterrâneas:

As caixas serão em alvenaria revestidas com argamassa, impermeabilizadas e com previsão para drenagem; será prevista uma caixa para cada ponto de mudança de direção da rede ou para dividir a rede em trechos não maiores que 60 m; as dimensões internas das caixas serão determinadas em função do raio mínimo de curvatura do cabo usado, e do espaço necessário para permitir a enfiação; serão cobertas com tampas calafetadas para impedir a entrada de água e corpos estranhos. Fica estabelecido que nos casos não previstos, devem ser usadas caixas conforme padrão CEMIG.

b.7. Quadros de distribuição

Denominam-se quadros aqueles componentes de uma instalação destinados a conterem os dispositivos de manobra e proteção dos circuitos elétricos ou blocos terminais dos circuitos de telefonia.

• Especificações

Os quadros de embutir serão sempre de chapa de aço, espessura mínima equivalente à chapa nº 20 BWG, com tampas parafusadas ou portas com fechaduras, confeccionadas em chapa de aço de espessura mínima equivalente à chapa nº 16 BWG. Os quadros de sobrepor serão construídos em chapa de aço de espessura mínima equivalente à chapa nº 18 BWG, com tampas parafusadas ou portas com fechaduras de espessura mínima equivalente à chapa nº 16 BWG.

Serão confeccionados com acabamento esmerado e terão tratamento contra a corrosão.

Os quadros deverão permitir a eficiente ventilação dos componentes instalados em seus interiores.

Os quadros deverão evitar que seus componentes internos sejam atingidos por poeira ou umidade.

• Montagem e instalação

A altura de montagem dos quadros de distribuição será regulada por suas dimensões e pela comodidade de operação das chaves ou inspeção dos instrumentos, não devendo, de qualquer modo, ter o bordo inferior a menos de 0,50 m do piso acabado.

A profundidade será regulada pela espessura do revestimento previsto para o local, contra o qual deverão ser assentados os alizares das caixas.

Além da segurança para as instalações que abrigar, os quadros deverão, também, ser protegidos contra choques, sendo para tanto isolados os painéis e alavancas externas, por espelho encaixado no interior do quadro.

Os quadros de distribuição serão montados em caixas de embutir ou de sobrepor.

As caixas de embutir modelo “E” serão fabricadas em chapa de aço 22 (MSG), os chassis em chapa de aço da mesma bitola e as molduras e portas em chapa de aço 16.

As caixas de sobrepor modelo “S” serão fabricadas em chapa de aço 18 (MSG), os flanges em chapa de aço 14 e os chassis, espelhos e portas em chapa de aço 16.

– Fixação

As caixas modelo “E” terão, nas suas laterais, quatro garras de fixação à guisa de chumbadores.

As caixas modelo “S” terão, no fundo, furos pré-estampados, para sua fixação, nas paredes, através de buchas plásticas e parafusos.

Fechos:

As portas das caixas modelo “E”, serão providas de fechos de nylon corrediços, com mola, possibilitando rapidez nas manobras de abertura e fechamento.

As portas das caixas modelo “S” terão fechaduras de fácil acionamento, mesmo com uma simples moeda.

Alternativamente, poderão ser equipadas com fechaduras movimentadas por chaves do tipo “Yale”.

– Eletrodutos

As caixas modelo “E” terão nas laterais superior e inferior, uma abertura em toda a sua extensão com largura de 46 mm, coberta com tampa plástica. Por essa tampa plástica, facilmente retirável e recortável, faz-se a entrada e/ou saída dos eletrodutos.

As caixas modelo “S” terão, nas laterais superior e inferior, flanges desmontáveis onde serão previstos “Knock-outs”, facilmente retiráveis, de 15 mm (1/2”), 20 mm (3/4”), 25 mm (1”) e 40 mm (1 1/2”).

– Portas

As caixas dos quadros de distribuição deverão permitir a inversão das portas, com abertura à direita ou à esquerda.

Nas caixas modelo “E” as portas serão solidárias com o aro, bastando rodá-lo 180º para obter-se a inversão da porta.

Nas caixas modelo “S” as portas serão fixadas, em suporte apropriado nas tampas flanges, obtendo-se a inversão da porta trocando-se a superior pela inferior.

– Espelhos

Os espelhos das caixas modelo “E” serão providos de fechos de nylon, corrediços, com mola.

Os espelhos das caixas modelo “S” serão equipados com dois parafusos de fixação, do tipo “cabeça recartilhada”.

– Barramentos

Os barramentos dos quadros de distribuição deverão ser de cobre eletrolítico.

Os quadros de distribuição com barramento deverão ser providos de barramento de fase, neutro e terra.

Os quadros gerais de baixa tensão, deverão seguir a especificação e detalhamento constantes no projeto elétrico.

A caixa do quadro de distribuição deverá ser interligada à barra de terra.

– Placas de identificação / Utilização de circuitos

Ao lado de cada disjuntor instalado, deverá ser colocado uma placa de identificação que especifique a utilização de cada circuito por aquele disjuntor protegido.

b.8. Disjuntores em caixa moldada, de baixa tensão

Serão instalados no interior dos quadros de distribuição e geral. Deverão obedecer as características de tensão, corrente e freqüência nominais. A capacidade de interrupção de curto-circuito simétrica deverá ser condizente com as características nominais de ajuste e variação de acordo com o número de pólos do disjuntor:

Disjuntores monopolares terão Iccs = 5 kA;

Disjuntores bipolares e tripolares Iccs =10 kA;

Disjuntores modelo universal, apropriados para proteção de circuitos de alimentadores gerais terão Iccs = 35 kA.

Para proteção de motores, deverão ser usados disjuntores apropriados com faixas de ajuste que irão variar, de acordo com a corrente de partida do motor, de forma a não operar neste intervalo de tempo e corrente.

• Disjuntores interruptor de corrente diferencial residual à terra (dispositivo DR)

Correntes de fuga anormais que provocam riscos às pessoas, aumento do consumo de energia, aquecimento indevido, destruição da isolação e em último estágio incêndio, são monitorados e desligados pelo dispositivo DR. Funciona como um sensor que mede as correntes que entram e saem do circuito. Em condições normais, a soma das correntes que saem da fonte em direção à carga, deve ser igual à soma das correntes que retornam à fonte, depois de passarem pela carga, resultando em corrente total nula. Em condições de volta à terra, parte da corrente que sai da fonte, flui para terra através de alguma falha de isolamento do condutor ou contato humano com partes “vivas” da instalação. Nestas condições, a corrente que retorna à fonte é menor, causando um diferencial no dispositivo DR que irá atuar, retirando o circuito de funcionamento.

O dispositivo DR, deve ser instalado em associação com os disjuntores do quadro de distribuição, de forma a proporcionar uma proteção completa contra sobrecarga, curto-circuito e falta à terra.

A instalação destes dispositivos deve ser efetuada por técnico especializado. Todos os condutores (fases e neutro) que constituem a alimentação da instalação a proteger, devem ser ligados ao DR, conforme esquema fornecido pelo FABRICANTE.

Após à conexão do neutro ao DR, este condutor não pode mais ser aterrado.

Os dispositivos DR são utilizados de acordo com sua corrente nominal residual (Icr):

DR com Icr <= 10 mA, serão utilizados para proteção de pessoas que sofreram intervenções cirúrgicas e/ou problemas cardíacos;

DR com 10 < Icr <= 30 mA serão utilizado para locais onde se necessita da proteção de pessoas;

DR com 30 > Icr < 300 mA são apropriados para proteção das instalações elétricas;

DR com 300 < Icr > 500 mA são para interrupção de circuitos de instalações já em condição de incêndio iminente, onde já ocorrem arcos e faíscas nos condutores.

A NBR 5410 já recomenda e regulamenta a utilização destes dispositivos, e suas prescrições devem, então, ser atendidas.

b.9. Condutores e acessórios

• Especificações

Serão utilizados condutores de cobre eletrolítico, de pureza igual ou superior a 99,99%. A utilização de condutores de alumínio se dará, quando prescrito em projeto.

Excetuando-se as instalações em barra, aterramentos e os condutores de proteção, todas as instalações serão executadas com condutores isolados, dimensionados para suportar correntes normais de funcionamento e curto-circuito sem danos à isolação.

Os condutores que estiverem sujeitos à solicitações mecânicas acidentais, deverão possuir proteções contra esforços longitudinais e transversais.

Os condutores terão suas seções transversais determinadas pela escala milimétrica e atenderão o disposto na NBR 5410.

Os condutores para baixa tensão deverão suportar 1000 V entre fases e 600 V entre fase e terra; aqueles para média tensão, até 35 kV, e alta tensão, acima de 35 kV, serão utilizados na alimentação de subestações (circuitos ligados ao primário dos trafos abaixadores). Deverão ainda possuir proteções mecânicas e eletrostáticas.

Os condutores serão isolados com sólidos (dos tipos termofixos e termoplásticos) ou estratificados.

Todos os condutores isolados deverão possuir isolação não propagadora de chamas, com exceção dos utilizados em circuitos de segurança e sinalização de emergência, que deverão ser do tipo “resistente ao fogo”.Todos os condutores isolados ou não, serão identificados por cores ou etiquetas coloridas. A identificação por cores seguirá a seguinte tabela:

IDENTIFICAÇÃO COR

Fase R Vermelho

Fase S Branco

Fase T Preto

Neutro Azul claro

Proteção Amarelo ou verde

Retorno Amarelo - cinza

Tabela 4 – Identificação de condutores por cor

As fitas para emendas ou derivações poderão ser:

Plásticas – tira de matéria plástica de cloreto de polivinila, coberta num dos lados por substância adesiva. Sendo que, para uso geral, será utilizada fita elétrica nº 33 - 6 kA e para uso na construção e manutenção de instalações industriais pesadas e em companhias fornecedoras de energia elétrica, será utilizada fita elétrica nº 22 - 13 kA;

De elastômeros – elastômero em forma de fita – Fita elétrica nº 23.

b.9.1. Instalação

Os condutores deverão ser instalados de forma a evitar que sofram esforços mecânicos incompatíveis com sua resistência, isolamento ou revestimento. Nas deflexões os condutores serão curvados segundo raios iguais ou maiores do que os mínimos admitidos para seu tipo.

• Considerações gerais

As emendas e derivações dos condutores deverão ser executadas de modo a assegurar resistência mecânica adequada e contato elétrico perfeito e permanente por meio de conectores apropriados. As emendas serão sempre efetuadas em caixas de passagem com dimensões apropriadas. O desencapamento dos fios, para emendas, será cuidadoso, só podendo ocorrer nas caixas.

O isolamento das emendas e derivações deverá ter características, no mínimo, equivalente às dos condutores usados.

Todos os condutores deverão ser instalados de maneira que, quando completada a instalação, o sistema esteja livre de curto-circuito.

• A instalação dos condutores isolados de terra deverá obedecer às seguintes disposições:

• O condutor será tão curto e retilíneo quanto possível, sem emendas, e não conter chaves ou quaisquer dispositivos que possam causar sua interrupção;

• Serão devidamente protegidos por eletrodutos metálicos aterrados ou plásticos, rígidos ou flexíveis;

• Os aterramentos especiais destinados às instalações de computadores e similares, quando executados em separado, serão interligados à malha principal de aterramento por caixas de equalização de potencial.

• Em equipamentos elétricos fixos e suas estruturas e carcaças, as partes metálicas expostas, que em condições normais não estejam sob tensão, deverão ser ligadas à terra quando:

• O equipamento estiver dentro do alcance de uma pessoa sobre piso de terra, cimento, ladrilhos ou materiais semelhantes;

• O equipamento for suprido por meio de instalação em condutos metálicos;

• O equipamento estiver instalado em local úmido;

• O equipamento estiver instalado em local perigoso;

• O equipamento estiver instalado sobre ou em contato com uma estrutura metálica.

Deverão ser ligados à terra, as partes metálicas dos equipamentos abaixo que, em condições normais, não estejam sob tensão:

• Caixas de equipamentos de controle ou proteção dos motores;

• Equipamentos elétricos de elevadores e guindastes;

• Equipamento elétrico de garagens, teatros e cinemas, exceto lâmpadas pendentes em circuitos com menos de 150 Volts;

• Estrutura de quadros de distribuição ou de medidores.

O condutor de ligação à terra deverá ser preso ao equipamento por meios mecânicos, tais como: braçadeiras, orelhas, conectores e semelhantes, que assegurem contato elétrico perfeito e permanente. Não deverão ser usados dispositivos que dependam do uso de solda de estanho.

Os condutores para ligação à terra de equipamentos fixos poderão ou não fazer parte do cabo multipolar alimentador do mesmo. Deverão ser instalados de forma a ter assegurada sua proteção mecânica e a não conter qualquer dispositivo capaz de causar ou permitir sua interrupção.

Nos trechos verticais das instalações em eletrodutos rígidos, os condutores deverão ser convenientemente apoiados na extremidade superior da canalização e a intervalos não maiores do que:

SEÇÃO NOMINAL DO CONDUTOR INTERVALOS

Até 50 mm² 25 metros

70 a 95 mm² 20 metros

Acima de 95 mm² 10 metros

Tabela 5 – Distância para apoio de condutores em eletrodutos

O apoio dos condutores deverá ser efetuado por suportes isolantes com resistência mecânica adequada ao peso a suportar, que não danifiquem seu isolamento, ou por suportes isolantes que fixem diretamente o material condutor (recomendável no caso de isolamentos com tendência a escorregar sobre o condutor), devendo o isolamento ser recomposto na parte retirada.

Os barramentos indicados no projeto serão constituídos por peças rígidas de cobre eletrolítico nu, cujas diferentes fases serão caracterizadas por cores convencionais.

A instalação dos condutores só poderá ser procedida depois de executados os seguintes serviços:

• Limpeza e secagem interna da tubulação;

• Pavimentações que levem argamassa (cimentados, ladrilhos, tacos, marmorite, etc.);

• Telhados ou impermeabilizações de cobertura;

• Assentamento de portas, janelas e vedações que impeçam a penetração de chuva;

• Revestimentos de argamassa ou que levem argamassa.

As emendas de cabos e fios só poderão ser efetuadas em caráter excepcional, previamente autorizadas pela SUPERVISÃO. Deverão possuir resistências de isolamento pelo menos igual a dos condutores e garantir a inexistência de queda de tensão e/ou aquecimento. Serão sempre executadas em caixas especialmente designadas para esse fim.

A resistência de isolamento das instalações de condutores deverá ser, no mínimo, 1000 vezes a tensão de serviço.

• Instalação de cabos

Os condutores deverão ser identificados com o código do circuito por meio de indicadores tipo anilha, firmemente presos, em caixas de junção, chaves e onde mais se faça necessário.

As emendas dos cabos de 240 V a 1000 V serão executadas com conectores de pressão ou luvas de aperto ou compressão. As emendas, exceto quando feitas com luvas isoladas, deverão ser revestidas com fitas de borracha moldável até se obter uma superfície uniforme, sobre a qual serão aplicadas, em meia sobreposição, camadas de fita isolante adesiva. A espessura da reposição do isolamento deverá ser igual ou superior à camada isolante do condutor. As emendas dos cabos com isolamento superior a 1000 V deverão ser executadas conforme recomendações do FABRICANTE.

Circuito de áudio, radiofreqüência e de computação deverão ser afastados de circuitos de força, tendo em vista a ocorrência de indução, de acordo com os padrões aplicáveis a cada classe de ruído. As extremidades dos condutores, nos cabos, não deverão ser expostas à umidade do ar ambiente, exceto pelo espaço de tempo estritamente necessário à execução de emendas, junções ou terminais.

• Instalação de cabos em linhas aéreas

Para linhas aéreas, quando admitidas nas distribuições exteriores, os cabos deverão ser empregados com proteção à prova de tempo, suportados por isoladores apropriados, fixados em postes ou em paredes. O espaçamento entre os suportes não excederá 20 metros, salvo autorização expressa em contrário.

Os condutores que ligam uma distribuição aérea exterior à instalação interna de uma edificação, deverão passar por um trecho de conduto rígido curvado para baixo, provido de uma bucha protetora na extremidade, devendo os condutores estarem dispostos em forma de pingadeira, de modo a impedir a entrada de água das chuvas. Este tipo de instalação com condutores expostos só será permitido nos lugares em que, além de não ser obrigatório o emprego de conduto, a instalação esteja completamente livre de contatos acidentais que possam danificar os condutores ou causar estragos nos isoladores.

• Instalação de cabos em dutos e eletrodutos

A enfiação de cabos deverá ser precedida de conveniente limpeza dos dutos e eletrodutos, com ar comprimido ou com passagem de bucha embebida em verniz isolante ou parafina. O lubrificante para facilitar a enfiação, se necessário, deverá ser adequado à finalidade e compatível com o tipo de isolamento dos condutores. Podem ser usado talco industrial neutro e vaselina industrial neutra. O emprego de graxas não será permitido.

Emendas ou derivações de condutores só serão aprovadas em caixas de junção. Não serão permitidas, de forma alguma, emendas dentro de eletrodutos ou dutos.

As ligações de condutores aos bornes de aparelhos e dispositivos deverão obedecer aos seguintes critérios:

Cabos e cordões flexíveis, de bitola igual ou menor que 4 mm², terão as pontas dos condutores previamente endurecidas com soldas de estanho;

Condutores de seção maior que os acima especificados serão ligados, sem solda, por conectores de pressão ou terminais de aperto.

• Instalação de cabos em bandejas e canaletas

Os cabos deverão ser puxados fora das bandejas ou canaletas e, posteriormente, depositados sobre as mesmas, para evitar raspamento do cabo nas arestas. Cabos trifásicos em lances horizontais deverão ser fixados na bandeja a cada 20 m, aproximadamente. Cabos singelos em lances horizontais deverão ter fixação a cada 10 m. Cabos singelos em lances verticais deverão ter fixação a cada 0,50 m. Os cabos em bandejas deverão ser instalados um ao lado do outro, sem sobreposição.

Serão utilizados cabos multipolares, que terão isolação apropriada, nos seguintes casos: – Na ligação de equipamentos de grande porte sem a utilização de tomadas;

– Quando a fiação passar aparente, fixada em estruturas de madeira;

– Segundo alguma especificidade que o projeto assim determinar.

b.10. Interruptores e tomadas, campainhas, placas, minuteria e interruptor por presença

b.10.1. Tomadas

As tomadas de parede para luz e força, serão normalmente do tipo pesado, com contatos de bronze fosforoso, ou de preferência em liga de cobre. As tomadas não podem ser de 2 pólos.

As tomadas e adaptadores adotados nas instalações elétricas devem estar em conformidade com os preceitos das normas, que foram referenciadas no item 11.2 Documentação de Referência:

NBR 14136 NBR NM 60884-1

NBR 14936 NBR 6147

Tabela 6 – Normas tomadas e adaptadores

Em virtude do prazo (2010) para os fabricantes de equipamentos eletroeletrônicos adotarem o padrão brasileiro de tomadas fica definido que a adoção de tipos diferentes desse padrão durante o prazo de adequação requer consentimento expresso da CONTRATANTE.

Os bornes devem permitir ligação rápida e segura de cabos de 2,5 mm².

O corpo da tomada deve ser em poliamida 6.6 (auto-extinguível) para garantia do isolamento elétrico total.

As tomadas de piso devem ser constituídas de caixa e tampa fabricadas em liga de alumínio-silício ou latão. A tampa será nivelada por meio de parafusos e a contra-tampa será rosqueada à tampa, com junta de vedação. As tomadas de piso somente poderão ser utilizadas nos locais onde não se aplicam as tomadas de parede.

A tomada de 2 pólos + terra, deve ser do tipo pesado, com contatos em liga de cobre 15 A - 250 V. As tampas poderão ser tipo “cega”, “unha” ou “rosca”.

b.10.2. Campainhas e cigarras

Poderão ser tipo timbre de embutir em caixa 4” x 2”, de sobrepor ou musicais, com termistor de proteção ou de alta potência (sirenes). As sirenes, usadas em escolas, garagem etc., apresentarão as seguintes características:

Base e suporte em termoplástico;

Sino em aço com pintura anticorrosiva;

Tempo de funcionamento em condições normais (pulsador travado): 200 horas;

Potência acústica a 2 m: 100 a 104 dB;

Timbres de 150 a 250 mm de diâmetro.

b.10.3. Minuteria

Serão dotadas de lâmpadas néon, para permitir a visualização da minuteria em funcionamento, sem necessidade de observar as lâmpadas que ela controla. A lâmpada néon acesa indica “lâmpada apagada” e a lâmpada néon apagada indica “lâmpada acesa”.

Terão fusível de proteção de 10 A e ação ultra-rápida.

Terão botão de regulagem da temporização com mínimo de 30 segundos e máximo de 6 minutos.

Terão interruptor com duas posições: “permanente” e “minuteria”. Na primeira posição, manterá as lâmpadas acesas para limpeza ou manutenção das áreas iluminadas, sem comprometimento do sistema

eletrônico. Na posição “minuteria”, manterá as lâmpadas funcionando conforme a regulagem, procedendo- se o acendimento pelos pulsadores. Terão dispositivo de “aviso de extinção de luz”, que consistirá em manter as lâmpadas acesas com 50% da luminosidade, durante oito segundos, após esgotado o tempo de regulagem. Esse período de semi- luminosidade permitirá o acionamento do pulsador antes que o ambiente fique totalmente escuro.

Terão formato e dimensões que permitam a fixação no quadro dos disjuntores. Eventualmente, poderão ser fixadas na parede através de “suporte para disjuntor”.

b.10.4. Placas

As placas ou espelhos para interruptores, tomadas, campainhas, cigarras, etc.; serão em termoplástico auto-extinguível e eventualmente, dotadas de plaquetas frontais em alumínio escovado e anodizado.

As placas ou espelhos para áreas externas, serão em termoplástico com proteção contra a ação do sol (raios ultravioleta), para que não escureçam nem desbotem com o tempo.

b.10.5. Interruptores

Os interruptores terão as marcações exigidas pelas normas da ABNT, especialmente o nome do FABRICANTE, a capacidade de corrente (10 A) e a tensão nominal (250 V) da corrente.

Terão contatos de prata e demais componentes de função elétrica em liga de cobre. É vedado o emprego de material ferroso nas partes condutoras de corrente.

Os parafusos de fixação e molas serão bi-cromatizados.

Deverão ter distância de 3 mm, no mínimo, entre os bornes e os contatos abertos, e corpo em poliamida 6.6 (auto-extinguível).

Serão usadas tomadas tipo industrial, no caso da ligação de equipamento de grande porte em que se opte pela utilização de tomadas, ao invés da ligação direta do cabeamento do circuito ao cabo de saída do equipamento. Esta utilização estará sujeita à especificação completa a ser definida em projeto.

A linha de interruptores e tomadas Pialplus ou similar, deverá ser utilizada juntamente com o sistema modular aparente DLP da PIAL ou similar.

b.11. Luminárias

Independente do aspecto estético desejado, serão observadas as seguintes recomendações para luminárias:

• Os aparelhos obedecerão naquilo que lhes for aplicável, às normas da ABNT, sendo construídos de forma a apresentar resistência adequada e possuir espaço suficiente para permitir as ligações necessárias;

• Todas as partes de aço serão protegidas contra corrosão, mediante pintura, esmaltação, zincagem ou outros processos equivalentes;

• As partes de vidro dos aparelhos deverão ser montadas de forma a oferecer segurança, com espessura adequada e arestas expostas, lapidadas de forma a evitar cortes quando manipuladas;

• Os aparelhos a serem embutidos deverão ser construídos em material incombustível e que não seja danificado sob condições normais de serviço. Seu invólucro deve abrigar todas as partes vivas ou condutores de corrente, condutos, porta-lâmpadas e lâmpadas, permitindo-se a fixação de lâmpadas e “starters” na face externa do aparelho;

• Aparelhos destinados a funcionar expostos ao tempo ou em locais úmidos, deverão ser construídos de forma a impedir a penetração de umidade em eletroduto, porta-lâmpada e demais partes elétricas. Não se deve empregar materiais absorventes nestes aparelhos.

b.12. Postes de concreto circular ou duplo “T” e postes de aço galvanizado com seção circular

Os postes de concreto ou de aço galvanizado devem ter características técnicas que os tornem capazes de suportar em seu topo as luminárias com as lâmpadas e reatores, braços de fixação, suportes e relé fotoelétrico, sem que haja flambagem ou qualquer esforço que os tornem inaptos para instalação.

A partir da especificação destas luminárias e seus respectivos acessórios, a ser fornecida pela CONTRATANTE, a CONTRATADA solicitará ao FORNECEDOR a especificação adequada dos postes.

Será de inteira responsabilidade do referido FABRICANTE/FORNECEDOR, a definição das características técnicas de fabricação e instalação dos postes.

A CONTRATADA exigirá ainda, o termo de garantia do lote de postes fornecidos, contendo as características técnicas de fabricação e o período de garantia, documento a ser também anexado ao “Manual do Usuário” já referenciado anteriormente.

b.13. Lâmpadas

As lâmpadas incandescentes só serão adotadas em locais onde sejam estritamente necessárias conforme notas em projeto. Não deve ser utilizado lâmpadas fluorescentes tubulares de 20W e 40W, as que devem ser substituídas por lâmpadas de menor potências, mantendo o nível de iluminamento conforme definido em norma, observando ainda a utilização de lâmpadas de menor diâmetro que melhora o aproveitamento luminoso.

Só serão aceitas as lâmpadas com tensão nominal 127 V ou 220 V, no intuito destas possuírem a vida útil compatível com a tensão fornecida pela rede CEMIG.

Os bulbos deverão ser isentos de impurezas, manchas ou defeitos que prejudiquem o seu desempenho.

As bases deverão obedecer às seguintes exigências:

• Não devem rodar em relação ao bulbo, quando sujeitos no ensaio de torção sob a ação de momentos de força estabelecidos em normas da ABNT;

• O deslocamento angular máximo entre os planos que passam pelos pinos da base não deve ser maior que 6º;

• O corpo deverá ser de latão, alumínio ou outro material adequado;

• A base deverá ficar centrada em relação ao eixo da lâmpada, firmemente fixada ao bulbo;

• O disco central de contato deverá ser de latão e ficar preso ao corpo da base por uma substância isolante vítrea ou de material equivalente;

• As soldas deverão ser feitas de modo a não impedir a colocação e o funcionamento das lâmpadas nos respectivos porta-lâmpadas.

As lâmpadas devem apresentar pelo menos, as seguintes marcações legíveis no bulbo ou na base:

• Tensão nominal (V);

• Potência nominal (W);

• Nome do FABRICANTE ou marca registrada;

• Características de partida: tempo máximo de 10 segundos.

b.14. Reatores

Somente serão utilizados reatores com alto fator de potência.

Devem ser usados reatores eletrônicos, conforme definição de projeto.

Os reatores para lâmpadas de vapor de descarga, poderão ser do tipo interno ou externo, para luminárias com ou sem alojamento para reator, respectivamente. Para reatores do tipo externo, deverá ser evitada a sua instalação em caixas subterrâneas de passagem e/ou derivação.

Os reatores para lâmpadas de descarga, sobretudo vapor de sódio e vapor metálico, que utilizam ignitores, deverão ser locados, preferencialmente, ao lado das luminárias, sob pena de se comprometer a ignição da lâmpada e ter impedido o seu acionamento, neste caso, sempre que possível, deverá se optar por luminárias com alojamento para reator do tipo interno.

Os reatores do tipo externo, que não puderem ser instalados em outro local, senão nas caixas de passagem e/ou derivação, deverão ser fixados na parede lateral da caixa, tão longe da base desta, quanto possível, evitando o contato com água porventura retida na mesma, tanto do reator, quanto de sua fiação de conexão.

Os reatores deverão obedecer as seguintes prescrições: • Os reatores para lâmpadas de vapor de sódio ou vapor metálico, que utilizam ignitores, deverão ter

sempre este dispositivo incorporado, salvo solução específica para eventuais problemas de ignição ocorrentes;

• Todo reator deverá ser provido de invólucro incombustível e resistente à umidade;

• O invólucro do reator deverá ser protegido interna e externamente contra a oxidação por meio de pintura, esmaltação, zincagem ou processo equivalente;

• As características de funcionamento, tais como: tensão de saída, condições de aquecimento, fator de potência e outros, serão as estabelecidas nas normas da ABNT.

Outros acessórios para luminárias, tais como: “starters”, receptáculos, soquetes, etc., serão da mesma linha de fabricação dos reatores e lâmpadas e satisfarão às normas da ABNT inerentes ao assunto.

c. Execução

c.1. Implantação Padrão entrada e medição - edificações individuais:

Alimentadas em baixa tensão (220/127 V) por rede aérea de distribuição devem estar de acordo com a última versão da norma ND-5.1 CEMIG e com os comunicados técnicos pertinentes dessa Concessionária. As unidades consumidoras atendidas conforme as prescrições da ND-5.1 terão o seu projeto elétrico obrigatoriamente submetido à aprovação da CEMIG, nos caso de carga instalada superior a 75kW e/ou de desmembramento em mais unidades, o que implica em atendimento conforme a norma ND-5.2.

A subestação para atendimento em Média Tensão(MT) possui custos de manutenção e implantação maiores que os do padrão de energia em Baixa Tensão (BT). Em decorrência, as unidades consumidoras só deverão ser atendidas por MT nos casos em que a BT for inviável ou em situações onde ocorra uma das condições :

• Cargas que exigem alimentação com níveis de tensão além dos limites da Baixa Tensão disponibilizada pela Concessionária;

• Simulações de fatura de energia, conforme horário de funcionamento e demanda e for verificado que a tarifa binômia (demanda + consumo) apresenta vantagens financeiras em relação a tarifa monômia (consumo apenas).

c.1.1. Projeto Elétrico

O projeto de instalações elétricas deverá:

• Obedecer às indicações do Projeto Arquitetônico, às normas e especificações deste CADERNO DE ENCARGOS e da ABNT, além das normas e recomendações da Concessionária;

• Ser elaborado por profissional legalmente habilitado, que deverá fornecer informações completas do projeto, inclusive em mídia eletrônica.

Para elaboração de projeto deverão ser considerados os seguintes documentos, que estão referenciados no item 11.2. Documentação de Referência:

ND-2.1 ND-5.3 NBR 5413 NBR IEC 62271-100

ND-2.6 ND-5.5 NBR 5419 NBR 7285

ND-3.4 NBR 5101 NBR IEC 60050(826) NBR 9513

ND-5.1 NBR 5356 NBR IEC 60439-1 NBR 14039

ND-5.2 NBR 5410 NBR IEC 62271-102 -

Manual do consumidor nº 11 (Materiais padronizados CEMIG);

Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e Municipais, inclusive normas de concessionária de serviço público;

Instruções e resoluções dos órgãos do sistema CREA-CONFEA.

Tabela 7 – Normas para elaboração de projeto

O projeto arquitetônico executivo e o leiaute de equipamento que utiliza de energia elétrica (acionamentos, aquecimentos, refrigeração, etc), com indicação de suas potências serão fornecidos pelo CONTRATANTE.

Ao projetista competirá identificar as necessidades ou exigências da instalação, considerando as cargas a serem atendidas, as características e dimensões do imóvel, o grau de confiabilidade requerido para a instalação, as características do sistema supridor no ponto de ligação e as características do solo.

No projeto constarão o dimensionamento, a localização e as especificações de todos os equipamentos e materiais.

O projeto será composto de representação gráfica, memorial descritivo e memória de cálculo. A representação gráfica será feita por meio de desenho de plantas, cortes elevações que permitam a análise e compreensão de todo projeto. Além disso, deve estar rigorosamente de acordo com o Procedimento Padrão para Contratação e Elaboração de Projetos de Edificações.

Os desenhos deverão obedecer às seguintes normas:

NBR 8196 NBR 10068 NBR ISO 10209-2

NBR 10067 NBR 10126 NBR 10582

Tabela 8 – Normas para desenhos técnicos

Os desenhos deverão conter um quadro de legenda contendo:

• Nome do proprietário do projeto;

• Título do desenho;

• Número da revisão;

• Data de emissão;

• Desenhos de referência;

• Nome da obra;

• Número do desenho;

• Nome e CREA dos profissionais responsáveis;

• Escalas utilizadas;

• Diagrama Unifilar. Esse diagrama apresentará os circuitos principais, as cargas, as funções e características dos principais equipamentos, tais como:

• Disjuntores: corrente nominal, capacidade de interrupção, classe de tensão;

• Chave seccionadoras: corrente nominal, suportabilidade térmica e dinâmica, classe de tensão;

• Transformadores: potência, classe de tensão, tensão primária e derivações, tensão secundária, tipo e ligação dos enrolamentos;

• Transformadores para instrumentos : classe de tensão, classe de exatidão, corrente ou tensão primária, corrente ou tensão secundária, tipo ligação;

• Reles de proteção: indicação de função;

• Equipamentos de medição: indicação de função;

• Condutores elétricos nus: tipo e bitola;

• Condutores elétricos isolados: classe de tensão, tipo de isolamento, bitola do condutor;

• Pára-raios: tipo, tensão nominal;

• Barramentos: corrente nominal, suportabilidade térmica, suportabilidade dinâmica;

• Fusíveis: tipo, corrente nominal.

Plantas e conteúdos:

• De Situação da Área conterá a locação das subestações, cabine de medição, ponto de entrega de energia. Será em escala adequada, topograficamente orientado e amarrado a pontos notáveis;

• De Cortes Transversais e Longitudinais da Subestação conterão os detalhes dos equipamentos da subestação: disjuntores, transformadores, chaves seccionadoras, quadros de medição, transformadores para instrumentos, barramentos, malha de terra e outros;

• De Circuitos de Distribuição conterão os detalhes de todos os equipamentos do sistema de distribuição elétrica, a disposição dos circuitos elétricos de distribuição, a locação das cargas e indicação e suas potências, locação e características dos equipamentos de emergência (geradores, sistemas suprimento sem interrupção);

• De Sistema de Iluminação Elétrica conterão a disposição dos circuitos de iluminação e tomadas, indicando a seção nominal dos condutores e dutos e a que circuito está ligado cada ponto de luz ou tomada;

• De Sistema de Aterramento conterá a malha de aterramento, indicando as bitolas dos condutores, posição e características dos eletrodos de terra e conectores;

• De Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas conterão os detalhes dos eletrodos, acessórios e cabos de proteção contra descargas atmosféricas diretas.

O Memorial Descritivo apresentará de forma objetiva:

• As características principais do sistema elétrico;

• As cargas consideradas;

• Os fatores de carga e demanda, justificando a escolha das tensões de suprimento e distribuição;

• As especificações dos equipamentos e materiais e as recomendações para a execução da instalação.

O Memorial de Cálculo conterá:

• Levantamento de cargas;

• Definição dos circuitos levando em consideração as correntes de carga e quedas de tensão máxima;

• O dimensionamento dos circuitos;

• Dimensionamento dos condutores elétricos para atendimento das cargas, considerando, além das capacidades de corrente e temperaturas de trabalho, a queda de tensão máxima conforme norma;

• Cálculo das correntes de curto-circuito na entrada de energia, no secundário dos transformadores e na entrada dos quadros de distribuição de circuitos;

• Dimensionamento de malha de aterramento, apresentando, quando aplicável, os potenciais de passo, de malha e de toque, considerando as normas pertinentes;

• Dimensionamento do sistema de proteção contra descargas atmosféricas diretas;

• Dimensionamento otimizado do circuito de alimentação;

• Avaliação do fator de potência da instalação, especificando, quando aplicável, os capacitores e suas respectivas localizações para correção;

• Dimensionamento dos equipamentos e circuitos de emergência.

c.1.2. Ligação de obras

Ligação efetuada com medição, sem prazo definido, para atender obras de construção ou reforma de edificação, cuja solicitação acompanhamento e ônus são de exclusiva responsabilidade da CONTRATADA.

O padrão de entrada corresponderá a um dos tipos definidos na ND-5.1 CEMIG, sendo o mais indicado o padrão instalado em poste.

c.1.3. Consulta Prévia

A CONTRATADA, de posse do Projeto Elétrico da Edificação, antes de construir ou adquirir os materiais para execução do padrão de entrada, deverá obter da CEMIG informações sobre as condições locais de fornecimento de energia.

O Manual do Consumidor nº 11, contém os materiais e equipamentos aprovados para uso nos padrões de entrada CEMIG. Este manual é periodicamente revisado e sem aviso prévio. Portanto, é necessário que a CONTRATADA certifique-se que se trata da ultima versão.

c.1.4. Pedido da ligação definitiva do padrão de entrada

Após cumprida a etapa descrita no item c.1.3, a CONTRATANTE solicitará a formalização do pedido de ligação, o qual deverá conter os anexos: a relação de cargas; o endereço da obra, com nome da via pública, numeração, nome do bairro e o número da conta globalizada.

O pedido, com os anexos descritos, será enviado à CEMIG pela SP/DI, sendo que os dados necessários e imprescindíveis serão fornecidos pela SP/DO, em tempo hábil.

A CEMIG se reserva o direito de vistoriar as instalações elétricas internas do local.

c.1.5. Ligações provisórias

São as ligações efetuadas sem medição e por prazos pré-estabelecidos pelo solicitante. Destinam-se a ligações de parques de diversão, circos, feiras e exposições, solenidades festivas, vendedores ambulantes e obras públicas com demanda inferior a 150 kVA. Para solenidades festivas, utilizar o ED-5.2 - Estudo de Distribuição; capítulo 5, “Ligações provisórias em baixa tensão sem medição – barraquinhas”. A instalação do padrão provisório deve atender as prescrições da norma ND-5.1 CEMIG.

c.1.6. Ligação definitiva

É a ligação do padrão de entrada, com o desligamento do padrão de obra.

c.1.7. Aumento de carga

É permitido o acréscimo de carga existente, até o limite de faixa de demanda provável a ser atendida pelo padrão de entrada existente (ver ND-5.1 CEMIG).

Acréscimos de carga superiores aos descritos na referida ND, devem ser solicitados à CEMIG, para análise das modificações que se fizerem necessárias na rede e no padrão de entrada.

No caso de previsão de aumento de carga, a caixa para medição polifásica, eletrodutos, condutores e poste/ pontaletes já poderão ser instalados de acordo com a previsão. Quando do aumento efetivo da demanda será alterado somente o disjuntor do padrão.

c.1.8. Desmembramento de medições

A edificação individual que a qualquer tempo venha a ser subdividida ou transformada em edificação de uso coletivo ou em agrupamento de consumidores, deve ter seu padrão de entrada alterado de acordo com as prescrições da ND-5.2 CEMIG.

As instalações elétricas das unidades consumidoras a serem desmembradas, devem ser alteradas para adequação de medição e proteção individual, observadas as condições não permitidas.

No caso de edificações geminadas, as unidades consumidoras só poderão ser desmembradas em entradas de serviço distintas, caso haja separação física entre elas ao longo de todo o terreno (muro, parede, cerca ou qualquer limitação física existente). Caso contrário, as unidades devem ser atendidas por uma única entrada de serviço, dimensionada pela da ND-5.2 da CEMIG.

c.1.9. Geração própria e sistemas de emergência

Não é permitido o paralelismo entre a geração própria do consumidor, com o sistema elétrico da Concessionária. Caso haja geração própria, esta não poderá ser complementada pela rede CEMIG: o gerador só deve entrar em operação em situação emergencial de desenergização da referida rede.

Nos locais com necessidade de gerador próprio, como em hospitais, o CONTRATADO deverá obedecer as orientações previstas pela Concessionária. É vedada qualquer interligação dos circuitos de emergência com a rede da CEMIG.

c.1.10. Condições não permitidas

Não são permitidas, sob pena de corte no fornecimento de energia:

• Interligação entre instalações elétricas internas de consumidores distintos, mesmo que o fornecimento seja gratuito;

• Interferência de pessoas não credenciadas pela CEMIG nos equipamentos de medição e lacres;

• Instalação de condutores ligados antes do medidor, para ligações em instalações do consumidor (“gatos”);

• Utilização de uma única medição para edificações distintas, ou colocação de mais de um medidor para uma única edificação;

• ligação de cargas que excedam o limite de fornecimento estabelecido no dimensionamento do padrão de entrada;

• ligações que não constem na relação de cargas e que venham a causar perturbações indesejáveis na rede CEMIG e cargas geradoras de correntes harmônicas.

Em qualquer dessas condições, a CEMIG poderá cortar o fornecimento de energia e/ou notificar o consumidor que os custos das alterações necessárias no sistema, serão de sua responsabilidade.

c.2. Implantação Padrão entrada e medição - edificações coletivas

Aplica-se nos seguintes casos:

• Edificações de uso coletivo, alimentadas em baixa tensão (220/127 V) por rede aérea de distribuição (norma a adotar: ND-5.2 CEMIG) com qualquer número de unidades consumidoras, incluindo-se as que possuem carga instalada superior a 75 kW;

• Edificações agrupadas, com área comum de circulação, mas que não geram medição de carga de condomínio;

• Edificações geminadas.

Excetuam-se:

• Unidades consumidoras sem área comum de circulação, o atendimento é individual e a norma a adotar será a ND-5.1 da CEMIG;

• Unidades consumidoras localizadas em áreas de transmissão de rede aérea para subterrânea, a norma a adotar será a ND-5.5 da CEMIG;

• Todo e qualquer projeto elétrico de edificações coletivas, deve ser previamente aprovado pela CEMIG.

c.2.1. Ligação de obras

As orientações são as mesmas do subitem c.1.2. Neste caso, o pedido de ligação de obra fica também condicionado a apresentação dos seguintes documentos:

Relação de cargas para a ligação definitiva de agrupamentos com até 3 unidades consumidoras, sem proteção geral (ver tabela 3, página 6-3 da ND-5.2 CEMIG);

Projeto elétrico aprovado;

Planta de situação e localização para edificações com mais de 1 pavimento e construídas do mesmo lado da rede da CEMIG.

c.2.2. Consulta prévia

Para o caso de consumidor coletivo, são válidas as mesmas orientações descritas no subitem c.1.3. para consumidores individuais, acrescentando-se o envio do projeto elétrico previamente aprovado.

c.2.3. Pedido de ligação definitiva de cada unidade consumidora

As orientações são as mesmas do subitem c.1.4. A ligação de cada unidade consumidora será efetuada pela CEMIG somente após o pedido formal de seus proprietários/consumidores.

c.2.4. Aumento de carga

As orientações são as mesmas do subitem c.1.7., no entanto a norma a ser seguida é a ND-5.2 CEMIG.

c.3. Edificações coletivas alimentadas em tensão primária 15 kV

Edificações individuais ou pertencentes a unidades coletivas alimentadas em tensão primária 15 kV, por redes aéreas ou subterrâneas (norma a adotar ND-5.3 CEMIG)

Deverão ser adotadas as prescrições da norma ND-5.3 CEMIG, relativas ao pedido de ligação e à aprovação da subestação consumidora executada.

Excetua-se o atendimento em tensão secundária (220/127 V) por rede subterrânea, em que a regulamentação a ser consultada é a ND-5.5 CEMIG.

d. Controle tecnológico Recebimento das instalações elétricas

O recebimento das instalações elétricas estará condicionado à aprovação dos materiais, dos equipamentos e dos serviços pela SUPERVISÃO. As instalações elétricas somente poderão ser recebidas quando entregues em perfeitas condições de funcionamento, comprovadas pela SUPERVISÃO e ligadas à rede de concessionária de energia local.

As instalações elétricas só poderão ser executadas com material e equipamentos examinados e aprovados pela SUPERVISÃO. A execução deverá ser inspecionada durante todas as fases, bem como após a conclusão, comprovando o cumprimento de todas as exigências aqui relacionadas.

Eventuais alterações em relação ao projeto, somente poderão ser aceitas, se aprovadas pela SUPERVISÃO e pelo SUPERVISOR DE PROJETOS. A aprovação acima referida não isenta a CONTRATADA de sua responsabilidade.

A SUPERVISÃO efetuará a inspeção de recebimento das instalações, conforme prescrição do capítulo 7 da NBR 5410. Serão examinados todos os materiais, aparelhos e equipamentos instalados, no que se refere às especificações e perfeito estado.

Será verificada a instalação dos condutores no que se refere as bitolas, aperto dos terminais e resistência de isolamento, cujo valor deverá seguir as prescrições da NBR 5410.

Serão também conferidos se todos os condutores do mesmo circuito (fase, neutro e terra) foram colocados no mesmo eletroduto. Será verificado o sistema de iluminação e tomadas no que se refere a localização, fixações, acendimentos das lâmpadas e energização das tomadas.

Serão verificados os quadros de distribuição quanto à operação dos disjuntores, aperto dos terminais dos condutores, proteção contra contatos diretos e funcionamento de todos os circuitos com carga total; também serão conferidas as etiquetas de identificação dos circuitos, a placa de identificação do quadro, a facilidade de abertura e fechamento da porta, bem como o funcionamento do trinco e fechadura.

Será examinado o funcionamento de todos os aparelhos fixos e dos motores, observando o seu sentido de rotação e as condições de ajuste dos dispositivos de proteção. Serão verificados a instalação dos pára- raios, as conexões das hastes com os cabos de descida, o caminhamento dos cabos de descida e suas conexões com a malha de terra.

Será examinada a malha de terra para verificação do aperto das conexões, quando acessíveis, sendo realizada a medição da resistência de aterramento.

Será examinada a montagem da subestação para verificar:

• Fixação dos equipamentos;

• Espaçamentos e isolamentos entre fases e terra;

• Condições e ajustes dos dispositivos de proteção;

• Existência de esquemas, placas de advertência de perigo, proibição a entrada de pessoas não autorizadas e outros avisos;

• Aperto das conexões dos terminais dos equipamentos e dos condutores de aterramento;

• Operação mecânica e funcionamento dos intertravamentos mecânicos e elétricos;

• Facilidade de abertura e fechamento da porta e funcionamento do trinco e fechadura;

• Comprovar a colocação de buchas e arruelas nos conduítes e caixas;

• Verificar a posição certa das caixas de passagem indicadas no projeto e se faceiam a superfície de acabamento previsto para paredes e pisos;

• Exigir a colocação de fios de arame galvanizado nas tubulações em que os cabos serão passados posteriormente;

• Acompanhar a realização de todos os testes previstos nas instalações, analisando, se necessário, com o auxílio do SUPERVISOR DE PROJETOS, os seus resultados.

11.5. INSTALAÇÕES TELEFÔNICAS

11.5.1. Objetivo

Estabelecer as diretrizes gerais para execução de serviços de instalação de telefonia, conforme as normas NBR 5410/2004 e a Prática nº 235.510.600 – Projetos de redes telefônicas em edifícios – ANATEL.

11.5.2. Condições específicas

a. Execução

a.1. Cabo de entrada

É de responsabilidade da CONTRATADA da CONTRATANTE a solicitação de elaboração do projeto de rede primária (cabo de entrada) à concessionária de telefonia fixa em tempo hábil, já que a execução/instalação do cabo primário de entrada é de responsabilidade da primeira.

Também a rede e tubulação secundária, a cabeação, a fixação e a instalação de tomadas, deverão ser executadas pela CONTRATADA, em conformidade com as normas descritas acima.

a.2. Tubulação secundária

As tubulações secundárias obedecerão aos processos construtivos descritos no item 11.4.2., subitem c.2, deste capítulo. Os dutos somente poderão ser cortados perpendicularmente ao seu eixo, retirando cuidadosamente as rebarbas deixadas nas operações de corte ou de abertura de novas roscas. As extremidades dos dutos, quer sejam internos ou externos, embutidos ou não, serão protegidas por buchas.

A junção dos dutos será efetuada de modo a permitir e manter, permanentemente, o alinhamento e a estanqueidade. Antes da confecção de emendas, verificar-se-á se luvas e dutos estão limpos.

No caso de dutos de PVC rígido, estes serão emendados através de luvas atarraxadas em ambas as extremidades a serem conectadas. Estas serão introduzidas na luva até se tocarem, para assegurar a continuidade interna da instalação.

Os dutos, sempre que possível, serão assentados em linha reta. Não poderão ser executadas curvas nos tubos rígidos, utilizando, quando necessário, curvas pré-fabricadas. As curvas serão de padrão comercial e escolhidas de acordo com o diâmetro do duto empregado.

Os dutos embutidos nas vigas e lajes de concreto armado serão colocados sobre os vergalhões da armadura inferior. Todas as aberturas e bocas dos dutos serão fechadas para impedir a penetração de nata de cimento durante a colocação de concreto nas formas. A instalação de tubulação embutida nas peças estruturais de concreto armado será efetuada de modo que os dutos não suportem esforços não previstos, conforme disposição da norma NBR 5410.

Os comprimentos máximos admitidos para as tubulações serão os recomendados pela TELEBRÁS ou pela concessionária de telefonia fixa. Nas juntas de dilatação, a tubulação será seccionada e receberá caixas de passagem, uma de cada lado das juntas. Em uma das caixas, o duto não será fixado, permanecendo livre. Outros recursos poderão ser utilizados, como por exemplo, a utilização de uma luva sem rosca do mesmo material do duto para permitir o seu livre deslizamento.

Os dutos aparentes serão instalados, sustentados por braçadeiras fixadas nas paredes, a cada 2 metros.

Em todos os lances de tubulação, aparentes ou não, serão passados arames-guia de aço galvanizado de 1,65 mm de diâmetro, que ficarão dentro das tubulações, presos nas buchas de vedação, até a sua utilização para puxamento dos cabos. Estes arames correrão livremente.

a.3. Caixas

a.3.1. Caixas de saída, de passagem, de distribuição e DG

Todas as caixas deverão situar-se em recintos secos, abrigados e seguros, de fácil acesso e em áreas de uso comum da edificação. Não poderão ser localizadas nas áreas fechadas de escadas. A fixação dos dutos nas caixas será efetuada por meio de arruelas e buchas de proteção. Os dutos não poderão ter saliências maiores que a altura da arruela mais a bucha de proteção. Quando da instalação de tubulação aparente, as caixas de passagem serão convenientemente fixadas na parede.

a.3.2. Caixas subterrâneas

As caixas subterrâneas obedecerão aos processos construtivos indicados nas normas descritas no item 11.2. A entrada e saída dos dutos nas caixas de distribuição, passagem e distribuição geral, somente poderão ser efetuadas nas extremidades superior e inferior das caixas. A entrada dos dutos nos cubículos do poço de elevação somente poderá ser efetuada no piso.

a.3.3. Caixas de saída

As caixas de saída (de parede) para telefones de mesa e de parede serão instaladas nas alturas (em relação ao piso) recomendadas pela concessionária de telefonia fixa.

a.4. Dutos retangulares de piso e caixas de saída de derivação

Os dutos retangulares (ver também item 11.4.2 “b.2” deste capítulo) somente serão cortados perpendiculares a seu eixo, retirando cuidadosamente todas as rebarbas deixadas na operação de corte. Os dutos retangulares serão emendados utilizando junções niveladoras, de forma a garantir uma resistência mecânica equivalente à dos dutos sem emendas, uma vedação adequada para impedir a entrada de argamassa ou nata de concreto e, também, manter a continuidade e regularidade da superfície interna.

Os dutos, quando interligados às caixas de distribuição, serão terminados nestas por meio de luvas de acabamento. Os dutos retangulares serão instalados de tal modo que as tampas a serem colocadas nos orifícios dos dutos não conectados às caixas de saída sejam niveladas com o piso.

As caixas de derivação serão instaladas também de modo que sua parte superior seja nivelada com o piso. Os finais dos dutos retangulares do piso, como também as terminações das caixas de derivação não utilizadas, serão vedados com terminais de fechamento, de forma a impedir a entrada de argamassa ou nata de concreto.

a.5. Padrão de entrada aérea e subterrâneo

Deverão ser seguidas as prescrições dos sub-itens c.1.2. e c.1.3. do item 11.4.2. deste capítulo, para execução dos padrões de entrada e detalhamento de projeto.

É de responsabilidade da CONTRATADA, solicitar a vistoria da concessionária de telefonia fixa ao padrão executado, em tempo hábil de se corrigir possíveis falhas bem como solicitar desta concessionária o projeto

do cabo primário de entrada. Ver sub-item “a.1” do item 11.5.2.

A concessionária de telefonia fixa poderá vistoriar a rede secundária, e caso verifique irregularidades, estas deverão ser sanadas pela CONTRATADA para possibilitar a posterior ligação da rede primária.

a.6. Rede de cabos e fios

a.6.1. Instalação de cabos e fios

No puxamento de cabos e fios em dutos, não serão permitidos lubrificantes orgânicos; poderão ser usados talco industrial neutro e vaselina industrial neutra. O serviço será efetuado manualmente, utilizando alça de guia e roldanas, com diâmetro pelo menos três vezes superior ao diâmetro do cabo ou grupo de cabos, ou pela amarração do cabo ou fio em pedaço de tubo.

Os cabos e fios serão puxados, continua e lentamente, evitando esforços que possam danificá-los ou soltá- los. A amarração do cabo à alça-guia e roldanas será efetuada na seguinte sequência:

• Remover aproximadamente 25 cm de capa e enfaixamento da extremidade do cabo, deixando os condutores livres;

• Passar cada grupo de condutores pela alça-guia e roldana, e dobrá-los numa distância conveniente a que as pontas dos condutores sobrepassem a parte encapada do cabo;

• Juntar os grupos de condutores em torno do cabo e fazer uma amarração com arame de aço.

a.6.2. Fixação dos cabos

Em instalações aparentes verticais, a fixação dos cabos será efetuada por braçadeiras espaçadas de 50 cm. Em trechos curvos, as braçadeiras serão fixadas no início e no fim de cada curva. Em trechos curvos, serão adotados os raios mínimos de curvatura recomendados pelas normas da TELEBRÁS ou da concessionária de telefonia fixa.

a.6.3. Emendas

As emendas em cabos e fios somente poderão ser efetuadas em caixas de passagem. Em nenhum caso serão permitidas emendas no interior de dutos. As emendas de cabos e fios serão executadas quando estritamente necessário, onde o comprimento da ligação for superior ao lance máximo de acondicionamento fornecido pelo FABRICANTE.

a.6.4. Blocos terminais

Os blocos terminais serão fixados diretamente sobre a prancha de madeira no fundo da caixa de distribuição geral, ou de derivação quando a capacidade do cabo de entrada e de saída for de dez ou vinte pares. Quando a capacidade do cabo de entrada e de saída for superior a vinte pares, os blocos terminais serão instalados por meio de canaletas-suporte.

Nas caixas de distribuição geral, os blocos terminais para ligação dos cabos de entrada serão fixados na sua parte superior, e os de saída, na parte inferior.

Nas caixas de distribuição geral serão instalados anéis-guia com rosca soberba, ao lado de cada fileira de blocos. Nas caixas de distribuição, as canaletas serão instaladas com blocos BLI-10, em seu centro.

b. Controle

O recebimento das instalações telefônicas será efetuado através da inspeção visual de todas as instalações e da comprovação da operação do sistema.

Serão obrigatoriamente observados os seguintes aspectos, quando for o caso:

• Instalação e montagem dos componentes mecânicos, tais como eletrodutos, bandejas para cabos, braçadeiras, caixas, blocos terminais e quaisquer outros dispositivos utilizados;

• Verificação da fiação e das emendas na caixa de passagem ou caixa de distribuição e painéis, com o objetivo de verificar se os requisitos aqui descritos foram atendidos.

Para aceitação das instalações do sistema de telefonia, em seus diversos trechos, serão realizados, onde aplicáveis, no mínimo, os testes recomendados no capítulo 7 da norma NBR 5410 e normas da concessionária de telefonia fixa.

A CONTRATADA terá a responsabilidade de providenciar junto à concessionária a aprovação e liberação dos serviços, de conformidade com os requisitos por ela exigidos.

A SUPERVISÃO deverá ainda:

• Liberar a utilização dos materiais entregues na obra, após comprovar que as características e qualidade satisfazem às recomendações contidas nas especificações técnicas e no projeto;

• Acompanhar a execução dos serviços, observando se são respeitadas todas as recomendações e exigências aqui descritas e aquelas constantes do projeto;

• Comprovar a colocação de buchas e arruelas nos conduletes e caixas;

• Verificar a posição certa das caixas indicadas no projeto e se faceiam a superfície de acabamento previsto para paredes e pisos;

• Exigir a colocação de fios de arame galvanizado (sonda) nas tubulações em que os cabos serão passados posteriormente;

• Acompanhar a realização de todos os testes previstos nas instalações, analisando se necessário, com auxílio do SUPERVISOR DE PROJETOS, os seus resultados.

11.6. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGA ATMOSFÉRICA

11.6.1. Objetivo

Estabelecer critérios para projeto, instalação e manutenção de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) nas unidades da CONTRATANTE.

11.6.2. Definições

Consiste no sistema completo, destinado a proteger uma estrutura, contra os efeitos das descargas atmosféricas, composto por sistema externo e interno de proteção.

Devem ser observadas as prescrições propostas pela norma NBR 5419 - “Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas”, que especifica as diretrizes para a elaboração de um projeto de proteção.

11.6.3. Considerações específicas

a. Materiais

a.1. Captação

O sistema de captação deverá ser, preferencialmente, do tipo malha de condutores, projetado segundo o modelo Eletrogeométrico ou método de Gaiola de Faraday, com fechamentos e raios definidos nas tabelas da norma, de acordo com os níveis de proteção. Deverão ser usados cabos de cobre nu # 35mm² ou alumínio 70mm² que poderão ser fixados diretamente na estrutura do telhado ou platibandas, de acordo com a arquitetura de cada edificação. Para edificações acima de 20m a partir do solo, deverão ser instalados anéis de cintamento horizontais a cada 20m de altura com cabo de cobre # 35mm².

a.2. Descidas

Os condutores de descida deverão seguir o caminho mais curto para o solo, sempre que possível, evitando curvas desnecessárias. Os condutores de descida poderão ser em cobre nu ou Alumínio. No caso do cobre este terá de ter uma seção mínima de 16mm² para edificações até 20m de altura e 35mm² para edificações acima de 20m de altura. No caso de ser usado o alumínio poderá ser usado a seção transversal de 25mm² até 20m de altura ou 70mm² caso a edificação tenha mais de 20m de altura. Caso os condutores de descida sejam em cabos, estes deverão ser protegidos contra danos mecânicos até 2,5m acima do solo , através de eletroduto de PVC rígido ou metálico, ou embutidas no reboco da parede. No caso de eletroduto metálico, este deverá ser conectado à descida no ponto inferior e superior deste. A aproximadamente 1,5m acima do solo deverá ser instalada uma caixa de inspeção com conector de medição em bronze, para futuras medições da resistência da malha de aterramento.

a.3. Aterramento

O conjunto de aterramento deverá ser constituído de uma malha em anel circundando a edificação enterrada a 0,5m, no solo, com cabo de cobre nu # 50mm², conectada no mínimo a um eletrodo tipo

“Copperweld” 5/8” x 2,40m (alta camada = 254 micra - norma NBR 13571) para cada descida e conectada com as hastes de cada descida. A instalação destas hastes tem como objetivo reduzir as tensões superficiais perto das descidas. Todas as conexões cabo/cabo e cabo/haste deverão ser executadas com soldas tipo exotérmica, através de moldes de grafite adequados e não poderão ter aparência porosa ou trincas, podendo ser rejeitadas pela SUPERVISÃO. As valetas para alojamento dos cabos e das soldas exotérmicas somente deverão ser reaterradas após vistoria e liberação da SUPERVISÃO.

a.4. Equalização de potenciais

Todas as malhas de aterramento existentes, (elétrica, telefonia, computadores, pára-raios, etc.) deverão ser interligadas numa caixa de equalização de potenciais (20cm x 20cm de embutir), com barramento de cobre. A caixa de equalização deverá ser instalada a 30cm do piso acabado num local eqüidistante entre todas as malhas de aterramento. Normalmente este local é perto do QGBT (Quadro Geral de Baixa Tensão). O cabo que irá interligar a caixa de equalização de potenciais com as malhas existentes poderá ser de cobre isolado 750V # 16mm² na cor verde protegidos por eletroduto de 1” no mínimo, ou então com cabo de cobre nu 50mm² em contato direto com o solo.

Dentro da caixa de equalização todos os cabos deverão ser claramente identificados. Todas as tubulações metálicas que entrem ou saiam da edificação deverão ser interligadas com a malha de aterramento que circunda a edificação, no ponto de cruzamento destas. Caso exista tubulação de gás externa de concessionária que possua proteção catódica, essa interligação deverá ser feita de forma indireta , através de um centelhador de gás numa caixa adequada para futuras manutenções, quando for necessário trocar o centelhador. Lembramos que todas as conexões de materiais diferentes deverão ser realizadas através de materiais ou conectores bimetálicos.

Para edificações residenciais com altura acima de 20m a equalização de potenciais se repete a cada 20m de altura, coincidindo com os anéis de cintamento descritos em a.6., deste item 11.6.3. Neste caso, deverão também ser equalizadas as massas metálicas (incêndio, recalque, guias dos elevadores, etc.), fachadas metálicas e sistemas operacionais (elétrica, telefonia, dados, etc).

Para edificações comerciais com grande concentração de equipamentos a equalização de potenciais dos sistemas operacionais deverá ser feita em todos os andares, sendo que as massas metálicas deverão continuar no mínimo a cada 20m de altura.

a.5. Proteção dos quadros de distribuição elétrica, contra surtos induzidos por descargas atmosféricas

No quadro geral de baixa tensão (QGBT) deverão ser instalados DPS classe 1, um por fase e nos quadros de distribuição de circuitos (QDC) deverão ser instalados DPS classe 2, um por fase e um entre Neutro e Terra.

a.6. Seleção do nível de proteção, método de proteção, materiais, bitolas, etc.

TIPO DE EDIFICAÇÃO NÍVEL DE PROTEÇÃO

Edificações de explosivos , Inflamáveis, Indústrias Químicas , Nucleares , Laboratórios bioquímicos , Fábricas de munição e

fogos de artifício , Estações de telecomunicações usinas Elétricas , Indústrias com risco de incêndio ,Refinarias, etc.

NÍVEL I

Edifícios comerciais, Bancos, Teatros, Museus, Locais arqueológicos, Hospitais, Prisões, Casas de repouso, Escolas,

Igrejas, Áreas esportivas

NÍVEL II

Edifícios residenciais, Indústrias, Casas residenciais, Estabelecimentos agropecuários e Fazendas com estrutura em

madeira.

NÍVEL III

Galpões com sucata ou de conteúdo desprezível, Fazendas e estabelecimentos agropecuários com estrutura em madeira

NÍVEL IV

Tabela 9 – Seleção do nível de proteção

A = Aplicar somente Gaiola de Faraday ou Esfera Rolante

B = Aplicar somente Gaiola de Faraday

h = Altura do captor em relação ao solo

=Ângulo de proteção (Franklin)

Nivel de Proteção

Raio esfera

até 20m

21<h<29m

30<h<44m

45<h<59m

h>60m

Malha da Gaiola

Espaçamento das Descidas

Eficiência do S.P.D.A.

I 20 25º A A A B 5x10 10 95 a 98%

II 30 35º 25º A A B 10x20 15 90 a 95%

III 45 45º 35º 25º A B 10x20 20 80 a 90%

IV 60 55º 45º 35º 25º B 20x40 25 até 80%

Unidades Metros Graus Graus Graus Graus Graus Metros Metros Porcentagem

Tabela 10 – Dimensionamento e escolha do método de proteção

Nível de Proteção

Material Captação Descidas

h até 20m h>20m

Anéis de Cintamento

Aterramento Equalizações Alta Corrente

Equalizações Baixa corrente

Cobre 35 16 35 35 50 16 6

I a IV Alumínio 70 25 70 70 -- 25 10

Aço

Galv. A Fogo

50

3/8” (*)

50

3/8” (*)

50

3/8” (*)

50

3/8” (*)

80

7/16” (*)

50

16

Unidades mm2 mm2

mm2 mm2

mm2 mm2

mm2

Obs. : As bitolas acima se referem à seção transversal dos condutores em mm2.

G.F. = galvanizado a fogo (quente).

(*) – Cordoalha Galvanizada a fogo tipo SM 7 fios.

Tabela 11 – Seção nominal dos condutores (mm²)

Material Captores Descidas Aterramento

NPQ NPF PPF

Aço galvanizado a quente 4 2.5 0,5 0,5 4

Cobre 5 2.5 0,5 0,5 0,5

Alumínio 7 2.5 0,5 0,5 --

Aço Inox 4 2.5 0,5 0,5 5

Unidade: mm NPQ - não gera ponto quente

NPF - não perfura PPF - pode perfurar

Tabela 12 – Espessuras mínimas dos componentes do SPDA para serem usados como elementos naturais

Material

Aplicação Corrosão

Ao ar livre Enterrado Embutido

no concreto

Embutido no reboco

Resistência Risco agravado Eletrolítica

Cobre Maciço, encordoado ou

como revestimento de haste de aço

- Maciço ou

encordoado A mais

substâncias

Cloretos altamente

concentrados; compostos sulfúricos; materiais orgânicos

-

Aço de construção comum ou

galvanizado a quente

Maciço ou encordoado

Maciço ou encordoado

Maciço ou encordoado

-

Boa, mesmo em

solos ácidos

- Com o cobre

Aço inoxidável

Maciço ou encordoado

Maciço ou encordoado

- Maciço ou

encordoado

A muitas substância

s

Água com cloretos

dissolvidos -

Alumínio Maciço ou

encordoado - - - - Agentes básicos

Com o cobre

Chumbo Como revestimento - -

Altas concentra-

ções de sulfatos

Solos ácidos -

NOTA: Caso a norma NBR-5419 seja revisada, deverão prevalecer os critérios da nova revisão.

Tabela 13 (norma NBR 5419) – Materiais do SPDA e condições de aplicação

a.7. Medição da resistência de aterramento

A malha de aterramento deverá ser medida antes da interligação com as descidas e com a caixa de equalização, pelo método de “Queda de Potencial” com respectivo gráfico. Caso existam outras edificações todas as malhas deverão ser medidas separadamente antes e também após a sua interligação.

a.8. Sistema tipo estrutural

• Caso a obra ainda não tenha sido iniciada poderá ser projetado o sistema estrutural, com uma barra adicional de aço (Re Bar) diâmetro 3/8” x 3,40m, galvanizada a fogo, instalada dentro das fundações e em todos os pilares das estrutura de concreto armado, até o topo da edificação, onde serão conectadas ao subsistema de captação. As emendas das barras deverão ser trespassadas de 20cm com 3 clips galvanizados (Figura 1);

Figura 1 – Emenda dos vergalhões de descida, executada a cada pé direito

• O subsistema de captação, a equalização de potenciais e a proteção dos quadros elétricos e projetos,

permanecem de acordo com o descrito nos sub-itens “a.1.” a “a.6.” do item 11.6.3. Quanto ao sub-item “a.7.” do item 11.6.3. (Medição de resistência de aterramento) não é necessário ser realizado para este tipo de sistema;

• No encontro das ferragens dos pilares com as lajes ou vigas, estas deverão ser interligadas por ferros comum da obra (sobras) em formato de “L” de 20cm por 20cm, interligando em posições alternadas ás ferragens verticais com as ferragens horizontais com arame torcido de obra, para garantir a equalização de potenciais da estrutura (figura 2);

Figura 2 - Amarração do vergalhão do pára-raios com outras ferragens próximas

• Devido à complexidade deste sistema e à interferência na execução civil, o anteprojeto deverá ser

apresentado antes do início das fundações, correndo o risco de ter que ser abandonado caso as fundações já tenham sido iniciadas, ficando por conta e risco da CONTRATADA todos os custos de adaptação do projeto, materiais e serviços especializados para adequação ao sistema convencional, descrito do sub-item “a.1.” ao “a.6.” do item 11.6.3;

• É recomendável que o sistema seja implantado por uma empresa especializada neste tipo de instalação e que emita um relatório técnico no final, inclusive com a respectiva ART, embora a instalação das barras adicionais dentro das fundações e dos pilares de concreto possa ser executada pela CONTRATADA.

b. Execução

b.1. Anteprojeto e projeto “as built”

Antes do início dos serviços, a CONTRATADA deverá apresentar um anteprojeto do sistema de proteção completo e com todos os detalhes executivos, juntamente com a ART específica registrada no CREA por profissional habilitado. No projeto deverá constar o nível de proteção, o cálculo do número de descidas e seu posicionamento correto, o sistema de captação com os módulos prescritos na norma, a malha de aterramento e a equalização de potenciais. Durante a execução, pequenas alterações poderão vir a ser necessárias, desde que aprovadas pela SUPERVISÃO e pelo projetista e deverão ser transferidas para o projeto, para que no final da obra seja atualizado (As built) pela empresa CONTRATADA.

11.7. INSTALAÇÕES DE REDE LÓGICA

11.7.1. Objetivo

Os edifícios devem oferecer infra-estrutura para os sistemas de cabeamento com as facilidades de interconexão dentro e entre prédios, para um melhor e mais eficiente gerenciamento dos processos de automação e distribuição de facilidades de telecomunicações internas e externas, incluindo voz, dados e imagem. Os prédios devem ter também infra-estrutura para interconexões em redes LAN e WAN e redes públicas de telefonia. Toda a rede elétrica necessária para atender os serviços da rede de telecomunicações deverá ter seus circuitos separados da rede elétrica convencional, inclusive com QDC (quadro de distribuição de circuitos) próprio.

11.7.2. Condições gerais

• Considerações

Não será aceito nenhum material que não tenha equivalência técnica com os melhores do mercado para a finalidade a qual se destina.

• Requisitos baseados na norma ANSI/TIA/EIA 569 A

Esta norma orienta na construção de infra-estrutura relativa a caminhos e espaços.

– Caminhos e espaços horizontais.

São as rotas que interligam as tomadas das áreas de trabalho aos racks.

Quando o caminhamento for através de eletrocalhas, as mesmas deverão ser aterradas a cada 6m ou quando perderem a continuidade. A taxa de ocupação máxima da eletrocalha é de 60% da área de sua seção transversal.

Quando o caminhamento for através de eletroduto, embutido ou aparente, o diâmetro nominal não deve ser inferior a 1”. Quando aparente, o eletroduto deve ser galvanizado tipo leve. A taxa de ocupação máxima do eletroduto é de 60% da área de sua seção transversal.

Tanto para eletroduto embutido quanto aparente, não poderá haver trecho com mais de 30m sem caixa de passagem.

Não poderá haver mais que 02 (duas) curvas consecutivas, sem 01 (uma) caixa de passagem.

Quando o eletroduto for aparente, não poderá haver distanciamento maior que 1,20m entre os pontos de fixação.

Conduletes tipo “L” não poderão ser usados para estas instalações. Sempre que se fizer curva de 90°, utilizar curva de raio longo e conduletes “C” em sequência.

Quando o número de pontos lógicos for igual ou inferior a 03 (três) e não houver cronograma definido para a instalação das máquinas, a tubulação poderá ser “seca” porém sondada.

A distribuição poderá ser feita através de piso elevado, desde que se respeite a norma específica.

A distribuição poderá ser feita pelo teto, desde que se respeite a norma específica.

Canaletas poderão ser usadas, desde que se utilize todos os seus acessórios e que se respeite as suas limitações e taxa de ocupação.

– Caminhos e espaços intra prédios.

Pode-se ter backbones para voz, dados, imagem etc.

Deverá ser utilizado, no mínimo, 01 (um) eletroduto flexível ou rígido, conforme especificação de projeto para uso atual e 01 (um) de reserva.

As caixas de passagem devem ser providas de sistema anti-alagamento ou drenagem, quando forem externas ou no piso.

As caixas deverão ter tampas que suportam o peso que possam estar submetidas.

Quando for necessário o lançamento de cabo óptico aéreo, o mesmo deverá ser espinado e nunca passado em baixo de árvores ou causando significativas interferências na arquitetura.

Em locais onde existam agentes agressivos como: roedores, agentes químicos, umidade etc., todo o cabeamento deverá ser resistente a tais agentes.

11.7.3. Condições específicas

a. Execução

O cabeamento deve suportar diversas aplicações como voz, dados, vídeo, etc. Deve-se consultar as seguintes normas, NBR 14565, NBR 5410, NBR 6689, NBR 15465, ANSI/TIA/EIA 568A. O sistema de cabeamento é composto por 07(sete) sub-sistemas, do item “a.1 ao “a.7”, a saber:

a.1. Sala de entrada

A terminação do cabo da operadora deverá ser feito em supressores de surto.

A localização da sala deve obedecer a legislação local e as normas técnicas do provedor ou operadora.

a.2. Sala de equipamentos

Em instalações grandes deverá existir 01 (uma) sala exclusiva para equipamentos e, em instalações menores, tal sala poderá ser compartilhada com outro ambiente e terá ao menos 01 (um) rack.

Os racks utilizados serão abertos ou fechados, padrão 19” de largura, profundidade mínima de 470mm e altura em U’s conforme a necessidade do projeto.

Os racks, quando forem fechados, deverão possuir ventilação forçada. Deverá ser evitado o uso de bloco IDC110, para a terminação dos cabos em par metálico, sendo recomendados os patch-panels.

Os racks poderão estar:

• baixos: apoiados no piso;

• médios: distanciados do eixo ao piso em 1,30m;

• altos: distanciados de 2,10m da base ao piso.

Quando suspensos, os racks deverão ser bem afixados.

Deverá ser mantida uma distância mínima de 1m na frente e 0,6m no mínimo em pelo menos 01 (uma) lateral do rack.

O rack deverá ser instalado no ponto mais central possível em relação às áreas de trabalho.

Para cada patch-panel instalado no rack, deverá ser instalado também 01 (um) organizador horizontal de cabos.

Os patch-panels deverão ser instalados de baixo para cima no rack.

A mesma área que for ocupada no rack pelos patch-panels deverá ser reservada para os equipamentos ativos.

Deverá ser instalada 01 (uma) régua de tomada com pelo menos 06 (seis) tomadas de uso geral, no ponto médio do rack, voltada para trás.

Todas as portas utilizadas no patch-panel deverão levar a marcação do ponto.

Todo rack deverá ter uma etiqueta de identificação afixada em local visível.

Quando for necessário instalar um rack ao lado do outro, os mesmos poderão ficar encostados entre si lateralmente.

Não é permitida a instalação de racks em locais sujeitos a vazamentos ou inundações.

Quando possível, instalar detectores de incêndio próximos aos racks.

Os cabos de fibra óptica que convergirem ao rack, serão terminados em DIO’S ou terminadores próprios.

Os racks não poderão ser instalados próximos às fontes de interferências eletromagnéticas, tais como subestações e motores de grande porte.

a.3. Cabeamento de backbone

O cabeamento de backbone tem como função proporcionar a interconexão entre as salas de telecomunicações, salas de equipamentos, entradas de facilidades e racks.

Não pode haver mais que 02 (dois) níveis hierárquicos nos backbones.

Os backbones poderão ser em cabo metálico (até 90m) ou em fibra óptica, conforme opção de projeto.

Não são aceitos extensões e divisores no cabeamento de backbone.

Recomenda-se cabo de par trançado de 100, conforme a ANSI/TIA/EIA 568-B-2.

Quando for usada a tecnologia “PoE” (power over), os cabos de backbone em par metálico serão, no mínimo, categoria 6 (CAT6).

Os cabos de fibra óptica multi-modo 62,5/125micrometros ou 50/125micrometros poderão ser usados, conforme recomenda a ANSI/TIA/EIA 568-B-3.

Cabo de fibra óptica monomodo também poderá ser usado, conforme recomenda a ANSI/TIA/EIA 568-B-3.

Os backbones exclusivos para voz poderão ser em categoria inferior a CAT5e.

Os backbones exclusivos para vídeo poderão ser em cabo coaxial.

a.4. Sala de telecomunicações

Seu projeto é especificado pela norma ANSI/TIA/EIA 569A.

a.5. Cabeamento horizontal

Cabeamento horizontal é o subsistema que interliga a sala de equipamentos, que no caso é o rack, às tomadas na área de trabalho.

Pode ser em fibra óptica ou cabo de par trançado , nunca ultrapassando o comprimento de 90m.

Deve ser terminado no rack em patch-panel e na área de trabalho, em conector M8V (tomada RJ45 fêmea).

Evitar a terminação deste cabo, no rack, em bloco IDC110.

Só poderá existir 01 (um) ponto de consolidação de cabos (P.C.C.) entre o patch-panel e a tomada na área de trabalho.

O P.C.C., quando existir, nunca poderá estar a menos de 15m do rack.

Todo cabo deverá ser identificado com o número do ponto em suas extremidades.

Não é permitido emendas no cabo em par trançado.

Deverá estar citado em nota em todos os projetos que todo o cabeamento será certificado seguindo recomendações das normas ANSI/TIA/EIA 568-B e C.

O cabeamento não poderá ser propagante de fogo, nem emitir fumaças tóxicas.

O cabeamento será distribuído em forma de estrela: cada ponto terá um cabo partindo do rack e indo ao ponto exclusivamente.

a.6. Área de trabalho

É onde o usuário interage com o sistema, através de fax, telefone, computador etc.

Cada área de trabalho corresponde a 10m².

Deve existir pelo menos 01 (uma) tomada com 02 (dois) cabos por área de trabalho.

Em projetos com usuários já definidos, coloca-se a quantidade de tomadas necessárias à demanda.

O cabo é terminado na área de trabalho em conector M8V (JACK) e conectorizado, segundo a norma de conectorização T568A ou T568B.

Toda tomada será marcada em seu espelho ou em seu corpo (quando for externa) com etiqueta, informando, no mínimo, a marcação dos pontos.

a.7. Administração

Este trabalho é orientado pela norma ANSI/TIA/EIA 606, e versa sobre a documentação exigida para melhor administrar um sistema de cabeamento estruturado.

b. Sistema de comunicação Wireless (sem-fio)

Para todas as novas instalações de cabeamento estruturado serão previstos pontos extras para integração à rede wireless.

O ponto extra compreende 1(um) ponto lógico e 1(um) ponto de tomada de uso geral, destinados a uma eventual instalação de um Access Point (AP). O ponto extra deve ser instalado a uma altura de 2,10m a 2,50m do piso, em local de maior visibilidade e o mais centralizado possível em relação à posição das estações de trabalho.

Será instalado, no mínimo, 1 um) ponto extr para cada 20 equipamentos (estações de trabalho) compreendidos em um espaço de raio não superior a 30m.

Para espaços fechados, será previsto ao menos um ponto extra exclusivo.

11.8. INSTALAÇÕES DO SISTEMA DE AR CONDICIONADO

11.8.1. Objetivo

Os sistemas de ar condicionado tem como finalidade manter as condições de conforto térmico ou condições especiais para processos técnicos, nas áreas beneficiadas.

11.8.2. Condições gerais

Para proporcionar as condições adequadas de conforto térmico do CENTRO ADMINISTRATIVO deverá ser considerado o fornecimento, instalação, startup, balanceamento e operação assistida de sistema de ar condicionado tipo VRF.

Todas as especificações e características construtivas dos componentes das instalações (unidades condicionadoras de ar, redes de distribuição de ar, tubulações de refrigerante ou água gelada, instalações elétricas e de controle, sensores, itens de automação e demais componentes), deverão seguir rigidamente as prescrições das Normas vigentes, ao Projeto Executivo Consolidado e as recomendações do FABRICANTE.

11.8.3. Obrigações da Contratada:

A Contratada deverá prever mão de obra especializada para fabricação, montagem, testes de todos os equipamentos, acessórios e materiais em geral e para execução de projetos e emissão de documentos técnicos.

Os serviços de fornecimento, instalação e testes deverão ser executados sob supervisão de engenheiro mecânico habilitado, com experiência comprovada no tipo e padrão da obra objeto deste Termo, devidamente registrado no CREA/MG.

Quando necessário, além do Projeto Executivo Consolidado, a Contratada deverá fornecer desenhos de detalhamento para aprovação da Fiscalização, contendo as características descritas nas especificações ajustadas.

Ao final da obra, no período entre o Recebimento Provisório e o Recebimento Definitivo, a Contratada deverá fornecer treinamento do pessoal designado pela Contratante, para operação e manutenção dos sistemas. O programa de treinamento deverá ser submetido à aprovação da Fiscalização.

Será de responsabilidade da Contratada a execução de todos os serviços complementares de alvenaria (furações), bases de concreto, furações de lajes, adaptações de carpintaria, pintura, serralheria e outros indispensáveis à implantação dos sistemas; a recomposição de itens danificados durante os serviços de instalações deverá considerar a aplicação de materiais de acabamento idênticos aos existentes. Em casos específicos, mediante negociação com a Fiscalização, alguns serviços poderão ser executados pela obra civil.

Todos os equipamentos e acessórios deverão ser instalados de acordo com as instruções específicas dos fabricantes; os equipamentos principais deverão ser vistoriados, partidos e testados por técnicos credenciados pelos fabricantes, inclusive para efeito de garantia.

Contratada deverá providenciar os alinhamentos, ajustes e regulagens em geral das partes móveis das instalações.

A Contratada será responsável pelos isolamentos térmicos e acústicos de itens componentes dos sistemas projetados, visando o atendimento das condições de conforto previstas no projeto.

A Contratada será responsável pela pintura de dutos e tubos não isolados, suportes e demais partes metálicas aparentes, inclusive pela aplicação de tratamento anticorrosivo onde necessário; para pinturas e acabamentos especiais deverá ser apresentado um roteiro técnico para aprovação da Fiscalização.

A Contratada será responsável pelo acabamento geral de todo o sistema fornecido.

11.9. SISTEMA REFRIGERADO DE PRECISÃO

11.9.1. OBJETIVO

Este documento tem por objetivo indicar as principais premissas a serem adotadas quando da execução do Sistema Refrigerado de Precisão na Sala de CPD.

11.9.2. CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA

Para implantação do sistema Refrigerado de Precisão na Sala de CPD, deverá ser fornecida e instalada uma unidade climatizadora de precisão completa com condensador e evaporadora de precisão, incluindo sistema de proteção, umidificação, tubulações e isolamento térmico conforme as recomendações dos FABRICANTES dos equipamentos e do projeto específico.

11.10. SISTEMA DE CFTV - Circuito Fechado de Imagem de Segurança

11.10.1. OBJETIVO

Este documento tem por objetivo indicar as principais premissas a serem adotadas quando da execução do Sistema Eletrônico de CFTV.

11.10.2. ORIENTAÇÕES SOBRE O SISTEMA

O sistema de CFTV deverá contemplar as recomendações dos FABRICANTES dos equipamentos e do projeto específico.

11.11. SISTEMA MULTIMÍDIA

11.11.1. OBJETIVO

Este documento tem por objetivo indicar as principais premissas a serem adotadas quando da execução do Sistema Multimídia para sonorização.

11.11.2. ORIENTAÇÕES SOBRE O SISTEMA:

O sistema Sistema Multimídia para sonorização deverá contemplar as recomendações dos FABRICANTES dos equipamentos e do projeto específico.

Para os serviços de execução das instalações constantes do projeto executivo e descritos nos respectivos memoriais, a Contratada se obriga a seguir as normas oficiais vigentes, bem como as práticas usuais consagradas para uma perfeita execução dos serviços.

Os serviços deverão ser executados em perfeito sincronismo com o andamento das obras de implantação da Edificação, devendo ser observadas as seguintes condições:

Todas as instalações deverão ser executadas com esmero e bom acabamento, com todos os dutos, tubos e equipamentos, sendo cuidadosamente instalados e firmemente ligados à estrutura, formando um conjunto de

instalações satisfatórias e de boa aparência.

Deverão ser empregadas ferramentas fornecidas pela Contratada, apropriadas a cada uso.

11.11.3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

Todos os materiais a empregar na obra serão novos, comprovadamente de primeira qualidade.

Cada lote ou partida de material deverá, além de outras averiguações, ser confrontado com a respectiva amostra, previamente aprovada.

As amostras de materiais aprovadas pela Fiscalização depois de convenientemente autenticadas por esta e pela Contratada serão cuidadosamente conservadas no canteiro da obra até o fim dos trabalhos, de forma a facilitar, a qualquer tempo, a verificação de sua perfeita correspondência aos materiais fornecidos ou já empregados.

Será de responsabilidade da Contratada, o transporte horizontal e vertical de material e equipamentos, seu manuseio e sua total integridade até a entrega e recebimento final da instalação pela Fiscalização.

11.11.4. MATERIAIS DE COMPLEMENTAÇÃO

Serão também de fornecimento da Contratada, quer constem ou não nos desenhos executivos, referentes a cada um dos serviços, os seguintes materiais:

• materiais para complementação de tubulações, tais como: suportes, perfilados, eletrocalhas, eletrodutos, conduletes, braçadeiras, chumbadores, parafusos, porcas e arruelas, etc.

• materiais para complementação de fiação, tais como: conectores, terminais, fitas isolantes, materiais para emendas e derivações, etc.

11.11.5. TREINAMENTO E OPERACIONALIZAÇÃO

Deverá ser considerado, pela CONTRATADA, fornecimento de treinamento de funcionários visando à operação, configuração e gerenciamento de todos os equipamentos instalados. O treinamento deverá permitir que os mesmos dominem totalmente a supervisão do sistema, o gerenciamento das matrizes e possam se responsabilizar pela correta utilização dos equipamentos. Este curso deverá ser ministrado de tal forma a operar os equipamentos de áudio e vídeo instalados.

Também deverá ser considerado treinamento onde se faça necessário a utilização dos recursos audiovisuais instalados.

11.11.6. TRANSPORTE E PROTEÇÃO

A guarda dos materiais, equipamentos e ferramental a serem utilizados na obra será de integral responsabilidade da Contratada.

A Contratada deverá proteger todos os equipamentos e materiais existentes nos locais das instalações, sendo de sua responsabilidade quaisquer danos a eles causados durante seus serviços. Em caso de necessidade de remanejamento de equipamentos e/ou materiais de terceiros ou da Contratante que venham a interferir no andamento dos serviços a Contratada deverá solicitar à Contratante,as devidas providências.

Todos os materiais e equipamentos fornecidos pela Contratada deverão ser devidamente embalados e protegidos contra danos causados por terceiros. Os materiais e equipamentos deverão ser armazenados em local a ser definido pela própria Contratada, em seu canteiro de obras, sendo retirados somente quando da efetiva necessidade de instalação.

A Contratada será responsável por todo o transporte horizontal e vertical dos equipamentos e materiais desde o fornecimento, dentro e fora dos locais de serviço, até os locais devidos, para sua utilização e

montagem.

11.11.7. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Salvo por motivos estritamente impeditivos, todos os materiais e equipamentos deverão ser instalados de acordo com as instruções dos fabricantes. Em casos de impossibilidade técnica a montagem proposta deverá ter aprovação devidamente documentada do fabricante.

11.11.8. BASES E SUPORTES.

A Contratada deverá fornecer todos os suportes, isoladores e ancoragens necessárias à montagem dos sistemas de áudio e vídeo.

11.11.9. INTERLIGAÇÕES ELÉTRICAS

É de responsabilidade da Contratada as instalações elétricas dos pontos de força necessários, onde indicado nos desenhos.

Todas as interligações desde estes pontos de força até os equipamentos serão por conta da Contratada para instalações dos multimeios.

Todos os encaminhamentos elétricos entre os pontos de força e equipamentos, bem como para controles, incluindo disjuntores de proteção, eletrodutos, cabos e demais materiais necessários deverão ser fornecidos pela Contratada e atendendo ao constante em projetos executivos.

11.11.10. TESTES, BALANCEAMENTO E EQUALIZAÇÃO DO SISTEMA

Todos os testes, regulagens, equalizações e balanceamentos deverão ser realizados com o devido acompanhamento da Contratante.

A Contratada deverá efetuar relatórios de testes, medições de pressão sonora, regulagens e balanceamentos para aprovação da Contratante.

Todos os equipamentos deverão ser entregues limpos, testados e balanceados, prontos para efetivo funcionamento.

Quaisquer materiais ou elementos defeituosos deverão ser imediatamente substituídos pela Contratada e antes da entrega oficial dos serviços.

11.11.11. GARANTIA, MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA

A Contratada deverá responder com empenho e presteza a quaisquer solicitações efetuadas, durante o período de garantia. Todas as providências necessárias para solucionar os problemas devem ser tomadas pela Contratada, neste período, sem ônus para a Contratante.

A manutenção consistirá em reparos e substituições de peças, equipamentos e componentes que apresentarem falhas ou defeitos tanto resultantes do transporte e/ou da instalação, quanto defeitos de fabricação.

Efetuar a inspeção, regulagem, ajustes e pequenos reparos no local, de acordo com a necessidade técnica, de todas as partes dos equipamentos, a fim de sempre proporcionar o funcionamento eficiente, seguro e econômico de todo o sistema .

Substituir ou reparar componentes eletro-eletrônicos necessários à recolocação do sistema em condições normais de segurança e funcionamento;

Para a manutenção corretiva dos equipamentos em garantia, caso configure mal uso, deverá ser emitido um laudo pela CONTRATADA contendo as causas e conseqüências e a planilha com os valores de materiais, peças e mão de obra (do fabricante do equipamento), laudo e a planilha estes que deverão ser submetidos à à aprovação da CONTRATANTE para autorização do conserto do equipamento e consequente pagamento;

Executar os Serviços Preventivos Mensais e eventuais Serviços Corretivos;

Executar todos os testes de funcionamento conforme normas específicas, após cada manutenção;

Prestar pronto atendimento aos chamados da CONTRATANTE, observado o acima disposto.

Realizar manutenção preventiva mensal, no horário estabelecido acima, procedendo à limpeza, à regulagem, ao teste do instrumental elétrico e eletrônico, para segurança do uso normal das peças vitais;

Durante o período da manutenção preventiva e corretiva, a CONTRATANTE compromete-se a:

• Permitir acesso dos técnicos da Assistência Técnica da CONTRATADA ao sistema, colaborando para a tomada de medidas necessárias à prestação dos serviços, devendo sempre ser apresentada

identificação do profissional, encaminhado pela Contratada;

• Não trocar ou alterar peças do sistema, sem autorização expressa da Assistência Técnica da CONTRATADA;

• Assinar a ficha de serviços, por ocasião das visitas dos técnicos da Assistência Técnica da CONTRATADA, para confirmação da prestação dos serviços contratados;

• Autorizar formalmente a colocação de peças ou acessórios exigidos por lei ou determinações de autoridades competentes;

• Autorizar formalmente a execução dos serviços ou substituição de peças que a Assistência Técnica da CONTRATADA entender necessárias ao eficiente funcionamento do sistema;

• Somente permitir a retirada de qualquer componente do sistema, com necessidade de manutenção externa, mediante recibo, em impresso próprio da Assistência Técnica da CONTRATADA, salvo em caso de substituição no ato do serviço;

• Cumprir rigorosamente as orientações técnicas da Assistência Técnica da CONTRATADA;

• Executar os serviços necessários à segurança e eficiente funcionamento do sistema, alheios à especialidade da CONTRATADA;

11.12. SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

11.12.1. OBJETIVO

Este documento tem por objetivo indicar as principais premissas a serem adotadas quando da execução do Sistema de Irrigação.

11.12.2. ORIENTAÇÕES SOBRE O SISTEMA

Todas as especificações e características construtivas dos componentes do Sistema de Irrigação deverão seguir rigidamente as prescrições das Normas vigentes, o projeto específico e as recomendações do FABRICANTE.

11.13. SISTEMA DE CONTROLE DE ACESSO (SICA)

11.13.1. OBJETIVO

Este documento tem por objetivo indicar as principais premissas a serem adotadas quando da execução do Sistema de controle de acesso (SICA).

11.13.2. CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA

O sistema de controle de acesso do prédio administrativo deverá ser baseado em uma solução totalmente compatível e integrada aos demais subsistemas eletrônicos.

O SIGA será composto pelos seguintes equipamentos:

• Servidor dedicado com banco de dados do controle de acesso;

• Estação de trabalho;

• Unidade Controladora de acesso;

• Leitoras de cartão com e sem teclado;

• Botões de abertura;

• Sensores de abertura;

• Cartões de acesso;

• Fechaduras eletromagnéticas.

Todos estes dispositivos deverão funcionar integrados entre si, de forma a proporcionar ao sistema maior efetividade ao controle de acesso desejado.

O servidor será instalado na Sala Técnica Principal (CPD) e terá o software principal do sistema com o respectivo Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD).

As estações de trabalho serão responsáveis pelo cadastro de funcionários e visitantes, bem como o gerenciamento de todo o sistema, através de telas sinóticas interativas.

11.13.3. UNIDADE DE CONTROLE DE ACESSO (UCA)

Deverão ser dotadas de memória para armazenar no mínimo as seguintes operações:

• Controle das Leitoras de Cartão, permitindo ou não o acesso;

• Conferência das senhas de acesso, no caso das áreas onde se faça necessário;

• Comando de abertura das portas controladas;

• Bloqueio de abertura das portas controladas de acordo com a tabela de horários pré-definidas e armazenadas na memória;

• Verificação do fechamento das portas controladas, e alarme sonoro local caso o tempo de abertura mínimo tenha sido ultrapassado.

Capacidade de gerenciamento de no mínimo 8 portas, considerando conjunto completo composto por leitora de entrada (com ou sem teclado de acesso), leitora de saída, fechadura eletromagnética, contato de porta e botões de destrave, de forma que qualquer pane na comunicação com as Estações de Trabalho não interrompa a supervisão/controle das portas controladas;

Capacidade de armazenamento de base de dados de no mínimo 1O mil usuários;

Capacidade de supervisionar e comandar dispositivos de intrusão (sensores e atuadores) para, no mínimo, oito entradas e oito saídas, e capacidade de expansão de, no mínimo, sessenta e quatro entradas e sessenta e quatro saídas;

Pelo menos três modos de operação:

• Local: as decisões são necessariamente tomadas no âmbito das UCAs, sem consulta ao Servidor do SIGA;

• Central: todas as decisões são tomadas pelo Servidor do SIGA, fazendo com que todos os cartões sejam necessariamente validados pelo mesmo;

• Compartilhado: as decisões são tomadas no âmbito das UCAs e, em caso de divergência de dados ou não localização do registro na Base de Dados local, o Servidor do SIGA é questionado quanto à existência do cartão de acesso na Base de Dados e sua configuração de acesso.

Fonte de alimentação inclusa, com tensão de entrada de 220 Vac;

Comunicação através da Rede Ethernet (TCP/IP);

Interface padrão Wiegand;

Instalação em quadro metálico próprio;

Fornecimento completo, com todos os acessórios para instalação e funcionamento.

11.13.4. LEITOR DE CARTÃO COM TECLADO DE CONTROLE DE ACESSO INCORPORADO

Unidade leitora e todos os componentes eletrônicos deverão ser encapsulados em um único invólucro;

Comunicação direta com a UCA a qual estará conectada;

Deverá ler cartões do tipo Smart Card, conforme ISO 14443A sem contato;

Interface de saída: Wiegand;

Instalação a uma distância máxima de 150 metros da respectiva UCA;

Com teclado de acesso incorporado;

A comunicação com a UCA deverá ser no modo supervisionada, de tal forma a responder quando for interrogado ou quando tiver algo para comunicar;

A UCA deverá ser capaz de detectar mau funcionamento e/ou defeito quando ocorrerem;

Resistente a intempéries e adequado para uso tanto interno quanto externo (ao tempo);

Deverá dispor de indicadores audiovisuais para indicação de leitura do cartão de acesso, e indicação visual, do tipo LED, para indicar leitor energizado, bem como acesso permitido ou acesso negado;

Alto grau de proteção a atos de vandalismo;

Com dimensões próprias para instalação em paredes de alvenaria, de vidro, de madeira, etc, ou em estrutura metálica;

Distância de leitura: até 10 centímetros.

11.13.5. LEITOR DE CARTÃO

Unidade leitora e todos os componentes eletrônicos deverão ser encapsulados em um único invólucro;

Comunicação direta com a UCA a qual estará conectada;

Deverá ler cartões do tipo Smart Card, conforme ISO 14443A sem contato;

Interface de saída: Wiegand;

Instalação a uma distância máxima de 150 metros da respectiva UCA;

A comunicação com a UCA deverá ser no modo supervisionada, de tal forma a responder quando for interrogado ou quando tiver algo para comunicar;

A UCA deverá ser capaz de detectar mau funcionamento e/ou defeito quando ocorrerem;

Rsistente a intempéries e adequado para uso tanto interno quanto externo (ao tempo); •

Deverá dispor de indicadores audiovisuais para indicação de leitura do cartão de acesso, e indicação visual, do tipo LED, para indicar leitor energizado, bem como acesso permitido ou acesso negado;

Alto grau de proteção a atos de vandalismo;

Com dimensões próprias para instalação em paredes de alvenaria, de vidro, de madeira, etc, ou em estrutura metálica;

Distância de leitura: até 10 centímetros.

11.13.6. FECHADURAS ELETROMAGNÉTICAS

As fechaduras eletromagnéticas deverão apresentar as seguintes características técnicas mínimas:

• Comandadas e supervisionadas pelas UCAs: após a leitura do cartão de acesso diante de uma porta controlada, a UCA liberará ou não o acesso àquela porta por meio da desmagnetização ou não da fechadura ;

• Força de atraque mínima: 200 kgf;

• Tensão de operação: 12 Vdc ;

• Magnetismo residual zero;

• Alimentação: por fonte própria;

• Fornecida com todos os suportes e acessórios necessários para a fixação .

• As fechaduras eletromagnéticas deverão ser acompanhadas de suporte do tipo cantoneira ou outro perfil, executada em aço galvanizado , devidamente adequada a fixação da fechadura à porta controlada de modo a garantir total rigidez compatível com a força de atraque.

• Referência: DRIGON - F200, ou equivalente técnico

11.13.7. FONTE DE ALIMENTACÃO PARA FECHADURA ELETROMAGNÉTICA

As fontes de alimentação para as fechaduras deverão apresentar as seguintes características técnicas mínimas:

• Tensão de entrada: 220 Vac ; '

• Tensão de saída: 12 Vdc ;

• Çorrente para alimentar no mínimo 8 fechaduras ;

• Regulação de carga: menor ou igual a 0,5%;

• Regulação de linha: menor ou igual a 0,2%;

• Temperatura de operação: de 0ºC a 50ºC, no mínimo;

• Umidade de operação: 0 a 90%, no mínimo;

• Proteção contra curto-circuito ;

• Classe de proteção: IP-20.

As fontes deverão ser fornecidas com quadros metálicos com as seguintes características técnicas mínimas:

• Interfaces físicas dos sinais de entrada e saída dos quadros deverão ser realizadas através de conectores apropriados ;

• A estrutura metálica deverá ser aterrada e dotada de portas frontais , que tenham maçanetas com trava e chave;

• A ocupação dos quadros deverá ser otimizada de modo a utilizar a quantidade de quadros estritamente necessária ao acondicionamento de cada fonte;

• Devem ser previstas medidas protetoras e indicativas junto aos locais que possam causar choque elétrico, não devem possuir arestas agudas e rebarbas;

• Índice de proteção IP-43.

11.13.8. BOTOEIRA DE ABERTURA DE PORTA

Fornecimento e instalação de botoeira para acionamento de fechadura eletromagnética , tecla faceada , mecanismo pulsado 1NA + 1NF, 24Vcc, ref. 3SB6230-0AB10-1FAO em caixa plástica para um botão ref. 3SB6811-0AA20-0BAO, fabr. Siemens ou equivalente.

11.13.9. . ELETRODUTO RÍGIDO DE ACO CARBONO GALVANIZADO

Fornecimento e instalação de eletroduto de aço galvanizado a quente, tipo pesado, com costuras e rebarbas removidas, conforme norma NBR 5597/5598. Deve atender também a BR IEC 60079-14. Referência: Apolo , Elecon ou equivalente técnico.

Os acessórios, fixações e conexões deverão seguir o mesmo padrão de especificação, fazendo parte do fornecimento curvas, luvas, buchas de acabamento , tirantes, abraçadeiras, parafusos, arruelas, chumbador , etc.

11.13.10. SENSOR DO TIPO CONTATO DE PORTA

Fornecimento e instalação de contatos de porta, que deverão apresentar as seguintes características técnicas mínimas:

• Tempo de atuação de no máximo de 1 ms;

• Tipo: closed loop;

• Acionamento via UCA;

• Tensão de operação compatível com a UCA a qual estará ligado;

• Deverão informar a respectiva UCA o status da porta controlada (aberta ou fechada).

• Referência: Sentrol - 1047T, ou equivalente técnico.

11.13.11. SOFTWARE DE GERENCIAMENTO DO SICA

Fornecimento, instalação e configuração de software de gerenciamento do Sistema de Controle de Acesso , compatível com as unidades controladoras fornecidas. Faz parte .do escopo da CONTRATADA a instalação e configuração do software no servidor de controle de acesso e nas estações de trabalho determinadas pela FISCALIZAÇÃO.

Principais características:

• Possibilidade de integração com outros sistemas de segurança (STVV e SOAI);

• Gerenciamento de usuários de múltiplas localidades;

• Monitoramento de alarmes e eventos em tempo real;

no mínimo 90 níveis de prioridade;

abertura e fechamento de portas via software;

geração de relatórios predefinidos ou customizados usando modelos amigáveis;

programação de envio de e-mails e geração de relatórios;

habilitação e desabilitação de zonas;

bloqueio e liberação de crachás on-line;

monitoramento de eventos de intrusão com possibilidade de integração com o sistema de televisão de vigilância para confirmação.

• Telas sinóticas dinâmicas:

controle de dispositivos distribuídos pela planta;

possibilidade de inclusão de links com outras plantas;

a Tela Sinótica pode conter links com alarmes e eventos, como também com campos especiais para informação de texto.

sinalização de eventos através de mudança de cor.

• Criação e gerenciamento de crachás com foto;

• Mudança e desativação de cartões/crachás, caso os mesmos não sejam utilizados;

• Registro e armazenamento em tempo real de todas as tentativas de acesso válidas·e inválidas;

• Controle total do acesso e rastreamento de colaboradores, terceiros, parceiros e visitantes;

• Definições e criação de políticas de seguranças, como dias úteis e feriados, faixas horárias independentes para o controle de acesso;

• Extensão de faixas horárias para efetuar liberação em horas extras, autorizações de saídas de pessoas e visitantes.

• Possibilidade de instalação do sistema de gerenciamento de banco de dados e software de comunicação em servidor dedicado;

• Possibilidade de instalação do software cliente em estações de trabalho dos usuários e administradores do sistema;

• Compatível com sistema operacional Windows de 32 e 64 bits:

• Windows 7 Professional ou superior (software cliente); o Windows Server 2008 ou superior (software servidor).

• Fornecido com no mínimo 5 licenças de usuário.

11.13.12. ESTAÇÃO DE TRABALHO REMOTA

As estações do SICA deverão suportar todas as funcionalidades de operação disponíveis em software, devendo garantir o perfeito funcionamento do sistema. Devendo possuir, portanto as seguintes características mínimas:

• Processador Intel Core i5 de dois núcleos ou equivalente;

• Memória de 4GB DDR3;

• Placa de vídeo dedicada com memória RAM de 512MB - PCle x16

• Teclado padrão ABNT2;

• Um disco Rígido de 02 TB 3.0GB/S;

• Sistema Operacional Windows 7 Professional ou superior;

• Mouse Óptico;

• Gabinete mini torre com Placa Controladora 1394;

• Monitor LCD de 22 polegadas.

11.13.13. SERVIDOR DO SICA

Fornecimento, instalação e configuração de servidor com as seguintes características mínimas:

• Gabinete para montagem em bastidor padrão de 19" (dezenove polegadas) com no máximo 2 Us, e com no mínimo 08 baias para discos SAS ou SATA, 2,5" ou 3,5" com recurso Hot Swap (Troca a quente);

• Acompanhar 04 (quatro) discos de 2 Terabytes (TB) cada, SAS ou SATA, 2,5" ou 3,5" 7.200 RPM ou superior de 6 Gbps conectados a controladora RAIO com capacidade para operação nos modos 5 e 10 e com suporte a Hot Swap (Troca a quente);

• A controladora de discos rígidos deverá possuir no mínimo 512 MB de cache e suportar a configuração dos níveis de RAIO 0, 1, 5, 6 e 10, por hardware;

• Não serão aceitas soluções de RAIO baseadas em software;

• Estar configurado RAIO 5 via hardware;

• Deve possuir fonte de alimentação interna para operação de 100 a 240VAC - 50/60Hz com PFC ativo, sem chaveamento manual de tensão ou frequência com suporte a Hot Swap (Troca a quente);

• Deve possuir um processador com quatro núcleos com desempenho igual ou superior ao Intel Xeon 2.6 GHz com no mínimo 8MB de cache;

• Deve ser fornecido com pelo menos 8 GB (oito gigabytes) de memória RAM DDR3 1333MHz ECC ou superior e permitir a expansão para pelo menos 64GB (sessenta e quatro) Gigabytes. Cada módulo de memória deve possuir no mínimo 4GB;

• Controladora de vídeo integrada de no mínimo 8MB de memória não compartilhada.

• Deve ser fornecido com pelo menos duas interfaces de rede padrão 10/100/1000 BaseT com conector RJ-45 com suporte a IPV4 E IPV6;

• Deve ser compatível com a plataforma de gerenciamento IPMI 2.0;

• Deve possuir certificação FCC e CE;

• Acompanhar unidade de DVD-RW SATA com acesso frontal;

• Deve possuir pelo menos 04 interfaces USB 2.0 ou superior, preferencialmente duas na parte frontal do gabinete;

• Acompanhar pelo menos 01 (um) slot PCI Express x8 ou superior;

• Acompanhar pelo menos 01 (um) slot PCI xpress x16 ou superior;

• companhar pelo menos 01 (uma) porta VGA na parte traseira ou frontal;

• Acompanhar pelo menos 01 (uma) porta serial padrão DB-9 (9 pinos);

• Acompanhar trilhos deslizantes de fixação do mesmo fabricante do servidor e adequados para instalação em rack de 19" padrão EIA-31O;

• Acompanhar fonte de energia redundante (Power supply) de 400W com suporte a Hot Swap (Troca a quente);

• Acompanhar slot disponível para inserção de placa HBA Fiber Channel;

• Ser compatível com os seguintes sistemas operacionais:

• Microsoft Windows 2008

• Novell NetWare

• Red Hat Enterprise Linux

• SUSE Linux Enterprise Server

• Acompanhar licença do Microsoft Windows Server OEM Standard 2008 R2 - SP1 64 bits instalada;

• Referência: Servidor DELL, HP ou equivalente técnico que atenda a todas as especificações técnicas exigidas.

11.13.14. TREINAMENTO COMPLETO DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

Para a realização do treinamento deverá ser utilizado todo o material didático necessário (manuais, apostilas, certificados, procedimentos de avaliação e demais recursos audiovisuais) para o perfeito entendimento dos cursos ministrados.

O treinamento deverá ser ministrado nas dependências do edifício da Regional do Sudeste ou do Aeroporto da Pampulha.

O Treinamento de Manutenção deverá ser composto de dois módulos:

• Manutenção Preditiva: serão abordados os procedimentos e período para manutenção do sistema com o objetivo de minimizar a necessidade de manutenção corretiva.

• Manutenção Corretiva: serão abordados os procedimentos de reparos dos equipamentos, os procedimentos para instalação, montagens/desmontagens, testes e substituição dos módulos/componentes do SICA, ampliação e redução do sistema, e procedimento de backup.

O treinamente de Manutenção deverá ser administrado para 05 técnicos da INFRAERO e ·ter duração estimada de 32 horas.

O treinamente de Operação deverá garantir que os treinados estejam aptos a utilizar todas as facilidades do software de gerenciamento de Controle de Acesso .

O treinamento deverá ser administrado para 05 técnicos da INFRAERO e ter duração aproximada de 16 horas.

11.13.15. COMISSIONAMENTO COMPLETO DO SISTEMA

A CONTRATADA deverá realizar o comissionamento completo do sistema efetuando todos os procedimentos necessários para verificação das condições de funcionamento de todos os equipamentos e softwares fornecidos.

Todos os ensaios devem ser acompnahados pela equipe de FISCALIZAÇÃO e os seus resultados devem ser registrados em relatório técnico assinado pelo instalador.

11.14. GRUPO-GERADOR

11.14.1. OBJETIVO

Este documento tem por objetivo indicar as principais premissas a serem adotadas quando da execução do Grupo Gerador.

11.14.2. CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA

A CONTRATADA deverá fornecer todos os equipamentos, componentes e materiais os para o perfeito funcionamento do grupo-gerador e perfeita operação.

Os equipamentos devem ser fornecidos, instalados e testados para entrada imediata em serviço.

Oc componentes e materiais necessários ao perfeito funcionamento do grupo gerador devem fazer parte do escopo.

O grupo-gerador deverá possuir motor e gerador diretamente acoplados por discos flexíveis e montados sobre base única, de estrutura robusta e integralmente soldada. A base deverá ser fabricada a partir de longarinas e travessas de aço carbono, dotada de reforços nos locais de apoio dos equipamentos e dos amortecedores de vibração intermediários, o que garante o alinhamento adequado e a estabilidade estrutural do conjunto.

• Quadro de comando automático (QCA), tipo microprocessado, modelo GEMINI, integrado ao conjunto, fixado sobre a base, na lateral esquerda do Grupo-Gerador (vista gerador/motor), com módulo de sincronismo e interligações elétricas executadas em fábrica;

• Conexão de grupos à barra de sincronismo;

• Porta de comunicação protocolo ModBus TCP/IP, Ethernet, para conexão à distância de até 100m. Permite supervisão local ou remota dos dados do QCA.

• Recipiente diário de consumo para combustível (em concordância com o item 20.2.13 da Norma Regulamentadora NR-20), em polietileno de 250 litros montado na base do Grupo Gerador;

• Sistema de arrefecimento;

• Banco de baterias para partida do grupo, composto por duas baterias de 12 Vcc, tensão de saída 24Vcc e retificador automático, microprocessado, 24Vcc, corrente máxima de saída de 5A, tensão de alimentação 220Vca, com módulo de comando do grupo gerador em nível de flutuação adequado ao funcionamento do grupo.

• Silencioso e segmento elástico;

• Amortecedores de vibração para impedir a transmissão de vibrações ao piso de apoio do grupo.

• Conjunto de manuais técnicos em português.

• Ponto para aterramento na base.

O Grupo-Gerador deverá possuir quadro de comando automático (QCA) para executar a supervisão do sistema de corrente alternada (CA), formado por uma fonte principal (Rede) e uma fonte de emergência (Grupo Gerador), para alimentar cargas consideradas essenciais e que não devem sofrer interrupções prolongadas e comandar partida quando faltar tensão da rede e parada do gerador quando normalizar a tensão da rede. A tensão de comando deverá ser em corrente contínua (CC) de 12 ou 24 Vcc.

O QCA deverá ser integrado ao conjunto, fixado sobre a base, na lateral esquerda do Grupo Gerador (vista gerador/motor), com interligações elétricas executadas em fábrica e botoeira de acionamento manual para parada de emergência, como proteção redundante do Grupo Gerador. Deverá ser dotado de controlador microprocessado, aplicado em sistemas paralelos para comandar o sincronismo do Grupo Gerador com a barra de paralelismo e possui indicações através de display de cristal líquido, com acesso via teclado, permitindo navegação rápida e fácil entre as medições.

Condições de Operação:

Em condições normais de serviço, todas as cargas alimentadas em 380/220 Vca serão supridas pelo transformador, permanecendo o grupo-gerador fora de serviço.

Na ocorrência de falta de tensão prolongada (1 a 2 segundos) nas três fases de todas as barras alimentadas pela rede comercial (cargas normais e essenciais), o grupo gerador devérá partir automaticamente, com sincronismo e alimentar as barras de cargas essenciais. A duração máxima permitida para o desligamento das cargas essenciais é de 15 segundos.

O intervalo de tempo entre o desligamento da alimentação normal das barras e a entrada automática do grupo-gerador na alimentação das barras de cargas essenciais, não deverá ultrapassar este valor de 15 segundos .

Tendo restabelecido a alimentação normal das barras (rede) e permanecendo nesta situação durante um período de dois minutos, será enviado um sinal para parada automática do grupo motor-gerador.

Materiais e serviços necessários à instalação e assentamento I alinhamento do(s) equipamento(s):

Elétrica:

Materiais e serviços para interligação elétrica de força (em baixa tensão) entre o Grupo Gerador e o Quadro de Transferência Automático (QTA) em cabos de energia tipo UNIPOLAR classe 0,6/1kV, modelo de referência Afumex fabricação Prysmian ou equivalente técnico. A Instalação será em uma distância máxima de 15 metros por condutor, com os respectivos terminais e conectores, devidamente acondicionados em eletroduto enterrado ou canaleta não ventilada.

Materiais e serviços para interligação elétrica de força (em baixa tensão) entre o Quadro de Transferência Automática e o Quadro Geral de Baixa Tensão (QGBT-E) em cabos de energia tipo UNIPOLAR classe 0,6/1kV modelo de referência Afumex fabricação Prysmian ou equivalente técnico. A Instalação será em uma distância máxima de 15 metros por condutor, com os respectivos terminais e conectores, devidamente acondicionados em eletroduto enterrado ou canaleta não ventilada.

Escape:

Execução da tubulação de escapamento de gases em tubo industrial, com respectivas curvas, flanges e suportes de sustentação, sendo num percurso máximo de 08 metros com 01 curva de 90 º.

Proteção Acústica:

A proteção acústica será composta por 02 (dois) atenuadores de ruído e complementada com painel metálico acústico e porta acústica.

Os atenuadores acústicos, serão um para entrada de ar frio (aspiração) e outro para saída e ar quente (exaustão) da sala dos geradores. Deverão ser construídos em estrutura de aço galvanizado e lâminas de lã de rocha revestidas com véu de fibras de vidro. Deverão ser para um nível de ruído máximo de 85DB @ 1,5 m, com dimensões compatíveis ao anho do gerador e montados conforme desenhos. Os atenuadores deverão possuir ponto para aterramento.

Os níveis de ruído informados referem-se à pressão sonora, em condições de campo livre e propagação semi-esférica, com tolerância de +3dB(A), conforme norma ISO 6798 - Reciprocating Internal Combustion Engines - Measurement of Emitted Airborne Noise.

O painel acústico deverá ser removível para possibilitar a entrada e saída dos equipamentos de grande porte (geradores e atenuadores de ruídos) e a porta acústica será o acesso de pessoas à sala dos geradores.

As dimensões do painel acústico deverão ser de 2000 x 2200 mm, com porta acústica de 000 x 2100 mm (L x A). O painel e a porta deverão ser fabricados em aço carbono, com caixilho em cantoneira, receber tratamento anticorrosivo por galvanização, com deposição de camada de zinco com no mínimo 170g/m2 e pintura eletrostática com tinta resistente a altas temperaturas (anti-fogo) na cor cinza, possuir dobradiças tipo gonzo e trinco de pressão com fecho para cadeado.

O painel e a porta deverão ser instalados e testados em fábrica, para garantir o perfeito funcionamento e não poderão apresentar cantos vivos cortantes que possuem provocar ferimentos ao usuário, quando em sua utilização normal.

11.15. TRANSFORMADOR A SECO

11.15.1. OBJETIVO

Este documento tem por objetivo indicar as principais premissas a serem adotadas quando da execução do transformador a seco.

11.15.2. CONSIDERAÇÕES GERAIS

A CONTRATADA deverá considerar instalação abrigada, com sistema monitor de temperatura microprocessado com porta de comunicação serial (protocolo Modbus), alimentação auxiliar 220Vca, montado em chassis com rodas bidirecionais, grau de proteção IP00, fabricado conforme Normas NBR 5356 Transformador de potência - Especificação; NBR 5380 Transformador de potência - Método de ensaio; NBR 10295 Transformadores de potência secos; NBR 5458 Transformadores - Terminologia; NBR 7034 Materiais isolantes elétricos - Classificação térmica - Classificação; NBR 5416 Aplicação de Cargas em Transformadores de Potência; NBR 13297 Recebimento, Instalação e Manutenção de Transformadores de Potência Secos e NBR 14039 Instalações Elétricas de Alta Tensão (de 0,6 kV a 15 kV).

As condições normais de funcionamento do transformador são as seguintes:

• a temperatura do ar de resfriamento (temperatura ambiente) não superior a 40º C e temperatura média, em qualquer período de 24 horas, não superior a 30 º C;

• altitude não superior a 1000 m;

• tensão de alimentação aproximadamente senoidal e tensões de fase aproximadamente iguais em módulo e defasagem;

• corrente de carga aproximadamente senoidal e fator harmônico medido conforme IEC- 60076, não superior a 0,05 pu;

• funcionamento como abaixador de tensão;

• possibilidade de operação em paralelo (impedância Z=5,93%).

O transformador deve ser adequado para uso interno, dentro de postos de transformação de edifícios, ou outros locais que disponham de espaços adequados e secos, com ventilação e isentos de qualquer risco de inundação.

O transformador deve ser construído de modo a permitir seu levantamento e deslocamento a através de cabos de aço.

Os transformadores devem ser projetados e construídos para resistirem aos efeitos mecânicos e térmicos causados por curtos-circuitos externos, sob as condições especificadas na norma NBR 10295.

Os limites de elevação de temperatura, quando a elevação for medida pelo método de resistência, de acordo com a norma NBR 10295 devem ser de: 105º C para isolamento classe F e 130º C para isolamento classe H.

Os materiais isolantes empregados nos transformadores devem ser das classes de temperatura F (155 °C) ou H (180 °C), conforme a norma NBR 7034, podendo ser utilizados separadamente ou em combinação, quando as temperaturas forem compatíveis com a classe de isolação.

O transformador deve atender os requisitos estabelecidos para as classes F1 de combustão, E2 ambiental e C2 climática.

Os parafusos, prisioneiros, porcas, arruelas, etc, devem ser galvanizados a fogo com pintura de acabamento ou de aço inox

O núcleo deve ser construído de laminados planos de aço silício de grão orientado para fins elétricos, com envelhecimento máximo admissível de 5%, laminados a frio, tratados e isolados entre si com material inorgânico, com corte a 452 . Não se aceita o isolamento com papel entre lâminas ou entre pacotes de lâminas. O produto laminado deve satisfazer aos ensaios prescritos na norma NBA 9119.

Os laminados, depois de empilhados, devem ser rigidamente amarrados a fim de evitar vibrações.

O núcleo e as ferragens devem ser aterrados.

Os tirantes usados na fixação dos laminados devem ser isolados e aterrados em um ponto.

Os enrolamentos de média tensão devem ser constituídos de fios, fitas ou folhas de alumínio ou cobre. Após a sua conformação deverão ser encapsulados a vácuo, em resina epóxi ou similar.

Os enrolamentos de baixa tensão devem ser constituídos de fios ou fitas ou chapa de cobre ou alumínio, tendo preferência o uso de folhas ou chapas com largura igual à altura da própria bobina, isoladas e coladas umas às outras.

As bobinas devem ser constituídas de forma a obter alto grau de resistência à umidade, tornando desnecessária a instalação de resistências de aquecimento.

Os materiais de encapsulamento empregados devem ser de difícil combustão e em caso de incêndio, ser auto-extinguíveis e não liberar gases tóxicos.

Os enrolamentos e isolamentos devem ser projetados e construídos de forma a resistirem sem danos, em quaisquer condições de carga e de tensão, a todos os esforços mecânicos, efeitos térmicos e solicitações dielétricas, aos quais poderão estar sujeitos durante a operação do transformador.

Todos os enrolamentos do transformador devem ser de isolamento total para a terra, axialmente prensados, tanto os de tensão primária como os de tensão secundária, sem apresentar folgas ou esmagamentos.

Os materiais isolantes e compostos de impregnação devem ser compatíveis entre si e não devem sofrer deterioração indevida, quando submetidos à temperatura resultante da operação do equipamento em regime contínuo de carga, que ocasione uma elevação de temperatura que atinja os limites especificados.

Os condutores e partes vivas devem ser providos de reforços adequados. Todas as ligações entre os condutores terminais e os terminais de enrolamentos devem ser feitos com solda compatível ou compressão controlada, sendo que qualquer outro sistema de ligação deve ser submetido à aprovação da FISCALIZAÇÃO.

O fabricante deve especificar o torque de aperto de todos os parafusos usados nas fixações e travamentos das chapas de religação do transformador no manual de instruções que deverá seguir com o transformador.

A freqüência nominal é de 60 Hz.

Os transformadores devem ter os enrolamentos primários ligados em triângulo e secundários em estrela (ligação Dyn 1), sendo o deslocamento angular entre eles de 30º, com as fases da tensão secundária atrasadas em relação às correspondentes de tensão primária.

Os transformadores devem ser projetados e construídos para resistirem aos efeitos mecânicos e térmicos causados por curtos circuitos externos, sob as condições especificadas na norma NBR 10295.

Os transformadores secos deverão ser projetados para operar normalmente, nas seguintes condições:

• Temperatura do ar de resfriamento (temperatura ambiente) não superior a 40°C e com temperatura média em qualquer período de 24 h não superior a 30°C;

• Altitude não superior a 1000 m;

• Tensão de alimentação aproximadamente senoidal e tensões de fase aproximadamente iguais em módulo e defasagem;

• Corrente de carga aproximadamente senoidal e fator harmônico não superior a 0,05 pu, medido conforme IEC-60076;

• Funcionamento como abaixador de tensão;

• Possibilidade de operação em paralelo.

O transformador deve ser adequado para uso interno, dentro de postos de transformação de edifícios, ou outros locais que disponham de espaços adequados e secos, com ventilação e isentos de qualquer risco de inundação.

Os transformadores, por possuírem derivações nos enrolamentos pnmanos (13,8/ 13,2/12,0/11,4/10 ,8 kV), devem possuir dispositivos para mudança destas derivações, sem carga e sem tensão.

O fabricante deve especificar o valor de torque para aperto das derivações

O nível máximo de descargas parciais permitido é de 1O pC na tensão de medição especificada.

O nível de ruído não deve exceder de 64dB.

Quando não especificado nesta, serão adotadas as tolerâncias especificadas na tabela 14 da BR 10295.

Os terminais primários e secundários do transformador devem ser constituídos de barramentos de cobre estanhado com furação padrão NEMA compatível com a corrente nominal do equipamento. Tanto os terminais primários quanto os secundários devem possibilitar a chegada (primário) e saída (secundário) de cabos pela parte inferior do transformador.

O posicionamento dos terminais secundários deve permitir a conexão direta dos cabos, entrando em linha vertical paralela ao transformador.

O terminal de neutro do enrolamento de tensão secundária deve ser idêntico aos terminais das fases do secundário. Os terminais de neutro devem ser isolados.

O transformador deve ser fornecido com 2 terminais de aterramento os quais devem ser localizados diagonalmente opostos e localizados nas extremidades da base.

As ferragens utilizadas na construção do transformador devem ter travamento mecânico adequado e pintadas com tinta de fundo e de acabamento.

Independentemente da placa de identificação, os transformadores devem estar devidamente identificados com seus respectivos números de série, gravados de forma legível e indelével em suas ferragens.

Todas as fases da média tensão (H1, H2 e H3) e baixa tensão (X0, X1, X2 e X3) deverão ter marcação dos terminais indelével e visível.

O trânsformador deve ser fornecido com sistema de monitoramento de temperatura com três sensores de temperatura PT100, colocados nos pontos mais quentes dos três enrolamentos da tensão inferior e relé microprocessado com as seguintes funções:

• Alarme e desligamento dos dispositivos de proteção;

• Indicação digital de temperatura e da temperatura máxima por fase;

• Comunicação serial Modbus, com conversor para fibra ótica.

Os sensores de atuação de alarme e dos dispositivos de proteção devem ser ajustados para temperaturas de 130ºC, 150ºC e 170ºC, respectivamente.

O transformador deve ser provido de quatro rodas bidirecionais, para possibilitar a locomoção o mesmo, que permitam:

• alterar sua posição de maneira a considerar o deslocamento do transformador em qualquer direção;

• travamento das mesmas, quando o transformador estiver na sua posição definitiva de maneira a impossibilitar o seu deslocamento

O transformador deve possuir 4 (quatro) ganchos para suspensão que permitam o evantamento da unidade completa.

Cada transformador deve ser provido de uma placa de identificação de aço inoxidável com espessura mínima de 0,8 mm, fixada ao respectivo suporte através de rebites de alumínio a uma distância mínima de 20 mm da superfície plana de montagem. A placa deve ser colocada em posição visível e indelevelmente marcada, conforme NBR10295.

O transformador deve ser fornecido conectado na derivação de: 13,8kV;

12. ESQUADRIAS DE MADEIRA

12.1. OBJETIVO

O Caderno de Encargos da CONTRATANTE tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para os serviços relacionados às esquadrias de madeira.

12.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA

Para melhor orientação dever-se-á consultar as seguintes normas:

– NBR 7178 - Dobradiças de abas – Especificação e desempenho;

– NBR 8037 - Porta de madeira de edificação;

– NBR 8051 - Porta de madeira de edificação - Verificação da resistência a impactos da folha;

– NBR 8052 - Porta de madeira de edificação – Dimensões;

– NBR 8054 - Porta de madeira de edificação - Verificação do comportamento da folha submetida a manobras anormais;

– NBR 8542 - Desempenho de porta de madeira de edificação;

– NBR 8543 - Porta de madeira de edificação – Verificação das dimensões e formato da folha;

– NBR 8544 - Porta de madeira de edificação - Verificação do comportamento da folha sob ação da água e sob ação do calor;

– NBR 9050 - Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaço, mobiliário e equipamento urbanos;

– NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios;

– NBR 11711 – Portas e vedadores corta-fogo com núcleo de madeira para isolamento de riscos em ambientes comerciais e industriais;

– NBR 14913 - Fechadura de embutir - Requisitos, classificação e métodos de ensaio.

12.3. CONDIÇÕES GERAIS

De acordo com o projeto, as esquadrias e caixilhos de portas e janelas devem atender as especificações e detalhes estabelecidos em normas técnicas, as exigências do usuário, adequadas à composição arquitetônica quanto a sua utilização, dimensão, forma, textura, cor e desempenho. Considerando o desempenho, os sistemas devem observar as condições principais de:

• Estanqueidade ao ar: características dos sistemas que devem proteger os ambientes interiores da edificação das infiltrações de ar que possam causar prejuízo ao conforto do usuário e/ ou gastos adicionais de energia a climatização do ambiente, tanto no calor como no frio;

• estanqueidade à água: característica dos sistemas em proteger o ambiente interior da edificação das infiltrações de água provenientes de chuvas, acompanhadas ou não de ventos;

• resistência a cargas uniformemente distribuídas: característica dos sistemas em suportar pressões de vento estabelecidas nas normas técnicas e que têm de ser compatibilizadas pelo projetista, segundo o seu local de uso;

• resistência à operação de manuseio: característica do sistema em suportar os esforços provenientes de operações e manuseio prescrita nas normas;

• comportamento acústico: característica das janelas em atenuar, quando fechadas, os sons provenientes de ambientes externos, compatibilizado com as condições de uso e as normas técnicas.

12.4. DEFINIÇÕES

12.4.1 Portas, Componentes e Acessórios

a. Porta

Conjunto funcional composto de marco, alizar, ferragens, uma ou mais folhas, cuja função é regular a abertura ou fechamento de um vão transitável.

b. Porta de madeira

Conjunto no qual a folha, seu quadro, suas capas e/ou suas almofadas são constituídas por madeira maciça e/ou seus derivados.

c. Acabamento

Qualquer tipo de tratamento ou arremate dado às superfícies da porta, com finalidades estéticas e/ou conservação.

d. Alizar

Régua ou sarrafo utilizado para cobrir a junta presente entre a parede e o marco, emoldurando o vão. O alizar também é conhecido por guarnição, cercadura, cobre-junta ou mata-junta.

e. Bandeira ou imposta

Esquadria fixa ou móvel, presente na parte superior de algumas portas.

f. Contra-marco

Conjunto de peças fixas que, eventualmente, guarnecem o contorno do vão, servindo como elemento de ligação entre a parede e o marco ou como complemento do marco.

g. Ferragens

Conjunto de peças destinadas à sustentação, manobrabilidade e travamento da folha de porta.

h. Folha de porta

Painel móvel de uma porta.

i. Marco

Elemento fixo constituído por ombreiras e travessa, destinado a guarnecer o vão e sustentar a folha de porta. O marco também é designado por diversos outros termos, tais como: aduela, aro, batente, caixão, caixilho, couceira e portal.

j. Vão de porta

Abertura em parede destinada à instalação de porta.

k. Vão livre

Abertura limitada pelas faces internas do marco e pela soleira.

l. Almofada

Peça saliente ou reentrante no corpo da folha.

m. Capa

Cada uma das chapa externas das folhas que determinam as faces da porta.

n. Faixa de borda

Peça com formato de lâmina que, sem ter função resistente, pode eventualmente revestir as bordas de uma

folha de porta.

o. Miolo ou núcleo

Material inserido entre as capas da folha com a função de estabilizá-la estruturalmente e, eventualmente, melhorar suas características termo-acústicas.

p. Miolo semi-oco

Miolo constituído por lâminas, tiras, sarrafos, colmeias ou anéis interligados ou não.

q. Quadro

Armação estrutural periférica de uma folha de porta.

r. Montante

Qualquer uma das barras verticais de um quadro.

s. Montante intermediário

Qualquer barra vertical no interior de um quadro.

t. Travessa

Qualquer barra horizontal de um quadro.

u. Travessa superior

Barra superior do quadro.

v. Travessa inferior

Barra inferior do quadro.

w. Travessa intermediária

Qualquer barra horizontal no interior de um quadro.

x. Reforço

Peça inserida no miolo ou no quadro da folha para a fixação de ferragens.

y. Régua de batente

Régua que veda a junta e/ou escora as folhas de uma porta dupla.

z. Veneziana

Esquadria constituída por réguas paralelas e inclinadas (palhetas) que possibilitam a ventilação permanente de compartimentos, sem lhes devassar o interior e sem permitir a entrada de água de chuva.

12.4.2. Elementos geométricos das folhas retangulares

a. Face

Qualquer uma das duas superfícies maiores da folha.

b. Borda

Qualquer uma das superfícies do contorno da folha.

c. Borda vertical

Qualquer uma das bordas paralelas às ombreiras do marco.

d. Borda horizontal

Qualquer uma das bordas paralelas à soleira.

e. Borda superior

Borda horizontal situada no topo da folha.

f. Borda inferior

Borda horizontal situada na base da folha.

g. Ângulo ou canto

Interseção entre duas bordas consecutivas da folha.

h. Aresta

Linha delimitada pela interseção entre uma face e uma borda da folha.

i. Vértice

Interseção entre duas arestas consecutivas da folha.

12.4.3. Elementos do marco

a. Ombreira

Qualquer uma das barras verticais do marco.

b. Travessa

Barra horizontal do marco, apoiada sobre as ombreiras.

c. Batente

Rebaixo no marco destinado ao encaixe e encosto da folha, também denominado de jabre. Em algumas regiões o termo batente designa o próprio marco.

12.4.4. Tipologias

a. Tipos de porta segundo a localização na edificação

a.1. Porta de vestíbulo

Porta de comunicação entre uma unidade autônoma e a área comum de circulação de uma edificação.

a.2. Porta externa

Porta de comunicação entre o interior de uma edificação e o ambiente exterior.

a.3. Porta interna

Porta de comunicação entre cômodos de uma edificação.

b. Classificação segundo o modo de abrir

b.1. Porta de bater

Porta cuja folha (ou folhas) gira em torno de um eixo vertical posicionado em uma de suas bordas, sendo contido pelo rebaixo ou por outro anteparo existente no marco e podendo movimentar-se, portanto, apenas para um dos lados do vão. Também designada por porta de batente.

b.2. Porta de correr

Porta cuja folha (ou folhas) apresenta movimento de translação horizontal, no plano da(s) folha(s).

b.3. Porta direita

Porta de bater que se fecha com rotação no sentido anti-horário.

b.4. Porta esquerda

Porta de bater que se fecha com rotação no sentido horário.

b.5. Porta giratória

Porta cuja folha (ou folhas) gira em torno de um eixo vertical centrado e o movimento de rotação pode-se efetuar sem interrupções.

c. Classificação segundo a natureza das folhas

c.1. Porta almofadada

Porta de folha (ou folhas) composta de quadro ou grade e peças maciças salientes ou reentrantes denominadas almofadadas.

c.2. Porta envidraçada

Porta constituída por folha (ou folhas) que contém quadros guarnecidos com placas de vidro.

c.3. Porta lisa

Porta constituída por folha (ou folhas) de faces planas e homogêneas, texturizadas ou não.

c.4. Porta maciça

Porta constituída por folha (ou folhas) sem vazios internos, com estrutura constituída por um único tipo de material em todo o seu volume.

c.5. Porta prancheta

Porta constituída por sistemas internos de travessas e montantes de madeira maciça, que proporcionam a necessária estrutura e rigidez à porta, e que são fechados e vedados com placas de compensado devidamente colada por prensagem.

c.6. Porta veneziana

Porta constituída por folha (ou folhas) que contém quadros guarnecidos com venezianas.

d. Classificação segundo o número de folhas

d.1. Porta de folha única

O mesmo que porta simples.

d.2. Porta de duas folhas

Porta de batente ou vaivém constituída por duas folhas no mesmo plano.

e. Classificação segundo o acabamento

e.1. Porta acabada

Porta que inclui no processo de fabricação o acabamento de todos os seus componentes.

e.2. Porta semi-acabada

Porta que inclui no processo de fabricação o acabamento de parte de seus componentes.

e.3. Porta em bruto

Porta que não inclui no seu processo de fabricação o acabamento de qualquer de seus componentes.

f. Classificação segundo características especiais:

f.1. Porta isolante térmica

Porta destinada a conferir um certo grau de isolamento térmico, conforme exigência de projeto.

f.2. Porta isolante acústica

Porta destinada a conferir um certo grau de isolamento acústico, conforme exigência de projeto.

f.3. Porta corta-fogo

Porta destinada a conferir um certo grau de isolamento contra o fogo. Impede ou retarda a propagação de fogo, calor e gases de um ambiente para outro.

f.4. Porta para portadores de necessidades especiais

Portas adequadas às prescrições da norma NBR 9050 - “Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaço, mobiliário e equipamento urbanos” e do projeto executivo específico. Estas portas deverão ter um vão livre mínimo de 0.80m e ser providas de chapa metálica de proteção.

12.5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

12.5.1 Materiais

O projeto básico das obras e serviços contratados, nos termos do inciso IX, alíneas "c" e "e" do art. 6º e do inciso I do SS 2º do art. 7º da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que envolvam o emprego de produtos e subprodutos de madeira, somente poderá ser aprovado pela autoridade competente caso contemple, de forma expressa, o emprego de produtos e subprodutos de madeira de origem nativa de procedência legal, certificada ou de manejo florestal sustentável.

Por definição, considera-se:

• produto de madeira de origem nativa: madeira em toras, toretes, postes não imunizados, madeira para escoramento, palanques roliços, dormentes nas fases de extração/fornecimento, mourões, achas e lascas, pranchões desdobrados com motoserra, lenha;

• subproduto de madeira de origem nativa: madeira nativa serrada sob qualquer forma, laminada, aglomerada, prensada, compensada, chapas de fibra, desfolhada, faqueada e contraplacada;

• procedência legal de madeira de origem nativa: produtos e subprodutos de madeira de origem nativa, adquiridos de fornecedores devidamente cadastrados e registrados no órgão ambiental e que tenham obtido licença ambiental ou Autorização Ambiental de Funcionamento - AAF junto ao órgão ambiental competente, decorrentes de supressão da cobertura vegetal nativa devidamente autorizada e certificada, ou de manejo florestal sustentável, aprovado por órgão ambiental competente integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, com os documentos de controle ambiental que regulam o transporte, armazenamento, comercialização, transferência e consumo do mesmo.

Toda a madeira a ser utilizada nos serviços de marcenaria, maciça ou compensada, deverá ser de primeira qualidade, com bitolas e esquadros perfeitos, absolutamente desempenada, convenientemente imunizada contra o ataque de fungos, cupins, etc., e seca em estufa (grau de umidade não superior a 15%, quando se tratar de madeira maciça). Caberá à CONTRATADA comprovar o nível de umidade da madeira, efetuado no canteiro de obra, através da medição com aparelhagem especial denominada de umidímetro, na presença da SUPERVISÃO.

Não será permitida a utilização de madeira que apresente qualquer defeito que possa comprometer sua durabilidade, resistência e aspecto, tal como: nós, rachaduras, furos produzidos por carunchos, cupins ou outros tipos de broca, fibras reversas, apodrecimentos, manchas ou descolorações produzidas por fungos ou por agentes físicos ou químicos de qualquer natureza.

Na execução de peças previstas para acabamento em cera ou verniz, além da utilização de madeira absolutamente isenta de defeitos, deverão ser tomados cuidados especiais, quanto ao posicionamento e à conformação dos veios, no sentido de se obter conjuntos visualmente harmoniosos.

Todas as operações de cortes, furação, escariação etc., deverão ser executadas com equipamento adequado e absolutamente afiado, ficando vedada a instalação de peças que apresentem defeitos provenientes da não observância desta determinação, tais como: arestas lascadas ou esmoídas, cortes e furos irregulares ou crestados, superfícies com ondulações excessivas, etc.

a. Tipo de madeira para folhas de porta

As madeiras mais tradicionais para as folhas de porta são: ipê, sucupira, freijó e mogno, que podem receber acabamento final em cera ou pintura; imbuía, angelim e jatobá normalmente utilizada para pintura.

A folha de porta deverá ser revestida em todas as bordas.

As folhas de porta, além de absolutamente planas e isentas de empenamentos, deverão apresentar forma e dimensão adequadas para o tipo de fechamento a que forem destinadas, estrutura sólida e conformação perimetral, que garanta a instalação segura de qualquer tipo de fechadura ou acessório, compatível com suas dimensões.

Todas as folhas, quando destinadas a locais onde venham a ser submetidas a molhagens freqüentes, deverão ter seus componentes colados com resinas sintéticas (fenólicas ou uréicas) de elevada resistência mecânica, insensíveis à ação da água e resistentes ao ataque de fungos e bactérias.

Nas folhas previstas com visor, postigo ou ventilador de grandes dimensões, a abertura correspondente a esses elementos deverá ser encabeçada em todo o perímetro e dotada dos montantes, baguetes e guarnições, necessários ao bom desempenho e acabamento do conjunto.

Sempre que qualquer folha for cortada com a finalidade de diminuir suas dimensões originais, e isto implicar na perda ou no enfraquecimento de alguma de suas peças perimetrais, ela deverá ser convenientemente restaurada, de modo que sua resistência e aspecto mantenham-se inalterados.

b. Estrutura interna das portas

As estruturas internas das folhas (miolo) deverão ser sempre em madeira, atendendo ao disposto na NBR 8542 e nunca de papelão ou similar. Atenção especial deve ser dada à colagem dos laminados que formam as faces da folha. A qualidade desta colagem pode ser verificada pelo ensaio previsto na NBR 8544.

c. Tipo de madeira para marcos

São normalmente utilizadas o ipê e a sucupira para acabamento em cera ou pintura e o jatobá ou angelim para acabamento em pintura.

A largura dos marcos de portas internas ou de eventuais portas externas instaladas em paredes com espessura final equivalente a ½ tijolo, deverá ser exatamente igual à espessura da parede acabada respeitado o mínimo de 140 mm.

As ombreiras dos marcos deverão apresentar comprimento tal que, sem prejuízo do vão-luz vertical estabelecido, seja possível o seu embutimento no piso numa extensão nunca inferior a 30 mm.

As travessas deverão apresentar dois rebaixos de ligação, posicionados a não menos que 10 mm de suas extremidades, ficando vedado o uso de marcos cujos topos de travessas sejam coplanares às faces das ombreiras.

Todas as ligações dos marcos deverão ser efetuadas com pregos 18 x 30, aplicados após a pré - furação dos montantes horizontais, em número de dois por ligação.

Os rebaixos do marco deverão apresentar arestas absolutamente íntegras, profundidade mínima de 10 mm e largura igual à espessura de sua respectiva folha, acrescido de 1 mm.

Os marcos para pintura deverão ser previamente protegidos por uma demão de óleo de linhaça e sua instalação, assim como a dos contrabatentes, só poderá ser efetuada após o término das alvenarias que o receberão. Os marcos para enceramento deverão ser protegidos por uma demão de selador para madeira.

d. Alizares

Os alizares para pintura deverão ser em mogno, cedro ou imbuia; os alizares para esquadrias com acabamento em cera ou verniz, serão do mesmo tipo de madeira utilizada na execução das respectivas folhas e batentes.

Todos os alizares deverão apresentar faces lisas, arestas externas ligeiramente arredondadas, largura igual ou superior a 50 mm e espessura regularmente variável: mínima entre 7 e 9 mm; máxima entre 13 e 15 mm.

Nas esquadrias dotadas de contramarco será obrigatório o uso de alizares com largura igual ou superior a 65 mm, mantidas as demais características estabelecidas para as guarnições em geral.

e. Fechaduras

As fechaduras deverão atender às especificações do projeto de arquitetura e em especial à NBR 14913 - “Fechadura de embutir – Requisitos, classificação e métodos de ensaio”.

f. Parafusos

Os parafusos devem ser do tipo aço para madeira, comprimento de 25 mm e número da cabeça igual a 8.

12.5.2. Execução

a. Assentamento

a.1. Esquadrias e seus componentes

As esquadrias de madeira e demais serviços de marcenaria deverão ser executados rigorosamente de acordo com as determinações do projeto executivo e seus respectivos detalhes, no que diz respeito ao

dimensionamento, funcionamento, localização e instalação.

Toda e qualquer alteração de dimensões, funcionamento etc., quando absolutamente inevitável, deverá contar com expressa autorização da SUPERVISÃO, que consultará o setor responsável pelo projeto arquitetônico.

Sempre que a SUPERVISÃO julgar necessário, caberá à CONTRATADA apresentar uma amostra da peça tipo para ser submetida à aprovação da equipe técnica da CONTRATANTE, antes da execução dos serviços.

Todos os serviços de marcenaria deverão ser executados exclusivamente por mão-de-obra especializada e com a máxima precisão de cortes e ajustes, de modo a resultarem peças rigorosamente em esquadro, com acabamentos esmerados e com ligações sólidas e indeformáveis.

A montagem e a fixação das peças de marcenaria não deverão permitir deslocamentos ou deformações sensíveis, sob a ação de esforços, normais e previsíveis, produzidos por agentes externos ou decorrentes de seu próprio funcionamento.

a.2. Marcos

A instalação das peças de marcenaria deverá ser efetuada com o rigor necessário ao perfeito funcionamento de todos os seus componentes, com alinhamento, nível e prumo exatos e com os cuidados necessários para que não sofram qualquer tipo de avaria ou torção, quando parafusadas aos elementos de fixação.

Não será permitida a instalação forçada de qualquer peça de marcenaria, eventual rasgo ou abertura fora de esquadro.

Para o assentamento de marcos de madeira deverão ser fixados, uniformemente, nas faces a serem chumbadas, pregos tipo “taco” distanciados mais ou menos 5cm entre si, além de (quatro) chumbadores metálicos pregados em cada ombreira.

O prolongamento da travessa do marco não será aceito por provocar trincas na alvenaria. O chumbamento deve ser executado com argamassa de cimento e areia no traço 1:3 em volume, que deve preencher completamente o espaço entre a alvenaria e o marco.

Os marcos deverão ser rigorosamente aprumados, esquadrejados, nivelados, e o ponto de acabamento final do revestimento nas duas faces da parede já deverá estar definido e demarcado.

Os marcos deverão ser assentados de forma a respeitar rigorosamente o alinhamento das paredes em que estejam inseridos e perfeitamente nivelados e aprumados.

A colocação das portas somente poderá ser efetuada após a execução do piso final dos cômodos adjacentes. Nos casos das portas situadas em áreas úmidas (banheiros, cozinhas, áreas de serviço, etc.) deverá ser fiscalizada com rigor sua colocação, atentando para que as portas, marcos (ou batentes) e respectivos alizares não fiquem em contato direto com o piso lavável.

A pintura das portas, quando efetuada com tinta impermeável (esmalte, óleo, etc.), deverá cobrir inclusive nas bordas, sendo executada antes de sua instalação.

a.3. Portas

As folhas deverão ser assentadas utilizando-se, no mínimo, 3 (três) dobradiças metálicas, respeitando-se as prescrições contidas na NBR 7178 - “Dobradiças de abas – Especificação e desempenho”, que recomenda:

• altura de 87 mm;

• largura de 76 mm e espessura da aba igual a 2,4 mm;

• diâmetro do eixo de 6,0 mm;

• calibragem de 1,6 mm;

• quantidade de parafusos igual a 6 (seis), sendo 3 em cada aba.

Todas as folhas deverão apresentar dimensões externas compatíveis com o vão a que se destinam, não sendo permitida a execução, na obra, de cortes ou desbastamentos, à exceção daqueles estritamente necessários aos ajustes de instalação.

Todas as folhas lisas com estrutura interna semi-oca deverão ser inteiramente executadas (interna e

externamente) com cedro, mogno ou imbuia e deverão apresentar espessura de 35 mm ou 30 mm, de acordo com o uso a que se destinam e com as determinações do projeto executivo, respeitado o mínimo de 35 mm nas portas de passagem em quaisquer ambientes (com exceção das portas internas de instalações sanitárias).

A estrutura interna das folhas semi-ocas deverá ser composta por sarrafos contínuos e de mesmas dimensões, aplicados longitudinalmente com espaçamento constante e não superior a 35 mm, de modo que o índice de vazios da folha seja inferior a 65%.

Nas folhas semi - ocas com encabeçamento, os montantes longitudinais, dotados de rebaixos para aplicação das contracapas de madeira compensada, deverão apresentar dimensões tais que, sem alteração do aspecto externo da folha e sem o enfraquecimento de sua estrutura, possibilitem a execução de cortes ou desbastamentos de até 10 mm.

Os montantes de encabeçamento e as respectivas travessas horizontais deverão ser executados com a mesma madeira utilizada no folheamento das faces, sempre que a folha for destinada a esquadria com acabamento em cera ou verniz.

O capeamento das folhas lisas com estrutura interna semi-oca, deverá ser executado com chapa de madeira compensada de espessura igual ou superior a 4 mm, folheada com lâminas de cedro, mogno ou imbuia, de acordo com o projeto executivo.

A estrutura interna das folhas semi - ocas deverá ser executada de modo que não resultem na formação de alvéolos estanques entre si, e a livre circulação de ar, no interior da folha, deverá ser garantida por respiros convenientemente executados nas travessas perimetrais.

As folhas almofadadas e as folhas tipo veneziana deverão ser inteiramente executadas com cedro, mogno ou imbuia, e todas as ligações de montantes e travessa deverão ser do tipo macho e fêmea respiga, solidamente coladas e encavilhadas.

a.4. Alizares

Os alizares deverão ser instalados com afastamento absolutamente constante e não superior a 5 mm com relação às arestas longitudinais externas dos batentes; os encontros entre alizares horizontais e verticais deverão ser executados em meia-esquadria perfeita, sem folgas e sem falhas de angulação.

A fixação dos alizares deverá ser efetuada com pregos sem cabeça, convenientemente repuxados e emassados ou recobertos com cera, conforme tipo de acabamento previsto.

a.5. Ferragens

As ferragens para esquadria de madeira deverão ser de primeira qualidade, com funcionamento preciso, acabamento esmerado, características gerais integralmente de acordo com as presentes especificações ou com as especificações do projeto executivo.

Na instalação e fixação das ferragens, os rebaixos, desbastes e furações deverão apresentar forma e dimensões exatas, não sendo permitidas instalações forçadas, ou instalações com folgas excessivas, que exijam correções posteriores com massa, lascas de madeira ou outros artifícios, especialmente em se tratando de esquadrias com acabamento em cera ou verniz.

Todas as ferragens de portas e janelas deverão ser rigorosamente verificadas quanto as especificações de projeto, à forma de colocação e à condição de funcionamento. Em todos os casos pertinentes, deverão ser convenientemente protegidas durante a execução dos serviços de pintura (quer das próprias esquadrias, quer da edificação como um todo).

Todos os parafusos de fixação deverão ser de latão amarelo, com acabamento idêntico aos das ferragens onde forem aplicados, e com dimensões compatíveis com os esforços previstos sobre a peça fixada, ficando vedado o uso de quaisquer parafusos passiveis de corrosão.

Antes da execução dos serviços de pintura, enceramento ou envernizamento das esquadrias de madeira, todas as ferragens deverão ser devidamente protegidas, sendo vedada a aplicação de tinta ou verniz em qualquer tipo de ferragem.

Não será permitida a fixação de fechaduras e/ou dobradiças com o uso de pregos, mas sim com parafusos auto-atarrachantes para madeira, em número, dimensões e acabamento adequado a cada caso ou circunstância, em conformidade com o detalhamento executivo e especificações do projeto arquitetônico.

a.6. Dobradiças

As dobradiças de aba deverão ser de aço laminado (com eixo, bola e eventuais anéis de reforço, em latão), fabricadas estritamente de acordo com as determinações da NBR 7178 - “Dobradiças de abas – Especificação e desempenho”, com furação escareada para três parafusos, acabamento cromado e dimensões compatíveis com os esforços previstos e com os seguintes parâmetros mínimos:

• Folhas com espessura de 30 mm em janelas ou portas internas de instalações sanitárias: 3” x 2 ½”, espessura de 2 mm e peso mínimo de 110 g;

• Folhas com espessura de 35 mm em portas internas de instalações sanitárias: 3” x 3”, espessura de 2 mm e peso mínimo de 120 g;

• Folhas com espessura de 35 mm em portas de passagem com largura máxima de 0,90m: 3 ½” x 3”, espessura de 2 mm e peso mínimo de 145 g;

• Folhas maciças tipo calha e folhas semi-ocas com largura superior a 0,90m: 3 ½” x 3”, espessura de 2,38 mm com anéis de latão e peso mínimo de 195 g.

a.7. Fechaduras

Todas as fechaduras para esquadrias de madeira deverão ser de embutir, com cubo, lingüeta, trinco, contra -chapa e chapa-testa (ou falsa chapa-testa) integralmente executados em latão amarelo e com acabamento cromado em todas as partes externas aparentes.

Os fechos, tranquetas e demais ferragens a serem utilizados em armários, janelas, guichês, etc., deverão ser de qualidade idêntica à das ferragens padrão aqui especificadas, cabendo à SUPERVISÃO indicar o tipo de material a ser utilizado em cada caso, sempre que o projeto executivo for omisso.

Em portas de passagem não será permitido o uso de fechaduras com distância de broca inferior a 55 mm, exceto, além das portas internas de instalações sanitárias, em portas com folhas de correr ou com folhas de montante estreito (tipo veneziana), onde deverão ser instaladas fechaduras de cilindro com caixa rasa, distância de broca igual a 23 mm e 25 mm, respectivamente, ambas com peso mínimo de 660 g.

Nas portas de abrir com duas folhas, deverão ser instalados na folha oposta à da fechadura, dois fechos de embutir com trava deslizante, acionada por alavanca 200 mm de comprimento e ¾” de largura, inteiramente executados em latão e com acabamento externo cromado.

a.7.1. Porta externa

Nas portas externas de abrir e em eventuais portas internas, de acordo com as determinações do projeto executivo, deverão ser instaladas fechaduras de segurança com cilindro de duas voltas, 55 mm de distância de broca, 75,5 mm de distância do cubo ao cilindro (eixo a eixo) falsa chapa-testa para acabamento frontal, trinco reversível sem desmontagem da caixa e peso mínimo de 1.020 g.

a.7.2. Porta Interna

Nas portas internas de abrir, salvo determinação contrária do projeto executivo, deverão ser instaladas fechaduras comuns, tipo gorge, com 55 mm de distância de broca, 75,5 mm de distância do cubo à entrada, também dotadas de falsa chapa - testa e de trinco reversível, e com peso mínimo de 770 g.

Nas portas internas de instalações sanitárias deverão ser instaladas fechaduras de embutir, sem trinco, com lingüeta acionada por tranqueta interna e por chave externa de emergência, com 45 mm de distância de broca e peso mínimo de 280 g.

As portas de instalações sanitárias serão fixadas às divisórias através de ferragens de latão cromado, conforme detalhes e prescrições construtivas referenciadas no Capítulo 7 – “Alvenarias e Divisões” deste Caderno de Encargos.

12.5.3. Controle

a. Recebimento

As esquadrias e as demais peças de marcenaria deverão ser entregues no canteiro de serviços com pré- acabamentos esmerados, de modo que os retoques finais, executados na própria obra, sejam reduzidos ao mínimo indispensável.

As dimensões (inclusive a espessura) das folhas, dos marcos e alizares deverão ser sistematicamente aferidas.

Antes de seu assentamento, as esquadrias de madeira deverão ser rigorosa e oportunamente, inspecionadas quanto à sua qualidade intrínseca (matérias-primas empregadas, esquadrejamento, adequado teor de umidade, acabamento das aduelas, inexistência de nós, empenamentos, cupins, brocas e/ou fungos, etc.) e correspondência com as exigências de projeto no que diz respeito, particularmente, às suas dimensões, à sua posição (ou localização) relativa na obra, ao sentido de abertura e à adequada condição de uso por parte dos futuros usuários da edificação.