Caderno de Trabalho

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    1Caderno de Direito do Trabalho: Aula 01 24.01.2012

    DIREITO DO TRABALHO

    ndiceAula 01 24.01.2012....................................................... 1

    Aula 02 31.01.2012....................................................... 4

    Aula 03- 13.03.2012....................................................... 13

    Aula 04 21.03.2012..................................................... 16

    Aula 05- 03/04/2012...................................................... 19

    Aula 06- 09/04/2012...................................................... 22

    Aula 07- 24/04/2012...................................................... 24

    Aula 08- 08/05/2012...................................................... 27

    Aula 09- DVDteca ........................................................... 30

    Aula 10- 22/05/2012...................................................... 44

    Aula 01 24.01.2012

    Bibliografiao CLT Comentada (base para qualquer

    concurso)

    Valentin Carrion Andr Luis Paes de Almeidao Amauri Mascaro do Nascimento, Curso de

    Direito do Trabalho (mais simples).o Srgio Pinto Martinso Maurcio Godinho Delgado (a melhor obra,

    mas difcil, Ministro do TST)o Alice Monteiro de Barros

    ACORDO COLETIVO X CONVENO COLETIVAX SENTENA NORMATIVA X ACORDO INDIVIDUAL X

    ACORDO EM DISSDIO COLETIVO

    Data-base da categoria:o Evitar o uso da expresso ms do dissdio. O

    certo utilizar data-base da categoria. Ascategorias profissionais possuem uma data-base, quevariam de acordo com a categoria ou base territorial. OBS: A base territorial de um sindicato no

    pode ser inferior rea de um Municpio, mas podeser maior. Exemplo: Sindicato dos Metalrgicos em

    Valinhos data-base desse sindicato em maio nesse ms, poder ser o momento em que eleconseguir melhores condies de trabalho.

    o Portanto, no Brasil, o reajuste salarial anual(uma vez por ano) e negocial (mediante negociaocoletiva).

    o A data-base o momento para tentar obtermelhores condies de trabalho, ou seja, criardireitos que no existem e tambm melhorar direitospreexistentes.

    Funcionamento da negociao coletiva naprtica: no exemplo acima dos Sindicatos dosMetalrgicos de Valinhos, dois meses antes de maio,comea a negociao coletiva.

    o Passos da negociao coletiva: Primeiro passo Pauta de reivindicaes: o

    que ser pedido aos patres no ms de maio, feita

    em Assembleia. Conforme visto acima, a data-base o momento para tentar obter melhores condies detrabalho, ou seja criar direitos que no existem etambm melhores direitos preexistentes. Segundo passo Remessa da pauta de

    reivindicaes para o sindicato patronal: no exemploacima, h a reunio de todos as indstriasmetalrgicas para discusso da pauta dereivindicaes, feita em Assembleia. Terceiro passo: depois de negociaes

    coletivas e se rendeu frutos, ser assinada uma

    conveno coletiva de trabalho. Conveno coletiva de trabalho = o acordo

    de carter normativo assinado entre os sindicatosque representam as categorias profissional eeconmica.

    o Sindicato representativo da categoriaprofissional (empregados) + Sindicato representativoda categoria econmica (empregadores) = assinam aconveno coletiva do trabalho.

    o Assim, como se trata de um acordo de carternormativo, ela obriga as partes.o Questo: E se uma das empresas noconseguir arcar com o aumento, por exemplo, dosalrio? No h o que fazer, ter que cumprir.

    Acordo coletivo de trabalho = o acordo decarter normativo assinado entre o Sindicato dosTrabalhadores (categoria profissional) e uma ou maisempresas individualizadas.

    o Vale dizer, podemos ter uma ou maisempresas, desde que individualizadas, assinandoacordo com o sindicato representativo da categoriaprofissional. O acordo coletivo de trabalho s valepara quem assinou.

    o Perceba que obrigatria a participao doSindicato dos Trabalhadores (categoria profissional)

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    nas negociaes coletivas preceito constitucional.O Sindicato assina tanto conveno coletiva quantoacordo coletivo.

    Caso frustrada a negociao coletiva, poderser suscitado o chamado dissdio coletivo de trabalho(Art. 114, CF), perante a Justia do Trabalho1.

    o Instncia originria do dissdio coletivo: podeser o Tribunal Regional do Trabalho ou TribunalSuperior do Trabalho (e nunca a Vara do Trabalho). Quando a base do sindicato extrapolar a rea

    de um TRT (exemplo: a rea de um sindicato envolveSP e MG), a competncia originria ser deslocadapara o TST.

    CUIDADO: o Estado de SP o nico que temdois TRTs (Capital e Campinas). Se existir umSindicato de alguma categoria do Estado de SP(Capital e Campinas), desloca-se a competncia parao TRT de So Paulo, e no para o TST.

    o A tentativa de conciliao obrigatria: Se fizerem acordo acordo em dissdio

    coletivo. Se no sair acordo no dissdio coletivo, o

    tribunal ter de julgar e proferir sentena normativa(= a deciso proferida por um Tribunal do Trabalhonos autos de um dissdio coletivo. chamada de

    sentena apesar de ser proferida por um Tribunal,em decorrncia de previso legal).

    O prazo mximo de um acordo ou de umaconveno coletiva de 02 anos. O de uma sentenanormativa de at 04 anos.

    Acordo individual de trabalho:o Os signatrios so o empregado e o

    empregador, sem participao do sindicato.o Acordo individual x acordo coletivo de

    trabalho

    no acordo individual a empresa assinacom o empregado, no acordo coletivo a empresaassina com o sindicato.

    NOMENCLATURA

    Direito Industrial: peca por ser muito amplo emuito restrito. muito amplo porque a indstriaabarca outros ramos do Direito, como por exemplo oDireito Empresarial. muito restrito porque o Direito

    1O juiz, ao julgar o dissdio coletivo, estar criando normas.

    Contudo, no h nenhum bice quanto interveno do Poder

    Judicirio no Poder Legislativo.

    do Trabalho no protege somente quem trabalha naindstria, mas tambm protege quem trabalha nocampo, no comrcio. Direito Operrio: peca por ser muito restrito.

    O operrio o trabalhador da indstria. Dessa forma,conforme explicao acima, o Direito do Trabalho noprotege somente quem trabalha na indstria. Direito Social: peca por ser muito amplo. Isso

    porque o Direito Social caracterstica de todos osramos do Direito. Direito Sindical: peca por ser muito restrito.

    Isso porque o Direito do Trabalho tem umasubdiviso entre Direito Individual e Direito Coletivo.O Sindicato estudado no Direito Coletivo. Direito do Trabalho: tambm no perfeito,

    pois h uma diviso entre trabalho e emprego. Frise-se que relao de trabalho gnero e relao deemprego espcie. Ademais, o Direito do trabalhosomente protege os empregados (por exemplo, otrabalhador autnomo no protegido pelo Direitodo Trabalho). Contudo, essa nomenclatura autilizada.

    DEFINIO DE DIREITO DO TRABALHO

    DEFINIO SUBJETIVISTA (Preocupa-se comas pessoas): Direito do Trabalho um direito de umgrupo de pessoas ( o direito dos empregados).

    DEFINIO OBJETIVISTA (Preocupa-se com arelao empregatcia): Direito do Trabalho o corpode princpios e normas que ordenam a prestao dotrabalho subordinado (relao empregatcia).

    OBS: Antes, tambm havia essa diviso no DireitoComercial.

    - Viso subjetivista: direito dos comerciantes.

    - Viso objetivista: Direito regulado os atos decomrcio.

    DEFINIO MISTA DO DIREITO DOTRABALHO: o complexo de princpios e regras queregulam a relao empregatcia e outras relaesnormativamente especificadas. Esta a definioatual.

    NATUREZA JURDICA DO DIREITO DO TRABALHO

    H trs posies: Pertence ao ramo do Direito privado: regula

    as relaes entre os particulares. Esta a correta.

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    Contudo, apesar de pertencer ao Direito privado,contm normas de ordem pblica. Pertence ao ramo do Direito pblico. Pertence ao ramo do Direito social.

    AUTONOMIA DO DIREITO DO TRABALHO

    AUTONOMIA:o Legislativa: existe, pois h a CLT.o Doutrinria: tambm h a autonomia

    doutrinria, pois h inmeros doutrinadores doDireito do Trabalho.

    o Didtica: tambm h, pois h cadeira prprianas faculdades.

    o Jurisprudencial: tambm h, pois h toda umaestrutura judicial trabalhista, com sua jurisprudnciaespecfica.

    FONTES Conceito de fonte: o estudo da origem do

    direito. Quando se fala em fonte do direito, devemos

    separar em:o Fonte material: o conjunto de fenmenos

    sociais que contribuem para a formao da matria

    do direito (leva em considerao o contedo dodireito).o Fonte formal: o meio pelo qual se

    estabelece a norma jurdica. Ou seja, amaterializao do direito (forma). Fonte formal autnoma: se foi o prprio

    beneficirio/destinatrio que criou. Exemplo: acordocoletivo. Fonte formal heternoma: se foi o Estado que

    criou. Exemplo: lei, sentena normativa.

    Questo: as reivindicaes dos sindicatos na pocada Revoluo Industrial para melhores condies dotrabalho, fonte formal ou material? Fonte material.

    Questo: e a conveno coletiva de trabalho? fonte formal autnoma.

    PRINCPIOS

    Conceito de princpios: Princpios soenunciados genricos que auxiliam o criador e ointrprete da norma jurdica.

    1. PRINCPIO DE PROTEO AO TRABALHADOR: o principal princpio do direito do trabalho.

    a. NO tem conflito com o princpio da isonomia,pois o verdadeiro princpio da isonomia tratar demodo igual os iguais, e de modo desigual osdesiguais, nas exatas medidas de suas

    desigualdades. Em verdade, o princpio de proteoao trabalhador refora o princpio da isonomia. Oempregado hipossuficiente e o empregador hipersuficiente. O tratamento desigual objetiva aaproximao entre eles, para atingir a isonomia.

    b. Trs subprincpios decorrentes do princpio daproteo ao trabalhador2:

    i. Princpio do in dubio pro operario (ou in dubiopro misero): Nada mais que uma regra dehermenutica (interpretao da norma jurdica).

    Trata-se de dvida quanto ao alcance de uma normajurdica. Assim, se houver dvida, ser interpretado afavor do trabalhador.

    Prof. Pinho Pereira (absolutamenteminoritrio): h uma prova empatada (2 testemunhasa favor do empregado e 2 testemunhas a favor doempregador) julgamento a favor do trabalhador,em caso de empate.

    o Frise-se que esse posicionamento minoritrio, pois o princpio do in dubio pro operario do direito material, e no do direito processual. A

    dvida deve ser em relao ao alcance de umanorma jurdica. No confundir in dubio pro reu (direito penal),

    in dubio pro debitore (direito civil) e in dubio prooperario (direito do trabalho). Contudo, todos tem omesmo objetivo, que proteger a parte mais fracada relao jurdica.ii. Princpio da norma mais favorvel ao

    trabalhador: No topo das pirmides das leis trabalhistas,

    est a norma que for mais favorvel ao trabalhador,

    desde que no viole a CF, no importando de ondevenha. Amauri Mascaro diz que a pirmide de Kelsen mutvel.

    Este princpio s tem razo de existir se hduas ou mais normas aplicveis ao caso concreto.

    Exemplo: a CLT tem um captulo de frias.Contudo, o Brasil signatrio de uma Conveno daOIT que tambm fala de frias.

    Como identificar qual a norma mais favorvel?Trs teorias:

    2Amauri Mascaro e Amrico Rodrigues entendem que so

    subprincpios do princpio de proteo ao trabalhador. H

    autores que entendem que so princpios autnomos.

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    o 1) Teoria da acumulao (ou teoriaatomstica): deve-se atomizar, ou seja, pegar o que bom da norma A e pegar o que bom da norma B.Essa teoria minoritria, pois, no caso, acaba-se

    criando uma terceira norma C.o 2) TEORIA DO CONGLOBAMENTO (ou

    incindibilidade): majoritria. Deve-se analisar asnormas em bloco. Exemplo: norma jurdica A e norma jurdica B

    so aplicveis ao caso concreto. Ambas tem umasria de preceitos trabalhistas. Assim, deve-seanalisar o bloco de normas jurdicas A e o bloco denormas jurdicas B. Elas no podem ser cindidas, ouseja, no posso pegar o que for mais favorvel de Ae juntar com o que for mais favorvel de B.

    o 3) Teoria do conglobamento por institutos(ou conglobamento orgnico ou conglobamentomitigado): misto entre as duas teorias acima. Por exemplo: tanto a norma jurdica A quanto

    a B tratam sobre frias e horas extras. Se pegarfrias da norma A, tem que usar todas as regrassobre frias da norma A; se utilizar as regras dehoras extras da norma B, tem que utilizar todas asregras de horas extras da norma B. por isso que um conglobamento por institutos. Essa teoria vemcrescendo muito.

    um pouco diferente da atomstica, poisnesta, pega-se aquilo que bom (norma A tem friasde 40 dias + 1/3; norma B tem frias de 30 + 2/3 pego frias de 40 dias +2/3 teoria atomstica). Ver art. 3 da Lei 7.064/82 (lei do empregado

    brasileiro transferido para trabalhar no exterior) empregado brasileiro transferido para trabalhar noexterior tem direito a ser observado pela lei do localda execuo do servio (lex loci executiones).Exemplo: fui transferido para trabalhar na Bolvia,tenho o direito a observar a legislao trabalhista

    boliviana. Ademais, consoante inciso II, tenho direitoa aplicao da legislao brasileira, quando maisfavorvel do que a legislao territorial, no conjuntode normas e em relao a cada matria conglobamento por institutos (Magano busca aquiessa teoria!).

    OBS:- O art. 1 da Lei fala que esta lei regula duas

    situaes: trabalhador que foi contratado no Brasil outrabalhador que foi transferido para prestar serviosno exterior.

    - O art. 2 versa sobre a definio do trabalhadortransferido.

    - O Captulo II s fala de transferncia. Dentro doCaptulo II, h o art. 3, estudado acima.

    - O art. 3 da Lei permite a aplicao da leibrasileira se for mais favorvel.

    - A situao do trabalhador que foi contratado noBrasil est regulado no Captulo III (art. 14). Este

    artigo fala que a empresa estrangeira assegurar osdireitos a ele conferidos neste Captulo.

    - Concluso: empregado contratado por empresaestrangeira para trabalhar no estrangeiro, no podeinvocar a aplicao da lei brasileira. J o empregadoque foi transferido para prestar servios no exterior,poder invocar a lei brasileira ou a lei do local daexecuo do servio.

    Aula 02 31.01.2012

    Continuao da aula passada...

    iii. Princpio da condio mais benfica: S possvel se falar nesse princpio se o

    trabalhador experimentou duas condies prevalecer a condio mais benfica.

    Exemplo: Hora extra fixada em 80% emcontrato individual de trabalho, em 2005. Empresaquer alterar a hora extra para 50% (o mnimoinstitudo pela CF), em 2011 no pode!

    S possvel alterar as condies do contratode trabalho, mediante dois requisitos: mtuoconsentimento + inexistncia de prejuzo aoempregado (art. 468, da CLT).

    Questo: essa empresa coloca noRegulamento Interno hora extra de 80% para todosos empregados, em 2005. Em 2012, a empresa alteraa hora extra para 50%. Essa alterao lcita? SIM,essa alterao lcita, mas s produzir efeitos paraquem for contratado aps a alterao doregulamento (este somente experimentou umacondio). Quem j estava contratado antes no

    pode ter direito suprimido (Smula 51, item I, TST3

    ).Ademais, observe que no foi alterado o contratoindividual de trabalho, mas to somente oRegulamento Interno.

    OBS: h certas situaes em que no hnecessidade do mtuo consentimento. Ou seja, oempregador pode alterar o contrato de trabalhounilateralmente (aqueles que exercem cargo deconfiana e esteja expresso no contrato de trabalho).

    3SUM-51 NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPO PELO

    NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT.I - As clusulas regulamentares, que revoguem ou alterem

    vantagens deferidas anteriormente, s atingiro os

    trabalhadores admitidos aps a revogao ou alterao do

    regulamento.

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    5Caderno de Direito do Trabalho: Aula 02 31.01.2012

    Isso se chama jus variandi (= o direito doempregador de alterar certas condies contratuaissem a necessidade do consentimento doempregado). Contudo, o empregado pode resistir a

    essa mudana. Isso se chama jus resistentiae (= odireito do empregado de resistir s alteraescontratuais perpetradas em prejuzo do art. 468 daCLT).

    Ultratividade dos instrumentos coletivos: aclusula de uma conveno coletiva integra oscontratos individuais de trabalho? Exemplo: na data-base de 2010 de uma determinada categoria, ficaestipulado que a hora extra seria pago com umadicional de 100%, com vigncia de um ano4. Na

    prxima data-base, em 2011, na negociao coletiva,surge uma nova discusso sobre o adicional de horaextra. O sindicato topa reduzir o adicional de horaextra para 70%. O empregado que foi admitido emmeados de 2010, ele continua com 100% ou reduzido para 70%5? Ocorrer a ultratividade dosinstrumentos coletivos? Duas teorias:

    o Teoria da incorporao: as normas previstasem instrumentos coletivos se incorporam, emdefinitivo, ao contrato. Portanto, o empregado, noexemplo acima, que tinha hora extra de 100%,

    continuar com hora extra de 100%.o Teoria da autonomia privada coletiva: as

    normas previstas em instrumentos coletivos vigoramsomente pelo estipulado, com o intuito de prestigiarquem criou a norma coletiva. a mais aceita,conforme Smula 277, do TST.

    SUM-277 SENTENA NORMATIVA. CONVENOOU ACORDO COLETIVOS. VIGNCIA. REPERCUSSONOS CONTRATOS DE TRABALHO

    I - As condies de trabalho alcanadas por fora

    de sentena normativa, conveno ou acordoscoletivos vigoram no prazo assinado, no integrando,de forma definitiva, os contratos individuais detrabalho. essa a regra!II - Ressalva-se da regra enunciada no item I operodo compreendido entre 23.12.1992 e28.07.1995, em que vigorou a Lei n 8.542, revogadapela Medida Provisria n 1.709, convertida na Lei n10.192, de 14.02.2001. essa a exceo. Na

    4Art. 614, 3, CLT: No ser permitido estipular durao de

    Conveno ou Acrdo superior a 2 (dois) anos.

    5Observe que est claro que o empregado que foi contratado

    em 2011 ter hora extra de 70%.

    poca dessa lei, no se aplica a regra. Ver o art. 1da Lei 8.542 revogada.

    OBS: Min. Godinho no concorda com a teoria da

    autonomia privada coletiva e resolveu criar umaterceira teoria: a teoria da aderncia limitada porrevogao. Em algumas situaes, o TST jcomeou a pensar assim. Vide precedente normativo120.

    Precedente Normativo 120: a sentena normativaVIGORA, desde o seu termo inicial AT QUE sentenanormativa, conveno coletiva de trabalho ou acordocoletivo de trabalho superveniente PRODUZA SUAREVOGAO, expressa ou tcita, respeitado, porm,o prazo mximo legal de 04 anos de vigncia.

    2. PRINCPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE:muitas vezes, h um embate entre os documentos efatos reais. Portanto, diante deste princpio, arealidade prevalece sobre a aparncia. Exemplo:carto de ponto que mostra o horrio de entrada esada pode ter sua fora derrubada por provatestemunhal.

    a. Um documento pode gerar dois tipos depresuno de veracidade:

    i. Presuno Absoluta de veracidade (juris et dejuri): no se admite prova em contrrio.ii. Presuno Relativa de veracidade (juristantum): no direito do trabalho, os documentosgeram presuno relativa. Portanto, existe presunode veracidade, at que se prove que ele no reflete arealidade. No direito do trabalho, tem que ser dessaforma, pois o empregador pode criar um documentoque no reflete a realidade.

    O que interessa a qualidade da prova(convencer o juiz, reproduzir a realidade), e no aquantidade.

    3. PRINCPIO PROTETOR DO SALRIO: ser vistocom maiores detalhes no estudo de remunerao esalrio.

    a. Irredutibilidade salarial (art. 7, VI, CF): osalrio irredutvel.

    i. Exceo: acordo coletivo ou convenocoletiva. Exemplo: empresa est para fechar e fazacordo coletivo para reduzir o salrio dosempregados e, assim, no falir (mais vale umpssaro na mo do que dois voando).

    Frise-se que acordo individual no podereduzir.

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    b. Impenhorabilidade (art. 649, IV, CPC6): umaproteo contra ato de terceiro (o salrio no podeser penhorado):

    i. Exceo (art. 649, 2, CPC7): o salrio podeser penhorado para pagamento de pensoalimentcia.

    c. Intangibilidade (art. 462, CLT): o salrio nopode sofrer descontos.

    i. Exceo (est no prprio caput do art. 462):adiantamentos, dispositivos de lei ou norma coletiva.

    4. PRINCPIO DA IRRENUNCIABILIDADE:impossibilidade jurdica de privar-se, voluntariamente,de uma ou mais vantagens concedidas pelo direitotrabalhista, em benefcio prprio.

    a. Pilar que sustenta esse princpio: Vcio deconsentimento presumido no se concebe que umempregado queira abrir mo de um direito que a leiconcedeu.

    i. Possibilidade de renncia aps o trmino docontrato: no Brasil, NO permitido, pois justamente na ruptura contratual que surgem asverbas rescisrias.

    CUIDADO: Renncia x transaoo Renncia: privar voluntariamente de um

    direito que meu.

    o Transao: h a chamada res dubia ou reslitigiosa. Ou seja, h a coisa duvidosa ou coisa emlitgio. Existe um risco de no ganhar nada.

    5. PRINCPO DA CONTINUIDADE DA RELAO DEEMPREGO: O emprego tem que continuar.

    a. Exemplo: na CLT, a preferncia dos contratospor prazo indeterminado exemplo de aplicaodeste princpio.

    b. Assim, h um interesse da sociedade que aspessoas continuem empregadas indefinidamente, at

    se aposentarem.c. Outro exemplo Nulidade apenas parcial doscontratos: clusula que viola a lei, no anula todo ocontrato, apenas a clusula infringente que

    6Art. 649. So absolutamente impenhorveis:

    IV - os vencimentos, subsdios, soldos, salrios, remuneraes,

    proventos de aposentadoria, penses, peclios e montepios; as

    quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao

    sustento do devedor e sua famlia, os ganhos de trabalhador

    autnomo e os honorrios de profissional liberal, observado odisposto no 3

    odeste artigo;

    7Art. 649, 2

    oO disposto no inciso IV do caput deste artigo no

    se aplica no caso de penhora para pagamento de prestao

    alimentcia.

    substituda pela determinao legal violada. Todo orestante do vnculo contratual mantido.

    d. Outra situao sucesso de empregadores(sucesso trabalhista): art. 10 e art. 448 CLT. Se

    voc trabalha numa empresa e esta foi adquirida poroutra, voc continua empregado.

    e. Smula 212 do TST: SUM-212DESPEDIMENTO. NUS DA PROVA (mantida) - Res.121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. O nus de provaro trmino do contrato de trabalho, quando negados aprestao de servio e o despedimento, doempregador, pois o princpio da continuidade darelao de emprego constitui presuno favorvel aoempregado.

    CAMPO DE APLICAO DO DIREITO DOTRABALHO

    H de ser feita uma distino entre trabalhador(gnero) e empregado (espcie). Avulso, eventual,temporrio, voluntrio, estagirio so outrosexemplos de espcies de trabalhador.

    O campo de aplicao do direito do trabalhoabrange apenas o empregado. Contudo, acabaincursionando nas outras espcies, mas o principal

    foco do direito do trabalho o empregado.

    Trabalhador

    EMPREGADO

    Requisitos do empregado (art. 3, CLT8):o 1) Pessoa fsicao 2) No eventualo 3) Sob a dependncia do empregadoro 4) Mediante salrio Na doutrina, pode se falar em outros nomes:

    8 Art. 3 - Considera-se empregado toda pessoa fsica que

    prestar servios de natureza no eventual a empregador, sob a

    dependncia deste e mediante salrio.

    Pargrafo nico - No haver distines relativas espcie de

    emprego e condio de trabalhador, nem entre o trabalho

    intelectual, tcnico e manual.

    - Empregado

    - Autnomo

    - Eventual

    - Avulso

    - Temporrio

    - Estagirio

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    7Caderno de Direito do Trabalho: Aula 02 31.01.2012

    o 1) Pessoalidade: no basta ser pessoa fsicapara ser empregado, tem que ser aquela pessoafsica (pessoalidade na prestao do servio). Oempregado se compromete a prestar pessoalmente o

    servio, no podendo terceirizar o trabalho (ocontrato de trabalho intuito personae com relaoao empregado).

    o 2) Continuidade/habitualidade/permanncia: otrabalhador eventual no presta o servio comhabitualidade. J o empregado sim.

    o 3) Subordinaoo 4) Onerosidade1. PESSOA FSICA:a. Uma pessoa jurdica nunca ser empregado

    de algum. Mas pode manter relao jurdica comoutra pessoa jurdica, envolvendo a prestao deservios (terceirizao*, por exemplo, metalrgicacontrata empresa de vigilncia, que contrata ovigilante). Esta relao jurdica contrato denatureza civil, no caracterizando relao de vnculoempregatcio (regido pelo Direito Civil).

    Metalrgica Empresa deVigilncia Vigilante

    Tomador de servio Prestador deservio Empregado

    b. TERCEIRIZAO*:i. Duas vantagens da terceirizao: Foco na atividade-fim. Exemplo: a empresa

    fabrica peas de carro. Com a terceirizao, ele noprecisa se preocupar com vigilncia, limpeza.

    Especificao do trabalho: ausncia deconhecimento tcnico para orientar e formar osprofissionais que trabalharo na atividade meio.

    ii.

    Smula 331 do TST: um dos assuntos maisimportantes! Inciso I:o A contratao de trabalhador por empresa

    interposta ilegal se a empresa A quer contratarum trabalhador, a empresa A tem que contratardiretamente o empregador. No pode outra empresaB contratar o trabalhador para trabalhar na empresaA. Essa a regra. Se houver esta empresa, ela serchamada de empresa interposta.

    o Consequncia: Em caso de violao a estaregra, ser formado vnculo empregatcio direto como tomador, como se empresa interposta no existisse(vnculo direto entre a empresa A e o trabalhador).

    o Exceo a essa regra: trabalhador temporrio(Lei 6.019) tem que ser contratado por empresa

    interposta. A lei exige isso! No caso de trabalhotemporrio, a existncia de empresa interposta condio legal para a contratao de trabalhadortemporrio.

    Inciso II: contratao irregular de trabalhadorpor empresa interposta no gera vnculo de empregocom a administrao pblica, por fora do art. 37, IIda CF (a CF exige concurso pblico). Portanto, aquelaconsequncia do inciso I no ocorre quando aAdministrao Pblica.

    Inciso III: no forma vnculo de emprego como tomador a contratao de servios de vigilncia ede conservao e limpeza, bem como a de serviosespecializados ligados atividade-meio do tomador(rol exemplificativo), desde que inexistente a

    pessoalidade e a subordinao direta.o Atividade-fim da empresa: aufervel pelo

    contrato social da mesma. Por exemplo: engenheiroqumico de indstria qumica, o torneiro mecnico nametalrgica, o projetista de peas, caixa do banco,professor da escola.

    o Atividade-meio: indstria metalrgica sem ovigilante consegue produzir9. Essa poder serterceirizada. Exemplo: indstria metalrgica (tomador de

    servio) contrata empresa de vigilncia (prestador de

    servio), a qual vai contratar vigilante que irtrabalhar na indstria pode! Assim, o vigilante noter vnculo de emprego com o tomador, desde queinexistente a pessoalidade e a subordinao direta.Portanto, a tomadora no pode exigir que sejasempre o Fulano a ser o vigilante (pessoalidade),nem dar ordens ao vigilante (subordinao direta). Atomadora no contratou Fulano, mas sim contratouum servio de vigilncia. Zona cinzenta: Terceirizar a embalagem do

    produto da empresa Sadia, atividade fim ou

    atividade meio? O TST entendeu que era atividadefim. No se consegue pegar a lasanha congelada seela no estiver embalada.

    Inciso IV: Quem paga todos os encargostrabalhistas do vigilante a empresa de vigilncia.Contudo, se a empregadora (empresa de vigilncia),por exemplo, no pagar o 13 salrio e FGTS, oempregado (vigilante) poder colocar no plo passivoa empresa de vigilncia, bem como a metalrgica.

    o Isso porque a metalrgica (tomadora deservios) tem duas culpas: culpa in eligendo (a

    9Para fazer a distino entre atividade fim e atividade meio,

    fazer a seguinte pergunta: se no existisse determinado

    funcionrio, a empresa continuaria a produzir?

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    8Caderno de Direito do Trabalho: Aula 02 31.01.2012

    tomadora tem que contratar empresas idneas) eculpa in vigilando (a tomadora tem que vigiar,verificar se ela cumpridora das obrigaestrabalhistas). por isso que em muitos contratos de

    prestao de servios, h clusulas que obrigam aprestadora de servios a enviar cpias de recibostrabalhistas tomadora, para esta verificar se todasas obrigaes trabalhistas esto sendo cumpridas.

    o A responsabilidade ser solidria (no tembenefcio de ordem credor pode exigir o crdito dequalquer um deles indistintamente pode entrar comao somente contra o tomador, por exemplo) ousubsidiria (tem benefcio de ordem h o devedorprincipal, que a prestadora de servios, e o devedorsubsidirio, que o tomador de servios)? O TST diz

    que RESPONSABILIDADE SUBSIDIRIA. Assim, nopode o empregado entrar com a ao somentecontra a tomadora.

    o Nos casos de trabalho temporrio, tambm responsabilidade subsidiria. Contudo, se houverfalncia da empresa de trabalho temporrio, aresponsabilidade ser solidria (empregado podeajuizar ao somente contra o tomador).

    o Antes, a redao deste item IV era diferente.Falava que a Administrao Pblica tinharesponsabilidade subsidiria. Contudo, o art.71, 1

    da Lei 8.666/93 impedia essa responsabilidadesubsidiria (A inadimplncia do contratado, comreferncia aos encargos trabalhistas, fiscais ecomerciais no transfere Administrao Pblica aresponsabilidade por seu pagamento (...)). Dessa forma, fora ajuizada uma ADC n 16

    perante o STF, o qual declarou aCONSTITUCIONALIDADE do art. 71, 1, da Lei8666/93. Na oportunidade, nos debates entre osMinistros do STF, falaram que constitucional, masisso no impede que a Justia do Trabalho, em

    situaes pontuais, condene a Administrao Pblicasubsidiariamente10. Contudo, no voto, no h nadadisso. Isso foi s oral/debate. Todavia, o TST ouviu ealterou a redao da Smula 331, acrescentando oinciso V.

    Inciso V: os entes integrantes daAdministrao Pblica, direta e indireta, respondemsubsidiariamente, nas mesmas condies do item IV,caso evidenciada a sua conduta culposa, nocumprimento das obrigaes da lei 8.666/93,especialmente na fiscalizao do cumprimento dasobrigaes contratuais ilegais da prestadora deservio como empregadora. A aludidaresponsabilidade no decorre de mero

    10Isso para no entrar em choque com o TST.

    inadimplemento das obrigaes trabalhistasassumidas pela empresa regularmente contratada. isso que est valendo! ALTA PROBABILIDADE DECAIR EM CONCURSO.

    Inciso VI: A responsabilidade subsidiria dotomador de servio abrange todas as verbasdecorrentes da condenao, referentes ao perodo daprestao laboral na prtica, quer dizer que aresponsabilidade subsidiria tambm abarca asmultas.

    o Exemplo: Vigilante Joo ficou 10 anos naempresa de Vigilncia. Porm, ficou 02 anos natomadora A, 02 anos na tomadora B, 02 anos natomadora C e assim sucessivamente. A empresa devigilncia nunca pagou o adicional de risco.

    Normalmente, na conveno coletiva h uma clusulapenal (multa), em caso de descumprimento otomador tem responsabilidade subsidiria em relaoa multa, pois abrange todas as verbas decorrentes dacondenao. Ademais, cada tomador arcar com operodo da prestao laboral.iii. Telecomunicaes: empresa detelecomunicaes terceiriza para colocar os cabos decomunicao (instalar os cabos). Observe que setrata de uma atividade fim (o art. 60 da Lei 9.472/97inclusiva fala que atividade fim) e, portanto, uma

    atividade ilcita. Contudo, o art. 94, II, da Lei9.472/97 fala que a empresa de telecomunicaespode contratar com terceiros o desenvolvimento deatividades inerentes, acessrias ou complementares(...). Ou seja, poderia terceirizar a empresa paracolocar os cabos. Ressalte-se que essa discussoainda recente. H uma tendncia para se admitirque no h uma vinculao direta Ver apostila!iv. Lei de Servios Pblicos em Geral (art. 25,1): tambm fala situao parecida com o vistoacima Ver apostila!

    Continuao das caractersticas doempregado:o Presta servio no eventual

    (habitualidade/continuidade): caso contrrio, serchamado de trabalhador eventual (no empregado). No importa quantos dias ele trabalhe(no importa o nmero de dias em que a pessoatrabalha). Trs teorias para definir o que serviono eventual (que no se excluem, se completam). Teoria dos fins do empreendimento: tarefa

    que no est inserida nos fins normais da empresa,seria trabalhador eventual. Exemplo: professor naescola, no eventual. Outro exemplo: arcondicionado do LFG quebra e chamam um tcnicopara conserto. Este ser eventual.

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    9Caderno de Direito do Trabalho: Aula 02 31.01.2012

    Teoria do evento: no sabe se e quandoser necessrio. Se o empregador no sabe se equando ser necessrio de determinado trabalhador,ento, este ser eventual (depende de um evento

    que no certo). Teoria da fixao jurdica ao tomador do

    servio: no trabalho eventual, no h fixao jurdicaao tomador de servio (presta servios vriostomadores, sem se fixar a algum). Exemplo: otcnico de ar condicionado conserta o arcondicionado do LFG, da residncia, da indstria.

    o Sob a dependncia do empregado(subordinao ou subordinao jurdica): o estadode sujeio do trabalhador s ordens emanadas pelotomador de servios. o chamado trabalho por

    conta alheia (o inverso de trabalho por contaprpria). a caracterstica mais importante. Devido ao estado de dependncia, o

    empregador tem trs poderes: Poder de organizao da atividade. Poder de fiscalizao do trabalho. Poder disciplinar. No Direito de Trabalho moderno, h trs

    palavras novas: Parasubordinao: quase subordinao (meio

    termo). Subordinao estrutural (Maurcio GodinhoFilho sempre falar em prova discursiva): diante da

    nova realidade, a subordinao no mais a mesma(aumento de contratao de PJs, homeofifce, etc).Subordinao estrutural significa que o empregadointegra o processo produtivo e a dinmica estruturalde funcionamento do tomador de servio, ainda queno receba ordens diretas.

    o Exemplo: caso terceirizao de empresa detelecomunicaes em MG (Telemig) A Telemigcontratou empresa para instalar os cabos de

    telecomunicaes o empregado da empresaterceirizada no recebe ordens diretas do tomador contudo, ele pode ser considerado empregado daTelemig, diante da tese da subordinao estrutural,pois integra o processo produtivo e a dinmicaestrutural de funcionamento.

    o Ainda uma tese nova, mas fundamentalcolocar na prova dissertativa.

    Alteridade (alter = outro; dade = qualidade):qualidade que est no outro. Ou seja, o risco daatividade econmica assumida pelo empregador.

    o Mediante salrio (onerosidade): o trabalhadorvoluntrio no empregado, pois no tem salrio.

    Aula 03 14.02.2012 Faltei!

    Aula 04 05.03.2012

    EMPREGADO DOMSTICO

    Continuao...

    1. CONCEITO: aquela pessoa que presta umservio de natureza contnua, de finalidade nolucrativa, prestado a uma pessoa ou a uma famlia,no mbito residencial desta.

    a. Natureza contnua = no h interrupo. Seno houver continuidade, no ser empregadadomstica.

    b. Finalidade no lucrativa = diz respeito aoempregador domstico. Este no obtm lucro com

    atividade do seu empregado domstico. Ou seja, eleno explora atividade econmica, ao menos nessarelao.

    i. Questo 1: Uma cozinheira que trabalha parauma famlia tambm faz salgadinhos para seremvendidos no bar de propriedade do seu empregador.Qual a relao de emprego? No h que se falar emempregada domstica.ii. Questo 2: caseiro de chcara de lazer

    empregado domstico? empregado domstico,ainda que a famlia no more naquele local.

    Se tiver uma plantao e ele cuida dessaplantao, e eu as vendo, ele ser trabalhador rural,devida existncia de atividade lucrativa. A jurisprudncia trabalhista vem entendendo

    que a plantao destinada ao uso prprio no podeser considerada empregada domstica.iii. Questo 3: a casa muito grande e oempregador acaba pensionando os quartos. Deixa deser empregada domstica, pois o empregador estauferindo lucro.iv. Questo 4: av est doente, vou at ohospital e procuro a melhor enfermeira para cuidarda minha av. Qual a relao? Ela empregadadomstica, pouco importa a formao profissional daenfermeira. Pode ser at o meu piloto do meujatinho, ser empregado domstico.

    c. mbito residencial: foi criado para diferenciarde mbito empresarial. Assim, faxineira de escritriono empregada domstica.

    2. EMPREGADA DOMSTICA x DIARISTA:O que diferencia a natureza contnua. Se for,

    ser empregada domstica. Caso no seja contnua,ser diarista.

    Trs correntes para distinguir empregadadomstica de diarista:

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    10Caderno de Direito do Trabalho: Aula 02 31.01.2012

    a. Primeira corrente (Alice Monteiro de Barros TRT/MG): contnua aquilo que presta servio seminterrupo (segundo o dicionrio). Portanto,empregada domstica quem presta servio sem

    interrupo. Dessa forma, para ser empregadadomstica, tem que trabalhar de segunda a sbado,sem interrupo. Entendimento minoritrio (demenor aceitao).

    b. Segunda corrente (Srgio Pinto Martins):tambm parte da premissa de que contnua aquiloque no sofre interrupo. Contudo, esta correntevisualiza o calendrio de forma vertical (a primeiracorrente visualiza de maneira horizontal tem quetrabalhar todos os dias da semana). Assim, se odomstico trabalhar apenas 1 dia da semana, mas

    sempre no mesmo dia da semana (por exemplo, todasexta), est caracterizada a continuidade. maisaceita que a primeira, mas no majoritria.

    c. Terceira corrente ( a que tem mais aceitao jurisprudencial): 3 dias por semana ou mais domstica; 2 vezes por semana ou menos, diarista.No tem nenhum fundamento legal, mas a que temmaior aceitao prtica.

    EMPREGADO DOMSTICO X DIARISTA.

    No se aplica a CLT, apenas a lei relativa.H trs teses jurdicas com posicionamentosjurisprudenciais mas a que prevalece a que diarista o empregado que presta servios at 2 dias porsemana. Prestando por 3 dias ou mais, consideradoempregado domstico.

    EMPREGADO RURALPode aplicar a CLT, naquilo que no contravier a

    Lei dos Empregados Rurais.Artigo 7 da CF equipara trabalhadores rurais e

    urbanos.A prescrio era diferente para o urbano (5 anos,limitado a 2 anos a partir da ruptura do contrato detrabalho) e o rural (prazo sem prescrio, apenas os2 anos. Ex. se trabalhou 20 anos e houve a ruptura,ele poderia dentro dos 2 anos cobrar os ltimos 20) .

    Hoje, no h mais distino entre urbanos e ruraispara fins de prescrio: ambos com 5 anosretroativos, e binio para propositura da ao.

    TrabalhoNoturno Urbano

    TrabalhoNoturno Rural

    HORRIONOTURNO

    22horas 5dia da manh

    20h- 4horas,para trabalho dapecuria

    Ou entre

    21horas- 5horas, paratrabalho nalavoura.

    ADICIONALNOTURNO

    20% 25%

    CONTAGEMDAS HORAS

    A cada 52minutos e 30segundos,ganha oequivalente auma hora. H areduo da horatrabalhada, porfico jurdica.

    Economizopara cada horatrabalhada 7minutos e meiode trabalho.

    H umintervalo de 7horas (22 as 5).

    Assim, as 7horas do

    trabalho setrabalhadasintegral, do odireito dereceber 8 horaspois recebe amais 52,30minutos.

    A cada60minutostrabalhados noperodo noturno,ganha o salrioequivalente auma hora.

    H umintervalo de 8horas paraambos osregimes,consideradosperodo noturno.

    Definio de empregado rural:

    Artigo 2 da lei 5.889/73: pessoa fsica que empropriedade rural ou prdio rstico presta servio denatureza no eventual a empregador rural, sob adependncia dele e mediante salrio.

    Prdio rstico utilizado para explorao deproduo rural independentemente de sualocalizao.

    No importa a localizao, mas a atividade doempregador.

    Assim, o empregado rural no precisa sernecessariamente o que trabalha no campo.

    Ex. empregado de uma quitanda que planta suasfrutas considerado rural.

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    11Caderno de Direito do Trabalho: Aula 02 31.01.2012

    A parceria rural um contrato em que se encontraparceiros, e no empregado e empregador. Umapessoa se obriga a ceder o uso de imvel rural paraexplorao agrcola, agro industrial, etc; mediante

    partilha de riscos no caso de fora maior, e dos frutosnas propores escolhidas.

    prevista no Decreto 59.566/66, em seu artigo 4.

    No caso, no h subordinao jurdica pois secede a explorao, no h ordens entre ambos. Orisco da atividade econmica, diferentemente darelao de emprego que suportada peloempregador; partilhada, em conjunto com osfrutos. Portanto, no h salrios.

    O artigo 84 do mesmo decreto fixa que sofraudes e no so contratos de parceria, acordosentre empregadores e trabalhadores com pagamentoparte em dinheiro e parte em bens rurais, massimples locao de servio regulada pela leitrabalhista, sempre que a direo dos trabalhos sejade inteira e exclusiva responsabilidade do locatriodos servios, a quem cabe todo o risco.

    Com vistas a evitar as constantes fraudes aosempregados rurais, que so menos instrudos e com

    sindicatos menos atuantes, o legislador crio 2 novosinstitutos:

    Consrcio rural:Equipara-se ao empregador rural pessoa fsica o

    consrcio simplificado de produtores rurais pessoasFISICAS nunca pessoas jurdicas- que outorgar aum deles poder de criar, contratar e gerirtrabalhadores para prestao de servios, comdocumento procurao- registrado em cartrio dettulo e documentos.

    O consrcio deve ser matriculado no INSS emnome do empregador a que foi outorgado o poder decontratar, gerir etc.

    Os produtores rurais integrantes do consrcio docaput sero responsveis solidrios para obrigaesprevidencirias. Por analogia, aplica-se asolidariedade para efeitos trabalhistas.

    Assim, o que fica com o nus de registrar e pagarno responder sozinho por todos os demais.

    Contrato de trabalho rural de pequeno prazo:Artigo 14A.O produtor rural pessoa fsica- poder contratar

    trabalhador rural por pequeno prazo para o exercciodas atividades de natureza temporria.

    Se dentro de um ano superar 2 meses, ficaconvertida em contrato de trabalho por prazoindeterminado.

    Assim, o prazo mximo deste contrato de 2

    meses.Tal contrato deve ser formalizado mediante a

    incluso do trabalhador na GFIP (obrigatrio) e OUanotar a carteira de trabalho ou em livro deempregados, OU contrato escrito em duas vias.Permitiu que no se registre em carteira paraprivilegiar as contribuies previdencirias pela GFIP.

    Somente poder ser feito por produtor ruralpessoa fsica.

    Para tal trabalhador, considerado empregado etem os mesmos direitos trabalhistas do que possui o

    vnculo indeterminado.As parcelas sero calculadas dia a dia e compagamento mediante recibo.

    O FGTS poder ser recolhido e levantado.

    EMPREGADORArtigo 2 da CLT. quem admite, assalaria e dirige a prestao

    pessoal do servio.A alteridade est no assumir o risco da atividade

    econmica.

    Pode ser pessoa fsica ou jurdica.A onerosidade importante para caracterizarempregado e empregador, posto que h pessoascomo o trabalhador voluntrio ou pastor da igrejano trabalham mediante salrio.

    Equiparam-se a empregador os de profissionaisliberais, de instituies de beneficncia, associativasetc. quando possurem empregados.

    Assim, h pessoas que nestas instituiestrabalham e no so empregados, e h pessoas queso empregados.

    GRUPO ECONMICO

    No h necessidade da existncia de uma empresaholding para caracterizar grupo econmico paraefeitos de direito do trabalho.

    H uma solidariedade passiva, pois as empresasrespondem passivamente pelos crditos trabalhistasde todos os seus empregados. Artigo 2, pargrafo 2da CLT.

    Assim, pode-se propor reclamaes trabalhistasentre uma das empresas, todas ou apenas algumas,ainda que no seja a onde se prestou servios.

    Neste caso, para pagamento, o empregador chamado de empregador nico, pois solidrios. Oempregador considerado o grupo econmico.

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    12Caderno de Direito do Trabalho: Aula 02 31.01.2012

    Por fora de lei a solidariedade passiva, maspode ser ativa- na exigncia da prestao deservios?

    Ex. empregado de uma empresa como tcnico de

    informtica, e outra empresa quer que o empregadotrabalhe pra ela por um ms para servios deinformtica, constitui um novo contrato de trabalho?Se no, a solidariedade deveria a ser ativa tambm

    Smula 129 do TST descreve o caso: no hnecessariamente coexistncia de mais de umcontrato de trabalho, se na mesma jornada detrabalho na empresa anterior.

    Assim, a solidariedade dual: ativa e passiva.Se o empregado optar por incluir no plo passivo

    da reclamao trabalhistas a empresa empregadora

    exclusivamente, sem incluir as demais durante todo oprocesso de conhecimento. Ocorre que aps otrnsito em julgado, o empregado quer executar asoutras empresas pertencentes ao grupo econmico,mas que no constam no ttulo executivo. O TST naSmula 205 regra a matria: no pode ser sujeitopassivo na execuo se no foi parte no processo deconhecimento e nem figura no ttulo executivo.

    Ocorre que em diversos TRTs no se aplicava talsmula pois entendiam que poderiam ser sujeitopassivo.

    Posteriormente, a smula foi cancelada e oentendimento passou a permitir a execuo. Aps aaplicao da desconsiderao da personalidadejurdica foi permitida tal execuo, inclusive por outravia.

    SUCESSO DE EMPREGADORES, tambmchamada de SUCESSO DE EMPRESAS OU

    SUCESSO TRABALHISTA

    Artigo 10 e 448 da CLT regram o assunto.

    Alterao na estrutura jurdica da empresa noafeta direitos adquiridos dos empregados. Segue oprincpio da continuidade da relao de emprego.

    A sucessora assume todos os direitos trabalhistas,ainda que existentes ao tempo do sucedido.

    Ex. empresa A vendida para a B em 2010. Em2009 empregado X fez vrias horas extras e noforam pagas. empresas firmaram a clusula de queproblemas ocorridas antes da venda so deresponsabilidade da primeira. Tal uma pactuaovlida mas somente entre os dois, no podendoofender direitos trabalhistas. Responder as dvidastrabalhistas a adquirente.

    Por tal motivo, tem crescido o ramo da DueDiligence- semelhante a pente fino em empresa para

    saber se j tem aes trabalhistas, e quais ospotenciais problemas das empresas a seremcobradas.

    TST vem entendendo que a compra de umaempresa envolve a compra dos passivos trabalhistastambm. OJ 261- SDI 1 reza o assunto.

    Para caracterizao da sucesso, pode serconsiderado o mesmo espao fsico, a explorao domesmo ramo de atividade, mesma clientela, mesmosempregados e mesmo maquinrio.

    O contrato firmando entre empregado eempregador contrato de trabalho, apesar de

    relao de trabalho ser gnero e emprego espcie.Para evitar confuso, muitos autores chamam decontrato de trabalho subordinado ou contratoindividual de trabalho.

    Na poca era usada tal nomenclatura para noconfundir com contrato coletivo de trabalho, que noexiste mais e hoje chamado de conveno ouacordo coletivo de trabalho.

    Teoria contratualista entende que tal contrato temnatureza jurdica contratual, um acordo de vontadecom independncia e soberania dos contratantes.

    A teoria anticontratualista entende que no tem talnatureza contratual, posto que no h livre discussodas clusulas e h ampla regulamentao legal querestringe. Cesarino Costa entendia que o contrato detrabalho era um contrato de adeso mas no se tratade uma verdade absoluta: h situaes em que oempregado que d as clusulas, especialmente altoescales.

    A natureza contratual prevista em lei pelo artigo444 da CLT: de livre estipulao das partes, emtudo quanto no contravenha as normas trabalhistas.

    Savatie chamava isso de contrato regulamentado,pois tem natureza contratual mas tem normasprevistas por lei.

    CARACTERSTICAS DO CONTRATO DE TRABALHO intuito personae: tem pessoalidade. O

    empregado se obriga pessoalmente de prestar osservios contratados.

    intuito personae com relao ao empregado eno ao empregador.

    sinalagmtico: conhecido como bilateral. Revelaprestaes obrigacionais recprovas.

    E da serem chamados de bilateralidade.

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    13Caderno de Direito do Trabalho: Aula 03- 13.03.2012

    consensual, no solene. O contrato de trabalhono tem forma definida. tcito ou expresso. Apreviso escrita somente exigida por lei, como noscasos contrato de trabalho temporrio.

    de trato sucessivo: pressupe o elemento decontinuidade: durao. A CLT prefere os contratospor prazo indeterminado, que so regra. O contrato aprazo so exceo: a CLT regulamenta as hiptesespara tal.

    oneroso: no gratuito. Empregado aqueleque recebe salrio e empregador aquele queassalaria. CLT artigo 442.

    subordinativo: por tal motivo as fraudes comcooperativas so nulos de plenos direitos posto quecom objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar.

    Aula 03- 13.03.2012

    CONTRATO A PRAZO

    Contrato a prazo, por prazo determinado, a termoso expresses sinnimas. De acordo com o artigo443 da CLT, o contrato por prazo indeterminado aregra. O por prazo determinado somente pode serfirmado nas hipteses legais.

    Tem relao com o princpio da continuidade da

    relao de emprego.So as hipteses:a) Servios cuja natureza ou transitoriedade

    justifique.

    A contratao se d para exercer servioconsiderado transitrio dentro de uma empresa. Ex.indstria qumica com problemas financeiros e fazauditoria contbel na empresa, contratando umauditor autnomo pessoa fsica, que tem horrio fixo,

    uso de uniforme, sujeio a regras, o que caracterizaa subordinao.

    b) Atividades empresariais de carter transitrioA empresa como um todo transitria.Ex. empresa montada em shopping no fim do ano

    para venda de enfeites de natal.Ex. fbrica de ovos de pscoa.

    c) Contrato de experincia ou contrato de prova.O prazo de tal contrato de 2 anos, na linha do

    artigo 445 da CLT.O de experincia no poder exceder de 90 dias.

    diferente do contrato de trabalho temporrio- lei6019/74 para dar conta de acrscimo extraordinriode servios e substituio do pessoal regular epermanente. Tem intermediao obrigatria de

    empresa de trabalho temporrio. O prazo destecontrato de 3 meses.

    (o prazo para o contrato de experincia diferentedo do trabalho temporrio: 90 dias e 3 meses, comcontagem diferenciada para dias e meses).

    Ex. contratao de trabalhador no dia 15 dejaneiro. O contrato temporrio ir se findar nomesmo dia que contratei: 15 de abril. O deexperincia diferente, pois contato dia a dia, e irter tempo diferente pois fevereiro tem menos de 30dias e janeiro tem mais etc...

    Sobre o contrato por prazo determinado, a regrado artigo 451 vale para os casos do caput epargrafo nico (este ltimo fala do contrato deexperincia): h a possibilidade de uma nicaprorrogao dos contratos a prazo.

    No h necessidade de autorizao do Ministriodo Trabalho e emprego (como no trabalhotemporrio).

    O contrato poder ser prorrogado uma nica vezdentro destes dois anos segundo doutrinamajoritria.

    Carrion defende que poder prorrogar por mais 2anos totalizando 4, mas doutrina minoritria. (notemporrio poderia uma nica prorrogao por mais3 meses, totalizando 6 meses.)

    majoritrio que para os contratos por prazodeterminado feitos por 2 anos no podero mais serprorrogados. Se prorrogados, ser considerado comofirmado por prazo indeterminado. Do mesmo modo, o

    contrato de experincia feito por 90 dias no poderser prorrogado.

    Tal contrato poder ser objeto de sucesso: feitonovo contrato por prazo, desde que entre os doiscontratos dever ser respeitado um tempo de 6meses.

    Ex. contrato por prazo determinado. Pausa de 6meses. Novo contrato por prazo determinado.

    RUPTURA ANTECIPADA DOS CONTRATOS ATERMO:

    Ex. fbrica que produz mquinas. A pedido decliente, decide produzir para aquele cliente umamquina especfica, diferente da normalmente

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    14Caderno de Direito do Trabalho: Aula 03- 13.03.2012

    produzida. Assim, contrata um gerente para aproduo de tal mquina.

    Se o contrato a prazo por 2 anos mas o

    empregador no quer mais ele como empregadopoder ocorrer a resciso antecipada.

    Dever ser paga indenizao de metade daremunerao que teria direito at o termo docontrato no caso de dispensa sem julga causa.

    Artigo 479 e 480 regulamentam a situao.

    No caso de Justa causa somente receber: saldosalarial e frias vencidas. No h 13 proporcional,

    nem FGTS, nem frias proporcionais.

    Se o empregado que assinou o contrato por termoque quer se desligar antecipadamente:

    - se caso de despedida indireta, a falta gravecometida pelo empregador...

    - se o empregado no cometeu justa causa: oempregado no obrigado a indenizar oempregador, somente no caso de prejuzo causado.

    Neste caso, o prejuzo dever ser provado peloempregador, e a indenizao no poder superar a

    que fosse devida caso o empregador fosse quemrescindisse metade da remunerao devida at ofim do contrato.

    Ex. de prejuzo: empregador paga cursos para oempregado e ele se desliga da empresa.

    Nos contratos por prazo determinado no h avisoprvio.

    CLAUSULA ASSECURATRIA DE DIREITORECPROCO DE RESCISO ANTECIPADA

    Tal clusula uma faculdade dos contratantes.A clausula estabelece que no haver a

    necessidade de indenizao dos artigo 479 e 480.

    O artigo 481 regulamenta tal clausula.Aplicam-se por tal clausula os princpios que

    regem os contratos por prazo indeterminado,

    Caber aviso prvio ao contrato por prazodeterminado com tal clusula.

    Tal clusula mais benfica para a empresa.

    H outras modalidades de contrato a prazo na lei9601/98 e decreto 2490/98: seriam uma segundamodalidade de contrato a prazo em lei e no em CLT.

    A lei foi feita em uma poca de grande

    desemprego no Brasil.Tal modalidade exige conveno ou acordo

    coletivo, acrscimo do nmero de empregados, podeser para qualquer atividade empresarial ainda queno provisria,

    CLT L9601/98H

    negociaodireta.

    Deverhavernegociaocoletiva:

    existncia deacordo ouconvenocoletiva detrabalho

    Hiptesesde contratao

    1- Serviotransitrio

    2- Atividadetransitria

    3- Contratode experincia

    Acrscimono nmero deempregados.

    Indenizaopor rescisoantecipada

    Se rescisoantecipada poriniciativa doempregador,dever pagar aoempregadometade do quereceberia at otermino.

    Se iniciativado empregado,

    havernecessidade daprova doprejuzo peloempregador,limitado ametade do queo empregadoteria a receberate o fim docontrato.

    As partesestabeleceroa indenizaopara ashipteses derescisoantecipada. Oacordo comconvenocoletiva irdeterminar a

    indenizao.

    Prorrogao Somenteumaprorrogao,respeitado olimite total de 2

    Poderhaver vriasprorrogaes.

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    15Caderno de Direito do Trabalho: Aula 03- 13.03.2012

    anos ou 90 diasparaexperincia.

    O FGTS

    reduz para2%, e outrosencargos soreduzidos.

    Seriamreduzidos em18 meses daedio da lei.Depois, foiprorrogadopor 36 meses,

    e depois por60 meses daedio da lei.

    Ocorre queno mais estem vigncia.

    ANOTAO NA CTPSA anotao a prova do contrato de trabalho,

    apesar de gerar presuno relativa para o empregadoe empregador.

    ALTERAO NO CONTRATO DE TRABALHO

    Deve haver mtuo consentimento E inexistnciade prejuzo ao empregado.

    Coao econmica o que se denomina apresso realizada pelo empregador no empregado,que se sente pressionado a aceitar condiesimpostas pelo empregador.

    o vcio de consentimento presumido: oempregado em geral no aceitaria.

    Exerccio do jus variandi: direito do empregadorde alterar certas condies do contrato de trabalhode forma unilateral.

    Exerccio do jus resistentiae: direito do empregadode resistir as alteraes propostas pelo empregadorde forma unilateral

    Mera alterao de espao fsico no geratransferncia do funcionrio, que poder ser feitasem a anuncia do empregado.

    Somente ser necessria a anuncia atransferncia que importa mudana de local detrabalho, exceto no caso dos empregados com cargos

    de confiana e os que tenham clusula detransferncia, que no precisa ser explicita se anatureza do trabalho evidenciar as transfernciasevidentes. Nestes dois ltimos casos, dever haver

    demonstrao da real necessidade de servio.

    Neste ltimo caso dever pagar um adicional de25% do que o empregado recebia (adicional detransferncia), que devido sob condio: enquantodurar a situao.

    Assim, o adicional de transferncia no seincorpora de forma definitiva ao salrio.

    Valentin Carrion entendia que o adicional eradevido nas provisrias e nas definitivas. Tal posio

    minoritria.

    Assim, o adicional devido apenas nastransferncias provisrias e no nas definitivas.

    Os trabalhadores com cargo em comisso e os quepossuem clusula contratual, tem direito ao adicionalde transferncia.

    OJ 113 da SDI 1 do TST determina neste sentido.

    As despesas decorrentes da transferncia corrempor conta do empregador.

    Smula 29 do TST determina que empregado notransferido mas com alterao de seu local dotrabalho que importe em aumento dos custos detransporte, tem direito ao valor correspondente aoacrscimo de despesa.

    SUSPENSO E INTERRUPO DO CONTRATO DETRABALHO

    A interrupo tambm chamada de suspensoparcial do contrato de trabalho.A suspenso tambm chamada de suspenso

    total.

    SUSPENS O No h trabalhodurante a suspenso.

    No h salrio.

    O tempo deafastamento no computado comotempo de servio.

    Assim, suspendidoinclusivo o depsito do

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    16Caderno de Direito do Trabalho: Aula 04 21.03.2012

    FGTS.

    Ex. empregado quesai para servir ao

    exrcito no serviomilitar obrigatrio.

    Ex. acidente detrabalho

    Os 15 primeiros diasde afastamento seroremunerados peloempregador. A partirdo 16 dia o empregado

    receber benefcioprevidencirio.

    Se for acidente detrabalho ou doenaocupacional equiparada a acidentedo trabalho- hdepsito do FGTSapesar de sersuspenso.

    INTERRUPO

    No h trabalhodurante a interrupo.

    H salrio.O tempo de

    afastamento computado comotempo de servio, paraefeitos de indenizaoe estabilidade, e dedepsito de FGTS.

    Artigo 473 ex. at 2 dias consecutivos em casode falecimento do cnjuge, ascendente, descendente,irmo ou pessoa declarada na CTPS como de suadependncia econmica. ( o caso de falecimento por nojo). No caso de casamento, h 3 diasconsecutivos (motivo de gala ), 5 dias para licenapaternidade (CLT est equivocada, desde a CF 1988a licena paternidade de 5 dias e no 1 comoconsta na CLT), 1 dia em cada 12 meses por doaovoluntaria de sangue devidamente comprovada, 2dias consecutivos ou no para alistamento de eleitor,no perodo que tiver de cumprir exigncias do serviomilitar ( a hiptese do dia do reservista: oficial dareserva chamado para se apresentar), dias para

    prestar exame vestibular sem limite de faltas emestabelecimento de ensino superior (de ensinotcnico no includo), tempo para comparecer ajuzo sem prazo (inclusive se autor de ao, no

    necessariamente testemunha ou jurado), serepresentante de entidade sindical participando dereunio oficial da qual o Brasil membro (ex. OIT).

    Hipteses de interrupo: no trabalha masganha.

    H trs tipos de afastamento para servio militar:- Apresentao anual do reservista- artigo 65 letra

    C da lei do Servio Militar: caso de interrupo:artigo 473, inciso VI.

    - Servio militar inicial: jovem de 18 anos: artigo60, pargrafo primeiro da lei do servio militar:enquanto incorporados no recebero nenhumvencimento, salrio ou remunerao da organizaoa que pertenciam. caso de suspenso, comobrigatoriedade do recolhimento do FGTS.

    - Incorporao por motivo de convocao paramanobras exerccios, manuteno de ordem interna(ex. casos de greve de polcia militar) e em casos deguerra. Artigo 61, caput da lei do servio militar.Neste caso poder haver uma opo do empregado:

    poder optar por continuar receber o salrio masreceber a base de 2/3do salrio normal; OU recebera gratificar regulamentar das foras armadas.

    Se optou por continuar a receber o salrio interrupo.

    Se optou por receber salrio das foras armadas suspenso.

    Aula 04 21.03.2012

    DURAO DO TRABALHOA CLT previa a durao diria do trabalho de 8

    horas dirias, e 6 dias trabalhados, possibilitando ajornada de 48 horas semanais.

    Com o advento da CF, foi mantida a jornada diriade 8 horas, criando-se um limite semanal de 44horas, no se fixando a jornada de 8 ou 4 horas aossbados ou em outros dias da semana. Tal escolha determinada por resoluo contratual.

    Ex. poder ser fixada jornada de 8 horas em todosos dias e 4 aos sbados, ou de 7 horas por 4 dias e 8nos demais, incluindo sbado. Normalmente seescolhe o primeiro esquema.

    Tal a durao normal do trabalho.

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    17Caderno de Direito do Trabalho: Aula 04 21.03.2012

    possvel a fixao de horas extraordinrias ousuplementares.

    As horas suplementares no podero ser

    excedentes de 2, mediante acordo escrito entreempregador e empregado ou mediante contratocoletivo de trabalho.

    Somente podero ser prestadas por ACORDOINDIVIDUAL OU COLETIVO. Se no houver talpreviso, no podero ser prestadas as horassuplementares.

    Portanto, o limite de horas trabalhadas por dia de 10 horas, em condies normais. Em casos dehoras extraordinrias pode-se trabalhar em maior

    nmero de horas.

    A remunerao da hora suplementar dever ser depelo menos cinqenta por cento superior a danormal. O adicional poder ser superior aos 50%legais.

    Em casos de horas suplementares prestadas,poder o adicional no ser pago, ainda que em horastrabalhadas superiores a 8horas dirias, se por forade acordo ou conveno coletiva de trabalho o

    excesso de horas em um dia for compensado peladiminuio em outro dia.Neste caso, haver compensao.Em condies normais, no possvel trabalhar

    mais do que 10 horas por dia.Poderia trabalhar 10 horas em um dia, 8 nos

    demais, 6 em um outro dia, e 4 no outro. H o totalde 44 horas.

    Em empresas que no funcionam aos sbados, possvel ser feito acordo de compensao dossbados.

    Assim, as 4 horas do sbado o que normalmenteocorre- podem ser distribudas por toda a semana.Assim, poder trabalhar 10 horas na segunda, tera,e 8 nas quartas, quintas e sexta, sem trabalhos aossbados. Podero, ainda, trabalhar 8 horas + 48minutos dirios, para totalizar as 44 horas, semtrabalho aos sbados.

    ACORDO DE COMPENSAO SEMANAL: Smula85 do TST: a compensao de jornada de trabalhodever ser feita por acordo individual escrito ouconveno coletiva. O verbal ou tcito no vlido.As convenes coletivas podero determinar que nosero aceitos acordo individuais sobre compensao.

    Nos casos de acordos verbais, dever ser pago oadicional do extrapolado, e no a hora + o adicional.

    Ex. 8 horas e 48 minutos todos os dias, ser pago48 minutos + 50%, correspondendo a 24 minutos.

    Tal smula no se aplica a banco de horas.

    BANCO DE HORAS: poder compensar em umano, respeitado o limite mximo de 10 horas dirios.Somente ser possvel aps negociao coletiva, poracordo ou conveno coletivos, no sendo permitidoo acordo individual.

    A smula 349 do TST foi cancelada. Previa acordode compensao de horrio em atividade insalubre.Neste caso no haveria necessidade de inspeoprvia da autoridade de higiene do trabalho. TST fez,para editar tal smula, uma interpretao

    entendendo que a CF no excepcionou as hiptesesde horas suplementares e no poderia a CLTexcepcionar.

    Assim, imprescindvel a inspeo prvia daautoridade.

    TST entendia que horas extras suplementares-por pelo menos 2 anos, ainda que o empregadordeixasse de exigir as horas suplementares, eledeveria continuar pagando por elas. Hoje, oentendimento foi modificado. Tal smula, que dizia

    que havia incorporao em definitivo, foi cancelada efoi editada nova smula: a de nmero 291 do TST.A supresso total ou parcial (se prestava 2 horas

    extras por dia e passou a prestar 1 continua a valer asmula)pelo empregador de servio extraordinrioprestado com habitualidade por pelo menos um anoassegura o empregado o direito a indenizaocorrespondente ao valor de um ms das horassuprimidas para cada frao igual ou superior a 6meses, levando em conta a mdia dos valores.

    Ex. trabalhador prestou horas extras por 10 anos.

    Receber um ms de horas extras para cada ano oufrao igual ou superior a 6 meses fazendo horasextras: receber 10 meses. O clculo observar amdia das horas extras e os valores recebidos nosltimos 12 meses.

    Assim, pagar 10 meses, sendo a mdia das horasextras como clculo de horas nestes 10 meses.

    Ex. 10 anos e 7 meses, receberia 11 meses.Ex2. 10 anos e 3 meses, receber 10 meses.

    Para clculo de uma hora trabalhada, deve-sefazer a conta do salrio dividido por 220= valor dahora trabalhada.

    Ex4. 10 anos= 10 meses de horas extras

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    18Caderno de Direito do Trabalho: Aula 04 21.03.2012

    40 horas por ms= mdia de horas por ms2200 reais de salrio= 10 reais por hora a hora

    normal. E 15 reais da hora extra.

    Assim, sero 400 horas extras x 15 reais a hora=6 mil reais.

    HORAS EXTRAORDINRIAS

    So devidas em casos de necessidade imperiosa.Tal necessidade gnero das espcies:- Fora maior- Servio cuja inexecuo possa acarretar prejuzo

    manifesto ou servio inadivel.

    Tal excesso poder ser exigidoindependentemente de acordo ou conveno coletiva.

    O excesso de horas dever ser comunicado dentrode 10 dias a autoridade competente em matria detrabalho. Ou, antes destes 10 dias, no momento defiscalizao, se anterior ao prazo de dez dias. Nesteultimo caso, dever, ainda, comunicar formalmente aautoridade trabalhista.

    No caso de fora maior, a hora excedente noser inferior a da hora normal.Se servio inadivel etc poder receber a hora

    mais adicional. H, neste caso, o limite de 12 horastrabalhadas diariamente.

    A CF entretanto, apesar de a CLT no garantir oadicional para os casos de fora maior, a CF previuque a hora extraordinria ser devida com 50%.

    HORAS

    SUPLEMENTARES

    HORS EXTRAS

    Acordo individual oucoletivo

    Independem deacordo, mas em casode necessidadeimperiosa devecomunicar ao fiscal dotrabalho

    50% 50%Limite 10 horas Limite 12 horas

    Neste caso, poderhaver recuperao dotempo perdido- notrabalhado e pago-poder ser exigido noMaximo 2 horasdirias, em perodo no

    superior de 45 dias porano (podendo exigir os45 dias por um ano, edepois esperar outro

    ano e depois outro..),com prvia autorizaoda autoridadecompetente

    TRABALHO EM REGIME PARCIAL

    aquele cuja durao no exceda a 25 horassemanais.

    Poder ser pago proporcionalmente ao nmero de

    horas trabalhadas. Se o valor proporcional for inferiorao salrio mnimo ou ao piso da categoria, de acordocom a OJ 358 SDI1 TST: h possibilidade.

    H para tais trabalhadores menos dias de frias aserem gozados.

    Para contratar desde o incio basta acordo entreempregado e empregador.

    Para os empregados adotarem o trabalho emregime parcial, em transformao do regime, dever

    haver acordo ou conveno coletiva.

    DURAO DE TRABALHO NO LIMITADA A 8HORAS E SEM PAGAMENTO DE HORA EXTRA:

    - Empregados com atividade externa incompatvelcom fixao de horrio de trabalho, com tal atividadeanotada na CTPS. Entregadores de caminho quepossui tacgrafo pela OJ 332 SDI 1 do TST: se incluidesde que somente o tacgrafo, sem outroselementos. O tacgrafo deve ser instaladoobrigatoriamente por determinao legal. GPS

    entretanto poder ser considerado controle dejornada mas a questo controvertida posto quemuitas seguradoras somente cobrem o sinistro se forinstalado GPS.

    - gerentes e exercentes de cargo de gesto.Exercente de cargo de gesto o empregado que

    se substitui ao empregador, nas importantes decisesdo cotidiano da empresa.

    Possuem amplos poderes de mando, podendoadmitir, demitir e punir seus subordinados.

    Possuem, ainda, padro elevado de vencimentos,correspondente a acrscimo de 40%. Se j foicontratado para exercer tal cargo e no for adquiridopor promoo, ser de 40% a mais do que seusubordinado.

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    19Caderno de Direito do Trabalho: Aula 05- 03/04/2012

    Os exercentes de cargo de gesto no possuemjornada de trabalho, hora extra etc..

    TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTOA jornada para tal sistema de 6 horas dirias,

    por previso da CF artigo 7, inciso XIV, salvonegociao coletiva.

    Turnos o trabalho em que os empregados sesucedem no mesmo posto de trabalho.

    Poder haver trs turnos:- 1 turno: 8h as 16h- 2 turno: 16h as 0h- 3 turno: 0h as 8h

    Se trabalhar nos turnos fixos, poder trabalhar 8horas.

    Aula 05- 03/04/2012

    JORNADA DE TRABALHO DOS BANCRIOS

    O sbado dia til mas para o bancrio considerado dia til no trabalhado.

    A carga horria semanal via de regra de 30

    horas, 6 horas contnuas nos dias teis, excluindo-seo sbado.Para ele, so 5 dias apenas de 6 horas = 30 horas

    na semana. o que dispe o artigo 224 da CLT.H, entretanto, os trabalhadores que exercem

    funo de direo, chefia, ou cargos de confiana-que na semana trabalham 8 horas, no trabalhandoaos sbados, desde que O VALOR DA GRATIFICAONO SEJA INFERIOR A 1/3 DO SALRIO DO CARGOEFETIVO. Ex. salrio de 3 mil e gratificao de mil.

    Cargo de confiana no cargo de gesto (artigo

    62 da CF- age como se fosse dono do negcio oucomo se empregador fosse, com amplos poderes demando, com padro elevado de vencimentos). Assim,o cargo de confiana no precisa ter poderes degesto.

    Os gerentes do banco so os que trabalham6horas, cargos de confiana 8 horas, ou cargos degesto- artigo 62- sem jornada de trabalho?

    Smula 287 do TST: A JORNADA DO GERENTE DEAGNCIA DE 8 HORAS- ARTIGO 224, PARGRAFO2 DA CLT. SE POSSUIR GRATIFICAO DE PELOMENOS 1/3. Smula 102, item III do TST: sodevidas as 7 e 8 horas como extras se pagargratificao inferior a 1/3.

    O GERENTE GERAL DA AGENCIA EST INCLUDOCOMO CARGO DE GESTO- ARTIGO 62 DA CLT.

    Poderia a conveno coletiva daquela baseterritorial dizer que a gratificao de funo deconfiana no ser inferior a 50% do salrio?

    Se o banco pagar gratificao de 1/3- legal- e noa convencional?

    A smula 102 do TST vem regulamentar talsituao.

    NO TEM DIREITO A 7 E 8 HORAS COMOEXTRAS, MAS AS DIFERENAS DE GRATIFICAO DEFUNO.

    ADVOGADO EMPREGADO

    Pelo Estatuto da OAB, o advogado tem jornadasemanal de 20 horas, 4 horas dirias, salvo acordoou conveno coletiva ou dedicao exclusiva.

    No caso de dedicao exclusiva, tem jornadanormal de 8 horas.

    O ADICIONAL DE HORAS EXTRAS DE 100%.O PERODO NOTURNO das 20 horas at as 5

    horas do dia seguinte o adicional ser de 25 porcento.

    PARA URBANO- 22 HORAS AS 5 DO DIASEGUINTE.

    PARA RURAL- DAS 20 AS 4 OU DAS 21 AS 5

    O artigo 12 do regulamento geral do Estatuto daOAB: considera-se DEDIDAO EXCLUSIVA o regimede trabalho que for expressamente previsto noCONTRATO INDIVIDUAL.

    JORNADA DE TRABALHO DOS TELEFONISTAS

    Artigo 227 da CLT: empresas que exploram oservio de telefonia os operadores tem direito adurao mxima de 6 horas de trabalho por dia ou 36horas semanais- sbado dia til trabalhado.

    O telefonista quem tem tal direito o dasempresas que exploram o servio de telefonia.

    Em tese, o telefonista da telefnica tem direito atal jornada de 6 horas, mas o da indstriametalrgica trabalha 8 horas.

    A Smula do TST 178, em interpretaoteleolgica: entendeu que A CLT JORNADA DE 6HORAS- SE APLICA AO TELEFONISTA DE MESA DEEMPRESA QUE NO EXPLORA O SERVIO DETELEFONIA. Ex. o da indstria metalurgia tambmtem direito a jornada reduzida.

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    20Caderno de Direito do Trabalho: Aula 05- 03/04/2012

    Os operadores de televendas teriam tratamentoanlogo por posio majoritria da jurisprudncia.

    A OJ 273 da SDI 1 do TST, RECENTEMENTE

    CANCELADA, dizia que no havia tratamento anlogo.

    REGISTRO DE HORARIO DE TRABALHOPode ser o manual, mecnico (por relgio de

    ponto com alavanca e papel marcar o ponto) oueletrnico.

    O sistema eletrnico no o nico possvel.Portaria regulamenta o sistema eletrnico, se for o

    escolhido.O LIMITE MXIMO SER DE 10 MINUTOS

    DIRIOS, E TOLERNCIA DE 5 MINUTOS PARA

    ENTRADA E 5 PARA SADA.

    Smula 366 do TST: no sero computadas comoextras os limites de 5 minutos, se ultrapassado tallimite, ser considerada COMO EXTRA ATOTALIDADE DO TEMPO QUE EXCEDER A JORNADANORMAL. Ex. 6 minutos aps, conta-se 6 minutos eno apenas 1 (que excedeu a 5).

    NO PREVALECE NORMA OU ACORDO COLETIVOQUE ELASTECE O LIMITE DE 5 MINUTOS PARA FINSDE APURAO DAS HORAS EXTRAS.

    HORAS IN ITINEREEm regra o tempo gasto de ida at o local de

    trabalho no ser computado na jornada de trabalho.SALVO SE LOCAL DE DIFCIL ACESSO OU NO

    SERVIDO POR TRANSPORTE PBLICO, OEMPREGADO FORNECER A CONDUAO. Tais so osrequisitos para configurao da hora in itinere.

    Mesmo que esteja em conduo fornecida peloempregador, se houver transporte pblico, no temdireito a horas in itinere.

    Podero ser fixadas PARA AS MICRO EMPRESAS EEMPRESAS DE PEQUENO PORTE, o TEMPO MDIODESPENDIDO PELO EMPREGADO E FORMA ENATUREZA DA REMUNERAO, sem precisar oclculo total de cada um dos empregados ex. um dia1 hora no nibus do empregador, o outro 15minutos. Paga-se 30 minutos.

    Se o empregado no puder usufruir do horrio emconduo normal, publica, no fornecido peloempregador, por incompatibilidade- ex. sai 2 damanha do trabalho- poder ter direito a horas initinere?

    TST sumulou a incompatibilidade de horrio: AINCOMPATIBILIDADE DE HORARIOS TEMTRANSPORTE COLETIVO MAS NO EM OPERACAO

    NAQUELA HORA DE SADA DO EMPREGADO- GERADIREITO A HORAS IN ITINERE.

    Se o transporte pblico for insuficiente- no h no

    horrio que precisa e chegaria atrasado na empresaou muito antes do horrio de incio de trabalho, NOH HORAS IN ITINERE. SE H TRANSPORTEPUBLICO, NO IMPORTA SE SUFICIENTE OU NO,SE CHEGAR MAIS CEDO OU NO, NO H HORASIN ITINERE.

    Se em parte do trecho de ida ou volta htransporte pblico e em outra parte no htransporte pblico, CARACTERIZA-SE AS HORAS INITINERE SOMENTE PARA O TRECHO NO

    ALCANADO POR TRANSPORTE PBLICO.

    As horas in itinere sero pagas: TRABALHO +HORAS IN ITINERE, SE MAIS DE 8 HORAS, PAGA-SECOMO HORAS EXTRAS.

    SE MENOS DE 8 HORAS A SOMA, NO PAGA-SEHORAS EXTRAS.

    Fornecer a conduo: colocar a disposio doempregado.

    O FATO DE O EMPREGADOR COBRAR

    PARCIALMENTE OU NO A CONDUO, NO AFASTAO DIREITO A PERCEPO DAS HORAS IN ITINERE.O tempo ENTRE A PORTARIA E LOCAL DE

    TRABALHO CONTA-SE COMO IN ITINERE SESUPERAREM OS 10 MINUTOS.

    SOBREAVISOO empregado nesta hiptese o que permanece

    em sua prpria casa, aguardando a qualquermomento o chamado para o servio.

    A escala dever ser de no mximo 24 horas,

    As horas de sobreaviso sero contadas a razo de1/3 do salrio normal. muito aplicada aos ferrovirios, que fazem

    manuteno dos trilhos.Pode ser aplicada por interpretao analgica aos

    eletricitrios, segundo disposio da Smula 229 doTST.

    O BIP e Pager ou celular ou rdio -ou qualquerequipamento de comunicao- no trazem o nus deo empregado ficar em casa, mas segundojurisprudncia majoritria Smula 428 do TSTregrou o caso- o uso de tais aparelhos no POR SIS caracteriza o sobreaviso, j que h umamobilidade, ainda que restrita. Professor acha quecomo muitos ministros no concordam com talsmula e que provavelmente ela ir ser cancelada.

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    21Caderno de Direito do Trabalho: Aula 05- 03/04/2012

    Os opositores entendem que a smula fere asinalagmtica do contrato de trabalho: o empregadoest com o bip, onerando o empregado, e oempregado no recebe por tal perodo.

    O artigo 6 da CLT: no se distingue trabalhorealizado no estabelecimento do empregador, nodomiclio do empregado ou a distncia, desde quecaracterizados outros pressupostos da relao deemprego. Ex. lavadeira do uniforme de time defutebol que lavava as roupas em sua residncia.

    Os meios telemticos e informatizados decomando, controle e superviso se equiparam aosmeios pessoais para fins de subordinao jurdica.

    Assim, pode trabalhar em sua casa e estar sobsubordinao jurdica- caracterizao de relao de

    emprego.Prof. orienta as empresas que tem empregadosnestas situaes e para evitar que alegue que estavade sobreaviso, a avisar o empregado que deverpermanecer com os equipamentos desligados de talhora a tal hora, e fiscalizar tal ordem, sob pena deconivncia.

    INTERVALOS DEVIDOS DURANTE O TRABALHO

    Entre jornadas haver um perodo mnimo de 11

    horas. o INTERVALO INTERJORNADAS. ointervalo para descanso e sono do empregado.A OJ 355 da SDI 1- TST prev que o desrespeito

    ao intervalo mnimo acarreta por analogia os mesmoefeitos no pargrafo 4 do artigo 71 e sumula 110 doTST, devendo-se PAGAR A INTEGRALIDADE DASHORAS QUE FORAM SUBTRADAS DO INTERVALO,ACRESCIDAS DO ADICIONAL de hora extra.

    Ex. se fez um intervalo de 10 horas entre duasjornadas de 8 horas cada, a 11 hora no gozada serpaga como trabalhada + adicional.

    INTERVALO INTRAJORNADA o intervalo para repouso e alimentao.

    Para trabalhadores de jornada at 4 horas no hintervalor.

    Para jornadas de 4 at 6 horas possui 15 minutosde intervalo.

    Para as jornadas com mais de 6 horas, poder serde 1 ou 2 horas (salvo acordo escrito ou contratocoletivo para exceder de 2), a combinar com oempregado. ASSIM, PODER SER MAIOR DO QUE DE2 HORAS COM ACORDO COLETIVO OU MENOR DEUMA POR ATO DO MINISTRO DO TRABALHOOUVIDA A SECRETARIA DE SEGURANA E HIGIENEDO TRABALHO.

    Se no houver tal autorizao para intervalomenor de 1 hora e os empregados gozarem de talintervalo reduzido, o empregador est sujeito amulta- autuao administrativa- dever pagar ao

    empregado na diferena da uma hora mnima maisACRESCIMO DE 50% SOBRE O VALOR DAREMUNERAO DA HORA NORMAL DO TRABALHOno perodo correspondente ao intervalo mnimo (ex.se deu 30 minutos, dever pagar os 30 minutosrestantes para o total da uma hora + 50% doadicional).

    Por outro lado, para a OJ 307, A NO CONCESSAOTOTAL DO INTERVALO MNIMO DE UMA HORA OUCONCESSO PARCIAL, SEM A AUTORIZAO DOMINISTERIO DO TRABALHO, IMPLICA O

    PAGAMENTO TOTAL DO PERODOCORRESPONDENTE COM ACRESCIMO DE 50% DOVALOR DA REMUNERAO. ex. se deu 30 min ounada, dever pagar a mesma coisa. TAL INTERVALOREPERCUTE NAS VERBAS SALARIAIS DOEMPREGADO, segundo a OJ 354 DO TST.

    Ex. se entrar as 8 e sair as 19, com 3 horas deintervalo: possvel, desde que haja convenocoletiva ou acordo individual neste sentido.

    Os intervalos de descanso no sero computados

    na durao do trabalho. Assim, poder trabalhar das8 as 17 com intervalo de uma hora, ou das 8 as 18com intervalo de 2horas.

    A OJ 342 da SDI 1 do TST dispe, em seu inciso I,que invlida clusula de acordo ou convenocoletiva de trabalho contemplando a supresso oureduo do intervalo intrajornada. H necessidade daautorizao do Ministro do trabalho.

    EXCEO: MOTORISTAS DE ONIBUS de empresade transporte pblico coletivo urbano E

    COBRADORES, para os quais VLIDA CLUSULA DEACORDO OU CONVENO COLETIVA DO TRABALHOCONTEMPLANDO REDUO DA JORNADA, DESDEQUE GARANTIDA A REDUA DA JORNADA PARA 7HORAS DIARIAS OU 42 SEMANAIS, NOPRORROGADA- no pode fazer hora extra- E COM AMESMA REMUNERAO, COM DESCANSOFRACIONADOS.

    Prxima aula: DSR, intervalos do digitador etc.

    (doutrina e jurisprudncia tem entendido quetrabalhar 7 horas corridas ilegal, e uma de intervaloaps. )

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    22Caderno de Direito do Trabalho: Aula 06- 09/04/2012

    Aula 06- 09/04/2012

    DESCANSO SEMANAL REMUNERADO

    So direitos dos trabalhadores o repouso semanalremunerado preferencialmente aos domingos,segundo disposio da CF.

    Trata-se de hiptese de interrupo do contratode trabalho: no trabalha mas ganha.

    Ser preferencialmente aos domingos, salvomotivo de convenincia pblica ou necessidadeimperiosa de servio deve ser feita aos domingos.

    CLT no regulamenta o rodzio para que pelomenos um DST coincida com o domingo.

    MPT diz que o DST deve coincidir aos domingos

    uma vez a cada sete semanas.Para o comrcio, h previso legal nova- de queo DST deve coincidir com o domingo uma vez a cadatrs semanas. Antes da mudana legislativa era umavez a cada quatro semanas.

    Artigo 6 da lei 605/49: Se o trabalhador no tivercumprido INTEGRALMENTE o horrio semanal detrabalho, no ser devida a remunerao.

    Mesmo faltando sem justificativa continua tendodireito ao repouso, mas tal no ser remunerado.Neste caso, trata-se de suspenso do contrato de

    trabalho.Se houve atraso em um dos dias, ele no cumpriuintegralmente seu horrio de trabalho, perder aremunerao.

    Para ser devida a remunerao do descanso,deve-se exigir assiduidade e pontualidade.

    Se houver trabalho no feriado, havercompensao em outro dia da semana. Assim, aremunerao ser paga em dobro, salvo se oempregador determinar outro dia de folga.

    Se houver feriado, dever haver a remunerao do

    repouso (ex. 100 reais por dia), e ganhar o diatrabalhado em dobro: se ganhava 100 por dia,ganhar 300 por aquele dia. 100 do repouso que jhaveria, mais 100 do dia trabalhado e 100 em dobro.Paga-se em dobro o trabalhado, sem prejuzo daremunerao do repouso semanal.

    INTERVALOS DO DATILGRAFOA cada 90 minutos tem direito a 10 de descanso,

    no deduzidos de durao normal do trabalho. diferente do intervalo intrajornada, que

    deduzido da jornada de trabalho.

    PAUSAS OUTORGADAS (EXPRESSO DE MAGANO)

    No tem previso legal.

    O empregador concedeu certa pausa sem previsolegal.

    Tais intervalos representam tempo a disposio daempresa, remunerados como servio extraordinrio

    se acrescidos ao final da jornada. a previso daSmula 108 do TST.

    HORARIO NOTURNO

    Artigo 73 da CLT dispe que salvo nos casos derevezamento semanal ou quinzenal, o noturno terremunerao de 20% para empregado urbano.Assim, se caso de revezamento semanal no teriadireito ao adicional noturno quando trabalhando noturno da noite.

    A CF entretanto, no artigo 7, inciso IX da CF, regraque a remunerao do noturno ser superior adiurno. No ressalvou os casos de revezamentosemanal ou quinzenal.

    Portanto, nos casos de revezamento de rigor opagamento do respectivo adicional.

    A CF no menciona a reduo da hora noturna,mas a CLT prev.

    OJ 127 da SDI 1 dispe que o artigo 73 pargrafoprimeiro da CLT que prev a reduo da horanoturno continua em vigor, no tendo sido revogado.

    No caso de prorrogao do trabalho noturno- 22horas as 5 horas- ex. trabalhou das 22 as 5 e saiu as6 horas- o adicional noturno devido mesmo paraaps as 5 horas, sendo devido 20% de adicional das5 as 6 horas mesmo estando aps as 5. Assim,ganhar 20% do adicional, mais 50% da hora extra.OJ 97 determina que o adicional noturno integra abase de clculo da hora extra. Trata-se de clculo emadicional sob adicional. Assim, faz-se o salrio hora,mais 20% e sobre tal valor se calculo os 50% dahora extra.

    A smula 60, item II do TST determina que emcasos de prorrogao da jornada, devido oadicional quanto as horas adicionadas.

    Empregado h muito tempo ganhando salrio comadicional noturno, se houver transferncia para operodo matutino, pela Smula 265 do TST: h perdado direito ao adicional noturno. No h integraoem definitivo, no fazendo jus nem mesmo aindenizao. O salrio noturno um salriocondicional: somente ganha sob condio.

    A smula 60 diz que o adicional pago comhabitualidade integra o salrio do empregado paratodos os efeitos legais, pois possui natureza jurdicasalarial e no indenizatria. Assim, integra para finsde FGTS etc.. enquanto ganhar adicional noturno.

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    23Caderno de Direito do Trabalho: Aula 06- 09/04/2012

    REMUNERAO E SALRIO

    So expresses distintas.Remunerao segundo a CLT artigo 457-

    salrio mais gorjetas. salrio a contraprestao devida e paga pelo

    empregador.As gorjetas, por outro lado, so pagas por

    terceiros.Ora a base de clculo para fins trabalhistas ser

    sobre a remunerao ora salrio.O FGTS ser de 8% sobre a remunerao.O aviso prvio tem como base o salrio e no a

    remunerao.Para efeitos trabalhistas, gorjeta a importncia

    espontaneamente dada pelo cliente ou a cobradapelos clientes nas contas e distribudo aosempregados (10% cobrados compulsoriamente naconta).

    SALRIOArtigo 457, pargrafo primeiro da CLT dispe

    sobre o que integram ou no o salrio.Integram o salrio:- Importncia fixa estipulada- Comisses

    - Porcentagens- Gratificaes ajustadas (as pagas comhabitualidade)

    - Dirias para viagens (no se trata deressarcimento de despesas em viagens). Somenteintegram o salrio se 50% maiores do que o salrio.

    - Abonos pagos pelo empregador

    Ajudas de custo no integram o salrio,independente de seu valor.

    No se incluem dirias para viagens no salrio que

    excedam 50% do salrio percebido pelo empregado.Pela Smula 101 do TST, dirias integram osalrio pelo seu valor total e no somente o queultrapassa 50%.

    Valores recebidos por outra empresa, pertencenteao mesmo grupo econmico integram o salrio.

    Horas extras integram o salrio.

    As gueltas pagas por terceiro, no integrante dogrupo econmico, no so consideradasremunerao. No se incluem na smula 93 do TST,que trata do mesmo grupo econmico.

    O salrio a forfait, que valor fixo pago dedeterminado direito trabalhista, para parcelaespecfica devida ao empregado. Ex. paga o mximode horas extras prestadas pelo empregado (2 horas

    dirias) ainda que o empregado no preste as horasextras.

    Salrio complessivo ou completivo, por sua vez, vedado- NULO. Pela Smula 91 do TST:

    determinada importncia a atender englobadamentevrios direitos legais ou contratuais do trabalhador.Paga um valor fixo para empregado que presta horaextra, que no presta, que faz horrio noturno ouno etc.

    FRMULAS DE ESTIPULAO DO SALRIOPara pagamento de salrio, consta-se o tempo que

    o empregado coloca sua fora de trabalho adisposio do empregador.

    Pode ser estipulado, ainda, de acordo com

    unidade de produo ou obra: paga-se o resultado dotrabalho. Ex. empregado que recebe salrio a basede comisso como vendedores de lojas. ocomissionista puro. Neste caso, ainda que no hajanenhuma produo o empregado no pode ficar semsalrio. Deve receber um salrio mnimo ou o pisosalarial.

    H a forma mista: recebe-se parte em parte fixa eparte com base em unidade de produo. Ex. salrio+ comisso.

    Os empregados viajantes vendedores tem caso

    complicado.Artigo 466 da CLT: o pagamento de comisses epercentagens somente exigvel depois de ultimadaa transao ex. venda- a que se referem.

    Ex. vendedor que visita clientes para vendermquinas pesadas e no consegue vender nada apsum ms nas negociaes. Ou cliente que comprou eno pagou.

    Como o risco do negocio do empregador, nopode o risco ser transferido ao empregado. E se incluidentre os riscos a compra e no pagamento.

    Artigo 3 da lei 3207/57: a transao consideradaaceita quando o empregador no recusar por escritodentro de 10 dias da proposta. Aps tais 10 dias,considera-se aceita a transao e ultimada e devidaa comisso.

    Para tal questo, interpreta-se o artigo 466 da CLTe 3 da lei 3207/57.

    Nos casos de compras parceladas, a comisso serpaga a vista ou parcelada? A comisso dever serpaga proporcionalmente a respectiva liquidao, peloartigo 466 pargrafo 1 da CLT. Ex. se as parcelasso para o dia 10, o empregado deve receber acomisso no dia 10, ainda que o cliente no pague(risco por conta do empregador).

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    24Caderno de Direito do Trabalho: Aula 07- 24/04/2012

    Se houver demisso do empregado ao qual oempregado deve comisses, ele continuar a recebercomo se fosse empregado.

    O artigo 2 da lei 3207/57: se for reserva

    expressamente com exclusividade uma zona detrabalho, ganhar comisso nos casos de vendadireta.

    Nos casos de zona de trabalho restringida, deveser respeitada a irredutibilidade da remunerao:assegurado como mnimo de remunerao um salriocorrespondente a mdia dos 12 ltimos mesesanteriores a transfe