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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
EDISON DONIZETTI RODRIGUES JARDIM
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
CANDOMBLÉ EXPRESSÃO DA CULTURA E RELIGIOSIDADE DO
NEGRO NO BRASIL
WENCESLAU BRAZ/PR
2016
EDISON DONIZETTI RODRIGUES JARDIM
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
CANDOMBLÉ EXPRESSÃO DA CULTURA E RELIGIOSIDADE DO
NEGRO NO BRASIL
Produção Didático-Pedagógica – Unidade Didática,
apresentada como requisito do Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE), realizado pela
Secretaria de Estado da Educação/Paraná em
convênio com a Universidade do Paraná –
UNESPAR, sob orientação do Professor Doutor
Henrique Klenk.
WENCESLAU BRAZ/PR
2016
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: CANDOMBLÉ EXPRESSÃO DA CULTURA E RELIGIOSIDADE DO NEGRO NO BRASIL
Autor: Edison Donizetti Rrodrigues Jardim
Disciplina/Área: História
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Escola Estadual do Campo “Professor Francisco da Silva Reis” Distrito de Reianópolis no Município de Sengés - Paraná
Município da escola: Distrito de Reianópolis / Sengés Núcleo Regional de Educação: Paranaguá Professor Orientador: Henrique Klenk
Instituição de Ensino Superior: Universidade federal do Paraná (UNESPAR). Resumo:
O projeto tem por finalidade discutir o Candomblé, expressão da
cultura e religiosidade do negro no Brasil, por meio de elaboração
de aulas de história, formar uma consciência capaz de valorizar a
Contribuição Africana, a Lei Federal 10.639/2003 torna obrigatório
o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas
escolas. Contempla um novo repensar sobre as questões de
valorização da diversidade étnico-racial e cultural brasileira. A
metodologia de análise será de Pesquisa-ação, oferecendo aos
pesquisadores meio para produzir informações e conhecimentos
para compreender os problemas que ocorrem entre a teoria e a
prática. É uma proposta que visa desenvolver nos alunos interesse
para uma reflexão e análise, devido a baixa autoestima e
preconceitos evidentes pelo desconhecimento da cultura e da
religiosidade africana que contribuiu para a desvalorização da
população negra. Pretende-se possibilitar a apreciação de
elementos, como sua riqueza cultural por meio das músicas,
danças, comidas e vídeos informativos, formando uma consciência
histórica capaz de valorizar a Contribuição Africana como
pertencimento da identidade nacional. Na História da África não
encontramos nenhuma forma de documento escrito no passado,
toda a cultura preservada foi trazida por relatos orais, de geração
em geração, sendo caracterizada como uma cultura oral, a qual se
destinará este estudo.
Palavras-chave: Lei 10.639/2003, Racismo, Candomblé, Cultura Afro-Brasileira.
Formato do Material Didático: Unidade Didática. Público:
Alunos do 9º do Ensino Fundamental, período matutino.
1. APRESENTAÇÃO
Levando em consideração a negação das origens étnica e culturais na
formação escolar do povo brasileiro, confirmada pelas visitas à escola campo de
pesquisa, bem como a discriminação das religiões de matrizes africanas, está
pesquisa se propõem a responder a seguinte pergunta: Poderia uma prática
pedagógica, por meio de uma ação reflexiva do educando, transformar o preconceito
e a descriminação sobre a cultura e a religiosidade dos afro-brasileiros nas escolas?
Diante do exposto, será desenvolvido um material na disciplina de História para os
alunos do 9º - Ensino Fundamental - período matutino da Escola Estadual
“Professor Francisco da Silva Reis” do Distrito de Reianópolis no Município de
Sengés – Paraná.
Essa produção pedagógica tem a necessidade de buscar elementos que
desenvolvam os processos de ensino aprendizagem, possibilitando aos estudantes
a capacidade de compreender a importância do Candomblé na preservação da
memória dos povos africanos e a contribuição homem negro na formação da cultura
brasileira.
A produção didático-pedagógica será apresentada por meio de unidade
didática. As ações de implementação ocorrerão durante o primeiro semestre de
2017, e o processo será desenvolvido e registrado para coletar informações para a
produção do artigo cientifico, como conclusão do PDE no segundo semestre de
2017.
Nessa produção didático-pedagógica serão propostas oito etapas de
atividades:
Atividade I: coleta de dados através de questionário.
Atividade II: aulas expositivas, fornecendo os conhecimentos necessários
para o ensino aprendizagem.
Atividade III: pesquisa utilizando a tecnologia para melhor conhecimento do
assunto.
Atividade IV: socialização em grupos para pesquisar informações pertinentes
para o estudo do Candomblé como religião de Matriz Africana.
Atividade V: assistirão vários vídeo/documentários para contribuir na
elaboração de uma análise, tais como: Makota Valdina – Os rituais do
Candomblé, gerando opiniões próprias para promover uma reflexão sobre
preconceito e racismo.
Atividade VI: discutir os problemas causados pelo preconceito e racismo na
vida das pessoas.
Atividade VII: revelar o que foi aprendido, repassando o aprendizado, pois o
conhecimento possibilita a mudança de atitudes.
Atividade VIII: recolher informações e dados para poder concluir a pesquisa
realizada nesse projeto.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
No campo educacional, além da Lei Federal nº 10.639/03 e das Diretrizes
Curriculares Nacionais, a Deliberação Estadual 04/6 -, diz em seu artigo 2º que: “o
Projeto Político-Pedagógico das instituições de ensino deverá garantir que a
organização dos conteúdos de todas as disciplinas da matriz curricular contemple,
obrigatoriamente, ao longo do ano letivo, a História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana na perspectiva de proporcionar aos alunos uma educação compatível com
uma sociedade democrática, multicultural e pluriétnica”.
Em uma sociedade culturalmente plural como a nossa é importante que os
estereótipos impostos pela classe dominante sejam questionados e desconstruídos
e que um novo pensar de cultura múltipla possa surgir para a prática da cidadania.
A Lei 10.639/03 veio possibilitar uma nova releitura sobre a história desses
povos e sua contribuição como construtores de uma riqueza ímpar na formação
cultural, base da própria identidade brasileira. Nesse momento se percebeu um
enorme desfalque na produção historiográfica brasileira que não e brasileira, a África
(OLIVA, 2003)..
Quantos de nós estudamos a África quando transitávamos pelos bancos das escolas? Quantos tiveram a disciplina História da África nos cursos de História? Quantos livros, ou textos, lemos sobre a questão? Tirando as breves incursões pelos programas do National Geographic ou Discovery Channel, ou ainda pelas imagens chocantes de um mundo africano em agonia, da AIDS que se alastra, da fome que esmaga, das etnias que se enfrentam com grande violência ou dos safáris e animais exóticos, o que sabemos sobre a África? (OLIVA, 2003, p. 423).
Ainda segundo o autor, a História do Brasil e da África estão intimamente
ligadas, visto que, a quantidade de homens e mulheres trazidos para cá no período
escravocrata foi gigantesca e teve um impacto profundo na miscigenação de nossa
sociedade, por isso, é importante não somente informar os alunos sobre essa
história e sim fazer com que eles se sintam parte dela.
O ensino de história no Brasil durante boa parte do século XX seguiu a
tendência positivista principalmente durante o governo de regime autoritário da
Ditadura Militar. Nesse período o ensino de história se baseava em comemorações
de datas, heróis nacionais, exaltação da nação enquanto que o pensamento crítico e
análise da sociedade eram inexistentes. Segundo Oliva (2003), ao final dos anos 80
e início dos 90, a produção de livros didáticos de história começa a se remodelar
inserindo novas temáticas, porém, só em finais dos anos 90 começam a surgir
pesquisas e a discussão sobre o ensino de história da África dentro das escolas e
cursos de graduação.
Outro ponto a ser salientado pelo autor:
Para além da educação escolar falha, é certo afirmar que as interpretações racistas e discriminatórias elaboradas sobre a África e incorporadas pelos brasileiros são resultado do casamento de ações e pensamentos do passado e do presente (OLIVA, 2003, p.431).
A inserção da temática História da África no dia a dia escolar vem de encontro
com a discussão sobre a desigualdade social vivenciada ainda em tempos atuais
pela população negra, assim com busca o combate ao racismo, como, por exemplo,
a qualquer manifestação cultural de origem africana, como as religiões de matriz
africana como o Candomblé.
A educação básica no Brasil tem por objetivo mostrar aos alunos a pluralidade
da sociedade brasileira, assim como busca mostrar aspectos culturais dos diversos
povos que deram formação a nossa sociedade, em prol do fim da discriminação
2.1. Candomblé
O Candomblé é uma herança cultural, religiosa e filosófica africana que foi
reformulada e adaptada às novas condições que ofereciam o novo mundo
descoberto pelo europeu, tem como função o culto às divindades que são
representadas pelas forças e o poder da natureza que são chamados de Orixás. A
religião é repleta de simbolismos e representações que explicam o passado africano
com seus de mitos, cânticos, danças e rituais ancestrais, seu aprendizado consiste
na observação oral e visual de seus seguidores que são passados de geração a
geração. O ingresso na religião acontece em cerimônias fechadas, as quais somente
os iniciados no culto participam e depois desses rituais são apresentados aos
demais membros como um novo ser, tendo nomes e funções para prosseguir seu
aprendizado até atingir a maturidade do conhecimento necessário. “Eles importaram
para o Brasil seus costumes, suas estruturas hierárquicas, seus conceitos filosóficos
e artísticos, sua língua, sua música, sua literatura oral e sua mitologia”
(CINTRA,1985, p.37).
Os seguidores do candomblé prestam cultos e adoram os Orixás, que são
deuses ou divindades africanas que representam as forças da Natureza, cada
elemento da natureza é associado a um Orixá, assim sendo os iniciados tem como
protetor um o mais Orixás de acordo com seu nascimento ou adoção.
Os templos de candomblé são chamados de casas, roças ou terreiros. As
casas podem ser de linhagem matriarcal, patriarcal ou mista: Casas pequenas, que
são independentes, possuídas e administradas pelo Babalórixa ou Iyalórixa dono da
casa e pelo Orixá principal que rege a cabeça (Orí) do sacerdote. Em caso de
falecimento do dono, a sucessão na maioria das vezes é feita por parentes
consanguíneos, caso não tenha um sucessor interessado em continuar a casa é
desativada. Não há nenhuma administração central.
Algumas regiões no Brasil aceitam essa religião de matriz africana e muitas
pessoas de acordo com algumas organizações culturais participam em rituais do
candomblé, regularmente ou ocasionalmente. Os Orixás do candomblé, os rituais, e
as festas são agora uma parte integrante da cultura brasileira.
2.2. Oferenda e Comida Ritual
O que é uma Oferenda? Oferendas são os rituais compostos de frutas,
comidas, carnes, bebidas, flores, louças e adereços que é oferecido aos Orixás, com
intuito de obter e alcançar uma graça, ou para homenagear e cultuar um Orixá. Cada
Orixá tem seus respectivos alimentos, as suas flores, as suas cores e a sua forma
particular de culto e rezas geralmente feitas em dialetos africanos.
No candomblé, quando se fala em oferenda não significa um sacrifício de
origem animal, para o candomblecista tudo que a natureza produz é divino. Há
necessidade de vários tipos de essências, vindos das mais variadas fontes da
natureza que atribuem a vida. Essência de Origem vegetal, obtido nas cascas das
árvores, folhas, sementes e flores. Essência de origem mineral, água, sal, carvão. A
essência do sangue de origem animal é o grande equívoco que trás ao candomblé
uma série de preconceitos por não entenderem o sentido ritualístico da religião, são
sacrificados, bois, bodes, galinhas, patos e muitos outros animais, que depois
servem de alimentos à comunidade, mas nunca seres humanos, pois o Orixá vive no
Homem e através do Homem.
O animal sacrificado vai das mãos daquele que sacrifica, para as mãos da
cozinheira, que prepara o alimento tanto para o Orixá como para todos os presentes.
Todas as partes do animal são separadas e utilizadas. A parte interna do animal e o
sangue pertencem ao Orixá. Mas o resto do animal é cozido e preparado para serem
servidos no final da festa, aos visitantes e filhos da casa. Sacrifício não é sinônimo
de assassinato. Todo homem sacrifica não num sentido religioso, e mata para
sobreviver. O sentido expiatório, não é aplicado ao Candomblé por um motivo
simples: no Candomblé, não existe pecado, portanto não há o que expiar.
No momento do sacrifício animal ocorre a liberação de forças poderosas que dão grande significado ao ato, mas que também exigem dos sacerdotes muita precaução e habilidade para manejá-las. Por este motivo, é um ato que só deve ser presenciado por aqueles que estão preparados sacramentalmente. Essa condição ajuda na harmonização e promove um momento de troca e fortalecimento entre o axé da casa e os seus participantes (GEORGE.2014.p.110)
Além dos animais, outras comidas são preparadas para homenagear as
divindades, tudo é colocado diante do simbolismo do Orixá como oferenda. Todas as
comidas ofertadas servem para alimentar uma comunidade inteira quer da casa ou
das famílias que geralmente moram nas proximidades do terreiro.
Entender da comida, decodificar cada ingrediente, oferecer, provar, nutrir, são alguns dos caminhos que o candomblé segue na aliança permanente com a ação de alimentar, fortalecer e manter vivos deuses e homens. Essa preocupação está nos planos do sagrado e do humano. O candomblé é um bom lugar onde se comer (LODY. 1987.p.54).
Nas religiões consideradas afro-brasileiras especificamente o Candomblé as
comidas das oferendas, requer um verdadeiro ritual de limpeza e purificação
acompanhadas de rezas e cantigas. Durante a festa ou no final, as comidas são
distribuídas para todos os presentes. São chamadas comida de axé, pois acreditam
que o Orixá aceitou a oferenda e impregnou de energias positivas as mesmas.
ATIVIDADE I
OBJETIVO:
Propiciar o reconhecimento da cultura afro-brasileira como parte fundamental
do desenvolvimento da nossa identidade nacional, buscando desmistificar o racismo
existente acerca das religiões afrodescendentes, por meio de atividades educativas
que levem ao conhecimento do Candomblé, matriz religiosa em questão.
TEMPO PREVISTO:
2 aulas de 50 minutos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Para esse encaminhamento, o questionário abaixo será apresentado aos
alunos para a obtenção de maiores informações sobre seus conhecimentos
referente Candomblé expressão da cultura e religiosidade do negro no Brasil.
Caro aluno (a),
Você participara de um projeto nas aulas de História para entender a Cultura e
religiosidade do negro no Brasil.
Para isso, será importante que preencha o questionário investigativo abaixo
possibilitando que conheça um pouco mais sobre você, permitindo recolher
informações importantes sobre o tema e desenvolvê-lo, visando, além da
aprendizagem, o seu conhecimento pessoal.
Questionário:
1) Sexo:
( ) Feminino
( ) Masculino
2) Idade:
( ) Menor de 16 anos
( ) Entre 16 a 18 anos
( ) Entre 19 a 21 anos
( ) Maior de 21 anos
3) Você acha que a disciplina de História é difícil?
( ) Sim
Qual a dificuldade?
( ) Textos
( ) Interpretações
( ) Outros. Quais?
___________________________________________________
( ) Não. Por quê?
___________________________________________________
4) Você acha que estudando a disciplina de História por meio de livros e outros,
fará diferença na sua vida?
( ) Sim. Por quê?
____________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
( ) Não. Por quê?
____________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
5) Você consegue relacionar e vivenciar a disciplina de História no seu
cotidiano?
( ) Sim. Como?
______________________________________________________
___________________________________________________________________
( ) Não. Por quê?
_____________________________________________________
___________________________________________________________________
6) Você acha que a disciplina de História tem relação com os acontecimentos da
vida no seu dia-a-dia?
( ) Sim. Por quê?
____________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
( ) Não. Por quê?
____________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
7) Você lê os jornais, revistas e/ou artigos históricos?
( ) Sempre
( ) Às vezes
( ) Nunca. Por quê?
___________________________________________________
8) Você costuma ler livros?
( ) Sim. Com que frequência?
___________________________________________
( ) Não. Por quê?
_____________________________________________________
9) Você costuma assistir documentários na televisão ou ver filmes históricos?
( ) Sempre
( ) Às vezes. Com que frequência?
_______________________________________
( ) Nunca
10) Você dedica seu tempo para questionar os problemas que ocorrem na
sociedade, tais como racismo ou preconceito?
( ) Sempre
( ) Às vezes
( ) Nunca
ATIVIDADE II
OBJETIVO:
Despertar a curiosidade dos alunos frente à relação e participação do homem
africano na formação da sociedade brasileira, o racismo, preconceito e exclusão dos
afrodescendentes.
TEMPO PREVISTO:
10 aulas de 50 minutos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Demonstrar por meio de aulas expositivas, a introdução de estudos e
desenvolvimento de conteúdos de História numa abordagem temática, levando os
adolescentes a entenderem as implicações sociais do preconceito e racismo em
suas vidas, explorando os aspectos da vivência dos mesmos, motivando a reflexão e
a adoção de uma postura de transformação e desenvolvendo valores para uma ação
social responsável.
Os conteúdos estudados em História, com enfoque e abordagem na
contextualização dos afrodescendentes na sociedade brasileira, aprovado pelas
Diretrizes Curriculares Nacionais, a Deliberação Estadual 04/6, diz em seu artigo 2º
que:
O Projeto Político-Pedagógico das instituições de ensino deverá garantir que a organização dos conteúdos de todas as disciplinas da matriz curricular contemple, obrigatoriamente, ao longo do ano letivo, a História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana na perspectiva de proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluriétnica
África um Continente;
Diversidade de povos africanos;
Culturas e legados dos povos africanos ao Brasil;
Sua religiosidade como fator de preservação da História Africana;
Mitologia africana – deuses e heróis;
Hábitos alimentares e linguísticos como herança cultural.
Vídeo documentário:
MUNANGA, Kabengele. Negritude e identidade negra ou afrodescendente: um racismo ao avesso? Revista da ABPN. Conferência realizada na Universidade Federal de Ouro Preto - de 26 a 28 de setembro de 2012.
Disponível em:
http://www.abpn.org.br/Revista/index.php/edicoes/article/viewFile/358/235
Acesso em: 27/09/2016.
ATIVIDADE III
OBJETIVO:
Investigar e compreender o papel do homem negro no processo de formação
social no Brasil, focando a pesquisa em um continente que fez e faz parte da história
brasileira, África.
TEMPO PREVISTO:
5 aulas de 50 minutos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Estimular a pesquisa formando grupos, sobre:
Os aspectos culturais de diversos povos que deram formação a nossa
sociedade, em prol do fim da discriminação;
A desigualdade social vivenciada ainda em tempos atuais pela população
negra;
Os movimentos sociais que combatem o racismo e preconceito referente a
cultura do homem negro, como o Candomblé religião afro-brasileira.
Vídeo:
Desigualdade social entre negros e brancos- parte 3 - Jornal Minas
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=M8ddLYjIV-0
Acesso em: 14/11/2016
ATIVIDADE IV
OBJETIVO:
Pesquisar a Lei 10.639/03 e comunidades negras que mantêm a cultura
africana.
TEMPO PREVISTO:
5 aulas de 50 minutos.
Vídeo:
Lei 10639
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=KnchE82Bo_E
Acesso em: 14/11/2016
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
A turma será separada em grupos de até 4 alunos e cada grupo irá pesquisar
assuntos direcionados, devendo, após a pesquisa e recolhimento de dados,
apresentar as informações coletadas para os outros alunos.
Os trabalhos de pesquisa sobre o homem negro na sociedade brasileira terão
a seguinte divisão:
Grupo 1: Candomblé e suas diversas nações (Ketu, Jejê, Nagô e Angola);
Grupo 2: Oferendas e comida ritual;
Grupo 3: Os Orixás do Candomblé;
Grupo 4: Músicas e danças do Candomblé.
ATIVIDADE V
OBJETIVO:
Promover a aprendizagem através da realidade para desenvolver o senso
crítico e a construção de opiniões próprias.
TEMPO PREVISTO:
7 aulas de 50 minutos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Os alunos assistirão vídeo/documentários, tais como:
Tim Maia - Me dê motivo
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=avEIJOYUMGc
Acesso em: 18/11/2016
Maria Bethânia - Não Mexe Comigo
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=wgMgoJV_AmU
Acesso em: 18/11/2016
Makota Valdina
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=-acoRnreAAg
Acesso em: 18/11/2016
A Embaixatriz do Orixás
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=hfUJO3O4oIM
Acesso em: 18/11/2016
Povo de Exú
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=95hsaGx7AeU
Acesso em: 18/11/2016
Capoeira Voador
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=fzGpAUWzhBw
Acesso em: 18/11/2016
Exú (Ogum Xoroquê)
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=lbtYf6IlzAs
Acesso em: 18/11/2016
Possibilitar após assistirem os vídeos, a promoção de debates, com análise e
reflexão, promovendo e construindo opiniões, fazendo conscientizar-se, através do
que assistiram e, desenvolver o respeito ao diferente.
ATIVIDADE VI
OBJETIVO:
Discutir as diferenças e o direito de escolha de cada um.
TEMPO PREVISTO:
4 aulas de 50 minutos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Formar grupos de estudo para pesquisar e analisar as contribuições e a
herança cultural dos povos africanos para a formação da sociedade brasileira e
compreender a importância do respeito às diversidades religiosas.
Vídeos:
Daniela Mercury - Ilê Pérola Negra (Offical Video) PERFECT HD
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=qOGdi1WUahE
Acesso em: 19/11/2016
Criolo - Que Bloco É Esse (Ilê Aiyê) (Vídeo Clipe)
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=U-vPiPvnsuc
acesso em: 19/11/2016
ATIVIDADE VII
OBJETIVO:
Concluir, elaborar e produzir os estudos através do que foi aprendido na
História, nas mudanças ocorridas com a promulgação da Lei 10.639/03 que
proporcionou aos alunos uma educação compatível com uma sociedade
democrática, multicultural e pluriétnica.
TEMPO PREVISTO:
4 aulas de 50 minutos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Montar grupos para confirmar o que aprendeu nas aulas, elaborando e
produzindo, cartazes, fechando o ensino aprendizado.
Para demonstrar o conhecimento aprendido, haverá uma exposição e
apresentação em forma de seminários de cada grupo para os demais alunos,
repassando o que foi aprendido e o envolvimento com as questões propostas.
Vídeo:
Canto para Oxum (Oro mi maió)
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=yJIVLsxa8Sw
Acesso em: 19/11/2016
ATIVIDADE VIII
OBJETIVO:
Verificar se a aprendizagem foi significativa para a vida dos alunos.
TEMPO PREVISTO:
2 aulas de 50 minutos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Será aplicado um questionário com o intuito de pesquisar se os alunos
conseguiram identificar a contextualização, se houve conscientização e apropriação
de novos saberes.
Questionário:
Caro aluno (a),
Após a finalização do projeto que buscava incentivar e promover um
pensamento crítico, responsável e respeitoso para com os povos africanos e os afro-
brasileiros, solicita-se a resposta para algumas questões que permitirão recolher
informações importantes sobre a aprendizagem e aceitação do referido projeto nas
aulas de História.
1) Sexo:
( ) Feminino
( ) Masculino
2) Idade:
( ) Menor de 16 anos
( ) Entre 16 à 18 anos
( ) Entre 19 à 21 anos
( ) Maior de 21 anos
3) Você consegue relacionar e vivenciar a disciplina de História no seu
cotidiano?
( ) Sim. Como?
_______________________________________________________
___________________________________________________________________
( ) Não. Como?
______________________________________________________
___________________________________________________________________
4) Você acha que a disciplina de História é importante para a compreensão de
nossa sociedade?
( ) Sim. Por quê?
____________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
( ) Não. Por quê?
____________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
5) Você conseguiu ter mais aprendizado através desse projeto de
contextualização da História em relação à formação de nossa etnia cultural tão
diversificada?
( ) Totalmente.
( ) Parcialmente.
( ) Indiferente.
( ) Não houve aprendizado.
6) Você teve uma promoção (melhoria) referente aos seus conceitos, e
consequentemente, um respeito para com a religião do afro-brasileiro?
( ) Totalmente.
( ) Parcialmente.
( ) Indiferente.
( ) Não houve aprendizado.
7) Você gostou do modo como foi direcionado este projeto nas aulas de
História?
( ) Totalmente.
( ) Parcialmente.
( ) Indiferente.
( ) Não houve aprendizado.
8) Você aprovou o método de ensino que, além da aprendizagem dos
conteúdos, gerou uma atitude adequada para o respeito, através da reflexão,
conscientização e criticidade e, que podem auxiliar para que tornem mais
conscientes sobre a realidade social da qual fazemos parte?
( ) Totalmente.
( ) Parcialmente.
( ) Indiferente.
( ) Não houve aprendizado.
3. REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS
BENISTE, José. Órun Áiyé: O encontro de dois mundos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. BRASIL. Lei nº 10.639 de 9 de janeiro de 2003. Diário Oficial da União de 10 de janeiro de 2003, inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira". Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639.htm>. Acesso em 15 de maio de 2016. CINTRA, Raimundo. Candomblé e Umbanda: O desafio brasileiro. São Paulo: Ed. Paulinas, 1985.
FLORES, Élio Chaves. Etnicidade e ensino de História: a matriz cultural africana. Nioterói, Ed. Tempo, 2006. JUNIOR, Henrique Cunha. Candomblés: como abordar esta cultura na escola. Revista Espaço Acadêmico n° 102: novembro de 2009. KILEURY, Odé; OXAGUIÃ, Vera de. O candomblé bem explicado: Nações Bantu, Iorubá e Fon. Rio de Janeiro: Pallas, 2014. LODY, Raul. Candomblé: Religião e resistência cultural. São Paulo: Ed. Ática, 1987. LAUREANO, Marisa Antunes. O ensino de História da África. Porto Alegre: Ciênc. Let., 2008. Disponível em: < https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/849144/mod_resource/content/1/LAUREANO%2C%20Marisa.%20Ci%C3%AAnc.%20Let.%20Porto%20Alegre.pdf>. Acesso em 22 de maio de 2016. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais (5ª A 8ª SÉRIES). Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/introducao.pdf> Acesso em 21 de maio de 2016. OLIVA, Anderson Ribeiro. A história da África nos bancos escolares: Representações e imprecisões na literatura didática. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/eaa/v25n3/a03v25n3.pdf>. Acesso em 21 de maio de 2016. OLIVA, Anderson Ribeiro. Entre máscaras e espelhos: reflexões sobre a identidade e o ensino de História da África nas escolas brasileiras. Revista História Hoje, 2012. Disponível em: < https://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/4>. Acesso em 21 de maio de 2016. RISÉRIO, Antonio. Oiki Orixá. São Paulo: Perspectiva, 1996. THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 18. Ed., São Paulo: Cortez. 2011.