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Engenharia Ambiental GEN123 Termodinâmica Prof. Dr. Márcio Marques Martins http://digichem.org

Cap5 2aleidatermodinmica 130806104400 Phpapp01

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Segunda lei da termodinâmica.

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  • Engenharia Ambiental

    GEN123 Termodinmica Prof. Dr. Mrcio Marques Martins

    http://digichem.org

  • Captulo 5

    A Segunda Lei da

    Termodinmica

  • Resultados de Aprendizagem

    Demonstrar compreenso de conceitos-chave como os relacionados segunda lei

    da termodinmica, incluindo afirmaes

    alternativas da segunda lei, alguns

    processos internamente reversveis, e escala

    de temperatura de Kelvin.

    Listar diversas e importantes irreversibilidades.

  • Resultados de Aprendizagem

    Avaliar a performance de ciclos de energia, refrigerao e aquecimento usando

    os corolrios das sees 5.6.2 e 5.7.2, junto

    com as equaes 5.9-5.11.

    Descrever o ciclo de Carnot.

    Interpretar a desigualdade de Clausius como expressado pela equao 5.13.

  • Aspectos da 1a e 2a Leis da TD

    1a lei: Segundo os princpios de conservao de massa e energia, massa e

    energia no podem ser criados ou destrudos.

    Para um processo, os princpios de conservao de massa e energia indicam a

    disposio de massa e energia mas no

    indicam se o processo pode realmente

    ocorrer.

    2a lei: A segunda lei da termodinmica prov um princpio-guia para saber se um

    processo pode ocorrer.

  • Introduo Segunda Lei

    Uma xcara de caf

    no se aquece

    sozinha em uma

    sala fria.

    Transferir

    calor a um

    fio no

    gerar

    eletricidade.

    Transferir calor a

    uma roda de ps

    no far com que

    ela gire.

    Esses processos

    no podem

    ocorrer, mesmo se

    eles no violarem

    a primeira lei!!!

  • Aspectos da 2a Lei da TD

    predizer a direo do processo.

    estabelecer condies para o equilbrio.

    determinar a performance terica mxima de ciclos, motores, etc.

    definir uma escala de temperatura absoluta.

    desenvolver meios de avaliar propriedades tais como u e h em termos de propriedades que so mais

    facilmente obtidas experimentalmente.

    A segunda lei da TD tem muitos aspectos:

    A 2a lei tem sido usada em filosofia, economia,

    e outras disciplinas.

  • 2a Lei da TD: Enunciados alternativos

    Desigualdade de Clausius

    Enunciado de Kelvin-Planck

    Enunciado da Entropia

    No h nenhum enunciado simples que capture todos os aspectos da segunda lei.

    Diversas formulaes alternativas da 2a lei so encontradas na literatura. 3 delas so:

  • 2a Lei da TD: Enunciados alternativos

    O foco desse captulo (5) est nas definies de Clausius e de Kelvin-Planck.

    A Entropia desenvolvida e aplicada no Captulo 6.

    Como em cada lei fsica, a base da segunda lei da termodinmica a evidncia experimental.

    Porquanto as 3 formas aqui apresentadas no so demonstrveis em laboratrio, dedues

    podem ser verificadas experimentalmente, e isso

    infere a validade dos enunciados da 2a lei.

  • Enunciado de Clausius

    da Segunda Lei impossvel para qualquer sistema operar de tal forma que o nico resultado seja uma

    transferncia de energia de um corpo frio para um

    corpo quente.

    Define a direo do

    processo.

  • Reservatrio trmico

    Um reservatrio trmico um sistema que sempre permanece a temperatura

    constante mesmo se energia for adicionada

    ou removida por transferncia de calor.

    Uma fonte

    quente

    fornece

    energia na

    forma de

    calor, e

    uma fonte

    fria

    absorve-o.

    Tal sistema aproximado pela

    atmosfera da terra,

    lagos e oceanos,

    assim como por

    um bloco slido de

    cobre, p. ex.

  • Exemplos:

    Oceanos

    Lagos

    Atmosfera terrestre

    (Qualquer qtd massiva de material)

    Reservatrio trmico

  • Enunciado de Kelvin-Planck da 2a Lei

    impossvel para qualquer sistema operar em ciclos termodinmicos e entregar uma

    quantidade lquida de energia por trabalho

    vizinhana enquanto recebe energia por

    transferncia de calor de um nico reservatrio

    trmico.

    NO! SIM!

  • Enunciado de Kelvin-Planck da 2a Lei

    impossvel converter (em um ciclo) todo o calor em trabalho til.

    Ciclos no so 100% eficientes.

    Sempre existem algumas imperfeies devido a irreversibilidades

    A definio de entropia e da segunda lei so diretamente ligadas esse enunciado.

  • Podemos armazenar Qsai em uma mquina trmica?

    Cada mquina trmica deve

    desperdiar alguma energia

    transferindo-a para um reservatrio

    de baixa temperatura a fim de

    completar o ciclo, mesmo sob

    condies ideais.

    Remove Load!

    Um ciclo de mquina trmica no

    pode ser completado sem doao

    de calor para a fonte fria.

    Em uma planta de

    energia a vapor, o

    condensador o

    dispositivo onde

    grandes quantidades

    de calor residual so

    entregues a rios,

    lagos ou atrmosfera.

    Poderamos retirar o

    condensador da

    planta e armazenar

    todo o calor

    desprezado?

    A resposta ,

    infelizmente, no

    desde que sem um

    descarte de calor o

    processo no pode se

    completar.

  • A Segunda Lei da Termodinmica:

    Enunciado de KelvinPlanck

    Acima, uma mquina

    trmica que viola o

    enunciado de KelvinPlanck da segunda lei.

    impossvel para qualquer dispositivo que opera em

    ciclos receber calor de um

    nico reservatrio e produzir

    uma quantidade lquida de

    trabalho.

    Nenhuma mquina trmica pode ter

    uma eficincia trmica de 100%, para

    que uma planta de energia opere, o

    fluido de trabalho deve trocar calor

    com a vizinhana e com o forno.

    A impossibilidade de ter uma

    mquina trmica 100% eficiente no

    deve-se frico ou outros efeitos

    dissipativos. uma limitao que se

    aplica tanto s maquinas trmicas

    ideais quanto reais.

  • Enunciado Entrpico da 2a Lei

    Massa e energia so exemplos familiares de propriedades extensivas usadas em termodinmica.

    Entropia outra importante propriedade extensiva. Como a entropia avaliada e aplicada

    ser discutido mais adiante (captulo 6).

    Ao contrrio de massa e energia, que so conservados, entropia produzida dentro dos

    sistemas sempre que no-idealidades tais como

    frico estiverem presentes.

  • Enunciado Entrpico da 2a Lei

    impossvel para qualquer sistema operar de uma forma

    que entropia seja destruda.

    O Enunciado Entrpico :

  • Entropia

    Entropia produzida dentro dos sistemas quando irreversibilidades esto

    presentes.

    Idealizao de processos utilizada para calcular as performances tericas

    timas.

    Esse enunciado discutido no captulo 6 do livro de Moran e Shapiro.

  • Irreversibilidades

    Um dos mais importantes usos da 2a lei em engenharia determinar a performance terica

    tima (ou mxima) dos sistemas.

    Por comparao da performance real com a terica, vislumbres acerca dos potenciais de

    otimizao da performance real podem ser

    obtidos.

  • Irreversibilidades

    Performances tericas timas so avalidas em termos de processos idealizados.

    Processos reais so distinguveis dos idealizados pela presena de no-idealidades chamadas de irreversibilidades.

  • Irreversibilidades Comumente

    Encontradas na Prtica

    Transferncia de calor atravs de uma diferena de temperatura finita.

    Expanso irrestrita de um gs ou lquido para uma presso menor.

    Reao qumica espontnea

    Mistura espontnea de matria em diferentes estado fsicos ou de composio.

    Frico frico por atrito (como a que ocorre com fluidos escoando em tubulaes)

  • Irreversibilidades Comumente

    Encontradas na Prtica

    Fluxo de corrente eltrica atravs de uma resistncia

    Magnetizao ou polarizao com histerese

    Deformao inelstica

    Todos os processos reais envolvem efeitos

    como os listados, incluindo processos

    naturais ou provocados por dispositivos por

    ns construdos do mais simples mecanismo maior planta industrial.

  • Processos Reversveis e Irreversveis

    dentro do sistema, ou

    dentro das fronteiras (geralmente bem prximo s fronteiras), ou

    dentro tanto do sistema quanto das fronteiras.

    Durante um processo de um

    sistema, irreversibilidades

    podem estar presentes:

  • Processos Reversveis e Irreversveis

    Um processo irreversvel quando irreversibilidades esto presentes dentro do

    sistema e/ou suas fronteiras.

    Todos os processos reais so

    irreversveis.

    Um processo reversvel quando no existem irreversibilidades presentes dentro do

    sistema ou de suas fronteiras.

    Esse tipo de processo totalmente ideal.

  • Processos Reversveis e Irreversveis

    Um processo internamente reversvel quando no existem irreversibilidades

    presentes dentro do sistema.

    Irreversibilidades podem estar presentes dentro das fronteiras do sistema, entretranto.

    Um processo internamente reversvel

    um processo de quase-equilbrio (Seo

    2.2.5).

  • Exemplo: Processos Internamente

    Reversveis gua contida dentro de um pisto-cilindro evapora

    da forma lquido saturado para vapor saturado a

    100C. Quando a gua evapora, ela passa por uma

    sequncia de estados de equilbrio enquanto ocorre

    transferncia de calor para a gua vinda dos gases

    de combusto a 500oC.

    Tais trocas espontneas de calor causam

    irreversibilidade nas

    vizinhanas: uma

    irreversibilidade externa.

    Para o sistema contendo gua no existem irreversibilidades internas, mas

  • 2a Lei da TD (cont.)

  • Qualquer dispositivo que viole a 1a ou 2a lei da

    termodinmica chamada de mquina de moto-

    perptuo.

    - Se o dispositivo viola a primeira lei (criando

    energia), ela uma mquina de moto-perptuo

    de primeira espcie (MMP1).

    - Se o dispositivo viola a segunda lei, ela uma

    mquina de moto-perptuo de segunda

    espcie (MMP2)

    A despeito de inmeras tentativas, no se

    conhece nenhuma mquina de moto-perptuo

    que funcione. Se algo parece bom demais pra

    ser verdade, desconfie!

    Mquinas de moto-perptuo

  • Mquinas de moto-perptuo: exemplo

    Uma mquina de moto-perptuo

    que viola a primeira lei (MMP1).

    Uma mquina de moto-perptuo

    que viola a segunda lei (MMP2).

    Mquina de moto-perptuo: Dispositivo que viola a primeira ou segunda lei

    da termodinmica.

    Um dispositivo que viola a primeira lei (ao criar energia MMP1).

    Um dispositivo que viola a segunda lei chamado MMP2.

  • Processos ocorrem em uma

    certa direo, e no na

    direo inversa.

    Um processo deve satisfazer

    tanto a 1a quanto a 2a leis da

    TD para acontecer.

    PRINCIPAIS USOS DA SEGUNDA LEI

    1. A 2a lei pode ser usada para indicar a direo dos processos.

    2. A 2a lei afirma que energia tem qualidade bem como quantidade. A 1a lei

    lida com a quantidade de energia e com as transformaes de energia de

    uma forma para outra. A 2a lei fornece os meios necessrios para

    determinar a qualidade bem como o grau de degradao da energia

    durante um processo.

    3. A 2a lei da TD tambm usada para determinar os limites tericos para

    a performance comumente usados em sistemas de engenharia, tais como

    mquinas de aquecimento e refrigeradores, bem como prever o grau de

    avano de reaes qumicas.

    2a Lei: Reviso

  • A Qualidade da Energia

    A frao de calor que pode

    ser convertido a trabalho

    como uma funo da

    temperatura da fonte.

    Quanto maior a

    temperatura da energia

    trmica, maior sua

    qualidade.

    Q: Como elevar a eficincia de uma

    mquina de Carnot? E quanto s

    mquinas trmicas reais?

    A: Pode-se usar

    C ou F para

    temperatura

    aqui?

    A: Fornecendo calor fonte quente a TH e

    removendo calor da fonte fria a TC

    A: NO

  • Forma analtica do enunciado de Kelvin-Planck

    Wciclo 0 < 0: Irreversibilidades Internas presentes

    = 0: Sem irreversibilidades internas nico

    reservatrio

    (Eq. 5a) NO!

    impossvel para qualquer dispositivo que opere em ciclos receber calor de um nico

    reservatrio e produzir trabalho lquido

    Para qualquer sistema sofrendo um

    ciclo termodinmico enquanto troca

    energia por transferncia de calor

    com um nico reservatrio trmico,

    o trabalho lquido, Wciclo, pode ser

    apenas negativo ou zero nunca positivo:

  • Mquinas Trmicas

    Trabalho pode sempre ser

    convertido a calor

    direta e

    completamente,

    mas o contrrio

    no verdade.

    Parte do calor recebido pela

    mquina trmica

    convertida em

    trabalho, enquanto

    o resto rejeitado

    para o sumidouro.

    Um dispositivo que converte calor

    em trabalho chamado de

    mquina trmica.

    1. Eles recebem calor de uma fonte a

    alta temperatura (energia solar,

    forno a leo, reator nuclear, etc.).

    2. Convertem parte desse calor em

    trabalho (geralmente girando um

    eixo.)

    3. Rejeitam o calor remanescente em

    um sumidouro de calor a

    temperaturas baixas (atmosfera,

    rios, etc.).

    4. Operam em ciclos.

    Mquinas trmicas e outros

    dispositivos cclicos normalmente

    envolvem um fluido para e do qual

    calor transferido enquanto sofre um

    ciclo. o fluido de trabalho.

  • Exemplo de Mquina Trmica: Planta de energia a vapor

    Uma poro de trabalho de

    sada de uma mquina trmica

    consumido internamente

    para manter a operao

    contnua.

  • Algumas

    mquinas

    trmicas

    funcionam

    melhor que

    outras

    (convertem

    maior

    quantidade de

    calor recebido

    em trabalho)

    Esquema de

    uma mquina

    trmica

    Aplicando a 2a lei a ciclos: Eficincia trmica

    Motor 1 mais

    eficiente!

  • Para um sistema sofrendo um ciclo de energia

    enquanto comunica-se termicamente com dois

    reservatrios trmicos, um reservatrio quente e um

    frio,

    (Eq. 5b)

    H

    C

    H

    cycle

    Q

    Q

    Q

    W 1

    a eficincia trmica de tal ciclo

    Aplicao da 2a lei

    a Ciclos de Energia:Interagindo

    com Dois Reservatrios Trmicos

  • Aplicao da 2a lei

    a Ciclos de Energia:Interagindo

    com Dois Reservatrios Trmicos

    Aplicando o enunciado de Kelvin-Planck da 2a lei,

    Eq. 5a, trs concluses so obtidas. Sf QC=0

    (=100%) um reservatrio e produz trabalho!!! :

    1. O valor da eficincia trmica deve ser menor

    que 100%. Apenas uma poro do calor transferido

    QH pode ser obtido como trabalho e o o

    remanescente QC descarregado pela transferncia

    de calor ao reservatrio frio.

    Duas outras concluses, chamados Corolrios de

    Carnot, so: (prximo slide)

  • Corolrios Carnot (Ciclos de Energia)

    1. A eficincia trmica de um ciclo de

    energia irreversvel sempre menor

    que a eficincia trmica de um ciclo de

    energia reversvel quando cada um

    opera entre os mesmos dois

    reservatrios trmicos. (Menos

    trabalho produzido em um ciclo

    irreversvel!)

    IMPORTANTE

  • Corolrios Carnot (Ciclos de Energia)

    2. Todos os ciclos de energia

    reversveis operando entre os dois

    mesmos reservatrios trmicos tem a

    mesma eficincia trmica.

  • Corolrios Carnot (Ciclos de Energia)

    Um ciclo considerado reversvel quando (1) no

    existem irreversibilidades dentro do sistema

    enquanto ele passa pelo ciclo e (2) transferncias

    de calor entre o sistema e os reservatrios ocorrer

    reversivelmente.

  • **Uma planta de energia a vapor produz 50 MW de

    trabalho lquido enquanto queima combustvel para

    produzir 150 MW de energia calorfica a alta

    temperatura. Determine: (a) a eficincia do ciclo

    trmico (b) o calor rejeitado pelo ciclo para a

    vizinhana. th

    net out

    H

    W

    Q

    MW

    MW

    ,

    .50

    1500 333 or 33.3%

    W Q Q

    Q Q W

    MW MW

    MW

    net out H L

    L H net out

    ,

    ,

    150 50

    100

    Exemplo

    a)

    b)

    SOLUO:

  • Aplicaes Ciclos de Refrigerao e

    Aquecimento Interagindo com Dois

    Reservatrios Trmicos Para um sistema sofrendo um ciclo de refrigerao ou

    um de aquecimento enquanto comunica-se

    termicamente com dois reservatrios trmicos, um

    quente e um frio,

    (Eq. 5c) CH

    C

    cycle

    C

    QQ

    Q

    W

    Q

    o coeficiente de performance

    para o ciclo de refrigerao

    (Eq. 5d) CH

    H

    cycle

    H

    QQ

    Q

    W

    Q

    e para o de aquecimento

  • Aplicaes Ciclos de Refrigerao e

    Aquecimento Interagindo com Dois

    Reservatrios Trmicos

    Ao aplicar a definio de Kelvin-Planck da 2a lei,

    Eq. 5a, 3 concluses so obtidas:

    1. Para ocorrer o efeito de refrigerao uma entrada

    de trabalho lquido Wciclo requerida. O coeficiente de

    performance deve ter valor finito. Se o trabalho

    nulo ento o sistema transferir QC da fonte fria para a

    fonte quente (enquanto sofre um ciclo)! Isso viola o

    princpio de Clausius da 2a lei)

  • Aplicaes Ciclos de Refrigerao e

    Aquecimento Interagindo com Dois

    Reservatrios Trmicos

    2. O coeficiente de performance de um ciclo de

    refrigerao irreversvel sempre menor que o

    coeficiente de performance de um ciclo de

    refrigerao reversvel quando cada um opera entre

    os mesmos reservatrios trmicos. (Mais trabalho

    requerido para o ciclo irreversvel!)

    3. Todos os ciclos de refrigerao reversveis

    operando entre os dois mesmos reservatrios

    trmicos tm os mesmos coeficientes de

    performance.

  • Quando instalado ao contrrio um ar condicionado

    funciona como um aquecedor.

    Todas essas concluses tambm se aplica, a sistemas passando por ciclos de aquecimento entre as fontes quente e fria.

    Aplicaes Ciclos de Refrigerao e

    Aquecimento Interagindo com Dois

    Reservatrios Trmicos

    Taxa de eficincia energtica (EER): A quantidade de calor removido de um espao frio em Btu por um Wh (watt-hora) de eletricidade consumida.

  • Muitos aquecedores em operao hoje tm um COP de 2-3.

    Muitos aquecedores existentes usam o ar externo como fonte de calor no inverno (air-source HP).

    Em climas frios sua eficincia diminui consideravelmente quando as temperaturas esto abaixo de zero.

    Em tais casos, bombas de calor geotrmicas (energia do solo) que usam o solo como fonte de calor podem ser

    usadas. Tais bombas de calor so mais caras para instalar,

    mas so mais eficientes.

    Condicionadores de Ar so basicamente refrigeradores cujos espaos refrigerados so uma sala ou uma construo

    ao invs do compartimento da comida.

    O COP de um refrigerador diminui com a diminuio da temperatura de refrigerao. Entretanto, no econmico

    refrigerar a uma temperatura abaixo da necessria.

    Performance de AC & Aquecedores

  • Exemplo

    a)

    b)

    SOLUO:

    kW 0.417

    kJ/h 3600

    kW 1kJ/h) 1500(

    kJ/h 150033004800

    in LH QQW

    2.2kJ/h 1500

    kJ/h 3300COP

    inW

    QL

    Um setor de comida mantido a 12C por um refrigerador em um ambiente a 30C. O ganho total de calor desse setor estimado em 3300 kJ/h e a rejeio

    de calor no condensador 4800 kJ/h. Determine (a) a

    entrada de energia no compressor, em kW e (b) o COP

    do refrigerador.

  • Continuao

  • Corolrios de Carnot(Ciclos de Energia)

    1. A eficincia trmica de um ciclo de

    energia irreversvel sempre menor

    que a eficincia trmica de um ciclo de

    energia reversvel quando ambos

    operam entre os mesmos 2 reservatrios

    trmicos.

  • Corolrios de Carnot(Ciclos de Energia)

    2. Todos os ciclos de energia

    reversveis operando entre os

    mesmos 2 reservatrios trmicos tm

    a mesma eficincia trmica.

  • Corolrios de Carnot(Ciclos de Energia)

    Um ciclo considerado reversvel quando

    (1) no existem irreversibilidades dentro do

    sistema medida que ele sofre o ciclo e (2)

    transferncias de calor entre o sistema e

    reservatrios trmicos ocorrer

    reversivelmente.

  • Escala de Temperatura de Kelvin Considere sistemas sofrendo um ciclo de energia e um

    ciclo de refrigerao ou aquecimento, enquanto trocam

    energia por transferncia de calor com as fontes quente e

    fria:

  • Escala de Temperatura Kelvin

    (Eq. 5e)

    H

    C

    H

    C

    T

    T

    Q

    Q

    cyclerev

    Na Escala Kelvin, a temperatura definida como

    Escala de temperatura termodinmica: uma escala independente das propriedades de qualquer

    substncia.

  • Escala de Temperatura Kelvin

    Em palavras, Eq. 5e estabelece: Quando ciclos so reversveis, e apenas ento, a razo das transferncias de calor igual razo das temperaturas na escala Kelvin, onde TH a temperatura da fonte quente e TC a temperatura da fonte fria.

    As temperatures na escala Rankine diferem das T na escala Kelvin apenas por um fator de 1.8:

    T(oR)=1.8T(K), as Ts na Eq. 5e no podem estar em oC

    ou oF.

    T(oC) = T(K) 273.15 T(oF) = T(R) 459.67

    Eq. 5e: Para T=Ttp=273.16K (Qtp) se Q0 temos T0

  • Medidas de Performance Mxima para Ciclos

    Operando entre Dois Reservatrios Trmicos

    1. A eficincia trmica de um ciclo de energia irreversvel

    sempre menor que a eficincia trmica de um ciclo de

    energia reversvel quando cada um opera entre os mesmos

    dois reservatrios trmicos.

    Dedues prvias do enunciado de Kelvin-Planck da 2a lei

    incluem:

    2. O coeficiente de performance de um ciclo de refrigerao

    irreversvel sempre menor que o coeficiente de

    performance de um ciclo de refrigerao reversvel quando

    ambos operam entre os mesmos dois reservatrios trmicos.

    3. O coeficiente de performance de um ciclo de aquecimento

    irreversvel sempre menor que o coeficiente de

    performance de um ciclo de aquecimento reversvel quando

    ambos operam entre os mesmos dois reservatrios trmicos.

  • Peformance Mxima de Ciclos

    Operando entre Dois Reservatrios Trmicos

    Segue que a eficincia trmica terica mxima e os

    coeficientes de performance nesses casos so atingidos

    apenas por ciclos reversveis. Usando Eq. 5e nas Eqs. 5b,

    5c, e 5d, obtm-se:

    (Eq. 5f) H

    Cmax 1

    T

    TCiclo de Energia:

    (Eq. 5g) CH

    Cmax

    TT

    T

    Ciclo de Refrigerao:

    (Eq. 5h) CH

    Hmax

    TT

    T

    Ciclo de Aquecimento:

    onde TH e TC devem estar em Kelvin ou Rankine.

  • Exemplo: Anlise de Ciclo de Energia

    Um sistema sofre um ciclo de energia

    enquanto recebe 1000 kJ por

    transferncia de calor de um reservatrio

    trmico a 500 K e descarrega 600 kJ por

    transf. de calor a um reservatrio trmico

    a (a) 200 K, (b) 300 K, (c) 400 K. Para

    cada caso, determine se o ciclo opera

    irreversivelmente, opera

    reversivelmente, ou se impossvel.

    SOLUO: Para determinar a natureza do ciclo, compare

    performance do ciclo real () performance terica mxima

    do ciclo (max) calculada da Eq. 5f

    Power

    Cycle

    Wcycle

    Hot Reservoir

    TH = 500 K

    Cold Reservoir

    TC = (a) 200 K,

    (b) 300 K,

    (c) 400 K

    QC = 600 kJ

    QH = 1000 kJ

    Power

    Cycle

    Wcycle

    Hot Reservoir

    TH = 500 K

    Cold Reservoir

    TC = (a) 200 K,

    (b) 300 K,

    (c) 400 K

    QC = 600 kJ

    QH = 1000 kJ

  • Exemplo: Anlise de Ciclo de Energia

    4.0kJ 1000

    kJ 60011

    H

    C Q

    Q

    Performance Real: Calcule usando as transferncias de calor:

    Performance Terica Mxima: Calcule max a partir da Eq. 5f e compare ao valor real de :

    (a) 6.0K 500

    K 20011

    H

    Cmax

    T

    T

    (b) 4.0K 500

    K 30011

    H

    Cmax

    T

    T

    (c) 2.0K 500

    K 40011

    H

    Cmax

    T

    T

    Reversivelmente 0.4 = 0.4

    Impossvel 0.4 > 0.2

    Irreversivelmente 0.4 < 0.6

    max

  • Um inventor afirma ter inventado uma mquina

    trmica que desenvolve uma eficincia trmica de

    80% quando operando entre dois reservatrios

    trmicos a 1000 K e 300 K. Avalie essa afirmao.

    A afirmao falsa desde que no existe mquina trmica

    que opera baseada em um ciclo de energia irreversvel

    (motor real = sempre irreversvel) pode ser mais eficiente

    que um motor que funcione baseado em um ciclo reversvel.

    Problema resolvido

    th revL

    H

    T

    T

    K

    K

    or

    ,

    .

    1

    1300

    1000

    0 70 70%

    Q

    L

    WOUT

    QH

    TH = 1000

    K

    TL = 300 K

    HE

    5-60

    SOLUO:

  • Um inventor afirma ter desenvolvido um refrigerador

    que mantm o espao refrigerado a 2oC enquanto

    opera em uma sala onde a temperatura de 25oC e

    tem um COP de 13.5. Existe alguma verdade nessa

    afirmao?

    QL

    Rev Win

    QH

    TH = 25oC

    TL = 2oC

    COPQ

    Q Q

    T

    T T

    K

    K

    RL

    H L

    L

    H L

    ( )

    ( )

    .

    2 273

    25 2

    1196

    A afirmao falsa desde que nenhum refrigerador

    (refrigerador real = ciclo irreversvel) pode ter um

    COP > COPmax para um ciclo reversvel.

    Problema resolvido

    SOLUO:

  • Uma bomba de calor usada para aquecer um prdio

    durante o inverno. O prdio deve ser mantido a 21oC

    permanentemente. A taxa de perda de calor estimada

    do prdio de 135.000 kJ/h quando a temperatura

    exterior de -5oC. Determine a potncia mnima

    requerida para a operao da bomba de calor frente a

    essa temperatura externa.

    21 oC

    HP

    -5 oC

    QLost

    WinQL

    O calor perdido

    pelo prdio deve

    ser suprido pela

    bomba de calor

    (HP).

    QH

    Problema resolvido

    Q QkJ

    hH Lost 135000

    SOLUO:

  • COPQ

    Q Q

    T

    T T

    K

    K

    HPH

    H L

    H

    H L

    ( )

    ( ( ))

    .

    21 273

    21 5

    1131

    Usando a definio bsica

    do COP podemos escrever:

    COPQ

    W

    WQ

    COP

    kJ h h

    s

    kW

    kJ s

    kW

    HPH

    net in

    net inH

    HP

    , /

    . /

    .

    ,

    ,

    135 000

    1131

    1

    3600

    1

    3316

    Problema resolvido

    1 calcule a valor mximo

    do COP (ciclo de aqueci-

    mento reversvel):

    (Eq. 5d)

    LH

    H

    cycle

    H

    QQ

    Q

    W

    Q

    Coefficient Of

    Performance

  • Ciclo de Carnot

    O Ciclo de Carnot fornece um exemplo de um ciclo reversvel que opera entre dois reservatrios trmicos.

    Outros exemplos no Captulo 9: ciclos de Ericsson e de Stirling.

    Em um ciclo de Carnot, o sistema executando o ciclo sofre uma srie de 4 processos internamente reversveis: 2 processos adiabticos alternados com 2 processos isotrmicos.

  • Expanso Isotrmica Reversvel (processo 1-2, TH = constante)

    Expanso Adiabtica Reversvel(processo 2-3, temperatura cai de TH a TL)

    Compresso Isotrmica Reversvel (processo 3-4, TL = constante)

    Compresso Adiabtica Reversvel (processo 4-1, temperatura sobe de TL a TH)

    Ciclos de Energia de Carnot

    Execuo do ciclo de Carnot em sistema fechado.

  • Ciclos de Energia de Carnot

    5-66

    O diagrama p-v e o esquema de um gs em um

    sistema pisto-cilindro executando um ciclo de

    Carnot so mostrados abaixo:

    H

    Cmax 1

    T

    T

  • Ciclos de Energia de Carnot O diagrama p-v e o esquema da gua executando um

    ciclo de Carnot atravs de 4 componentes

    interconectados:

    Em cada um desses casos a

    eficincia trmica dada por. H

    Cmax 1

    T

    T

    (Sistema em fluxo estacionrio)

    Change of phase in boiler

  • Ciclo de Carnot Reverso

    Diagrama p-V do ciclo de Carnot. Diagrama p-V do ciclo de

    Carnot reverso.

    O Ciclo de Carnot Reverso

    O ciclo de mquina trmica de Carnot totalmente reversvel.

    Entretanto, todos os processos que o compreendem podem ser

    revertidos, em tal caso ele se torna o ciclo de refrigerao de

    Carnot.

  • Ciclos de Refrigerao e de

    Aquecimento de Carnot

    Se um ciclo de energia de Carnot operado na direo oposta, as

    magnitudes de todas as transferncia de

    energia permanecem iguais mas as

    transferncias de energia so

    diretamente opostas.

  • Ciclos de Refrigerao e de

    Aquecimento de Carnot

    Tal ciclo pode ser tratado como um ciclo de refrigerao ou de

    aquecimento de Carnot para o qual o

    coeficiente de performance dado,

    respectivamente por:

    CH

    Cmax

    TT

    T

    Ciclo de Refrigerao de Carnot:

    CH

    Hmax

    TT

    T

    Ciclo de Aquecimento de Carnot:

  • Qualidade da Energia

    A frao de calor que pode

    ser convertida em trabalho

    como uma funo da fonte de

    temperatura.

    Quanto maior a temperatura

    da energia trmica, maior

    sua qualidade.

    Q: Como melhorar a eficincia trmica de

    uma mquina de Carnot? E para uma

    mquina trmica real?

    Q: Pode-se usar

    C ou F para a

    temperatura

    aqui?

    A: Fornea o mximo de calor a TH e remova

    calor mnima temperatura possvel TC.

    R: NO

  • Desigualdade de Clausius A desigualdade de Clausius fornece a base para o conceito de entropia (captulo 6).

    A desigualdade de Clausius aplicvel a qualquer ciclo independente do(s) corpo(s), do qual o sistema que est sofrendo um ciclo sofrendo um ciclo from recebe energia por transferncia de calor ou para o qual o sistema rejeita energia por transferncia de calor. Tais corpor no necessitam ser reservatrios trmicos.

    A desigualdade de Clausius um corolrio da segunda lei.

  • Desigualdade de Clausius

    A Desigualdade de Clausius desenvolvida a partir do enunciado de Kelvin-Planck da 2a lei e pode

    ser expresso por: cycle

    b

    T

    Q(Eq. 5i)

    Indica a integral a ser realizada sobre todas as partes da

    fronteira e sobre todo o ciclo. onde

    Indica que o integrando avaliado sobre a fronteira do

    sistema que executa o ciclo.

    b

    A natureza do ciclo executado indicada pelo valor de ciclo:

    ciclo = 0 irreversibilidades ausentes no sistema ciclo > 0 irreversibilidades presentes no sistema ciclo < 0 impossvel

    (Eq. 5j)

  • Exemplo: Uso da Desigualdade de Clausius

    Um sistema sofre um ciclo enquanto recebe

    1000 kJ por transferncia de calor a uma

    temperatura de 500 K e descarrega 600 kJ por

    transferncia de calor a (a) 200 K, (b) 300 K, (c)

    400 K.

    Qual a natureza do ciclo em cada um desses

    casos?

    Para determinar a natureza do ciclo, resolva a integral

    cclica da Eq. 5i para cada caso e aplique a Eq. 5j a fim

    de tirar uma concluso sobre a natureza de cada ciclo.

    SOLUO:

  • Exemplo: Uso da Desigualdade de Clausius

    Aplicando a Eq. 5i a cada ciclo: cycleC

    out

    H

    in T

    Q

    T

    Q

    b

    T

    Q

    (b) kJ/K 0K 300

    kJ 600

    K 500

    kJ 1000cycle cycle = 0 kJ/K = 0

    (a) kJ/K 1K 200

    kJ 600

    K 500

    kJ 1000cycle cycle = +1 kJ/K > 0

    Irreversibilidades presentes no sistema

    Irreversibilidades ausentes no sistema

    (c) kJ/K 5.0K 400

    kJ 600

    K 500

    kJ 1000cycle cycle = 0.5 kJ/K < 0

    Impossvel

    5-75