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Segunda lei da termodinâmica.
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Engenharia Ambiental
GEN123 Termodinmica Prof. Dr. Mrcio Marques Martins
http://digichem.org
Captulo 5
A Segunda Lei da
Termodinmica
Resultados de Aprendizagem
Demonstrar compreenso de conceitos-chave como os relacionados segunda lei
da termodinmica, incluindo afirmaes
alternativas da segunda lei, alguns
processos internamente reversveis, e escala
de temperatura de Kelvin.
Listar diversas e importantes irreversibilidades.
Resultados de Aprendizagem
Avaliar a performance de ciclos de energia, refrigerao e aquecimento usando
os corolrios das sees 5.6.2 e 5.7.2, junto
com as equaes 5.9-5.11.
Descrever o ciclo de Carnot.
Interpretar a desigualdade de Clausius como expressado pela equao 5.13.
Aspectos da 1a e 2a Leis da TD
1a lei: Segundo os princpios de conservao de massa e energia, massa e
energia no podem ser criados ou destrudos.
Para um processo, os princpios de conservao de massa e energia indicam a
disposio de massa e energia mas no
indicam se o processo pode realmente
ocorrer.
2a lei: A segunda lei da termodinmica prov um princpio-guia para saber se um
processo pode ocorrer.
Introduo Segunda Lei
Uma xcara de caf
no se aquece
sozinha em uma
sala fria.
Transferir
calor a um
fio no
gerar
eletricidade.
Transferir calor a
uma roda de ps
no far com que
ela gire.
Esses processos
no podem
ocorrer, mesmo se
eles no violarem
a primeira lei!!!
Aspectos da 2a Lei da TD
predizer a direo do processo.
estabelecer condies para o equilbrio.
determinar a performance terica mxima de ciclos, motores, etc.
definir uma escala de temperatura absoluta.
desenvolver meios de avaliar propriedades tais como u e h em termos de propriedades que so mais
facilmente obtidas experimentalmente.
A segunda lei da TD tem muitos aspectos:
A 2a lei tem sido usada em filosofia, economia,
e outras disciplinas.
2a Lei da TD: Enunciados alternativos
Desigualdade de Clausius
Enunciado de Kelvin-Planck
Enunciado da Entropia
No h nenhum enunciado simples que capture todos os aspectos da segunda lei.
Diversas formulaes alternativas da 2a lei so encontradas na literatura. 3 delas so:
2a Lei da TD: Enunciados alternativos
O foco desse captulo (5) est nas definies de Clausius e de Kelvin-Planck.
A Entropia desenvolvida e aplicada no Captulo 6.
Como em cada lei fsica, a base da segunda lei da termodinmica a evidncia experimental.
Porquanto as 3 formas aqui apresentadas no so demonstrveis em laboratrio, dedues
podem ser verificadas experimentalmente, e isso
infere a validade dos enunciados da 2a lei.
Enunciado de Clausius
da Segunda Lei impossvel para qualquer sistema operar de tal forma que o nico resultado seja uma
transferncia de energia de um corpo frio para um
corpo quente.
Define a direo do
processo.
Reservatrio trmico
Um reservatrio trmico um sistema que sempre permanece a temperatura
constante mesmo se energia for adicionada
ou removida por transferncia de calor.
Uma fonte
quente
fornece
energia na
forma de
calor, e
uma fonte
fria
absorve-o.
Tal sistema aproximado pela
atmosfera da terra,
lagos e oceanos,
assim como por
um bloco slido de
cobre, p. ex.
Exemplos:
Oceanos
Lagos
Atmosfera terrestre
(Qualquer qtd massiva de material)
Reservatrio trmico
Enunciado de Kelvin-Planck da 2a Lei
impossvel para qualquer sistema operar em ciclos termodinmicos e entregar uma
quantidade lquida de energia por trabalho
vizinhana enquanto recebe energia por
transferncia de calor de um nico reservatrio
trmico.
NO! SIM!
Enunciado de Kelvin-Planck da 2a Lei
impossvel converter (em um ciclo) todo o calor em trabalho til.
Ciclos no so 100% eficientes.
Sempre existem algumas imperfeies devido a irreversibilidades
A definio de entropia e da segunda lei so diretamente ligadas esse enunciado.
Podemos armazenar Qsai em uma mquina trmica?
Cada mquina trmica deve
desperdiar alguma energia
transferindo-a para um reservatrio
de baixa temperatura a fim de
completar o ciclo, mesmo sob
condies ideais.
Remove Load!
Um ciclo de mquina trmica no
pode ser completado sem doao
de calor para a fonte fria.
Em uma planta de
energia a vapor, o
condensador o
dispositivo onde
grandes quantidades
de calor residual so
entregues a rios,
lagos ou atrmosfera.
Poderamos retirar o
condensador da
planta e armazenar
todo o calor
desprezado?
A resposta ,
infelizmente, no
desde que sem um
descarte de calor o
processo no pode se
completar.
A Segunda Lei da Termodinmica:
Enunciado de KelvinPlanck
Acima, uma mquina
trmica que viola o
enunciado de KelvinPlanck da segunda lei.
impossvel para qualquer dispositivo que opera em
ciclos receber calor de um
nico reservatrio e produzir
uma quantidade lquida de
trabalho.
Nenhuma mquina trmica pode ter
uma eficincia trmica de 100%, para
que uma planta de energia opere, o
fluido de trabalho deve trocar calor
com a vizinhana e com o forno.
A impossibilidade de ter uma
mquina trmica 100% eficiente no
deve-se frico ou outros efeitos
dissipativos. uma limitao que se
aplica tanto s maquinas trmicas
ideais quanto reais.
Enunciado Entrpico da 2a Lei
Massa e energia so exemplos familiares de propriedades extensivas usadas em termodinmica.
Entropia outra importante propriedade extensiva. Como a entropia avaliada e aplicada
ser discutido mais adiante (captulo 6).
Ao contrrio de massa e energia, que so conservados, entropia produzida dentro dos
sistemas sempre que no-idealidades tais como
frico estiverem presentes.
Enunciado Entrpico da 2a Lei
impossvel para qualquer sistema operar de uma forma
que entropia seja destruda.
O Enunciado Entrpico :
Entropia
Entropia produzida dentro dos sistemas quando irreversibilidades esto
presentes.
Idealizao de processos utilizada para calcular as performances tericas
timas.
Esse enunciado discutido no captulo 6 do livro de Moran e Shapiro.
Irreversibilidades
Um dos mais importantes usos da 2a lei em engenharia determinar a performance terica
tima (ou mxima) dos sistemas.
Por comparao da performance real com a terica, vislumbres acerca dos potenciais de
otimizao da performance real podem ser
obtidos.
Irreversibilidades
Performances tericas timas so avalidas em termos de processos idealizados.
Processos reais so distinguveis dos idealizados pela presena de no-idealidades chamadas de irreversibilidades.
Irreversibilidades Comumente
Encontradas na Prtica
Transferncia de calor atravs de uma diferena de temperatura finita.
Expanso irrestrita de um gs ou lquido para uma presso menor.
Reao qumica espontnea
Mistura espontnea de matria em diferentes estado fsicos ou de composio.
Frico frico por atrito (como a que ocorre com fluidos escoando em tubulaes)
Irreversibilidades Comumente
Encontradas na Prtica
Fluxo de corrente eltrica atravs de uma resistncia
Magnetizao ou polarizao com histerese
Deformao inelstica
Todos os processos reais envolvem efeitos
como os listados, incluindo processos
naturais ou provocados por dispositivos por
ns construdos do mais simples mecanismo maior planta industrial.
Processos Reversveis e Irreversveis
dentro do sistema, ou
dentro das fronteiras (geralmente bem prximo s fronteiras), ou
dentro tanto do sistema quanto das fronteiras.
Durante um processo de um
sistema, irreversibilidades
podem estar presentes:
Processos Reversveis e Irreversveis
Um processo irreversvel quando irreversibilidades esto presentes dentro do
sistema e/ou suas fronteiras.
Todos os processos reais so
irreversveis.
Um processo reversvel quando no existem irreversibilidades presentes dentro do
sistema ou de suas fronteiras.
Esse tipo de processo totalmente ideal.
Processos Reversveis e Irreversveis
Um processo internamente reversvel quando no existem irreversibilidades
presentes dentro do sistema.
Irreversibilidades podem estar presentes dentro das fronteiras do sistema, entretranto.
Um processo internamente reversvel
um processo de quase-equilbrio (Seo
2.2.5).
Exemplo: Processos Internamente
Reversveis gua contida dentro de um pisto-cilindro evapora
da forma lquido saturado para vapor saturado a
100C. Quando a gua evapora, ela passa por uma
sequncia de estados de equilbrio enquanto ocorre
transferncia de calor para a gua vinda dos gases
de combusto a 500oC.
Tais trocas espontneas de calor causam
irreversibilidade nas
vizinhanas: uma
irreversibilidade externa.
Para o sistema contendo gua no existem irreversibilidades internas, mas
2a Lei da TD (cont.)
Qualquer dispositivo que viole a 1a ou 2a lei da
termodinmica chamada de mquina de moto-
perptuo.
- Se o dispositivo viola a primeira lei (criando
energia), ela uma mquina de moto-perptuo
de primeira espcie (MMP1).
- Se o dispositivo viola a segunda lei, ela uma
mquina de moto-perptuo de segunda
espcie (MMP2)
A despeito de inmeras tentativas, no se
conhece nenhuma mquina de moto-perptuo
que funcione. Se algo parece bom demais pra
ser verdade, desconfie!
Mquinas de moto-perptuo
Mquinas de moto-perptuo: exemplo
Uma mquina de moto-perptuo
que viola a primeira lei (MMP1).
Uma mquina de moto-perptuo
que viola a segunda lei (MMP2).
Mquina de moto-perptuo: Dispositivo que viola a primeira ou segunda lei
da termodinmica.
Um dispositivo que viola a primeira lei (ao criar energia MMP1).
Um dispositivo que viola a segunda lei chamado MMP2.
Processos ocorrem em uma
certa direo, e no na
direo inversa.
Um processo deve satisfazer
tanto a 1a quanto a 2a leis da
TD para acontecer.
PRINCIPAIS USOS DA SEGUNDA LEI
1. A 2a lei pode ser usada para indicar a direo dos processos.
2. A 2a lei afirma que energia tem qualidade bem como quantidade. A 1a lei
lida com a quantidade de energia e com as transformaes de energia de
uma forma para outra. A 2a lei fornece os meios necessrios para
determinar a qualidade bem como o grau de degradao da energia
durante um processo.
3. A 2a lei da TD tambm usada para determinar os limites tericos para
a performance comumente usados em sistemas de engenharia, tais como
mquinas de aquecimento e refrigeradores, bem como prever o grau de
avano de reaes qumicas.
2a Lei: Reviso
A Qualidade da Energia
A frao de calor que pode
ser convertido a trabalho
como uma funo da
temperatura da fonte.
Quanto maior a
temperatura da energia
trmica, maior sua
qualidade.
Q: Como elevar a eficincia de uma
mquina de Carnot? E quanto s
mquinas trmicas reais?
A: Pode-se usar
C ou F para
temperatura
aqui?
A: Fornecendo calor fonte quente a TH e
removendo calor da fonte fria a TC
A: NO
Forma analtica do enunciado de Kelvin-Planck
Wciclo 0 < 0: Irreversibilidades Internas presentes
= 0: Sem irreversibilidades internas nico
reservatrio
(Eq. 5a) NO!
impossvel para qualquer dispositivo que opere em ciclos receber calor de um nico
reservatrio e produzir trabalho lquido
Para qualquer sistema sofrendo um
ciclo termodinmico enquanto troca
energia por transferncia de calor
com um nico reservatrio trmico,
o trabalho lquido, Wciclo, pode ser
apenas negativo ou zero nunca positivo:
Mquinas Trmicas
Trabalho pode sempre ser
convertido a calor
direta e
completamente,
mas o contrrio
no verdade.
Parte do calor recebido pela
mquina trmica
convertida em
trabalho, enquanto
o resto rejeitado
para o sumidouro.
Um dispositivo que converte calor
em trabalho chamado de
mquina trmica.
1. Eles recebem calor de uma fonte a
alta temperatura (energia solar,
forno a leo, reator nuclear, etc.).
2. Convertem parte desse calor em
trabalho (geralmente girando um
eixo.)
3. Rejeitam o calor remanescente em
um sumidouro de calor a
temperaturas baixas (atmosfera,
rios, etc.).
4. Operam em ciclos.
Mquinas trmicas e outros
dispositivos cclicos normalmente
envolvem um fluido para e do qual
calor transferido enquanto sofre um
ciclo. o fluido de trabalho.
Exemplo de Mquina Trmica: Planta de energia a vapor
Uma poro de trabalho de
sada de uma mquina trmica
consumido internamente
para manter a operao
contnua.
Algumas
mquinas
trmicas
funcionam
melhor que
outras
(convertem
maior
quantidade de
calor recebido
em trabalho)
Esquema de
uma mquina
trmica
Aplicando a 2a lei a ciclos: Eficincia trmica
Motor 1 mais
eficiente!
Para um sistema sofrendo um ciclo de energia
enquanto comunica-se termicamente com dois
reservatrios trmicos, um reservatrio quente e um
frio,
(Eq. 5b)
H
C
H
cycle
Q
Q
Q
W 1
a eficincia trmica de tal ciclo
Aplicao da 2a lei
a Ciclos de Energia:Interagindo
com Dois Reservatrios Trmicos
Aplicao da 2a lei
a Ciclos de Energia:Interagindo
com Dois Reservatrios Trmicos
Aplicando o enunciado de Kelvin-Planck da 2a lei,
Eq. 5a, trs concluses so obtidas. Sf QC=0
(=100%) um reservatrio e produz trabalho!!! :
1. O valor da eficincia trmica deve ser menor
que 100%. Apenas uma poro do calor transferido
QH pode ser obtido como trabalho e o o
remanescente QC descarregado pela transferncia
de calor ao reservatrio frio.
Duas outras concluses, chamados Corolrios de
Carnot, so: (prximo slide)
Corolrios Carnot (Ciclos de Energia)
1. A eficincia trmica de um ciclo de
energia irreversvel sempre menor
que a eficincia trmica de um ciclo de
energia reversvel quando cada um
opera entre os mesmos dois
reservatrios trmicos. (Menos
trabalho produzido em um ciclo
irreversvel!)
IMPORTANTE
Corolrios Carnot (Ciclos de Energia)
2. Todos os ciclos de energia
reversveis operando entre os dois
mesmos reservatrios trmicos tem a
mesma eficincia trmica.
Corolrios Carnot (Ciclos de Energia)
Um ciclo considerado reversvel quando (1) no
existem irreversibilidades dentro do sistema
enquanto ele passa pelo ciclo e (2) transferncias
de calor entre o sistema e os reservatrios ocorrer
reversivelmente.
**Uma planta de energia a vapor produz 50 MW de
trabalho lquido enquanto queima combustvel para
produzir 150 MW de energia calorfica a alta
temperatura. Determine: (a) a eficincia do ciclo
trmico (b) o calor rejeitado pelo ciclo para a
vizinhana. th
net out
H
W
Q
MW
MW
,
.50
1500 333 or 33.3%
W Q Q
Q Q W
MW MW
MW
net out H L
L H net out
,
,
150 50
100
Exemplo
a)
b)
SOLUO:
Aplicaes Ciclos de Refrigerao e
Aquecimento Interagindo com Dois
Reservatrios Trmicos Para um sistema sofrendo um ciclo de refrigerao ou
um de aquecimento enquanto comunica-se
termicamente com dois reservatrios trmicos, um
quente e um frio,
(Eq. 5c) CH
C
cycle
C
Q
W
Q
o coeficiente de performance
para o ciclo de refrigerao
(Eq. 5d) CH
H
cycle
H
Q
W
Q
e para o de aquecimento
Aplicaes Ciclos de Refrigerao e
Aquecimento Interagindo com Dois
Reservatrios Trmicos
Ao aplicar a definio de Kelvin-Planck da 2a lei,
Eq. 5a, 3 concluses so obtidas:
1. Para ocorrer o efeito de refrigerao uma entrada
de trabalho lquido Wciclo requerida. O coeficiente de
performance deve ter valor finito. Se o trabalho
nulo ento o sistema transferir QC da fonte fria para a
fonte quente (enquanto sofre um ciclo)! Isso viola o
princpio de Clausius da 2a lei)
Aplicaes Ciclos de Refrigerao e
Aquecimento Interagindo com Dois
Reservatrios Trmicos
2. O coeficiente de performance de um ciclo de
refrigerao irreversvel sempre menor que o
coeficiente de performance de um ciclo de
refrigerao reversvel quando cada um opera entre
os mesmos reservatrios trmicos. (Mais trabalho
requerido para o ciclo irreversvel!)
3. Todos os ciclos de refrigerao reversveis
operando entre os dois mesmos reservatrios
trmicos tm os mesmos coeficientes de
performance.
Quando instalado ao contrrio um ar condicionado
funciona como um aquecedor.
Todas essas concluses tambm se aplica, a sistemas passando por ciclos de aquecimento entre as fontes quente e fria.
Aplicaes Ciclos de Refrigerao e
Aquecimento Interagindo com Dois
Reservatrios Trmicos
Taxa de eficincia energtica (EER): A quantidade de calor removido de um espao frio em Btu por um Wh (watt-hora) de eletricidade consumida.
Muitos aquecedores em operao hoje tm um COP de 2-3.
Muitos aquecedores existentes usam o ar externo como fonte de calor no inverno (air-source HP).
Em climas frios sua eficincia diminui consideravelmente quando as temperaturas esto abaixo de zero.
Em tais casos, bombas de calor geotrmicas (energia do solo) que usam o solo como fonte de calor podem ser
usadas. Tais bombas de calor so mais caras para instalar,
mas so mais eficientes.
Condicionadores de Ar so basicamente refrigeradores cujos espaos refrigerados so uma sala ou uma construo
ao invs do compartimento da comida.
O COP de um refrigerador diminui com a diminuio da temperatura de refrigerao. Entretanto, no econmico
refrigerar a uma temperatura abaixo da necessria.
Performance de AC & Aquecedores
Exemplo
a)
b)
SOLUO:
kW 0.417
kJ/h 3600
kW 1kJ/h) 1500(
kJ/h 150033004800
in LH QQW
2.2kJ/h 1500
kJ/h 3300COP
inW
QL
Um setor de comida mantido a 12C por um refrigerador em um ambiente a 30C. O ganho total de calor desse setor estimado em 3300 kJ/h e a rejeio
de calor no condensador 4800 kJ/h. Determine (a) a
entrada de energia no compressor, em kW e (b) o COP
do refrigerador.
Continuao
Corolrios de Carnot(Ciclos de Energia)
1. A eficincia trmica de um ciclo de
energia irreversvel sempre menor
que a eficincia trmica de um ciclo de
energia reversvel quando ambos
operam entre os mesmos 2 reservatrios
trmicos.
Corolrios de Carnot(Ciclos de Energia)
2. Todos os ciclos de energia
reversveis operando entre os
mesmos 2 reservatrios trmicos tm
a mesma eficincia trmica.
Corolrios de Carnot(Ciclos de Energia)
Um ciclo considerado reversvel quando
(1) no existem irreversibilidades dentro do
sistema medida que ele sofre o ciclo e (2)
transferncias de calor entre o sistema e
reservatrios trmicos ocorrer
reversivelmente.
Escala de Temperatura de Kelvin Considere sistemas sofrendo um ciclo de energia e um
ciclo de refrigerao ou aquecimento, enquanto trocam
energia por transferncia de calor com as fontes quente e
fria:
Escala de Temperatura Kelvin
(Eq. 5e)
H
C
H
C
T
T
Q
Q
cyclerev
Na Escala Kelvin, a temperatura definida como
Escala de temperatura termodinmica: uma escala independente das propriedades de qualquer
substncia.
Escala de Temperatura Kelvin
Em palavras, Eq. 5e estabelece: Quando ciclos so reversveis, e apenas ento, a razo das transferncias de calor igual razo das temperaturas na escala Kelvin, onde TH a temperatura da fonte quente e TC a temperatura da fonte fria.
As temperatures na escala Rankine diferem das T na escala Kelvin apenas por um fator de 1.8:
T(oR)=1.8T(K), as Ts na Eq. 5e no podem estar em oC
ou oF.
T(oC) = T(K) 273.15 T(oF) = T(R) 459.67
Eq. 5e: Para T=Ttp=273.16K (Qtp) se Q0 temos T0
Medidas de Performance Mxima para Ciclos
Operando entre Dois Reservatrios Trmicos
1. A eficincia trmica de um ciclo de energia irreversvel
sempre menor que a eficincia trmica de um ciclo de
energia reversvel quando cada um opera entre os mesmos
dois reservatrios trmicos.
Dedues prvias do enunciado de Kelvin-Planck da 2a lei
incluem:
2. O coeficiente de performance de um ciclo de refrigerao
irreversvel sempre menor que o coeficiente de
performance de um ciclo de refrigerao reversvel quando
ambos operam entre os mesmos dois reservatrios trmicos.
3. O coeficiente de performance de um ciclo de aquecimento
irreversvel sempre menor que o coeficiente de
performance de um ciclo de aquecimento reversvel quando
ambos operam entre os mesmos dois reservatrios trmicos.
Peformance Mxima de Ciclos
Operando entre Dois Reservatrios Trmicos
Segue que a eficincia trmica terica mxima e os
coeficientes de performance nesses casos so atingidos
apenas por ciclos reversveis. Usando Eq. 5e nas Eqs. 5b,
5c, e 5d, obtm-se:
(Eq. 5f) H
Cmax 1
T
TCiclo de Energia:
(Eq. 5g) CH
Cmax
TT
T
Ciclo de Refrigerao:
(Eq. 5h) CH
Hmax
TT
T
Ciclo de Aquecimento:
onde TH e TC devem estar em Kelvin ou Rankine.
Exemplo: Anlise de Ciclo de Energia
Um sistema sofre um ciclo de energia
enquanto recebe 1000 kJ por
transferncia de calor de um reservatrio
trmico a 500 K e descarrega 600 kJ por
transf. de calor a um reservatrio trmico
a (a) 200 K, (b) 300 K, (c) 400 K. Para
cada caso, determine se o ciclo opera
irreversivelmente, opera
reversivelmente, ou se impossvel.
SOLUO: Para determinar a natureza do ciclo, compare
performance do ciclo real () performance terica mxima
do ciclo (max) calculada da Eq. 5f
Power
Cycle
Wcycle
Hot Reservoir
TH = 500 K
Cold Reservoir
TC = (a) 200 K,
(b) 300 K,
(c) 400 K
QC = 600 kJ
QH = 1000 kJ
Power
Cycle
Wcycle
Hot Reservoir
TH = 500 K
Cold Reservoir
TC = (a) 200 K,
(b) 300 K,
(c) 400 K
QC = 600 kJ
QH = 1000 kJ
Exemplo: Anlise de Ciclo de Energia
4.0kJ 1000
kJ 60011
H
C Q
Q
Performance Real: Calcule usando as transferncias de calor:
Performance Terica Mxima: Calcule max a partir da Eq. 5f e compare ao valor real de :
(a) 6.0K 500
K 20011
H
Cmax
T
T
(b) 4.0K 500
K 30011
H
Cmax
T
T
(c) 2.0K 500
K 40011
H
Cmax
T
T
Reversivelmente 0.4 = 0.4
Impossvel 0.4 > 0.2
Irreversivelmente 0.4 < 0.6
max
Um inventor afirma ter inventado uma mquina
trmica que desenvolve uma eficincia trmica de
80% quando operando entre dois reservatrios
trmicos a 1000 K e 300 K. Avalie essa afirmao.
A afirmao falsa desde que no existe mquina trmica
que opera baseada em um ciclo de energia irreversvel
(motor real = sempre irreversvel) pode ser mais eficiente
que um motor que funcione baseado em um ciclo reversvel.
Problema resolvido
th revL
H
T
T
K
K
or
,
.
1
1300
1000
0 70 70%
Q
L
WOUT
QH
TH = 1000
K
TL = 300 K
HE
5-60
SOLUO:
Um inventor afirma ter desenvolvido um refrigerador
que mantm o espao refrigerado a 2oC enquanto
opera em uma sala onde a temperatura de 25oC e
tem um COP de 13.5. Existe alguma verdade nessa
afirmao?
QL
Rev Win
QH
TH = 25oC
TL = 2oC
COPQ
Q Q
T
T T
K
K
RL
H L
L
H L
( )
( )
.
2 273
25 2
1196
A afirmao falsa desde que nenhum refrigerador
(refrigerador real = ciclo irreversvel) pode ter um
COP > COPmax para um ciclo reversvel.
Problema resolvido
SOLUO:
Uma bomba de calor usada para aquecer um prdio
durante o inverno. O prdio deve ser mantido a 21oC
permanentemente. A taxa de perda de calor estimada
do prdio de 135.000 kJ/h quando a temperatura
exterior de -5oC. Determine a potncia mnima
requerida para a operao da bomba de calor frente a
essa temperatura externa.
21 oC
HP
-5 oC
QLost
WinQL
O calor perdido
pelo prdio deve
ser suprido pela
bomba de calor
(HP).
QH
Problema resolvido
Q QkJ
hH Lost 135000
SOLUO:
COPQ
Q Q
T
T T
K
K
HPH
H L
H
H L
( )
( ( ))
.
21 273
21 5
1131
Usando a definio bsica
do COP podemos escrever:
COPQ
W
WQ
COP
kJ h h
s
kW
kJ s
kW
HPH
net in
net inH
HP
, /
. /
.
,
,
135 000
1131
1
3600
1
3316
Problema resolvido
1 calcule a valor mximo
do COP (ciclo de aqueci-
mento reversvel):
(Eq. 5d)
LH
H
cycle
H
Q
W
Q
Coefficient Of
Performance
Ciclo de Carnot
O Ciclo de Carnot fornece um exemplo de um ciclo reversvel que opera entre dois reservatrios trmicos.
Outros exemplos no Captulo 9: ciclos de Ericsson e de Stirling.
Em um ciclo de Carnot, o sistema executando o ciclo sofre uma srie de 4 processos internamente reversveis: 2 processos adiabticos alternados com 2 processos isotrmicos.
Expanso Isotrmica Reversvel (processo 1-2, TH = constante)
Expanso Adiabtica Reversvel(processo 2-3, temperatura cai de TH a TL)
Compresso Isotrmica Reversvel (processo 3-4, TL = constante)
Compresso Adiabtica Reversvel (processo 4-1, temperatura sobe de TL a TH)
Ciclos de Energia de Carnot
Execuo do ciclo de Carnot em sistema fechado.
Ciclos de Energia de Carnot
5-66
O diagrama p-v e o esquema de um gs em um
sistema pisto-cilindro executando um ciclo de
Carnot so mostrados abaixo:
H
Cmax 1
T
T
Ciclos de Energia de Carnot O diagrama p-v e o esquema da gua executando um
ciclo de Carnot atravs de 4 componentes
interconectados:
Em cada um desses casos a
eficincia trmica dada por. H
Cmax 1
T
T
(Sistema em fluxo estacionrio)
Change of phase in boiler
Ciclo de Carnot Reverso
Diagrama p-V do ciclo de Carnot. Diagrama p-V do ciclo de
Carnot reverso.
O Ciclo de Carnot Reverso
O ciclo de mquina trmica de Carnot totalmente reversvel.
Entretanto, todos os processos que o compreendem podem ser
revertidos, em tal caso ele se torna o ciclo de refrigerao de
Carnot.
Ciclos de Refrigerao e de
Aquecimento de Carnot
Se um ciclo de energia de Carnot operado na direo oposta, as
magnitudes de todas as transferncia de
energia permanecem iguais mas as
transferncias de energia so
diretamente opostas.
Ciclos de Refrigerao e de
Aquecimento de Carnot
Tal ciclo pode ser tratado como um ciclo de refrigerao ou de
aquecimento de Carnot para o qual o
coeficiente de performance dado,
respectivamente por:
CH
Cmax
TT
T
Ciclo de Refrigerao de Carnot:
CH
Hmax
TT
T
Ciclo de Aquecimento de Carnot:
Qualidade da Energia
A frao de calor que pode
ser convertida em trabalho
como uma funo da fonte de
temperatura.
Quanto maior a temperatura
da energia trmica, maior
sua qualidade.
Q: Como melhorar a eficincia trmica de
uma mquina de Carnot? E para uma
mquina trmica real?
Q: Pode-se usar
C ou F para a
temperatura
aqui?
A: Fornea o mximo de calor a TH e remova
calor mnima temperatura possvel TC.
R: NO
Desigualdade de Clausius A desigualdade de Clausius fornece a base para o conceito de entropia (captulo 6).
A desigualdade de Clausius aplicvel a qualquer ciclo independente do(s) corpo(s), do qual o sistema que est sofrendo um ciclo sofrendo um ciclo from recebe energia por transferncia de calor ou para o qual o sistema rejeita energia por transferncia de calor. Tais corpor no necessitam ser reservatrios trmicos.
A desigualdade de Clausius um corolrio da segunda lei.
Desigualdade de Clausius
A Desigualdade de Clausius desenvolvida a partir do enunciado de Kelvin-Planck da 2a lei e pode
ser expresso por: cycle
b
T
Q(Eq. 5i)
Indica a integral a ser realizada sobre todas as partes da
fronteira e sobre todo o ciclo. onde
Indica que o integrando avaliado sobre a fronteira do
sistema que executa o ciclo.
b
A natureza do ciclo executado indicada pelo valor de ciclo:
ciclo = 0 irreversibilidades ausentes no sistema ciclo > 0 irreversibilidades presentes no sistema ciclo < 0 impossvel
(Eq. 5j)
Exemplo: Uso da Desigualdade de Clausius
Um sistema sofre um ciclo enquanto recebe
1000 kJ por transferncia de calor a uma
temperatura de 500 K e descarrega 600 kJ por
transferncia de calor a (a) 200 K, (b) 300 K, (c)
400 K.
Qual a natureza do ciclo em cada um desses
casos?
Para determinar a natureza do ciclo, resolva a integral
cclica da Eq. 5i para cada caso e aplique a Eq. 5j a fim
de tirar uma concluso sobre a natureza de cada ciclo.
SOLUO:
Exemplo: Uso da Desigualdade de Clausius
Aplicando a Eq. 5i a cada ciclo: cycleC
out
H
in T
Q
T
Q
b
T
Q
(b) kJ/K 0K 300
kJ 600
K 500
kJ 1000cycle cycle = 0 kJ/K = 0
(a) kJ/K 1K 200
kJ 600
K 500
kJ 1000cycle cycle = +1 kJ/K > 0
Irreversibilidades presentes no sistema
Irreversibilidades ausentes no sistema
(c) kJ/K 5.0K 400
kJ 600
K 500
kJ 1000cycle cycle = 0.5 kJ/K < 0
Impossvel
5-75