CAP5 gradadores

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    1/34

    CAPTULO - 7

    GRADADORES

    7.1-INTRODUO

    Os gradadores so conversores estticos destinados a variar o valor eficaz de uma tenso

    alternada. Caracterizam-se por colocarem a carga em contato direto com a fonte, sem tratamento

    intermedirio de energia.

    Os principais empregos dos gradadores so os seguintes:

    Controle de intensidade luminosa.Controle de temperatura.Controle de velocidade de motores de induo.Limitao da corrente de partida de motores de induo.

    7.2-ESTRUTURA DO GRADADOR MONOFSICO

    Para cargas de pequena potncia comum o emprego do Triac. Para potncias maioresso empregados dois tiristores em antiparalelo. Os dois casos esto representados nas figuras 7.1

    e 7.2.

    TriacZv t( )

    T1

    T2 Zv t( )

    Fig. 7.1 - Gradador a Triac. Fig. 7.2 - Gradador a Tiristor.

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    2/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    169

    7.3-ANLISE DO GRADADOR MONOFSICO PARA CARGA RESISTIVA PURA

    Seja a estrutura representada na figura 7.3.

    T1

    +T2 R

    vT -

    +

    -

    vRv t( )iR

    Fig. 7.3 - Gradador alimentando carga resistiva pura.

    As formas de onda esto representadas na figura 7.4.

    t

    t

    2 Vo

    vR

    iR

    iT1

    iT2

    vT

    Fig. 7.4 - Tenses e correntes para o gradador monofsico.

    As grandezas so representadas pelas expresses (7.1) e (7.2).

    v t V sen to( ) ( ) 2 (7.1)

    v t V sen tR o( ) ( ) ,

    2

    2 (7.2)

    i tV

    Rsen tR

    o( ) ( ) ,

    2 2 (7.3)

    A corrente mdia na carga nula. A corrente eficaz calculada do seguinte modo:

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    3/34

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    4/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    171

    Ou:I R

    V

    Tmed

    o2

    1

    21

    (cos ) (7.10)

    A expresso (7.10) est representada graficamente na figura 7.6.

    A corrente eficaz em um tiristor calculada a seguir:I I IT ef T ef Tef 1 2 (7.11)

    I I I IT ef T ef Tef f 12

    22 2 22 Re (7.12)

    Assim: II

    Teff Re

    2 (7.13)

    Portanto: IV

    R

    senTef

    o 2

    2

    2

    ( ) (7.14)

    Ou:I R

    V

    senTef

    o2

    1

    2

    2

    2

    ( ) (7.15)

    A expresso (7.15) tambm est representada graficamente na figura 7.6.

    interessante que se conhea as harmnicas de corrente de carga, sobretudo porque

    essas harmnicas so introduzidas na rede. Alm disso, as harmnicas de alta freqncia podem

    produzir perturbaes radioeltricas inaceitveis.

    I

    VTefR

    o2(a)

    (a)

    I R

    VTmed

    o2(b)

    (b)

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 1800

    0,05

    0,10

    0,15

    0,20

    0,25

    0,30

    0,35

    0,40

    0,45

    0,50

    Fig. 7.6 - Valor mdio e eficaz da corrente em um tiristor em P.U.

    A Srie de Fourier, na sua forma geral representada pela expresso (7.16).

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    5/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    172

    i( t a a n t b sen n to n nn

    ) cos( ) ( )

    1

    (7.16)

    A corrente mdia nula; portanto ao= 0.

    Os coeficientes ane bnso dados pelas expresses (7.17) e (7.18).

    a i t n t d tn R 1

    0

    2

    ( )cos( ) ( ) (7.17)

    b i t sen n t d tn R 1

    0

    2

    ( ) ( ) ( ) (7.18)

    Realizando-se as integraes obtm-se as expresses (7.19) e (7.20).

    a V

    R

    n

    n

    n

    nn

    o

    2 1

    1

    1

    1 cos( )( )

    cos( )

    ( ) (7.19)

    b V

    R

    sen n

    n

    sen n

    nn

    o

    2

    1 1 ( )

    ( )

    ( )

    ( ) (7.20)

    Para n = 1 as expresses (7.19) e (7.20) so indeterminadas. Levantando as

    indeterminaes obtm-se as expresses (7.21) e (7.22).

    a VR

    o1 2

    22 1

    (cos ) (7.21)

    b V

    Rseno1

    2

    22 2 2

    ( ) (7.22)

    As harmnicas de ordem par so nulas.

    Dessa forma a corrente de carga representada pela expresso (7.23).

    i( t a t a t a t

    b sen t b sen t b sen t

    ) cos( ) cos( ) cos( )

    ( ) ( ) ( )

    1 3 5

    1 3 5

    3 5

    3 5

    (7.23)

    A amplitude da harmnica de ordem n dada ento pela expresso (7.24).

    I a bn n n 2 2

    (7.24)

    Observao: I V

    Rm

    o 2

    representa o valor de pico da corrente de carga para = 0.

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    6/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    173

    InIm

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 1800

    0,1

    0,2

    0,3

    0,4

    0,5

    0,6

    0,7

    0,8

    0,9

    1,0

    n=1

    n=3

    n=5

    n=7

    Fig. 7.7 - Amplitude Inda harmnica da corrente de carga n em relao a Im.

    Na figura 7.7 esto representadas as correntes harmnicas na carga, em relao

    corrente de pico para = 0, em funo do ngulo de disparo .

    As correntes harmnicas so elevadas para 0. Esta uma das principais

    desvantagens dos gradadores. Como conseqncia da presena das harmnicas de corrente e do

    atraso da componente fundamental, o fator de potncia mesmo para carga resistiva pode ser

    muito baixo.

    7.4-ANLISE DO GRADADOR MONOFSICO PARA CARGA RL

    a) Estrutura:

    A configurao do gradador monofsico alimentando carga RL est representada na

    figura 7.8.

    T1

    +

    T2vT -

    L

    +

    vRL

    -

    RiRL

    v t( )

    Fig. 7.8 - Gradador monofsico com carga RL.

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    7/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    174

    b) Expresso da Corrente de Carga:

    Seja a figura 7.9.

    Ref1Ref2

    t

    i'

    i

    v

    Fig. 7.9 - Corrente e tenso para o gradador monofsico alimentando carga RL.

    Onde:

    v(t) - tenso de alimentao

    i(t) - corrente de carga

    i'(t) - corrente de carga para =

    cos

    ( )

    R

    R L2 2 (7.25)

    cos - definido como o fator de potncia da carga

    - ngulo de disparo dos tiristores

    A tenso de alimentao para o referencial adotado na figura 7.9 representada pela

    expresso (7.26).

    v t V sen to( ) ( ) 2 (7.26)

    Durante a conduo, aps o disparo do tiristor T1, a corrente do circuito obedece

    expresso (7.27).

    R i( t Ldi( t

    dtV sen to

    )

    )( ) 2 (7.27)

    Assim:

    R i( t Ldi( t

    dtV sen t t seno

    )

    )( ) cos cos( ) 2 (7.28)

    Seja:

    IV

    R Lm

    o

    2

    2 2( ) (7.29)

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    8/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    175

    Assim, a soluo da equao dada pela expresso (7.30).

    i( t I sen t sen em t ) ( ) ( ) 1 (7.30)

    Onde:

    1R

    L (7.31)

    O primeiro termo da expresso (7.30) representa a componente senoidal da corrente de

    carga; o segundo termo representa a componente exponencial.

    Para o caso particular em que = , a corrente de carga torna-se senoidal.

    Quando t = , a corrente no tiristor T1se anula e ele se bloqueia.

    Seja o referencial 2 representado na figura 7.9.

    Assim: v t V sen to( ) ( ) 2 (7.32)

    Para se obter o valor da corrente no nosso referencial basta ento colocar t onde existe

    t + ; ela representada pela expresso (7.33).

    i( t I sen t sen em

    R

    Lt

    ) ( ) ( )( )

    (7.33)

    Como:R

    Lg

    cot (7.34)

    Obtm-se:

    i( t I sen t sen em g t ) ( ) ( ) cot ( ) (7.35)

    c) Clculo do ngulo de Extino

    No momento da extino do tiristor, i(t) = 0 e t = Substituindo na expresso (7.35)

    obtm-se a expresso (7.36).

    sen sen e g( ) ( ) cot ( ) 0 (7.36)

    Com a expresso (7.36) obtido o baco representado na figura 7.10. Com ele,

    conhecendo-se os ngulos e pode-se determinar o ngulo de extino .

    As formas de onda para um ciclo completo, considerando os dois tiristores, esto

    representadas na figura 7.11.

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    9/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    176

    180

    190

    200

    210

    220

    230

    240

    250

    260

    270

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180

    = 90o

    = 30o

    = 40o

    = 75o

    = 50o

    = 80o

    = 60o

    = 70o

    = 0,5o

    = 10o

    = 20o

    = 5o

    Fig. 7.10 - ngulo de extino em funo de , tomando como parmetro.

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    10/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    177

    t

    2 Vo

    vRL

    vT

    i

    v

    t

    tRL

    Fig. 7.11 - Formas de onda para o gradador monofsico com carga RL.

    d) Corrente Mdia em um Tiristor

    Seja a corrente no tiristor T1. No intervalo (0, 2) a corrente em T1 existe para os

    valores de t compreendidos entre e .

    A corrente mdia calculada a partir da expresso (7.37).

    II

    sen t sen e d tTmedm g t 2

    ( ) ( ) ( )cot ( ) (7.37)

    Realizando-se a integrao obtm-se a expresso:

    I I seng

    eTmedm g

    2

    1

    cos( ) cos( )

    ( )

    cotcot ( )

    (7.38)

    A expresso (7.38) do tipo:

    I

    IFTmed

    m 1( , , ) (7.39)

    A expresso (7.36) do tipo:

    F2 0( , , ) (7.40)Levando-se (7.40) em (7.39) pode-se obter uma expresso do tipo:

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    11/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    178

    0,000

    0,025

    0,050

    0,075

    0,100

    0,125

    0,150

    0,175

    0,200

    0,225

    0,250

    0,275

    0,300

    0,325

    0,350

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180

    = 90o

    = 30o

    = 40o

    = 50o

    = 80o

    = 60o

    = 70o

    = 10o

    = 20o

    I

    ITmed

    m

    Fig. 7.12 - Corrente mdia em um tiristor em relao Imem funo de .

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    12/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    179

    I

    IFTmed

    m 3( , ) (7.41)

    Com as expresses anteriores foi estabelecido o baco representado na figura 7.12.

    Assim, conhecendo-se e pode-se determinar a corrente mdia em um tiristor, em relao Im.

    e) Corrente Eficaz em um Tiristor

    Para o clculo do valor eficaz da corrente em um tiristor empregada a expresso

    (7.42).

    I I sen t sen e d tTef m g t

    1

    22

    2

    1 2

    ( ) ( ) ( )cot ( ) (7.42)

    Realizando-se a integrao obtm-se a expresso (7.43).

    I I sen sen sen

    g

    e g sen g sen

    sen sen

    ge g sen

    g sen seng

    Tefm

    g

    g

    2 2

    2 2

    4

    2

    1

    2

    1

    21

    2

    2

    2

    ( ) ( ) ( ) cos

    (cot )

    (cot cos ) (cot cos )

    ( )

    (cot )(cot cos )

    (cot cos ) ( )cot

    cot ( )

    cot ( )

    e g2

    1 2

    cot ( )

    (7.43)

    Com o emprego da expresso (7.43) possvel representar a corrente eficaz em um

    tiristor em relao Imapenas em funo de e , como est representado na figura 7.13.

    f) Corrente Eficaz na Carga

    O valor eficaz da corrente na carga obtido com o emprego da relao (7.44).

    I ILef Tef 2 (7.44)Portanto, o baco da figura 7.13, que representa a corrente eficaz em um tiristor, pode

    ser empregado para o clculo da corrente de carga, bastando para isto levar em conta o fator 2 .

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    13/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    180

    I

    ITef

    m

    0

    0,05

    0,10

    0,15

    0,20

    0,25

    0,30

    0,35

    0,40

    0,45

    0,50

    0,55

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180

    = 90o

    = 30o

    = 40o

    = 50o

    = 80o

    = 60o

    = 70o

    = 10o

    = 20o

    Fig. 7.13 - Valor eficaz da corrente em um tiristor em relao Im, em funo de , tomando como

    parmetro.

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    14/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    181

    g) Harmnicas da Corrente de Carga

    A exemplo do que foi feito para carga resistiva pura, sero estudadas as harmnicas da

    corrente de carga.

    A anlise de simetria da corrente leva concluso de que esto presentes apenas asharmnicas de ordem n, onde:

    n = 1, 3, 5, 7, 9, 11, ...

    A anlise dos coeficientes leva s expresses (7.45), (7.46), (7.47) e (7.48).

    aI

    sen sen sen

    sen

    ge g sen g sen

    m

    g

    1

    2

    22 2 2 2 2 2

    4

    1

    cos (cos cos ) ( )

    ( )

    cot(cot cos ) (cot cos )cot ( )

    (7.45)

    bI

    sen sen sen

    sen

    ge g sen g sen

    m

    g

    1

    2

    22 2 2 2 2 2

    4

    1

    cos ( ) (cos cos )

    ( )

    cot(cot cos ) (cot cos )cot ( )

    (7.46)

    Para n > 1 os coeficientes so representados pelas expresses (7.47) e (7.48).

    aI

    nn n

    nn n

    sen

    nsen n sen n

    sen

    nsen n sen n

    sen

    g ne g n nsen n g n n

    nm

    g

    cos

    ( )cos( ) cos( )

    cos

    ( )cos( ) cos( )

    ( )( ) ( )

    ( )( ) ( )

    ( )

    cot(cot cos ) (cot coscot ( )

    11 1

    11 1

    11 1

    11 1

    2

    2 2 sen n)

    (7.47)

    Do mesmo modo:

    bI

    nsen n sen n

    nsen n sen n

    sen

    n n n

    sen

    n n n

    sen

    g ne g sen n n n g sen n n

    nm

    g

    cos

    ( )( ) ( )

    cos

    ( )( ) ( )

    ( ) cos( ) cos( ) ( ) cos( ) cos( )

    ( )

    cot(cot cos ) (cotcot ( )

    11 1

    11 1

    1 1 1 1 1 1

    2

    2 2 cos )n

    (7.48)

    Seja Ina amplitude da harmnica de ordem n. Assim:

    I a bn n n 2 2 (7.49)

    Alguns valores de In, tomados em relao Im, esto representados nas figuras 7.14, 7.15

    e 7.16.

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    15/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    182

    I

    Im

    1

    0

    0,1

    0,2

    0,3

    0,4

    0,5

    0,6

    0,7

    0,8

    0,9

    1,0

    1,1

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180

    = 90o

    = 30o

    = 40o

    = 50o

    = 80o

    = 60o

    = 70o

    = 10o

    = 20o

    Fig. 7.14 - Amplitude da componente fundamental (n = 1) da corrente de carga em relao Im.

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    16/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    183

    I

    Im

    3

    0

    0,025

    0,050

    0,075

    0,100

    0,125

    0,150

    0,175

    0,200

    0,225

    0,250

    0,275

    0,300

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180

    = 90o

    = 30o

    = 40o

    = 50o

    = 80o

    = 60o

    = 70o

    = 10o

    = 20o

    Fig. 7.15 - Amplitude da harmnica de ordem 3 em relao Im.

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    17/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    184

    I

    Im

    5

    0

    0,01

    0,02

    0,03

    0,04

    0,05

    0,06

    0,07

    0,08

    0,09

    0,10

    0,11

    0,12

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180

    = 90o

    = 30o

    = 40o

    = 50o

    = 80o

    = 60o

    = 70o

    = 10o

    = 20o

    Fig. 7.16 - Amplitude da harmnica de ordem 5 em relao Im.

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    18/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    185

    i) Verificao Experimental

    Na figura 7.17 esto representadas formas de onda obtidas experimentalmente, em

    laboratrio, para um gradador monofsico.

    vL

    iL

    ( )

    ,

    ,

    ,

    a R

    L H

    V V

    f Hz

    o

    o

    rede

    61

    0107

    77 76

    3348

    220

    60

    vL

    iL

    ( )

    ,

    ,

    ,

    b R

    L H

    V V

    f Hz

    o

    o

    rede

    61

    0107

    99 36

    3348220

    60

    vL

    iL

    ( ),

    ,

    ,

    c RL H

    V V

    f Hz

    o

    o

    rede

    610 045

    99 36

    1554

    220

    60

    Fig. 7.17 - Escalas das figuras : V = 100V/div., I = 2A/div., t = 2ms/div.

    7.5-ESTRUTURAS DOS GRADADORES TRIFSICOS

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    19/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    186

    Para cargas trifsicas so empregados os gradadores trifsicos.

    As estruturas trifsicas mais empregadas industrialmente esto representadas nas figuras

    7.18, 7.19 e 7.20.

    T1Z

    T2

    T3

    1

    T4

    T5

    2ZN

    T6

    3Z

    1v (t)

    2v (t)

    3v (t)

    Fig. 7.18 - Carga ligada em estrela.

    T1

    Z

    T2

    T3

    1

    T4

    T5

    2ZN

    T6

    3Z

    1v (t)

    2v (t)

    3v (t)

    Fig. 7.19 - Carga ligada em delta.

    T1

    Z

    T2 T3

    1

    T4

    T5

    2Z

    N T63Z

    1v (t)

    2v (t)

    3v (t)

    Fig. 7.20 - Carga ligada em delta.

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    20/34

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    21/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    188

    Assim: W W1 2 (7.52)

    ou: I T I To2 2

    1 (7.53)

    ou I T

    T

    Io 1 (7.54)

    masT

    T

    m

    M

    1 (7.55)

    Assim, o valor eficaz da corrente na carga dado pela expresso (7.56).

    Im

    MIo (7.56)

    Onde:

    I Iom2

    (7.57)

    Im- valor de pico da corrente na carga.

    A expresso (7.56) indica que se o nmero de ciclos M for mantido constante, a potncia

    transferida carga pode ser controlada pelo nmero de pulsos m.

    P R I m

    MR Io

    2 2 (7.58)

    Seja: P R Io o 2

    (7.59)Assim:

    P

    P

    m

    Mo (7.60)

    Com o controle por ciclos inteiros o fator de potncia sempre unitrio e nenhuma

    harmnica de corrente introduzida na rede.

    Quanto maior a relao M/m, mais fino o controle que pode ser obtido da potncia

    transferida carga.O emprego ao qual o controle por ciclos inteiros melhor se adapta o aquecimento

    resistivo, sobretudo para fornos de grande potncia. As constantes de tempo trmicas so grandes

    e o fato da energia ser introduzida no forno discretamente no provoca variao instantnea de

    temperatura.

    Em geral empregado um perodo T igual a 1 segundo.

    Quando se trata de fornos trifsicos, em geral so empregados dois gradadores. Uma das

    fases ligada diretamente carga, como est representado na figura 7.23.

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    22/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    189

    T1

    Rede

    R

    T2

    R

    T3R

    RS

    T

    T4

    Fig. 7.23 - Gradador controlado por ciclos inteiros alimentando uma carga trifsica.

    7.7-COMPENSADOR ESTTICO DE POTNCIA REATIVA

    Seja a estrutura representada na figura 7.24.

    T1L

    +

    i

    vT2

    -

    Fig. 7.24 - Indutncia controlada por gradador.

    As formas de onda para a tenso v(t) e para a corrente i(t) esto representadas na

    figura 7.25.

    t

    v

    i

    Fig. 7.25 - Formas de onda para a estrutura representada na figura 7.24.

    Onde:

    - ngulo de disparo

    - ngulo de extino

    - ngulo de conduo

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    23/34

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    24/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    191

    L L

    seneq

    2 2( ) ( )

    (7.67)

    Pode-se ento concluir que o indutor alimentado por gradadores como est representado

    na figura 7.24, comporta-se como uma indutor varivel em funo de , cuja lei de variao

    traduzida pela expresso (7.67)

    Deve-se ter em vista que:

    a) 2

    b)na deduo da expresso (7.67) foi considerado apenas o efeito da componentefundamental da corrente do indutor.

    Consideremos a figura 7.26.

    XXX

    L

    C CLeq Ceq

    T2T1

    Y Y Y

    ( ) ( )

    Fig. 7.26 - Capacitor controlado por gradador.

    Ao se variar o ngulo , varia-se a indutncia equivalente. Para um capacitor ressonante

    com L, o circuito visto dos terminais XY comporta-se como um condensador controlado pelo

    ngulo . Pode ser variado continuamente, com grande rapidez. Estas propriedades so muito

    interessantes e so empregadas na compensao esttica de potncia reativa.Seja a figura 7.27.

    L

    C

    L

    R1

    1T2T1

    v t( )

    Fig. 7.27 - Compensador esttico de potncia reativa.

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    25/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    192

    Para valores adequados de L e C e para um comando adequado, possvel controlar o

    fator de potncia da carga R1L1. O controle pode ser automatizado. Desse modo, quando a

    indutncia de carga varia, mesmo com rapidez, o fator de potncia pode ser mantido igual a 1.

    7.8 - ESTABILIZADOR DE TENSO ALTERNADA SENOIDAL BASEADO NO

    COMPENSADOR ESTTICO DE ENERGIA REATIVA

    Seja a estrutura representada na figura 7.28.

    Ao se variar o ngulo de disparo dos tiristores T1 e T2, varia-se o indutor equivalente

    entre os pontos ab. Conseqentemente, a combinao Labem paralelo com C, para valores de L1e

    C devidamente escolhidos, resulta num capacitor equivalente varivel, controlado pelo ngulo

    de comando dos tiristores.

    Lo a

    L1

    C R

    +

    v2

    -

    T2T1

    b

    1v t( )

    Fig. 7.28 - Estrutura de um estabilizador de tenso alternada senoidal.

    A presena de Loem combinao com C provoca um aumento da tenso V 2em relao a

    V1, a exemplo do que ocorre numa rede de transmisso de energia eltrica a vazio. Desse modo,

    mantendo-se V1 constante, pode-se variar V2 ao se modificar o ngulo . A recproca

    verdadeira. Ao se variar V1, V2 pode ser mantido constante, exercendo-se uma modificao

    conveniente no ngulo . Nesse modo de funcionamento a estrutura pode ser empregada para

    estabilizar uma tenso alternada dentro de determinados limites. Experincias realizadas mostram

    que possvel manter a tenso de sada estabilizada, para variao 30% da tenso de entrada.

    Para tenses e correntes senoidais e para tenses V1 e V2 tomadas em mdulo, a

    estrutura representada na figura 7.28 obedece expresso (7.68).

    V V X

    X

    X

    R

    Lo

    C

    Lo1 2

    2 2

    1

    (7.68)

    Assim, na medida em que V1 varia, V2 pode ser mantido constante por meio de uma

    variao adequada de Xcque por sua vez depende do ngulo .

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    26/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    193

    A estrutura apresentada possui caractersticas interessantes para o usurio. A primeira

    delas a robustez. Por estarem em srie com o indutor L1, os tiristores so naturalmente

    protegidos contra sobrecorrentes. A segunda delas a qualidade da tenso V2. Demonstra-se que

    ela praticamente isenta de harmnicas, no necessitando de filtros.

    7.9-CIRCUITO ESTABILIZADOR DE MCVEY-WEBER

    Em dezembro de 1967, McVey e Weber publicaram um trabalho no qual apresentado e

    analisado um circuito a tiristor, destinado a ser empregado como estabilizador de tenso

    alternada. A estrutura por eles proposta est apresentada na figura 7.29.

    +

    T2

    T3

    T1

    T4

    +

    R

    -

    v2

    v1+

    -

    v3

    -

    4v t( )

    Fig. 7.29 - Estrutura de McVey-Weber.

    As tenses v1(t) e v3(t) so representadas pelas expresses (7.69) e (7.70).

    v t K V sen to1 2( ) ( ) (7.69)

    v t V sen to3 2( ) ( ) (7.70)

    As formas de onda mais importantes esto v2(t) representadas na figura 7.30.

    t

    T1 T3 T2 T4

    v2

    Fig. 7.30 - Formas de onda para a estrutura da figura 7.29, com carga resistiva.

    Ao se variar o ngulo , varia-se o valor eficaz da tenso de carga.

    Os dois limites so:

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    27/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    194

    a)= 0; assim:v t V sen to2 2( ) ( ) (7.71)

    V Vef o2 (7.72)

    b)= ; assim:v t K V sen to2 2( ) ( ) (7.73)

    V KVef o2 (7.74)

    Para um ngulo genrico o valor eficaz da tenso de sada ser:

    V K V sen t dt V sen t dt

    ef o o2

    2 2

    0

    22 2

    ( ) ( ) (7.75)

    Realizando-se as operaes indicadas na expresso (7.75), obtm-se a expresso (7.76).

    V V K senef o2 2221

    1 2 2 2

    ( ) (7.76)

    Desse modo a tenso V2efpode ser variada ao se variar o ngulo . A variao obtida

    ser tanto maior quanto maior for o valor de K. Um valor grande de K porm, introduz muitas

    harmnicas na tenso de sada.As seqncias de funcionamento da estrutura esto representadas na figura 7.31.

    T2

    T3

    -

    +v - v3 1

    T1

    T4

    +

    -

    v2i

    v1

    -

    +R

    -

    +

    +

    --

    + T2

    T3v - v3 1

    T1

    T4

    v2i

    v1R

    Fig. 7.31.a - 0 < t < . Fig. 7.31.b - < t < .

    +

    -

    -

    +

    i

    +

    -

    T2

    T3v - v3 1

    T1

    T4

    v2v1R

    +

    -

    -

    +

    i

    +

    -

    T2

    T3v - v3 1

    T1

    T4

    v2v1R

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    28/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    195

    Fig. 7.31.c - < t < +. Fig. 7.31.d - +< t < 2.

    Fig. 7.31 - Seqncias de funcionamento para a estrutura representada na figura 7.29.

    As formas de onda para carga indutiva esto representadas na figura 7.32.

    t

    T4 T3 T3 T4

    Ig1

    t

    T2T1

    Ig3 Ig2 Ig4

    v2

    i

    Fig. 7.32 - Formas de onda para carga indutiva.

    Nos casos em que < , as ordens de comando representadas na figura 7.32 so

    inadequadas, pois levam a um curto-circuito da fonte em cima dos tiristores. Nesses casos, as

    ordens de comando devem ser vinculadas passagem por zero da corrente i(t).

    A anlise harmnica da tenso de sada permite estabelecer os seguintes resultados:

    a)As harmnicas de ordem par so nulas.b)Os coeficientes das componentes fundamentais so representados pelas expresses

    (7.77) e (7.78).

    a V K seno

    1

    22 2 1

    2

    ( )

    (7.77)

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    29/34

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    30/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    197

    Quando se trata porm de cargas de correntes elevadas e tenses muito baixas ou vice-

    versa, a soluo clssica no satisfatria por tornar-se anti-econmica, porque os tiristores de

    alta corrente ou alta tenso tm custo elevado.

    Nesses casos recomendvel o emprego da estrutura apresentada na figura 7.34.

    T1

    pvT2

    D1 D2

    sv

    TR

    Carga 2v

    +

    -D4D3

    1v t( )

    Fig. 7.34 - Transformador alimentado por gradador.

    Os tiristores T1 e T2permitem a variao da tenso do primrio do transformador vpe

    como decorrncia a variao da tenso secundria vs. O retificador, constitudo pelos diodos D1,

    D2, D3e D4retifica a tenso j recortada, proveniente do gradador. Assim, do ponto de vista da

    carga tudo se passa como ela fosse alimentada por um retificador controlado.

    Esta soluo tem menor custo, porque a potncia passa a ser controlada com nveis de

    tenso ou correntes usuais, podendo-se empregar tiristores de baixo custo.

    7.12-EXERCCIO RESOLVIDO

    Um gradador monofsico empregado para alimentar uma carga a partir de uma fonte

    de 600V. A resistncia de carga igual a 2. A potncia desejada na carga igual a 125KW.

    Tomar f igual a 60Hz. Calcular:

    a)a corrente eficaz na carga;b)o ngulo ;c)a corrente eficaz em cada tiristor;d)a corrente mdia em cada tiristor;e)o valor eficaz da componente de ordem 3 da corrente de carga.Soluo:

    a) IP

    RAfRe

    125000

    2250 (corrente eficaz na carga)

    I VR

    Amo 2 2 600

    2423 (corrente de pico na carga)

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    31/34

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    32/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    199

    2 -Considere a figura seguinte:

    T

    +D220V vT -

    i

    R

    +

    -

    vR

    a)desenhar as formas de onda das grandezas vR(t), iR(t) e vT(t);b)explicar o funcionamento do circuito;c)calcular a gama de variao possvel da potncia entregue carga;d)comentar as vantagens e desvantagens desta estrutura em relao estrutura com 2

    tiristores.

    _____________________________________________________________________________

    3 -Seja a estrutura seguinte:

    T1

    220VT2

    i

    26,5mH

    60Hzv(t)

    Os tiristores T1e T2tm os seguintes parmetros:

    V V

    r m

    R C W

    R C W

    T C

    TO

    T

    thjco

    thcho

    jo

    1

    20

    0 9

    0 5

    130

    , /

    , /

    Considerando a temperatura ambiente Ta= 50oC, calcular o valor da resistncia trmica

    do dissipador.

    _____________________________________________________________________________

    4 -A corrente que circula no indutor na figura seguinte representada pela expresso

    i( tV

    Lt

    o

    ) cos cos( ) 2

    .

    Determinar a componente fundamental da referida corrente. Reportar-se ao item 7.6 do

    texto.

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    33/34

    Cap. 7 - Gradadores

    Eletrnica de Potncia

    200

    T1L

    iT22 V sen to ( )

    _____________________________________________________________________________

    5 -Considere a estrutura representada na figura 7.28. Determinar a expresso (7.68).

    _____________________________________________________________________________

    6 - Considere o circuito seguinte, empregado para controlar a potncia dissipada no

    resistor RLde 20.

    Considere o Diac com uma tenso de avalanche de 42V.

    Considere o Diac e o Triac ideais.

    R =L

    TriacDiac

    100K

    0,1 F

    v t sen t( ) ( ) 2 220

    Determinar:

    a)o ngulo de conduo;b)a potncia dissipada no resistor.

    _____________________________________________________________________________

    7 - Considere a estrutura apresentada a seguir, destinada a alimentar a carga R,

    empregando o comando por ciclos inteiros.

    T1

    T2v(t) R

    Os tiristores permanecem fechados durante 0,4s e abertos durante 0,6s. Determinar:

    a)a corrente eficaz no resistor R;b)a corrente eficaz em um tiristor;c)a corrente mdia em um tiristor;d)a potncia dissipada no resistor R.

  • 8/12/2019 CAP5 gradadores

    34/34

    Cap. 7 - Gradadores 201

    Tomar: v t sen t e R ( ) ( ) 2 220 377 10

    _____________________________________________________________________________

    8 -Seja a seguinte estrutura:

    T1 T2 Ri( t)

    Onde: i( t I sen t ) ( ) .

    possvel variar a potncia dissipada no resistor R?

    Explicar o funcionamento da estrutura e desenhar as formas de onda iR(t) e vR(t)._____________________________________________________________________________