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24/10 à 30/10/2014 Paulo Lopes - Garopaba - Imaruí - Imbituba - Laguna - Capivari de Baixo - Tubarão ERDADE A V 24/10 à 30/10/2014 - Ano VI - Edição Nº 0290 - Preço: R$ 3,00 - Telefone: (48) 3644-2710 - E-mail: [email protected] Página 06 Entidades de Laguna, Imbituba, Braço do Norte, Capivari de Baixo, São Martinho e Tubarão terão que reembolsar milhões de reais ao estado. Há três anos, a confirmação de que, após extensa investigação e auditoria do governo catarinense, existiam milhões a serem resgatados de entidades que receberam verba pública e nunca comprovaram a correta aplicação do dinheiro, colocou em xeque a transparência e idoneidade das subvenções sociais. Muito se falou e até agora nenhum resultado concreto. No ano passado, as investigações foram repassadas para o Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC), que trabalha na conclusão do relatório técnico preliminar. Tramitam no tribunal 111 processos que tratam de recursos repassados, ao todo R$ 6,4 milhões, pelo governo do estado a entidades. O órgão já realizou algumas diligências para solicitar informações, microfilmagens de cheques e de extratos bancários para a verificação da movimentação de recursos. Também já foi pedido à secretaria de estado da fazenda e fazendas municipais para verificar a regularidade fiscal de fornecedores e prestadores de serviços. Os processos estão na fase de elaboração de relatório preliminar pela Diretoria de Controle da Administração Estadual (DCE). Concluídos os relatórios preliminares, os responsáveis deverão ser citados para apresentação de alegação de defesa. A partir das informações repassadas, a DCE elaborará relatórios conclusivos. Após, os processos serão submetidos ao Ministério Público junto ao TCE/SC, ao relator e ao pleno para julgamento. São aproximadamente R$ 6,4 milhões sem comprovação Em abril de 2011, a secretaria estadual da fazenda, na época responsável pela liberação das subvenções sociais, chamou mais de mil entidades para prestar contas do dinheiro que receberam em 2009, ano em que R$ 63,9 milhões doados pelos contribuintes ao Fundo Social foram repassados à sociedade por meio de 5,3 mil processos. Do total de instituições, 111 terão que devolver os recursos integralmente aos cofres do estado. Juntas, acumulam uma dívida de R$ 6.389 milhões. Todas passaram por auditoria e não conseguiram comprovar a aplicação do dinheiro. O que chama a atenção é que, das 111 entidades, 107 são do sul catarinense. Outras duas são de Balneário Camboriú e mais duas de Santo Amaro da Imperatriz. No topo, está Laguna, onde as entidades, juntas, terão que reembolsar R$ 3,2 milhões ao estado. Na sequência, aparecem Imbituba, Braço do Norte, Capivari de Baixo, São Martinho e Tubarão. Até que a situação seja regularizada, todas as instituições relacionadas estão impedidas de receber verba pública. Repasse de verba precisa ser revisto As entidades precisam de ajuda. Muitas realizam um trabalho sério e idôneo, que deveria ser feito pelas prefeituras, pelo estado e pelo governo federal. Mas, o repasse de subvenções deve ser revisto, deve ter regras mais claras e severas. Ou então extinto e uma nova forma de auxílio, mais transparente, deve ser adotada. Também existe um outro aspecto que precisa ser lembrado. Nem todos agem de má-fé. Por desconhecimento das leis, da forma como deve ser feita uma prestação de contas, por exemplo, muitas entidades acabam por aparecer na lista de devedores. Mesmo sem o intuito de causar prejuízo, algumas são obrigadas a devolver o recurso ou parte dele. Outras conseguem comprovar o erro e corrigir. Mas, até que isso ocorra, fica a humilhação e o estigma de ter ‘culpa no cartório’ mesmo sem ter. Para receber, basta pedir A obtenção de uma subvenção social por parte do governo de Santa Catarina não obedece nenhum tipo de regra ou critério que permita, antes da aprovação do recurso, certificar-se de informações básicas, como um endereço, por exemplo. Dos repasses feitos em 2009, pelo menos 87 instituições da região de Tubarão contempladas com subvenções não disponibilizam nenhum tipo de informação. Não existe nem mesmo um endereço, telefone ou dispositivos na internet, como um perfil em uma rede social, por exemplo, que comprovem, validem a sua existam. Deste total de entidades que só têm nome, 28 nem sequer aparecem nos sites de busca. O restante pode ser visto em notícias de blogs e prefeituras, por exemplo, mas sem que seja possível encontrar um responsável ou contato. Fundos estaduais • Há 41 fundos especiais em Santa Catarina. Destes, 37 são vinculados ao poder executivo. • Os fundos concentram recursos derivados da arrecadação para determinada finalidade especial. • O saldo para investimentos dos fundos, descontadas as deduções constitucionais aos poderes e vinculações legais e administrativas, foi de R$ 230 milhões no ano passado. O que é o Fundo Social • Fundo de natureza financeira constituído com a reserva de recursos públicos para financiar programas e ações de inclusão e promoção social. • A liberação dos recursos é feita, na maioria das vezes, por indicação de parlamentares. • Nos quatro anos de operação, 56% do total de recursos foram destinados a subvenções com valores de até R$ 5 mil. Convênios de até R$ 10 mil absorveram 77% dos recursos. Pesquisa cataloga pesca artesanal em Laguna Ficou pronta a primeira etapa de uma pesquisa que vem sendo realizada sobre a situação da pesca artesanal em Laguna. Os dados catalogados incluem informações sobre as entidades cadastradas, número de localidades pesqueiras e sua identificação, áreas de embarque e desembarque, número de estabelecimentos que beneficiam o pescado e locais de reparo e manutenção. Esse Projeto de Caracterização Socioeconômica da Pesca e da Aquicultura realizada por uma equipe técnica da Universidade do Vale do Itajaí – Univali está sendo realizado em todo o estado como condicionante ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) solicitadas à Petrobras, integrando os estudos do litoral brasileiro para produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos. A equipe da Univali esteve na terça-feira (21) no gabinete da vice-prefeita Ivete Scopel para entregar o resultado da primeira parte do estudo. A segunda fase, que inclui a entrevista com os pescadores, começou esta semana. Ao todo são; 4.300 pescadores artesanais em Laguna, o maior número das cidades do sul catarinense. “Nesta etapa iremos levantar informações sobre os próprios pescadores, suas famílias e toda a estrutura que envolve sua atividade”, explica a bióloga Priscila Oliveira dos Santos. “Queremos ajudar em qualquer tipo de suporte que eles necessitarem para concluir a pesquisa. Nosso objetivo é fazer a ponte entre os contatos. A pesquisa também será uma fonte de informação rica para o município”, salienta a vice-prefeita. A previsão é finalizar as entrevistas até o final do ano e apresentar os resultados no início do ano que vem. “Essa é a primeira vez que se realiza um estudo sobre a pesca artesanal em todo o estado”, salienta a bióloga. A equipe técnica é formada também pelo oceanógrafo e supervisor Fábio Lopes e o biólogo Rodrigo de Rose da Silva. Página 05 Caporal garantiu uma expressão de votos a Colombo e Pinho Moreira na última eleição Página 09 Comoção e tristeza no cortejo fúnebre de Márcio Rechia Luiz

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24/10 à 30/10/2014Paulo Lopes - Garopaba - Imaruí - Imbituba - Laguna - Capivari de Baixo - TubarãoERDADEAV 24/10 à 30/10/2014 - Ano VI - Edição Nº 0290 - Preço: R$ 3,00 - Telefone: (48) 3644-2710 - E-mail: [email protected]

Página 06

Entidades de Laguna, Imbituba, Braço do Norte, Capivari de Baixo, SãoMartinho e Tubarão terão que reembolsar milhões de reais ao estado.

Há três anos, a confirmação de que,após extensa investigação e auditoria dogoverno catarinense, existiam milhões aserem resgatados de entidades quereceberam verba pública e nuncacomprovaram a correta aplicação dodinheiro, colocou em xeque atransparência e idoneidade dassubvenções sociais. Muito se falou e atéagora nenhum resultado concreto. Noano passado, as investigações foramrepassadas para o Tribunal de Contasde Santa Catarina (TCE/SC), quetrabalha na conclusão do relatóriotécnico preliminar. Tramitam no tribunal111 processos que tratam de recursosrepassados, ao todo R$ 6,4 milhões, pelogoverno do estado a entidades. O órgãojá realizou algumas diligências parasolicitar informações, microfilmagens decheques e de extratos bancários para averificação da movimentação derecursos. Também já foi pedido àsecretaria de estado da fazenda efazendas municipais para verificar aregularidade fiscal de fornecedores eprestadores de serviços. Os processosestão na fase de elaboração de relatóriopreliminar pela Diretoria de Controle daAdministração Estadual (DCE).Concluídos os relatórios preliminares, osresponsáveis deverão ser citados paraapresentação de alegação de defesa. Apartir das informações repassadas, aDCE elaborará relatórios conclusivos.Após, os processos serão submetidos aoMinistério Público junto ao TCE/SC, aorelator e ao pleno para julgamento.São aproximadamente R$ 6,4milhões sem comprovaçãoEm abril de 2011, a secretaria estadualda fazenda, na época responsável pelaliberação das subvenções sociais,

chamou mais de mil entidades paraprestar contas do dinheiro quereceberam em 2009, ano em que R$ 63,9milhões doados pelos contribuintes aoFundo Social foram repassados àsociedade por meio de 5,3 mil processos.Do total de instituições, 111 terão quedevolver os recursos integralmente aoscofres do estado. Juntas, acumulam umadívida de R$ 6.389 milhões. Todaspassaram por auditoria e nãoconseguiram comprovar a aplicação dodinheiro. O que chama a atenção é que,das 111 entidades, 107 são do sulcatarinense. Outras duas são deBalneário Camboriú e mais duas de SantoAmaro da Imperatriz. No topo, estáLaguna, onde as entidades, juntas, terãoque reembolsar R$ 3,2 milhões ao estado.Na sequência, aparecem Imbituba,Braço do Norte, Capivari de Baixo, SãoMartinho e Tubarão. Até que a situaçãoseja regularizada, todas as instituiçõesrelacionadas estão impedidas de receberverba pública.

Repasse de verba precisa serrevistoAs entidades precisam de ajuda. Muitasrealizam um trabalho sério e idôneo, quedeveria ser feito pelas prefeituras, peloestado e pelo governo federal. Mas, orepasse de subvenções deve ser revisto,deve ter regras mais claras e severas.Ou então extinto e uma nova forma deauxílio, mais transparente, deve seradotada. Também existe um outroaspecto que precisa ser lembrado. Nemtodos agem de má-fé. Pordesconhecimento das leis, da formacomo deve ser feita uma prestação decontas, por exemplo, muitas entidadesacabam por aparecer na lista dedevedores. Mesmo sem o intuito decausar prejuízo, algumas são obrigadasa devolver o recurso ou parte dele.Outras conseguem comprovar o erro ecorrigir. Mas, até que isso ocorra, fica ahumilhação e o estigma de ter ‘culpa nocartório’ mesmo sem ter.Para receber, basta pedir

A obtenção de uma subvenção social porparte do governo de Santa Catarina nãoobedece nenhum tipo de regra ou critérioque permita, antes da aprovação do recurso,certificar-se de informações básicas, comoum endereço, por exemplo. Dos repassesfeitos em 2009, pelo menos 87 instituiçõesda região de Tubarão contempladas comsubvenções não disponibilizam nenhum tipode informação. Não existe nem mesmo umendereço, telefone ou dispositivos nainternet, como um perfil em uma redesocial, por exemplo, que comprovem,validem a sua existam. Deste total deentidades que só têm nome, 28 nem sequeraparecem nos sites de busca. O restantepode ser visto em notícias de blogs eprefeituras, por exemplo, mas sem que sejapossível encontrar um responsável oucontato.Fundos estaduais• Há 41 fundos especiais em Santa Catarina.Destes, 37 são vinculados ao poderexecutivo.• Os fundos concentram recursos derivadosda arrecadação para determinada finalidadeespecial.• O saldo para investimentos dos fundos,descontadas as deduções constitucionais aospoderes e vinculações legais eadministrativas, foi de R$ 230 milhões noano passado.O que é o Fundo Social• Fundo de natureza financeira constituídocom a reserva de recursos públicos parafinanciar programas e ações de inclusão epromoção social.• A liberação dos recursos é feita, na maioriadas vezes, por indicação de parlamentares. • Nos quatro anos de operação, 56% do totalde recursos foram destinados a subvençõescom valores de até R$ 5 mil. Convênios deaté R$ 10 mil absorveram 77% dos recursos.

Pesquisa cataloga pescaartesanal em Laguna

Ficou pronta a primeira etapa de uma pesquisa que vem sendo realizadasobre a situação da pesca artesanal em Laguna. Os dados catalogados inclueminformações sobre as entidades cadastradas, número de localidades pesqueirase sua identificação, áreas de embarque e desembarque, número deestabelecimentos que beneficiam o pescado e locais de reparo e manutenção.Esse Projeto de Caracterização Socioeconômica da Pesca e da Aquiculturarealizada por uma equipe técnica da Universidade do Vale do Itajaí – Univaliestá sendo realizado em todo o estado como condicionante ambiental do InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)solicitadas à Petrobras, integrando os estudos do litoral brasileiro para produçãoe escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos. Aequipe da Univali esteve na terça-feira (21) no gabinete da vice-prefeita IveteScopel para entregar o resultado da primeira parte do estudo. A segunda fase,que inclui a entrevista com os pescadores, começou esta semana. Ao todo são;4.300 pescadores artesanais em Laguna, o maior número das cidades do sulcatarinense. “Nesta etapa iremos levantar informações sobre os próprios

pescadores, suas famílias e toda a estrutura que envolve sua atividade”, explicaa bióloga Priscila Oliveira dos Santos. “Queremos ajudar em qualquer tipo desuporte que eles necessitarem para concluir a pesquisa. Nosso objetivo é fazera ponte entre os contatos. A pesquisa também será uma fonte de informaçãorica para o município”, salienta a vice-prefeita. A previsão é finalizar asentrevistas até o final do ano e apresentar os resultados no início do ano quevem. “Essa é a primeira vez que se realiza um estudo sobre a pesca artesanalem todo o estado”, salienta a bióloga. A equipe técnica é formada também pelooceanógrafo e supervisor Fábio Lopes e o biólogo Rodrigo de Rose da Silva.

Página 05

Caporal garantiu umaexpressão de votos a

Colombo e Pinho Moreirana última eleição

Página 09

Comoção e tristeza nocortejo fúnebre de

Márcio Rechia Luiz