33
Ano 5 - Nº 21 Mai/Jun 2008 A CONSTRUÇÃO NAVAL A TODO VAPOR A CONSTRUÇÃO NAVAL A TODO VAPOR ENTREVISTA ENTREVISTA Florival Rodrigues de Carvalho, superintendente de Planejamento e Pesquisa da ANP Florival Rodrigues de Carvalho, superintendente de Planejamento e Pesquisa da ANP COBERTURA COMPLETA INTERCORR 2008 ISNN 0100-1485

Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

Ano 5 - Nº 21Mai/Jun 2008

A CONSTRUÇÃO NAVALA TODO VAPORA CONSTRUÇÃO NAVALA TODO VAPOR

ENTREVISTAENTREVISTA

Florival Rodrigues de Carvalho,

superintendente de Planejamento

e Pesquisa da ANP

Florival Rodrigues de Carvalho,

superintendente de Planejamento

e Pesquisa da ANP

COBERTU

RA

COM

PLETA

INTERCO

RR20

08

ISNN 0100-1485

Capa21 1/1/04 1:14 PM Page 1

Page 2: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

Sumário

Foto: AgênciaPETROBRASde NotíciasEfeitos: Intacta Design

A revista Corrosão & Proteção é uma publi-cação oficial da ABRACO – Associação Brasileirade Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968,e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir oestudo da corrosão e seus métodos de proteção.ISNN 0100-1485

Av. Venezuela, 27, Cj. 412 Rio de Janeiro - RJ - CEP 20081-310 Fone (21) 2516-1962/Fax (21) 2233-2892www.abraco.org.br

DiretoriaPresidenteEng. Pedro Paulo Barbosa Leite - PETROBRAS/NORTECVice-presidenteEng. Laerce de Paula Nunes - IECDiretor FinanceiroM.Sc. Gutemberg de Souza Pimenta -PETROBRAS /CENPESGerente Administrativo/FinanceiroWalter Marques da Silva

Diretoria TécnicaEng. Aldo Cordeiro Dutra

Dr. Eduardo Homem de S. Cavalcanti - INTJeferson da Silva - AKZO NOBEL Dra. Olga Baptista Ferraz - INTDra. Zehbour Panossian - IPT

Conselho EditorialEng. Aldo Cordeiro Dutra - INMETRO Dra. Denise Souza de Freitas - INT M.Sc. Gutemberg Pimenta - PETROBRAS -CENPESEng. Jorge Fernando Pereira CoelhoEng. Laerce de Paula Nunes - IEC Dr. Luiz Roberto Martins Miranda - COPPEEng. Pedro Paulo Barbosa LeiteDra. Zehbour Panossian - IPT

Conselho Científico M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRNM.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTECM.Sc. Hélio Alves de Souza JúniorDra. Idalina Vieira Aoki – USPDra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTECDr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPEDr. Luís Frederico P. Dick – UFRGS M.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPT Dra. Olga Baptista Ferraz – INT Dr. Pedro de Lima Neto – UFCDr. Ricardo Pereira Nogueira – UniversitéGrenolle – FrançaDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Redação e PublicidadeAporte Editorial Ltda.Rua Emboaçava, 93São Paulo - SP - 03124-010Fone/Fax: (11) [email protected]

DiretoresJoão Conte - Denise B. Ribeiro Conte

EditorAlberto Sarmento Paz - Vogal Comunicaçõ[email protected]

Repórteres Henrique A. Dias e Carlos Sbarai

Projeto Gráfico/EdiçãoIntacta Design - [email protected]

GráficaVan Moorsel

Esta edição será distribuída em julho de 2008.

As opiniões dos artigos assinados não refletem aposição da revista. Fica proibida sob a pena dalei a reprodução total ou parcial das matérias eimagens publicadas sem a prévia autorizaçãoda editora responsável.

23

Fosfatização de Metais FerrososParte 13 - Estágios de um Processo

de FosfatizaçãoPor Zehbour Panossian

e Célia A. L. dos Santos

26

Proteção Catódica para SuperfícieInterna de Tubulaçõesde Água de Formação

Por Simone Louise Delarue Cezar Brasil

Artigo Técnico6Entrevista

Nordeste ganha força na Matriz Energética NacionalFlorival Carvalho

8Matéria de Capa

Construção Naval: a todo o vapor

14Evento

INTERCORR bate recorde de participação

22Notícias do Mercado

34Opinião

Dez dicas para a melhoria da comunicaçãono seu trabalho

André Tadeu

C & P • Maio/Junho • 2008 3

Sumário/Expedient21 1/1/04 12:21 AM Page 1

Page 3: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

PRATICAMENTE IMPOSSÍVEL QUE UM SEGMENTO INDUSTRIAL PROSPERE EM TODA A SUA

plenitude em um país se não houver profissionais capacitados em toda a cadeia de produção eum consistente trabalho de pesquisa e ensino. E mais: para a ampliação e atualização contínua

do conhecimento, a essa formação deve-se incorporar diversas formas de encontros técnicos, tais comosimpósios, seminários e workshops. São nesses ambientes que, por exemplo, jovens pesquisadores podemconhecer e trocar idéias diretamente com os profissionais mais experientes, principalmente no Brasil,um país de proporções continentais.

Fazemos essa colocação para deixar claro a importância de eventos especializados, como o INTER-CORR, organizado em maio, em Recife (acompanhe na página 14). Trata-se de um ambiente propício paratroca de conhecimentos diretos, que não podem ser substituídos pela consulta à Internet nem pela leiturade artigos técnicos. A conversa com um mestre amplia os horizontes de um jovem pesquisador, incentivan-

do-o a seguir em frente, buscando alternativas inovadoras e desafian-do as posições estabelecidas.

Essa edição do INTERCORR pode ser comemorada por diversasrazões, além do que já foi exposto. Houve um recorde de participa-ções (600 congressistas), um número expressivo de trabalhos apresen-tados na forma oral e de pôster, os debates através de mesas-redon-das, a forte participação das empresas do setor na feira de negócios eo fato de o evento ser realizado em um estado que começa a ampliarsua participação no negócio do petróleo e gás (e, portanto, haverámais demanda pelos estudos e profissionais relacionados à indústriada corrosão e seus métodos de proteção e de controle).

Esse conjunto de informações é uma mostra clara do potencial domercado brasileiro, seja por qualquer ângulo que avaliemos. As descobertas de novas fronteiras para a explo-ração de petróleo; os investimentos em refinarias, navios e de toda a infra-estrutura necessária para atendercom excelência a cadeia produtiva da indústria petrolífera; e o maior número de técnicos e pesquisadoresvoltados ao negócio (particularmente, no nosso caso, voltados às questões relacionadas à corrosão) reforçama imensa expectativa que vem se criando há cerca de uma década em torno da expansão dessa indústria.

Participe da Revista Corrosão & Proteção – Em 2006, a Aporte Editorial e a ABRACO firmaramparceria para a retomada da Revista Corrosão & Proteção. Hoje, a revista está consolidada em termos deassuntos técnicos e matérias jornalísticas. Evidente que toda a publicação necessita evoluir continuamente,e trabalhamos para que isso ocorra, atendendo às necessidades dos nossos leitores. Nesses momentos, a par-ticipação dos leitores é muito válida. Mande para a redação ([email protected]) comentários,sugestões e críticas sobre a publicação. Todas serão avaliadas e, se possível, atendidas.

Estamos certos de que uma revista que representa um setor importante da economia brasileira deve refle-tir seus interesses. Participe e colabore para que tenhamos uma revista sempre melhor.

Boa Leitura!

Os Editores

INTERCORR: uma mostrado potencial brasileiro

Carta ao leitor

A conversa com um mestre amplia os

horizontes de um jovem pesquisador

e o incentiva a seguir em frente,

buscando alternativas inovadoras

4 C & P • Maio/Junho • 2008

CartaLeitor21 1/1/04 1:23 PM Page 1

Page 4: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

Nordeste ganha força naMatriz Energética Nacional

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ressalta os investimentos que

serão feitos na Região e a geração de milhares de novos empregos até 2011

Entrevista

Florival Carvalho

construção da Refina-ria Abreu Lima, em Per-nambuco, coloca, definiti-

vamente, a Região Nordeste co-mo uma das principais forças dopaís no refino do petróleo paraprodução de diesel, gasolina edemais derivados. Até o términodas obras, previsto para 2011, aPETROBRAS vai investir maisde US$ 5 bilhões na nova refina-ria, que terá um consumo diáriode aproximadamente 200 milbarris. Além da Abreu Lima, ou-tro investimento importante queestá sendo feito em Recife é aconstrução de um estaleiro, pre-visto para ser entregue em 2010,que vai ajudar o Brasil a se firmarcomo um dos principais agentesda construção naval mundial.

Em relação à exploração dopetróleo na região, estão sendorecuperadas as bacias maduras doRecôncavo Baiano e será cons-truída pela PETROBRAS, noRio Grande do Norte, uma outrarefinaria, visando à produção dagasolina e a melhoria da qualida-de dos demais derivados como aQAV, o diesel e a GLP. Afora is-so, foram licitados 13 blocos pa-ra exploração da Bacia Pernam-buco-Paraíba, dos quais três fo-ram adquiridos pela PETRO-BRAS em consórcio com a Pe-tróleos de Portugal (PETRO-GAL). Também foram compra-dos, durante a mesma rodada delicitação, todos os blocos da ba-

de Segurança e, posteriormente,concluiu mestrado e doutoradoem Desenvolvimento de Proces-sos pela Unicamp – Univer-sidade de Campinas. Ele come-çou sua carreira atuando em usi-nas de açúcar e álcool emPernambuco, em seguida traba-lhou por oito anos no Pólo Pe-troquímico de Camaçari, naBahia. Em 2004, Carvalho tevesua primeira experiência na ANP,como Assessor da Diretoria, masretornou ao Recife onde foi no-meado Secretário Municipal deCiência, Tecnologia e Desenvol-vimento Econômico. Por fim,em fevereiro de 2007, assumiu ocargo de Superintendente de Pla-nejamento e Pesquisa da ANP.

Para abordar sobre o cresci-mento do Nordeste brasileirona indústria do petróleo e seusderivados, das atribuições daANP, entre outros assuntos,Florival Rodrigues de Carvalhorecebeu a Revista Corrosão &Proteção, na sede da instituiçãono Rio de Janeiro.

Qual foi a importância doINTERCORR em Recife?Carvalho – Eu o considero comomais um ponto importante para ocrescimento não só do estado dePernambuco, mas para toda aregião Nordeste. Também reflete obom momento vivido pela econo-mia pernambucana. Hoje, nóstemos no Brasil um crescimento do

cia terrestre da Paraíba. Esse no-vo panorama econômico da re-gião atraiu a atenção de toda acomunidade técnica envolvidanos processos de exploração, pro-dução e refino do petróleo.

E um dos efeitos diretos dessaretomada da indústria do petró-leo na região, foi a escolha dacidade de Recife como sede doINTERCORR 2008, um dosprincipais eventos de corrosão domundo, organizado pela Associa-ção Brasileira de Corrosão(ABRACO), e que aconteceu en-tre os dias 12 e 16 de maio (vejamatéria na página 14). “Umevento dessa importância contri-bui ainda mais com o esforçoque está sendo feito na região.Pernambuco, por exemplo, nãotinha participação alguma nosetor de petróleo até quatro anosatrás, e por decisão estratégica vaicontar em breve com refinaria eestaleiro, com novas e já conheci-das áreas exploratórias”, destacaFlorival Rodrigues de Carvalho,Superintendente de Planejamen-to e Pesquisa da ANP, que inte-grou a mesa de abertura doINTERCORR 2008, ao lado dopresidente da ABRACO, PedroPaulo Barbosa Leite, e do reitorda Universidade Federal de Per-nambuco (UFPE), Amaro Hen-rique Pessoa Lins.

Engenheiro químico forma-do pela UFPE, Florival Carvalhofez especialização em Engenharia

6 C & P • Maio/Junho • 2008

Por Henrique Dias

Entrevista21 1/1/04 1:25 PM Page 1

Page 5: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

Produto Interno Bruto (PIB) emtorno de 5% ao ano, mas em Per-nambuco esse número ultrapassa os8%, devido a grandes investimen-tos que estão incrementando a es-trutura do estado. No setor petro-químico podemos citar as constru-ções da Refinaria Abreu Lima,onde estão sendo investidos mais deUS$ 5 bilhões, de um estaleiro,que vai empregar, aproximada-mente, cinco mil pessoas, da maiorfábrica de resinas PET do mundo,que já está em funcionamento,além da duplicação da BR-101 deAlagoas até o Rio Grande do Nor-te. Enfim, essa nova dinâmica daeconomia nordestina faz com quea realização de um evento da na-tureza do INTERCORR venha sesomar a todo esse esforço coletivo.

Além da refinaria e do estalei-ro, existem outros investimen-tos previstos para o Nordeste?Carvalho – Há investimentos emoutros estados, como a recuperaçãodas bacias maduras do RecôncavoBaiano, que foram exploradas pelaPETROBRAS durante uma épocae depois abandonadas por não se-rem atrativas financeiramente.Hoje, mais de 30 pequenas empre-sas petrolíferas trabalham nesselocal com o incentivo da ANP.

Quanto às outras regiões doBrasil, quais são os investimen-tos programados?Carvalho – O calendário de inves-timentos da PETROBRAS para ospróximos quatro anos gira em tor-no de 25 bilhões de dólares/ano, dosquais 60% serão aplicados na áreade exploração do petróleo. Esse in-

vestimento será feito na construçãode estaleiros, refinarias, platafor-mas e navios, em quase todo o ter-ritório nacional. Destaco, também,o Complexo Petroquímico do Riode Janeiro (COMPERJ), que estásendo construído numa área de 45milhões de metros quadrados nomunicípio de Itaboraí, com iníciodas atividades previsto para 2012.

Em relação ao gás natural e aosbiocombustíveis, qual é o pa-norama atual?Carvalho – Quanto ao gás natural,o Brasil hoje é um país deficitário,nossa produção bruta é de mais de50 mil m3/dia, sendo necessária aimportação de cerca de 30 milm3/dia da Bolívia. Entretanto, háinvestimentos no país para qua-druplicar essa produção até o finalde 2012. Quanto aos biocombus-tíveis, temos que direcionar emdois campos: o primeiro relaciona-do ao bioetanol, onde o Brasil jáestá bem consolidado e tem mos-trado ao mundo que amadureceumuito no desenvolvimento dessatecnologia, não só na produçãoagrícola, mas, também, na fabri-cação do álcool combustível, que éatualmente o mais competitivo domercado; e o segundo relacionadoao biodiesel, cujo processo detrans-esterificação ainda está sen-do aprimorado, tornando-o caroem relação ao petróleo e seus deri-vados. Acredito que nos próximoscinco anos teremos um biodieselcom o preço similar aos outroscombustíveis.

A auto-suficiência brasileira naprodução de petróleo é uma

C & P • Maio/Junho • 2008 7

realidade muito distante?Carvalho – Hoje, somos auto-sufi-cientes em volume, com um superá-vit de quase 1%, considerando ex-portações e importações. Quantoaos valores ainda somos deficitários,pois exportamos um petróleo baratocomparado ao que importamos.Creio que até o final de 2009, essepanorama mudará em virtude daconstrução de novas plataformas.

Como o tema corrosão é trata-do pela ANP?Carvalho – A ANP não trata detemas tecnológicos específicos, ela éuma agência responsável por con-tratar, regular e fiscalizar. Nossaobrigação constitucional é garantirao povo brasileiro o abastecimentodos derivados de petróleo e dos bio-combustíveis, em quantidade equalidade, a um preço acessível.Para garantir esse abastecimentopassamos por toda a cadeia dopetróleo, onde a corrosão tem gran-de importância tecnológica. Dentrodos projetos aprovados pela ANP, aárea de corrosão tem sido contem-plada com freqüência. Recentemen-te, recebemos um projeto com custoestimado em R$ 6 milhões para aconstrução de um laboratório decorrosão e biocorrosão na Universi-dade Federal de Pernambuco(UFPE). Creio que o grande desa-fio tecnológico da área de corrosãoserá na exploração de petróleo nascamadas do pré-sal (reservatóriosque ficam entre três e seis milmetros de profundidade a partir doleito marinho e se estendem por800 km entre os Estados do EspíritoSanto e de Santa Catarina), devi-do às altas pressões e ao alto teor deCO2. Esse é verdadeiramente umimenso desafio tecnológico.

Mais informações sobre a ANPno site http://www.anp.gov.br.

Carvalho destaca o grande desafioda área de corrosão na exploração depetróleo nas camadas de pré-sal

Entrevista21 1/1/04 1:25 PM Page 2

Page 6: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

foto

s: A

gênc

ia P

ETR

OB

RA

S de

Not

ícia

s

MateriaCapa21 1/1/04 12:25 AM Page 1

Page 7: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

C & P • Maio/Junho • 2008 9

Construção Naval

No dia 26 de maio, coma presença do presidenteda República, Luis Iná-

cio Lula da Silva, e o presidenteda PETROBRAS, José SergioGabrielli, aconteceu o anúnciode um novo ciclo de investimen-tos na área naval, com a novaetapa de programas de aquisiçãode embarcações para a PETRO-BRAS e para a TRANSPETRO,subsidiária da PETROBRAS.

O Programa de Moderniza-ção e Expansão da Frota e deEmbarcações de Apoio da PE-TROBRAS, com a perspectivade alto índice de mão-de-obra econteúdo nacional de 70% a80%, encomenda de 146 novasunidades de apoio às atividadesde exploração e produção marí-tima de petróleo da companhia,ao custo estimado de US$ 5 bi-lhões. A empresa confirmouainda a intenção de contratarnavios-sonda, plataformas deperfuração semi-submersíveis enavios de grande porte.

As licitações para contrata-ção serão feitas até 2014, sendoque a primeira, em andamento,prevê a contratação de 24 em-barcações, que serão afretadas àPETROBRAS pelas empresaslicitantes. Das 146 embarca-ções programadas, 54 serãodestinadas ao manuseio de ân-coras de grande porte, dez àsatividades de reboque, 64 ematividades de suprimento e 18voltadas para as operações derecolhimento de óleo (exigidaspelo IBAMA – Instituto Brasi-leiro do Meio Ambiente e dosRecursos Naturais).

Segundo informações daPETROBRAS, o programa está

alinhado ao PROMINP – Programa de Mobilização da IndústriaNacional de Petróleo e Gás Natural e contribuirá decisivamentepara a revitalização da indústria naval brasileira. Esse é o terceiroplano de renovação, conseqüência da política da empresa de perma-nente modernização de sua frota de apoio marítimo. Para relem-brar, em 2003 foi anunciado o primeiro plano com a contrataçãode 20 embarcações; e no ano seguinte foram anunciadas a contra-ção de 38 novas embarcações. Destas, sete estão em operação, 17em construção e 14 em fase de assinatura de contrato.

Já a TRANSPETRO anunciou a segunda etapa do Programa deModernização da Frota de Petroleiros – PROMEF, com a licitaçãode um novo lote de mais 23 navios de médio e grande porte (a pri-meira etapa do programa, ocorrido em 2005, permitiu a contrata-ção de 26 petroleiros junto a estaleiros nacionais). Os investimen-tos atendem às necessidades da carteira exploratória e de desenvol-vimento da produção da PETROBRAS, bem como para transpor-te de petróleo e derivados. Além disso, atende a resolução da ONUque determina a substituição da frota mundial de petroleiros pornavios dotados de casco duplo. A iniciativa deve gerar aproximada-mente 22 mil empregos e um impacto positivo de US$ 270 milhõesna balança de pagamentos do País.

Navios ‘brasileiros’ no BrasilOs programas têm injetado um novo ânimo no setor naval bra-

sileiro. A contratação de navios de grande porte é de vital impor-tância técnica e econômica para os estaleiros localizados no Brasilque vencem a concorrência para sua construção. O diretor doCentro de Engenharia Naval e Oceania do IPT – Instituto dePesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, Carlos DaherPadovezi, avalia que os programas tiveram a força suficiente paracolocar o meio naval em plena atividade e com grande tendência deexpansão. “Muitos estaleiros estão sendo recuperados, se moderni-zando para construir os navios. Em Pernambuco, há um novo gran-de estaleiro em fase final de implantação, estaleiro este que terá umarranjo moderno de instalações e equipamentos e um dique secoadequado para navios de grande porte”, conta Padovezi.

O diretor do IPT destaca que a retomada da construção navalbrasileira em escala importante é uma realidade. “Os estaleirosestão em fase de organização e modernização, com o objetivo deatender a demanda atual, mas principalmente para se tornaremindústrias competitivas no mercado internacional, garantindo asua sustentabilidade futura”, observa Padovezi. Para ele, o Brasilapresenta ingredientes, como boa disponibilidade de insumos e demão-de-obra qualificada, que o habilitam a ser um grande produ-tor de navios.

Padovezi também destacou o mega plano para a indústria navalanunciado em maio. “Há quatro fatores determinantes para o gran-

Lançamento de nova etapa do Programa de Modernização de Frota da PETROBRAS

e do Programa de Modernização da Frota de Petroleiros da TRANSPETRO reforçam

a presença brasileira no mercado mundial da construção naval

Construção Naval: a todo vapor

Por Carlos Sbarai e Henrique Dias

MateriaCapa21 1/1/04 12:25 AM Page 2

Page 8: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

As tintasdeixaram de

ser apenas umrevestimento

estético,desempenhamhoje um papelfundamentalna indústria,

o de agentede proteção

projetos para apresentar à PETROBRAS e agora estamos em pro-cesso de implantação do laboratório de análise de risco, criamos agestão de operações e ainda estamos trabalhando no desenvolvi-mento do navio ecológico, que fará o transporte de gás comprimi-do”, diz Andrade, informando ainda que existem inúmeras aplica-ções para o estudo, desde a segurança no tráfego de embarcações,até procedimentos de carga e descarga, e mesmo a viabilidade dasoperações nas plataformas marítimas. “Os navios e as plataformasestão entre as maiores obras da engenharia. Seu funcionamentodepende de uma série de procedimentos, e todos precisam serbem estudados”, aponta o professor. Todos esses projetos sãocoordenados pelo IPT, pela USP e pela URFJ e contam com aparticipação de pesquisadores de outras instituições, como aMarinha do Brasil, e de universidades do Rio Grande do Sul,Santa Catarina e Pernambuco.

Finalmente, Padovezi chama a atenção para a questão da cor-rosão. “Corrosão é, desde sempre, uma preocupação relacionadacom navios. Cada navio tem milhares de toneladas de aço, amaior parte exposta ao ambiente marinho, e tem de apresentarboas condições técnicas estruturais por, pelo menos, 25 anos. Semcontar que um possível aumento de rugosidade do casco, causadopor corrosão, levará a perdas de eficiência do navio, devido aoacréscimo de resistência do casco em movimento na água. Daí aimportância de haver uma permanente busca de formas (produ-tos e processos) de minimizar a corrosão em navios. Soluções maiseficientes e de menores custos de proteção de navios contra a cor-rosão serão sempre bem-vindas”.

Indústria de tintasSobre a questão da corrosão, muitas empresas do setor já se prepa-

raram e hoje detém novas tecnologias, principalmente no setor de tin-tas. Esse é o caso da WEG Tintas, que segundo informa o diretor daempresa, Reinaldo Richter, as tintas deixaram de longe de ser apenasum revestimento estético como no passado, desempenham hoje papelfundamental na indústria, o de agente de proteção. “Estas caracterís-ticas têm ajudado muito na maior durabilidade do sistema de pintu-ra e conseqüentemente do substrato onde o filme é aplicado. Naindústria naval não é diferente, as novas tecnologias, impulsionadaspela forte concorrência e pelo amplo crescimento no setor, vêm evo-luindo cada vez mais para atender aos mais diversos equipamentos eambientes tanto no onshore como no offshore”.

Richter informa que a contribuição das tintas na questão da cor-rosão é iniciada já nas montagens das chapas de aço onde produtoscomo os shop primers podem ser aplicados em baixas espessuras antesmesmo do início da obra, fornecendo proteção contra a corrosão deseis meses a um ano, aceitando futuras soldagens das chapas sem anecessidade da remoção do filme de tinta. “As tintas epóxi que for-mam o sistema de pintura, oferecem proteção anticorrosiva por bar-reira e tecnologias como as tintas tolerantes a superfícies úmidas, quesão as mais indicadas, pois podem ser aplicadas após o hidrojateamen-to e em altíssimas camadas. Estes tipos de tintas evitam a corrosão dosubstrato metálico por muito mais tempo, oferecendo excelente pro-teção anticorrosiva e química”, comenta Reinaldo Richter.

Reinaldo Richter destacou as áreas de P & D. “O foco das áreas deP&D é cada vez mais a questão ambiental e a inovação tecnológica.Em se tratando de inovações tecnológicas, a WEG direciona estudos

de impulso da indústria navalbrasileira: o primeiro, a decisãodo governo de construir os na-vios da TRANSPETRO noBrasil; o segundo, o grandemomento de expansão e de in-vestimentos por que passa aPETROBRAS, uma das maio-res empresas do mundo; o ter-ceiro, um grande aquecimentoda produção mundial de na-vios, com carteiras de enco-mendas repletas nos principaisestaleiros internacionais; e oquarto, a existência de uma im-portante demanda reprimidade navios no mercado brasilei-ro. O governo brasileiro e aPETROBRAS têm o grandemérito de dar a arrancada noprocesso de recuperação da in-dústria de construção navalcom a decisão de construirnavios brasileiros no Brasil”.

Tecnologia no projeto e naconstrução

Um outro aspecto impor-tante, decisivo para a consoli-dação da indústria naval noBrasil, é o investimento no a-primoramento e desenvolvi-mento de tecnologias para oprojeto e a construção de na-vios. “É fundamental para ga-rantir a sustentabilidade do se-tor ao longo prazo”, comentaPadovezi. Um aspecto positivonesse sentido são os avançosconquistados pelas Redes Te-máticas, com destaque para aCENPES/PETROBRAS e aUniversidade de São Paulo –USP, a chamada Rede Temá-tica em Tecnologia da Cons-trução Naval.

Bernardo Luis Rodrigues deAndrade, do Departamento deEngenharia Naval e Oceânicada Escola Politécnica (Poli) daUSP e coordenador da RedeTemática de Construção Naval,conta que os projetos da RedeTemática foram estendidospara 2008. “Na verdade a RedeTemática sempre busca novos

10 C & P • Maio/Junho • 2008

foto

s: W

EG

Tin

tas

MateriaCapa21 1/1/04 12:25 AM Page 3

Page 9: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

nos mais diferenciados campos através de acordos tecnológicos comuniversidades, centros de pesquisa e consultorias na Europa, Américae Ásia. Já as tintas alto sólidas são uma realidade cada vez mais presen-te na indústria, atendendo questões ambientais, pois emitem umaquantidade de solvente orgânico muito menor que as tintas conven-cionais, oferecendo ainda maior produtividade e proteção. Outra rea-lidade são as tintas à base d'água, com pesquisas e investimentos bas-tante grandes pela indústria de tintas e fornecedores de matérias-pri-mas. A WEG já possui uma linha que atende as normas internacionaisem relação a isenção de metais pesados, e investe cada vez mais em tec-nologias que atendam as expectativas dos clientes em relação à produ-tividade e proteção ambiental. Tintas epóxi livres de alcatrão, antiin-crustantes livres de enxofre (TBT), por exemplo, são uma tendênciaem se tratando da questão ambiental”.

O gerente geral de vendas da Tintas Renner, Clayton QueirozJunior, comenta que desde os primórdios as tintas já se mostravamuma ferramenta muito útil e econômica, quer na identificação, naescrita ou mesmo na proteção. “Com o avanço das tecnologias, astintas passaram a ter maior praticidade, produtividade e um elemen-to fundamental para proteção a baixo custo. Estas tecnologias con-tribuem para que a indústria naval tenha acesso à proteção anticor-rosiva, com eficiência e versatilidade, já que os produtos são cada vezmais eficazes no combate à corrosão e na agilidade dos processos”.

Recentemente, por exemplo, a Renner apresentou uma soluçãopara redução no tempo de pintura interna de tanques para armaze-namento e transporte de produtos químicos, um epóxifenólico que reduz o tempo de liberação para o trabalho,de 7 para 4 dias. Aprovado também para o transporte earmazenamento de etanol, metanol e biodiesel. A exigên-cia atual do mercado está relacionada a produtos que nãoagridam o meio ambiente e preservem a saúde dos usuá-rios. A linha de pesquisa da Renner vai ao encontro dessademanda. Além disso, busca sempre apresentar novidades,como o recém lançado solvente biodegradável. Não exis-tem limites para P&D. Sempre haverá recursos para odesenvolvimento de novas tecnologias, principalmentepara atender às necessidades do mercado.

A gerente de marketing para o Mercosul da DivisãoTintas Marítimas da International Paint, RosileiaMantovani, reforça a pintura como um dos métodos deproteção anticorrosivo com melhor relação custo - benefí-cio. Mas, alerta: é fundamental que a superfície a ser pin-tada seja preparada corretamente e a tinta especificada sejaaplicada adequadamente. “Vale ressaltar que a nova legis-lação da IMO para tanques de lastro (PSPC) prevê aexpectativa de durabilidade de 15 anos. Dentro dessalegislação, são exigidos parâmetros de preparo de superfí-cie, sistemas de pintura pré-aprovados e qualificação deinspetores, dentre outros”, diz Rosileia.

Especificamente para atender a Nova Legislação daIMO para Tanques de Lastro (PSPC), a InternationalPaint possui certificações de vários produtos e sistemas depintura através de laboratórios e classificadoras indepen-dentes. “Os produtos mais requisitados por nossos clien-tes são tintas de alta performance, com alta resistênciaanticorrosiva e anti-incrustantes, todos alinhados com as

legislações mundiais de produ-ção ao meio ambiente e na van-guarda do desenvolvimento deprodutos que minimizem osimpactos ao meio ambiente eaos profissionais que o apli-cam”, destaca a gerente deMarketing. Ela dá um exemplodo compromisso da empresacom o meio ambiente: a des-continuidade da fabricação deprodutos à base de alcatrão dehulha, desde janeiro de 2006.

Sobre o boom da indústrianaval nacional, a Internationalinforma estar preparada paraatender a forte demanda, comcapacidade de suporte técnico eprodutos. Segundo Rosileia, es-pecificamente para atender aoPSPC – IMO, a Internationalfoi a primeira empresa a recebera certificação Type Approvalmundial para produto pela clas-sificadora Lloyds Register; o

MateriaCapa21 1/1/04 12:25 AM Page 4

Page 10: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

ção de tratamento e da pintura em áreas de difícil acesso, principal-mente dentro de tanques, dalas, frestas, compartimentos confina-dos, recortes estruturais e regiões com grande quantidade de tubu-lações e equipamentos, o que dificulta o acesso do operário com fer-ramentas adequadas. “Outro problema é a eliminação de arestas("cantos vivos") em cortes de chapas e perfis, além de porosidadesem juntas soldadas, que se não tratados adequadamente certa-mente geram corrosão. Também temos encontrado dificuldadecom a queima de áreas já pintadas que, se não tratadas adequada-mente, são também potenciais pontos de corrosão. E por fim, acorrosão causada em tanques, principalmente os de lastro e cargascorrosivas, que podem causar sérios danos a integridade da estru-tura da embarcação”.

Na opinião de Massonetto o controle do tratamento e pinturadeve ser feito desde o início do processo, isto é, do tratamentosuperficial de chapas e perfis, para garantir a eliminação de mate-riais advindos da laminação (carepas), passando pela aplicação cor-reta dos shop primers, até a preparação de superficie, extremidades epintura final. “Outro fator importante é o treinamento e conscien-tização de todo o pessoal, utilização de ferramentas adequadas, rea-lização de stripe coating, além da realização da pintura no momen-to adequado do processo de fabricação para evitar que os acessosfiquem restritos e a qualidade do tratamento e pintura inadequa-dos. Adicionalmente, a utilização de um esquema de pintura ade-quado e certificado é de extrema importância para reduzir a inci-

dência de corrosão. Neste momento, a participação dosfabricantes de tintas é imprescindível”.

“Há muito se fala em acabamento avançado, mas aaplicação deste conceito em sua plenitude ainda é muitodifícil de atingir, apesar disto, este é o caminho para asolução do problema de pintura. O tratamento superfi-cial e aplicação de shop primer em conformidade com asespecificações dos fabricantes, a eliminação de arestas nomomento do corte das chapas e perfis com a imediataaplicação de anticorrosivo é o primeiro passo para a pre-paração para pintura. Durante o processo de fabricaçãode peças, painéis e blocos estruturais o controle de quali-dade das soldas com a correção de defeitos e o posteriortratamento destas juntas é o passo seguinte do processode preparação. A próxima etapa é a realização da maiorquantidade possível de trabalhos a quente (desempenos,cortes, instalações de acessórios e soldas) no bloco estru-tural. Com isso, o bloco estrutural acabado pode sertotalmente tratado e pintado ainda aberto e com melhorcondição de acesso, restando para a fase de edificaçãoapenas as emendas e eventuais retoques”, explica JoséCarlos Massonetto.

Ele ressalta ainda que no intuito de criar um padrão dequalidade as entidades regulamentadoras estão criandoregulamentações a respeito de desempenho dos esquemasde pintura visando principalmente o aumento de vida útile redução no número de acidentes causados por falhasestruturais advindas principalmente de corrosão. “Umexemplo atual é a SOLAS regulations II-1/3.2 - PSPCque regulamenta a pintura de tanques de lastro emembarcações com AB>500”.

primeiro fabricante com Treina-mento de Serviço Técnico reco-nhecido pelo LR equivalente aNACE II e FROSIOIII paraatender a IMO/PSPC; o pri-meiro fabricante no Brasil a terInspetor qualificado para certi-ficar Inspetores e a obter o cer-tificado do LR e DNV parafabricar produtos certificadospela IMO/ PSPC. “Além disso,temos um amplo programa detreinamentos que propicia mai-or capacitação aos profissionaisdo setor”.

EstaleirosDo lado dos estaleiros, exis-

te preocupação também quan-do se trata de corrosão. Segun-do revela o engenheiro e geren-te de projetos do estaleiro Wil-son Son’s, José Carlos Masso-netto, uma das principais difi-culdades encontradas é a execu-

VENDAS EASSISTÊNCIATÉCNICA

Representante Leica para todo o Brasil

EQUIPAMENTOS

PARA ÁREAS:

• Ciências de Materiais

• Microscopia Ótica

• Geologia

• Metrologia

• Controle de Qualidade

Tel: (11) 5188-0000 – Fax: (11) 5188-0006www.ckltda.com.br

R. Cap. Otávio Machado, 618 – São Paulo – [email protected]

MateriaCapa21 1/1/04 12:25 AM Page 5

Page 11: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

da ITALTECNO

LL – MULTICOLOR

Muito mais Cores no Tratamento daSuperfície do Alumínio Anodizado

Processo de tecnologia Italtecno quepromove a “modificação” da camadaanódica, permitindo uma amplagama de cores

GARANTIA DE 35 ANOS CONTRA A PERDA

DE COR E BRILHO

Av. Angélica 672 • 4º andarO1228-OOO • São Paulo • SPTel.: (11) 3825-7022 [email protected]ções Técnicas:www.italtecno.com/pdf/tech3.pdf

Em breve disponível para produção no Brasil– Exclusividade Companhia Brasileira deAlumínio – CBA

OmundoMULTICOLOR

Apor

te

Multicolor1pag 1/1/04 1:45 AM Page 1

Page 12: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

INTERCORR 2008

ecife foi a capital nacio-nal da pesquisa e desen-volvimento na área de

Corrosão. A cidade recebeu avigésima oitava edição doCONBRASCORR – Congres-so Brasileiro de Corrosão, umdos principais eventos mun-diais do setor. Simultanea-mente também foram organiza-dos o 2° Encontro Interna-cional de Corrosão - INTER-CORR, a 28a Exposição Téc-nica e Industrial e o 15o

Concurso de Fotografia Técni-ca, o que permitiu ao grandenúmero de profissionais dasáreas técnica, científica e em-presarial relacionados ao estudoda corrosão e suas medidas pre-ventivas e de controle, tomarcontato com o que há de maisatual nessa área. O objetivo foiunir a comunidade acadêmica ecentros de pesquisas com osetor industrial especializado,para troca de conhecimentos eexperiências que contribuampara a solução de problemas decorrosão que afetam o setorprodutivo, propondo assimalternativas de desenvolvimen-to científico, tecnológico, eco-nômico e social para o Brasil edemais países representados.

Os participantes do IN-TERCORR 2008 tiveram aoportunidade de trocar infor-mações por intermédio de con-ferências plenárias, mesas-redondas e trabalhos técnicos,apresentados na forma oral epôster, além da exposição técni-ca empresarial e do tradicionalconcurso de fotografia técnicasobre flagrantes da ação corrosi-va. A diretora executiva da

ABRACO – Associação Brasileira de Corrosão, Zehbour Panossian,iniciou os trabalhos apresentando primeiramente o ComitêExecutivo do INTERCORR 2008, formado por ela própria,Gutemberg de Souza Pimenta, Neusvaldo Lira de Almeida, OlgaBatista Ferraz, Simone Maciel, Ana Cristina e Veruska Correa.

Em seguida, Zehbour convidou o presidente da ABRACO,Pedro Paulo Barbosa Leite, o reitor da Universidade Federal daPernambuco – UFPE, Amaro Henrique Pessoa Lins e o superinten-dente de planejamento de pesquisa da Agência Nacional doPetróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP, Florival Rodriguesde Carvalho, para comporem a mesa e oficialmente dar inicio àprogramação do evento.

Um momento de emoção foi a participação de Vilma Gentil,esposa do professor Vicente Gentil, falecido em fevereiro último, aqual recebeu uma homenagem da ABRACO, através de seu presi-dente, Pedro Barbosa Leite, pelo pioneirismo do professor Gentil,que muito contribuiu para a área de corrosão no Brasil. "Pioneirono ensino, na pesquisa e na organização do setor, sendo um dosfundadores da ABRACO e o seu primeiro presidente, VicenteGentil, químico industrial e engenheiro químico por formação,teve uma vida acadêmica de destaque, especialmente na Escola deQuímica da UFRJ, onde foi professor titular e professor emérito.Mesmo aqueles que não foram diretamente alunos do professorGentil, ao se depararem com o tema, sabem quem é o autor do livro“Corrosão”, hoje na quinta edição, que é referência obrigatória paratodos os ramos da engenharia voltados ao assunto. Muitos tambémpuderam conhecer o valor dos seus ensinamentos nos cursos minis-trados pela ABRACO e seus parceiros, nos congressos e semináriosdos quais participou".

A diretora da ABRACO informou ainda que a entidade estáestudando um projeto, que será encaminhado à família do profes-sor Gentil, para dar continuidade ao livro “Corrosão”. Nesta pro-posta, constará a atualização e tradução da obra para as versões eminglês e espanhol, entre outras novidades.

Prêmio Vicente GentilCo-autora, coordenadora e apresentadora do melhor trabalho

oral dentro da programação do INTERCORR 2008, Simone Brasilfoi a pesquisadora que recebeu o primeiro Prêmio Professor Gentil.Além de satisfeito com o reconhecimento técnico, ela estava emo-cionada, pois tivera a honra de ser aluna do professor VicenteGentil na Escola de Química/UFRJ. "Este prêmio tem um signifi-cado muito especial por homenagear uma pessoa admirável e pelofato do trabalho ter sido realizado no Departamento de ProcessosInorgânicos, onde o Prof. Vicente Gentil trabalhava. Devido nãosomente ao reconhecimento do trabalho, mas à importância e aosignificado que este prêmio carrega, todos os autores e colaborado-

Evento propicia atualização tecnológica e um contato profícuo com os principais

pesquisadores e profissionais da área de corrosão

INTERCORR bate recordede participação

Por Carlos Sbarai

14 C & P • Maio/Junho • 2008

Intercorr21b 1/1/04 12:43 AM Page 1

Page 13: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

Cerimônia de abertura – Zebhour Panossian como mestra-de-cerimônias – Da esq. p/ dir.: Amaro HenriquePessoa Lins (Reitor da Universidade Federal de Pernambuco), Pedro Paulo Barbosa Leite (Presidente daABRACO), Florival Rodrigues de Carvalho (Superintendente de Planejamento da Agência Nacional doPetróleo, Gás Natural e Biocombustíveis)

Comissão organizadora do evento – Da esq. p/ dir:Gutemberg de Souza Pimenta, Olga Baptista Ferraz,Pedro Paulo Barbosa Leite, Zehbour Panossian,Neusvaldo Lira de Almeida e Simone Maciel

Balcão de inscrições para o CONBRASCORR

Neusvaldo Lira de Almeida, Presidente do ComitêTécnico do INTERCORR 2008

Gutemberg de Souza Pimenta, Coordenador Geraldo INTERCORR 2008

C & P • Maio/Junho • 2008 15

Foto

s: M

idia

Fot

ogra

fias

Intercorr21b 1/1/04 12:43 AM Page 2

Page 14: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

lho apresentado no INTERCORR foi motivado por um problemareal relacionado ao uso de aço-carbono em tubulações de transpor-te de água de formação", acrescentou Simone Brasil (veja trabalhocompleto na página 26).

res se sentem gratificados porfazerem parte dessa homena-gem", disse Simone Brasil.

A pesquisadora ainda recor-dou o entusiasmo do mestre,que a motivou a seguir seus pas-sos e direcionar a carreira para aárea de Corrosão. "Assim comoeu, outros participantes do tra-balho também tiveram a opor-tunidade de tê-lo como profes-sor ou conhecê-lo como profis-sional. Como ele sempre nospassou, problemas práticosenvolvendo corrosão podem seravaliados através de conceitosbásicos e pela realização deensaios experimentais. O traba-

Pedro Paulo Barbosa Leite ao lado de Simone Brasil – UFRJapresentadora, co-autora e coordenadora do trabalho Proteçãocatódica para superfície interna de tubulações de água de formação.

Apresentado pela autora Gislaine Maria Bragagnolo - IPT, sobre otema Pré-tratamento para pintura do aço-carbono zincado porimersão a quente.

TRABALHOS PREMIADOS

1º Lugar:Carlos Alexandre Martins da SilvaTRANSPETRO SATema: "Paisagem corroída". Guarda-corpo do Mirante do Cristo Redentor.

2º Lugar:João Arcanjo de Oliveira FilhoPETROBRAS/E&P-BATema: Adutora de 20" de água produzida.Colônia de BRS e corrosão pelo H2S.

3º Lugar:Gutemberg de Souza PimentaPETROBRAS/CENPESTema: Corrosão atmosférica em válvulagaveta exposta atmosfera marinha.

Concurso de Fotografia

Trabalho (apresentado em forma oral) Trabalho (apresentado em forma pôster)

16 C & P • Maio/Junho • 2008

Um momento de grande emoção foi a homenagem

prestada pela ABRACO a um dos grandes pioneiros

da área de corrosão no Brasil: o professor Vicente Gentil.

Querido por todos os que o conheceram, seu legado

tanto humano como profissional não será esquecido.

Todo esse apreço foi traduzido numa placa ofertada à sua

esposa, Vilma Gentil, pelo presidente da ABRACO

Pedro Paulo Barbosa Leite

Intercorr21b 1/1/04 12:43 AM Page 3

Page 15: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

Vilma Gentil recebe homenagem da ABRACO aoProf. Vicente Gentil

As palestras despertaram interesse dos participantes

Apresentação na forma oral de trabalho técnico

Fernando Fragata, pesquisador do Laboratório deCorrosão do CEPEL

Coquetel de boas-vindas com apresentação de grupode músicas e danças folclóricas de Pernambuco

As fotos do Concurso de Fotografia ficaram expostasdurante o evento

Um dos pontos de maior relevância do evento foia exposição empresarial

Os visitantes mostraram grande interesse nos produtosexpostos nos estandes

C & P • Maio/Junho • 2008 17

Intercorr21b 1/1/04 12:43 AM Page 4

Page 16: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

dades e centros de pesquisas deoutras regiões, esta tem sidouma boa estratégia. "O LA-TINCORR 2006 foi um suces-so e o INTERCORR 2008,pelas avaliações que nos chega-ram foi ainda muito melhor,mais de 600 congressistas, semconsiderar aqueles que foramexclusivamente à exposição téc-nica-empresarial, número 20%superior ao estimado inicial-mente. Tivemos uma participa-ção muito expressiva das uni-versidades da região nordeste eem particular da UFPE, assimcomo das empresas sediadasem Pernambuco", revelouGutemberg de Souza Pimenta.

Neusvaldo Lira de Almeidadisse que a exposição empresa-

rial foi bastante diversificada, abrangendo as atividades de reves-timentos metálicos para proteção contra corrosão, revestimentosorgânicos e técnicas de monitoramento da corrosão. Contandocom a presença de institutos de pesquisas, como o IPT e o INT,foram apresentados os últimos desenvolvimentos na área de cor-rosão e, como todo o evento, foi também muito elogiada."Comparando com os eventos anteriores, o aumento dos exposi-tores mostra o interesse que está sendo despertado neste tipo deatividade. Nossa meta é aumentar a área de exposição nos pró-ximos eventos", salientou Almeida.

Gutemberg de Souza Pimenta destacou a qualidade técnicados trabalhos apresentados, alguns deles de excelente nível, comtemas atuais, como por exemplo, nanotecnologia aplicada à pro-

Entre uma série de confe-rências importantes, a do en-genheiro químico FernandoLoureiro Fragata, abordoucom detalhes os avanços tec-nológicos no campo das tintasanticorrosivas, principalmentepara a melhoria no desempe-nho dos revestimentos comredução de custos de aplicaçãoe proteção do meio ambientee da saúde dos trabalhadores."Neste sentido, várias tecno-logias de tintas de acabamentoforam desenvolvidas nos últi-mos anos, como por exemplo,os polisiloxanos e as poliuréiasalifáticas (obtidas a partir dosésteres aspárticos e poliisocia-natos)". Na conferência, fo-ram mostrados os resultadosde ensaios físico-químicos dastintas convencionais e daque-las consideradas de novas tec-nologias.

OrganizaçãoSegundo informou o co-

mitê executivo do INTER-CORR 2008, a escolha da ci-dade de Recife faz parte daestratégia da ABRACO de le-var os seus eventos para outroscentros, aumentando assim ointercâmbio com as universi-

18 C & P • Maio/Junho • 2008

Os participantes puderam contar com vários minicursos, conferências com os doutoresDaniel de la Fuente - CENIM / Spain, Fátima Montemor - IST / Portugal, Isolda Costa -IPEN/CNEN – Brasil, Mark Orazem - University of Florida / USA, Antoine Pourbaix - CEBEL-COR / Bélgica, Cheollo Kang - DNV / CC Technologies / USA, José Antonio PoncianoGomes - COPPE/UFRJ – Brasil e Cynthia de Azevedo Andrade – PETROBRAS – Brasil.Também foram apresentadas várias mesas-redondas que trataram sobre temas comoCorrosão na Indústria de Petróleo, Inspetor e Pintura com as Novas Exigências da IMO(International Maritime Organization) e Certificação, Superproteção Catódica em Dutos,Biocorrosão e Biofilmes, Inibidores de Corrosão para Processos Químicos,Nanotecnologia Aplicada à Proteção Contra a Corrosão - e Biocombustível – Corrosão éum Problema? Foram apresentados ainda 156 trabalhos orais, em cinco sessões simul-tâneas. Nas salas de projeções, além dos moderadores, houve a participação de equi-pes de apoio do Laboratório de Corrosão e Proteção do Instituto de PesquisasTecnológicas do Estado de São Paulo – IPT e da Escola Politécnica da Universidade deSão Paulo. As conferências plenárias, as mesas-redondas e os trabalhos técnicos apre-sentados no auditório Manuel Bandeira contaram com tradução simultânea inglês-portu-guês e português-inglês. Também foram apresentados 61 trabalhos na forma pôster.

Categoria Diamante• Sherwin Williams - Sumaré• CHESF – Companhia Hidrelétrica do SãoFrancisco• International Paint

Categoria Ouro:• Votorantim Metais

Categoria Prata:• BLASTING Pintura Industrial

Categoria Bronze• Renner – Revestimentos Anticorrosivos• Tintas WEG• Euronavy• Ogramac• Tintas Jumbo

Aselco Automação

Chesterton

Durotec

Gaiatec

Grupo Recuperar

Hita

INT

IPT

Lemasa

Max Pinturas e Rev.

PATROCINADORES DO EVENTO EXPOSITORES

RESUMO DAS AÇÕES

Multialloy

Munters

Nova Coating

Optec Tecnologia

Orica Chemicals

Renner

Revex Metalização

Roxar

Rust

Tecnofink

Intercorr21b 1/1/04 12:43 AM Page 5

Page 17: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

teção anticorrosiva, modela-mentos de sistemas de prote-ção catódica, corrosão por cor-rente alternada em estruturasenterradas e uma grande dis-cussão entre o biocombustívelproduzido no Brasil e nosEUA. "O número de trabalhosorais apresentados ficou emtorno de 150, e isto mostraque a periodicidade de um anodos nossos congressos estáadequada para a sua realiza-ção. Neste evento, tambémpassamos a dar importância àsmesas-redondas que focaramassuntos de grande interesse.Podemos dizer que mais umavez tivemos no evento a pre-sença de quase todos os espe-cialistas do setor de corrosãodo Brasil e de outros tambémde renome internacional", res-saltou.

Gutemberg frisou ainda afeliz coincidência dos autoresdo trabalho vencedor do Prê-mio Vicente Gentil terem sidopróximos ao professor Gentil.“Além desse reconhecimento,também foram premiados omelhor trabalho apresentadoem forma de pôster e as trêsmelhores fotografias técnicas”(veja no box da página 16 os

vencedores).Finalizando, Neusvaldo Lira de Almeira informou que o

evento contou com aportes financeiros de várias empresas patro-cinadoras e de órgãos governamentais e estaduais, como oCNPq, a Fapesp, a UFPE e a Fundação de Apoio à Pesquisa dePernambuco. "Estamos muito satisfeitos, não só com o aporterecebido, mas também pela demonstração de confiança dasempresas brasileiras na ABRACO pelas atividades de grandeimportância para o desenvolvimento tecnológico do país", disse.

De acordo com o comitê executivo, o próximo congresso daABRACO será realizado em 2009, em Salvador, na Bahia, juntocom a 10a COTEQ. "É um evento conjunto ABRACO-ABENDE-IBP. Em 2010, pretendemos fazer uma nova edição do INTER-CORR, porém não temos ainda a definição do local. Temos, nestesúltimos anos, mostrado que a corrosão está presente em todos osprocessos produtivos e que para o seu controle é necessário conhe-cer e estudar não só todas as medidas preventivas como tambématuar no processo de produção, mostrando a importância de uma a-ção abrangente em todos os segmentos industriais que lidam com acorrosão. Difundir todas as formas de conhecimento é fundamentalpara o desenvolvimento tecnológico nesse campo. É assim que esta-mos crescendo e queremos que esta seja a forma que irá orientar ospróximos CONBRASCORR", comentou Pimenta.

Gutemberg de Souza Pimenta e Neusvaldo Lira de Almeidaaproveitaram para parabenizar toda a equipe que participou doINTERCORR 2008 e para agradecer aos colaboradores doLaboratório de Corrosão e Proteção do IPT, pelo apoio que deramao evento. "Tudo foi discutido e planejado e os resultados estãosendo demonstrados pelos números que alcançamos e pelos elogiosque temos recebido. Para o Comitê Executivo do evento podemosdispensar os elogios, pois realmente é composto de uma equipe res-peitada e tem como grande meta a congregação entre os institutosde pesquisas, universidades brasileiras e empresas que prestam ser-viços e desenvolvem técnicas e produtos para o controle da corro-são". Mais informações em www.abraco.org.br.

Intercorr21b 1/1/04 12:43 AM Page 6

Page 18: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

PubliEditorial Anion MacDermid

A empresa espera disponibilizar para o mercado brasileiro fluidos hidráulicos,

com características anticorrosivas, os quais serão utilizados em operações subaquáticas

já no início do segundo semestre.

Anion MacDermid inicia produção defluidos offshore no Brasil

necessidades futuras. Estou con-fiante que temos a capacidadepara satisfazer essas necessida-des, agora e no futuro. A Mac-Dermid Offshore Solutionsfornece produtos e serviços paraa indústria petrolífera offshoreem todo o mundo. O nossomercado, líder nas linhas Erifone Oceanic, consiste em produ-tos à base de água que são utili-zados para controle de válvulasnos sistemas de produção e deperfuração offshore”.

Airi Zanini, diretor geral daAnion MacDermid disse quepara essa operação foram investi-dos cerca de US$ 2 milhões e re-velou que o prazo para a adequa-ção da infra-estrutura e a transfe-rência da tecnologia foram osprincipais desafios. “Já no iníciodo segundo semestre, o mercadobrasileiro terá à sua disposiçãofluidos hidráulicos que serão uti-lizados em operações subaquáti-cas, apresentando também ca-

Anion MacDermidanunciou, em 14 demaio de 2008, através

de um evento especial, o inícioda produção no Brasil dos flui-dos da linha offshore da Mac-Dermid Offshore Solutions. Aempresa trouxe a mesma tecno-logia e qualidade idêntica aosprodutos que são fabricados atu-almente em suas instalações, emPasadena, Estados Unidos e Wi-gan, Inglaterra. “Com a união daAnion ao grupo MacDermid,passamos a produzir no Brasil amaioria dos produtos para a áreade Tratamentos de Superfícies,entretanto os produtos da linhaoffshore, vendidos no Brasil,ainda eram fabricados nas plan-tas da MacDermid nos EstadosUnidos. Como a Anion possuíaparte da infra-estrutura parafabricação dos fluidos no Brasil,a corporação decidiu investir emnossa planta e adequá-la parafabricá-los localmente. A princí-pio, forneceremos para o merca-do brasileiro”, revelou a diretoraoperacional da empresa, Flavia-na V. Zanini Agnelli.

O presidente da MacDermidOffshore Solutions, Mark Hol-linger, afirma que está satisfeitocom a operação que foi estabele-cida no Brasil e destaca o grandetrabalho e a qualidade em enge-nharia nos processos de fabrica-ção que a equipe brasileira vemrealizando. “Nossos parceirostêm nos procurado para estabe-lecer uma presença mais efetivana fabricação dos produtos off-shore e assim satisfazer as suas

racterísticas anti-corrosivas. A-lém deles, esperamos disponibili-zar outros produtos da mesmalinha, podendo destacar os flui-dos para prevenção de blowout eauxiliares para perfurações. Éimportante informar que temoscapacidade instalada para aten-der a demanda atual e a dos pró-ximos três anos, aproximada-mente. Vale ressaltar que atual-mente nossa maior demandanacional será a PETROBRAS.Essa demanda irá variar de acor-do com a evolução das extraçõesfeitas pela PETROBRAS emgrandes profundidades”.

As exigências para a fabrica-ção dos produtos offshore sãomuito restritivas. Por esse moti-vo, a Anion MacDermid im-plantou uma sala limpa para ga-rantir nível mínimo de contami-nação na produção dos fluidos.“Os fluidos são utilizados comoauxiliares para perfurações e emplataformas offshore. Ao longo do

20 C & P • Maio/Junho • 2008

C&P21_Publieditorial 1/1/04 1:53 PM Page 1

Page 19: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

tempo, contaminações de partí-culas podem acarretar em pro-blemas nesses sistemas. O reparosubaquático é muito complexo.Esse conceito de sala limpa visaoferecer condições para a produ-ção de procedimentos de altatecnologia adotados por segmen-tos da indústria avançada. Atual-mente as áreas limpas são ampla-mente difundidas e implantadasem ambientes específicos de in-dústrias. A utilização de salaslimpas no processo produtivotem aumentado significativa-mente nos últimos anos, devidoao compromisso com as certifi-cações e com o comprometi-mento de qualidade assegurada

na produção eenvasamentodo fluido”, co-menta Flavia-na V. Zanini Agnelli.

A Anion foi fundada em1990 para atender ao segmentode tratamentos de superfícies nossetores decorativo e técnico. Naocasião, as instalações ficavamem Barueri - SP, com produçãolocal e oferecendo assistência téc-nica e controle de qualidade emum mesmo laboratório. A partirde 1992, com o crescimento dademanda, criou-se outro labora-tório e firmou-se a parceria pararepresentação dos produtos Can-ning, da Inglaterra. Em 1998 a

Canning foiadquirida pelogrupo Mac-Dermid, e aAnion, então,passou a repre-sentá-lo noBrasil, poden-do, a partir des-ta data, oferecerprodutos comtecnologia maisavançada e pararamos de ativi-dade mais vari-ados. Em 2000a empresa cons-trói uma novafábrica em Jan-dira e passa acontar commais tecnologia

em todos os setores da empresa.Essa nova unidade conta tam-bém com uma moderna estaçãopara tratamento de efluentes,além de um auditório para trei-namentos internos e externos.

Devido ao aumento da com-petitividade da Anion no merca-do brasileiro, a MacDermid ofi-cializou no início de 2007 suaincorporação ao seu grupo mun-dial, com a função de produzirlocalmente toda a sua linha deprocessos. A Anion-MacDermidpassou a atender outras opçõesde mercado e hoje continuatransferindo tecnologia, com oobjetivo de atender plenamenteàs necessidades de seus clientes,para áreas como circuitos im-pressos, soluções industriais, ele-troeletrônica, entre outras. AMacDermid Inc. é líder mundialem produtos químicos de altovalor agregado e prestação de ser-viços técnicos, atendendo osmercados de tratamentos desuperfícies metálicas e plásticas,componentes eletrônicos, explo-ração e produção de petróleo eartes gráficas. Fundada em 1922,a empresa possui mais de 2500colaboradores em instalações dis-tribuídas por mais de 20 países.

Mais informações pelo telefone(11) 4789-8585.

C & P • Maio/Junho • 2008 21

C&P21_Publieditorial 1/1/04 1:53 PM Page 2

Page 20: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

Notícias do Mercado

22 C & P • Maio/Junho • 2008

Próximo de completar 20anos de atividades, a Rust En-

genharia comemora os bonsresultados da empresa, quecontabiliza mais de 800 milm2 de instalação de revesti-mentos anticorrosivos, umdos mais expressivos resulta-

dos do setor no mercado nacio-nal e Mercosul. Sempre alinha-do à missão de ampliar a exce-lência de sua operação, foi cria-da em 1992, a Resinar Ma-teriais Compostos, para produ-zir e formular produtos de altodesempenho para a proteçãocontra a corrosão em equipa-mentos e estruturas industriais.

Inicialmente, a Resinar asse-gurava a qualidade dos produtosusados pela Rust, mas com ocrescimento de sua capacidadede produção, passou a abastecero mercado nacional e internacio-nal. Sua trajetória é marcada porações de sucesso, como o acordode transferência tecnológica fir-mado com a britânica Archco-Rigidon, que desencadeou aindustrialização de revestimen-tos com flocos de vidro, e o acor-

Grupo Rust & Resinar – 100% Brasileiro

Por acreditar no potencial do mercado brasilei-ro e latino-americano, a Bayer pretende investir

cerca de 100 milhões de euros emsuas instalações no Brasil até ofinal de 2009. O anúncio foi feitoem 23 de junho pelo presidentemundial da empresa, WernerWenning, em cerimônia come-morativa aos 50 anos do ParqueIndustrial Bayer, localizado emBelford Roxo, no Rio de Janeiro.“O Brasil é nosso maior mercadona América Latina. Queremosampliar nossa posição nesse mer-cado em crescimento”, afirmouWenning.

Ele informou ainda que parte desse investi-mento será destinada às unidades em Socorro eCancioneiro, no Estado de São Paulo, sendo que40% do total será aplicado em Belford Roxo, on-de são produzidas 45 mil toneladas anuais deMDI, matéria-prima para o poliuretano, e usadano segmento de defensivos agrícolas. De acordo

Bayer comemora 50 anos e planejanovos investimentos no Brasil

com o Wenning, o investimento da Bayer vai acar-retar em outros 55 milhões de euros investidos pe-las empresas parceiras que atuam no Parque In-dustrial, gerando 800 novos empregos na região.

No evento, estavam clientes, parceiros e autori-dades, com destaque para o presidente Luiz InácioLula da Silva, o governador do Estado do Rio deJaneiro, Sérgio Cabral, os ministros da Saúde, JoséGomes Temporão, e do Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.

HistóriaA Bayer está no Brasil desde 1896, ano em

que foi fundada a primeira representante dosprodutos da empresa no País. Pouco tempodepois, em 1911, a primeira firma de represen-tação comercial própria da Bayer foi criada, pas-sando a responder por toda a distribuição dosprodutos no mercado brasileiro. Em 1958, o ex-presidente Juscelino Kubitschek e o ex-presiden-te da Bayer, Prof. Ulrich Haberland, inaugura-ram o Parque Industrial de Belford Roxo, a pri-meira instalação de produção da Bayer no Brasil.

do para representar e distribuirno Brasil os produtos da norte-americana Sauereisen, com oposterior acordo para a nacio-nalização de revestimentos comfibras de vidro aplicados porAir-Less-Spray.

A sinergia gerada pela a-tuação independente da Ruste Resinar, que propicia o de-senvolvimento de soluções sobmedida para os clientes, é umdos pontos de sustentação pa-ra o contínuo desenvolvimen-to das empresas, que se apre-sentam hoje como GrupoRust & Resinar, de capitaltotalmente nacional, com sedeem Diadema (SP).

Mais informações:www.rust.com.brwww.resinar.com.br

WernerWenning,presidente

mundial daBayer

Aplicação derevestimentoqualificado

conformenorma

N1201 daPETROBRAS

Mercado21 1/1/04 1:54 PM Page 1

Page 21: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

Artigos Técnicos

C & P • Maio/Junho • 2008 23

Fosfatização de Metais FerrososParte 13 – Os estágios de um

processo de fosfatização

de fabricação;• limpeza (limpeza mecâni-

ca, desengraxamento e/oudecapagem): consiste emretirar da superfície a serfosfatizada quaisquer resí-duos que possam interferirna qualidade da camadafosfatizada;

• condicionamento ou refi-namento de grão: consisteem um tratamento para pro-mover refinamento de grão;

• fosfatização: consiste no es-tágio de formação da cama-da fosfatizada. Não existemparâmetros fixos para esteestágio, visto que se tem dis-ponível no mercado umaquantidade muito grandede formulações, cada qualcom as suas condições deoperação específicas. Comoregra geral, deve-se seguirrigorosamente todas as ins-truções do fornecedor dobanho, atentando-se aosvalores de temperatura dobanho, tempo de fosfatiza-ção e a composição;

• pós-tratamento de selagemou passivação: consiste naimersão da peça fosfatizadaem solução aquosa dealgum composto inorgâni-co, dentre os quais se citam:compostos de cromo hexaou trivalente, silicatos, fos-fatos, boratos, nitritos, mo-libdatos, cloreto estanoso.Aplica-se quando a camadafosfatizada destina-se a ofe-recer resistência à corrosão,portanto quando a mesmafor utilizada com óleos, gra-xas, ceras, tintas e vernizes;

• pós-tratamento para con-formação: consiste na apli-cação de algum produtopara auxiliar nas operaçõesde conformação, tais comosabão, bórax;

• lavagem com água deioni-zada: usado para a retiradade qualquer resíduo de pro-duto químico que possainterferir no desempenhode tintas aplicadas sobrecamadas fosfatizadas;

• secagem: consiste em secara peça fosfatizada em estufaou ventilação forçada;

• desidrogenação: consisteem tratamento térmico paraeliminação do hidrogênioabsorvido durante o proces-so de fosfatização;

• tratamento suplementar:consiste na aplicação de al-gum produto para conferiruma propriedade específi-ca, tais como: resistência àcorrosão, lubrificação, sela-gem. Nesta categoria estãoincluídos: óleos, graxas, ce-ras, tintas e vernizes.

Os estágios anteriores à fos-fatização, propriamente dita,têm por objetivo limpar a super-fície do substrato sobre o qualserá aplicada camada fosfatiza-da. A presença de qualquer resí-duo de óleo ou graxa ou ainda apresença de qualquer partículacomo poeira ou produtos decorrosão pode interferir demaneira significativa na quali-dade da camada fosfatizada. Osestágios posteriores à fosfatiza-ção têm por objetivo conferiralguma propriedade adicional àscamadas fosfatizadas.

Neste artigo serão discutidos os estágios envolvidos em um processo de fosfatização, bem como os

cuidados necessários para a execução de cada etapa.

Por Célia A. L.

dos Santos

Por Zehbour

Panossian

ara a obtenção de qual-quer camada de fosfato éincontestável a necessida-

de de um substrato com a super-fície perfeitamente limpa, livre dequaisquer impurezas como óxi-dos, óleos, graxas ou partículassólidas. Materiais estranhos pre-sentes na superfície do substratopodem agir como barreira e ini-bir a formação dos cristais de fos-fato ou podem servir como locaispreferenciais para nucleação ecrescimento dos cristais de fosfa-to. Nos dois casos, as camadas ob-tidas serão não-uniformes e apre-sentarão mau desempenho (Met-als Handbook, 1987, p.439).

Assim, as superfícies metálicassão submetidas a um pré-trata-mento de limpeza antes da fosfa-tização. No entanto, deve-seescolher criteriosamente o tipo depré-tratamento para uma deter-minada aplicação, pois as caracte-rísticas de uma camada de fosfatodependem fortemente de como asuperfície do item em processode fosfatização foi preparada.

Uma vez fosfatizada, as super-fícies metálicas devem ser subme-tidas a um pós-tratamento. Exis-tem várias opções de pós-trata-mento e a escolha de um ou deoutro vai depender fundamental-mente do uso final do produtoprocessado.

A seqüência mais completade um tratamento de fosfatiza-ção consiste basicamente dos se-guintes estágios:

• alívio de tensões: consisteem um tratamento térmi-co destinado a aliviar astensões de tração residuaisprovenientes do processo

Zehbour21 1/1/04 12:47 AM Page 1

Page 22: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

Entre os diferentes estágios, éfeita lavagem com água com oobjetivo de retirar da superfíciedo metal resíduos da soluçãoanterior e evitar a contaminaçãoda solução subseqüente. As lava-gens devem ser feitas com cuida-dos intensificados se no item, emprocesso de fosfatização, existi-rem frestas, pois estas são locaisde difícil limpeza.

É importante ressaltar que apassagem de um estágio paraoutro deve ser feita rapidamente,de modo a evitar a secagem dasuperfície dos itens em processode fosfatização (BS 3189, 1973).Se isto ocorrer, resíduos de umdeterminado estágio podem ficarincrustados e não serem removi-dos em lavagens posteriores.Caso ocorra algum tipo de pro-blema, por exemplo, queda deenergia, recomenda-se o retornono estágio inicial do processo.Isto é especialmente importantepara os processos de fosfatizaçãodestinados à obtenção de cama-das fosfatizadas para serem usa-das como base de pintura.

Cuidados devem ser toma-dos no sentido de evitar a conta-minação da superfície dos itensem processo de fosfatização, porexemplo, deve-se evitar:

• manusear os itens, entre osdiferentes estágios, semproteção com luvas;

• contaminar a superfíciecom respingos de qualquersubstância química;

• a deposição de materialparticulado de qualquernatureza.

Camadas fosfatizadas não de-vem permanecer sem o trata-mento suplementar, pois nãopossuem resistência à corrosãointrínseca. Camadas finas, infe-riores a 5 g/m2, podem permane-cer sem tratamento suplementarsomente até 24 h em ambientessecos. Camadas mais espessaspodem suportar até 7 dias tam-bém em ambiente seco. Se arma-zenadas em ambientes úmidos, é

inevitável o aparecimento depontos de corrosão.

Além disso, deve-se evitarmolhar as superfícies dos itens jáfosfatizadas e secas prontas parareceber o tratamento suplemen-tar. Isto porque a presença deágua na superfície da camadafosfatizada sem tratamento su-plementar determinará a corro-são imediata do substrato de açoatravés dos poros da camada fos-fatizada. Neste sentido, é impor-tante salientar que o tempo de-corrido entre a secagem final(após fosfatização) e a aplicaçãodo tratamento suplementar deveser o menor possível. No caso deaplicação de tintas ou vernizes, àsvezes pode ser necessário umintervalo de tempo maior. Casoisto seja necessário, o local dearmazenamento deve ser limpo eseco. O tratamento de passiva-ção, nestes casos, pode evitar acorrosão prematura, porém, acondição de armazenamento e aredução do tempo de esperadevem ser priorizados. Em últi-mo caso, pode-se utilizar umprotetivo temporário compatívelcom a tinta ou verniz a ser utili-zado (BS 3189, 1973).

Dependendo do tipo e do es-tado da superfície do metal a serfosfatizado, nos estágios que ante-cedem a fosfatização, pode-se:

• utilizar soluções de diferen-tes formulações e agressivi-dade;

• omitir algum estágio, co-mo, por exemplo, a deca-pagem quando se quer tra-tar substratos que não apre-sentam nenhum tipo deoxidação;

• combinar estágios, como alimpeza com ativação oulimpeza com a fosfatização(somente nos casos de ba-nhos a base de fosfato demetais alcalinos ou deamônio);

• omitir o condicionamen-to, quando por exemplo,as etapas de desengraxa-

mento e de decapagem sãofeitas com soluções poucoagressivas.

Dependendo da finalidadeda camada fosfatizada (pintura,proteção contra corrosão, con-formação mecânica ou resistên-cia à abrasão) os estágios poste-riores à fosfatização podem so-frer variações. Por exemplo, po-de-se dispensar a passivação noscasos em que o produto fosfati-zado se destina à resistência àabrasão ou à conformação. Emoutras situações pode-se dispen-sar a secagem, como no caso doproduto utilizado no tratamentosuplementar for solúvel em água.

Deve-se citar ainda que exis-tem processos com númeromuito reduzido de estágios. Osbanhos a base de fosfato demetais alcalinos podem operarcom 3 a 6 estágios. Já os banhosa base de fosfato de zinco podemoperar com até 12 estágios.

Existem também os proces-sos de fosfatização orgânica quesão aplicados em um único está-gio: a própria solução de fosfati-zação limpa, fosfatiza e sela(guidetti & vercesi, 1997).

O fluxograma apresentadona figura 1 esquematiza os possí-veis estágios de um processo defosfatização.

A execução cuidadosa de to-dos os estágios envolvidos noprocesso de fosfatização garantea obtenção de camadas fosfatiza-das de boa qualidade, porém,um cuidado específico deve sertomado, trata-se da água empre-gada no preparo das soluções edurante as etapas de lavagem.

Na próxima edição, o temaqualidade da água empregadaem um processo de fosfatizaçãoserá abordado e discutido.

Referências bibliográficasBS 3189 : 1973: Specification for phos-

phate treatment of iron and steel.London: British StandardsInstitution, 1973, 10p.BS 3189,1973.

24 C & P • Maio/Junho • 2008

Zehbour21 1/1/04 12:47 AM Page 2

Page 23: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

GUIDETTI, Gianluigi; VERCESI,Gilberto. 1997. Tecnologia parapreparação de superfícies metálicasantes da pintura. In: INTERFI-NISH LATINO AMERICANO,EBRATS 97, 1997. São Paulo.Proceedings… São Paulo : ABTS,1997 (Fosfatização orgânica, a fos-fatização do 3º milênio) (CD).

METALS handbook. 1987. 9 ed.Metals Park : ASM, 17v. v.5 : sur-face cleaning, finishing and coating.p.439.

Contato com as autoras:[email protected] / [email protected]: (11) 3767-4036

Zehbour PanossianInstituto de Pesquisas Tecnológicas de SãoPaulo – IPT. Laboratório de Corrosão eProteção – LCP. Doutora em Ciências(Fisico-Química) pela USP.Responsável pelo LCP.Célia A. L. dos SantosInstituto de Pesquisas Tecnológicas de SãoPaulo – IPT. Laboratório de Corrosão eProteção – LCP. Doutora em Química(Fisico-Química) pela USP.Pesquisadora do LCP.

Figura 1. Estágios do processo de fosfatização

produto acabado pode receber o tratamento suplementar desejado (óleos,graxas, óleos desaguantes, tintas, vernizes, lubrificante e outros.

desidrogenização

secagem

lavagem com águadeionizada

pós-tratamento

lavagem

fosfatização

ativação

lavagem com água

decapagem ácida

lavagem com água

desengraxe alcalinodesengraxe comsolvente orgânico

limpeza mecânica

desengraxe com solventeorgânico

alívio de tensões

produto a ser fosfatizado

Zehbour21 1/1/04 12:47 AM Page 3

Page 24: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

26 C & P • Maio/Junho • 2008

Proteção Catódica para SuperfícieInterna de Tubulaçõesde Água de Formação

IntroduçãoA exemplo de outros termi-

nais da PETROBRAS, o Ter-minal Aquaviário de Angra dosReis – TEBIG, nos últimos 10anos, passou a receber petróleocontendo grande volume deágua de formação. Esta água éoriunda de jazidas de petróleoem quantidades variáveis, emfunção das características de cadapoço ou bacia. Quando nãoremovida nas regiões de produ-ção, é transferida aos terminais,decantada e drenada dos tan-ques. Na figura 1 está apresenta-da a área atual de tancagem depetróleo.

Após drenagem, a água deformação será transferida paratanques apropriados através detubulações especialmente cons-truídas para esta finalidade. Pos-teriormente, será processada emuma Estação de Tratamento deEfluentes para o seu descarte nomar em atendimento as leis am-bientais ou, como alternativa,para a sua reinjeção em poços depetróleo.

Normalmente, a água de for-mação é o efluente mais expressi-vo e de maior concentração decontaminantes, sendo muitocorrosiva ao aço carbono. Tubu-lações metálicas que transportampetróleo têm sido substituídasdevido à ocorrência de processoscorrosivos localizados decorren-tes da presença de água de for-mação (vide Figura 2).

O aumento expressivo do seuvolume tem levado à construçãode tubulações transportandounicamente água de formação, oque é novidade nas unidades da

PETROBRAS. De acordo como projeto conceitual, foi definidaa utilização de tubulações metáli-cas. Desta forma, foi consideradoum sistema anticorrosivo consti-tuído por revestimento internoem pintura epóxi associado aoemprego de proteção catódicagalvânica com a utilização decontinodos de liga de alumínio(vide Figura 3).

Tal sistema deve ser capaz deproteger integralmente a super-fície interna, incluindo as re-giões de solda circunferencialdas juntas de campo. Estas re-giões podem não ser revestidase a proteção deve ser conferidasomente pelos anodos galvâni-cos sendo, desta forma, necessá-rio determinar o alcance daproteção catódica considerandoas dimensões dos tubos e ascondições operacionais.

Visando determinar o alcan-ce da proteção catódica internapelos continodos, foram realiza-das simulações numéricas eforam definidos ensaios a seremrealizados em campo, que seencontram atualmente em fasede montagem.

A técnica computacional im-

A água de formação é um meio de alta corrosividade, sendo necessário garantir a proteção internade tubulações. Análises experimentais e numéricas são aplicadas na busca da proteção adequada.

Terminal Aquaviário deAngra dos Reis – TEBIGrecebe petróleo conten-

do grande volume de água deformação. Esta água é oriundade jazidas de petróleo, em fun-ção das características de cadapoço. Ela é transferida ao termi-nal, decantada e drenada nostanques. Antes do seu descarte,deve ser processada em umaEstação de Tratamento deEfluentes, que assegura proteçãodo meio ambiente. Comoopção, pode ser ainda utilizadana reinjeção em poços de petró-leo. Normalmente, a água deformação é o efluente maisexpressivo e de maior concen-tração de contaminantes, sendomuito corrosiva ao aço carbono.Tubulações de aço têm sidoconstruídas exclusivamente paratransportá-la. Devido à sua cor-rosividade, foi adotado nesteprojeto um sistema anticorrosi-vo constituído por revestimentointerno associado ao empregode proteção catódica utilizando-se anodos de alumínio. Tal siste-ma deve ser capaz de protegerintegralmente a superfície inter-na da tubulação, incluindo asregiões de solda circunferencial.Desta forma, é necessário deter-minar o alcance da proteçãocatódica no interior dos tubos.Neste trabalho são apresentadosos resultados de ensaios experi-mentais e simulações computa-cionais realizadas com o intuitode avaliar a influência das diver-sas variáveis envolvidas e quesuportam o projeto do sistemade proteção catódica para astubulações do TEBIG.

Figura 1 – Área de tancagematual.

Proteção Catódica

Co-autores:

Leandro B. S.

Marques, Wilson

G. Castinheiras Jr.,

João P. K.

Gervásio, Lincoln

C. Vidal, José

Antônio F.

Santiago, José

Claudio F. Telles

Por Simone Louise

D. C. Brasil

Intercorr21h 1/1/04 2:08 PM Page 1

Page 25: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

plementadanesse estudopermite a aná-lise de proble-mas bidimen-sionais, axissi-métricos e tri-dimensionaisque, no casode sistemas de proteção catódi-ca, são matematicamente des-critos pela equação de Laplaceou Poisson. Através desta técni-ca, as distribuições de potencialeletroquímico e de densidade decorrente na interface estrutu-ra/eletrólito são calculadas.

Simulações numéricas desistemas de proteção catódicarepresentam uma alternativaeficiente em comparação commétodos empíricos que são nor-malmente conservativos e, con-sequentemente, anti-econômi-cos, podendo ser empregadasnos seguintes casos:1. determinação do nível de

proteção de cada parte daestrutura ao longo de suavida útil;

2. verificação e modificação doprojeto antes do sistema deproteção ser instalado;

3. verificação da proteção cató-dica em estruturas já em esta-do de utilização, possibilitan-do identificar áreas críticaspara inspeção;

4. aumento da confiabilidadeno sistema de proteção, pos-sibilitando o posicionamen-to de anodos e de eletrodosde referência em locais apro-priados.O Método dos Elementos de

Contorno (MEC) é o métodonumérico que se apresenta comoo de aplicação mais prática naavaliação de sistemas de proteção

catódica [1].Este método ébaseado emequações inte-grais e apresenta vantagens paraeste tipo de aplicação devido àequação integral ser definidaapenas sobre a interface me-tal/eletrólito. Simulações numé-ricas desta natureza, quando aco-pladas à rotina de projeto, possi-bilitam consideráveis aprimora-mentos na definição e escolha(otimização) da configuraçãomais apropriada para os sistemasde proteção catódica.

Neste trabalho foi empregadoum sistema computacional ela-borado pela equipe do Labora-tório do Método dos Elementosde Contorno/Mecânica Compu-tacional (LAMEC) da COPPE/UFRJ [2]. Diversos casos práti-cos foram realizados em traba-lhos prévios, pela mesma equipe[3-6]. Os ensaios experimentaisforam realizados nos laboratóriosda Escola de Química da UFRJ,e consistiram na obtenção de pa-râmetros químicos, físico-quími-cos e eletroquímicos em amos-tras de água de formação.

MetodologiaO trabalho foi dividido em

duas etapas:1. determinação do alcance da

proteção catódica através desimulação computacional,incluindo a realização de

ensaios experimentais em la-boratório;

2. determinação do alcance daproteção catódica por meiode experimentos realizadosem campo. Os ensaios decampo estão em andamentoe foram definidos a partirdos resultados encontrados

na primeiraetapa que,por sua vez,forneceu sub-sídios impor-tantes paraque fosse pos-sível diminuiro número dostestes a seremrealizados.

1a Etapa – Simulaçãocomputacional

O sistema analisado consis-tiu em tubos com 11,7 m e12,3 m de comprimento, pro-tegidos por anodos galvânicosde liga de alumínio. A variaçãodo comprimento ocorre devidoà tolerância de fabricação noprocesso de produção.

Os tubos são revestidos in-ternamente por tinta epóxi lí-quida bicomponente. Cada tu-bo apresenta em suas extremi-dades uma região de 3cm semrevestimento, devido à realiza-ção da solda circunferencial.Foram admitidos três valores deeficiência do revestimento in-terno (70%, 90% e 99%) e apossibilidade de revestimentoda região de conexão.

Os dois tipos de continodosde ligas de alumínio considera-dos são apresentados nas Figuras4 e 5: tipo ACS 3,1/m e tipoAES-0,9. Os primeiros apresen-tam 1,5” de diâmetro e 11,2 mde extensão, sendo dispostosparalelamente na geratriz infe-rior do tubo, com afastamentode 50 mm entre eles, ou diame-tralmente opostos, sendo centra-lizados ao londo do comprimen-to. Os anodos AES-0,9 foram

Figura 2 –Processoscorrosivos emtubulações depetróleocontendo águade formação.

C & P • Maio/Junho • 2008 27

Intercorr21h 1/1/04 2:08 PM Page 2

Page 26: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

dispostos a 120º entre si a umadistância de 13,5 cm entre aparte ativa do anodo e a extremi-dade do tubo.

Em virtude da variação docomprimento dos tubos, a dis-tância ente as extremidades doanodo e do tubo varia entre 25cm e 55 cm. Em função disso,diversas simulações numéricasforam executadas com o objetivode avaliar o alcance da proteçãocatódica nas diversas situações.

Parâmetros físico-químicos eeletroquímicos foram obtidosexperimentalmente, sendo con-siderados como condições decontorno nas simulações numé-ricas. De acordo com dados ope-racionais, foram admitidas duastemperaturas e diferentes condi-ções de agitação do fluido. Cur-vas de polarização catódica fo-ram obtidas em laboratório, nes-tas condições, visando avaliar ainfluência destes parâmetros napolarização do aço.

Ensaios experimentaispara a simulação

a. Análises química e físico-quí-mica da água de formação

As amostras coletadas tive-ram seus valores de pH e con-dutividade obtidos in situ eposteriormente em laboratório,visando avaliar possíveis varia-ções nas medidas. A tabela 1apresenta os valores medidos,incluindo o pH e a resistivida-de da mistura das cinco amos-tras. Essa mistura foi conside-rada como representativa de

condições mé-dias. A tabela2 apresenta avariação daresistividadeem função datemperaturado meio.

As seguin-tes análisesquímicas foram realizadas namistura das cinco amostrascoletadas em campo: concen-tração de cloreto, dureza total(cálcio e magnésio) e sulfetos,conforme apresentado na ta-bela 3.

b. Medidas eletroquímicasQuando se aplica simulação

numérica a um sistema de prote-ção catódica, a curva de polariza-ção é aplicada como condição decontorno para solução das equa-ções diferenciais consideradas.

Figura 3 –Continodos

em ligade alumínio,

com oespaçador

isolante emdetalhe.

Figura 4 – Instalação no tubo do continodo de liga de alumínioACS 3,1/m.

Figura 5 – Anodo de liga de alumínio tipo AES 0,9.

TABELA 1 - ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS EM CAMPO E EM LABORATÓRIOMEDIDAS FÍSICO-QUÍMICAS EM AMOSTRAS DE ÁGUA DE FORMAÇÃO

Amostra pH pH Resistividade Resistividade Condutividade Condutividadelocal em lab. local (Ω.cm) em lab. (Ω.cm) local (S/cm) em lab. (S/cm)

1 7,22 7,93 17,40 21,33 0,0575 0,04692 7,21 7,87 18,55 22,70 0,0539 0,04413 7,20 7,93 23,80 20,57 0,0420 0,04864 7,19 7,91 17,32 21,40 0,0577 0,04675 7,18 8,03 28,10 20,83 0,0356 0,0480

Mistura - 8,10 - 22,97 - 0,0435

28 C & P • Maio/Junho • 2008

Intercorr21h 1/1/04 2:08 PM Page 3

Page 27: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

ratura, diâmetro e extensão dotubo, totalizando 82 simulações. • Dois continodos na geratriz

inferior (vide fig. 7.a);• Dois continodos diametral-

mente opostos (vide fig. 7.b);• Três anodos tipo AES 0,9 (vide

fig. 7.c);• Três anodos tipo AES 0,9 em

apenas uma extremidade;• Três anodos tipo AES 0,9 e

dois continodos na geratrizinferior;

• Três anodos tipo AES 0,9 e umcontinodo na geratriz inferior.

um mesmo va-lor de potenci-al de proteçãocatódica, é ne-cessária umacorrente maiselevada.

No presen-te trabalho foiobservado umvalor de 100mA/m2, parapotencial mí-nimo de prote-ção de -0,8VAg/AgCl, na tem-peratura ambi-ente e sem agitação. Este valor éainda majorado pelo aumento detemperatura e agitação do eletró-lito, podendo atingir valores daordem de 2 A/m2 para o caso deagitação intensa e 40ºC. Os valo-res obtidos diferem dos observa-dos em água do mar.

Casos analisadosForam analisados um total de

seis casos, descritos abaixo, paraos quais foram consideradas dife-rentes condições de agitação, efi-ciência do revestimento, tempe-

Neste tipo de análise a distribui-ção de potencial é função dacurva de polarização e da condu-tividade do meio. Com isso, éfundamental que a curva seja rea-lizada considerando as condiçõesoperacionais de trabalho.

Desta forma, neste trabalho,as curvas catódicas foram obtidasem diferentes condições de agita-ção e temperatura, conforme afigura 6. Como pode ser visto,em condições de agitação há umaumento na densidade de corren-te, configurando o caso mais crí-tico. Ou seja, para obtenção de

TABELA 4 – TUBULAÇÃO COM DOIS CONTINODOS NA GERATRIZ INFERIOR DO TUBO

1 11,7 25/intensa 70/0 -0,782 152 40/moderada 70/0 -0,834 Total3 90/0 -0,897 Total4 40/intensa 70/0 -0,728 Nula5 90/0 -0,834 Total6 25/sem agitação 70/0 -0,920 Total7 18” 25/intensa 70/0 -0,674 Nula8 40/moderada 70/0 -0,734 109 70/70 -0,758 2010 12,3 90/0 -0,838 Total11 90/90 -0,891 Total12 40/intensa 70/0 -0,665 Nula13 70/70 -0,674 Nula14 90/0 -0,736 2514ª 90/90 -0,824 Total15 12” 12,3 40/moderada 90/0 -0,818 Total16 42” 12,3 40/moderada 90/0 -0,825 Total

Número total de simulações 17

TABELA 2 – INFLUÊNCIA DATEMPERATURA

Temperatura Resistividade(ºC) (Ω.cm)

25 23,440 25,2

TABELA 3 – ANÁLISES QUÍMICASAnálise química da água

de formaçãoCloretos 25250 mg/lDureza 2350 mg/lSulfetos 12,09 mg/l

Figura 6 – Curvas de polarização catódica de aço-carbono em água de formação.

Simulação Diâmetro Comprimento Temperatura Eficiência do Potencial Alcance dado tubo do tubo (m) (ºC)/Condição revestimento (%): crítico proteção (cm):

de agitação tubo/região de (VAg/AgCl) potencial mínimoconexão (3 cm) de 0,8 VAg/AgCl

C & P • Maio/Junho • 2008 29

Intercorr21h 1/1/04 2:08 PM Page 4

Page 28: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

os valores dos potenciais críticosem algumas das situações simu-ladas e o alcance da proteçãocatódica. O potencial crítico cor-responde ao potencial observadona região de conexão entre tubose o alcance é considerado totalquando o valor mínimo de pro-teção catódica de -0,80 VAg/AgCl éobservado nessa região. Noscasos em que a região de conexãonão se encontra protegida, éapresentado o alcance da prote-ção catódica a partir dos conti-nodos. O perfil do potencial notubo varia ao longo do raio, emfunção do posicionamento doscontinodos. Desta forma, oalcance da proteção catódicaindicado nas tabelas correspondeà situação crítica, que correspon-de à região mais distante doscontinodos.

Perfis de potencialOs dados apresentados nas

tabelas foram obtidos a partir degráficos que representam os per-fis de potenciais. Por exemplo,

• comprimento do tubo: 12,3 me 11,7 m;

• eficiência do revestimento:70%, 90%, 99%.

Foram executadas mais de 80simulações. A seguir apresenta-mos parte dos resultados quepermitem estabelecer as condi-ções ideais de proteção catódica.

Resultados das simulaçõesAs tabelas 4 a 7 apresentam

Parâmetros avaliadosVárias combinações foram a-

dotadas nas simulações, de formaa caracterizar a influência de cadaum dos seguintes parâmetros:• uso de revestimento na região

de conexão entre tubos;• três condições de agitação: nu-

la, moderada e intensa;• temperatura: 25ºC e 40ºC;• diâmetro do duto: 12”, 18” e

42”;

TABELA 5 – TUBULAÇÃO COM TRÊS ANODOS TIPO AES-0,9 NA EXTREMIDADE DE CADA TUBO

57 70/0 -0,91958 70/70 -0,94559 12,3 40/moderada 90/0 -0,94760 90/90 -0,99161 99/0 -0,97062 99/99 -1,03463 70/0 -0,91964 70/70 -0,94565 18” 11,7 40/moderada 90/0 -0,94766 90/90 -0,99167 99/0 -0,97068 99/99 -1,03569 70/0 -0,87070 12,3 40/intensa 70/70 -0,90971 90/0 -0,91172 90/90 -0,97473 70/0 -0,91974 11,7 40/intensa 70/70 -0,94575 90/0 -0,94676 90/90 -0,991

Número total de simulações 20

Figura 7 – (a) Representação esquemática dos continodos na geratrizinferior; (b) diametralmente opostos; (c) posicionamento dos anodostipo AES-0,9.

Simulação Diâmetro Comprimento Temperatura Eficiência do Potencialdo tubo do tubo (m) (ºC)/Condição revestimento (%): crítico

de agitação tubo/região de (VAg/AgCl)conexão (3 cm)

30 C & P • Maio/Junho • 2008

Intercorr21h 1/1/04 2:08 PM Page 5

Page 29: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

são apresentados nas figuras 8 a10 alguns destes gráficos que sereferem ao caso do tubo de 18polegadas para as simulações 14,14A e 82 das tabelas do itemResultados das simulações.

2a Etapa – Testes de campoOs testes de campo consis-

tem em reproduzir algumas con-dições de operação simuladas naprimeira etapa, objetivando:

1. comparar os resultados decampo com os da simulaçãocomputacional;

2. obter a eficiência inicial dorevestimento interno (pinturaepoxi-poliamida bicompo-nente). Os testes serão execu-tados para dar continuidade aeste estudo, mantendo-se osmesmos parâmetros adotadosna simulação computacional,como descrito no item Parâ-metros avaliados.Cada tubo deve ser disposto

na posição vertical conformeindicado na figura 11. Umachapa de aço é soldada em suaextremidade inferior e, em segui-da, o tubo e a chapa recebem aaplicação do revestimento inter-no, deixando-se uma faixa anelarde 3 cm de largura sem revesti-mento. Esta faixa simula a área a

de prata/cloreto de prata. Asemicélula, por sua vez, descendona geratriz oposta ao anodo, pos-sibilita a medição do potencialeletroquímico na região demenor proteção.

É importante ressaltar que oanodo deve possuir um sistemade fixação que o isole do tubo e

Figura 8 – Perfil do potencial nasuperfície interna do tubo –simulação 14.

Figura 9 – Perfil do potencial nasuperfície interna do tubo –simulação 14A.

Figura 10 – Perfil do potencial na superfície interna do tubo –simulação 82

ser protegida por cada continodona região da junta soldada. Para aagitação da água de formação,deve ser instalado um agitadormecânico na extremidade supe-rior do tubo. Este equipamentoencontra-se fixado sobre umabase isolante que permite a pas-sagem do anodo e da semicélula

que perrmita sua movimentaçãona vertical para o seu afastamen-to e aproximação da faixa anelar.A corrente de proteção catódicadeve ser medida com um ampe-rímetro pelo cabo que fará ainterligação elétrica entre oanodo e o tubo. A eficiência dorevestimento será obtida a partir

C & P • Maio/Junho • 2008 31

Intercorr21h 1/1/04 2:08 PM Page 6

Page 30: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

• Em caso de possibilidade téc-nica de revestimento das jun-tas de campo (Ef.= 90%), oscontinodos instalados na gera-triz inferior são suficientespara prover a proteção integralda tubulação, mesmo em agi-tação intensa e em 40ºC.

• Caso não haja possibilidadede revestimento durante aconstrução e montagem, po-de-se instalar três anodosAES 0,9 de cada lado da jun-ta soldada objetivando-secomplementar a ação doscontinodos nessa região maiscrítica.

TABELA 6 – TUBULAÇÃO COM TRÊS ANODOS TIPO AES-0,9 EM SOMENTE UMA EXTREMIDADE

77 40/moderada 70/0 -0,82278 18” 12,3 90/0 -0,87279 40/intensa 70/0 -0,75080 90/0 -0,808

Número total de simulações 4

TABELA 7 – TUBULAÇÃO COM TRÊS ANODOS TIPO AES-0,9 E CONTINODOS NA GERATRIZ INFERIOR

81 18”/ 1 12,3 40/moderada 90/0 -0,95582 18”/ 2 90/0 -0,955

Número total de simulações 2

da medição da corrente de pro-teção catódica, da área interna eda densidade de corrente neces-sária a uma dada temperatura.

Os detalhes do projeto paraa fixação do anodo, assim comoda semi-célula e do agitador,fazem parte do projeto específi-co do teste e não estão indica-dos neste trabalho.

ConclusõesO alcance da proteção cató-

dica interna depende dos seguin-tes fatores: temperatura, agitaçãodo fluido, dimensões dos tubos(comprimento e diâmetro) e efi-ciência do revestimento interno(tubo e faixa anelar de solda).

O projeto de proteção cató-dica da superfície interna dastubulações de água de formaçãodo TEBIG foi definido a partirdas simulações realizadas nestetrabalho, considerando osseguintes parâmetros:• Critério de proteção catódica:

potenciais mais negativos(mais catódicos) que -0,80mVAg/AgCl;

• Comprimento máximo doduto: 12,3 m;

• Eficiência média do revesti-mento interno: 90 %;

• Grau de agitação: intensa;• Temp. de operação: 40ºC;

• Vida útil do sistema: 30 anos;• Diâmetro nominal das tubula-

ções: 18”;• Faixa anelar de 3 cm de largura

nas extremidades do tubo: como mesmo revestimento internoda tubulação ou sem revesti-mento após a soldagem;

• Continodos apoiados sobreespaçadores isolantes para nãofletir. A opção de intalação doscontinodos diametralmenteopostos foi descartada devidoao risco de flexão, já que pelomenos um dos anodos nãoestaria apoiado por meio dossuportes isolantes.

De acordocom as consi-derações deprojeto, con-clui-se que:• A faixa ane-

lar de 3 cmde larguranas extremi-dades do tu-bo pode serrevestida ounão após as o l d a g e m ,com o mes-mo revesti-mento inter-no da tubu-lação.

Simulação Diâmetro Comprimento Temperatura Eficiência do Potêncialdo tubo do tubo (m) (ºC)/Condição revestimento (%): crítico

de agitação tubo/região de (VAg/AgCl)conexão (6 cm)

Simulação Diâmetro do Comprimento Temperatura Eficiência do Potencialtubo/ do tubo (m) (ºC)/Condição de revestimento (%): crítico

Número de agitação tubo/região de (VAg/AgCl)continodos conexão (3 cm)

Figura 11 - Esquema básico mostrando o arranjoe a concepção do teste de campo.

32 C & P • Maio/Junho • 2008

Intercorr21h 1/1/04 2:08 PM Page 7

Page 31: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

Brasil, L.R.M.Miranda, J.C.F. TellesCORROSION/99, 25 a 30 de abrilde 1999, San Antonio, Texas.Publicado em Proceedings of theCorrosion/99 - Research TopicalSymposium - Cathodic Protection:Modeling and Experiment, p.153-172.

[5] “Interference Evaluation Between theManifold and the Wet Christmas TreeCathodic Protection Systems”,Simone L.D.C. Brasil, WalmarBaptista, Materials Performance,vol 39, n 5, pp. 28-31, maio 2000

[6] “Assessment of Internal CathodicProtection in Pipelines for SeawaterCollection in Oil Platforms”, WalmarBaptista, Simone L.D.C. Brasil,José Claudio F. Telles, MaterialsPerfomance, abril 2004.

Simone Louise Delarue Cezar BrasilEng. Química pela Escola de Química daUFRJ – M.Sc. e D.Sc. no Programa deEng. Metalúrgica e de Materiais daCOPPE/UFRJ na área de corrosão. –

Referências bibliográficas[1] Mansur,W.J., Telles,J.C.F., Santiago,

J.A.F., Boundary Element Tech-nology VI,Ed. C.A.Brebbia,Computational MechanicsPublications, Betech, 1991.

[2] W.J.Mansur, L.C.Wrobel, J.C.F.Telles, J.P.S.Azevedo, “The PRO-CAT System for Cathodic ProtectionDesign”, Boundary Element Tech-niques, C.A.Brebbia and W.S.Venturini, CML Publications,Southampton, 1987

[3] “Numerical Simulation of a WetChristmas Tree Cathodic ProtectionSystem” J.C.F.Telles, W.J.Mansur,J.A.F.Santiago, S.L.D.C.Brasil,W.Baptista – Symposium onCathodic Protection Systems -181st. Meeting of ElectrochemicalSociety, maio 1992, St.Louis,Missouri, EUA, ExtendedAbstracts, vol. 92-1, p.97-98.

[4] “A Boundary Element Study ofCathodic Protection Systems in HighResistivity Electrolytes”, S.L.D.C.

Professora da Escola de Química/UFRJdesde 1997. – Atuação em linhas de pes-quisa relacionadas ao estudo da corrosão esistemas de proteção.Contato: [email protected]

Co-autoresLeandro B.S. MarquesTécnico em Mecânica – PETROBRAS [email protected] G. Castinheiras JúniorEngenheiro Eletricista – [email protected]ão P. K. Gervásio, Engenheiro Eletricista – [email protected] C. VidalTécnico Insp. Equip. e Instalações Sênior –PETROBRAS (cedido à TRANSPETRO)[email protected]é Antônio F. SantiagoD.Sc., COPPE/[email protected]é Claudio F.TellesPh.D., COPPE/[email protected]

Atende normaPetrobras N-1201

RevestimentoTipo III

26 C & P • Maio/Junho • 2008

Intercorr21h 1/1/04 2:08 PM Page 8

Page 32: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

Opinião

m primeiro lugar: omelhor indicador de su-cesso da sua comunicação

é a resposta obtida. Se você nãotem o retorno desejado, mudeconteúdo, formato ou meio decomunicação. A responsabilida-de do sucesso na comunicação édo emissor. Normalmente osgrandes comunicadores são flexí-veis e perceptivos sobre as neces-sidades das outras pessoas.

2. A direção e alta gerênciadevem liderar o processo de revi-são dos processos de comunica-ção para identificar ruídos, blo-queios e distorções. O exemplodos executivos geralmente é se-guido por toda a organização.Melhorar a comunicação nor-malmente demanda tempo, per-sistência e disciplina e traz enor-mes ganhos de produtividade emotivação. E isso só é possívelquando o exemplo vem de cima.

3. Identifique os vícios de lin-guagem, palavras a ser evitadas efaça uma campanha de conscien-tização para toda a equipe. Obom humor ajuda neste proces-so. Foque no problema e não emquem tem o problema. Valorize amelhoria da capacidade de co-municação oral e escrita. Invistaem palestras e cursos na empresae coloque a expressão verbal co-mo item de avaliação profissional.

4. Grande parte dos ruídos ebloqueios na comunicação nãoestá no verbal (palavras) e sim nonão-verbal (tom de voz, gestos,

André Tadeu

Dez dicas para a melhoriada comunicação no seu trabalho

A comunicação é uma competência que pode ser desenvolvida. As ferramentas necessárias

para otimizá-la são simples, intuitivas e estão à disposição de todos

André TadeuConsultor de Empresas nas áreas de Recursos Humanos e VendasCentral Paulista de Produções e Cursos Livresemail: [email protected]

posturas corporais). Muitas vezes o problema não é o que se fala, mascomo se fala. Para eliminar problemas que não são sequer nomeados ouconscientes, é necessário criar um código interno de comunicação, umacartilha de práticas e valores cotidianos que facilite a comunicação.

5. Valorize todos os canais de percepção para as mensagens impor-tantes: imagens, gráficos, cores para os visuais; conversa para os audi-tivos e demonstração prática para sinestésicos (que percebem peloolfato, tato e paladar).

6. Construir a sintonia no processo de comunicação requer pres-tar atenção e se comunicar de maneira harmônica com o outro. Sevocê for flexível e deixar o outro confortável, seu poder de persuasãoserá maior. O grande comunicador é um bom ouvinte, observador efundamentalmente empático – percebe o que não foi dito, mas estápresente na linguagem não verbal.

7. Identifique as pessoas com quem você tem mais dificuldades dese comunicar, assim como situações nas quais sua comunicação é ine-ficaz e monte seu plano de gestão de relacionamentos. O importanteé você assumir a iniciativa para resolver o problema. E ter a coragemde mudar a sua atitude diante do problema.

8. Um profissional bem sucedido negocia no ganha-ganha, rara-mente no ganha-perde (eu estou certo e você, errado) ou perde-ganha(você está certo e eu, errado). Lembre-se que o perde-perde (dane-se!)é para amadores! Ganha-ganha requer buscar boas soluções para to-dos. Embora algumas vezes difícil e trabalhosa, a solução ganha-ganharesguarda as relações para o futuro. E relações duradoras com clientese parceiros é um capital importantíssimo para qualquer profissional.

9. Reuniões e apresentações eficazes normalmente são objetivas,baseadas em informação confiável e numa linguagem acessível aopúblico. Portanto, coloque-se no lugar de seus interlocutores e pensena melhor estratégia e conteúdo. Se você tem dúvida, discuta comalguém ou pergunte aos receptores.

10. Incentive a cultura do feedback na sua empresa e departamen-to: ofereça e receba feedback cotidianamente. Isso normalmente trazimpacto positivo em todos os indicadores da organização. E quandose estabelece como hábito, ele se torna automático e reduz muito aquantidade de conflitos e mal entendidos na empresa.

34 C & P • Maio/Junho • 2008

Opinião21 1/1/04 2:10 PM Page 1

Page 33: Capa21 - ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão · Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Redação e Publicidade Aporte Editorial Ltda. Rua Emboaçava, 93 São Paulo - SP

ACQUABLAST TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES LTDA.www.acquablast.com.br

ADVANCE TINTAS E VERNIZES LTDA.www.advancetintas.com.br

AKZO NOBEL LTDA - DIVISÃO COATINGSwww.international-pc.com/pc/

ALCLARE REVEST. E PINTURAS LTDA.www.alclare.com.br

ASEL-TECH TECNOLOGIA LTDA.www.asel-tech.com.br

BLASTING PINTURA INDUSTRIAL LTDA.www.blastingpintura.com.br

BUCKMAN LABORATÓRIOS LTDA.www.buckman.com

CEPEL - CENTRO PESQ. ENERGIA ELÉTRICAwww.cepel.br

CIA. METROPOLITANO S. PAULO - METRÔwww.metro.sp.gov.br

CIKEL LOGISTICA E SERVIÇOS LTDA.www.cikel.com.br

COMÉRCIO E INDÚSTRIA REFIATE LTDA.www.vpci.com.br

CONFAB TUBOS S/Awww.confab.com.br

CORROCOAT SERVIÇOS LTDA.www.corrocoat.com.br

CYRBE DO BRASIL IND. QUÍMICA LTDA.www.cyrbe.com.br

DECORPRINT IND. E COM. LTDA.www.orvic.com.br

DEPRAN MANUTENÇÃO INDUSTRIAL LTDA.www.depran.com.br

DETEN QUÍMICA S/Awww.deten.com.br

DUAL-TECH DO BRASIL TECNOLOGIA [email protected]

DUROTEC INDUSTRIAL LTDA.www.durotec.com.br

DUTOS QUÍMICA LTDA.www.dutosquimica.com.br

EBAK EMP. BRAS. DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL [email protected]

ELETRONUCLEAR S/Awww.eletronuclear.gov.br

ENGEDUTO ENG. E REPRESENTAÇÕES LTDA.www.engedutoengenharia.com.br

EQUILAM INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.www.equilam.com.br

FIRST FISCHER CONSTRUÇÕ[email protected]

FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S/Awww.furnas.com.br

GAIATEC COM. E SERV. DE AUTOM. DO BRASIL LTDA.www.gaiatecsistemas.com.br

G P NIQUEL DURO LTDA.www.grupogp.com.br

HENKEL LTDA.www.henkel.com.br

IEC INSTALAÇÕES E ENGª DE CORROSÃO LTDA.www.iecengenharia.com.br

IMPÉRCIA ATACADISTA LTDA.www.impercia.com.br

INTECH ENGENHARIA LTDA.www.intech-engenharia.com.br

KURITA DO BRASIL LTDA.www.kurita.com.br

MAPS ENGENHARIA INDUSTRIAL LTDA.www.mapsei.com.br

MAX PINTURAS E REVESTIMENTOS [email protected]

METAL COATINGS BRASIL IND. E COM. LTDA.www.dacromet.com.br

MORKEN BRA. COM. E SERV. DE DUTOS E INST. LTDA.www.morkenbrasil.com.br

MTT ASELCO AUTOMAÇÃO LTDA.www.aselco.com.br

MULTIALLOY METAIS E LIGAS ESPECIAIS LTDA.www.multialloy.com.br

MUSTANG PLURON QUíMICA LTDA.www.pluron.com.br

NALCO BRASIL LTDA.www.nalco.com.br

NORDESTE PINTURAS E REVESTIMENTOS LTDA.www.nrnordeste.com.br

NOVA COATING TECNOLOGIA, COM. SERV. LTDA.www.novacoating.com.br

OPTEC TECNOLOGIA LTDA.www.optec.com.br

PERFORTEX IND. DE RECOB. DE SUPERF. LTDA.www.perfortex.com.br

PETROBRAS S/A - CENPESwww.petrobras.com.br

PETROBRAS TRANSPORTES S/A - TRANSPETROwww.transpetro.com.br

PPL MANUTENÇÃO E SERVIÇOS LTDA.www.pplmanutencao.com.br

PROMAR TRATAMENTO ANTICORROSIVO LTDA. www.promarpintura.com.br

QUALITY WELDING CONS., CQ, SERV. E TREINAM.www.qualitywelding.com.br

QUÍMICA INDUSTRIAL UNIÃO LTDA.www.tintasjumbo.com.br

Q&B SERVIÇOS LTDA. www.qbservicos.com

RENNER HERMANN S/Awww.rennermm.com.br

REVEX METALIZAÇÃO LTDA.www.revexbrasil.com.br

RUST ENGENHARIA LTDA.www.rust.com.br

SACOR SIDEROTÉCNICA S/Awww.sacor.com.br

SEMOT COM. E SERVIÇOS EM CORROSÃO [email protected]

SHERWIN WILLIAMS DO BRASIL - DIV. SUMARÉwww.sherwinwilliams.com.br

SOCOTHERM BRASIL www.socotherm.com.br

SOFT METAIS LTDA.www.softmetais.com.br

SURTEC DO BRASIL LTDA.www.surtec.com.br

TBG - TRANSP. BRAS. GASODUTO BOLIVIA-BRASIL www.tbg.com.br

TECNOFINK LTDA.www.tecnofink.com

TEC-HIDRO IND. COM. E SERVIÇOS [email protected]

TECNO QUÍMICA S/A.www.reflex.com.br

TRIEX - SISTEMAS, COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA.www.triexsis.com.br

TTS - TEC. TOOL SERV. E SIST. DE AUTOMAÇÃO [email protected]

ULTRAJATO ANTICORROSÃO E PINT. INDUSTRIAISwww.ultrajato.com.br

UNICONTROL INTERNATIONAL LTDA.www.unicontrol.ind.br

VCI BRASIL IND. E COM. DE EMBALAGENS LTDA.www.vcibrasil.com.br

VERTICAL SERVICE CONSTRUÇÕES [email protected]

VOTORANTIM METAIS ZINCO S.A.www.votorantim-metais.com.br

WEG INDÚSTRIAS S/A - QUIMICAwww.weg.com.br

W.O. ANTICORROSÃO E CONSTRUÇÕES LTDA.www.woanticorrosao.com.br

ZERUST PREVENÇÃO DE CORROSÃO LTDA.www.zerust.com.br

Empresas associadas à ABRACO

Associados ABRACO

Associados20 1/1/04 8:01 AM Page 1