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Rua Heronildes José da Silva, 190 - CEP: 88110-624 - Bairro Floresta, São José/SC - Telefones/Fax: 0800.646.1992 / (48) 3346.1992 / (48) 3346.3448 outubro de 2012 - número 9 FILIADO A CUT E A FENTECT é decisiva para fortalecer a luta Impresso Especial 9912292945/2012-DR/SC SINTECT/SC CORREIOS Parcipação dos trabalhadores A direção do SINTECT/SC parabeniza a todos os trabalhadores dos Correios, guerreiros e guerreiras, que estiveram na greve com o sindicato. A luta teve seu desfecho no TST, pois era do inte- resse da direção da ECT repetir a sen- tença do ano passado. Entretanto, o resultado não foi exata- mente aquele esperado pela direção da empresa. Além disso, o posicionamento do representante do MPT, e dos ministros do TST, estabeleceu um clima de descon- forto para a direção dos Correios. O pre- sidente do TST destacou que a ECT paga um dos salários mais baixos de todas as empresas públicas federais. Momento importante se concentrou em relação a discussão sobre o plano de saúde. A mobilização dos trabalhadores foi fundamental para que a situação do plano fosse exposta e discutida. Uma mudança no plano de saúde vi- sava retirar dos pais o direito ao benefí- cio. Agora, uma sentença normativa pre- vê a manutenção do plano de saúde dos trabalhadores em sua condição atual. Por enquanto, a ECT não poderá al- terar [criar mensalidade] o Correios Saú- de. O que não significa que a situação está resolvida. Por isso, é tão importante a participação dos trabalhadores nas as- sembleias e mobilizações organizadas pelo sindicato. O sindicato é necessário para servir como ponto de tensão na relação de tra- balho [direção x trabalhadores], impe- dindo o acomodamento dos patrões. Não existe sindicato sem os trabalhadores. É fundamental que mais do que ser sindica- lizado, o trabalhador seja participativo e atuante na vida sindical. “É da natureza social dos seres hu- manos se agruparem para protestar e rei- vindicar por direitos”, explica o dirigente Hélio Samuel de Medeiros. Os trabalhadores precisam se dar con- ta do verdadeiro valor de sua força de trabalho. Quando isso acontecer, o poder de decisão vai mudar de lado, na mesa de negociação. “(...) um filho teu não foge a luta”.

Cartas na Mesa (Outubro 2012)

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Edição do jornal dos trabalhadores dos Correios do estado de Santa Catarina.

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Page 1: Cartas na Mesa (Outubro 2012)

Rua Heronildes José da Silva, 190 - CEP: 88110-624 - Bairro Floresta, São José/SC - Telefones/Fax: 0800.646.1992 / (48) 3346.1992 / (48) 3346.3448

outubro de 2012 - número 9

FILIADO A CUT E A FENTECT

é decisiva para fortalecer a luta

Impresso Especial

9912292945/2012-DR/SC

SINTECT/SCCORREIOS

Participação dos trabalhadores

A direção do SINTECT/SC parabeniza a todos os trabalhadores dos Correios, guerreiros e guerreiras, que estiveram na greve com o sindicato. A luta teve seu desfecho no TST, pois era do inte-resse da direção da ECT repetir a sen-tença do ano passado.

Entretanto, o resultado não foi exata-mente aquele esperado pela direção da empresa. Além disso, o posicionamento do representante do MPT, e dos ministros do TST, estabeleceu um clima de descon-forto para a direção dos Correios. O pre-sidente do TST destacou que a ECT paga um dos salários mais baixos de todas as empresas públicas federais.

Momento importante se concentrou em relação a discussão sobre o plano de saúde. A mobilização dos trabalhadores foi fundamental para que a situação do plano fosse exposta e discutida.

Uma mudança no plano de saúde vi-sava retirar dos pais o direito ao benefí-cio. Agora, uma sentença normativa pre-vê a manutenção do plano de saúde dos

trabalhadores em sua condição atual.Por enquanto, a ECT não poderá al-

terar [criar mensalidade] o Correios Saú-de. O que não significa que a situação está resolvida. Por isso, é tão importante a participação dos trabalhadores nas as-sembleias e mobilizações organizadas pelo sindicato.

O sindicato é necessário para servir como ponto de tensão na relação de tra-balho [direção x trabalhadores], impe-dindo o acomodamento dos patrões. Não existe sindicato sem os trabalhadores. É fundamental que mais do que ser sindica-lizado, o trabalhador seja participativo e atuante na vida sindical.

“É da natureza social dos seres hu-manos se agruparem para protestar e rei-vindicar por direitos”, explica o dirigente Hélio Samuel de Medeiros.

Os trabalhadores precisam se dar con-ta do verdadeiro valor de sua força de trabalho. Quando isso acontecer, o poder de decisão vai mudar de lado, na mesa de negociação.

“(...) um filho teu não foge a luta”.

Page 2: Cartas na Mesa (Outubro 2012)

Na primeira proposta a empresa ofereceu 3%, na segunda 5,2% e por fim o TST, obrigou a ECT a en-golir 6,5% de reajuste. Se não fosse a mobilização dos trabalhadores, as condições não teriam favorecido o aumento da proposta, mesmo tendo sido bem abaixo das perdas sala-riais acumuladas nos últimos anos.

O próprio presidente do TST, mi-nistro João Oreste Dalazen, fez men-ção aos salários pagos pela empresa, um dos mais baixos entre todas as em-presas públicas federais, lembrando que o piso da categoria é de R$ 942,00 [valor atualizado: R$ 1.003,23].

Para o presidente, a ECT deveria tomar a iniciativa de melhorar as con-dições salariais dos empregados, prin-cipalmente levando em conta a ren-tabilidae de mais de R$ 800 milhões no último ano.“O lucro poderia ser compartilhado com os trabalhadores”, afirmou o presidente do TST.

O discurso do subprocurador ge-

CAMPANHA SALARIAL

Dissídio Coletivo expôe para a sociedade a situaçãoenfrentada pelos trabalhadores dos Correios

ral do Ministério Público do Trabalho Edson Braz também foi no mesmo sentido. Ele disse entender que uma empresa que aufere lucro de R$ 800 milhões por ano, à qual a União ou-torgou rentável atividade de serviço postal, em caráter de monopólio, tem condições de oferecer reajuste salarial de 8% para todos os trabalhadores da ECT.

PORQUE 43% DE REAJUSTE

A categoria sofre perda salarial de 33,7% desde 1994, quando o carteiro recebia cinco salários mínimos, hoje recebe um salário e meio.

A decisão final foi inferior a pri-meira proposta da ministra Maria Cristina Peduzzi e também a segunda feita pela ministra Kátia Arruda.

As propostas das ministras de-monstram que seria possível melho-rar os índices de reajuste, pois é o que indicam os critérios de avaliação

da capacidade financeira da empresa, aferido pelos técnicos, para fazer os cálculos e estabelecer o índice de re-ajuste.

Entre a categoria se discutia a pro-posta e a possibilidade de aceitar, mas antes de qualquer posicionamento, a ECT recusou as duas propostas. “A maioria dos representantes do Coman-do de Negociação em contato com as bases se mostrou simpáticos a propos-ta ressalvando que não poderia aceitar a cláusula alterando o plano de saúde”, contou o dirigente Jacques Bitencourt.

ENTREGAS PELA MANHÃ

A determinação para que a em-presa priorizar as entregas domiciliar no horário matutino é uma conquista dos trabalhadores. Essa reivindica-ção ocorre em razão de problemas de saúde causados pelo calor intenso em grande parte do país.

Joinville: sindicato esteve com os companheiros. Brusque: trabalhadores unidos na luta.

Blumenau: a chuva não impediu a mobilização. Caçador: um dos mais valorosos trabalhadores. São José: Assembleia de deflagraçao da greve.

São Francisco: fortelecendo a luta na região norte.

Page 3: Cartas na Mesa (Outubro 2012)

Dissídio Coletivo expôe para a sociedade a situaçãoenfrentada pelos trabalhadores dos Correios

Ficou determinado que a ECT de-verá realizar projetos pilotos em três localidades, com entrega matutina uma vez por dia, para avaliar a possi-bilidade de alterar o procedimento.

REPOSIÇÃO DIAS PARADOS

A compensação dos dias parados poderá ser realizada nos próximos seis meses. Os dias de descanso semanais remunerados terão de ser respeitados. Portanto, o sindicato informa que está garantido o descanso aos domingos.

PLANO DE SAÚDE

A greve também foi importante para impedir que a ECT fizesse qual-quer alteração no plano de saúde sem propor uma discussão com os traba-lhadores.

De acordo com o TST a assistência médica será mantida e será criada uma

comissão paritária (ECT e Trabalha-dores) para tratar de assuntos referen-tes a alteração no Correios Saúde.

A empresa terá de explicar quais serão as mudanças e a categoria terá o direito de não aceitar. Qualquer altera-ção só em acordo coletivo.

IMPORTÂNCIA DA GREVE

“Companheiros e companheiras a batalha foi dura, mas gratificante, pois lutamos até o fim e conseguimos garantir vários benefícios”, ressalta o dirigente Carlos Roberto de Souza.

Os avanços em alguns itens da nos-sa pauta ficaram para a próxima Cam-panha Salarial. As conquistas serão ainda maiores quando mais trabalha-dores se conscientizarem da importân-cia de participar da vida sindical para reivindicar por seus direitos.

“Da nossa parte, o sindicato, luta-mos com muita garra e disposição. Or-

ganizamos os trabalhadores por todo o estado, realizamos assembleias, cuida-mos do transporte e da alimentação”, destaca o dirigente Gilmar Abati.

Além disso, existem todas as ques-tões políticas que envolvem uma Campanha Salarial. “Estivemos em contato permanente com o Comando de Negociação, principalmente com um dirigente participando como mem-bro do Comando”, relembra o dirigen-te Fernando Alegre..

Os sindicalizados foram perma-nentemente informados, com atualiza-ção diárias no site, envio de boletim eletrônico e mensagens por sms.

As informações também foram ex-ternas ao sindicado, esclarecemos a população sobre quais era os motivos da nossa luta.

“Esperamos em outra oportunidade contar com todos os nossos guerreiros e guerreiras, pois a luta é contra um sistema que busca lucro em detrimen-to do trabalhador”, afirma o dirigente Josiel Reis.

Florianópolis: trabalhadores em frente a agência Praça XV. Criciúma: trabalhadores em luta.

Itajaí: força da unidade é fundamental para a luta.

Nova Trento: demonstração de força e união. Xanxerê: a grande adesão mostrou a força destes trabalhadores. Videira: ecetistas despertam para a importância de participar.

Page 4: Cartas na Mesa (Outubro 2012)

ASSÉDIO MORALSintect/SC vai classificar as unidades a partir das reclamações de assédio moral

No planejamento estratégico dos dirigentes do Sintect/SC, realizado no inicio do ano de 2012, ficou definido como uma das ações a intensificação da luta contra o assédio moral na re-lação de trabalho nas unidades dos Correios em Santa Catarina. Além da distribuição de cartazes por todas as unidades no intuito de encorajar os trabalhadores a denúnciar as situa-ções de assédio moral, os dirigentes do Sintect/SC estão coletando as de-núncias dos trabalhadores e criando uma classificação entre as unidades com maior número de reclamações. O resultado será um ranking estadu-al das unidades onde o trabalhador é mais assédiado.

É importante que todos trabalhado-res estejam engajados com essa bandei-ra de luta sindical denunciando episó-dios de assédio que venham a depreciar o local de trabalho e os trabalhadores

Cartaz: se ainda não tem na sua unidade, ligue para o sindicato e solicite.

Jornal do Sintect/SC Site: www.sintectsc.org.br / Twitter: @sintectsc / Email: [email protected] / Sede - Rua Heronildes José da Silva, 190 - CEP: 88.110-624 - Bairro Floresta, São José/SC Contato por telefones/fax: 0800.646.1992 / (48) 3346.1992 / (48) 3346.3448 - Jornalista: Claudio Lucio Augusto (DRT/SC 2475) Tiragem: 4.000 mil

Sintect/SC concluiu a devolução do imposto sindicalO setor financeiro do Sintect/SC

efetuou os depósitos referentes aos valores do imposto sindical nas con-tas bancárias de todos os trabalha-dores que encaminharam a solicita-ção da devolução, ao sindicato.

Os depósitos foram feitos de acor-do com a agência bancária. Em agosto para os correntista da Caixa Economi-ca e Itaú, em setembro no Banco do Brasil, Bradesco, Santander e outros .

A devolução do imposto aos traba-lhadores é referente ao desconto em fo-lha de pagamento efetuado no mês de março deste ano.

Se você é filiado ao Sintect/SC, en-caminhou cópia da folha de pagamento em que consta o desconto no mês de março e solicitou a devolução mas não obteve o valor creditado em sua conta, entre em contato com o sindicato.

dos Correios, insultos, desmoralizações, perseguições e sentimentos de vingan-ça. Em grande parte dos casos o assédio moral é de difícil constatação, por isso é necessário que cada trabalhador conhe-ça o que é o assédio moral, para pro-

ceder corretamente ao se deparar com a situação.

Anote com detalhes todas as humi-lhações sofridas. A única maneira de combater este crime é dando visibilida-de ao fato.

Cartaz questiona se estão ocorrendo situações de assédio nas unidades.

De acordo com o Secretário de Ad-ministração e Finanças, Gilmar An-tônio Abati, a devolução do imposto sindical é um compromisso da atual gestão da diretoria do Sintect/SC que não concorda com este tipo de des-conto pois o trabalhador sindicalizado

contribui todos os meses com o sindi-cato.

Caso você tenha enviado a cópia da folha até o dia 31/07, e ainda não rece-beu o depósito, favor entrar em conta-to com o departamento financeiro do Sintect/SC.

Gilmar Abati: nas mãos os comprovantes de depósitos da devolução do imposto aos trabalhaores.

Desconto Assistencial: você pode optar em ter o desconto

O desconto assistencial foi aprovado pela categoria em Assembleia realizada no dia 27/09, no valor de 1%, sobre o salário base, descontado na folha de novembro. Para não ter o valor descontado, o trabalhador deve proceder da seguinte maneira: protocolar o pedido pessoalmente no sindicato ou com procuração autenticada em Cartório, ou ain-da por meio de carta registrada com AR. A oposição ao desconto individual será aceita até o dia 12/11, conforme previsto em Acordo Coletivo de Trabalho.