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Cartilha para Educadores Material de Apoio Didático

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Cartilha para Educadores

Material de Apoio Didático

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Introdução

• O objetivo deste material oferecido pelo SESI é dar dicas de divulgação, ilustradas por cases de sucesso da indústria brasileira.

• Empreendedores de destaque usam a criatividade, buscam inovar, antecipar tendências e mostram como souberam juntar a imaginação e a economia.

• São 26 casos de sucesso que apresentam iniciativas originais, sustentáveis, econômicas e lucrativas de empresários brasileiros em diversas regiões do país.

• Os segmentos de negócios variam de moda a transportes passando por cosméticos, alimentação, utilidades, arquitetura e design.

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Allê Design

• A Allê, empresa especializada em transformar design em uso, enxergou a sensibilidade para estreitar a relação entre a infância e o universo artístico. Assim, buscou referência num tradicional brinquedo para criar um desenho industrial: o Gioco.

• Gioco é um cavalinho de metacrilato, bem leve e moderno criado a partir do imaginário infantil. Mas o Gioco não é só um brinquedo para crianças. A Allê também pensou em modelos maiores para adultos. Além de ser um objeto decorativo sofisticado e premiado: a peça venceu concursos de design, entre eles os prêmios do Museu da Casa Brasileira (MCB) e da IDEA Brasil em 2010.

• A empresa também tem a preocupação com o reaproveitamento de matéria-prima para que o índice de desperdício seja nulo. Assim, o que foi dispensado na montagem do cavalo passou a fazer parte de algum outro produto igualmente surpreendente.

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Aperam

• O ferro é um mineral essencial para o ser humano, tanto para o nosso organismo como também para o funcionamento do planeta.

• Pensando nisso, os chineses criaram o alto-forno para tornar esse importante elemento mais leve e maleável. Mas há um preço a ser pago por esse facilitador da vida cotidiana: consumo de carvão mineral e emissão de gases poluentes, principalmente o CO2, o que contribui para o aquecimento global.

• A Aperam, empresa global dedicada ao aço, interrompeu as importações de resíduos do carvão mineral usado na fabricação para enfrentar o desafio da sustentabilidade. Os resíduos foram trocados pelo carvão vegetal produzido pela própria siderúrgica, a partir de florestas particulares renováveis, plantadas com essa finalidade.

• O controle total dos custos e a redução de 50% na liberação de CO2 na atmosfera resultam dessa mudança. Um jeito criativo de trocar o mal necessário pela proteção do meio ambiente.

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Athos Bulcão• Há quem diga que só existe uma única utilidade para as cerâmicas. Mas basta

pesquisar a utilidade em cada canto do mundo que logo percebe-se a disseminação de tal objeto: na China, foi instrumental de combate; no Egito, serviu para o embelezamento dos faraós, como óleos, perfumes e vinho. Nos museus espalhados por todo o mundo, a cerâmica funciona como registro dos hábitos de nossos ancestrais, até mesmo de povos que já não existem.

• E um olhar atento sobre a cronologia da cerâmica leva a entender mais uma característica do material: a relação direta com a beleza e a estética. Prova disso são os famosos azulejos lusitanos.

• Em Brasília, o carioca Athos Bulcão, aprendiz de Cândido Portinari, ajudou Oscar Niemeyer a compor a paisagem futurista que transformou a capital federal em modelo arquitetônico. Para isso, ele usou azulejos. Até hoje, Bulcão é contratado para criar painéis e muros que levam a estética candanga para diversas construções, por intermédio da Fundação Athos Bulcão.

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Cachaça Poesia • Desde 1994, a cachaça é patrimônio da identidade cultural brasileira. A invenção

surgida na senzala do Brasil Colônia é hoje um símbolo do país. Nossos antepassados já eram usuários do etanol, quando ingeriam alimentos com validade vencida, cuja fermentação liberava álcool.

• A dose que tem a cara do Brasil surgiu em 1530, no litoral paulista. O nome vem do espanhol cachaza, espuma do melaço de cana. O produto começava a concorrer com o vinho português.

• Em doses moderadas, a cachaça provoca sensações tão agradáveis que chega a ser fonte de inspiração literária. Não é à toa que uma delas ganhou o nome “Poesia na Serra da Mantiqueira”.

• O escritor Paulo Resende fez um poema e enviou ao fabricante Anselmo Bueno. Em agradecimento, este mandou uma garrafa de Poesia para o poeta. A troca de gentilezas continuou. Paulo escreveu seis contos sobre a cachaça. O regalo ganhou mais páginas e virou parceria: um livro lançado para divulgar a bebida em mais uma manifestação cultural. Nas palavras do autor: “Prepare logo o seu paladar para entrar num universo onde o gole é como um verso: faz sua alma declamar”.

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CBPAK• As embalagens têm funções como guardar, conservar, organizar, transportar. E

hoje, elas não só facilitam a vida prática, como ajudam a preservar a natureza. • Muito antigamente, as embalagens eram feitas de conchas, peles, ossos, argila,

fibras naturais e gesso. Mais adiante descobriu-se as garrafas de vidro surgindo então a comida enlatada. Outra invenção fundamental para a elaboração das embalagens foi o papel, alumínio e plástico.

• E como tudo que evolui com o tempo, as embalagens também entraram na onda da sustentabilidade, com a ajuda de um produto bem brasileiro: a mandioca. O amido tirado da macaxeira é matéria-prima para a fabricação de isopor ecológico.

• Ideia que Cláudio Rocha, da CBPAK, teve há uma década, com a ajuda de estudantes da USP. As embalagens feitas dessa fonte renovável nacional são biodegradáveis. Funciona assim: a mandioca é plantada, tirada da terra, transformada em fécula ou amido usado para fabricar diversos tipos de invólucros que, ao serem descartados, se decompõem naturalmente.

• O exemplo das embalagens de mandioca é uma nova forma brasileira e empreendedora de proteger o mundo e contribuir para o desenvolvimento econômico do país.

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Danubio• Por mais que seja o mesmo produto, o sabor varia bastante. Tal variação depende

do local, da cultura, dos hábitos alimentares, seja puro ou combinado com outras guloseimas. O queijo tem uma produção mundial que rende mais de 18 bilhões de quilos por ano. No Brasil , o consumo médio anual é de três quilos por pessoa.

• Anos atrás, na Suméria, usava-se o limão para transformar o leite em sólido. Os romanos melhoraram a receita e a aparência do alimento. Na Dinamarca, criou-se o queijo prato. O roquefort francês surpreendia pela repugnância do odor. Atualmente, na França são mais de 700 sabores. Também derivado desse laticínio é o fondue, criado pelos suíços.

• O queijo brasileiro surgiu mais tarde. Minas Gerais é um estado conhecido pela relação com o produto. O requeijão é invenção mineira, de Poços de Caldas, e virou mania nacional. Bastou chegar ao Brasil que o queijo incorporou o clima: uniu-se então com uma coleção de embalagens inspiradas na moda.

• A Danubio, fabricante de queijos e derivados lácteos, convidou o estilista Alexandre Herchcovitch para criar estampas para os copos de requeijão. O objetivo da empresa foi usar o conceito de bem-estar associado aos hábitos de comer, vestir e colecionar.

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Decameron Design• Os sofás existem desde o período Neolítico, quando o homem se tornou

sedentário. Entretanto, a mobília que surgiu por razões práticas passou de utilidade doméstica a símbolo de status social. Além de demonstrar o grau de poder aquisitivo, os móveis também indicam se há bom gosto.

• Os sofás fazem parte de todo esse conjunto de elementos capazes de identificar características muito particulares dos donos.

• De origem árabe, com o nome süffah, designava o trono real. Depois, entre os romanos, sob a alcunha de triclinium, era usado com dois fins: a refeição e a siesta. A versão mais parecida com a atual surgiu na época do Renascimento: acolchoado, com apoio para braços e pernas. A partir daí, a diversificação: o divã, o canapé, a namoradeira para acomodar damas de vestidos volumosos.

• A ideia de beleza e arte dos móveis está diretamente ligada à noção de design, que traz a expressão, a identidade e o diferencial. Tal definição é de Marcus Ferreira, fundador da Decameron Design, fabricante de produtos voltados para o mobiliário de residências. O objetivo é sempre unir função, forma e conforto, além das emoções que combinam com o lugar de cada móvel.

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FIAT• No Egito Antigo, o burro era um meio de transporte tão importante que recebia

reverências junto com os faraós. O camelo também era eficaz na função de deslocar pessoas e bagagens na África. Os cavalos, por sua vez, começaram a ser domesticados para esse fim na Ucrânia.

• Aos poucos, animais disputavam lugares com uma invenção humana fundamental na evolução dos transportes. A roda logo passou a ser usada para levar matéria-prima. Associada ao uso de quatro cavalos, compunha um veículo que se chamava quadriga, usado nos campos de batalha dos romanos.

• O primeiro carro movido a gasolina foi obra de Henry Ford, em 1893. Na década seguinte, o empresário iniciou a produção em série de automóveis, e vendeu mais de 15 milhões de unidades do Ford T (ou Ford de Bigode no Brasil).

• A FIAT foi a primeira montadora a entrar no negócio. • O Uno Ecology, movido a álcool, é um modelo atual da FIAT que segue uma linha

de consciência ambiental, até mesmo nos revestimentos. O plástico reforçado com bagaço de cana tomou o lugar da fibra de vidro. O tecido é feito com material de garrafa pet reciclada. Esse automóvel sustentável de construção 100% brasileira é um carro-conceito. Significa que ele é testado em laboratório para que a tecnologia usada seja, em breve, aplicada nas linhas de produção comercial.

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Absolutamente Necessaire• A mochila pode nos acompanhar desde os primeiros passos até as primeiras

viagens. Carrega objetos que ajudam a buscar soluções práticas, conhecimento, experiência, desenvolvimento, emoção. Na vida jovem ou adulta, ela é símbolo de aventura. Em qualquer idade, sinônimo de utilidade.

• Está documentado em pinturas rupestres africanas que esse acessório tão presente no dia-a-dia existe há muito tempo. Na Idade do Ferro, as mulheres já usavam bolsas de couro para transportar alimentos. Na Europa, a história da mochila está ligada à descoberta de uma múmia conhecida como Ötzi. Há mais de cinco mil anos, Ötzi colocava uma bagagem nas costas para levar mantimentos durante as caminhadas nos Alpes.

• A ideia do mochileiro viajante surgiu depois, no século XVIII. A partir da Segunda Guerra Mundial a mochila fazia parte dos equipamentos dos soldados nos fronts.

• Para quem gosta de economizar em viagens, a novidade é um produto “2 em 1”: mochila e rede com mosquiteiro, ideal para acampamento. A Relax Pack pertence à fábrica de bolsas Absolutamente Necessaire e foi ideia do desginer croata Marko Bajovic com André Poppovic, dono da empresa. Prática e econômica.

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Santa Constância• Desde a descoberta, o Brasil encantou forasteiros pela beleza e

originalidade. Ao pisar em solo tupiniquim, Pero Vaz de Caminha se apressou em mandar notícias a Dom Manuel: “Dali avistamos homens que andavam pela praia... Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas”.

• Em busca do fortalecimento de uma identidade nacional, as artes ganharam mais brasilidade: na pintura, o Abaporu de Anita Malfati, na literatura, as peripécias do anti-herói Macunaíma. O modernismo foi inaugurado em 1922 pela Semana de Arte Moderna, sob a influência de movimentos estrangeiros como o cubismo, o expressionismo e o futurismo, mas com um toque regional.

• O tom brasileiro que se destacou nas artes foi transportado para o mundo fashion e tem feito sucesso. A estilista Constanza Pascolato colocou marcas do Brasil no vestuário ao dar um tratamento estético especial e sofisticado à fauna e à flora nacionais, nas coleções da linha Estampa Brasileira, da grife Santa Constância.

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Sibrape Piscinas• Atividade tão antiga quanto os tempos anteriores ao nascimento de Cristo.

Tecnicamente, os termos são crawl, costas, borboleta. O famoso cachorrinho rende deboche, mas evita o afogamento. O espaço para a natação também varia: lago, mar, contra a corrente e em sentidos figurados como nadar em lágrimas.

• E se não há águas naturais, ninguém recusa uma piscina. Os primeiros tanques públicos para natação e banho surgiram na Roma Antiga. Na Grécia, Platão recomendava o nado como prática educativa para os jovens.

• A popularização aconteceu no século XIX. Foi com o nado a peito que o capitão britânico Matthew Webb atravessou o Canal da Mancha pela primeira vez, em 1875. Vinte anos depois, a natação foi oficializada como modalidade esportiva nos Jogos Olímpicos modernos.

• O uso do vinil, mais barato para a construção, possibilitou que ela deixasse de ser um artigo de luxo restrito apenas às classes mais altas. Para melhorar o efeito, um pouco de arte pode enfeitar os mergulhos. A partir da maleabilidade do vinil, que permite diversos formatos, a Sibrape Piscinas buscou ideias nas ondas da cultura pernambucana para fugir das ultrapassadas pastilhas.

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Skol• O carnaval é patrimônio nacional, a festa mais brasileira de todos os tempos. Vestir

a fantasia, levar confetes nos bolsos, esse é o carnaval. • No século XIX, apareceram os blocos e desfiles de rua. O pioneiro da folia foi o

sapateiro português Zé Pereira, que saiu a tocar bumbo pelas ruas do Rio de Janeiro. Para completar, um adorno musical especial: a marcha. A compositora Chiquinha Gonzaga inaugurou a tradição em 1899, com a famosa Ó abre alas.

• Nos anos 30, um bloco de rua começou a ensaiar na porta de um colégio do bairro Estácio de Sá, uma das primeiras escolas de samba cariocas.

• No mesmo ano, em Olinda, os bonecões de três metros de altura ganharam as ladeiras definitivamente. No Recife, o Galo da Madrugada dá partida às cinco da manhã com a dança típica cheia de malabarismos e melodia ritmada: o frevo.

• Ainda no Nordeste, a ideia dos baianos Dodô e Osmar para agitar os foliões foi subir em um Ford com o som bem alto, seguidos pelos pedestres festeiros. Com a entrada de mais um amigo no comando da farra, nascia o trio elétrico.

• Para acompanhar o grito de carnaval, a cerveja também ganhou fantasia, com as embalagens comemorativas. Numa iniciativa da Skol, figuras como o Galo da Madrugada, o Boneco de Olinda e Dodô e Osmar estampam as latinhas, matam a sede dos foliões e alegram as prateleiras dos colecionadores.

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Suvinil

• As tintas revelam muito sobre o lugar e os hábitos de quem passa ou fica por ali. Desde as cavernas até os dias de hoje, essa prática tem a ver com a necessidade do homem de se expressar.

• A tinta chegou antes da palavra, feita com corantes naturais. Durante a pré-história, desenhos rupestres nas pedras das grutas documentaram narrativas e hábitos do homem daquela época.

• Na Igreja, o costume da pintura como manifestação cultural invadiu paredes e tetos dos templos. Michelangelo ficou encarregado da Capela Sistina, e usou pincel e tinta para ilustrar o Velho Testamento.

• Nos anos 70 grafiteiros de Nova Iorque picharam prédios com latas de spray, ao som de hip hop. O grafite começou como forma de protesto, mas acabou ganhando status de arte. Conquistou galerias, exposições e até fabricantes de tinta. A Suvinil convidou o grafiteiro Ruy Amaral para criar embalagens estilizadas para os sprays multiuso da marca.

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Usiminas• A motivação de partir em busca do desconhecido levou o homem a descobrir os

sete mares. Navegar foi importante para saber o que havia do outro lado. Ainda hoje o transporte marítimo é essencial ao turismo, aos negócios e à economia.

• O passeio pelo mar começou há mais de dez mil anos a.C., com a balsa. Depois construiu-se a canoa. Em seguida, o barco a vela, que evoluiu para os navios.

• No século XV, os portugueses construíram as caravelas e rumaram com medo apenas da fome, da sede e das doenças. Em um erro de percurso rumo às Índias acabaram os levando às Américas. Assim, Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil.

• Entretanto, também houve tragédias memoráveis, como a do Titanic, • A Usiminas acompanhou a trajetória da busca por segurança na indústria naval e

importou do Japão a tecnologia de resfriamento acelerado de chapas grossas. A partir desse método, foi possível fabricar um aço chamado Sincron, ao mesmo tempo resistente e soldável, características que dificilmente estão juntas nesse tipo de produto. Com essa vantagem, o material é ideal para o transporte de cargas como petróleo e minério de ferro, bem como para a construção de plataformas de extração petrolífera. Agora, usadas no país com forte participação da siderurgia nacional.

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Verde Campo• O leite é um alimento universal que pode ser retirado de diversas fontes, passando

por animais como a vaca, a cabra, o búfalo e o camelo, até origens vegetais, como a soja. Um dos derivados mais saudáveis e cheio de curiosidades é o iogurte.

• O iogurte surgiu por acaso, numa travessia nômade pelo deserto da Turquia. As reações químicas alteraram a textura e o sabor do leite, mas a gordura, os sais minerais e as vitaminas foram preservados.

• O biólogo russo Elie Metchnikoff pesquisou e concluiu que a vida longa estava associada ao consumo do iogurte que, por esse motivo, acabou se espalhando pelo ocidente.

• Com tantas propriedades importantes, o iogurte foi industrializado. Em 1933, ganhou sabor de frutas. Chegou ao Brasil nos anos 1970, mas os intolerantes a lactose ficaram fora do grupo de consumidores.

• A fábrica de laticínios Verde Campo prestou atenção nesses excluídos que não digerem bem a lactose, mas adorariam poder comer e beber lácteos. Voltada para produtos diferenciados como os light e diet, a empresa lançou também a linha Lac free, livre de lactose, para os alérgicos. Teve retorno satisfatório de clientes em geral, inclusive os tolerantes.

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Vita Derm

• Além de outras vantagens como revigorar as energias, tomar banho pode ser muito prazeroso, pois deixa a pele cheirosa, graças ao sabonete.

• Evidências indicam que o sabonete é fruto de uma mistura acidental entre sebo e cinzas da época do Antigo Testamento. Mas até chegar ao sabonete propriamente dito, muita água rolou: desde a argila para se lavar até chegar aos diversos tipos de sabonete, seja para cabelos, roupas, rosto.

• Hoje, cada vez mais as empresas privilegiam os produtos de origem vegetal, para evitar que animais sejam mal tratados em função da produção. Ainda na linha da proteção ao meio ambiente, a Vita Derm, indústria de cosméticos, usa substâncias extraídas da natureza. A iniciativa preserva o planeta, valoriza e incentiva a produtividade em comunidades rurais, de onde saem os ingredientes. O buriti, fruto da Amazônia, é um dos itens usados na fabricação de produtos tipicamente brasileiros e politicamente corretos, com responsabilidade ambiental e social.

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Ybá• Nem toda gordura é nociva. A gordura trans, que entope as artérias e

aumenta o colesterol ruim, está nos produtos industrializados. A saturada, de origem animal, provoca o mesmo efeito e pode causar obesidade. Já a gordura insaturada é de origem vegetal e faz bem ao organismo. Ela está presente no azeite de oliva e em outras plantas, como a castanha de baru.

• Consumido pelos índios xavantes desde muito tempo atrás, o baru faz bem para a pele, tem propriedades afrodisíacas e é cheio de nutrientes. Em Alto Paraíso (GO), a empresa Ybá utiliza a castanha típica do cerrado brasileiro como matéria-prima para a fabricação do óleo de baru, usado nas refeições diárias.

• Rico em ômega 6 e ômega 9, o óleo de baru combate a pressão alta e mantém os nutrientes quando

• submetido a altas temperaturas na cozinha. Além de proporcionar uma alimentação mais completa, ele movimenta a economia local, pois a coleta é feita por moradores da comunidade.

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Fleishmann• O bolo virou figura carimbada nas mesas brasileiras, não só nos

aniversários e casamentos, mas também nas refeições diárias: café da manhã, lanche da tarde.

• Em 700 a.C., pães e biscoitos doces eram vendidos no Egito. Os romanos aprimoraram a receita com a técnica da fermentação e o pioneirismo na arte dos bolos decorados com açúcar glacê, frutas cristalizadas, amêndoas trituradas. Os bolos em camadas e recheados de creme surgiram no século XIX. No século XX, começou-se a fazer bolo com recheio à base de manteiga, como conhecemos e saboreamos hoje.

• Entretanto, nem todo mundo tem tempo ou talento para essa arte. As misturas prontas foram criadas para facilitar a vida dessas pessoas e evitar o fracasso do bolo solado. O preparo é simples, basta levar ao forno. Para deixar o gosto mais brasileiro, a Fleischmann lançou os sabores da nossa terra em pacote: fubá, milho, aipim, limão. A ideia deu certo, e novos produtos foram criados.

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Frutos do Brasil• Sorvete com calda de chocolate, pedaços de fruta e cereja, cremoso ou no palito,

ele é uma unanimidade entre crianças e adultos, em qualquer estação. E essa preferência é antiga. A sobremesa surgiu há quatro mil anos pelos chineses.

• De acordo com os ingredientes que a guloseima recebe, as denominações variam: com ovos, leite e creme, passou a se chamar gelato; com frutas e água congelada, sorbet; com gelo triturado, granita ou raspadinha.

• A sorveteria Frutos do Brasil aposta na tropicalidade gelada, e oferece picolés e sorvetes de buriti, cupuaçu, tapioca e pequi, entre outros sabores.

• A empresa sempre trabalhou com produtos do cerrado e da flora brasileira. A ideia nasceu na infância do fundador, que não tinha recursos para comprar o sorvete tradicional e colhia frutos para fazer o picolé em casa. Assim surgiu o negócio que existe até hoje. A matéria-prima continua sendo retirada do mato, agora por pequenos produtores rurais e associações de catadores de fruta. Com sabor tropical do cerrado, o sorvete se revela um bom negócio para empreendedores com senso de inovação.

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Graça Ottoni• Moda. Do latim modus. Sinônimo de “medida”, “modo”, “maneira”. O nome

associado ao hábito de se vestir é o jeito como cobrimos o corpo para revelar nossa personalidade e até mesmo papel social. Uma necessidade prática que se transformou em forma de expressão.

• As expressões através do vestuário influenciam os criadores da moda. É o caso da estilista Graça Ottoni, que desenhou uma coleção inspirada em dois trabalhos com imagens do Brasil: o filme Casa de Areia (2005), de Andrucha Waddington, e o ensaio fotográfico O mensageiro (1993), de Pierre Verger.

• As paisagens áridas, as roupas rasgadas, as cores neutras, os bordados, a atmosfera rústica, tudo isso foi explorado na elaboração de peças da alta costura. Para a dona da marca, um trabalho tão artesanal quanto a escultura, em que o tecido é a matéria-prima e a roupa é a peça final.

• Essa criatividade focada na cultura brasileira é o que coloca o país em espaço privilegiado no mundo da moda. O Brasil é o quinto maior produtor têxtil do mundo, com faturamento de R$52 bilhões em 2010.

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Ibaplac Produtos Recicláveis• Resguardar o lar do mundo exterior. Está é a principal função do telhado, que no

Brasil Colônia só podia ser feito artesanalmente, pelos escravos. Com o passar do tempo, o negócio evoluiu e hoje existem diversos tipos de material para o telhado: amianto para os climas frios, colonial de barro para os ambientes mais secos, de zinco para galpões e fábricas.

• No entanto, a preocupação com o meio ambiente fez com que a fábrica paulista IBAPLAC PRODUTOS RECICLÁVEIS fosse além. A partir de resíduos de embalagem longa vida, ela criou a telha ecológica.

• A empresa começou fazendo peças para a indústria automobilística, a partir de restos de produção têxtil. Passou a reciclar pedaços de Tetra Pak, e hoje trabalha com matéria-prima 100% nacional. O processo de fabricação é estudado em parceria com universidades federais brasileiras e serve como referência para fabricantes do ramo no país e no exterior.

• O valor do produto reciclado não pode estar só na proteção da natureza, ele também tem que oferecer outras vantagens. Com criatividade, tudo é possível. Se cada um fizer a sua parte, desde um indivíduo até as pequenas empresas e grandes corporações, todos saem no lucro, inclusive o planeta.

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Kapeh

• O cultivo de café no Brasil começou em 1727, no Pará, e logo se revelou um grande negócio. No século XIX, o “ouro negro” havia tomado o lugar da cana de açúcar como maior produto de exportação. Na primeira década do século XX, a cada 100 xícaras, 97 eram feitas com o café brasileiro. A apreciação pela semente, porém, foi além da cozinha.

• Descobriu-se no café propriedades favoráveis à beleza. O “ouro negro” estimula a renovação celular, a circulação sanguínea e possui flavonóides, que potencializam o funcionamento do filtro solar.

• A empresa mineira Kapeh usou a matéria-prima na fabricação de mais de 50 cosméticos, entre xampus, sabonetes, esfoliantes e colônias.

• Ainda hoje, o Brasil lidera o ranking dos produtores de café, com 41 milhões de sacas em 2010. Parte dessa produção se transformou em aliada da beleza. Como diria Pero Vaz de Caminha: nesta terra, “em se plantando tudo dá”.

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Kimberly Clark• Na antiguidade, folhas e peles de animais eram usadas para cuidar dos nenéns. O

primeiro tecido usado com a mesma finalidade foi feito no Egito, com fibras vegetais e de madeira. As índias americanas e as esquimós do Alaska usavam musgo para absorver os líquidos, e trocavam quando o material era sólido.

• As assaduras eram comuns pois, no passado, as mães usavam areia fina para limpar o bumbum do neném. Quando a fralda de pano passou a ser usada, raramente era substituída por uma limpa.

• Até que Maria Donovan criou mais uma solução prática para facilitar a vida das donas de casa: a fralda descartável. Como toda novidade, tratava-se de um artigo de luxo na década de 1950. Vinte anos depois, popularizou-se e chegou ao Brasil.

• No entanto, a fralda descartável ainda era grossa, pesada e sem fitas adesivas. Com o tempo, o produto foi aprimorado. Pediatras e ambientalistas foram contra, mas a indústria respondeu com fraldas biodegradáveis, com maior capacidade de absorção. A mudança na vida das mães foi radical e as vendas explodiram.

• Um dos maiores sucessos foi resultado de uma união, desde 2002, entre a Turma da Mônica e a Kimberly Clark. Parceiro do imaginário infantil nacional, o produto costuma ser utilizado como carro-chefe de promoções. Além disso, há também preocupação ecológica, com a oferta de cintas reutilizáveis por até duas trocas.

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Mãe Terra• O mundialmente conhecido snack recebeu aqui no Brasil um apelido carinhoso: o

salgadinho. São quitutes para todos os gostos: pastel, coxinha, cachorro quente, quibe, mas principalmente, a batata.

• A batatinha é o petisco universal, seja ela assada, cozida, gratinada ou frita. Pode ser em espiral, zig zag, xadrez e até a batata chips, fina como uma folha de papel.

• Em 1920, a invenção do descascador mecânico de batatas facilitou a transformação desse tubérculo no segundo alimento mais consumido do mundo.

• Pouco tempo depois, surgiu o snack à base de milho e trigo, vendido em saquinhos com diferentes sabores – pizza, presunto, bacon, queijo. Além do sódio e conservantes que foram incluídos na receita para aumentar o prazo de validade. O salgadinho tornou-se o junk food campeão de vendas.

• Entretanto, nutricionistas alertam para o risco de obesidade, colesterol e pressão alta. Sabendo disso, a Mãe Terra, empresa fabricante de produtos naturais, encontrou a solução: o snack saudável feito de arroz e milho integrais e orgânicos; além do moinho de pedra para preservar as propriedades nutricionais dos grãos. Ao invés de fritos, os produtos são assados. O açúcar refinado é substituído pelo mascavo.

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Mary Design• Joias e bijus deixaram de ser simples acessórios, elas se tornaram indispensáveis

para qualquer mulher.• De acordo com pesquisadores, a capacidade de fazer joias foi o primeiro sinal de

cultura da humanidade. A tradição começou como ato diplomático em tribos africanas. A política da boa vizinhança entre grupos de amigos era selada com a entrega de colares de conchas embrulhados para presente.

• Quem não podia ter acessórios dourados caros e originais recorria a alternativas como a cerâmica. Em cores variadas, ela foi usada na produção de anéis e pulseiras. No século XVIII, também usou-se as opções mais baratas em relação às pedras preciosas para despistar ladrões, com réplicas de joias. As cópias eram tão perfeitas que se transformaram em possibilidade de enfeite para os menos abastados. Assim, as bijuterias tornaram-se artigos comuns.

• A designer Mary Arantes aprendeu essa arte durante a infância, no Vale do Jequitinhonha, com as sobras do trabalho do pai alfaiate. Ela começou vendendo para amigas, depois lojas, até abrir a própria empresa, a Mary Design. Ela lança linhas temáticas focadas na brasilidade, para que os consumidores escolham as peças com as quais se identificam. Bordado, crochê e retalhos já foram transformados em acessórios para a grife.

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Oré Mobiliário• Refeições, reuniões, decisões e comemorações são feitas à mesa. Com o tempo,

além de funcional, ela também se transformou em peça de decoração da casa, e segue tendências, estilos, formatos e tamanhos variados.

• A função ritualística apareceu logo, em cerimônias como a Santa Ceia, em que Jesus Cristo dividiu a refeição com os doze apóstolos. As primeiras mesas eram feitas de tábuas apoiadas sobre cavaletes. A mesa passou a ser usada para encontros em família, cujo significado variava conforme o lugar e cultura.

• Vários momentos históricos foram definidos à mesa, como a criação da ONU, em 1945, e as assinaturas das Convenções de Genebra. O móvel também esteve presente em narrativas lendárias, como as histórias do britânico Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda.

• No Brasil, a aviação inspirou Paulo Foggiato, da Oré Mobiliário. A mesa Demoiselle foi projetada com base no formato das asas dos aviões antigos, e ganhou esse nome para homenagear um dos modelos criados por Santos Dumont. O objetivo do designer, apaixonado por aeronaves, era criar um móvel dentro da proposta da empresa, de desenvolver produtos com matéria-prima nacional (oré em tupi-guarani significa nosso). Assim, escolheu o bambu: altamente renovável, resistente e flexível, o que permite trabalhar com vários formatos.