Cartilha Tributario Atualizada

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FAZENDA LEGAL

Tributrio

Verso Revisada e AtualizadaTerceira Impresso 2008

Federao da Agricultura, Pecuria e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Faerj) Av. Rio Branco 135 grupo 910 20040-006 Centro Rio de Janeiro RJ Tel. (21) 3380-9500 www.faerj.com.br Servio de Apoio s Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro (Sebrae-RJ) Rua Santa Luzia 685 / 6, 7 e 9 andares 20030-040 Centro Rio de Janeiro RJ Tel. (21) 2215-9200 www.sebraerj.com.br Servio Nacional de Aprendizagem Rural do Rio de Janeiro (Senar-Rio) Av. Rio Branco 135 grupos 901 a 907 20040-006 Centro Rio de Janeiro RJ Tel. (21) 3380-9500 www.senar-rio.com.br

IDEALIZAO Federao da Agricultura, Pecuria e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Faerj) ELABORAO Bento Mario Lages Gonalves - Economista COORDENAO Federao da Agricultura, Pecuria e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Faerj) REVISO E ATUALIZAO Alessandra Serdio - Advogada DIAGRAMAO E CAPA Raquel Sacramento IMPRESSO Grfica RIOFLORENSE

SUMRIO

APRESENTAO 1 LEGISLAO TRIBUTRIA 2 IR-IMPOSTO DE RENDA 3 ICMS - IMPOSTO SOBRE CIRCULAO DE MERCADORIAS 4 ITR-IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL 5 CONTRIBUIO SINDICAL RURAL

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APRESENTAOEsta a verso atualizada do conjunto de cartilhas do Programa Fazenda Legal, para o ano-safra 2008/2009. Os temas abordados foram escolhidos para facilitar o entendimento e convencimento do produtor rural, quanto a dois importantes objetivos do agrongocio: - Cumprimento da Funo Social: trabalhista, previdencirio, ambiental e fundirio - Produtividade: defesa agropecuria, crdito rural e tributrio O conhecimento destes temas a base para a mais nobre misso do homem: produzir alimentos e matrias-primas que permitem a vida na terra. Nossa responsabilidade no se resume mais ao conceito de segurana alimentar. Temos que nos preparar e organizar, para garantir aos novos 20 milhes de brasileiros, que nascero nos prximos 10 anos, o alimento e as riquezas que permitiro a continuidade da construo de um Brasil justo e fraterno para seus filhos. Aos nossos parceiros, e especialmente ao Sebrae-RJ, agradecemos a realizao do Programa Fazenda Legal.

Rodolfo Tavares Presidente da Faerj

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LEGISLAOTRIBUTRIA

A tributao sempre foi uma questo crucial para a economia, em particular para os produtos agropecurios e para o agronegcio. De forma similar a outros, os produtos agropecurios sofrem diversas formas de tributao indireta, decorrentes do sistema tributrio nacional, onerando o seu preo final e influenciando as decises de compra do mercado consumidor. O governo federal responsvel pela arrecadao de alguns impostos, principalmente sobre a renda, o comrcio exterior, os de carter regulatrio e alguns impostos especficos. De um modo geral, so impostos que requerem certo grau de centralizao administrativa que facilite a cobrana caso do Imposto de Renda, por exemplo ou que afetam as polticas do pas caso dos impostos sobre o comrcio exterior. Em contrapartida os governos locais assumem a responsabilidade pela tributao do patrimnio fsico IPTU e costumam recolher diretamente certos impostos incidentes sobre a renda e servios. Entre a esfera maior de governo a Unio e o poder local, os estados em geral coletam impostos sobre o consumo e a circulao de bens. A Constituio Federal de 1988 estabelece que ao governo federal cabe arrecadar impostos como o IR o ITR e os demais tributos e contribuies. Por sua vez, so da competncia dos estados e do Distrito Federal, o imposto sobre transmisso causa mortis e doao, o ICMS individualmente a maior fonte de receitas do pas e o Imposto sobre Propriedade de Veculos Automotores (IPVA). O IPTU, o Imposto sobre Transmisso de Bens Intervivos (ITBI), o Imposto sobre Vendas e Varejo de Combustveis Lquidos e Gasosos (IVVC) e o Imposto sobre Servios (ISS) so de competncia dos municpios. Finalmente o ITR (Imposto sobre a propriedade Territorial Rural), que era de competncia exclusiva da Unio, a partir da edio da Lei n 11.250 de 27/12/2005, poder ter o lanamento dos crditos tributrios e de cobrana delegados pela Unio ao Distrito Federal e aos municpios atravs da celebrao de convnios.

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IR - IMPOSTO DE RENDA

O Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR, ou Imposto de Renda) um imposto federal, ou seja, somente a Unio tem competncia para institu-lo (art. 153, III, da Constituio Federal).

O fato gerador do Imposto de Renda ocorre quando da aquisio da disponibilidade econmica (ou seja, o recebimento) ou jurdica de renda (o crdito, no mbito contbil). Os contribuintes do Imposto de Renda so as pessoas fsicas e jurdicas. A alquota utilizada depende do contribuinte e do valor de sua renda. At um determinado valor de renda anual, o contribuinte isento. Ela estabelecida pelo governo federal, ano a ano. A alquota de um determinado ano s pode ser definida at o dia 31 de dezembro do ano anterior. A base de clculo o montante real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributveis.

IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA FSICAA) FORMAS DE ARRECADAO 1- Reteno na fonte Toda pessoa fsica, titular de proventos de qualquer natureza, contribuinte do Imposto de Renda, sendo o imposto devido na medida em que os rendimentos forem recebidos. O imposto retido na fonte ser compensado na declarao anual. permitido deduzir da base de clculo do Imposto de Renda na fonte, os dependentes econmicos. 2- Carn-Leo A pessoa fsica residente no pas que recebe rendimentos de pessoa fsica ou do exterior, quando no tributados na fonte no Brasil, est obrigada a efetuar o recolhimento mensal (carn-leo) do Imposto de Renda. O carn-leo est sujeito a encargos caso seja pago em atraso. O pagamento a maior ou indevido pode ser compensado em recolhimentos posteriores relativos ao carn-leo do ano-calendrio ou na Declarao de Ajuste Anual (Instruo Normativa SRF no 460, de 2004).

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3- Recolhimento complementar (mensalo) facultativo e pode ser efetuado pelo contribuinte para antecipar o pagamento do imposto devido na Declarao de Ajuste Anual, no caso de recebimento de duas ou mais fontes pagadoras pessoa fsica e jurdica, ou mais de uma pessoa jurdica. Esse recolhimento deve ser efetuado, no curso do ano-calendrio, at o ltimo dia til do ms de dezembro. No h data para o vencimento do imposto. Assim, no h multa no recolhimento do mensalo, por no se tratar de pagamento obrigatrio. O imposto complementar pode ser retido, mensalmente, por uma das fontes pagadoras, pessoa jurdica, desde que haja concordncia, por escrito, da pessoa fsica beneficiria, caso em que a pessoa jurdica solidariamente responsvel com o contribuinte pelo pagamento do imposto correspondente obrigao assumida. ATENO: Os rendimentos recebidos decorrentes de ganho de capital e renda varivel no esto sujeitos ao recolhimento atravs do carn-leo e do mensalo (Instruo Normativa SRF no 15, de 2001, arts. 21 e 25). DECLARAO DE AJUSTE ANUAL Est obrigado a apresentar a Declarao de Ajuste Anual o contribuinte, residente no Brasil, que no ltimo ano-calendrio: 1. recebeu rendimentos tributveis na declarao, cuja soma foi superior a R$ 15.764,28 tais como: rendimentos do trabalho assalariado, no-assalariado, proventos de aposentadoria, penses, aluguis, atividade rural; 2. recebeu rendimentos isentos, no-tributveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000; 3. participou, em qualquer ms, no quadro societrio de sociedade empresria ou simples, inclusive inativa, como scio ou acionista, ou de cooperativa, ou como titular de empresa individual; ATENO: Desde que no se enquadre em nenhuma das demais hipteses de obrigatoriedade, fica dispensada da apresentao da declarao a pessoa fsica que teve participao em sociedade por aes de capital aberto ou cooperativa, cujo valor de constituio ou de aquisio foi inferior a R$ 5.000,00. 4. realizou em qualquer ms do ano-calendrio: alienao de bens ou direitos em que foi apurado ganho de capital, sujeito incidncia do imposto (preencher o Demonstrativo da Apurao dos Ganhos de Capital e Demonstrativo de Ganhos de Capital Moeda Estrangeira); ou

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operaes em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas (preencher o Demonstrativo de Apurao de Ganhos Renda Varivel); 5. teve a posse ou propriedade de bens ou direitos, em 31/12 do ano anterior, inclusive terra nua, cujo valor total foi superior a R$ 80 mil; 6. passou condio de residente no Brasil; 7. relativamente atividade rural, com o preenchimento do Demonstrativo da Atividade Rural: obtevereceitabrutasuperioraR$78.821,40;ou pretenda compensar, no ano-calendrio, resultado negativo (prejuzo) de anos-calendrio anteriores ou no ano-calendrio corrente, ficando obrigada apresentao no modelo completo. 8. optou pela iseno do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imveis residenciais, cujo produto da venda seja destinado aplicao na aquisio de imveis residenciais localizados no Brasil, no prazo de 180 dias, contados da celebrao do contrato de venda, nos temos do art. 39 da Lei 11.196, de novembro de 2005. O contribuinte que se enquadrar em qualquer das situaes anteriores e que tenha obtido resultado positivo da atividade rural tambm deve preencher o Demonstrativo da Atividade Rural. B) OPES DE DECLARAO 1- Declarao completa Onde podem ser utilizadas todas as dedues legais, desde que comprovadas. 2- Declarao simplificada Na qual se utiliza o desconto de 20% dos rendimentos tributveis, limitado a R$ 11.669,72, em substituio a todas as dedues legais da declarao completa, sem necessidade de comprovao. Qualquer contribuinte pode optar pela declarao simplificada. Contudo, o contribuinte deve entregar a declarao no modelo completo, se desejar: compensarimpostopagonoexterior,ou compensar, no ano-calendrio ou posteriores, resultados negativos (prejuzos) da atividade rural de anos-calendrio anteriores ou do prprio ano-calendrio, sendo vedada, neste caso, a apresentao da declarao em formulrio.

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A pessoa fsica que explora atividade rural, aps realizar a escriturao do livro caixa se obrigatrio deve importar o resultado lquido para o Demonstrativo de Atividade Rural. C) FORMAS DE DECLARAR 1- Declarao por meio de formulrio impresso O contribuinte pode preencher sua declarao em formulrio prprio. ATENO: vedada a apresentao da declarao em formulrio pela pessoa fsica que se enquadre em, pelo menos, uma das seguintes situaes: recebeu rendimentos tributveis sujeitos ao ajuste anual na declarao, cuja soma foi superior a R$ 100.000,00; recebeu rendimentos isentos, no-tributveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 100.000,00; recebeudepessoasfsicasoudoexteriorrendimentostributveisnadeclarao; incluiudependentesnadeclaraoquetenhamrecebidosquaisquerrendimentos, tributveis ou no, de pessoas fsicas ou jurdicas ou do exterior; incorreu em uma das hipteses previstas nos itens 3, 6, 7 e 8 de OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAO; obteveresultadopositivodaatividaderural; pretendabeneficiar-sedadeduodelivroCaixa; pretendabeneficiar-sedadeduodecontribuiopatronalpagaPrevidncia Social, na condio de empregador domstico; efetuoudoaesapartidospolticos,comitsfinanceirosecandidatosacargos eletivos, cujas informaes a serem prestadas na declarao ultrapassem o nmero de linhas disponibilizadas nos respectivos quadros dos formulrios. 2- Declarao por meio eletrnico A Declarao de Ajuste Anual pode ser elaborada com o uso de computador mediante a utilizao do programa IRPF, ou pelo sistema on-line, no endereo http://www.receita.fazenda.gov.br. O programa IRPF para preenchimento da declarao observa os limites legais das dedues, apura automaticamente o imposto a pagar ou a restituir e informa ao contribuinte a opo de declarao, completa ou simplificada, que lhe mais favorvel. tambm obrigatria a apresentao, com o uso de computador, por meio do PGD de declarao:

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original, aps vencimento da data da entrega; retificadora, a qualquer tempo; relativa esplio. D) RENDIMENTOS DA ATIVIDADE RURAL COMO BASE TRIBUTVEL NA DECLARAO ANUAL O legislador utilizou, para definir como base tributvel da atividade rural na Declarao de Ajuste Anual, o resultado positivo, assim entendido o lucro, o ganho, apurado pela pessoa fsica na atividade rural, no ano-calendrio. Resultado, na linguagem comercial, o lucro, o provento ou o ganho obtido em um negcio. Sua determinao depende de apurao peridica, que pode ser favorvel, quando h lucro, ou desfavorvel, quando se verifica prejuzo. A apurao do resultado nada mais do que o cotejo entre as receitas e as despesas de determinada atividade ao longo de um perodo determinado. Sendo assim, o somatrio das receitas obtidas ao longo do perodo de apurao o ponto de partida para o preenchimento da Declarao. E) ATIVIDADES CONSIDERADAS DE NATUREZA RURAL O art. 2o da Lei no 8.023/90 conceitua atividade rural, mantendo critrios vigentes de longa data. Esse dispositivo est contemplado no art. 58 do Regulamento do Imposto de Renda de 1999 (aprovado pelo Decreto no 3.000 de 26/3/1999). Considera-se atividade rural: aagricultura; apecuria; aextraoeaexploraovegetaleanimal; a explorao da apicultura, avicultura, cunicultura, suinocultura, sericicultura, piscicultura e outras culturas animais; a transformao de produtos decorrentes da atividade rural, sem que sejam alteradas a composio e as caractersticas do produto in natura, feita pelo prprio agricultor ou criador, com equipamentos e utenslios usualmente empregados nas atividades rurais, utilizando exclusivamente matria-prima produzida na rea rural explorada, tais como

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a pasteurizao e o acondicionamento do leite, assim como o mel e o suco de laranja, acondicionados em embalagem de apresentao; o cultivo de florestas que se destinem ao corte para comercializao, consumo ou industrializao. A Instruo Normativa SRF no 17/96, consolidou algumas atividades consideradas rurais. Essas definies decorreram de manifestaes, por meio de atos normativos ou decises proferidas pela Receita Federal, rgo que administra o tributo, e pelos Acrdos do Conselho de Contribuintes do Ministrio da Fazenda. Exemplos: beneficiamento de produtos agrcolas descasque de arroz e de outros produtos semelhantes; debulha de milho; conserva de frutas; transformaodeprodutosagrcolasmoagemdetrigoedemilho;moagemdecanade-acar para produo de acar mascavo, melado, rapadura; gros em farinha ou farelo; transformao de produtos zootcnicos produo de mel acondicionado em embalagem de apresentao; laticnio (pasteurizao e acondicionamento do leite; transformao do leite em queijo, manteiga e requeijo); produo de suco de laranja acondicionado em embalagem de apresentao; produo de adubos orgnicos; transformaodeprodutosflorestaisproduodecarvovegetal;produodelenha com rvores da propriedade rural; venda de pinheiros e madeira de rvores plantadas na propriedade rural; vendadesmendereprodutoreproduodeembriesderebanhoemgeral,alevinos e girinos em propriedade rural, independentemente de sua destinao (reproduo ou comercializao). No so consideradas atividade rural A transformao de produtos agrcolas e pecurios no abrange produtos tpicos do setor secundrio da economia, ainda que obtidos com matria-prima exclusivamente da propriedade rural. Os atos normativos citados definiram algumas atividades como no sendo de natureza rural para fins de Imposto de Renda, destacando-se:

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aindustrializaodeprodutostaiscomobebidasalcolicasemgeral,leosessenciais, arroz beneficiado em mquinas industriais, fabricao de vinho com uvas e frutas; acomercializaodeprodutosruraisdeterceiroseacompraevendaderebanhocom permanncia em poder do contribuinte em prazo inferior a 52 dias, quando em regime de confinamento, ou 138 dias, nos demais casos; o beneficiamento ou a industrializao de pescado in natura; o ganho auferido por proprietrio de rebanho, entregue mediante contrato por escrito outra parte contratante (simples possuidora do rebanho), para o fim especfico de procriao, ainda que o rendimento seja predeterminado em nmero de animais; as receitas provenientes do aluguel ou arrendamento de mquinas, equipamentos agrcolas e pastagens e da prestao de servios de transportes de produtos de terceiros; as receitas decorrentes da venda de recursos minerais extrados da propriedade rural, tais como metal nobre, pedras preciosas, areia, aterro, pedreiras; as receitas de vendas de produtos agropecurios recebidos em herana ou doao quando o herdeiro ou donatrio no explore atividade rural; as receitas financeiras de aplicaes de recursos no perodo compreendido entre dois ciclos de produo; os valores dos prmios ganhos a qualquer ttulo pelos animais que participarem em concursos, competies, feiras e exposies; os prmios recebidos de entidades promotoras de competies hpicas pelos proprietrios, criadores e profissionais do turfe. F) CONTRATOS AGRRIOS Disciplinaro a estrutura de produo quanto propriedade da terra para obteno das receitas na atividade rural, pois obedecem a normas obrigatrias e imperativas, tendo em vista o interesse coletivo. Alm disso, dependendo do tipo de contrato so tambm geradores de rendimentos para os proprietrios o que implica a incidncia de Imposto de Renda, conforme a situao individual. Contrato agrrio o ato jurdico resultante do acordo de duas ou mais vontades, tendo por objeto o uso ou posse temporria da terra, para exercer a atividade agrria.

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So partes em tal relao jurdica: de um lado, o proprietrio ou a pessoa que detenha a posse ou tenha a livre administrao de um imvel rural; do outro, aquele que exera qualquer atividade agrcola, pecuria, agroindustrial, extrativa ou mista (Lei no 4.504/64, art. 92; Lei no 4.947/66, art. 13; e Decreto no 59.566/66, art. 1o). Caractersticas dos contratos agrrios So regidos pela supremacia da ordem jurdica, que se funda na interveno do Estado na liberdade de contratar com o fim de diminuir as dificuldades econmicas entre as partes contratantes. Liberdade formal, uma vez que admite expressamente a validade do contrato quer seja ele tcito ou expresso (art. 92 do Estatuto da Terra), quer seja ele escrito ou verbal (art. 11 do Decreto n 59.566/66). O quadro a seguir apresenta as principais modalidades de contratos agrrios e a respectiva incidncia tributria. Contratos agrriosArrendamento Subarrendamento Art. 95 da Lei no 4.504/64 Art. 3o do Decreto no 59.566/66 Comodato Arts. 579 -585 do Cdigo Civil Juridicamente, expressa o contrato pelo qual a pessoa, senhora de um imvel, transpassa e assegura a outrem, mediante contribuio fixa e prazo certo, o uso e o gozo do mesmo. Arrendador-cedente Carn-leo ou Imposto de Renda retido na fonte O arrendador recebe do arrendatrio uma retribuio certa ou aluguel. Carn-leo ou Imposto de Renda retido na fonte Comodante-cedenteemprestador Comodatriobeneficirio Demonstrativo da Atividade Rural Parceiro-outorgantecedente Demonstrativo da Atividade Rural Parceiro-outorgado Demonstrativo da Atividade Rural So contratos semelhantes quanto natureza jurdica, pois em todos eles existe a cesso do uso e gozo do imvel rural pessoa ou conjunto familiar. A diferena est na remunerao. O comodante nada recebe do comodatrio.

o emprstimo gratuito de coisas no-fungveis, perfaz-se com a tradio do objeto, prazo definido, o uso e o gozo do mesmo.

Parceiros Art. 96 da Lei no 4.504/64 Art. 4 o do Decreto no 59.566/66

o contrato agrrio pelo qual uma pessoa se obriga a ceder outra, por tempo determinado ou no, imvel, com ou sem benfeitorias ou animais para cria, engorda, recria, invernagem, extrao de matrias-primas de origem animal, mediante partilha dos riscos de caso fortuito ou de fora maior do empreendimento rural, e dos frutos, produtos ou lucros havidos nas propores que estipularem, observados os limites percentuais da lei (art. 96, IV Lei no 4.504/64).

O parceirooutorgante partilha com o parceirooutorgado os riscos, frutos, produtos e os lucros havidos nas propores estipuladas no contrato. Demonstrativo da Atividade Rural

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Arrendamento ou subarrendamento o contrato agrrio pelo qual uma pessoa se obriga a ceder outra, por tempo determinado ou no, o uso e gozo de imvel rural, parte ou partes do mesmo, incluindo, ou no, outros bens, benfeitorias e ou facilidades, com o objetivo de exercer atividade de explorao agrcola, pecuria, extrativa ou mista, mediante certa retribuio ou aluguel (art. 95 da Lei no 4.504/64, art. 3o do Decreto no 59.566/66). Arrendatrio A pessoa ou conjunto familiar representado por seu chefe, que recebe o imvel ou o toma em aluguel. Arrendador ou cedente A pessoa que d em arrendamento o imvel rural: pode ser proprietrio, usufruturio ou possuidor do imvel, devendo encontrar-se na posse do imvel rural e dos bens, a qualquer ttulo, tendo o direito de explorao e da destinao aos fins contratuais. Parceria Parceria o contrato pelo qual uma pessoa cede outra um prdio rstico, para que cultive, ou lhe entregue animais, para que os crie e trate, partilhando os frutos ou lucros (prejuzos) respectivos. O conceito de parceria agrcola pressupe quanto modalidade de participao, que os frutos sejam repartidos na proporo que estipularem as partes. Uma das caractersticas mais importantes que se observa no contrato de parceria rural que difere de outros tipos de contrato que no existe subordinao de um parceiro a outro, qualquer que seja a forma, com total autonomia quanto aos deveres e responsabilidades de cada um. Os intervenientes ou partes, na parceria rural, chamam-se, respectivamente, parceirooutorgado e parceiro-outorgante.

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Parceiro-outorgado: a pessoa ou o conjunto familiar, representado por seu chefe, que recebe os bens para os fins prprios das modalidades de parceria. Parceiro-outorgante: a pessoa cedente, proprietrio ou no, que entrega os bens, onde partilha com o parceirooutorgado os riscos, frutos, produtos ou lucros havidos, nas propores estipuladas em contrato. Principais diferenas entre contratos de arrendamento e de parceriaArrendamento rural O preo certo; ajustado entre o arrendador e o arrendatrio numa quantia fixa em dinheiro ( o aluguel da gleba de terra ou pasto). O proprietrio (o arrendador) no participa dos riscos do negcio. Apenas est alugando as terras ou pastos. Parceria Ao contrrio, no existe um preo certo. As parcerias dividem os frutos de acordo com o que foi convencionado no contrato. O proprietrio participa, junto com o parceiro-outorgado, dos riscos do negcio, pois h uma sociedade entre o parceiro-proprietrio e o parceiro agricultor, os dois assumem os lucros ou prejuzos. O proprietrio cede, unicamente, o uso e parte do gozo, pois os frutos e produtos colhidos no imvel so repartidos, de acordo com o que foi convencionado no contrato. mais ampla, podendo abranger a entrega de animais para cria, recria, invernagem, engorda ou extrao de matrias-primas de origem animal. O lucro sempre representado por uma quota ou percentual. O proprietrio pode receber muito, pouco e at nada receber, porque seu ganho se vincula s vantagens conseguidas pela outra parte.

O proprietrio cede o uso e gozo do imvel rural arrendado. O arrendatrio pode tirar todo o proveito, todo o lucro seu, apenas paga o valor convencionado pelo arrendamento. Limita-se a terras e pastos, isto , aluguel de terras para plantao ou pasto para engorda de gado (ou criao). Exige remunerao certa, in natura ou em espcie, pagamento alto ou mdico, pouco importa, mas que ser sempre entregue pelo arrendatrio, independente de xito ou malogro da explorao ou das safras.

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Comodato Comodato o contrato gratuito pelo qual uma das partes cede por emprstimo outra parte, para que use determinada coisa, pelo tempo e nas condies preestabelecidas (arts. 579 a 585 do Cdigo Civil). a expresso para designar o emprstimo gratuito para uso, ou simplesmente o emprstimo do uso. O contribuinte pessoa fsica, nessa modalidade contratual, que se d gratuitamente, nada tem a declarar como rendimentos para fins de Imposto de Renda. Entretanto, cabe assinalar que a cesso de bens de uma pessoa jurdica ao scio ou acionista, gratuitamente, caracteriza distribuio disfarada de lucro, para fins de Imposto de Renda. Condomnio Condomnio o contrato de explorao de propriedade rural em comum, onde os co-proprietrios ou condminos partilham os riscos, prejuzos, frutos e produtos na proporo da parte que lhes cabe no condomnio. G) FORMA DE APURAO DO RESULTADO DA ATIVIDADE RURAL Resultado o lucro, o provento ou o ganho obtido na atividade rural. A apurao tanto pode ser favorvel, quando h lucro, como desfavorvel, quando se verifica prejuzo. Se o resultado da atividade rural for positivo dever integrar a base de rendimentos tributveis do contribuinte. Se negativo, poder ser compensado em exerccio posterior desde que fundamentado em escriturao idnea e comprovvel. Livro caixa O resultado da explorao da atividade rural ser apurado mediante escriturao do livro caixa, que dever abranger as receitas, as despesas de custeio, os investimentos e demais valores que integram a atividade. Essa forma de apurao independe do tipo de atividade rural explorada e do tamanho do imvel rural. Os produtores que tiverem auferido receita bruta anual superior a R$ 56.000,00 esto obrigados a escriturar livro caixa. Prova documental A prova documental estruturada por documentos nos quais fiquem comprovados e demonstrados os valores das receitas recebidas, das despesas de custeio e os investimentos

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pagos no ano-calendrio. A pessoa fsica pode apurar o resultado da explorao da atividade rural mediante prova documental, dispensando o livro caixa, se tiver auferido receitas brutas anuais at o valor de R$ 56.000,00. Escriturao contbil A pessoa fsica pode apurar o resultado pela forma contbil. Nesse caso, dever efetuar os lanamentos em livros prprios de contabilidade, necessrios para cada tipo de atividade (dirio, caixa, razo etc.), de acordo com as normas contbeis, comerciais e fiscais pertinentes a cada um dos livros de registros. Ressalte-se que somente ser escriturada a parte da receita, da despesa de custeio e dos investimentos correspondente ao produtor rural na(s) unidade(s) rural(is) explorada(s). Escriturao do livro caixa Consiste no assentamento das receitas, despesas de custeio, investimentos e demais valores que integram o resultado da atividade rural no livro caixa, no contendo intervalos em branco, nem entrelinhas, rasuras, raspaduras ou emendas. Dever ser comprovada a veracidade das receitas e das despesas escrituradas no livro caixa, mediante documentao idnea que identifique o adquirente ou beneficirio, o valor e a data da operao, a qual ser mantida em seu poder disposio da fiscalizao, enquanto no ocorrer a decadncia ou prescrio. O livro caixa independe de registro em rgo da Receita Federal ou em qualquer repartio pblica, deve ser numerado seqencialmente e conter, no incio e no encerramento, anotaes em forma de Termos que identifiquem o contribuinte e a finalidade do livro. A Secretaria da Receita Federal faculta aos produtores rurais pessoa fsica um programa de livro caixa composto por quatro fichas. Esta rotina encontra-se para download na pgina da Secretaria da Receita Federal, e seus dados podem ser importados para a Declarao de Ajuste Anual (Declan) do contribuinte que registre atividades rurais. Arbitramento da base de clculo A falta da escriturao de livro caixa pelos produtores rurais com obrigatoriedade, implicar no arbitramento da base de clculo de 20% da receita bruta do ano-calendrio. Esse valor ser o resultado tributvel da atividade rural.

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H) RECEITA BRUTA DA ATIVIDADE RURAL constituda pelo montante das vendas dos produtos oriundos das atividades definidas como rurais, exploradas pelo prprio produtor-vendedor. A receita bruta, decorrente da venda dos produtos, dever ser comprovada por documentos usualmente utilizados, tais como nota fiscal do produtor, nota fiscal de entrada, nota promissria rural vinculada nota fiscal do produtor e demais documentos reconhecidos pelas fiscalizaes estaduais. Quando a receita bruta da atividade rural for decorrente da alienao de bens utilizados na explorao da atividade rural, a pessoa fsica poder comprovar com documentao hbil e idnea, onde necessariamente conste o nome, o CPF ou o CNPJ e o endereo do adquirente ou do beneficirio, bem como a data e o valor da operao em moeda corrente nacional. Despesas de custeio e investimentos Despesas de custeio so necessrias percepo dos rendimentos da atividade rural e manuteno da fonte produtora, relacionadas com a natureza das atividades rurais exercidas. Considera-se investimento na atividade rural a aplicao de recursos financeiros, durante o ano-calendrio (exceto a parcela que corresponder ao valor da terra nua), para o desenvolvimento da atividade com fins de expanso da produo ou melhoria da produtividade e que seja realizada com: benfeitorias resultantes de construo, instalaes, melhoramentos e reparos; culturaspermanentes,essnciasflorestaisepastagensartificiais; aquisio de utenslios e bens, tratores, implementos e equipamentos, mquinas, motores, veculos de carga ou utilitrios de emprego exclusivo na explorao da atividade rural; animaisdetrabalho,deproduoedeengorda; serviostcnicosespecializados,devidamentecontratados,visandoelevaraeficincia do uso dos recursos da propriedade ou explorao rural; insumosquecontribuamdestacadamenteparaaelevaodaprodutividade,taiscomo reprodutores e matrizes, girinos e alevinos, sementes e mudas selecionadas, corretivos do solo, fertilizantes, vacinas e defensivos vegetais e animais;

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atividades que visem especificamente elevao socioeconmica do trabalhador rural, tais como casas de trabalhadores, prdios e galpes para atividades recreativas, educacionais e de sade; estradasquefacilitemoacessoouacirculaonapropriedade; instalaodeaparelhagemdecomunicaoedeenergiaeltrica; bolsas para formao de tcnicos em atividades rurais, inclusive gerentes de estabelecimentos e contabilistas. Comprovao destas despesas Elas sero comprovadas com documentos idneos, tais como nota fiscal, fatura, recibo, contrato de prestao de servios, laudo de vistoria de rgo financiador e folha de pagamento de empregados, identificando adequadamente a destinao dos recursos. A nota fiscal simplificada e o cupom de mquina registradora, desde que identifiquem o adquirente, so documentos hbeis para comprovar despesas efetuadas pelas pessoas fsicas na apurao do resultado da atividade rural. I) GANHOS DE CAPITAL Para efeitos tributrios, considera-se ganho de capital a diferena positiva entre o valor de alienao do imvel e o respectivo custo de aquisio. OPERAEs sUjEITAs APURAO DO gANhO DE CAPITAL I alienao, a qualquer ttulo, de imvel rural ou direitos a sua aquisio, cesso ou promessa de cesso de direitos a sua aquisio, tais como as realizadas por compra e venda, permuta, adjudicao, desapropriao, dao em pagamento, doao, procurao em causa prpria, promessa de compra e venda, cesso de direitos ou promessa de cesso de direitos e contratos afins. II transferncia de propriedade de imvel rural e direitos sua aquisio, por sucesso, a herdeiros, meeiro, legatrios ou donatrios como adiantamento da legtima, bem assim a cada cnjuge, na hiptese de dissoluo da sociedade conjugal ou da unidade familiar, quando o sucessor optar pela incluso dos referidos bens e direitos, na sua declarao de rendimentos, por valor superior quele pelo qual constavam da declarao do de cujus, do doador ou do cnjuge declarante, antes da dissoluo da sociedade conjugal ou da unidade familiar.

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J) TRIBUTAO DO GANHO DE CAPITAL Incidncia O ganho de capital sujeita-se incidncia do Imposto de Renda, sob a forma de tributao definitiva, na alquota de 15%. O clculo e o pagamento do imposto devido sobre o ganho de capital na alienao da terra nua e direitos sua aquisio devem ser efetuados em separado dos demais rendimentos tributveis recebidos no ms, quaisquer que sejam. O imposto incidente sobre ganhos de capital no compensvel na Declarao de Ajuste Anual. No-incidncia No incide o imposto sobre o ganho de capital decorrente de indenizao do valor da terra nua na desapropriao para fins de reforma agrria. Neste caso, a parcela da indenizao correspondente s benfeitorias ser computada como receita da atividade rural quando estas tiverem sido deduzidas como custo ou despesa. IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURDICA Empresa rural O Estatuto da Terra (Lei no 4.504/64, art. 4o, VI) define empresa rural como o empreendimento de pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, que explore econmica e racionalmente imvel rural, dentro de condies de rendimento econmico (...) da regio em que se situe e que explore rea mnima agricultvel do imvel, segundo padres fixados, pblica e previamente, pelo Poder Executivo. Para esse fim, equiparamse s reas cultivadas as pastagens, as matas naturais e artificiais e as reas ocupadas com benfeitorias. Com efeito, a definio de empresa rural reconhece como empresrio pessoa fsica ou pessoa jurdica privada, advindo da um primeiro rol de agentes capazes de exercer a iniciativa da empresa.

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J a legislao tributria, quando regula o pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurdica e da Contribuio Social sobre o Lucro das pessoas jurdicas, determina que aquelas que exploram atividade rural pagaro esses tributos da mesma forma que as demais pessoas jurdicas. A empresa rural como sociedade mercantil A distino entre sociedade civil e sociedade comercial est no objeto social, e no na sua forma ou na inteno das partes. No o comerciante quem se declara assim, mas quem faz da mercancia profisso habitual. Da mesma forma, no a sociedade mercantil aquela a que os scios do o nome e a forma de sociedade comercial, mas, unicamente, aquela cujo objeto qualquer das atividades consideradas mercancia pela lei comercial. Assim, se a atividade de produo de uma empresa industrial no comercial, a venda de seus produtos , desde que a produo seja realizada com a finalidade de ser vendida. Do mesmo modo, deve ser considerada comercial a venda feita pelo produtor rural de sua colheita; se o plantio e a colheita, em si, no so comerciais, a venda dos produtos deve ser admitida como tal, e, nesse caso, as relaes decorrentes dessa venda devem ser consideradas mercantis. Pessoa jurdica rural O Imposto de Renda da Pessoa Jurdica rural ser devido medida que os rendimentos, ganhos e lucros forem sendo auferidos. So contribuintes do Imposto de Renda as pessoas jurdicas que exploram atividades rurais e tero seus lucros apurados de conformidade com as normas aplicveis s demais pessoas jurdicas, observadas as disposies especficas. A base de clculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data da ocorrncia do fato gerador, o lucro real, presumido ou arbitrado correspondente ao perodo de apurao.

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Obrigaes tributrias exclusivas da pessoa jurdica rural ContribuioSocialsobreoLucro(CSL); ContribuioCofinsePIS/Pasep. Pessoa fsica x pessoa jurdica Um questionamento comum entre os produtores rurais diz respeito ao tipo de inscrio que ele deve manter junto a Secretaria da Receita Federal: pessoa fsica (CIC) ou pessoa jurdica (CNPJ)? Para terminar com esta dvida, basta observar o nmero de impostos e contribuies que cabe a cada um. Enquanto a pessoa fsica paga imposto sobre o resultado da atividade rural (em mdia com alquota de 15%, dependendo da situao do produtor), uma pessoa jurdica que recolha sobre o lucro presumido, prtica mais comum no Brasil, pode alcanar uma alquota de 25% (dependendo tambm de cada situao). A pessoa jurdica alm do imposto sobre a atividade principal possui obrigaes tributrias especficas como a CSL (alquota de 12% da receita bruta menos dedues), Cofins (alquota de 7,6%) e PIS/Pasep (alquota de 0,65% + 1% da folha de salrios). A contribuio para a Previdncia Social do produtor rural pessoa fsica de 2,2% de sua receita bruta, cabendo pessoa jurdica o mesmo percentual de contribuio. Mas e se o produtor rural optar pela inscrio como microempresa ou empresa de pequeno porte submetida ao regime do Simples (Lei no 9.317/96)? A opo pelo Simples depende de convnios com a prefeitura e governo estadual. Alm disso, depender do enquadramento: microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP) para determinao da alquota do imposto. A condio de pessoa fsica a menos onerosa para o produtor rural.

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ICMS - IMPOSTO SOBRE CIRCULAO DE MERCADORIAS

O ICMs (Imposto sobre operaes relativas Circulao de Mercadorias e sobre a prestao de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicaes) incide sobre as operaes com mercadorias e sobre a prestao de servios de transporte e comunicaes, ainda que elas se iniciem no exterior. contribuinte do ICMs o produtor rural pessoa fsica ou jurdica, uma vez que realize venda de seus produtos agropecurios cultivados em sua propriedade rural. Isso porque revela capacidade contributiva, tem relao pessoal e direta com a situao que constitui o respectivo fato gerador, e realiza operaes relativas circulao de produtos.

A) INSCRIO DO PRODUTOR RURAL O produtor no equiparado a comerciante ou industrial dever, antes do incio de suas atividades, inscrever-se no Cadastro Geral de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro (Caderj). Os procedimentos detalhados para sua inscrio encontram-se na Resoluo SEF no 2.861 de 28/10/97. Para efetuar a inscrio no Cadastro Pessoa Fsica Contribuinte do CAD ICMS voc dever adquirir, em qualquer papelaria, um formulrio de solicitao de inscrio, o Docad, cujo preenchimento auto-explicativo. O pedido de inscrio no Cadastro Pessoa Fsica Contribuinte exigir, alm do Docad, cpia dos seguintes documentos: documento de inscrio no Cadastro de Pessoas Fsicas do Ministrio da Fazenda CPF; documentodeidentidade;e comprovantedepropriedadedoimvelondeorequerenteexercersuaatividadeou de instrumento que autorize sua ocupao, devidamente acompanhado do ttulo de propriedade do imvel.

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A inscrio dever ser feita na repartio fiscal do municpio em que se localiza a sede da propriedade ou, em sua falta, na repartio do municpio em que se localiza a maior parte de sua rea no estado. B) LOCAL DO EXERCCIO DA ATIVIDADE Lugar, construdo ou no, onde o produtor agropecurio exerce a sua atividade, em carter permanente ou temporrio, bem como o local onde se encontram armazenados ou depositados os produtos-objetos de sua atividade, ainda que pertena a terceiros. C) RESPONSABILIDADE De modo geral, a legislao concorda que, na medida do possvel, os impostos devem ser exigidos do contribuinte, afinal, o realizador do fato imponvel. ele que deve figurar no plo passivo da obrigao tributria. Em circunstncia especial, porm, admite-se que a carga tributria seja suportada, num primeiro momento, por terceira pessoa, juridicamente relacionada com o contribuinte: o substituto tributrio. notvel na legislao pertinente que, na substituio tributria, o contribuinte que originalmente ficaria no plo passivo da relao jurdico-tributria, em virtude da aplicao da regra geral, tem excluda sua responsabilidade pelo pagamento do imposto. Em seu lugar, entra o substituto tributrio, este sim o nico responsvel pelo cumprimento da obrigao tributria. Tambm cabe observar que, caso o substituto que sempre ser um contribuinte deixe de recolher o imposto devido na operao, o estado credor no poder cobrar o dbito desse contribuinte substitudo. A lei no lhe atribui nenhuma responsabilidade, nem subsidiria. A doutrina distingue, relativamente ao ICMS, duas espcies de substituio tributria: substituio tributria para trs Nesse caso, o adquirente dos produtos agropecurios substitui o alienante, que se encontra, na cadeia de operaes relativas aos produtos, antes dele. Essa espcie de substituio resulta no recolhimento do imposto aps a ocorrncia do fato gerador do imposto.

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O ICMS incide na sada dos produtos agropecurios do estabelecimento do produtor com destino cooperativa de que faa parte. Entretanto, o responsvel pelo pagamento do tributo a cooperativa, a qual recolher o ICMS junto com o relativo s operaes prprias, desde que o produtor e a cooperativa estejam situados no mesmo estado. substituio tributria para frente Aqui ocorre o oposto. O alienante (anterior na cadeia) substitui o adquirente, posicionado aps aquele, da a expresso para frente. Nessa hiptese, h a antecipao do recolhimento do imposto antes da ocorrncia do fato gerador. A substituio para frente permitida pelo 7o do art. 150 da Constituio Federal, em virtude da Emenda Constitucional no 3/93.

D) BASE DE CLCULO sobre a base de clculo que se aplica alquota do imposto, sendo matria indispensvel para o clculo do imposto devido. Como regra geral, a base de clculo do ICMS nas sadas de produtos agropecurios o valor da operao da qual decorrem.

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E) PAUTA DE VALORES Com a finalidade de simplificar a fiscalizao e a arrecadao do imposto, o Estado poder adotar a pauta de valores, fixando periodicamente os valores mnimos que incidiro nas operaes, com determinadas espcies de produtos. importante frisar o seguinte aspecto: se o valor da operao for superior pauta, ser adotado o valor superior; em caso contrrio, ser o valor da pauta.

Pauta com presuno relativa Nada impede que a autoridade competente estabelea, em carter normativo, o valor de determinados produtos para o fim de serem estes considerados na cobrana do ICMS, nos casos de ausncia, ou de inidoneidade do documento legalmente exigvel, para expressar o valor da operao, sobre a qual incide o imposto.

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Pauta com fico ou com presuno legal absoluta Embora produzam, em princpio, o mesmo efeito prtico, fico e presuno legal absoluta no se confundem, e a distino eventualmente pode ser relevante. Na presuno legal absoluta, a lei determina que se tenha como ocorrido, ou existente, fato que provavelmente ocorreu ou existe. Apenas elimina, por questo de ordem prtica, a disputa em torno da prova, fazendo-a desnecessria. H presuno legal quando a imposio legal de verdade diz respeito a algo que provavelmente verdade, enquanto a fico legal diz respeito imposio de verdade de algo que, provavelmente ou com toda a certeza no . F) BASE DE CLCULO REDUZIDA Como regra, a legislao do ICMS dos estados contempla a reduo da base de clculo do imposto de determinados produtos agropecurios como medida de estmulo produo. Alguns estados tambm fazem uso da base de clculo reduzida para determinados insumos agropecurios como medida de reduo do custo final do produto. A Lei Estadual no 4.177 de 29/9/03 concedeu incentivos fiscais a diversos produtos agropecurios atravs da reduo da base de clculo. Quando o valor da base de clculo for diverso do valor da operao, o contribuinte deve mencionar essa circunstncia no documento fiscal, indicando o dispositivo pertinente legislao, bem como o valor sobre o qual tiver sido calculado o imposto. G) ALQUOTAS DO ICMS Alquota um termo matemtico. Em direito tributrio, o termo geralmente usado para designar a relao entre o valor do imposto e o valor tributado. As alquotas podem ser: ad valorem e especficas. A alquota expressa em percentual, que se aplica sobre um valor determinado pela base de clculo, ad valorem. Nos impostos em geral as alquotas so ad valorem. A alquota expressa em unidade de quantificao, como peso ou medida, especfica. Essa espcie de alquota especialmente adequada, e necessariamente utilizada nos impostos in natura, ou in labore, que no existem no atual sistema tributrio brasileiro. Pode-se concluir que a alquota do ICMS um percentual que, incidindo sobre a base de clculo, resulta o imposto devido.

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Alquotas do ICMs no Estado do Rio de janeiro Como o ICMS tem carter seletivo, em funo da essencialidade dos produtos, o estabelecimento das alquotas obedece ao critrio poltico do legislador estadual, no que concerne s operaes internas e importao do exterior, e do Senado Federal, no que concerne a operaes interestaduais. No Estado do Rio de Janeiro, at a Lei no 4.177 de 29/9/03 os produtos agropecurios sofriam a incidncia de duas alquotas: 7%paraosprodutosqueconstamdacestabsicaestadualconformeConvnioConfaz no 128 de 1994 (Lei n 2.429/95); 18%paraosdemaisprodutos. Produtos que compem a Cesta Bsica no Estado do Rio de Janeiro Item1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

Mercadoriafeijo arroz acar refinado e cristal leite lquido ou em p caf torrado ou modo sal de cozinha gado, frango e galinha, bem como os produtos comestveis resultantes de sua matana, em estado natural, resfriado ou congelado po francs de at 200g leo de soja farinha de mandioca farinha de trigo, inclusive pr-mistura destinada exclusivamente fabricao de pes massa de macarro desidratada sardinha em lata salsicha, lingia e mortadela charque pescado, exceto crustceo, salmo, hadoque, bacalhau e moluscos, exceto mexilho alho margarina vegetal, exceto creme vegetal, acondicionada em embalagem de at 500g fub de milho

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Benefcios fiscais para o agronegcio no Estado do Rio de Janeiro (contidos na Lei no 4.177/03 e legislao complementar) Com o objetivo de estimular a produo agropecuria do Estado do Rio de Janeiro, o governo estadual editou a Lei no 4.177/03 introduzindo benefcios fiscais para diversas operaes internas do setor. De forma resumida, as operaes previstas so: BeneficirioEmpresas cujos projetos venham a ser aprovados pela Comisso de Avaliao a que se refere o art. 13 da Lei n 4.177/03. Agroindstrias artesanais.

Benefcio fiscalDiversos mecanismos de presuno de crdito do ICMS para operaes interestaduais e reduo na base de clculo esto dispostos nos quatro incisos.

Reduo na base de clculo do ICMS em 100%. Crdito presumido de 7% para o adquirente comerciante. Reduo na base de clculo do ICMS em 100%.

Operao interna com flores, plantas, produtos orgnicos e artesanais realizada por agroindstria no classificada como agroindstria artesanal. Operao interna com produtos agrcolas semiprocessados realizada por unidade industrial estabelecida no Estado do Rio de Janeiro. Operao com produtos de origem animal, exceto produtos lcteos, realizada por produtor rural e agroindstrias no enquadrados nos itens anteriores. Operao interna, cujo destinatrio seja indstria de processamento de produtos agropecurios localizada no Estado do Rio de Janeiro. Operao interna, realizada por cooperativa agropecuria, com mercadoria industrializada pela mesma cooperativa.

Reduo em 1/3 na base de clculo do ICMS.

vedado a este contribuinte o aproveitamento dos crditos do imposto relativo aos insumos por ele adquiridos.

Reduo em 100% na base de clculo do ICMS.

Reduo em 1/3 na base de clculo do ICMS.

A agroindstria artesanal foi a novidade implementada por esta legislao, sendo definida como aquela que emprega at 20 empregados e apresenta faturamento bruto anual de at 110 mil UFIR-RJ.

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Diferimento do ICMs Com o objetivo de facilitar a arrecadao do ICMS, a legislao tributria prev o diferimento, ou seja, o estado permite que o tributo devido em relao a uma operao seja recolhido em etapa posterior. Nas operaes internas realizadas no Estado do Rio de Janeiro dado um tratamento especial s cooperativas de produtores, quanto ao recolhimento do ICMS, que s se verifica na sada dos produtos da cooperativa para venda a terceiros. So tambm amparadas pelo diferimento do ICMS: a sada de produtos agropecurios de produo prpria, promovida por produtor agropecurio para estabelecimento de cooperativa de que faa parte no mesmo estado; a sada de produtos agropecurios de estabelecimento de cooperativa para estabelecimento de outra cooperativa, de cooperativa central ou de federao de cooperativas de que a cooperativa de produo remetente faa parte. OBRIGAES ACESSRIAS DO PRODUTOR RURAL Nota fiscal de produtor Toda vez que ocorre sada do estabelecimento produtor ou comercial de produtos ou mercadorias obrigatria a emisso da nota fiscal, documento impresso conforme modelo disposto no Regulamento do ICMS do Estado do Rio de Janeiro, Livro VI, seo IV. O Sistema Nacional Integrado de Informaes Econmico-Fiscais (Sinief) aprovou o Ajuste no 09/97, normatizando a confeco da nota fiscal de produtor na seo II dos arts. 18 a 62, procedimento convalidado pela Secretaria de Estado de Receita. A seo V do convnio Sinief s/no, de 15/12/1970, trata da nota fiscal de produtor, documento exigido pelo rgo de fiscalizao estadual das pessoas fsicas e jurdicas que exploram a atividade rural, e que promovem sadas de produtos agropecurios de seus estabelecimentos.

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hipteses de emisso de nota fiscal de produtor O estabelecimento de produtor agropecurio emitir nota fiscal de produtor, modelo 4: semprequepromoverasadademercadoria; natransmissodepropriedadedemercadoria; sempre que no estabelecimento entrarem mercadorias ou bens, real ou simbolicamente; emoutrashiptesesprevistasnalegislaotributria. OBS: Sem prejuzo de outras hipteses definidas em ato do Secretrio de Estado de Fazenda e Controle Geral, fica dispensada a emisso de nota fiscal de produtor no transporte manual do produto primrio da agricultura e da criao, excluda a conduo de rebanho. Confeco, indicaes e modelo Todo contribuinte inscrito no Cadastro do ICMS (CAD-ICMS) tem o direito de solicitar a confeco de documentos fiscais para dar amparo s suas operaes. Os documentos fiscais usuais, alm dos aprovados por regime especial, somente podem ser impressos mediante prvia autorizao da repartio fiscal de circunscrio do contribuinte requerente, mediante o preenchimento do formulrio Autorizao para Impresso de Documentos Fiscais (AIDF). A AIDF deve ser pedida com: layout,emtrsvias,dodocumentoaserimpresso; comprovantedepagamentodataxadeserviosestaduais. O documento fiscal deve ser numerado, por espcie, em todas as vias (no caso da nota do produtor so quatro vias), em ordem crescente de 1 a 999.999, e enfeixados em blocos uniformes de 20, no mnimo, ou de 50, no mximo. O prazo de utilizao da nota de produtor modelo 4, contado da data do deferimento da AIDF de 48 meses (RICMS livro VI, seo IX). A data-limite para emisso do documento fiscal dever estar impressa tipograficamente em todas as vias.

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Os documentos fiscais no podem conter emenda ou rasura, e sero emitidos por decalque a carbono, em papel carbonado ou autocopiativo, devendo ser preenchidos datilograficamente ou manuscritos a tinta, ou por sistema eletrnico de processamento de dados, ou por equipamento de controle fiscal, com seus dizeres e indicaes legveis, em todas as vias. Quando o documento fiscal for cancelado, conservar-se-o no talonrio, no formulrio contnuo ou nos jogos soltos, todas as suas vias, com declarao do motivo que houver determinado o cancelamento, e referncia, se for o caso, ao novo documento emitido. O motivo do cancelamento do documento fiscal ser anotado, tambm, no livro fiscal prprio, na coluna Observaes. No pode ser cancelado o documento fiscal que tiver sido escriturado no livro fiscal prprio, ou que tiver dado trnsito mercadoria. Destinao das vias A nota fiscal de produtor ser emitida, no mnimo, em trs vias ou, em se tratando de remessa para outra unidade da Federao ou sada para o exterior, no mnimo, em quatro vias. A destinao das vias, segundo o livro VI, art. 33, 2o do RICMS, a seguinte: 1a via acompanhar a mercadoria e ser entregue, pelo transportador, ao destinatrio;

2a via ficar em poder do emitente, presa ao bloco ou, no caso de formulrio contnuo ou jogo solto, arquivada conforme dispuser a legislao especfica, para controle do Fisco; 3a via - nas operaes internas: acompanhar a mercadoria e ser entregue, pelo transportador, ao destinatrio, podendo o Fisco deste estado ret-la, visando a 1a via, se interceptar a mercadoria correspondente em sua movimentao, ou ainda arrecad-la, se j em poder do destinatrio, devendo ser conservada at a escriturao do documento; - nas operaes interestaduais acompanhar a mercadoria para fins de controle do Fisco na unidade da Federao de destino; - nas sadas para o exterior em que o embarque se processar em outra unidade da Federao: acompanhar a mercadoria para ser entregue ao Fisco estadual do local de embarque;

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4a via - nas operaes internas, salvo disposio em contrrio, fica dispensada sua emisso; - nas operaes interestaduais e nas sadas para o exterior em que o embarque se processar em outra unidade da Federao, acompanhar a mercadoria no seu transporte, destinando-se ao controle do Fisco deste estado, que poder ret-la, visando a 1a via, se interceptar a mercadoria correspondente em sua movimentao. Declarao Anual para o IPM Declan-IPM Documento destinado a apurar o Valor Adicionado a ser utilizado no clculo dos ndices de Participao dos Municpios no Produto da Arrecadao do ICMS, nos termos do art. 3o da Lei Complementar Federal no 63/90. Anualmente, so calculados e publicados no Dirio Oficial do Estado os ndices Provisrios de Participao dos Municpios, que podem ser contestados, pelos municpios, no prazo de 30 dias aps a sua publicao. Concluda a anlise dos recursos apresentados, so calculados e publicados os ndices Definitivos de Participao dos Municpios, os quais so aplicados sobre o total de 25% da arrecadao do ICMS do estado, para a distribuio prevista no inciso IV do art. 158 da Constituio Federal de 1988. O ndice de Participao dos Municpios (IPM) calculado, para cada municpio, na proporo de 3/4 em funo do Valor Adicionado nas operaes relativas circulao de mercadorias e nas prestaes de servios realizadas em seu territrio, conforme apurado atravs da DeclanIPM, e de 1/4, em funo de critrios definidos na Lei Estadual no 2.664/96 e na Lei Estadual n 5.100/2007. A Declan-IPM informar os valores das mercadorias sadas, acrescido do valor das prestaes de servios, no territrio do contribuinte, deduzido o valor das mercadorias entradas, em cada ano civil, correspondendo, o resultado, ao Valor Adicionado.

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TRANSFERNCIA E UTILIZAO DE SALDO CREDOR DE ICMS (Decreto n 40.625 de 28/02/2007 e Resoluo SEFAZ n. 021/2007, em substituio ao Decreto No. 38.233 de 14/09/2005) Em benefcio da cadeia produtiva leiteira fluminense, estabelecimentos industriais, produtores, cooperativas e associaes de produtores de laticnios podero transferir os saldos credores do ICMS, regularmente acumulados e devidamente reconhecidos e homologados pela Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro, para outro contribuinte estabelecido no territrio fluminense, mediante pagamento em espcie. Os saldos credores podero ser utilizados em no mnimo 12 parcelas iguais, mensais e sucessivas, para compensao com dbitos do ICMS e para pagamento de crdito tributrio do ICMS, ambos do prprio adquirente, desde que no inscrito em dvida ativa, inclusive o espontaneamente denunciado. Para o apoio atividade produtiva leiteira fluminense, 50% do valor de compra do crdito escriturado, em qualquer data, dever ser depositado pelo adquirente conta PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA PECURIA LEITEIRA - PDPL, mantida junto ao Banco do Brasil.

VEDAO DA APROPRIAO DE CREDITO DE ICMS NAS ENTRADAS DECORRENTES DE OPERAES INTERESTADUAIS (Decreto n 39.855 de 05 de setembro de 2006)

O crdito de ICMS correspondente s entradas de mercadorias a qualquer ttulo, decorrentes de operaes interestaduais, para estabelecimentos que se beneficiem de incentivos fiscais concedidos em desacordo com a legislao de regncia do imposto, ser admitido na mesma proporo em que o imposto venha sendo efetivamente recolhido unidade da Federao de origem dos remetentes.

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ITR - IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL

IMPOsTO sOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL - ITR incide inclusive sobre o imvel declarado de interesse social para fins de reforma agrria, enquanto no transferida a propriedade, exceto se houver imisso prvia da posse.

Fato gerador Propriedade, domnio til ou posse a qualquer ttulo de imvel rural localizado fora da zona urbana do municpio, em 1o de janeiro de cada ano. Imvel rural rea contnua, formada de uma ou mais parcelas de terras, localizadas na zona rural do municpio. Imunidade Por disposio constitucional, o ITR no incide sobre pequenas glebas rurais, quando exploradas, s ou com sua famlia, pelo proprietrio que no possua outro imvel. Pequenas glebas rurais so os imveis com rea igual ou inferior a: 100ha, se localizado em municpio compreendido na Amaznia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense; 50ha,selocalizadoemmunicpiocompreendidonoPolgonodasSecasounaAmaznia Oriental; 30ha,selocalizadoemqualqueroutromunicpio. Iseno So isentos do imposto, de acordo com o art. 3o da Lei no 9.393/96:

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1. O imvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrria, caracterizado pelas autoridades competentes como assentamento, que, cumulativamente, atenda aos seguintes requisitos: sejaexploradoporassociaooucooperativadeproduo; afraoidealporfamliaassentadanoultrapasseoslimitesestabelecidosparaas pequenas glebas rurais; oassentadonopossuaoutroimvelruralouurbano; 2. O conjunto de imveis rurais de um mesmo proprietrio, cuja rea total observe os limites fixados para as pequenas glebas rurais, desde que, cumulativamente, o proprietrio: oexploresoucomsuafamlia,admitidaajudaeventualdeterceiros; nopossuaimvelurbano.

Ajuda eventual de terceiros o trabalho, remunerado ou no, de natureza eventual ou temporria, realizado nas pocas de maiores servios. Por exemplo, o auxlio de camponeses em determinados tipos de colheitas, que exigem aumento de mo-de-obra. Sujeitam-se, entretanto, ao pagamento do ITR os imveis que tenham reas exploradas em parceria ou arrendamento. CONTRIBUINTE Proprietrio Quem tem o direito de propriedade sobre determinada coisa, mvel ou imvel. o titular desse direito. Titular do domnio til Aquele que adquiriu o imvel rural por enfiteuse ou aforamento. Enfiteuse ou aforamento o contrato pelo qual o proprietrio ou senhorio de um imvel atribui a outrem o seu domnio til, mediante o pagamento de uma penso, ou foro anual, certa e invarivel, para que o senhorio til possua e desfrute como prprio o mesmo imvel.

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Possuidor por usufruto Ou seja, o usufruturio, a pessoa em beneficio de quem se estabelece o usufruto. O usufruturio pode usar os bens dados em usufruto, perceber os frutos que produzam e gozar dos objetos sobre que o usufruto se estabelece como se fora o proprietrio. Possuidor a qualquer ttulo Aquele que tem a posse do imvel: comjustottuloeboa-f; semoposio,independentementedejustottuloeboa-f; porocupaoautorizada,ouno,pelopoderpblico; porpromessaoucompromissoparticulardecompraevenda.

Nota: No se considera contribuinte do ITR o parceiro ou arrendatrio de imvel explorado por contrato de parceria ou arrendamento. Responsvel responsvel pelo crdito tributrio o sucessor, a qualquer ttulo, nos termos dos arts. 130 a 132 da Lei no 5.172, de 25/10/1966 (CTN). DECLARAO DO ITR Os contribuintes do ITR esto obrigados a apresentar, anualmente, a Declarao do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR). A DITR compe-se de dois documentos: o Documento de Informao e Atualizao Cadastral (DIAC) e o Documento de Informao e Apurao do ITR (DIAT). Deve ser apresentada uma declarao do ITR para cada imvel rural que o contribuinte possuir. Em relao ao imvel rural pertencente a esplio, esse deve ser declarado pelo inventariante e, se este ainda no tiver sido nomeado, a declarao deve ser apresentada por seu sucessor natural.

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No exigida anexao de qualquer documento DITR. O contribuinte deve guardar em seu poder os documentos utilizados no preenchimento da declarao, visto que a Secretaria da Receita Federal poder solicitar a comprovao dos dados declarados durante 5 anos. O imvel rural que for titulado a vrias pessoas, enquanto for mantido indiviso, dever ser declarado apenas por um dos titulares, na condio de condmino declarante. Se nenhum dos condminos apresentar a DITR, poder ser exigido o crdito tributrio de qualquer um deles. MEIOS DISPONVEIS PARA DECLARAR Formulrioimpressocomquatropginas; Meioeletrnico:adeclaraopodeserpreenchidacomusodecomputador,mediante a utilizao do programa gerador da declarao do ITR. Documento de Informao e Atualizao Cadastral (DIAC) Os contribuintes do ITR, inclusive os isentos e imunes, esto obrigados a cadastrar seus imveis rurais junto a unidade local da Secretaria da Receita Federal, por meio do Documento de Informao e Atualizao Cadastral do ITR (DIAC). Ele destina-se a coletar informaes cadastrais dos imveis rurais e seus proprietrios, bem como qualquer alterao ocorrida. obrigatria, no prazo de sessenta dias, contado de sua ocorrncia, a comunicao das seguintes alteraes: demembramento; anexao; transmisso, por alienao da propriedade ou dos direitos a ela inerentes, a qualquer ttulo; sucesso causa mortis; cesso de direitos; constituio de reservas ou usufruto. A comunicao dever ser realizada atravs dos formulrios prprios, Cafir - Diac Cancelamento, Cafir - Diac Comunicao de Alienao e Facir - Formulrio de Atualizao

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Cadastral do Imvel Rural, disponibilizados pela Receita no site www.receita.fazenda.gov. br/GuiaContribuinte/Formularios.htm. A inscrio do imvel rural no Cafir, e os efeitos decorrentes, no geram qualquer direito ao proprietrio, ao titular do domnio til e ao possuidor a qualquer ttulo. Documento de Informao e Apurao do ITR (DIAT) Destina-se apurao do ITR para imveis com imposto a pagar. Nessa declarao, devem constar o Valor da Terra Nua (VTN) e as demais informaes necessrias apurao do valor do imposto correspondente ao imvel. O Valor da Terra Nua deve refletir o preo de mercado de terras, apurado em 1o de janeiro do ano a que se referir a DITR, e ser considerado auto-avaliao da terra nua a preo de mercado. O Valor da Terra Nua declarado servir de base para: o depsito judicial na hiptese de desapropriao do imvel para fins de reforma agrria; a penhora ou arresto na lavratura do termo ou auto de penhora, na hiptese de execuo de dvida ativa; aapuraodeganhodecapital,nostermosdalegislaodoImpostodeRenda. Apurao e pagamento do ITR A apurao e o pagamento do ITR so efetuados pelo contribuinte, nos prazos e condies estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal, sujeitando-se homologao posterior O valor do imposto ser apurado de acordo com a declarao do proprietrio, aplicando-se sobre o Valor da Terra Nua Tributvel (VTNT) a alquota correspondente, prevista no Anexo da Lei no 9.393 de 1996, considerados a rea total do imvel e o Grau de Utilizao (GU). Quanto maior for o nvel de utilizao da terra, menor ser a alquota devida e, portanto, o imposto a ser pago.

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Entrega da DITR fora do prazo A entrega da DITR fora do prazo estabelecido sujeita o contribuinte multa de: 1% ao ms ou frao sobre o imposto devido no inferior a R$ 50, sem prejuzo da multa e dos juros de mora pela falta ou insuficincia de recolhimento do imposto ou quota, tratando-se de imveis sujeitos apurao do ITR; R$50,noscasosdeimveisimunesouisentosdoITR. Essa multa ser objeto de lanamento. Procedimentos de ofcio No caso de falta de entrega da DITR, bem como de subavaliao ou prestao de informaes inexatas, incorretas ou fraudulentas, a Secretaria da Receita Federal proceder determinao e ao lanamento de ofcio do imposto, considerando as informaes sobre preos de terras constantes de seu cadastro e os dados de rea total, rea tributvel e grau de utilizao do imvel, apurados em procedimentos de fiscalizao. As multas cobradas em virtude do lanamento de ofcio so as aplicveis aos demais tributos federais, ou seja: 75%,noscasosdefaltadedeclaraoenosdedeclaraoinexata; 150%,noscasosdeevidenteintuitodefraude.

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CONTRIBUIO SINDICAL RURAL

CsR - Contribuio sindical Rural, devida por todos aqueles que participam de determinada categoria econmica ou profissional, ou ainda de profisso liberal, em favor da mesma categoria ou profisso (arts. 578 a 591 da Consolidao das Leis do Trabalho). livre a associao profissional ou sindical, com criao independente de autorizao estatal, sendo expressamente vedada a interferncia e a interveno do poder pblico, nos termos do art. 5o, inciso XVIII, e 8o caput e inciso I da Constituio Federal. Tem carter tributrio, de exigncia compulsria, independentemente de o contribuinte ser ou no filiado a sindicato, nos termos do dispositivo constitucional previsto no art. 149.

CONTRIBUINTES A Contribuio Sindical do Empresrio ou Empregador Rural devida por todos os produtores rurais pessoas fsicas ou jurdicas, que explorem atividades econmicas rurais, observado o seguinte: a pessoa fsica ou jurdica que, tendo empregado, empreende, a qualquer ttulo, atividade econmica rural; proprietrio ou no que mesmo sem empregado, em regime de economia familiar, explore imvel rural que absorva toda fora de trabalho e lhe garanta subsistncia e progresso social e econmico em rea superior a dois mdulos da respectiva regio; os proprietrios de mais de um imvel rural, desde que a soma de suas reas seja superior a dois mdulos rurais da respectiva regio. COMPETNCIA PARA ADMINISTRAR A CONTRIBUIO Com o advento da Lei no 8.020, de 12/4/1990, foi transferida para a Secretaria da Receita Federal a competncia de administrao das receitas arrecadadas pelo Incra, e para a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional a competncia para a apurao, inscrio e cobrana da respectiva dvida ativa.

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A competncia transferida Secretaria da Receita Federal compreendia as atividades de tributao, arrecadao, fiscalizao e cadastramento rural. A partir do exerccio de 1997, por fora do disposto no art. 24 da Lei no 8.847/94, a competncia para administrar o processo de lanamento, arrecadao e controle da Contribuio Sindical do Empregador Rural passou a ser exercida pelo sistema sindical rural confederao, federaes e sindicatos de produtores rurais, coordenada em todo o pas pela Confederao da Agricultura e Pecuria do Brasil (CNA). BASE DE CLCULO DA CONTRIBUIO Determinada em relao a todos os imveis rurais pertencentes a pessoa fsica e jurdica. Pessoa fsica O Valor da Terra Nua Tributvel (VTNT) da propriedade. Essa base de clculo corresponde soma do VTNT de todos os seus imveis rurais no pas. Pessoa jurdica O valor da Parcela do Capital Social (PCS) atribuda ao imvel rural. Essa base de clculo corresponde soma das parcelas do capital social da pessoa jurdica. ALQUOTAS So decrescentes em funo do Valor da Terra Nua tributvel (VTNT pessoa fsica) ou da Parcela do Capital Social (PCS pessoa jurdica), variando entre 0,8% e 0,02%. Aplicada sobre a base de clculo da contribuio mais a parcela adicional, resultar o valor a ser recolhido como Contribuio Sindical Rural. Os valores mnimo e mximo da contribuio so estabelecidos por exerccio. Parceiros e arrendatrios Esto obrigados ao pagamento da Contribuio Sindical Rural os parceiros e arrendatrios, recolhendo-a em favor da respectiva entidade sindical, conforme se enquadrem nas definies descritas nos incisos I e II, respectivamente, do art. 1o do Decreto-lei no 1.166/71.

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Pequeno proprietrio O pequeno proprietrio, mesmo que titular de mais de um imvel, cuja soma das reas no alcance dois mdulos rurais, que no possua empregados, recolhe a contribuio sindical (Contag), cobrada pela respectiva entidade sindical, na importncia de 30% do maior valor de referncia vigente no pas. Vencimento A Confederao da Agricultura e Pecuria do Brasil (CNA) envia para o contribuinte uma guia bancria, devidamente preenchida, com o valor devido da Contribuio Sindical Rural. O contribuinte deve pag-la at a data do vencimento, em qualquer agncia bancria. Depois dessa data, a contribuio dever ser paga nas agncias do Banco do Brasil S.A. Pagamento A Contribuio Sindical Rural no pode ser parcelada por fora do art. 580 da CLT e ser recolhida, anualmente, de uma s vez. Lanamento incorreto da contribuio O contribuinte dever procurar seu sindicato rural ou a federao da agricultura do estado para formular o pedido de correo de informaes, levando a documentao que comprove a alterao pretendida Certido do Registro de Imveis, cpia da Declarao do ITR, entre outros. Esse pedido de correo somente poder ser solicitado dentro do prazo de vencimento da contribuio. Penalidades As penalidades aplicveis aos casos de no-pagamento da contribuio sindical esto previstas na Consolidao das Leis do Trabalho (CLT), e so: pagamentocomatrasoseopagamentoforfeitoapsadatadevencimento,sofrer multa de 10% nos 30 primeiros dias, mais um adicional de 2% por ms subseqente de atraso; juros de mora de 1% ao ms;

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no-pagamento da contribuio o Sistema Sindical Rural promover a cobrana judicial. Sem o comprovante de pagamento da Contribuio Sindical Rural, o produtor rural pessoa fsica ou jurdica: nopoderparticipardeprocessolicitatrio; noobterregistrooulicenaparafuncionamentoourenovaodeatividadespara estabelecimentos agropecurios. A no-observncia desses procedimentos pode, inclusive, acarretar, de pleno direito, a nulidade dos atos praticados. CONTRIBUIO SENAR A contribuio ao Servio Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) tem por objetivo a obteno de recursos para desenvolver as atividades de formao profissional e promoo social, por meio de cursos, aulas e treinamentos, garantindo ao homem do campo as bases para sua prosperidade e ascenso social. A contribuio Senar incidente sobre o imvel rural est prevista no artigo 5 do Decretolei n 1.146/70, combinado com o art. 1 do Decreto n 1.989/82. No se confunde com a contribuio mensal compulsria, recolhida Previdncia Social, que tem como base de clculo o valor bruto da comercializao da produo ou a folha de pagamento recolhida pelo produtor rural pessoa fsica segurado especial, produtor rural pessoa fsica contribuinte individual, produtor rural pessoa jurdica, agroindstria, prestador de mo-de-obra rural pessoa jurdica, sindicatos, federaes e confederao patronal rural. Contribuintes A contribuio Senar devida apenas pelos produtores que exercem atividades rurais em imvel sujeito ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR). Somente lanada para os proprietrios titulares de domnio til ou possuidores, a qualquer ttulo, de imveis rurais: comreaentre1eat3mdulosfiscais,queapresentemGraudeUtilizaodaTerra (GUT-ITR) inferior a 30%;

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comreasuperiora3mdulosfiscaiseGraudeUtilizaodaTerra(GUT-ITR)inferiora 80% e GEE inferior a 100%. Competncia para administrar a contribuio O Senar administrado pela Confederao da Agricultura e Pecuria do Brasil (CNA) e dirigido por um colegiado que tem representantes do Poder Executivo, da Organizao das Cooperativas Brasileiras (OCB), da Confederao Nacional da Indstria (CNI) e da Confederao dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Base de clculo da Contribuio senar O valor da Contribuio Senar corresponde ao percentual de 21% do Valor de Referncia Regional (VRR), calculado para cada mdulo fiscal atribudo ao imvel, de acordo com o disposto no art. 1o do Decreto-lei no 1.989/92. O mdulo fiscal, utilizado para o clculo da Contribuio Senar, fixado pelo Incra, por municpio, com base nos critrios estabelecidos no art. 4o do Decreto no 84.685/80. Mdulo Fiscal Significa unidade de medida expressa em hectares, fixada para cada municpio, considerando os seguintes fatores: tipodeexploraopredominantenomunicpio; rendaobtidacomaexploraopredominante; outras exploraes existentes no municpio que, embora no predominantes, sejam significativas em funo da renda da rea utilizada; e conceitodepropriedadefamiliar. Pagamento A contribuio Senar ser recolhida com a Contribuio Sindical Rural, anualmente, de uma s vez.

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BIBLIOGRAFIAANCELES, Pedro Einstein dos Santos. Manual de tributos da atividade rural. 2 edio revista e atualizada. So Paulo. Editora Atlas, 2002. ANCELES, Pedro Einstein dos Santos. Tributao da renda e do patrimnio rural. ESAF Escola de Administrao Fazendria. Distrito Federal, 1999. CDIGO CIVIL BRASILEIRO. Aprovado pela Lei n 10.406, de 10/01/2002 CDIGO TRIBUTRIO NACIONAL. Aprovado pela Lei n 5.172, de 25/10/1966. CONFEDERAO DA AGRICULTURA E PECURIA DO BRASIL. Cartilha da Contribuio Sindical 2008. CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL de 1988. Atualizada at a Emenda Constitucional no 48 de 10/08/2005. FRANA, Pedro Arruda. Contratos agrrios. 3 edio. Rio de Janeiro. Forense, 2000. REGULAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA. Aprovado pelo Decreto n 3.000, de 1999. RIO DE JANEIRO. Decreto n 27.427/2000. Imposto sobre Operaes Relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaes (ICMS). RIO DE JANEIRO. Resoluo SEF n 2.861/1997 (consolidada at a Resoluo SER n 178/2005) Normatizao do Cadastro de Contribuintes do ICMS do Estado do Rio de Janeiro - CAD-ICMS (Resoluo de Cadastro). RIO DE JANEIRO. Instrues de Preenchimento da DECLAN IPM (Disponibilizada pela Portaria SUCIEF n 003/2005). SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL. Carga Tributria no Brasil 2000-2004 (Srie Estudos Tributrios). SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL. Imposto de Renda Pessoa Fsica: Perguntas e Respostas. Ministrio da Fazenda, 2005.

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