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Causes of death statistics/pt Statistics Explained Source : Statistics Explained (https://ec.europa.eu/eurostat/statisticsexplained/) - 30/11/2020 1 Estatísticas sobre causas de morte Dados extraídos em junho de 2020. Atualização prevista do artigo: outubro de 2021. Este artigo apresenta uma panorâmica das estatísticas recentes sobre causas de morte na União Europeia (UE) . Ao relacionar todos os óbitos na população com uma causa de morte subjacente, é possível avaliar os riscos associados à morte por um conjunto de doenças específicas e outras causas. estes valores podem ainda ser analisados por idade, sexo, país em que o óbito ocorreu/residência do falecido e região ( nível 2 da NUTS), utilizando as taxas de mortalidade padronizadas . Principais resultados As informações mais recentes para a UE-27 relativas a causas de morte dizem respeito ao período de referência de 2016, estando, para quase todos os Estados-Membros da UE, disponíveis dados relativos a 2017. O Quadro 1 mostra que as doenças do sistema circulatório e o cancro (neoplasias malignas) foram, de longe, as principais causas de morte na UE-27.

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Causes of deathstatistics/pt Statistics Explained

Source : Statistics Explained (https://ec.europa.eu/eurostat/statisticsexplained/) - 30/11/2020 1

Estatísticas sobre causas de morteDados extraídos em junho de 2020.

Atualização prevista do artigo: outubro de 2021.

Este artigo apresenta uma panorâmica das estatísticas recentes sobre causas de morte na União Europeia (UE). Ao relacionar todos os óbitos na população com uma causa de morte subjacente, é possível avaliar os riscosassociados à morte por um conjunto de doenças específicas e outras causas. estes valores podem ainda seranalisados por idade, sexo, país em que o óbito ocorreu/residência do falecido e região ( nível 2 da NUTS),utilizando as taxas de mortalidade padronizadas .

Principais resultadosAs informações mais recentes para a UE-27 relativas a causas de morte dizem respeito ao período de referênciade 2016, estando, para quase todos os Estados-Membros da UE, disponíveis dados relativos a 2017. O Quadro1 mostra que as doenças do sistema circulatório e o cancro (neoplasias malignas) foram, de longe, as principaiscausas de morte na UE-27.

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Quadro 1: Causas de morte — taxa de mortalidade padronizada, 2017 (por 100 000 habitantes)Fonte: Eurostat (hlth_cd_asdr2)

Evolução entre 2006 e 2016As taxas de mortalidade padronizadas por cancro, isquemia cardíaca e acidentes de transporteseguiram uma trajetória decrescente entre 2006 e 2016

Entre 2006 e 2016, houve uma diminuição de 11,1 % nas taxas de mortalidade padronizadas da UE-27 porcancro nos homens e uma redução de 5,1 % no que se refere às mulheres — ver Gráficos 1 e 2. Registaram-sediminuições mais importantes dos óbitos por isquemia cardíaca, em relação aos quais as taxas de mortalidadebaixaram 28,4 % para os homens e 34,2 % para as mulheres, embora tenham sido registadas diminuições aindamaiores nos óbitos devido a acidentes de transporte, cujas taxas caíram 40,7 % para os homens e 41,3 % paraas mulheres. A taxa de mortalidade padronizada por cancro da mama registou uma diminuição de 6,9 % noque se refere às mulheres, um valor superior à taxa observada para as mulheres relativamente a todos os cancros(5,1 %) . Em contrapartida, as taxas de mortalidade devido a doenças do sistema nervoso aumentaram 23,2 %para os homens e 25,7 % para as mulheres. Nos últimos anos, a taxa de mortalidade padronizada por cancro dopulmão (incluindo também o cancro da traqueia e dos brônquios) diminuiu para os homens e aumentou paraas mulheres. Para os homens, a taxa diminuiu 11,7 % entre 2009 e 2016, enquanto para as mulheres aumentou15,2 % durante o mesmo período.

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Gráfico 1: Causas de morte — taxa de mortalidade padronizada, por 100 000 habitantes, homens,UE-27, 2006-2016 (2006 = 100) Fonte: Eurostat (hlth_cd_asdr) e (hlth_cd_asdr2)

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Gráfico 2: Causas de morte — taxa de mortalidade padronizada, por 100 000 habitantes, mul-heres, UE-27, 2006-2016 (2006 = 100) Fonte: Eurostat (hlth_cd_asdr) e (hlth_cd_asdr2)

Causas de morte nos Estados-Membros da UE-27 em 2017A taxa de mortalidade padronizada por isquemia cardíaca na UE-27 foi de 119,4 óbitos por 100000 habitantes em 2016

As doenças do sistema circulatório incluem as doenças relacionadas com a hipertensão, o colesterol, a dia-betes e o tabagismo. As causas de morte mais comuns no que se refere às doenças do sistema circulatório são asisquemias cardíacas e as doenças vasculares cerebrais. As isquemias cardíacas causaram 119,4 óbitos por 100 000habitantes na UE-27 em 2016. Os Estados-Membros da UE-27 com as taxas de mortalidade padronizadas porisquemia cardíaca mais elevadas foram a Lituânia, a Hungria, a Eslováquia e a Letónia, tendo todos comunicadoentre 369,8 e 536,2 óbitos por 100 000 habitantes em 2017. No outro extremo da escala, a França (dados de2016), os Países Baixos, a Espanha, Portugal, a Bélgica, a Dinamarca, o Luxemburgo e a Itália registaram astaxas de mortalidade padronizadas por isquemia cardíaca mais baixas, todas inferiores a 100 óbitos por 100 000habitantes em 2017. Foi também este o caso no Listenstaine, na Noruega e na Suíça.

A Hungria comunicou as taxas de mortalidade padronizadas por cancro do pulmão e cancrocolorretal mais elevadas

O cancro foi uma das principais causas de morte, com uma média de 257,1 óbitos por 100 000 habitantesna UE-27 em 2016. As formas mais comuns de cancro — todas com taxas de mortalidade padronizadas supe-riores a 10,0 óbitos por 100 000 habitantes — incluíram as neoplasias malignas dos seguintes orgãos: traqueia,brônquios e pulmão; cólon, junção retossigmoide, reto, ânus e canal anal; mama; pâncreas; próstata; estômago,fígado e vias biliares.

A Hungria, a Croácia, a Eslováquia e a Eslovénia foram os países onde as pessoas são mais suscetíveis demorrer de cancro, tendo estes Estados-Membros da UE-27 comunicado mais de 308,1 óbitos por 100 000 habi-

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tantes em 2017. Na Letónia e na Polónia, bem como na Sérvia, as taxas de mortalidade ficaram muito pertodeste nível. A Hungria registou, de longe, a taxa de mortalidade padronizada por cancro do pulmão maiselevada entre os Estados-Membros da UE-27 em 2017 (89,2 óbitos por 100 000 habitantes), seguida da Croácia(68,4 óbitos por 100 000 habitantes), da Polónia e da Dinamarca (67,0 e 66,8 óbitos por 100 000 habitantes,respetivamente). A Sérvia também comunicou uma taxa de mortalidade padronizada elevada (69,3 por 100000 habitantes). Em 2017, a taxa de mortalidade padronizada por cancro colorretal mais elevada tambémfoi registada na Hungria, com 53,1 óbitos por 100 000 habitantes, ao passo que a Croácia registou uma taxapadronizada de 48,4 óbitos por 100 000 habitantes e a Eslováquia uma taxa de 46,9 óbitos por 100 000 habitantes.

As doenças respiratórias foram a terceira causa de morte mais comum na UE-27

A seguir às doenças circulatórias e ao cancro, as doenças respiratórias constituíram a terceira causa de morte maiscomum na UE-27, com uma média de 75,0 óbitos por 100 000 habitantes em 2016. Neste grupo de doenças,as doenças crónicas das vias respiratórias inferiores foram a causa de mortalidade mais comum, seguida deoutras doenças das vias respiratórias inferiores e pneumonia. As doenças respiratórias estão relacionadas coma idade, sendo a grande maioria dos óbitos decorrentes destas doenças registada na pessoas com 65 anos ou mais.

Em 2017, as taxas de mortalidade padronizadas mais elevadas associadas a doenças respiratórias entre osEstados-Membros da UE-27 registaram-se na Irlanda (135,5 por 100 000 habitantes), na Dinamarca (123,5por 100 000 habitantes), em Chipre e em Portugal (116,3 e 116,2 por 100 000 habitantes, respetivamente). ATurquia (158,6 por 100 000 habitantes) e o Reino Unido (136,0 por 100 000 habitantes) também comunicaramtaxas de mortalidade padronizadas elevadas associadas a doenças respiratórias.

As taxas de mortalidade padronizadas mais elevadas ligadas a suicídio registaram-se em Chipre,na Grécia e em Malta

As causas de morte externas incluem, entre outros, óbitos resultantes de ferimentos autoinflingidos (suicídio) ede acidentes de transporte. Embora o suicídio não seja uma das principais causas de morte e seja provável quehaja subdeclaração de dados por parte de alguns Estados-Membros da UE-27, é frequentemente consideradoum indicador importante de problemas sociais. Em média, o suicídio foi responsável por 10,8 óbitos por 100000 habitantes na UE-27 em 2016. Em 2017, as taxas de mortalidade padronizadas por suicídio mais baixasforam registadas em Chipre (4,1 óbitos por 100 000 habitantes), na Grécia e em Malta (4,5 e 4,6 óbitos por100 000 habitantes, respetivamente) tendo sido também registadas taxas relativamente baixas — menos de 8,0óbitos por 100 000 habitantes — na Itália e na Eslováquia. Entre os países terceiros representados no Quadro1, registaram-se taxas baixas na Turquia (3,8 óbitos por 100 000 habitantes) e no Reino Unido (7,5 óbitos por100 000 habitantes). A taxa de mortalidade padronizada por suicídio na Lituânia (25,8 óbitos por 100 000habitantes) foi 2,4 vezes superior à média da UE-27 (dados de 2016).

As taxas de mortalidade padronizadas ligadas a acidentes de transporte mais baixas registaram-sena Suécia, na Irlanda, no Luxemburgo e na Dinamarca

Embora ocorram diariamente acidentes de transporte, a frequência de óbitos causados por acidentes de trans-porte na UE-27 em 2016 (uma taxa de mortalidade padronizada de 6,0 por 100 000 habitantes) foi inferior àfrequência de suicídios. A Roménia, a Croácia e a Polónia registaram as taxas de mortalidade padronizadasmais elevadas (mais de 9,0 óbitos por 100 000 habitantes) devido a acidentes de transporte em 2017, enquantono outro extremo da escala, a Suécia, a Irlanda, o Luxemburgo e a Dinamarca comunicaram entre 2,9 e 3,6óbitos por 100 000 habitantes devido a acidentes de transporte. Entre os países da EFTA , foram igualmentecomunicadas taxas inferiores a 4,0 óbitos por 100 000 habitantes pela Islândia, Noruega e Suíça, tendo a taxamais baixa de todas sido registada no Reino Unido (2,5 óbitos por 100 000 habitantes).

Causas de morte por sexoAs taxas de mortalidade padronizadas foram mais elevadas para os homens do que para as mul-heres em quase todas as principais causas de morte

Exceto no que se refere ao cancro da mama, as taxas de mortalidade padronizadas da UE-27 dos homensforam superiores às das mulheres em todas as principais causas de morte, em 2016 — ver Gráfico 3. As taxasde mortalidade padronizadas por abuso de álcool e dependência de drogas dos homens foram mais de 4,0 vezessuperiores às das mulheres, enquanto na população masculina as taxas de mortalidade por ferimentos autoin-

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fligidos e VIH foram, respetivamente, 3,8 e 3,4 vezes superiores às registadas para as mulheres.

Gráfico 3: Causas de morte — taxa de mortalidade padronizada, UE-27, 2016 (por 100 000habitantes) Fonte: Eurostat (hlth_cd_asdr2)

Embora os óbitos resultantes de cancro tenham sido geralmente mais elevados para os homens do que para asmulheres, há uma série de cancros prevalecentes em apenas um dos sexos, como o cancro da mama nas mulheres,enquanto outros cancros são exclusivos de um dos sexos, como o cancro do útero no caso das mulheres, ou o dapróstata no caso dos homens. O cancro da mama causou 32,7 óbitos por 100 000 mulheres na UE-27 em 2016.Em 2017, as taxas de mortalidade padronizadas mais elevadas registaram-se na Eslováquia (40,7 por 100 000mulheres), no Luxemburgo (40,3 por 100 000 mulheres), na Irlanda (37,8 por 100 000 mulheres), na Hungria(37,4 por 100 000 mulheres) e na Dinamarca (37,2 por 100 000 mulheres). No outro extremo da escala, em 2017,ocorreram menos de 30,0 óbitos resultantes de cancro da mama por 100 000 mulheres em Espanha, na Suécia,na Lituânia, em Portugal, em Malta, na Finlândia, na Chéquia e na Bulgária, bem como no Listenstaine, naNoruega e na Suíça entre os países da EFTA e na Turquia entre os países candidatos à adesão .

A Lituânia, a Hungria, a Eslováquia e a Letónia comunicaram as maiores incidências de isquemiascardíacas entre os homens e as mulheres

Em 2017, as taxas de mortalidade padronizadas por isquemia cardíaca mais elevadas (homens e mulheres)foram registadas na Lituânia, na Hungria, na Eslováquia e na Letónia, ao passo que as incidências mais baixasde óbitos por isquemia cardíaca (homens e mulheres) foram registadas em França (dados de 2016) e nos PaísesBaixos. A incidência de morte por isquemia cardíaca foi sistematicamente mais elevada na população masculinanos Estados-Membros da UE-27 (ver Gráfico 4), tendo a Letónia e a Lituânia registado os maiores diferenciaisentre homens e mulheres — em termos absolutos: na Letónia, a taxa para os homens foi de 544,7 por 100 000habitantes em comparação com 282,0 por 100 000 para as mulheres, o que representa um diferencial de 262,6por 100 000 habitantes; na Lituânia, o diferencial foi de 257,3 por 100 000 habitantes.

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Gráfico 4: Óbitos por isquemias cardíacas — taxa de mortalidade padronizada, 2017 (por 100000 habitantes) Fonte: Eurostat (hlth_cd_asdr2)

Do mesmo modo, as taxas de mortalidade padronizadas por suicídio foram sistematicamente mais elevadas paraos homens do que para as mulheres — ver Gráfico 5. O maior diferencial entre homens e mulheres em 2017verificou-se na Lituânia, em que a taxa para os homens foi de 47,2 por 100 000 habitantes contra 9,1 por 100000 para as mulheres. No entanto, se considerarmos um simples rácio entre as taxas dos homens e as das mul-heres, verifica-se que, na Polónia, a taxa dos homens foi 7,0 superior à das mulheres. Este rácio entre os sexosfoi mais baixo em Espanha, na Finlândia, na Dinamarca, no Luxemburgo, na Bélgica, na Suécia e nos PaísesBaixos, onde as taxas de mortalidade padronizadas por suicídio dos homens foram até 3,1 vezes superiores àsdas mulheres.

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Gráfico 5: Óbitos por suicídio — taxa de mortalidade padronizada, 2017 (por 100 000 habitantes)Fonte: Eurostat (hlth_cd_asdr2)

Causas de morte em 2017 de indivíduos com menos de 65 anos de idadeNos indivíduos com menos de 65 anos de idade, as principais causas de mortalidade foram algo diferentes emtermos da sua importância relativa (ver Quadro 2). O cancro constituiu a principal causa de morte neste grupoetário — com uma taxa de mortalidade padronizada média de 77,3 óbitos por 100 000 habitantes na UE-27 em2016 — seguido das doenças do sistema circulatório (44,8 óbitos por 100 000 habitantes). Contrariamente aosdados para a totalidade da população, as doenças do sistema respiratório não se encontram entre as três causasde mortalidade mais prevalecentes das pessoas com menos de 65 anos: a taxa padronizada para as doenças dosistema respiratório não só foi inferior às taxas para o cancro e as doenças do sistema circulatório, como tambémfoi inferior às taxas de mortalidade para as doenças do sistema digestivo (não apresentadas no Quadro 2), osacidentes (o Quadro 2 apresenta apenas as taxas de mortalidade por acidentes de transporte) e o suicídio.

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Quadro 2: Principais causas de morte de indivíduos com idade inferior a 65 anos, 2017 (taxas demortalidade padronizadas por 100 000 habitantes) Fonte: Eurostat (hlth_cd_asdr2)

As taxas de mortalidade na UE-27 nas pessoas com menos de 65 anos baixaram entre 2006 e 2016 em cada umadas principais causas de morte para as quais existe uma sequência temporal, conforme indicado no Gráfico 6.A descida foi particularmente acentuada em relação aos acidentes de transporte e às isquemias cardíacas, emque a incidência dos óbitos registou uma diminuição de 44,6 % e 32,7 %, respetivamente, durante o período emconsideração.

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Gráfico 6: Causas de morte — taxa de mortalidade padronizada por 100 000 habitantes comidade inferior a 65 anos, UE-27, 2006-2016 (2006 = 100) Fonte: Eurostat (hlth_cd_asdr) e(hlth_cd_asdr2)

Fonte dos dados para os quadros e os gráficosCausas de morte: quadros e gráficos (em Inglês)

Fontes de dadosAs estatísticas sobre as causas de morte assentam em duas bases: informações clínicas contidas nas certidõesde óbito, que podem ser utilizadas como base para determinar a causa de morte; e a codificação das causas demorte de acordo com o sistema CDI da OMS. Todos os óbitos na população são identificados pela causa demorte subjacente, por outras palavras, «a doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicosque conduziram à morte ou as circunstâncias do acidente ou violência que produziu a lesão fatal» (definiçãoadotada pela Assembleia Mundial da Saúde ).

A validade e a fiabilidade das estatísticas sobre as causas de morte assentam em parte na qualidade dos dadosfornecidos pelas certidões de óbito. Podem ocorrer inexatidões por diversos motivos, incluindo:

• erros na emissão da certidão de óbito;

• problemas associados ao diagnóstico médico;

• a determinação da principal causa de morte;

• a codificação da causa da morte.

Por vezes a causa de morte é ambígua: além da doença que levou diretamente à morte, os dados clínicosconstantes da certidão de óbito deveriam também incluir uma cadeia de acontecimentos relacionados com o

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sofrimento do falecido. Podem ser indicadas outras condições de saúde significativas, que não tenham relaçãocom a doença que levou diretamente à morte, mas que podem ter afetado desfavoravelmente a evolução de umadoença e, desse modo, contribuído para a consequência fatal. Com efeito, é por vezes criticado o facto de sercodificada uma única doença como causa de morte, o que parece cada vez mais irrealista, tendo em conta oaumento da esperança de vida e as variações da morbilidade que lhes estão associadas. Para a maioria dosfalecidos com 65 anos de idade ou mais, a seleção de apenas uma causa entre várias causas possíveis de mortepode induzir em erro. Por isso, alguns Estados-Membros da UE começaram a considerar a codificação de causasmúltiplas. O Eurostat tem apoiado os Estados-Membros nos seus esforços para desenvolver um sistema comumde codificação automática, denominado IRIS , para melhorar e tornar mais facilmente comparáveis os dadossobre as causas de morte na Europa.

População europeia padrão revista

O número de óbitos resultantes de uma determinada causa da morte pode ser expresso em relação ao tamanhoda população. Pode ser compilada uma taxa de mortalidade padronizada (em vez de uma taxa bruta), que éindependente da estrutura de uma dada população em termos de idade e sexo, uma vez que a maioria das causasde morte varia significativamente em função da idade e do sexo, pelo que a padronização facilita as comparaçõesde taxas ao longo do tempo e entre países.

A população europeia padrão utilizada na padronização das taxas brutas datava de 1976, pelo que foi necessárioadaptá-la às mudanças ocorridas na estrutura etária da população da UE desde meados da década de 1970.Foi acordada uma população padrão europeia (PPE) revista com os Estados-Membros, a qual inclui todos osEstados-Membros da UE-27, com exceção da Croácia, bem como o Reino Unido e os países da EFTA, com baseem projeções da população feitas em 2010 para o período 2011-2030; tem sido utilizada desde o verão de 2013.

Os quadros no presente artigo usam a notação seguinte:

Valor emitálico o valor dos dados é projetado, provisório ou estimado e, por con-seguinte, está sujeito a alterações;

: valor indisponível, confidencial ou não fiável.

ContextoAs estatísticas sobre causas de morte contam-se entre as estatísticas mais antigas sobre saúde. Fornecem infor-mações sobre a evolução ao longo do tempo e as diferenças entre países nos que se refere às causas de morte.Estas estatísticas têm um papel fundamental no sistema de informações gerais relativas ao estado de saúde naUE. Podem ser utilizadas para determinar as medidas preventivas e curativas e os investimentos em investigaçãoque poderão aumentar a esperança de vida da população.

Dado que há uma falta geral de estatísticas europeias globais sobre a morbilidade, os dados sobre as causasde morte são muitas vezes utilizados como instrumento de avaliação dos sistemas de saúde na UE, podendotambém ser utilizados para políticas de saúde assentes em resultados.

A UE promove uma abordagem global das doenças graves e crónicas , através de ações integradas com incidêncianos fatores de risco, combinadas com esforços para reforçar os sistemas de saúde numa ótica de prevenção econtrolo:

• contribuir para tornar as estatísticas nacionais fiáveis e comparáveis para que possam contribuir para aeficácia das políticas;

• apoiar campanhas de sensibilização e prevenção dirigidas aos grupos e indivíduos de alto risco;

• integrar de forma sistemática ações e políticas para reduzir as desigualdades na saúde;

• viabilizar parcerias em relação a doenças específicas, como, por exemplo, o cancro.

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• Causes of death statistics — methodology (em Inglês)

Artigos sobre estatísticas de saúde em geral

• Health statistics introduced (em Inglês)

• Estatísticas sobre a saúde a nível regional — causas de morte (em Inglês)

• The EU in the world — health (em Inglês)

Principais quadros• Saúde (t_hlth) (em Inglês):

Causas de morte (t_hlth_cdeath)

Base de dados• Saúde (hlth) (em Inglês):

Causas de morte (hlth_cdeath)

Secção especial• Saúde (em Inglês)

Metodologia / Metainformação• Causas de morte (ficheiro de metainformação ESMS — hlth_cdeath_esms) (em Inglês)

• Revisão da População Padrão Europeia — Relatório do Grupo de Trabalho do Eurostat — Edição de2013 (em Inglês)

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Ligações externas• Comissão Europeia — Direção-Geral da Saúde e da Segurança dos Alimentos — Doenças não transmis-

síveis

• Comissão Europeia — Direção-Geral da Saúde e da Segurança dos Alimentos — Indicadores básicos desaúde europeus (ECHI), ECHI 13Mortalidade específica da doença (em Inglês)

• Relatório conjunto da OCDE/Comissão EuropeiaHealth at a Glance: Europe (em Inglês)

• Observatório Mundial da Saúde (GHO) da OMS — Estimativas da mortalidade e da saúde a nível mundial(em Inglês)

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