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CDS – As Pessoas Primeiro José Ângelo da Costa Pinto Escrito de 5 a 26 de Dezembro de 2019 Para apresentação no XXVIII Congresso CDS

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CDS – As Pessoas Primeiro

José Ângelo da Costa Pinto

Escrito de 5 a 26 de Dezembro de 2019 Para apresentação no XXVIII Congresso CDS

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José Ângelo da Costa Pinto – Moção de Estratégia Global ao XXVIII Congresso do CDS 2

Índice

1. APRESENTAÇÃO E MOTIVAÇÃO ................................................................................................... 4 1.1. AUTORIDADE ................................................................................................................................. 4 1.2. E A MOTIVAÇÃO. ............................................................................................................................ 5

2. PORQUE AQUI ESTAMOS? ........................................................................................................... 6 2.1. QUEM TEM A CULPA? ..................................................................................................................... 6 2.2. E A LIDERANÇA? ............................................................................................................................. 7 2.3. O MARKETING, ETERNO CULPADO ...................................................................................................... 7 2.4. E O PROGRAMA ELEITORAL?? ........................................................................................................... 8 2.5. E OS OUTROS.... ............................................................................................................................. 8

3. O QUE É O CDS HOJE? ............................................................................................................... 10 3.1. O CDS TEM LIDERANÇA ................................................................................................................. 10 3.2. O CDS TEM QUADROS .................................................................................................................. 10 3.3. O CDS TEM AUTARCAS .................................................................................................................. 10 3.4. O CDS ESTÁ NAS REGIÕES AUTÓNOMAS ........................................................................................... 11 3.5. O CDS É UM PARTIDO ORGANIZADO ................................................................................................ 11 3.6. E O CDS TEM A JP! ...................................................................................................................... 11 3.7. E TEM A SOCIEDADE CIVIL ............................................................................................................... 11 3.8. E OS MILITANTES DO CDS? ............................................................................................................ 11

4. E AGORA O QUE FAZER? ............................................................................................................ 13 4.1. MUDAR ...................................................................................................................................... 13 4.2. O QUE É SER DE DIREITA? ............................................................................................................... 14 4.3. UM PARTIDO ORGANIZADO E DISCIPLINADO ...................................................................................... 15

5. E PORQUÊ? POR PORTUGAL!!!!. ................................................................................................ 17 5.1. UMA DIREITA A SÉRIO .................................................................................................................... 17 5.2. E A ESQUERDA? ........................................................................................................................... 17 5.3. A ESQUERDA DA GERINGONÇA ........................................................................................................ 18 5.4. E AGORA É O PS, SEM GERINGONÇA? ............................................................................................... 19 5.5. GANHAR ELEIÇÕES É POSSÍVEL? ....................................................................................................... 19

6. AS PESSOAS PRIMEIRO. ............................................................................................................. 24 6.1. PORTUGAL PRIMEIRO .................................................................................................................... 24 6.2. ESTADO ORGANIZADO E DISCIPLINADO .............................................................................................. 24 6.3. ESCOLA PÚBLICA E PRIVADA PARA EDUCAR PARA O FUTURO. ................................................................. 25 6.4. SAÚDE QUE GARANTA A RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS ......................................................................... 25 6.5. TOTAL E COMPLETA PROTEÇÃO (DE FACTO) ATIVA DO AMBIENTE ............................................................ 25 6.6. FORMAÇÃO PERMANENTE E EFETIVA A QUE TODOS TENHAM ACESSO ...................................................... 25 6.7. O CONHECIMENTO AO SERVIÇO DA IDT NAS ORGANIZAÇÕES COMPETITIVAS ............................................. 26 6.8. ABSOLUTA PRIORIDADE PARA TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE ........................................................... 26 6.9. QUALIFICAR E PRODUZIR PARA GANHAR MAIS .................................................................................... 26 6.10. MAIS E MELHORES EMPRESAS INTERNACIONALIZADAS .......................................................................... 27 6.11. PORTUGAL: O MELHOR DESTINO TURÍSTICO DO MUNDO ...................................................................... 27 6.12. PORTUGAL: A PLATAFORMA COMERCIAL E POLÍTICA ENTRE A EUROPA, AS AMÉRICAS E AFRICA. ................... 27

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6.13. PORTUGAL: O PAÍS ONDE A CULTURA E A TRADIÇÃO SÃO VALORIZADAS. .................................................. 28 6.14. REFORMAS POLÍTICAS PROFUNDAS. .................................................................................................. 28 6.15. PROTEÇÃO SOCIAL A SÉRIO PARA OS MAIS DESPROTEGIDOS. TRABALHO E INTEGRAÇÃO PARA TODOS. ............ 28 6.16. PORTUGAL: PAÍS QUE PROMOVE OS SEUS RECURSOS. .......................................................................... 29 6.17. INCENTIVO FORTE À NATALIDADE ..................................................................................................... 29 6.18. TOTAL APOIO À TERCEIRA IDADE ...................................................................................................... 29 6.19. TOTAL E ABSOLUTA LUTA CONTRA A CORRUPÇÃO ................................................................................ 29

7. UM PARTIDO PARA GANHAR ELEIÇÕES ..................................................................................... 31 7.1. AÇORES 2020 ............................................................................................................................. 31 7.2. AUTÁRQUICAS 2021 .................................................................................................................... 31 7.3. PRESIDENCIAIS 2021 .................................................................................................................... 32 7.4. ELEIÇÕES SEGUINTES ..................................................................................................................... 33

8. UM PLANO PARA RECRIAR O CDS .............................................................................................. 34 8.1. AS ATUAIS ESTRUTURAS ................................................................................................................. 34 8.2. IDEIAS CONCRETAS QUE SEJAM AS BANDEIRAS DO CDS ........................................................................ 34 8.3. AGENDAS E EVENTOS PARA TORNAR O CDS A FORÇA VIVA NAS REGIÕES .................................................. 35 8.4. CRIAR E IMPLEMENTAR UMA METODOLOGIA DE CAMPANHA ................................................................. 36 8.5. PONTOS ESSENCIAIS PARA UMA CAMPANHA DE SUCESSO ...................................................................... 36 8.6. DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE MARKETING POLÍTICO .......................................................................... 37

9. AGRADECIMENTOS ................................................................................................................... 39

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1. Apresentação e Motivação

Sou um militante recente, de 2015, mas que sempre, desde que me lembro, votei CDS e apoiei o CDS. Fui candidato em representação do partido a uma junta de freguesia do distrito do Porto, em coligação com o PSD e há muitos anos. Há ainda mais tempo ganhei eleições estudantis para o partido, numa altura em que era difícil ganhar eleições à esquerda. Mais recentemente, estive na equipa que escreveu o programa eleitoral de 2019, fui candidato a deputado pelo distrito do Porto em representação da concelhia onde era vice presidente – a de Gondomar. Como a minha vida empresarial e pessoal se deslocou para Penedono, distrito de Viseu, sou agora vogal na distrital de Viseu tendo ajudado o Francisco Mendes da Silva a dar corpo a uma sucessão plural e democrática naquela distrital. Tenho pouca autoridade interna para vir aqui falar das coisas do partido, pois já não sou novo e não militei na JP, infelizmente na altura em que o podia ou devia ter feito não tinha a disponibilidade intelectual que tem hoje. 1.1. Autoridade Mas trago, acho, muita autoridade externa e acho que é disso que o partido precisa. De gente que venha de fora dizer aqui o que acha o que pensa e de que modo é que podemos fazer deste partido a escolha dos portugueses sem colocar em causa os valores e a integridade das ideologias que defendemos. A autoridade de quem foi e é empresário, em vários negócios. Uns a correr muito bem, outros a correr menos bem. Por vezes com muito mais vontade de continuar a ser apenas mais um simples professor no ensino superior politécnico.

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A autoridade de quem trabalhou toda a vida. Na economia privada. A depender de humores dos clientes e da disponibilidade de euros para pagar as contas. De quem desde 1986 nunca recebeu um cêntimo de segurança social seja a que titulo e de quem todos os meses contribui para o sistema, sem saber se, quando for a minha vez, terei ou não a merecida reforma. A autoridade de quem tendo nascido numa família de inspiração marxista e de esquerda sempre percebeu que o caminho de ter estados fortes e homnipresentes é ERRADO e que, a médio prazo, tal não é sustentável. A autoridade de quem leu Karl Marx, Friedrich Engels, Leon Trótski. Mas também de quem leu Alvin Toffler, George Orwell, George Stigler e Milton Friedman e os perigosos ultra liberais. E que não tem duvidas que o homem só é motivado se vir a sua vida a andar para a frente. 1.2. E a motivação. A motivação de quem quer o melhor para o seu país. E acha, até hoje, que o país será melhor se votar CDS. Se apoiar estas pessoas altamente competentes que fazem com 5 mais mossa e oposição do que outros com dezenas. A motivação de quem leu e votou favoravelmente as moções que a líder levou a votos. Mas que, depois de as ler, ficou com mais dúvidas do que certezas. A motivação de quem tendo estado envolvido num trabalho bem feito e politicamente arejado que é o programa eleitoral para 2019 não consegue perceber porque o partido em vez de agarrar nas coisas positivas e construtivas que ali se encontravam preferiu continuar a apostar no dizer mal e a empurrar as culpas para os outros. A motivação de um cidadão do mundo, que teve a sorte de há alguns anos atrás ter sido presidente de uma associação multinacional e que, por via disso, ficou a conhecer bem as realidades do mundo. As diferenças entre culturas e povos. E as enormes competências e capacidades que Portugal tem de ser e fazer melhor.

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2. Porque aqui estamos?

Estamos aqui por razões concretas. Ignorá-las é o primeiro passo para o desaparecimento. Primeiro porque não atingimos bons resultados eleitorais quer nas Europeias quer nas Legislativas. Aliás dizer que são mesmo maus resultados face ao que aspirávamos. Mas a causa raiz é ou deve ser tentar perceber porque as pessoas não votaram em nós? Por um lado, por muito que eu preferisse ignorar esses partidos a verdade nua e crua é que os Chegas e os Liberais nos levam votos. Pessoas que antes só nos viam a nós a defender valores da direita gostaram muito de ver as propostas destes novos partidos. E os votos nestes - 135,507 votos - se fossem no CDS, que teve apenas 221,774 votos e se juntarmos mais 103,136 votos em pequenos partidos de direita, tudo junto são 460,417 votos. Que, dependendo naturalmente da distribuição geográfica, valeriam cerca de 20 deputados. Ou seja a direita, sem qualquer aumento no numero de votos, cujo desígnio é mais do que viável, e com os maus resultados de 2019 poderia ter 20 deputados. Se fosse apenas e só o CDS, a IL, o Chega e a Aliança seriam cerca de 400,000 votos e cerca de 17 deputados. 400,000 votos são um terço do PSD e permitiriam que negociações com esse partido fossem numa base de 1 para 3. Ignorar isto é suicídio. Por outro lado, houve atração ao PSD para o voto útil. Não há disso qualquer dúvida. Rui Rio soube, nos últimos dias de campanha, atrair votação que andava perdida entre o CDS e o PSD e que caiu para lá. E não foi para cá. 2.1. Quem tem a culpa? Para mim a democracia cristã tem culpa nos resultados. Insistir que somos um partido democrata cristão, estratégia clara da Assunção, que se assumiu sempre como católica praticante (e nada contra isso) acho que perdemos muito mais do que ganhamos e nenhum dos nossos valores ou princípios é prejudicado se nos afirmarmos como um

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partido humanista que respeita muito a democracia cristã mas também é um partido dos liberais e também é um partido conservador. Sermos um grande partido da direita democrática é ocuparmos o espaço que é nosso. E, como em Portugal não há mais nenhum que assim se assuma essa é a diferenciação. Mas, como não somos um partido de centros temos um problema muito grande que é o nosso nome. Centro Democrático Social é um bom nome para um partido entre o PSD e o PS mas é um péssimo nome para quem quer estar à direita do grande partido do Centro. Partido Popular é muito melhor que Centro Democrático Social, desculpem os fundamentalistas da história. E é por isto que estamos aqui e agora a discutir o nosso futuro. 2.2. E a liderança? Na moção da Assunção de Lamego “CDS Um passo à Frente” ela escreve “Somos oposição firme ao governo das esquerdas unidas, uma oposição acutilante, por um lado, sempre construtiva, por outro.” Acho que a parte do acutilante e de que a liderança da oposição foi do CDS é verdade. E também acho que na maior parte das vezes foi uma oposição construtiva. Mas as pessoas que votam nunca perceberam isto porque o partido nunca soube comunicar e explicar isto aos votantes. Pelo contrário, viram o CDS como a força de bloqueio que apoiou a troika e que limpou a carteira dos portugueses. Sabemos que isto não é verdade; mas para quem vota é verdade. Vejam-se as sondagens. Sempre que o CDS lidera a oposição ao PS e a António Costa e bate a sério (com razão) no governo descemos nas sondagens. Aliás como se explica que um trabalho brilhante de oposição permanente e constante bem descrito na referida moção e que até acho que foi visível pelas pessoas que votam não foi percecionado por quem vota como induzindo a que se vote no CDS? 2.3. O marketing, eterno culpado

Por duas razões muito simples. O marketing politico do CDS é todo (TODO) errado e a comunicação do partido é uma miséria. (SIM, MISÉRIA). È muito mau, mesmo muito.

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E se a Dra. Assunção, que é jurista, não tem qualquer obrigação de perceber de marketing politico ou de comunicação, deveria haver pessoas nas equipas que percebessem. Nunca vi. Ao longo das duas campanhas eleitorais e que acompanhei em muitos locais de vários distritos e muitos concelhos, o marketing politico do CDS e a comunicação limitaram-se a ouvir os jornalistas e a procurar sair mais vezes nas noticias. Sem coordenação, sem gestão, sem organização e sem plano aparente. 2.4. E o programa eleitoral??

Um excelente programa eleitoral não foi passado para os cidadãos. Nem sequer está ou esteve no site do partido. Foram exploradas ideias até ao amago de diminuição de impostos, quando o programa tinha propostas para uma verdadeira revolução digital e desenvolvimento tecnológico. Mas sem explicar o que se corta ou como se corta nas despesas. Impostos diminuídos em valores demasiado altos para serem compreendidos pelos cidadãos. Que, após tanta esquerda, já se habituaram a pagar impostos, mesmo os votantes mais acérrimos e até nem se importam. 2.5. E os outros.... Os chavões errados. Nunca gostei das esquerdas unidas, arrumadas ou encostadas. Temos que ter respeito pelas decisões das pessoas. E se decidiram dar o seu voto às esquerdas, para quê empurrar o PS para a extrema esquerda, onde ele não é nem nunca foi. Já as atrocidades dos regimes defendidos pela extrema esquerda e fazer valer isso junto do cidadão teria sido melhor do ponto de vista da comunicação. E nunca foi feito. E agora não adianta ir atrás de venturas pois vai sempre ser visto exatamente como isso. E depois a gota no copo de água. Os professores e o quase acordo com a extrema esquerda. Eu sou professor, mas feliz ou infelizmente os regimes do ensino superior são diferentes. E por isso esta opinião é sem interesses. Se há uma oportunidade de chantagear a direita, o PS e o António Costa fazem-no... Porque não fomos até ao fim com a questão dos professores? O PSD teria ido atrás de nós? O governo

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cairia? Os Chegas e os Liberais teriam o mesmo espaço que tiveram? Os professores (que são nossos votantes naturais, pois são dos que mais pensam em como o estado funciona e muitos são mais de direita que de esquerda) teriam votado em nós? E como foi gerida a comunicação? Mais uma vez pessimamente. E uma palavra também para os militantes que viraram as costas à luta. A luta interna é aqui. Não é em eleições. E à medida que as sondagens iam piorando (ou mantendo-se) íamos vendo quem (não) aparecia. Meus amigos ser de um partido não é ser servido pelo partido. É apoiar e ajudar quando é mais preciso. E era. E muitos não apareceram. Não faltam boas e más razões parra estarmos aqui....

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3. O que é o CDS hoje?

3.1. O CDS tem liderança

O CDS tem vários ativos excecionais. Uma história rica e com tradições que é preciso respeitar.... Mesmo quando achamos que um ou outro líder nos traiu. Os nossos lideres fizeram a diferença. Diogo Freitas do Amaral, Amaro da Costa, Francisco Lucas Pires, Adriano Moreira, Manuel Monteiro, José Ribeiro e Castro, Paulo Portas. E agora Assunção Cristas. Uma história de líderes que muito deram ao partido. Que fizeram do partido aquilo que o partido é hoje. E Assunção Cristas, claro. Que teve a dignidade de considerar que tinha falhado os objetivos e de colocar o partido a discutir o seu futuro. Uma coragem que não é a de todos. 3.2. O CDS tem quadros Depois tem um conjunto de quadros verdadeiramente brutal. Nos anos 80 e 90, os quadros do centro direita estavam quase todos no PSD. Hoje o PSD inveja a qualidade dos nossos quadros e dos nossos militantes. Que estão por todo o país e não apenas em Lisboa ou em Cascais. Pessoas que participam na sociedade civil. Que intervêm com toda a força. Que desempenham e demonstram a todos como se deve ser e que levam as nossas bandeiras bem altas. Não vou aqui nomeá-los e nomeá-las pois tal não é necessário. E todos e todas sabemos quem são. 3.3. O CDS tem autarcas Tem um conjunto de autarcas bem forte, que é um legado da Assunção Cristas para o próximo líder. Vamos ter todos que trabalhar muito para honrar este legado, pois o objetivo tem que ser para melhorar. Seis camaras municipais são do CDS. Uma presença muito forte nas camaras do Porto, com vereadores executivos e muito forte em Lisboa, com um resultado de 20,57%, onde temos quatro vereadores. 64 autarcas eleitos em Lisboa. 2 000 autarcas eleitos no total. O CDS é hoje um partido com enorme força autárquica.

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3.4. O CDS está nas regiões autónomas

E temos hoje presença forte no governo regional da Madeira. E um reforço significativo nos Açores. Ou seja uma massa critica de pessoas preparadas e bem preparadas para ajudar a crescer o partido. 3.5. O CDS é um partido organizado E temos organização. Temos democracia. Temos distritais e concelhias que são eleitas democraticamente pelos militantes. E os militantes participam como se viu até na preparação deste congresso.

É uma enorme vantagem do CDS. Quem apenas procura um emprego ou um tacho não está aqui, porque aqui não temos nem uma coisa nem outra. Aqui estão aqueles que trabalham e que se esforçam para desenvolver o partido porque acreditam que é assim que podemos melhorar Portugal. 3.6. E o CDS tem a JP! E há lá partido com melhor juventude que a do CDS? A Juventude Popular está organizada, ideologicamente muito forte e preparada para o futuro, com um conjunto de jovens capacitados, competentes, motivados que são o futuro do partido. 3.7. E tem a sociedade civil E há lá partido com melhores senadores? Com tanta experiência e conhecimento que podem dar e tanto para ajudar as novas gerações? Temos independentes que concordam com os nossos princípios e ideias. E que nos apoiam, nas autarquias, por exemplo. Eu fui, durante muito tempo, um destes. 3.8. E os militantes do CDS? Mas há um momento em que não são os independentes que fazem o partido avançar e consolidar-se. São os militantes. E ser ultrapassado por independentes a quem não reconhecemos competência política ou

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social para o fazer é algo que nenhum militante percebe. Assim, as pessoas devem estar em primeiro lugar. Mas no partido devem estar os militantes primeiro. Aqueles que trabalham e se desunham para promover e levar a nossa mensagem às pessoas e que tantas vezes são esquecidos. São estes que têm que ir para as listas e não os que são amigos deste ou daquele. Sem esquecer a abrangência que foi mote da Assunção. Trazer pessoas mais e mais para conversar connosco. Para se identificarem connosco. Para trabalhar connosco. Iniciativas como “Ouvir Portugal” são meritórias e eficazes? São. Mas depois é preciso transformar os independentes em militantes. E aos militantes deve-se, em primeiro lugar, oferecer os lugares que o partido tem para dar. Senão poderá ser preferível alguém ser independente em vez de militante. E voltamos à comunicação.... Iniciativas de envolvimento de não militantes só fazem sentido se tiverem forte impacto no público.... Quem sabe o que foi a iniciativa “Ouvir Portugal” e que não tenha estado envolvido ou seja militante????

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4. E agora o que fazer?

4.1. Mudar O CDS como o partido do futuro aparentemente está num dilema profundo. Talvez não se perceba que estamos a lutar pela sobrevivência. Isto para mim é muito claro. A extrema direita agora tem partido. Os liberais agora têm partido. Como democratas cristãos já falhamos diversas vezes o crescimento. Somos conservadores? Somos. O povo português gosta de democratas cristãos conservadores? Não gosta. Provado e comprovado. Perdemos as eleições por muito todas as vezes em que o assumimos. Os nossos militantes são conservadores. São de direita. Alguns mais de direita. Outros menos. São liberais. São conservadores. Alguns conseguiriam votar em Trump, outros dificilmente. Poucos conseguiriam votar na Hillary. Temos em comum sermos de direita. Já disse em cima, não somos de centro. E precisamos de resolver isto pois o nome do partido desalinhado com os militantes é grave. O que era o partido dos ricos, dos patrões e dos quadros neste momento atravessa a maior crise identitária de sempre e não a conseguiu resolver. Isso é patente nas moções ao congresso que se foram anunciando. Uns a dizerem que temos que ser de direita, conservadora. Outros a dizer que devemos ser identitários. Alguns a dizer que temos que ser liberais. Enfim para todos os gostos. E eu achei que tinha que escrever esta moção porque nenhuma das que foram anunciadas e que tive oportunidade de ver resolve o problema de fundo deste partido que é um problema grave de marketing político e de comunicação. Se acreditamos que as nossas ideias são as melhores para Portugal, então temos que trabalhar para mostrar a todos os eleitores isso mesmo. E isso consegue-se sendo de direita? Sendo conservador em Portugal? Sendo liberal? Ou democrata cristão?

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4.2. O que é ser de direita? A direita é humanista. Coloca as pessoas primeiro. É por isso que as mulheres da direita são líderes de partidos antes das da esquerda. É por isso normal que aqueles que são discriminados pela esquerda são bem recebidos na direita. Pois, como agora é moda dizer, o homem é o homem e também as suas circunstâncias. Nós somos conservadores, liberais, democratas cristãos. E não é incompatível. Porque acreditamos nas pessoas. No Homem. Ser de direita implica um estado que não se mete onde não é preciso se meter. Mas que quando se mete é com força que o faz. Um estado que se preocupa com a segurança das pessoas. Que seja implacável no combate à corrupção. Que criminalize os criminosos e os castigue. Ser de direita é deixar as pessoas tomarem as suas decisões. Saúde, Educação, Reformas, Segurança Social são áreas em que a direita acha que os privados podem fazer melhor, mais com menos. Ser de direita é conhecer e respeitar a história do nosso país. È promover o investimento do estado para renovar as forças de segurança e os militares. É dar às pessoas a oportunidade de escolherem.

É defender que o que o estado faz tem que fazer bem. Que a Justiça tem que funcionar célere e justa. Que os pagamentos aos agricultores não podem ficar presos nas teias da burocracia. Que os funcionários que as escolas públicas tanto precisam têm que ser contratados. Que não podem existir consultas planeadas para daqui a 3 anos. Simples consultas! Que as entidades da proteção social e da economia social, na maior parte privadas, devem ser incentivadas e apoiadas. Ser de direita é defender que os direitos de todos não podem ser usados por alguns para proteger apenas os seus próprios interesses. É ser a favor do estado integro. É acreditar na globalização e no comércio entre estados.

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É ser Patriota. Mas esta parte da definição ideológica é a mais fácil. 4.3. Um partido Organizado e Disciplinado Mais difícil é a organização e disciplina que o partido vai ter que ter. O CDS vai ter que ser o mais organizado. As distritais, concelhias, núcleos e todos os órgãos de intervenção política nacional, internacional, regional, distrital, concelhia vão ter que evoluir para melhorar o nível de intervenção junto dos cidadãos, devendo os militantes ser ativos, informados e capazes de professar a política. Vai ter que substituir os ausentes. Livrar-se informalmente daqueles que só aparecem para cortar fitas. Alguns nem sabemos onde votam!!! Quem está com o partido tem que ser recompensado quem não está estivesse. Vai ter que ter militantes ativos na sociedade. Que participam ativamente nas associações, coletividades, IPSS’s, clubes, etc. Que fazem parte dos seus órgãos sociais. Que demonstram ativamente pertencer à sociedade. Que reúnem com frequência. Que visitam empresas e instituições. Que ouvem os anseios dos fregueses, dos munícipes e daqueles que intervêm socialmente. Que sabem quando devem ser formais e quando devem ir ao café. Que representam o CDS com dignidade e com toda a pompa e circunstância em todo o lado. Vai ter que ser muito mais disciplinado. Se marca para as 15 horas, é para as 15 horas. Não é para as 15:10. Não é por volta das..... È disciplinar para sermos disciplinados. Se a reunião é às 21:30 porque não começa às 21:30. Se o problema é o quórum, diminuam-se os efetivos das comissões políticas. Coloquem-se mais vezes suplentes.

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Vai ter que fazer muito mais com muito menos. Porque passar de 18 deputados para 5 é difícil do ponto de vista político e do ponto de vista financeiro. Economizar e otimizar vai ser preciso. O partido vai ter que planear. Pensar nas ações concretas em cada concelho e distrito de tal modo que a presença local fique fortalecida. Procurar fazedores de opinião que possam ser bons candidatos locais. E apoiar apoiar e apoiar. Porque esta luta vai ser muito difícil. E a capacidade de estar por todo o país com pessoas capazes de dar a cara e fazer a luta vai fazer a diferença. O partido vai ter que controlar. Vai ter que verificar e monitorizar o que cada um dos seus lideres e listas faz. Muitos são eles próprios organizados e disciplinados. Uma grande parte fará apenas os mínimos olímpicos. Vamos ter que exigir. Se um líder não trabalha, substitui-se. Se não faz as reuniões que deve fazer segundo os estatutos, exigir que o faça. Não faz, encontrar quem faça. O nosso partido tem muitos milhares de excelentes militantes, não precisa de ficar refém de alguns caciques. Vamos ter que TRABALHAR. E TRABALHAR A SÉRIO. O partido, os dirigentes, os militantes. Com TRABALHO virão resultados.

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5. E porquê? Por Portugal!!!!.

5.1. Uma direita a sério Portugal precisa muito de uma direita a sério. Portugal virado à esquerda é um enorme prejuízo para todos os cidadãos. As pessoas ficam alegremente mais pobres, vai-se perdendo a capacidade de intervir e vai-se deixando de ser competitivo. Os muito ricos são cada vez ainda mais ricos e os pobres ficam ainda mais pobres. Porque a esquerda, que supostamente procura a redistribuição do rendimento, na verdade não é capaz de a fazer pois precisa de gastar mais e mais nas máquinas burocráticas que a perpetuam no poder. E os empresários, trabalhadores, a classe média vai ficando mais pobre. Só com um Portugal governado à direita isto pode mudar. Aliás, se observarmos os grandes momentos da história recente de Portugal em que o país se desenvolveu a direita e políticas para a direita são sempre muito mais eficazes do que as da esquerda. O 25 de Novembro foi um movimento de direita, organizado por pessoas que também pensam que o estado deve intervir o menos possível na economia e que pararam o golpe de estado em curso desenvolvido pela esquerda radical para tudo estatizar e tudo nacionalizar. O 25 de Novembro tem uma importância brutal para o Portugal que somos hoje pois se não se tivesse conduzido com sucesso hoje estaríamos ao nível da Venezuela ou da Coreia do Norte. Foi a direita que conseguiu concretizar com sucesso a integração europeia e colocar Portugal ao mesmo nível que o dos países bem mais desenvolvidos da Europa Central. Foi a direita com o total apoio do CDS que libertou Portugal de 3 resgates financeiros a que fomos atirados pelo despesismo da esquerda e pela permanente ocultação das reais contas do estado, que aliás, também hoje podemos constatar. 5.2. E a esquerda?

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A esquerda e as suas politicas é que levam ao afastamento da convergência com a Europa, fazendo com que os nossos jovens procurem fora de Portugal as suas oportunidades. É à esquerda e as suas politicas que se deve a incapacidade do estado se reformar e regenerar, continuando, pelo contrário a engordar e a absorver milhões e milhões de euros de impostos em atividades de mérito discutível, enquanto os serviços vitais do estado como a saúde, a segurança e a educação (especialmente no interior) continuam a ser desprezadas e ignoradas e a definhar por falta do necessário financiamento. É à esquerda quer devemos um país deitado à espera dos fundos, dos subsídios, dos RSI, da segurança social e dos incentivos. Ao mesmo tempo, aqueles que trabalham, produzem, desenvolvem, inovam, estabelecem, contratam, organizam são perseguidos com taxas, taxinhas e pelos zelosos funcionários do estado. O estado à esquerda persegue o cidadão empreendedor e os seus trabalhadores. Persegue ativamente. 5.3. A esquerda da geringonça A geringonça desviou, ao longo do seu mandato de 4 anos, mais de 30 mil milhões de euros de incentivos aos projetos 2020, da iniciativa privada para os municípios, estado central, universidades publicas e projetos de iniciativa pública. Havendo muitos destes projetos meritórios, o facto é que com esta alteração os problemas do défice ficaram mais fáceis de resolver. Claro que se o subsídio do projeto paga o salário do docente afeto ao projeto, então o orçamento do estado já não paga. Há uma completa e absoluta deturpação dos objetivos dos fundos de coesão, que acabam assim por não ser destinados ao desejado aumento de competitividade que, de certeza, não será introduzido pelo setor público. Fala-se agora de que vão ser mais 20 mil milhões que vão ser desviados da iniciativa privada para rotundas, piscinas que vão ser usadas 3 dias por ano, salas polivalentes que não servem para grande coisa.

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A esquerda não sabe fazer as necessárias reformas. Provou isso por muitas vezes. O que esta esquerda da geringonça fez foi manter o estado das coisas e procurar que os pingos da chuva não molhem os seus governantes. Nada de estratégico ou inovador e nada de orientação para resultados futuros. Apenas geriram o presente o melhor para os seus. Mas trabalharam bem o marketing e a comunicação, ao contrário dos partidos de centro e direita. Temos que acabar com isto. 5.4. E agora é o PS, sem geringonça? A consequência de esconder despesa e de adiar pagamentos, que o PS tem vindo a fazer de forma imoral ao longo dos últimos 4 anos e que agora ainda parece com mais vontade de prosseguir é simples: Um dia o dinheiro não vai chegar, os financiadores não vão emprestar mais e vamos ter que recorrer a ajuda do FMI, da BCE e da ..... Para quem ache que é fantasia e que o diabo não vem, lembro o que aconteceu em 2011, o que aconteceu em 2009 e o que aconteceu em 2002. E vai, inevitavelmente, voltar a acontecer se nada for feito. O Diabo vem mesmo aí.... 5.5. Ganhar eleições é possível? O problema é que a direita não consegue vencer eleições sem o diabo. E é mau, muito mau, pois Portugal é que fica para trás. E os Portugueses. E para ganhar eleições é preciso ter bandeiras atuais e que mobilizem as pessoas. Que coloquem as pessoas no centro do partido e das decisões e politicas que defendemos. Portugal tem que se globalizar. Tem que se transformar num dos líderes do mundo e ser o exemplo da globalização, utilizando a sua geografia especial e utilizando a capacidade que Portugal tem de estabelecer relações intercontinentais com a maior parte dos países do mundo. De servir de ponte entre a América do Sul e a Europa. Entre a Ásia e a América do Norte. Entre Africa e todos os continentes. É essencial que se perceba que Portugal tem que estar na frente da

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Globalização. Mas só o pode fazer se a iniciativa privada for devidamente apoiada e orientada. A globalização tem desafios que têm que ser vencidos pelo mundo. O Médio Oriente, o Norte de Africa, a China e a Rússia são geografias em que a globalização tem desafios próprios. A segurança dos cidadãos tem sido constante em Portugal. Mas não é fruto dos investimentos nos serviços que o asseguram. È, infelizmente, muito fruto do acaso. Porque quando a segurança das pessoas depende do estado central ou das suas instituições falha. Falhou nos incêndios de 2017. Falhou na preparação e na vigilância das fronteiras. Falha todos os dias no combate ao tráfico de drogas. Falha todos os dias em tudo o que é prevenção. Pois a esquerda insiste na sua política de salários baixos e na falta de meios para as forças de segurança que tem sido o seu caminho. Não é este o caminho que Portugal precisa. Só se conseguirá vencer e continuar Portugal a ser considerado um paraíso pelos turistas que nos visitam e pelos cidadãos que cá habitam se investir a sério, mesmo a sério na segurança e na dignidade das forças de segurança. Policia, Guarda e Militares precisam de saber que o estado confia. Que o estado investe. E que se capacita para o futuro. Portugal tem que se preparar para o enorme risco climático e ambiental em que vamos viver nos próximos anos. Investir para o futuro passa por proteger o ambiente o melhor que pudermos e soubermos e preparar o país para as consequências das alterações. Um metro de subida no nível do mar até 2080 obriga a tomar medidas de contenção e de gestão em toda a faixa costeira, sendo que Portugal será um dos países mais afetados. A inovação tecnológica, a digitalização, a mobilidade e as versões 4.00 da indústria, das casas, das ruas, dos automóveis e de tudo o que nos cerca vai inevitavelmente levar a que os países que estejam na linha da frente na aplicação concreta destes conceitos vão ser os países avançados no futuro. E porque não poderá ser Portugal um dos líderes?

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Outro grande desafio especial de Portugal é a gestão da terceira idade e do envelhecimento da população. Portugal será dos países do mundo em que a relação entre pessoas com idade e crianças vai ser maior. A primeira questão é o que vamos fazer para procurar contrariar esta estatística e procurar que nasçam muito mais crianças? Só há uma resposta. Dinheiro. As famílias jovens NÃO TÊM DINHEIRO para ter filhos. Melhorar as condições de salário e disponibilidade financeira das famílias é obrigatório para contrariar isto. Porque se o país não for capaz de o fazer, além de não termos crianças também não vamos ter jovens adultos. Pois estes vão continuar a emigrar massivamente. Depois há o problema das condições. Temos condições para as famílias poderem ter crianças? No litoral vamos tendo. No interior não temos de todo. A segunda grande questão, ainda neste tema, é a adequação das estruturas, das pessoas e da sociedade enquanto um todo a esta realidade tão premente que é a necessidade de tratarmos da nossa terceira idade com todo o respeito, carinho e no tempo e espaço necessários. O CDS-PP tem feito aqui um excelente trabalho, com propostas soltas e descoordenadas mas que fazem sentido e que é preciso recuperar e estruturar melhor para serem bem compreendidas pela população. O estatuto do cuidador informal e o programa de apoio às instituições de apoio social são disso exemplos. Mas Portugal precisa de uma verdadeira revolução nos sistemas de apoio à terceira idade, que só se conseguirá com um programa transversal de apoio às instituições e estruturas de trabalho nestas áreas. Acabar com a corrupção deveria ser um dos principais desígnios de qualquer partido político digno desse nome. A corrupção mina e perturba todos os que trabalham para ter um país melhor e um pequeno ato de corrupção, mesmo involuntário ou na perspectiva de um simples favor como é hábito em Portugal estraga 20 ou 30 atos realizados sem qualquer favor. A luta contra a corrupção é essencial, necessária e absolutamente essencial para o futuro de Portugal. Um país corrupto não tem qualquer hipótese de sucesso competitivo.

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Portugal tem que ser capaz de melhorar o seu modelo de reconhecimento das pessoas. É essencial, mesmo crucial, que as pessoas que se esforçam, que se empenham, que lutam sejam reconhecidas, não só pelo que conseguem realizar mas também reconhecidas em valor que ganham e na qualidade de vida que podem proporcionar às suas famílias. E tem que ser capaz de proteger os mais idosos, os mais novos e todos os que precisam de proteção social. Sem perder de vista que as pessoas precisam de estar bem para poder ajudar os outros o que dificilmente se conseguirá com políticas de esquerda. Continuamos a insistir num país a duas velocidades, em que os afortunados que conseguem emprego no estado têm uma qualidade de vida melhor que os outros. Não tem mal nenhum viver bem, mas é indispensável que sejam repostos os fatores competitivos das empresas e das instituições privadas para que possamos viver numa sociedade equilibrada. É um estado claustrofóbico aquele que o país criou e que é urgente que as pessoas dele se libertem. Um estado orientado para si mesmo e não para os cidadãos que devia servir. Um estado que rapidamente cresce aparentemente quando é preciso, mas nunca tem a capacidade de se diminuir. Um estado que aplica regras aos cidadãos que não é capaz de aplicar a si próprio. Que explora os jovens e os obriga a trabalhar em situações de verdadeira precaridade enquanto os mais antigos fazem mínimos do campeonato regional para não serem despedidos ou reformados antecipadamente. Um Portugal com uma dívida externa brutal, cujo crescimento só se consegue compreender porque temos um défice falso que não demonstra a realidade do país pois não inclui toda a despesa e continua a haver necessidades básicas dos cidadãos que o estado não tem dinheiro para suprir e continua a haver vários anos de fornecimentos ao estado por pagar. Um Portugal que pretende desenvolver-se tem que dar a iniciativa às pessoas. Tem que permitir que a economia se desenvolva, que a sociedade intervenha e que os cidadãos tenham acesso ao desporto, à

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cultura, a intervir na melhoria ambiental e a ajudarem a criar um país que queremos que seja cada vez melhor.

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6. As Pessoas Primeiro. Defendemos que o nosso partido deve colocar as pessoas, os portugueses, à frente de todos os restantes interesses. Para tal, apresentamos um conjunto de medidas que são aquelas que podem ajudar a que Portugal passe a ser um país mais desenvolvido, mas amigo das empresas e dos empresários, com um estado mais eficaz e eficiente e em que as pessoas estejam, de facto, primeiro. 6.1. Portugal Primeiro

A defesa da pátria deve ser absolutamente prioritária. Para tal, os orçamentos de investimento e os orçamentos operacionais devem ser reforçados e os serviços de defesa do território e das pessoas têm que ser otimizados. Otimizar significa transformar as forças armadas, a PSP, a GNR e todos os serviços de proteção civil de tal modo que passem a ter um papel interventivo em todas as operações civis e militares em que haja o seu envolvimento.

6.2. Estado organizado e disciplinado Os serviços básicos do estado devem ser absolutamente prioritários, no que se refere ao investimento. Quer isto dizer que as finanças, a saúde, a administração interna, a defesa e a justiça devem passar a ser completamente orientados para as pessoas, de tal forma que os recursos passem a ser canalisados para a resolução dos importantes problemas que afetam os cidadãos que recorrem a estes serviços. Orientar para o cidadão em vez de estar orientado para os processos internos ou para os serviços de apoio indireto, recorrendo à implementação séria da digitalização e da incorporação das pessoas que trabalham nestes serviços orientando os seus esforços para os clientes cidadãos. Não é viável que possam continuar processos em tribunais por 6 anos e consultas a serem marcadas com 1000 dias de distância. A organização e disciplina do estado é essencial para que possamos construir uma sociedade eficiente e capaz de ser indutora do desenvolvimento das pessoas.

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6.3. Escola pública e privada para educar para o futuro.

A escola precisa de uma revolução. Necessita de ser reestruturada e reorganizada de tal forma que a educação seja desenhada para o futuro. Adequar o sistema de ensino às necessidades do mercado, introduzindo temas e currículos que estejam de acordo com as necessidades do futuro. Investir na escola pública de qualidade para todos e permitir e auxiliar o investimento nas escolas privadas que tenham a sua qualidade verificada e controlada pelo Estado. 6.4. Saúde que garanta a resolução dos problemas

Promover os estabelecimentos de saúde públicos e privados, assegurando que os investimentos são realizados nas unidades necessárias para se poder vir a ter o melhor sistema de saúde do mundo, totalmente orientado para o sucesso dos tratamentos e para a prevenção dos problemas que o cidadão possa vir a ter. Limpar completamente as listas de espera e desenhar um sistema de compensação permitindo que, quer privados, quer públicos tenham incentivos sérios para resolverem os problemas dos doentes.

6.5. Total e completa proteção (de facto) ativa do ambiente Não há planeta B não pode ser um slogan inconsequente de alguma esquerda. Tem que ser assumido como uma luta complexa na qual a direita tem a obrigação de tomar a dianteira e de assumir total e completamente a promoção das indústrias verdes e a defesa intransigente do futuro. A sustentabilidade só se consegue com luta total contra os poluidores e agentes da poluição e promoção total de tudo o que for conveniente para assegurar um planeta despoluído.

6.6. Formação permanente e efetiva a que todos tenham acesso

Formação para a vida. Passa pela abertura de todos os centros de formação e de desenvolvimento profissional não só para formar e desenvolver os jovens, mas também para assegurar que os profissionais adquirem competências e se desenvolvem de acordo com as constantes alterações de contexto a que estão sujeitos todos os

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profissionais nos dias de hoje. Com a consciência e a obrigação de todos se desenvolverem vamos construir uma sociedade muito mais orientada para a melhoria continua de todos, estruturando e organizando um país mais forte e competitivo.

6.7. O conhecimento ao serviço da IDT nas organizações competitivas

Pessoas competitivas dão origem a organizações competitivas. Todos fazem um país competitivo. As universidades portuguesas são referenciadas como centros de excelência e reconhecidas em todo o mundo como das mais inovadoras e conhecedoras. Tornar o conhecimento e a inovação que já detemos, potencia-lo, torna-lo mais forte e mais adequado para utilização é um desafio que a direita tem que assumir. Só com as universidades, os politécnicos e os seus centros do conhecimento a trabalhar orientados para a aplicação nas empresas e nas organizações comerciais dos produtos da ciência poderemos valorizar o conhecimento e dar valor a estes centros do conhecimento. Apostar em formação teórica sólida e fundamentada e em aplicações concretas vai levar a que as Universidades sejam fortes influenciadoras das empresas, precisando por isso que os seus estudantes passem a ter uma capacidade de atuação concreta bem maior do que atualmente em que a maior parte dos cursos são de “giz e papel”.

6.8. Absoluta prioridade para territórios de baixa densidade Prioridade para o investimento nos territórios de baixa densidade não chega. É preciso medidas efectivas de apoio total e completo aos corajosos que decidem viver nestes territórios. E se a qualidade de vida pode ser melhor em muitos aspetos, muitos outros há em que é preciso que haja mesmo apoios fiscais efetivos e eficientes para o desenvolvimento desses territórios. Aumentar os apoios às camaras municipais, melhorar as estruturas sociais de apoio, aumentar a capacidade interventiva de freguesias e das infraestruturas do estado nestes territórios é absolutamente essencial; não podendo continuar estas pessoas a serem objetivamente prejudicadas por viverem nestes territórios. 6.9. Qualificar e produzir para ganhar mais

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Pessoas mais qualificadas e competentes vão levar a que as organizações em que estas trabalham sejam mais capazes de competir. E organizações mais competitivas vão poder espalhar mais valor. Mais valor pelos trabalhadores, mais valor pelos gestores e mais valor pelos investidores. È assim, só com mais qualificação as pessoas podem vir a ganhar mais.

6.10. Mais e melhores empresas internacionalizadas

As empresas portuguesas têm feito um trabalho brutal na procura de mercados mais maduros e mais capazes de pagar bem os produtos e os serviços que produzem. É um imperativo nacional que tal continue a acontecer e que as empresas sejam cada vez mais capazes de trabalhar em todo o mundo, escolhendo os seus clientes e mercados de tal modo que a rentabilidade possa ser maior e melhor. Empresas portuguesas bem internacionalizadas vão ajudar a balança comercial e vamos poder começar a libertação da divida externa.

6.11. Portugal: O melhor destino turístico do mundo

Outra área essencial é o turismo. Tornar Portugal no melhor destino turístico do mundo não é uma utopia. Se não tivéssemos acreditado que era possível, Portugal hoje não teria eventos de impacto mundial como a WebSummit. Assim, é essencial prosseguir e desenvolver ainda mais Portugal como o melhor destino turístico do mundo. Para tal, é preciso prosseguir e aumentar ainda mais a promoção de Lisboa, Porto e Algarve e elaborar um plano para promover outros destinos do interior, como o Douro e o Alto Alentejo.

6.12. Portugal: A plataforma comercial e política entre a Europa, as

Américas e Africa.

Portugal foi a plataforma comercial do mundo. Pode voltar a ser. Envolve investir a sério nos portos de alta capacidade que já dispomos, melhorar as infraestruturas ferroviárias de acesso à europa continental e aumentar a capacidade de funcionamento dos aeroportos, para lá da inevitável construção de um segundo aeroporto em Lisboa e a expansão do aeroporto do Porto.

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6.13. Portugal: O país onde a cultura e a tradição são valorizadas.

A defesa da cultura e da tradição de um país como Portugal é absolutamente essencial. Porque só com cultura e tradição Portugal pode ser grande outra vez. Só com cultura e tradição os nossos turistas vão continuar a sentir que vale a pena visitar Portugal. Só com dinheiro para o investimento na cultura e na tradição podemos melhorar, potenciar e sustentar o futuro de Portugal como nação onde aqueles que defendem as tradições e a cultura conseguem viver disso e por causa disso.

6.14. Reformas políticas profundas.

A direita é reformista. A direita é que promove os avanços das sociedades. Todos os grandes avanços políticos são em primeiro lugar, instituídos pela direita. E os quadros políticos do CDS são os melhores do país. Os quadros políticos da direita são melhores do que os da esquerda. E é por isso que a direita não tem que ter medo de reformas políticas em que o cidadão fique mais próximo dos eleitos. Ciclos uninominais são uma forma de colocar o cidadão ao lado do eleitor. Já a regionalização, com a criação de estruturas inúteis e ineficientes que apenas vão servir de purgatório para políticos conhecidos pelo público por méritos muitas vezes discutíveis. Uma sociedade exigente e interveniente implica e obriga a reformas políticas profundas. Não devemos ter medo de fusões e integrações de municípios e ou de freguesias. Otimizar o estado é essencial. E só com a melhoria e simplificação administrativa do país tal será viável e possível.

6.15. Proteção social a sério para os mais desprotegidos. Trabalho e

integração para todos.

Trabalho para todos. Uma contrapartida justa para todos os apoios sociais. A reforma da segurança social passa por dar a todos os que precisam o apoio necessário para viver com toda a dignidade. Mas, em troca, os cidadãos têm que ajudar a sociedade. Trabalhar para ser apoiado, especialmente para os apoios de longa duração. E subidas

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sérias nas reformas mais baixas, eventualmente com diminuição de algumas mais altas. 6.16. Portugal: País que promove os seus recursos.

Portugal tem recursos fabulosos. É preciso desenvolver e criar estruturas para aproveitar bem os recursos de Portugal. E são muitos. A água, diminuindo a dependência de Espanha e aumentado a capacidade hidrográfica do país. Os oceanos, com uma das maiores zonas económicas exclusivas e que, ao mesmo tempo, convive com uma indústria pesqueira e de culturas oceânicas diminutas. Prosseguir o investimento nos parques eólicos e noutras energias renováveis e verdes. Desenvolver a agricultura como se o país disso dependesse. E apoiar seriamente os investimentos na industrialização verde.

6.17. Incentivo forte à natalidade

É essencial definir programas de incentivo a que os jovens casais tenham mais filhos. Isto consegue-se com medidas concretas de apoio ao nascimento, ao acompanhamento do bebé, ao desenvolvimento da criança e à consolidação do jovem adulto. E com incentivos concretos para que haja investimento privado e publico efetivo em infantários e pré primárias de qualidade e com boa capacidade de intervenção. 6.18. Total apoio à terceira idade Apoio total à terceira idade. Significa a segurança social aumentar significativamente as pensões de reforma que continuam a estar muito para baixo do salário mínimo nacional. Significa criar programas de apoio para a reconstrução, renovação e construção de raiz de residências de apoio efetivo e concreto, de tal modo que o investimento publico e privado possa ressurgir nestas áreas. Apoiar a assistência domiciliária. E a grande bandeira do CDS do cuidador informal. Que é um péssimo nome, mais valia cuidador formal. 6.19. Total e absoluta luta contra a corrupção Quem cabritos vende e cabras não tem não pode continuar a ter o beneficio do ónus da prova. A luta contra a pequena corrupção ganha-

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se com a delação premiada ao cidadão. A luta contra a grande corrupção ganha-se do lado da incapacidade de justificar toda a capacidade económica por causa dos cofres da mãe. O CDS tem que se libertar das amarras dos submarinos e explicar com todas as letras que a corrupção é um absoluto cancro da sociedade e que o partido tudo fará para lutar contra a corrupção, quer em conceito com leis mais avançadas quer na pratica tudo fazendo contra aqueles que são corruptos, sejam pequenos sejam grandes.

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7. Um partido para ganhar eleições

7.1. Açores 2020

As primeiras eleições a que o partido se irá expor serão em 2020, nos açores. Estas eleições devem ocorrer em Outubro de 2020 e vão ser a primeira prova de trabalho e dedicação do Partido. È absolutamente imperioso estarem definidos os candidatos e a estratégia muito cedo, de preferência já no princípio do ano que vem. O Partido precisa de encontrar uma estratégia para combater a abstenção tradicionalmente muito elevada e de trazer os abstencionistas para o voto no CDS. Um objetivo de 10% parece razoável. Os 33 deputados atuais da esquerda contra os 24 da direita (apenas 4 do CDS) levam a que pareça fazer sentido a criação de uma grande coligação de direita para procurar ganhar os açores.

7.2. Autárquicas 2021 São bem difíceis os tempos que aí vêm. As eleições seguintes serão as autárquicas de 2021. Estas autárquicas vão ser especialmente difíceis para os partidos que não são da esquerda e para o CDS em especial. O Partido Socialista tudo vai fazer para aumentar a sua presença autárquica. Os sinais são claros, do reforço das estruturas socialistas com este objetivo. E estão já a trabalhar intensamente, mobilizando estruturas locais, procurando candidatos, organizando e disciplinando as suas bases. O PSD mal termine a nova saga de discussão da liderança vai-se voltar com toda a sua estrutura, bem baseada no território, a procurar um resultado bem melhor do que aquele que obteve em 2017. Em 2017, especialmente os resultados obtidos em Lisboa e no Porto pelo PSD não são de todo o que se pode esperar em 2021 pois não acreditamos que os erros cometidos em 2017 se possam repetir. O CDS parte de um bom resultado autárquico em 2017. Em Lisboa lidera a oposição, tendo obtido o segundo lugar (apesar disso não ser visível pelo cidadão anónimo); no Porto ajudou e muito a construir uma solução independente apoiada pelo partido (com limitada

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visibilidade para o cidadão) e tem presença autárquica com mais de 2,000 autarcas eleitos, estando sozinho na gestão de 6 camaras municipais e inúmeras juntas de freguesia e em muitas coligações vencedoras principalmente com o PSD. Se há um legado da Assunção Cristas que temos que respeitar profundamente é este, pois teve a inteligência de perceber as dificuldades dos outros e aproveitá-las em nosso benefício. O CDS vai ter que lutar muito para manter e melhorar os resultados de 2017. Como já disse lá atras, todos vão ser poucos para esta luta para a qual todas as figuras públicas do partido devem estar 100% prontas e presentes. O repto lançado pelo PSD, há uns anos atrás, para que as suas figuras de proa se disponibilizassem para a luta pelas autarquias deve agora ser repetido e amplificado nos nossos quadros e em todos os que têm, devido ao partido, alguma exposição mediática e notoriedade. Mais do que em qualquer outra eleição, nas autárquicas há uma importância grande para as pessoas e para quem são os candidatos. Ninguém pode ficar em casa descansado no sofá, é uma obrigação pública que todos estejam prontos para ajudar. Claro que teremos necessidade e, em alguns casos, até obrigação, de fazer coligações eleitorais, especialmente com o PSD e com movimentos de cidadãos que se identifiquem connosco. Mas devemos tudo fazer para o concretizar só em municípios e freguesias onde juntos façamos a diferença e sempre numa relação mínima de 1 para 3, ou em municípios de muito fraca implantação do partido de 1 para 4. E claro que havendo hipótese de fazer plataformas de colaboração com independentes como Rui Moreira no Porto, o partido deverá considerar e avaliar muito bem todas as opções que possam trazer poder autárquico ao partido. 7.3. Presidenciais 2021 Ainda não se conhecem candidatos, acreditamos que Marcelo Rebelo de Sousa seja um desses candidatos e que virá a ter apoio do PSD e do

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PS. É importante que a direita democrática apresente um candidato que possa aproveitar a campanha eleitoral presidencial para demonstrar ao país que as soluções de centro que o atual Presidente da Republica privilegia são erradas e levam Portugal para diminuir a sua competitividade e capacidade empreendedora. Apesar das candidaturas presidenciais serem da iniciativa pessoal dos cidadãos, o partido deverá preparar-se para apoiar um candidato da sua área. Há riscos. Risco de termos resultados baixos. Risco de haver outras candidaturas da nossa área política (Liberais ou de Direita) com forte notoriedade e que ganhem protagonismo maior que o do CDS por causa disso. Há ainda o risco do fenómeno Marcelo acabar por retirar votos da nossa área para o centro. 7.4. Eleições seguintes

Para o ciclo que resulta deste congresso, as eleições seguintes serão objeto de discussão estratégica numa próxima reunião magna pelo que penso ser prematura essa discussão. Para as legislativas de 2023 a estratégia do CDS vai depender dos resultados de 2020 e de 2021 bem como as eleições para o parlamento europeu de 2024 e para o parlamento regional da Madeira de 2024.

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8. Um plano para recriar o CDS

8.1. As atuais estruturas O funcionamento do partido com base na distribuição pelo território é insuficiente. Distritais e concelhias estão distantes do poder central e, estando organizadas de acordo com o território, precisam de estar mais próximas das pessoas. Por isso é preciso que o partido crie equipas multidisciplinares e transversais que possam trabalhar em conjunto com as distritais e concelhias os temas e os sub temas. Mas cujo trabalho e resultados seja mesmo utilizado pelo partido, pois para voltarem a fazer o que foi feito ao programa eleitoral de 2019 não vale a pena. No passado já houve gabinete autárquico, apoio ao militante entre outros. Precisamos de fazer renascer as equipas transversais e dar-lhes poder de influenciar de facto as estruturas locais. Quantas vezes viram alguém do marketing a reunir com uma distrital ou concelhia? 8.2. Ideias concretas que sejam as bandeiras do CDS Medidas concretas de desenvolvimento de Portugal, que estejam alinhadas com aquilo que defendemos. Coisas como o reforço das autonomias das juntas metropolitanas e das comissões de coordenação regional, como a definição de apoios concretos para o desenvolvimento do turismo fora das grandes cidades, a proteção dos rios e ribeiras de Portugal, a sua despoluição, o apoio efetivo aos investimentos criadores de emprego, o desenvolvimento de um programa de apoio à requalificação de habitações próprias ou municipais com vantagens fiscais e financiamentos de médio prazo, a concretização de mais e melhores transportes públicos, com maior frequência nos metros e a reestruturação das redes de autocarros, em função dos metros e das necessidades reais de circulação das pessoas, p.e. para as escolas e estações de metro. Aumentar e melhorar as linhas de metro do Porto e de Lisboa. Construir os metros de superfície de Coimbra e de outras cidades em

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que tal faça sentido. Otimizar os comboios regionais e locais com ligações efetivas aos metros e aos autocarros urbanos e regionais. Criar mais estacionamentos periféricos gratuitos. Criar programa de recuperação de cine teatros tradicionais nas cidades do interior. Criar programa de apoio para manifestações culturais que recuperem tradições populares. Desenvolver campeonatos distritais e nacionais de alunos (matemática ou português ou até dança ou street dance) que desenvolvam competitividade saudável. Desenvolver programas concretos de forte apoio ao associativismo empresarial. Promoção séria da instalação de pontos de carregamento de baterias de automóveis elétricos. Reforçar os apoios Financeiros às Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários, que permita às Corporações adquirir material técnico e equipamentos básicos como fardamento e calçado adequado para o combate aos incêndios florestais entre outras catástrofes e incidentes; Agilização dos alvarás e das licenças de reabilitação e incentivos fiscais a quem opte por requalificar as Habitações mais antigas nas Centralidades dos Concelhos; 8.3. Agendas e eventos para tornar o CDS a força viva nas regiões Definir, planear e elaborar agenda de campanha para concelho e distrito. Tornar a agenda pública e convidar os militantes a participar. Visitar as feiras, os principais locais de passagem pedonal de pessoas, os eventos organizados em cada local com força e apoio não só de cada concelhia, mas com o apoio de colegas da região que depois farão o mesmo. O impacto psicológico de ter 2 ou 3 pessoas ou 20 ou 30 é brutal. Visitar e estar sempre presente o CDS nos grandes eventos religiosos ou de forte exposição pública regional.

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Estar sempre presente nos festivais e eventos organizados para a juventude. Visitar os Bombeiros Voluntários da sua terra, bem como empresas e organizações com forte mobilização de recursos humanos. Visitar e procurar apoios junto das associações comerciais e/ou industriais e/ou empresariais bem como nas Cruz Vermelha Portuguesa, nas Santas Casas da Misericórdia, nas cooperativas, hospitais e escolas. 8.4. Criar e implementar uma metodologia de campanha

Já tive a oportunidade de participar de algumas campanhas políticas. Desde as eleições de 2005, quando integrei a equipa de uma candidatura a presidente de camara em Gondomar que tenho observado a crescente relevância da internet para as campanhas políticas. Naquela época as ferramentas, o seu acesso e principalmente a interação das pessoas pela internet era muito restrita. O facto é que isso mudou e vai continuar a mudar. Hoje o protagonismo dos candidatos e dos partidos depende fundamentalmente da internet. Os eleitores não querem apenas conhecer as propostas, eles querem saber quem é e quem é o seu partido. Tudo começa nos princípios básicos de definição de oferta e público-alvo, passando pelos objetivos e ferramentas, e chegando à conversão que neste caso são os votos. Precisamos de implementar uma metodologia testada que parte dos princípios fundamentais do marketing e que se estruture para tudo o que é oferecido pelo universo de conceitos e ferramentas do marketing digital. 8.5. Pontos essenciais para uma campanha de sucesso Pessoas, pois é essencial que exista uma equipa com valências multifacetadas. Que saiba trabalhar planeando e executando as ações

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voltadas necessárias para efetivar a comunicação e o marketing, tanto nos meios físicos, quanto nos meios digitais, com base na informação que deve chegar pelos responsáveis pela obtenção de dados e também por analisar os dados obtidos e traçar estratégias. Informação, pois é preciso saber quais são os principais problemas, anseios, dificuldades e objetivos do público-alvo? Onde estão os eleitores? Que idade têm? Quais são os maiores problemas da população? Quem são os criadores de opinião? É necessário que seja estudado e definido o perfil do eleitor alvo, para que a campanha fale diretamente com os eleitores. Para tal, após investigação, e pesquisa do eleitor é necessário estudar e definir quais são os comportamentos do eleitor, visando desenvolver as estratégias e a comunicação de forma assertiva e direcionada. 8.6. Definição de estratégias de marketing político Após conhecer o público-alvo o marketing deve definir as estratégias políticas, sendo que é bastante complexo. Será preciso definir pontos fundamentais para o partido e os candidatos, como a imagem do candidato, incluindo qual a imagem que o candidato quer passar, as roupas, os tons das intervenções, etc, etc. O planeamento é essencial. Internet e rua devem estar alinhadas e organizadas para o eleitor perceber a conexão e poder recuperar da mobilização e articulação. Além de manter presença constante na internet, a campanha de sucesso deve ir para a rua. E devem ser escolhidos eventos, reuniões, encontros, fóruns etc. interessantes. Durante a campanha, é preciso criar os próprios eventos: jantares, comícios, entre outros. Nesse momento, a mobilização entra e conta pois os militantes e demais integrantes da equipe devem motivar o máximo de pessoas possível para participar.

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Já que os eventos públicos são fonte de grande repercussão e impacto social, vale a pena definir sua realização de acordo com os dados disponíveis, com a identidade e posicionamento do candidato. O cronograma de ações deve ser definido e seguido à risca. Por mais perfeito que o planeamento pareça, se ele não for seguido com rigor e disciplina, a probabilidade de não funcionar é muito alta. Para evitar que isso ocorra, é essencial que se organize um cronograma de ações, estabelecendo metas e estipulando prazos para todos. Cada uma das etapas da campanha deve ser delimitada de forma organizada e coerente, levando em consideração os desafios, as exigências legais, as normas políticas e os anseios e interesses do eleitorado.

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9. Agradecimentos Nunca escrevi uma moção de estratégia global. Vão ser muitos os ensinamentos que vou retirar deste trabalho. Não seria possível a elaboração deste documento se não tivesse pessoas excecionais a geri as empresas onde não me foi possível passar tanto tempo como gostaria por causa deste documento. Sem a ajuda preciosa (especialmente na complexa angariação de assinaturas) de muitos militantes do partido não teria sido possível apresentar esta moção. Seria fastidioso e arriscado colocar aqui o nome de todos que ajudaram e a quem muito agradeço. Já o apoio concreto, nesse processo de obtenção de assinaturas, de algumas estruturas do partido foi essencial e devo aqui agradecer em particular pois em reuniões, jantares e até em apresentações de candidaturas procederam à recolha de assinaturas para esta moção as seguintes estruturas: Concelhia de Gondomar Concelhia do Porto Concelhia de Vale de Cambra Concelhia de Penedono Concelhia de Moimenta da Beira Concelhia de Arouca Concelhia de Santa Maria da Feira Distrital do Porto Distrital de Viseu Obrigado! Primeiro Subscritor: José Ângelo da Costa Pinto, militante 110606525, CC 7717502