Celebração de Termo de Parceria entre a Administração Municipal e OSCIP

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Termo de Parceria

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Adm. Almir Feliciano Neto (Organizao)

TERMODE

PARCERIA

Belo Horizonte 2006

CARTILHADispe sobre a celebrao de Termo de Parceria entre Prefeitura Municipal e Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico - OSCIP - conforme Lei Federal n 9.790/99.

Organizao Adm. Almir Feliciano Neto

Termo de Parceria / Almir Feliciano Neto (organizao). - Belo Horizonte: IBA, 2006

Colaborao

Instituto Brasileiro de Administrao- IBA Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico OSCIP e-mail: [email protected] www.iba.org.br Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil

Rede de Con fian a M tu a Operadores de Tecn ologias SociaisPrim eiro Setor

Poder PblicoRes po n s abil idade Fis cal

Parc e ria P b lic o Privad a - PPP

Federal Estadual Municipal

Ed u c a o , S a d e, Tr an s po r t e, S eg u r an a e Mo r ad ia

Balan o das CidadesE d uc a o , Ren d a e Lo n gevid a d eIDH

Segu n do Setor

Balano SocialMedio, Avaliao e Monitoramento dos Indicadores de Desempenho

Projetos Sociais

Te rm o d e Parc e riaTerceiro Setor

Organizaes Indstria Comrcio Servios

Do a o (Re n n c ia Fis c al)

Oscip Mobilizao da Sociedade Civil Alavancagem e aplicao de Recursos

SumrioCaptulo Parte Descrio Pg.

I

II

III

IV

V VI

Introduo A OSCIP e o Terceiro Setor Caractersticas da OSCIP O Termo de Parceria Qualificao das OSCIPs Execuo direta de Projetos Termo de Parceria 1 Termo de Parceria OSCIP (modelo) Programa de Trabalho 2 Programa de Trabalho (modelo) Financiamento das OSCIPs 3 Financiamento das OSCIPs Legislao sobre doao para OSCIPs Como feita a deduo pela empresa doadora Declarao empresa doadora fornecida pela OSCIP (modelo) Legislao (OSCIPs e Gesto Municipal) Legislao das OSCIPs 1 Lei n 9.790 de 23 de maro de 1999 Decreto n 3.100 de julho de 1999 Lei Municipal 2 Qualificaes Estaduais e Municipais Lei Municipal (modelo para recepo da Lei 9.790/99) Lei de Responsabilidade Fiscal e Estatuto das Cidades 3 Introduo Lei Complementar n 101 de 04 de maio de 2000 Lei 10.257 de 10 de junho de 2001 Estatuto das Cidades Qualificao Tcnica Profissional do IBA e Projeto de Gesto Municipal Apresentao do Instituto Brasileiro de Administrao IBA / OSCIP 1 Entidade Manual do Sistema de Gesto do IBA Projeto IBA 2 Gesto Municipal Desempenho Global da Imagem, Experincia e Finanas Balano das Cidades Programa de Sade da Famlia - PSF/ Agente Comunitrio de Sade PACS 2.1 Formas cogitadas de contratao A soluo da questo Efeitos para a Lei de Responsabilidade Fiscal Termo de Compromisso Tripartite Pareceres e decises sobre a contratao de OSCIP para o PSF e PACS Pareceres e decises (Termo de Parceria, OSCIP e Administrao Municipal) Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais Tribunal de Contas dos Municpios do Estado do Cear Como proceder para operacionalizar o Termo de Parceria com OSCIP

2 3 3 5 6 7 8 9 15 17 22 23 25 26 27 28 29 30 36 43 44 46 49 51 52 75 87 88 89 91 112 113 112 120 121 122 123 124 125 135 137 147 151

Captulo

I

INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAO - IBAORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO - OSCIP

INTRODUO2

A OSCIP E O TERCEIRO SETOR

C

omo no se cansam de ensinar os autores, o Estado o primeiro setor, cabendo ao mercado o segundo setor e, por fim, sociedade o terceiro.

Assim, entende-se o terceiro setor como o conjunto das entidades da sociedade civil, devidamente organizadas, sob critrios especficos, para o desenvolvimento de aes de interesse pblico. Aqui, cabe um alerta: o interesse pblico no monoplio do Estado. Por natural, cabe ao Poder Pblico velar pela primazia, sempre, do interesse geral, mas este pode ser titularizado, tambm, por entidades no estatais, cujos objetivos refletem-se na execuo de atividades meritrias e de alcance coletivo, muitas vezes inseridas no mbito das polticas pblicas, a cargo de uma esfera federada. Trata-se de um mecanismo novo no Brasil, contra o qual se levantam muitas resistncias, mas que j sinaliza a adeso nacional a um movimento de carter universal. Ao apresentar a denominada Lei do Terceiro Setor, mais adiante analisada, Augusto Franco, responsvel pela coordenao dos trabalhos de sua elaborao, afirma, com propriedade: Mas no difcil entender as razes pelas quais ainda estamos engatinhando neste terreno. A primeira razo diz respeito cultura estatista que predomina no chamado aparelho do Estado. A Lei 9.790 reconhece como tendo carter pblico organizaes no estatais. Isso um escndalo para boa parte dos dirigentes e funcionrios governamentais, que ainda pensam que o Estado no s detm por direito, como deve continuar mantendo de fato em suas mos, eternamente, o monoplio do pblico (OSCIP a Lei 9.790/99 como Alternativa para o Terceiro Setor, publicao do Conselho da Comunidade Solidria). Por conseqncia, o terceiro setor apresenta-se como uma opo vlida de parceria para o Poder Pblico poder desenvolver, a contento, os seus objetivos, reconhecendo a sua incapacidade de, por moto-prprio, realizar, na plenitude, o interesse pblico, em todos os seus matizes. Agora o Poder Judicirio que afirma: Portanto, ante a deficincia do Estado na gerncia da coisa pblica e a crescente necessidade de redefinir sua estrutura, posio e forma de atividade, o terceiro setor compreende 3

um importantssimo segmento social que deve desenvolver sua capacidade de interveno no Estado, colaborando para que consigamos proceder a uma legtima e verdadeira reforma administrativa e conseqentemente implantar eficientes polticas pblicas (Antonio Silveira Ribeiro dos Santos, Juiz de Direito em Diadema SP, Reforma Administrativa e Terceiro Setor, in Boletim de Direito Administrativo, janeiro de 2000, pg.32). Desse modo, observa-se, saciedade, a factibilidade na cooperao entre o Poder Pblico e o terceiro setor, como adiante melhor se ver.

CARACTERSTICAS DA OSCIP

N

o bojo deste movimento de prestgio do terceiro setor, o Governo Federal editou, em 23 de maro de 1999, a Lei n. 9.790, que recebeu, coloquialmente, a denominao de Lei do Terceiro Setor.

O que essa lei implementou foi a institucionalizao de uma nova categoria de entidade, a Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico (OSCIP), cujo regramento jurdico encontra-se traado na referida norma e em seu decreto regulamentador (Decreto n. 3.100, de 30 de junho de 1999). At a vigncia dessa lei, as entidades da sociedade civil, tambm denominadas de Organizaes No Governamentais (ONGs), tinham regramento legislativo mais tnue, sem uma preciso especfica em relao a sua eventual interao com o Poder Pblico. Em verdade, sempre se citavam exemplos, como as Santas Casas de Misericrdia, instituies centenrias, anteriores mesmo organizao pblica no Brasil, tpicos casos de entidades da sociedade civil, no estatais, cuja atividade, no lucrativa, transpira a interesse pblico. Nessas situaes, seria razovel estabelecer-se um marco legal diferente, de forma a estimular essas iniciativas e tornar mais gerencial e produtivo o relacionamento delas com o Poder Pblico: da o surgimento do modelo das OSCIPs. A OSCIP conceitua-se como uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, organizada sob a forma de associao, sociedade civil ou fundao, que, em virtude de seu objeto institucional, recebeu do Poder Pblico uma qualificao especial, que a torna apta a cele4

brar o Termo de Parceria, pelo qual pode receber recursos pblicos para o desenvolvimento de suas atividades de interesse pblico, sem desnaturar o seu carter de gesto privada. Como j se disse, o seu regramento encontra-se bem detalhado na Lei n 9.790/99 e respectivo decreto. A OSCIP no pode ser instituda para qualquer atividade. A lei citada, em seu artigo 3., arrola as reas de atuao das entidades que podem receber a qualificao de OSCIP. Ademais, o art. 2. da lei veda a concesso do ttulo a um elenco de categorias institucionais, entre elas as entidades criadas pelo Poder Pblico. Assim, o primeiro passo no procedimento de instituio de uma entidade que se pretende qualificar como OSCIP ser o de bem delinear o seu objeto de atuao, enquadrando-o, com preciso, no mbito do mencionado art. 3.. A seguir, deve-se cuidar de verificar se no se trata de uma entidade que possa estar includa na lista do art.2.. Na fase de criao, ainda, deve-se escolher uma espcie jurdica, compatvel com a sua finalidade no lucrativa, o que nos leva, basicamente, a trs possibilidades: fundao, sociedade civil ou associao. Uma vez criada a instituio, atendidos esses requisitos e cautelas, deve-se requerer ao Ministrio da Justia a qualificao como OSCIP. O ato de qualificao tem natureza vinculada, ou seja, uma vez atendidos os requisitos formais, a autoridade no pode deixar de conceder o ttulo e respectiva qualificao. Acresce-se que no h exigncia de interstcio para a qualificao, isto , a entidade recm criada pode requerer a titulao. Para tanto, deve-se cuidar para que o ato estatutrio da entidade atenda aos requisitos impostos pela lei n 9.790/99, conforme o seu art. 4.. O regime jurdico de funcionamento da OSCIP o do direito privado, sem qualquer interferncia estatal em sua gesto. Desse modo, o regime de seu pessoal ser o da CLT, sem obrigatoriedade de concurso pblico para o seu ingresso; no se vincular ao procedimento licitatrio para as suas contrataes e compras; a sua contabilidade a geral comum; seus contratos so de direito privado; em suma, nada se lhe aplica do regime jurdicoadministrativo prprio das entidades que integram a Administrao Pblica. Ressalva-se, por natural, que a OSCIP dever prestar contas dos recursos pblicos recebidos, como, alis, obrigao de todos que porventura tenham gesto de recursos desta natureza, nos termos da Constituio da Repblica.

5

O TERMO DE PARCERIA

N

os termos da Lei n. 9.790/99, o relacionamento entre o Poder Pblico e a OSCIP foi concebido para se operar mediante o denominado Termo de Parceria.

Esse instrumento encontra-se municiado nos arts. 9. e seguintes do diploma legal aludido e, em sntese, representa uma evoluo do antigo convnio. semelhana deste, o Termo de Parceria um ajuste bilateral entre o Poder Pblico e a entidade privada para a consecuo de finalidades comuns. No se trata de um contrato, pois no h a aquisio de um bem ou servio, mas sim da conjugao de esforos para a realizao de um objetivo altrustico comum. A idia nuclear a de cooperao, tendo em vista que ambos os parceiros, Estado e OSCIP tm no interesse pblico o mvel de suas atividades. Mediante o Termo de Parceria, a OSCIP pode receber recursos financeiros do oramento da pessoa poltica, bem como cesso de recursos materiais e humanos. Em contrapartida, compromete-se ao desempenho de certas tarefas, que sero acompanhadas e avaliadas, para a verificao do alcance das metas acordadas e do nvel de desempenho da OSCIP. Nesse passo, h muita semelhana entre o Termo e o Contrato de Gesto, este concebido para rgos ou entidades do Poder Pblico. Ainda que qualificada na rbita do Ministrio da Justia, vale dizer, no nvel federal, o ttulo de OSCIP tem validade perante toda a estrutura federativa nacional, pelo que no h necessidade de lei estadual ou municipal para se autorizar a celebrao do Termo de Parceria, pois a Lei n. 9.790/99 tem carter nacional. Portanto, estados federados e municpios, a partir do Distrito Federal, esto aptos, desde logo, a celebrarem Termos de Parceria com as OSCIPs, assim qualificadas, no desenvolvimento cooperado de objetivos comuns. Para a celebrao do Termo de Parceria no h necessidade de licitao, pois no se trata de um contrato. Assim j ocorre, no modelo atual, com os convnios. Contudo, o decreto regulamentador da Lei n. 9.790/99 alude a um concurso de projetos, o que pode ocorrer ou no, ao arbtrio da autoridade. Mas, reitera-se que para a celebrao do Termo de Parceria no se impe o prvio procedimento de licitao. O que se exige o acompanhamento da execuo do Termo de Parceria pelo rgo pblico e, mais importante, pelo respectivo Conselho de Poltica Pblica, de forma a se ter o velamento constante da sociedade, que sempre integra estes rgos colegiados.

Fonte: Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Polticas de Sade. Departamento de Ateno Bsica. Modalidade de contratao de agentes comunitrios de sade: um pacto tripartite / Secretaria de Polticas de Sade, Departamento de Ateno Bsica. Braslia: Ministrio da Sade, 2002. (Pg. 11 a 14)

6

QUALIFICAO DAS OSCIPS

A

qualificao instituda por esta Lei, observado em qualquer caso, o princpio da universalizao dos servios, no respectivo mbito de atuao das Organizaes, somente ser conferida s pessoas jurdicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenha pelo menos uma das seguintes finalidades: I. II. III. IV. V. VI. VII. VIII. IX. X. XI. XII. promoo da assistncia social; promoo da cultura, defesa e conservao do patrimnio histrico e artstico; promoo gratuita da educao, observando-se a forma complementar de participao das organizaes de que trata esta Lei; promoo gratuita da sade, observando-se a forma complementar de participao das organizaes de que trata esta Lei; promoo da segurana alimentar e nutricional; defesa, preservao e conservao do meio ambiente e promoo do desenvolvimento sustentvel; promoo do voluntariado; promoo do desenvolvimento econmico e social e combate pobreza; experimentao, no lucrativa, de novos modelos scio-produtivos e de sistemas alternativos de produo, comrcio, emprego e crdito; promoo de direitos estabelecidos, construo de novos direitos e assessoria jurdica gratuita de Interesse suplementar; promoo da tica, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais; estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produo e divulgao de informaes e conhecimentos tcnicos e cientficos que digam respeito s atividades mencionadas neste artigo.

Pargrafo nico. Para os fins deste artigo, a dedicao s atividades nele previstas configura-se mediante a execuo direta de projetos, programas, planos de aes correlatas, por meio da doao de recursos fsicos, humanos e financeiros, ou ainda pela prestao de servios intermedirios de apoio a outras organizaes sem fins lucrativos e a rgos do setor pblico que atuem em reas afins. Art. 3. da Lei 9.790/99 7

IICaptuloINSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAO I BAORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO - OSCIP

EXECUO DIRETA DE PROJETOS

8

1ParteINSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAO I BAORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO - OSCIP

TERMO DE PARCERIADocumento que estabelece e regula a relao entre a OSCIP e o rgo estatal parceiro para o alcance do resultado definido.

9

TERMO DE PARCERIA - OCISP (Modelo)(Art. 9 da Lei n 9.790, de 23.3.99, e Art. 8 do Decreto n 3.100, de 30.6.99) TERMO DE PARCERIA QUE ENTRE SI CELEBRAM A _____ (UNIO / ESTADO / MUNICPIO), ATRAVS DO___________ (RGO/ENTIDADE ESTATAL), E A ___ (ORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO). A(O) _____ (UNIO/ESTADO/MUNICPIO), representada(o) pelo __________ (RGO/ENTIDADE ESTATAL), doravante denominado PARCEIRO PBLICO, com sede _____________ (endereo completo), neste ato representado por seu titular, _______________, (brasileiro), (casado, solteiro ou vivo), CPF n _________, residente e domiciliado na ________ (cidade/estado) e o INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAO (ORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO), doravante denominada OSCIP, pessoa jurdica de direito privado, sem fins lucrativos, CGC/CNPJ n O1.211.315/0001-40, qualificada como Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico, conforme consta do processo MJ n08026.000664/2003-70 e do Despacho da Secretaria Nacional de Justia, de 20/12/2003, publicado no Dirio Oficial da Unio de 23/12/2003, neste ato representada na forma de seu estatuto por ( ), (brasileiro), (casado), CPF n 000.000.000-00, residente e domiciliado na Maria Vaz de Melo, n 000, Belo Horizonte, Minas Gerais com fundamento no que dispem a Lei n 9.790, de 23 de maro de 1999, e o Decreto n 3.100, de 30 de junho de 1999, resolvem firmar o presente TERMO DE PARCERIA, que ser regido pelas clusulas e condies que seguem: CLUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO O presente TERMO DE PARCERIA tem por objeto____________________ (descrio sucinta do objeto constante no Programa de Trabalho), que se realizar por meio do estabelecimento de vnculo de cooperao entre as partes. Subclusula nica - O Programa de Trabalho poder ser ajustado de comum acordo entre as partes, por meio de: a) registro por simples apostila, dispensando-se a celebrao de Termo Aditivo, quando se tratar de ajustes que no acarretem alterao dos valores definidos na Clusula Quarta; e b) celebrao de Termo Aditivo, quando se tratar de ajustes que impliquem alterao dos valores definidos na Clusula Quarta. CLUSULA SEGUNDA - DO PROGRAMA DE TRABALHO, DAS METAS, DOS INDICADORES DE DESEMPENHO E DA PREVISO DE RECEITAS E DESPESAS. O detalhamento dos objetivos, das metas, dos resultados a serem atingidos, do cronograma de execuo, dos critrios de avaliao de desempenho, com os indicadores de resultados, e a previso de receitas e despesas, na forma do inciso IV do 2 do art. 10 da Lei n 9.790/99, constam do Programa de Trabalho proposto pela OSCIP e aprovado pelo PARCEIRO PBLICO, sendo parte integrante deste TERMO DE PARCERIA, independentemente de sua transcrio. 10

CLUSULA TERCEIRA - DAS RESPONSABILIDADES E OBRIGAES So responsabilidades e obrigaes, alm dos outros compromissos assumidos neste TERMO DE PARCERIA: I - Da OSCIP a) executar, conforme aprovado pelo PARCEIRO PBLICO, o Programa de Trabalho, zelando pela boa qualidade das aes e servios prestados e buscando alcanar eficincia, eficcia, efetividade e economicidade em suas atividades; b) observar, no transcorrer da execuo de suas atividades, as orientaes emanadas do PARCEIRO PBLICO, elaboradas com base no acompanhamento e superviso; c) responsabilizar-se integralmente pela contratao e pagamento do pessoal que vier a ser necessrio e se encontrar em efetivo exerccio nas atividades inerentes execuo deste TERMO DE PARCERIA, inclusive pelos encargos sociais e obrigaes trabalhistas decorrentes, observando-se o disposto no art. 4, inciso VI, da Lei 9.790, de 23 de maro de 1999; d) promover, at 28 de fevereiro de cada ano, a publicao integral na imprensa oficial (Unio/Estado/Municpio) de extrato de relatrio de execuo fsica e financeira do TERMO DE PARCERIA, de acordo com o modelo constante do Anexo II do Decreto 3.100, de 30 de junho de 1999; e) publicar, no prazo mximo de trinta dias, contados da assinatura deste TERMO DE PARCERIA, regulamento prprio contendo os procedimentos que adotar para promover a aquisio ou contratao de quaisquer bens, obras e servios, observados os princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficincia; f) indicar pelo menos um responsvel pela boa administrao e aplicao dos recursos recebidos, cujo nome constar do extrato deste TERMO DE PARCERIA a ser publicado pelo PARCEIRO PBLICO, conforme modelo apresentado no Anexo I do Decreto 3.100, de 30 de junho de 1999; e g) movimentar os recursos financeiros, objeto deste TERMO DE PARCERIA, em conta bancria especfica indicada pelo PARCEIRO PBLICO. II - Do PARCEIRO PBLICO a) acompanhar, supervisionar e fiscalizar a execuo deste TERMO DE PARCERIA, de acordo com o Programa de Trabalho aprovado; b) indicar OSCIP o banco para que seja aberta conta bancria especfica para movimentao dos recursos financeiros necessrios execuo deste TERMO DE PARCERIA; c) repassar os recursos financeiros OSCIP nos termos estabelecidos na Clusula Quarta. d) publicar no Dirio Oficial (Unio/Estado/Municpio) extrato deste TERMO DE PARCERIA e de seus aditivos e apostilamentos, no prazo mximo de quinze dias aps sua assinatura, conforme modelo do Anexo I do Decreto n 3.100, de 30 de junho de 1999; 11

e) criar Comisso de Avaliao para este TERMO DE PARCERIA, composta por dois representantes do PARCEIRO PBLICO, um da OSCIP e um do Conselho de Poltica Pblica (quando houver o Conselho de Poltica Pblica); f) prestar o apoio necessrio OSCIP para que seja alcanado o objeto deste TERMO DE PARCERIA em toda sua extenso; g) fornecer ao Conselho de Poltica Pblica (quando houver) da rea correspondente atividade ora fomentada, todos os elementos indispensveis ao cumprimento de suas obrigaes em relao este TERMO DE PARCERIA, nos termos do art. 17 do Decreto n 3.100, de 30 de junho de 1999. CLUSULA QUARTA - DOS RECURSOS FINANCEIROS Para o cumprimento das metas estabelecidas neste TERMO DE PARCERIA: I - O PARCEIRO PBLICO estimou o valor global de R$ (____________________), a ser repassado OSCIP de acordo com o cronograma de desembolso abaixo. Exemplo: VALOR DATA CONDIES 1 Parcela Na assinatura do Termo de Parceria 2 Parcela 3 Parcela - Desde que as metas da 1 parcela tenham sido alcanadas, conforme Subclusula Sexta. II - A OSCIP contribuir com R$ (_________________________________) (caso haja aporte de recursos financeiros por parte da OSCIP) de acordo com o cronograma abaixo. Exemplo: VALOR DATA CONDIES Subclusula Primeira - O PARCEIRO PBLICO, no processo de acompanhamento e superviso deste TERMO DE PARCERIA, poder recomendar a alterao de valores, que implicar a reviso das metas pactuadas, ou recomendar reviso das metas, o que implicar a alterao do valor global pactuado, tendo como base o custo relativo, desde que devidamente justificada e aceita pelos PARCEIROS, de comum acordo, devendo, nestes casos, serem celebrados Termos Aditivos. Subclusula Segunda - Os recursos repassados pelo PARCEIRO PBLICO OSCIP, enquanto no utilizados, devero sempre que possvel ser aplicados no mercado financeiro, devendo os resultados dessa aplicao serem revertidos exclusivamente execuo do objeto deste TERMO DE PARCERIA. Subclusula Terceira - Havendo atrasos nos desembolsos previstos no cronograma estabelecido no caput desta Clusula, a OSCIP poder realizar adiantamentos com recursos prprios conta bancria indicada pelo PARCEIRO PBLICO, tendo reconhecidas as despesas efetivadas, desde que em montante igual ou inferior aos valores ainda no desembolsados e estejam previstas no Programa de Trabalho. 12

Subclusula Quarta - Na hiptese de formalizao de Termo Aditivo, as despesas previstas e realizadas no perodo compreendido entre a data original de encerramento deste TERMO DE PARCERIA e a formalizao da nova data de incio sero consideradas legtimas, desde que cobertas pelo respectivo empenho. Subclusula Quinta - As despesas ocorrero conta do oramento vigente, _____________________(identificar a classificao programtica e econmica da despesa, nmero e data da nota de empenho). As despesas relativas a exerccios futuros correro conta dos respectivos oramentos, devendo os crditos e empenhos serem indicados por meio de: a) registro por simples apostila, dispensando-se a celebrao de Termo Aditivo, quando se tratar apenas da indicao da dotao oramentria para o novo exerccio, mantida a programao anteriormente aprovada; e b) celebrao de Termo Aditivo, quando houver alterao dos valores globais definidos no caput desta Clusula. Subclusula Sexta - A liberao de recursos a partir da terceira parcela, inclusive, ficar condicionada comprovao das metas para o perodo correspondente parcela imediatamente anterior a ltima liberao, mediante apresentao dos documentos constantes dos incisos I e IV do art. 12 do Decreto n 3.100, de 30 de junho de 1999. CLUSULA QUINTA - DA PRESTAO DE CONTAS A OSCIP elaborar e apresentar ao PARCEIRO PBLICO prestao de contas do adimplemento do seu objeto e de todos os recursos e bens de origem pblica recebidos mediante este TERMO DE PARCERIA, at sessenta dias aps o trmino deste (na hiptese do Termo de Parceria ser inferior ao ano fiscal) ou at 28 de fevereiro do exerccio subseqente (na hiptese do Termo de Parceria ser maior que um ano fiscal) e a qualquer tempo por solicitao do PARCEIRO PBLICO. Subclusula Primeira - A OSCIP dever entregar ao PARCEIRO PBLICO a Prestao de Contas instruda com os seguintes documentos: I. II. relatrio sobre a execuo do objeto do TERMO DE PARCERIA, contendo comparativo entre as metas propostas e os resultados alcanados; demonstrativo integral da receita e despesa realizadas na execuo do objeto, oriundos dos recursos recebidos do PARCEIRO PBLICO, bem como, se for o caso, demonstrativo de igual teor dos recursos originados da prpria OSCIP e referentes ao objeto deste TERMO DE PARCERIA, assinados pelo contabilista e pelo responsvel da OSCIP indicado na Clusula Terceira; extrato da execuo fsica e financeira publicado na imprensa oficial (Unio/Estado/Municpio), de acordo com modelo constante do Anexo II do Decreto 3.100, de 30 de junho de 1999; parecer e relatrio de auditoria independente sobre a aplicao dos recursos objeto deste TERMO DE PARCERIA (apenas para os casos em que o montante de recursos for maior ou igual a R$ 600.000,00 - seiscentos mil reais).

III.

IV.

Subclusula Segunda - Os originais dos documentos comprobatrios das receitas e despesas constantes dos demonstrativos de que trata o inciso II da Subclusula anterior devero ser arquivados na sede da OSCIP por, no mnimo, cinco anos, separando-se os de origem pblica daqueles da prpria OSCIP. 13

Subclusula Terceira - Os responsveis pela fiscalizao deste TERMO DE PARCERIA, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade na utilizao dos recursos ou bens de origem pblica pela OSCIP, daro imediata cincia ao Tribunal de Contas respectivo e ao Ministrio Pblico, sob pena de responsabilidade solidria, consoante o art. 12 da Lei 9.790, de 23 de maro de 1999. CLUSULA SEXTA - DA AVALIAO DE RESULTADOS Os resultados atingidos com a execuo do TERMO DE PARCERIA devem ser analisados pela Comisso de Avaliao citada na Clusula Terceira. Subclusula nica - A Comisso de Avaliao emitir relatrio conclusivo sobre os resultados atingidos, de acordo com o Programa de Trabalho, com base nos indicadores de desempenho citados na Clusula Segunda, e o encaminhar ao PARCEIRO PBLICO, at _____ dias aps o trmino deste TERMO DE PARCERIA. CLUSULA STIMA - DA VIGNCIA E DA PRORROGAO O presente TERMO DE PARCERIA vigorar por ___ /___ (meses/anos) a partir da data de sua assinatura. Subclusula Primeira - Findo o TERMO DE PARCERIA e havendo adimplemento do objeto e excedentes financeiros disponveis junto a OSCIP, o PARCEIRO PBLICO poder, com base na indicao da Comisso de Avaliao, citada na Clusula Sexta, e na apresentao de Programa de Trabalho suplementar, prorrogar este TERMO DE PARCERIA, mediante registro por simples apostila ou requerer a devoluo do saldo financeiro disponvel. Subclusula Segunda - Findo o TERMO DE PARCERIA e havendo inadimplemento do objeto e restando desembolsos financeiros a serem repassados pelo PARCEIRO PBLICO OSCIP, este TERMO DE PARCERIA poder ser prorrogado, mediante Termo Aditivo, por indicao da Comisso de Avaliao citada na clusula Sexta, para cumprimento das metas estabelecidas. Subclusula Terceira - Havendo inadimplemento do objeto com ou sem excedentes financeiros junto OSCIP, o PARCEIRO PBLICO poder, desde que no haja alocao de recursos pblicos adicionais, prorrogar este TERMO DE PARCERIA, mediante Termo Aditivo, por indicao da Comisso de Avaliao citada na clusula Sexta, ou requerer a devoluo dos recursos transferidos e/ou outra medida que julgar cabvel. Subclusula Quarta - Nas situaes previstas nas Subclusulas anteriores, a Comisso de Avaliao dever se pronunciar at trinta dias aps o trmino deste TERMO DE PARCERIA, caso contrrio, o PARCEIRO PBLICO dever decidir sobre a sua prorrogao ou no. CLUSULA OITAVA - DA RESCISO O presente TERMO DE PARCERIA poder ser rescindido por acordo entre as partes ou administrativamente, independente das demais medidas cabveis, nas seguintes situaes: I. se houver descumprimento, ainda que parcial, das Clusulas deste TERMO DE PARCERIA; e 14

II.

unilateralmente pelo PARCEIRO PBLICO se, durante a vigncia deste TERMO DE PARCERIA, a OSCIP perder, por qualquer razo, a qualificao como "Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico".

CLUSULA NONA - DA MODIFICAO Este TERMO DE PARCERIA poder ser modificado em qualquer de suas Clusulas e condies, exceto quanto ao seu objeto, mediante registro por simples apostila ou Termo Aditivo, de comum acordo entre os PARCEIROS, desde que tal interesse seja manifestado, previamente, por uma das partes, por escrito. CLUSULA DCIMA - DO FORO Fica eleito o foro da cidade de _________ para dirimir qualquer dvida ou solucionar questes que no possam ser resolvidas administrativamente, renunciando as partes a qualquer outro, por mais privilegiado que seja. E, por estarem assim, justas e acordadas, firmam as partes o presente TERMO DE PARCERIA em 3 (trs) vias de igual teor e forma e para os mesmos fins de direito, na presena das testemunhas abaixo qualificadas. ( ), ( ) de ( ) de ( ).

PREFEITURA MUNICIPAL DE . ( Prefeito Municipal

)

OSCIP INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAO Representante Legal

TESTEMUNHAS: NOME: ENDEREO: CPF N NOME: ENDEREO; CPF N

15

2Parte

PREFEITURA MUNICIPALORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO - OSCIP

PROGRAMA DE TRABALHOO detalhamento dos objetivos, das metas, dos resultados a serem atingidos, do cronograma de execuo, dos critrios de avaliao de desempenho, com os indicadores de resultados, e a previso de receitas e despesas, na forma do inciso IV do 2 do art. 10 da Lei n 9.790/99, constam do Programa de Trabalho proposto pela OSCIP e aprovado pelo PARCEIRO PBLICO, sendo parte integrante deste TERMO DE PARCERIA, independentemente de sua transcrio. 16

Concedente: Prefeitura Municipal de ...

1. Identificao do Proponente Razo Social: Instituto Brasileiro de Administrao - IBA Endereo Completo: Avenida Afonso Pena, 981 8 andar Cidade: UF: Belo Horizonte Minas Gerais E-mail: Fone: [email protected] Banco: Agencia: Conta: Banco do Brasil 0000 00000 CNPJ n: 01.211.315/0001-40 CEP: Fax: Praa de Pagamento: Belo Horizonte/MG

2. Representante Legal do Proponente Nome: CPF: Endereo Residencial: Cidade: e-mail: [email protected] UF: Fone: 0 xx 31 3088 2911 CEP: Fax: 0 xx 31 3491 97 53 RG: Cargo: Presidente rgo Expedidor:

3. Responsvel Tcnico do Projeto Nome: Endereo Residencial: Cidade: E-mail: Fone UF: Fax: CEP: Celular: RG: rgo Expedidor:

Modelo Instituto Brasileiro de Administrao - IBA 17

OBJETIVO

QUADRO DE INDICADORES E METAS PARA AVALIAO DE DESEMPENHO Indicador Fsico Descrio dos Resultados Indicador de Resultado Unidade Peso Meta 1 Meta 2 ... Total

18

AOES ESTRUTURANTES

ETAPA (n)

Descrio das Etapas Incio

Durao Trmino

19

CRONOGRAMA DE DESEMBOLSOS

PARCELA

VALOR

DATA

ETAPAS A SEREM CUSTEADAS

CONDIES

20

PREVISO DE RECEITAS E DESPESAS ANO DE 200_ (Valores Mensais mdios em R$) Ms / Ano Categoria Contbil 1 RECEITAS OPERACIONAIS 1.1 Termo de Parceria 1.2 Doao Renncia Fiscal TOTAL 2 DESPESAS OPERACIONAIS 2.1 Pessoal 2.2 Material 2.3 Servios de Terceiros 2.4 Equipamentos 2.5 Despesas Gerais TOTAL Modelo apresentado: (Programa de Trabalho SEPLAG / MG utilizado nos Termos de Parcerias do Governo do Estado de Minas Gerais. Lei 14.870/03) Ms 1 Ms 2 Ms 3 Ms 4 Ms 5 Ms ... TOTAL

21

DECLARAO

Na qualidade de representante legal do IBA, declaro, para fins de prova junto ao Concedente, para os efeitos e sob as penas da lei, que inexiste qualquer dbito em mora ou situao de inadimplncia com a Prefeitura Municipal de ( ) Minas Gerais ou qualquer rgo ou entidade da Administrao Pblica Estadual ou Federal, que impea a transferncia de recursos de dotaes consignadas no oramento da Prefeitura ou Estado, na forma deste Programa de Trabalho.

Belo Horizonte, (

) de 200... REPRESENTANTE DO PROPONENTE

VENHO SUBMETER APRECIAO DE V. SAS. O PRESENTE PROGRAMA DE TRABALHO, TENDO EM VISTA REPASSE DE RECURSOS ATRAVS DE TERMO DE PARCERIA.

Belo Horizonte, (

) de 200..

N IDENTIDADE REPRESENTANTE LEGAL Modelo Instituto Brasileiro de Administrao IBA 22

CPF:

3ParteINSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAO - IBAORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO - OSCIP

FINANCIAMENTO DAS OSCIPS

Financiamento das OSCIPs pela iniciativa privada

23

FINANCIAMENTO DAS OSCIPS

A

s OSCIPs tm a possibilidade de estabelecer parcerias com o Poder Pblico. Dessa forma, uma das fontes de financiamento ser proveniente do prprio Poder Pblico, desde que estabelecida tal parceria.

Assim, se for realizado um termo de parceria com a Secretaria de Educao Municipal, por exemplo, esse rgo poder disponibilizar recursos para a realizao de projetos da OSCIP. Alm disso, outras so as possibilidades de financiamento, provenientes do setor privado. Feitas essas consideraes, podemos analisar as demais fontes de financiamento que a organizao pode obter. As pessoas fsicas no so autorizadas a deduzir de seu imposto de renda as doaes efetuadas a quaisquer entidades, sejam quais forem suas naturezas (filantrpica, educacional ou de assistncia social) ou ainda que reconhecidas como de utilidade pblica. evidente que tais doaes podem ocorrer de qualquer forma. No entanto, no tero qualquer vantagem fiscal. J as pessoas jurdicas contam com mais incentivos federais doao. A Lei 9.249/95, com redao alterada por uma Medida Provisria, permite a deduo no Imposto de Renda das Pessoas Jurdicas at o limite de 2% sobre o lucro operacional das doaes efetuadas s OSCIPs. Alm disso, as empresas se interessam pela publicidade que estas doaes podem dar a elas. uma grande porta para obteno de recursos junto s empresas. Isso quer dizer que quaisquer empresas podem disponibilizar recursos para a OSCIP, sejam grandes ou pequenas. Para isso, normalmente escreve-se um projeto e se envia para a empresa, requerendo determinado recurso (que pode ser dinheiro ou bens, por exemplo). A empresa avalia se interessa a ela ajudar aquele projeto e por fim disponibiliza os recursos, conforme os requisitos da lei, podendo obter iseno fiscal. Fora os recursos doados por empresas, inmeras so as oportunidades de financiamento de Fundaes privadas nacionais e internacionais especialmente criadas para esse fim. Possuem profissionais que compreendem muito bem o sentido do terceiro setor. A maioria delas tem um processo de solicitao padro que pode ser obtido atravs da homepage (pgina na Internet da fundao) ou por um pedido simples por telefone ou carta. A maioria delas possui modelos de formulrios de solicitao de recursos que solicitam apresentao de justificativa, objetivo, avaliao de resultados etc. Os projetos costumam ser de um a trs anos e os recursos visam contribuir para a busca da auto-sustentao financeira. Uma boa forma de captao de recursos a realizao de eventos. Se forem bem organizados, alm de angariar fundos, podem ser teis para divulgar a causa, a misso e os projetos da organizao, alm de reconhecer doadores e captar voluntrios. Muitas organizaes tendem a desenvolver projetos que possam gerar receita prpria e, se possvel, que seja a fonte principal de seus recursos. Ou seja, tornam-se auto-sustentveis. 24

EXECUO DIRETA DE PROJETOS POR MEIO DA DOAO DE RECURSOS "RENUNCIA FISCAL" PELA INICIATIVA PRIVADA PARA SER INVESTIDO NA COMUNIDADE ONDE ATUEM.OSCIP Elabora e apresenta projeto Social conforme Interesse Pblico

Finalidade das OSICPs: Pomoo da assistncia social; Promoo da cultura, defesa e conservao do patrimnio histrico e artstico; Promoo gratuita da educao, observando-se a forma complemen-tar de participao das organizaes de que trata esta Lei; Promoo gratuita da sade, observando-se a forma complementar de participao das organizaes de que trata esta Lei; Promoo da segurana alimentar e nutricional; Defesa, preservao e conservao do meio ambiente e promoo do desenvolvimento sustentvel; Promoo do voluntariado; Promoo do desenvolvimento econmico e social e combate pobreza; Experimentao, no lucrativa, de novos modelos scio-produtivos e de sistemas alternativos de produo, comrcio, emprego e crdito; Promoo de direitos estabelecidos, construo de novos direitos e assessoria jurdica gratuita de interesse suplementar; Promoo da tica, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais; Estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produo e divulgao de informaes e conhecimentos tcnicos e cient-ficos que digam respeito s atividades mencionadas neste artigo. Fomento ao Esporte Amador

Entidade/rgo analisa viabilidade e interesse na execuo do projeto.

No

Vivel

Sim

Aceitao Formal da viabilidade do projeto para o desenvolvimento econmico e socil.

A

RENNCIA FISCAL Doao de at 2% do Resultado Operacional

Captao de recursos nas empresas da comunidade onde atua.

Atuao conjunta entre o rgo e a Oscip

Os recursos recebidos sero aplicados no atendimento integral de seus objetivos sociais na regio da doadora em projetos sociais em benefcio de empregados da pessoa jurdica doadora e respectivos dependentes, ou em benefcio da comunidade onde atuem.

IN 87 da Receita Federal

CONTRAPARTIDA DA OSCIP IGUAL A 100% DO VALOR DO PROJETO

rgo recebedor do projeto assina Termo de Parceria com a OSCIP

EXECUO DO PROJETO E PRESTAO DE CONTAS CONFORME LEI 9.790/99 Auditoria e Prestao de Contas = Ministrio da Justa.

25

Legislao sobre doao para OSCIP

A

MP n 2.113-30, de 26 de abril de 2001, cuja edio atual a n 2.158-35(6), de 24 de agosto de 2001, alterou a Lei n 9.249/95, determinando que tambm podero ser deduzidas as doaes feitas s Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico (OSCIP), qualificadas segundo as normas estabelecidas na Lei n 9.790/99. A MP n 2.133-30 de 26/04/2001, altera as legislaes do Imposto de Renda, da Contribuio Social Sobre o Lucro, da COFINS e do PIS/PASEP, focalizadas a seguir: Imposto de Renda das Pessoas Jurdicas Dedutibilidade das Doaes a Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico (OSCIP) Na apurao do Lucro Real e da base de clculo da CSLL, passaram a ser dedutveis, limitado a 2% (dois por cento) do lucro operacional da pessoa jurdica, antes de computada sua deduo, as doaes efetuadas, a partir do ano-calendrio de 2001, s OSCIPs, que atendam os requisitos estabelecidos pela Lei 9.790/99: as OSCIPs no precisam ser reconhecidas de utilidade pblica por ato formal de rgo competente da Unio; a dedutibilidade das doaes fica condicionada a que a entidade beneficiria tenha condio de OSCIP renovada anualmente pelo rgo competente da Unio, mediante ato formal, observando-se que essa renovao: somente ser concedida a entidade que comprove, perante o rgo competente da Unio, o cumprimento no anocalendrio anterior ao pedido de todas as exigncias e condies estabelecidas; e, produzir efeitos para o ano-calendrio subseqente ao de sua formalizao; Os atos de reconhecimento emitidos at 31/12/2000; A deduo da doao fica condicionada, tambm, observncia das demais condies previstas no inciso III do 2 do art. 13 da lei 9.249/95, quais sejam: a). se a doao for em dinheiro, dever ser feita mediante crdito em conta corrente bancria, diretamente em nome da entidade beneficiria; b). a pessoa jurdica doadora dever manter em arquivo, disposio da fiscalizao, declarao conforme modelo aprovado pela IN SRF n 87/96 , fornecida pela entidade beneficiria, na qual esta se compromete a aplicar integralmente os recursos recebidos na realizao de seus objetivos sociais, com identificao da pessoa fsica responsvel pelo seu cumprimento, e a no distribuir lucros, bonificaes ou vantagens a dirigentes, mantenedores e associados, sob nenhuma forma ou pretexto. 26

COMO FEITA A DEDUO PELA EMPRESA DOADORA A lei prev a deduo integral do valor das doaes como despesa operacional at o limite de 2% do lucro operacional bruto. No h uma deduo do imposto de renda a ser pago, mas uma deduo da base de clculo do Imposto de Renda e da Contribuio Social sobre o Lucro. Exemplo de pessoa jurdica que apurou lucro operacional de R$ 2.000.000,00 (dois milhes de reais): Economia Tributria

Descrio Lucro Operacional Valor Mximo dedutvel da Doao Lucro antes da CSLL e IRPJ (-) Contribuio Social (-) Imposto de Renda (-) Adicional Total Carga Tributria Total de Retorno Lucro Lquido Porcentagem de retorno financeiro

Sem Doao 2.000.000,00

Com Doao 2.000.000,00 40.000,00

2.000.000,00 180.000,00 300.000,00 176.000,00 656.000,00

1.960.000,00 176.400,00 294.000,00 172.000,00 642.400,00 13.600,00 3.600,00 6.000,00 4.000,00

1.344.000,00

1.317.600,00 34%

Portanto, dos R$ 40.000,00 doados pela pessoa jurdica a uma entidade civil sem fins lucrativos, o custo efetivo da doao pela empresa de R$ 26.400,00, pois a diferena (R$ 13.600,00) retornar na forma de economia fiscal. (Fonte: Internet: FISCOSOFT, 30/06/2004) DOCUMENTO FORNECIDO PELO IBA A EMPRESA DOADORA INSTRUO NORMATIVA N 87, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1996. Aprova modelo de declarao, a ser prestada pelas entidades civis, de responsabilidade na aplicao integral dos recursos, recebidos mediante doao nos termos do art. 13 2, inciso III, da Lei n 9.249, de 26 de dezembro de 1995. 27

DECLARAO ORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO - OSCIP Identificao Nome: INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAO - IBA Endereo Completo da Sede: Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil. CNPJ: 01.211.315/0001-40 Informaes Bancrias: Banco do Brasil S/A - Agncia: Conta Corrente: CEP:

Ato Formal, de rgo Competente da Unio, de Reconhecimento de Utilidade Pblica. A Medida Provisria n 2158-35 reeditada em 24/08/01 OSCIP Tipo de Ato: Despacho da Secretaria Nacional de Justia Nmero: MJ n 08026.000764/2003-70 Data da Publicao: 23 de dezembro de 2003 Data de Expedio: 19 de dezembro de 2003 Pgina do D.O.U: Seo 1 Responsvel pela aplicao legal dos Recursos Nome: CPF: RG n.: Data de Expedio: rgo Expedidor: Endereo Residencial: . CEP. Endereo Profissional: Av. Afonso Pena, 981 8 andar Centro Belo Horizonte MG Brasil Declaram, para efeito do disposto no art. 13, 2, inciso III a, b e c da Lei n 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e no art. 28, 1, letra b.3 e 3, a, b e c da IN SRF n 11, de 21 de fevereiro de 1996, que esta entidade se compromete a aplicar integralmente os recursos recebidos na realizao de seus objetivos sociais e a no distribuir lucros, bonificaes ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto, e que o responsvel pela aplicao dos recursos, e o representante legal da entidade esto cientes de que a falsidade na prestao destas informaes os sujeitaro, juntamente com as demais pessoas que para ela concorrerem, s penalidades previstas na legislao criminal e tributria, relativas falsidade ideolgica (art. 299 do Cdigo Penal) e ao crime contra a ordem tributria (art. 1 da Lei 8.137, de 27 de dezembro de 1990). Belo Horizonte, Responsvel pela Aplicao dos Recursos de de 20

Representante Legal CPF: 000.000..000-00

28

IIICaptuloINSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAO - IBAORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO - OSCIP

LEGISLAO (OSCIP E GESTO MUNICIPAL)29

1ParteINSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAO - IBAORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO - OSCIP

LEGISLAO DAS OSCIPS30

LEI No 9.790, DE 23 DE MARO DE 1999.Dispe sobre a qualificao de pessoas jurdicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico, institui e disciplina o Termo de Parceria, e d outras providncias. O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPTULO I DA QUALIFICAO COMO ORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO Art. 1o Podem qualificar-se como Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico as pessoas jurdicas de direito privado, sem fins lucrativos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutrias atendam aos requisitos institudos por esta Lei. 1o Para os efeitos desta Lei, considera-se sem fins lucrativos a pessoa jurdica de direito privado que no distribui, entre os seus scios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou lquidos, dividendos, bonificaes, participaes ou parcelas do seu patrimnio, auferidos mediante o exerccio de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecuo do respectivo objeto social. 2o A outorga da qualificao prevista neste artigo ato vinculado ao cumprimento dos requisitos institudos por esta Lei. Art. 2o No so passveis de qualificao como Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico, ainda que se dediquem de qualquer forma s atividades descritas no art. 3o desta Lei:

I. II.

as sociedades comerciais; os sindicatos, as associaes de classe ou de representao de categoria profissional; III. as instituies religiosas ou voltadas para a disseminao de credos, cultos, prticas e vises devocionais e confessionais; IV. as organizaes partidrias e assemelhadas, inclusive suas fundaes; V. as entidades de benefcio mtuo destinadas a proporcionar bens ou servios a um crculo restrito de associados ou scios; VI. as entidades e empresas que comercializam planos de sade e assemelhados; VII. as instituies hospitalares privadas no gratuitas e suas mantenedoras; VIII. as escolas privadas dedicadas ao ensino formal no gratuito e suas mantenedoras; IX. as organizaes sociais; X. as cooperativas; XI. as fundaes pblicas; XII. as fundaes, sociedades civis ou associaes de direito privado criadas por rgo pblico ou por fundaes pblicas; 31

XIII. as organizaes creditcias que tenham quaisquer tipo de vinculao com o sistema financeiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituio Federal. Art. 3o A qualificao instituda por esta Lei, observado em qualquer caso, o princpio da universalizao dos servios, no respectivo mbito de atuao das Organizaes, somente ser conferida s pessoas jurdicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham pelo menos uma das seguintes finalidades: I. II. III. IV. V. VI. VII. VIII. IX. X. XI. XII. promoo da assistncia social; promoo da cultura, defesa e conservao do patrimnio histrico e artstico; promoo gratuita da educao, observando-se a forma complementar de participao das organizaes de que trata esta Lei; promoo gratuita da sade, observando-se a forma complementar de participao das organizaes de que trata esta Lei; promoo da segurana alimentar e nutricional; defesa, preservao e conservao do meio ambiente e promoo do desenvolvimento sustentvel; promoo do voluntariado; promoo do desenvolvimento econmico e social e combate pobreza; experimentao, no lucrativa, de novos modelos scio-produtivos e de sistemas alternativos de produo, comrcio, emprego e crdito; promoo de direitos estabelecidos, construo de novos direitos e assessoria jurdica gratuita de interesse suplementar; promoo da tica, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais; estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produo e divulgao de informaes e conhecimentos tcnicos e cientficos que digam respeito s atividades mencionadas neste artigo.

Pargrafo nico. Para os fins deste artigo, a dedicao s atividades nele previstas configurase mediante a execuo direta de projetos, programas, planos de aes correlatas, por meio da doao de recursos fsicos, humanos e financeiros, ou ainda pela prestao de servios intermedirios de apoio a outras organizaes sem fins lucrativos e a rgos do setor pblico que atuem em reas afins. Art. 4o Atendido o disposto no art. 3o, exige-se ainda, para qualificarem-se como Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico, que as pessoas jurdicas interessadas sejam regidas por estatutos cujas normas expressamente disponham sobre: I. II. a observncia dos princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficincia; a adoo de prticas de gesto administrativa, necessrias e suficientes a coibir a obteno, de forma individual ou coletiva, de benefcios ou vantagens pessoais, em decorrncia da participao no respectivo processo decisrio; a constituio de conselho fiscal ou rgo equivalente, dotado de competncia para opinar sobre os relatrios de desempenho financeiro e contbil, e sobre as operaes patrimoniais realizadas, emitindo pareceres para os organismos superiores da entidade; 32

III.

IV.

V.

VI.

VII.

a previso de que, em caso de dissoluo da entidade, o respectivo patrimnio lquido ser transferido a outra pessoa jurdica qualificada nos termos desta Lei, preferencialmente que tenha o mesmo objeto social da extinta; a previso de que, na hiptese de a pessoa jurdica perder a qualificao instituda por esta Lei, o respectivo acervo patrimonial disponvel, adquirido com recursos pblicos durante o perodo em que perdurou aquela qualificao, ser transferido a outra pessoa jurdica qualificada nos termos desta Lei, preferencialmente que tenha o mesmo objeto social; a possibilidade de se instituir remunerao para os dirigentes da entidade que atuem efetivamente na gesto executiva e para aqueles que a ela prestam servios especficos, respeitados, em ambos os casos, os valores praticados pelo mercado, na regio correspondente a sua rea de atuao; as normas de prestao de contas a serem observadas pela entidade, que determinaro, no mnimo: a) a observncia dos princpios fundamentais de contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade; b) que se d publicidade por qualquer meio eficaz, no encerramento do exerccio fiscal, ao relatrio de atividades e das demonstraes financeiras da entidade, incluindo-se as certides negativas de dbitos junto ao INSS e ao FGTS, colocando-os disposio para exame de qualquer cidado; c) a realizao de auditoria, inclusive por auditores externos independentes se for o caso, da aplicao dos eventuais recursos objeto do termo de parceria conforme previsto em regulamento; d) a prestao de contas de todos os recursos e bens de origem pblica recebidos pelas Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico ser feita conforme determina o pargrafo nico do art. 70 da Constituio Federal. Pargrafo nico. permitida a participao de servidores pblicos na composio de diretoria ou conselho de Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico, vedada a percepo de remunerao ou subsdio a qualquer ttulo.(Pargrafo includo pela Mpv n 37, de 8.5.2002)

Pargrafo nico. permitida a participao de servidores pblicos na composio de conselho de Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico, vedada a percepo de remunerao ou subsdio, a qualquer ttulo. (Redao dada pela Lei n 10.539, de 23.9.2002) Art. 5o Cumpridos os requisitos dos arts. 3o e 4o desta Lei, a pessoa jurdica de direito privado sem fins lucrativos, interessada em obter a qualificao instituda por esta Lei, dever formular requerimento escrito ao Ministrio da Justia, instrudo com cpias autenticadas dos seguintes documentos: I. II. III. IV. V. estatuto registrado em cartrio; ata de eleio de sua atual diretoria; balano patrimonial e demonstrao do resultado do exerccio; declarao de iseno do imposto de renda; inscrio no Cadastro Geral de Contribuintes.

Art. 6o Recebido o requerimento previsto no artigo anterior, o Ministrio da Justia decidir, no prazo de trinta dias, deferindo ou no o pedido.

33

1o No caso de deferimento, o Ministrio da Justia emitir, no prazo de quinze dias da deciso, certificado de qualificao da requerente como Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico. 2o Indeferido o pedido, o Ministrio da Justia, no prazo do 1o, dar cincia da deciso, mediante publicao no Dirio Oficial. 3o O pedido de qualificao somente ser indeferido quando: I. II. III. a requerente enquadrar-se nas hipteses previstas no art. 2o desta Lei; a requerente no atender aos requisitos descritos nos arts. 3o e 4o desta Lei; a documentao apresentada estiver incompleta.

Art. 7o Perde-se a qualificao de Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico, a pedido ou mediante deciso proferida em processo administrativo ou judicial, de iniciativa popular ou do Ministrio Pblico, no qual sero assegurados, ampla defesa e o devido contraditrio. Art. 8o Vedado o anonimato, e desde que amparado por fundadas evidncias de erro ou fraude, qualquer cidado, respeitadas as prerrogativas do Ministrio Pblico, parte legtima para requerer, judicial ou administrativamente, a perda da qualificao instituda por esta Lei. CAPTULO II DO TERMO DE PARCERIA Art. 9o Fica institudo o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passvel de ser firmado entre o Poder Pblico e as entidades qualificadas como Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico destinado formao de vnculo de cooperao entre as partes, para o fomento e a execuo das atividades de interesse pblico previstas no art. 3o desta Lei. Art. 10. O Termo de Parceria firmado de comum acordo entre o Poder Pblico e as Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico discriminar direitos, responsabilidades e obrigaes das partes signatrias. 1o A celebrao do Termo de Parceria ser precedida de consulta aos Conselhos de Polticas Pblicas das reas correspondentes de atuao existentes, nos respectivos nveis de governo. 2o So clusulas essenciais do Termo de Parceria: I. II. III. IV. a do objeto, que conter a especificao do programa de trabalho proposto pela Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico; a de estipulao das metas e dos resultados a serem atingidos e os respectivos prazos de execuo ou cronograma; a de previso expressa dos critrios objetivos de avaliao de desempenho a serem utilizados, mediante indicadores de resultado; a de previso de receitas e despesas a serem realizadas em seu cumprimento, estipulando item por item as categorias contbeis usadas pela organizao e o detalhamento das remuneraes e benefcios de pessoal a serem pagos, com recursos oriundos ou vinculados ao Termo de Parceria, a seus diretores, empregados e consultores; 34

V.

VI.

a que estabelece as obrigaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico, entre as quais a de apresentar ao Poder Pblico, ao trmino de cada exerccio, relatrio sobre a execuo do objeto do Termo de Parceria, contendo comparativo especfico das metas propostas com os resultados alcanados, acompanhado de prestao de contas dos gastos e receitas efetivamente realizados, independente das previses mencionadas no inciso IV; a de publicao, na imprensa oficial do Municpio, do Estado ou da Unio, conforme o alcance das atividades celebradas entre o rgo parceiro e a Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico, de extrato do Termo de Parceria e de demonstrativo da sua execuo fsica e financeira, conforme modelo simplificado estabelecido no regulamento desta Lei, contendo os dados principais da documentao obrigatria do inciso V, sob pena de no liberao dos recursos previstos no Termo de Parceria.

Art. 11. A execuo do objeto do Termo de Parceria ser acompanhada e fiscalizada por rgo do Poder Pblico da rea de atuao correspondente atividade fomentada, e pelos Conselhos de Polticas Pblicas das reas correspondentes de atuao existentes, em cada nvel de governo. 1o Os resultados atingidos com a execuo do Termo de Parceria devem ser analisados por comisso de avaliao, composta de comum acordo entre o rgo parceiro e a Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico. 2o A comisso encaminhar autoridade competente relatrio conclusivo sobre a avaliao procedida. 3o Os Termos de Parceria destinados ao fomento de atividades nas reas de que trata esta Lei estaro sujeitos aos mecanismos de controle social previstos na legislao. Art. 12. Os responsveis pela fiscalizao do Termo de Parceria, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade na utilizao de recursos ou bens de origem pblica pela organizao parceira, daro imediata cincia ao Tribunal de Contas respectivo e ao Ministrio Pblico, sob pena de responsabilidade solidria. Art. 13. Sem prejuzo da medida a que se refere o art. 12 desta Lei, havendo indcios fundados de malversao de bens ou recursos de origem pblica, os responsveis pela fiscalizao representaro ao Ministrio Pblico, Advocacia-Geral da Unio, para que requeiram ao juzo competente a decretao da indisponibilidade dos bens da entidade e o seqestro dos bens dos seus dirigentes, bem como de agente pblico ou terceiro, que possam ter enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimnio pblico, alm de outras medidas consubstanciadas na Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, e na Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990. 1o O pedido de seqestro ser processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do Cdigo de Processo Civil. 2o Quando for o caso, o pedido incluir a investigao, o exame e o bloqueio de bens, contas bancrias e aplicaes mantidas pelo demandado no Pas e no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais. 3o At o trmino da ao, o Poder Pblico permanecer como depositrio e gestor dos bens e valores seqestrados ou indisponveis e velar pela continuidade das atividades sociais da organizao parceira. Art. 14. A organizao parceira far publicar, no prazo mximo de trinta dias, contado da assinatura do Termo de Parceria, regulamento prprio contendo os procedimentos que adotar 35

para a contratao de obras e servios, bem como para compras com emprego de recursos provenientes do Poder Pblico, observados os princpios estabelecidos no inciso I do art. 4o desta Lei. Art. 15. Caso a organizao adquira bem imvel com recursos provenientes da celebrao do Termo de Parceria, este ser gravado com clusula de inalienabilidade. CAPTULO III DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS Art. 16. vedada s entidades qualificadas como Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico a participao em campanhas de interesse poltico-partidrio ou eleitorais, sob quaisquer meios ou formas. Art. 17. O Ministrio da Justia permitir, mediante requerimento dos interessados, livre acesso pblico a todas as informaes pertinentes s Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico. Art. 18. As pessoas jurdicas de direito privado sem fins lucrativos, qualificadas com base em outros diplomas legais, podero qualificar-se como Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico, desde que atendidos os requisitos para tanto exigidos, sendo-lhes assegurada a manuteno simultnea dessas qualificaes, at dois anos contados da data de vigncia desta Lei. (Vide Medida Provisria n 2.216-37, de 31.8.2001) 1o Findo o prazo de dois anos, a pessoa jurdica interessada em manter a qualificao prevista nesta Lei dever por ela optar, fato que implicar a renncia automtica de suas qualificaes anteriores. 2o Caso no seja feita a opo prevista no pargrafo anterior, a pessoa jurdica perder automaticamente a qualificao obtida nos termos desta Lei. Art. 19. O Poder Executivo regulamentar esta Lei no prazo de trinta dias. Art. 20. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao. Braslia, 23 de maro de 1999; 178o da Independncia e 111o da Repblica. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Renan Calheiros Pedro Mallan Ailton Barcelos Fernande Paulo Renato Souza Francisco Dornelles Waldeck Ornlas Jos Serra Paulo Paiva Clovis de Barros Carvalho Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 24.3.1999

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Decreto No 3.100, de 30 de Julho De 1999.(*) Regulamenta a Lei no 9.790, de 23 de maro de 1999, que dispe sobre a qualificao de pessoas jurdicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico, institui e disciplina o Termo de Parceria, e d outras providncias. O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso das atribuies que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituio, DECRETA: Art. 1o O pedido de qualificao como Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico ser dirigido, pela pessoa jurdica de direito privado sem fins lucrativos que preencha os requisitos dos arts. 1o, 2o, 3o e 4o da Lei no 9.790, de 23 de maro de 1999, ao Ministrio da Justia por meio do preenchimento de requerimento escrito e apresentao de cpia autenticada dos seguintes documentos: I. II. III. IV. V. estatuto registrado em Cartrio; ata de eleio de sua atual diretoria; balano patrimonial e demonstrao do resultado do exerccio; declarao de iseno do imposto de renda; e inscrio no Cadastro Geral de Contribuintes/Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica (CGC/CNPJ).

Art. 2o O responsvel pela outorga da qualificao dever verificar a adequao dos documentos citados no artigo anterior com o disposto nos arts. 2o, 3o e 4o da Lei no 9.790, de 1999, devendo observar: I. II. III. IV. V. VI. VII. se a entidade tem finalidade pertencente lista do art. 3o daquela Lei; se a entidade est excluda da qualificao de acordo com o art. 2o daquela Lei; se o estatuto obedece aos requisitos do art. 4o daquela Lei; na ata de eleio da diretoria, se a autoridade competente que est solicitando a qualificao; se foi apresentado o balano patrimonial e a demonstrao do resultado do exerccio; se a entidade apresentou a declarao de iseno do imposto de renda Secretaria da Receita Federal; e se foi apresentado o CGC/CNPJ.

Art. 3o O Ministrio da Justia, aps o recebimento do requerimento, ter o prazo de trinta dias para deferir ou no o pedido de qualificao, ato que ser publicado no Dirio Oficial da Unio no prazo mximo de quinze dias da deciso. 1o No caso de deferimento, o Ministrio da Justia emitir, no prazo de quinze dias da deciso, o certificado da requerente como Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico. 2o Devero constar da publicao do indeferimento as razes pelas quais foi denegado o pedido. 3o A pessoa jurdica sem fins lucrativos que tiver seu pedido de qualificao indeferido poder reapresent-lo a qualquer tempo. 37

Art. 4o Qualquer cidado, vedado o anonimato e respeitadas as prerrogativas do Ministrio Pblico, desde que amparado por evidncias de erro ou fraude, parte legtima para requerer, judicial ou administrativamente, a perda da qualificao como Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico. Pargrafo nico. A perda da qualificao dar-se- mediante deciso proferida em processo administrativo, instaurado no Ministrio da Justia, de ofcio ou a pedido do interessado, ou judicial, de iniciativa popular ou do Ministrio Pblico, nos quais sero assegurados a ampla defesa e o contraditrio. Art. 5o Qualquer alterao da finalidade ou do regime de funcionamento da organizao, que implique mudana das condies que instruram sua qualificao, dever ser comunicada ao Ministrio da Justia, acompanhada de justificativa, sob pena de cancelamento da qualificao. Art. 6o Para fins do art. 3o da Lei no 9.790, de 1999, entende-se: I. II. como Assistncia Social, o desenvolvimento das atividades previstas no art. 3o da Lei Orgnica da Assistncia Social; por promoo gratuita da sade e educao, a prestao destes servios realizada pela Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico mediante financiamento com seus prprios recursos. 1o No so considerados recursos prprios aqueles gerados pela cobrana de servios de qualquer pessoa fsica ou jurdica, ou obtidos em virtude de repasse ou arrecadao compulsria. 2o O condicionamento da prestao de servio ao recebimento de doao, contrapartida ou equivalente no pode ser considerado como promoo gratuita do servio.

Art. 7o Entende-se como benefcios ou vantagens pessoais, nos termos do inciso II do art. 4o da Lei no 9.790, de 1999, os obtidos: I. II. pelos dirigentes da entidade e seus cnjuges, companheiros e parentes colaterais ou afins at o terceiro grau; pelas pessoas jurdicas das quais os mencionados acima sejam controladores ou detenham mais de dez por cento das participaes societrias.

Art. 8o Ser firmado entre o Poder Pblico e as entidades qualificadas como Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico, Termo de Parceria destinado formao de vnculo de cooperao entre as partes, para o fomento e a execuo das atividades de interesse pblico previstas no art. 3o da Lei no 9.790, de 1999. Pargrafo nico. O rgo estatal firmar o Termo de Parceria mediante modelo padro prprio, do qual constaro os direitos, as responsabilidades e as obrigaes das partes e as clusulas essenciais descritas no art. 10, 2o, da Lei no 9.790, de 1999. Art. 9o O rgo estatal responsvel pela celebrao do Termo de Parceria verificar previamente o regular funcionamento da organizao. Art. 10. Para efeitos da consulta mencionada no art. 10, 1o, da Lei no 9.790, de 1999, o modelo a que se refere o pargrafo nico do art. 8o dever ser preenchido e remetido ao Conselho de Poltica Pblica competente. 1o A manifestao do Conselho de Poltica Pblica ser considerada para a tomada de deciso final em relao ao Termo de Parceria. 38

2o Caso no exista Conselho de Poltica Pblica da rea de atuao correspondente, o rgo estatal parceiro fica dispensado de realizar a consulta, no podendo haver substituio por outro Conselho. 3o O Conselho de Poltica Pblica ter o prazo de trinta dias, contado a partir da data de recebimento da consulta, para se manifestar sobre o Termo de Parceria, cabendo ao rgo estatal responsvel, em ltima instncia, a deciso final sobre a celebrao do respectivo Termo de Parceria. 4o O extrato do Termo de Parceria, conforme modelo constante do Anexo I deste Decreto, dever ser publicado pelo rgo estatal parceiro no Dirio Oficial, no prazo mximo de quinze dias aps a sua assinatura. Art. 11. Para efeito do disposto no art. 4o, inciso VII, alneas "c" e "d", da Lei no 9.790, de 1999, entende-se por prestao de contas a comprovao da correta aplicao dos recursos repassados Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico. 1o As prestaes de contas anuais sero realizadas sobre a totalidade das operaes patrimoniais e resultados das Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico. 2o A prestao de contas ser instruda com os seguintes documentos: I. relatrio anual de execuo de atividades; II. demonstrao de resultados do exerccio; III. balano patrimonial; IV. demonstrao das origens e aplicaes de recursos; V. demonstrao das mutaes do patrimnio social; VI. notas explicativas das demonstraes contbeis, caso necessrio; e VII. parecer e relatrio de auditoria nos termos do art. 19 deste Decreto, se for o caso. Art. 12. Para efeito do disposto no 2o, inciso V, do art. 10 da Lei no 9.790, de 1999, entende-se por prestao de contas relativa execuo do Termo de Parceria a comprovao, perante o rgo estatal parceiro, da correta aplicao dos recursos pblicos recebidos e do adimplemento do objeto do Termo de Parceria, mediante a apresentao dos seguintes documentos: I. II. III. IV. relatrio sobre a execuo do objeto do Termo de Parceria, contendo comparativo entre as metas propostas e os resultados alcanados; demonstrativo integral da receita e despesa realizadas na execuo; parecer e relatrio de auditoria, nos casos previstos no art. 19; e entrega do extrato da execuo fsica e financeira estabelecido no art. 18. 1o Caso expire a vigncia do Termo de Parceria sem o adimplemento total do seu objeto pelo rgo parceiro ou havendo excedentes financeiros disponveis com a Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico, o referido Termo poder ser prorrogado. 2o As despesas previstas no Termo de Parceria e realizadas no perodo compreendido entre a data original de encerramento e a formalizao de nova data de trmino sero consideradas como legtimas, desde que cobertas pelo respectivo empenho. Art. 14. A liberao de recursos financeiros necessrios execuo do Termo de Parceria farse- em conta bancria especfica, a ser aberta em banco a ser indicado pelo rgo estatal parceiro. 39

Art. 13. O Termo de Parceria poder ser celebrado por perodo superior ao do exerccio fiscal.

Art. 15. A liberao de recursos para a implementao do Termo de Parceria obedecer ao respectivo cronograma, salvo se autorizada sua liberao em parcela nica. Art. 16. possvel a vigncia simultnea de um ou mais Termos de Parceria, ainda que com o mesmo rgo estatal, de acordo com a capacidade operacional da Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico. Art. 17. O acompanhamento e a fiscalizao por parte do Conselho de Poltica Pblica de que trata o art. 11 da Lei no 9.790, de 1999, no pode introduzir nem induzir modificao das obrigaes estabelecidas pelo Termo de Parceria celebrado. 1o Eventuais recomendaes ou sugestes do Conselho sobre o acompanhamento dos Termos de Parceria devero ser encaminhadas ao rgo estatal parceiro, para adoo de providncias que entender cabveis. 2o O rgo estatal parceiro informar ao Conselho sobre suas atividades de acompanhamento. Art. 18. O extrato da execuo fsica e financeira, referido no art. 10, 2o, inciso VI, da Lei no 9.790, de 1999, dever ser preenchido pela Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico e publicado na imprensa oficial da rea de abrangncia do projeto, no prazo mximo de sessenta dias aps o trmino de cada exerccio financeiro, de acordo com o modelo constante do Anexo II deste Decreto. Art. 19. A Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico dever realizar auditoria independente da aplicao dos recursos objeto do Termo de Parceria, de acordo com a alnea "c", inciso VII, do art. 4o da Lei no 9.790, de 1999, nos casos em que o montante de recursos for maior ou igual a R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais). 1o O disposto no caput aplica-se tambm aos casos onde a Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico celebre concomitantemente vrios Termos de Parceria com um ou vrios rgos estatais e cuja soma ultrapasse aquele valor. 2o A auditoria independente dever ser realizada por pessoa fsica ou jurdica habilitada pelos Conselhos Regionais de Contabilidade. 3o Os dispndios decorrentes dos servios de auditoria independente devero ser includos no oramento do projeto como item de despesa. 4o Na hiptese do 1o, podero ser celebrados aditivos para efeito do disposto no pargrafo anterior. Art. 20. A comisso de avaliao de que trata o art. 11, 1o, da Lei no 9.790, de 1999, dever ser composta por dois membros do respectivo Poder Executivo, um da Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico e um membro indicado pelo Conselho de Poltica Pblica da rea de atuao correspondente, quando houver. Pargrafo nico. Competir comisso de avaliao monitorar a execuo do Termo de Parceria. Art. 21. A Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico far publicar na imprensa oficial da Unio, do Estado ou do Municpio, no prazo mximo de trinta dias, contado a partir da assinatura do Termo de Parceria, o regulamento prprio a que se refere o art. 14 da Lei no 9.790, de 1999, remetendo cpia para conhecimento do rgo estatal parceiro. Art. 22. Para os fins dos arts. 12 e 13 da Lei no 9.790, de 1999, a Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico indicar, para cada Termo de Parceria, pelo menos um dirigente, que ser responsvel pela boa administrao dos recursos recebidos. 40

Pargrafo nico. O nome do dirigente ou dos dirigentes indicados ser publicado no extrato do Termo de Parceria. Art. 23. A escolha da Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico, para a celebrao do Termo de Parceria, poder ser feita por meio de publicao de edital de concursos de projetos pelo rgo estatal parceiro para obteno de bens e servios e para a realizao de atividades, eventos, consultorias, cooperao tcnica e assessoria. Pargrafo nico. Instaurado o processo de seleo por concurso, vedado ao Poder Pblico celebrar Termo de Parceria para o mesmo objeto, fora do concurso iniciado. Art. 24. Para a realizao de concurso, o rgo estatal parceiro dever preparar, com clareza, objetividade e detalhamento, a especificao tcnica do bem, do projeto, da obra ou do servio a ser obtido ou realizado por meio do Termo de Parceria. Art. 25. Do edital do concurso dever constar, no mnimo, informaes sobre: I. II. III. IV. V. VI. VII. prazos, condies e forma de apresentao das propostas; especificaes tcnicas do objeto do Termo de Parceria; critrios de seleo e julgamento das propostas; datas para apresentao de propostas; local de apresentao de propostas; datas do julgamento e data provvel de celebrao do Termo de Parceria; e valor mximo a ser desembolsado.

Art. 26. A Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico dever apresentar seu projeto tcnico e o detalhamento dos custos a serem realizados na sua implementao ao rgo estatal parceiro. Art. 27. Na seleo e no julgamento dos projetos, levar-se-o em conta: I. II. III. IV. V. o mrito intrnseco e adequao ao edital do projeto apresentado; a capacidade tcnica e operacional da candidata; a adequao entre os meios sugeridos, seus custos, cronogramas e resultados; o ajustamento da proposta s especificaes tcnicas; a regularidade jurdica e institucional da Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico; e VI. a anlise dos documentos referidos no art. 11, 2o, deste Decreto. Art. 28. Obedecidos aos princpios da administrao pblica, so inaceitveis como critrio de seleo, de desqualificao ou pontuao: I. o local do domiclio da Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico ou a exigncia de experincia de trabalho da organizao no local de domiclio do rgo parceiro estatal; a obrigatoriedade de consrcio ou associao com entidades sediadas na localidade onde dever ser celebrado o Termo de Parceria; o volume de contrapartida ou qualquer outro benefcio oferecido pela Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico.

II. III.

Art. 29. O julgamento ser realizado sobre o conjunto das propostas das Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico, no sendo aceitos como critrios de julgamento os aspectos jurdicos, administrativos, tcnicos ou operacionais no estipulados no edital do concurso. 41

Art. 30. O rgo estatal parceiro designar a comisso julgadora do concurso, que ser composta, no mnimo, por um membro do Poder Executivo, um especialista no tema do concurso e um membro do Conselho de Poltica Pblica da rea de competncia, quando houver. 1o O trabalho dessa comisso no ser remunerado. 2o O rgo estatal dever instruir a comisso julgadora sobre a pontuao pertinente a cada item da proposta ou projeto e zelar para que a identificao da organizao proponente seja omitida. 3o A comisso pode solicitar ao rgo estatal parceiro informaes adicionais sobre os projetos. 4o A comisso classificar as propostas das Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico obedecidos aos critrios estabelecidos neste Decreto e no edital. Art. 31. Aps o julgamento definitivo das propostas, a comisso apresentar, na presena dos concorrentes, os resultados de seu trabalho, indicando os aprovados. 1o O rgo estatal parceiro: I. no examinar recursos administrativos contra as decises da comisso julgadora; II. no poder anular ou suspender administrativamente o resultado do concurso nem celebrar outros Termos de Parceria, com o mesmo objeto, sem antes finalizar o processo iniciado pelo concurso. 2o Aps o anncio pblico do resultado do concurso, o rgo estatal parceiro o homologar, sendo imediata a celebrao dos Termos de Parceria pela ordem de classificao dos aprovados. Art. 32. O Ministro de Estado da Justia baixar portaria no prazo de quinze dias, a partir da publicao deste Decreto, regulamentando os procedimentos para a qualificao. Art. 33. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao. Braslia, 30 de junho de 1999; 178 da Independncia e 111 da Repblica. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Affonso Martins de Oliviera Pedro Parente Clovis de Barros Carvalho (*)Republicado no DOU de 13 .7.99, por ter sado com incorrees no DOU de 1.7.99.

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ANEXO I do Decreto 3.100/99______________________________________ (Nome do rgo Pblico) Extrato de Termo de Parceria Custo do Projeto: Local de Realizao do Projeto: Data de assinatura do TP: Incio do Projeto: / / / / Trmino: / /

Objeto do Termo de Parceria (descrio sucinta do projeto):

Nome da OSCIP: Endereo: Cidade: Tel.: E-mail: Nome do responsvel pelo projeto: Cargo / Funo: UF: Fax: CEP:

ANEXO II do Decreto 3.100/99_______________________________ (Nome do rgo Pblico) Extrato de Relatrio de Execuo Fsica e Financeira de termo de Parceria Custo do Projeto: Local de Realizao do Projeto: Data de assinatura do TP: / Incio do Projeto: / / Objetos do projeto: Resultados alcanados: Custos de Implementao do Projeto Categorias de despesa Previsto __________ _________ __________ _________ Total Total Nome da OSCIP: Endereo: Cidade: Tel.: E-mail: Nome do responsvel pelo projeto: Cargo / Funo Realizado __________ __________ Total Diferena __________ __________ Total

/ Trmino:

/

/

UF: Fax:

CEP:

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2Parte

PREFEITURA MUNICIPALORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO - OSCIP

LEI MUNICIPALA Prefeitura Municipal, respeitada a sua autonomia, dever editar Lei Municipal disciplinando a celebrao de Termo de Parceria com as OSCIPs. 44

O Dr. Damio Alves de Azevedo, Coordenador de Ttulos e Qualificao do Ministrio da Justia e Mestrado em Direito, rea de concentrao em Estado e Constituio, pela Universidade de Braslia (UnB), preleciona de modo esclarecedor1:

Qualificaes Estaduais e MunicipaisQuanto s qualificaes estaduais e municipais cabe uma observao parte. Entendemos que a opo do art. 18 da lei das OSCIPs dirigida apenas s qualificaes federais porque a qualificao norma de organizao administrativa. As qualificaes de organizaes civis se prestam disciplinar a relao entre o ente federativo que expediu a norma e as organizaes da sociedade civil. A competncia para legislar em matria administrativa competncia comum da Unio, estados e municpios. A competncia para legislar sobre organizao administrativa no se encontra explcita no art. 23 da Constituio e em nenhum outro artigo porque decorre da autonomia federativa o poder de cada uma destas pessoas de direito pblico organizar a sua prpria administrao. Uma vez que o art. 18 da Constituio estabelece que a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios so autnomos foroso concluir que esta autonomia pressupe o poder de legislar acerca da sua prpria organizao. administrativa. A lei federal que estabelece qualificao a organizaes civis em nada pode interferir nas qualificaes concedidas pelos demais entes da federao. Basta lembrar que, dentre os milhares de municpios brasileiros, muitos sequer tm uma lei que regule o ttulo de utilidade pblica municipal, sendo este concedido por ato da Cmara Municipal, freqentemente por lei, tal como se dava com o ttulo federal antes de 1935. Deste modo, a organizao que possui um ttulo municipal como este sequer pode optar em deixar de t-lo, pois para cancello no basta um mero requerimento ou ato administrativo. preciso lei municipal. E o municpio, certo, no obrigado a legislar, mesmo se entidade requeira o cancelamento do ttulo. Portanto, as qualificaes oferecidas a organizaes civis pela Unio, estados e municpios atendem a necessidades de cada um destes entes federativos. Por serem expresso da autonomia administrativa elas existem paralelamente e no se sobrepem. Mas preciso distinguir o que norma de organizao administrativa e outras normas por ventura existentes na lei federal que no tm a mesma natureza. Na Lei 9.790/99, por exemplo, h duas matrias distintas: a) a qualificao como OSCIP; b) a instituio do Termo de Parceria. No obstante sejam temas indissociveis, na medida em que a constituio de um Termo de Parceria exige a qualificao como pressuposto, so matrias distintas. A qualificao, em si, matria que de organizao administrativa da Unio. J o Termo de Parceria estabelece uma forma de contratao facilitada com o Estado e, portanto, se insere no mbito da competncia do art. 22, XXVII, da Constituio, devendo ser observada no apenas pela Unio, mas por todos os demais membros da federao. Assim, no obstante os estados e mu1

A IMPOSSIBILIDADE DE MANUTENO SIMULTNEA DA QUALIFICAO COMO ORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO (OSCIP) E DO TTULO DE UTILIDADE PBLICA FEDERAL - www.mj.gov.br/snj/oscip/publicaoes.

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nicpios possam at mesmo criar qualificaes semelhantes da Lei 9.790/99, com critrios totalmente distintos, no podem criar disciplina para Termos de Parceria estaduais ou municipais que no observem o disposto na lei federal. Como a Constituio estabelece que compete privativamente Unio legislar sobre todas as modalidades de contratao da Administrao Pblica, e como o Termo de Parceria uma modalidade de contratao, toda a Administrao Pblica est obrigada a observar as normas da Lei 9.790/99 relativas ao Termo, embora a qualificao que a mesma lei criou seja um ato exclusivo da Unio. Mas independente das disposies relativas ao Termo de Parceria, o disposto nos pargrafos do art. 18 no pode se estender s qualificaes concedidas por outros membros da federao porque estas qualificaes obedecem a leis estaduais e municipais que no se subordinam s normas da qualificao federal. Registre-se, por exemplo, a Lei Estadual de Minas Gerais, n. 14.870, de 16/12/2003, que cria uma qualificao como OSCIP a ser feita pelo Poder Executivo Estadual. Esta lei praticamente reproduz a lei federal. Mesmo alguns dispositivos que explicitam a necessidade de fiscalizao pelo Ministrio Pblico e outras regras de controle (art. 9. e seguintes) no podem ser considerados inovaes, visto que o art. 7. da lei federal tambm estabelece que o Ministrio Pblico e os cidados podem representar administrativa ou judicialmente contra irregularidades nas OSCIPs. Mas independente disso, o fato que no h qualquer ilegalidade em que um Estado ou Municpio crie uma qualificao prpria e mesmo traga certas disposies sobre o Termo de Parceria, desde que tais disposies no conflitem com as normas federais relativas ao Termo de Parceria. Em suma: as normas relativas uma qualificao feita por ato administrativo de competncia do ente federativo que expede o ato. Portanto o art. 18 da Lei 9.790/99 no pode restringir a autonomia dos outros entes da federao de expedir seus prprios atos administrativos relativos qualificao, que mero reconhecimento pblico de uma organizao privada. Por exemplo, se uma certa lei estadual deseja reconhecer como de interesse pblico somente organizaes dedicadas ecologia tal qual um ttulo honorfico de utilidade pblica do qual no decorrem benefcios, isso no prejudica ningum. Nem a sociedade, nem os demais entes federados. Significa apenas que naquele Estado o Poder Pblico reconhece uma relevncia especial a esta atividade. Contudo, no que diz respeito contratao de entidades privadas, ele no pode desobedecer as normas federais. Isto , ele no pode restringir um eventual termo de parceria estadual a uma ou algumas categorias de entidades, pois estaria desobedecendo uma norma geral que permite a parceria com entidades que realizam o interesse pblico em diversas outras atividades.Fonte: TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL. Processo: n 3.297/2004 (b). Gabinete Conselheiro Renato Rainha. (Disponvel em: http://www.tc.df.gov.br/PesquisaTextual/buscaArquivo.php?arquivo=Ord/Relatorio/2005/12/114272.doc. Acesso em 20/02/2006).

Apresentamos, a seguir, como sugesto, modelo de Lei para a Prefeitura Municipal recepcionar a Lei Federal 9.790/99. 1). Modelo de Lei para recepo da Lei Federal 2). Decreto. Exemplo da Cidade de So Paulo. 46

Lei Municipal ( modelo para recepo da Lei 9.790/99)

LEI N ............. Data: ....../....../200.. Smula: Dispem sobre a celebrao de Termo de Parcerias com Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico OSCIP e d outras providncias.

A Cmara Municipal de ( rais, aprovou, e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte lei:

), estado de Minas Ge-

Art. 1. Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a firmar Termos de Parcerias com pessoas jurdicas de direito privado, sem fins lucrativos, que detenham o certificado de Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico OSCIP, para formao de vnculo de cooperao para o fomento e a execuo das atividades de interesse pblico, nos termos da Lei Federal 9.790/99. Pargrafo nico. Para os fins deste artigo, a dedicao s atividades nele previstas configura-se mediante a execuo direta de projetos, programas, planos de aes correlatas, por meio da doao de recursos fsicos, humanos e financeiros, ou ainda pela prestao de servios intermedirios de apoio a outras organizaes sem fins lucrativos e a rgos do setor pblico que atuem em reas afins. Art. 2. O Termo de Parceria firmado de comum acordo entre o Poder Pblico e as Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico discriminar direitos, responsabilidades e obrigaes das partes signatrias. Art. 3. As atividades desenvolvidas pelas entidades que firmarem parceria com o poder pblico municipal sero custeadas por este, observando-se os limites legais aplicveis matria, bem como o estabelecimento no Termo de Parceria, cujo custeio no poder exceder o desembolso previsto no Programa a que estiver vinculado, acrescido da contrapartida do municpio. Art. 4. Aplicam-se no que couber, a esta lei todas as disposies contidas na Lei n 9.790/99, bem como as alteraes que as sucederem, e ainda a Constituio Federal. Art. 5. Esta lei entrar em vigor na data de sua publicao, revogados as disposies em contrrio. Gabinete do Prefeito Municipal de ( Sr. ( Prefeito Municipal 47 )Minas Gerais, em ( ) ) de 2006.

Exemplo de Recepo da Lei 9.790/99 pela Prefeitura Municipal de So Paulo DECRETO N 49.979 DE 6 DE FEVEREIRO DE 2006

Dispe sobre o fomento execuo de atividades de interesse pblico, com base na Lei Federal n 9.790, de 23 de maro de 1999, que regula a qualificao de pessoas jurdicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico. JOS SERRA, Prefeito do Municpio de So Paulo, no uso das atribuies que lhes so conferidas por lei, CONSIDERANDO a necessidade de estimular no mbito da Administrao Pblica Municipal, a adoo de formas inovadoras de gesto, com vistas plena realizao do princpio da eficincia, dotando s polticas pblicas e os objetivos estratgicos estabelecidos para os seus diferentes setores da necessria agilidade e eficcia, bem como de procedimentos, critrios e instrumentos que propiciem a soluo mais adequada e vantajosa, tanto no tocante ao controle pblico da prestao de contas, como na avaliao dos resultados alcanados, DECRETA: Art. 1. Ficam reconhecidas, no mbito do Municpio de So Paulo, as entidades qualificadas pelo Ministrio da Justia como Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico OSCIPs, aptas ao desenvolvimento, em regime de cooperao, de projetos pertinentes s reas enumeradas no artigo 3 da Lei Federal n 9.790, de 23 de Maro de 1999. 1. A formalizao da gesto compartilhada dos projetos se dar por Termo de Parceria, conforme minuta padro constante no Anexo nico deste decreto. 2 O termo de Parceria referido no 1 deste artigo poder ser ajustado s necessidades especficas de cada rgo da Administrao Direta, mediante prvia anuncia e orientao da Secretaria Municipal de Gesto, respeitadas as clusulas essenciais estabelecidas pelo 2 do artigo 10 da Lei Federal n 9.790, 1999. Art. 2. Para os fins deste decreto, a escolha da OSCIP dar-se- mediante concurso de projetos, a ser realizado pelo rgo interessado da Administrao Direta, observadas as normas gerais da Lei Federal n 8.666, de 21 de junho de 1993, e respectivas alteraes. Pargrafo nico. O concurso de projetos somente poder ser dispensado se a entidade enquadrar-se nas hipteses previstas nos artigos 24 e 25 da Lei Federal 8.666, de 1993, obedecidos os requisitos e formalidades neles estabelecidos. Art. 3 Somente podero participar da gesto compartilhada de projetos as OSCIPs que no estejam em mora com a prestao de contas de recursos recebidos de outras esferas de Governo e que no tenham sido declaradas inidneas pela Administrao Pblica ou punidas com suspenso do direito de firmar parcerias ou outros ajustes com a Prefeitura do Municpio de So Paulo. 48

Art. 4. Aos titulares dos rgos da Administrao Direta compete: I autorizar a gesto compartilhada de projeto previamente definido, justificando sua necessidade e oportunidade; II designar Comisso Especial para proceder ao concurso de projetos das OSCIPs e homologar sua deciso; III aprovar o Programa de Trabalho; IV designar Comisso de Avaliao para o acompanhamento e a fiscalizao da execuo de cada Programa de Trabalho; V celebrar Termo de Parceria, observadas as disposies dos 1 e 2 do artigo 1 deste decreto; VI autorizar a prorrogao do prazo dos ajustes, na forma da legislao pertinente, desde que devidamente caracterizada a necessidade. Pargrafo nico. A Comisso de Avaliao dever encaminhar, ao titular do rgo, relatrios bimestrais conclusivos sobre as avaliaes procedidas. Art. 5. Incumbir Secretaria Municipal de Gesto definir e implantar o Cadastro Municipal nico das OSCIPs interessadas, no prazo mximo de 180 (cento e oitenta) dias contados da data de publicao deste decreto. Pargrafo nico. A partir de sua implantao, o cadastramento a que se refere o caput deste artigo constituir pr-requisito para a seleo das OSCIPs e o estabelecimento de vnculos com a Administrao Municipal, em regime de cooperao, visando o desenvolvimento de programas e projetos de gesto que se coadunem com suas finalidades. Art. 6. A Secretaria Municipal de Gesto editar as instrues complementares necessrias ao cumprimento deste decreto. Art. 7. As despesas decorrentes da execuo deste decreto correro contas das dotaes oramentrias prprias, suplementadas se necessrio. Art. 8. Este decreto entrar em vigor na data de sua publicao. PREFEITURA DO MUNICPIO DE SO PAULO, aos 6 de fevereiro de 2006, 453 da fundao de So Paulo. JOS SERRA, PREFEITO JANURIO MONTONE, Secretrio Municipal de Gesto Publicado na Secretaria do Governo Municipal, em 6 de fevereiro de 2006. ALOYSIO NUNES FERREIRA FILHO, Secretrio do Governo Municipal

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3ParteINSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAO - IBAORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLI