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CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE MANAUS CEULM CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II AMANDA KEZIA COELHO DO CARMO CARACTERIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA PLÁSTICA DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS (PIM). . MANAUS-AM 2015

CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE MANAUS CEULM CURSO DE ... · Figura 9: Obtenção de polímeros pela reação de polimerização. ... Tabela 2: : Inicio da produção industrial

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE MANAUS – CEULM

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II

AMANDA KEZIA COELHO DO CARMO

CARACTERIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA PLÁSTICA DO PÓLO

INDUSTRIAL DE MANAUS (PIM).

.

MANAUS-AM

2015

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AMANDA KEZIA COELHO DO CARMO

CARACTERIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA PLÁSTICA DO PÓLO

INDUSTRIAL DE MANAUS (PIM).

.

ORIENTADOR: MSc JOÃO CLAÚDIO FERREIRA SOARES.

MANAUS-AM

2015

Projeto de pesquisa apresentado ao

Centro Universitário Luterano de

Manaus – CEULM, como requisito

para elaboração da monografia de

conclusão do Curso de Engenharia

Mecânica.

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Autor (a): Amanda Kezia Coelho do Carmo

Título: Caracterização e desenvolvimento da indústria plástica do Pólo Industrial de Manaus

(PIM).

Natureza: Trabalho de Conclusão de Curso em Bacharel em Engenharia Mecânica.

Instituição: Centro Universitário Luterano de Manaus, Universidade Luterana do Brasil.

Aprovado em: _______/______/______.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________

Prof. MSc. João Soares (Orientador)

CEULM / ULBRA

_______________________________________

Prof. Saulo Maia Marques

CEULM / ULBRA

_______________________________________

Prof. MSc. Frederico Nicolau Cesarino

CEULM / ULBRA

Esse exemplar corresponde à versão final da monografia aprovada.

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DEDICATÓRIA

Dedico еm primeiro lugar а Deus que

iluminou о mеu caminho durante esta jornada.

Agradeço também a meus familiares, amigos e

colegas de curso que me acompanharam

durante essa etapa da minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço а Deus por ter me dado força e coragem durante os momentos difíceis enfrentados

no decorrer da realização deste trabalho.

A minha família que sempre esteve ao meu lado, em especial a minha mãe Zilda Coelho.

Aos amigos e colegas de curso que foram essenciais a minha chegada a etapa final de

conclusão de curso.

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RESUMO

O presente projeto apresenta uma proposta de caracterizar o setor termoplástico no Pólo

Industrial de Manaus (PIM). Desta forma, visa mostrar o desenvolvimento do setor

termoplástico (PIM), além de apresentar as características da constituição da matéria prima

dos produtos ,assim como suas propriedades químicas, físicas e mecânicas usados na

produção do termoplástico. Sabemos que os processos mais utilizados para obtenção dos

produtos poliméricos são de: extrusão, sopro e a injeção plástica onde se concentra grande

parte das empresas de termoplástico do Pólo Industrial de Manaus (PIM), sendo este um dos

setores mais promissores, devido a sua ampla diversidade em atender diversos segmentos de

manufatura e cadeias de suprimento. É sabido que no Pólo Industrial existe uma demanda de

74 empresas atuante no mercado. Existem outras empresas no Pólo Industrial de Manaus que

produzem produtos plásticos, porém, pela Suframa, atende a demanda eletroeletrônica e

metal-mecânica. Pode-se imaginar os inúmeros proventos que este setor gera, que vão de

empregos diretos e indiretos, tributos para região local e formação de mão de obra qualificada

para atividades do subsetor. A proposta desta revisão bibliográfica é caracterizar o

desenvolvimento do setor termoplástico do Pólo Industrial Manaus (PIM), através de uma

investigação do desenvolvimento mostrados em dados estatísticos da indústria plástica do

Pólo Industrial de Manaus (PIM) nos anos de 2010 até 2014 e processos mecânicos de

moldagem: extrusão, injeção, sopro e matéria-prima tais como: PP, PVC, PET, PC, PEAD,

PEBD, ABS, EPS, EVA, POM, PBT, PA, entre outros. Os dados levantados colaboraram

para ampliação do conhecimento do setor termoplásticos. Ao divulgar e caracterizar este

segmento buscou-se motivar a produção de dados regionais, pois o setor plástico regional é

carente de informações e bibliografias especificas.

Palavras Chave: Pólo Industrial de Manaus (PIM), Termoplásticos.

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ABSTRACT

This project presents a proposal to characterize the thermoplastic industry in the Industrial

Pole of Manaus (PIM). This way, it aims to show the development of thermoplastic sector

(PIM). In addition to presenting the establishment of the characteristics of the raw material of

the products, their chemical properties, physical and mechanical using in the production of

thermoplastic. Knowing that the processes most used for obtaining the polymer products are :

extrusion, blow and injection plastic where most of the thermoplastic companies in the

Industrial Pole of Manaus (PIM). This is one of the most promising sectors, due to its wide

range to meet different segments of manufacturing and supply chains. Despite the fact that in

the Industrial Pole there is a demand of 74 companies active in the market, there are other

companies in the Industrial Pole of Manaus that produce plastic products by Suframa that

provides the demand of electronics and metal-mechanics. One can imagine the numerous

income that this sector generates, ranging from direct and indirect jobs, taxes to the local

region and skilled labor training to sub-sector activities. The purpose of this literature review

is to characterize the development of the thermoplastic industry industrial Polo Manaus (PIM)

through an investigation of the development shown by statistics from the plastic industry

Industrial Pole of Manaus (PIM) for the years 2010 to 2014 and mechanical molding

processes: extrusion, injection, blow and raw materials such as PP, PVC, PET , PC, HDPE,

LDPE, ABS, EPS, EVA, POM, PBT, PA and others.The data raised s collaborated to expand

the knowledge of the thermoplastics industry. To disseminate and analyze this segment we

seek to encourage the production of regional data because the regional plastic industry is

lacking in information and specific bibliographies.

Keywords: The Industrial Pole of Manaus (PIM);Thermoplastic.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Faturamento total do PIM versus faturamento do subsetor termoplástico. ................ 9

Figura 2: Faturamento do subsetor termoplástico por destino. ................................................ 10

Figura 3: Aquisição de insumos do subsetor de termoplásticos por origem. ........................... 11

Figura 4: Mão de obra do pólo industrial versus o subsetor de termoplásticos........................ 12

Figura 5: Correlação do faturamento versus a quantidade de funcionários do subsetor de

termoplásticos ........................................................................................................................... 13

Figura 6: Salário médio do pólo industrial versus subsetor termoplástico. .............................. 14

Figura 7: Faturamento do subsetor de termoplásticos versus colaboradores do subsetor de

termoplásticos. .......................................................................................................................... 15

Figura 8:Caraterística da indústria petroquímica da primeira geração de obtenção de

monômeros. .............................................................................................................................. 17

Figura 9: Obtenção de polímeros pela reação de polimerização. ............................................. 17

Figura 10: As três principais moléculas para a produção de alguns dos principais polímeros

comerciais. ................................................................................................................................ 18

Figura 11: Processamento de Polímeros Termoplástico. ......................................................... 21

Figura 12: Processamento de Polímeros Termoestáveis. ......................................................... 21

Figura 13: Gráfico variação de uma de propriedade física geral com aumento da massa molar.

.................................................................................................................................................. 23

Figura 14: As propriedades químicas do homopolímero 1 são diferentes do homopolímero 2 e

dos copolímeros. ....................................................................................................................... 25

Figura 15: Gráfico de uma curva de curva tensão-deformação para um material polimérico. 27

Figura 16: Máquina Extrusora. ................................................................................................. 29

Figura 17: Máquina de injeção por rosca/pistão. ...................................................................... 31

Figura 18: Constituição de uma máquina injetora utilizada na indústria. ................................ 32

Figura 19: Representação do processo de injeção por sopro. ................................................... 35

Figura 20: Processo de injeção por sopro. ................................................................................ 35

Figura 21: Processo de termoformação a vácuo. ...................................................................... 37

Figura 22: Prensa hidráulica usada na moldagem por compressão. ......................................... 38

Figura 23: Ciclo de moldagem por transferência ..................................................................... 39

Figura 24: As quatro etapas do processor rotacional ou rotomoldagem .................................. 40

Figura 25: Processo de Espumação .......................................................................................... 41

Figura 26: Processos utilizados na produção de termoplásticos .............................................. 44

Figura 27: As resinas mais consumidas pelas industrias de termoplásticos ............................. 44

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LISTA DE TABELA

Tabela 1: Produtos fornecidos pela MASA DA AMAZÔNIA ................................................. 3

Tabela 2: : Inicio da produção industrial de alguns polímeros comerciais .............................. 18

Tabela 3: Principais tipos de matérias plásticos e suas aplicações. .......................................... 19

Tabela 4: Características físicas e transformações dos termoplásticos e termoestáveis mais

conhecidos. ............................................................................................................................... 22

Tabela 5: Comportamento Mecânico de alguns Polímeros mais comuns ................................ 28

Tabela 6: Faturamento das empresas termoplasticas do Pólo Indústrial de Manaus................ 42

Tabela 7: Aquisão de Insumos de Termoplasticos de 2010 a 2014 ......................................... 43

Tabela 8: Relação da mão de obra no setor termoplásticos ..................................................... 43

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LISTAS DE EQUAÇÕES

Equação 1:......................................................................................................................26

Equação 2:.....................................................................................................................27

Equação 3:.....................................................................................................................27

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

PIM Pólo Industrial de Manaus

ZNF Zona Franca de Manaus

PE Polietilenos

PP Polipropileno

PS Poliestireno

PVC Policloreto de Vinil

PET Polietileno Tereftalato

PC Policarbonato

PEAD Polietileno de alta densidade

PEBD Polietileno de baixa densidade

ABS Acrilonitrila butadieno estireno

EPS Poliestireno Expansivo

EVA Poliacetato de Etileno Vinil

POM Poliacetal

PBT Poliéster

PA Poliamida

PTFE Fluoropolímeros

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1

2 O DESENVOLVIMENTO DO SETOR TERMOPLÁSTICO DO PÓLO

INDUSTRIAL DE MANAUS– (PIM) .................................................................................... 3

2.1 Histórico do Subsetor Termoplástico no Pólo Industrial de Manaus - PIM. ....................... 3

2.2 Contexto Atual do Subsetor de Termoplásticos. .................................................................. 5

2.3 Indicadores de desempenho termoplástico do Pólo Industrial de Manaus durante os anos

de 2010 á 2014. ........................................................................................................................... 8

2.3.2 Soma dos valorares obtidos do Subsetor termoplástico. ................................................. 10

2.3.3 Insumos do setor no subsetor de termoplásticos por mercado. ....................................... 11

2.3.4 Mão de obra do Pólo Industrial versus o subsetor de termoplásticos. ............................. 12

2.3.5 Faturamento versus a quantidade funcionários do subsetor de termoplásticos. .............. 13

2.3.6 Salário médio do Pólo Industrial versus Subsetor Termoplásticos. ................................ 14

2.3.7 Faturamento do subsetor de termoplásticos versus colaboradores do subsetor de

termoplásticos. .......................................................................................................................... 15

3 TECNOLOGIAS DO SETOR TERMOPLÁSTICO ....................................................... 16

3.1 Características da constituição da matéria prima dos termoplásticos ................................. 16

3.2 Classificação dos matérias plásticos ................................................................................... 21

3.3 Propriedades dos polímeros ............................................................................................... 23

3.3.1 Propriedades químicas. ................................................................................................... 24

3.3.2 Propriedades Físicas e Mecânicas. ................................................................................. 25

3.4 Processo de Moldagem do termoplásticos......................................................................... 29

3.4.1 Processamento por extrusão ............................................................................................ 29

3.4.2 Processamento por injeção. ............................................................................................ 31

3.4.3 Processamento por injeção a sopro. ................................................................................ 34

3.4.4 Processamento Termoformação ...................................................................................... 37

3.4.5 Processamento por Compressão e Transferência de massa ............................................ 38

3.4.6 Processo Rotacional ou Rotomoldagem ....................................................................... 40

3.4.7 Processo de Espumação .................................................................................................. 41

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................... 42

5 CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 45

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 47

SITES PESQUISADOS .......................................................................................................... 49

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1

1 INTRODUÇÃO

A realidade da indústria plástica no Brasil vem passando por diversas transformações.

Ao fim da década passada o Brasil alcançou uma média de seis milhões de toneladas/ano de

plásticos transformados, correspondendo a US$ 25 bilhões. Nesse quesito, Paraná, Santa

Catarina e Rio Grande do Sul responderam por 28% das resinas transformadas. Na década de

90 essa participação chegou a 35%. (CANEVAROLO,2002).

Ao sul e ao sudeste, começam a ser acrescentados pequenos pontos do centro-oeste,

nordeste e norte do país, sem, contudo, representar uma modificação significativa. Surgem

pequenos pólos de terceira geração em Goiás, Alagoas é um reforço no já consolidado pólo da

Bahia. O forte peso dos incentivos na ramificação da indústria do plástico para novas regiões

envolve uma infinidade de produtos e todos dependem do crescimento da economia em geral.

Visando o melhor conhecimento e interesse pelo crescimento da indústria plástica no

Pólo Industrial de Manaus, o presente projeto apresenta uma proposta de caracterizar o setor

termoplástico neste Pólo. Esse interesse se faz através de analisar a sua importância para

avaliar soluções, tecnologias nos segmentos de máquinas, equipamentos, transformadores,

ferramentas, embalagens, matéria-prima, periféricos, design e serviços.

Desta forma, esse estudo visa mostrar o desenvolvimento do setor termoplástico

(PIM), além de apresentar as características da constituição da matéria prima dos polímeros,

suas propriedades química, física e mecânicas usados na produção do termoplástico. É fato

que os processos mais utilizados para obtenção dos produtos poliméricos são: extrusão, sopro

e a injeção plástica onde se concentra grande parte das empresas de termoplástico do Pólo

Industrial de Manaus (PIM).

Os produtos plásticos podem ser moldados a partir de vários processos fabricação

como os processos mecânicos de moldagem, onde são usadas diversas resinas poliméricas

como: Polietilenos (PP), Poliestireno (OS), Policloreto de Vinil (PVC), Polietileno Tereftalato

(PET ), Policarbonato (PC), Polietileno de alta densidade (PEAD), Polietileno de baixa

densidade (PEBD), Acrilonitrila butadieno estireno (ABS), Poliestireno Expansivo (EPS),

Poliacetato de Etileno Vinil (EVA), Poliacetal (POM), Poliéster (PBT), Poliamida (PA)

Fluoropolímeros (PTFE). Em formato de grãos essas resinas são aquecidas podendo ser

processadas pelos seguintes métodos: extrusão é um processo de conformação plástica, no

qual, por ação de uma tensão elevada, um material é forçado a passar por meio de uma matriz

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aberta, produzindo produtos rígidos ou semi-rígidos. Injeção: O processo inicia com a

matéria-prima amolecida pelo calor e sob pressão é injetada através de pequenos orifícios do

molde. Sopro: um processo que consiste em aquecer resina através de uma matriz e ou fieira,

formando uma mangueira quando o molde fecha sobre esta mangueira é introduzido uma

agulha onde o ar é soprado, que força o material a ocupar as paredes ocas do molde, é um dos

processos mais utilizados na produção de garradas PET. Existem outros processos utilizados

na produção de produtos plásticos porém, neste trabalho, destacaremos os citados acima que

são de suma importância para o Pólo Industrial de Manaus (PIM).

O ramo de termoplásticos do PIM é um dos setores mais promissores, devido a sua

ampla diversidade em atender diversos segmentos de manufatura e cadeias de suprimento.

Sabendo que no Pólo Indústrial existe uma demanda de 74 empresas atuante no mercado,

estas são classificadas como indústrias do subsetor termoplásticos. Existem outras empresas

no Pólo Industrial de Manaus que produzem produtos plásticos, porém, pela Suframa, atende

a demanda eletroeletrônica e metal-mecânica.

Em 2002, existiam no Brasil 7.898 empresas no setor de transformação do

plástico, empregando 220.000 pessoas. Classificando-as pelo número de empregados, constatamos que 34%

delas têm até quatro empregados, 37% têm entre cinco e nove, 23% entre 20 e 100, e apenas 5% têm mais de 100

empregados, evidenciando o fato de que a maioria delas são micro e pequenas, normalmente operadas por

núcleos fadares (CANEVAROLO, 2002,p.19).

A proposta desta revisão bibliográfica é caracterizar o desenvolvimento do setor

termoplástico do Polo industrial Manaus (PIM), através de uma investigação do

desenvolvimento mostrados em dados estatísticos da indústria plástica do Pólo Industrial de

Manaus (PIM) nos anos de 2010 até 2014 e apresentação dos resultados obtidos.

Além desta citadas, faremos uma contextualização da indústria plástica no (PIM), pois

é sabido que o nosso estado possui uma carência quanto conhecimento tecnológico. Os dados

levantados colaboraram para ampliação do conhecimento do setor termoplásticos. Assim, ao

divulgar e caracterizar este segmento, buscaremos motivar a produção de dados regionais,

pois o setor plástico regional é carente de informações e bibliografias específicas.

Page 15: CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE MANAUS CEULM CURSO DE ... · Figura 9: Obtenção de polímeros pela reação de polimerização. ... Tabela 2: : Inicio da produção industrial

3

2 O DESENVOLVIMENTO DO SETOR TERMOPLÁSTICO DO PÓLO

INDUSTRIAL DE MANAUS– (PIM)

2.1 Histórico do subsetor termoplástico no Pólo Industrial de Manaus - PIM.

Com a proposta de se desenvolver um material bibliográfico do setor plásticos do Pólo

Industrial de Manaus, esta pesquisa abordará uma coleta de dados históricos e atuais, e uma

análise de indicadores de desempenho do termoplástico no PIM no período de 2010-2014.

A Zona Franca de Manaus (ZFM) foi criada pelo projeto do Deputado Federal

Francisco Pereira da Silva de Lei Nº 3.173 de 06 de junho de 1957, como Porto Livre. Seu

projeto foi implementado somente após 10 anos da sua criação em 1967 pelo governo federal

para impulsionar o desenvolvimento econômico da Amazônia Ocidental.

O Pólo Indústrial de Manaus possui aproximadamente 600 empresas responsáveis pela

geração de milhares de empregos locais, sendo a maior fonte de economia da região. Um dos

setores crescentes no PIM é a indústria plástica, sendo que esta já está em atividade há

bastante tempo.

Dentre as principais empresas do ramo plástico no PIM, destacam-se a MASA DA

AMAZÔNIA, SPRINGER PLÁSTICOS, PAMPLÁSTICO, TERMOTÉCNICA, entre outras.

A MASA DA AMAZÔNIA com aproximadamente 34 anos de atuação, desde 1978,

atua no mercado local, com atividades na produção de peças plásticas injetadas, além da

inclusão de acabamento, pintura, tempografia, submontagens e serviços de ferramentaria.

Possui uma unidade matriz dedicada a injeção plástica no distrito industrial 1. A empresa tem

capacidade de produção 2200 toneladas mensais de peças plásticas, destas 8 milhões são

destinadas aos seus clientes, sendo considera a 5ª indústria de injeção plástica do país. A

quantidade de empregos gerados é de 2 mil diretos. A tabela 1, a seguir, relaciona os

principais clientes e produtos feitos pela MASA DA AMAZÔNIA.

Tabela 1: Produtos fornecidos pela MASA DA AMAZÔNIA

CLIENTES SEGMENTO DE

MERCADO

PRODUTOS FORNECIDOS PELA MASA DA

AMAZÔNIA

AOC

Eletroeletrônicos

(TVs LCD, LED,

Monitores)

Gabinetes Frontais e Traseiros, Bases e Componentes

Plásticos Injetados

Springer

Carrier

Condicionadores de

Ar

Painéis, Hélices Radiais e Axiais e Componentes Plásticos

Condicionadores de Ar tipo Janela.

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4

Dixtal Equipamentos

Médicos

Gabinetes Frontais e Traseiros, Componentes Plásticos

Injetados

Honda

Veículos

Automotores de

Duas Rodas

Carcaças de Filtro de Ar, Carenagens, Componentes

Plásticos de Acabamento e Peças Técnicas para

Motocicletas.

LG

Eletroeletrônicos

(TVs CRT, LCD e

LED)

Gabinetes Frontais e Traseiros, Bases e Componentes

Plásticos Injetados

NipponSeiki

Velocímetros e

Instrumentos para

Painéis

de Motocicletas

Visores, Carcaças e Componentes Plásticos Injetados.

Nissin Break Sistemas de Freio

para Motocicletas Engrenagens, Coroas e Pinhões de Precisão Injetados

Pace Set Top Boxes Cases, Painéis Frontais, Lentes e Componentes Técnicos

Injetados

Philips

Eletroeletrônicos

(TVs LCD, LED e

Áudio)

Gabinetes Frontais e Traseiros, Compenentes de Áudiso e

Itens Plásticos Injetados

Samsung

Eletroeletrônicos

(TVs LCD, LED,

Condicionadores de

Ar Split e Áudio)

Gabinetes Frontais e Traseiros, Bases, Painéis, Hélices e

Compenentes para Condiconadores de Ar, Áudio e Ítens

Plásticos Injetados

Semp

Toshiba

Eletroeletrônicos

(TVs CRT, LCD e

Plasma)

Gabinetes Frontais e Traseiros, Bases e Compenentes

Plásticos Injetados

Sony Eletroeletrônicos

(TVs LCD e LED)

Gabinetes Frontais e Traseiros e Compenentes Plásticos

Injetados

Technicolor Set Top Boxes Cases, Painéis Frontais, Lentes e Componentes Técnicos

Injetados

Yamaha

Eletronics

Sistema

Eletroeletrônicos

para Motocicletas

Cases para Componentes Eletroeletrônicos

Whirlpool Condicionadores de

Ar Painéis, Hélices Radiais e Axiais e Peças Técnicas.

Fonte : <http://www.masadaamazonia.com.br/content2.php>acessado em 10 de maio de 2015.

A empresa SPRINGER PLÁSTICOS iniciou suas atividades no ano de 1975, com

nome de Tubozin da Amazônia S/A, que tempos depois veio a se tornar Springer Plásticos.

Sua área de atuação inicial dedicava-se a injeção de gabinetes para TV e áudio, atualmente

passou a atender a linha de duas rodas com a injeção de poliuretano, acabamento e montagem

de conjuntos e subconjuntos, otimizando assim, a operação para seus compradores. Com a

capacidade ao mês de produzir 700 toneladas na produção de plástico injetado, conta com

Page 17: CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE MANAUS CEULM CURSO DE ... · Figura 9: Obtenção de polímeros pela reação de polimerização. ... Tabela 2: : Inicio da produção industrial

5

uma linha que inclui: montagem, acabamento, pintura, secagem, serigrafia, adesivagem

acabamento gráfico e provimento, até a necessidade de cada comprador.

O inicio da PAMPLÁSTICO começa em São Paulo na década de 20 em uma

marcenaria, na produção de móveis, atendendo o mercado nacional de eletrônicos, produzindo

gabinetes de madeira para rádios. A partir de 1990, a empresa passa atuar somente no subsetor

plásticos, tornando-se umas das mais competentes neste ramo. Na região amazônica inicia

suas atividades 1983, onde a sua demanda está ligada a produção de gabinetes para tvs e

monitores, blue-ray / Set top box ,ar condicionado, fontes de alimentação e componentes

automobilístico.

A TERMOTÉCNICA é uma empresa voltada na produção de EPS (poliestireno

expandido), conhecido popularmente como isopor. Sua inauguração foi em 29 de agosto de

1961 por Hans Dieter Schmidt, sendo considerada líder nacional na produção de EPS (isopor)

na América do Sul. Sua primeira filial foi no estado de Minas Gerais, depois de 5 anos

atuando no mercado fundou a sua TERMOCELL, empresa no segmento para produzir sua

própria matéria prima. O início de suas atividades no Pólo Industrial de Manaus foi no ano de

1996, onde inaugurou uma filial. Sua atuação no mercado visa a produção de embalagens,

cantoneiras, fittocel, termopack, proteção contra choques e proteps (peça usada para proteger

produtos de quaisquer condição de locomoção).

A VALFILM AMAZÔNIA é uma empresa fabricante de filmes esticáveis de

polietileno (Stretch Film), atuando no Pólo Industrial de Manaus desde janeiro de 200. Tem

capacidade de produção que chega a 900 toneladas ao mês. Atualmente possui 70 empregos

diretos e indiretos em Manaus. Na fábrica implantada no PIM, são encontrados equipamentos

de última geração, que asseguram uma produção em longa escala de alta qualidade. Esta

empresa faz parte de rede pertencentes ao grupo Valfilm, que tem cerca de 65% do mercado

brasileiro e Mercosul, líder no setor de filmes plásticos.

2.2 Contexto atual do subsetor de termoplásticos.

Pelo perfil de projetos aprovados em implementação até dezembro 2012 pela zona

franca de Manaus ZNF, o subsetor de matérias plásticos atualmente possui 74 empresas no

Pólo Industrial de Manaus:

1. A ALVES DE SOUZA

2. ALFATEC INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA

Page 18: CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE MANAUS CEULM CURSO DE ... · Figura 9: Obtenção de polímeros pela reação de polimerização. ... Tabela 2: : Inicio da produção industrial

6

3. AMAPLAST AMAZONAS PLASTICO LTDA

4. AMAZONRECI RECICLAGEM LTDA

5. AMAZON TAPE IND. E COM. DE FITAS ADESIVAS LTDA.

6. AMCOR EMBALAGENS DA AMAZÔNIA S.A

7. AMÉRICA TAMPAS DA AMAZÔNIA S.A

8. ARAFORROS PVCELL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA

9. AVANPLAS POLIMEROS DA AMAZÔNIA LTDA

10. BOREDA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS PLÁSTICAS LTDA

11. CITY PLASTIK IND. E COM. DE PLASTICO LTDA

12. COLORTECH DA AMAZÔNIA LTDA

13. COPLAST – IND. E COM. DE RESÍDUOS PLÁSTICOS LTDA

14. COPOBRAS DA AMAZÔNIA INDUSTRIAL DE EMBALAGENS LTDA

15. COSMOSPLAST IND. COM. DE PLÁSTICOS LTDA

16. COSMOSPLAST INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA

17. ECOFIBRA IND. E COM. DE COMPOSITOS LTDA

18. ECOPACK EMBALAGENS RECICLÁVEIS LTDA

19. EMPRESA AMAZONENSE DE PLÁSTICOS LTDA

20. ENGEPACK EMBALAGENS DA AMAZÔNIA LTDA

21. ENPLA MANAUS INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS LTDA

22. FITAS FLAX DA AMAZÔNIA LTDA

23. FORMAPACK EMBALAGENS PLÁSTICAS LTDA.

24. FOXCONN DO BRASIL IND. E COMÉRCIO DE ELETRÔNICOS LTDA -

FILIAL

25. GELOCRIM INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE GELO LTDA

26. GREIF EMBALAGENS INDUSTRIAIS DO AMAZONAS LTDA

27. INDÚSTRIA DE EMBALAGENS PLÁSTICAS DA AMAZÔNIA LTDA

28. ISOAMAZON – INDÚSTRIA COMÉRCIO DE ARTEFATOS PLÁSTICOS

LTDA - EPP

29. KNAUF ISOPOR DA AMAZÔNIA LTDA

30. KORETECH EMBALAGENS DA AMAZÔNIA LTDA

31. KRAFOAM DA AMAZÔNIA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS LTDA

32. LANAPLAST INDÚSTRIA DA AMAZÔNIA LTDA

33. LEST PLAST INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE RECICLADOS LTDA

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7

34. LITE-ON MOBILE INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA

35. LOCOMOTIVA DA AMAZÔNIA IND. E COM. TEXTEIS INDUSTRIAIS

LTDA

36. MADEFORMING INDUSTRIAL DE PLÁSTICOS LTDA

37. MANULI DA AMAZÔNIA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS LTDA

38. MARFEL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA

39. MASA DA AMAZÔNIA LTDA

40. M B BARROSO DA SILVEIRA - ME

41. METALMA DA AMAZÔNA S/A

42. MICROJET PLASTICOS DE PRECISÃO LTDA

43. NACIONAL FILME DA AMAZÔNIA INDÚSTRIA S/A

44. ORION INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS LTDA

45. PENTECH INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS DA AMAZÔNIA LTDA

46. PLASMETALLO INDÚSTRIA DE COMPONENTES PLASTICOS E

METALICOS LTDA

47. PLÁSTAPE INDÚSTRIA DE FITAS E PLÁSTICOS LTDA

48. PLÁSTICOS MANAUS LTDA

49. PLASTIPAK PACKAGING DA AMAZÔNIA LTDA

50. POLYNORTE IND. E COM. DE EMBALAGENS LTDA

51. PRESTIGE DA AMAZÔNIA LTDA

52. PRISMATIC DA AMAZÔNIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA

53. PROCOATING INDUSTRIAL DE LAMINADO DA AMAZÔNIA LTDA

54. PT INDÚSTRIA DE EMBALAGENS PLÁSTICAS LTDA

55. R.S. INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA

56. R & B PLÁSTICOS DA AMAZÔNIA LTDA

57. RAFIAM INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE EMBALAGENS DA AMAZÔNIA

LTDA

58. RAVIBRAS EMBALAGENS DA AMAZÔNIA LTDA

59. REPLASTICOS INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA

60. RHEMA FILMS IND, E COM. DE PELÍCULAS SOLARES LTDA

61. SFPK POLIMEROS PLÁSTICOS DA AMAZÔNIA LTDA

62. SILVER INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ACESSÓRIOS PARA

CONSTRUÇÃO CIVIL LTDA.

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8

63. SPRINGER PLÁSTICOS DA AMAZÔNIA S.A

64. TAINAN INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA

65. TECHIT IND. E COM. DE EQUIP. E ACESSÓRIOS PARA BELEZA LTDA.

66. TERMOTÉCNICA DA AMAZÔNIA LTDA

67. TESA BRASILLTDA

68. TETRAPLAST DA AMAZÔNIA INDUSTRIAL LTDA

69. THOTEN PAC IND. COM. IMP. EXP. LTDA

70. TRACAJÁ – INDÚSTRIA PLÁSTICA LTDA

71. TUTIPLAST INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA

72. VALFILM AMAZÔNIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

73. VIDEOLAR S.A - FILIAL

74. VULCAPLAST INDÚSTRIA DA AMAZÔNIA LTDA

Fonte:l<www.ahkbrasilien.com.br/fileadmin/ahk_brasilien/download_dateien/CIM/Lista_Empresas_em_Manaus-2013.pdf> acessado 20 de maio de 2015.

Os produtos fabricados por estas empresas atendem as demandas locais e de outras

fábricas. Entre os principais produtos destacam-se: tubos plásticos rígidos e polímeros de

cloreto de vinila, garrafões, garrafas, frascos, pet para recipiente, chapa, folha, tira, fita,

película de plástico (exceto de poliestireno expansível e auto-adesiva), matéria plástica em sua

forma primária, poliacetais, peças plásticas moldadas por injeção, subconjunto plástico para

telefonia celular, composto de gabinete plástico, teclado, peças para veículo de duas rodas,

peças para bens de informática, canetas, lapiseiras, partes para aparelhos receptores,

radiodifusão, televisores, artigo de poliestireno expansível, blocos para construção civil, entre

outros produtos.

2.3 Indicadores de desempenho termoplástico do Pólo Industrial de Manaus durante os

anos de 2010 á 2014.

Para começar a discutir o desempenho do setor termoplástico nos anos de 2010 a

2014, considera-se que os dados que serão apresentados sinalizaram de forma global, o

desempenho das indústrias do Pólo Industrial Plástico de Manaus. Esse tipo de análise é de

suma importância para que se tenha uma visão das atividades e das necessidades deste

mercado, utilizando estes indicadores será possível, em um futuro próximo, melhorias e

benfeitorias para este mercado, além de propor intercessões sobre as informações que sejam

necessárias pelos indicadores dos anos correspondente a 2010 a 2014.

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9

2.3.1 Relação do faturamento do Pólo Industrial de Manaus versus o subsetor

termoplástico.

A Figura 1 representa o faturamento de todo o Pólo Industrial no ano de 2010 que foi

de 35 bilhões, e em 2011 houve um aumento no faturamento para 41 bilhões. Comparando-se

com subsetor plástico, verifica-se que nos anos de 2010 e 2011 obteve-se um aumento

proporcional das demais fábricas da zona franca. Já o faturamento em 2010 foi de 1,8 milhões

passando para 2 milhões 2011.

Nos períodos de 2012 a 2014 tivemos um decrescimento quanto a arrecadação de

2011, tanto nas indústrias da zona franca quanto a setor plástico. A queda da arrecadação foi

bastante expressiva, porque houve pequeno crescimento. Porém, no ano de 2014 as indústrias

termoplásticas tiveram crescimento no faturamento, enquanto que nas demais empresas da

zona franca o faturamento esta em queda.

Fonte: Suframa, 2014.

Figura 1: Faturamento total do PIM versus faturamento do subsetor termoplástico.

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10

2.3.2 Soma dos valorares obtidos do subsetor termoplástico.

O faturamento do subsetor de termoplásticos nos anos de 2010 a 2014 pode ser visto

na Figura 2. Foram citadas todas as somas dos valores obtidos tanto internacional, nacional e

regional. Verificou-se que em 2010 o valor obtido para mercado exterior foi US$ 8.385.216,

os valores para os anos seguintes são crescentes até o ano 2012, chegando a US$ 13.893.985.

A queda no faturamento acontece de 2013 a 2014 com valores que vão de US$ 9.193.078 a

US$ 4.186.465.

No mercado nacional temos a seguinte situação: no ano de 2010, o mercado local ganhou

US$ 1.232.409.816, ocorrendo aumento nos valores obtidos para 2011 chegando a US$

1.285.928.818. Em 2012 foram US$ 1.160.703.951; no ano de 2013 houve aumento na soma

dos valores de faturamento passando a US$ 1.309.571.371 e, em 2014, o subsetor

termoplástico continuou em crescimento com valor de US$ 1.346.688.703.

No Pólo Industrial de Manaus os valores obtidos para 2010 são de US$ 569.706.115,

valor máximo do faturamento no pólo plástico está relacionado ao ano de 2011 chegando a

US$ 696.489.625, nos anos seguintes correspondentes a 2012 e 2013, os valores ficaram em

posição inferior a 2011, apenas em 2014 verificou-se um crescimento no subsetor chegando

a US$ 522.349.654.

Fonte: Suframa, 2014

Figura 2: Faturamento do subsetor termoplástico por destino.

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11

2.3.3 Insumos do setor no subsetor de termoplásticos por mercado.

A matéria obtida no âmbito internacional, nacional e regional está relacionada na

Figura 3. Para o mercado internacional, analisa-se o valor em 2010 de US$ 405.913.734. Nos

anos de 2011 a 2012 verificou-se queda passando para US$ 517.640.127. Em 2013 ocorreu o

maior crescimento obtendo-se o valor de US$ 605.146.013, para o valor de US$ 542.531.814.

No mercado nacional analisa-se os valores dos insumos que são de US$ 389.893.009, para

2010, verificando-se este o maior valor comparado para os seguintes 2011, 2012, 2013; e em

2014 o valor de US$ 389.893.009.

O mercado local obteve-se o seguinte valores: US$ 111.073.926 para o ano 2010, em

2011 ocorreu alta em US$ 135.666.204 e queda em 2012, passando a US$ 113.214.973. Em

2013 verificou-se US$ 161.564301. O maior rendimento em insumos ficou no ano de 2014

chegando ao valor de US$ 186.890.152.

Fonte: Suframa, 2014.

Figura 3: Aquisição de insumos do subsetor de termoplásticos por origem.

Page 24: CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE MANAUS CEULM CURSO DE ... · Figura 9: Obtenção de polímeros pela reação de polimerização. ... Tabela 2: : Inicio da produção industrial

12

2.3.4 Mão de obra do Pólo Industrial versus o subsetor de termoplásticos.

A relação da quantidade de mão de obra do Pólo Industrial de Manaus no ano de 2010

foi de 92.863 funcionários, durante o período de 2011 até 2014. A alta no crescimento da

mão de obra foi gradativo, chegando-se a quantidade de maior demanda no de 2014 com

113.775 funcionário.

No pólo plástico em 2010, analisando-se o quadro de funcionários, o resultado foi de

9.824, em 2011 os dados relevados na figura 4. A Figura mostra o aumento na quantidade da

mão de obra que ficando em 10.444 funcionários. Para os ano de 2012 e 2013 a mão de obra

do setor termoplásticos reduzia-se. Comparando com o ano de 2011 para 2014, a quantidade

de funcionários voltou ter uma taxa de crescimento em 10.106.

Fonte: Suframa, 2014.

Figura 4: Mão de obra do pólo industrial versus o subsetor de termoplásticos.

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2.3.5 Faturamento versus a quantidade funcionários do subsetor de termoplásticos.

Analisando a Figura 5 que representa a quantidade de todos valores obtidos e a

quantidade de funcionários para ano de 2010. A mão de obra ficou em 9.824, e o faturamento

no valor de US$ 1.810.501.147. Se comparado ao ano de 2011, ocorreu uma taxa de

crescimento tanto na mão de obra quanto no faturamento. Analisando-se valores de 10.444 em

relação a quantidade de funcionários e o somatório dos ganhos obtidos foram de: US$

1.992.752.954,.

Nos anos de 2012 e 2013, comparando-se com o ano anterior, tanto faturamento

quanto na mão de obra houve queda em seus valores, porém em 2014, o mercado do subsetor

termoplástico subiu para 10.106 o número de funcionários e o faturamento foi de US$

1.873.224.822.

Fonte: Suframa, 2014.

Figura 5: Correlação do faturamento versus a quantidade de funcionários do subsetor de

termoplásticos

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14

2.3.6 Salário médio do Pólo Industrial versus subsetor termoplásticos.

A Figura 6 relata os valores dos salários médios tanto no pólo industrial quanto no

setor de termoplásticos, analisando-se que no de 2010 o salário médio no pólo industrial de

Manaus ficou em US$ 1.767 / Funcionário. Se comparado ao ano seguinte, verifica-se o

crescimento de US$ 1.954 / funcionário. No ano de 2012 ocorre uma queda no salário para

US$ 1.832 / Funcionário , em 2013 e 2014 o salário médio permaneceu em baixa no

rendimento, com valores de US$ 1.741 / Funcionário.

No subsetor de termoplásticos obteve-se o valor médio no ano de 2010 ficando-se em

US$ 1.428/ funcionário, verificando-se os anos de 2011 e 2012 para subsetor de

termoplásticos o valor médio salarial foi em torno de US$ 1.565 / funcionários, nos seguintes

2013 e 2014 houve queda salarial em torno de: US$ 1.413 / Funcionário.

Fonte: Suframa, 2014

Figura 6: Salário médio do pólo industrial versus subsetor termoplástico.

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15

2.3.7 Faturamento do subsetor de termoplásticos versus colaboradores do subsetor de

termoplásticos.

A figura 7 representa a relação de faturamento do setor de termoplásticos versus a

quantidade de colaboradores. No ano de 2010 analisando-sea quantidade de funcinários

temos 9.824, o total de ganhos esteve em US$ 1.810.501.147. Para 2011 os mesmo dados

obteve-se o faturamento de 10.444 funcionários para US$ 1.992.752.954. Os anos seguintes

2012 e 2013, ocorreram quedas sucessivas no subsetor e os valores mínimos ficaram em:

9.904 funcionários e o faturamento foi de US$ 1.835.643.594. Para 2014,comparando-se aos

anos de 2012 e 2013, subsetor conseguiu novamente crescimento, ficando 10.106

colaboradores e total de ganhos de US$ 1.873.224.822.

Fonte: Suframa, 2014

Figura 7: Faturamento do subsetor de termoplásticos versus colaboradores do subsetor

de termoplásticos.

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16

3 TECNOLOGIAS DO SETOR TERMOPLÁSTICO

3.1 Características da constituição da matéria prima dos termoplásticos

Os plásticos, tem o nome originário do grego “plastikos” que significa - capaz de ser

moldado, são materiais sintéticos ou derivados de substância naturais, geralmente orgânicas,

obtidas, atualmente, em sua maioria, a partir dos derivados de petróleo. A expansão se deve,

principalmente, por suas principais características, que são: baixo custo, peso reduzido,

elevada resistência, variação de formas e cores, além de apresentar, muitas vezes, um

desempenho superior ao do material antes utilizado.

Os materiais plásticos são compostos de resinas naturais ou sintéticas que, através de

pressão e calor, podem fluir e adquirir uma forma determinada, isso se refere a definição

oficial de "materiais plásticos' pela SPE –Society of Plastics Engineers (Sociedade dos

Engenheiros do Plástico), dos EUA (HARADA, 2004).

A maioria dos materiais plásticos é de natureza orgânica, tendo como principal

componente o Carbono adicionado aos elementos Hidrogênio, Oxigênio, Nitrogênio e Cloro.

Como simples exemplos, damos a fórmula química dos polímeros mais consumidos e a base

da matéria-prima do polímero, que são os monôrneros ( HARADA, 2004).

De todos os produtos naturais, o petróleo é a fonte mais importante. Por meio da

destilação fracionada do óleo cru, várias frações podem ser obtidas (GLP, nafta, gasolina,

querosene, óleo Diesel, graxas parafínicas, óleos lubrificantes e, por fim, piche), sendo que a

fração de interesse para polímeros 6 o nafta. Este, após um uahng térmico apropriado (pirólise

a aproximadamente 800°C e catálise), gera várias frações gasosas contendo moléculas

saturadas e insaturadas. As moléculas insaturadas (etileno, propileno, butadieno, buteno

isobutileno, etc.) são separadas e aproveitadas para a síntese de polímeros. A Figura 8 a seguir

mostrou-a esta sequencia, característica da indústria petroquímica de primeira geração isto é,

de obtenção dos monômeros (CANEVAROLO,2002).

A palavra polímero origina-se do grego poli (muitos) e mero (unidade de

repetição).Assim, um polímero é uma macromolécula composta por muitas (dezenas de milhares) de unidades

de repetição denominadas meros, ligadas por ligação covalente. A matéria- polímero é o monômero, isto é,

uma molécula com uma (mono) unidade de repetição. Dependendo do tipo do monômero (estrutura química),

do número médio de meros por cadeia e do tipo de ligação covalente, poderemos dividir os polímeros em três

grandes classes: Plásticos, Borrachas e Fibras (CANEVAROLO, 2002,p.21).

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17

Fonte: Canevarolo, 2002

Os plásticos são parte da família dos polímeros formados

por macromoléculas caracterizadas pela repetição de sucessivas unidades químicas simples,

os monômeros, sendo que estas unidas são ligadas entre si por reações químicas chamadas

de reações de polimerização. O grau de polimerização é o número de meros da cadeia

polimérica. Quando há mais de um tipo de mero na composição do polímero, este é designado

por copolímero, e os monômeros que lhe dão origem comonômeros. Em reação de

polimerização, tal como ocorre na Química Orgânica em geral, o encadeamento das unidades

monoméricas pode ser feito na forma regular, cabeça-cauda, ou na forma cabeça-cabeça,

cauda-cauda, ou mista. Como segue nos exemplos apresentados na figura 9.

Fonte: < http://www.abiplast.org.br/site/os-plasticos>acessado> em 19 outubro de 2015

Figura 8:Caraterística da indústria petroquímica da primeira geração de obtenção de

monômeros.

Figura 9: Obtenção de polímeros pela reação de polimerização.

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18

A seguir abordaremos as três principais reações de produção dos polímeros para

indústria plástica na figura 10 e na tabela 2, mostraremos os anos de surgimento de alguns

polímeros comerciais.

Fonte: Canevarolo, 2002.

Fonte: Canevarolo, 2002.

Figura 10: As três principais moléculas para a produção de alguns dos principais polímeros

comerciais.

Tabela 2: : Inicio da produção industrial de alguns polímeros comerciais

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A tabela 3 apresentará os principais matérias plásticos e suas aplicações na produção

industrial do ramo plástico.

Tabela 3: Principais tipos de matérias plásticos e suas aplicações.

PEBD

Recobrimento de fios e cabos, revestimento de Tetra Pak

Filmes para alimentos, filmes termo contráteis, sacarias em geral

Filmes para empacotamento automático de leite, suco, iogurte

Frascos, tampas, filmes agrícolas

PEAD

Garrafeiras, peças técnicas, recipientes para alimentos, brinquedos

Tampas para bebidas, caixas de uso geral, coletores de lixo

Frascos para alimentos, cosméticos, higiene e limpeza

Back sheet de absorventes higiênicos e fraldas

PP HOMO

Peças de parede fina, caixas de DVD, brinquedos, eletrodomésticos

Tampas com lacre, flip-top, utilidades domésticas de parede fina

Embalagens transparentes para alimentos e cosméticos

Frascos; copos e pratos descartáveis; chapas planas e corrugadas

Fibras para tapetes, filmes para balas e bombons

PS cristal

Brinquedos

Materiais escolares/ de escritório

Embalagens descartáveis (pratos, copos, talheres)

ABS

Eletrônicos

Eletrodomésticos (carcaças de liquidificadores, processadores, mixers, batedeiras etc.)

Automobilística – grades, retrovisores, painéis etc.

PVC

Filmes para embalar alimentos

“Couro” sintético para confecção de bolsas, revestimentos de estofados

Calçados/solados

Brinquedos: bolas, bonecos, piscinas (infláveis em geral)

Construção civil: pisos laminados, perfis, tubos e conexões, forros, esquadrias de portas e

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Fonte < http://www.abiplast.org.br/site/os-plasticos>acessado em 21 novembro de 2015

janelas.

Medicina: cateteres, bolsas para sangue, mangueiras.

Cartões magnéticos

Lonas

Mangueiras para líquidos diversos e gases

Indústria automobilística

PC

Faróis e lanternas

Saltos de sapatos

Lentes para semáforos

Embalagens

DVDs

PET

Garrafas para bebidas em gera

Frascos para alimentos, cosméticos e produtos de limpeza

Peças para eletrodomésticos e eletrônicos

PBT

Automobilística: peças do sistema de freio, peças do cinto de segurança, painéis etc.

Eletrônicos: interruptores, teclados, comutadores, soquetes, tomadas.

Eletrodomésticos: cabos, peças de aspiradores de pó, de liquidificadores, processadores,

mixers, cafeteiras etc.

PA

Eletrônicos

Automobilística: tampas do tanque de combustível, do radiador, dos reservatórios de água, óleo

e fluido de freio, mangueiras para transporte de combustível, filtros, calotas, hélices de

ventiladorpainéis, coletor de ar, sistema de combustível.

Peças técnicas: bombas, válvulas, polias, engrenagens

Têxtil: tecidos sintéticos, tapetes

Monofilamentos: cerdas, fios para pesca, cabelo para boneca, cabelo para peruca

PMMA

Faróis, lanternas, triângulos de segurança (automobilística)

Construção civil: pias, cubas, tampas de vasos sanitários, peças decorativas

Lentes de contato

Lentes de óculos

Displays para propaganda

Luminosos para propaganda

Aquários

Próteses dentárias

Visores em máquinas e equipamentos

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21

3.2 Classificação dos matérias plásticos

A matéria prima dos plásticos é divida em duas grandes classificações que são

termoplásticos e termoestáveis. Atualmente os materiais plásticos vêm sendo utilizados há

bastante tempo em substituição a diversos tipos de materiais como o aço, o vidro e a madeira

devido as suas características que são: baixo peso, menor custo, elevadas resistências

mecânica e química, facilidade de aditivação e ainda por serem 100% recicláveis.

O termoplástico na figura 11, é caracterizado por estrutura química que, quando

aquecida, pode ser moldada sem alterar sua estrutura química. Esta pode ser novamente

resfriada e aquecida ganhando um novo aproveitamento. Exemplos de termoplásticos:

Polietileno, Polipropileno, Poliestireno de uso geral, policloreto de vinila entre outros (

HARADA, 2004).

Fonte: Harada, 2004

.Os termoestáveis na figura 12, tem como características de serem amolecidos ao

passar por aquecimento, sendo posteriormente moldados. Porém, esse processo leva a uma

transformação química na qual a sua estrutura não pode ser retornada na forma do estado

original, impedindo a sua reutilização. Exemplos de termoestáveis: Fenol-Formol aldeído,

Poliéster, Melamina-Formolaldeído entre outros.

Fonte: Harada, 2004.

Figura 11: Processamento de Polímeros Termoplástico.

Figura 12: Processamento de Polímeros Termoestáveis.

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22

A tabela 4 mostrará as informações quanto o nome genérico, abreviatura do

polímero, o peso específico, a temperatura de transformação e a temperatura máxima de

resistência no serviço solicitado.

Tabela 4: Características físicas e transformações dos termoplásticos e termoestáveis mais

conhecidos.

Fonte: Harada, 2004

Os matérias plásticos mais consumidos atualmente para atender a demanda industrial

são os Polietilenos (PE), Polipropileno (PP), Poliestireno (PS), Policloretos de vinila (PVC) e

os Poliésteres (PET), sendo chamados de 1commodities devido à grande produção e aplicação

destes materiais. Existem outros tipos de materiais plásticos que são produzidos em escala

menor devido ao seu alto custo e aplicações específicas e são chamados de plásticos de

especialidade ou engenharia, são eles as Poliamidas (PA), os Policarbonatos (PC), os

Poliuretanos, (PU, TPU, PUR), os Fluoropolímeros (PTFE), entre outros.

1A expressão “commodites” é um termo da língua inglesa (plural commodities), que significa mercadoria.

Utilizado nas transações comerciais de produtos de origem primária na bolsa de valores.

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23

3.3 Propriedades dos polímeros

Os polímeros possuem propriedades tão características principalmente de sua alta

massa molecular. Quanto maiores as macromoléculas, melhores suas propriedades mecânicas.

Polímeros de interesse industrial apresentam geralmente massas moleculares médias

superiores a 10.000. Por serem muito longas, estas cadeias se entrelaçam formando um

emaranhado que interage fortemente. Cada material possui características com um conjunto

de propriedades que permite identifica-las e diferenciá-las umas das outras. Cada substância

que compõem o material ao ser submetida a agentes como: luz, calor, umidade entre outros.

Apresentará comportamento diferente que conhecemos com propriedades das substâncias

(PEREIRA, 2009).

Diversas propriedades físicas são subordinadas ao tamanho da molécula, isto é, sua

massa molar. Como os polímeros geralmente envolvem um larga faixa de valores de massa

molar, é de se aguardar uma grande variação em suas propriedades. Alterações no

comprimento da molécula, quando pequena, provocam variadas mudanças nas suas

propriedades físicas. Estas alterações tendem a ser menores com o aumento do tamanho da

molécula, sendo que para polímeros as diferenças ainda existem, mas são pequenas. Isso é

utilizado, produzindo-se em escala industrial vários tipos (grandes) de polímeros, para

atender às necessidades peculiares de uma dada aplicação ou técnica de processamento. Na

Figura 13 veremos o gráfico que mostra a variação de uma de propriedade física geral com

aumento da massa molar (PEREIRA,2009).

Fonte: Canevarolo, 2002

Figura 13: Gráfico variação de uma de propriedade física geral com aumento da massa

molar.

Page 36: CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE MANAUS CEULM CURSO DE ... · Figura 9: Obtenção de polímeros pela reação de polimerização. ... Tabela 2: : Inicio da produção industrial

24

3.3.1 Propriedades químicas.

As propriedades químicas estão relacionadas a sua usabilidade e suas aplicações: a

resistência a oxidação é encontrada devido a constituição da ligações formadoras do polímero

e essa mais encontrada nas macromoléculas saturadas (somente presença de ligações

simples), como exemplo: poliolefinas. Nos polímeros de cadeia carbônica insaturados

(apresentam duplas ligações), a oxidação ocorrer através dessas insaturações, quebrando as

ligações duplas, e consequentemente, reduzindo a resistência mecânica do material. Quando

existe carbono terciário na cadeia esse baixará a resistência à oxidação. Resistência a água e

ácidos e bases, esses o contato com ácidos de forma geral, causará total ou parcial destruição

das moléculas poliméricas, se caso existir nelas grupos sensíveis à reação com ácidos, por

exemplo, as resinas melamínicas e produtos celulósicos. As soluções alcalinas ou básicas, em

maior ou menor concentração, são bastante agressivas a polímeros cuja estrutura apresenta

grupos carboxila, hidroxila e éster. Podemos citar as resinas fenólicas e epoxídicas. Os

poliésteres insaturados são facilmente atacados por produtos alcalinos. Isto dependerá da

constituição química de cada material polimérico e a resistência a ação das radiações

ultravioletas que fazem a cadeia carbônica insaturadas serem rompidas devido á baixa

resistência a essa radiações, pois é sabido que são absorvidas, gerando radicais livres quando

colocados em presença a luz solar. Isso levará a mudança da sua estrutura devido rompimento

das ligações duplas (CARIES,2009).

Os monômeros encontrados em muitos plásticos incluem compostos orgânicos como

etileno, propileno, estireno, fenol, formaldeído, etilenoglicol, cloreto de vinil e acetonitrila.

Por existirem tantos monômeros distintos que podem ser combinados de várias formas

diferentes,é possível fazer inúmeros tipos de plásticos.(CARIES,2009).

Em suma, na figura 14 verificamos que as principais propriedades químicas estão

relacionadas ao tipo de monômero(s) que o formam. As propriedades químicas do

homopolímero 1 são diferentes do homopolímero 2 e dos copolímeros. Quanto à estrutura da

cadeia polimérica as propriedades químicas a polímeros de cadeia simples é diferente a

polímeros com estrutura ramificada.

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25

Fonte:< http://ciencia.hsw.uol.com.br/plastico2.htm > acessado em novembro de 2015

3.3.2 Propriedades Físicas e Mecânicas.

Podemos destacar também as características físicas como solicitação estáticas: Tração

e incluindo fluência a relaxação de tensões; compressão; flexão; impacto; dureza. Solicitações

mecânicas nas cadeias poliméricas . Não deixando de destacar que cada material possui calor

específico e a quantidade de energia térmica que eleva a 1°C a unidade de massa do material.

Os metais apresentam valores muito baixos (menores que 0,1 cal/g°C); para os plásticos

variam de 0,2 cal/g°C a 0,5 cal/g°C (MANRICH,2005).

A densidade da cadeia polimérica geralmente é baixa variando 0,9 e 1,5 g/cm3, a

presença de grupos halogênados determina densidade maiores. Outra propriedade que

podemos citar é a estabilidade dimensional é que usada em técnicas quando temos cadeia

polimérica altamente cristalina, a estabilidade estrutural também é elevada, pela dificuldade

de ser ter a destruição de ligações ordenadas, que resultam organização rígida da molecular

(MANRICH,2005).

Propriedades térmicas: Transição térmica, temperatura de fusão do grão, calor

específico do material polímero, condutividade térmica e coeficiente de expansão térmica.

Além das propriedades ópticas que são a transparência e o índice de refração, propriedades

elétricas agrupadas em: constante dielétricas; resistividades volumétrica superficial; rigidez

dielétrica; fator potência; fator de dissipação.

Figura 14: As propriedades químicas do homopolímero 1 são diferentes do homopolímero 2 e

dos copolímeros.

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26

Propriedades reológicas subdividas em: tensão deformação; tensões normais taxa de

cisalhamento; tensão de cisalhamento; viscosidade; índice de fluidez; índices de potências;

escoamento do fluido em canais; curvas PvT (MANRICH,2005, P.51).

O comportamento de deformação mecânica dos polímeros está fundamentado na

viscosidade desses matérias. O termo viscoelasticidade está associada à resposta elástica e

viscosa, simultânea ou não, apresentada pelo polímeros. A resposta elástica, como ferro

fundido, é aquela que ocorre deformação instantânea de corpo sobre solicitação (MANRICH,

2005, P. 51).

As propriedades mecânicas dos sólidos elásticos podem ser descritas pela lei de

Hooke, que afirma que ao aplicar-se uma tensão σ ao material, se verifica uma deformação ε

que lhe é proporcional, Assim quando temos a tensão independente da velocidade de

deformação, esta tensão σ é retirada, o corpo recupera completa e instantaneamente a sua

forma inicial conforme a equação 1:.

O comportamento mecânico de um polímero, ou seja, sua deformação e as

características de escoamento é de extrema importância para a determinação da

funcionalidade do produto final.

Os termoplástico atendem a estas característica quando sua estrutura passa por

processo de aquecimento e esfriamento para ganho da estrutura polimérica.

σ = Eε (1)

Em que E é o módulo de Young.

A seguir a figura 15 mostrará a representação de um material polimérico sofrendo

solicitações mecânicas de tensão e deformação. Sabendo-se que esse comportamento

mecânico é de suma utilidade pois a sua deformação e as características de escoamento são de

extrema importância para a determinação da funcionalidade do produto final.

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27

Fonte:CALLISTER,1991

As propriedades dos líquidos,, são estudadas pela lei de Newton. Onde um fluido

Newtoniano não consegue suportar deformações e a resposta instantânea a uma tensão é o

escoamento viscoso. A tensão é independente da deformação, mas proporcional à velocidade

de deformação mostrado na equação 2:

σ =η. dt / dε (2)

Em que η é o coeficiente de viscosidade.

Para os polímeros suas características são intermediárias entre sólido e um líquido,

tanto sofre comportamento por Hookeano ou Newtoniano. Se aplicarmos uma força de tensão

durante o intervalo de tempo provocará um escoamento viscoso que levará a uma deformação.

Ou quando esta força for aplicada rapidamente este material sofrerá apenas uma deformação

na qual não dará tempo a uma permanente deformação, resultando a forma inicial por

plasticidade.

Não deixando de destacar que, quando solicitada a esforços de cargas,a cadeia

polimérica passa por alongamento e a fórmula dá corpo de prova conforme é mostrada na

equação 3:

(3)

Figura 15: Gráfico de uma curva de curva tensão deformação para um material polimérico.

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A representação do Lo na fórmula descrita representa a distância entre duas marcas

paralelas ou iniciais entre garras. L= L - Lo, L significa distâncias entre as marcas após a

deformação do material estudado.

A tabela 5 a seguir mostrará o comportamento mecânico de alguns polímeros mais

comuns usado em processos industriais, a densidade relativa do material polimérico, módulo

de tração, o limite de resistência á tração, o limite de escoamento e alogamento na fratura do

polímero.

Fonte: CALLISTER,1991

Tabela 5: Comportamento Mecânico de alguns Polímeros mais comuns

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29

3.4 Processo de Moldagem do termoplásticos.

No Brasil os processos de obtenção mais importantes para produtos poliméricos são:

extrusão, injeção, sopro e termoformação. Neste trabalho de estudo de caso daremos ênfase

aos processos de extrusão, injeção e sopro.

3.4.1 Processamento por extrusão

A extrusão é um processo de conformação plástica, no qual, por ação de uma tensão

elevada, um material é forçado a passar por meio de uma matriz aberta, provocando uma

resolução da secção transversal (WILLIAM e JAVAD, 2010).

Na figura 16 podemos verificar que a matéria-prima é aquecida, amolecida e sua

saída é forçada para uma matriz instalada no equipamento chamada rosca extrusora,

produzindo um produto que mantem a sua forma ao longo de sua extensão, após seu

resfriamento. Sua aplicação: fabricação de produtos flexíveis, como embalagens, sacolas,

sacos e bobinas também conhecidos como filme, após o processo de extrusão, podem ser

modelados no produto final com soldas e cortes e produtos rígidos ou semi-rígidos, como

tubos, perfis, mangueiras e chapas.

Fonte: PEREIRA, 2009

Neste processo os polímeros utilizados por grãos, estes são: Polietileno de alta

densidade, Polietileno de baixa densidade, polietileno linear de baixa densidade, PVC e ABS.

As partes mais importantes de extrusoras e injetoras são as roscas e os barris, ou

canhões, porque aí é que ocorre tanto a homogeneização como a plastificação dos sistemas poliméricos ou dos

compostos. Obviamente, a matriz (extrusora) e o molde (injetora) dessas máquinas possuem fundamental

Figura 16: Máquina Extrusora.

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30

importância para a moldagem do polímero. Tanto as roscas quanto os canhões devem ser construídos com

materiais resistentes à corrosão e ao desgaste. Mesmo assim, essas partes possuem um vida útil relativamente

curta, principalmente quando se usa composto mais abrasivo. Canhões para plastificação de polímeros

convencionais, sem carga ou fibra, chegam a durar de 4 a 10 anos, enquanto que as roscas alcançam um vida útil

de 2 a 6 anos, necessitando de recondicionamento ou substituição após esse tempo. Canhões e roscas

convencionais, utilizados para prepara compostos carregados com fibras de vidro, duram de 6 meses a um ano e

meio apenas (considerando trabalho contínuo durante esse tempo) (Manrich, 2005,p.155).

As possíveis falhas na fabricação do produto são: Filmes com variação de espessura, projeto da matriz inadequado, temperatura da matriz não uniforme, muito baixa ou alta, vazão não uniforme, resina contaminada, resina degrada, matriz/rosca sujos, rugosidade e

entros.

As empresas do Pólo Industrial de Manaus (PIM) que utilizam o processo de extrusão

são as seguintes:

1. AMAPLAST AMAZONAS PLASTICO LTDA

2. AMAZONRECI RECICLAGEM LTDA

3. AMÉRICA TAMPAS DA AMAZONIA S.A

4. CITY PLASTIK IND. E COM. DE PLASTICO LTDA

5. COPOBRAS DA AMAZÔNIA INDUSTRIAL DE EMBALAGENS LTDA

6. COSMOSPLAST IND. COM. DE PLÁSTICOS LTDA

7. ECOPACK EMBALAGENS RECICLÁVEIS LTDA

8. BOREDA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS PLÁSTICAS LTDA

9. ENPLA MANAUS INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS LTDA

10. FITAS FLAX DA AMAZÔNIA LTDA

11. LANAPLAST INDÚSTRIA DA AMAZÔNIA LTDA

12. MANULI DA AMAZÔNIA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS LTDA

13. NACIONAL FILME DA AMAZÔNIA INDÚSTRIA S/A

14. PLÁSTICOS MANAUS LTDA

15. VALFILM AMAZÔNIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA

16. ENTRE OUTRAS

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31

3.4.2 Processamento por injeção.

O futuro da injeção é um desafio para toda a indústria. Um crescimento contínuo, bem

como o sucesso de novas aplicações, requer a combinação desenvolvendo tanto

transformadores e projetistas quanto fabricantes de máquinas e matérias-primas (HARADA,

2004).

• É um dos métodos de processamento mais importantes, utilizado para dar forma aos

materiais termoplásticos.

• O processo é fácil de automatizar e reveste-se de grande importância econômica.

• São produzidas por este processo peças com massas de 5g a 85 kg.

A injeção por rosca/pistão é mostrada na figura 17, é um processo feito por uma

rosca sem fim com duas funções plastificar e homogeneizar o material, através do movimento

rotativo.

Fonte: ARNO,1988

Figura 17: Máquina de injeção por rosca/pistão.

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32

A constituição das máquinas injetoras atualmente utilizadas nas indústrias possuem

as seguintes partes (Figura 18):

Figura 18: Constituição de uma máquina injetora utilizada na indústria.

Fonte: HARADA, 2004

A seleção que especifica o tipo de equipamento de injeção a ser utilizado é

determinada pelo trabalho que se deseja realizar. Cada tipo de unidade injetora e de fechamento tem as suas

vantagens e desvantagens e, portanto, seus defensores e críticos. Nos últimos anos, tem se tornado frequente o

uso de máquinas com rosca, em razão do aumento de capacidade e versatilidade dessas máquinas quando

comparadas às convencionais (a pistão). Quanto à unidade de fechamento, a de tipo articulado possui

vantagem sobre o hidráulico por permitir ciclos mais rápidos. No entanto, o fechamento articulado está

geralmente limitado a uma força máxima de 500 toneladas, sendo utilizado nas unidades de menor capacidade

e com moldes automáticos. Para obter-se uma boa versatilidade e qualidade, independentemente do tipo de

máquina, os equipamentos devem apresentar as seguintes características: (HARADA,2004, P.27).

Cilindro de injeção de pelo menos três zonas de aquecimento, controladas

individualmente ou voltagens de temperatura duplas, sendo que a temperatura do bico

da injetora deve ser controlada por reostato ou pirômetro especifico para cada uma.

Pressão de injeção poderá atingir até 1400 kg/cm2 com variáveis. Pelo menos em

dois estágios.

Velocidade de injeção poderá atingir até 150 cm/min.

Alimentação ajustável dever eficiente para que o peso e quantidade do material

injetado seja suportado pelo processo.

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Timer dever ser indispensável até 0,1 segundos, para controlar a capacidade de

injeção e o tempo de fechamento do molde.

As matérias primas usadas neste processo são resinas de: Polietileno tereftalato —

PET, Polietileno de alta densidade — PEAD, Policloreto de vinila — PVC, Polipropileno —

PP, Poliacetato de Etileno Vinil (EVA)

Entre as falhas mais encontradas no processo de injeção plástica podemos destacar

“Rechupes “que são depressões que surgem devido a concentração excessiva de material, é

um dos problemas que podemos apontar possivelmente será o material com alta densidade, se

a causa for a máquina poderá estar ligada à folga no conjunto de ponta da rosca. Outra

possível falha poderá ser o molde. Se este tiver canal muito longo, ocorrerá provável falha no

produto final.

Outra falha destacada é “rebarbas, que são ocorrências de excesso de material sobe

forma de película na linha de fechamento do molde. Verificamos os componentes do processo

material, molde e máquina e as variáveis são a diminuição brusca na viscosidade, a força do

molde insuficiente, a linha do fechamento do molde danificada, entre outros.

Se tiver um produto com peças incompletas que ocorre devido ao não preenchimento

completo da cavidade, o molde gera paredes finas nas peças. Esta falha pode ser devido ao

material, máquina ou molde, ou podem ser devido à fluidez, viscosidade da resina, força do

molde insuficiente, linha do fechamento do molde incompleta,entre outros fatores.

As empresas que trabalham com processo de injeção plástica no Pólo Industrial de

Manaus (PIM) são:

1. FOXCONN DO BRASIL IND. E COMÉRCIO DE ELETRÔNICOS LTDA – FILIAL

2. GREIF EMBALAGENS INDUSTRIAIS DO AMAZONAS LTDA

3. MASA DA AMAZÔNIA LTDA

4. VIDEOLAR S.A – FILIAL

5. SPRINGER PLÁSTICOS DA AMAZÔNIA S.A

6. TERMOTÉCNICA DA AMAZÔNIA LTDA

7. TUTIPLAST INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA

8. ORION INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS LTDA

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34

9. MAP - INDUSTRIA COMERCIO E SERVICOS DE INJECAO PLASTIC

10. PAM INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS INJETADOS LTDA

11. ENTRE OUTRAS.

3.4.3 Processamento por injeção a sopro.

O grande volume por produtos soprados, feitos por processos de moldagem a sopro é

um dos mais valorosos para a transformação de produtos plásticos. O ramo industrial tem

uma variedade de seguimentos que utilizam este material, como por exemplo, de alimentos e

bebidas, de cosméticos, hospitalar e médica, automotivas e entre outras (DUPONT, 2015).

A moldagem por injeção-sopro (IBM) é o processo frequentemente escolhido pela

indústria de embalagens, por exemplo, na produção de grandes volumes de recipientes

pequenos de ciclos rápidos. Entretanto, ele é adequado também, pelas mesmas razões, para

pequenas moldagens técnicas em resinas de engenharia. Este processo tem a vantagem de

possuir um controle mais preciso das dimensões e das tolerâncias. Um exemplo de aplicação

deste processo com a utilização de resinas de engenharia é a moldagem de coifas de proteção

CVJ (protetores de juntas de direção automotivas) em elastômeros de poliéster (DUPONT,

2015).

Os processos de sopro são geralmente por processos de extrusão ou por injeção.

Dentre estes temos os seguintes procedimentos: a produção de uma peça via moldagem por

injeção; fechamento do molde sobre a peça oca, insuflação da peça e resfriamento e extração

da peça soprada.

Sabemos que moldagem por injeção-sopro é o processo frequentemente escolhido pela

indústria de embalagens. Temos, por exemplo, a produção de grandes volumes de recipientes

pequenos de ciclos rápidos.. Este processo tem a vantagem de possuir um controle mais

preciso das dimensões e das tolerâncias (PEREIRA, 2009).

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As figuras 19 e 20 mostram como acontece o processo de injeção por sopro, a

moldagem por sopro é processo bastante utilizado na fabricação de recipientes plásticos para

bebidas.

Fonte: PEREIRA, 2009

Figura 20: Processo de injeção por sopro

Fonte: PEREIRA, 2009

Figura 19: Representação do processo de injeção por sopro.

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Como matéria prima usada neste processo destacamos as resinas de : Polietileno de

alta, média e baixa densidade; Polipropileno (PP), Poli Cloreto de Vinila (PVC), Polietileno

Tereftalato (PET), Poliestireno (OS), Policarbonato (PC), entre outros.

Durante o processo de sopro podem ocorre as seguintes falhas: Temperatura da pré-

forma - se a pré-forma estiver muito fria ou quente, ocorrerá má distribuição de material. Se

estiver fria pode ocorrer maior resistência ao estiramento, maior orientação, maior resistência,

parede lateral espessa e base fina. Se estiver aquecida demais pode ocorrer baixa resistência

ao estiramento, menos orientação, menos resistência, parede fina, base espessa, transparência

da garrafa, cristalinidade, excesso de material no ponto de injeção da base, entre outros.

As empresas que trabalham com processo de sopro no Pólo Industrial de Manaus

(PIM) são:

1. TAMBORÉ EMBALAGENS S.A

2. INJEPET EMBALAGENS DA AMAZONIA

3. ENGEPACK EMBALAGENS DA AMAZÔNIA LTDA

4. AMCOR EMBALAGENS DA AMAZÔNIA S.A

5. BRASALPLA AMAZÔNIA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS LTDA

6. ORION INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS LTDA

7. FORMAPACK EMBALAGENS PLÁSTICAS LTDA.

8. PLASTIPAK PACKAGING DA AMAZÔNIA LTDA

9. KRONES DO BRASIL LTDA

10. ENPLA MANAUS INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS LTDA

11. ENTRE OUTRAS

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3.4.4 Processamento termoformação

O processo da termoformação consiste em aquecer uma placa de um material

termoplástico, até que esta venha amolecer. Então, aplica-se dentro de um molde na qual

receberá a forma desejada. Usualmente são utilizados para este procedimento placas de

espessura entre 0,1 e 12mm durante o processo de pressão ou vácuo. Os polímeros mais

usados na termoformação são PS, acetato de celulose, PVC, ABS, PMMA, PP e PEAD.

Esta prática é mais utilizada em processos na fabricação de peças descartáveis, de

grandes dimensões ou paredes moldadas, além de possibilitar o uso de moldes de baixo custo.

Por meio deste processo de termoformação são adquiridos artefatos como portas e

compartimentos de ovos de refrigeradores e freezers, copos de café ou iogurte, brinquedos,

partes de máquinas de lavar pratos, piscinas, embalagens transparentes e peças para indústria

automobilística e aeronáutica.

No tempo da moldagem, a placa é estirada, presa em suportes e submetida a

aquecimento até que ocorra seu amolecimento. O aquecimento pode ser feito por meio de

contato, convexão ou radiação infravermelha. A radiação por infravermelha é mais utilizado,

pois proporciona um aquecimento rápido e homogêneo do material, que evita a danificação de

sua superfície.

Logo adiante a placa amolecida é esticada e pressionada pra o interior do molde. Se

o lado interno da peça é o moldado, temos o processo chamado de positivo, caso ocorra do

lado externo é dito negativo. A termoformação mostrada na figura 21, pode ser realizada a

vácuo, por pressão ou mecanicamente. No processo a vácuo, uma chapa termoplástica é presa

nas bordas de um molde e aquecida até amolecer.

O ar da cavidade do molde é removido por uma bomba de sucção, ou seja, aplica-se

vácuo em sua parte inferior e a pressão atmosférica acima da placa força esta contra o molde

fazendo com que adquira a forma da peça. O vácuo na cavidade do molde é mantido até a

peça resfriar e tornar-se rígida. A Figura abaixo mostra o processo de termoformação a

vácuo. (CAIRES, 2009)

Fonte: CAIRES, 2009

Figura 21: Processo de termoformação a vácuo.

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3.4.5 Processamento por compressão e transferência de massa

O método por moldagem a compressão é o mais antigo que existe e baseia-se em

transformar um material polimérico, colocado na cavidade de um molde, em uma peça de

forma definida, através da aplicação de calor e pressão. É o processo mais empregado na

transformação de termorrígidos. As resinas usadas nesse processo são fenólica, melamínica,

epoxídica e as borrachas .Quando o molde é fechado e a aquecido ocorre a formação de

ligações cruzadas no polímero, ou seja, sua cura, obtendo-se artefatos rígidos após sua

extração do molde. Para os termoplásticos, os moldes devem passar por resfriamento antes de

sua abertura. Apesar de ser utilizada para a moldagem de PE e PTFE, ou peças extremamente

acuradas (como os discos de vinil usados na indústria fonográfica), a compressão não é uma

técnica muito usada para termoplásticos.

A máquina utilizada é composta por uma prensa hidráulica de dois pratos paralelos,

aquecida por um sistema elétrico, a vapor, a gás, a óleo ou água quente, e um molde positivo,

instantâneo, ou semipositivo, com cavidades múltiplas ou simples. A figura 22 mostra

representação da maquina descrita (CAIRES, 2009).

Fonte: CAIRES, 2009

Os moldes podem ser inteiros ou de corpo fendido. Devido às condições severas de

moldagem usualmente os moldes são feitos de aço rígido. Durante o ciclo de moldagem pode

ser realizado de forma manual, semiautomático ou automático.

A moldagem por compressão possui várias vantagens como a fácil automatização,

menores tensões internas nos moldados, facilidade operacional, baixo custo, maior número de

Figura 22: Prensa hidráulica usada na moldagem por compressão.

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cavidades no molde, pequena perda de material, economia do ferramental e ser adequado a

peças. A moldagem por transferência consiste em aquecer, em uma câmara no molde, uma

quantidade pré-determinada de material a ser moldado, que amolece e é transferido sob

pressão através de um canal de alimentação à cavidade fechada do molde. O material curado é

removido do molde com o auxílio de pinos ejetores após a sua abertura. Este processo foi

desenvolvido especificamente para os termorrígidos. A figura 23 mostra o ciclo de moldagem

por transferência (CAIRES,2009).

Fonte: CAIRES, 2009

O processo emprega um molde integral ou com êmbolo auxiliar. Inicialmente o

primeiro molde é constituído por três pratos, sendo o prato superior, o êmbolo; o segundo, a

cavidade de carga; o inferior, a cavidade do molde; todos ligados pelo canal de alimentação.

O molde com êmbolo auxiliar possui um pistão hidráulico auxiliar inteiramente independente

do sistema de fechamento do molde, e possui dois pratos, sendo o inferior, a cavidade do

molde. A moldagem por transferência tem como vantagens em relação à moldagem por

compressão: ter ciclos de moldagem mais curtos, devido ao carregamento e aquecimento mais

rápidos, menores custos de manutenção, acabamento e ferramental, menor desgaste das

ferramentas, além do material já entrar fundido dentro da cavidade o molde. Suas principais

desvantagens são: a perda de material, a produção de peças com orientação molecular e a

ineficiência na produção de peças truncada (CAIRES, 2009).

Figura 23: Ciclo de moldagem por transferência

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3.4.6 Processo rotacional ou rotomoldagem

Este processo consiste em transformar os matérias poliméricos, utilizados para a

produção de peças ocas ou abertas, tais como tanques e contentores, artigos para lazer, play-

grounds, peças técnicas, manequins e brinquedos. Suas etapas de processamento dividem-se

em quatro etapas- Carregamento com material pré-determinado: a resina pode se encontrar na

forma pastosa ou em pó; são usados resinas de PVC, Polietileno, Polipropileno ou Naylon.

Segunda etapa é o aquecimento do material conduzido ao forno onde inicia o movimento

rotacional biaxial, quando a temperatura do molde alcança o ponto de fusão da resina, o

mesmo começa aderir a forma do molde. Terceira etapa ocorre resfriamento do molde ainda

em movimento e é conduzido para fora do forno até uma estação de resfriamento podendo ser

na temperatura ambiente ou por spray. Quarta etapa é a desmoldagem: após passar pelo

resfriamento, o movimento rotacional e desligado, o molde é conduzido para a desmoldagem,

onde se tem abertura e extração da peça. (CAIRES,2009)

Na figura 24 temos o processo em moldagem rotacional, conhecida também como

fundição rotacional ou rotomoldagem.

Fonte: CAIRES, 2009

Figura 24: As quatro etapas do processor rotacional ou rotomoldagem.

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3.4.7 Processo de espumação

Trata-se de um processo contínuo, convencional e antigo no qual sua utilização serve

para produzir espumas de poliéster ou poliéter .Com densidades que variam entre 14 a

120Kg/m3. Durante a obtenção do produto são usadas longas correias para fabricação de

blocos grandes, o tempo para se produzir é de 6 a 8 m/mim. Essas maquinas devem ser

utilizadas com grande forma de 15.000 t/a, pois possui custo elevado. As espumas nesse

processo apresentam características de apresentar buracos, mais quando está sob alta pressão

produzem espumas de aspectos de estrutura celular uniforme. A figura 25 a seguir descreve o

processo de espumação (VILAR, 1998).

Fonte :VILAR, 1998

Etapas do processo estão organizadas abaixo :

1. Plataformas dos operadores.

2. Alimentação do papel.

3. Bandeja de alimentação.

4. Transportador.

5. Matérias primas .

6. Cabeça misturadora transversa .

7. Zona de creme.

8. Suspiros.

9. Bloco de Espuma.

Figura 25: Processo de Espumação

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com o que foi descrito neste projeto compreendemos que o setor de

termoplástico do Pólo Industrial de Manaus (PIM) vem passando por processos de

modernização e desenvolvimento durante os 48 anos de implementação do projeto modelo da

ZFM. Os dados descritos no histórico levantados durante a pesquisa mostraram que as

principais empresas inaugurais do setor termoplásticos atuam há mais de 30 anos no Pólo

industrial, gerando empregos diretos e indiretos e tributos para o estado do Amazonas.

Atualmente as referencias obtidas pelo perfil de projetos aprovados em implementação até

dezembro 2012 pela zona franca de Manaus ZNF , revelam a presença de 74 empresas que

operam na produção de vários produtos, dentre estes temos os que serão usados dependo das

necessidades que vão desde o consumo pessoal de cada individuo até a provimento de outros

pólos industriais como: pólo de duas rodas, pólo eletroeletrônico, pólo mecânico e pólo

relojoeiro.

Os dados estáticos dos anos de 2010 até 2014, sinalizaram de forma global o

desempenho do setor de termoplásticos. Nesta análise verificamos os valores de faturamento,

insumos, mão de obra, faturamento versus a quantidade funcionários, a comparação e o

faturamento do setor termoplásticos versus a quantidade de colaboradores. As tabelas a

seguir mostraram, de forma resumida, o comportamento da análise dos gráficos descritos

durante o projeto, alguns destes dados são exemplificados nas tabelas 6,7 e 8 para melhor

visualização dos do indicadores do setor.

Fonte: Suframa 2014

Tabela 6: Faturamento das empresas termoplasticas do Pólo Indústrial de Manaus

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Fonte: Suframa 2014

Fonte: Suframa 2014

Podemos constatar que este tipo de análise é de suma importância para que se tenha

uma visão das atividades e das necessidades deste mercado, com a utilização destes

indicadores será possível ver, em um futuro próximo, melhorias e benfeitorias para este

mercado.

Entre os materiais e processos usados na obtenção do termoplástico citados na

pesquisa e que são usados no Pólo Industrial de Manaus (PIM), destcam-se: extrusão, injeção,

sopro e termoformação. Cada processo atende uma necessidade na fabricação de produtos que

vão do uso de uma larga escala como sacolas plásticas, garrafas pets, peças de celulares entre

outros. As matérias primas mais usadas são: PET (polietilenotereflalato), PEAD (polietileno

de alta densidade), PVC (policloreto de vinila), PEBD (polietileno de baixa densidade), PP

(polipropileno), PS (poliestireno) , ABS (Acrilonitrila butadieno estireno ) e outros plásticos.

O destino geral desses materiais será os mercados da construção civil, alimentos e bebidas,

eletroeletrônico, agricultura , papel, celulose e impressão, dentre outros que necessitem deste

material para consumo.

Tabela 7: Aquisão de Insumos de Termoplasticos de 2010 a 2014

Tabela 8: Relação da mão de obra no setor termoplásticos

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A figura 26 mostra os processos mais utilizados na indústria plástica. Sendo que o

processo de extrusão é mais usado na produção de peças plásticas.

Fonte < http://www.abiplast.org.br/site/os-plasticos>acessado em 21 novembro de 2015

Os plásticos de engenharia são as resinas mais utilizada no setor termoplásticos

como mostra na figura 27:

Fonte < http://www.abiplast.org.br/site/os-plasticos>acessado em 21 novembro de 2015

Com esse conjunto de informações obtidos, a caracterização e desenvolvimento da

indústria plástica do Pólo Industrial de Manaus (PIM) foi descrita de forma simplificada,

visando divulgar e motivar a produção de dados regionais, pois o setor da injeção plástica

regional é carente de informações e bibliografias específicas.

Figura 26: Processos utilizados na produção de termoplásticos

Figura 27: As resinas mais consumidas pelas industrias de termoplásticos

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5 CONCLUSÃO

O propósito do projeto foi caracterizar o setor de termoplásticos, onde existem

empresas e profissionais que proporcionam à sociedade uma nova forma baseada em produtos

dinâmicos, que podem ser moldados e utilizados em larga escala, desde uma garrafa pet para

refrigerante até um pára-choque automotivo. Sabendo que atualmente a economia passa por

cenário de adaptação e mudanças, é importante se ter uma visão global deste setor que é um

dos mais promissores para região norte e o Brasil.

De certa forma o universo plástico é muito mais que matéria prima e processos, existe

uma grande demanda nesta área, onde se tem o pleno desenvolvimento em eficiência

produtiva e a capacidade de produção, pois envolve uma infinidade de produtos e todos

dependem do crescimento da economia em geral. O interesse pelo desenvolvimento da

indústria plástica no Pólo Industrial de Manaus mostra que nossa região tem necessidade de

averiguar e caracterizar as principais soluções em tecnologias nos segmentos de máquinas,

equipamentos, transformadores, ferramentas, embalagens, matéria-prima, periféricos, design e

serviços.

Neste estudo foi possível uma abordagem e aprofundamento nas atividades realizadas

nesse setor, pois foi verificado que este segmento atende a demandas de outros pólos como:

pólo de duas rodas, pólo eletroeletrônico, pólo mecânico e pólo relojoeiro. A matéria prima

utilizada são: resinas de PET (polietilenotereflalato), PEAD (polietileno de alta densidade),

PVC (policloreto de vinila), PEBD (polietileno de baixa densidade), PP (polipropileno), PS

(poliestireno) , ABS (Acrilonitrila butadieno estireno ) e outros plásticos. Na parte de

processamento de produtos feitos por termoplástico, a grande maioria das empresas

concentra-se em processo de extrusão, sopro e injeção de termoplásticos.

Os objetivos deste trabalho foram alcançados; assim foi possível observar: o histórico

das principais empresas na região, o desenvolvimento do setor de termoplásticos, os dados

estatísticos dos anos de 2010 a 2014 , os processos mecânicos de moldagem, a matéria prima

utilizada pelas empresas de termoplásticos, as características físicas , químicas e mecânicas

das resinas, o ramo de atuação das empresas de termoplástico como: extrusão, sopro ou

injeção e produtos fabricados pelas mesmas. E fica como proposta para estudos futuros um

trabalho de campo onde se possa diagnosticar as demandas tecnológicas da indústria plástica

no Pólo Industrial de Manaus (PIM). Assim poderemos averiguar as necessidades

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problemáticas do setor plástico, que levaram a redução de custo nos processos de produção

plástica.

Sabendo que este tipo de produto irá continuar sendo modificado e melhorado para as

necessidades humanas, é importante também frisar que é preciso o uso racional e sustentável

dos termoplásticos, pois os resíduos finais na utilização destes produtos causam impacto e

degradação ao meio ambiente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Polímeros - determinação de peso molecular e análise térmica. E-papers, 1991.

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Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

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Ciência dos Materiais”5ªedição,McGraw-H

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SITES PESQUISADOS

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• <http://www.springerplasticos.com.br/sobre-a-springer-plasticos.aspx> acessado 12 de

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• :< http://ciencia.hsw.uol.com.br/plastico2.htm > acessado em 20 de novembro de 2015

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novembro 2015

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