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Carlos Ferrari: administrador de empresas e militante Profissão: pág. 8 Conheça Salesópolis, onde nasce o Rio Tietê Estive lá e gostei pág. 3 Ciclofaixas convidam o paulistano a sair pedalando Esporte pág. 9 Nº 62 - jan/fev/mar de 2013 - ANO XVI Associação de Deficientes Visuais e Amigos Nº 62 - jan/fev/mar de 2013 - ANO X Associação de Deficientes Visuais e Amigo

Ciclofaixas convidam o paulistano a sair pedalando - Adeva · As sugeridas são a do Ponto, a da ... Já a Cachoeira do Tobogã fica num parque onde está localizada a histórica

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Carlos Ferrari: administrador de empresas e militante

Profissão: pág. 8

Conheça Salesópolis, onde nasce o Rio Tietê

Estive lá e gostei pág. 3

Ciclofaixas convidam o paulistano a sair pedalando

Esporte pág. 9

Nº 62 - jan/fev/mar de 2013 - ANO XVI Associação de Deficientes Visuais e Amigos

Nº 62 - jan/fev/mar de 2013 - ANO XAssociação de Deficientes Visuais e Amigo

Jornalista responsável: Rafael Brandimarti (MTb 62.567).

Colaboradores: Ivan de Oliveira Freitas, Laercio Sant’Anna,

Lothar Bazanella, Lucia Maria, Lúcia Nascimento, Markiano

Charan Filho, Miguel Leça (fotos), Sandra Maciel, Sidney

Tobias de Souza. Correspondência: Rua São Samuel, 174,

Vila Mariana, CEP 04120-030 - São Paulo (SP) - telefones: 11

5084-6693/6695 - fax: 11 5084-6298 - e-mail: adeva@adeva.

org.br - site: www.adeva.org.br. Diagramação: Fernanda

Lorenzo. Revisão: Célia Aparecida Ferreira. Fotolitos e

impressão: cortesia Garilli Artes Gráficas Ltda. - tel.: 11

2696-3288 - e-mail: [email protected]. Tiragem: 1.000

exemplares. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.

Opinião | Editorial ...........................p. 2 Lazer | Estive lá e gostei .............p. 3 Adeva | Talentos...........................p. 4 Em foco ...........................p. 5 Parceiros .........................p. 7 Mercado de Trabalho | Profissão: ........................p. 8 Esporte | Um direito de todos ........p. 9 Tecnologia | Convivaware ...................p. 10 Na rede............................p. 11 Literatura | Outros olhares ................p. 11 Mais! | Espaço poético ...............p. 12 Para seu lazer .................p. 12

Contas de água em braileA ADEVA, que sempre lutou em prol dos direitos das pessoas com deficiência,

e que sempre trabalhou abrindo portas para a cidadania, vem com todo entusiasmo parabenizar a iniciativa pioneira da Sabesp de emitir contas de água em braile para os deficientes visuais residentes no Estado de São Paulo que assim desejarem.

O serviço pode ser solicitado pelos telefones 0800-011-9911 (capital e região metropolitana) e 0800-055-0195 (litoral e interior do estado). A medida é gratuita e vale para todas as cidades atendidas pela Sabesp.

Amigos, solicitem!Permanecemos na expectativa de que as empresas de energia

elétrica, gás, telefone e outras companhias de água também façam o mesmo. Que os bancos emitam extratos bancários; que os sindicatos imprimam seus jornais em braile; e os supermercados, seus informativos promocionais; que as empresas de cosméticos publiquem suas revistas de produtos em braile; e as indústrias de eletrodomésticos imprimam os manuais de seus aparelhos; que restaurantes e lanchonetes imprimam seus cardápios.

E assim muitas portas se abrirão para que as pessoas com deficiência visual exerçam sua cidadania.

Aproveitamos a oportunidade para desejar a todos um ano de muito sucesso! Que novos parceiros venham a se juntar a nós, e que nossas cabeças fervilhem de ideias novas!

Markiano Charan Filho e Sandra Maciel, diretor-presidente e diretora-vice-presidente da ADEVA

Doe sua nota fiscal para a ADEVAA ADEVA está realizando uma campanha para arrecadação de notas fiscais sem CPF ou CNPJ (no caso de empresas). Para participar, basta solicitar a sua Nota Fiscal Paulista sem CPF no ato de qualquer compra e doá-la para a ADEVA. Mas, para ajudar, as notas têm de ser cadastradas no sistema do site da Secretaria da Fazenda no máximo 20 dias depois da data da compra, senão perdem a validade. Colabore com a gente doando a sua. A ADEVA agradece!

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2 | Conviva | 62 |

Por Sidney Tobias de Souza [email protected]

Situada a 110 quilômetros de São Paulo e muito famosa pelas suas barragens, a cidade de Salesópolis abriga um dos maiores tesouros do estado de São Paulo. É lá, em meio à Mata Atlântica e à Serra do Mar, que está localizada a nascente do Rio Tietê, o rio mais importante de São Paulo.

Salesópolis é uma pequena cidade do Cinturão Verde paulista. Cidade histórica e estância turística pertinho da capital, e repleta de barragens, usinas, cachoeiras, muito verde e construções do século 18. Fiz uma das trilhas do parque com vegetação exuberante cheia de orquídeas e árvores que ultrapassam 25 metros de altura, mas não encontrei nem jaguatirica nem cachorro-do-mato, comuns na fauna local. Depois de matar a sede numa fonte com água cristalina do Rio Tietê (!), decidi conhecer uma das belas cachoeiras salesopolenses. As sugeridas são a do Ponto, a da

Porteira Preta, a dos Donatos e a do Tobogã.Para o meu banho escolhi a cachoeira da Porteira

Preta. A queda não é grande, mas é volumosa, formando uma piscina natural muito boa para as crianças brincarem. Já a Cachoeira do Tobogã fica num parque onde está localizada a histórica usina da Light, construída em 1912 e com 73 metros de altura.

Outra opção é a cachoeira localizada no Parque dos Donatos, sede do casarão que dá nome ao parque e à queda d’água. Aberta para visitação e cercada por pés de café, a construção colonial remete aos tempos áureos do café.

Após o meu banho de cachoeira, fui conhecer a Senzala, uma construção do século 18 feita de taipa de pilão e pau a pique. No passado, escravos eram comercializados ali. Hoje o visitante pode comprar além de artesanato, doces e compotas. Eu provei – e aprovei – uma saborosa geleia de

cambuci, fruta muito comum na região. Outro ponto de compras é o Espaço Cultural Dita Parente, um mercado que, apesar de ter sido restaurado, teve sua arquitetura original preservada.

Quando bateu a fome, parei para almoçar no Nhá Luz, um restaurante de beira de estrada com comidinha caipira feita no fogão a lenha – uma delícia! E sabe aquela preguiça que dá quando se está de barriga cheia? Pois bem, no fundo do restaurante há um espaço com redes, muito apropriado para os adeptos da sesta.

Já para os que curtem tirar belas fotos, as opções são o Mirante da Torre, com vista para toda a cidade, e a Barragem de Ponte Nova, com vista panorâmica da região.

Enfim, Salesópolis é uma ótima opção para um passeio de um dia.

“Berço” do Rio Tietê, Salesópolis é ótima dica de passeio

Cidade oferece trilhas, cachoeiras e muito verde a apenas 110 km de São Paulo

Como chegarDe carro: pela Rodovia Ayrton Senna (SP-70) e Rodovia Prof. Alfredo Rolim de Moura (SP-88). De ônibus: não há ônibus de São Paulo para Salesópolis; o trajeto se faz via Mogi das Cruzes, com saída da rodoviária do Tietê (es-tação Tietê do Metrô - linha 1-Azul). De trem: seguir da estação Brás até a estação Mogi das Cruzes da CPTM (pe-núltima estação da linha 11-Coral).

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Bom humor e disposição a serviço da ADEVA

Faz-tudo, guardiã do banco de dados e psicóloga; conheça a querida Maria de Lourdes

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Por Lúcia Nascimento [email protected]

Quem conversa com Maria de Lourdes de Lima Claro, 66, tem a impressão de que a conhece há muito tempo. Comunicativa e de jeito simples, Lourdes faz com que muitas pessoas se sintam à vontade ao seu lado. “Eu tenho muita facilidade em me relacionar com as pessoas; gosto de gente e de bater papo”, declara esta psicóloga que, desde 2005, é voluntária na ADEVA.

Lourdes conheceu a ADEVA por meio do colega Carlos Norberto, diretor da entidade, com quem trabalhou na Companhia Energética de São Paulo (Cesp). “O Carlos e eu fazíamos ginástica num clube de aposentados da Cesp no Paraíso. Numa conversa, ele me contou que era voluntário, me explicou o que era a entidade e disse que a Sandra [Maciel, vice-presidente da ADEVA] estava precisando de uma pessoa para ajudar na organização dos cursos”, conta.

Lourdes conhecia o Markiano (presidente da ADEVA) e a Sandra, mas não era amiga deles ainda – decidiu enfrentar o desafio.

Depois do “batismo de fogo”, Lourdes passou a dedicar, a partir de 2006, duas tardes da semana à ADEVA e, assim, começou a ampliar os seus serviços na entidade. “Como já conhecia melhor o Markiano, comecei a trabalhar com ele na parte administrativa: atendia telefone, fazia arquivos, lia documentos”, recorda.

Ela também foi ganhando a amizade e a confiança de outros funcionários, como o coordenador de Informática Carlos Batista, que a chamou para auxiliá-lo na organização do banco de dados da ADEVA. “A Sandra organiza as turmas, mas quem entrevista os alunos e passa todas as informações para o computador sou eu”, explica.

Pró-ativa, Lourdes afirma que encara qualquer serviço na ADEVA. “Faço faxina, arrumo os armários, carrego móveis, ajudo na gráfica, organizo as festas. Mas a minha maior responsabilidade é cuidar do banco de dados.”

Infância em SantosLourdes nasceu em São Paulo, mas passou a infância

em Santos, ao lado dos pais e da irmã, Maria Aparecida. Esse período na Baixada Santista despertou nela a paixão pelo Santos Futebol Clube. “Lembro que via o Pelé pegar ônibus!” Lourdes morou na cidade praiana, onde cursou o ginásio e o magistério, até os 17 anos. Depois, voltou para São Paulo e se especializou em Educação Infantil na Escola Estadual Caetano de Campos. Seu primeiro emprego, como professora primária, foi numa escola estadual no Largo de São Francisco, aos 19 anos.

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Signo: Touro.Uma cor: Azul.

Hobby: ler e ir ao cinema.Um filme: todos, menos drama e aventura.Um livro: “Os Homens que Não Amavam

As Mulheres”, “A Menina que Brincava com Fogo” e “A Rainha do Castelo de Ar”, títu-

los em português da Trilogia Millennium, do escritor sueco Stieg Larsson (1954-2004).Estilo de música: clássica e samba-canção.Músicas preferidas: “My Way”, com Frank

Sinatra, e “Yesterday”, dos Beatles.Uma cantora: Maria Bethânia.

Cantor: Frank Sinatra.Sobre a deficiência:

Uma condição para ser vencida.Religião: Católica.

Deus: Um amigo ao qual eu pos-so recorrer quando preciso.

Amigos: Atualmente, as pessoas mais importantes da minha vida.

Amor: É o que eu gostaria que todos tives-sem, porque assim tudo seria bem melhor.

Esporte preferido: todos.Time do coração: Santos.

Família: Tudo de bom.Um sonho: Uma vida com paz e sossego.

O que fazer para viver melhor? Procurar se colocar um pouco no lugar dos outros.

Uma frase: O meu pai sempre dizia: “Você não é mais do que ninguém, mas também não é menos”.

Jogo rápido com Maria de Lourdes

Ela também trabalhou por dois anos na equipe do Serviço de Assistência ao Escolar da Prefeitura de São Paulo, época em que estudava psicologia na PUC. “Nós visitávamos todas as escolas do município. O médico examinava as crianças, a educadora orientava os pais quanto à alimentação e eu, como estudante, anotava todo o histórico de saúde dos alunos e os encaminhava para os exames necessários”, recorda.

Uma vez formada, foi trabalhar no departamento de Recursos Humanos da antiga Telesp (atual Vivo/Telefônica), onde ficou por três anos, e, posteriormente, na Cesp, onde se aposentou.

Quanto à sua experiência na ADEVA, diz que aprendeu que não se deve ter piedade dos deficientes visuais, mas sim dar oportunidades para que eles desenvolvam suas atividades pessoais e profissionais. “Limites não existem. Dentro do que podemos fazer, nós é que colocamos os nossos limites. Se eu já pensava assim antes, isso foi reafirmado na ADEVA.”

RELATÓRIO DA DIRETORIAATIVO 2012Ativos 564.284,25Ativo Circulante 312.341,49Caixa e Bancos 28.787,55Aplic.Liquidez Imediata 283.553,94Ativo Permanente 251.942,76PASSIVO+PATRIM.SOCIAL 2012Passivo+Patrim.Social 564.284,25Patrimônio Social 564.284,25Nota Explicativa: A ADEVA – Associação de Deficientes Visuais e Amigos possui folga financeira através da demonstração do resultado patrimonial a fim de resgatar os seus compromissos, sem ter necessidade de recorrer a empréstimos ou desmobilizações de capitais fixos. Markiano Charan Filho (Presidente) - Maria das Graças Gallego Telles Ferri TC.CRC.1SP110251/O

RECEITA 481.287,11Hospital Sta. Catarina 42.000,00Doação CESP 78.945,00Doações Diversas 135.092,23Doações – Seads 29.999,82Parceria Mondial 41.472,00Parceria Drogaria São Paulo 20.060,00ParceriaSert 48.600,00ParceriaVia Rápida (Secret. Desen.Econ. C.)

63.500,00

Mensalidades/Anuidades 10.997,03Receitas Financeiras 10.621,03DESPESA 512.209,37Despesas Administrativas 48.990,12Despesas Financeira 308,56Despesas Bancárias 1.392,71Despesas - Assistência Social 249.450,43Despesas Hospital. Sta. Catarina - Assistência Social

42.000,00

Despesas Projeto Sert 48.352,14Despesas Via Rápida (Secret. Desen. Econ. C.)

63.500,00

Impostos Taxas e Contribuições 141,14Depreciação e Amortização 58.074,27Superavit/Deficit líquido (30.922,26)

Demonstração das Origens de aplicação de recursos em 31 de dezembro de 2012 em reais

Origens dos Recursos (30.922,26)Superavit/Deficit do Exercício (30.922,26)Aplicações dos Recursos (30.922,26)Saldo Disp.Assembléia (30.922,26)ATIVO No início do Exercício 595.206,51No final do Exercício 564.284,25PASSIVO+PATRIM.SOCIALNo início do Exercício 595.206,51No final do Exercício 564.284,25

BALANÇOS PATRIMONIAIS ADEVAASSOCIAÇÃO DE DEFICIENTES VISUAIS E AMIGOS

CNPJ – 50.599.638/0001-6931 de dezembro de 2012 em reais

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Cine Sabesp para todosCom direito a sorteio de um iPhone da Apple e bate-papo com os atores, a Sabesp, em parceria com

a ADEVA, realizou no dia 28 de janeiro uma sessão de cinema com audiodescrição do filme “Colegas”.Grande vencedor do Festival de Gramado de 2012, o longa narra a aventura de três amigos com

síndrome de Down, Stalone, Aninha e Márcio, que fogem da instituição onde vivem em busca de aventura e liberdade. Stalone (Ariel Goldenberg) quer ver o mar, Aninha (Rita Pokk) quer casar e Márcio (Breno Viola), voar. Eleito o melhor filme brasileiro pelo público da Mostra de Cinema de São Paulo, o longa de Marcelo Galvão joga luz sobre um assunto pouco abordado nas salas de cinema: as pessoas com deficiência.

Terminada a exibição, os atores Ariel Goldenberg e Rita Pokk, presentes no evento, foram aplaudidos por todos e responderam as perguntas da plateia. Também presente à sessão, a deputada Mara Gabrilli, conhecida por sua luta em favor das pessoas com deficiência, ficou emocionada e parabenizou o trabalho da Sabesp. “Pude perceber que esse evento uniu cultura e lazer, trazendo cidadania e respeito para todo esse público.” Para o presidente da ADEVA, Markiano Charan Filho, a iniciativa “é uma oportunidade que [nós, deficientes visuais] temos de ficar antenados com o que o cinema produz hoje”.

Com entrada franca, a sessão no Cine Sabesp, em São Paulo dá continuidade ao “Cinema Inclusivo”, projeto iniciado em dezembro como parte da programação da Virada Inclusiva, em comemoração ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Na ocasião, a ADEVA e a Sabesp patrocinaram a exibição do filme “Onde Está a Felicidade?”, comédia de Carlos Alberto Riccelli com Bruna Lombardi e Bruno Garcia.

ADEVA celebra 10 anos de

inclusão digitalNo dia 13 de dezembro, data em que se comemora o

Dia Nacional do Deficiente Visual, uma cerimônia com a presença do governador Geraldo Alckmin marcou os dez anos do posto do AcessaSP da ADEVA.

Importante polo de inclusão digital, o espaço, destinado exclusivamente a pessoas com deficiência visual, oferece

cursos de capacitação que ensinam os usuários a navegar na internet e utilizar os softwares de acessibi-lidade ao computador. O trabalho na ADEVA facilita também a inserção das pessoas com deficiência visual no mercado de trabalho.

Alckmin esteve presente também na inauguração do posto, em 2002, e se diz honrado e feliz com os resultados alcançados ao longo desses dez anos. “O posto é um exemplo de inclusão social através da informática. A parceria da ADEVA e o AcessaSP pode trazer grandes realizações, através da acessibilidade, para todo o estado de São Paulo.”

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V CARNADEVAComo todo mundo sabe, fevereiro é mês de vestir

a fantasia e colocar o bloco na rua. De norte a sul do país, milhões de foliões e folionas pulam o Carnaval, seja em bailes fechados, seja na rua, e, na ADEVA, não poderia ser diferente. No dia 2 de fevereiro, um sábado, aconteceu o V CARNADEVA, baile pré-carnavalesco da ADEVA, com o seu já tradicional concurso de fantasias.

Nossos alunos e associados, colaboradores e convidados divertiram-se de montão ao som de muito axé e das famosas marchinhas de carnaval, com direito à participaçao ao vivo de Rosangela Trovatto. Confira nas fotos:

ADEVA e Sesi se unem em prol dos deficientes visuais

Parceria visa dar oportunidade de ensino a adultos não-alfabetizados

A ADEVA e o Sesi firmaram no ano passado uma parceria com o objetivo de oferecer cursos de ensino fundamental e ensino médio para adultos com deficiência visual. Faz parte também do projeto o Programa de Alfabetização Intensiva (PAI), para aqueles que não tiveram a oportunidade de aprender o braile.

“Essa parceria foi uma solicitação da ADEVA, mas já havíamos feito uma igual com o Senai em 2004”, diz Markiano Charan Filho, presidente da entidade. “Quando fomos renová-la, o programa já tinha passado para o Sesi.” Segundo o diretor de educação do Sesi, Fernando Antônio Carvalho de Souza, a ideia começou a tomar forma há cerca de um ano e meio, quando Walter Vicione Gonçalves, superintendente do Sesi e interessado no projeto, o apresentou ao Markiano.

Segundo o professor, o método de ensino do Sesi, chamado de Novo Telecurso, é totalmente focado no adulto. “A metodologia tem os livros próprios para adultos, que trabalham com os significados de tudo o que eles aprendem e transferem para as suas vidas, como filosofia, sociologia, música, teatro, sexualidade, segurança alimentar, educação para o trabalho, cidadania, entre outros”, explica.

Os cursos de alfabetização em braile, ensino fundamental e ensino médio estão sendo ministrados desde o dia 22 de outubro pelos professores João Benedito Gonçalves Camargo, Alexsandra Maria dos Santos Meneses e Helena Kawata Sassaqui. “Essa é uma parceria muito importante para a ADEVA, pois valoriza a escolaridade do deficiente visual, o que facilita a sua inserção no mercado de trabalho”, ressalta Markiano. Ao todo, 24 alunos estão sendo beneficiados. (LN)

Sobre o SesiCriado em 1º de julho de 1946, o Serviço Social da Indústria

(Sesi) é uma instituição aliada das empresas no esforço para melhorar a qualidade da educação e elevar a escolaridade dos brasileiros. Também ajuda a criar ambientes de trabalho seguros e saudáveis e a aumentar a qualidade de vida do trabalhador.M

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Por Lúcia Nascimento [email protected]

“É importante nos conscienti-zarmos quanto ao nosso papel na luta pelos nossos direitos e termos a clareza de que somos protago-nistas nesse processo.” Com esse pensamento é que o professor univer-sitário, administrador de empresas e militante político Carlos Eduardo Ferrari, 36, viaja por todo o país ministrando palestras e cursos, organizando debates, propondo ideias e buscando soluções para os principais problemas das pessoas com deficiência visual.

“Minha vida profissional é uma mescla de quatro elementos: a minha função de educador, empreendedor, a questão política e a última, que eu gosto muito, que é a de escrever”, afirma esse corintiano de São Bernardo do Campo.

Cego desde os sete anos devido a um glaucoma congênito, Ferrari é formado em administração de empresas com pós-graduação em marketing pela Fundação Cásper Líbero e mestrado em administração. Professor no Centro Universitário Ítalo-Brasileiro, tem uma empresa, a Supera, por meio da qual ministra pequenos cursos nas áreas de políticas públicas de assistência social e gestão do terceiro setor.

Totalmente ligado a movimentos de inclusão e cidadania, assina ainda duas colunas de jornal: “Interação”, no Diário do Grande ABC, e “Inclusão e Cidadania”, no Jornais de Bairros Associados. “Escrevo sobre tudo aquilo que permeia a questão das relações e o que pode afetar a inclusão e a respon-sabilidade social.”

Militância políticaNa sua infância, no final dos anos

70 e início dos 80, Ferrari lembra que não havia políticas públicas voltadas para os deficientes. “Meu pai e outros metalúrgicos da Volkswagem participaram da criação do que viria ser a Avape [Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência]. Ali começava a minha ligação com os movimentos sociativistas”, conta.

Com a mudança de rumo da associação, porém, Ferrari se afastou da Avape, só retornando à militância mais tarde, aos 18 anos, quando passou a conviver mais com outros cegos no Centro de Emancipação Social e Esportiva de Cegos (Cesec), na Vila Prudente, do qual já foi presidente. “A partir dali, foi uma caminhada sem

volta. Fui contratado como diretor administrativo da Associação Brasileira de Desportos para Cegos [ABDC, atual CBDC], e a minha vida profissional foi tomando um rumo bem interessante”, relembra.

Ex-presidente do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), vice-presidente da Federação Nacional das AVAPEs e consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Ferrari também foi eleito em julho de 2012 secretário-geral da Organização Nacional de Cegos no Brasil (ONCB).

Os seus ideais políticos também podem ser conferidos no livro “Visões”, lançado há um ano pela Editora Scortecci. “É um conjunto de crônicas em que conto um pouco da minha história e falo dos meus ‘olhares’

sobre a inclusão”, explica. O áudio do livro pode ser baixado gratuitamente no site www.blogdoferrari.com.br.

No fim da entrevista concedida ao CONVIVA, Ferrari ressalta a importância dos movimentos sociais e da participação dos deficientes visuais: “As evoluções que foram feitas ao longo da nossa história, como acesso aos concursos públicos e a livros em braile, é porque muitos lutaram e acreditaram. Os cegos e as pessoas com baixa visão, portanto, precisam entender que a participação política e a cidadania não são deveres, mas sim direitos que existem para serem exercidos”.

Na linha de frente pelos direitos das pessoas com deficiência

Idealista e mestre em administração, Carlos Ferrari não deixa a peteca cair

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Pedalar é o que interessa, o resto não tem pressaCiclofaixas e bicicletários convidam o paulistano a deixar o carro em casa e sair pedalando

São Paulo vai ganhar centro paraolímpico de nível mundial

No dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciaram a construção do Centro Paraolímpico Brasileiro, no Parque Fontes do Ipiranga (mais conhecido como Parque do Estado), na capital paulista.

O centro, que terá 94 mil metros quadrados, será o quarto do gênero no mundo e terá como meta a preparação dos

atletas que representarão o Brasil nos Jogos Paraolímpicos do Rio, em 2016.

O novo espaço contará com sete ambientes, além de centro aquático, piscina olímpica e semiolímpica, academia para apoio, condicionamento físico e pista de treinamento. A primeira etapa do projeto tem previsão de início de licitação em maio deste ano, e a segunda está prevista para novembro.

Por Ivan de Oliveira [email protected]

Nesta edição do CONVIVA, vamos abordar uma prática esportiva muito em voga atualmente em São Paulo: o ciclismo. Com uma área de aproxi-madamente 8 mil km2 e um trânsito caótico, a capital paulista não é uma cidade fácil de se percorrer com uma bicicleta, mas algumas iniciativas lançadas pelo poder público e a iniciativa privada nos últimos anos vêm incentivando o paulistano a deixar o carro em casa e fazer mais uso da bicicleta no seu dia a dia.

Como exemplos bem-sucedidos dessa nova tendência, podemos citar o Movimento Conviva, da Bradesco Seguros, e o Bike Sampa. O primeiro visa incentivar a convivência harmoniosa de motoristas, ciclistas e pedestres por meio de uma ciclofaixa de lazer que corta a cidade aos domingos, entre muitas outras iniciativas nesse sentido. Já o segundo, um projeto de sustentabilidade da Prefeitura de São Paulo em parceria com o Itaú e as empresas Serttel/Samba, disponibiliza bicicletas customizadas em pontos estratégicos da cidade para

facilitar o deslocamento das pessoas em percursos curtos. Com isso, o projeto visa introduzir a bicicleta como modelo de transporte público saudável e não poluente.

Na Grande São Paulo, há também diversos parques que possuem bicicle-tários e disponibilizam bikes para locação aos visitantes. Nesses parques, como o Ibirapuera e o Bosque Maia (em Guarulhos), há também bicicletas do tipo Tandem, que possibilitam aos deficientes visuais a realização de passeios com acompanhante; em algumas praias do litoral, há modelos com até dez assentos, em que todos pedalam e um guia vai à frente descrevendo o percurso.

Outra dica para os amantes das magrelas é o Clube dos Amigos da Bike (CAB), que há 15 anos vem organizando eventos com bicicletas e visa incentivar o ciclismo e o uso da bicicleta como meio de transporte. No site www.cab.com.br, é possível se associar ao clube (anuidade de R$ 250) e também ficar por

dentro das várias atividades do grupo, como a famosa pedalada noturna semanal.

Bem-estar e saúdeSão muitos os benefícios que a

prática do ciclismo pode proporcionar: aumento da capacidade aeróbica; melhora no condicionamento físico; redução do colesterol; melhora o funcio-namento intestinal; ajuda a estabilizar a pressão arterial; favorece o controle da obesidade, além de fortalecer a musculatura dos membros inferiores. Mas sempre é bom lembrar para os “atletas de fim de semana” que, para evitar futuras lesões, deve-se iniciar a prática de forma leve e ir aumentando o nível de dificuldade progressivamente. Além dos benefícios à saúde, o meio ambiente e o trânsito de São Paulo agradecem.

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Por Laercio Sant’Anna [email protected]

Provavelmente, no último Natal, muita gente ganhou do Papai Noel, ou se deu de presente, um computador novo. Logo, é hora de dar um sumiço naquele trambolhão que, a partir da chegada da máquina nova, se transformou num estorvo. Na maioria das vezes, ele é doado para algum conhecido que não tem condições de comprar um, ou mesmo para alguma ONG.

O problema é que nem sempre os cuidados com a destruição dos dados confidenciais são feitos do modo correto. Apagar as pastas de fotos, vídeos, dados bancários e confidenciais que você jamais gostaria que se tornassem públicos nem de longe é a solução para garantir que alguém não tenha acesso a todos os dados do seu disco rígido (hard disk, em inglês, ou HD).

Grosso modo, o HD é dividido em duas partes: índice (contém uma referência ao local do disco onde o

arquivo está gravado) e área de armaze-namento. Quando decidimos apagar algum dado, o sistema operacional simplesmente “quebra” o vínculo entre o índice e o referido arquivo. Desse modo, mesmo não podendo mais ser acessado, o velho arquivo estará lá, e é passível de ser recuperado se alguém conseguir recriar a “ponte” entre ele e o índice.

Obviamente, essa tarefa não é para qualquer um. Recuperar dados apagados requer conhecimento e programas desenvolvidos para esse fim. Mas como não se sabe aonde o computador irá parar, me parece prudente tomar algumas precauções a mais, princi-palmente se o computador contém dados confidenciais e de empresas.

Para garantir que ninguém consiga recuperar seus dados, o ideal é formatar o HD. O problema de fazer isso é que, na maioria das vezes, você já não tem mais os CDs de instalação, dificultando esse trabalho, e com um computador novinho para explorar, duvido muito que

tenha disposição de ficar garimpando na internet tudo que precisa para colocar o computador velho funcionando adequa-damente para seu futuro dono. Por isso, se puder doá-lo a alguma pessoa de confiança, basta apagar os conteúdos pessoais e depois limpar a lixeira para ficar tranquilo.

Agora, se você não sabe com quem ficará o seu computador e nele existem dados importantes e sigilosos, serão necessárias medidas mais drásticas. Na internet há vários programas que gravam dados ininteligíveis no HD. Eles prometem que, após sua execução, ninguém conseguirá localizar seus arquivos. Normalmente, esses programas permitem que você deixe o sistema operacional e outros arquivos no disco, se desejar. Eles podem ser configurados para sobrescrever apenas as áreas desocupadas. Como o software grava no disco várias vezes, o processo pode ser lento, logo, convém executá-lo à noite.

Adeus PC velho, feliz notebook novoComo passar o antigo computador para a frente sem medo de ter seus dados violados

10 | Conviva | 62 |

Lucia Maria é jornalista, audiodescritora e autora do blog Outros olhares (http://outrosolhares.blog.terra.com.br).

Não seja um

Sucesso na web, o Canal do Otário traz vídeos estrelados por um personagem fictício que usa um saco de papel na cabeça e se chama Otário, mas que não tem nada de bobo. “Sou o pior pesadelo de empresas, pessoas e serviços que promovem propaganda enganosa.” Vale um curtir.

http://www.canaldootario.com.br/

Informar-se é preciso

O The Browser (o navegador, em inglês) traz uma seleção di-ária dos melhores textos publicados na internet. Os temas são os mais variados, de arte e literatura a geopolítica, passando por negócios, estilo de vida e ciência e tecnologia. Como diz o site, escritos que valem a pena ser lidos.

thebrowser.com

Vejo você no futuro

Já pensou escrever uma mensagem para você ler no futuro? Pois é exatamente isso que o site FutureMe oferece (em inglês). Com um visual bastante simples, semelhante a um e-mail em branco, ele só pede que o remetente confirme o seu endereço eletrônico antes de despachar a mensagem pelo tempo.

http://www.futureme.org/

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OrigamiA Isabel lembra que foi visitar a avó na casa nova,

em um sítio no interior de São Paulo, quando tinha

14 anos. Totalmente urbana, até então só conhecia

lugares bacanas de praia e montanha, que adorava.

Estranhou tudo: a simplicidade, a quantidade de mato,

o silêncio, os insetos e os bichos e, principalmente, o

João, garoto cego que morava lá.

Ele era filho do caseiro, tinha sua idade e, passados

alguns dias, ria a cada grito que ela dava: “Essa menina é

uma tonta, tem medo de borboleta, mariposa e abelha!”

Ela também passou a implicar com ele: “Tonto é você,

caipira que nunca saiu desse sítio, o que é que você

sabe do mundo?” Ele nem ligava e, sempre alegre e

curioso, fazia um monte de perguntas sobre a vida na

cidade grande: “Como é prédio? E televisão? Você vai

pra escola de carro?”

Foram ficando amigos. Com ele, a Isabel aprendeu

a pescar, nadar no rio, subir em árvore, andar no mato

e, aos 16 anos, em um fim de tarde de céu vermelho e

laranja, a beijar. Conta que foi mágico mas, boba que

era, saiu correndo e sumiu um tempão da casa da avó.

O João mandou pra ela um origami. “E como é que

naquele fim de mundo ele aprendeu a fazer isso?”, pensou

surpresa enquanto segurava a delicada dobradura azul.

Dentro do envelope, também tinha um bilhete ditado

para a avó que dizia: “Este é o Tsuru, ave sagrada no

Japão. Quem dobrar mil deles e a cada vez fizer um

desejo, vai ser atendido. Volta, Isabel”. Ela pendurou o

origami por um fio no teto e dormia toda noite olhando

para ele.

Voltou um ano depois. “Meu desejo foi atendido”,

o João disse assim que ela chegou. O feriado inteiro

namorando dentro do rio, e a Isabel guarda o Tsuru

dentro de uma caixinha até hoje, trinta anos depois.

Não viu mais o João, mas lembra com saudade que,

em uma daquelas noites, perguntou se ele havia feito

os mil origamis. Sorrindo e abraçado a ela, respondeu

baixinho: “Trezentos, só. Eu sabia que você ia voltar”.

SHUT

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11| Conviva | 62 |

Por Lothar Antenor Bazanella

Um dedo de trova

É na tarde que desmaia,é numa canção dolenteque a saudade se atocaiapara apunhalar a gente. Lourdes Strozzi

Deus de amor, eu vos suplico:dai-me a glória deste dom:não de afirmar: “– Eu sou rico!”,mas de sentir: “– Eu sou bom!” Aparício Fernandes

Explica a cara quebradano hospital, enquanto espera:– Eu só disse ao camarada:“Se for homem, bate!” E era... Pedro Ornellas

ADEVA - Associação de Deficientes Visuais e Amigose-mail: [email protected] - site: www.adeva.org.br

Correspondência: rua São Samuel, 174, Vila Mariana, CEP 04120-030 - São Paulo (SP)

BalançoNada levo da vida, felizmente!Nada a vida me deu nem me tomou.Esse é o Balanço, resumidamente:Assim como cheguei, assim me vou...

Se é verdade que amei imensamente,Também é verdade que alguém me amou!Se passei pela vida, inutilmente,Inutilmente por mim, ela passou...

E ao fechar esse Balanço, noto agora,����������������� ���������nas contas de DEVE e HAVER...

Eu me credito uma saudade doce,De tudo aquilo que eu quis que fosse,De tudo aquilo que não pôde ser! Sebastião Nery

Livro: Aos Olhos de Um CegoSérgio Sá propõe aos que convivem com um deficiente vi-sual – e mais especialmente aos pais e educadores – uma abordagem sensorial do mundo, na qual cada sentido tem o seu papel e seu grau de importância para uma educação integral. São orientações para o dia a dia de quem vê ou de quem não vê, das quais ambos podem retirar boas lições de convivência. Sá Editora. 92 págs. R$ 25,90.

Cinema: ColegasStalone, Márcio e Aninha são apaixonados por cinema e trabalham na videoteca do instituto para pessoas com síndrome de Down onde vivem. Um dia, inspirados pelo filme “Thelma & Louise”, resolvem fu-gir no Karmann-Ghia do jardineiro em busca de três sonhos: Stalone quer ver o mar, Aninha quer casar e Márcio, voar. Durante a viagem, se envolvem em inúmeras aventuras. Comédia, 103 min. Estreia em 1º de março.

Passeio: Museu do FutebolSediado no Estádio do Pacaembu e 100% acessível, o Museu do Futebol oferece ao visitante um passeio único pela história do esporte bretão, com direito a saudação de boas-vindas do rei Pelé e muito mais. Já a exposição temporária “Será que foi, seu juiz?” apresenta de forma interativa a complexidade e as dificuldades da atuação do árbitro em campo. Praça Charles Miller, s/nº. De terça a domingo, das 9h às 17h (com permanência até as 18h). Grátis para pessoas com deficiência.

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