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Fundação de Ensino Superior de Olinda – Funeso União de Escolas de Superiores da Funeso- Unesf Curso de Bacharelado de Enfermagem-5º período-Manhã CIRURGIA UROLÓGICA

cirurgia urologica

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Fundação de Ensino Superior de Olinda – Funeso União de Escolas de Superiores da Funeso- Unesf Curso de Bacharelado de Enfermagem-5º período-Manhã. (1º semestre 2012)CIRURGIA UROLÓGICAMaria LimaCIRURGIA UROLÓGICAANATOMIAO sistema Urinário é formado por dois rins, dois ureteres,uma bexiga e uma uretra.FUNÇÕESRetirar do sangue alguns catabólitos e substâncias estranhas ao organismo, tais como uréia, creatinina e acido úrico. Manter o equilíbrio hídrico, salino, acido básico do sangue

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Fundação de Ensino Superior de Olinda – Funeso União de Escolas de Superiores da Funeso- Unesf

Curso de Bacharelado de Enfermagem-5º período-Manhã

CIRURGIA UROLÓGICA

Maria do Carmo de Lima Machado

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CIRURGIA UROLÓGICA

ANATOMIA

O sistema Urinário é formado por dois rins, dois ureteres,uma bexiga e uma uretra.

FUNÇÕES

Retirar do sangue alguns catabólitos e substâncias estranhas ao organismo, tais como uréia, creatinina e acido úrico.Manter o equilíbrio hídrico, salino, acido básico do sangue eliminando a substancias acidas ou básicas excedentes:Secretar os hormônios renina e eritropoietina.

A cirurgia urológica envolve procedimentos realizados nos rins, ureteres, bexiga, uretra e órgãos genitais masculinos. Os problemas a serem tratados podem ser congênitos ou adquiridos, é um tipo de cirurgia que vem evoluindo ao longo dos anos e grande parte já pode ser realizada atrás da videocirurgia,utilizando assim pequenos acessos cirúrgicos para introdução dos aparelhos.

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TIPOS DE CIRURGIAS UROLÓGICAS

Nefrectomia total, parcial ou Radical

Remoção de um rim. Realizada para tratar algumas anormalidades congênitas unilaterais e que são causadoras de obstrução renal ou hidronefrose, tumores e lesões graves.

Ureterostomia cutânea

Desvio da corrente urinária pela anastomose dos ureteres, a uma alça isolada do íleo, que é exteriorizada na parede abdominal como uma ileostomia. Realizada após cistectomia total ou radical e remoção da uretra.

Cistectomia

Excisão da bexiga e estruturas adjacentes; pode ser parcial para retirar uma lesão, ou total, para excisão de tumores malignos. Esta cirurgia envolve geralmente um procedimento adicional de ureterostomia.

Prostatectomia

É a remoção cirúrgica da glândula e sua cápsula; geralmente para tratamento de carcinoma ou porções anormais da próstata.

RTU de Bexiga- Ressecção Transuretral de bexiga

Videocirurgia destinada à retirada de tumores, na grande maioria das vezes malignos, da bexiga urinária.

RTU de Próstata (Ressecção Transuretral)

É a retirada, via uretral, da porção da próstata que bloqueia a uretra e o esvaziamento da urina pela bexiga.São retirados inúmeros fragmentos, sob visão direta com videocâmera, que serão posteriormente aspirados e enviados para exame anátomo-patológico.A hemostasia (coagulação de vasos sangrantes) é feita antes da introdução da sonda uretral com a qual o paciente permanecerá de 2 a 4 dias.Feita sob bloqueio anestésico

Uretrotomia e Uretroplastia

É a correção cirúrgica, respectivamente endoscópica e a céu aberto, das estenoses da uretra.

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Vasectomia

É a ligadura bilateral dos ductos deferentes que levam o esperma dos testículos às vesículas seminais, para a ejaculação. É um método anticoncepcional definitivo para o homem. A reversão da vasectomia é a recanalização cirúrgica dos ductos deferentes, com auxílio de microscópio, porque envolve o uso de fios de sutura finos como um fio de cabelo.

Nefrolitotomia percutânea( Nefrolitotripsia)

É a retirada, através da pele, sob visão direta com videocâmera, de cálculos renais, geralmente coraliformes (ocupam todas as câmeras do rim) ou que não foram fragmentados pela litotripsia extra-corpórea.

Realizada sob anestesia geral, utilizamos, além do vídeo cirúrgico, RX chamado fluoroscopia, onde podemos ver um RX dinâmico (com movimentos). Geralmente é implantado cateter ureteral duplo "J", que une o rim (pelve renal) à bexiga, por dentro do ureter, para que este não seja ocluso por fragmentos do cálculo.

LECO: Litotripsia Extra Corpórea

É o método terapêutico no qual cálculos urinários de rim, uretér ou bexiga são fragmentados por meio de ondas de choque. O procedimento em geral não requer hospitalização ou anestesia, é num período médio de três meses o cliente está livre do(s) cálculo(s). Apenas 5 a 10% dos cálculos não se fragmentam, devido à sua dureza (cistina), assim a taxa de sucesso é em torno de 90 a 95% dos casos. Em poucos casos, há permanência de calcificações incrustadas no tecido renal. O método, em muitos casos, permite que o indivíduo volte à suas atividades logo após a aplicação.Para a indicação da LECO é preciso determinar com exatidão a localização do(s) cálculo(s) no trato urinário e afastar a possibilidade de infecção urinária concomitante. A localização de cálculos radiopacos (que aparecem no RX) é relativamente fácil através de exames complementares mas, existem cálculos que são radiotransparentes (que não aparecem ao RX) como os de ácido úrico e de cistina. Desta forma, muitas vezes complementamos o exame de RX com uma ecografia (ultrassom).

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Ureterolitotripsia Transureteroscopica:

Cirurgia endoscópica sob anestesia geral para tratamento de cálculo ureteral. Através da própria via urinária, o endoscópio é introduzido no ureter. O cirurgião visualiza o cálculo através do endoscópio e realiza a fragmentação e eliminação simultânea do mesmo. Ao final é introduzido um cateter Duplo J que será retirado com aproximadamente 30 dias.

Pieloplastia

Cirurgia endoscópica sob anestesia geral para tratamento de estenose de junção pielo-ureteral. Através da própria via urinária, o endoscópio é introduzido no ureter até o nível da junção pielo-ureteral. O cirurgião visualiza a estenose e secciona com lâmina fria ou com corte elétrico. Ao final é introduzido um cateter Duplo J que será retirado com aproximadamente 60 dias.

Adrenalectomia

As adrenais ou supra-renais são glândulas que se encontram acima dos rins,elas são responsável pela síntese de alguns hormônios vitais para o organismo.As patologias adrenais de tratamento cirúrgico geralmente estão relacionadas ao crescimento da glândula ou aparecimento de massas adrenais. A situação cada vez mais encontrada na prática clínica é o aparecimento dos incidentalomas. São massas ou tumorações das supra-renais encontradas em exame de imagem

Nefrolitotripsia transnefroscópica

Cirurgia percutânea para retirada de cálculo renal.Cirurgia endoscópica sob anestesia geral para tratamento de cálculo renal superior a 02cm e para os cálculos resistentes à quebra por ondas de choque. Através de uma pequena incisão nas costas do paciente, o endoscópio é introduzido até o interior do rim. O cirurgião visualiza o cálculo através do endoscópio e realiza a fragmentação e aspiração simultânea do mesmo.

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Sling para incontinência urinária feminina

Cirurgia para correção de incontinência urinária feminina. Cirurgia sob raqui anestesia para tratamento de incontinência urinária feminina (perda involuntária de urina). Através de uma pequena incisão vaginal e duas mini-incisões laterais a vagina, é introduzida uma fita de prolene (material não absorvível) que irá garantir o controle da urina.

Transplantes Renais

É uma das opções de tratamento para o renal crônico e é considerada a mais completa alternativa de substituição da função renal. Enquanto o paciente está sob anestesia geral, é feita uma incisão no quadrante inferior direito do abdome. O rim do doador é transplantado para a pélvis inferior direita do receptor.

Pré-Operatório Trazer o estado metabólico do paciente ate um nível o ,ais próximo possível do normal, assegurando que o paciente está livre de infecção e preparado para a cirurgiaOrientar o paciente sobre higiene pulmonar pós operatória, opções de tratamento da dor,restrições da dieta,linhas intravenosas e arteriais , drenos e a deambulação precoce

Pós-Operatório Manter a homeostasia até que o rim transplantado esteja funcionando bemTerapia imunossupressoraAvaliar o paciente para rejeição do transplantePrevenir InfecçõesMonitorar função urinaria Abordar preocupações psicológicasMonitorar e tratar as complicações potenciaisPromover o cuidado domiciliar e comunitário ensinando ao uto cuidado aos pacientes

DIAGNÓSTICOS :

O diagnóstico das doenças que necessitam de intervenção cirúrgica são realizados através dos demais exames:

Cistografia Urografia excretora Arteriografia Renal Citoscopia Biópsia renal por agulha

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Intervenções de Enfermagem

A avaliação do paciente após cirurgias urológicas envolve :

Atenção ao balanço hidroeletrolítico. A monitorização contínua do débito urinário a cada hora, durante as primeiras 24 horas a

fim de proteger e preservar a função renal residual dos rins. Inicialmente, a urina apresenta-se sanguinolenta, tornando-se rósea e, a seguir, adquire sua cor normal. Quando está prevista a drenagem de grandes quantidades de fragmentos celulares e coágulos sanguíneos, recorre-se à irrigação contínua. Deve ser fechado, contínuo e estéril para reduzir o risco de infecção. O líquido de irrigação será isotônico, pois a água destilada pode provocar depleção dos eletrólitos ou intoxicação hídrica. Na irrigação intermitente utiliza-se solução isotônica em pequenas quantidades (60 a 100 ml), na contínua, o volume deve ser suficiente para manter o fluxo de drenagem da urina límpido ou ligeiramente rosado.

O enfermeiro avaliará frequentemente a permeabilidade do cateter, assegurando-se que esteja drenando.

Manterá registro preciso da ingesta oral, da administração endovenosa e dos débitos, anotando a quantidade infundida na irrigação. A solução de irrigação será subtraída dos registros de ingestão excreção, para evitar uma medida inexata da função renal do paciente e da retenção vesical.

Na presença de estoma, observar o tamanho, formato e cor. Uma cor parda ou cianótica pode indicar um suprimento sanguíneo insuficiente e início de necrose.

O enfermeiro permanecerá atento aos sinais de peritonite, pois o vazamento provoca entrada de urina na cavidade abdominal. O pH da urina será verificado, visto que, a urina alcalina irrita a pele e facilita a formação de cristais. A irritação pode resultar também de mudança excessiva da bolsa de drenagem.

Uma compressa de gaze ou tampão será colocada sobre o estoma durante a limpeza, para evitar que a urina flua sobre a pele.

O enfermeiro deve observar o volume, cor, odor e concentração urinários; e estar atento ao débito urinário, condições e permeabilidade do sistema de drenagem, bem como a presença de sedimentos na urina.

A ingesta líquida adequada é excepcionalmente importante para este paciente, no pós-operatório. Grandes quantidades de líquido são geralmente a regra; se o paciente pode tolerá-los por via oral, deve-se escolher esta via. É necessário trocar curativos sempre que for preciso, e utilizar barreira a fim de proteger a pele de escoriações causadas pela acidez da urina.

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PRÉ- OPERATÓRIO

Prestar os cuidados gerais Controle da diurese, atentando para: volume, coloração, hematuria,presença de cálculos ,piuria

e dor Observar sinais de infecção, desidratação (turgor da pele, condições da mucosa, pressão

arterial) e edema. Observar sinais de insuficiência renal Estimular a ingestão da dieta e restringir ou estimular ingestão de liquido de acordo com

prescrição medica Controlar o peso diariamente Proceder a tricotomia na região toraco-lombar,axilar,abdominal e perineal Orientar o paciente sobre a possibilidade, após prostactemia radical de impotência

sexual,incontinência ou retenção urinária Observar na terapia por estrógeno, edema, ginecomastia,problemas cardíacos Observar na terapia por corticóides a formação de edema, gastrite, face de cushing Na quimioterapia tópica, restringir a hidratação durante a instilação da droga pra evitar a

necessidade de urinar, ao termino, estimular a hidratação para aumentar a micção e lavar a bexiga.

PÓS OPERATÓRIO

Prestar assistência pós-operatório em geral, Prevenir o choque hemorrágico que a principal complicação através de:

-controle freqüente da PA-Observação de sangramento pela incisão operatória-Observação das características da urina e liquido drenado pelas sondas e estomas

Estar atento pra o íleo paralitico:-Observar distensão e dor abdominal-Evitar ingestão oral até que ocorra eliminação dos gases-Manter hidratação adequada por via EV ou VO-Estimular movimentação no leito e deambulação-Administrar os medicamentos prescritos-Aplicar lavagem intestinal ou passar sonda retal de acordo com a prescrição médica

Manter função respiratória adequada através de deambulação, mudança de decúbito, exercícios respiratórios, estimulação d tosse e expectoração

Certificar-se do funcionamento adequado dos tubos de drenagem Orientar o paciente a não deitar em cima da sonda ou extensão Fixar sonda de demora na cova, e no sexo masculino, no abdome Controlar diurese e no caso de Haber mais de uma sonda, medir separado o conteúdo de cada

coletor Observar aspecto do volume urinário e outros líquidos drenados Prestar assistência ao tratamento cirúrgico e especifico Pesar diariamente o paciente Fazer suspensório escrotal e aplicar bolsa de gelo nas primeiras horas para diminuir o edema Na postectomia, trocar o curativo com gaze vaselinada e envolver a glande

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brunner & Suddart, tratado de enfermagem médico cirúrgica /Suzanne C.Smeltzer,Brenda G.Bare e mais 50 colaboradores –Rio de Janeiro,Guanabara Koogan,2005, vol. 3, 10ªed.

www.uro-rs.com.br/cirurgiaurologica-convencional-e-videolaparoscopica