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ESCOLA SECUNDÁRIA C/3º CICLO DR. BERNARDINO MACHADO - CLC NG6-DR1 Construção e Arquitetura As Obras Maio 2011 António Manuel Leitão Pedrosa Aluno nº 4 do curso EFA de Informática 2010-2011

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ESCOLA SECUNDÁRIA C/3º CICLO DR.

BERNARDINO MACHADO

-

CLC NG6-DR1

Construção e Arquitetura

As Obras

Maio 2011

António Manuel Leitão Pedrosa

Aluno nº 4 do curso EFA de Informática 2010-2011

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Í ndice:

Introdução .............................................................................................. 2

Qualidade da construção, segurança e conforto .................................... 2

Sistemas de climatização a pensar no conforto e na poupança ............ 3

Questões frequentes ............................................................................... 3

Que autorizações deve obter para fazer obras em casa? ....................... 4

Quais as fases de um projeto de arquitetura? ....................................... 5

Programa Base........................................................................................ 5

Estudo Prévio ou Anteprojeto ................................................................ 5

Projeto Base ............................................................................................ 5

O que é um Caderno de Encargos? ........................................................ 6

Escolher um profissional para elaboração do projeto........................... 7

Áreas, cérceas e outros conceitos ........................................................... 7

Área Bruta de Construção ...................................................................... 7

Área de Implantação .............................................................................. 7

Cércea de um edifício ............................................................................. 7

Arquitetura de Portugal ......................................................................... 8

História ................................................................................................... 8

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Introdução

"Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma

habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e

conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade

familiar."

(Art.º 65 - Constituição da República Portuguesa)

Qualidade da construção, segurança e conforto

A engenharia civil é determinante na construção de uma

habitação ou de qualquer outra infraestrutura.

Nos dias de hoje, as principais preocupações da engenharia civil

prendem-se com a qualidade da construção, a segurança e o

conforto, procurando uma optimização da relação custo/qualidade.

Atualmente, as modernas tendências decorrem das

preocupações da disciplina; com novas tecnologias, novos materiais

de construção, novos métodos construtivos é possível integrar

condições técnicas que promovam maior eficiência energética nas

edificações. E este foi, talvez, um dos avanços mais significativos nos

últimos tempos...

Quanto à construção de raiz nota-se que, felizmente, começam

a aparecer empresas com preocupação na qualidade final dos seus

trabalhos. Contudo, trata-se ainda de um número de empresas

insuficiente, especialmente quando comparado com os parâmetros

de qualidade de outros países.

Mas, se cada vez mais os portugueses se preocupam com as

empresas que contratam e com a qualidade dos serviços que estas

prestam, também é verdade que continua a haver procura por uma

construção economicamente mais acessível em detrimento da

qualidade, o que dá lugar a uma mão-de-obra menos competente.

http ://www.jb.pt /download/hab itacao.pdf

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Sistemas de climatização a pensar no conforto e na

poupança

A maioria dos novos apartamentos ou moradias é já pensada e

construída com sistemas de climatização integrados.

Existem, noutros casos, apenas os sistemas de pré-instalação

que permitem que os novos proprietários escolham o sistema de

climatização mais adequado às suas necessidades ou preferências.

São vários os sistemas de climatização, atualmente ao dispor

no mercado e há cada vez mais novidades.

Além dos ditos “tradicionais” - como o aquecimento central, ar

condicionado, salamandras e recuperadores de calor - existem

outros, que se destacam, não só pela novidade mas também pela

versatilidade.

Deles citamos por exemplo os sistemas termodinâmicos.

Destes sistemas referimos por exemplo alguns componentes, tais

como pisos radiantes, painéis solares, lajes radiadoras, convectores

etc. O design inovador salta à vista, mas é principalmente o aspecto

prático, a utilidade e o conforto que fazem a diferença.

A maioria destes sistemas tem a vantagem de fornecer água

quente para torneiras e águas sanitárias, o que, para além de

proporcionar grande comodidade, auxilia na poupança com os

custos de energia.

Referimos no entanto que, para a rentabilização destes

sistemas, é vital que previamente se tenha tido em conta o

isolamento térmico mais conveniente ao tipo de construção.

http ://www.jb.pt /download/hab itacao.pdf

Questões frequentes

P – Qual o procedimento a adotar para a elaboração de um

projeto de Arquitetura?

R - Existem gabinetes de projeto, cuja atividade está

relacionada com a elaboração deste tipo de trabalhos.

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P - Que passos deve seguir para construir uma moradia, num

terreno que possui?

R - Se comprou um terreno e pretende construir uma casa

deverá seguir determinados passos para que o resultado seja

efetivamente "a casa dos seus sonhos".

1. Deveremos pedir propostas para execução de projetos

definindo alguns pormenores, tais como, as pessoas que vão

habitar a casa, a necessidade ou não de garagem e outras

informações importantes para o projeto. Os técnicos

apresentarão, sob a forma de ante projeto um esboço.

Após a apreciação desse documento e de acordada a forma

final do projeto deverá ser este elaborado por forma a poder

ser aprovado pela câmara.

2. Com o projeto aprovado faremos consultas de empreitada

para a construção.

3. Após a apreciação das propostas e ponderando a relação

preço/qualidade selecionamos o empreiteiro e requeremos

o licenciamento da obra com o alvará e seguro do

empreiteiro.

Com a adjudicação terá que haver o cuidado de que os

compromissos assumidos sejam constantes de documento

escrito e assinado por ambas as partes.

4. No final da obra deverá requerer à Câmara Municipal a

vistoria com vista à emissão da licença de utilização.

Nota: Se se trata de terreno agrícola, não esquecer que será

necessário registar a parte urbana nas finanças.

Que autorizações deve obter para fazer obras em

casa?

As obras de simples reparação e manutenção no interior dos

edifícios não estão sujeitas a licenciamento municipal.

Qualquer intervenção que se refira à substituição ou alteração

de elementos exteriores (fachadas, janelas, varandas, coberturas,…)

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ou na estrutura do edifício, já implica uma autorização municipal e

em alguns casos, projeto.

No caso de prédios em propriedade horizontal com vários

condóminos e em obras no exterior do edifício, além da aprovação

em assembleia de condóminos é necessária a aprovação e

licenciamento da câmara municipal.

Quais as fases de um projeto de arquitetura?

Programa Base

Nesta fase definem-se todos os pressupostos que terão que ser

considerados pelos projetistas; como o número de divisões, se se

pretende aquecimento, piscina, etc... Todos os detalhes que lhe

pareçam relevantes devem ser transmitidos nesta fase.

Estudo Prévio ou Anteprojeto

Trata-se da definição inicial da construção. Nesta fase,

normalmente, fica definida a implantação da casa no terreno, a

planta com a organização geral do espaço e a relação com a

envolvente através dos alçados.

Nesta fase o projetista poderá ainda elaborar uma maquete ou

outro tipo de desenhos e elementos que ajudem a explicitar a

proposta.

Projeto Base

Normalmente chama-se também a esta fase o

“Licenciamento”, pois uma vez que estejam definidas as principais

questões formais no Estudo Prévio, o projetista prepara as peças

desenhadas e escritas para entregar na Câmara Municipal, para o

licenciamento da construção.

Para além do Projeto de Arquitetura, nesta fase desenvolvem-

se também os Projetos de Especialidades.

Esta fase deverá incluir:

1. Projeto de Estabilidade

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2. Projeto de Águas e Esgotos

3. Projeto de Eletricidade ou Ficha Electrotécnica

4. Projeto de Gás

5. Projeto de Infraestruturas de Telecomunicações (ITED)

6. Projeto Acústico

7. Projeto Térmico

8. Plano de Segurança e Saúde

Deverá também incluir todos os serviços adicionais que pretenda

ter na sua casa:

1. Projeto de Ar Condicionado e/ou Aquecimento (opcional)

2. Aspiração Central (opcional)

3. Energias Renováveis (opcional)

O Projeto de Arquitetura compreende Memória Descritiva.

Nesta memória estão incluídas definições das normas de

construção, tipo de materiais e outras consideradas importantes

para o desenvolvimento do projeto e da obra.

Esta memória inclui também a estimativa de custo e Termo de

Responsabilidade.

O que é um Caderno de Encargos?

Um Caderno de Encargos é um documento legal, que faz parte

integrante de um projeto. Neste documento são definidos os

compromissos entre o empreiteiro e o dono de obra, tais como,

materiais a aplicar, pormenores específicos na construção, formas de

aplicação, acabamentos, esquema de pagamentos e outros relevantes

para a obtenção de um trabalho perfeito e dentro das normas e

regras do bem construir.

Com este documento pretende-se que não restem duvidas

tanto da parte do empreiteiro como do dono de obra no que respeita

aos compromissos e fins a atingir.

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Escolher um profissional para elaboração do projeto.

Se pretende construir de raiz ou remodelar um espaço contacte

gabinetes ou profissionais da especialidade. Estes contactos

permitir-lhe-ão a possibilidade da obtenção de propostas de

execução de um projeto, que terá que ter em conta as suas

necessidades, desejos, exigências legais e normativas em vigor.

Alguns conselhos que deverá seguir:

1. Pedido de propostas a vários profissionais para execução do

projeto com definição dos trabalhos incluídos e do prazo de

execução.

2. Se possível pedir histórico dos trabalhos realizados.

3. Saber se o técnico está habilitado tanto legal como

profissionalmente para o efeito.

4. Comparar tendo em conta a relação preço/qualidade, as

várias propostas.

5. Na altura da decisão final exigir compromisso escrito e

autenticado por ambas as partes.

Áreas, cérceas e outros conceitos

Área Bruta de Construção

É a superfície total da casa, medida pelo perímetro exterior das

paredes, ou pelo eixo das paredes de separação entre fogos, no caso

de habitação multifamiliar.

A área é medida em todos os pisos e somada. Inclui a área de

varandas e terraços cobertos.

Área de Implantação

É a área ocupada pelo edifício no solo. Não inclui varandas

nem palas, mas inclui anexos e alpendres cobertos.

Cércea de um edifício

É a altura da construção, medida na fachada, desde o solo até

ao beirado, ou à parte superior do murete no caso de coberturas

planas. No caso de o terreno ter inclinação em relação ao alçado

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principal, a altura deve ser medida a partir do ponto médio da

inclinação do terreno.

http://www.arquitectoportuga l.com/frequentes_content.html

Arquitetura de Portugal

História

A história da arquitetura portuguesa começa ainda na Idade do

Bronze quando as primeiras aldeias começam a surgir de forma

minimamente organizada, com casas, assembleias, balneários e

muralhas em seu redor. Nessa época apareceram os Lusitanos. Foi

depois, no séc. III, com a ocupação romana, que as primeiras

cidades começaram a crescer de forma organizada com inúmeros

edifícios públicos e estradas pavimentadas que melhoram as

comunicações em certas partes. Após a queda do Império Romano o

panorama artístico ficou quase esquecido. Apenas no séc. VIII, com

a invasão muçulmana a arte voltou a ser praticada de forma mais

organizada e uniforme. Mesquitas e palácios apareceram nas

principais vilas e cidades do país.

Contudo no séc. XII começou a reconquista. Transformaram-

se as mesquitas em igrejas, como se fez com a Mesquita de Mértola,

e de forma progressiva passou-se para o românico. As grandes

igrejas “pesadas” começaram a povoar o território até que o Gótico, e

depois o Manuelino as transformaram em edifícios mais esbeltos e

decorados. No séc. XVI, chega de Itália o Renascimento, que começa

a racionalizar todas as formas, e os edifícios ficam mais pragmáticos

em detrimento da sua decoração. De forma natural passa-se para o

Maneirismo que segue os passos da arquitetura Renascentista. A

Igreja de São Vicente de Fora é um dos melhores exemplos desse

tempo. Nesta época, e desde o Românico, a principal produção da

arquitetura eram as igrejas, e assim seria até ao Rococó. No Barroco,

séc. XVIII as igrejas e conventos tornam-se mais luxuosos e

ornamentados, exemplo disso é o Convento de Mafra. No início do

séc. XIX vêm influências de vários países europeus que culminam no

Neoclassicismo. Poucas décadas depois aparece, como reação, o

Romantismo. A Estação do Rossio ou o Palácio da Pena são obras

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Românticas. No final desse mesmo século, os engenheiros tomam

contam dos projetos com a arquitetura do ferro. O elevador de Santa

Justa é exemplo disso. A Arte Nova e a Art Déco tiveram pouco

expressão em Portugal.

Mais tarde, durante o Estado Novo, foi aplicada uma

arquitetura mais contida, mas sobretudo funcional. Com o fim da

ditadura, e abertura ao meio internacional, a arquitetura enriqueceu

o seu espólio tanto em quantidade como em qualidade. Na

atualidade destacam-se os arquitetos portugueses Álvaro Siza Vieira,

Eduardo Souto de Moura, Fernando Távora, Gonçalo Byrne entre

outros.

http://pt.Wikipedia.org/wiki/Arquitectura_de_Portugal