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1 Grupo de Comunicação e Marketing CLIPPING 04 de Fevereiro 2019 GRUPO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING

CLIPPING - Microsoft · Data: 01/02/2019 tribunal Tribunal de Contas cobra detalhes de ‘ações preventivas a desastres’ nas barragens de São Paulo Uma semana depois do estouro

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Grupo de Comunicação e Marketing

CLIPPING 04 de Fevereiro 2019

GRUPO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING

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Grupo de Comunicação e Marketing

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................. 3

Doria muda estilo e busca união ...................................................................................................... 3

Jornal da manhã entrevista o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado sobre barragens em

SP ............................................................................................................................................... 4

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE .............................................................. 5

Tribunal de Contas cobra detalhes de ‘ações preventivas a desastres’ nas barragens de São Paulo .......... 5

Barragens da região estão na lista de fiscalização prioritária ............................................................... 6

Mais de 80% das barragens de alto risco em SP não têm plano de emergência ..................................... 7

Segundo maior produtor ................................................................................................................ 9

Barragens de risco em SP não possuem plano de emergência e preocupam a população ...................... 10

Estado de São Paulo ganha quatro novas Reservas Particulares de Patrimônio Natural ......................... 12

TCE pede detalhes sobre barragens ao Governo de São Paulo ........................................................... 14

Governo dá até dezembro para vistoria barragem de Pirapora .......................................................... 15

Região tem barragem de baixo risco e experiência em monitoramento ............................................... 16

Prefeitura de Adamantina solicita prorrogação de prazo do aterro sanitário ......................................... 22

Prefeitura de Valinhos entrega primeira licença ambiental ................................................................ 23

Por dia, 60 milhões de litros de esgoto são despejados no Rio Tamanduateí ....................................... 24

VEÍCULOS DIVERSOS ............................................................................................................... 26

Editorial O Globo:Multas ambientais não podem ser ignoradas .......................................................... 26

Política e mineração de mãos dadas em Minas Gerais ...................................................................... 27

DANO AMBIENTAL AMEAÇA CENTENAS DE ESPÉCIES ....................................................................... 28

Desastres colocam em xeque modelo de mineração no Brasil ............................................................ 30

ONS eleva previsão de carga de energia; reduz previsão de chuvas em hidrelétricas ........................... 31

Naturgy prevê investimentos de R$ 283 milhões em 2019 e expansão de consumidores de gás nos próximos

cinco anos .................................................................................................................................. 32

Cteep troca o equipamento que levou a desligamento em São Paulo .................................................. 34

CPFL Santa Cruz coloca todos os consumidores de Jaguariúna com medidores inteligentes ................... 35

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................. 36

Painel ........................................................................................................................................ 36

Mônica Bergamo: STJ decide se espera prolongada em fila de banco pode gerar indenização ................ 38

ESTADÃO .................................................................................................................................. 40

Brumadinho, horror e responsabilidades ......................................................................................... 40

Política ambiental: o Brasil necessita de maturidade ........................................................................ 42

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................. 44

Acordo por Itaipu ameaça pesar de novo no consumidor .................................................................. 44

Ministro quer renegociar com Paraguai bases do tratado .................................................................. 46

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Grupo de Comunicação e Marketing

ENTREVISTAS Data: 04/02/2019

Veículo: O Estado de S. Paulo

Doria muda estilo e busca união

Sem roupa de gari ou bota de carpinteiro. O

figurino do governador João Doria (PSDB-SP)

inclui agora terno e gravata, seja em agendas

externas ou em compromissos no Palácio dos

Bandeirantes. Menos marketing e mais

despachos internos. O primeiro mês de governo

mostra uma nova face do empresário que há

dois anos virou prefeito da capital. O

autointitulado “gestor” assumiu o papel de

político que agora tenta se mostrar fiel a

acordos e protagonista em seu partido.

No seu segundo cargo público, Doria mudou

não só o estilo, mas também a estratégia.

Abandonou a postura mais agressiva que

marcou o período eleitoral até seu discurso de

posse, carregado de críticas à “velha política”.

Agora adotou um tom conciliador, pregando

respeito à história do partido que governa o

Estado há 24 anos.

No mês passado, Doria recebeu para almoços o

ex-governador Geraldo Alckmin, presidente

nacional da sigla, e o ex-presidente Fernando

Henrique Cardoso. No cardápio, o projeto de

eleger o ex-deputado federal Bruno Araújo (PE)

sucessor de Alckmin na eleição de maio e levar

o partido a uma guinada à direita, ou

“sintonizá-lo com os anseios da população”,

como tem dito.

Obter consenso para a escolha de Araújo foi

ainda tema de conversas com o ex-senador

Aloysio Nunes, que ganhou cargo no governo,

e outros tucanos que visitaram Doria em São

Paulo: Eduardo Leite e Yeda Crusius, atual e ex-

governadora do Rio Grande do Sul. Nos

próximos dias, o encontro será com Tasso

Jereissati (CE), que estuda se lançar candidato

ao comando da legenda tucana.

Aliados não escondem que no horizonte de

Doria está a sucessão presidencial em 2022,

tema sobre o qual ele diz não ser o momento

de discutir. Para isso, chamou sete ex-ministros

do governo de Michel Temer para seu

secretariado. Entre eles está o ex-prefeito da

capital Gilberto Kassab (PSD), que se licenciou

do cargo para se defender de acusações de

corrupção no âmbito da Lava Jato.

A manutenção de Kassab no governo ilustra a

nova fase de Doria. Ele não teria rifado Kassab

para passar um recado de credibilidade à classe

política. O sinal é considerado necessário

depois da disputa que travou com Alckmin pela

vaga de candidato ao Planalto.

Com tanto tempo dedicado à política, Doria

desacelerou o ritmo de ações de governo em

relação ao início de 2017. Com menos de um

mês de Prefeitura, ele havia criado 18

programas. Até agora no comando do Estado

foram três projetos, sendo o principal deles o

“SP Mais Seguro”, que amplia o número de

policiais nas ruas.

Publicamente, aliados afirmam que as

mudanças se dão pelo peso do cargo. “Ser

prefeito é como ser um síndico da cidade. É

preciso ficar atento sempre ao dia a dia. Já a

função de governador é diferente, é mais

macro. Mas isso não quer dizer que as

cobranças vão diminuir, pelo contrário”, diz o

secretário de Infraestrutura e Meio

Ambiente, Marcos Penido.

Para o prefeito tucano de São Bernardo do

Campo, Orlando Morando, Doria colocou roupa

de gari no início de sua gestão de prefeito para

dar exemplo. “Para o governo, as pessoas têm

outra expectativa. É metrô, segurança pública.

Problemas mais complexos”, completou. Doria

não quis comentar.

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,

doria-muda-estilo-e-busca-

uniao,70002706708

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Veículo: Rádio Jovem Pan

Data: 04/02/2019

Jornal da manhã entrevista o

secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado sobre barragens

em SP

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SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo1: O Estado de S. Paulo

Veículo2: Gazeta de SP

Data: 01/02/2019

Tribunal de Contas cobra detalhes de ‘ações preventivas a desastres’ nas barragens de São Paulo

Uma semana depois do estouro da barragem de

Brumadinho que chocou o mundo, o Tribunal de

Contas do Estado de São Paulo ligou o sinal de

alerta e determinou à Secretaria de

Infraestrutura e Meio Ambiente que encaminhe

informações sobre suas atividades de

fiscalização e um diagnóstico de todas as

barragens paulistas, principalmente daquelas

vinculadas a empresas mineradoras.

Em despacho publicado nesta sexta-feira, 1, no

Diário Oficial do Estado, o conselheiro Dimas

Ramalho, que relata as contas da secretaria no

Exercício de 2018, concedeu prazo de 15 dias

para que a Pasta encaminhe dados sobre as

atividades de licenciamento, fiscalização e

monitoramento das barragens que são de

competência estadual.

Dimas Ramalho pede detalhes sobre ‘ações

preventivas a desastres’ e um ‘relatório

indicando a situação em que se encontram’ as

barragens. O conselheiro afirma que a medida

busca avaliar as ações da pasta ‘no tocante à

prevenção de danos ao meio ambiente, de

danos materiais e à população’.

COM A PALAVRA, A SECRETARIA DE

INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE DO

ESTADO DE SÃO PAULO

Por meio de sua Assessoria de Imprensa, a

Secretaria informou.

“A Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente do Estado de São Paulo está à

disposição para prestar todos os

esclarecimentos solicitados pelo Tribunal de

Contas do Estado (TCE). Por determinação do

governador, a Pasta publicou em 28 de janeiro

a Resolução que determina a atualização das

informações sobre barragens e realizou a

primeira reunião de trabalho nesta semana.”

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-

macedo/tribunal-de-contas-cobra-detalhes-de-

acoes-preventivas-a-desastres-nas-barragens-

de-sao-paulo/ Voltar ao Sumário

https://www.gazetasp.com.br/estado/47647-

tribunal-de-contas-cobra-acoes-preventivas-a-

desastres-nas-barragens-de-sp

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Cruzeiro do Sul

Data: 02/02/2019

Barragens da região estão na lista de fiscalização prioritária

A definição foi feita na terça-feira (29) pelo

Conselho Ministerial de Supervisão de

Respostas a Desastre

Sete cidades da região estão na lista dos

municípios com barragens que terão

fiscalização prioritária, após a tragédia em

Brumadinho (MG). A definição foi feita na terça-

feira (29) pelo Conselho Ministerial de

Supervisão de Respostas a Desastre do

governo federal. São duas resoluções que

determinam a fiscalização imediata de

barragens de diferentes finalidades,

enquadradas como categoria de risco (CRI) —

alto — ou com dano potencial associado (DPA)

— alto.

Na região, serão fiscalizadas barragens

destinadas a três fins, sendo geração de

energia elétrica, para fins industriais e para

contenção de rejeitos de mineração. Em

Alumínio, a fiscalização ocorrerá na barragem

Sistema Palmital. Ela não tem classificada sua

situação de risco. O dano potencial associado,

em caso de um eventual rompimento, é alto. A

fiscalização é de responsabilidade da Cetesb.

A barragem de São Pedro, em Itu, também

aparece na lista. A categoria de risco é médio e

o dano potencial associado é alto. A exemplo da

São Pedro, a barragem da represa da

Itupararanga, em Votorantim, será fiscalizada

pela Agencia Nacional de Energia Elétrica

(Aneel). Nela, o risco é baixo e o dano potencial

associado também é alto.

Em Salto, com risco baixo e dano potencial

associado alto, a Aneel deverá fiscalizar a

barragem Porto Góes, Em Tapiraí, as barragens

Barra e Porto Rosa serão fiscalizadas também

pela Aneel. A situação se repete, com risco

baixo e dano potencial associado alto. É a

mesma condição da barragem Jurupará, em

Piedade, ou seja, com fiscalização da Aneel e

risco baixo e dano potencial associado alto.

Ainda na Região Metropolitana de Sorocaba,

com risco médio e dano potencial associado

alto, deverá ocorrer fiscalização da Agência

Nacional de Mineração (ANM), na barragem

Ouro Branco Oeste, em Salto de Pirapora.

Nas proximidades de Sorocaba haverá também

a fiscalização prioritária de uma barragem na

cidade de Ibiúna. A construção tem fins de

geração de energia elétrica.

As barragens relacionadas na lista e que serão

fiscalizadas são de propriedade da Companhia

Brasileira de Alumínio (CBA), Eletricidade São

Pedro Ltda., Empresa Metropolitana de Águas e

Energia S.A e Mineração Ouro Branco Santo de

Pirapora Ltda..

Conforme a Agência Nacional de Águas (ANA),

desde 2011, são consolidados os Relatórios de

Segurança de Barragens (RSB) a partir de

informações disponibilizadas pelos órgãos

responsáveis pela fiscalização de barragens.

Um total de 3.386 barragens serão vistoriadas

por seus respectivos órgãos fiscalizadores.

Deste universo, 824 estruturas estão sob a

responsabilidade de órgãos federais

fiscalizadores, sendo 91 delas da ANA, 528

ligadas à Aneel e 205 estão sob a

responsabilidade da ANM. Os demais

empreendimentos são de responsabilidade dos

Estados. No total, o Brasil tem 43 agentes

fiscalizadores.

Itupararanga será fiscalizada, mas apontada de

risco baixo

https://www.jornalcruzeiro.com.br/sorocaba/b

arragens-de-cidades-da-regiao-vao-ser-

fiscalizadas/

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Veículo: Radio CBN

Data: 02/02/2019

Mais de 80% das barragens de alto

risco em SP não têm plano de emergência

É o que mostra um levantamento exclusivo feito

pela CBN nos 61 municípios paulistas que têm

esse tipo de barragem. Isso quer dizer que, se

houver um rompimento como o da barragem de

Brumadinho, a população dessas cidades está

totalmente desprotegida.

POR GUILHERME BALZA

(Com colaboração de Bianca Vendramini, Izabela

Ares e Camila Olivo)

No estado mais rico da federação, São Paulo, as

barragens classificadas pelo governo federal com

alto potencial de dano enfrentam uma situação de

descaso. São barragens de hidrelétricas, de

mineradoras, represas e de rejeitos industriais

que estão próximas de áreas povoadas. Ou seja,

no caso de rompimento, é grande o risco de uma

catástrofe.

Em São Paulo, há 96 barragens com essa

classificação, que é feita pela Agência Nacional de

Águas. A lei que trata da politica nacional de

seguranças em barragens é clara: barragens

desse tipo precisam ter um Plano de Ação

Emergencial em caso de acidentes.

O plano é de responsabilidade da proprietária da

barragem, mas precisa ser disponibilizado às

prefeituras e às defesas civis dos municípios, que

vão atuar conjuntamente em caso de problema. O

plano tem que identificar situações de

emergência, definir procedimentos preventivos e

corretivos e criar um sistema de divulgação e

alerta para as comunidades vizinhas. Por

exemplo, sirenes, avisos sonoros e disparo de

mensagens por SMS.

As 96 barragens com alto potencial de dano estão

em 61 municípios diferentes. A reportagem da

CBN entrou em contato com todos eles. E o

resultado é que apenas DEZ têm o plano de ação

emergencial. Em SETE cidades não houve

resposta ou o responsável não foi localizado. Nas

44 restantes as prefeituras não têm qualquer

plano. As barragens pertencem a 31 proprietários

diferentes, como empresas privadas,

multinacionais e órgãos públicos.

O engenheiro geotécnico Mario Riccio, da

Universidade Federal do Rio, especialista em

segurança de barragens, afirma que os órgãos

fiscalizadores tinham que ser mais atuantes.

"Os planos são fundamentais. É como ter em um

prédio uma rota de fuga. Tem que ter um plano

de evacuação e um mapeamento das áreas

atingidas. A população precisa saber qual é a área

perigosa e para onde tem que ir [em caso de

rompimento]. Uma forma de cobrar é não

repassar verbas caso esses planos não sejam

enviados para a agência reguladora."

E aí as justificativas são muitas: várias prefeituras

dizem que não têm o plano porque a

responsabilidade é só da dona da barragem.

Outras afirmam que, após a tragédia de

Brumadinho, começaram a correr atrás do plano

e a cobrar as empresas, sendo que o mesmo

aconteceu três anos atrás em Mariana. Em São

João da Boa Vista, os representantes da prefeitura

nem sabiam que havia uma barragem na área do

município.

Uma das barragens sem plano pertence ao Grupo

Votorantim, no município de Alumínio. É um mar

vermelho de rejeitos industriais que nunca vai sair

dali e está a poucos metros da área urbana. Há

um inquérito no Ministério Público de São Paulo

investigando essa barragem.

Após o desastre de Brumadinho, o governo de São

Paulo criou um grupo de trabalho para fiscalizar

as barragens do estado. O secretário de

Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido,

admitiu que a comunicação com a população é o

principal problema.

"O que nós precisamos aprimorar é a

comunicação com relação aos planos de

emergência. A comunicação e a maneira de tratar

com o entorno. Isso foi colocado como o ponto

principal do grupo de trabalho. E também rever os

planos de emergência e torná-los de fácil acesso

à população."

Nesta sexta, a Promotoria do Meio Ambiente da

capital abriu um inquérito para investigar a

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situação das barragens do estado e a atuação dos

órgãos fiscalizadores, que são a Agência Nacional

de Águas, a Agência Nacional de Mineração, a

Aneel e a Cetesb, órgão estadual.

No Ministério Público Federal há 13 inquéritos

relacionados a barragens em oito municípios.

Quatro barragens estão em Cajati, no Vale do

Ribeira. Elas pertenciam à Vale e foram

compradas há um ano pela americana Mosaic. Em

nenhuma delas há plano de emergência. Além dos

inquéritos, o MPF ajuizou ação civil pública pelas

barragens de Juruaçu e de Clarificação, que ficam

no bairro de Perus, na capital paulista.

Em nota, a Companhia Brasileira de Alumínio

declarou que, ao contrário do que afirmou a

Prefeitura, tem sim um plano de emergência. A

empresa informou que o documento foi

protocolado em junho de 2017. A Companhia

ressaltou que possui um sistema robusto de

gestão de segurança que garante a integridade

física de suas barragens.

https://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/2

43210/mais-de-80-das-barragens-de-alto-risco-

em-sp-nao-t.htm

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Veículo: Diário de Mogi

Data: 03/02/2019

Segundo maior produtor

O último relatório sobre a produção de petróleo e

gás da Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente de São Paulo aponta que o Estado

recebeu em 2018 aproximadamente R$ 4 bilhões

de royalties e participações especiais. O valor

representa um aumento de 64% em comparação

a 2017. Ao governo do Estado coube uma fatia do

bolo de R$ 2,4 bilhões, enquanto os municípios

receberam R$ 1,6 bilhão.

Com uma produção média de petróleo e gás de

432,6 mil barris de óleo por dia em 2018, o Estado

vai se consolidando como o segundo maior

produtor do Brasil, atrás apenas do Rio de Janeiro.

'A cada ano que passa o setor de petróleo e

gás ganha mais importância para o Estado e

municípios paulistas', diz, animado, o

secretário Marcos Penido.

Os campos

Localizados no pré-sal paulista da Bacia de

Santos, a produção de petróleo e gás natural do

Estado provém dos campos de exploração de

Merluza, Lagosta, Mexilhão, Baúna, Lapa e

Sapinhoá.

Também explicará como a União Europeia tem se

esforçado para implementar uma política de

proteção de dados mais efetiva, além de

apresentar inovações e aspectos éticos na área de

robótica.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=

0&n=17864845&e=577

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Veículo: G1 Santos e Região

Data: 03/02/2019

Barragens de risco em SP não possuem plano de emergência e

preocupam a população

Quatro barragens localizadas no complexo

minério industrial de Cajati, no interior de São

Paulo, são consideradas de risco e com

capacidade de provocarem dano potencial

médio. A região opera com rocha fosfática e na

produção de fosfato bicálcico, utilizado em

ração para animais. A Mosaic Fertilizantes,

responsável pelas barragens, diz que há um

plano de emergência. Porém, o prefeito de

Cajati e a população desconhecem a existência

desse documento e das medidas a seguir caso

ocorra o rompimento das barragens.

O Complexo Mineroquímico de Cajati iniciou

suas atividades de industrialização e

comercialização de fertilizantes em 1938,

tornando-se pioneiro na mineração de rocha

fosfática no Brasil. Além de mineração, o

complexo também possui uma usina de

processamento de rocha fosfática, sendo um

dos maiores produtores de fosfatos para

nutrição animal da América Latina.

O Complexo era uma unidade da Vale

Fertilizantes e foi vendida para a Mosaic

Fertilizantes, atual responsável pelas quatro

barragens. São elas: uma barragem de

depósito de calcário sólido, uma barragem de

calcário com baixo volume de água, uma

barragem de rejeito do beneficiamento mineral

e uma barragem de água. O material

armazenado é basicamente calcário, oriundo do

beneficiamento de fosfato.

De acordo com a Secretaria de Energia e

Mineração do Estado, as quatro barragens de

Cajati estão incluídas no Plano Nacional de

Segurança de Barragens (PNSB) e na listagem

atual da Agência Nacional de Mineração (ANM).

Três tem a classificação B, que apresenta

categoria de risco e dano potencial médios e

uma delas está na classificação C, que

apresenta risco baixo e dano potencial médio.

Há duas comunidades que ficam ao lado das

barragens. A Vila Braz tem em torno de 20 a 30

famílias e o bairro Barro Branco, que abrange

uma área composta por várias fazendas, tem

cerca de 15 famílias. As barragens ficam a cerca

de três quilômetros da zona urbana e a

aproximadamente 1 km das comunidades mais

próximas.

A dona de casa Fernanda Oliveira, de 28 anos,

conta que a população está preocupada e sem

informação. Com o rompimento da barragem

em Brumadinho, o assunto veio à tona

novamente na cidade. Ela mora na zona

urbana, no bairro Parafuso, mas teme pelos

amigos que vivem perto das barragens.

“Vimos várias pessoas comentando que estão

com medo, principalmente as que moram perto

da barragem. Eu moro em torno da fábrica. Fica

um pouco longe. Não tem nenhuma explicação

para nós, nunca houve nada. Gostaríamos de

saber se tem algum risco e, se houver, quais

são as medidas para ajudar a população.

Brumadinho não tinha alerta e, como aqui, são

três de alto risco. É preocupante. Fica aquele

receio. Ninguém fala nada”, desabafa a dona de

casa.

Com a tragédia em Brumadinho, foram

realizadas reuniões com a comunidade,

envolvendo representantes da Mosaic,

autoridades municipais e Defesa Civil para

esclarecimento de dúvidas e explanação sobre

o monitoramento, controle e as condições de

estabilidade das barragens no município.

"Falamos sobre o risco que havia, explicamos a

maneira que são construídas as barragens

daqui, que são barreiras diferentes de

Brumadinho. Planejamos a instalação de

sirenes e, junto com a Mosaic, um plano de

ação que está sendo montado”, afirma o

prefeito de Cajati, Vavá Cordeiro (PSD).

Segundo ele, no início da sua gestão, em 2017,

o relacionamento entre a Prefeitura e a Vale era

complicado e não havia um plano de

emergência em caso de acidentes com as

barragens. Por isso, ele deu início a esse

processo.

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Em março de 2018, equipes da Secretaria de

Energia e Mineração e da Defesa Civil, gerentes

e engenheiros da Mosaic, representantes da

Agência Nacional de Transportes Terrestres e

das prefeituras de Jacupiranga, Pariquera-Açú,

Iguape e Cajati se reuniram para discutir a

questão das barreiras. Neste encontro, foi

apresentado um planejamento de simulação de

ações conjuntas em caso de acidente em

barragem de mineração.

Porém, segundo Vavá Cordeiro, o plano, que

começou a ser feito em 2017, não foi finalizado

até agora. "Já estava todo elaborado, inclusive,

as sirenes já estavam programadas para

colocar no mês de outubro de 2019. Mas, com

essa tragédia de Brumadinho, será revisto. As

sirenes seriam colocadas nas comunidades e

regiões onde poderia vir a romper as

barragens", explica.

O prefeito explica que as barragens estão ao

lado da cidade e não em frente a ela, como em

Brumadinho. Por essa razão, a probabilidade de

acontecer algum rompimento e este atingir a

população, segundo ele, é menor. Caso isso

ocorresse, o material depositado nas barragens

poderia atingir também a linha do trem e os rios

que passam pelo município. "Se hoje acontecer

alguma coisa, enquanto não houver um plano,

não tem o que fazer. Não foi feita nenhuma

ação. Eu também fico preocupado com a

população", falou.

A Prefeitura de Cajati adiantou uma solicitação

de fiscalização da atividade da empresa para a

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (CETESB) e uma inspeção nas

barragens à Agência Nacional de Mineração

(ANM).

Já a Mosaic Fertilizantes, por meio de nota,

disse que todas as barragens têm declaração de

estabilidade e passam por inspeções

quinzenais. Os controles são auditados por

empresas especializadas de engenharia e

acompanhadas pelos órgãos de fiscalização

competentes. A última inspeção nas barragens

em Cajati foi em 26 de janeiro deste ano.

A empresa afirmou que existe um conjunto de

ações previstas no Plano de Emergência para o

caso de ser detectado um risco de ruptura

eminente de barragem. Entre as ações

previstas no Plano de Emergência está o

abandono das áreas de risco, com a remoção

da população para locais seguros.

A Mosaic Fertilizantes disse que revisou o

procedimento em 2017 e está empenhada para

finalizar as ações do Plano de Atendimento a

Emergências com Barragens de Mineração

(PAEBM) em 2019, seguindo cronograma

estipulado em lei.

As ações para cumprimento dos novos

requisitos se iniciaram logo após a publicação

da última revisão de forma proativa pela

empresa em conjunto com a Prefeitura de

Cajati, a Defesa Civil e outras partes

interessadas. Um grupo de ações coordenadas

(GRAC), que foi criado em 2018, se reúne

regularmente para planejamento de ações de

emergência envolvendo a população. O grupo é

composto pela Defesa Civil, Polícia Militar,

Polícia Rodoviária Federal, Cetesb, Corpo de

Bombeiros, Prefeitura Municipal de Cajati,

Polícia Ambiental, Sabesp, Polícia Civil, dentre

outros. O plano contempla, entre outras ações,

instalação de sirenes e simulados de

emergência.

Segundo a Mosaic, a instalação das sirenes de

segurança, que também foi citada pelo prefeito,

está sendo realizada de acordo com o

cronograma definido pelos órgãos competentes

e serão instaladas 12 sirenes com previsão de

conclusão para junho de 2019.

https://g1.globo.com/sp/santos-

regiao/noticia/2019/02/03/barragens-de-

risco-em-sp-nao-possuem-plano-de-

emergencia-e-preocupam-a-populacao.ghtml

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo1: Segs

Veículo2: Abema

Data: 01/02/2019

Estado de São Paulo ganha quatro novas Reservas Particulares de

Patrimônio Natural

Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente assina Resoluções de criação

das RPPNs Céu Estrelado, Copaíba, Sítio

das Pedras e Serra da Bocaina

A cerimônia para entrega dos títulos das quatro

novas Reservas foi realizada nesta quinta-feira,

31/01, data de celebração do Dia Nacional das

Reservas Particulares do Patrimônio Natural

(RPPNs). As novas unidades de conservação

estão localizadas nas cidades de

Pindamonhangaba, Socorro, Indaiatuba e São

José do Barreiro, e somam 140,09 hectares de

área protegida. Agora, contando com essas

novas unidades, o Estado de São Paulo possui

99 destas áreas oficialmente reconhecidas,

sendo 51 pela Fundação Florestal, 47 pelo

ICMBio e uma pela Prefeitura de São Paulo. E

existem 24 pedidos de reconhecimento em

andamento com área potencial de 2.317,97

hectares.

Para o secretário de Infraestrutura e Meio

Ambiente, Marcos Penido, a existência das

RPPNs mostra que a parceria desses cidadãos,

proprietários das RPPNs, com a SIMA atesta os

propósitos do Governo do Estado, através de

todas as suas secretarias, em trabalhar juntos,

de forma integrada, com o espírito de realizar.

“Temos que somar, com esse espírito de

cidadania, olhando para o próximo, pois só

assim poderemos cumprir nossos objetivos.

Todas as ações do Governo são para a proteção

do meio ambiente e, acima de tudo, a

segurança do povo paulista”, enfatizou.

O diretor executivo da Fundação Florestal,

Rodrigo Levkovicz, por sua vez, agradeceu ao

apoio que vem sendo dado pelo secretário

Penido ao trabalho com as RPPNs, mostrando o

compromisso do Estado de São Paulo com a

preservação das áreas verdes. E o diretor da

FREPESP (Federação das Reservas Ecológicas

Particulares do Estado de São Paulo), Antônio

Carioba, que cresceu e conviveu em toda a sua

vida com essas áreas, e tem acompanhado a

evolução dessas unidades de conservação,

afirmou que a parceria firmada com a

Secretaria “vem concentrar todos os esforços

despendidos ao longo dos últimos anos, em prol

das RPPNs e das florestas”.

Após a assinatura, foram entregues os Títulos

de Reconhecimento Provisório aos

representantes das quatro novas Reservas e

uma breve apresentação das novas unidades.

Também, foi entregue o Título de

Reconhecimento Definitivo ao proprietário da

RPPN Porto do Ifé, localizada no município de

Colômbia.

Em seguida, aconteceram debates sobre os

temas “O papel da RPPNs na conservação

ambiental” e “Ações de apoio para as RPPNs

paulistas”, com a participação de

representantes de Ongs, Reservas da Biosfera,

FREPRESP, Fundação Florestal e Coordenadoria

de Fiscalização Ambiental.

O evento foi realizado na sede da SIMA e

contou com a presença do secretário Marcos

Penido; do diretor executivo da Fundação

Florestal, Rodrigo Levkovicz; do diretor de

Relações Institucionais da FREPESP, Antônio

Carioba; do assessor de gabinete

Eduardo Trani; da presidente da CETESB,

Patrícia Iglecias; e do comandante geral da

Polícia Militar Ambiental, cel. Homero de Giorge

Cerqueira.

RPPNs PAULISTAS

O Programa Estadual de Apoio às RPPNs

Paulistas tem por objetivos estimular a criação

e implementação de RPPNs no Estado de São

Paulo mediante uma série de ações de apoio e

incentivo aos proprietários. O Programa RPPNs

Paulistas é coordenado pela Fundação Florestal,

tendo sido instituído pelo Decreto Estadual n°

51.150/2006.

O Estado de São Paulo conta, atualmente, com

99 RPPNs oficialmente reconhecidas,

abrangendo uma área de 21.687,31 hectares

de áreas protegidas. Desse total, 47 unidades

foram instituídas por meio do programa

desenvolvido pela Fundação Florestal,

perfazendo 17.292,24 hectares.

A iniciativa para criação de uma RPPN é ato

voluntário de pessoas físicas ou jurídicas

proprietárias de imóveis rurais ou urbanos que

demonstram um potencial para a conservação

da natureza.

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo1: Estadão Conteúdo

Veículo2: Jc Net

Veículo3: Isto É

Veículo4: TCE

Veículo5: Exame

Veículo6: Metro

Data: 02/02/2019

TCE pede detalhes sobre barragens ao Governo de São Paulo

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

(TCESP) determinou à Secretaria de Estado

da Infraestrutura e Meio Ambiente que

encaminhe, em um prazo de 15 dias,

informações sobre suas atividades de

fiscalização e um diagnóstico de todas as

barragens paulistas, principalmente àquelas

vinculadas a empresas mineradoras.

Em despacho publicado nesta sexta-feira (1),

no Diário Oficial do Estado, o conselheiro Dimas

Ramalho, que relata as contas da Pasta do Meio

Ambiente do exercício de 2018, solicitou ao

Secretário de Estado, Marcos Penido, para que

disponibilize dados sobre as atividades de

licenciamento, fiscalização e monitoramento

das barragens que são de competência

estadual.

O despacho também pede detalhes sobre

'ações preventivas a desastres' e um 'relatório

indicando a situação em que se encontram as

barragens'. O conselheiro afirma que a medida

busca avaliar as ações da pasta ‘no tocante à

prevenção de danos à população e ao meio

ambiente’.

https://istoe.com.br/tribunal-de-contas-cobra-

acoes-preventivas-a-desastres-nas-barragens-

de-sp/

https://www.jcnet.com.br/Regional/2019/02/t

ce-pede-detalhes-sobre-barragens-ao-

governo-de-sao-paulo.html

https://www.tce.sp.gov.br/6524-tcesp-pede-

detalhes-sobre-barragens-ao-governo-sao-

paulo

https://exame.abril.com.br/brasil/tribunal-de-

contas-cobra-acoes-preventivas-a-desastres-

nas-barragens-de-sp/

https://noticias.r7.com/sao-paulo/tce-cobra-

acoes-preventivas-a-desastres-nas-barragens-

de-sp-01022019

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=17885776&e=577

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Web Diário

Data: 01/02/2019

Governo dá até dezembro para vistoria

barragem de Pirapora

Barragem, na divisa com Parnaíba, tem risco

médio de rompimento e alto grau de causar

danos. Inspeção foi determinada após tragédia

em Brumadinho.

As instituições fiscalizadoras federais e

estaduais receberam prazo até o final do ano

para vistoriar 3.386 barragens, em todo o País,

que apresentam riscos de danos ambientais.

Deste universo, 205 barramentos de

mineradoras terão suas inspeções priorizadas

para ocorrer até o mês de junho.

Os prazos foram indicados nessa sexta-feira

pelo ministro do Desenvolvimento Regional,

Gustavo Canuto, na condição de presidente do

Conselho Nacional de Recursos Hídricos

(CNRH). A decisão foi tomada após o

rompimento de uma barragem de rejeitos de

minério da empresa Vale, na última sexta-feira,

em Brumadinho, Minas Gerais, deixando cerca

de 110 mortos e 238 desaparecidos, até agora.

Dentre as barragens que estão na segunda fase

de fiscalização, até o final do ano, duas ficam

na região Oeste. Uma delas, chamada Pirapora

e localizada no trecho do rio Tietê entre as

cidades de Pirapora do Bom Jesus e Santana de

Parnaíba, apresenta médio risco de

rompimento. Já em caso de problemas, ela tem

alto potencial de causar danos. Na prática, isso

significa que caso a barragem se rompa, poderá

causar muitas mortes e grande destruição

ambiental e material.

A segunda, chamada Rasgão, fica em Pirapora

do Bom Jesus. Nesse caso, ela tem baixo risco

de rompimento, mas também alto potencial de

danos em caso de problemas. As duas

barragens são usadas para produção de energia

hidrelétrica.

A Pirapora pertence à empresa Pirapora Energia

S/A. Já a de Rasgão é operada pela Emae

(Empresa Metropolitana de Águas e

Esgoto), do governo do Estado. As duas têm a

Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)

como órgão fiscalizador.

http://www.webdiario.com.br/noticia/23193/g

overno-da-ate-o-final-do-ano-para-vistoria-e

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: JC Net

Data: 03/02/2019

Região tem barragem de baixo risco e

experiência em monitoramento

A região de Bauru não tem reservatório de

rejeitos de minérios como na cidade de

Brumadinho (MG), onde aconteceu o

rompimento de uma barragem que provocou a

morte de cerca de 100 pessoas e há mais de

250 desaparecidos, numa das maiores

tragédias do setor de mineração do país. Mas a

reação dos órgãos de fiscalização imediata pós

acidente é monitorar os vários tipos de

barragens que podem levar a consequências

catastróficas.

Próximo a Bauru, ao longo do rio Tietê há

extensas barragens com reservatório de água

para a geração de energia elétrica. Esses

complexos construídos entre os anos 60 e 70,

como as usinas de Barra Bonita, Bariri, no

município de Boraceia, Ibitinga e Promissão,

chamam a atenção por estocarem grande

volume de água represando parte do rio.

Mesmo assim, nesta semana, a agência

reguladora criou uma força-tarefa para

fiscalizar as barragens de cerca de 130 usinas

hidrelétricas até maio deste ano. A informação

foi divulgada pela assessoria de imprensa do

órgão no site da agência reguladora. Na lista

estão também as usinas instaladas no rio

Paranapanema, como Ourinhos, Chavantes e

Piraju.

Em nota, a AES Tietê Energia S.A informa que

as barragens utilizadas para produção de

energia elétrica sob sua concessão são

estruturas consolidadas. "Foram projetadas,

construídas e mantidas seguindo rigorosos

padrões técnicos de engenharia, utilizados no

setor elétrico. Neste processo, as estruturas

são construídas em etapa única e não sofrem

alterações construtivas ao longo do seu ciclo de

vida. As barragens são periodicamente

monitoradas por instrumentos, além de

inspecionadas e avaliadas por equipe técnica

especializada".

Há outros tipos de barragens, as utilizadas em

áreas rurais e de usinas de processamento de

açúcar e álcool. Algumas delas são para a

irrigação e também são motivo de

preocupações em algumas localidades por

estarem a montante de centros urbanos.

A cidade de Lençóis Paulista enfrentou uma

situação de inundação em janeiro 2016 devido

ao aumento na quantidade de chuva que

provocou o enchimento dessas represas que

não suportaram o volume de água e romperam.

Isso causou o alagamento de parte da cidade,

provocando prejuízos de R$ 30 milhões e mais

de 1.000 desalojados.

Depois desse incidente, a Prefeitura de Lençóis,

junto com o Ministério Público, criou um Comitê

Gestor da Bacia Hidrográfica do Rio Lençóis que

monitora os afluentes e o manancial para

reduzir os riscos de nova enchente. Embora não

se pode atribuir a causa principal ao

rompimento das barragens que provocou a

inundação, o presidente da Defesa Civil de

Lençóis, Marcos Nicolini, admite que o

"fantasma" da última enchente assombra e fez

com que uma série de medidas fossem tomadas

para redução de riscos.

Conforme informações da Agência Nacional de

Água (ANA), o Brasil possui um cadastro com

24.092 barragens para diferentes finalidades,

como acúmulo de água, de rejeitos de minérios

ou industriais e para geração de energia, que

foram cadastradas até o ano passado por 31

órgãos fiscalizadores. Boa parte, 9.827 (ou

41%), são barragens de irrigação.

Estima-se, porém, que o número de

represamentos artificiais espalhados pelo País

seja pelo menos três vezes maior. O JC apurou

que no levantamento disponível no site da ANA,

por exemplo, os barramentos existentes no

município de Lençóis não constam, embora a

atuação do Comitê da Bacia iniciou o

monitoramento dessas barragens, levantando,

inclusive que, em 2016, 16 barragens

romperam em razão das chuvas extremas,

contribuindo para a destruição de rio abaixo na

bacia hidrográfico, com danos em Lençóis e

Borebi.

Do montante de 36 barragens de água nessa

região, 17 estão inativas e 19 ativas. Oito delas

são utilizadas como reservatórios de

amortecimento das cheias e 11 são pequenos

açudes de criação de peixes. Sob supervisão do

Ministério Público de Lençóis Paulista, o Comitê

formado por representantes de prefeituras,

empresas sucro-alcooleira como a Zillor, tem

inovado em "vigiar" as estruturas dessas

barragens. Uma das medidas é exigir que esses

barramentos obedeçam à lei 12.334/2010, que

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trata sobre a Política Nacional de Segurança de

Barragens Destinadas à Acumulação de Água.

Comitê foca fiscalização de barragens

Há dois anos, Lençóis Paulista mobiliza um

contingente de técnicos junto com a Defesa

Civil integrado a municípios vizinhos que fazem

parte da bacia do Rio Lençóis para reduzir as

possibilidades de a cidade enfrentar uma nova

inundação no período de chuva que vai do final

de dezembro a março.

Em 2016, 16 barragens se romperam em razão

das chuvas extremas que atingiram a região e

deixou prejuízos de R$ 30 milhões, mais de

1.000 pessoas desalojadas e o desafio de que

isso não ocorra ou com menos risco. Embora as

barragens não foram a causa, porque a

quantidade de chuva no dia 12 de janeiro e

2016 é um ciclo de 100 anos que se só repetiu

na cidade em dezembro de 1917, mas a criação

de um Comitê Gestor da Bacia Hidrográfica do

Rio Lençóis, acompanhado pelo Ministério

Público do município, visou implantar a gestão

de riscos por meio do gerenciamento das

águas.

Com isso do total de 36 barragens de água na

bacia do Rio Lençóis 17 estão inativas e 19

ativas. Oito delas são utilizadas como

reservatórios de amortecimentos de cheias e as

outras 11 são pequenos açudes ou tanques de

criação de peixes.

De acordo com Sidney Aguiar, do Comitê

Gestor, em 2016 os riscos de inundações e

enchentes a cada período de retorno era de

100%, dois anos depois esses percentuais

caíram para 60%. "Isso significa que em dois

anos, após a implantação da gestão de riscos

por meio do gerenciamento da bacia

hidrográfica, partimos de 0% para 40% no nível

de segurança ambiental na bacia. É algo muito

pequeno, mas grande em consideração ao que

tinha antes da inundação", explica o integrante

do Comitê Gestor.

O presidente da Defesa Civil de Lençóis,

tenente da reserva Marcos Nicoloni, diz que se

todos no país pensasse em criar um Comitê

para gerenciamento das águas é um suporte a

mais à Defesa Civil e com condições de tomar

medidas de prevenção para reduzir os riscos.

Uma dessas foi a redução do volume de água

em todas as represas que ficam na parte acima

do município. Esses reservatórios vão servir de

amortecimento caso a chuva seja muito

intensa.

A fiscalização também foi redobrada. Todas as

barragens da bacia do Rio Lençóis passaram a

ser enquadradas na lei federal nº 12.334/2010,

que trata a Política Nacional de Segurança de

Barragens Destinadas à Acumulação de Água.

O próprio comitê editou uma resolução técnica,

que foi enviada ao Ministério Público e depois

repassada aos órgãos de outorga de barragens,

recomendando que nenhuma barragem na

zona rural deve ser concedida outorga, sem

plano de segurança. Com isso na Bacia do Rio

Lençóis, nenhuma das barragens rompidas em

2016 foi reconstruída. Embora a outorga seja

atribuição de lei federal, o Comitê pela sua

abrangência local serve como "fiscal" das

normas. "O que é muito importante é esse

respaldo do Ministério Público, mas os

proprietários dessas barragens têm cumprido a

resolução. Há uma tabela com normas técnicas

que estabelecem quantos metros têm que ser

rebaixados", explica Nicoloni, que assumiu a

Defesa Civil em novembro do ano passado.

Moradora concorda em sair de área de

alagamento

Um conjunto de 39 casas localizada na Vila

Contente em Lençóis Paulista, próximo ao

córrego Corvo Branco, que deságua no Rio

Lençóis, é a zona de risco para alagamentos.

Na rua Martins Afonso foi instalada uma bomba

de recalque que fica rente à calçada. O

equipamento é acionado automaticamente no

caso de inundação.

O bairro ficou debaixo d'água em 2016, quando

houve a enchente que desabrigou 1.300

pessoas e atingiu cerca de 600 imóveis.

Dona Maria Aparecida dos Santos da Silva e

José Rezende da Silva residem nesta rua e já

enfrentou três enchentes no bairro, a pior é a

de 2016. "Perdi tudo e até hoje não consegui

recuperar nada. Todo mundo aqui perdeu.

Fiquei uma semana esperando a lama abaixar,

fiquei na casa de parentes. A água faltou pouco

para chegar no forro da casa", relembra.

Ela afirma que concorda com a proposta

oferecida pela prefeitura de trocar o atual

imóvel por uma outra casa em um conjunto

habitacional.

A Prefeitura de Lençóis Paulista negocia com os

proprietários desses imóveis para se

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transferirem para outro bairro, onde vão

financiar uma nova residência pela Companhia

de Desenvolvimento Urbano e Habitacional

(CDHU), perto do Jardim Ibaté. A

administração se dispõe a dar um terreno e

mais R$ 10 mil.

"Já participamos de reunião, aqui não tem jeito

de morar. A gente que é velho não sabe nadar.

Até a assistência chegar, não dá tempo. Nessa

casa só passei decepção", diz José Rezende.

Basta começar a chover que os moradores do

local já ficam preocupados, porque a área

inunda muito rápido. O córrego localizado ao

lado do bairro em período de pouca chuva tem

uma vazão pequena e nem parece que enche

quando chove muito no local.

O projeto da prefeitura é remover esses

moradores e demolir todas as casas. A área

ficaria reservada para um parque, o que

possibilitaria aumentar a drenagem. A zona de

risco é estimada em pelo menos mais 100

imóveis, porém a prefeitura quer iniciar em

resolver a questão da área mais vulnerável.

'Fantasma da inundação' assombra Lençóis

A inundação de 2016 deixou desabrigados,

casas e estabelecimentos comerciais debaixo d'

água é comparada a um "fantasma que nunca

mais some". É assim que o presidente da

Defesa Civil, Marcos Nicolini, se refere à

tempestade que atingiu a bacia do rio Lençóis.

O grande volume de água provocou o

rompimento de várias barragens que num

efeito dominó espalhou o excedente do líquido

na área urbana de Lençóis.

"Os ciclos hidrológicos sempre ocorreram com

maior ou menor intensidade. O que nunca teve

foi a gestão das águas para reduzir os riscos.

Na cidade de Mariana (MG), em 2015,

aconteceu o rompimento da barragem e não

houve o enfrentamento direto. Em 2016

ocorreu a inundação aqui e precisamos

rearranjar o sistema no rio Lençóis. Hoje temos

métodos científicos e técnicos, sabemos a

intensidade de chuva que atinge os 110 km da

bacia e monitoramos em tempo o real a

quantidade de água que está saindo da bacia.

A chuva sempre vai ter, mas agora tem a

gestão de risco", explica Sindey Aguiar.

Ele repete a frase de que o "fantasma de 2016

assombra todo dia e toda noite". "Se tem um

fantasma assombrando isso faz a gente

trabalhar com mais dinamismo. Começou a

chover forte, os contatos de telefone já

começam a ligar", cita Nicoloni.

A presunção de risco é o que faltou em Mariana

e Brumadinho, segundo Sidney. É o que o

Comitê Gestor tenta aprender com o episódio

da última enchente para reduzir os danos

causados e eventuais danos em nova

enchente.

"O uso da água das barragens tem que ser

consciente e obedecer a normas técnicas.

Dependendo da situação, onde esteja

localizada a barragem, ela pode ser a causa de

um problema. Se tem uma barragem a 5 km de

uma cidade e não tem o sistema de risco, se ela

romper acontece o que houve em Mariana e

Brumadinho. Se tem uma barragem a 10 km

não oferece risco porque entra o fator de

dissolução do volume. A questão do

gerenciamento de barragens envolve aspectos

legais e conhecimento técnico. A gestão de

água local possibilita que se possa fazer um

gerenciamento melhor", cita Aguiar.

Não está descartada outra inundaçãona cidade,

mas a gestão de risco tem mais proabilidades

de reduzir os impactos, mas é necessário

empenho dos municípios que fazem parte do

Comitê Gestor para alcançar um nível de

segurança ambiental satisfatório, cita o técnico

ambiental.

O Comitê Hidrográfico da Bacia do Rio Lençóis

é formado pelos municípios de Agudos,

Areiópolis, Borebi, Lençóis Paulista, Macatuba,

Igaraçu do Tietê e São Manuel.

O prefeito de Lençóis Paulista, Anderson Prado

(PSB), tem conversado diretamente com os

moradores residentes na zona risco de

inundações, a chamada baixa Vila Contente. A

negociação tem sido feita com moradores para

evitar que a questão vá à Justiça ou a

municipalidade precise de fazer a

desapropriação de todos os imóveis.

Inicialmente a prefeitura quer remover 39

casas que sofrem com alagamentos sempre

que o rio Lençóis aumenta a vazão em período

de muita chuva.

Prado retomou um convênio que havia com a

CDHU para direcionar as 39 unidades ao lado

do Jardim Ibaté para as famílias que vivem na

área de risco. A municipalidade vai indenizar

com R$ 10 mil em dinheiro e mais um terreno

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em áreas da cidade, que serão destinadas por

sorteio. "A partir do momento que desapropriar

a casa, o morador possui o direito de pleitear

um financiamento junto ao CDHU", explica o

prefeito.

A área de risco de Lençóis está estimada em

mais de 600 imóveis, mas os primeiros a

sofrerem com as inundações são os residentes

mais perto do rio.

Represas da região têm baixo risco

A região de Bauru tem um parque hidrelétrico

com imensas barragens que formam

reservatórios para armazenamento de água. O

rompimento da barragem de Brumadinho (MG)

provocou uma calamidade na cidade mineira

com mais de 200 desparecidos e pelo menos

110 mortes até a sexta-feira (1). Embora existe

diferença entre barragens para rejeitos de

mineral e de formação de lagos das

hidrelétricas, gerou um alarme geral em todo

país para a fiscalização de todos os tipos

barragens.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

é o órgão responsável da segurança das

barragens de aproveitamento hidrelétrico. Já

Agência Nacional de Águas (ANA) consolida

anualmente Relatório de Segurança de

Barragens (RSB), a partir de fiscalização de

barragens, a depender de seu tipo.

As barragens de Barra Bonita, Bariri, Promissão

no rio Tietê e as de Ourinhos e Salto Grande no

Rio Paranapanema vão ser fiscalizadas, embora

segundo os órgãos de fiscalização são

consideradas de baixo risco.

Na terça-feira, a Aneel divulgou à imprensa no

seu site que vai iniciar uma força-tarefa para

fiscalizar in loco as barragens de cerca de 130

usinas hidrelétricas até maio deste ano. (leia

texto nesta página)

Há diferenças entre barragens de hidrelétricas

e de rejeitos, como a de Brumadinho. A

barragem de rejeitos é uma estrutura de terra

construída para armazenar resíduos de

mineração, formando um reservatório com

substâncias sólidas e água, sob a forma de

lama, resultantes de processos de

beneficiamento de minérios. O armazenamento

desses rejeitos é necessário para evitar danos

ambientais

João Rosan/JC Imagens

Barragem de B. Bonita é considerada de baixo

risco e concessionária informa que foi

construída seguindo rigorosos padrões técnicos

A barragem de hidrelétrica tem por finalidade

represar e estocar água, matéria-prima para a

produção de energia, e obter o desnível

necessário para girar as turbinas das unidades

geradoras.

Desde a década de 60 nunca houve

rompimento dessas barragens na região.

Houve aumento de vazão do Tietê, por

exemplo, quando a concessionária AES Tietê

precisou abrir as comportas de Barra Bonita em

abril de 2011 para reduzir o volume de água, o

que provocou pequenos alagamentos na orla da

cidade, mas a operação sob orientação do

Operador Nacional do Sistema (ONS) foi

minimizar riscos tanto em relação a cheias em

regiões abaixo das usinas hidrelétricas quanto

à segurança dos próprios reservatórios e da

geração de energia.

Em nota a AES Tietê informou que as barragens

utilizadas para produção de energia elétrica sob

sua concessão são estruturas consolidadas.

"Foram projetadas, construídas e mantidas

seguindo rigorosos padrões técnicos de

engenharia, utilizados no setor elétrico. Neste

processo, as estruturas são construídas em

etapa única e não sofrem alterações

construtivas ao longo do seu ciclo de vida. As

barragens são periodicamente monitoradas por

instrumentos, além de inspecionadas e

avaliadas por equipe técnica especializada",

esclareceu.

A concessionária também informou que utiliza

novas tecnologias no processo de inspeção,

como drones subaquáticos e aéreos. "Em linha

com o estabelecido na Resolução 696/2015 da

Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL),

a AES Tietê desenvolveu e distribuiu às defesas

civis dos municípios onde atua, o Plano de Ação

de Emergência (PAE), conjunto de

procedimentos técnicos e administrativos com

o objetivo de auxiliar os órgãos de defesa civil

na elaboração dos planos municipais de

contingências em caso de atendimento a

situações emergenciais que venham a ocorrer

com as barragens", informou.

Aneel vai fiscalizar

Após a tragédia de Brumadinho, a Agência

Nacional de Energia Elétrica (Aneel) criou uma

força-tarefa para fiscalizar as barragens de

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cerca de 130 usinas hidrelétricas até maio

deste ano. A informação foi divulgada pela

assessoria de imprensa do órgão no site da

agência reguladora.

Para viabilizar essa fiscalização a Aneel vai

contar com auxílio da Agência Reguladora de

Saneamento e Energia do Estado de São Paulo

(Arsesp). "Vamos chamar aqui as agências

estaduais conveniadas para avançar, em 2019,

nessa campanha de fiscalização, juntamente

com equipes credenciadas e com o pessoal

próprio de fiscalização da Aneel", disse o

diretor-geral da Aneel, André Pepitone, por

meio da assessoria de imprensa.

A Aneel é responsável pela fiscalização de um

total de 437 hidrelétricas (que totalizam 616

barragens, já que alguns empreendimentos

possuem mais de um barramento). Destas, a

agência fez vistorias presenciais em 122 usinas

entre 2016 e 2018. A força-tarefa deste ano

contemplará usinas que não foram visitadas

nesse período.

As usinas restantes, que não estão na previsão

para vistorias presenciais, são as que oferecem

menor risco. Mesmo assim, elas passarão por

monitoramentos da agência. As usinas da

região de Bauru são consideradas de baixo

risco, mesmo assim vão passar por vistoria.

A Aneel é o órgão responsável pela fiscalização

da segurança das barragens de aproveitamento

hidrelétrico. A fiscalização das barragens para

reservação de água é feito pela Agência

Nacional de Água (ANA), enquanto as

barragens de rejeitos de minério são

fiscalizadas pela Agência Nacional de Mineração

(ANM).

Rompimento de barramento de água deixou

prejuízos

A cidade de Pederneiras também viveu um

drama quando uma forte chuva atingiu a bacia

do Ribeirão Pederneiras em 12 de janeiro de

2016 que provocou o rompimento de pelo

menos oito barragens existentes em área rural.

Naquela ocasião, uma grande quantidade de

água atingiu parte da zona urbana deixando

prejuízos de cerca de R$ 11 milhões em casas,

estabelecimentos comerciais e prédio público.

A enchente não foi na mesma dimensão como

ocorreu em Brumadinho e Mariana, mas a falta

de controle de barramento ajudou a causar

mais danos. Na ocasião houve a morte de uma

pessoa que caiu no ribeirão. Passados dois

anos, a prefeitura junto com a Defesa Civil

passou a adotar algumas medidas para reduzir

risco e eventuais danos em situação de

calamidade.

De três em três meses, uma equipe da Defesa

Civil e a prefeitura percorrem as áreas rurais

para verificar as condições desses

barramentos. No município são 28 dessas

pequenas barragens. "Temos contado com a

colaboração dos proprietários que não têm

impedido a checagem. Adotamos um método

de orientar os donos das área na instalação de

extravasor, um dispositivo que fica ao lado dos

vertedouros que é acionado quando o volume

de água aumenta. Antes ocorria de a água subir

passar por cima da barragem e solapar a

sustentação do aterro e liberar grande

quantidade de líquido", explicou o coordenador

da Defesa Civil de Pederneiras, Silvio Aparecido

Bueno.

O método é diferente de Lençóis Paulista de

rebaixamento dos reservatórios, porque as

represas são de dimensões pequena. "São oito

que se romperam de uma vez que liberou

grande quantidade de água, por isso elas têm

um sistema que possibilita extravasar o

excedente", explicou.

A prefeitura decidiu seguir orientações técnicas

da Agência Nacional de Água (ANA) e baseou

em um trabalho do oficial do Corpo de

Bombeiros Rogério Gago que estudou as

consequências de um rompimento de uma

barragem na região de Paraguaçu Paulista

entre 2006 e 2007 que causou muitos danos,

chegando até aatingir o município vizinho de

Maracaí. Mesmo a prefeitura de Pederneiras

não tendo o poder de polícia para fiscalizar

essas barragens, porque o ribeirão Pederneiras

se estende até o município de Agudos, o Código

das Águas de 1934 dá atribuição de fiscalização

ao Estado, quando o rio deságua em mais de

um município, diante disso a prefeitura adotou

um método de checagem. A atribuição é do

Departamento de Água e Energia do

Estado (DAEE) para fiscalizar e emitir

autorização. "Mas podemos orientar e verificar

se a represa atende ar normas e avisarmos o

órgão fiscalizador. Tem dado certo a checagem,

porque os proprietários dessas áreas colaboram

e deixam entrar na propriedade", declara Silvio

Bueno.

Procurado pelo JC, o DAEE confirma que é sua

atribuição fiscalizar as barragens e que a região

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de Bauru abriga nove delas. Uma foi interditada

em 2018 após fiscalização do departamento,

mas não citou qual município. O DAEE informa

que de acordo com a portaria nº 3.907 de junho

de 2017, as empresas empreendedoras são

responsáveis pela manutenção dos

reservatórios, bem como as inspeções

periódicas. De acordo com o departamento, os

reservatórios possuem sistema de controle da

vazão, que monitora o nível de água

armazenada, reduzindo os riscos de

extravasamento.

https://www.jcnet.com.br/Regional/2019/02/r

egiao-tem-barragem-de-baixo-risco-e-

experiencia-em-monitoramento.html

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Veículo: Siga Mais

Data: 02/02/2019

Prefeitura de Adamantina solicita

prorrogação de prazo do aterro sanitário

Prefeito Márcio Cardim (DEM) e deputado

estadual Mauro Bragato (PSDB) participaram

de reunião com o secretário Marcos Penido na

Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente

(Da Assessoria). Prefeito Márcio Cardim (DEM)

e deputado estadual Mauro Bragato (PSDB)

participaram de reunião com o secretário

Marcos Penido na Secretaria de

Infraestrutura e Meio Ambiente .

Na última terça-feira (29), o prefeito Márcio

Cardim (DEM) e o deputado estadual Mauro

Bragato (PSDB), estiveram na Secretaria de

Infraestrutura e Meio Ambiente, com o

secretário Marcos Penido.

O encontro teve como objetivo a apresentação

de um plano de trabalho que objetiva dar uma

sobrevida ao aterro municipal, pois o prazo

estipulado pela CETESB é 28 de fevereiro de

2019.

“Todos sabem que nosso aterro sofreu

ausência de cuidados em 2013 e 2014 por

negligência da gestão pública da época e hoje,

o município paga um preço muito alto”, afirma

o prefeito. (Continua após a publicidade...)

Na oportunidade, foi solicitado ao secretário

empenho e agilidade na emissão de Licença de

Instalação (LI) da empresa TCL, que está

montando um aterro regional no bairro

Adelândia.

“Acreditamos que vamos ser atendidos,

continuando a operação do plano do nosso

aterro municipal até a liberação da LI para a

TCL”, salienta.

https://www.sigamais.com/noticias/cidades/pr

efeitura-de-adamantina-solicita-prorrogacao-

de-prazo-do-aterro-sanitario/

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Veículo: Prefeitura de Valinhos

Data: 04/02/2019

Prefeitura de Valinhos entrega primeira licença ambiental

A primeira licença ambiental foi expedida na

manhã desta quarta-feira, dia 14, pela

Prefeitura de Valinhos, por meio da Secretaria

de Planejamento e Meio Ambiente, para a

Artnali Indústria e Comércio de Móveis. Desde

o último dia 1º de setembro, o município

passou a ser o 1º da RMC (Região Metropolitana

de Campinas) e 8º do Estado a efetuar

licenciamento e fiscalização de

empreendimentos de baixo potencial poluidor

(veja relação) e outras atividades que possam

causar impactos ambientais locais.

Anteriormente essas atribuições eram de

responsabilidade exclusiva da Secretaria de

Meio Ambiente do Governo do Estado de

São Paulo e da CETESB.

A entrega da documentação ocorreu durante

reunião ordinária do Conselho de Meio

Ambiente, realizada na Sala Ivan Fleury

Meirelles, no Paço Municipal, e foi feita pelos

secretário e diretor da pasta, Kiko Ferreira e

Silvio Spiandorelli, respectivamente, ao diretor

e ao técnico da Agência Ambiental Monte Reis,

que representaram a Artnali, Paulo Fernando

Monteiro e Arildo Lima, respectivamente.

Instalada há mais de 20 anos em Valinhos, a

Artnali está investindo no ramo de

industrialização de móveis e por isso teve que

se readequar à legislação. Segundo o diretor da

Agência Ambiental, que representou a

empresa, o processo foi acelerado em 30% em

relação ao prazo de liberação da CETESB

(Companhia de Tecnologia de Saneamento

Ambiental). 'A documentação que levaria 30

dias para ser liberada saiu em 20 dias. Isso

permitiu que a Artnali conseguisse em um

período menor de tempo concretizar o

financiamento para novos investimentos',

comentou Monteiro.

Pioneira

Valinhos entrou para a história ambiental do

Estado São Paulo no dia 26 de março deste ano,

com a assinatura de dois convênios inéditos

para implantação de um novo modelo de gestão

nesta área. Ação permite que as empresas

interessadas em se instalar, ampliar e renovar

suas atividades na cidade consigam toda a

documentação na própria Prefeitura, o que

facilita e dinamiza o processo.

A lei que permitiu a oficialização dos dois

convênios acima citados é de autoria do

prefeito Marcos José da Silva (PMDB) e foi

promulgada no dia 16 de setembro de 2008.

Segundo o gerente da regional da CETESB de

Campinas, Alberto Degrecci Neto, Valinhos foi

o município escolhido, pois, juntamente com

Campinas, é um dos que têm mais demanda

por esse serviço na RMC.

Licenciamento

Os empresários interessados na solicitação de

licenciamento ambiental das atividades de seu

empreendimento devem se dirigir ao

Departamento de Meio Ambiente, que é ligado

à Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente,

para retirar a listagem de documentos

necessários. Após a entrega de toda a

documentação o pedido será protocolado para

então ser analisado. Futuramente o processo

de licenciamento também poderá ser feito pela

Internet. O programa já está sendo

desenvolvido pelo Departamento de

Informática da CETESB, com apoio da

Prefeitura.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=17878994&e=577

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Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 04/02/2019

Por dia, 60 milhões de litros de esgoto são despejados no Rio Tamanduateí

SEGUNDO ESPECIALISTAS, CORPO D'ÁGUA

ESTÁ 'MORTO' DEVIDO À CONTAMINAÇÃO DE

DEJETOS LANÇADOS

O Rio Tamanduateí recebe 698 litros de esgoto

in natura produzidos a cada segundo por

moradores de Santo André e Mauá. A

quantidade equivale a 60 milhões de litros

diários de dejetos despejados no principal corpo

d'água urbano da região, que nasce no Parque

Ecológico Gruta Santa Luzia, em Mauá, e

deságua no Rio Tietê, na Capital, passando

ainda por São Caetano. Em conta hipotética, o

volume equivale a quase 30 milhões de

garrafas PET de dois litros sendo lançadas a

cada dia no leito, que tem 35 quilômetros de

extensão, sendo deles 19 quilômetros na

Avenida dos Estados.

Sozinha, Santo André contribuiu no ano

passado com 1,3 milhão de metros cúbicos de

esgoto jogados por mês no rio, média de 233

litros por segundo. O volume, conforme o

Semasa (Serviço Municipal de Saneamento

Ambiental de Santo André), tem sido reduzido

gradativamente. Em 2017, o despejo foi de

521,5 litros por segundo.

Mauá, que alcançou índice de 73% de

tratamento de esgoto, é outro município que

ainda não conseguiu solução para o problema.

No ano passado, o Rio Tamanduateí recebeu

199 litros de esgoto por segundo, algo em torno

de 516,3 mil metros cúbicos por mês. O índice

é inferior aos 233 litros de esgoto lançado no

rio em 2017.

São Caetano, que também é cortada pelo rio, é

a única cidade que não despeja mais dejetos

desde 2009, quando atingiu a marca de 100%

de esgoto coletado e tratado.

Para o mestre em tecnologia ambiental João

Carlos Mucciacito, docente da FSA (Fundação

Santo André), embora municípios venham

apresentando queda do volume de esgoto

doméstico descartados no Tamanduateí, o atual

cenário faz com que as probabilidades de

reverter a contaminação sejam mínimas. 'Essa

situação é praticamente irreversível. Hoje, o

Tamanduateí está morto, sem qualquer vida de

plantas e animais. Para agravar a situação, o

rio está exposto a ser o principal canal de

esgoto da região.'

Segundo ele, o problema é agravado com a

falta de políticas públicas para saneamento

básico, como a criação de redes e coletores

tronco para permitir o transporte do material

para tratamento. 'Falta vontade das prefeituras

em executar essas ações para que o Estado,

que tem feito isso em diversos locais, efetive o

tratamento dessa água.' Acabar com as

ligações clandestinas de esgoto e aprimorar a

fiscalização, segundo o estudioso, ajudariam o

processo.

Segundo a bióloga e professora da USCS

(Universidade Municipal de São Caetano) Marta

Ângela Marcondes, o que nota-se hoje é cenário

oposto. 'As ocupações estão crescendo e o rio

tem morrido a 500 metros de sua nascente.

Depois disso, é só lixo e bactérias fecais.'

Tal situação, conforme a bióloga, tem exposto

moradores do entorno do rio a problemas de

saúde. 'Em janeiro, com as enchentes, essa

água contaminada do rio invadiu diversas casas

colocando em risco moradores', explicou.

OUTRO LADO

Por meio de nota, o Semasa afirma que

trabalha constantemente na ampliação do

tratamento de esgoto. A principal frente de

trabalho para alcançar a meta é a implantação

de 6.700 metros de redes e coletores tronco em

várias regiões da cidade, num investimento de

R$ 15,6 milhões. As obras, que foram iniciadas

no fim de 2017, serão concluídas ao longo deste

ano e têm financiamento da Caixa, com

recursos do governo federal.

De acordo com a BRK Ambiental, responsável

pelo saneamento básico de Mauá, a empresa

tem tratado cerca de 50 milhões de litros de

esgoto diariamente, o que representa média de

16,9 milhões de metros cúbicos ao ano de

esgoto que deixam de ser lançados no leito do

rio.

Apenas dois pontos dos 19 quilômetros de

extensão do Tamanduateí na região são

monitorados pela Cetesb (Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo).

Segundo especialistas, o baixo índice de

acompanhamento das amostras de água

retiradas do canal é um dos principais fatores

para o estado crítico do rio.

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'Sem esse monitoramento é impossível saber a

real situação da qualidade do rio e o que pode

ser feito para sanar o problema', aponta a

bióloga e professora da USCS (Universidade

Municipal de São Caetano) Marta Ângela

Marcondes.

A crítica é compartilhada pelo professor e

mestre em tecnologia ambiental João Carlos

Mucciacito. 'Se não tem coleta de amostra

pouco se sabe do rio.' Segundo a Cetesb, os

pontos de análise estão na Avenida do Estado,

na divisa de Santo André com Mauá, e outro no

trecho de São Caetano. DM

O Daee (Departamento de Águas e Energia

Elétrica) de São Paulo diz que está investindo

R$ 2,9 milhões no desenvolvimento de 'grande

projeto executivo' para recuperação de pontos

críticos, contenção de margens, avaliação de

segurança e monitoramento em 16 dos 35

quilômetros das margens do Rio Tamanduateí.

O trecho inclui os municípios de São Paulo, São

Caetano e Santo André. O trabalho teve início

em abril de 2017 e a previsão é concluí-lo no

mês que vem.

Em relação aos municípios da região, o órgão

argumenta que foi feita inspeção das

contenções no trecho da foz do córrego

Oratório até proximidades do Carrefour, em

Santo André, numa extensão de cinco

quilômetros, para os quais deverão ser

elaborados os respectivos projetos de

recuperação. DM

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=17882924&e=577

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Data: 04/02/2019

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VEÍCULOS DIVERSOS

Veículo: O Globo

Editorial O Globo:Multas ambientais não podem ser ignoradas

Desde a tragédia de Mariana, em 2015,

menos de 15% dos autos de infração

foram pagos

No dia seguinte ao rompimento da Barragem da

Mina do Feijão, em Brumadinho, o ministro do

Meio Ambiente, Ricardo Salles, anunciou que o

Ibama aplicaria multa de R$ 250 milhões à Vale

pelo desastre que deixou pelo menos 121

mortos, 212 desaparecidos e danos

incalculáveis. A enxurrada de 12 milhões de

metros cúbicos de lama, que soterrou

instalações administrativas da mineradora,

casas, sítios e plantações, já ameaça afetar o

abastecimento de cidades como Pará de Minas,

podendo até mesmo chegar ao São Francisco.

O valor da multa, que corresponde à soma de

cinco autos de infração de R$ 50 milhões,

impressiona, mas a realidade mostra que esses

recursos dificilmente irrigam os cofres dos

órgãos ambientais. Como mostrou reportagem

do GLOBO publicada na quarta-feira, desde o

rompimento da Barragem do Fundão, em

Mariana, em novembro de 2015, a mineradora

Samarco, que tem como acionistas a Vale e a

BHP Billiton, recebeu 25 autos de infração,

totalizando R$ 350 milhões. Nada pagou. A

Vale, multada em R$ 139 milhões, também não

desembolsou um centavo até agora.

O desastre de Mariana, o maior desse tipo já

registrado no Brasil, despejou no meio

ambiente 62 milhões de metros cúbicos de

rejeitos de minério de ferro, cinco vezes mais

do que o de Brumadinho. Os efeitos para a

natureza foram catastróficos. A lama, que

atingiu o Rio Doce, percorreu mais de 600

quilômetros até chegar à costa do Espírito

Santo, deixando um rastro de destruição jamais

visto no país. Municípios mineiros e capixabas

até hoje sofrem com o impacto da tragédia.

Não importa se estão em jogo os dois maiores

desastres ambientais do país ou um crime

ecológico de baixo potencial. O fato é que, na

prática, essas multas não são pagas. Desde

2015, o Ibama expediu 63.021 autos de

infração. Desse total, foram quitados apenas

9.257, ou 14,6%. É comum que as empresas

recorram das punições e posterguem ao

máximo os pagamentos, aproveitando-se de

brechas na legislação.

Diferentemente do que pregou o presidente Jair

Bolsonaro, que, antes de assumir, prometeu

acabar com a “festa de multas” dos órgãos

ambientais, o pagamento é exceção à regra.

Um desses casos isolados ocorreu em janeiro

de 2000, quando 1,3 milhão de litros de

combustível vazou de um duto da Reduc,

transformando a Baía de Guanabara num mar

de óleo — a foto do mergulhão agonizando

virou um símbolo do acidente. Multada pelo

Ibama em R$ 50 milhões — máximo previsto

na Lei de Crimes Ambientais —, a Petrobras

pagou de imediato, por decisão do então

presidente Fernando Henrique Cardoso.

Se multas lavradas pelos órgãos ambientais

não são pagas, o papel pedagógico da punição

é nulo. Sinaliza que cidadãos ou empresas

podem desmatar florestas, poluir rios e mares,

fazer pesca predatória, tornar o ar irrespirável,

extrair recursos naturais de forma ilegal etc.

sem qualquer temor. De certo,

poucoounadaganhamcomisso,como provam as

tragédias de Mariana e Brumadinho. E todos

nós perdemos.

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Data: 04/02/2019

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Veículo: O Globo

Política e mineração de mãos dadas em Minas Gerais

Principal representante do setor tem há

duas décadas influência multipartidária

Naquela noite de julho de 2014, a decoração do

salão de festas no alto do prédio mais alto da

cidade, de onde só se avista uma Belo

Horizonte não afetada pela mineração, era

inspirada em Las Vegas. Os convidados a

celebrar as 60 primaveras do presidente do

Sindicato da Indústria Mineral do Estado de

Minas Gerais (Sindiextra), José Fernando

Coura, dividiam-se basicamente em dois

grupos: gente da política ou da indústria da

mineração. Em Minas Gerais, uma turma está

para a outra como o queijo para a goiabada.

Presentes o governador em exercício, Alberto

Pinto Coelho (PP), e os dois principais

candidatos à sucessão — Fernando Pimentel

(PT) e Pimenta da Veiga (PSDB). Também

secretários de governo, prefeitos,

parlamentares das extensas bancadas da

mineração, tanto da Assembleia mineira quanto

da Câmara Federal. De PT a PSDB, PP a MDB.

No meio da noite, a surpresa foi quando o

aniversariante pegou o microfone para

interpretar canções românticas da MPB. A

plateia vibrou.

DOMINGOS PEIXOTO

Intimidade. Relação de mineradoras com

políticos de Minas é próxima

Os quatro mandatos consecutivos de Coura à

frente do sindicato da indústria mineral

significam quase duas décadas dedicadas a

influenciar o mundo político mineiro. Um

pequeno fragmento do alcance de sua ação foi

conhecido na Operação Acrônimo, quando a

Polícia Federal flagrou o Sindiextra pagando R$

400 mil ao assessor e testa de ferro de

Fernando Pimentel, Otílio Prado, em 2013 e

2014. O episódio é alvo de inquérito no

Superior Tribunal de Justiça (STJ). Coura não

se manifesta sobre o assunto. “Será

plenamente esclarecido”, limitou-se a dizer, na

última sexta-feira, ao GLOBO, por meio da

assessoria do Sindiextra. Ele também minimiza

a relação construída com políticos: “São

relações estritamente institucionais e com

diversas instâncias dos poderes”. O sindicato

divulgou comunicado lamentando o ocorrido

em Brumadinho. “Não mediremos esforços

para amenizar a dor das vítimas e de seus

familiares”, diz o texto.

Presença notada na festa de aniversário de

Coura e em eventos do Sindiextra, o deputado

federal Leonardo Quintão (MDB-MG) é

reconhecido como principal líder em defesa dos

interesses do setor no Parlamento —e o

primeiro da lista de doações a parlamentares

mineiros por mineradoras em 2014 (R$ 2,1

milhões), ano em que era permitida a doação

de empresas. Em 2013, ele foi o relator da

medida provisória que criou a Agência Nacional

de Mineração (ANM), ocasião em que suprimiu

dois dispositivos que aumentariam a

fiscalização de barragens de rejeitos, segundo

reportagem do “Valor”. Em nota, o deputado

alegou que a supressão visou preservar a

competência de servidores que cuidam da

fiscalização.

Braço direito e esquerdo da articulação

partidária dos 12 anos de governo tucano em

Minas (20032014), o discreto ex-chefe da Casa

Civil Danilo de Castro também nunca faltou às

festas de Coura. Em conversa gravada por

Joesley Batista, da JBS, em março de 2017,

Aécio Neves (PSDB-MG) contava como

vantagem o fato de ter nomeado, naquele dia,

o presidente da Vale.

—Consegui fazer um negócio raro pra caralho,

botei o cara dentro do headhunter, vai ser

anunciado segunda de manhã (...) (Luiz)

Trabuco (então presidente do Bradesco) e

(Paulo) Caffarelli (então presidente do Banco do

Brasil) estão sabendo, fechamos hoje, batemos

o martelo —disse Aécio em gravação entregue

à PF.

Na segunda-feira, Fábio Schvartsman foi

anunciado como presidente da Vale. Na última

sexta, Trabuco e Caffarelli negaram ao GLOBO,

em nota, ter havido o acerto relatado por Aécio.

Já o tucano não quis dizer se blefava ou falava

a verdade. “A gravação retratou um diálogo

pessoal e informal ”, informou o advogado

Alberto Toron.

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Data: 04/02/2019

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Veículo: O Globo

DANO AMBIENTAL AMEAÇA CENTENAS

DE ESPÉCIES

ÁREA AFETADA ERA DE MATA ATLÂNTICA

O desastre da Vale foi também uma tragédia

ambiental: levou florestas, secou cursos d’água

e ameaça uma área mais complexa para

equilíbrio ambiental do que em Mariana. “A

cachoeira é barranco de chão, e a água se

caindo por ele, retombando; o senhor consome

essa água, ou se desfaz o barranco, sobra

cachoeira alguma? Viver é negócio muito

perigoso”, escreveu João Guimarães Rosa em

“Grande Sertão: Veredas”. Cachoeiras,

nascentes, riachos, rio, floresta, a barragem da

Vale em Brumadinho matou tudo em seu

caminho, num golpe de uma onda de rejeito só.

Menor em quilômetros do que o desastre de

Mariana, causado pela Samarco controlada pela

mesma Vale, o de Brumadinho é gigante em

gravidade: as florestas e rios afetados eram

muito mais ricos e importantes para o equilíbrio

ambiental, salientam especialistas. —Desta

vez, a perda de vidas humanas é colossal. Mas

isso não significa que o dano ambiental seja

pequeno, ao contrário. Florestas de enorme

importância hídrica e para a biodiversidade

foram perdidas. O dano ambiental fará sofrer

população e natureza por muitos anos — afirma

Servio Pontes Ribeiro, professor de ecologia da

saúde da Universidade Federal de Ouro Preto

(UFOP), que estuda o impacto do desastre de

Mariana e agora se debruça sobre o de

Brumadinho.

REFÚGIO DE VIDA SELVAGEM

A lama da Vale afetou, destacam cientistas,

algumas das últimas áreas significativas de

Mata Atlântica e Cerrado de Minas, dentro da

Reserva da Biosfera da Unesco da Serra do

Espinhaço. O luga ré considera doum refúgio

devida selvagem. Delas vem a água que dá de

bebera homens e animais. Sem bichos que

semeia mas árvores não há floresta, sem

floresta não há água. E sem água, perecem os

homens. Guimarães Rosa, que se criou nas

terras do sertão do Paraopeba, foi profético

sobre sua terra natal. Viver sob as barragens

de mineração, é mesmo muito perigoso. A lama

desce lentamente, mas não vai parar, alerta

Ribeiro. E, desta vez, afetou o Paraopeba, um

rio até então mais saudável que o Doce e seus

tributários, arrasados pela barragem da

Samarco, em 2015. Não se sabe o quanto de

lama se entranhará no leito do Paraopeba, um

rio que era a reserva da região metropolitana

de Belo Horizonte para as secas, acrescenta

Ribeiro. Ao matar avida microbiana no solo enol

ei todos rios, o impacto ambiental ganha

profundidade e duração de décadas, avalia

Vasco Azevedo, cujo grupo da Universidade

Federal de Minas Gerais (UFMG) investiga a

relação entre o desastre de Mariana e casos de

dengue, zika e febre amarela. Análise

preliminar do Ibama indicou que 2,6 milhões de

metros quadrados de mata foram destruídos

pela lama. Essas eram algumas das melhores

florestas de Minas, frisa Yasmine Antonini,

ecóloga e especialista em matas protetoras de

cursos d’água do Departamento de

Biodiversidade e Meio Ambiente da UFO Peque

também estuda o impacto do desastre de

Mariana. O governo de Minas recomendou às

pessoas não beberem a água do Rio Paraopeba,

devastado pela barragem da Vale. Mas animais

não assistemà TV. E não têm outra água para

beber se não aquela que agora está cheia dela

made minério. O presidente do Comitê da Bacia

Hidrográfica do Paraopeba, Winston Caetano de

Souza, observa que a área afetada era repleta

de nascentes que alimentam o rio. Yasmine

Antonini salienta que os inventários de fauna e

flora são incompletos, mas o pouco que sabe

revela que ali existem árvores gigantescas e

nobres da Mata Atlântica, como os jacarandás,

plantas quase extintas do Cerrado e uma fauna

rica o suficiente para sustentar animais de topo

de cadeia, como a onçaparda e o lobo-guará.

Porém, desde o fim de semana passado peixes

agonizam e morrem sufocados em lama no

Paraopeba. Além das árvores arrancadas pelo

tsunami de lama, o desastre afeta as florestas

ao acumular rejeito. Segundo ela, pode

acontecer então um fenômeno observado em

Mariana. Lá árvores que não foram derrubadas

se tornaram mortas em pé. A lama afoga as

árvores ao penetrar no solo, explica Yasmine.

Do Paraopeba vem 53% da água da Região

Metropolitana de Belo Horizonte, diz Souza. Ele

deságua no São Francisco, na Barragem de

Três Marias. Uma vez lá, pode deixar o Velho

Chico ainda mais doente eleva rorejei toa o

Semiárido nordestino, castigado pela seca. Já

foram encontrados níveis muito acimado

permitido de ferroe outros minerais que

oferecem uma sopa de nutrientes para

microorganismos que trazem morte, diz

Fabiano Thompson, do Laboratório de

Microbiologia da UFRJ. “Como os rios não

dormem. Ori onã oque rira nenhum aparte, e

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Grupo de Comunicação e Marketing

leque ré chegaras ermais grosso, mais fundo”,

nas palavras de Rosa. O Paraopeba, “rio raso”

em tupi, se arrasta em alguns trechos

aprisionado pela lama. Seu futuro é incerto.

— A área afetada é menor. Mas não o impacto,

pois esse tipo de desastre provoca uma reação

em cadeia na floresta ena recar gade água—

salienta Yasmine Anto nini.

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Data: 04/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: O Globo

Desastres colocam em xeque modelo de mineração no Brasil

Órgão fiscalizador tem apenas 34 agentes para

dar conta de 717 barragens em todo o país. Em

Minas Gerais, são só cinco

Orompimento das barragens de Mariana e de

Brumadinho, em Minas Gerais, com o colapso

das estruturas de rejeitos úmidos de minério de

ferro, trouxe à tona a discussão sobre a forma

como o material é armazenado no Brasil e a

necessidade de encontrar alternativas para a

atividade da mineração no país. Especialistas

são unânimes em condenar o método de

construção por alteamento a montante,

utilizado nos dois reservatórios que foram ao

chão. O desastre também chamou atenção para

a fiscalização federal de barragens de

mineração praticamente inexistente no país. A

Agência Nacional de Mineração (ANM) tem

apenas 34 fiscais para dar conta de 717

barragens em todo o país. Em Minas Gerais,

estado que concentra o maior número de

estruturas no país, são apenas cinco. Para

fiscais do órgão ouvidos pelo GLOBO, seriam

necessários, no mínimo, dois mil profissionais

para conseguir acompanhar presencialmente

todo o sistema de barragens de mineração no

Brasil. A última vez que a barragem rompida

em Brumadinho foi visitada pelos técnicos do

órgão responsável pelo monitoramento foi em

2016. A fiscalização da agência ocorre de duas

formas. Uma delas é documental. A agência

recebe as declarações de estabilidade das

próprias empresas, com relatórios de inspeções

quinzenais e com declarações de estabilidade

duas vezes por ano. A barragem da Vale teve

declaração de estabilidade entregue pela

mineradora em nome de consultorias como a

Tüv Süd pelo menos três vezes em 2018. A

segunda forma de fiscalização pela ANM é

presencial. Técnicos afirmam reservadamente,

no entanto, que o monitoramento in loco é raro

e, em alguns empreendimentos, nunca

ocorreu. Não há braço suficiente para dar conta

de mais de 700 barragens espalhadas por 20

estados. Diante da crise, a agência tentará

contratar funcionários temporários para a

função de fiscal até conseguir fazer um

concurso público. Para um diretor do órgão, no

entanto, a chave de tudo isso é investimento

em tecnologia para monitoramento online e em

tempo real de cada uma das estruturas.

Exploração. Minas de minério de ferro da

Samarco em Mariana (MG), reformuladas

depois do desastre em novembro de 2015

PREOCUPAÇÃO

O que mais preocupa o governo são as 88

barragens espalhadas pelo país e construídas

seguindo a técnica de alteamento a montante.

Nesse modelo, a barragem vai crescendo em

forma de degraus para dentro do reservatório,

utilizando o próprio rejeito do processo de

beneficiamento do minério sobre o dique inicial.

Este tipo de barragem já é proibido no Chile,

por exemplo, e tem sido menos usado nos

Estados Unidos e na Europa. Os outros tipos de

construção, considerados mais seguros, são

alteamento a jusante, linha de centro e etapa

única.

A ANM estuda mandar eliminar todas as

estruturas a montante, assim como a Vale

anunciou que fará com seus dez reservatórios

desse tipo. Desde 2016, após o desastre de

Mariana, o governo não autoriza mais a

construção de barragens desse tipo. O

problema é o passado. Das 88 estruturas, 43

são classificadas como de alto dano potencial

associado. Roberto Galery, professor e

pesquisador da faculdade de Engenharia de

Minas da UFMG, alerta que qualquer barragem

de mineração precisa ter um sistema de

drenagem eficiente, monitorado e controlado

para a estrutura não encharcar e desabar. —O

nível de água da barragem tem que ser mantido

o mais baixo possível. A grande questão é

drenar para fora da barragem a água e isso

independente do modelo de construção —

afirma. Carlos Barreira Martinez, pesquisador

da UFMG e especialista em engenharia

hidráulica, critica o setor mineral por, segundo

ele, usar técnicas ultrapassadas, e cita

monitoramentos com sensores a laser, de

vibração e sonoros que devem ser usadas para

monitorar barragens. — Existe uma lei de

segurança de barragem. Ela tem que ser

seguida —afirmou. O processamento de

minério a seco vem sendo defendido por

especialistas como alternativa para as

barragens de todos os tipos.

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Data: 04/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Reuters

ONS eleva previsão de carga de energia; reduz previsão de chuvas em

hidrelétricas

A carga de energia elétrica no Brasil em

fevereiro deverá atingir 74.028 megawatts

médios, alta de 8,1 por cento ante o mesmo

período de 2018, apontou nesta sexta-feira o

Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS),

que elevou sua previsão para carga após

recordes vistos ao longo de janeiro.

Na semana anterior, o ONS previa carga de 7

por cento para fevereiro.

Ao mesmo tempo em que elevou a previsão de

carga, que representa a soma do consumo com

as perdas na rede elétrica, o ONS apresentou

previsões de chuvas mais pessimistas para

fevereiro nas áreas das principais hidrelétricas

do país.

O ONS prevê chuvas em 16 por cento da média

histórica na área de hidrelétricas do Nordeste

neste mês, ante 18 por cento da previsão da

semana anterior.

Para o Sudeste, onde se concentram os

principais reservatórios, as chuvas foram

estimadas em 63 por cento da média, ante 71

por cento na semana anterior.

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Data: 04/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Petro Notícias

Naturgy prevê investimentos de R$ 283 milhões em 2019 e expansão de

consumidores de gás nos próximos cinco anos

Agora com uma nova marca, a Naturgy (antiga

Gas Natural Fenosa) traça as metas para o

mercado brasileiro. Em termos de

investimentos, a empresa pretende

desembolsar cerca de R$ 283 milhões somente

em 2019 no país, sendo que o número pode

ainda sofrer alguma variação. O grupo, como

se sabe, controla as distribuidoras de gás

encanado no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Entre 2013 e 2018, a empresa chegou a nove

novos municípios destes estados e o objetivo

para os próximos cinco anos é conquistar 250

mil novos consumidores. “A ideia é fomentar o

crescimento de clientes nas áreas já atendidas

no Rio de Janeiro e em São Paulo além da

ampliação de consumo e do desenvolvimento

de novos produtos e equipamentos a gás”,

detalhou a country manager da Naturgy, Katia

Repsold. A executiva comentou ainda que a

Naturgy avaliará novas oportunidades também

em energias renováveis, setor onde a

companhia fez recentes investimentos. “Tanto

o gás natural como as energias renováveis

terão um papel muito importante na transição

energética no Brasil e no mundo”, concluiu.

Sobre a mudança de nome da empresa, poderia

falar da principal estratégia ao adotar a nova

marca?

O Grupo optou por adotar uma marca mais

simples e moderna, alinhada aos novos

objetivos de negócio e às mudanças que o

modelo global de energia sofreu ao longo dos

anos. O Grupo não se restringe somente à

distribuição do gás natural. A nova marca

reflete a atual proposta de valor da empresa.

Um dos objetivos dessa mudança é o impulso

global e transformador da nova denominação,

buscando consolidar a empresa como uma das

principais operadoras de energia a nível global.

Quais são os planos da empresa para 2019 no

Brasil? A Naturgy prevê investir cerca de R$ 1,7

bilhão no Brasil até 2022. Existe uma

estimativa de quanto será aplicado somente em

2019?

As distribuidoras estão neste momento em

processo de revisão tarifária quinquenal e o

plano de investimento está em fase de ajuste

por parte das Agências e Governos Estaduais

em razão dos projetos de infraestrutura

requeridos. O investimento atualmente

previsto para 2019 no Brasil é da ordem de R$

283 milhões, podendo ainda sofrer alguma

variação. Nos próximos anos, o Grupo pretende

investir especialmente em gás natural e em

energias renováveis. Um exemplo disso são

nossas plantas fotovoltaicas já em operação no

Piauí e em Minas Gerais. Tanto o gás natural

como as energias renováveis terão um papel

muito importante na transição energética no

Brasil e no mundo. A perspectiva neste setor

está alinhada com nosso novo posicionamento

e agora também expresso em nossa nova

marca.

Poderia detalhar um pouco sobre os planos de

expansão da distribuição de gás encanado no

Rio, especialmente no subúrbio?

A ideia é fomentar o crescimento de clientes

nas áreas já atendidas no Rio de Janeiro e em

São Paulo além da ampliação de consumo e do

desenvolvimento de novos produtos e

equipamentos a gás. Juntos, os dois estados

têm hoje 1,1 milhão de clientes. A expectativa

é captar cerca de 250 mil novos clientes nos

próximos 5 anos. Vamos consolidar o

crescimento dos últimos anos, aumentando a

quantidade de clientes nos municípios do

interior. Nos últimos cinco anos (2013 a 2018),

chegamos a 9 novos municípios: Japeri, Maricá,

Mangaratiba, Angra dos Reis, Cachoeiras de

Macacu e Saquarema, no Rio; e Botucatu,

Itapetininga e Tietê, em São Paulo.

Conforme mencionando anteriormente, a

empresa fez investimentos em renováveis.

Ainda há o interesse em expandir mais a

atuação nessa área?

A Naturgy avaliará novas oportunidades em

energias renováveis, pois acredita que será

uma forma importante de diversificar a matriz

energética do país. Por meio da subsidiária

Global Power Generation (GPG), a Naturgy já

opera quatro plantas fotovoltaicas no Brasil. Em

2017, a companhia iniciou a operação das

usinas Sobral I e Sertão I, no Piauí. Em

dezembro de 2018, iniciamos a exploração

comercial das usinas solares de Guimarânia I e

II, em Minas Gerais. Com estes novos parques,

a GPG consolida sua presença no Brasil, com

mais de 150 MW em geração solar.

A Naturgy também atua em negócios não

regulados, por meio da empresa Naturgy

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Grupo de Comunicação e Marketing

Soluções, que fomenta projetos de eficiência

energética a partir do uso do gás natural.

Quais as perspectivas da Naturgy com o

mercado brasileiro para este ano e os

próximos?

O gás natural, por suas características e

flexibilidade, deve ocupar, cada vez mais, uma

posição de liderança no setor energético

brasileiro, não só pelo contínuo aumento de sua

oferta, mas também pela grande diversidade de

aplicações e eficiência energética. Nos

próximos anos, o país precisará de altos

investimentos em infraestrutura, elos

fundamentais na cadeia entre oferta e

demanda. Além de garantir maior

competitividade ao comércio, indústria e

transporte, e também mais modernidade e

segurança no fornecimento de energia às

famílias brasileiras, o crescimento da

infraestrutura de distribuição de gás no Brasil é

uma grande oportunidade para o aumento da

taxa de investimento no país e consequente

geração de empregos. O Grupo também

seguirá apostando em energias renováveis.

https://www.abegas.org.br/portal/?p=70429

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Data: 04/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Canal Energia

Cteep troca o equipamento que levou a desligamento em São Paulo

Ocorrência na noite de quinta-feira, 31 de

janeiro, e afetou cerca de 1 milhão de unidades

consumidoras em São Paulo e no ABC ainda

tem causa desconhecida

A Isa Cteep informou que estava

providenciando a substituição do transformador

de corrente que causou um grande

desligamento na noite da última quinta-feira,

31 de janeiro. A empresa relatou um princípio

de incêndio no equipamento instalado na

subestação Leste que foi totalmente desligada

em função da perda deste componente.

Em nota, a transmissora informou que “o

cenário atual, de altas temperaturas e elevado

consumo de energia, que tem registrado

seguidos recordes nos últimos dias, provocam

um estresse adicional aos equipamentos, o que

potencializa a possibilidade de falhas e

defeitos”.

E ainda que o atendimento de cargas da

subestação Leste já estava totalmente

normalizado desde as 21h56 do mesmo dia da

ocorrência. “A Companhia esclarece que o

equipamento que sofreu princípio de incêndio

passa diariamente por inspeções e que não

apresentava indícios de problemas. Por sua

localização em uma área de interligação entre

dois setores vitais da subestação, a perda do

equipamento impactou no desligamento total

da subestação”, explicou.

A ocorrência afetou a zona leste da cidade de

São Paulo e parte do ABC, região

metropolitana, deixando cerca de 1 milhão de

de clientes da Enel Distribução SP sem energia

por “pouco mais de uma hora”. A ISA Cteep

relatou uma explosão de TC do disjuntor P1 de

345 kV da SE Leste. A causa da ocorrência

ainda é desconhecida.

Segundo o Informativo Preliminar Diário da

Operação (IPDO), divulgado pelo Operador

Nacional do Sistema Elétrico, o desligamento

automático do setor 345 kV das subestações

Leste e Ramon Rebert Filho e dos equipamentos

a elas conectados aconteceu às 20h13,

provocando a interrupção de 1.209 MW de

carga.

O ONS afirmou que às 20h30 foi iniciado o

restabelecimento, tendo sido concluído

integralmente às 21h45. A Enel declarou que,

apesar de não ter sido responsável pelo

ocorrido, restabeleceu a energia em pouco mais

de 1 hora utilizando sistemas de automação e

realizando manobras na rede.

http://canalenergia.com.br/noticias/53089147

/cteep-troca-o-equipamento-que-levou-a-

desligamento-em-sao-paulo

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Data: 04/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Canal Energia

CPFL Santa Cruz coloca todos os consumidores de Jaguariúna com

medidores inteligentes

Investimento de R$ 25 milhões vai fazer

cidade ser a primeira do grupo a ter 100%

dos equipamentos

A CPFL Energia expandirá seus investimentos

em medidores inteligentes em Jaguariúna,

município da região metropolitana de

Campinas. A cidade, que pertence à área de

concessão da CPFL Santa Cruz, será a primeira

do Grupo a ter 100% dos seus clientes

residenciais, rurais e comerciais de pequeno

porte com os novos equipamentos. Com

investimento de mais de R$ 25 milhões, a

substituição acontecerá a partir de março de

2019.

De acordo com Caio Vinicius Malagoli, diretor

de Engenharia da CPFL Energia, a empresa

acredita que a digitalização das redes elétricas

é o futuro do setor, assim como o

empoderamento do consumidor, cada vez mais

ativo e consciente, que vem exigindo mais

transparência e liberdade de escolha. Segundo

ele, essa tecnologia trará praticidade ao cliente,

que acompanhará o volume de energia com

mais agilidade em até um dia depois de

consumido, por meio de canais de atendimento

online oferecidos pela empresa.

A cidade foi escolhida para receber este projeto

por ter uma diversidade de consumidores de

todas as classes, como residencial, comercial e

rural, por ser uma cidade que investe em

inovação e por ter um dos melhores índices em

fornecimento de energia. Segundo o presidente

da CPFL Santa Cruz, Marco Antônio Villela de

Abreu, em 99,95% das vezes que o cliente liga

o interruptor ou carrega o seu celular na cidade,

a energia está disponível. Para ele, esse projeto

reafirma ainda mais o compromisso com a

qualidade do serviço prestado no município.

http://canalenergia.com.br/noticias/53088959

/cpfl-santa-cruz-coloca-todos-os-

consumidores-de-jaguariuna-com-medidores-

inteligentes

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Data: 04/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

FOLHA DE S. PAULO Painel

Líder do governo Bolsonaro na Câmara estreia sob

desconfiança e ataques dentro do próprio partido

Técnico sem time O líder do governo na Câmara,

Major Vitor Hugo (PSL-GO), vai inaugurar sua

atuação nesta legislatura sob a desconfiança de

integrantes do próprio partido. Deputados do PSL

já esboçam uma rebelião contra o nome escolhido

por Jair Bolsonaro e buscam o apoio de

integrantes do Planalto para minar sua influência.

A ala da sigla que tenta criar clima para

enfrentamento atribui a Vitor Hugo articulação

para impedir que o delegado Waldir (PSL-GO)

assumisse a liderança da sigla na Casa.

Desafinados A indisposição de parte da legenda

de Bolsonaro com o líder do governo se soma a

uma série de pequenos desentendimentos que

fizeram do descompasso uma das marcas do PSL

desde a formação de sua numerosa bancada na

Câmara.

Desafinados 2 A ala do partido que se indispôs

com Vitor Hugo também vê digitais do líder do

governo na dissidência interna que levou o

presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), a disputar

o segundo turno da eleição para a Mesa Diretora

contra um integrante da própria sigla —Bivar

venceu, mas por uma margem apertada: 14

votos.

Prazo de validade Um grupo de deputados do

partido diz que a ingerência de Vitor Hugo em

decisões do PSL despertou antipatias e

questionamentos. A ideia de parlamentares e

pessoas próximas a Bolsonaro é provocar, mais

cedo ou mais tarde, uma mudança na liderança do

governo.

Só, somente só É consenso que a expressiva

votação obtida por Rodrigo Maia (DEM-RJ) em sua

reeleição na Câmara alçou o deputado democrata

a um novo patamar de articulação política. Desta

vez, Maia costurou acordos com outros partidos

sem interferência direta do Planalto a seu favor.

Obteve resultado notável.

Marco Um dirigente do partido de Maia diz que é

a primeira vez desde a eleição de Fernando Collor,

em 1989, que a repercussão da atuação da cúpula

do governo na eleição da Câmara foi

“praticamente nula”.

Ainda lembro Em reunião com a bancada do

PSDB, Maia agradeceu a ajuda que recebeu anos

atrás de Aécio Neves (PSDB-MG), apoiador de sua

primeira eleição ao comando da casa. “Não fosse

isso, talvez não estivesse aqui”, disse.

Vá na frente Governadores que se

comprometeram a ajudar o governo a aprovar a

reforma da Previdência dizem contar com o

empenho pessoal de Jair Bolsonaro no

convencimento de grupos afeitos ao presidente,

mas arredios ao projeto, como policiais.

Bala de prata Integrantes da equipe econômica

do governo dizem que o presidente vê a mudança

nas regras de aposentadoria como a proposta

mais importante de sua gestão e que, por isso,

não têm dúvidas de que ele vai atuar na linha de

frente da articulação.

Cego no castelo Parlamentares que tentaram

articular uma terceira via na disputa pela

presidência do Senado temendo a vitória de Davi

Alcolumbre (DEM-AP) dizem que foi Renan

Calheiros (MDB-AL) quem acabou impedido que

um novo nome germinasse.

Cego no castelo 2 O grupo que buscava

alternativa mais palatável ao embate público

contra Davi crê que Renan viu na decisão do STF

que restituiu o voto secreto um sinal de que

reorganizaria sua base. E, por isso, travou o plano

B.

Cego no castelo 3 Após a manifestação do

Supremo, o alagoano não atendeu telefonemas de

senadores que, ele sabia, buscavam outro nome.

#Novaera Randolfe Rodrigues (Rede-AP),

articulador da candidatura de Alcolumbre, está

vivendo um paradoxo na internet: tem sido

criticado pela esquerda e defendido por

simpatizantes de Bolsonaro.

Ao vivo “Você ajudou a eleger o candidato de

Onyx Lorenzoni, portanto, ajudou a eleger o

candidato de Bolsonaro. (…) Quando Davi

promover a agenda do governo contra nossos

direitos no Senado, suas digitais estarão lá”, disse

a ele o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, no

Twitter.

TIROTEIO

A Nova República acabou. Temos agora uma

ordem de outra natureza. E o MDB, pilar da última

era, sofreu as consequências

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Data: 04/02/2019

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Mônica Bergamo: STJ decide se espera prolongada em fila de banco pode gerar

indenização

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) decide nos

próximos dias se a espera muito prolongada na fila

de atendimento de um banco pode gerar

indenização.

QUANTO VALE

O caso envolveu o Banco do Brasil. Um cliente da

instituição chegou a esperar duas horas por

atendimento. A instituição foi condenada a pagar

R$ 25 mil à vítima.

BALANÇA

O STJ decidirá agora se mantém ou derruba a

decisão, com base no Código de Defesa do

Consumidor —e não de legislações locais.

AQUÁRIO

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) parecia

assustado um dia antes de tomar posse, segundo

interlocutores que estiveram com ele, em função

do ambiente que encontraria no Senado a partir

de sexta (1º), quando assumiu o mandato.

FEMINISMO

A atriz Camila Queiroz, que está no ar na novela

“Verão 90”, na faixa das 19h da Globo, é a capa

da revista Glamour de fevereiro; a publicação

chega às bancas nesta segunda (4)

INTERCÂMBIO

Procuradores da força-tarefa da operação Lava

Jato de Curitiba estão trocando informações com

os promotores envolvidos com as investigações do

rompimento da barragem em Brumadinho, em

Minas Gerais.

INTERCÂMBIO 2

Entre os assuntos tratados informalmente entre

eles estão as metodologias de investigação usadas

no Paraná. A melhor maneira de localizar dados

importantes dos computadores apreendidos, por

exemplo, é um dos ensinamentos passados para o

Ministério Público de Minas Gerais.

DESPEDIDA

Existe ao menos um precedente na operação Lava

Jato de preso que foi liberado após a morte de um

parente: o ex-deputado Luiz Argolo acompanhou

o enterro da avó, em 2017.

DESPEDIDA 2

Argolo estava preso no Complexo Médico-Penal,

na região metropolitana de Curitiba, e teve licença

de três dias para ir até a Bahia e comparecer ao

funeral.

PAI DE SANTO

O Condephaat, conselho estadual de patrimônio,

aprovou o tombamento de cinco terreiros de

candomblé em São Paulo.

Entre eles estão a sede do Ilê Afro-Brasileiro Odé

Lorecy, no Embu das Artes, e a casa de culto

Dâmbala Kuere-Rho Bessein, em Santo André.

GUARDAS

A diretora do CCSP, Erika Palomino, foi à abertura

da exposição “Guardiões”, do artista Samuel

d’Saboia, na Emmathomas Galeria, na quinta

(31). A apresentadora Marimoon e a atriz Thamiris

Mandú também compareceram.

ESCURINHO

Em 2018, o número salas de cinema no país bateu

recorde: 3.356. O pico anterior era de 1975,

quando existiam 3.276 locais de exibição no país.

Os números são de um levantamento da Ancine

(Agencia Nacional de Cinema).

DO CINEMA

O nível mais baixo foi atingido em 1995, com

apenas 1.033 salas.

Desde então, o número de locais veio crescendo

paulatinamente, até atingir o patamar atual.

DOSE...

Um panorama da obra do arquiteto Ruy Ohtake

poderá ser conferido simultaneamente em duas

exposições em SP. A partir do dia 26 de fevereiro,

o Museu da Casa Brasileira, com curadoria de

Agnaldo Farias, exibe cerca de 40 projetos de

Ohtake que foram construídos ou que estão em

processo de construção.

... DUPLA

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Grupo de Comunicação e Marketing

Já o Instituto Tomie Ohtake apresenta a produção

dele como designer a partir de 25 peças

selecionadas pelos curadores Fábio Magalhães,

Marili Brandão e Priscyla Gomes. A mostra será

inaugurada no dia 25 de fevereiro.

LAR

A Secretaria Municipal de Direitos Humanos abriu

edital para arrecadar doações de móveis e

utensílios domésticos para os 34 apartamentos de

um prédio de moradia popular recém-inaugurado

pela Cohab (Companhia Metropolitana de

Habitação de São Paulo).

DOCE LAR

O edifício Asdrúbal do Nascimento 2/Mário de

Andrade, na Bela Vista, centro de São Paulo,

abrigará 71 pessoas em situação de rua. Segundo

a prefeitura, 22,5% desse total serão idosos e

pessoas com deficiência e 22,5% já foram vítimas

de vulnerabilidade por questões de gênero.

PORTAS ABERTAS

Sob o comando do fotógrafo Iatã Cannabrava, a

Livraria Madalena reabriu na semana passada, na

Vila Madalena, em SP. Os também fotógrafos

Claudia Jaguaribe e Claudio Edinger passaram por

lá.

CURTO-CIRCUITO

A relações-públicas Pri Borgonovi será a promoter

do Camarote DaGaroa, nas noites de desfile do

Carnaval Paulistano no sambódromo do Anhembi.

O CineMaterna promove nesta segunda (4), às

14h10, sessão do filme “Como Treinar o Seu

Dragão 3”, no Cinemark do shopping Center

Norte, em São Paulo.

Os músicos Jair Oliveira e Luciana Mello fazem

show de tributo ao pai, Jair Rodrigues. Na terça

(5) e na quarta (6), no Theatro NET, na zona oeste

de São Paulo.

com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI E

VICTORIA AZEVEDO

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/02/stj-decide-se-espera-

prolongada-em-fila-de-banco-pode-gerar-

indenizacao.shtml

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Data: 04/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

ESTADÃO

Brumadinho, horror e responsabilidades

A ruptura da barragem de Brumadinho tem

começo, meio e fim. Apenas afirmar agora que

aconteceu por isso ou por aquilo é prematuro, até

porque o mais importante, já que não há mais

probabilidade de se encontrar pessoas vivas, é

resgatar os corpos das vítimas e permitir que as

famílias possam ao menos sepultar seus entes

queridos.

As imagens da destruição física, das pessoas

sendo retiradas da lama, dos corpos sendo

transportados, dos bombeiros e demais

envolvidos nas operações de resgate trabalhando

incessantemente, às vezes colocando suas

esperanças na capacidade dos cães encontrem um

corpo, são mais do que dramáticas. Elas espelham

o horror que os grandes cataclismos causam nos

seres humanos, impotentes diante da força de

eventos fora de controle e muito maiores do que

nós.

Brumadinho acontece poucos anos depois da

ruptura da barragem de Mariana e, ainda que

respeitadas as diferenças e tipicidades dos dois

acidentes, tem na sua origem uma mesma

empresa – a Vale, uma das maiores mineradoras

do mundo, fundamental para o Brasil, grande

empregadora, uma das maiores pagadoras de

impostos do país, indispensável para a viabilidade

e funcionamento de vários municípios, tida como

exemplo de profissionalismo e competência,

mesmo em comparações com as grandes

empresas internacionais.

As consequências da ruptura da barragem – que

não pode ser vista a priori como uma ação

deliberada ou pretendida pela empresa e seus

executivos – vão além do horror, da compaixão e

da solidariedade gerados pelas imagens. Entram

no campo do direito, da economia, da proteção ao

meio ambiente, da moral e da ética social. Entram

no campo da reparação dos danos e da apuração

das responsabilidades. Entram,

consequentemente, nos seguros contratados e na

responsabilidade das seguradoras.

A responsabilidade das seguradoras não é, em

hipótese alguma, a responsabilidade do segurado.

Mesmo que o sinistro tenha cobertura na apólice e

a seguradora indenize, a responsabilidade pelo

dano é intransferível e permanece integralmente

com o responsável por ele.

No acidente de Brumadinho existem diferentes

tipos de danos e, consequentemente, diferentes

responsabilidades, com certeza no campo civil e,

eventualmente, no campo penal.

A primeira destas responsabilidades compreende

os danos corporais, ou seja, os danos causados ao

corpo humano, inclusive a morte. Com certeza, a

apólice de seguro de vida em grupo da Vale em

favor de seus funcionários deve ter sido acionada

e, em função de suas características, as

indenizações por morte natural e morte acidental

deverão ser pagas rapidamente.

Além da apólice da Vale, é possível que existam

outras apólices de seguros de vida, que também

deverão ter rápido trâmite até o pagamento das

indenizações.

Os danos materiais sofridos por terceiros devem

ser rapidamente enfrentados já que não faz

sentido que quem já foi violentamente abalado

pela tragédia continue sendo penalizado pela

impossibilidade da reposição física de parte de seu

patrimônio.

A parte afetiva e a história das pessoas não são

resgatáveis com o pagamento de uma indenização

de seguro. Mas, mesmo assim, devem ser

incluídas e precificadas, tanto nos casos de morte

e invalidez, como nas perdas materiais, na

categoria dos danos morais.

Na sequência, dada a relevância social, os danos

ao meio ambiente devem ser considerados e

precificados, já que, no caso, o derrame de 12

milhões de metros cúbicos de dejetos terá impacto

significativo no futuro das áreas atingidas e no

valor total das indenizações.

É necessário elencar, no universo dos seguros, os

danos à própria barragem que foi destruída em

função de sua ruptura.

Finalmente, é indispensável equacionar a

responsabilidade civil dos administradores da

empresa no que tange aos danos causados à

própria empresa, aos acionistas e a terceiros em

geral por ação ou omissão em função de atos de

gestão.

Todos estes danos, em princípio, estão cobertos

por apólices de seguros contratadas pela Vale. Se

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Data: 04/02/2019

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as coberturas e os valores são adequados é outra

questão.

*ANTONIO PENTEADO MENDONÇA É SÓCIO DE

PENTEADO MENDONÇA E CHAR ADVOCACIA E

SECRETÁRIO GERAL DA ACADEMIA PAULISTA DE

LETRAS

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

brumadinho-horror-e-

responsabilidades,70002706582

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Data: 04/02/2019

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Política ambiental: o Brasil necessita de maturidade

Lama invadiu Brumadinho após rompimento de

barragem de rejeitos da Vale. Foto: Corpo de

Bombeiros de MG

Após quase três anos do rompimento da barragem

de Fundão, em Minas Gerais, o Brasil, novamente,

encara outro desastre ambiental de enormes

proporções. A barragem de Brumadinho,

construída em 1976, localizada na Bacia do Rio

São Francisco, em um afluente do rio Paraopeba,

também em Minas Gerais, rompeu-se nessa

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019. Diante do

acontecimento, a empresa responsável pelo

gerenciamento da barragem, a Vale, Sociedade de

Economia Mista, e o Poder Público poderão ser

responsabilizados por dano ambiental, se

comprovado, nos termos da lei.

A extração e utilização dos recursos naturais

somado ao baixo índice de fiscalização por parte

dos órgãos ambientais com àqueles que os

utilizam, a longo prazo, podem representar

severos problemas no desenvolvimento do país,

em especial se persistir a tendência do atual

governo brasileiro em flexibilizar a proteção do

meio ambiente a pretexto de progredir

economicamente.

O meio ambiente é um bem difuso, pertencente à

coletividade, em que o ser humano obtém os

recursos necessários para o desenvolvimento e

permanência da vida. A preservação do meio

ambiente não compete apenas ao Estado, mas aos

organismos que compõem a sociedade em geral.

Todos devem cooperar para a preservação, para o

desenvolvimento econômico sadio e compatível

com o tempo regenerativo do meio ambiente.

Em um breve lapso temporal, dois desastres

ambientais gravíssimos ocorreram no Brasil. O

rompimento da barragem de Brumadinho deve

servir como mais um aviso ao Poder Público de

como formular políticas públicas para a

preservação do meio ambiente, em especial a

necessidade do exercício efetivo e eficiente do

poder fiscalizatório do Poder Público frente as

empresas e programas de incentivos à

preservação.

O patrimônio ambiental brasileiro não tem sido

devidamente tutelado pelo Poder Público e o país

tem sido vítima constante de abusos por empresas

com pouco comprometimento em questões

ambientais e seus impactos perante a sociedade.

Sendo assim, percebe-se a incessante

transferência e esgotamento do patrimônio

coletivo para satisfazer interesses privados, o que

constitui confisco ambiental coletivo.

No Brasil, desvalorizar o meio ambiente ou

considerá-lo obstáculo para o desenvolvimento,

definitivamente, não é o caminho. Para melhor

elucidar, o atual governo tem demonstrado

enorme ceticismo quanto à preservação

ambiental, o que poderá representar um enorme

risco para a segurança do Brasil nas próximas

décadas em diversos setores, em especial nos

setores de energia, de recursos hídricos e

alimentício. Em diversos momentos, pautas como

a desregulamentação para a exploração do meio

ambiente têm sido discutidas sob o argumento de

que “existe uma indústria da multa” e que a

retomada do crescimento econômico não pode

esperar.

Não se pode estimular, como tem sido feito pelo

atual governo, inverdades e elucubrações no

inconsciente coletivo. Valer-se da condição

econômico-financeira do país para apequenar o

direito fundamental ao meio ambiente equilibrado

em prol de poucos grupos econômicos que obtêm

vantagens é um vilipêndio à Constituição e ao

futuro da nação.

Nessa perspectiva, há de se ressaltar que atribuir

exclusivamente ao atual governo a

responsabilidade pelo rompimento da barragem

em Brumadinho é equivocado. Contudo, há a

necessidade de alertá-los de que a vertente

política ambiental que tem sido demonstrada

recentemente deve ser radicalmente revista. A

coerência deve ser peça chave para a política

ambiental, encarregar a preservação do meio

ambiente a políticos com interesses notadamente

contraditórios nada mais é do que deixar aos

cuidados da raposa o galinheiro.

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As discussões acerca da utilização de recursos

naturais e preservação do meio ambiente têm sido

travadas mundialmente. Não é para menos, o

desafio ecológico é um dos maiores problemas –

ou talvez o maior – a ser enfrentando pelos

governos e pela humanidade. É fato consumado

que com o advento de inúmeras revoluções

tecnológicas, ininterruptamente se exige, extrai-

se e se polui cada vez mais o meio ambiente,

rompendo com a harmonia ecológica.

Em uma perspectiva global, isso impacta

violentamente o modo como os países e

governantes enfrentam a questão de preservação

ambiental. Problemas ambientais requerem

respostas e medidas a nível global. Assim,

distantes de solucionar os problemas decorrentes

do aquecimento global, do desgaste de recursos

não-renováveis e degradação severa do meio

ambiente, alguns políticos preferem acreditar que

esses problemas não existem.

Por fim, se o atual governo quer, de fato,

demonstrar que é diferente dos anteriores e que

vai mudar o Brasil, a sugestão é a de que repense

as políticas públicas ambientais e atue com

maturidade, valendo-se do conhecimento

científico de profissionais especializados em

proteção ambiental e desenvolvimento

sustentável e garanta a devida autonomia ao

Ministério do Meio Ambiente. Se o Brasil for capaz

de compatibilizar preservação ambiental com

desenvolvimento econômico, no futuro, tais

medidas serão responsáveis por colocar o país em

outro patamar no cenário internacional.

*Armando Luiz Rovai, professor de Direito

Ambiental da Universidade Presbiteriana

Mackenzie, e doutor direito político e econômico

em pela Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo

*Bruno Luis Talpai, bacharel em Direito pela

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e

pós-graduando em Ciências Políticas

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-

macedo/politica-ambiental-o-brasil-necessita-de-

maturidade/

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VALOR ECONÔMICO

Acordo por Itaipu ameaça pesar de novo

no consumidor

Por Camila Maia e Rodrigo Polito

O governo tem nas mãos uma bomba-relógio: o

vencimento do contrato da usina binacional de

Itaipu em agosto de 2023, que pode custar bilhões

às distribuidoras - e aos consumidores - em uma

nova crise de descontratação involuntária de

energia. A negociação entre Brasil e Paraguai

precisa avançar com urgência, uma vez que as

empresas já estão contratando, desde o ano

passado, energia com entrada em operação em

2023, contando com a manutenção das regras

vigentes do contrato - o que dificilmente deve

acontecer.

Hoje, o Brasil tem direito a 50% dos 14 gigawatts

(GW) de energia da usina, além de comprar 85%

da fatia correspondente ao Paraguai. No total,

essa energia abastece cerca de 15% da demanda

das distribuidoras no país e é alocada por meio de

cotas proporcionalmente em cada uma. Cada

distribuidora tem uma "cota" equivalente a um

percentual da garantia física da usina alocada ao

Brasil. Esse percentual continua sendo

considerado nas declarações de demanda das

distribuidoras para depois de 2023, ainda que não

se tenha garantia de que as condições serão as

mesmas.

Com o vencimento do chamado Anexo C do

contrato, que determina as regras de

comercialização da energia da usina, devem

acontecer mudanças, como a nova alocação da

energia por meio de leilões. Além disso, o Paraguai

pode negociar sua parcela a preços mais atrativos

para eles, e mais altos para os consumidores

brasileiros.

Algumas distribuidoras podem ficar com buracos

em seus portfólios, caso não consigam recontratar

a energia de Itaipu em leilões ou se o Paraguai

encontrar outro destino para sua fatia hoje

vendida no Brasil.

De acordo com o especialista em energia Rômulo

Mariani, do escritório Baraldi Mariani Advogados,

dado que a usina hidrelétrica é responsável por

uma fatia relevante da energia consumida no país,

a renegociação do anexo C do Tratado de Itaipu

enseja grande necessidade de planejamento. "O

impacto dessa energia na atividade das

distribuidoras é enorme", afirmou.

"O horizonte de planejamento quando se projeta

o consumo de energia é de longo prazo. Novos

ativos de geração em suas mais diversas fontes

são projetados com anos de antecedência. Logo,

saber com bastante antecedência como a energia

de Itaipu será alocada em nosso mercado é de alta

importância, pois impacta todo esse horizonte de

planejamento", explicou o especialista.

Em 2014, uma crise de descontratação

involuntária fez com que as distribuidoras

contraíssem uma dívida de mais de R$ 21 bilhões

com bancos, montante repassado às tarifas e cujo

pagamento ainda é responsável por quase 7% da

tarifa média de energia do país. Especialistas

alertam que o cenário pode se repetir.

O potencial de estrago é grande. Se o Paraguai

não renovar o contrato e decidir vender essa

energia no mercado livre, a exposição média das

distribuidoras será relevante. Além disso, quanto

menor o tempo suficiente para entrada em

operação de novos empreendimentos de geração,

maior é o custo. Se uma mudança do tipo for

definida em 2020, por exemplo, os novos projetos

terão menos de três anos para entrar em

operação, implicando um custo muito maior às

tarifas.

O Anexo C vence em agosto de 2023, mas o

mandato presidencial do Paraguai começa em

agosto de 2022. Como não há reeleição no país,

um acordo com o atual presidente, Mario Abdo

Benítez, teria até meados de 2022 para ser

concluído, alertou uma fonte próxima da situação.

Para o presidente do Instituto Acende Brasil,

Claudio Sales, o problema é menor do que parece.

O Anexo C vence em 2023, mas o Tratado de

Itaipu, que continuará em vigor, determina que,

no caso de um país não consumir toda a energia

de Itaipu a que ele tem direito, ele deve exportar

o excedente para o outro signatário. Portanto, na

prática, a energia da hidrelétrica destinada ao

Paraguai e não consumida por aquele país deve

ser fornecida ao Brasil. O que será revisto até

2023 é o valor de comercialização dessa energia a

partir daquele ano, pois é justamente quando

termina o pagamento do financiamento da obra de

Itaipu.

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"Não vejo grande mudança. O que será revisto é

o que terá que ser pago. Porém todas as regras do

tratado permanecem", afirmou Sales, ao Valor. "O

Paraguai não pode fazer o que quiser com essa

energia", completou.

Para Marco Delgado, diretor da Associação

Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica

(Abradee), a necessidade física de energia de

Itaipu está garantida, uma vez que o Paraguai não

tem outras alternativas para escoar essa energia.

Seguindo essa lógica, a decisão de manter o

percentual de garantia física no portfólio das

distribuidoras foi correta. "Se as distribuidoras

comprassem essa energia a partir de agora,

poderiam ficar com mais contratos que sua

necessidade física. Não podemos desconsiderar

essa energia, se não haveria uma expansão

irracional do sistema", disse.

O presidente da PSR, Luiz Barroso, tem opinião

divergente. "Tudo vai depender das oportunidades

que o governo paraguaio tiver para comercializar

essa energia, obedecendo as regras do tratado",

disse Barroso, que é ex-presidente da Empresa de

Pesquisa Energética (EPE). Segundo ele, se o

Paraguai tiver uma oferta para vender essa

energia a um preço maior para outro país, o Brasil

teria que cobrir o montante, que seria repassado

aos consumidores.

Não há rede de transmissão suficiente para escoar

essa energia para outros países, mas há arranjos

que podem ser feitos, segundo Barroso. "O

Paraguai tem também uma usina binacional com

a Argentina, pode fazer um 'swap' e deixar a

Argentina com 100% da energia dessa usina,

passando a usar parte de Itaipu hoje destinada ao

Brasil", explicou.

Também não há consenso sobre o preço da

energia de Itaipu depois do fim do contrato. Como

vai terminar o pagamento do financiamento da

usina, à princípio, a tendência seria de queda, mas

as incertezas sobre a forma da comercialização

dessa energia não permitem garantir que será

esse o caso.

Outro cenário possível é que o Paraguai aproveite,

no longo prazo, a redução do custo da energia de

Itaipu, disse Sales, do Acende Brasil. Nesse caso,

o governo paraguaio poderá estimular a ida de

grandes indústrias para o país, oferecendo um

custo baixo de energia, principal insumo para

muitos processos industriais. Nesse caso, um

consumo maior de energia no Paraguai pode

reduzir o volume de energia de Itaipu que o país

exporta para o Brasil.

https://www.valor.com.br/brasil/6102465/acordo

-por-itaipu-ameaca-pesar-de-novo-no-

consumidor

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Data: 04/02/2019

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Ministro quer renegociar com Paraguai

bases do tratado

Por Rodrigo Polito e Camila Maia

O ministro de Minas e Energia, Bento

Albuquerque, incluiu entre as prioridades de sua

pasta a renegociação com o Paraguai das bases

financeiras do Tratado de Itaipu e a retomada da

construção da usina nuclear de Angra 3. Os dois

temas, complexos, podem ser a primeira prova de

fogo da relação do ministro com a equipe

econômica do presidente Jair Bolsonaro.

A agenda para o mercado de energia elétrica

apresentada pelo ministro na primeira reunião

oficial com as associações do setor elétrico, na

última semana, em Brasília, é muito semelhante a

que foi elaborada pela equipe energética do então

ministro Fernando Coelho Filho, com a adição do

tema da conclusão da usina de Angra 3. É de se

esperar, então, que boa parte das medidas siga a

estratégia traçada por aquele grupo.

No caso de Itaipu, uma das propostas articuladas

pela equipe de Coelho Filho com os então

ministérios da Fazenda e Planejamento era a de

aproveitar a renovação do contrato da usina para

criar uma nova forma de comercialização de

energia da hidrelétrica para o Brasil, atualmente

feita por cotas. A ideia seria mudar esse modelo

basicamente para uma venda por leilões para os

mercados livre e/ou regulado. A renda oriunda

desses leilões, descontando o custo de operação

da usina, geraria um excedente ao governo

brasileiro, que poderia ser usado para reduzir

encargos do setor elétrico ou ir para o Tesouro.

Segundo uma fonte do setor elétrico, com a

intenção do governo Bolsonaro de concluir Angra

3, que ainda demanda investimentos de R$ 15

bilhões, uma saída para evitar um aumento de

preço da energia para o consumidor seria utilizar

a parte da eventual renda de Itaipu do Tesouro

para reduzir o custo da construção da usina

nuclear.

A ideia, porém, precisaria do aval do Ministério da

Economia, que atualmente está focado em ajustar

o desequilíbrio das contas públicas e certamente

se interessaria pelos recursos da renda de Itaipu.

De acordo com a fonte, o total dessa renda poderia

ser algo da ordem de R$ 2,8 bilhões anuais. Esse

valor considera um preço hipotético de venda da

energia de R$ 120 por megawatt-hora (MWh),

para um custo da ordem de R$ 40/MWh.

"Usar isso para concluir Angra 3 evitaria que a

tarifa da usina nuclear aumentasse e preservaria

o contrato que foi assinado, ou seja, evitaria que

aumentasse o encargo de energia de reserva

[cobrado de todos os consumidores do país]",

disse a fonte ao Valor. Para reequilibrar as contas

de Angra 3, o Conselho Nacional de Política

Energética (CNPE) aprovou um reajuste da tarifa

da energia da usina nuclear, de R$ 250/MWh para

R$ 480/MWh.

O Valor apurou ainda que o tema de Itaipu

dominou a pauta de um fórum sobre

aperfeiçoamento de mercado realizado pela

Fundação Getulio Vargas (FGV), na semana

passada, no Rio, e que contou com vários

especialistas do setor elétrico. Entre as principais

preocupações dos participantes do encontro,

estavam o aumento do preço da energia de Itaipu

para as distribuidoras e o risco de a decisão ficar

para a última hora e resultar em um acordo com

bases menos favoráveis para o Brasil.

O Anexo C do Tratado de Itaipu, que rege sobre a

comercialização da energia da usina, tem

vencimento em 2023.

https://www.valor.com.br/brasil/6102467/ministr

o-quer-renegociar-com-paraguai-bases-do-

tratado

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