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MUNICÍPIO DE PALMELA CÂMARA MUNICIPAL EDITAL Nº 166/DAF- DAG/2011 ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO DE ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO SOCIOEDUCATIVA DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR ANA TERESA VICENTE CUSTÓDIO DE SÁ, na qualidade de Presidente da Câmara Municipal de Palmela: Torna público, no uso das competências que lhe estão atribuídas pelo artigo 68º., nº. 1, alínea v), da Lei nº. 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei nº. 5- A/2002, de 11 de Janeiro, e para efeitos do estipulado no artigo 91º., do mesmo diploma legal, que a Alteração ao Regulamento de Actividades de Animação Socioeducativa da Educação Pré-Escolar, aprovada em 19/10/2011 e 28/11/2011, em reuniões de Câmara Municipal e de Assembleia Municipal, respectivamente, que se anexa a este Edital, entra em vigor no 1º dia útil após esta publicação. Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ter a habitual publicitação. E eu, José Manuel Monteiro, Director do Departamento de Administração e Finanças, o subscrevi. Palmela, 2 de Dezembro de 2011. A Presidente da Câmara Ana Teresa Vicente O Director do Departamento José Manuel Monteiro

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  • MUNICPIO DE PALMELA CMARA MUNICIPAL

    EDITAL N 166/DAF- DAG/2011

    ALTERAO AO REGULAMENTO DE ACTIVIDADES DE ANIMAO SOCIOEDUCATIVA

    DA EDUCAO PR-ESCOLAR

    ANA TERESA VICENTE CUSTDIO DE S, na qualidade de Presidente da Cmara

    Municipal de Palmela:

    Torna pblico, no uso das competncias que lhe esto atribudas pelo artigo 68., n.

    1, alnea v), da Lei n. 169/99, de 18 de Setembro, na redaco dada pela Lei n. 5-

    A/2002, de 11 de Janeiro, e para efeitos do estipulado no artigo 91., do mesmo

    diploma legal, que a Alterao ao Regulamento de Actividades de Animao Socioeducativa da Educao Pr-Escolar, aprovada em 19/10/2011 e 28/11/2011,

    em reunies de Cmara Municipal e de Assembleia Municipal, respectivamente, que

    se anexa a este Edital, entra em vigor no 1 dia til aps esta publicao.

    Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vo ter a habitual

    publicitao.

    E eu, Jos Manuel Monteiro, Director do Departamento de Administrao e Finanas,

    o subscrevi.

    Palmela, 2 de Dezembro de 2011.

    A Presidente da Cmara

    Ana Teresa Vicente

    O Director do Departamento

    Jos Manuel Monteiro

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    REGULAMENTO DE ACTIVIDADES DE

    ANIMAO SOCIOEDUCATIVA DA

    EDUCAO PR-ESCOLAR

  • MUNICPIO DE PALMELA CMARA MUNICIPAL

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    PREMBULO

    A educao pr-escolar constitui a primeira etapa na educao bsica destinando-se s crianas com

    idades compreendidas entre os 3 anos e a idade de ingresso no ensino bsico, e contribui para o seu

    desenvolvimento harmonioso e enriquecedor.

    A educao pr-escolar pressupe um papel activo das famlias, numa atitude de partilha de

    responsabilidade em todo o processo evolutivo das crianas, tornando-se prioritrio proporcionar a cada

    uma oportunidade de desenvolvimento global promotor de uma integrao equilibrada, preparando-as

    para uma escolaridade bem sucedida, nomeadamente atravs da compreenso da escola como local de

    mltiplas aprendizagens.

    A educao pr-escolar, da rede pblica, integra a componente lectiva, que gratuita e da

    responsabilidade do Ministrio da Educao, e de apoio famlia a qual compreende o servio de

    alimentao e as actividades de animao socioeducativa, de responsabilidade municipal, de modo a

    permitir a concretizao da escola a tempo inteiro, adaptando os tempos de permanncia das crianas no

    jardim-de-infncia s necessidades das famlias.

    O Acordo de Cooperao, tripartido, firmado entre o Municpio de Palmela, a Direco Regional de

    Educao de Lisboa e Vale do Tejo e o Centro Regional de Segurana Social de Lisboa e Vale do Tejo,

    estabelece as condies relativas participao do Municpio no programa de expanso e

    desenvolvimento da educao pr-escolar, conforme os princpios consagrados na legislao em vigor

    sobre estas matrias, e no Protocolo de Cooperao celebrado, entre o Ministrio de Educao e do

    Trabalho e da Solidariedade Social e a Associao Nacional dos Municpios Portugueses.

    Neste contexto, o Municpio de Palmela promove as actividades de animao socioeducativa, nos

    Jardins-de-infncia da rede pblica, partilhando responsabilidades com os Agrupamentos de Escolas e

    educadores titulares de grupo, organizando ofertas diversificadas e garantindo que esses tempos sejam

    pedagogicamente ricos e complementares das aprendizagens associadas aquisio das competncias

    bsicas.

    Assim, o Municpio de Palmela aprova as condies de acesso s actividades de animao

    socioeducativas da educao pr-escolar, rede pblica, atravs do presente regulamento.

    No uso da competncia prevista pelos artigos 112 e 241 da Constituio da Repblica Portuguesa,

    conferida pelo n 6, do artigo 64, da Lei n 169/99, de 18 de Setembro, com a redaco dada pela Lei n

    5-A/2002, de 11 de Janeiro e pela alnea e), do n 3, do artigo 19, da Lei n 159/99, de 14 de Setembro, e

    em cumprimento da Lei n 5/97, de 10 de Fevereiro e do Decreto-Lei n 147/97, de 11 de Junho, Decreto-

    Lei 176/2003, de 2 de Agosto, Decreto-Lei n 144/2008, de 28 de Julho, Lei n 53-E/2006, de 29 de

    Dezembro, bem como o estipulado no Despacho n 8683/2011, de 28 de Junho, o Municpio de Palmela

    define o Regulamento das Actividades de Animao Socioeducativa da Educao Pr-Escolar, da rede

    pblica, do concelho de Palmela.

    Estas referncias legais e regulamentares entendem-se feitas s verses em vigor data da publicao

    do Regulamento, considerando-se, no entanto, automaticamente reportadas a normativos legais que

    posteriormente as venham substituir, alterar ou revogar, desde que se dirijam s matrias ora

    regulamentadas e no as alterem substancialmente.

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    CAPTULO I

    PRINCPIOS GERAIS

    Artigo 1

    mbito de aplicao

    1. A educao pr-escolar, da rede pblica, integra a componente educativa, que gratuita e

    da competncia do Ministrio da Educao, e a vertente de apoio famlia, a qual

    compreende os servios de alimentao e as actividades de animao socioeducativa, de

    responsabilidade partilhada entre o Municpio de Palmela e os Agrupamentos de Escolas

    do concelho, de acordo com o Protocolo de Cooperao celebrado entre o Ministrio de

    Educao e do Trabalho e da Solidariedade Social e a Associao Nacional dos Municpios

    Portugueses.

    2. A oferta de actividades de animao socioeducativa visa permitir a concretizao da escola

    a tempo inteiro, adaptando os tempos de permanncia das crianas no jardim-de-infncia

    s necessidades das famlias.

    3. As actividades de animao socioeducativa so comparticipadas pelas famlias, de acordo

    com as respectivas condies socioeconmicas, assegurando-se a necessria

    solidariedade entre os agregados familiares economicamente mais desfavorecidos e

    aqueles que dispem de maiores recursos, tendo por base o custo do servio, cumprindo-

    se assim o princpio de garantir o direito e a igualdade de oportunidades no acesso

    educao pr-escolar.

    Artigo 2

    Oferta de actividades

    1. A oferta de actividades universal e de inscrio facultativa. A frequncia das mesmas

    rege-se de acordo com os princpios definidos para a educao pr-escolar.

    2. As actividades destinam-se s crianas que frequentem estabelecimentos de educao

    pr-escolar, da rede pblica, do concelho.

    3. As actividades de animao socioeducativas so desenvolvidas, nos estabelecimentos de

    educao pr-escolar, em estreita articulao com a componente educativa, garantindo-se

    ofertas pedagogicamente ricas e complementares das aprendizagens associadas

    aquisio das competncias bsicas.

    4. A concretizao de actividades de animao socioeducativa, em cada jardim-de-infncia,

    est condicionada ao nmero de crianas interessadas na frequncia das mesmas,

    tomando-se como mnimo um grupo de doze (12)

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    Artigo 3

    Custo do servio

    1. O custo do servio das actividades determinado, anualmente, pelo Municpio de Palmela,

    correspondendo ao valor mximo da comparticipao familiar.

    2. As actividades so comparticipadas pelas famlias com base nos escales do abono de

    famlia emitido pelo servio competente da Segurana Social ou, quando se trate de

    trabalhador da Administrao Pblica, pelo servio processador.

    Artigo 4

    Gesto das actividades

    1. O Municpio de Palmela realiza as actividades de animao socioeducativa partilhando

    responsabilidades com os Agrupamentos de Escolas e educadores titulares de grupo.

    2. O Municpio pode, tambm, estabelecer parcerias com Associaes de Pais, nos moldes

    definidos em protocolo de colaborao, sempre com o envolvimento dos respectivos

    Agrupamentos, assumindo o controlo da gesto do servio e fiscalizando o cumprimento

    das normas aplicveis.

    3. A planificao das actividades envolve os Agrupamentos de Escolas e educadores titulares

    de grupo, tendo em conta os recursos humanos, financeiros e tcnico-pedaggicos

    disponibilizados pelo Municpio, bem como os espaos existentes no estabelecimento de

    educao e ensino.

    4. A superviso pedaggica e o acompanhamento da execuo das actividades so da

    competncia do educador titular de grupo, garantindo qualidade e articulao com a

    componente educativa.

    5. As actividades de animao socioeducativa realizam-se de acordo com o calendrio

    definido, anualmente, pelo Ministrio da Educao e respectivos Agrupamentos de

    Escolas.

    6. O horrio das actividades decorre aps finalizao da componente educativa at s

    17.30h.

    7. As famlias que manifestem necessidade em utilizar o perodo entre as 8:30h e o incio

    daquela componente, comprovam a sua situao nos termos do presente regulamento.

    8. O funcionamento durante o perodo referido anteriormente est condicionado frequncia

    de um nmero mnimo de crianas, a estabelecer pelo Municpio e respectivos

    Agrupamentos de Escolas, de acordo com o contexto local de cada Jardim-de-infncia.

    9. A frequncia nas actividades inicia-se no 1 ou 15 dia de cada ms, qual corresponde

    um valor de comparticipao familiar diferenciado.

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    CAPTULO II

    PROCEDIMENTOS

    Artigo 5

    Candidatura

    1. Compete aos Agrupamentos de Escolas receber e organizar todos os documentos que

    constituem o processo individual de candidatura s actividades de animao

    socioeducativas da educao pr-escolar.

    2. Os Agrupamentos de Escolas divulgam o(s) prazo(s) de candidatura, facultam o presente

    regulamento, assim como informam os pais e encarregados de educao sobre o resultado

    da sua solicitao.

    3. O processo de candidatura realizado em impresso prprio, a fornecer pelo Municpio,

    devidamente preenchido e assinado pelo encarregado de educao, que inclui o termo de

    responsabilidade, e acompanhado dos documentos referidos no presente regulamento.

    4. Os processos de candidatura so remetidos, pelos respectivos Agrupamentos de Escolas,

    para os servios municipais, aps publicao de lista provisria das crianas inscritas, na

    rede pblica, da educao pr-escolar.

    5. A anlise das candidaturas da responsabilidade do Municpio de Palmela, prestando

    informao aos Agrupamentos de Escolas, dez dias aps publicao de lista definitiva das

    crianas que iro frequentar a rede pblica, da educao pr-escolar.

    6. A candidatura que no apresente documento comprovativo do posicionamento nos

    escales do abono de famlia ser atribudo o valor mximo de comparticipao familiar, o

    qual corresponde o custo do servio.

    Artigo 6

    Documentos de candidatura

    1. A candidatura para frequncia das actividades de animao e apoio famlia deve

    obrigatoriamente apresentar os documentos abaixo indicados:

    a) Documento identificador da criana e encarregado de educao;

    b) Carto de contribuinte da criana e encarregado de educao;

    c) Impresso prprio, devidamente preenchido e validado pelos Agrupamentos de

    Escolas,

    d) Documento comprovativo do posicionamento nos escales de atribuio de abono de

    famlia, emitido pelo servio competente da Segurana Social ou, quando se trate de

    trabalhador da Administrao Pblica, pelo servio processador.

    e) Comprovativo de morada da criana e encarregado de educao;

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    Artigo 7

    Situaes excepcionais

    1. Os alunos oriundos de agregados familiares que se encontrem em Portugal em situao de

    ilegalidade, tm direito a frequentar as actividades socioeducativas, desde que atravs de

    recibos de vencimento, a famlia comprove que se encontra em condies de ser integrada

    nos escales do abono de famlia.

    2. Para determinar o posicionamento no escalo de rendimento para atribuio do abono de

    famlia aplica-se a legislao em vigor.

    3. O requerente fica obrigado a comunicar qualquer alterao da situao socioeconmica do

    seu agregado familiar.

    4. Sempre que se verifique alterao da situao socioeconmica do agregado familiar

    (morte, nascimento, desemprego, emprego entre outras) o processo pode ser reanalisado

    a pedido do prprio ou oficiosamente.

    5. A reanlise do processo deve ser solicitada pelo requerente no prazo mximo de 15 dias,

    aps ocorrncia da situao que a motivou.

    Artigo 8

    Horrio Especfico

    1. As famlias obrigam-se a demonstrar e justificar a necessidade de utilizarem os servios de

    componente socioeducativa, no perodo entre as 8.30h e o incio da componente educativa,

    constituindo fundamento:

    a) A inadequao do horrio de funcionamento do estabelecimento de educao s

    necessidades comprovadas dos horrios profissionais dos pais ou encarregados de

    educao;

    b) A distncia entre o local de trabalho dos pais ou encarregados de educao e o

    estabelecimento de educao.

    Artigo 9

    Comparticipao familiar

    1. A comparticipao familiar mensal est indexada aos escales do abono de famlia sendo

    aplicada uma percentagem sobre o custo do servio, de acordo com o quadro seguinte:

    Componente de apoio famlia / escales do abono de famlia

    1 Escalo 2 Escalo 3 Escalo 4 Escalo 5 Escalo 6 Escalo

    5% 25% 50% 75% 90% 100%

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    2. A comparticipao familiar das crianas que iniciam a frequncia nas actividades a partir do

    15 dia de cada ms corresponde a cinquenta por cento do valor mensal fixado para a sua

    mensalidade

    Artigo 10

    Pagamento de comparticipao familiar

    1. A comparticipao familiar mensal paga no Atendimento Municipal at ao dia 8 de cada

    ms.

    2. No que se refere ao ponto 2 do artigo anterior a comparticipao familiar desse ms paga

    at ao 16 dia.

    3. So devidos juros de mora pelo cumprimento extemporneo da obrigao de pagamento

    das mensalidades previstas no presente Regulamento.

    Artigo 11

    Cobrana coerciva por falta de pagamento

    Expirado o prazo para pagamento as mensalidades que no forem pagas voluntariamente

    sero objecto de cobrana coerciva atravs de processo de execuo fiscal, nos termos de

    Cdigo de Procedimento e Processo Tributrio

    Artigo 12

    Deduo na comparticipao familiar

    1. Para efeitos de deduo na comparticipao familiar mensal considera-se um perodo de

    ausncia da criana igual ou superior a dez dias seguidos, devidamente justificados pelo

    encarregado de educao.

    2. Sempre que a componente educativa no for assegurada, por um perodo igual ou superior

    a cinco dias consecutivos, por motivos alheios ao Municpio e famlias, haver lugar a uma

    deduo na comparticipao familiar, produzindo efeitos no ms seguinte.

    3. A deduo calculada de acordo com a seguinte frmula:

    X= (M/D) x N

    Sendo:

    X = valor da comparticipao familiar por aplicao de deduo

    M = comparticipao familiar

    D = n de dias teis do ms

    N = n de dias de frequncia

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    Artigo 13

    Desistncia

    Em caso de desistncia o encarregado de educao tem que comunicar por escrito, ao

    Municpio de Palmela ou Agrupamento de Escolas, at ao dia 15 do ms anterior em que a

    mesma ocorre. Se tal no se verificar fica sujeito ao pagamento da comparticipao familiar

    mensal na sua totalidade.

    Artigo 14

    Averiguaes

    Sempre que haja fundadas dvidas sobre a veracidade das declaraes de rendimento, o

    Municpio pode proceder a averiguaes que considere adequadas ao apuramento das

    situaes, podendo tambm determinar a comparticipao familiar de acordo com os

    rendimentos presumidos.

    Artigo 15

    Irregularidades

    1. A prestao de falsas declaraes implica, independentemente de participao criminal, o

    corte dos apoios e o reembolso do montante ao benefcio auferido.

    2. O incumprimento do pagamento da comparticipao familiar implica a suspenso de

    frequncia do servio pela criana a partir do ms seguinte at regularizao da situao,

    3. O incumprimento do pagamento da comparticipao familiar implica a suspenso dos

    benefcios de aco social escolar atribudos ao agregado familiar, nomeadamente

    alimentao, nos casos abrangidos por esta medida de apoio e at sua regularizao.

    Artigo 16

    Entrada em vigor

    O presente regulamento entra em vigor no 1 dia til aps a sua publicao.

    Municpio de PalmelaCM_Edital 166_Regulamento.pdfPREMBULO