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N. O 25 | 2. O SEMESTRE 2015 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA CLÁUDIA PORTUGAL Acredita na liderança pelo exemplo e defende que precisamos de concentrar esforços no que nos une para conseguir superar os desafios da atualidade. A diretora-geral da PrimeDrinks diz que “o país teria muito a ganhar” se conseguisse ampliar a colaboração. EM FOCO SmartScan: Códigos de barras que falam ao consumidor Scanbuy: “Quem deve estar na linha da frente na informação ao consumidor?” Página 12 PERSPETIVA ICAP: “Há regulamentação a mais na publicidade” Página 36 GS1 ® PORTUGAL Codipor – Associação Portuguesa de Identificação e Codificação de Produtos

Código 560 - Edição 25

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A revista da eficiência dos negócios. Nesta edição: entrevista com Cláudia Portugal, diretora-geral da PrimeDrinks.

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n.O 25 | 2.O SEMESTRE 2015 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Cláudia PORTugalAcredita na liderança pelo exemplo e defende que precisamos de concentrar esforços no que nos une para conseguir superar os desafios da atualidade. A diretora-geral da PrimeDrinks diz que “o país teria muito a ganhar” se conseguisse ampliar a colaboração.

EM FOCOSmartScan: Códigos de barras que falam ao consumidorScanbuy: “Quem deve estar na linha da frente na informação ao consumidor?”Página 12

PERSPETivaICAP: “Há regulamentação a mais na publicidade”Página 36

gS1® PORTugalCodipor – Associação Portuguesa de Identificação e Codificação de Produtos

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Em três décadas o mundo mudou. Também a GS1® Portugal teve de alterar a sua proposta de valor, alargando-a a uma diversidade de novos setores e, mais recentemente, adaptando-a aos desafios impostos por esse admirável

mundo novo... digital. Esta nova realidade, marcada pela crescente sofisticação das ferramentas e pela progressiva interatividade, impeliu-nos a repensar o nosso próprio caminho e a refletir um pouco a missão que vai permitir assegurar os desígnios que temos pela frente. Nesse sentido, e sem querer já antecipar o final das leituras desta 25.ª edição da Código 560, gostaria de avançar uma notícia em primeira mão: a pretensão de passarmos de mero fornecedor de standards – como acontecia já nesse passado longínquo que estamos prestes a comemorar, em novembro – a parceiro vital dos seus negócios, que propõe e fornece soluções eficientes de elevado valor acrescentado.A presente Código 560 reflete, acima de tudo, aquela que é a variável central do mercado atualmente, o consumidor, e aquele que é, para a GS1®, o grande desafio colocado às marcas e aos múltiplos atores ao longo da cadeia de valor: a colaboração entre parceiros de negócio. Não é por acaso que, tal como aconteceu em 2014 com as plataformas Sync PT ou 560 e.Invoice, a GS1® se encontra profundamente empenhada em desenvolver soluções B2B2C – isto é, numa lógica de mercado entre empresas, mas sempre com os interesses e a comodidade do consumidor em pano de fundo –, que resultam da colaboração... e do diálogo aberto entre os vários stakeholders. Aproveito, a esse respeito, para destacar nas páginas que se seguem a parceria firmada, em abril passado, com a ScanBuy e a entrevista à sua Global Project Manager, Isabel Castro, que levanta uma questão pertinente: “Quem deve estar na linha da frente na informação ao consumidor: a própria marca ou outra entidade desconhecida na Internet?” Uma outra notícia que nos deixa igualmente orgulhosos é o facto de, pelo quarto ano consecutivo, voltarmos a colocar Lisboa e Portugal no extenso mapa global da GS1®, acolhendo o GS1 in Europe Regional Forum 2015. Nesse encontro, que traz à capital portuguesa mais de 300 especialistas e altos dirigentes da organização, discutir-se-ão os projetos e os temas institucionais e estratégicos essenciais à sua atividade na Europa. Apesar de todas as mudanças institucionais e organizacionais operadas nos últimos anos, e que esperamos continuar a promover, há uma parte da missão da GS1® que faz parte da nossa matriz identitária e que, por isso, permanecerá imutável e que passa por providenciar ao mercado soluções de negócio normalizadas, assentes em dados de qualidade. Finalmente, e como sempre, em nome de toda a equipa GS1® – e em particular das pessoas que ajudaram a construir mais esta edição da Código 560 –, agradeço, a uma só voz, o entusiasmo e o empenho de todos os nossos Associados, parceiros, colaboradores, direção e restantes órgãos sociais em favor da Linguagem Global dos Negócios, desejando igualmente ótimas leituras!

Colaboração nos nEgóCios: o dEsafio da nEutralidadEA eficiência e a colaboração entre parceiros de negócio nas redes de valor. Há 30 anos, quando surgimos no mercado português, éramos vistos como “aquela” organização relativamente desconhecida que fornecia aos seus Associados – essencialmente os operadores da cadeia de valor de produtos de consumo (FMCG) – códigos de barras e soluções de identificação e captura automática de dados de produto. As melhorias em processos que daí advieram foram, de facto, substanciais e ajudaram a distribuição moderna a afirmar-se e a ganhar escala.

João dE Castro guimarãEsDiretor-Executivo da GS1® Portugal

a uma só Voz

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Em Foco 12 Quem deve estar na linha da frente na informação ao consumidor? A resposta é dada por Isabel Castro, gestora Global de Projetos da Scanbuy – a líder global em soluções mobile cloud que está a colaborar com a GS1® Portugal.

EntrEvista 14 Com Cláudia Portugal, diretora-geral da PrimeDrinks.

a Gs1® Em PortuGal 20 Uma verdadeira experiência de imersão na cadeia de abastecimento. Do produtor ao consumidor, o futuro Centro de Inovação e Competitividade da GS1® Portugal vai mostrar – ao vivo e a cores – o impacto dos standards na criação de valor partilhado.

os nossos associados 30 Desde 2013, fabricantes e retalhistas dos Fast Moving Consumer Goods avaliam mutuamente os seus níveis de serviço logístico. Benchmarking Logístico é o nome do estudo que congrega empresas associadas da GS1® Portugal em prol das melhores práticas de gestão de mercadorias.

StandardS Em ação 34 Segurança alimentar e rastreabilidade do prado, ou do mar, ao prato. A GS1® Portugal está em passo acelerado para implementar a simbologia GS1 DataBar no setor dos fresh foods. Objetivo? Colocar estes códigos de barras em todos os produtos frescos que consumimos.

PErsPEtiva 36 Miguel Morais Vaz, secretário-geral do Instituto Civil da Autodisciplina da Comunicação Comercial, falou com a Código 560 sobre a autorregulação da publicidade em Portugal.

univErso Gs1® 38 Conversámos com Rafael Flórez, CEO da GS1 Colômbia e acérrimo defensor do valor dos standards globais no funcionamento saudável da cadeia de abastecimento.

códiGo GEnético 42 O objetivo do projeto Housekeeping 2.0 é melhorar a eficiência e eficácia dos processos para uma melhor resposta aos Associados da GS1® Portugal.

Cláudia Portugal é a diretora- -geral da PrimeDrinks

nEsta Edição

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Direção

PresidentePaulo Gomes

Vice-PresidenteLuís Moutinho

DiretorAmérico Ribeiro

DiretorManuel Sousa Pinto

Diretor executivoJoão de Castro Guimarães

Comité editorialBeatriz ÁguasFilipa PeixotoLuís Peixoto

Nuno MirandaPatrícia Tavares

Pedro LopesPedro Salazar

Coordenação editorialPatrícia Tavares

PublicidadeDiogo Almeida

edição

Divisão de Novas Soluções de MediaRua Calvet de Magalhães, 242,

2770-022 Paço de ArcosTel.: 21 469 80 00 | Fax: 21 469 85 00

impressãoLisgráfica – Impressão e Artes Gráficas,

S. A.

Publicação semestral | Tiragem1500 exemplares

NriCS124971

Depósito Legal245212/06

PropriedadeGS1® Portugal (CODIPOR)

R. Prof. Fernando da Fonseca, 16Escritório II – 1600-618 Lisboa

T: 217520740 |F: 217520741 | Website: www.gs1pt.org | e.mail: comunicags1@

gs1pt.org, [email protected]

“A GS1 é uma marca registada da GS1 AISLB”

Esta edição da revista Código 560 foi escrita segundo o novo acordo

ortográfico.

A revista Código 560 é uma publicação semestral da GS1® Portugal dirigida

e distribuída gratuitamente aos seus associados, aos parceiros e à

comunidade de negócios. Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos autores e não representam a opinião

da associação.

06 em FoCo Na era do mobile e do consumidor digital, a

GS1® Portugal leva aos produtores e retalhistas,

às suas equipas de qualidade de dados e marketing, a primeira

plataforma integrada de Mobile Engagement e

Analytics: a SmartScan.

o ouTro LaDo De... 44 Nuno Miranda, gestor de Projetos de Inovação e Tecnologia da GS1® Portugal.

Sabor & bem-eSTar 46 A nutricionista Ana Leonor Perdigão assina um artigo sobre saúde cardiovascular.

breVeS 48 Revelamos as novidades, do lançamento da Linha de Crédito PME Crescimento 2015 à reeleição de João Paulo Girbal na Centromarca.

CróNiCa 50 A GS1® Portugal iniciou este ano um processo de reflexão sobre a missão e a estratégia de futuro da associação.

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Em FoCo

B2B2C

CódiGoS dE BarraS quE Falam ao ConSumidorOs códigos de barras evoluíram e agora falam com o consumidor: dizem-lhe quais as características dos produtos, os ingredientes, os valores nutricionais e quais são as campanhas das marcas que estão em vigor. Na era do mobile e do consumidor digital, a GS1® Portugal leva aos produtores e retalhistas, e às suas equipas de qualidade de dados e marketing, a primeira plataforma integrada de Business-to-Business- -to-Consumer (B2B2C): chama-se SmartScan.

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O ponto de partida para este novo serviço chama-se SYNC PT – uma plataforma de sincronização de dados-mestre que a GS1® Portugal começou a

disponibilizar de forma gratuita a produtores e retalhistas no início de 2014, para partilharem entre si os atributos comerciais e dados nutricionais, logísticos e gráficos sobre os seus produtos. Na prática, os produtores inserem os dados na plataforma e publicam- -nos, tornando-os acessíveis aos seus clientes. Por seu lado, os retalhistas subscrevem a informação e utilizam-na para completar os seus websites, catálogos eletrónicos e aplicações móveis. A entrada em aplicação do Regulamento Europeu de Informação ao Consumidor (Reg. n.º 1169/11) em dezembro do ano passado conduziu já mais de 880 empresas à SYNC PT, garantindo assim que os seus produtos podem continuar a ser comercializados nos meios de venda à distância – dotados de informação completa, atualizada e fiável –, em plena concordância com as novas regras europeias.

A partir de agora, a GS1® Portugal irá acrescentar ainda mais valor ao mercado, dotando a SYNC PT com a primeira plataforma de mobile engagement no país e permitindo tanto a produtores como a retalhistas um contacto imediato e personalizado com o consumidor. Neste contexto, o telemóvel e o tablet são os meios, enquanto os códigos de barras dos produtos são os interfaces para uma nova experiência de consumo. Tal como no ponto de venda, basta um scan para as marcas falarem de facto com o consumidor e recolherem insights sobre ele. O Business-to-Business-to- -Consumer (B2B2C) chegou a Portugal. É SmartScan.

O TElEmóvEl E O taBlet SãO OS mEIOS. OS CódIGOS dE BARRAS SãO OS INTERfACES PARA umA NOvA ExPERIêNCIA dE CONSumO

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Em FoCo

Parceiros de negócio

QualidadE da inFormação naS vEndaS online: aCErtar é GanharAs bases de dados de produtores e retalhistas e a Internet estão povoadas por milhões de informações sobre produtos. Antes de mais, o fator de distinção passa pela qualidade dos dados, pois dela depende a sustentabilidade de qualquer modelo de negócio. Para tornar esta tarefa mais fácil, a nossa missão é ajudar as equipas de TI, gestão ou qualidade de produtores e retalhistas. Primeiro, com a disponibilização do repositório para o alinhamento dos dados e, mais recentemente, com a oferta de um serviço de auditoria à qualidade da informação

1. Qualidade dos dados: este é o maior ativo da sua empresa na era do comércio eletrónico

Quando um negócio se expande para o online ou para o mobile, as empresas têm de responder a uma necessidade muito específica: manter a qualidade dos dados. A informação existente na embalagem de um produto ou num determinado serviço, que o consumidor pode ler no linear ou no ponto de venda físico, deve estar também acessível nos meios de venda à distância. Isto porque sem dados não há compra. Da mesma forma, com dados incompletos ou que geram incerteza também não há compra. E pior: pode haver desconfiança perante a marca. No meio online, onde existem milhões de páginas e informações sobre produtos muitas vezes sem descrição, imagem ou identificação do detentor da marca, há cada vez mais necessidade de conquistar a confiança do consumidor. Mais uma vez, a qualidade dos dados é o ativo que separa uma marca de confiança das que disponibilizam pouca ou nenhuma informação sobre os seus produtos. “Os consumidores querem simplicidade e facilidade na interação. Querem informações, imagens de produtos precisas e exatas e querem ainda ler opiniões – e em

elevada quantidade. Esperam respostas rápidas, mais do que nunca, e são mais experientes no digital do que alguma vez algum consumidor o foi”, sublinhou Robert Beideman, antigo diretor sénior de Transformação e Omnicanal da GS1 Global Office, por ocasião do segundo congresso nacional da GS1® Portugal, em outubro do ano passado.

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3. 560 Validata: validamos a qualidade dos dados dos seus produtos

A GS1® Portugal criou um serviço de auditoria e verificação da qualidade dos dados dos produtos, dísponivel para todos os Associados. Chama-se 560 Validata.Trata-se de um serviço de valor acrescentado que inclui a recolha em loja dos dados de produto (medidas, peso, dados comerciais, nutricionais e gráficos) e respetiva inserção na base de dados da SYNC PT por uma equipa de especialistas da GS1® Portugal. Por outro lado, a realização de auditorias à qualidade das fichas de produto das quase 900 empresas que já utilizam a plataforma. Neste universo estão disponíveis mais de 61 mil fichas de produto.“Detetámos que muitas delas estão incompletas ou incorretas”, aponta Nuno Azevedo. “Acreditamos, por isso, que o 560 Validata é um serviço de valor acrescentado, porque ajuda as equipas de qualidade das empresas a gerir, com exatidão e eficiência, os dados dos seus produtos e a garantir a credibilidade da informação que é disponibilizada nos canais de venda à distância.”

2. Produtores e retalhistas sincronizados: há mais de 61 mil fichas de produto na SYNC PT

A entrada em vigor do Regulamento Europeu de Informação ao Consumidor (Reg. n.º 1169/11) veio colocar a gestão da informação alimentar disponibilizada ao consumidor no radar das empresas e acentuar a importância das equipas de gestão de dados e de qualidade. Para responder à exigência da União Europeia de divulgação de informação exata, fidedigna e completa sobre os produtos alimentares nos meios de venda à distância, mais de 750 empresas aderiram, até ao final de 2014, à plataforma SYNC PT, para criar fichas de produto digitais, passíveis de serem automaticamente partilhadas com os seus clientes e fornecedores. Desta forma, as empresas garantem a presença dos seus produtos em websites e aplicações móveis. No entanto, mais de 30% estão a fazê-lo de forma incompleta ou incorreta: algumas das fichas pecam por uma má qualidade da informação. Entre os principais problemas estão a inconformidade da declaração nutricional com a legislação em vigor, falta de referência aos alergénios na lista de ingredientes e fichas de produto de géneros alimentícios carregadas com os dados-mestre, mas sem a informação nutricional exigida pelo Reg. n.º 1169, que garante a legalidade da venda nos meios à distância. Para a GS1® Portugal, a qualidade é o grande desafio dos próximos anos. “Não temos dúvidas de que são ainda poucas as empresas

que fornecem informação completa e fiável sobre os seus produtos no meio online. Em muitos segmentos de produto, este não é ainda um meio que contribua de forma significativa para o portefólio de vendas das empresas. Mas esta realidade está a mudar”, alerta Nuno Azevedo, diretor de Inovação e Tecnologia da GS1® Portugal. E acrescenta: “A margem de crescimento dos negócios no online vai depender da qualidade dos seus dados. Dados de elevada qualidade são fundamentais para garantir a relevância do produto na economia digital, atrair o interesse do consumidor e gerar vendas online e mobile.” Qual é o papel dos standards GS1 em tudo isto? Nuno Azevedo esclarece: “Integrar o ‘tecido conjuntivo’ que ajuda as empresas a partilharem dados numa organização, entre parceiros comerciais e com os consumidores.” Para colmatar a falta de qualidade dos dados disponibilizados ao consumidor e apoiar as equipas de gestão de informação dos nossos Associados, a GS1® Portugal criou um serviço de recolha em loja e auditoria de dados de produto – o 560 Validata.

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Em FoCo

mobile marketing

EStratéGiaS Para Cativar oS ConSumidorES, aqui E aGoraSejam produtores ou retalhistas, a interação com o consumidor depende cada vez mais das ações “aqui e agora”. Em plena revolução e transição para o mobile, as marcas passam a ter um meio privilegiado para conversar, criar visibilidade e partilhar valor em torno dos seus produtos enquanto o consumidor está, de facto, “na loja”. Qual o melhor interface para esta experiência de consumo móvel? O código de barras impresso no rótulo dos milhares de produtos em linear, de norte a sul do país

Portugal é considerado um país de early adopters (utilizadores pioneiros), com uma população atenta e disponível para o consumo de tecnologia e Internet. Os números do Barómetro de Telecomunicações da Marktest comprovam-no: mais de quatro milhões de portugueses tinham um smartphone em 2014, ano em que a quota destes dispositivos também ultrapassou a dos telemóveis tradicionais no nosso país. A penetração da Internet também subiu para os 64 por cento, sendo que metade deste universo utilizou dispositivos móveis para fazer o acesso, de acordo com o Bareme Internet 2014, da Marktest. O smartphone é cada vez mais um meio que o consumidor utiliza para interagir com as marcas. A pergunta que se impõe neste momento aos marketeers é perceber se estão a aproveitar da melhor forma esta janela de oportunidade para conquistar e fidelizar o consumidor.As melhores estratégias de marketing são as que combinam o offline com o online e o mobile. “Para o consumidor, a fronteira entre estar na loja física e fazer compras online está a desaparecer rapidamente. Há pesquisas recentes que sugerem que esta mudança está a acontecer mais rápido em Portugal e em Espanha do que no resto da Europa”, afirmou Robert Beideman, antigo diretor sénior de Transformação e Omnicanal da GS1 Global Office, por altura do congresso nacional da GS1® Portugal.A dependência dos dispositivos móveis e redes sociais para saber mais informações sobre os produtos e avaliar alternativas, antes da compra, está

a crescer nestes países. Cada vez mais o consumidor pesquisa na Internet e compra na loja física – isto é, dá primazia ao webroom, apelidado pelo Google como “Momento Zero da Verdade”, para tomar as suas decisões. Com o mobile, diz a Google, abre-se a porta aos micromomentos, ou seja, à interação das marcas com o consumidor a qualquer hora e em qualquer lugar, incluindo a sua estadia na loja. Se o smartphone é o meio, o código de barras pode ser o interface para uma experiência de consumo móvel.

1. Fazer mobile engagement num país de early adopters

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2. SmartScan: Interações com o consumidor dentro da loja

A interação é a estratégia mais utilizada neste momento nas ações de marketing. As campanhas e as ativações de marca para captação e fidelização de clientes são desenhadas em função de momentos de interação “aqui e agora”. Em plena revolução mobile, a GS1® Portugal estende a sua ação de facilitador dos negócios a estes momentos com o lançamento de uma plataforma – materializada na aplicação móvel ScanLife – de mobile engagement: chama-se SmartScan. Nesta plataforma, desenvolvida pela Scanbuy e introduzida em Portugal pela mão da GS1®, estarão disponíveis todos os atributos comerciais, nutricionais e descritivos dos produtos para consulta pelo consumidor. Isto é possível graças à ligação da SmartScan à SYNC PT, a plataforma que a GS1® Portugal lançou em 2013 para sincronização e alinhamento de dados entre as marcas da produção e do retalho. Para isso, basta fazer um scan com o telemóvel dos códigos de barras para que as marcas possam partilhar informação sobre os seus produtos, emitir alertas de promoções e cupões digitais, criar diálogos automáticos com os clientes, produzir inquéritos e outras interações, segmentar, fazer campanhas customizadas e retargeting, entre outras ações de marketing. No fundo, esta plataforma pioneira em Portugal define-se como geradora de interações. E é uma janela de oportunidade para os marketeers informarem, interagirem, cativarem, conhecerem e traçarem o perfil dos consumidores das suas marcas. “Cada vez mais se torna fundamental obter insights sobre o público-alvo do negócio, tais como a localização, perfil demográfico e reação a campanhas de marketing, para o conhecer e, com isso, desenhar campanhas à sua medida. Plataformas como a SmartScan são fundamentais para os marketeers adaptarem as suas estratégias e planos de ação”, conclui Nuno Azevedo.

3. Mobile marketing? Millennials? Micro-moments? Cresce o interesse pelas marcas “móveis”

Tanto o presente como o futuro das marcas passa pelo mobile. Recentemente, a Google alterou o algoritmo do seu motor de busca para privilegiar o resultado dos websites que sejam mobile-friendly (isto é, cuja estrutura e apresentação de conteúdos estejam otimizados para o tamanho dos ecrãs dos dispositivos móveis, como de um tablet ou de um smartphone) durante uma pesquisa orgânica. Já anteriormente a Google tinha lançado um estudo sobre micromomentos – os momentos em que o consumidor navega nos dispositivos móveis e que estruturam cada vez mais a sua jornada de decisão. Em paralelo, a Oracle apresentou também o estudo Millennials and mobility: how businesses can tap into the app generation, sobre os hábitos “móveis” dos jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 34 anos (apelidados de millennials). As conclusões não deixam margem para dúvidas: 73 por cento dos inquiridos gostam de comprar produtos ou serviços através de uma aplicação móvel, 65 por cento gostam de tirar dúvidas ou mesmo apresentar queixas e 55 por cento garantem que não efetuam a compra se tiverem uma má experiência em mobile. Em Portugal, foi lançada em abril uma versão beta de uma aplicação que permite reconhecer produtos em imagens publicitárias, alojadas em blogues e websites, retornando informação sobre os mesmos. E em maio a Google tornou oficial a notícia que já era antecipada há algum tempo: o mobile ultrapassou o desktop como meio de pesquisa neste motor de busca. Mais do que nunca, o consumidor quer experiências de compra “aqui e agora”. Um simples código de barras na embalagem – física ou digital – do produto ou serviço pode ser a porta de entrada para o engagement com o consumidor. Cabe aos marketeers colocar as suas marcas na rota do mobile, acompanhando tendências e comportamentos e adaptando as estratégias. Uma coisa é certa: o algoritmo de decisão do consumidor é ativado cada vez mais no “momento zero” chamado Internet.

Basta fazer um scan com o telemóvel dos códigos de barras para que as marcas possam partilhar informação sobre os seus produtos, emitir alertas de promoções e cupões digitais, produzir inquéritos, segmentar, fazer campanhas customizadase retargeting

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Em foCo

Isabel Castro

QuEm dEvE EStar na lInha da frEntE na Informação ao ConSumIdor?“Será a própria marca ou qualquer outra entidade desconhecida na Internet”, pergunta Isabel Castro, gestora Global de Projetos da Scanbuy – a líder global em soluções mobile cloud que está a colaborar com a GS1® Portugal na disponibilização da primeira plataforma integrada de Business-to-Business-to-Consumer (B2B2C) no nosso país: a SmartScan

marcas em Portugal possam oferecer aos seus consumidores informação certificada, fiável e de confiança – e que, quando os clientes efetuem o scan (leitura ótica) aos códigos de barras dos artigos ou das suas embalagens, encontrem a informação que a marca disponibilizou e não opiniões ou comentários isolados ou ainda informação errónea ou manipulada.

Quais os resultados para os consumidores e de que forma podem os fabricantes e retalhistas encarar a integração no Scanlife

as marcas de fabricantes e retalhistasde Espanhae da hungriapassaram a conhecer os perfis de consumo de uma forma que nãoera possível antes

a Scanbuy desenvolve soluções mobile cloud e oferece às marcas uma plataforma na qual podem decidir a informação que vão mostrar

aos consumidores sempre que estes fazem o scan do código de barras de um produto com a aplicação móvel Scanlife. Por sua vez, esta app vai garantir que os consumidores acedem a informações precisas e completas sobre os produtos que consomem. Qual é a importância que os consumidores atribuem aos dados de produto, tendo em conta a multiplicidade de plataformas de interação com as marcas? A fiabilidade é hoje uma questão relevante?Os consumidores estão cada vez mais avançados, tendo hoje um domínio muito aprofundado das tecnologias que utilizam e das formas para otimizar o uso do telemóvel. O consumidor busca informação fiável, pois sabe que as comunicações e plataformas online muitas vezes disponibilizam informação que não é fiável e que pode afetar a segurança das suas operações de consumo. O serviço ScanLife que estamos a desenvolver visa responder a essa necessidade e preocupação.

Quais as principais funcionalidades e virtudes da aplicação Scanlife?A ScanLife estabeleceu uma parceria com a GS1® Portugal para que as empresas e as

Isabel Castro, gestora Global de Projetos da Scanbuy

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dos dados inseridos na plataforma SYNC PT?Para os consumidores abre-se uma janela de contacto e de diálogo direto com as marcas, em que os clientes sabem que as perguntas que fazem se referem a informação certificada pela marca. Para as marcas, abre-se a mesma janela, que propicia um novo canal de conversa e relação direta com o consumidor. É o início de um processo de envolvimento, em que as marcas têm a oportunidade de potenciar as interações com os clientes através dos seus telemóveis. Este serviço utiliza a SynC PT como base de informação de produto, informação que é reconhecida pelo consumidor e que inclui dados variados, como nutrientes, alergénios, entre outros dados. E, além dessa informação básica, a marca tem a possibilidade de adicionar uma camada de marketing, onde disponibiliza vídeos, questionários, feedback e outros materiais de rich media.

É possível dizer que o principal ponto de entrada do consumidor é o telemóvel? É, sem dúvida, uma tendência global o consumidor utilizar mais e mais o telemóvel para efetuar pesquisas de produto. na verdade, de acordo com o estudo L2’s Speciality Retail, 69 por cento dos consumidores nos EUA fazem webroom, isto é, pesquisam produtos online e compram na loja, enquanto apenas 46 por cento optam pelo showroom, ou seja, pesquisam na loja e compram online.

Ou seja, efetua a pesquisa online ou mobile e compra na loja física?Exato. Porque não aproveitar e oferecer mais informação ou um cupão? na verdade, e essa é a questão essencial, o consumidor está, de facto, à procura de informação. Aliás, a questão para uma marca é muito simples e passa por definir quem deve estar na linha da frente na informação ao consumidor: a própria marca ou qualquer outra entidade desconhecida na Internet? A resposta parece--me evidente.

Esta perspetiva de engagement é percebida (e valorizada) pelos marketeers? Este serviço tem uma componente de análise que é essencial ao trabalho dos marketeers

e que se traduz na possibilidade de recolher muita informação relevante sobre o consumidor, os chamados analytics e insights. Atualmente, o consumidor faz uma utilização muito intensa do telemóvel no que respeita a produtos, mas o marketeer continua a desconhecer a forma de interação com a marca. Com os insights que a plataforma oferece, o marketeer tem acesso a dados demográficos, de posição ou perfil, ficando ainda a saber se o consumidor está a fazer o scan no ponto de venda ou em casa.

Quais foram os resultados do roll-out em Espanha e na Hungria?As marcas de fabricantes e retalhistas desses países passaram a conhecer melhor comportamentos e perfis de consumo. Com a app ScanLife é possível saber quem é a fonte original de informação, a marca, e isso é um fator de segurança para o consumidor.

O acesso à informação é o mesmo para consumidores e marketeers? A marca sabe se os produtos são pesquisados em casa, se são mais homens ou mulheres, ao fim de semana ou durante a semana, à noite ou de dia, em Lisboa ou no Porto. Este é um mundo novo ao alcance das marcas que vai contribuir para uma melhoria da interação e envolvimento fabricante-retalhista- -consumidor via dispositivos móveis.

SOBRE A SCANBUYA Scanbuy é líder mundial no fornecimento de mobile engagement solutions, potenciando ligações entre os mundos físico e digital. A ScanLife processa milhões de scans de códigos de barras em mais de 150 países. Com sede em nova Iorque e escritórios locais em toda a América do norte, Europa e América Latina, a Scanbuy tem o maior e mais antigo portefólio de patentes de qualquer outra empresa da indústria, detendo 19 patentes globais e licenciando mais de 40 para cobrir a totalidade da sua solução. Para saber mais sobre a Scanbuy, visite scanlife.com.

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Cláudia PortugalColaboração: o país teria muito a ganhar se Conseguisse ampliar esta atitude”Acredita na liderança pelo exemplo e garante que nunca teve dificuldades em alcançar lugares de topo por ser mulher. Hoje, Cláudia Portugal é a líder da PrimeDrinks, empresa que, por sua vez, lidera a distribuição de vinhos e bebidas espirituosas em Portugal. E, por falar no país, a diretora-geral defende que precisamos de concentrar esforços no que nos une para conseguirmos superar os desafios da atualidade

entrevista

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(ainda quando a companhia se chamava Caves Aliança), seguido pelo Esporão e depois pela Aveleda. As três são empresas familiares. O facto de a estrutura acionista ser composta apenas por empresas familiares do mundo das espirituosas e do vinho é, desde logo, um fator muito marcante da identidade da empresa. O longo prazo prevalece sobre o curto quando falamos de whiskies que podem ser envelhecidos até 60 anos ou de hectares de vinha que podem ter a mesma idade. Por outro lado, o modelo de joint venture existente desde que os três acionistas estabilizaram a atual estrutura não está assente nas proporções de capital detido. As decisões são tomadas de forma colegial e por concordância entre os três acionistas. Há, pois, um board não executivo que delibera colaborativamente. A direção executiva da companhia vai timonando a PrimeDrinks através de estratégias que preconizem um crescimento sustentado, com privilégio para o valor em detrimento do crescimento desregrado. E assim se tem obtido um percurso de ascensão. Qual o impacto da crise financeira dos últimos anos no setor vinícola e na PrimeDrinks? Quais as perspetivas a longo prazo?Desde finais de 2008, e sobretudo entre 2009 e 2011, a PrimeDrinks soube travar um crescimento de vendas por vezes pouco criterioso, dando prioridade a uma estratégia comercial consistente. A disciplina nos recebimentos e a aposta num núcleo menos amplo de armazenistas especializados, com uma tesouraria sólida, foi absolutamente fundamental para podermos ter feito um percurso de crescimento sustentado durante este ciclo de grande aperto da economia portuguesa. Soubemos também diversificar o nosso portefólio de representadas, dando resposta a uma procura crescente por soluções profissionais de distribuição e de ativação como a nossa, nomeadamente por parte do setor do vinho, onde várias distribuidoras caíram por

A PrimeDrinks é a maior distribuidora de vinho e bebidas espirituosas no mercado português. O que levou esta empresa familiar a ganhar escala a nível nacional e internacional? Até 2015, a companhia viveu dois ciclos bastante distintos. O primeiro, de alterações na estrutura acionista e de crescimento do volume de negócios. E um segundo ciclo de grande estabilidade do núcleo acionista, de profissionalização crescente da gestão da companhia, de estabelecimento de processos e de sistemas de business intelligence e de racionalizações diversas do seu route to market. O volume de negócios não cresceu, mas os resultados cresceram expressivamente e o cash-flow da empresa evoluiu de forma notável, sobretudo nos anos de grande aperto de tesouraria que se viveram em Portugal entre 2008 e 2014, nomeadamente no canal on trade. A primazia do valor sobre o volume, do médio sobre o curto prazo, do canal on trade vs. off trade, a par de um portefólio relevante e com sinergias a vários níveis, de uma inovação continuada em múltiplas áreas, do profissionalismo de uma equipa muito complementar, têm sido fundamentais para a consolidação da nossa liderança e da nossa reputação, quer interna quer internacional.

A PrimeDrinks é detida pela Herdade do Esporão, William Grant & Sons e Aveleda. De que forma esta estrutura acionista tem impacto na ascensão da empresa? A WGS é o acionista “mais antigo” da PrimeDrinks

aO cash-flow DA EmPrESA EvOluiu nOS AnOS DE APErtO DE tESOurAriA quE SE vivErAm Em POrtuGAl entre 2008 e 2014

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incapacidade de gestão de tesouraria e de evolução na sua aproximação ao mercado. Neste contexto, compensámos a queda do mercado de whiskies, categoria onde detemos a primeira e terceira marcas do mercado, mas que caiu a dois dígitos nos últimos anos, fazendo entrar marcas de grande potencial, como Dona Ermelinda, Grous, Stoli e Mosco, Fiuza, Grupo Campari, Carm e Família Nicolau de Almeida. A médio e longo prazo acreditamos que o turismo e a retoma dos níveis de confiança internos ajudarão o on trade a estabilizar a sua posição de mercado. Evidentemente que a carga fiscal e o agravamento das condicionantes legislativas sobre o álcool podem vir a determinar evoluções menos favoráveis aos setores em que operamos. Não é de menor importância registar ainda que a crescente frequência e profundidade promocional promovida pela grande distribuição dificulta a geração de valor e promove até a sua destruição, nomeadamente para marcas traffic builders, mas não só.

A PrimeDrinks representa 13 produtores de vinho e bebidas espirituosas, num total de 62 marcas. Qual tem sido o papel da empresa na construção e ativação destas marcas?Como já referi, somos uma empresa familiar, com um núcleo acionista sólido, coeso e determinado a potenciar um crescimento sustentável de todo o seu

portefólio. Distribuímos um amplo leque de marcas, que abrem “portas”, e temos uma capacidade de influência relevante em todos os canais de distribuição, com um papel ativo em todas as vertentes da indústria do álcool, incluindo a dinamização da responsabilidade social e da autorregulação. Somos uma equipa muito complementar, com um grande conhecimento dos setores em que operamos. Temos uma capacidade financeira e de tesouraria determinantes. A nossa missão é a prestação de um serviço de distribuição, de promoção e de marketing a empresas e marcas com potencial nos setores do vinho e das bebidas espirituosas. Privilegiamos inequivocamente a construção do valor das marcas nas diferentes categorias em que atuamos. Temos mantido a nossa liderança de forma sustentada e ampliado o nosso âmbito de atuação num mercado muito competitivo, mas em consolidação, e no qual nos pautamos por uma intervenção diferenciadora e com inúmeras sinergias – geográficas, de canais de distribuição e de posicionamento das marcas. A nossa inovação, coerência e rigor comerciais são fundamentais para a construção e ativação de todo o portefólio de marcas que comercializamos. Mais que tudo, trabalhamos para consumidores e clientes que se movimentam num ritmo de mudança continuada e acelerada ao nível de exigência – e isso é o que sabemos fazer de melhor.

PessoAlCláudia Portugal, diretora-geral da PrimeDrinks

onDe nAsCeu? Angola, 1968.QuAl foi o momento mAis mArCAnte DA suA viDA? O nascimento do meu único filho, Manuel.Que vAlor tem A fAmíliA PArA si? Pilar fundamental e estruturante da pessoa em que me fui tornando e que sou hoje. Berço dos meus valores, dos meus ideais e dos meus comportamentos quotidianos, quer na esfera pessoal, quer profissional.QuAl é A suA PrinCiPAl fonte De insPirAção? A alegria do meu filho e a sua amizade pela mãe. A noção de dever cumprido quando me deito, porque procuro contribuir em cada dia para o bem-estar das pessoas que me rodeiam: pais, amigos, colaboradores.Como gostA De PAssAr os temPos livres? O que tenho de tempo livre é dedicado ao meu filho, mas também aos meus pais e amigos. Praia, desporto, música e longas conversas à mesa são coisas de que gosto muito.Como surgiu A PAixão Pelos vinhos? A paixão pelas longas conversas de família e de amigos à mesa é uma herança de África. O vinho está intrinsecamente ligado à mesa. É património.

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vinte anos depois da sua fundação, a missão da PrimeDrinks permanece igual? Quais são os objetivos da companhia a três anos?A missão da PrimeDrinks não é a mesma após duas décadas de vida e num contexto de grande alteração dos padrões e dos perfis de consumo, dos canais de comercialização em Portugal, da regulamentação e fiscalidade sobre o setor do álcool. Evidentemente que a prestação de um serviço de distribuição e de ativação “classe A” é o pilar de uma companhia como a nossa. E esse pilar esteve sempre presente na missão da PrimeDrinks como líder de mercado. Mas o

de lacticínios, líder dos mercados de flamengo e de queijo fundido, estou à frente de uma distribuidora de vinhos, azeites premium e espirituosas líder de mercado. Não creio que ser mulher seja relevante ou tenha tido qualquer relevância na escolha por mim dos diferentes acionistas para quem tenho trabalhado.Mais, hoje na PrimeDrinks somos quase 50/50 num universo total de perto de 80 pessoas. A minha direção alargada tem mais mulheres que homens. Acredito na complementaridade e em fortes competências de liderança e de relacionamento, independentemente do sexo. Que balanço faz da sua liderança? Quais foram os principais desafios que encontrou? E os melhores momentos?Tenho uma autoconfiança sólida, mas não sou carismática e muito menos procurei brilhar ao longo da minha carreira. Creio que me fui tornando líder como resultado das relações de trabalho que estabeleci com muitas pessoas diferentes ao longo da minha vida profissional, e que se traduziram numa performance coletiva em linha ou acima das expectativas.Acredito na liderança pelo exemplo e em processos de relacionamento profissionais fundamentais à realização coletiva. Sempre desenvolver pessoas e equipas, facilitar, não como resultado de um poder formal, mas uma construção conjunta, que promova ativamente o alinhamento interdisciplinar e o da estratégia coletiva da companhia com cada um e todos os meus colaboradores. Creio que o maior desafio é concentrar as pessoas e a sua energia no que nos une, e não no que nos separa. Os melhores momentos foram aprender com os mais velhos, experientes vendedores do canal grossista na Fima, quando me tornei national account, com 27 anos. Absolutamente notável a articulação coletiva e o desenvolvimento deles e o meu. Num ambiente de mercado duro, de homens e de quase todos com idade para serem meus pais. Aprendi muito. Com eles e com os nossos clientes dessa altura. E também soube ensinar-lhes muita coisa nova. Foi uma fase fundamental para alicerçar as minhas competências como líder, resultado de relações de trabalho com uma diversidade inesgotável de pessoas, que permitiram sempre conduzir-nos a uma realização coletiva francamente positiva.

Na sua opinião, quais são as competências e os valores que um líder deve potenciar na gestão de uma empresa? E das suas equipas?Como já referi, considero a liderança pelo exemplo fundamental. Acredito que devemos praticar e

desenvolvimento das pessoas, das equipas de todas as áreas funcionais, das suas competências de liderança e de entrega coletiva assumiu um papel crescentemente relevante na missão da companhia.Relativamente aos nossos objetivos estratégicos a três anos, estes passam, fundamentalmente: pela manutenção da prioridade e focus no portefólio e inovação dos acionistas, continuando a desenvolver com sucesso e sustentadamente os negócios de empresas representadas, estimulando o desenvolvimento da organização, e, nomeadamente, ao nível das competências de liderança, continuando a privilegiar o on trade como o canal prioritário na construção de marcas, promovendo focus e recursos adicionais no desenvolvimento do nosso portefólio premium de vinhos e espirituosas, consolidando uma utilização crescentemente mais eficaz e eficiente dos nossos sistemas de business intelligence.

Como é ser uma mulher à frente de uma empresa de vinhos, que é simultaneamente líder de mercado?Nunca me faltaram oportunidades por ser mulher ao longo de uma carreira de quase 25 anos no grande consumo em Portugal. Da Unilever à direção-geral da Bel Portugal e, desde há perto de sete anos, na PrimeDrinks. Estive à frente de uma empresa privada

TENho UMA AutOCONFiANçA SóliDA, MAS Não SoU CARiSMáTiCA E MUiTo MENoS PRoCUREi BRilhAR Ao loNgo DA MiNhA CARREiRA

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promover comportamentos e relacionamentos facilitadores da realização coletiva. Desenvolver pessoas e equipas é dar-lhes empowerment, delegar, dar autonomia e responsabilizar, promovendo o alinhamento interdisciplinar e o da estratégia coletiva da companhia com cada um e todos os colaboradores. Assim eles sentem-se engaged e avançam, num mundo de incerteza diária, sem hesitações e com rapidez de resposta. Valores como a responsabilização e fazer mais com menos, a sobreposição do todo às partes e do médio e longo prazo ao curto, o pioneirismo, são todos eles cruciais na minha perspetiva.

Que valor atribui às relações de colaboração nas cadeias de valor modernas? São uma mais-valia para a PrimeDrinks?Há muito a ganhar em relações colaborativas, quer nas cadeias de valor, quer em muitos outros domínios da vida empresarial e social. As relações de colaboração sérias e estruturadas podem constituir uma alavancagem fundamental ao crescimento, para além das vertentes de redução de custos e de complexidade e, portanto, de redução da ineficiência que nos podem proporcionar. Creio que culturalmente o português tem dificuldade na promoção de relações de colaboração. Prefere muitas vezes uma zona de conforto de esforço isolado e autónomo à congregação de esforços e de compromissos que uma relação coletiva exige.

Na PrimeDrinks temos relações colaborativas em vários domínios associativos, de responsabilidade social, de gestão da cadeia de abastecimento, de desenvolvimento de sistemas de business intelligence com faculdades, entre outros.

Em novembro, a GS1® Portugal celebra 30 anos de existência. Como vê a atuação da nossa organização no universo empresarial português?Para além da mais-valia da introdução do código de barras como condição absolutamente necessária ao funcionamento das cadeias de abastecimento, a GS1® Portugal tem sido o pivô na construção de uma linguagem comum, promovendo standards que sirvam a todos os intervenientes nas cadeias de abastecimento. Desta forma, a GS1® tem tido um contributo decisivo na aproximação entre produtores/distribuidores/retalhistas, possibilitando a criação de sinergias de valor inequívoco.

Num mundo iminentemente digital, quais são os principais desafios do online e do mobile para as várias marcas PrimeDrinks? Como avalia a introdução de uma plataforma como a Sync PT?A PrimeDrinks não tem, para já, presença direta no canal online, apenas indireta, através de alguns armazenistas e da grande distribuição moderna, que criaram plataformas para tal. Para uma empresa de distribuição como a nossa, o desafio é fazer o online transpor a mera funcionalidade de consulta (que já é uma realidade, nomeadamente através dos sites das marcas e/ou de produtores que representamos) para a ação de aquisição propriamente dita. A plataforma Sync PT que tem estado a ser promovida e implementada pela GS1® é, na nossa perspetiva, uma alavanca na congregação de vontades e interesses comuns que são transversais a produtores, distribuidores e retalhistas. Esta é a expectativa que temos em relação a esta plataforma, que vemos como um salto no sentido da agilização das diferentes cadeias de abastecimento em que nos movimentamos, a montante e a jusante.

Que mensagem gostaria de deixar aos líderes das mais de 7400 empresas associadas da GS1® Portugal?Há muito a ganhar em relações colaborativas. Acredito que o país teria muito a ganhar se conseguíssemos ampliar esta atitude na sociedade portuguesa. Para isso temos que a promover na educação, na escola, em casa, nas comunidades em que nos movemos quotidianamente, no tecido empresarial e associativo. Colaborar é ganharmos sempre mais coletivamente.

Cláudia Portugal acredita na “liderança pelo exemplo”. E também em comportamentos e relacionamentos facilitadores da realização coletiva

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GS1® EM PORTUGAL

Ser um polo aglutinador de vontades em torno da eficiência e da colaboração nas redes de valor e também um espaço dedicado à inovação e à competitividade dos

negócios. São estes os princípios que servem de inspiração e norteiam a construção do novo Centro de Inovação e Competitividade (CIC) e futura sede da GS1® Portugal. O edifício modular e interativo conta com a assinatura do arquiteto Pedro Appleton e da Promontório. Em toda a fachada estará em exibição uma instalação do artista Vhils (Alexandre Farto), considerado pela revista Forbes como uma das três personalidades portuguesas “com menos de 30 anos” mais influentes do mundo – ao lado de Cristiano Ronaldo e da cientista Maria Nunes Pereira. O trabalho deste artista propõe uma reflexão plástica contemporânea sobre o caos da informação e do ruído visual.

Bip, bip, bip... in loco e ao vivo Atualmente em fase de consulta para empreitada geral de obras, e após a estabilização do modelo de negócio e

Centro de Inovação e Competitividade

CInCO BILIõES dE BIPS AO vIvO E A CORESSerá uma verdadeira experiência de imersão na cadeia de abastecimento. Do produtor ao consumidor, o futuro Centro de Inovação e Competitividade da GS1® Portugal vai mostrar – ao vivo e a cores – o impacto dos standards na criação de valor partilhado

projeto tecnológico de alto impacto, o Centro de Inovação e Competitividade abrirá as suas portas à comunidade no próximo ano com uma missão muito especial: facilitar a adoção e a implementação de soluções que, por sua vez, facilitam a vida de todos as pessoas, todos os dias e em todo o mundo, contribuindo ainda mais, e de forma inequívoca, para alavancar o desenvolvimento das micro e das pequenas e médias empresas. “O nosso Centro segue uma tendência internacional e é muito inspirado e influenciado pelos casos das nossas congéneres na Alemanha, em Espanha e na Suécia”, assegurou João de Castro Guimarães, em outubro de 2014. Segundo confirmou na altura o diretor executivo da GS1® Portugal, “seguindo o modelo CANVAS, da Stanford University, o objetivo é que inclua uma academia de formação, permita a demonstração e a interação com as tecnologias e as soluções desenvolvidas em conjunto com os nossos parceiros, servindo ainda de plataforma colaborativa para decisores públicos e privados”.

Conheça aqui o projeto

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O edifício modular e interativo conta com a assinatura do arquiteto Pedro Appleton e da Promontório. Na fachada estará em exibição uma instalação do artista Vhils (Alexandre Farto), distinguido pela revista Forbes.

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GS1® EM PORTUGAL

Já imaginou como seria prático e funcional poder gerar e imprimir os seus códigos de barras ou Etiquetas Logísticas

segundo as regras e o sistema de normas GS1, garantindo a total segurança dos seus dados, a partir de qualquer computador e de uma simples ligação wifi? Em breve será possível. Através do Registo Nacional de Códigos (RNC), uma espécie de páginas amarelas para os standards GS1® , será possível criar, gerir e imprimir etiquetas com códigos de barras sem necessidade de instalação de um programa especial no computador da empresa.Esta será também uma porta de entrada na plataforma de sincronização de dados-mestre

Registo Nacional

GERiR OS CódiGOS dE bARRAS NO (MEU) COMPUTAdORA partir de agora, criar e imprimir códigos de barras ou Etiquetas Logísticas GS1 está nas suas mãos. Com o Registo Nacional de Códigos, tem tudo o que precisa para gerir o portefólio de códigos da sua empresa no próprio computador

SYNC PT, onde os utilizadores podem, de uma forma prática e totalmente segura, gerir os atributos dos seus produtos (por exemplo, para acrescentar ou alterar imagens e descrições, como peso, medidas, ou volume), importar listas pre-existentes de produtos em Excel ou outros programas similares, gerar e imprimir as suas etiquetas com códigos EAN-13 (apenas o código de barras, códigos com descrição ou códigos com descrição e texto livre). Soma-se ainda a possibilidade de atualizar o registo do produto (para evitar duplicações e desperdício de tempo e recursos) e também utilizar esta plataforma como vitrina de divulgação dos seus produtos.

O EXEMPLO GS1 bRASiL: CAdASTRo NACioNAL dE PRoduToS (CNP)

o Registo Nacional de Códigos poderá ser utilizado por todos os Associados da GS1® Portugal, mas apresenta-se como uma ferramenta de maior apoio e eficiência para as micro, pequenas e médias empresas. No futuro, e à semelhança do que acontece no Brasil, será possível: • utilizar os códigos GS1 para identificar produtos (GTIN) e localizações físicas (GLN);• Utilizar o prefixo GS1 para chaves (localizações físicas);• Registar informações de produto para transações comerciais e logísticas, como descrição do item, marca, imagem do produto, peso, volume, entre outras;• Gerir utilizadores, permitindo o acesso a vários colaboradores da empresa, os quais podem utilizar a ferramenta e atualizar dados de produto;• Gerar etiquetas;• importar listas de produtos pre-existentes para evitar a duplicação de registos;• Produzir relatórios; • Gerar códigos eletrónicos de produto (EPC/RFid).

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GS1® EM PORTUGAL

Pelas experiências anteriores no hipermercado Jumbo, em Almada, e Intermarché, em Leiria, já sabíamos que a qualidade de leitura dos códigos

de barras dos produtos no linear pode condicionar o quotidiano de uma grande superfície. No limite, pode até prejudicar o serviço prestado ao consumidor, conduzindo, por exemplo, a uma não venda e a ruturas de stocks, com consequências óbvias para a credibilidade das marcas.Ao subir um degrau na hierarquia dos produtos de grande consumo (FMCG), comprovámos que a conclusão se mantém: no armazém, a qualidade de impressão dos códigos de barras presentes na Etiqueta Logística e o respeito pelas regras do Sistema de Normas GS1 na codificação

Mercadorias

MEdiR A qUALidAdE E A EfiCiênCiA dOS CódiGOS dE bARRAS EM ARMAzéMDepois da loja, o centro de distribuição. Em parceria com a Auchan, fomos testar a eficiência dos códigos de barras em caixas e paletes e perceber o impacto na receção, preparação e expedição de mercadorias em armazém

das caixas de transporte afeta a eficiência e o nível de serviço de todo o processo logístico, entre a receção, preparação e expedição de mercadorias no armazém. De acordo com um estudo inédito levado a cabo pela GS1® Portugal, cerca de duas mil caixas, ou seja, 15 por cento das 13.200 caixas testadas ou processadas, registaram inconformidades e erros relativamente às normas de codificação da GS1® Portugal. Esta foi a principal conclusão do primeiro Estudo de Fiabilidade de Leitura em Armazém (FLA), promovido pela GS1® Portugal e realizado, de 23 de fevereiro a 17 de abril, em conjunto com o Grupo Auchan Portugal.Segundo Filipe Esteves, gestor de Projetos de Business Development da GS1® Portugal, “identificámos inconformidades e erros face

nAS CAixAS dE TRAnSPORTE• Caixas sem códigos de barras.• Código da caixa é igual ao código do produto.• Erros na estrutura e codificação.• Falta de qualidade na impressão do código.

nA ETiqUETA LOGíSTiCA dAS PALETES• Inexistência de relações hierárquicas na codificação (unidade logística vs. unidade de consumo).• Utilização incorreta de Identificadores de Aplicação (IA).• Diferentes identificações inequívocas para as paletes monoproduto.• Ausência de qualquer informação codificada.

PRinCiPAiS INCoNForMIDADES DEtEtADAS

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Um estudo levado a cabo pela GS1® Portugal revelou que cerca de 15 por cento das 13.200 caixas testadas ou processadas registaram inconformidades e erros relativamente às normas de codificação da GS1® Portugal.

aproximadamente 500 etiquetas, “o grande objetivo desta operação promovida pela GS1® Portugal, e amplamente conseguido nesta primeira edição, passou por replicar e trazer para o armazém os ensinamentos e as análises do Estudo de Fiabilidade de Leitura em Loja”. Por outro lado, sublinhou o especialista em standards da GS1, “esta é uma experiência que pode fazer o seu caminho, fomentando sinergias de relevo junto de outros operadores logísticos e parceiros de negócio”. Os principais objetivos desta análise à qualidade dos códigos de barras capturados em armazém passaram, assim, por detetar e conhecer com exatidão a eficiência e qualidade dos códigos de barras presentes nas caixas de transporte e nas Etiquetas Logísticas, sensibilizar fornecedores e fabricantes para a necessidade de corrigir inconformidades e adotar sistemas de codificação únicos, globais e interoperáveis e, ainda, identificar e extrair os indicadores de relevo para a gestão das bases de dados de retalhistas.

vantagens da anáLiSE Em armazém

Os processos de receção em armazém que se baseiam na captura do Ean-13 obrigam a uma operação manual e demorada. A análise realizada em armazém permite:• Carregar bases de dados relevantes para automatização dos processos de receção, como a leitura automática a partir da informação na caixa de transporte ou a leitura automática da informação da Etiqueta Logística GS1-128;• Efetuar a estiva do transporte com maior precisão devido aos dados volumétricos capturados;• Apoiar de forma gradual os fornecedores para a correta utilização dos sistemas de codificação e, assim: • ajudar a reduzir os custos do processo de receção; • Reduzir as operações manuais e aumentar a ergonomia na operação.

às normas GS1 que afetam negativamente a eficiência logística e se traduzem em desperdício de recursos, tempo e dinheiro, como a ausência de relações hierárquicas na codificação, utilização incorreta de Identificadores de Aplicação ou colocação de diversas etiquetas nas paletes com diferentes identificações e tipologias de informação”. Para o coordenador do estudo, que incluiu também a auditoria a mais de 500 fornecedores e a verificação técnica a

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GS1® EM PORTUGAL

Mundo GS1®

LiSbOA ACOLhE fóRUM REGiOnAL dA GS1® in EUROPEPortugal é já conhecido como o país do “saber receber”. E é já em novembro que o nosso país – mais concretamente Lisboa – vai acolher o fórum mais importante da comunidade europeia da GS1®

COnfERênCiAS E COnGRESSOS GS1 rEaLizadoS Em PortuGaL noS úLtimoS trêS anoS

2014: ii Congresso nacional da GS1® Portugal: (de)coding the future together. mais de 430 profissionais das cadeias de valor marcaram presença no evento de referência da entidade que gere o Sistema de normas GS1 no museu do oriente, em Lisboa, para debater processos e tendências de negócio e “Construir o futuro em colaboraçao”. 2013: GS1® Standards Event – Global Standards management Process (GSmP). a conferência internacional da GS1 dedicada ao desenvolvimento e implementaçao de standards globais envolveu 310 especialistas da cadeia de abastecimento e parceiros de negócio de 31 países. 2012: 22.ª ediçao da Global GS1® Healthcare Conference. 269 participantes, 45 países e 39 oradores. Foi este o saldo final do evento que discutiu, no Hotel marriott, em Lisboa, a adoçao de standards globais no setor da Saúde e respetivos impactos em termos de eficiência e de segurança para os pacientes.

A GS1® Portugal volta a colocar, uma vez mais, Lisboa e Portugal no mapa do extenso e global

mundo GS1. Como? acolhendo mais um evento de dimensao internacional – desta vez, o GS1 in Europe regional Forum 2015, um fórum anual que reúne as organizações-membro da GS1 - desde o atlântico aos montes urais. neste contexto, nao podiam ser mais certeiras e merecidas as palavras proferidas pela vereadora da Economia e inovaçao da Câmara municipal de Lisboa, Graça Fonseca, em outubro de 2014, no segundo Congresso nacional da GS1® Portugal: (de)coding the future together: “Posicionar Lisboa no mapa global através de eventos como este é peça-chave para mudar a perceçao da cidade e do país.” ao mesmo tempo que comemora os seus 30 anos de existência em Portugal no próximo mês de novembro, a GS1® Portugal – e a cidade de Lisboa – tornam-se

o ponto de encontro para mais de 300 especialistas e altos dirigentes da GS1, provenientes de 46 países. a reuniao irá decorrer entre os dias 2 e 6 de novembro no Hotel Sheraton de Lisboa e terá como objetivos principais discutir os projetos e os temas institucionais e estratégicos essenciais à atividade da entidade que gere o sistema de normas mais utilizado no mundo, o Global Standards one (GS1), partilhar boas práticas e promover o networking europeu.no museu do oriente, em outubro do ano passado, a vereadora Graça Fonseca afirmou também ser necessário “projetar Lisboa, mostrando-a como centro atrativo para trabalhar, investir e apostar em eventos internacionais”. de facto, o acolhimento de mais um evento com esta dimensao e natureza demonstra, por um lado, o compromisso da entidade de utilidade pública com a realizaçao de congressos e seminários internacionais na capital portuguesa, sublinhando, por outro, a forma hospitaleira e digna como os portugueses recebem “os outros”, quer seja em lazer ou em negócios.

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brevíssimas

O diretor-executivo da GS1® Portugal, João de Castro Guimarães, foi distinguido, em maio passado, com o Master Figura do Ano nos Masters da Distribuição 2015, iniciativa promovida pela revista Distribuição Hoje. O prémio foi atribuído pela primeira vez na 24.ª edição dos Masters, como resultado da fusão do Master Figura da Distribuição e do Master Figura da Produção. A distinção de João de Castro Guimarães foi uma escolha unânime e visou distinguir “um profissional do Retalho, Distribuicao Moderna, Produção e/ou Logística” cujo empenho, em 2014, pugnou pelo esforço continuado em prol da colaboração nos negócios. “Encaro este galardão como uma distinção a toda a fantástica equipa que compõe a GS1® Portugal e também a todos os membros dos órgãos sociais”, assegurou o diretor-executivo da GS1® Portugal. Com um júri composto pelos membros do Conselho Editorial da Distribuição Hoje – Ana Isabel Trigo de Morais, José Antonio Rousseau, Joao Barros, Pedro Pimentel, Pedro Dionisio, Manuela Botelho, Pedro Queiroz, Joao Catalao e Rui Ventura –, os Masters da Distribuição 2015 distinguiram ainda as insígnias que mais contribuíram para o desenvolvimento da distribuição moderna e da produção em Portugal em 2014.

Decisão Do júri Dos masters Da Distribuição 2015 foi unânime

ceo da Gs1® Portugal recebe prémio master figura do ano da Distribuição

assembleia Geral aProva contas De 2014 e Discute Projetos Para 2015

Gs1® PortuGal Ganha 352 novos associaDos e Projetos “robustos” em áreas core e emerGentesMais de 7400 associados no fecho de contas de 2014, com um saldo positivo de 352 novos associados face a período homólogo e um crescimento de 7 por cento no triénio 2012-2014. “Apesar da difícil conjuntura, crescemos em massa associativa nos últimos três anos, o que significa que as empresas privilegiam a eficiência, seguranca, sustentabilidade e visibilidade dos negócios e das cadeias de abastecimento”, afirmou Joao de Castro Guimarães, diretor-executivo da GS1® Portugal, na Assembleia Geral (AG) anual dedicada à aprovação das contas de 2014 e à análise e deliberação do Plano de Atividades e do Orçamento para 2015. “Somos um parceiro credível e respeitado junto dos vários grupos de stakeholders empresariais e institucionais, inclusive o governo de Portugal”, afirmou Paulo Gomes. “Num momento em que estamos a celebrar 30 anos”, sublinhou o presidente da GS1® Portugal, “antevejo um futuro entusiasmante, o qual, assente num ambicioso roadmap estratégico, aponta novos caminhos e setores, como o Financeiro ou a Administração Pública.” O lançamento e a adesão, em tempo recorde, de 780 empresas e 50 mil referências na Plataforma de Sincronização de dados-mestre de produto, a SyNC PT, ou o também lançamento e adesão de mais de 100 empresas na Plataforma 560 e.Invoice, solução de Web EDI para a partilha de dados comerciais entre pequenas e médias empresas, bem como uma diversidade de outros projetos em setores core e emergentes (Produtos Frescos, Defesa ou Financeiro), apresentados na AG de 26 de março passado, comprovam a atualidade e robustez das soluções GS1.

formação Gs1®

treinar a eficiência Deve atinGir 1700 formanDos em 2015a atividade formativa da Gs1® Portugal cresceu 44% em 2014, para um total de 1599 formandos – face aos 1109 registados no ano anterior. Intensificado desde 2012, o Programa de Formação focado em Treinar a Eficiência nas empresas e dedicado à qualidade dos dados saldou-se pelo envolvimento de 643 empresas associadas. Para 2015, assegura o diretor-executivo, João de Castro Guimarães, “o objetivo é ambicioso, mas ao nosso alcance: mais empresas impactadas e um total de 1700 formandos. Por essa razão, temos apostado, cada vez mais, na diversidade da nossa oferta, em formações à medida, parcerias com o meio académico e também roadshows regionais – em cidades como leiria ou aveiro”, assegura joão de castro Guimarães. em curso está também um Plano Estratégico de Formação, no sentido de definir linhas de ação e encontrar soluções que otimizem a oferta formativa da GS1® Portugal, acompanhando a crescente abrangência e sofisticação das soluções disponibilizadas aos associados.

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PublirePortaGem

Perguntámos a Mário Maia, diretor comercial do Generix Group, quais os grandes desafios da gestão dos dados de artigo e quais as soluções propostas pela Generix.“Atualmente, a informação de artigo encontra-se dispersa por muitos locais nas organizações. Desde o armazém ao marketing, todos os departamentos mantêm os dados em diversos sistemas, como o ERP, o WMS, em bases de dados próprias, em Excel, em papel, etc. A sua manutenção e sincronização, para além de dispendiosa e complexa, tem regularmente informação contraditória, cujos erros se refletem em prejuízos anuais avultados. O desafio é ainda maior quando as empresas têm necessidade de atualizar as bases de dados dos seus parceiros de negócio com as respetivas fichas de artigo.Com a gama de soluções colaborativas da Generix, em particular o nosso portal colaborativo – Módulo PIM e a plataforma de integração TradeXpress, oferecemos ao mercado uma solução única para a gestão das fichas de artigo, capaz de anular o risco de informação contraditória, ao mesmo tempo que assegura a integração com todos os sistemas da organização e parceiros comerciais, possibilitando uma gestão eficaz das diferentes versões dos produtos e ainda a comunicação e integração de dados com a plataforma SYNC PT da GS1® Portugal.”

Centralização de toda a informação de produto numa única plataforma?“Asseguramos aos nossos clientes que, ao alterarem a informação em apenas uma das ferramentas da sua organização, seja na ficha de artigo que está no ERP, no site,…, ou diretamente

GESTÃO DE CATÁLOGOS DE PRODUTOPara acompanhar as empresas na sua estratégia de desmaterialização de processos e otimização de fluxos de negócio, o Generix Group – empresa produtora de soluções colaborativas e serviços para a supply chain – disponibiliza ao mercado o Portal Colaborativo de Gestão de Catálogos de Produto, uma solução PIM (Product Information Management) dedicada à gestão integrada de catálogos de produto

mário maia, diretor comercial do Generix Group

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nos formulários da plataforma do Generix Group, a solução publica os dados atualizados em todas as bases de dados onde o produto está referenciado.Aproveito a oportunidade para desafiar os associados da GS1 a pedirem-nos uma sessão de esclarecimento e a comprovarem as mais-valias desta plataforma”.

Qual a relevância para o Generix Group de ser parceiro certificado GS1 Sync PT?“Em Portugal é muito comum encontrar nas cadeias de retalho bases de dados de artigos ativos superiores a 50 mil referências e mais de mil fornecedores.Com a introdução do Regulamento n.º 1169/11/UE, referente às novas regras de venda online, todas as referências disponíveis para compra online têm de estar devidamente atualizadas e disponíveis aos consumidores. Grande parte do retalho que tem este canal de venda optou pela adesão à plataforma SYNC PT, da GS1® Portugal, para a sincronização das suas bases de dados com os seus fornecedores.O facto de termos a nossa tecnologia certificada pela GS1 e compliant com a plataforma SYNC PT permite-nos ir ao encontro das necessidades dos clientes fornecedores da grande distribuição, acrescentando valor aos seus processos de gestão interna de informação, satisfazendo na totalidade as suas expectativas.”

Quais as expectativas de venda desta solução para este ano?“o Generix Group tem uma presença mundial e uma vasta experiência na implementação destes fluxos de informação e estamos certificados por

Website www.generixgroup.com/pt Tel.: 214 460 400

diversas data pools. Este é um dos fatores que nos tem permitido participar ativamente neste projeto desde o início e que ambicionamos desenvolver cada vez mais, tendo sempre em consideração que a maior parte das empresas carrega os dados de artigos através da importação de ficheiros Excel. A gestão e atualização da informação é um trabalho moroso e que requer a implementação de soluções complexas.Grande parte dos principais industriais e distribuidores a atuar no mercado nacional são clientes do Generix Group. Temos a expectativa de que no segundo semestre de 2015 haja uma adesão significativa a este projeto”.

Sobre o Generix GrouPProdutor de software e de serviços aplicativos on demand, o Generix Group apoia as empresas na gestão, desmaterialização, partilha e otimização dos seus fluxos. A oferta de serviços do Generix baseia- -se numa forte experiência nas áreas da supply chain e na gestão de vendas cross channel, bem como na oferta de soluções de integração e intercâmbios eletrónicos (eDi, eAi, eTL, Portais b2b/b2c e Fatura eletrónica).As soluções do Generix são utilizadas em mais de 30 países, por mais de cinco mil empresas.

Portal colaborativo

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OS nOSSOS aSSOCiadOS

O QUE É O BENCHMARKING LOGÍSTICO?É um estudo pioneiro sobre os níveis de serviço logístico de fabricantes e retalhistas que operam no mercado dos bens de consumo (Fast Moving Consumer Goods) em Portugal. Na prática, funciona como uma plataforma colaborativa entre ambos, para se avaliarem mutuamente, conhecerem os seus pontos fortes e os níveis de serviço em que têm de melhorar, à luz das melhores práticas de mercado no que diz respeito a todo o processo de order to cash (da encomenda ao pagamento) de mercadorias nas plataformas de distribuição e, a partir deste ano, nas lojas.

Benchmarking Logístico

GS1® POrtUGaL tEm EStUdO PiOnEirO SOBrE nívEiS dE SErviçO LOGíStiCODesde 2013, fabricantes e retalhistas dos Fast Moving Consumer Goods avaliam mutuamente os seus níveis de serviço logístico. Benchmarking Logístico é o nome do estudo que congrega empresas associadas da GS1® Portugal em prol das melhores práticas de gestão de mercadorias. Pelo terceiro ano consecutivo, 80 por cento das insígnias do retalho estão envolvidas

A componente “colaboração” e a relação entre parceiros de negócio ao longo da cadeia de abastecimento também são áreas em análise.

QUEm POdE PartiCiPar?Todos os fabricantes e retalhistas de Fast Moving Consumer Goods que estão empenhados em conhecer como é que os seus níveis de serviço logístico são percecionados pelos clientes e como podem alcançar um nível de excelência aos olhos dos mesmos. A GS1® Portugal convida todas as empresas associadas dos FMCG a participar neste estudo

aos fabricantes Conhecer a perceção dos clientes sobre os seus níveis de serviço

aos retalhistas Conhecer os níveis de eficiência face aos próprios requisitos que colocam aos fabricantes e, ainda, compararem-se com a concorrência

Conduzido pela GS1® Portugal, o estudo permite

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SUPORTE – Estado das unidades de suporte;REPOSIÇÃO – Grau de satisfação do serviço de reposição;DOCUMENTAÇÃO – Formato e conteúdo da documentação entregue;FATURAÇÃO – Grau de eficiência da gestão administrativa;SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – Alinhamento de Ficheiros Mestre, EDI (Transferência Eletrónica de Documentos) e Etiquetas GS1-128;PLANEAMENTO E REAÇÃO – Capacidade de planeamento e reação dos interlocutores;COLABORAÇÃO – Relações estabelecidas entre fabricantes e retalhistas.

inclusivo e colaborativo, para incentivar à eficiência e ao alinhamento entre fabricantes e retalhistas, de acordo com as boas práticas colaborativas do mercado.

QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS/MAIS-VALIAS?1. Aproximação colaborativa entre fornecedor e cliente;2. Recolha e apresentação de informação sobre níveis de serviço logístico que as empresas ainda não detêm: insights e avaliação dos seus parceiros comerciais, fundamentais ao desenvolvimento de planos de ação da performance;3. Alinhamento dos KPI (Key Performance Indicators) entre fabricantes e retalhistas; 4. Perceção sobre as tendências de mercado atual e qual o posicionamento e pontos de melhoria que deverão ter para melhorar os seus níveis de serviço;

QUAIS SÃO OS GRUPOS DE AVALIAÇÃO? Os indicadores específicos dos níveis de serviço estão associados a nove grandes áreas: PEDIDO – Cumprimento de quantidades, referências e validades solicitadas;ENTREGA – Cumprimento dos prazos, horários e dias de entrega acordados;

ÁREAS DE ANÁLISE A GS1 Portugal como parceiro na eficiência logística

Oportunidades de melhoria detetadas

SoluçãoOfertas GS1

Partilha de stocks e vendasEficiência em períodos especiais (sábados, feriados, Natal e campanhas promocionais)

Comunicação ativa e colaborativaForecasts conjuntos

Projeto OSA (On Shelf Availability)

Implementação de mensagens EDI (Transferência Eletrónica de Documentos)Litígios nas faturas (ao nível de referências, quantidades e preços)

Correta utilização das mensagens EDI (Transferência Eletrónica de Documentos) no fluxo order to cash (ORDERS, DESADV, RECADV e INVOICE)

Grupo de Trabalho EDI (Transferência Eletrónica de Documentos)

Etiquetagem GS1-128Uniformização da Etiqueta Logística GS1-128

Grupo de Trabalho Etiqueta Logística GS1-128

Alinhamento de Ficheiros Mestre

Sincronização total dos dados-mestre dos artigos entre os parceiros de negócio

Plataforma Sync PT

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OS nOSSOS aSSOCiadOS

EVOLUÇÃO dO nº dE PaRTiCiPanTES

Tendências/Visão de futuro do fmCG em 2015

COLaBORaÇÃOSOnaE: “Num contexto de mais atividade promocional (como é o nosso caso), a informação de nível de serviço às nossas plataformas ou lojas nem sempre coincide com o real nível de serviço aos nossos clientes e o indicador OSA (On Shelf Availability) torna-se uma ferramenta muito importante não só pela questão das vendas mas mais importante a satisfação do cliente quando vem às nossas lojas.”

RaSTREaBiLidadEJERÓnimO maRTinS: “A utilização desta norma é de extrema importância no que diz respeito à produtividade da operação, assim como para a qualidade da informação de rastreabilidade e segurança alimentar. (…) A disseminação desta norma conjuntamente com a evolução do GS1 DataBar colocará a cadeia de abastecimento noutro patamar de controlo e qualidade.”

OmniCanaLaUCHan“O online não é apenas uma tendência, mas uma forma de compra que tem cada vez mais utilizadores e adeptos, em particular nas gerações mais novas. A ambição é desenvolver e garantir a omnicalidade!”

SUSTEnTaBiLidadEinTERmaRCHÉ: “A logística inversa pode contribuir para a sustentabilidade ambiental como, por exemplo, o retorno das embalagens reutilizáveis (vasilhame) ou de produtos que encontrando-se em condições de venda podem ser colocados novamente no mercado de consumo, evitando assim a sua eliminação (…) ”

Grupos mais importantes e valorizados pelo Retalho em 2015:

PEdidO Bom estado dos produtos na receção EnTREGa Execução das entregas nos dias e horários acordadosfaTURaÇÃO Faturas claras e corretas em termos de conteúdo e quantidadesPLanEamEnTO E REaÇÃO Capacidade de gestão de promoções

12 fabricantes

21 fabricantes

26 fabricantes

20132014

2015

5 Retalhistas 5 Retalhistas 5 Retalhistas

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StandardS em ação

Segurança alimentar e rastreabilidade do prado ao prato... ou do mar ao prato. Embora seja esta a

realidade para a maioria dos artigos que encontramos no linear de pequenas e grandes superfícies, quando falamos em artigos do alimentar, em especial produtos frescos (perecíveis), como frutas e legumes ou pescado e mariscos, a identificação e rotulagem normalizada é – espante-se! – ainda uma miragem.

novo código de barras

GS1 dataBar: o melhor amiGo doS ProdutoS freSCoSMaçãs, kiwis, lagostas, robalos ou sardinhas. O leque de aplicação da nova simbologia de códigos de barras – o GS1® DataBar – estende-se a todos os perecíveis em linear com um objetivo comum: garantir a segurança alimentar e a rastreabilidade

Para contrariar este curioso status quo, e visto estarmos perante um setor que lida, em última instância, com questões de saúde pública, a GS1® Portugal está em passo acelerado para a implementação do Fresh Food DataBar. Trata-se de um projeto que visa mitigar as questões relacionadas com a não identificação dos produtos perecíveis através da colocação de códigos de barras em todos os produtos frescos.Os motivos são os mesmos de sempre: garantir a eficiência e

a visibilidade da informação ao longo da cadeia de abastecimento, assegurando deste modo que todos os produtos no linear são seguros e próprios para consumo.E se podemos adivinhar o impacto muito positivo para a eficiência e eficácia de todo o processo logístico – do prado ou do mar ao prato –, a utilização de códigos de barras GS1 DataBar vai reduzir drasticamente o nível de risco em atos de consumo que deveriam ser, desde logo, totalmente seguros e fiáveis.Acesso a informações atualizadas e fidedignas sobre o produtor – que pode ser um agricultor ou produtor agrícola, mas também um armador de frota pesqueira ou um aquicultor – e sobre as condições de produção e transporte, gestão de stocks pela frescura e pela validade dos artigos, rastreabilidade a montante ou a jusante na cadeia de valor, permitindo a devolução em tempo útil de produtos não conformes ou inapropriados, e ainda, num futuro

maiS do que um CódiGo, umA GArAnTiA DE SEGurAnçAO GS1 DataBar dá à indústria a capacidade de transportar o fluxo de informação, que é criado o mais a montante possível da cadeia de abastecimento, até ao consumidor final. Isto é, até aos pontos de venda. Ao contrário do clássico e habitual EAn-13, o GS1 DataBar cria mais valor para toda a cadeia, na medida em que fornece mais informação ao consumidor final sobre o produto que está a adquirir e permite rastrear e retirar do mercado produtos não conformes.

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RastReabilidade na indúStria de mariSCo e PeSCaS norte- -ameriCanaa GS1 US providencia standards e soluções que asseguram a segurança alimentar, a rastreabilidade e a devolução de produto na indústria marisqueira dos estados Unidos. desenvolvido e promovido por todos os atores na cadeia de valor, incluindo o instituto nacional das Pescas (no original, com a sigla nFi) e a GS1 US, o Guia de implementação para a rastreabilidade na indústria de marisco norte-americana evidencia:• requisitos mínimos voluntários e boas práticas para partilhar informação entre os diversos participantes no canal de distribuição;• regras sobre a adoção e inclusão do Global trade item number® (GTIN; identificação única), uso de números de lote e/ou de série e ainda recomendações sobre codificação e captura de dados;• Princípios de rastreabilidade ao longo da hierarquia de produto;• Boas práticas que asseguram a rastreabilidade ao longo da cadeia de valor da indústria marisqueira;• devoluções de marisco, incluindo definições, princípios e passos sobre a própria devolução.

igualmente próximo, a venda online “segura” de produtos perecíveis, como os mariscos e o pescado. tudo isto são possibilidades que os standards e soluções GS1® abrem ao importante setor dos frescos em Portugal, que incluem ainda um mais vigoroso combate ao desperdício alimentar.

É o código de barras indicado para identificar produtos frescos, já que permite a identificação do GTIN [que indica qual o produto que o consumidor está a adquirir - Identificador de Aplicação (01)] e ainda de informação adicional, como, por exemplo:- Peso [identificador de aplicação (3103)];- Data máxima de validade [identificador de aplicação (17)];- Lote [identificador de aplicação (10)].Segundo a norma iSo 22005, um lote é um conjunto de unidades de um certoproduto que foram produzidas, processadas ou embaladas em circunstâncias similares. deste modo, a visualização do lote até final da cadeia de abastecimento é fundamental, uma vez que este garante a rastreabilidade até à origem do produto. Na figura acima pode ler-se que o produto em questão é um queijo, que pesa 0,180 kg, cuja data de validade vai até ao dia 9 de novembro de 2011 e que pertence ao lote 0311.

É o principal código de barras utilizado nos produtos que encontramos no prateleira do supermercado e permite identificar qual o produto que o consumidor está a adquirir. neste caso, o código EAN-13 diz-nos que se trata de um pacote de leite de uma determinada marca. no momento do bip, este código faz ligação com a base de dados da superfície comercial, que, por sua vez, indica ao operador e ao consumidor o preço do produto.

O que distingue o Gs1 databar do tradicional código de barras eaN-13?

eaN-13 databaR

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PerSPetiva

O que é o instituto Civil da autodisciplina da Comunicação Comercial (iCaP)?

Qual é o seu propósito e missão?O ICAP é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, e tem como objetivo a promoção e implementação dos princípios ético-legais que presidem à comunicação comercial e, neste sentido, à defesa da liberdade de expressão comercial num quadro de profundo respeito pelos direitos dos consumidores e pela leal concorrência. Procura, no fundo, não dar argumentos ao legislador para intervir.

Quem o constitui e quem pode ser associado?Sem prejuízo da sua estrutura interna, o Instituto é constituído por anunciantes, por agências de publicidade e meios e por numerosas associações que os representam. Quaisquer pessoas coletivas que, direta ou indiretamente, se relacionem com a comunicação comercial podem ser membros do ICAP.

Quais são as principais razões para se ser associado do iCaP?Destaco a possibilidade de

entrevista

Há reGulamentaçãO a maiS na PubliCidade”Miguel Morais Vaz, secretário-geral do Instituto Civil da Autodisciplina da Comunicação Comercial (ICAP), falou com a Código 560 sobre a autorregulação da publicidade em Portugal

miguel morais vaz, Secretário-geral do ICAP

as pessoas coletivas que se relacionam com a comunicação comercial podem ser membros do iCaP

os Associados poderem ser providos de pareceres prévios (copy-advices) com celeridade (24/48 horas) e a título gracioso, o que poderá representar a desresponsabilização dos agentes perante as entidades sancionadoras. E também a

possibilidade de aderirem ao sistema de resolução de litígios, e com isto fazer cessar uma publicidade que por alguma razão fira os direitos dos lesados. Falei de vantagens com base em alguns serviços, entre tantos outros, que o ICAP proporciona.

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Código 560 | GS1® Portugal2.o semestre 2015 37

Considera que em Portugal há regulamentação a mais ou a menos na publicidade?Há regulamentação a mais, e com ela temos vindo a conviver. O problema é que se regulamenta de maneira defeituosa e, muitas das vezes, com evidente desconhecimento dos mercados e da atividade.

A GS1 e O ICAPNuno Pinto de Magalhães, presidente do ICAP, é também presidente da Assembleia Geral da GS1® Portugal.O provedor e Head of Corporate Affairs da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, Nuno Pinto de Magalhães, é o presidente do Instituto Civil da Autodisciplina da Comunicação Comercial (ICAP). O cargo foi assumido em outubro de 2014, em representação da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN).Com uma vasta experiência e conhecimento no setor cervejeiro e reconhecida liderança em núcleos associativos de relevo em Portugal, Nuno Pinto de Magalhães assumiu a presidência do ICAP como “uma honra e, simultaneamente, de uma grande responsabilidade, considerando as expectativas do ICAP e dos seus associados em matéria de autoregulação”.

O ICAP é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, que promove os princípios ético-legais que presidem à comunicação comercial

E como funciona?Além dos órgãos sociais habituais, o ICAP conta com uma especificidade: a existência de dois paraorgãos, a saber, o Je – Júri de Ética e o GTJ – Gabinete Técnico-Jurídico. estes paraorgãos são compostos por entidades de elevada qualidade técnica e reconhecidos méritos e todos eles são independentes e imparciais. A presidência da Comissão de Apelo, órgão de recurso do Júri, por exemplo, tem vindo a ser exercida por juízes desembargadores. Pois bem, são aqueles paraorgãos que irão dar corpo aos sistemas de copy-advice, monitorização, pre-clearance, mediação e resolução de litígios.

Quais são as suas prioridades no plano de atividades para 2015?em jeito de síntese, o plano contempla o reforço da representatividade, notoriedade e atividade do ICAP. Contudo, devo realçar a constante evolução das competências do Instituto. Repare que o ICAP já não se dedica apenas à publicidade. A esta foram somadas outras disciplinas, como a promoção de vendas, patrocínio, marketing direto, digital e alegações ambientais.

O que acha que podem ter em comum os Associados do ICAP e os Associados da GS1® Portugal?Tudo, desde que os Associados

da GS1 estejam interessados na ética da comunicação comercial e na adesão ao sistema da autorregulação e ao ICAP. A todos eles, estou certo, aproveitará.

Como vê, em termos de autorregulação, a publicidade em Portugal?Com bons olhos. O mérito do ICAP é já reconhecido a nível nacional e internacional.

Quais são os setores que efetivamente fazem autorregulação e aqueles que o ICAP gostaria que fizessem?A autorregulação é um sistema voluntário. Quaisquer setores podem criar mecanismos próprios para se autorregularem. Na generalidade, estes são aqueles que mais se sentem ameaçados pelo legislador.Sem prejuízo, tenho para mim que o sistema exemplar é o preconizado pelo ICAP. Note que este sistema não abrange um setor; é uma tripartida. Logo, a autorregulação em causa deve conciliar interesses convergentes, mas por vezes também divergentes.

É verdade que o ICAP tem poder para retirar do ar campanhas publicitárias não conformes?Não creio que isso deva ser visto tão simplificadamente. Sucintamente, e na parte que mais importa, os membros do ICAP estão obrigados ao acatamento das decisões, nomeadamente do Júri. Ora, a representatividade dos meios nos quadros do Instituto é indelével. Assim, se um não Associado for informado de que deve cessar a publicidade censurada pelo Júri e não o fizer, o ICAP dirige-se aos meios e requer a respetiva cessação.

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GS1 Colômbia

o que é a logyca?Criada por 21 empresas em 1988, nasceu com um propósito: trabalhar

para a eficiência e sustentabilidade das cadeias de valor. Esta tem sido a sua razão de ser. Na Colômbia, os empresários creem que este objetivo se cumpre baseado no princípio da colaboração – trabalhar em conjunto, independentemente da competição entre si. Trabalham em duas áreas de colaboração: melhores práticas logísticas e uso de standards globais. É aqui que surge a GS1 Colômbia: no início, os empresários decidiram implementar os standards GS1 e, desde aí, temos sido ativos participantes da GS1. Um exemplo é o nosso setor financeiro (com quem temos vínculos muito bons), que pediu que os envolvêssemos na standardização dos protocolos de comunicação dos web services,

Rafael Flórez

É CRuCial entendeR o uSo doS standards Como valoR PeRCebido, em vez de obRiGaçãoMais de 23 mil clientes, divididos entre uma organização virada para a eficiência logística – chamada Logyca – e outra para a utilização dos standards – chamada GS1 Colômbia. Conversámos com Rafael Flórez, CEO de ambas e acérrimo defensor do valor dos standards globais no funcionamento saudável da cadeia de abastecimento

para que através das páginas web comerciais os consumidores pudessem pagar faturas, e, com a nossa experiência em desenvolver standards, os ajudássemos neste terreno. Como surgiu a ligação da logyca com a GS1?Depois da fundação da Logyca, tomou-se uma decisão diferente do mundo GS1. Em quase todas as GS1, as empresas que fazem parte são chamadas de membros, e todas gerem e são representantes da organização. Na Colômbia, criou-se a ideia de que há clientes e há membros. A diferença é que os clientes adquirem um serviço, uma formação de código de barras, de gestão de inventários, etc. Os membros estão incluídos na organização da associação, vinculam-se porque querem fazer parte da vida da associação, por exemplo, ter direito a participar na assembleia. Formam grupos de

trabalho em várias áreas: consumo massivo, fresh foods, Horeca, soluções tecnológicas, transporte e logística, têxtil e confeção, etc. Estes definem as iniciativas tanto dos temas de logística como dos standards. Das 23 mil empresas que hoje temos e que fazem parte da organização, 1300 são membros.

e a dimensão dos clientes?Das 23 mil empresas que temos, 500 são grandes, 1500 médias e 21 mil pequenas e micro. Quase 50 por cento das 23 mil são micro empresas cujos ativos totais não chegam aos três mil dólares. Na Colômbia há um milhão e meio de empresas, das quais cinco mil são grandes, 20 mil médias e o resto pequenas e micro. Nós somos o reflexo do que é a estrutura empresarial do país.

Face ao número de empresas existentes na Colômbia, qual é o objetivo a atingir?

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Temos 27 anos e 23 mil empresas. Comparando o número que temos versus o tamanho da Colômbia, não somos tão pequenos. Na América Latina, a GS1 Brasil tem 57 mil empresas mas a economia é sete vezes maior que a da Colômbia. A GS1 México tem 15 mil empresas ativas, o que significa que temos mais que o México e este é quatro vezes maior que nós. Não dá para

Mas os empresários, sobretudo os pequenos e micro, não percebem este valor.

Como cativam estas empresas?Uma das estratégias que utilizamos é reduzir os preços e mudar a forma de ensinar os códigos. Isto tem-nos ajudado a crescer, porque baixámos a barreira económica, principalmente para os mais pequenos. Desde que assumimos esta estratégia, vincularam-se ao Sistema GS1 na Colômbia mais de sete mil empresas.

Quais são os principais setores representados? Tal como na GS1 Internacional, o Fast Moving Consumer Goods é um setor muito importante. Temos uma atividade muito forte em Saúde (os produtos farmacêuticos da Colômbia são identificados com o Sistema GS1 e quase 80 por cento dos dispositivos médicos e hospitalares também). Uma grande parte dos nossos clientes estão nos transportes e logística e também no têxtil e confeção. Possuímos uma aplicação muito importante: identificação de documentos de cobrança. Todas as faturas de serviços públicos, telemóveis, impostos municipais, colégios e universidades (que chegam às pessoas em papel e que têm de ir ao banco pagar) têm agora um código. E todos os bancos comerciais, nas suas caixas, em vez de digitar informação, leem códigos de barras. Eu diria que em relação ao número de empresas este é o recorde mais importante.

Qual é a relação entre a Logyca e a GS1?O nosso desafio foi sempre melhorar a cadeia de valor. Para isso, uma das razões que tomámos foi tornar independentes as

fazer comparações. É muito mais importante as empresas que temos do que o potencial do país. Acreditamos que no tema standards ainda nos falta um longo caminho e apontamos duas barreiras: uma económica e outra de valor percebido.Empresas como a Sonae ou a Nestlé têm perfeitamente claro que os standards são importantes.

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GS1 Colômbia

atividades da GS1 das atividades da logística. Criámos três divisões: os standards - GS1 Colômbia, a investigação - Fundacion Logyca e os serviços - Logyca Servicios. Estas duas últimas formam a Logyca. A associação é o core, a fundação é criada pela associação, e as duas criam a Logyca Servicios. Os nossos associados começaram a pedir para replicarmos o que fazíamos na Colômbia, por isso a Logyca desenvolveu-se em vários países da América do Sul. Oitenta por cento ou mais das atividades da Logyca não têm nada a ver com a GS1. A Logyca Servicios tem apenas duas atividades relacionadas com a GS1: a sincronização e a captura de informação.

onde está presente a logyca?A Logyca Investigação e Serviços está presente no México, Honduras, Costa Rica, El Salvador, Panamá, Brasil, Chile e estamos a constituir--nos na Guatemala. Esperamos ter algo em Portugal também.

E nestes oito países a logyca tem alguma relação com as GS1 locais? Sim, neste momento temos um acordo formal com a GS1 Costa Rica. A Logyca Servicios tem estado em conversações com a Guatemala, El Salvador e Panamá. Está outro país a avaliar alternativas, que é a Bolívia.

Como é que a GS1 Colômbia e as restantes GS1 da américa do Sul se relacionam? Desde os anos 90 que a GS1 América Latina faz anualmente uma reunião regional e também está presente no Fórum Global, em Bruxelas. De forma a coordenar a região, existem seminários, formações regionais que o Global Office oferece e há recentemente um grupo que trabalha em temas

como qualidade e ECR (Efficient Consumer Response) e tivemos um grupo regional que trabalhava temas como EPC (Código Eletrónico de Produto). Esta é a forma como as GS1 regionais se relacionam e a GS1 Colômbia, que também faz parte destas reuniões regionais.

Já se falou de se fazer uma cimeira ibero-americana. É uma possibilidade? Desde 1990 que todas as reuniões da América Latina foram ibero- -americanas, onde participaram os diretores da GS1® Portugal e da GS1 Espanha. A partir de 2006/2007 deixaram de estar por incompatibilidade de datas. Mas tê-los na reunião traz um benefício: a presença direta da Europa, com uma cultura interior, pode ajudar-nos. Provavelmente uma organização como a GS1® Portugal pode ter mais afinidades com a GS1 Colômbia e com a Logyca do que com outra organização europeia, tal como a GS1 Colômbia com outras organizações latino-americanas. Acho que o tema regional não deveria ser só geográfico, podendo haver regiões cluster por outras afinidades. Trocar experiências que nos fortaleçam no mundo GS1 vai ser cada vez mais comum.

Quais são os serviços que a logyca mais presta na Colômbia? Em termos económicos, os serviços não relacionados com os standards GS1 são mais importantes que os serviços relacionados com a GS1. Em 1988, depois da primeira reunião do conselho diretivo, decidiu-se desenvolver a infraestrutura dos serviços. O mercado valoriza muito mais um projeto integrado de colaboração ou uma consultoria em estratégia logística do que um código. Mas o tamanho do mercado para

o código é muito maior do que o mercado para a consultoria. Desenvolvendo os serviços com uma ambição de longo prazo, vamos criando uma estrutura que tem capacidade de oferecer um maior valor ao mercado e, gradualmente, começamos a ter outras fontes de financiamento.

Quais os objetivos para o futuro nessa área e quais as necessidades empresariais no momento? De cinco em cinco anos fazemos um plano estratégico para os cinco seguintes. Atualmente estamos a desenvolver o plano que vai de 2014 a 2018, ano em que cumprimos 30 anos. A Fundação Logyca é um centro de desenvolvimento tecnológico reconhecido pelo Estado Colombiano e queremos chegar ao nível A (reconhecimento máximo de centros de desenvolvimento

Rafael Floréz durante uma visita à GS1 Portugal, no passado mês de abril

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tecnológico do país). Queremos ter a maior comunidade de utilizadores do sistema GS1 do mundo. A nossa meta é uma: perceber o que há a fazer para alcançar a massificação do uso dos standards. A nível global, a GS1 será muito mais forte e relevante

se conseguirmos que todas as empresas do mundo tenham acesso ao Sistema GS1. E hoje estamos longe disso. Deveria ser para todos uma prioridade de curto prazo. O mundo digital é uma oportunidade, mas é também uma ameaça se dentro da GS1 não

estivermos de acordo em entregar--lhe as ferramentas que deseja. O mundo digital quer o nosso sistema, mas a velocidade deste mundo é maior que a nossa. Uma boa parte do desafio é convencer líderes de empresas a ajudar-nos a chegar massivamente aos milhares de pequenos empresários, para que todos tenham já, e não dentro de alguns anos, acesso ao sistema. E é para isso que estamos a trabalhar.

E o centro tecnológico? A GS1® Portugal também vai desenvolvê-lo. Como se enquadra na Colômbia e que importância tem para as empresas? O centro tem sido fundamental. Em 1993 pensámos fazer um evento, trazer oradores… mas em vez de stands para cada empresa, montámos um supermercado e um armazém em tamanho real e mostrámos como é que um código de barras pode ser usado e que é possível na Colô mbia ter muitos produtos codificados. A reação foi maravilhosa! Foi aí que decidimos que quando tivéssemos uma sede iríamos ter esse supermercado e esse armazém permanentemente. São ferramentas muito úteis, que nos permitem divulgar a mensagem dos standards e das melhores práticas. Ajudam a entender as ferramentas e ajudam ainda os negócios a serem mais eficientes.

O vosso centro tecnológico é digital... Tivemos o centro físico durante 10 anos e quase meio milhão de pessoas o visitaram. Hoje temos painéis digitais interativos: a área nova da visualização - tudo tem que ser visual e interativo desde o momento do desenho; temos trabalhado nas tecnologias que vão impactar no supply chain como: big data, impressões a 3D, impactos disso, etc.

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O TEmA rEGiOnAl nãO DEvEriA SEr Só GEOGráFiCO, PODEnDO HAvEr rEGiõES cluster POr OUTrAS AFiniDADES. TrOCAr ExPEriênCiAS QUE nOS FOrTAlEçAm nO mUnDO GS1 vAi SEr CADA vEz mAiS COmUm”

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CódiGo GenétiCo

As práticas de melhoria contínua estão presentes na cultura da GS1® Portugal. Após consolidado o

modelo de governance e estrutura organizacional, a associação identificou uma necessidade de fazer evoluir a base criada pelo projeto Housekeeping. Esta evolução visa sobretudo melhorar a eficiência e eficácia dos serviços prestados aos nossos Associados e está assente em três vetores: reengenharia de processos de negócio, melhoria da capacidade de resposta da organização e reestruturação da arquitetura de sistemas de informação. A componente de reengenharia de processos foi estruturada em diferentes fases, tendo início na identificação e desenho. Nesta fase foi efetuado um levantamento e uma análise dos processos atuais definidos no âmbito do projeto Housekeeping, em conjunto com as diferentes áreas, de forma a identificar oportunidades de melhoria. Desta análise resultou a identificação dos processos de negócio que sustentam a atividade da GS1® Portugal, bem como os seus principais objetivos e resultados esperados. Adicionalmente, procedeu-se

Gestão interna

GS1® PortuGAl dá iníCio Ao HouSekeePinG 2.0Identificada a necessidade de fazer evoluir o Housekeeping, a nova versão está assente em três vetores: reengenharia de processos de negócio, melhoria da capacidade de resposta da organização e reestruturação da arquitetura de sistemas de informação

à identificação e nomeação de cada “dono” (owner) do processo, no âmbito dos vários colaboradores que constituem a equipa da organização. O “dono” é responsável por operacionalizar o processo em conjunto com os seus intervenientes. Nas suas responsabilidades incluem- -se as iniciativas de desenho

FerNaNdo BasílIo Gestor de Projetos de Inovação e Tecnologia da GS1® Portugal

sequência ilustrativa da documentação de um processo de negócio. No total, a Gs1 Portugal já identificou e mapeou 45 processos de negócio, no conjunto de departamentos que compõem a organização.

e melhoria contínua, bem como a identificação dos indicadores que permitem medir e monitorizar um dado processo de negócio. Na modelação dos processos optou-se por utilizar a notação BPMN 2.0 (Business Process Management and Notation), uma vez que é um dos standards mais adotados à escala global, o que se traduz numa maior facilidade de partilha e comunicação de processos por todas as organizações-membro da GS1. Embora esta notação seja bastante flexível, optou- -se por usar uma metodologia pragmática que garanta uma fácil interpretação dos mesmos. São várias as vantagens na

A reengenharia dos processos é a primeira fase de um projeto que vai continuar o seu curso com uma missão muito específica: manter a GS1® Portugal na senda das melhores práticas de gestão interna

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adoção de uma prática de gestão de processos de negócio: a formalização e a documentação de processos, bem como dos papéis e responsabilidades dos seus intervenientes, ajudam a garantir que os processos são executados de uma forma consistente por toda a organização, evitando diferentes interpretações sobre qual a forma mais correta de atuar.Além disso, a adaptação a alterações de negócio torna-se mais ágil. A tarefa de incorporação de novos colaboradores, ou colaboradores que mudem de funções, torna-se mais fácil, uma vez que o tempo despendido para transferência de conhecimento é mais reduzido graças à documentação dos processos de negócio. A sua documentação ajuda ainda a reter e a consolidar conhecimento que está apenas presente na “mente” dos colaboradores.O desenho e documentação de processos de negócio é um dos principais pilares à definição e implementação da arquitetura de sistemas de informação da GS1® Portugal, garantindo que existe um alinhamento entre sistemas e necessidades de negócio. Acreditamos que o esforço e o tempo investidos na definição, documentação e melhoria dos processos de negócio são fundamentais na missão da GS1® Portugal. Esta é a primeira fase de um projeto que vai continuar o seu curso com uma missão muito específica: manter a GS1® Portugal na senda das melhores práticas de gestão interna, garantindo que os desafios do dia a dia são ultrapassados por uma cultura de otimização contínua – quer da organização, quer dos seus colaboradores.

Housekeeping 2.0 Fases da Reengenharia

de Processos de Negócios

O Housekeeping é um projecto apoiado pela Integração de todos os sistemas utilizados pela GS1 Portugal: • CRM – Customer Relationship Management

• Website (Content Managament System)

• BIR – Business Intelligence

• Primavera – Sistema de Faturação

• Portal GS1 (Gestão de Códigos, Formação, Solicitações, Intranet, E2E Datapool, Media e Aggregator)

Definição de um roadmap de evolução aos níveis

processual e tecnológico

Definição dos Processos To Be

Reavaliação de Processos (numa perspetiva Lean)

1

2

3

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O OutrO ladO de...

Nuno Miranda

uM “áS” Na Cultura Geral. é NOSSO Trinta e nove anos, residente em Massamá e um curioso por natureza. Chegaria isto para descrever Nuno Miranda em poucas palavras, não fosse a dupla de prémios que já recebeu na GS1® Portugal, a notável queda para os números e o gosto pela sétima arte. Apresentamos o outro lado do nosso gestor de projetos de Inovação e Tecnologia e formador na área do digital

Há momentos na vida que não se esquecem. O primeiro dia de escola, o primeiro emprego, o exame

de condução ou o dia em que uma casa se torna nossa. Nuno Miranda, 39 anos, ainda se lembra de cada um desses momentos, especialmente do primeiro dia de escola. Lembra-se do nervoso miudinho que o perseguiu, passo a passo, até à sala de aula. De Jaime, o colega de carteira, e da Dona Isaura, a professora que o recebeu e o acompanhou até à 4.ª classe na Escola Primária n.º 154 de Lisboa. Nos 20 anos seguintes, viveu a tranquilidade da infância de um

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área de Inovação e Tecnologia e as ações de formação da organização em sincronização de dados e faturação eletrónica. Entre mãos tem ainda a gestão diária da plataforma de sincronização de dados – SYNC PT – e a coordenação de projetos na área da desmaterialização de dados através de EDI – Transferência Eletrónica de Documentos. O trabalho realizado em 2014 nestas áreas valeu-lhe, há quatro meses, o prémio Revelação do Ano da GS1® Portugal, destinado a promover o reconhecimento do talento interno. O primeiro galardão desta categoria atribuído pela organização data de 2013 e também mora na casa de Nuno Miranda. Motivo para tanto sucesso? “Comprei votos junto dos meus colegas”, atira, entre risos.

Um sabichão na matemática, um perito no quizz A GS1® Portugal não é o único local onde Nuno Miranda está habituado a colecionar prémios. Há pouco mais de dois anos começou a participar em jogos de quizz em Lisboa e arredores. Na primeira vez deixou-se convencer por dois amigos, porque, confessa, gosta deste tipo de desafios – em que a cultura geral é colocada à prova. “Não nos saímos mal”, relembra. A experimentação rapidamente deu lugar à regularidade. O mais difícil é atingir um bom resultado, aponta. “Estes quizzes têm a particularidade de ser necessária uma resposta num comando em 15 segundos, o que não permite qualquer auxiliar ou ajuda para além dos membros da equipa. Além disso, existem muitas pessoas com uma cultura geral invejável, algumas delas muito jovens.” Ainda assim, a equipa de Nuno Miranda costuma posicionar-se nos lugares

cimeiros. O colaborador da GS1® Portugal não revela táticas, mas também não elogia as próprias vitórias. Em alternativa, aponta que este tipo de jogos são “uma forma engraçada de aprender ainda mais sobre cultura geral”. Este ás é também um sabichão da matemática. Na maioria das vezes, porque os amigos e os colegas o desafiam. Também a Código 560 decidiu colocá-lo à prova: à pergunta “quanto é 12x(25x67)?”, Nuno Miranda retribui apenas com uma gargalhada. Tem por hábito responder a questões semelhantes, mas bem mais práticas e baseadas no dia a dia. Quando os amigos ou colegas puxam do telemóvel, Nuno atira o resultado. A Código 560 voltou a insistir: “És um guru dos números?” Ao que o gestor de projetos responde: “Não sou de todo. Apenas tenho um padrão para chegar ao resultado final.” O seu mundo é, no entanto, bem mais amplo do que normas, números ou jogos de cultura geral. O cinema, as séries de televisão e a música também são um must- -have. “Não consigo estar afastado dos filmes e séries durante muito tempo”, reitera. Big Fish, de Tim Burton, é o seu filme preferido e Breaking Bad a série de televisão que mais marcou Nuno Miranda. Já na música, Pearl Jam é a banda de eleição. A prova? Já assistiu a sete concertos da banda – o primeiro de todos, no Pavilhão do Dramático de Cascais, há quase 20 anos. O futebol é outra das suas paixões de infância. Declara-se um seguidor fiel do campeonato inglês, um “adepto fervoroso” do Benfica e admite que “é normal ser visto no Estádio da Luz ou no pavilhão”. Se o encontrarem por lá, devolvam-no à GS1® Portugal. Para todos os efeitos, este “ás” da cultura geral é nosso.

O trabalho realizado em 2014 valeu a Nuno MIranda o prémio Revelação do Ano da GS1® Portugal, destinado a promover o reconhecimento do talento interno

filho único. Mudou-se de malas e bagagens, com os pais, do Cacém para a vizinha Massamá, onde ainda vive atualmente; terminou os estudos; teve a primeira experiência de emprego numa empresa de vigilância, e fez ainda uma breve incursão no universo das agências imobiliárias. “Mas rapidamente percebi que não tinha jeito”, revela Nuno Miranda. Seguiu--se uma candidatura, uma resposta positiva e, finalmente, “a 22 de maio de 2000”, o primeiro dia como colaborador da GS1® Portugal. Quinze anos separam esse Nuno, encarregue de dar suporte à área de contencioso, daquele que hoje assume a gestão de Projetos na

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SABOR & Bem-eStARAnA Leonor PerdigãoNutricionista

Privilegie produtos frescos, como frutas e vegetais. Consuma duas a três peças por dia

Saúde

Dez SugeStõeS pARA cuiDAR DO Seu cORAçãOPara ter um coração saudável existem algumas dicas fáceis de pôr em prática que pode adotar no seu dia a dia. Siga os conselhos para evitar doenças cardiovasculares

1. Tome um bom pequeno- -almoço. Leite ou derivados, magros ou meio gordos, cereais integrais e uma peça de fruta são uma boa escolha.

2. Faça várias refeições ao longo do dia. Além do pequeno- -almoço, do almoço e do jantar, não esqueça os lanches a meio da manhã e a meio da tarde: um iogurte e uma peça de fruta ou duas a três tostas ou bolachas pouco açucaradas.

3. Veja os legumes e a fruta como aliados, sobretudo os de cor verde-escura e alaranjada, pois promovem saciedade com um baixo valor calórico e são ricos em fibra e antioxidantes. Consuma legumes ao almoço e ao jantar. No caso da fruta, duas a três peças por dia são suficientes.

4. Prefira os cereais e derivados mais escuros (menos refinados ou mesmo integrais), que são mais ricos em fibra, mas também em vitaminas e minerais.

5. Consuma peixe todos os dias e prefira carnes brancas. Não abuse dos ovos e dos produtos de charcutaria, que são ricos em sal e gorduras saturadas.

6. Controle a quantidade de gordura que utiliza no seu dia a dia. O azeite é uma excelente

opção para cozinhar e temperar, mas evite aquecê-lo demasiado. O óleo de amendoim é também resistente a temperaturas altas e pode ser usado para confecionar.

7. Modere a adição de sal e de açúcar na sua alimentação diária. As ervas aromáticas são uma excelente forma de dar sabor sem recorrer ao sal.

8. Modere o consumo de bebidas alcoólicas e estimulantes (café, refrigerantes com cafeína,…). Beba pelo menos 1,5 l de água ao longo do dia. Chá verde ou tisanas, quentes ou geladas (sem açúcar), são outra forma de ingerir líquidos.

9. Mexa-se! Escolha uma atividade física de que goste e pratique-a regularmente. No dia a dia, use as escadas em vez do elevador, sempre que possível ande a pé em vez de carro, ofereça a si mesmo um passeio ao final do dia. Todos os passos contam.

10. Conheça-se bem e dê atenção ao seu corpo: vigie o seu peso e mantenha-o dentro dos valores considerados; avalie os seus níveis de colesterol sanguíneo; meça a tensão arterial com regularidade.

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Receita de Marta Bártolo, finalista da 1.ª edição Masterchef Portugal,

programa de culinária da RTP, 2011

Receita

Carpaccio de abacaxiIngredientes1 abacaxi1 chávena de chá de açúcar fino1 chávena de café mal cheia de água1 pau de canelaSumo e raspa de uma lima1 cálice de Limoncello3 cravinhos1/4 de vagem de baunilha aberta1 flor de anis3 sementes de cardamomo abertas

Modo de confeçãoComece por descascar o abacaxi e, com a ajuda de uma faca bem afiada ou de uma “mandolina”, corte fatias inteiras bem finas, quase transparentes. Coloque-as num recipiente para posteriormente irem ao frigorífico pelo menos 24 horas. Num tacho pequeno, coloque o açúcar, a água e todas as especiarias. Deixe levantar fervura em lume médio-baixo, sem nunca mexer, até obter o ponto pérola. Acrescente a raspa e o sumo da lima, bem como o cálice de Limoncello. Logo que ferva novamente, retire do lume, deixe arrefecer ligeiramente, regue o abacaxi e reserve no frigorífico pelo menos 24 horas. Para servir, disponha num prato grande, como na imagem, e pode acompanhar com framboesas. Sirva bem fresco.

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breves

InstItuto Português da QualIdade

gs1® Portugal lIderaComIté téCnICo do IPQ sobre Fatura eletrónICa Para a admInIstração PúblICaa partilha de informação – com dadose sistemas de dados fiáveis – e acolaboração ao longo das cadeiasde abastecimento, inclusive naadministração Pública, são essenciaispara o sucesso do tecido empresarial. Por essa razão, a gs1® Portugal foi escolhida, em fevereiro deste ano, para liderar o comité técnico do Instituto Português de Qualidade (IPQ) sobre Fatura eletrónica (Fe) nas Compras Públicas e dessa forma representar o país num Grupo de Trabalho do Comité europeu de normalização (Cen), criado a nível europeu para desenvolver a Futura Norma Comunitária para FE. Segundoo diretor-executivo da Associação, Joãode Castro Guimarães, “o objetivo danossa participação passa por chegar a um compromisso em torno do novo quadro normativo para o e-Procurement público.a normalização, a harmonização e ainteroperabilidade, a nível europeu, deprocedimentos e mensagens eletrónicas no setor público são os resultados esperados”.

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Em maio, a GS1® Portugal participou na Assembleia Geral da GS1 em Sydney, na Austrália. No total, estiveram presentes 225 delegados em representação de 66 países neste encontro, que todos os anos reúne representantes das diferentes organizações-membro e da gs1 Internacional.

... enquanto na Centromarca João Paulo Girbal e Pedro Pimentel são reconduzidosJoão Paulo Girbal foi reeleito presidente da Centromarca, iniciando o seu terceiro mandato. Na Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca, Pedro Pimentel foi igualmente reconduzido no cargo de diretor-geral. “Queremos alargar o foco para ações que promovam a criação de valor, associada ao desenvolvimento de uma cultura de marca em Portugal”, afirmou o novo presidente, que pretende gerar um movimento aglutinador: a defesa da marca. Sob o mote “Ganhar Marca”, a associação definiu como objetivo para os próximos anos reforçar um ambiente de concorrência leal e intensa para as marcas, que encoraje a inovação e garanta o máximo de valor para os consumidores.

o novo resPonsável tem mandato de Quatro anos e rePresenta o PIngo doCe

Jorge Jordão é o novo presidente da aPed...Jorge Jordão foi eleito presidente da direção da APED. Escolhido para um mandato de quatro anos, Jorge Jordão é Institutional Affairs Director na Jerónimo Martins e conta na sua equipa com dois vice-presidentes, Rui de Carvalho, Auchan Portugal Hipermercados, e Pedro Sá, Sonae Modelo Continente. Integram ainda a direção, como vogais, Cláudia Almeida e Silva, FNAC, Jorge Madeira, DIA, Pedro Cano, IKEA, e Catarino Tavares, ECI, e ainda Francisco Fonseca e Manuel Coimbra, respetivamente em representação dos novos associados Intermarché e Media Markt. O novo presidente da APED assume como eixo central do seu mandato “a afirmação do trabalho desenvolvido pelo setor da distribuição moderna em prol dos consumidores portugueses e da melhoria da sua qualidade de vida”.

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brevíssimas

AgendA25 Junho Seminário Internacional de Saúde da gS1® Portugal (Lisboa) 24 Setembro III Fórum de Solution Providers (Lisboa) 2 – 6 novembro gS1 in europe regional Forum (Lisboa)

Ação PromovIdA PelA rede de retAlho de ProxImIdAde

mInIStro dA economIA mArcA PreSençA nA v convenção “AquI É FreSco”o ministro da economia, António Pires de lima, esteve presente na v convenção da rede “Aqui É Fresco”, que decorreu entre 31 de maio e 1 de junho na Sala tejo e no Pavilhão de Portugal, em lisboa. Subordinada ao tema central “+ Parceria + Futuro”, a reunião anual contou com a presença de um grupo de 720 empresas retalhistas independentes, de pequena e média dimensão, e 16 grossistas, oriundos de todo o país. estiveram também presentes associados unimark e fornecedores parceiros, num total de perto de 1200 convidados. Foram abordadas questões centrais à sustentabilidade dos negócios do retalho de proximidade, como a importância das sinergias na construção de um futuro mais sólido para todos os parceiros envolvidos.

A Linha de Crédito PME Crescimento 2015 entrou em vigor a 1 de abril de 2015 com uma dotação global de 1400 milhões de euros e quatro linhas específicas: Micro e Pequenas Empresas (300 milhões de euros); Fundo de Maneio e Investimento (800 milhões de euros); Empresas de Elevado Crescimento (100 milhões de euros), e Crédito Comercial a Exportadoras (200 milhões de euros). No caso da Linha Micro e Pequenas Empresas, as operações elegíveis abrangem “operações destinadas a

investimento novo em ativos fixos corpóreos ou incorpóreos (a realizar no prazo de 12 meses após a data da contratação) ou ao reforço do fundo de maneio ou dos capitais permanentes de micro ou pequenas empresas com volume de negócios inferior a 10 milhões de euros e dois anos de resultados positivos nos últimos quatro exercícios. Excecionalmente, até 30 por cento da operação poderão ser utilizados para liquidar dívidas contraídas junto do sistema financeiro nos três meses anteriores à data da sua contratação.

trezentoS mIlhõeS PArA ProJetoS de mIcro e Pme

Pme crescimento lançado com dotação global de 1400 milhões

SAúde

hoSPItAIS SAntA mArIA e PulIdo vAlente ASSocIAm-Se à gS1® PortugAlO Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), que compreende o Hospital de Santa Maria e o Hospital Pulido Valente, tornou-se o primeiro agrupamento de hospitais públicos associados da GS1® Portugal. A adesão aconteceu na sequência de um projeto-piloto realizado com a GS1 no âmbito dos dispositivos médicos, que permitiu implementar uma linguagem unívoca e global com todos os fornecedores do CHLN.

evento

gS1® PortugAl reAlIzA 2.ª edIção do SemInárIo InternAcIonAl de SAúdeNo dia 25 de junho, no Auditório do INFARMED, em Lisboa, a GS1® Portugal voltou a organizar um seminário para o setor dos cuidados de saúde, sob o mote “Da Promessa à Ação: Os Standards Globais na Saúde”. Além de sessões de boas práticas e casos nacionais e internacionais, a iniciativa reuniu em Portugal duas entidades europeias que representam a indústria para apresentar os últimos desenvolvimento no que diz respeito a medicamentos e dispositivos médicos: a EUCOMED e a EMVO.

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Transparência no consumo. Para o presidente e CEO da GS1 Global Office (GO), entrevistado pela consultora PriceWaterhouseCoopers (PWC) no âmbito do Plano Estratégico

2015-2018/2020 da GS1® Portugal, esta é a grande macrotendência de mercado nos próximos anos, acompanhada por aspetos colaterais relevantes, como o envolvimento dos consumidores, a rastreabilidade ou “a última milha” (isto é, o modelo de loja do futuro). Segundo Miguel Lopera, a “GS1 deve transformar--se no Google Maps da informação de produto (facilitador)”. Afinal, a organização conta já com um Dicionário Global de Dados, que contém uma multiplicidade de dados de produto. Por sua vez, as empresas devem considerar a informação de produto como parte fundamental do mesmo e criar uma nova posição nas suas organizações: a de Chief Data Officer.Na perspetiva do responsável máximo da GS1 Global Office, os vetores de atuação de cada Organização--membro passam por: (I) implementar standards e serviços globais, e (II) criar comunidades setoriais e serviços locais – com potencial para se transformarem em boas práticas. Elogiando “as profundas mudanças operadas nos últimos anos pela atual direção da GS1® Portugal, que fizeram com que o país se destacasse no mundo GS1, e reiterando as ótimas relações pessoais e profissionais com os seus CEO e presidente”, Miguel Lopera sustenta que “após um enfoque continuado na cadeia de abastecimento, é preciso agora passar para a cadeia da procura, evoluindo do B2B para o B2C/B2B2C”.Segundo o Presidente do nosso Global Office, as prioridades estratégicas futuras da GS1® Portugal devem incluir: (I) a adoção de standards (GTIN, EDI,...), sendo essencial definir KPI de acompanhamento – em especial junto de micro e PME; (II) a identificação dos setores-chave de crescimento (FMCG, Produtos Frescos, Saúde, Food Service, Apparel e Têxtil), o que pressupõe novos Associados e serviços; (III) a entrada no mundo digital; (IV) o reforço da marca, melhorando os aspetos de branding, e (V) a potenciação da

“GS1 deve TranSformar-Se no GooGle mapS da informação de produTo”, diz miGuel lopera, preSidenTe do noSSo Global officeCom a colaboração da PriceWaterhouseCoopers (PWC), o processo de reflexão sobre o Plano Estratégico GS1® Portugal 2015-2018/2020 contou, além de outros, com o testemunho do presidente e CEO da GS1 Global Office

crónicaJOãO DE CASTrO GuIMArãESDiretor-Executivo da GS1® Portugal

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organização e das relações externas (em especial nos mercados fortemente regulados).Acima de tudo, conclui o CEO e presidente da GS1 GO, “a GS1 deve estar focada estrategicamente em standards, serviços e soluções”. Sendo uma organização guiada por uma missão, cujo fim é aportar valor aos seus associados, “a promoção da adoção de standards deve ser uma prioridade” absoluta, e, para fazê-lo, a GS1® Portugal deve, nomeadamente: (I) identificar as 100 empresas dos setores onde está (ou quer estar) e envolvê-las nos grupos de trabalho, e também (II) seguir o exemplo de Espanha em setores como o de produtos frescos, ou (III) promover a rastreabilidade de produtos (exemplos: pescado ou produtos agrícolas).

plano eSTraTéGico GS1® porTuGal (2015-2018/2020): eixoS de reflexão (1) Analisar a atualidade da missão para fazer face às mudanças de contexto.(2) Confrontar modelos operacional e organizacional com a missão em termos de eficiência e sustentabilidade.(3) refletir sobre a viabilidade/oportunidade de alargar o âmbito da GS1® Portugal.(4) Definir objetivos e linhas estratégicas para os próximos anos – alinhadas com a missão.

miguel lopera, Presidente e CEO da GS1 Global Office

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