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CÓDIGO DESPORTIVO DA FUNDAÇÃO INATEL

Código Desportivo

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Código Desportivo da Fundação Inatel para as Competições de Modalidades Colectivas - Época 2014/2015

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CÓDIGO

DESPORTIVODA FUNDAÇÃO INATEL

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CÓDIGO

DESPORTIVODA FUNDAÇÃO INATEL

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Código Desportivo da Fundação INATEL

É com muito gosto que após a aprovação pelo Conselho deAdministração, a Fundação INATEL torna público o CódigoDesportivo, aplicável a todas as modalidades desportivasque por esta são dinamizadas.

Trata-se de um instrumento jurídico do maior alcance, paraos agentes e colectividade desportivas que, através do des-porto, contribuem para o reforço e credibilização de umaactividade que é fundamental para a preservação de umaboa qualidade de vida. A prática massificada do desporto, éhoje indissociável das exigências do nosso tempo, e por issoa Fundação INATEL, que tem por obrigação responder à uti-lização dos tempos livres dos trabalhadores não poderia dei-xar de enquadrar o exercício dessa prática, sobretudo navertente competitiva, com um conjunto normativo coerente,que beneficiou da mais ampla participação. Por isso mesmoforam inúmeros os contributos que foram acolhidos noCódigo, quer de trabalhadores da Fundação, quer de des-portistas individuais e de CCD’s.

Este esforço tem corrido paredes-meias com o alargamentodo desporto a novas modalidades e à requalificação dosestabelecimentos que o justificam, existindo por parte doconselho de administração a firme determinação em respon-der em todos os domínios, e de forma crescente, à oferta deserviços de qualidade.

Lisboa, 1 de Setembro de 2009

Vítor RamalhoPresidente do Conselho de Administração

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Código Desportivo da Fundação INATEL

“A mudança é a lei da vida. E aqueles que olham para opassado ou para o presente irão com certeza perder ofuturo.” Kennedy, John

A Fundação INATEL tem atrás de si uma história longa erepleta de momentos marcantes que queremos preservar,manter viva e aprofundar.

Porque somos os depositários e legítimos transmissoresdessa história, estamos atentos e queremos ser dignos delaatravés de novos contributos, que não poderemos deixar deprestar, respondendo aos novos desafios do futuro!

Por isso, a necessidade de uma resposta, trazendo à luz dehoje uma realidade desportiva, que possa abranger todas ascompetições desportivas da Fundação INATEL, tornou-seimperativa.

O novo código implicou o reconhecimento de uma evoluçãogradual do actual modelo desportivo para um conceito soci-al do desporto, que acima de tudo valorize a ética e a ver-dade desportiva, bem como da formação integral dos parti-cipantes possibilitando a diferenciação de outros modelosdesportivos.

Por todos estes motivos a Administração da Fundação INA-TEL não hesitou e elaborou o seu novo Código Desportivo,sempre com a preocupação, determinante, de servir mais emelhor os seus beneficiários.

Lisboa, 1 de Setembro de 2009

José Moreira MarquesVogal do Conselho de Administração

com o Pelouro do Desporto

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ÍNDICEPREÂMBULO ............................................................................................................................................... 13

Capítulo I DISPOSIÇÕES GERAIS....................................................................................................... 19

Artigo 1.º Objecto ........................................................................................................................................ 19

Artigo 2.º Âmbito de aplicação ............................................................................................................ 19

Artigo 3.º Definições ............................................................................................................................... 19

Artigo 4.º Finalidades ............................................................................................................................... 20

Artigo 5.º Direito de participação ......................................................................................................... 20

Artigo 6.º Não discriminação ................................................................................................................. 20

Artigo 7.º Ética desportiva ................................................................................................................... 20

Artigo 8.º Reconhecimento do espírito desportivo ....................................................................... 21

Artigo 9.º Licença desportiva ................................................................................................................ 21

Artigo 10.º Seguro desportivo .............................................................................................................. 21

Artigo 11.º Regras oficiais da modalidade ...................................................................................... 21

Artigo 12.º Unidade de Lisboa ............................................................................................................. 21

Capítulo II PARTICIPANTES ............................................................................................................... 22

SECÇÃO I Disposições geraisArtigo 13.º Inscrição ................................................................................................................................. 22

Artigo 14.º Deveres para com a Fundação ..................................................................................... 22

Artigo 15.º Responsabilidade ............................................................................................................... 22

Artigo 16.º Documentos ........................................................................................................................ 22

Artigo 17.º Cartão da Fundação ......................................................................................................... 22

SECÇÃO II ParticipaçãoArtigo 18.º Condições gerais de participação ................................................................................ 22

Artigo 19.º Condições especiais de participação ......................................................................... 23

Artigo 20.º Execução de pena disciplinar .......................................................................................... 23

Artigo 21.º Representação de CCD ...................................................................................................... 23

Artigo 22.º Extinção de CCD ................................................................................................................ 23

Artigo 23.º Cessação de participação de CCD .............................................................................. 23

Capítulo III PROVAS .............................................................................................................................. 24

SECÇÃO I Disposições geraisArtigo 24.º Regulamentação ................................................................................................................. 24

Artigo 25.º Competência .......................................................................................................................... 24

Artigo 26.º Programação .......................................................................................................................... 24

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SECÇÃO II CompetiçõesArtigo 27.º Tipologia ................................................................................................................................ 24

Artigo 28.º Organização ........................................................................................................................... 24

Artigo 29.º Organização por CCD ....................................................................................................... 24

Artigo 30.º Recinto de jogo .................................................................................................................... 24

Artigo 31.º Despesas de organização ................................................................................................ 25

Artigo 32.º Prémios ................................................................................................................................... 25

SECÇÃO III Organização das provasSUBSECÇÃO I Calendário e horárioArtigo 33.º Calendário .............................................................................................................................. 25

Artigo 34.º Período de inscrição .......................................................................................................... 25

Artigo 35.º Horário ..................................................................................................................................... 25

Artigo 36.º Impedimento de realização da prova ......................................................................... 26

SUBSECÇÃO II Instalações desportivasArtigo 37.º Recintos de jogos ............................................................................................................. 26

Artigo 38.º Utilização das instalações ............................................................................................... 26

Artigo 39.º Responsabilidade do CCD ............................................................................................ 26

Artigo 40.º Responsabilidade da Fundação ..................................................................................... 26

Artigo 41.º Manutenção da ordem .................................................................................................... 26

Artigo 42.º Alteração da ordem .......................................................................................................... 27

SUBSECÇÃO III Deveres dos praticantesArtigo 43.º Identificação .......................................................................................................................... 27

Artigo 44.º Equipamento desportivo ................................................................................................. 27

Artigo 45.º Material desportivo ............................................................................................................. 27

SECÇÃO IV Observador técnicoArtigo 46.º Função .................................................................................................................................... 27

Artigo 47.º Bolsa de observadores técnicos ................................................................................. 28

SECÇÃO V ArbitragemArtigo 48.º Direcção das provas .......................................................................................................... 28

Artigo 49.º Falta de agente de arbitragem ....................................................................................... 28

Artigo 50.º Substituição de agente de arbitragem ......................................................................... 28

Capítulo IV ARBITRAGEM

SECÇÃO I Organização da arbitragemArtigo 51.º Conselho de Ética, Disciplina e Arbitragem ................................................................ 28

Artigo 52.º Assistente Técnico ............................................................................................................. 29

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SECÇÃO II Agentes de arbitragemArtigo 53.º Quadro ........................................................................................................................................ 29

Artigo 54.º Idade .......................................................................................................................................... 29

Artigo 55.º Faltas ........................................................................................................................................ 29

Artigo 56.º Direitos ........................................................................................................................................ 29

Artigo 57.º Deveres ...................................................................................................................................... 30

Capítulo V REGIME DISCIPLINAR

SECÇÃO I Disposições geraisArtigo 58.º Infracção disciplinar ............................................................................................................ 30

Artigo 59.º Princípio da tipicidade ........................................................................................................ 30

Artigo 60.º Tipo de infracções disciplinares ..................................................................................... 30

Artigo 61.º Punibilidade da tentativa .................................................................................................. 30

Artigo 62.º Concurso de infracções ................................................................................................... 31

Artigo 63.º Autonomia do procedimento disciplinar ...................................................................... 31

Artigo 64.º Prazos ...................................................................................................................................... 31

Artigo 65.º Extinção da responsabilidade disciplinar .................................................................... 31

Artigo 66.º Prescrição do procedimento disciplinar ...................................................................... 31

Artigo 67.º Prescrição da pena ............................................................................................................ 31

Artigo 68.º Registo da pena .................................................................................................................. 32

SECÇÃO II Competência disciplinarArtigo 69.º Órgãos disciplinares ............................................................................................................ 32

Artigo 70.º Competência da Comissão Disciplinar de Agência ................................................ 32

Artigo 71.º Composição e funcionamento da Comissão Disciplinar de Agência ............... 32

Artigo 72.º Prazo para a decisão .......................................................................................................... 32

Artigo 73.º Competência do Conselho Regional de Disciplina ................................................. 32

Artigo 74.º Composição e funcionamento ........................................................................................ 32

Artigo 75.º Competência do Presidente do Conselho Regional de Disciplina ................... 33

Artigo 76.º Impedimentos ....................................................................................................................... 33

Artigo 77.º Prazo para a decisão ......................................................................................................... 33

Artigo 78.º Conselho de Ética, Disciplina e Arbitragem ............................................................. 33

Artigo 79.º Competência da Secção de Ética e Disciplina ....................................................... 33

Artigo 80.º Competência do Presidente da Secção de Ética e Disciplina .......................... 33

Artigo 81.º Prazo para a decisão .......................................................................................................... 33

SECÇÃO III Penas disciplinares e seus efeitosSUBSECÇÃO I PenasArtigo 82.º Penas aplicáveis aos CCD’s ............................................................................................ 34

Artigo 83.º Penas aplicáveis aos praticantes desportivos .......................................................... 34

Artigo 84.º Penas aplicáveis aos agentes desportivos ................................................................ 34

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Artigo 85.º Penas aplicáveis aos agentes de arbitragem ........................................................... 34

SUBSECÇÃO II Efeitos das penasArtigo 86.º Disposição geral ................................................................................................................... 34

Artigo 87.º Penas de advertência e repreensão por escrito ...................................................... 34

Artigo 88.º Pena de derrota ................................................................................................................... 34

Artigo 89.º Pena de interdição do recinto de jogo ....................................................................... 35

Artigo 90.º Pena de multa ........................................................................................................................ 35

Artigo 91.º Pena de desclassificação ou desqualificação .......................................................... 35

Artigo 92.º Pena de suspensão dos CCD’s e dos praticantes ................................................ 35

Artigo 93.º Pena de suspensão de agentes desportivos ............................................................ 36

Artigo 94.º Pena de suspensão de agentes de arbitragem ...................................................... 36

Artigo 95.º Suspensão preventiva ........................................................................................................ 36

SECÇÃO IV Medida e graduação das penasSUBSECÇÃO I Disposições geraisArtigo 96.º Determinação da pena ..................................................................................................... 36

Artigo 97.º Graduação das penas ....................................................................................................... 37

Artigo 98.º Circunstâncias agravantes .............................................................................................. 37

Artigo 99.º Circunstâncias atenuantes .............................................................................................. 37

Artigo 100.º Circunstâncias dirimentes da responsabilidade disciplinar ............................... 37

SUBSECÇÃO II Infracções específicas dos CCD’sDIVISÃO I Infracções disciplinares muito gravesArtigo 101.º Adulteração da verdade desportiva .......................................................................... 38

Artigo 102.º Coacção ............................................................................................................................... 38

DIVISÃO II Infracções disciplinares gravesArtigo 103.º Identificação fraudulenta ................................................................................................. 38

Artigo 104.º Utilização irregular de praticantes ou agentes desportivos .............................. 38

Artigo 105.º Abandono do recinto ou mau comportamento colectivo .................................. 39

DIVISÃO III Infracções disciplinares levesArtigo 106.º Ofensa ao bom nome da Fundação .......................................................................... 39

Artigo 107.º Comportamento discriminatório .................................................................................. 39

Artigo 108.º Falta de apresentação dos elementos de identificação ..................................... 39

Artigo 109.º Recusa de participação .................................................................................................. 39

Artigo 110.º Atraso no início ou reinício da prova ............................................................................ 40

Artigo 111.º Não realização da prova ................................................................................................ 40

Artigo 112.º Não acatamento da ordem de expulsão ................................................................. 40

Artigo 113.º Falta de comparência .................................................................................................... 40

Artigo 114.º Incumprimento do dever de requisitar a força pública ...................................... 40

Artigo 115.º Prestação de informações a agente de arbitragem ............................................ 41

Artigo 116.º Utilização indevida de instalações ou equipamentos desportivos .................. 41

Artigo 117.º Mau comportamento dos espectadores ................................................................. 41

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SUBSECÇÃO III Infracções específicas dos praticantesDIVISÃO I Infracção disciplinar muito graveArtigo 118.º Adulteração da verdade desportiva ............................................................................. 41

DIVISÃO II Infracções disciplinares gravesArtigo 119.º Identificação fraudulenta ................................................................................................... 41

Artigo 120.º Participação irregular ........................................................................................................ 41

Artigo 121.º Agressão a agente de arbitragem ou representante da Fundação ................. 42

Artigo 122.º Falsas declarações e fraude ............................................................................................ 42

DIVISÃO III Infracções disciplinares levesArtigo 123.º Ofensa ao bom nome da Fundação .......................................................................... 42

Artigo 124.º Recusa de participação .................................................................................................... 42

Artigo 125.º Atraso no início ou reinício da prova .......................................................................... 42

Artigo 126.º Não realização da prova .................................................................................................. 43

Artigo 127.º Abandono do recinto .......................................................................................................... 43

Artigo 128.º Não acatamento da ordem de expulsão .................................................................. 43

Artigo 129.º Falta de comparência ...................................................................................................... 43

Artigo 130.º Incitamento à indisciplina ............................................................................................... 43

Artigo 131.º Agressões físicas ............................................................................................................... 44

Artigo 132.º Outros comportamentos graves ................................................................................... 44

Artigo 133.º Expulsão ................................................................................................................................. 44

Artigo 134.º Comportamento discriminatório .................................................................................... 44

Artigo 135.º Prestação de informações a agente de arbitragem ............................................ 44

Artigo 136.º Utilização indevida de instalações ou equipamentos desportivos ................. 44

SUBSECÇÃO IV Infracções específicas dos agentes desportivosDIVISÃO I Infracção disciplinar muito graveArtigo 137.º Adulteração da verdade desportiva ........................................................................... 45

DIVISÃO II Infracções disciplinares gravesArtigo 138.º Identificação fraudulenta ................................................................................................ 45

Artigo 139.º Agressão a agente de arbitragem ou representante da Fundação ............... 45

Artigo 140.º Falsas declarações e fraude ......................................................................................... 45

DIVISÃO III Infracções disciplinares levesArtigo 141.º Ofensa ao bom nome da Fundação ......................................................................... 45

Artigo 142.º Participação irregular ........................................................................................................ 45

Artigo 143.º Não realização da prova ................................................................................................ 46

Artigo 144.º Incitamento à indisciplina ............................................................................................... 46

Artigo 145.º Agressões físicas ............................................................................................................... 46

Artigo 146.º Outros comportamentos graves ................................................................................. 46

Artigo 147.º Incumprimento do dever de requisitar a força pública ....................................... 46

Artigo 148.º Expulsão ............................................................................................................................... 46

Artigo 149.º Comportamento discriminatório .................................................................................. 46

Artigo 150.º Utilização indevida de instalações ou equipamentos desportivos ................. 47

Artigo 151.º Prestação de informações a agente de arbitragem ........................................... 47

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Artigo 152.º Atraso no início ou reinício da prova ............................................................................ 47

SUBSECÇÃO V Infracções específicas dos agentes de arbitragemDIVISÃO I Infracções disciplinares muito gravesArtigo 153.º Adulteração da verdade desportiva ............................................................................. 47

Artigo 154.º Falsificação de boletim e relatório de jogo ................................................................. 47

DIVISÃO II Infracção disciplinar graveArtigo 155.º Falsas declarações e fraude ........................................................................................... 47

DIVISÃO III Infracções disciplinares levesArtigo 156.º Ofensa ao bom nome da Fundação .......................................................................... 47

Artigo 157.º Boletim de jogo e relatório ............................................................................................. 48

Artigo 158.º Participação irregular ....................................................................................................... 48

Artigo 159.º Falta injustificada a uma prova ..................................................................................... 48

Artigo 160.º Agressões físicas ................................................................................................................ 48

Artigo 161.º Outros comportamentos graves ................................................................................ 48

Artigo 162.º Comportamento discriminatório .................................................................................. 48

Artigo 163.º Utilização de publicidade .............................................................................................. 48

Artigo 164.º Utilização indevida de instalações ou equipamentos desportivos ................. 48

Artigo 165.º Atraso no início das provas .......................................................................................... 49

Artigo 166.º Violação de outros deveres .......................................................................................... 49

SECÇÃO V Procedimento disciplinarArtigo 167.º Princípios gerais .................................................................................................................. 49

Artigo 168.º Notificações ............................................................................................................................ 49

Artigo 169.º Instauração ............................................................................................................................ 49

Artigo 170.º Denúncia ................................................................................................................................ 49

Artigo 171.º Conexão de processos ................................................................................................... 50

Artigo 172.º Tramitação inicial e determinação do órgão competente ................................. 50

Artigo 173.º Qualificação e validação ................................................................................................ 50

Artigo 174.º Reapreciação de decisão de arquivamento ........................................................... 50

Artigo 175.º Apuramento e decisão .................................................................................................... 50

Artigo 176.º Recurso .............................................................................................................................. 51

Artigo 177.º Prazos .................................................................................................................................... 51

Capítulo VI DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 178.º Alterações ........................................................................................................................... 51

Artigo 179.º Interpretação do Código ............................................................................................... 51

Artigo 180.º Normas revogadas .......................................................................................................... 51

Artigo 181.º Entrada em vigor .............................................................................................................. 51

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PREÂMBULO

1. A Constituição da República Portuguesa consagra o direito de todosao desporto (artigo 79.º, n.º 1).Por outro lado, a lei básica não deixa de recolher, no elenco dos direitosdos trabalhadores, o direito aos lazeres [artigo 59.º, n.º 1, alínea d)].Desta dupla referência resulta encontrarem-se devidamente sedimenta-dos o direito e a relevância da actividade desportiva levada a cabo pelostrabalhadores.

2. A Lei n.º 5/2007, de 16 de Janeiro – Lei de Bases da Actividade Físicae do Desporto – não deixa de recolher a importância dessa específicaactividade desportiva.Desde logo, o seu artigo 2.º enfatiza os princípios da universalidade e daigualdade no domínio do direito à actividade física e desportiva.Por outro lado, o artigo 6.º, em sede de políticas públicas, vem estabele-cer, como incumbência dos poderes públicos, a promoção e a generali-zação da actividade física, enquanto instrumento essencial para a melho-ria da condição física, da qualidade de vida e da saúde dos cidadãos.E, nesse âmbito, determina a adopção de programas que visem pro-mover a conciliação da actividade física com a vida pessoal, familiar eprofissional.

3. A Fundação INATEL, instituída pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º106/2008, de 25 de Junho, é a herdeira natural do INATEL – InstitutoNacional para o Aproveitamento dos Tempos Livres dos Trabalhadores, I. P. –recuperando o seu último registo estatutário, aprovado pelo artigo 1.º doDecreto-Lei n.º 61/89, de 23 de Fevereiro, aí se plasmavam atribuições naárea desportiva, desde logo no seu artigo 7.º.Tendo este suporte normativo como referência, no seu desenvolvimentosurgiu um conjunto de regulamentação atinente às provas promovidaspelo INATEL.Desde logo o Regulamento Geral dos Campeonatos e Torneios, na suaversão actual, o qual entrou em vigor a 1 de Setembro de 1997, acompa-nhado de um significativo número de regulamentos específicos. As provasdo INATEL dispunham, pois, de um bem expressivo acervo de normas.

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4. A Fundação INATEL tem como fins principais a promoção das melho-res condições para a ocupação dos tempos livres e do lazer dos trabalha-dores, no activo e reformados, desenvolvendo e valorizando, entre outrosdomínios, a actividade física e desportiva, e mantendo a sua matriz origi-nária quanto ao apoio ao desenvolvimento do desporto amador e seusmovimentos associativos.Em face da sua natureza jurídica – de pessoa colectiva de direito privadoe utilidade pública – a Fundação INATEL apresenta como destinatáriosnaturais das suas actividades os estatutariamente denominados comobeneficiários.Com efeito, de acordo com o artigo 4.º, n.º 2, dos seus Estatutos, podemaceder aos programas e serviços da Fundação, nas condições a definirpor regulamento, os trabalhadores e seus familiares que se enquadremnuma das situações aí previstas.Por outro lado, adianta o n.º 3 do mesmo preceito, podem associar-seaos fins prosseguidos pela Fundação as instituições seguintes: sindicatos,suas federações, uniões e confederações, associações de trabalhadores,no activo ou na reforma, do Estado, de pessoas colectivas públicas,autarquias locais ou de empresas, casas do povo, associações humani-tárias de bombeiros voluntários e suas federações, associações profis-sionais e liga e outras pessoas colectivas sem fins lucrativos que tenhamobjecto coincidente com os fins da Fundação.As instituições que venham a associar-se à Fundação adquirem a quali-dade de CCD.

5. Do que atrás se foi expondo resulta imperioso proceder à revisão daregulamentação que enquadrava as provas do extinto INATEL, I. P.,actualmente Fundação INATEL.Tal tarefa impõe-se, desde logo, pela nova configuração do INATEL – quede instituto público passou a fundação privada – e sua decorrência lógi-ca no que se refere ao universo dos destinatários das provas desportivasque organiza.Mas não se queda aí a motivação desta reforma regulamentar.Com efeito, apresenta-se ainda como fundamento relevante o tempo devigência dos actuais regulamentos, a começar pelo Regulamento Geraldos Campeonatos e Torneios.Mais de uma década de aplicação determinam a necessidade de efectuaralterações, ditadas pela experiência recolhida na sua vivência.Por outro lado, a realidade social e desportiva de hoje não é, segura-mente, aquela que se encontrava subjacente à emanação dos diversosregulamentos desportivos do INATEL.Por estas razões surge, agora, o presente Código Desportivo.

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6. Dê-se conta, em termos sintéticos, dos principais aspectos do CódigoDesportivo da Fundação INATEL.Em primeiro lugar, a questão material que se reconduz à codificação dasnormas que se inscreviam, até agora, em múltiplos regulamentos.Pretende-se alcançar uma unidade de respostas normativas, apresentan-do um texto apto a abarcar, de forma coerente, toda a realidade das com-petições desportivas da Fundação.Por outro lado, ao adoptar-se a designação de Código Desportivo, nãose deixa de incutir uma maior solenidade às normas nucleares daquelarealidade desportiva.A partir de agora, o universo de normas que passa a reger as compe-tições da Fundação repartem-se, deste modo, por dois planos principais.Em primeiro lugar, como tronco comum e estável, temos o CódigoDesportivo; em segundo lugar, as normas regulamentares específicas acada competição, a adoptar consoante o tipo de modalidade e de prova.

7. Se olharmos o Capítulo I, relativo às Disposições Gerais, o destaquevai, por inteiro, para a afirmação de princípios fundamentais que passama determinar a actividade desportiva competitiva da Fundação.Assim, para além do reafirmar das finalidades bem próprias ao desportopraticado no âmbito da Fundação (artigo 4.º, n.º 1), expressam-se osprincípios da inclusão e da solidariedade social (artigo 4.º, n.º 2), da nãodiscriminação (artigo 6.º) e da ética desportiva (artigo 7.º).O valor da ética adquire uma consagração emblemática – mas que sequer efectiva – no Código Desportivo.Se a ética desportiva é algo a promover e a preservar no desporto em geral,é seguramente verdade que no específico segmento do desporto organiza-do pela Fundação a mesma deve merecer uma atenção redobrada.

8. O Capítulo II respeita aos participantes.Embora se sigam respostas já vigentes, nesta divisão detectam-se comfacilidade os dois parâmetros de regulação já referidos.Na verdade, quanto às condições de participação, é bem claro que oCódigo Desportivo se ocupa das condições gerais (artigo 18.º), deixandopara as normas das competições, caso a caso, o estabelecer decondições especiais (artigo 19.º).Mas o registo principal vai para o facto de a regularidade da inscrição deum participante – desde logo dos praticantes - passar a não exigir aexistência de um vínculo territorial entre a residência ou local de trabalhodo praticante e a área geográfica de uma Agência (artigo 15.º, n.º 4).Desta forma se responde à mobilidade crescente dos beneficiários.Por fim, também não se pode deixar passar em claro a importância dacriação do Cartão da Fundação (artigo 17.º), documento necessário para

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que se fique habilitado à participação nas provas desportivas.

9. Ocupa-se o Capítulo III das provas da Fundação.Nele se dá conta da pluralidade de tipos que estas podem assumir (arti-go 27.º, n.º 1), de molde a se obter ganhos de eficácia na prossecuçãodas finalidades da Fundação.Assim, consoante o grau de adequação às finalidades da Fundação,serão adoptadas figuras competitivas diversas, sem nunca abalar osobjectivos últimos da Fundação.Abandona-se, pois, a rigidez dos modelos do passado.Sublinhada deve também ser a trilogia de base apresentada no mesmopreceito (provas de nível de Agência, Interagência e Nacional) e ainda apossibilidade de, relativamente às competições de Agência ou deInteragência, os CCD participarem decisivamente na sua organização(artigo 29.º).No fundo, trata-se de irradiar para um momento dos mais decisivos, o daorganização da prova, um princípio de colaboração entre a Fundação eos seus beneficiários colectivos.

10. No Capítulo IV, sobre a arbitragem, não se registam novidades demaior. Realce-se, porém, a primeira referência à nova estrutura de âmbitonacional, o Conselho de Ética, Disciplina e Arbitragem, através da suaSecção de Arbitragem, com competências também nesta área.

11. O que o Código Desportivo recolhe no domínio da disciplina é inteira-mente inovatório.Sem dúvida que o Capítulo V – Regime Disciplinar – constitui uma dasmais significativas alterações face à regulamentação anterior.As razões que ditaram esta opção são simples de enunciar.Em primeiro lugar, o valor da disciplina desportiva merece protecçãoespecial no quadro de uma prática desportiva que, embora competitiva,não pode desprezar valores essenciais do desporto e mesmo da vivênciaem sociedade. É totalmente desprovido de sentido reproduzir nas competições daFundação patologias verificáveis em outros sectores desportivos.O desporto praticado no âmbito da Fundação deve, pois, marcar umadiferença, que passa pelo escrupuloso respeito de uma forma singular deencarar a prática desportiva: como factor de promoção da saúde, deocupação dos tempos livres, de recreação, mas também como veículocultural e de convivência e inclusão social. Neste domínio, o rigor dassoluções e, porque não afirmá-lo, a severidade das sanções previstascorresponde por inteiro à defesa de um desporto sadio e enformado pelorespeito de valores éticos desportivos, mas também sociais.

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Em segundo lugar, o regime disciplinar, como se encontra delineado, pre-tende alcançar respostas dotadas de uniformidade no quadro do fun-cionamento dos órgãos disciplinares.Evita-se, desse modo, a aplicação de sanções bem diferenciadas e diver-gentes, de Agência para Agência.Por sua vez, a graduação das penas em muito graves, graves e leves,podendo indiciar uma valorização de condutas, tem também, todavia,uma natureza funcional.Ou seja, por via dessa qualificação determina-se o órgão disciplinar com-petente.Contudo, em muitas situações, no rigor das coisas, as infracções gravese mesmo algumas leves, não deixam de consubstanciar condutas quematerialmente merecem uma qualificação de grau superior de gravidade.Por fim, uma palavra para a institucionalização de três órgãos com com-petência disciplinar: a Comissão Disciplinar de Agência, o ConselhoRegional de Disciplina e o Conselho de Ética, Disciplina e Arbitragem.No Código Desportivo estas três instâncias de exercício do poder disci-plinar desportivo da Fundação encontram balizadas as suas competên-cias, a sua composição e modo de funcionamento.Também neste domínio é toda uma nova realidade que vai surgir.

12. O Código Desportivo da Fundação INATEL será aquilo que todos osoperadores – CCD, praticantes, agentes desportivos, agentes de arbi-tragem – entenderem que deve ser. Ou seja, dito por outras palavras, o desporto organizado pela FundaçãoINATEL é necessariamente o fruto da vontade de muitos e de todos aque-les que nele se encontram envolvidos.E não é por acaso que o artigo 24.º do Código Desportivo expressamenteafirma o dever da Direcção Desportiva, das Delegações Regionais e dasAgências respeitarem e fazerem respeitar as normas constantes doCódigo Desportivo.Numa pluralidade de sentidos, o sucesso das provas organizadas pelaFundação passa, também, pela circunstância de esta – em toda a suaestrutura orgânica e mediante a acção concreta dos seus funcionários ecolaboradores – tornar verdadeiramente efectivas as normas do CódigoDesportivo, bem como as respeitantes a cada uma das competições.O Código Desportivo sendo um normativo em acção, como se deseja, éum instrumento que deverá conduzir a um desporto melhor e, dessemodo, respeitador das finalidades que norteiam a acção da FundaçãoINATEL.

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Capítulo I - DISPOSIÇÕES GERAIS

AArrttiiggoo 11..ººOBJECTO

O Código Desportivo define as condições deorganização, participação e disciplina dasprovas desportivas promovidas pelaFundação INATEL.

AArrttiiggoo 22..ººÂMBITO DE APLICAÇÃO

O Código Desportivo aplica-se a todas asprovas desportivas promovidas pelaFundação INATEL.

AArrttiiggoo 33..ººDEFINIÇÕES

Para efeitos de aplicação das normas doCódigo Desportivo, considera-se:a) «Fundação» a Fundação INATEL, instituídapelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 106/2008,de 25 de Junho;b) «Agência», a unidade orgânica de primeironível da Fundação, competente para pro-mover, organizar e dirigir as actividadesdesportivas que se realizem no respectivoâmbito territorial;c) «Agente de arbitragem», a pessoa queexerce funções de decisão, consulta ou fis-calização, visando o cumprimento das regrasoficiais da respectiva modalidade, designada-mente o árbitro, juiz ou oficial de mesa;d) «Agente desportivo», a pessoa que nãosendo praticante nem agente de arbitragem,participa nas provas desportivas, designada-mente exercendo funções de treinador, diri-gente, delegado ao jogo, médico e massagista;e) «Assistente Técnico», o responsável daFundação pelas actividades desportivas aonível de Agência;

CÓDIGO DESPORTIVO

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f) «Centro de Cultura e Desporto (CCD)», ainstituição que se associa à Fundação, para aprossecução dos seus fins;g) «Código», o Código Desportivo da Fundação;h) «Conselho», o Conselho de Administraçãoda Fundação; i) «Beneficiário da Fundação», pessoa referidano artigo 2.º do Regulamento dos Beneficiá-rios da Fundação;j) «Beneficiário associado individual», pessoaque preencha as condições estabelecidas noartigo 3.º do Regulamento dos Beneficiáriosda Fundação;k) «Beneficiário associado colectivo», o CCD;l) «Delegação Regional», a unidade orgânicade segundo nível da Fundação, compreen-dendo um número de Agências, conformeestabelecido pelo Conselho; m) «Direcção Desportiva», unidade orgânicanacional da Fundação, responsável pela pro-moção, organização e direcção das activi-dades desportivas; n) «Equiparado a beneficiário associado», apessoa que preencha os requisitos estabele-cidos artigo 10.º do Regulamento dosBeneficiários da Fundação; o) «Praticante desportivo», a pessoa que par-ticipa directamente nas provas desportivas; p) «Normas regulamentares da competição»,regras específicas estabelecidas pelaDirecção Desportiva, em complemento doCódigo Desportivo, para as provas organi-zadas pela Fundação;q) «Regras oficiais da modalidade», regrastécnicas definidas pelas federações desporti-vas internacionais.

AArrttiiggoo 44..ººFINALIDADES

1. As provas desportivas organizadas pelaFundação visam criar as condições para aocupação dos tempos livres e de lazer dos

seus beneficiários, contribuindo para a gene-ralização da prática desportiva enquanto fac-tor cultural indispensável à formação da pes-soa, bem como à melhoria da condição físi-ca, da qualidade de vida e da saúde.2. A organização e participação nas provasdevem respeitar os valores da inclusão e dasolidariedade social.

AArrttiiggoo 55..ººDIREITO DE PARTICIPAÇÃO

Os beneficiários, beneficiários associados eos equiparados a beneficiários associados daFundação têm direito a participar nas provasdesportivas por esta organizadas, de acordocom o estabelecido neste Código e nas nor-mas regulamentares de cada competição.

AArrttiiggoo 66..ººNÃO DISCRIMINAÇÃO

1. Todos os beneficiários, beneficiários asso-ciados e equiparados a beneficiários associa-dos têm direito a participar nas provasdesportivas organizadas pela Fundação, nostermos deste Código e das normas regula-mentares de cada competição, sendo proibi-da qualquer forma de discriminação.2. As provas desportivas devem igualmentecontribuir para a promoção de uma situaçãoequilibrada e não discriminatória entre ho-mens e mulheres.

AArrttiiggoo 77..ººÉTICA DESPORTIVA

1. A prática desportiva levada a cabo noâmbito das provas desportivas organizadaspela Fundação, deve ser desenvolvida comobservância dos princípios da ética desporti-va, da verdade desportiva e da formaçãointegral dos participantes.

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2. Encontram-se vinculados a tais princípiosos praticantes e todos aqueles que, peloexercício de funções directivas, técnicas ououtras, intervêm nas provas organizadas pelaFundação, devendo ainda pautar a sua con-duta pela lealdade e urbanidade nas relaçõesestabelecidas entre si ou no âmbito dasprovas.3. Devem ser estimuladas as iniciativas emfavor do espírito desportivo, da verdadedesportiva e da formação integral de todos osparticipantes.

AArrttiiggoo 88..ººRECONHECIMENTODO ESPÍRITO DESPORTIVO

1. A Fundação divulga os factos que, no seiodas suas provas, revelem especial espíritodesportivo merecedores de reconhecimentopúblico.2. Incumbe aos responsáveis da Fundação,em particular aos Assistentes Técnicos e aosagentes de arbitragem, mediante expressamenção no boletim da prova, informar e ates-tar os factos referidos no número anterior.3. Compete ao Conselho de Ética, Disciplinae Arbitragem a qualificação dos factos comomerecedores de reconhecimento público.

AArrttiiggoo 99..ººLICENÇA DESPORTIVA

A participação nas actividades desportivas daFundação depende da obtenção de licençadesportiva, quando se encontrem cumpridosos requisitos estabelecidos neste Código enas normas regulamentares da competição.

AArrttiiggoo 1100..ººSEGURO DESPORTIVO

1. Os praticantes, agentes de arbitragem e os

agentes desportivos são abrangidos porseguro desportivo de acordo com o estabele-cido no regime jurídico do seguro desportivoobrigatório.2. O seguro desportivo é ainda obrigatórioaquando da realização de provas, devendoser celebrado um contrato de segurodesportivo temporário.3. A adesão ao seguro desportivo tem lugar,conforme os casos, aquando da inscrição nacompetição ou no momento da inscrição naprova.4. Ficam isentos da obrigação de aderir aoseguro desportivo os que façam prova,mediante certificado emitido por um segu-rador, de que estão abrangidos por umaapólice que garanta um nível de coberturaigual ou superior ao mínimo legalmente exigi-do para o seguro desportivo.

AArrttiiggoo 1111..ººREGRAS OFICIAIS DA MODALIDADE

1. As provas desportivas disputam-se deacordo com as regras oficiais da respectivamodalidade.2. As regras oficiais da modalidade, quandoalteradas, são imediatamente aplicáveis nasprovas desportivas da Fundação, devendo aDirecção Desportiva informar as DelegaçõesRegionais e as Agências das alteraçõesocorridas.3. Sem prejuízo do disposto no n.º 1, aDirecção Desportiva é competente paraadoptar normas sempre que a prática damodalidade, no âmbito das provas daFundação, pela sua especificidade, o justi-fique.

AArrttiiggoo 1122..ººUNIDADE DE LISBOA

A Unidade de Lisboa da Fundação é conside-

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rada, para todos os efeitos decorrentes desteCódigo, como uma Agência.

Capítulo II PARTICIPANTES

SECÇÃO I Disposições gerais

AArrttiiggoo 1133..ººINSCRIÇÃO

1. A participação em prova desportiva organi-zada pela Fundação depende de préviainscrição em conformidade com as normasdeste Código e das normas regulamentaresda competição.2. Constitui dever dos beneficiários, benefi-ciários associados e dos equiparados abeneficiários associados, apresentar todos oselementos de prova que a Fundação venha asolicitar, a fim de que as condições deinscrição sejam observadas.

AArrttiiggoo 1144..ººDEVERES PARA COM A FUNDAÇÃO

Não pode ser inscrito o CCD, beneficiário,beneficiário associado e equiparado a benefi-ciário associado que, a título disciplinar ououtro previsto neste Código, seja devedor daFundação.

AArrttiiggoo 1155..ººRESPONSABILIDADE

1. Compete ao CCD proceder à inscrição dospraticantes e agentes desportivos que o re-presentem.2. A inscrição deve ser atestada pelos órgãoscompetentes do CCD e respeitar o prazoregulamentarmente determinado.3. Quando se trate de modalidades individu-ais, que não se disputem por equipas, cabe

aos beneficiários, beneficiários associados ouequiparados a beneficiários associados, pro-ceder à inscrição, devendo respeitar o prazoregulamentarmente determinado.4. A regularidade da inscrição não implica aexistência de um vínculo territorial entre aresidência ou local de trabalho do praticantee a área geográfica de uma Agência.

AArrttiiggoo 1166..ººDOCUMENTOS

Constituem documentos de apresentaçãoobrigatória, não sendo permitida a apresen-tação de cópia:a) O cartão de cidadão, bilhete de identidadede cidadão nacional ou carta de condução;b) O passaporte e a autorização de residên-cia, emitida pelos serviços públicos compe-tentes, no caso de cidadão estrangeiro;c) Termo de responsabilidade em como nãoexiste contra-indicação de saúde para aprática da modalidade desportiva em que vaiparticipar;d) Certificado emitido por um segurador quegaranta um nível de cobertura igual ou supe-rior ao mínimo legalmente exigido para oseguro desportivo, se for caso disso.

AArrttiiggoo 1177..ººCARTÃO DA FUNDAÇÃO

Em função da regularidade da inscrição, aFundação certifica um cartão de identifi-cação, válido por uma época desportiva, quehabilita a participação nas provas desporti-vas.

SECÇÃO II PPaarrttiicciippaaççããoo

AArrttiiggoo 1188..ººCONDIÇÕES GERAIS DE PARTICIPAÇÃO

1. O beneficiário, beneficiário associado ou o

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equiparado a beneficiário associado devesatisfazer as seguintes condições de partici-pação:a) Ter a quota actualizada no acto dainscrição, se for caso disso;b) Possuir licença desportiva actualizada;c) Beneficiar de seguro desportivo;d) Não se encontrar impedido nos termosdeste Código e das normas regulamentaresda competição;e) Não se encontrar abrangido por dis-posições de convénios sobre reciprocidadeda acção disciplinar que hajam sido estabele-cidos entre a Fundação e qualquer outra enti-dade ou organismo desportivo.2. Constitui dever dos beneficiários, benefi-ciários associados e dos equiparados abeneficiários associados, apresentar todos oselementos de prova que a Fundação venhasolicitar, a fim de que as condições de partici-pação sejam observadas.

AArrttiiggoo 1199..ººCONDIÇÕES ESPECIAIS DE PARTICIPAÇÃO

Nas normas regulamentares de cada com-petição podem ser estabelecidas condiçõesespeciais de participação, a aprovar pelaDirecção Desportiva.

AArrttiiggoo 2200..ººEXECUÇÃO DE PENA DISCIPLINAR

1. O CCD ou sua equipa, praticante, agentedesportivo ou agente de arbitragem que, emvirtude do cumprimento de sanção discipli-nar, se encontre suspenso da actividadedesportiva, não pode participar em provasdesportivas da Fundação, enquanto não seencontrar extinta a responsabilidade disciplinar.

2. O impedimento estabelecido no númeroanterior pode, nos termos da decisão doórgão disciplinar competente, reportar-se auma modalidade desportiva ou a toda aactividade desportiva, bem como somente àqualidade do infractor ou abrangendo todasas qualidades.

AArrttiiggoo 2211..ººREPRESENTAÇÃO DE CCD

Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, opraticante ou agente desportivo que participeem representação de um CCD, não seencontra impedido de participar por outro,em diferente modalidade.

AArrttiiggoo 2222..ººEXTINÇÃO DE CCD

Sem prejuízo do disposto no artigo 20.º, obeneficiário, beneficiário associado ouequiparado a beneficiário associado podeparticipar, na mesma época desportiva, emrepresentação de CCD diverso do que pro-cedeu à sua inscrição, no caso deste últimoter sido extinto e ainda se não tiver participa-do, como efectivo, em qualquer prova.

AArrttiiggoo 2233..ººCESSAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO DE CCD

Caso um CCD se tenha inscrito para determi-nada prova e venha a cancelar tal inscriçãoantes do início desta, o beneficiário, benefi-ciário associado ou equiparado a beneficiárioassociado, pode participar em representaçãode outro CCD, após aprovação, pelaDirecção Desportiva, de proposta apresenta-da para o efeito pela Agência.

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Capítulo III PROVAS

SECÇÃO I Disposições gerais

AArrttiiggoo 2244..ººREGULAMENTAÇÃO

As provas desportivas são organizadas deacordo com o previsto neste Código e nasnormas regulamentares da competição,cabendo à Direcção Desportiva, àsDelegações Regionais e às Agênciasrespeitar e fazer cumprir tais normas.

AArrttiiggoo 2255..ººCOMPETÊNCIA

A homologação das provas desportivas com-pete à Direcção Desportiva, sem prejuízo dacompetência do Assistente Técnico no querespeita à organização das provas de âmbitogeográfico da Agência bem como das provasInteragência.

AArrttiiggoo 2266..ººPROGRAMAÇÃO

A Direcção Desportiva elabora o programaanual das provas desportivas, incluindo pre-visão sobre a participação internacional, sub-metendo-o a aprovação do Conselho até 15de Outubro do ano anterior àquele a querespeitar.

SECÇÃO II Competições

AArrttiiggoo 2277..ººTIPOLOGIA

1. As provas desportivas são organizadassob a forma de campeonatos, taças, torneiosou outras tidas por adequadas às finalidadesda Fundação.

2. A Fundação organiza competições a nívelde Agência ou Interagência e a nível Nacional.3. A competição de Agência engloba os par-ticipantes inseridos na área geográfica daAgência organizadora, sem prejuízo da par-ticipação de outros autorizados pela DirecçãoDesportiva.4. A competição Interagência integra, paraalém dos participantes compreendidos naárea geográfica da Agência organizadora,outros procedentes de outra ou outrasAgências.5. A competição nacional é disputada pelospraticantes ou equipas apurados de acordocom as regras estabelecidas, para cadamodalidade, nas normas regulamentares dacompetição.

AArrttiiggoo 2288..ººORGANIZAÇÃO

1. Compete à Direcção Desportiva aprovar omodelo das competições, incumbindo asAgências da sua organização.2. A organização das competições deAgência é determinada pela respectiva áreageográfica.

AArrttiiggoo 2299..ººORGANIZAÇÃO POR CCD

1. A organização de competições de Agênciaou Interagência pode ser cometida a CCDque a tal se candidate.2. Compete à Agência organizar o processode candidatura, após a emissão de parecerdo Assistente Técnico.3. É da competência da Direcção Desportivadecidir sobre a aceitação da candidatura.

AArrttiiggoo 3300..ººRECINTO DE JOGO

1. Os jogos ou as provas efectuam-se nos

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recintos apresentados pelos CCD’s partici-pantes, homologados pela Fundação.2. O CCD que não indicar recinto sujeita-seàquele disponibilizado pela Fundação.3. Cabe à Direcção Desportiva determinar osjogos que se devem disputar em campo neu-tro, indicando, nessa situação, o campo ondeos mesmos se devem realizar.

AArrttiiggoo 3311..ººDESPESAS DE ORGANIZAÇÃO

1. A falta de comparência obriga, para alémdas sanções previstas neste Código, aoressarcimento das despesas de organização,a fixar, consoante o âmbito da prova, pelaAgência.2. Se o CCD avisar, por escrito, a entidadeorganizadora com pelo menos 48 horas deantecedência da realização do jogo, podeaquele, em face da situação concreta dacompetição, ser isento do pagamento daverba destinada a compensar as despesasde organização.3. Nas modalidades individuais, a falta decomparência, que implique a impossibilidadeda realização da prova, dá lugar ao pagamen-to de montante que cubra as despesas deorganização efectuadas, desde que a enti-dade organizadora da respectiva prova nãohaja sido avisada, por escrito, 48 horas antesda realização desta.4. O não pagamento do montante devido porforça do disposto nos números anteriores,para além de outras consequências previstasneste Código, constitui causa suficiente paraque o devedor não possa continuar a partici-par em prova a decorrer, uma vez notificadopela Agência ou Direcção Desportiva para, noprazo de quinze dias, regularizar a situação.

AArrttiiggoo 3322..ººPRÉMIOS

Pelo mérito da classificação obtida em provasda Fundação são atribuídos prémios despor-tivos, nos termos previstos nas normas regu-lamentares da competição.

SECÇÃO III Organização das provas

SUBSECÇÃO I Calendário e horário

AArrttiiggoo 3333..ººCALENDÁRIO

As competições de Agências e Interagência eas competições Nacionais, realizam-se nasdatas estabelecidas, anualmente, pelaDirecção Desportiva, tendo em atenção asépocas desportivas de cada uma das modali-dades desportivas.

AArrttiiggoo 3344..ººPERÍODO DE INSCRIÇÃO

A Fundação publicita, através dos meiostidos por adequados, o prazo estabelecidopara inscrição nas provas desportivas.

AArrttiiggoo 3355..ººHORÁRIO

1. A entidade organizadora da prova dá co-nhecimento, por escrito, da hora e do local dasua realização, com a antecedência mínimade 72 horas em relação ao seu início. 2. As alterações ao calendário das provas,impostas por motivo de força maior, serãonotificadas aos interessados com a ante-cedência de pelo menos 48 horas da datamarcada para a sua realização.3. O horário das provas que se efectuam emsequência pode ser alterado sem necessi-

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dade do aviso prévio estabelecido no númeroanterior.

AArrttiiggoo 3366..ººIMPEDIMENTO DE REALIZAÇÃO DA PROVA

1. Os jogos ou competições que não pude-rem realizar-se em virtude das condiçõesmeteorológicas, do estado do recinto dejogo, do material desportivo, da impossibili-dade dos locais marcados para a sua realiza-ção, da falta de luz ou por qualquer outracausa não imputável aos participantes, sãorealizados em nova data e horário.2. No caso de os jogos ou competições nãodurarem o tempo regulamentar, pelosmotivos estabelecidos no número anterior,são os mesmos completados caso exista jus-tificação desportiva.3. A decisão relativa ao completar de um jogoou competição é da competência daAgência, nas provas de Agência, ou daDirecção Desportiva, quando de provasInteragência ou Nacional.4. Quando ocorrer interrupção de jogo oucompetição, são considerados os resultadosexistentes ao momento da interrupção.5. A suspensão das provas, bem como adecisão de não iniciá-las é da competênciaexclusiva dos agentes de arbitragem.6. Compete aos órgãos da Fundação, deacordo com o âmbito da prova, determinar,ouvidos os participantes, a nova data ehorário para a realização da prova não inicia-da ou não concluída.

SUBSECÇÃO II Instalações desportivas

AArrttiiggoo 3377..ººRECINTOS DE JOGOS

1. Os recintos onde se disputam as provas

devem respeitar as regras oficiais da modali-dade.2. Consideram-se ainda adequados para aprática da respectiva modalidade desportiva,os recintos aprovados pela Fundação, aindaque não respeitem medidas regulamentaresou outros requisitos quanto a instalaçõesdesportivas, desde que a prova se limite aoâmbito de uma Agência ou Interagências.

AArrttiiggoo 3388..ºº UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES

Os CCD’s, os praticantes e os agentesdesportivos são responsáveis pela utilizaçãodos balneários, vestiários e demais insta-lações, pelo uso do material desportivo, bemcomo por todos os prejuízos resultantes dasua inadequada utilização.

AArrttiiggoo 3399..ººRESPONSABILIDADE DO CCD

O CCD visitado, ou como tal designado, éresponsável pela manutenção da disciplinanas instalações desportivas, sendo seu deverprestar todo o apoio aos representantes daFundação, aos outros participantes, agentesde arbitragem e outros intervenientes naprova, antes, durante e após o seu termo.

AArrttiiggoo 4400..ººRESPONSABILIDADE DA FUNDAÇÃO

A Fundação é responsável pela manutençãoda disciplina nas instalações, quando asdisponibilize para jogos ou provas em quenão haja um CCD com a qualidade de visitado.

AArrttiiggoo 4411..ººMANUTENÇÃO DA ORDEM

1. O Assistente Técnico, atendendo às cir-cunstâncias da prova ou do jogo, pode deter-

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minar que o CCD visitado ou como tal con-siderado, assegure um serviço de ordem ourequisite força de segurança pública.2. No caso da obrigação de constituição deum serviço de ordem, cabe ao CCD a indi-cação e organização das pessoas especial-mente destacadas para essas funções, assimcomo do elemento que as dirigirá.3. O serviço de ordem deve ser composto eorganizado de forma a, adequadamente etendo em conta as circunstâncias da provaou do jogo, manter a ordem.4. O CCD deve dar conhecimento, ao agentede arbitragem, das pessoas que integram oserviço de ordem, bem como daquela que,entre elas, desempenha as funções dedirecção.5. Incumbe ao CCD visitado suportar osencargos derivados da requisição de força desegurança pública.

AArrttiiggoo 4422..ººALTERAÇÃO DA ORDEM

Sem prejuízo do disposto no artigo anterior,constitui dever do CCD visitado, ou como talconsiderado, requisitar a força de segurançapública em caso de ocorrência de distúrbiosantes, durante ou após o termo da prova.

SUBSECÇÃO III Deveres dos praticantes

AArrttiiggoo 4433..ººIDENTIFICAÇÃO

1. Os praticantes devem apresentar-se, aosagentes de arbitragem, devidamente equipa-dos, exibindo o cartão de identificação daFundação.2. O disposto no número anterior não dispen-sa a presença dos praticantes junto dosagentes de arbitragem, antes da prova, quan-do para tal expressamente solicitados.

3. Os agentes desportivos devem identificar-se, junto dos agentes de arbitragem ou repre-sentantes da Fundação, com o respectivocartão de identificação da Fundação.

AArrttiiggoo 4444..ººEQUIPAMENTO DESPORTIVO

1. Os praticantes devem equipar-se em con-formidade com o determinado nas regras ofi-ciais da modalidade, sendo interdita a partici-pação dos que não estiverem devidamenteequipados. 2. No caso de haver equipamentos que pos-sam confundir-se, os praticantes que seencontrem na condição de visitados devemprovidenciar um equipamento alternativo.3. A participação em competições organi-zadas pela Fundação pode implicar o uso depublicidade, mediante acordo a estabelecerentre a Direcção Desportiva e os CCD’s.

AArrttiiggoo 4455..ººMATERIAL DESPORTIVO

Os participantes devem ser portadores domaterial desportivo determinado pelas regrasoficiais da modalidade, sem prejuízo do esta-belecido nas normas regulamentares dacompetição.

SECÇÃO IV Observador técnico

AArrttiiggoo 4466..ººFUNÇÃO

1. Sem prejuízo das competências de fiscali-zação do Assistente Técnico e de outrosagentes da Fundação, a Direcção Desportivaconstitui uma bolsa de observadores técni-cos os quais, sob a sua directa superin-tendência, presenciam as provas desporti-vas, de forma a habilitar a Fundação de infor-

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mação sobre o decurso das mesmas.2. O observador técnico tem como funçãoelaborar relatórios das provas desportivaspara que for designado, avaliando se amesma decorreu no respeito pelas normasconstantes deste Código e das normas regu-lamentares da competição.

AArrttiiggoo 4477..ººBOLSA DE OBSERVADORES TÉCNICOS

A constituição da bolsa de observadorestécnicos deve ter em conta a distribuiçãogeográfica das provas.

SECÇÃO V Arbitragem

AArrttiiggoo 4488..ººDIRECÇÃO DAS PROVAS

1. As provas são dirigidas por agentes dearbitragem nomeados para o efeito ou, nasua falta, por pessoa indicada nos termosdos artigos seguintes.2. Compete ao agente de arbitragem, ou aquem o substitua, cumprir e fazer cumprir asregras oficias da modalidade e as normas doCódigo e das normas regulamentares dacompetição, bem como preencher o boletimdo jogo e elaborar o respectivo relatório.

AArrttiiggoo 4499..ººFALTA DE AGENTE DE ARBITRAGEM

Nenhum CCD ou praticante pode recusarparticipar nas provas com fundamento nafalta de agentes de arbitragem.

AArrttiiggoo 5500..ººSUBSTITUIÇÃO DE AGENTEDE ARBITRAGEM

1. Nas modalidades colectivas, no caso de

faltarem os agentes de arbitragem neces-sários à direcção da prova, é adoptado oseguinte procedimento de substituição:a) Os "capitães" das equipas devem procurar,entre os espectadores, agentes de arbitra-gem que substituam os nomeados, não po-dendo estes ser recusados por nenhum dosparticipantes;b) Se não for possível proceder à substituiçãonos termos da alínea anterior, devem os"capitães" sortear, entre si, aquele a quemcabe designá-los.2. Na hipótese da alínea b) do número ante-rior, aquele a quem for cometida a faculdadeda designação, pode recrutar os substitutosdo agente de arbitragem entre os especta-dores, confiar a direcção do jogo a um mem-bro integrante da sua equipa ou tomar a seupróprio cargo tal função.3. O recrutamento efectuado nos termos donúmero anterior não implica redução numéri-ca nas equipas participantes.4. Nas modalidades individuais, caberá aosparticipantes adoptar, com as adaptaçõesnecessárias, o procedimento de substituiçãoprevisto nos números anteriores.

Capítulo IV ARBITRAGEM

SECÇÃO I Organização da arbitragem

AArrttiiggoo 5511..ººCONSELHO DE ÉTICA,DISCIPLINA E ARBITRAGEM

1. Compete à Secção de Arbitragem do Con-selho de Ética, Disciplina e Arbitragem coor-denar, a nível nacional, as funções relativas àarbitragem.2. Compete, em especial, à Secção de Ar-bitragem do Conselho de Ética, Disciplina eArbitragem:

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a) Velar por que as funções de arbitragem seexerçam no respeito das finalidades daFundação, na observância das regras oficiaisda modalidade e das normas constantesdeste Código e das normas regulamentaresda competição;b) Promover, apoiar e organizar acções deformação e informação;c) Cooperar com os órgãos responsáveispela arbitragem das federações e associa-ções desportivas;d) Proceder à actualização dos regulamentos,em virtude de alterações das regras oficias damodalidade;e) Nomear os agentes de arbitragem para asprovas nacionais; f) Organizar um registo nacional de agente dearbitragem.

AArrttiiggoo 5522..ººASSISTENTE TÉCNICO

1. No âmbito de cada Agência, compete aoAssistente Técnico coordenar as funçõesrelativas à arbitragem.2. Compete, em especial, ao AssistenteTécnico:a) Nomear os agentes de arbitragem para asprovas a desenvolver em cada modalidade;b) Divulgar a actividade a desenvolver noâmbito da respectiva Agência;c) Propor a realização de acções de formaçãoe informação;

SECÇÃO II Agentes de arbitragem

AArrttiiggoo 5533..ººQUADRO

1. Para ingresso no quadro de agentes dearbitragem da Fundação, os candidatossolicitam a sua admissão na Agência da áreade residência, devendo possuir formação

adequada e prestar as provas que foremdeterminadas.2. Podem ser admitidos agentes de arbi-tragem procedentes das federações e asso-ciações de modalidade, desde que orequeiram e apresentem declaração, emitidapor tais entidades, comprovadora da sua for-mação.

AArrttiiggoo 5544..ººIDADE

É de 18 anos a idade mínima do candidatopara ser admitido no quadro de agentes dearbitragem.

AArrttiiggoo 5555..ººFALTAS

1. Os agentes de arbitragem não podemrecusar-se a dirigir as provas para que foremnomeados.2. Sempre que um agente de arbitragem nãopuder justificadamente comparecer, deveinformar a organização da prova, para queesta proceda à nova nomeação. 3. O agente de arbitragem que chegueatrasado ao local marcado para a prova nãopode actuar, no caso de ter sido designadosubstituto.

AArrttiiggoo 5566..ººDIREITOS

Constituem direitos dos agentes de arbi-tragem:a) Possuir cartão de identificação daFundação com indicação da modalidadedesportiva em que participa e respectivacategoria;b) Livre entrada nos recintos da Fundação,quando se efectuem actividades promovidaspela Fundação, mediante apresentação do

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cartão referido na alínea anterior;c) Auferir os abonos relativos à actividadedesenvolvida, conforme estipulado, anual-mente, pelo Conselho.

AArrttiiggoo 5577..ººDEVERES

Constituem, em especial, deveres do agentede arbitragem:a) Cumprir e fazer cumprir as regras oficiaisda modalidade;b) Respeitar as normas do Código e as nor-mas regulamentares das competições;c) Comparecer em campo uma hora antes doinício do jogo, observando cuidadosamentese o recinto desportivo reúne as condiçõesnecessárias, a fim de providenciar no sentidode serem remediadas, quanto possível, asdeficiências notadas;d) Comunicar, com 48 horas de antecedên-cia, a sua impossibilidade de comparecer aojogo para que foi designado, apresentando aadequada justificação;e) Apresentar-se devidamente equipado emunido do material necessário para odesempenho das suas funções, de acordocom as regras oficiais da modalidade;f) Impedir que pessoas estranhas às provasse intrometam nas suas funções ou as preju-diquem;g) Não discutir com os praticantes ouagentes desportivos, adoptando sempre umaatitude calma que possa servir de exemplo dedisciplina e boa educação desportiva;h) Suspender o jogo ou dá-lo por terminado,com base nas regras oficiais da modalidade,nas normas constantes deste do Código enas normas regulamentares das com-petições;i) Recusar a direcção de qualquer jogo inter-rompido por outro árbitro;j) Aceitar a direcção de um encontro já inicia-

do por outro árbitro quando para isso sejaconvidado e a causa não tenha sido falta derespeito ou indisciplina para com o seu cole-ga, acatando e mantendo todas as decisõespor ele tomadas;l) Usar publicidade no equipamento desporti-vo nos temos deliberados pela DirecçãoDesportiva.

Capítulo V REGIME DISCIPLINAR

SECÇÃO I Disposições gerais

AArrttiiggoo 5588..ººINFRACÇÃO DISCIPLINAR

Considera-se infracção disciplinar toda aacção ou omissão, ainda que meramente cul-posa, de qualquer CCD, praticante, agentedesportivo ou agente de arbitragem que violeos deveres previstos neste Código.

AArrttiiggoo 5599..ººPRINCÍPIO DA TIPICIDADE

Só pode ser punido disciplinarmente o factodescrito e punido como infracção, nos ter-mos do presente Código, em momento ante-rior ao da sua prática.

AArrttiiggoo 6600..ººTIPO DE INFRACÇÕES DISCIPLINARES

As infracções disciplinares classificam-se emmuito graves, graves e leves.

AArrttiiggoo 6611..ººPUNIBILIDADE DA TENTATIVA

1. A tentativa é punível quando especialmenteprevisto.2. À tentativa é aplicável, se outra solução

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não resultar do presente Capítulo, a penaprevista para a infracção consumada com oslimites máximos e mínimos reduzidos em umterço.

AArrttiiggoo 6622..ººCONCURSO DE INFRACÇÕES

Em caso de concurso de infracções é com-petente para a sua apreciação e decisão oórgão competente para apreciar e decidir dainfracção mais grave.

AArrttiiggoo 6633..ººAUTONOMIA DO PROCEDIMENTODISCIPLINAR

1. A sujeição ao regime disciplinar previsto nopresente capítulo não exime o infractor dequalquer outro tipo de responsabilidade aque eventualmente haja lugar.2. Atenta a gravidade da conduta, os CCD’s,praticantes, agentes desportivos e agentesde arbitragem poderão ainda sujeitar-se àaplicação das sanções previstas para osBeneficiários da Fundação, de acordo comas disposições do Regulamento dosBeneficiários.3. A Fundação deve comunicar ao MinistérioPúblico e demais órgãos competentes aocorrência de infracção que possa revestirnatureza criminal ou contra-ordenacional. 4. A comunicação prevista no número ante-rior não interrompe nem suspende o proce-dimento disciplinar.

AArrttiiggoo 6644..ººPRAZOS

1. Os prazos previstos no presente capítulocontam-se de forma contínua, não se inter-rompendo aos Sábados, Domingos eFeriados.

2. A contagem dos prazos inicia-se noprimeiro dia subsequente à ocorrência dofacto que lhe deu origem.3. Caso o prazo termine num dia não útil,transfere-se o seu termo para o primeiro diaútil subsequente.

AArrttiiggoo 6655..ººEXTINÇÃO DA RESPONSABILIDADEDISCIPLINAR

A responsabilidade disciplinar extingue-sepor:a) Cumprimento da pena;b) Prescrição do procedimento disciplinar;c) Prescrição da pena;d) Morte do infractor ou dissolução do CCD;e) Desistência da denúncia.

AArrttiiggoo 6666..ººPRESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTODISCIPLINAR

1. O direito de exercer o poder disciplinarprescreve no prazo de três anos, um ano outrês meses conforme, respectivamente, as in-fracções sejam muito graves, graves ou leves.2. O prazo previsto no número anterior conta-se desde o momento da prática do facto quefundamenta a abertura do procedimento dis-ciplinar.3. Os prazos de prescrição previstos nestecapítulo não se interrompem nem suspen-dem, correndo contínuos até ao seu termo.

AArrttiiggoo 6677..ººPRESCRIÇÃO DA PENA

1. O direito a aplicar a pena prescreve ao fimde três anos, um ano ou três meses, con-forme corresponda, respectivamente, a in-fracção disciplinar muito grave, grave ou leve.2. A contagem do prazo previsto no número

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anterior inicia-se no dia seguinte ao do trânsi-to em julgado da decisão condenatória. 3. É aplicável o disposto no n.º 3 do artigoanterior.

AArrttiiggoo 6688..ººREGISTO DA PENA

A pena é registada no processo ou na fichado infractor.

SECÇÃO II Competência disciplinar

AArrttiiggoo 6699..ººÓRGÃOS DISCIPLINARES

São órgãos com competência disciplinar:a) Comissão Disciplinar de Agência;b) Conselho Regional de Disciplina;c) Conselho de Ética, Disciplina e Arbitragem.

AArrttiiggoo 7700..ººCOMPETÊNCIA DA COMISSÃODISCIPLINAR DE AGÊNCIA

1. Compete à Comissão Disciplinar de Agência:a) Receber os relatórios de arbitragem, dasforças de segurança ou denúncias;b) Qualificar as infracções disciplinares e, nocaso de infracções graves ou muito graves,comunicá-las ao Conselho Regional deDisciplina;c) Conhecer e decidir as infracções discipli-nares leves.2. A Comissão Disciplinar de Agência temcompetência para as infracções leves ocorri-das no âmbito da sua Agência.

AArrttiiggoo 7711..ººCOMPOSIÇÃO E FUNCIONAMENTODA COMISSÃO DISCIPLINAR DE AGÊNCIA

1. A Comissão Disciplinar de Agência é com-

posta pelo Assistente Técnico, que preside, epor dois vogais, por si indicados.2. Compete à Direcção Desportiva aprovar acomposição da Comissão Disciplinar deAgência.3. A Comissão Disciplinar de Agência reúneordinariamente uma vez por semana, noperíodo em que decorram competições, ouquando convocada pelo Assistente Técnico.

AArrttiiggoo 7722..ººPRAZO PARA A DECISÃO

As decisões da Comissão Disciplinar deAgência são tomadas no prazo de setenta eduas horas.

AArrttiiggoo 7733..ººCOMPETÊNCIA DO CONSELHOREGIONAL DE DISCIPLINA

1. Compete ao Conselho Regional de Dis-ciplina:a) Validar a qualificação da infracção efectua-da pela Comissão Disciplinar de Agência;b) Conhecer e decidir da prática de in-fracções disciplinares qualificadas comograves e muito graves.2. O Conselho Regional de Disciplina temcompetência para as infracções graves emuito graves ocorridas no âmbito da respec-tiva Delegação Regional.

AArrttiiggoo 7744..ººCOMPOSIÇÃO E FUNCIONAMENTO

1. O Conselho Regional de Disciplina é com-posto pelo Delegado Regional, que preside, epelos assistentes técnicos de umaDelegação Regional, nomeados pelaDirecção Desportiva.2. Os membros do Conselho Regional deDisciplina elegem, entre si, um vice-presidente.

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3. O Conselho Regional de Disciplina reúnequinzenalmente, quando convocado pelopresidente ou ainda mediante solicitação,dirigida ao presidente, de qualquer dos assis-tentes técnicos que o compõem.

AArrttiiggoo 7755..ººCOMPETÊNCIA DO PRESIDENTEDO CONSELHO REGIONAL DE DISCIPLINA

1. Compete ao Presidente:a) Receber a comunicação da prática deinfracção que a Comissão Disciplinar de Agên-cia haja qualificado como grave ou muitograve;b) Devolver à Comissão Disciplinar de Agênciaa comunicação de infracções de cuja qualifi-cação não seja validada pelo ConselhoRegional de Disciplina;c) Proceder à marcação de reuniões do Con-selho Regional de Disciplina;d) Dirigir e coordenar as Reuniões do Con-selho Regional de Disciplina.2. O Presidente dispõe de voto de qualidade.

AArrttiiggoo 7766..ººIMPEDIMENTOS

Os membros do Conselho Regional deDisciplina não podem exercer as suasfunções nos casos em que tenham tido oudevam ter participação, a qualquer título, noprocesso.

AArrttiiggoo 7777..ººPRAZO PARA A DECISÃO

As decisões do Conselho Regional de Disci-plina são tomadas no prazo de quatro dias.

AArrttiiggoo 7788..ººCONSELHO DE ÉTICA,DISCIPLINA E ARBITRAGEM

1. O Conselho de Ética, Disciplina e Arbitra-

gem é composto por duas secções:a) Secção de Ética e Disciplina.b) Secção de Arbitragem.2. A Secção de Ética e Disciplina é compos-ta por três elementos, sendo um o seu presi-dente, nomeados pela Direcção Desportivada Fundação, por um período de dois anos,renováveis.3. A Secção de Ética e Disciplina reúne medi-ante convocatória do presidente.

AArrttiiggoo 7799..ººCOMPETÊNCIA DA SECÇÃODE ÉTICA E DISCIPLINA

Compete à Secção de Ética e Disciplina:a) Conhecer e decidir dos recursos inter-postas das decisões proferidas por ConselhoRegional de Disciplina;b) Conhecer e decidir dos pedidos de reapre-ciação da decisão de arquivamento daComissão Disciplinar de Agência.

AArrttiiggoo 8800..ººCOMPETÊNCIA DO PRESIDENTEDA SECÇÃO DE ÉTICA E DISCIPLINA

1. Compete ao Presidente:a) Atribuir a função de relator da decisão a ummembro da Secção;b) Proceder à marcação de reuniões;c) Dirigir e coordenar as reuniões.2. O presidente dispõe de voto de qualidade.

AArrttiiggoo 8811..ººPRAZO PARA A DECISÃO

As decisões da Secção de Ética e Disciplinasão tomadas no prazo de dez dias.

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SECÇÃO III Penas disciplinares e seus efeitos

SUBSECÇÃO I Penas

AArrttiiggoo 8822..ººPENAS APLICÁVEIS AOS CCD’S

As penas aplicáveis aos CCD’s são asseguintes:a) Advertência;b) Repreensão por escrito;c) Multa;d) Derrota;e) Interdição do recinto de jogo;f) Desclassificação ou desqualificação;g) Suspensão.

AArrttiiggoo 8833..ººPENAS APLICÁVEISAOS PRATICANTES DESPORTIVOS

As penas aplicáveis aos praticantes despor-tivos são as seguintes:a) Advertência;b) Repreensão por escrito;c) Derrota;d) Desclassificação ou desqualificação;e) Suspensão.

AArrttiiggoo 8844..ººPENAS APLICÁVEISAOS AGENTES DESPORTIVOS

As penas aplicáveis aos agentes desportivossão as seguintes:a) Advertência;b) Repreensão por escrito;c) Suspensão.

AArrttiiggoo 8855..ººPENAS APLICÁVEIS AOS AGENTESDE ARBITRAGEM

As penas aplicáveis aos agentes de arbitra-

gem são as seguintes:a) Advertência;b) Repreensão por escrito;c) Suspensão.

SUBSECÇÃO II Efeitos das penas

AArrttiiggoo 8866..ººDISPOSIÇÃO GERAL

O cumprimento de qualquer pena inicia-selogo que transite em julgado a respectivadecisão.

AArrttiiggoo 8877..ººPENAS DE ADVERTÊNCIAE REPREENSÃO POR ESCRITO

1. As penas de advertência e repreensão porescrito são aplicáveis aos actos que consti-tuam infracção disciplinar leve, consistindonum mero reparo pela irregularidade praticada,destinado a aperfeiçoar a conduta do infractor.2. Caso o infractor cometa uma infracçãopunida com pena de advertência ou repreen-são por escrito e do seu processo conste já oaverbamento de, pelo menos, três advertên-cias ou repreensões escritas relativas àmesma época desportiva, deve este serpunido com pena de suspensão de 15 dias atrês meses.

AArrttiiggoo 8888..ººPENA DE DERROTA

1. A pena de derrota importa, para o CCD,uma das seguintes consequências:a) Perda, na tabela classificativa, dos pontoscorrespondentes à prova a que a falta disserrespeito, os quais serão atribuídos ao CCDadversário, e a atribuição de um resultadonegativo de acordo com as normas regula-mentares da competição;

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b) Se a prova se disputar por eliminatórias, apena de derrota implica a desqualificação e aqualificação imediata do CCD adversário.c) Se a pena de derrota for aplicada a ambosos CCD’s, a nenhum deles é atribuída classi-ficação e, tratando-se de prova a eliminar,são ambos desqualificados.2. O disposto no número anterior é aplicável,com as necessárias adaptações, aos casosem que o infractor seja praticante desportivoinscrito em modalidade individual.

AArrttiiggoo 8899..ººPENA DE INTERDIÇÃODO RECINTO DE JOGO

1. A pena de interdição do recinto de jogoimpede o CCD de disputar provas organi-zadas pela Fundação no seu recinto, por umdeterminado período de jogos.2. A pena de interdição do recinto de jogopode ser aplicada preventivamente, até àdecisão final do processo, quando conste dorelatório do árbitro ou do auto de notícia ela-borado pelas forças de segurança, a ocorrên-cia de distúrbios da ordem pública.3. O CCD infractor indica recinto a mais devinte e cinco quilómetros do recinto de jogointerditado, no sentido mais favorável ao CCDvisitante.4. O período de interdição preventiva édeduzido para efeitos de cumprimento deeventual pena definitiva.

AArrttiiggoo 9900..ººPENA DE MULTA

O pagamento da pena de multa deve serefectuado na Agência organizadora da provano âmbito da qual foi cometida a infracção,no prazo de cinco dias a contar do trânsitoem julgado da decisão que a aplique.

AArrttiiggoo 9911..ººPENA DE DESCLASSIFICAÇÃOOU DESQUALIFICAÇÃO

1. Em competições disputadas através dosistema de pontos, a pena de desclassifi-cação importa, para o CCD, as seguintesconsequências:a) Impedimento de prosseguir em prova eperda de todos os pontos até aí conquistados.b) Se a desclassificação disser respeito acompetição desportiva do âmbito daAgência, os resultados das provas dis-putadas pelo CCD desclassificado não sãoconsiderados para efeito de classificação dosrestantes CCD’s;c) Se a desclassificação disser respeito acompetição desportiva de âmbito nacional,não são considerados apenas os resultadosdas provas obtidos pelo CCD desclassificadonesse campeonato.d) O CCD punido fica a constar do últimolugar do campeonato sem lhe serem atribuí-dos pontos.2. Nas provas a eliminar, o CCD punido édesqualificado da competição, prosseguindoem prova o CCD adversário.3. O disposto nos números anteriores é apli-cável, com as necessárias adaptações, aoscasos em que o infractor seja praticantedesportivo inscrito em modalidade individual.

AArrttiiggoo 9922..ººPENA DE SUSPENSÃO DOS CCD’SE DOS PRATICANTES

1. A pena de suspensão aplicada a CCD ou apraticante desportivo importa, consoante agravidade da infracção, o impedimento,durante o seu período de execução, da práti-ca da modalidade desportiva em que amesma foi cometida ou de toda a actividadedesportiva organizada pela Fundação.

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2. No caso da aplicação de pena de suspen-são a CCD, essa pode respeitar somente auma das suas equipas.3. A suspensão de praticante desportivopode implicar a suspensão de actividade deagente desportivo, caso o infractor possua asduas qualidades.4. O período de execução da pena de sus-pensão é determinado por referência a umperíodo de tempo ou a um número de jogos.5. A pena que não puder ser integralmentecumprida na época desportiva em que é apli-cada transita, na parte que não for executa-da, para a seguinte. 6. O cumprimento da pena que haja de efec-tuar-se em mais de uma época desportiva ini-cia-se com a disputa da respectiva provadesportiva, contando as diferentes jornadasnas condições habituais, mesmo que oinfractor não esteja inscrito. 7. Apenas contam para o efeito de cumpri-mento da pena de suspensão as provas quenão se tenham realizado por facto nãoimputável ao infractor alvo de suspensão.

AArrttiiggoo 9933..ººPENA DE SUSPENSÃODE AGENTES DESPORTIVOS

1. A pena de suspensão aplicada aosagentes desportivos impossibilita-os, duranteo seu período de execução, de desempenharas funções que exerça em CCD, na modali-dade desportiva em que a infracção foicometida ou em toda a actividade desportivaorganizada pela Fundação.2. A suspensão pode implicar a suspensãode actividade de praticante, caso o infractorpossua as duas qualidades.3. O período de execução da pena de sus-pensão aplicada aos agentes desportivos édeterminado por referência a um período detempo ou a um número de jogos.

4. São aplicáveis, com as necessárias adap-tações, os n.os 3, 4 e 5 do artigo anterior.

AArrttiiggoo 9944..ººPENA DE SUSPENSÃO DE AGENTESDE ARBITRAGEM

A pena de suspensão aplicada a agente dearbitragem impossibilita-o, durante o seuperíodo de execução, de desempenhar dasrespectivas funções.

AArrttiiggoo 9955..ººSUSPENSÃO PREVENTIVA

1. Sem prejuízo das sanções que impliquemsuspensão automática, o infractor pode sersuspenso preventivamente, por um máximode 30 dias, mediante deliberação do compe-tente órgão disciplinar, após análise da gravi-dade dos factos e da moldura da sanção,quando se mostrar necessário ao apuramen-to da verdade, à manutenção da estabilidadee tranquilidade das competições desportivasou for imposta pela salvaguarda da autori-dade da Fundação. 2. A suspensão inicia-se com a notificação dadecisão ao infractor.3. O período de execução da suspensão pre-ventiva será deduzido para efeitos de cumpri-mento de eventual pena definitiva.

SECÇÃO IV Medida e graduação das penas

SUBSECÇÃO I Disposições gerais

AArrttiiggoo 9966..ººDETERMINAÇÃO DA PENA

A pena disciplinar é determinada em funçãoda natureza e gravidade da infracção e daculpa do infractor, devendo ser tidas emconta todas as circunstâncias atenuantes ouagravantes.

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AArrttiiggoo 9977..ººGRADUAÇÃO DAS PENAS

1. A graduação da pena é efectuada dentrodos limites mínimos e máximos da medidaregulamentar da pena.2. Concorrendo simultaneamente circunstân-cias agravantes e circunstâncias atenuantes,deverá o julgador efectuar uma ponderaçãocuidada das mesmas, de forma a, atendendoà culpa do infractor, obter a pena aplicável aocaso concreto.

AArrttiiggoo 9988..ººCIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES

1. Constituem circunstâncias agravantes dainfracção disciplinar:a) A premeditação;b) A reincidência;c) A acumulação de infracções;d) A prática da infracção na sequência decombinação com outrem;e) A prática da infracção no período decumprimento de pena disciplinar anterior-mente aplicada;2. Por premeditação entende-se a pondera-ção dos meios a empregar ou o protelamen-to da intenção da prática da infracção.3. A reincidência verifica-se quando o infrac-tor, tendo sido punido por decisão transitadaem julgado em consequência da prática deinfracção disciplinar, cometer outra de igualnatureza dentro da mesma época desportiva. 4. A acumulação de infracções verifica-sequando é praticada mais de uma infracção noâmbito da mesma prova desportiva ou quan-do uma ou mais infracções são praticadasantes da punição de infracção anterior.

AArrttiiggoo 9999..ººCIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES

1. Constituem circunstâncias atenuantes da

infracção disciplinar:a) A ausência de condenações anteriores;b) A confissão espontânea da infracção;c) A prestação de serviços relevantes aodesporto;d) A provocação;2. Quando, estando em causa uma infracçãograve ou muito grave, se verifiquem circuns-tâncias atenuantes que diminuam substan-cialmente a culpa do infractor, poderá ainfracção ser sancionada com pena corres-pondente a infracção do grau imediatamenteinferior. 3. Quando, verificando-se a situação descritano número anterior, esteja em causa umainfracção leve, poderá a pena ser especial-mente atenuada, ou haver lugar a dispensade pena.4. Para além das circunstâncias atenuantesenunciadas no n.º 1 do presente artigo,poderão ser consideradas outras, quando,em face do caso concreto, a sua relevância ojustifique.

AArrttiiggoo 110000..ººCIRCUNSTÂNCIAS DIRIMENTESDA RESPONSABILIDADE DISCIPLINAR

1. São circunstâncias dirimentes da respon-sabilidade disciplinar:a) A coacção;b) A privação acidental e involuntária do exer-cício das faculdades intelectuais e nomomento da prática da falta;c) A legítima defesa própria ou alheia;d) A não exigibilidade de conduta diversa;e) O exercício de um direito ou o cumprimen-to de um dever.2. A extinção da responsabilidade disciplinarnos termos deste artigo não implica aextinção de outras responsabilidades queeventualmente advenham do acto praticado.

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SUBSECÇÃO IIInfracções específicas dos CCD’s

DIVISÃO IInfracções disciplinares muito graves

AArrttiiggoo 110011..ººADULTERAÇÃO DA VERDADE DESPORTIVA

1. O CCD que por qualquer meio, designada-mente mediante a concessão de benefíciosou recompensas a agente de arbitragem, aCCD, agente desportivo ou praticante, falseieo resultado da prova, é punido com pena dedesclassificação ou desqualificação e sus-pensão da actividade desportiva por umperíodo de três a oito anos e pena de multade €100,00 a €300,00.2. Consideram-se praticados pelo CCD osactos dos respectivos praticantes e agentesdesportivos. 3. É aplicável a mesma pena ao CCD queaceite benefícios nos termos do número ante-rior.4. A tentativa é punível.

AArrttiiggoo 110022..ººCOACÇÃO

1. O CCD que exerça violência física ou moralsobre qualquer agente de arbitragem, prati-cante ou agente desportivo, que conduza aque a prova decorra em condições anormaisou que tenha consequências no resultado, épunido com pena de desclassificação oudesqualificação e suspensão da actividadedesportiva por um período de três a sete anose pena de multa de €100,00 a €300,00.2. Consideram-se praticados pelo CCD osactos dos respectivos praticantes e agentesdesportivos. 3. A tentativa é punível.

DIVISÃO IIInfracções disciplinares graves

AArrttiiggoo 110033..ººIDENTIFICAÇÃO FRAUDULENTA

O CCD que utilize de forma fraudulenta ele-mentos de identificação de praticantedesportivo, é punido com pena de desclassi-ficação ou desqualificação, suspensão daactividade desportiva de dois a quatro anos emulta de €50,00 a €200,00.

AArrttiiggoo 110044..ººUTILIZAÇÃO IRREGULAR DE PRATICANTESOU AGENTES DESPORTIVOS

1. O CCD que utilize praticante que se encon-tre irregularmente inscrito ou impedido departicipar é punido com pena de desclassifi-cação ou desqualificação e pena de multa de€50,00 a €200,00.2. A utilização de agente desportivo irregular-mente inscrito ou impedido é punida compena de multa de €50,00 a €200,00.3. Considera-se, entre outros, impedimentopara participar: a) A participação em prova desportiva depraticante ou agente desportivo que seencontre a cumprir pena impeditiva de partici-pação em actividade desportiva, não seencontrando aquela ainda extinta;b) A participação em representação de doisCCD’s na mesma modalidade;c) A participação em competição nacional, depraticante ou agente desportivo que não setenha inscrito em competição de Agência ouInteragência, quando esta for pressuposto dacompetição nacional;d) A participação em prova desportiva depraticante ou agente desportivo que nãoreúna as condições especiais de participaçãoestabelecidas nas normas regulamentares dacompetição;

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e) A participação em provas organizadas porassociação ou federação desportiva quandonão permitida pelas normas regulamentaresda competição.4. A reincidência é punida com suspensão daactividade desportiva de dois a quatro anosao CCD.

AArrttiiggoo 110055..ººABANDONO DO RECINTO OU MAU COMPORTAMENTO COLECTIVO

1. O CCD cujos praticantes deliberadamenteabandonem o recinto do jogo após o início damesma ou que nele apresentem um compor-tamento colectivo que impeça o agente dearbitragem de prosseguir e concluir a prova, épunido com pena de desclassificação oudesqualificação e multa de €50,00 a €100,00.2. O mau comportamento colectivo poderá,atendendo à gravidade dos actos praticados,ser ainda punido com a pena de interdição dorecinto de jogo pelo período de três a cincojogos ou provas.3. Considera-se abandono de campo a saídadeliberada de praticantes em número queimpeça a continuidade do jogo ou prova.

DIVISÃO III Infracções disciplinares leves

AArrttiiggoo 110066..ººOFENSA AO BOM NOME DA FUNDAÇÃO

1. O CCD que pratique quaisquer actos queponham em causa o bom nome da Fundaçãoou dos seus representantes é punido comrepreensão por escrito e multa de €200,00 a€400,00.2. Em caso de reincidência o CCD é punidocom suspensão da actividade desportiva porum período de três a seis meses.

AArrttiiggoo 110077..ººCOMPORTAMENTO DISCRIMINATÓRIO

1. O CCD que promova, consinta ou se con-forme com quaisquer actos discriminatórios,em violação do disposto no artigo 6.º, emparticular em função da raça, língua, religiãoou origem étnica, é punido com advertência emulta de €200,00 a €400,00.2. Em caso de reincidência o CCD é punidocom suspensão da actividade desportiva porum período de três a seis meses.

AArrttiiggoo 110088..ººFALTA DE APRESENTAÇÃODOS ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO

1. A não apresentação do cartão daFundação ou, na sua falta, de bilhete de iden-tidade, cartão de cidadão, carta de conduçãoou passaporte, é punida com de multa de€5,00 por praticante e agente desportivo.2. O praticante ou agente desportivo podeparticipar na prova se assinar o boletim dejogo conforme à assinatura existente nocartão de cidadão, bilhete de identidade oupassaporte.3. A não apresentação na Agência de qual-quer um dos documentos referidos no n.º1 edo Cartão da Fundação, no prazo máximo de48 horas, implica a agravação da multa para€20,00.4. Decorridos cinco dias úteis após a notifi-cação da pena referida no número anterior,presume-se que o praticante ou agentedesportivo foi irregularmente utilizado.

AArrttiiggoo 110099..ººRECUSA DE PARTICIPAÇÃO

1. O CCD que, sem motivo justificativo, serecuse a participar nas provas é punido coma pena de derrota e multa de €50,00 a€100,00.

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2. Não se considera motivo justificativo a faltade agente de arbitragem ou de quaisqueroutros elementos, desde que o presenteCódigo não preveja a sua presença comoessencial para a prossecução da prova.3. Em caso de reincidência o CCD é punidocom suspensão da actividade desportiva deseis meses a um ano.

AArrttiiggoo 111100..ººATRASO NO INÍCIO OU REINÍCIO DA PROVA

O CCD que impeça, por qualquer forma, oárbitro de iniciar, ou reiniciar, a prova à horamarcada, procurando retardá-la, será punidocom pena de repreensão por escrito e multade €50,00 a €100,00.

AArrttiiggoo 111111..ººNÃO REALIZAÇÃO DA PROVA

1. O CCD que, de forma injustificada, impeçaa realização da prova ou viole os deveres demanutenção da disciplina nas instalaçõesdesportivas e de prestação de apoio aosagentes da Fundação e agentes de arbi-tragem, impossibilitando a realização daprova, será punido com pena de derrota emulta entre €50,00 a €100,00.2. A verificação dos comportamentos previs-tos no número anterior, não obstante a reali-zação da prova, determinam a aplicação depena de advertência e multa de €250,00 a€500,00.3. O CCD infractor é ainda responsável pelasdespesas de organização efectuadas.

AArrttiiggoo 111122..ººNÃO ACATAMENTO DA ORDEMDE EXPULSÃO

Se o agente de arbitragem der a prova porterminada, antes de decorrido o tempo regu-

lamentar, pelo facto de praticante, depois deexpulso, se recusar a sair do terreno daprova, o respectivo CCD é punido com penade derrota e multa de €50,00 a €200,00.

AArrttiiggoo 111133..ººFALTA DE COMPARÊNCIA

1. A falta de comparência injustificada deuma equipa de CCD a um jogo dará lugar àaplicação de uma pena de derrota e pena demulta de €50,00 a €100,00.2. Se a falta de comparência for devida àactuação de outro CCD, será este últimopunido nos termos do número anterior.3. Apenas será considerada justificada a faltade comparência que seja comunicada àFundação com a antecedência mínima de 48horas.4. A justificação do motivo da ausência forado prazo estabelecido no número anteriorimplicará uma especial atenuação da pena.5. A reincidência determina a desclassifi-cação ou desqualificação do CCD.

AArrttiiggoo 111144..ººINCUMPRIMENTO DO DEVERDE REQUISITAR A FORÇA PÚBLICA

1. O CCD que a tal esteja obrigado não asse-gure serviço de ordem ou não requisite forçade segurança pública é punido com pena dederrota e multa de €50,00 a €100,00.2. O CCD que não requisite a intervenção deforça de segurança pública, quando da ocor-rência de distúrbios que a justifique, é punidocom a com pena de derrota, interdição dorecinto de um a três jogos ou provas e multade €50,00 e €100,00.3. A constituição inapropriada do serviço deordem, ou a utilização deste serviço para finscontrários à sua constituição determinam aaplicação da pena prevista no n.º 1.

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AArrttiiggoo 111155..ººPRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕESA AGENTE DE ARBITRAGEM

O CCD que deixe de prestar informações ouesclarecimentos a agente de arbitragem,quando a isso esteja obrigado ou para taltenha sido solicitado, será punido com penade repreensão por escrito e multa de €50,00a €100,00.

AArrttiiggoo 111166..ººUTILIZAÇÃO INDEVIDA DE INSTALAÇÕESOU EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS

1. O CCD que utilizar de forma indevida asinstalações ou equipamentos desportivos,onde decorrem as competições, provocandoprejuízos decorrentes da sua má utilização, épunido com multa de €50,00 a €100,00.2. A reincidência na prática dos factos previs-tos no número anterior determina a aplicaçãoda pena de suspensão de três a seis meses.

AArrttiiggoo 111177..ººMAU COMPORTAMENTODOS ESPECTADORES

1. Pelo mau comportamento dos especta-dores que sejam adeptos do CCD, este épunido com repreensão por escrito e multade €50,00 a €100,00. 2. Caso o comportamento dos adeptos influasobre o normal desenrolar da prova, o CCD épunido com pena de derrota.3. Se ocorrer invasão do recinto de jogo, oCCD é punido com pena de derrota e multade €50,00 a €100,00.4. A prática dos actos previstos no n.º 2 e 3determina ainda a aplicação ao CCD infractorda pena de interdição do recinto de jogo peloperíodo de três a cinco jogos ou provas.5. Atenta a gravidade dos actos, o Assistente

Técnico pode determinar a obrigatoriedadede requisição de força de segurança pelonúmero de jogos ou provas que entenderadequado.

SUBSECÇÃO IIIInfracções específicas dos praticantes

DIVISÃO I Infracção disciplinar muito grave

AArrttiiggoo 111188..ººADULTERAÇÃO DA VERDADE DESPORTIVA

1. O praticante que por si ou interposta pes-soa, por qualquer meio, designadamentemediante a concessão de benefícios ou re-compensas a agente de arbitragem, CCD,agente desportivo ou outro praticante, falseieo resultado da prova será punido com penade desclassificação ou desqualificação e sus-pensão de actividade desportiva por umperíodo de três a oito anos.2. É aplicável a mesma pena ao agente dearbitragem, CCD, agente desportivo ou prati-cante que aceite benefícios nos termos donúmero anterior.3. A tentativa é punível.

DIVISÃO II Infracções disciplinares graves

AArrttiiggoo 111199..ººIDENTIFICAÇÃO FRAUDULENTA

1. O praticante que utilize, de modo fraudu-lento, documento de identificação, serápunido com pena de suspensão de dois aquatro anos.2. Nas competições individuais ao infractor éainda aplicada a pena de desclassificação oudesqualificação.

AArrttiiggoo 112200..ººPARTICIPAÇÃO IRREGULAR

1. O praticante, irregularmente inscrito ou

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impedido de participar, que participe numaprova, é punido com pena de desclassifi-cação ou desqualificação.2. Tratando-se de praticante de modalidadecolectiva ou de modalidade individual emprova por equipas, é punido com pena desuspensão de um a três meses.3. Considera-se, entre outros, impedimentopara participar: a) A participação de praticante que se encon-tre a cumprir pena impeditiva de participaçãoem actividade desportiva, não se encontran-do aquela ainda extinta;b) A participação em representação de doisCCD’s na mesma modalidade;c) A participação em competição nacionalque não se tenha inscrito em competição deAgência ou Interagência, quando esta forpressuposto da competição nacional;d) A participação em prova desportiva quenão reúna as condições especiais de partici-pação estabelecidas nas normas regula-mentares da competição;e) A participação em provas organizadas porassociação ou federação desportiva quandonão permitida pelas normas regulamentaresda competição.4. A reincidência é punida com a pena desuspensão de actividade de dois a quatroanos.

AArrttiiggoo 112211..ººAGRESSÃO A AGENTE DE ARBITRAGEMOU REPRESENTANTE DA FUNDAÇÃO

1. O praticante que agredir agente de arbi-tragem ou representante da Fundação épunido com pena de suspensão entre dois equatro anos e multa de €100,00 a €200,00.2. O CCD é solidariamente responsável pelaliquidação do montante da multa e em casode não pagamento, sem prejuízo de outrassanções previstas neste Código, é punido

com pena de derrota.2. A tentativa é punível.

AArrttiiggoo 112222..ººFALSAS DECLARAÇÕES E FRAUDE

O praticante que, no âmbito de processo dis-ciplinar, em que não assuma a posição deinfractor, preste falsas declarações ou, quan-do seja infractor, apresente prova documentalfalseada é punido com pena de suspensãode dois a quatro anos.

DIVISÃO III Infracções disciplinares leves

AArrttiiggoo 112233..ººOFENSA AO BOM NOME DA FUNDAÇÃO

1. O praticante que pratique quaisquer actosque ponham em causa o bom nome daFundação ou dos seus representantes épunido com repreensão por escrito.2. Em caso de reincidência o praticante épunido com suspensão da actividadedesportiva por um período de três a seismeses.

AArrttiiggoo 112244..ººRECUSA DE PARTICIPAÇÃO

1. O praticante que participe em competiçãoindividual que, sem motivo justificativo, serecuse a participar nas provas é punido compena de derrota.2. Não se considera motivo justificativo a faltade agente de arbitragem ou de quaisqueroutros elementos desde que o presenteCódigo não preveja a sua presença comoessencial para a prossecução da prova.

AArrttiiggoo 112255..ººATRASO NO INÍCIO OU REINÍCIO DA PROVA

O praticante que impeça, por qualquer forma,

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o agente de arbitragem de iniciar ou reiniciara prova à hora marcada, procurando retardá-la, será punido com pena de repreensão porescrito.

AArrttiiggoo 112266..ººNÃO REALIZAÇÃO DA PROVA

1. O praticante que participe em competiçãoindividual e que, injustificadamente, impeça arealização da prova é punido com a pena dedesclassificação ou desqualificação e sus-pensão da actividade desportiva de três aseis meses.2. Nas outras competições, o praticante épunido com suspensão da actividadedesportiva de três a seis meses.

AArrttiiggoo 112277..ººABANDONO DO RECINTO

1. O praticante que deliberadamente aban-done o recinto da prova desportiva, após oseu início, é punido, nas competições indivi-duais, com pena de suspensão de uma a trêsprovas.2. Se a infracção prevista no número anteriorocorrer nas outras competições, o praticanteé punido com pena de suspensão de um atrês jogos ou provas.3. Considera-se abandono de campo, paraefeitos de aplicação do presente artigo, asaída deliberada em atitude de desrespeitoou desacordo com a decisão do agente dearbitragem.

AArrttiiggoo 112288..ººNÃO ACATAMENTO DA ORDEM DE EXPULSÃO

1. O praticante de modalidade colectiva quese recusar a sair do recinto de jogo após terrecebido ordem de expulsão, dando azo a

que, por decisão do agente de arbitragem, aprova termine antes de decorrido o temporegulamentar, será punido com pena de sus-pensão de três a seis meses.2. Caso participe em competição individual, opraticante é punido com desclassificação oudesqualificação e suspensão de três a seismeses.

AArrttiiggoo 112299..ººFALTA DE COMPARÊNCIA

1. A falta de comparência injustificada depraticante de competição individual darálugar à aplicação de pena de derrota.2. Se a falta de comparência for devida àactuação de outro praticante, será este últi-mo punido nos termos do número anterior.3. Apenas será considerada justificada a faltade comparência que seja comunicada àFundação com a antecedência mínima de 48horas.4. A comunicação justificação da ausência forado prazo estabelecido no número anteriorimplicará uma especial atenuação da pena.5. A reincidência determina a desclassifi-cação ou desqualificação do praticante.

AArrttiiggoo 113300..ººINCITAMENTO À INDISCIPLINA

1. O praticante que incitar outro praticante àindisciplina é punido com pena de suspensãode dois a quatro jogos ou provas.2. O praticante que incitar ou por qualquermodo contribuir para que os espectadoreshostilizem os praticantes adversários,agentes desportivos ou agente arbitragem épunido com pena de suspensão de três aseis jogos ou provas.

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AArrttiiggoo 113311..ººAGRESSÕES FÍSICAS

1. O praticante que agredir outro praticante épunido com pena de suspensão de três aseis jogos ou provas.2. Na mesma pena incorre o praticante queagredir agente desportivo.3. A tentativa é punível.

AArrttiiggoo 113322..ººOUTROS COMPORTAMENTOS GRAVES

1. O praticante que, com a sua conduta,manifeste desrespeito ou desobediência,através de gestos ou palavras, a agente dearbitragem é punido com pena suspensão deum a dois jogos.2. O praticante que insulte, injurie ou ameaceo agente de arbitragem é punido com penade suspensão de três a cinco jogos ouprovas. 3. O praticante que insulte, injurie ou ameaceoutro praticante ou agente desportivo épunido com pena de suspensão de dois aquatro jogos.

AArrttiiggoo 113333..ººEXPULSÃO

1. Os praticantes consideram-se automatica-mente suspensos por um jogo ou prova, atéà resolução do processo disciplinar, sempreque sejam expulsos do recinto de jogo ou emresultado de factos ocorridos dentro dosrecintos desportivos, antes, durante oudepois de findo o jogo ou prova.2. A expulsão, bem como os seus motivos,devem constar do boletim de jogo, comconhecimento do agente desportivo que re-presente o CCD, expresso naquele boletim.

AArrttiiggoo 113344..ººCOMPORTAMENTO DISCRIMINATÓRIO

1. O praticante que tenha comportamentodiscriminatório, em violação do disposto noartigo 6.º, em particular em função da raça,língua, religião ou origem étnica, é punidocom repreensão por escrito.2. Em caso de reincidência o praticante épunido com suspensão da actividadedesportiva por um período de três a seismeses.

AArrttiiggoo 113355..ººPRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕESA AGENTE DE ARBITRAGEM

O praticante que deixe de prestar infor-mações ou esclarecimentos a agente de arbi-tragem, quando a isso esteja obrigado oupara tal tenha sido solicitado, é punido comuma advertência.

AArrttiiggoo 113366..ººUTILIZAÇÃO INDEVIDA DE INSTALAÇÕESOU EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS

1. O praticante que utilizar de forma indevidaas instalações onde decorrem as com-petições ou os seus equipamentos, provo-cando prejuízos decorrentes da sua má uti-lização, é punido com pena de repreensãopor escrito. 2. A reincidência na prática dos factos previs-tos no número anterior determina a suspen-são de um a três meses.

SUBSECÇÃO IVInfracções específicas dos agentesdesportivos

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DIVISÃO I Infracção disciplinar muito grave

AArrttiiggoo 113377..ººADULTERAÇÃO DA VERDADE DESPORTIVA

1. O agente desportivo que por si ou inter-posta pessoa, por qualquer meio, designada-mente mediante a concessão de benefíciosou recompensas a agente de arbitragem,CCD, praticante ou outro agente desportivo,falseie o resultado da prova será punido compena de suspensão de actividade desportivapor um período de três a oito anos.2. É aplicável a mesma pena ao agente dearbitragem, CCD, agente desportivo ou prati-cante que aceite benefícios nos termos donúmero anterior.3. A tentativa é punível.

DIVISÃO II Infracções disciplinares graves

AArrttiiggoo 113388..ººIDENTIFICAÇÃO FRAUDULENTA

O agente desportivo que utilize, de modofraudulento, documento de identificação, épunido com pena de suspensão de dois aquatro anos.

AArrttiiggoo 113399..ººAGRESSÃO A AGENTE DE ARBITRAGEMOU REPRESENTANTE DA FUNDAÇÃO

1. O agente desportivo que agredir agente dearbitragem ou representante da Fundação épunido com pena de suspensão entre dois equatro anos e multa de €100,00 a €200,00.2. O CCD é solidariamente responsável pelaliquidação do montante da multa e em casode não pagamento, sem prejuízo de outrassanções previstas neste Código, é punidocom pena de derrota.3. A tentativa é punível.

AArrttiiggoo 114400..ººFALSAS DECLARAÇÕES E FRAUDE

O agente desportivo que, no âmbito deprocesso disciplinar, em que não assuma aposição de infractor, preste falsas declara-ções ou, ainda que seja infractor, apresenteprova documental falseada será punido compena de suspensão de dois a quatro anos.

DIVISÃO III Infracções disciplinares leves

AArrttiiggoo 114411..ººOFENSA AO BOM NOME DA FUNDAÇÃO

O agente desportivo que pratique quaisqueractos que ponham em causa o bom nome daFundação ou dos seus representantes épunido com repreensão por escrito.2. Em caso de reincidência o agentedesportivo é punido com suspensão daactividade desportiva por um período de trêsa seis meses.

AArrttiiggoo 114422..ººPARTICIPAÇÃO IRREGULAR

1. O agente desportivo, irregularmente inscri-to ou impedido de participar, que participenuma prova, é punido com pena de suspen-são de um a três meses.3. Considera-se, entre outros, impedimentopara participar: a) A participação de agente desportivo que seencontre a cumprir pena impeditiva de partici-pação em actividade desportiva, não seencontrando aquela ainda extinta;b) A participação em representação de doisCCD’s na mesma modalidade;4. A reincidência é punida com a pena de sus-pensão de actividade de seis meses a um ano.

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AArrttiiggoo 114433..ººNÃO REALIZAÇÃO DA PROVA

O agente desportivo que, injustificadamente,impeça a realização da prova é punido com apena de suspensão da actividade desportivade três a seis meses.

AArrttiiggoo 114444..ººINCITAMENTO À INDISCIPLINA

1. O agente desportivo que incitar à indisci-plina é punido com pena de suspensão dedois a quatro jogos ou provas.2. O agente desportivo que incitar ou porqualquer modo contribuir para que os espec-tadores hostilizem os praticantes adversários,agentes desportivos ou agente arbitragem épunido com pena de suspensão de três aseis jogos ou provas.

AArrttiiggoo 114455..ººAGRESSÕES FÍSICAS

1. O agente desportivo que agredir praticanteou outro agente desportivo, é punido compena de suspensão de três a seis jogos ouprovas.2. A tentativa é punível.

AArrttiiggoo 114466..ººOUTROS COMPORTAMENTOS GRAVES

1. O agente desportivo que, com a sua con-duta, manifeste desrespeito ou desobediên-cia, através gestos ou palavras, a agente dearbitragem é punido com pena suspensão deum a dois jogos.2. O agente desportivo que insulte, injurie ouameace o agente de arbitragem é punidocom pena de suspensão de três a cincojogos ou provas. 3. O agente desportivo que insulte, injurie ou

ameace praticante ou outro agente desporti-vo é punido com pena de suspensão de doisa quatro jogos.

AArrttiiggoo 114477..ººINCUMPRIMENTO DO DEVERDE REQUISITAR A FORÇA PÚBLICA

O agente desportivo que não requisitar forçade segurança pública quando a gravidadedos distúrbios assim o justifique, será punidocom pena de três a seis meses de suspensãode actividade desportiva.

AArrttiiggoo 114488..ººEXPULSÃO

1. Os agentes desportivos consideram-se au-tomaticamente suspensos por um jogo ouprova, até à resolução do processo discipli-nar, sempre que sejam expulsos do recintode jogo ou em resultado de factos ocorridosdentro dos recintos desportivos, antes,durante ou depois de findo o jogo ou prova.2. A expulsão, bem como os seus motivos,devem constar do boletim de jogo, com con-hecimento do agente desportivo que repre-sente o CCD, expresso naquele boletim.

AArrttiiggoo 114499..ººCOMPORTAMENTO DISCRIMINATÓRIO

1. O agente desportivo que tenha comporta-mento discriminatório, em violação do dis-posto no artigo 6.º, em particular em funçãoda raça, língua, religião ou origem étnica, épunido com repreensão por escrito.2. Em caso de reincidência o agentedesportivo é punido com suspensão daactividade desportiva por um período de trêsa seis meses.

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AArrttiiggoo 115500..ººUTILIZAÇÃO INDEVIDA DE INSTALAÇÕESOU EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS

1. O agente desportivo que utilizar de formaindevida as instalações onde decorrem ascompetições ou os seus equipamentos,provocando prejuízos decorrentes da sua máutilização, é punido com pena de repreensãopor escrito. 2. A reincidência na prática dos factos previs-tos no número anterior determina a suspen-são de um a três meses.

AArrttiiggoo 115511..ººPRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕESA AGENTE DE ARBITRAGEM

O agente desportivo que deixe de prestarinformações ou esclarecimentos a agente dearbitragem, quando a isso esteja obrigado oupara tal tenha sido solicitado, é punido comuma advertência.

AArrttiiggoo 115522..ººATRASO NO INÍCIO OU REINÍCIO DA PROVA

O agente desportivo que impeça, por qual-quer forma, o agente de arbitragem de iniciarou reiniciar a prova à hora marcada, procu-rando retardá-la, será punido com pena derepreensão por escrito.

SUBSECÇÃO VInfracções específicas dos agentesde arbitragem

DIVISÃO I Infracções disciplinares muitograves

AArrttiiggoo 115533..ººADULTERAÇÃO DA VERDADE DESPORTIVA

1. O agente de arbitragem que solicite ouaceite, para si ou para terceiros, directa ouindirectamente, qualquer benefício ou recom-pensa, com vista a falsear o resultado daprova, é punido com a pena de suspensão detoda a actividade desportiva por um períodode três a oito anos.2. A tentativa é punível.

AArrttiiggoo 115544..ººFALSIFICAÇÃO DE BOLETIME RELATÓRIO DE JOGO

O agente de arbitragem que no boletim erelatório de jogo, altere, deturpe ou falsifique,de modo intencional, os factos ocorridos nodecorrer da prova é punido com pena de sus-pensão de três a seis anos.

DIVISÃO II Infracção disciplinar grave

AArrttiiggoo 115555..ººFALSAS DECLARAÇÕES E FRAUDE

O agente de arbitragem que, no âmbito deprocesso disciplinar, em que não assuma aposição de infractor, preste falsas declara-ções ou, ainda que seja infractor, apresenteprova documental falseada será punido compena de suspensão de dois a quatro anos.

DIVISÃO III Infracções disciplinares leves

AArrttiiggoo 115566..ººOFENSA AO BOM NOME DA FUNDAÇÃO

1. O agente de arbitragem que pratiquequaisquer actos que ponham em causa obom nome da Fundação ou dos seus repre-sentantes é punido com repreensão porescrito.2. Em caso de reincidência o agente de arbi-tragem é punido com suspensão da actividadedesportiva por um período de três a seis meses.

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AArrttiiggoo 115577..ººBOLETIM DE JOGO E RELATÓRIO

1. O agente de arbitragem que não elabore orelatório de prova ou não preencha o boletimde jogo será punido com pena de suspensãode um a seis meses.2. O agente de arbitragem que elabore orelatório de prova ou o boletim de jogo demodo negligente, defeituoso ou incompletoou que não o remeta à entidade que o solicitedentro do prazo estabelecido, será punidocom a pena de repreensão escrita.

AArrttiiggoo 115588..ººPARTICIPAÇÃO IRREGULAR

1. O agente de arbitragem que participe emprovas na pendência de pena disciplinar épunido com suspensão de actividadedesportiva de um a três meses.2. A reincidência é punida com a pena desuspensão de actividade de seis meses a umano.

AArrttiiggoo 115599..ººFALTA INJUSTIFICADA A UMA PROVA

1. O agente de arbitragem que falte injustifi-cadamente a um jogo será punido com penade suspensão de três a seis meses.2. Em caso de reincidência é aplicável a penaprevista no número anterior agravada para odobro dos limites aí previstos.3. Apenas será considerada justificada a faltade comparência que seja comunicada àFundação com a antecedência mínima de 48horas.4. A comunicação da justificação da ausênciafora do prazo estabelecido no número ante-rior implicará uma especial atenuação dapena.

AArrttiiggoo 116600..ººAGRESSÕES FÍSICAS

1. O agente de arbitragem que agredir prati-cante ou agente desportivo é punido compena de suspensão de actividade desportivade três a seis meses.2. A tentativa é punível.

AArrttiiggoo 116611..ººOUTROS COMPORTAMENTOS GRAVES

O agente de arbitragem que insulte, injurie ouameace praticante ou agente desportivo, épunido com pena de suspensão de activi-dade desportiva de um a três meses.

AArrttiiggoo 116622..ººCOMPORTAMENTO DISCRIMINATÓRIO

1. O agente de arbitragem que tenha com-portamento discriminatório, em violação dodisposto no artigo 6.º, em particular emfunção da raça, língua, religião ou origemétnica, é punido com repreensão por escrito.2. Em caso de reincidência o agente de arbi-tragem é punido com suspensão da activi-dade desportiva por um período de três aseis meses.

AArrttiiggoo 116633..ººUTILIZAÇÃO DE PUBLICIDADE

O agente de arbitragem que recuse utilizarpublicidade quando determinado pelaDirecção Desportiva é punido com pena desuspensão de actividade desportiva de um atrês meses.

AArrttiiggoo 116644..ººUTILIZAÇÃO INDEVIDA DE INSTALAÇÕESOU EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS

1. O agente de arbitragem que utilizar deforma indevida as instalações onde decorrem

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as competições ou os seus equipamentos,provocando prejuízos decorrentes da sua máutilização, é punido com pena de repreensãopor escrito. 2. A reincidência na prática dos factos previs-tos no número anterior determina a suspen-são de um a três meses.

AArrttiiggoo 116655..ººATRASO NO INÍCIO DAS PROVAS

O agente de arbitragem que, injustificada-mente, provoque um atraso considerável noinício ou reinício, após intervalo, da prova,será punido com a pena de advertência.

AArrttiiggoo 116666..ººVIOLAÇÃO DE OUTROS DEVERES

1. O agente de arbitragem que viole os deve-res constantes das alíneas c) e e), do artigo57.º, é punido com uma advertência.2. O agente de arbitragem que viole os deve-res constantes das alíneas f), g), i) e j), do arti-go 57.º, é punido com repreensão por escrito.

SECÇÃO V Procedimento disciplinar

AArrttiiggoo 116677..ººPRINCÍPIOS GERAIS

1. O procedimento disciplinar é o meio de efec-tivar a responsabilidade disciplinar decorrentedas infracções às disposições deste Código.2. Ao infractor são assegurados os direitos deaudição e defesa.3. A decisão final deduzida no âmbito do pro-cedimento disciplinar deverá ser suficiente-mente esclarecedora dos factos e dos funda-mentos determinantes para a aplicação dasanção.4. Ninguém pode ser punido mais do queuma vez pela prática da mesma infracção.

AArrttiiggoo 116688..ººNOTIFICAÇÕES

As decisões, deliberações ou providênciasque afectem os interessados em procedi-mento disciplinar são notificadas, no prazomais breve possível, por carta registada comaviso de recepção, por faxe ou através dorespectivo endereço electrónico.

AArrttiiggoo 116699..ººINSTAURAÇÃO

1. O procedimento disciplinar é instauradopela Comissão Disciplinar de Agência que te-nha conhecimento da prática de uma ou maisinfracções. 2. A Comissão Disciplinar de Agência podeter conhecimento da prática de infracçõesatravés de denúncia que lhe for apresentadapor qualquer interessado ou através do bole-tim de jogo e relatório do agente de arbi-tragem, ou de auto de notícia elaboradopelas forças de segurança.3. A denúncia deve ser apresentada naAgência juntamente com o comprovativo daliquidação de €50,00, reembolsáveis em casode procedência do procedimento disciplinar.

AArrttiiggoo 117700..ººDENÚNCIA

1. É titular do direito de denúncia todo aque-le que possa obter um efeito directo e ime-diato com a decisão da infracção.1. A desistência da denúncia implica a extin-ção da responsabilidade disciplinar do visadodesde que, não constando do relatório dejogo, a infracção não seja qualificada comomuito grave e o infractor que tenha sido noti-ficado para apresentar a sua defesa, a tal nãose oponha.2. Em caso de pluralidade de infractores, a

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desistência de denúncia contra um delesimplica igualmente a desistência contra osdemais.

AArrttiiggoo 117711..ººCONEXÃO DE PROCESSOS

1. Há lugar a conexão de processos quando:a) O mesmo agente tiver cometido váriasinfracções através da mesma acção ou omis-são;b) A mesma infracção tiver sido cometida porvários agentes em conjunto;c) Vários agentes tiverem cometido diversasinfracções em conjunto, na mesma ocasiãoou lugar;d) Vários agentes tiverem cometido diversasinfracções reciprocamente na mesmaocasião ou lugar.2. Havendo cumulação de infracções, serãoas mesmas julgadas num único procedimen-to disciplinar.

AArrttiiggoo 117722..ººTRAMITAÇÃO INICIAL E DETERMINAÇÃODO ÓRGÃO COMPETENTE

1. O procedimento disciplinar não dependede formalidades especiais, devendo restrin-gir-se às diligências estritamente necessáriaspara o apuramento da verdade.2. Quando tenha conhecimento da prática deinfracção, a Comissão Disciplinar de Agênciaprocede ao apuramento dos factos de formaa determinar se existem factos que, com rela-tiva probabilidade, fundamentem a existênciade infracção.3. Os relatórios elaborados pelos agentes dearbitragem presumem-se verdadeiros atéprova em contrário.

AArrttiiggoo 117733..ººQUALIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO

1. A qualificação da infracção feita pela Co-missão Disciplinar de Agência não é passívelde recurso. 2. A qualificação da infracção feita peloConselho Regional de Disciplina que nãovalide a qualificação de Comissão Disciplinarde Agência é imperativa.

AArrttiiggoo 117744..ººREAPRECIAÇÃO DE DECISÃODE ARQUIVAMENTO

1. No caso de arquivamento do processopela Comissão Disciplinar de Agência, e casoestejam em causa factos passíveis de qualifi-cação como infracção grave ou muito gravepode a Secção de Ética e Disciplina doConselho de Ética, Disciplina e Arbitragem,no prazo de dez dias contados da notificaçãoou publicação da decisão, oficiosamente ou arequerimento de interessado, determinar queseja aberto procedimento disciplinar ou quesejam efectuadas mais investigações.2. No caso previsto na parte final do númeroanterior deverá o órgão competente indicarque diligências probatórias deverão ser reali-zadas.3. No caso de reapreciação a requerimentode interessado deve ser apresentado com-provativo da liquidação de €50,00, reembol-sáveis em caso de procedência do procedi-mento disciplinar.

AArrttiiggoo 117755..ººAPURAMENTO E DECISÃO

1. O órgão disciplinar competente para con-duzir e decidir sobre o procedimento discipli-

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nar munir-se-á de todos os meios de provaexistentes no sentido de fundamentar devida-mente a sua decisão.2. Apurados os factos o órgão competentedeterminará, se necessário, a abertura dainstrução.

AArrttiiggoo 117766..ººRECURSO

1. A decisão da Comissão Disciplinar daAgência relativamente a infracções discipli-nares leves não é passível de recurso.2. A decisão proferida pelo Conselho Regio-nal de Disciplina relativamente a infracçõesdisciplinares graves e muito graves é passívelde recurso para a Secção de Ética eDisciplina do Conselho de Ética, Disciplina eArbitragem.3. Com a interposição do recurso deve serapresentado comprovativo da liquidação de €100,00, reembolsáveis em caso de pro-cedência.

AArrttiiggoo 117777..ººPRAZOS

1. Nos casos em que seja admissível a inter-posição de recurso este deverá ser interpos-to no prazo de três dias contados da notifi-cação da decisão, mediante requerimentoescrito ao presidente do órgão disciplinarcompetente para apreciar o recurso, acom-panhado de alegações que contenham a fun-damentação da discordância com a decisãorecorrida.2. Após convocado, o órgão decide sobre orecurso no prazo de dez dias contado a par-tir da sua convocação.3. A decisão do órgão disciplinar em sede derecurso é inimpugnável.

Capítulo VI DISPOSIÇÕES FINAIS

AArrttiiggoo 117788..ººALTERAÇÕES

1. Compete ao membro do Conselho respon-sável pelo desporto, aprovar as alterações aeste Código.2. O exercício de tal competência é precedi-do de proposta da Direcção Desportiva.

AArrttiiggoo 117799..ººINTERPRETAÇÃO DO CÓDIGO

1. A interpretação das normas constantesdeste Código, bem como das normas regula-mentares das competições, é da competên-cia da Direcção Desportiva a quem competeainda integrar os casos omissos.2. A Direcção Desportiva torna público, medi-ante comunicado, o exercício da competên-cia referida no número anterior.

AArrttiiggoo 118800..ººNORMAS REVOGADAS

1. São revogados o Regulamento Geral dosCampeonatos e Torneios do INATEL, osRegulamentos Específicos dos DesportosColectivos e dos Desportos Individuais, oRegulamento da Participação das RegiõesAutónomas dos Açores e da Madeira nasFases Finais, o Regulamento sobre Prémios,o Regulamento do Sector de Arbitragem e oRegulamento respeitante aos DelegadosDesportivos.2. Consideram-se ainda revogadas todas asnormas que contrariem o disposto no pre-sente Código.

AArrttiiggoo 118811..ººENTRADA EM VIGOR

O Código Desportivo da Fundação entra emvigor no dia 20 de Agosto do ano de 2009.

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