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COLÉGIO ESTADUAL PADRE SIGISMUNDO – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

COLÉGIO ESTADUAL PADRE SIGISMUNDO – ENSINO … · educando para continuar aprendendo, de modo a ser capaz ... no município de Quedas do Iguaçu, código 2110, dependência administrativa

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE

SIGISMUNDO – ENSINO FUNDAMENTAL,

MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

QUEDAS DO IGUAÇU, FEVEREIRO DE 2007.

2

ÍNDICE

3

1. Apresentação................................

...................................................................

0

42. Identificação da Unidade

Escolar....................................................................

0

83. Introdução

................................................................................................

.......

1

53.1

.

Aspectos Históricos do Colégio

......................................................................

1

53.2

.

Espaço Físico do Colégio

................................................................................

1

83.3

.

Cursos e Turmas Ofertadas

.............................................................................

2

03.4

.

Caracterização da População

...........................................................................

2

14. Objetivo Geral

................................................................................................

.

2

44.1

.

Objetivos Específicos

......................................................................................

2

45. Ato Situacional

................................................................................................

2

55.1

.

Descrição da realidade brasileira, do Estado, do município

e da Escola ........

2

55.2

.

Análise das contradições e conflitos presentes na prática

docente: reflexão teórico-prática

................................................................................................

.

2

76. Ato Conceitual

................................................................................................

3

0

4

6.1

.

Concepção de sociedade, homem, educação, conhecimento,

escola, ensino-aprendizagem e avaliação

...............................................................................

3

06.2

.

Critérios dApresentaçãoe organização interna da Escola

.....................................................

3

36.3

.

Princípios da Gestão Democrática: capacitação continuada

de educadores e qualidade do ensino-aprendizagem.

................................................................

3

46.4

.

O Currículo da Escola Pública

.......................................................................

3

46.5

.

Trabalho Coletivo

...........................................................................................

3

67. Ato Operacional

..............................................................................................

3

77.1

.

Tipo de

Gestão.....................................................................................

............

3

77.2

.

Redimensionamento da Organização do Trabalho

Pedagógico.......................

3

87.3

.

Ações Objetivas para a realização da Articulação entre

Escola -Família

................................................................................................

.............

3

97.4

.

Recursos que a Escola Disponibiliza para realizar seu

Projeto.......................

4

27.5

.

Critérios para Elaboração do Calendário Escolar, Horários

Letivos e não

Letivos....................................................................................

..........................

4

3

5

7.6

.

Critérios para organização e Utilização dos Espaços

Educativos....................

4

37.7

.

Critérios para Organização de Turmas e Distribuição por

Professor em Razão de

Especificidades.......................................................................

..........

4

47.8

.

Organização da Hora – Atividade: Problemas e

Possibilidades......................

4

47.9

.

Diretrizes para a Avaliação do Desempenho dos Docentes e

Não Docentes; do Currículo, das Atividades Extra –

Curriculares e do Projeto Político

Pedagógico.............................................................................

..........................

4

5

8. Práticas

Avaliativas..............................................................................

............

4

69. Referências

................................................................................................

......

5

110. Anexos....................................................................................

..........................

5

2

6

1. APRESENTAÇÃO

As transformações da sociedade, as novas tecnologias,

as mudanças na produção de bens e serviços, de valores e a

crise existencial pela qual passa a humanidade afetam as

relações humanas, o acesso ao saber e promovem a exclusão,

atingindo a sociedade e conseqüentemente a escola.

Partindo dessas mudanças e mais diretamente da

necessidade da escola mudar é que iniciamos um Projeto

Político Pedagógico que venha atender às exigências e

anseios da comunidade escolar e da sociedade.

Considerando as mudanças políticas, econômicas e

sociais, fundamentamo-nos de acordo com as exigências da

LDB n.º 9394/96 que determina para o Ensino Fundamental

a formação básica do cidadão mediante:

7

“I – o desenvolvimento da capacidade de aprender,

tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da

escrita e do cálculo;

II – a compreensão do ambiente natural e social, do

sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em

que se fundamenta a sociedade;

III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem,

tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e

a formação de atitudes e valores;

IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços

de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que

assenta a vida social.”

Como continuidade dos conhecimentos adquiridos no

Ensino Fundamental, as Leis de Diretrizes e Bases - LDB -

determina que o Ensino Médio terá como finalidades:

“I – a consolidação e o aprofundamento dos

conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental,

possibilitando o prosseguimento de estudos;

II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do

educando para continuar aprendendo, de modo a ser capaz

de se adaptar com flexibilidade a novas condições de

ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

III – o aprimoramento do educando como pessoa

humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da

autonomia intelectual e do pensamento crítico;

8

IV – a compreensão dos fundamentos científico-

tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria

com a prática, no ensino de cada disciplina.”

Baseando-se nas finalidades do Ensino Médio, queremos

ressaltar um dos problemas existentes na Escola, que é a

evasão escolar, principalmente na primeira série do Ensino

Médio no período noturno e nas primeiras séries do Curso

Técnico em Informática e do Curso de Formação de Docentes,

onde conforme comentário feito anteriormente, o alto índice

de evasão está relacionado à situação socioeconômica pela

qual passa nossa sociedade, situação esta, onde podemos

ressaltar a questão do emprego, em que a necessidade do

aluno trabalhar faz com que ele desista de estudar

temporariamente e passe a trabalhar, até o momento em que

ele percebe que é possível conciliar estudo X trabalho e que

estudar é preciso e necessário, retornando então à escola,

agora com um alto índice de defasagem quanto à idade.

Em se tratando da Educação Profissional, a LDB nos

coloca que:

“Art.39 da LDB n.º 9394/96 – A educação profissional

integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à

ciência e à tecnologia, conduz ao permanente

desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva.

Art. 40 da LDB – A educação profissional será

desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por

9

diferentes estratégias de educação continuada, em

instituições especializadas ou no âmbito de trabalho”.

Ao tratarmos a Escola Pública como um local em que os

cidadãos têm direito ao acesso, não podemos deixar de citar

a questão da Inclusão, onde todos os alunos que possuem

deficiências têm o direito de freqüentá-la, de forma que, o

mesmo não sofra discriminações e receba um digno e

respeitoso.

Tratando-se da Educação Especial e do direito à

educação, o artigo 4º da LDB assegura que é dever do estado

com a educação escolar pública a garantia de:

“Atendimento educacional especializado gratuito aos

educandos com necessidades especiais, preferencialmente na

rede regular de ensino”.

Com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação a

construção do Projeto Político Pedagógico aconteceu em

vários momentos de reflexão coletiva, envolvendo Direção,

Equipe Pedagógica, Professores, Funcionários, Alunos líderes

de turma, Pais, APMF, Conselho Escolar e representantes da

sociedade.

O primeiro encontro coletivo realizou-se na semana de

Capacitação Pedagógica, no início do segundo semestre do

ano de 2005, quando foram debatidas temáticas do Projeto

Político Pedagógico, como sociedade, escola, alunos,

professores e funcionários.

10

No segundo encontro foram expostas as tendências

pedagógicas com ênfase na Pedagogia Histórico-Crítica,

baseada no autor Dermeval Saviani.

No terceiro encontro fez-se a leitura e debate do livro

“Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica” do autor

João Luiz Gasparin.

No quarto encontro houve a análise do sistema de

avaliação que fora construído coletivamente durante a

elaboração da Proposta Pedagógica do ano 2000 e que

vigorou até o final de 2005, onde foram sugeridos novos

critérios para o desenvolvimento das recuperações das

provas bimestrais, que fora imediatamente implantado a

partir do primeiro bimestre de 2006.

O Projeto Político Pedagógico é de suma importância,

pois concede à escola autonomia para desenvolver uma

educação de qualidade, promovendo a assimilação do

conhecimento e formando cidadãos críticos, criativos,

sensíveis, éticos e participantes das transformações da

sociedade.

11

2. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

O Colégio Estadual Padre Sigismundo – Ensino

Fundamental, Médio e Profissional, código 0600, localiza-se

no município de Quedas do Iguaçu, código 2110, dependência

administrativa Governo Estadual do Paraná, código 0600

pertencendo ao Núcleo Regional de educação de Laranjeiras

do Sul, código 031.

A Entidade Mantenedora dessa unidade escolar é a

Secretaria Estadual de Educação - SEED, sendo que este

Estabelecimento de Ensino iniciou seu funcionamento a

12

partir do Ato de Autorização pelo decreto Nº 45/79 de

07/03/1979, e seu ato de reconhecimento foi obtido através

da Resolução Nº 8.050/84 de 03/12/84.

O Regimento Escolar obteve aprovação do NRE através

do parecer Nº 0122/00 de 20/12/2000.

A distância do colégio até o NRE é de aproximadamente

70 quilômetros.

O Colégio Estadual Padre Sigismundo localiza-se na área

urbana, estando o mesmo localizado à Rua marfim, 1177,

centro de Quedas do Iguaçu, site: www.colegioceps.com.br, e-

mail: [email protected]

As modalidades de ensino ofertadas pelo colégio são:

- Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série com

funcionamento nos períodos matutino e

vespertino;

- Ensino Médio com funcionamento nos períodos

matutino, vespertino e noturno;

- Educação Profissional:

– Curso Técnico em

Informática com funcionamento no período vespertino e

noturno, nas modalidades Integrado e Seqüencial, sendo o

curso Seqüencial ofertado somente no período noturno;

– Curso de Formação de

Docentes - com funcionamento nos períodos matutino,

vespertino e noturno, sendo que a modalidade Integrado é

13

ofertada nos três turnos e a modalidade Seqüencial é

ofertada somente no período noturno.

Os ambientes pedagógicos que o colégio possui são:

- uma sala de recursos, no período matutino, que

conseqüentemente, atende alunos que estudam no

período da tarde.

- quatro turmas de sala de apoio, sendo duas no

período matutino (uma de Português e uma de

Matemática) e duas no período vespertino

(também uma de Português e uma de

Matemática). As aulas de apoio são ofertadas

somente para alunos de 5ª série que apresentam

dificuldades de aprendizagem;

- um laboratório de Ciências, Química, Física e

Biologia, localizado na sala 16.

- uma ampla biblioteca, que possui o maior acervo

bibliográfico das escolas do município de Quedas

do Iguaçu, onde além de livros, a escola mantêm

03 (três) assinaturas de revistas e 02 (duas)

assinaturas de jornais. Disponibiliza dois

computadores para uso dos alunos, quer seja para

pesquisa na Internet, quer seja para digitação,

onde é claro, devido ao grande número de alunos

o uso dos computadores deve ser agendado

previamente, o que impossibilita o acesso à todos;

14

- um laboratório de Informática com 17

computadores que são utilizados pelos alunos do

Curso Técnico em Informática Integrado e

Seqüencial.

Como educadores sabemos da importância e da

necessidade da educação e da formação continuada,

uma vez que somos seres inacabados, inconclusos, então

ao tratarmos da formação continuada podemos citar:

- cursos de capacitação para professores que

ocorrem no início de cada semestre;

- jornada pedagógica para pedagogos;

- apoio e incentivo aos professores na participação

dos cursos ofertados pela SEED que são

realizados no nível estadual.

O colégio contempla a inclusão de alunos com

necessidades educacionais especiais onde foram construídas

rampas que dão acesso à sala de aula nº 17 e outra que dá

acesso às três salas de aula da ala central, além de atender

alunos com deficiência visual e auditiva leve.

A filosofia do colégio é: O Colégio Estadual Padre

Sigismundo – Ensino Fundamental, Médio e Profissional, visa

a formação do educando sustentada nos princípios da

responsabilidade, respeito, compromisso e solidariedade,

garantindo assim o exercício da cidadania.

A organização do tempo escolar é realizada por séries e

a organização curricular é realizada por disciplinas, sendo

15

que a parte diversificada é composta por Inglês no Ensino

Fundamental e nas duas primeiras séries do Ensino Médio e

por Espanhol na 3ª série do Ensino Médio.

Os estudos sobre o Estado do Paraná são realizados em

forma de conteúdos desenvolvidos nas disciplinas de História,

Geografia e Arte e o ensino de Filosofia e Sociologia que até

este ano ocorria interdisciplinarmente, passou a fazer parte

da Base Nacional Comum da Matriz Curricular sendo

ofertados para as terceiras séries.

Os estudos sobre a Agenda 21 Escolar ocorrem de forma

interdisciplinar, onde cada professor de acordo com sua

disciplina desenvolve estudos e discussões que lhe são

cabíveis. Quanto aos estudos sobre Inclusão e Cultura Afro-

brasileira e Africana ocorrem mais nas disciplinas

específicas, como, disciplinas específicas do Curso de

Formação de Docentes, História e Geografia,

consecutivamente.

A avaliação é baseada na avaliação formativa que não

tem como objetivo classificar ou selecionar. Fundamenta-se

nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos,

afetivos e relacionais; fundamenta-se em aprendizagens

significativas e funcionais que se aplicam em diversos

contextos e se atualizam o quanto for preciso para que se

continue a aprender, portanto deve-se avaliar o que se

ensina, encadeando a avaliação no mesmo processo de

ensino-aprendizagem. Somente neste contexto é possível

16

falar em avaliação inicial (avaliar para conhecer melhor o

aluno e ensinar melhor) e avaliação final (avaliar ao finalizar

um determinado processo didático). Além de uma prova por

bimestre, o professor utiliza a observação diária e as mais

diversas formas de avaliação, escolhidas de acordo com seus

objetivos, o que implica que o professor observe que os

estudantes possuindo ritmos e processos de aprendizagem

diferentes devem também ter formas de avaliações

diversificadas. A forma de registro das avaliações se dá

através de notas bimestrais, sendo que, no período de um

bimestre será feita uma prova escrita, valendo 6,0 pontos

para o período diurno e valendo 4,0 pontos para o período

noturno. Depois de realizada a prova escrita e somando-se

com as notas dos trabalhos do bimestre, o aluno que não

atingiu a média 6,0 (seis) têm o direito de, após o professor

designar o conteúdo, estudá-lo e apresentá-lo para a turma

em forma de aula expositiva, onde o professor será o

avaliador. Como média bimestral prevalecerá a nota maior,

quer seja a soma da prova com os trabalhos bimestrais, quer

seja a soma da nota da recuperação com os trabalhos

bimestrais. Quanto ao valor designado para a elaboração de

trabalhos podem ser feitas quantas avaliações o professor

achar necessário, de acordo com os valores destinados para a

realização dos mesmos, onde no período diurno o valor

destinado para os trabalho é de 4,0 pontos e no período

noturno o valor para os trabalhos é de 6,0 pontos, que

17

somando-se com a média atingida nas provas bimestrais,

obtêm-se a média bimestral.

Em nosso Colégio é adotado o regime de Progressão

Parcial, onde o aluno que reprova em até três disciplinas

cursa a série seguinte e mais as disciplinas em que reprovou.

No caso de o aluno reprovar em mais de três disciplinas,

automaticamente o aluno deverá repetir a série que estava

cursando. O aluno que se encontra na 8ª série, caso reprove

em até três disciplinas, no ano seguinte deverá cursar

somente as disciplinas em que reprovou, não podendo o

mesmo cursar paralelamente o Ensino Médio. Do mesmo

modo, o aluno que se encontra cursando a 3ª série do Ensino

Médio, caso reprove em até três disciplinas, não receberá o

histórico escolar e sim, somente após cursar novamente as

disciplinas pendentes.

Após o término de cada bimestre os pais de alunos do

Ensino Fundamental e do Ensino Médio que estudam no

período diurno são convidados/convocados por escrito,

conforme for a necessidade, para comparecerem à escola

com o objetivo de receberem as notas do aluno e terem

acesso à ata do conselho de classe. Os alunos que estudam no

período noturno, quando menores de 18 anos também

necessitam da participação dos pais na escola para

acompanhar o seu desempenho escolar. Sempre que

necessário, são realizadas reuniões com os pais, por turma,

no horário em que o aluno estuda, reuniões estas que além de

18

tratarmos do desempenho dos alunos também possui caráter

educativo, abordando assuntos que dizem respeito ao dia a

dia dos alunos.

Quando são realizadas reuniões com pais, percebe-se

que, os pais de alunos do Ensino Fundamental participam e

acompanham a vida escolar de seus filhos com maior

assiduidade do que os pais de alunos do Ensino Médio e que,

quanto mais avançada a série em que o aluno se encontra

menor o número de pais presentes nas reuniões escolares,

mesmo estes recebendo convocações. Tal situação se explica

pelo fato de os pais, na medida em que o aluno vai passando

para a série seguinte, deixa de se preocupar tanto, achando

que o aluno pode prosseguir seus estudos sem o

acompanhamento dos mesmos, o que implica muitas vezes na

desmotivação do aluno e conseqüentemente na sua

reprovação. Um exemplo claro é o que acontece com os

alunos que passam do Ensino Fundamental para o Ensino

Médio, que se deparam com um número maior de disciplinas

e, no momento em que necessitam de um acompanhamento

dos pais, estes supõem que, pelo fato de o filho já estar no

Ensino Médio têm capacidade de prosseguir sozinho, sem

deixar de ressaltar, é claro, que muitas vezes o aluno neste

período escolar necessita trabalhar, o que implica também

num alto índice de evasão, principalmente nas primeiras

séries do período noturno, quer seja aluno do Ensino Médio,

quer seja aluno do Técnico em Informática ou do Curso de

19

Formação de Docentes, em função de, numa situação de

escolha o aluno opte por trabalhar do que estudar, quando

não é possível conciliar as duas atividades ao mesmo tempo.

Isto se justifica ao analisarmos a situação socioeconômica

pela qual vivencia a sociedade contemporânea.

Sobre as Instâncias Colegiadas o colégio possui a APMF,

o Grêmio Estudantil (implantado em junho de 2006), o

Conselho Escolar e o Conselho de Classe, onde cada uma

dessas instâncias desempenha sua função, sendo que, cabe

salientar que a APMF é bem atuante, participando

juntamente com os Professores, Direção, Funcionários,

Alunos e Equipe Pedagógica de todas as atividades escolares

e promoções realizadas pelo Colégio.

Quanto ao acompanhamento do PPP houve a

participação da comissão, que é formada pela ex-diretora e

diretora-auxiliar, pela atual diretora e diretora-auxiliar, pelas

três pedagogas do Colégio, pela auxiliar pedagógica, por três

representantes de alunos (um do Ensino Fundamental, um do

Ensino Médio e um do Ensino Profissional), por três

representantes dos professores, um representante dos

funcionários e três representantes dos pais. A avaliação do

mesmo ocorrerá semestralmente, durante as Semanas

Pedagógicas que ocorrem no início de cada semestre, onde se

fazem presente todos os professores e funcionários do

Colégio.

20

3. INTRODUÇÃO

3.1. ASPECTOS HISTÓRICOS DO COLÉGIO

O Colégio Estadual Padre Sigismundo foi autorizado a

funcionar através do decreto nº 22.334/71 de 05/02/71, com o

nome de Grupo Escolar Tiradentes, atendendo a crianças de

1ª à 4ª séries, funcionando no Ginásio Estadual Quedas do

Iguaçu, da entidade mantenedora das Irmãs Franciscanas da

Sagrada Família.

Em janeiro de 1973 foi inaugurado o prédio, onde

funciona atualmente, e que fora construído em acordo com a

Secretaria de Viação e Obras Públicas e Secretaria de

Educação e Cultura. Neste ano, também, foi implantada a

extensão do Colégio Comercial Otaviano do Amaral, de

Laranjeiras do Sul, visando o atendimento de alunos egressos

da 8ª série.

21

A partir de 1979, pelo Decreto nº 45/79 de 07/03/1979

foi autorizado o funcionamento do Colégio Estadual Padre

Sigismundo – Ensino de 1º e 2º Graus, ofertando o ensino de

1ª a 4ª séries e 2º Grau, com as habilitações em Magistério e

Contabilidade, que tiveram reconhecimento com a Resolução

nº 2855/81 de 30/11/81 e o Ato da renovação do

reconhecimento do Colégio foi obtido através da resolução nº

8054/84 de 03/12/84.

Pela Resolução nº 1.822/87 de 15/04/87 foi autorizado a

funcionar o Curso Regular Propedêutico, sendo que em

27/10/89 pela Resolução nº 2.912/89 foi reconhecido como

Educação Geral.

No ano de 1987, também foi autorizado o funcionamento

da Classe Especial para Deficientes Auditivos pela resolução

nº 700/87 de 25/02/87, sendo que a mesma foi transformada

em Centro de Atendimento Especializado pela Resolução nº

3.232/91 de 24/09/91. Posteriormente foi criado o Centro de

Atendimento Especializado para Deficientes Visuais pela

resolução nº 799/88 de 28/03/88 e no ano seguinte foi

autorizado o funcionamento de uma classe especial para

Deficientes Mentais, conforme Resolução nº 2.173/89 de

04/08/89.

Pelo parecer nº 374/89 de 27/03/89 foi autorizado o

ensino noturno dos cursos Educação Geral/Preparação

Universal e Auxiliar de Contabilidade/Técnico em

Contabilidade, com implantação gradativa.

22

Em 1991, com a municipalização, as quatro primeiras

séries do 1º Grau, bem como os Centros de Atendimento e a

Classe Especial passaram a ser administrados pela Secretaria

Municipal de Educação, criando-se a Escola Municipal

Pinheirais. Assim sendo, a unidade escolar passou a

denominar-se Colégio Estadual Padre Sigismundo – Ensino de

Segundo Grau.

A partir de 1992, pela Resolução nº 4.457/91 de

24/12/91, foi autorizada a funcionar a quarta série da

habilitação Técnico em Contabilidade. Já em 20/11/92 pela

Resolução nº 4.182/92, foi autorizado a funcionar o curso de

Auxiliar de Contabilidade diurno com implantação gradativa

a partir de 1993.

Através da Resolução nº 267/99 de 25/01/99, iniciou a

oferta do Ensino Fundamental de quinta a oitava séries

gradativamente, passando a denominar-se Colégio Estadual

Padre Sigismundo – Ensino Fundamental e Médio.

Pela Resolução nº 4.432/99 de 09/12/99, foi autorizado o

Ensino Pós-Médio/Técnico em Informática e reconhecido

como Curso Técnico em Informática pela Resolução nº

1.072/03 de 08/04/03, nas modalidades Integrado e

Seqüencial.

Pela resolução nº 1.878/05 de 11/07/05 foi autorizado o

funcionamento do Curso de Formação de Docentes da

Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental,

23

na modalidade Normal, Nível Médio, Integrado e

Subseqüente.

3.2. ESPAÇO FÍSICO DO COLÉGIO

24

A estrutura física do Colégio Estadual Padre Sigismundo

é constituída por vinte e quatro salas de aula, sendo que seis

salas estão cedidas à Escola Municipal Pinheirais e dezoito

salas são utilizadas pelo Colégio Estadual Padre Sigismundo;

uma biblioteca com dois banheiros adaptados para

deficientes físicos, porém sem rampa de acesso; um

laboratório de informática com 17 computadores em rede

conectados a Internet ADSL Turbo, mantida pela APMF do

colégio e nove computadores também conectados à Internet,

mantida pelo Estado, para uso dos Funcionários Técnico-

Administrativos, dos Professores e da Equipe Diretiva. Os

cabos de fibra óptica foram instalados pelos funcionários da

FUNDEPAR até o Laboratório de Informática, mas até a

presente data não foram concluídos, uma vez que, deverão

ser instalados na secretaria da Escola, onde será instalado o

servidor, para posteriormente os cabos serem puxados até a

sala oito, onde funcionará o novo Laboratório de Informática

com os novos computadores que serão enviados pela SEED,

através do Programa Paraná Digital; uma cozinha; uma

secretaria; uma sala de Direção; uma sala de hora atividade;

uma sala para a Equipe Pedagógica; uma sala para os

Coordenadores dos Cursos Técnicos; uma sala para o

responsável pelo Departamento de Esportes, Publicidade e

Prestação de Contas relacionadas ao Estado (Fundo Rotativo,

PDDE, FUNDEPAR e DAR); uma sala para os professores;

dois banheiros para uso de professores e funcionários; um

25

almoxarifado; uma sala de recurso – “Educação Especial” -

para atendimento dos alunos que apresentam defasagem na

aprendizagem; um saguão, onde são realizadas as

apresentações artísticas do colégio; uma quadra de esportes

coberta e um pátio com pedra brita que é utilizado pelos

alunos durante o recreio e que dá acesso a biblioteca e a

quadra de esportes; quatro banheiros para uso de alunos,

sendo dois femininos com cinco vasos sanitários cada, três

pias e um espelho e dois masculinos com três vasos

sanitários, três mictórios e três pias cada um.

26

3.3. CURSOS E TURMAS OFERTADAS

No Colégio Estadual Padre Sigismundo são ofertados os

seguintes cursos:

- Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série;

- Ensino Médio;

- Curso Técnico em Informática nas modalidades

Integrado com duração de quatro anos e

Seqüencial com duração de um ano e meio;

- Curso de Formação de Docentes da Educação

Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental

nas modalidades Integrado com duração de

quatro anos e Seqüencial com duração de dois

anos e a partir deste ano a modalidade Seqüencial

terá duração de três anos.

No Colégio há um total de quarenta e uma turmas,

sendo:

- 11 turmas de Ensino fundamental;

- 14 turmas de Ensino Médio;

- 11 turmas no Curso de Formação de Docentes;

27

- 05 turmas no Curso Técnico em Informática.

3.4. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO

A população do Colégio Estadual Padre Sigismundo é

formada por 1403 alunos matriculados; 62 professores; 21

funcionários, uma diretora com 40 horas, uma diretora-

auxiliar com 40 horas, três pedagogas com 40 horas cada, um

coordenador do Curso Técnico em Informática com vinte

horas; sessenta horas de coordenação Geral do Curso

Formação de Docentes, sendo divididas entre três

professores e uma auxiliar pedagógica com vinte horas

semanais.

Os alunos do Colégio são oriundos de diferentes

realidades sócio-econômicas e culturais. Eles provêm do

centro urbano, dos bairros, da zona rural, dos acampamentos

e assentamentos do MST (Movimento dos Sem Terra).

Grande parte desses alunos pertencem a famílias de baixo

nível socioeconômico, com baixo grau de escolaridade e

muitos desses fazem parte de famílias desestruturadas.

28

Diante das diferentes realidades dos educandos, os três

turnos de funcionamento do Colégio apresentam

características distintas:

- no período matutino a maioria dos educandos são

provenientes do centro da cidade, pertencem à

famílias de maior poder aquisitivo, pais com maior

nível de escolaridade e conseqüentemente,

possuem maior acesso às informações através dos

diversos meios de comunicação. Devido a esses

fatores, são mais críticos, apresentam melhor

desempenho nos trabalhos de pesquisa e mesmo

assim, muitos desses alunos não demonstram o

interesse devido pelas atividades escolares;

- o período vespertino é caracterizado por grande

parte de alunos oriundos da zona rural e bairros,

que dependem de transporte para se deslocarem,

sendo este de responsabilidade da Prefeitura

Municipal. A maioria desses alunos são filhos de

assalariados e agropecuaristas de pequeno porte e

dedicam parte de seu tempo auxiliando seus pais

nessas atividades. Apesar de possuírem menos

tempo para estudar, menor acesso às informações,

e, portanto apresentarem maiores dificuldades

para realizarem seus trabalhos de pesquisa,

alguns dos alunos se destacam nas atividades

escolares. Grande parte desses alunos mantêm os

29

costumes e hábitos próprios de suas famílias e

comunidade onde vivem.

- Os alunos do período noturno, na sua maioria são

trabalhadores, o que dificulta a pontualidade no

horário da primeira aula, eles têm menos tempo

para estudos extraclasse e muitos acabam

desistindo dos estudos por priorizar o trabalho,

causando um alto índice de evasão escolar neste

período.

O Colégio por ser um órgão público, democrático e por

apresentar uma proposta de abertura aos pais, à comunidade

escolar e à sociedade, recebe constantemente visitas

espontâneas de pais interessados no desenvolvimento da

aprendizagem de seus filhos, para reivindicar seus direitos e

muitas vezes para criticar o que não gostam, enquanto outros

pais não comparecem à escola nem ligando para suas casas

ou enviando convocação. Quando são enviadas convocações

para os pais participarem de reuniões pedagógicas, percebe-

se que há maior participação dos pais de alunos que

freqüentam o ensino fundamental, mesmo que essas reuniões

sejam feitas por turma ou no período noturno. A ausência dos

pais dificulta o trabalho da Equipe Pedagógica, pois a mesma,

não pode contar com o apoio familiar. Constata-se que,

quando a família participa ativamente, auxiliando nas

atividades escolares e freqüentando a escola periodicamente,

30

há maior motivação e interesse por parte dos alunos

ocasionando menor índice de reprovação e desistência.

O quadro docente do Colégio é formado em sua maioria

por professores do Quadro Próprio do Magistério e PSS. A

maioria possui Pós-Graduação na área de educação. Grande

parte dos docentes é comprometida com o seu papel de

educador, participando das atividades propostas pelo Colégio,

preocupados com a real aprendizagem dos alunos e cientes

da sua função, que é fazer com que o aluno aprenda e a

partir do que ele aprendeu, elabore seu conhecimento e

aplique no dia-a-dia.

Os funcionários do colégio são profissionais qualificados

e competentes para exercerem suas funções. Todos os

funcionários do setor administrativo possuem o Ensino Médio

completo, um deles possui Curso Superior Completo e quatro

deles estão cursando o nível superior e os funcionários

auxiliares de serviços-gerais que não possuem o Ensino

Fundamental estão cursando através do Ensino Supletivo e

alguns já concluíram o Ensino Médio.

A Equipe Diretiva é constituída pela Diretora com

quarenta horas, pela Diretora-auxiliar também com quarenta

horas e por três Pedagogas com quarenta horas cada uma.

De acordo com o número de alunos, o colégio oferece cento e

vinte horas para Professor Pedagogo.

Os profissionais que formam a Equipe Diretiva do

colégio possuem especialização na área da educação, são

31

pessoas comprometidas, dedicadas, criativas e que realmente

cumprem o seu papel quanto à administração e a parte

pedagógica do Colégio.

4. OBJETIVO GERAL

Conhecer os saberes produzidos historicamente pela

humanidade e assimilá-los para que estes saberes sejam

socializados e possam auxiliar na descoberta de formas

adequadas para a transformação da sociedade.

4.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Priorizar os conteúdos clássicos, ou seja, aqueles

que se firmaram como fundamentais para o

trabalho pedagógico;

- Desenvolver no aluno a criticidade para que este

atinja a liberdade de consciência e saiba

argumentar e emitir opiniões próprias, quando

necessárias;

- Conscientizar o aluno das injustiças sociais

existentes, de modo que o mesmo possa perceber

que coletivamente é possível realizar as

transformações necessárias;

32

- Orientar o aluno sobre a valorização do ser

humano para que ele perceba e se sensibilize com

os acontecimentos que o cercam;

- Promover eventos educativos e de integração, de

modo que, ocorra o reconhecimento de talentos

existentes no colégio.

5. ATO SITUACIONAL

5.1. Descrição da Realidade brasileira, do Estado,

do município e da Escola

O mundo passa por profundas e rápidas mudanças, a

globalização atinge todos os países do mundo, que vão se

tornando cada vez mais interdependentes. É um fenômeno

que não se restringe à economia, mas que interfere em todos

os setores das atividades humanas. Não é mais possível

entender a realidade brasileira sem entender a realidade dos

demais países.

O avanço das telecomunicações, com a mídia eletrônica,

com a telefonia celular e com a Internet transformaram o

mundo todo num só agrupamento social com hábitos e

comportamentos cada vez mais assemelhados.

33

Em contrapartida, todas as tecnologias existentes não

garantem a igualdade de oportunidades sociais e a expansão

da economia, pautada no conhecimento, caracteriza-se

também por fatos sociais que comprometem os processos de

solidariedade e coesão social, quer seja a exclusão e a

segregação, tendo como conseqüência o desemprego, a

pobreza e a violência.

Precisamos ver o diferente com respeito e reconhecer

nas diferenças a riqueza cultural existente. Considerar a

diversidade cultural não significa negar a existência de

características comuns, nem a possibilidade de construirmos

uma nação universal, porém devemos afirmar a diversidade

como traço fundamental da construção de uma identidade

nacional.

A desigualdade social e a discriminação se articulam e

promovem a exclusão social – que é a impossibilidade de

acesso aos bens materiais e culturais produzidos pela

sociedade e da participação coletiva do espaço público. Por

isso, diz-se que o Brasil não é uma sociedade regida por

direito, mas por privilégios. E os privilégios assentam-se em

discriminação e preconceitos sócio-econômicos, étnicos e

culturais. A coexistência da ampla diversidade étnica,

lingüística e religiosa permite a pluralidade de alternativas.

Sendo assim, podemos concluir que as diferenças sociais

existentes no mundo refletem no país, no estado, no

município e na escola.

34

No Brasil a educação existe para fazer a separação

entre os que vão permanecer no sistema escolar e prosperar

e os que, pelas reprovações, serão lançados para fora do

sistema, sendo que o objetivo da educação é a inclusão.

Diante dos problemas existentes percebe-se que há a

necessidade de começar a quebra deste paradigma,

reestruturando e adequando os conteúdos de acordo com as

séries e com as necessidades dos alunos, ressignificar a

forma de avaliar, de modo que esta não seja apenas para

excluir, mas sim para efetivar a aprendizagem.

35

5.2. Análise das contradições e conflitos presentes

na prática

docente: reflexão teórico-prática

Quando colocamos que as diferenças sociais existentes

no mundo, mesmo que indiretamente acabam refletindo no

âmbito da escola temos que refletir com base em nossa

prática pedagógica e também levar o aluno a perceber as

características da sociedade em que estamos inseridos onde

há uma enorme desigualdade sócio-econômica o que acaba

refletindo num consumismo desenfreado, onde a elite sempre

possui privilégios e a corrupção e a injustiça tomam conta do

meio que nos cerca. Por mais que lutemos para que haja

justiça, honestidade e realmente vivamos a democracia

propriamente dita nos deparamos com um sistema de ensino

defasado, onde faltam professores, funcionários e pedagogos,

as salas de aula encontram-se superlotadas, alguns

professores não são comprometidos com o seu papel de

educador, portanto, fazem de conta que ensinam e os alunos

fazem de conta que aprendem, a autonomia que é necessária

que haja para que a escola cumpra seu papel de formadora

de cidadãos lhe é tirada a todo instante e a burocracia que

permeia o setor educacional se torna o fator fundamental,

onde o tempo torna-se o maior inimigo das Equipes Diretivas

das escolas. Devemos sim, resgatar o respeito para com a

escola e com os profissionais que dela fazem parte, mas para

36

que isso aconteça devemos pensar como isso será possível se

não houver empenho de todos, principalmente um maior

interesse por parte dos alunos, onde, segundo a opinião dos

professores, baseadas em observações diárias, o que parece

que falta nos educandos é um objetivo de vida, limites e

responsabilidades. Os valores sociais que lhes são

transmitidos desde a infância, dentro da esfera familiar, que é

onde a criança realiza o seu primeiro contato social e adquire

valores, lhe servirão de base para o seu relacionamento com

outros grupos sociais.

Os alunos, quando questionados sobre o desinteresse

em freqüentar as aulas e a desmotivação durante as mesmas

levantaram questões que fizeram os professores refletirem

sobre como vem sendo desenvolvidas suas práticas

pedagógicas, se ela está voltada para a realidade do

educando, se o professor é responsável e possui boa

formação para saber contornar situações inusitadas que

ocorrem no dia a dia. Trabalhar com alunos e turmas

disciplinadas é fácil, mas o nosso maior desafio enquanto

educador está em descobrir como solucionar situações

isoladas que a todo instante nos surpreendem; como prender

a atenção do aluno se antes mesmo de entrar na sala de aula

já prevê o que irá acontecer.

Na opinião dos pais, professores pontuais, que possuem

uma boa formação acadêmica, seres críticos, que realmente

possuem comprometimento profissional e interessados numa

37

formação continuada são profissionais que realmente têm

uma visão da importância da escola e a quem ela deve servir.

Os funcionários, tanto do setor administrativo quanto as

auxiliares de serviços gerais também têm um papel muito

importante para o bom funcionamento da escola, pois, cada

um tem uma função e é responsável por um setor da escola.

Segundo os mesmos, a hierarquia pré-estabelecida pela

sociedade e refletida na escola faz com que muitos deles

sintam-se inferiores em relação aos demais membros da

comunidade escolar. Também o tratamento recebido por

parte dos alunos, muitas vezes faz com que os funcionários

não tenham o seu trabalho devidamente reconhecido. Na

opinião dos mesmos, isso se deve ao fato de vivermos numa

sociedade de classes, onde o que importa é o cargo ou a

posição social que ocupamos e não a importância do trabalho

realizado, pois este muitas vezes fica no anonimato.

Numa escola onde não há interação entre alunos,

professores, pais e funcionários não há sucesso no processo

de ensino-aprendizagem. Sendo este o principal objetivo da

Escola Progressista devemos voltar nossa atenção para a

realidade que temos e tentar através da reflexão realizarmos

mudanças até atingirmos a realidade que queremos, então

sim, podemos afirmar que desempenhamos nosso verdadeiro

papel de educadores e de transformadores da realidade.

38

6. ATO CONCEITUAL

6.1. Concepção de sociedade, homem, educação, conhecimento, escola, ensino-aprendizagem e avaliação

Quando nos questionamos o que é e como é formada a

sociedade entendemos que é um agrupamento onde cada

indivíduo possui características e vivencia experiências

diferenciadas, porém todos estão interligados através das

atividades humanas e da produção de bens, onde todos os

conhecimentos adquiridos historicamente contribuem para o

39

conhecimento da sociedade. Sendo assim, o homem é

formado de acordo com os padrões da sociedade em que vive

e, portanto é membro dela. Sendo o homem membro de uma

sociedade, é criada a possibilidade de criar novas culturas e

mudar o seu agir social de acordo com suas necessidades,

baseado é claro, nas leis que regem a sociedade, leis estas

construídas historicamente. Ele atua e interfere na sociedade

dentro de diversas esferas: família, comunidade e

organização política. Partindo do pressuposto de que o

homem é sujeito de sua história, deve ele, a partir da

compreensão de sua existência, organizar-se e objetivar a sua

participação na produção da história coletiva, situando-se

dentro dela através da atividade específica dos homens – a

educação.

“A educação é um fenômeno próprio dos seres humanos

significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência

do e para o processo de trabalho, bem como é, ela própria um

processo de trabalho”. (Saviani, 2003,p. 12)

A educação é um processo histórico por representar a

história individual do ser humano e da sociedade em sua

evolução; é um fato existencial por constituir o ser humano,

social, pois há uma relação de valores que movem a

sociedade; é intencional, pois forma homens com conceitos

elaborados; é libertadora, pois tem o objetivo de desenvolver

a democracia e a justiça social.

40

Ao nos referirmos à educação como sendo um processo

histórico, que envolve o processo de ensino-aprendizagem,

devemos ressaltar que a concepção dos pais sobre educação

é que a mesma não se reduz ao ensino, entretanto, ensino é

educação, e como tal, participa da natureza do fenômeno

educativo. A atividade de ensino, a aula, é algo que supõe, ao

mesmo tempo, a presença do professor e a presença do

aluno. Ou seja, o ato de ministrar aula é inseparável da

produção desse ato e de seu consumo. A aula é desse modo,

produzida e consumida ao mesmo tempo. Assim, o objeto da

educação diz respeito de um lado, à identificação dos saberes

produzidos e incorporados pela humanidade e que precisam

ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para eles

se tornarem humanos e, de outro lado e concomitantemente,

à descoberta de formas mais adequadas para atingir tal

objetivo. É essa transformação que se busca através da

educação e que conseqüentemente interfere na realidade da

escola, cabendo a ela garantir a socialização do

conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas

relações, conhecimento este que deve priorizar o essencial, o

principal e o fundamental. Ensinar o clássico é não confundi-

lo com o tradicional, mas entendê-lo como aquilo que resistiu

ao tempo, logo sua validade extrapola o momento em que ele

foi proposto, ou seja, com aquilo que se firmou como

fundamental. Pode, pois constituir-se num critério útil para a

seleção dos conteúdos do trabalho pedagógico.

41

“A escola existe, pois, para propiciar a aquisição dos

instrumentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado

(ciência), bem como o próprio acesso aos rudimentos desse

saber”. (Saviani, 2003, p.15).

A função específica da escola é a ação educativa,

propriamente pedagógica, ligada à questão do conhecimento.

É preciso, pois, resgatar a importância da escola e

reorganizar o trabalho educativo, levando em conta o

problema do saber sistematizado, a partir do qual se define a

especificidade da educação escolar.

Para os professores e funcionários, na sociedade atual,

pode-se perceber que já não é possível compreender a

educação sem a escola, porque a escola é a forma dominante

e principal de educação. Por tudo isso, a aprendizagem

assume as feições dos sujeitos que aprendem, do objeto do

conhecimento apresentado e do professor que ensina.

O processo de aprendizagem é interpessoal, porém a

verdadeira aprendizagem é intrapessoal, pois depende da

ação do sujeito sobre o objeto e deste sobre o sujeito, isto é,

ocorre uma interação onde a ação do sujeito é sempre

consciente.

Isto quer dizer que, a aprendizagem somente possui

significado a partir do momento em que os alunos se

apropriam do objeto do conhecimento em suas múltiplas

determinações e relações, recriando-o e tornando-o “seu”,

42

realizando ao mesmo tempo a continuidade e a ruptura entre

o conhecimento cotidiano e o científico.

A avaliação deste conhecimento deve ser entendida não

como demonstração de que se aprendeu um novo tema para a

realização de uma prova, de um teste, mas a expressão

prática de que se apropria do mesmo e que este se tornou um

novo instrumento de compreensão da realidade e de

transformação social. Esta aplicação em situações sociais

concretas é onde o docente irá identificar se o conteúdo foi

aprendido pelo aluno. Para isso é necessária uma definição

dos instrumentos de avaliação mais adequados conforme o

conteúdo trabalhado e a metodologia utilizada. Qualquer que

seja a forma escolhida de avaliação, sempre deve o aluno ter

a possibilidade de reelaborar e expressar o conteúdo

aprendido, passando de uma visão histórica, de conjunto, dos

conteúdos em sua função social. Os conteúdos não devem ser

aprendidos levando-se em conta somente a prova, mas sim a

necessidade de uma transformação social.

Assim sendo, a forma de avaliação adotada pelo Colégio

será a avaliação formativa, tendo em vista que esse método

se propõe a avaliar o aluno continuamente e a cada passo de

seu aprendizado, o que garante que o aluno de fato assimilou

o conhecimento e não somente se preparou para ser testado.

Na opinião dos alunos, deve o professor deixar de ser

aquele que até então ensinava e passar a ser aquele que

prepara o aluno para que este elabore o seu conhecimento.

43

Cabe ao professor preocupar-se não com a quantidade de

conteúdos, mas com a qualidade dos mesmos, onde após a

elaboração do conhecimento adquirido, o aluno, com o auxilio

do professor, desenvolverá maneiras de aplicação do saber

elaborado no seu dia-a-dia. Sendo assim, os resultados

obtidos pelos estudantes ao longo do ano escolar devem ser

mais valorizados que a nota da prova final.

6.2. Critérios de organização interna da Escola

Quanto à questão dos critérios de organização interna

da escola, onde inclui-se horário de início e final das aulas,

calendário de provas, calendário para Conselhos de Classe,

data de realização das promoções escolares, semana de

jogos, FESTIMUNDO, entre outros, fazem parte da gestão

democrática, onde essas datas e horários são determinadas

levando-se em consideração a opinião dos professores e

funcionários.

6.3. Princípios da Gestão Democrática: capacitação

continuada de educadores e qualidade do ensino-

aprendizagem.

A capacitação continuada ocorre em forma de Cursos de

Capacitação no início de cada semestre, onde há a

44

participação de todos os Professores, Funcionários e Equipe

Diretiva do Colégio. Também acontecem os Grupos de

Estudos, sendo os mesmos divididos por disciplinas e/ou

áreas afins, onde são estudados temas indispensáveis no dia-

a-dia dos Profissionais da Educação. São oferecidos também

os cursos por disciplinas, que ocorrem no nível de Estado,

onde os professores interessados em participar têm que se

deslocar até os locais de realização dos cursos e contam com

o apoio da Direção e Equipe Pedagógica, pois essa troca de

experiências com colegas da mesma área/disciplina

acrescenta conhecimento e vêm enriquecer a nossa prática

pedagógica.

6.4. O Currículo da Escola Pública

Quando falamos em áreas de conhecimento e disciplinas

adentramos no Currículo, onde a idéia que nos é repassada é

a idéia de ordem, seqüência, disciplina, coerência. Porém,

cabe ressaltar que a organização de um Currículo está

diretamente relacionada com a legislação, as necessidades da

escola, sua filosofia e até a uma ordem política e econômica

que ultrapassa o âmbito da escola pública.

O currículo está vinculado com o planejamento e por

isso, há a necessidade de distinguir o essencial do acessório.

45

“Os currículos do Ensino Fundamental e Médio devem

ter uma base nacional comum, a ser complementada, em

cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, uma parte

diversificada, exigida pelas características regionais e locais

da sociedade, da cultura, da economia e da clientela”. (LDB

Nº 9394/96 – Art.26).

No caso do nosso estabelecimento de ensino, na parte

diversificada do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série foi

optado a Língua Estrangeira Moderna – Inglês e no Ensino

Médio, as duas primeiras séries também foi optado o Inglês e

na 3ª série a Língua Estrangeira Moderna - Espanhol.

Quando citamos anteriormente que ao elaborarmos um

planejamento devemos priorizar o essencial, devemos além

dos conteúdos priorizar o trabalho pedagógico que não se

reduz ao exercício da docência, embora todo trabalho

docente seja um trabalho pedagógico. Por isso, a importância

da base de formação de um educador ser os conhecimentos

pedagógicos e não a docência, uma vez que uma das

características peculiares da educação é nos remeter ao

conhecimento pedagógico e só depois ao ensino. Sendo

assim, podemos afirmar que o educador comprometido com o

seu papel deve refletir sobre sua prática pedagógica e agir a

partir dessa reflexão e, depois de realizada a ação refletir

novamente para que haja mudanças, se necessário, no seu

próximo agir.

46

6.5. Trabalho Coletivo

Cabe ressaltar que a reflexão coletiva também é

necessária no sentido de propor sugestões e trabalhar de

forma participativa, pois sem participação não há democracia

e em se tratando da educação, formal e pública, o trabalho

coletivo visa à construção da democracia, a partir da

reconquista dos direitos dos cidadãos.

Do ponto de vista político-pedagógico a principal função

da educação é criar condições para o desenvolvimento do

potencial da cada indivíduo e ajudá-lo a tornar-se um ser

humano completo, em suas dimensões sociais, afetivas e

intelectuais.

47

7. ATO OPERACIONAL

7.1. Tipo de Gestão

Partindo do princípio da Gestão Democrática, cada

segmento formador da comunidade escolar como: Direção,

Equipe Pedagógica, Professores, Funcionários, Conselho

Escolar, APMF, Grêmio Estudantil (implantado em junho de

2006), alunos representantes de turmas e Comunidade em

geral terão como objetivo desenvolver sua função enquanto

membro de qualquer que seja o segmento em que está

inserido, onde deverão haver reuniões e programas culturais,

de modo que os mesmos envolvam-se mutuamente com as

atividades e dificuldades encontradas na escola. Quanto ao

tema das reuniões serão sempre consideradas as situações

vivenciadas no dia-a-dia, onde esta pode ser de aspecto

pedagógico ou administrativo, salientando que o aspecto

pedagógico da escola é que norteia o processo de ensino-

aprendizagem, e, portanto, deve ser desenvolvido com

clareza, eficiência e principalmente com compromisso e

ética, em qualquer que seja o segmento formador da

comunidade escolar.

Esses segmentos formam as Instâncias Colegiadas, no

caso do nosso Estabelecimento de Ensino pode-se salientar o

papel do Conselho de Classe, da APMF, do Conselho Escolar e

do Grêmio Estudantil.

48

O Conselho de Classe, sendo um órgão colegiado que

faz parte da organização escolar, é o espaço em que os vários

Professores das diversas disciplinas, juntamente com a

Equipe Pedagógica e Direção reúnem-se para avaliar o

desempenho pedagógico dos alunos, das diversas turmas e

séries. O Conselho de Classe tem sido um dos poucos espaços

na escola que permitem a discussão pedagógica do ensino e

da aprendizagem.

A APMF, Associação de Pais, Mestres e Funcionários é

um órgão bastante participativo em nosso Colégio,

acompanhando na elaboração do PPP e no desenvolvimento

do mesmo. Colabora no desenvolvimento de atividades para

pais, alunos, professores e funcionários e em conjunto com o

Conselho Escolar define o destino dos recursos advindos de

convênios públicos, prestando contas desses recursos e

registrando em ata.

O Conselho Escolar é um órgão representativo da

Comunidade Escolar, de naturezas deliberativas, consultivas,

avaliativas e fiscalizadoras, sobre a organização e realização

do trabalho pedagógico e administrativo da instituição, cujo

principal objetivo é realizar uma gestão escolar numa

perspectiva democrática, de acordo com as propostas

educacionais contidas no PPP da escola.

Já o Grêmio Estudantil, que foi recentemente

implantado em nosso Colégio, é o órgão máximo de

representação dos estudantes do Colégio, que tem como

49

objetivos principais representar dignamente o corpo

discente, defendendo os interesses individuais e coletivos dos

alunos, incentivar a cultura literária, artística e desportiva e

promover a cooperação entre administradores, funcionários,

professores e alunos no trabalho escolar buscando seus

aprimoramentos.

7.2. Redimensionamento da Organização do

Trabalho Pedagógico

Uma Escola de qualidade precisa de uma proposta que

seja adequada à realidade em que está inserida. Por isso, é

preciso e necessário tornar público o produto desse trabalho,

pois uma escola democrática deve empenhar-se na oferta do

conhecimento como patrimônio coletivo da sociedade e, de

forma participativa buscar soluções como:

- Formar uma escola de qualidade, proporcionando

a todos um ambiente de estudo e trabalho com

liberdade de expressão e tranqüilidade;

- Transformá-la numa escola em que todos tenham

orgulho de conviver e participar;

- Desenvolver o respeito mútuo e a disciplina, para

oportunizar o surgimento de novos valores e

reconhecimento dos que já existem;

50

- Organizá-la num ambiente onde a paz, a

harmonia, o trabalho e a participação sejam o

lema de todos;

- Redimensionar a ação pedagógica para que a

aprendizagem aconteça, priorizando a qualidade e

não a quantidade;

- Empenhar-nos na busca de condições para que a

recuperação dos conteúdos ocorra de forma

processual e simultânea;

- Promover reuniões pedagógicas acompanhadas de

registros de experiências positivas e negativas.

7.3. Ações Objetivas para a realização da

Articulação entre Escola – Família

A Equipe Diretiva do Colégio tem grande preocupação

no que diz respeito à participação dos pais na Escola e nas

promoções realizadas pela mesma. Pensando em solucionar

e/ou minimizar essa distância entre família - escola repensou-

se como vinha sendo feito este trabalho do resgate da família

na Escola e partimos do princípio de que os pais não devem

vir à escola somente quando são convidados e sim, quando

sentirem necessidade de que esta visita aconteça. Para que

isso ocorra, inicia-se o ano letivo da seguinte forma:

51

- Reuniões e palestras para pais de alunos dos três

turnos da Escola.

- Desenvolvimento do Projeto “Educação: um processo

em construção”, onde haverá a participação de pais na Escola

durante os três turnos de seu funcionamento, auxiliando a

Equipe Diretiva na organização e disciplina dos alunos;

- Realização de Jogos Intersalas, visando a integração

entre os alunos, despertando nos mesmos o interesse pelo

esporte e pela competitividade;

- Realização do FESTIMUNDO, evento que já vinha

sendo realizado em nosso Colégio, onde novos talentos são

revelados a cada ano que o festival acontece;

- Realização do “Baile do Hawai”, onde nessa mesma

ocasião serão escolhidos a Garota e o Garoto CEPS;

- Realização da “Festa das Nações”, juntamente com

outras duas escolas estaduais de nosso município, onde além

de arrecadar fundos para investirmos na melhoria de nosso

Colégio visa o conhecimento da cultura de outros povos e

nações, pois cada Escola será responsável pelo estudo e

apresentação das principais características do país escolhido,

bem como: vestimentas, comidas típicas, músicas, etc.;

- Integração entre os alunos através da implantação do

novo método de servir o lanche da Escola, onde o mesmo é

servido pelos próprios alunos, quatro alunos por dia, até

todos os interessados da turma servirem e, assim que a

52

referida turma concluiu seu trabalho uma nova turma é

escalada para desempenhar tal função;

- Conclusão da construção de 02 (dois) quiosques no

pátio da Escola para os alunos se abrigarem durante o

recreio ou até mesmo numa situação de um professor querer

desenvolver sua aula ao ar livre ;

- Projeto “Agenda 21 Escolar” que é a proposta que

resulta do estudo das Agendas 21 Global, Brasileira, Estadual

e Local e dos diagnósticos, para ser implementada no meio

de influência da escola, tanto nos recintos escolares quanto

no meio familiar e social onde tal influência é exercida.

A escola tem influência efetiva não apenas dentro de

seus muros, nos momentos formais de formação a seus

alunos, mas também em toda a comunidade formada pelos

respectivos familiares dos alunos e moradores de seu

entorno. A escola influencia, mas também é influenciada

pelos movimentos sociais.

Portanto, nada mais útil e proveitoso do que começar um

processo de elaboração de Agenda 21 dentro do âmbito de

atuação direta e indireta da escola, uma vez que um dos seus

objetivos é a identificação de problemas que afetam a

qualidade de vida dos seus alunos e do seu entorno, para que

juntos, escola e comunidade escolar, busquem solucioná-los a

partir de discussões que favoreçam a difusão de saberes.

Assim, é imperioso que a juventude de todas as partes do

mundo participe ativamente em todos os níveis pertinentes

53

dos processos de tomada de decisões, pois eles afetam sua

vida atual e têm repercussões em seu futuro. Além de sua

contribuição intelectual e capacidade de mobilizar apoio, os

jovens trazem perspectivas peculiares que devem ser levadas

em consideração. (Agenda 21 Global, cap. 25 - pág. 205).

7.4. Recursos que a Escola Disponibiliza para

realizar seu Projeto

No que diz respeito aos recursos disponíveis para a

realização, ou seja, o desenvolvimento do PPP, podemos

relacioná-los da seguinte forma:

1) Recursos humanos: Corpo Docente, Equipe

Pedagógica, Direção, Direção-auxiliar,

Funcionários, Alunos e Instâncias Colegiadas.

2) Recursos Financeiros: recursos advindos do

Fundo Rotativo, do PDDE, de promoções

realizadas pelo Colégio com o apoio da APMF

e comunidade em geral, onde além da

preservação dos espaços e equipamentos

existentes há o comprometimento de sempre

atender às necessidades da Escola, visando

uma educação de qualidade.

54

7.5. Critérios para Elaboração do Calendário

Escolar, Horários Letivos e não Letivos

O Calendário Escolar de 2007 nos foi sugerido pela

SEED, via NRE, onde após a análise do mesmo quanto ao

Feriado Municipal e às reuniões pedagógicas, foi aprovado e

passou a vigorar.

7.6. Critérios para Organização e Utilização dos

Espaços Educativos

Nosso Colégio possui 18 salas de aula, sendo que uma

funciona como laboratório de Química, Física, Biologia e

Ciências.

Quanto à utilização dos espaços educativos, nosso

maior desafio é quanto à construção de um auditório, que o

Colégio não possui, para a realização de palestras ou eventos

que envolvam todos os alunos de um turno de aula, onde

sempre é necessário o empréstimo de locais que pertencem a

Prefeitura Municipal e também quanto à construção de uma

Sala de Recreação com várias opções de recreação como, por

exemplo, televisão com vídeo, DVD e Karaokê, jogos variados,

sofás confortáveis, ar condicionado, etc. Uma das conquistas

do ano de 2006 foi a construção do refeitório, que nossa

escola não possuía e que passa a abrigar os mais de 1500

(mil e quinhentos) alunos que aqui estudam nos três turnos

55

da escola.Os espaços existentes estão em bom estado de

conservação e na medida do possível sempre são feitos

reparos para mantê-lo com uma boa aparência.

7.7. Critérios para Organização de Turmas e

Distribuição por Professor em Razão de

Especificidades

As turmas são organizadas com o número de alunos

permitidos pela SEED, sempre atendendo às necessidades da

nossa realidade.

Quanto a distribuição das aulas, inicialmente é feita aos

professores QPMs e posteriormente aos professores PSSs,

também conforme orientações recebidas da SEED, via NRE.

7.8. Organização da Hora-Atividade: Problemas e

Possibilidades

Por ser um Colégio considerado de Grande Porte e

conseqüentemente possuir um grande número de

professores, torna-se impossível elaborar um horário para as

Horas-Atividades em que todos os professores das áreas afins

estejam reunidos. Dentro das possibilidades o horário das

56

horas-atividades de alguns professores da mesma disciplina

coincidem, porém de todos torna-se impossível, o que

dificulta a troca de experiências entre os mesmos. Sendo

assim, podemos concluir que em nosso Colégio a organização

da hora-atividade ocorre por professor, de acordo com sua

disponibilidade de horário neste Colégio, pois a maioria dos

professores não possui aulas somente num Estabelecimento

de Ensino.

7.9. Diretrizes para a Avaliação de Desempenho

dos Docentes e Não Docentes; do Currículo, das

Atividades Extra-Curriculares e do Projeto Político

Pedagógico.

A avaliação do desempenho dos docentes e não

docentes é feita através de reunião com a participação dos

mesmos, de uma auto-avaliação e levando-se em conta o

número de faltas obtidas no determinado período.

Para avaliação do currículo, são realizadas reuniões

semestrais com a presença dos Docentes e da Equipe

Diretiva, ocasião em que ocorre o planejamento do mesmo,

sendo que o seu desenvolvimento também é acompanhado

pela Equipe Diretiva.

57

Quanto às atividades extracurriculares, as mesmas são

decididas em conjunto, observando a não coincidência com a

semana que antecede as provas e com a semana de provas.

Essas atividades são planejadas sempre de acordo com os

critérios estabelecidos pela SEED, via NRE.

Para avaliação do Projeto Político Pedagógico, após sua

conclusão, será realizada uma reunião para a apresentação

do mesmo aos Professores, Funcionários, Alunos e Conselho

Escolar para, se for necessário, definirmos ações de

intervenção.

58

8 . Práticas Avaliativas

Processo Avaliativo

Avaliar não é apenas medir, comparar ou julgar. A

avaliação tem grande importância social ou política, presente

em todas as atitudes e estratégias adotadas pela escola.

Avaliação deve ser entendida como um meio de se

obterem informações e subsídios para favorecer o

desenvolvimento integral do aluno. Ao se dispor dessas

informações é possível adotar procedimentos para correções

e melhorias no processo, planejamento e redirecionamento

do trabalho pedagógico e do projeto educativo da instituição.

Sendo a avaliação um dos aspectos fundamentais de um

projeto pedagógico, é preciso que a forma de avaliar seja

dinâmica, justa, criativa e coerente com a proposta

pedagógica elaborada pelos profissionais da educação do

CEPS e, portanto, deve ser cumprida.

Buscando a melhor forma de avaliar e que atenda as

expectativas dos educandos e dos professores, foram

estabelecidos critérios de avaliação, em reunião pedagógica.

Além de uma prova por bimestre, o professor

utiliza a observação diária e as mais diversas

formas de avaliação, escolhidas de acordo com seus

objetivos, o que implica que o professor observe

que os estudantes possuindo ritmos e processos de

59

aprendizagem diferentes devem também ter formas

de avaliações diversificadas. A forma de registro

das avaliações se dá através de notas bimestrais,

sendo que no período de um bimestre será feita

uma prova escrita, valendo 6,0 pontos para o

período diurno e valendo 4,0 pontos para o período

noturno. Quanto ao valor designado para a

elaboração de trabalhos podem ser feitas quantas

avaliações o professor achar necessário, de acordo

com os valores destinados para a realização dos

mesmos, onde no período diurno o valor destinado

para os trabalho é de 4,0 pontos e no período

noturno o valor para os trabalhos é de 6,0 pontos,

que somando-se com a média atingida nas provas

bimestrais, obtêm-se a média bimestral.

Valor das Avaliações

• Diurno

O Professor deverá aplicar uma prova escrita valendo seis

(6,0) pontos, sendo que a prova deverá ser aplicada na

semana de provas, proposta pelo Colégio. A nota da prova

será somada com o valor obtido nos trabalhos, que deverão

valer no máximo quatro (4,0) pontos.

60

Metodologia do professor:

• ter clareza dos valores no início do bimestre;

• transmitir segurança para os alunos.

Questão dos positivos (+)

* o professor deve ter uma folha à parte para anotar os

positivos e negativos (+ e -) e passar a nota final no livro

de chamada.

• Noturno

O Professor deverá aplicar uma prova escrita valendo

4,0 (quatro) pontos. A prova deverá ser aplicada na semana

de provas, proposta pelo colégio. A nota da prova será

somada com o valor obtido nos trabalhos, que deverão valer

no máximo seis (6,0) pontos.

Quanto aos trabalhos, foram realizadas várias reuniões

com os docentes, onde foram trazidas sugestões pelos

mesmos, variando de acordo com cada disciplina, onde foi

então elaborada uma lista de sugestões de trabalhos e

valores que poderão ser atribuídas de acordo com o trabalho

solicitado pelos professores, conforme segue a listagem

abaixo:

61

Sugestões de trabalhos e valores

• Pesquisa bibliográfica, individual, deve conter introdução,

desenvolvimento e conclusão pessoal = 1,0 (um) ponto.

• Produção de textos = 1,0 (um) ponto.

• Seminários = até 2,0 (dois) pontos.

• Dramatização = 1,0 (um) ponto.

• Soma das tarefas = 1,0 (um) ponto.

• Produção e confecção de cartazes = 1,0 (um) ponto.

• Trabalhos manuais = 1,0 (um) ponto.

• Interpretação de textos = 1,0 (um) ponto.

• Atividades em sala = 1,0 (um) ponto.

• Pesquisa de campo = 2,0 (dois)

• Livro: - Leitura e apresentação oral = 2,0 (dois) pontos.

- Prova do livro = 1,5 (um virgula cinco) ponto a 2,0 (dois)

pontos.

- Resenha crítica = 1,0 (um) ponto.

Dramatização de trechos do livro = 2,0 (dois) pontos.

• Trabalho de reportagens/entrevistas = 2,0 (dois) pontos.

• Quadro comparativo = 1,0 (um) a 2,0 (dois) pontos.

• Prova oral = no máximo 1,0 (um) ponto.

62

• Produção de relatórios de visitas em local e produção de

vídeo = 3,0 (três) pontos.

• Mini-aulas = 2,0 (dois) pontos.

Recuperação Paralela

A recuperação de conteúdos será simultânea no

decorrer do bimestre e a recuperação de notas será feita no

final de cada bimestre, valendo 6,0 (seis) pontos para o

período diurno e 4,0 (quatro) pontos para o período noturno,

recuperando assim somente as notas das provas. Depois de

realizadas as avaliações do bimestre, o aluno que não atingiu

a média 6,0 (seis) como média bimestral (soma da nota da

prova com as notas dos trabalhos) , têm o direito de, após o

professor designar o conteúdo, estudá-lo e apresentá-lo para

a turma, na data determinada, em forma de aula expositiva,

onde o professor será o avaliador. Como média bimestral

prevalecerá a nota maior, quer seja a soma da prova com os

trabalhos bimestrais, quer seja a soma da nota da

recuperação com os trabalhos bimestrais. A Ata de

Recuperação será feita no Registro de Classe do Professor,

onde o aluno tomará ciência e assinará.

63

É de responsabilidade do Professor, avisar aos alunos

que não atingiram a média 6,0 (seis), quais os conteúdos que

devem novamente ser estudados e qual a data da

apresentação do seu trabalho, em forma de aula.

É compromisso do Professor oferecer a Recuperação

Paralela aos alunos, uma vez que está no regimento interno

do estabelecimento e registrar em ata, nome de todos os

alunos em recuperação, inclusive desistentes, colher

assinaturas dos presentes e no caso de não comparecimento

escrever - não compareceu. A avaliação referente à

apresentação dos conteúdos será feita pelo professor da

disciplina e a mesma deve ser entregue para a equipe

pedagógica.

Média

Bimestral = 6,0 - o aluno que não atingir 6,0 pontos

como média bimestral, tanto no período diurno quanto no

noturno, deverá fazer recuperação paralela.

Final = 6,0 - o aluno que atingir 24,0 pontos no final do

ano será aprovado, conforme Lei Federal.

9 . Referências

Agenda 21 Global, cap. 25 - pág. 205

64

BRASIL. Lei de Diretrizes e bases da Educação: Lei nº 9394/96.Rio de Janeiro: Casa Editorial Pargos, 1997.

DALBEN, ªI.L.de F. O que é o conselho de classe? In: Conselhos de classe e avaliação: perspectivas na gestão pedagógica da escola. Campinas, SP: Papirus, 2004, p.31-39.

Estatuto da Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual Padre Sigismundo. Março de 2005.

Estatuto do Conselho Escolar do colégio Estadual Padre Sigismundo. Setembro de 2005.

GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 2. ed.São Paulo: Autores Associados, 2003.

Plano de Ação. Gestão 2006-2007. Diretora: Tânia Maria de Souza e Diretora-Auxiliar: Ângela Maria Kulesza.

Reflexões dos Professores e Funcionários durante o Curso de capacitação. O que temos e o que queremos. Julho/2005

SAVIANI, D.Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações . 8. ed. São Paulo: Autores Associados, 2003.

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ANEXOS DO PPP

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1. Título da Agenda 21 Escolar do (a) Colégio (Escola)_________________________________AGENDA 21 DO COLÉGIO ESTADUAL PADRE SIGISMUNDO – VENCENDO DESAFIOS

2. IntroduçãoApresentação da problemática foco x Educação ambiental. Em virtude dos problemas apresentados e levantados durante as reuniões realizadas almeja-se que com palestras, com profissionais da educação, medicina, saúde, nutricionistas e envolvimento da comunidade escolar e seu entorno, erradicar os principais problemas apresentados em virtude de que isso vai melhorar a compreensão dos problemas ambientais que vivemos hoje em dia para amenizar as problemáticas do futuro que afetam diretamente o desenvolvimento da vida escolar, financeira, social e afetiva. O resgate das culturas é de fundamental importância para a valorização do ser humano e das culturas do município.

3. ObjetivosObjetivo Geral Objetivos EspecíficosProporcionar meios para que a comunidade escolar e seu entorno encontre soluções para os principais problemas sócio-culturais-ambientais levantados na escola e seu entorno e desenvolver projetos inerente a ele.Atividades

Organizar e projetar meios para a arborização da escola em parceria com a secretaria de agricultura e meio ambiente bem como, a parte ambiental relacionada com o lixo e o esgoto escolar e de seu entorno.

Proporcionar meios para que a comunidade obtenha conhecimento para saber distinguir lixo sintético de orgânico entre outros, para a separação do lixo.Viabilizar palestras para combater o uso de drogas lícitas e ilícitas, com desenvolvimento de projetos em parceria com a Secretaria de Saúde.

Resgatar, por meio de projetos, a cultura regional e sua valorizaçãoCoordenar projetos em parceria com a Sanepar para tratamento e destino do esgoto do laboratório escolar.

EstratégiasCronograma

5. Orçamento

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Aproximadamente R$ 15.000

6. Potenciais Parcerias

Secretaria de SaúdeSecretaria de Agricultura e Meio AmbienteSaneparOng Fome ZeroAssociação ComercialGrêmioEscoteirosPrefeitura Municipal Câmara de Vereadores

7. Projeção para o futuroEspera-se que no futuro outros projetos ambientais possam ser apropriados para fazer parte da agenda escolar tais como, a implantação de cursos dentro da área ambiental e agroindustrial

8. Sugestões para Avaliação do Projeto

Como o Plano de Ação contribuirá para melhorar a compreensão sócio - ambiental dos envolvidos e orientar as suas açõesEnvolvidos Pretende-se reavaliar o projeto em seis meses onde estarão presentes os

professores, alunos, direção, pais, funcionários e comunidade escolar.ProfessoresAlunos

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PaisFuncionários da EscolaComunidade Escolar

25/10/200508/02/200610/02/200606/03/200608/04/200615/06/2006PesquisasPalestras DebatesPasseiosVisitação aos órgãos públicos CartasConfecção de jornal escolar

Reuniões com profissionais da educação e alunos Palestras com seguimentos da sociedadeFormação da Ong escolar contra a fomeFormação do grêmio estudantil Arborização da escola Desenvolvimento de projetos para valorizar a escola, seus estudantes e profissionais que nela trabalham

4. Plano de Trabalho:

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