32
P&EÇOS: MO RIO8500 MOS E5TADOS... 860O ANNO XXXV ST^ii-'Maneco estava aborrecido. E' qje m JaC-.. ,—seus companheiros iam á estréa do circo aji ÍJE ;[ V^ e éle, sem um tostão, não podia acompa- £^^^^ RIO DE JANEIRO. 25 DE MAIO DE 1938 ÁL ^ ,^llfí !... o idolo da gunzada, com um gran- Ji 1 j-~yide sobretudo. Maneco teve uma idéia J "M_(|^^ Sorrateiramente, . . flttfl O espetáculo ia começar e os pa- lhaços voltavam da rua, onde estiveram a anunciar a função. E entre eles, o pa- lheço "Perna de páo". .. . ^ —WKJ—TJMffaJfflr' ?. . . éle e Totó meteram-se debaixo doVI -/capote do palhaço e entraram no circo^"^1 \sém paoar entrada.

Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

P&EÇOS:MO RIO 8500MOS E5TADOS... 860O

ANNO XXXV

ST^ii-' Maneco estava aborrecido. E' qje m JaC-..,— seus companheiros iam á estréa do circo aji ÍJE

;[ V^ e éle, sem um tostão, não podia acompa- £^^^^

RIO DE JANEIRO. 25 DE MAIO DE 1938

ÁL

^ ^llfí... o idolo da gunzada, com um gran- Ji 1

j-~yi de sobretudo. Maneco teve uma idéia J "M_(|^^

Sorrateiramente, . . flttfl

O espetáculo ia começar e os pa-lhaços voltavam da rua, onde estiverama anunciar a função. E entre eles, o pa-lheço "Perna de páo". .. .

^ —WKJ—TJMffaJfflr'

. . . éle e Totó meteram-se debaixo do VI-/ capote do palhaço e entraram no circo ^"^1

sém paoar entrada.

Page 2: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

O TICO-TICO 25 — Maio — 193$

Í^^^V, RECO-! £ <• ^\ RECO.

) _______!

í fca^*--*/^

-E _í_y _n

fnn.iO'«ec* '.»s_r*(si> \»\'»•••• \»

BIBILOIHECA ÍME4MDLO melhor presente par-a ascreanças é um livro. Nos livros,cujas .miniaturas estão dese-nhadas nesta pagina, ha mo-tivo? de recreio e <ie culturapara a infância. Bons livrosdados ás creanças sáo"e. colasque lhes' illuminam ajntelli-'pencia.

dO TICO-TICOEDUCA-ENSINA-DISTRAÜE

RECO.RECO.BOLÃO E AZEITONA

• Aventuras Inte-ressant issímas

dos tres lonecos

redondos lâo co-

ohecidos da infan-

cia. Livro que Luiz

Sá escreveu e II-

lustrou, realizar.*

do bellissima dadi-

va para as cre*

ancas brasileiras.

<OKToS_.MÀ£ PPeU

¦¦1 *'" '

CONTOS DA M À E PRETA— Historias da infância queOswaldo Orico colligiu eadapt..u a tritura das cre*ançus Volume que deve fi*gurar entre os de mais va-Iop na bibliothcca dos pe-queninos. Contos das gera*Ç&es passadas, das qera-ções que hão de vir*

MINHA BABA —Os maisenternecedores contos paraa Infância, escriptos e fllus-trados pela sensibilidade deum artista como J Carlos.Cada conto- desse livro éuma lição de moral a debondade para a infância.

Minta

QUANDO O CÉO SEENCHE DE BALÕES.— Livro de lendas ede historias dos san-tos do mez de Junhs.Cncantadora col-lecçâo de contos deLeonor Posada, con-tos quc enlevam aalma da creança nu-ma sensibilidade deao n h o. Illustraçõescoloridas de CiceroValladares.

Quando q*Q.o• O CfO SeJJNCHE 0>_*_ mí".\B^**°ES-

0_L,_'r»»C« li-***..... «Of1.«'..Ü

Comprae para vossos (ilhos os livrosda Bibliolheca Infantil d' O Tico-Tico,á venda nas livrarias de todo o Brasil

PEDIDOS EM VALE POSTAL OU CARTAREGISTRADA COM VALOR A.

íüh.iof__<•<;_ Infantild'» Tico-Tico

Trav. Ouvidor, 34 — mo de janeiro©**^*»**N«*^A«^_N^<^^.i^i^Vi%*V'^V**^\*V\/N1*S/V'N/-*s_*>rf-*/^^ WW^><WW»<W%»¥¥VW^WW¥¥V^¥^^^¥W^VVMM¥^MWW*^^rV¥VW-a^¥W'W<WrVMII

Ibl%.í_?i?\/S~_-

i yv dí(3avqueeulhe disse:-Uso e nao mudoJUVENTUDE

ALEXANDREPARA A BELLEZA DOSCABELLOS E CONTRACABELLOS BRANCOS

E«J^^A_^»*N*»rf,W\^»^».'^^N^^-«-*<'Wx'*'^^«*'-*\* «w-AHVhV

O TICO-TICOPropriedade da S. A. O MALHO

ASSINATURASEXPEDIENTEBrasil: ... 1 ano. . . . 25$000

Estrangeiro:6 meses.1 ano. .6 meses.

13$00075$00038J000

As assinaturas começam sempre nodia 1 do mês em que forem tomadase serão aceitas anual ou semestralmente.TODA A CARRESPONDENCIA co-mo toda a remessa de dinheiro, (quepode ser feita por vale postal ou cartacom valor declarado), deve ser dirigidaá S. A. O Malho. Travessa do Ouvi-dor, 34 — Rio. Telefone: 23:4422.

PÍLULAS

¦__¦_ 7 a m m Jd t- --EBy-,. _^-f_Ti_»_k. f ^J

ELECTRONLINIMENTO

O REMÉDIO CONTRA A DOR

EFFICAZ CONTRA O RHEUMATISMO LUM-BAGO. NEVRALGIAS SCIATICA3 E SEMPRE

QUE SE FIZER NECESSÁRIO UM REVULSI^VO ENÉRGICO.

NAS DROGARIAS E PHARMACIAS.

(PÍLULAS DE PAPAINA E PODO-PHLINA)

Empregadas com suecesso nas moléstiasdo estômago, figado ou intestinos. Essaspílulas, além de tônicas, são Indicadas nasdyspepsias, dores de cabeça, moléstias dofigado e prls5o de ventre. São um pode-roso digestivo e regularizador das funeçõesgastr o-intestinaes.

A' venda em todas as pharmacias. De-positarios: JOAO BAPTISTA DA FON-SECA. Rua Acre. 38. — Vidro 2$500.pelo correio 3$000. — Rio dc Janeiro.

li ii \i i: ii v i: n m i i.Sé forte, caro meninoSé útil ao teu BrasilTens vermes. Nao mais hesitesToma J». HOMEOVERMIL.

DE FARIA 6 CIA. - R. S. José. 74e R. Archlas Cordeiro. 127-A — Rio.

^^^^^^^^^^^^^^^^^^r^nr^r^nr-yr^^nr^r^ w w ^r »f>orywyvv-v--r -^ »¦ -w ^ ¦»¦ ¦»- -- -¦- ¦»¦ ----------- m — w w v w — w — — — ——- — ——— -—- __._.______.. ______

Mamãe ! Me dá . . . me dá CONTRATOSSE para eu não tossir. E' tão barato . ..

Page 3: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

Re4-io.-Chefe: Carlos Manhães — Diretor-Gerente : A. de. Souza e Silva

jlJI^D-DgQB _ BB Ç>©<?©Seres que vivem no marMeus netinhos:

A incalculável multidão de seres que vivem no mar, essa vasta extensãode água que cobre quasi tres quartas partes do globo terrestre, constituecuriosissimas espécies. Os habitantes do mar, meus netinhos, que são ospeixes, os crustáceos e tantos outros, causam-nos sempre admiração, querpelo encanto que apresentam no colorido ou na fôrma, quer na bizarra cons-tituição de que são dotados. Vamos falar de alguns desses seres, a co-meçar pelo polvo Este animal, com seus tentáculos terríveis, causa pavora quem o observa. Outros animais da fauna marinha, lindos e coloridospeixinhos, dão encantamento a nossos olhos, como alegria também noscausam as bellas e nacaradas ostras, cujas conchas são primores que vocêsencontram pela areia branca das praias. Vovô vai agora falar a vocês deum curioso sêr marinho, a medusa.

Não é preciso passar muito tempo a bordo, ou morar junto do mar,para ver uma medusa. As marés trazem comumente muitas dellas. deposi-tando-as sobre a praia.

¦ As redes dos pescadores, quando retiradas d'água. vêm cheias dessesanimais. Essas massas brancas e gelatinosas, quasi transparentes, de fôrmade uma meia esfera, sempre são curiosas. Conhece-se que nelas existe avida, por simples fenômenos e por certos movimentos de sensibilidade.

No entanto, examinando-as com atenção, não se tarda a descobrir,nelas, movimentos de contração e dilatação sucessivas. Se virem uma me-dusa á flor dágua, hão de notar que ela se desloca continuamente.

Um dos únicos órgãos aparentes á vista nas medusas é a boca, colo-cada no centro e em baixo do corpo. Ha ainda em todo o corpo umaespécie de veias gelatinosas que são.com toda a certeza o órgão da sen-sibilidade.

As medusas, quando flutuando, têm a fôrma de uma meia esfera es-pec.e de campanula. Com o auxilio de seus tentáculos frágeis, atingem ospequenos peixes que passam ao seu alcance, insensibilisando-os O peixeentão, imóvel e sem defesa, é pouco a pouco engulido pela boca gelatinosae voraz da medusa.

Esse prurido .comichão) q„e sentimos quando se toca num dessesanimais, tem o nome de ortiga do mar.

V

^¦_—______ J_c_r____—¦_—_______¦_____¦

Doqdí e daliNa Universidade de Oxford,

Inglaterra, existe uma campainhaelétrica que funciona ininterrupta-mente ha 90 anos, tendo começa-do pela ação de um conjunto dediscos. Até agora não sofreu amenor deterioração.

.{. .Podem acreditar ? A maioria

dos esquimós possue uma costelamais do que nós.

Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes de se meter em via-gem, logo anula a passagem.

Na China as cernidas terminamcom a sopa, o luto é branco e asjbussulas apontam para o sul.

Em todo o Estado de Dakola,nos Estados Unidos, só existeuma livraria.

A estrada de ferro mais carado mundo é-a que vai de Juncala Valparaiso. no Chile. Suapassagem custa perto de 10$000por milha.

O falecido sultão Abdul Hei-mid II, da Turquia, havia recusa-do a importação de dínamos por-que lhe disseram que executava1.200 revoluções por minuto.

Em Hammerfest, na Noruega, :o sol permanece sete semanas |abaixo do horizonte. E' a cidademais septentrional da Europa.

<A«^AAA. . .

Page 4: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

O TICO-TICO __ 4 — 25 — Maio — 193.S

¥ A D â P _

«comuns de roupa. Para isso adapta-•e o gancho do cabide á mançanêtada gaveta e puxa-se como indica agravura.

A VANTAGEM

O rei Henrique IV, de Castella,sempre ia, singelamente vestido,:_m um traje escuro de pano ordi-nario, a passeio pelas ruas da ca-pitai de seu reino. Assim tambemandava pelos corredores do palácio.

Uma vez, estava ele num dos sa-lões do paço real, quando lhe apa-receu um cortezão, cheio de cor-tezias, que lhe disse :

«— Majestade, com o devido res-

yàXÉL^eito, devo adveitir-vos de que não"rica bem a um rei tão poderoso,:omo sois, andar vestido como ves-te a gente simples do povo,

— Pensais assim ? — interrogouo monarcha.

PARA ABRIR GAVETAS EM-^ERRADAS

Para abrir gavetas emperradasdeve-se utilisar um desses cabides

Sim, majestade!... A corte ve-ria com immenso gosto a mudançados vossos hábitos nesse sentido :que carregasseis ornamentos e jóias,e uzasseis cavalos ricamente ajaeza-dos, como fazem os monarchas es-trangeiros...

— Creio — respondeu Henrique-V — que estais muito enganadono que dizeis. Um rei não develevar nenhuma vantagem sobre seusvassalos no traje, mas nas virtudes.O dinheiro. Deus o dá a qualquerum : a virtude, só a dá aos bons'.

OS CONSELHOS DO DR. SABE TUDOEncontrei-me, ontem, na Avenida Rio

Branco, com o Dr. Sabe-Tudo. Pedi umaidéia para um trabalho e ele me deu aseguinte: f

Ar — Todas as vezes que pudermos darum passeio pelo campo, devemos aprovei-tar a oportunidade. O ar puro é uma dascoisas que nos fazem ficar sadios.

Banho — devemos tomar um banho to-. dos os dias. Os mais aconselhados são os

banhos de chuveiros, por serem mais hy-gienicos. Ha tambem os banhos de mar,os quais estão muito em moda, mas queprecisara serem tomados com método.

Calor — no tempo do verão devemos nosresguardarmos bastante. E' principalmentenesta época, que nos resfriamos com maisfacilidade.

Dentes — Cuidado com eles 1 Escove-mos sempre os dentes, não só para tor-na-los bonitos, como tambem para não fi-carmos doentes.

Escola — é nela que levamos a maiorparte do dia. Portanto, devemos respeitarnossos mestres, estudar bastante, nSo sópara darmos alegrias aos nossos pais, comopara sermos bons patriotas e servirmos aoBra-il.

Fumar — Feio vicio ! Quem o tem devefazer o possivel para perde-lo. Mas, comosei que os pequeninos leitores nSo o possu-em, resolvo não perder muito tempo nesteassunto.

Gelo — Cuidado com os sorvetes e ge-ladas ! Podem nos fazer mal 1

Higiene — Esta palavra não é bruxa»não! Ela quer explicar-nos o que devemosfazer para não ficarmos doentes.

Injeção — Muitos amiguinhos têm medo,mas é um bem remédio.

Jogo — um dos peiores vicios é o jogo.Por ele abandonamos tudo: estudos, brin-quedos, amizades, etc.

Leite — deve ser fervido antes de tomafpara que não se estrague e nos faça mal.

Mãos — todo o cuidado é pouco paraas nossas mãos. Devemos leva-las cons-tantemente.

Nariz — Não devemos meter os dedosno nariz; além de ser feio habito podetrnzrr-nos serias conseqüências.

Olhos — os olhos são o espelho daalma: segundo dizem os poetas e os me-dicos.

Pisar — os nossos sapatos devem se»largos, para não machucar os pés e phar-mos direito.

Quarto — deve ter sempre as janelasabertas para a entrada do ar e da luz.

Respirar — a boca fechada, respirandosempre pelo nariz, deve ser a posição cor-reta para os exercícios respiratórios.

Saude — a palavra mágica ! Todos de-sejam possui-la.

Tempo — quando os dias estiverem hú-midos, não devemos sair â rua, para evi-tarmos uma gripe.

Unhas — cortem as unhas para ficarmoscom as mãos elegantes e por medida hi-gienica.

Vento — fujam do vento como a ga-linha da raposa I Não quero dizer comisso que não se deve abrir as jancilas, saira rua, etc: devem os evitar as correntesde ar, ventiladores...

Xuxú — é um ótimo alimento. Devemos"come-Io para sermos fortes, corados, e

bem dispostos para os estudos.Zelo — devemos zelar os objectos que

nos pertencem. A falta de cuidado «í umhorrível hábito.

Agora, leitores, termino este trabalho,pedindo a vocês que não se esqueçam dosconselhos do Dr. Sabe-Tudo.

rJilza de Mello Mendonça.

PORTA-PINCÊL

Pode-se utilisar um dispositivomuito simples para guardar o pin-cél ou a brocha emquanto se inter-rompe o trabalho. Para isso basta

yyy1^se adaptar ao bord. da vasilha detinta uma caixinha como a que seencontra visivelmente descrita nodesenho junto,

Page 5: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

p^t^mfmPW-»¦-->¦--•¦--¦ *->*-i» «*»*-»»»*n-^*>*>*»**» ¦—>__¦,-----¦--¦_-— ¦*—»¦—-¦¦¦¦¦imwwwwíí^m'^'»-™-»»-*----»----------»---**--- ———r^ww ¦ ¦ ——^——^—w— i i ¦-¦^--------•¦¦¦¦-pw»w'»—í^^—w^^^»^^^ -**¦____¦___ ' ¦ '¦¦¦ " ¦¦ "'

£ — No começo i£ _—-¦____ -«ír^l //y; do treino, le- ./ _£ SsAA— _ „__C <,. _V// —Depois, «Z^""*^^Sjtó vas um direto. /// y / /S^ /" *" /^-TV^// /^ mais outro 1 X

aventuras J^^^^^ê ^3^^^

de |l ". -_=j -_•__:

«__-_-s-- *. / — E agora, — Oh 1 Como)

II t ^yy^~—' _ -\_ outro n*ais custa treinar /

peor !^9>7~^--___. AryX 4^Í?S>_ /V

', ' ¦ _— _ ¦ 'ani__, iiv__.iT ¦» ^gj^ I(CONTINUA NO PRÓXIMO NÚMERO)

iFilosofia dc sabiáUm velho burro que pastava num campo, ouviu um sabiá que dizia

p'ra 'outro passarinho :— Pobre burro, enquanto foi novo e forte, davam-lhe comida e

água fresca ; guando amanhecia, punham-lhe dois jacas, um de cada ladodo corpo, e lá ia êle, contente, com o dono.

Os anos passaram, o homem e o burro enveineceram. Já velho, o

homem não podia caminhar muito, por isso, pobre burro, teve que puxarcarroça e o seu dono que, de quando em vez, chicoteava-o.

Não deram-lhe mais água fresca, nem capim verde ; vê, meu amigo,o tempo em que êle podia arranjar comida, davam-lhe comida, depois, oumelhor, agora que quasi não pôde mover um músculo é obrigado á arranjarcomida p'ra não morrer de fome. Pobre burro I

Quando temos ouro, nos dão ouro • quando temos cobre, nos dãochumbo.

ORLANDO*¦ ¦*>*-^-***-***-%*^-^-^^^ WW-----__VW>--_-¥MW-*iMM "^--p-vw*»-^^»***¦'-> ¦»¦»_»-¦- wmw* w + wvfyryfeirw^**^*^**********^^^^**^*^***'^**'*

Page 6: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

O TICO-TICO — 6 — 25 — Maio 1938

ANA D A R I T A N _ A

yfiW 11 y»mWte\

Quem foi Ana da Britania?Foi a duqueza da Bretanha,

a rainha consorte de França.Nos velhos tempos a Britania

era asilo de tribus americanas queestavam sob o controle de Roma,mais ou menos no ano 51 A. C.As leis romanas governaram até

o século V. Os fugitivos Celtas daBritania deram-lhe o nome de

"pe-

quena Britania". Tornou-se um

mmducado independente até serincorporado á França no ano de1532. Ana da Bretanha (1477 a1514) tornou-se mulher de Car-Ios VIII da França no anode 1491 e, dessa fôrma, aBritania ficou independente.Sua filha casou-se com o reiFrancisco I.

A hora tia quinta prece, quando avoz soturna do "muezzin" se perdeunum éco distante, espalhando-se dominarete sombrio através do oásisenfeitado de tamaras, o sultão El-Ka-mir pousou sobre a mão bronzeadaa cabeça possante, e suas barbas ai-vissimas destacaram-se, como umagrande mancha, sobre a túnica depurpura com bordados á ouro.

Deteve o olhar grave e sereno naíimbria do horizonte, onde recostavaa silhueta imponente da velha mes-quita, sobre o fundo avermelhado dodeserto, o vasto e imperscrutavelJardim de Allah.

E porque êle fosse bom e justo, seupensamento se elevou acima do de-serto, sobre os minaretes e além dasestrelas, perdido, como um camelodesgarrado, nos areiais indevassaveisem que vivem Mahomet, o profeta, etodos os verdadeiros sectários do Is-lamismo.

Amado por seu povo, sobre o qualreinava generosa e sabiamente, ven-turoso em todos os seus empreendi-mentos, temente á Allah e amigo doslivros, vivia Kl-Kamir feliz e sereno,abençoado e confiante, distribuindoo Bem, pregando a Virtude e sacian-do a inteligência nas nascentes pu-rissimas dos livros do passado, emque se falavam de outros povos deraças diversas e costumes vários, ede magníficas civilizações sepultadasenlão sob a poeira dos séculos.

Nessa tarde, porém, filosofandosobre a brevidade da existência hu-mana e das alegrias terrenas, 0 po-deroso El-Kamir, numa pergunta emque se empenhava todo o seu racio-cinio esclarecido, interrogou-se a simesmo, qual seria no inundo o maisprecioso de todos os bens.

Tão impressionado ficou que, á DOi-te, não dormiu, meditando e avalian-do até que o disco solar apontasseno céo.

E, logo pela manhã, ainda pertur-bado por suas cogitações, o podero-so El-Kamir mandou que seus arau-tos espalhassem pela cidade a noti-

Oi ii Wm • a.

A' minha mãe

cia de que premiaria, com mil dina-res de ouro, o infiel que lhe expu-sesse satisfatoriamente qual era naterra o mais apreciável dos dons.Entretanto, só os estrangeiros pode-riam ser submetidos á prova, porque(explicava o edito), seriam mortos

todos aqueles cujas respostas não sa-tisfizessem o soberano, e êle aprovei-tava o ensejo para matar alguns ini-migos de Mahomet, segundo manda o"Alcorão".

Finalmente, na tarde seguinte, qua-tro estrangeiros se apresentaram pararesponder á pergunta de El-Kamir eaplacar a curiosidade dc todo o sul-tanato que esperava pelo resultadode tão- singular desejo do seu gover-nante.

No luxuoso "divan" se comprimiaa corte, cercando o velho sultão eninguém sabia desde o mais alto di-gnalario ao mendigo mais humilde,quem estava mais ancioso por vêras qualr() cabeças infiéis espetadasnum mastro, ante o crescente simbo-lico da bandeira da Arábia.

Enlão. atendendo á pergunta deEl-Kamir, adiantoa-ee o primeiro, umjovem forte c belo, porém, miserável-mente vestido :

— Oh ! Pai dos Crenles, filho deAllah, afianço-te que, dos bens terre-ii'is. riã,, ha nenhum melhor que aMocidade !

Nasci na velha Ilélade que foiem toda a antigüidade clássica, a pé-rola legendária do Mediterrâneo.Pertenço á raça magnífica dos jõnios,amantes da Beleza e da Arte. Apren-di desde a infância, a cultuar a Ju-venlude como bem incomparavel. Ehoje, errante pelo mundo, miserávele só, espalho' aos quatr0 ventos a so-noridade paga da minha voz. tangen-

do a lira dos bardos, orgulhoso daseiva magnífica das minhas primave-ras, soberbo por me sentir inspiradocomo Orfeu, tão ágil e forte comoum leão da Nigricia.

Sultão que és, poderoso e sábio,eu te lamento. Mendigo e errante,sou mais feliz do que tu.

Ainda vibrava no recinto a voz or-gulhosa do ateniense, quando se er-gueu outra, de um homem maduro,vestido e adornado como um pachá :

Filho do Sol, amado discípulode Mahomet, permite, oh El-Kamir,que eu te afirme. A felicidade estána riqueza. Nada possue quem nãotem dinheiro. O "vil metal", comochamam alguns néscios, é o verda-deiro deus da terra. Pertenço aoateismo, mas gosto de imolar vitimasao meu ouro e até hoje não houvecoração, alma, virtude, nenhum po-der que lhe resistisse.

Mentes, cão idolatra, clamou umvelho hindu, que era o terceiro infiel.A juventude, como o ouro, todas asglorias do inundo são efêmeras. Na-da valem honras e distinções que pas-sam como o vento, e é inútil ao ho-mem rebelar-se contra o destino queassim afirma. Somos na terra merosfantoches, presos aos^dedos do gran-de Sakia-Muni, o Budha inegualavel.Apenas a sabedoria ilumina os diastenebrosos da existência, apenas oestudo e as meditações nos consolam,enquanto esperamos alcançar o Nir-vana sagrado, o repouso' absoluto,que merecemos depois dos jejuns eprivações por que passamos nós, osdiscípulos fervorosos de Gautama.

lin grande silencio pairou, comocorvo agourciro, sobre a enorme salade audiências. El-Kamir meditava,cofiando as barbas, tendo os olhosperdidos num sonho interior.

O quarto estrangeiro, desa*sombra-damente, após ligeira curvatura, fa-lou :

El-Kamir, honrado e sábio pro-tetor do Islam. Poucos, em verdade,são os bens terrenos, todos eles fuga-

(Conclue no fim da revista)

Page 7: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

. ..

-1* scutem . ja percorri OS SETE mares b nuncaVI UOMEM TÃO RECONHECIDO COMO ESSE SELVA-GEM. PODEM ACREDITAR.

f Z^YT^Ú &Tfér-j

MINGFOO

*

Novela deBrandon Walsh

Continuaçãon°» 5 3

A ESTRATÉGIA DE MING-FOO

RESULTOU NUM DESASTRE

PARA OS CANIBAIS, INIMIGOS

DOS NATIVOS, AMIGOS DE

MING-FOO. EM REGOSUO

PELA VITÓRIA E POR GRA-

TIDÃO RAM-BO CUMULA

MING-FOO E SEUS AMI-

GOS COM MUITOS PRE-%

— SENTES DE VALOR —

— ÊPA ! O CHEFAO RAM-BO SABE MOSTRAR SUAGRATIDÃO. OLHE QUAN-TOS PRESENTES.

— É BEM SÁBIO O DITA- fii^DO : A GALINHA, MESMO 1QUANDO BEBE OLHA K=PARA O CÉO.

$11 SOU RO 6 UM AMIGO, MAS jpS*»883^^!MfS UM AMIGO GRATO _ UM

^agfâT

I 1 k°~Úré JJ VhSÊL^(CONTINUA NO PRÓXIMO NUMERO)

V _E EL. » C3 a nm -_L mm _ECtmprirando o movimento do Sol com o das 20.000 estrelas do cata-

logo dc Po-tcr, Monck, célebre astrônomo do Observatório dc Dublin (Irlanda),achou quc a velocidade daquele astro está compreendida cnlre 10 e 24 qui-loinetros por segundo. _^^________

Esse número é muito superior ao de 7 quilômetros e 6 décimos, obtido,

ha tempos, por W. Struve.Secundo o novo resultado, o Sol arrasta comsigo todo o sistema plane-

tário (planetas, satélitee, cometas periódicos) para um ponto da constelação

de Hércules, com uma velocidade de uns 20 quilômetros por segundo (1.728.000quilômetros, ou sejam umas 350 mil léguas em 24 horas).

iss.es5'

c_>cs00

O

HMS

Oo

HI—s

Cc

Page 8: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

O TICO-TICO 25 — Maio — 193S

IbtõRNi /___m_mac_mm_\ W__ç___W?A B ~~

~^SP W.v? S&35S____Tg___\ ^H^Ss^*- i5 ME/ áammar—^^^—"*"^^^^^í ^7 { !___<4l_______M '."<*~*-"«*!'n*"

^^JBj ^Q

.. __\ ________ ~zz^~'___________\\ ^^^^1 f^_________3( ¦ ,'Sv ~js*y \ -^LW

Correu para o lugar onda esteveMlquimba dt guarda a não o encontrou.Julgando qua seu dedicado amigo tive».te tido raptado por algum leio que an-datse por aquelas paragem, . ..

. . . correu para ver ot bois que puta.vem o carro, e ot mesmos estavam dor-mindo calmamente. Então SPOT viu quenâo podiam ter (érat ot raptorei de Mi-quimba. De fato, Miquimba tinha . . .

. . . tido raptado pela tribu dot negro}caçadores de cabeças, ot negrot maisferoses de toda a África.

(Continua no próximo número).

Page 9: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

25 — Míiin — 1938 O TICO-TICO

A ESPERTEZA DE BOLONHA~-__. ¦**"_¦__*

j ^k"^ €2-~2h

_****"^^"^^^^*^3_l N *~~"^^ /^-H ^^^^^^^^^-__ I yí ^_r** I l^^-3_*^ -«í-1* •*"''

Bolonha, com as hengalaclas que levou,adoeceu e ficou muito rnal de um. perna. Bo!i-nha apicdou-se e mandou cham »r um...

...medico, para que lhe fizesse umat massa-gens. Já fazia muitos dias que Bolinha andavaintrigado.

^ LV/ ci /Hi B^0^ ^J?' 2 \y<ân ^*2*my^y^~y l/^\// <¦ ¦( °/y^\ rf í t y^K/y^W ° vB mr Ulfk

Aquilo é que é ser forte, pensava êle. Ima-gine que o medico quasi lhe arranca a perna.e êle nem um ai! Só dá risada. ..

Não se contendo, diz ao amigo: —• "Caro

Bolonha, agora estou convencido dc que você éum herói. Como podes rir. sentindo tanta dôr ?"

•1 _______S_K TsCrm^y _-¦ ¦ r-^V-¦**-*•-— laf, J l_aBM___a. __J_BHI— "Quem, eu ? — rcsDOnde Bolonha. Vê Eu não dou para êle fazer massagem a per-

Já se sou bobo. na doente. Dou a bôa !..."

Menino ! A ordem é a primeira lei do Céo. Sem ordem, sem método, nada conseguirás

Page 10: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

O TICO-TICO — 10 25 — Maio — 1938

As proezas de Gato Felix(Desenho de P>t Sullivan - Exclusividade dO TICO-TICO pata o Brasil^

1-| -r— J

\í$Êi I n I 0_?: r<? 7- ç M_^__§»

_____^!41h_______-1 mW±£âtOra. 2 mais 2 são quatro... um gato — Olha. On. se você nâo fosse mi-

entra em casa e as coisas começam nha irmã. apanharia muito por <-*-us-idesaparecer disso ! Tvluito bem... um quarto de. ..

TI

...leite de vaca desaparece todos osUias ! Acho até que ele está roubandoos patos !!! — Temos que n°s livrar. . .

í— i| |; mm ~| 1H [MjM r[j .' ^á0

..dele depressa... Não importa oque eles disserem. . . estou com você...você não é tão danado como pintam . •

íos que fazer um trabalho de "...

Então os jornais dizem que 10.000detect.ves para descobrirmos quem está dólares foram roubados do Banco da.fazendo os roubos. . . Por Júpiter I.".. aldeia ? ! Põem sempre culpa em cima...

mim ! Isso está perdido mas ha .. .tenho um present.mcnto que me vaonão podem acusar outra vez I

Aqui estou eu outra vez abandona-

uma coisa de que.êles agoraacusar-me... Fico tão magoado. 777? Sou um coitado, um farrapo, um

11 II —

'saco de atirar íóra..7 isso é que .. parece preto, negro, o mais sujo

60u !!! P°^vel '

| Que lugubre sou! Tudo aue vejo... Ouvimos essa...

.. .observação que fez e pedimos quenos explique I

{Continua no próximo numero)

Page 11: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

- JA TERMINARAM A REFEIÇÃO E A PA- ILESTRA. Ê PRECISO QUE DURMAM

SUN TÉRr. AULA PELA MANHA.

t*f-—-X

,. *é%A>\ n

- MAI.Ü, ( "

srrpHitTflo- ••- NHA, í AMHIÍM, ft 1 ^^TL

PROT OWAnn \ «ri t!e i^ÍÍv^ \ai i l'.u-

' - ,. — „ n »^——^^^^—— I -»l. ¦¦»-_>. |, ., l„ I,.| ..IJ, . ,11,.^^, 1,1—III..

I

Continuação— N.° 29

.j-sy>^>»-^N^^^»^»-»^^^f^j»^%<»N^^^n^*.

toCO00

Page 12: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

O 1 I C O - T I C O — 12 2«> — Maio —1938

No dia 6 de Setembro de 1757,. isceu no castelo de Chavaignac, nak mça, Mario José de La Fayettc.

i 3 i treze anos esse menino, que_ .ava destinado a ser um dos maio-

res nomes de sua pátria, entrou naposse de uma grande fortuna, in-gressando, em 1771, na SegundaCompanhia de Mosqueteiros do Rei,atraído pela sua vocação para a car-reira das armas.

Estando em Mctz, teve noticiade que as colônias inglesas daAmerica do Norte se tinham suble-

vado c. entusiasmado com a idéiasustentada pelos rebeldes, se pozde acordo com Franklin e equipou,por sua conta, uma fragata com aqual chegou a Georgetown em 1777.

O congresso americano lhe con-

is grandes, vultosda historia do

mundo^^SS+^S****'******-'*************^!!****^^

cedeu o posto dc major do Exercitoe pouco depois foi ferido, na Ba-talha de Brandwine. Depois de to-mar parte saliente em toda a cam-panha contra a Inglaterra, voltou áFrança em 1779, onde recebeu aco-lhimento verdadeiramente triumphal.Aproveitou essa situação favorávele obteve que seu país auxiliasse osnorte-americanos com 4.000 homenssob o comando de Rochambeau.

Voltou cie tambem aos EstadosUnidos, onde a campanha foi fa-voravel aos colonos, contra a Ingla-terra. Terminada sua missão, retor-nou á França, onde tomou parte,como deputado, na reunião dos Es-tados Gerais e tomou a iniciativada "Declaração dos Direitos doHomem".

Comandando as milícias burguc-zas, a H de Julho de 1789, orga-nizou a Guarda Nacional e fez ado-tar a bandeira tricolor pelo país.

La Fayettc foi acusado de nãoter impedido a fuga dc Luiz XVI.

Mais tarde se lançou ainda con-tra ele a acusação de que pensavaexercer sobre a França uma dita-dura militar, e foi abandonado pelosrealistas e republicanos, passando áfronteira, onde foi capturado pelosaurtriacos c recolVdo á prisão deOrmutz. O Tratado de Campo For-mio o libertou. Durante o Impériose manteve alheiado da ação politi-ca. mas depois de Watterloo fi-

gurou entre os que pediram a abdi-cação do Imperador. Ao rebentar aRevolução de Julho, foi novamente

W °Xd^uMJnomeado comandante da GuardaNacional,

Morreu em Pariz. em 1834 e seunome ficou ligado estreitamente aosdos que lutaram com denodo, nomundo, pela causa da Liberdade.

^W**WW*4Wf^^^W^^K*^ Kjfcj»^«.oj»>^^^s^^^^»*«*-^^^V^^**'

j

?nw»*

A Casa Imperial do Japão noséculo IV adotava como emblemaheráldico o crisantêmo. Tambemessa flor figurava em muitos selosdo Japão.

As pétalas de crisantêmos nosselos e na bandeira desse país

v >v^*»^t TiáFwi1 Tr A i

.

são em numero de 16. Somentea familia imperial pôde usar o

crisantêmo de 16 pétalas. Asmilins e corporações podememblema, mas somente commentos de 16 pétaLis.

O crisantêmo é origináriopara o Japão e rivalisa comcerejeira em popularidade.

outras fa- \usar este ;mais ou

da Chinaa flor da

A ORDEM É A PRIMEIRA LEI DO CÉO

Page 13: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

As aventuras do apííao CloudNovela de ROBERT WEINSTE1N

CONTINUAÇÃO DO N. 29

— Os parafusos do barco estão frouxos,mas não percamos a esperança de

salvação !mas nuu percamos a esperança de concertara. ^»_^^J r^T^ÜÈ P^j^^ _P ' • r>

(CONT INÚ&jfo PRÓXIMO NOMERO) "~ ' w !¦-'-- vi

I jUl. r ^ JJ

Page 14: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

O TICO-TICO — 14 — 25 — Maio — 193S

/7 (f I H^vER^ HEAQÒ DE DAÜ CAOO I PIPOCA . iNVENtEI OKAl ^--d £ O RATO'* E-ll fr/^-innn-s-^ -^/\n nr^ destes ratos **> estão ne 3?!PH?^_E,i^I^^^^3\iN«,EeRTicor'

Vd W IH XI D/I|\IVÍ1 IM DES^U.MDO ATE A CAS^- "^^ M fe^—'fA / M 7WA J OlTÇO DIA COMERAM O *=UflO [ J&r. r**^~\CÍ**1i £ ^1U^^UlJUyL/ W^U M do heu cachimbo ^ X^ In ©H ^ 3l-a1

K, ' I^OLJ IWVEWTAR.TAM- I I ACHEI ' EU EU REKD- I I PONHO O QUEIJO &Qu\\ fFíl\7\ T-5V / /[ BB1 UMA gCOOEIRA T~ RÇKO'-EU SOU UM GE - QUANDO O RATO SUS ¦ r/f'/U \-«^ \ <l? | -—¦ XZVN,0J PEUDER O Q-ltlJO cae)/|" 1

,fa I,\r ~r- piiI I rv lll;/ S

Certo dia, um garotinho inteligente,quiz conhecer o Império grandiosodas letras, o reino de onde saiamaqueles sinais grotescos, originais,

que êle via nas gramáticas, e admi-rava nos livros ilustrados. Quiz sa-ber a origem de tudo aquilo ! Nãoestudaria, se não lhe mostrassem, senão fossem visitar com êle, aquelereino portentoso ... Os vocábulosque lhe ensinaram a falar quando pe-quenino, as letrinhas bonitas que lheensinaram a garatujar no papel, osnúmeros tão mimosos e interessantes,que êle ainda não sabia ajuntarnuma conta, tudo precisava conhe-cer. K, depois aqueles nomes difi-ceis, aquelas palavras grandes, quemal'podia dizer, de que lugar, dc<*ndc vinha tudo, tudo aquilo 7

Não lhe quizeram responder logo.Para que ? Cie era pequenino ain-da. Sele anos, só ... O que pode-ria entender ? "Mais tarde, proir.e-tiani-lhe carinhosamente, afagando-lhe os cabelos eneaeheados . . .

\o entanto, o pequenito inleligen-le anciava por conhecer o que lhenegavam explicar.

,E, veiu perguntar-me isso, o garo-tinho esperto, numa tarde em que euJia, distraidamente, um livr0 qual-quer. Filei-o, curiosa, e custei, tam-

I império lo ato^«^V>^*»1.^^*^*.^I^S^Wl^^'*wr^

bem, a responder-lhe. Quasi comteimosia, êle queria que eu lhe disses-se algo. Sim, queria saber apenaso que era o Heino do Saber, de onde,de que fonte maravilhosa saía todaessa inspiração dos homens, que mi-lagros0 lugar era êsse que dava áscreaturas e ao mundo, o que faz pen-sar, o que faz raciocinar mais e me-lhor . . .

Forçosamente, tinha de explicar-lhe, se era algum gênio, alguma fada.o inventor do alfabeto, da culturageral, por cuja ampliação, sempre,constantemente, trabalha a humani-«hide.

Afaguei-lhe, também, com0 os ou-tros faziam, a cabecinha loura e re-volta, e mostrei-lhe o livro que lia :

Eis, queridinho, a fonte da cul-tura dos homens. É aqui que se ori-gina todo o saber que eles possuem.Aqui, as idéas se tornam publicas enotáveis. As frases tomam um novoaspecto, mais feliz. Daqui saem ospensamentos difíceis de que falas eserá neste reino, o do livro, que hasde aprender a ser um cidadão nota-vel para bem servir á tua Pátria eaos teus conterrâneos. Está em nos-sas mãos, frente aos teus olhinhosclaros, a fonte incxgotavel que que-rias conhecer. Estas letrinhas sãoas maiores glorias, as mais célebresinvenções dos Personagens do Mundo.

Mas, diz-me, quem governa estereino admirável, esta fonte deliciosade cultura, como expliCaste ?

Não sabes ?! Ê o cérebro hu-mano 1

Ah 1 Ê então êle o grande so-berano do Império do Saber ? I

Ünlbueiei um "é" de intensa admi-i pela inteligência do garotinhon pedira uma explicação e Qjne

.ic;iL.iia_ me dando a mais brilhan-te das lições sobre o reino <la cul-tura, dentro dos vocábulos lindos eiiKKinlcs da sua ultima frase ! . . t

Diva Paulo

Page 15: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

25 — Maio — 1938 15 - O TICÜ-ÍI

^1*-lM>*\_K^___l- J- -> -_-_.-. * -_*»_^WW^^W^^^^^*^^**N^^^**>*'**'

Belezas de MônacoPara a maioria da gente Monte- com suas suntuosas mobilias e de-

cario constitue um sinônimo de ro- corações, suas coleções de arte,lcta com atinencia a jogos de cartas suas tapeçarias e outras raridades.e somas fabulosas que passam de O tesouro maior, porém, consisteuma mão para outra. Aqueles, en- no soberbo panorama que dali setretanto, que conhecem de p?rto descortina, vendo-se a velha Mona-p?iz, encontram outras atrações in- co, o quarteirão de terraços deteressantes e deliciosas, sem recor- Condamme. dando para Mont Agelrer ao assunto aodinheiro. Quem es-creve já passou ai-guns dias em Monte-cario sem visitar umaSó sala de jogo,achando a maioratração no paiz defronteiras tão redu-zidas.

Antes de visitar-mos Montecarlo. pelaprimeira vez, lemosmuito com respeitoaos príncipes de Mo-naco, membros dafamília Grimaldi,que ocupam o trono

"íÀ;___-*-r~A *£*

M___mM9ím'''iÀYf\ _^£3__v_i \K_áF-^*^K? u A

^\Y^è_t3_!-i¦___¦ín^ '_"•¦ sajl

WmwJardins exóticos de Mônaco

e Montecarlo.A Condamine faz

lembrar os maravi-lhosos jardins d eSt. Martin, com seurio de plantas exóti-cas. aquáticas, cujaentrada é pelo Con-damine. Ha nessesjardins plantas exó-ticas. cascatas, ala-medas de cactua everdadeiras matasvirgens, tudo dis-posto com arte ma-ravilhosa.

Sobre uma rochao palácio dos Gri-

desde o 13.° século, de modo que maldi e o Museu Oceanografico,passamos muito tempo observando fundado pelo príncipe de Mônaco.o magestoso palácio, construído so- eximto pesquizador. em seu hiate.bre uma rocha, tendo á frente uma das profundezas do mar.praça ainda guarnecida com ca- Este museu é muito mais interes-nhões velhos de metal amarelo. sante que o próprio museu, sendo

A família principesca atravessou tudo digno de ser visitado e es-os séculos sempre prosperosa. tudado.palácio é um tesouro de_ belezas, Temple Mannmg

OE' realmente um problema neste

século a questão de amigos. Parase conhecer o amigo é preciso es-tudn-lo c observa-lo com atenção.

No século XX não existe amigosleais: o que ha são companheirosinteresseire? que procuram nossacompanhia visando algum interesse.Quanta gente por aí existe queapresenta a outros um "amigo"

como sc fosse uma palavra vã, semimportância.

Mas amigo, repito, não será

com palavras vãs e elogios ridículos.Será aquele carrancudo que nosrepreende com severidade, mos-trando o fundo da verdade. Amigoé o companheiro nas alegri is etristezas; é aquele qm; nos acompa-nha tanto nos folguedos, corr.ò nasdesventuras. Por isso, quando ouçodizerem amigo, sorrio e pergunto:

Qual a prova que deu ?Nenhuma.

E, sorrindo, -respondo :Cuidado, os amigos são ra-

ros...

aquele que em nossa presença adula Anadir de Miranda Medrado Dias

/^r* v í \

fanfarrão!

José a todos dizia

que o medo desconhecia.Se rebentasse uma guerrno seu país, num momesem hesitar, alistava-seem qualquer um regimento.Mostraria ao mundo inteiro,o valor de um brasileiro.

Numa noite escura e fria,após bravuras contar,em casa da sua tia,riu-se do primo chorarcom medo de ir ao jardimbuscar a sua petécaque lá deixara ficar.

yr0^\ll^A

iEntão, seu tio lhe disse :"Vai tu. Que veja esta gente •

que és, na verdade, valente!"

Sai o pequeno da salamas volta logo, a gritar.Vira um ladrão escondidoentre as moitas da verdura !Tentou ainda agarra-lo.mas lhe deram na cabeçauma paulada segura.

Agora o primo c quem ri.A paulada fora, apenas,uma bola dc papelque lhe jogara a titia;p_ra acabar-lhe a prosa !desmentir-lhe a valentia !

Afinal, o bom menino,que tem nobre coração,não zangou-se com a titia,nem desprezou a lição...

Lilinha Fernandes

Page 16: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

%mm^^Wr'lÍ^^m& "immm^ÊÊÊÊSÊÊmi^\ ___jlj ^V -«SSy^vVv ^V (r/'' 'If/IJIlfU ^m\w!z^' \) I _H __C^_iI§ã£3_ll2_. * _, i___ã_T / i__=^^"\i I

li 'I íÉiL/ ^_| WaXm ' & 1 mÊÈSÈ^J/r//3ti Fá #>^5^fe^^^__fl P;; * 'v^-gg ^cíCMlllr^ilB?^_H-Ai JllL.Üa jk-mzri1! - lHl "T^^^^ tlll lili

! - i^ji — "*»_jÉ ^^V^ii lA A flor que aparece no alto da pagina é uma passiflora-I lHl VAjM mm^ >J cea que, apezar de grande beleza, cheira tão máo, que '

rHt-i^B ^^^MW^^^^mr^ ^J-ritt afasta todos os animais.

tÂm Wkj ,__ «naP^Mi Quando um pinto se forma, no interior do ovo, encon-_B wy ^MmamW^ \1 *ra uma Pequena reserva de ar para uso imediato. Quan-

i^mmr \M %'Ét \ do este acaba, é que começa a picar a casca !

_fÊ%?^^lÉ__r li /7J V ~ ^

~ l^^-^M-l-feC"^^ ' ^v- -,--'¦

üJ_§Hr1Í ^Hj///^t--l!ÍHÍf1 ^___IÍ^-!>il---.,,-ir

v^ _i ^^__l /)r4, _ln" I «/f*

flk,ilTi ii

Um pesquízador norte-americano, realizoucuriosas estatísticas demonstrando que o nu-mero de coelhos sacrificados em pesquizasmédicas no século XX, é maior que o numerode indivíduos sacrificados nas guerras de to-do, o mundo, desde o século XVI.

A* direita vemos a INAJA', planta amazoni-

ca de enormes folho»* 15 metros de compri-

mento e 3 metros de largura.±MkÁ «it1

áfer-fe«¦ iif| A? iii

^---1rlr---^fil^--^M

Page 17: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

25 — Maio — 1938 17 O TICO-TICO

~y^^ -f*:.',T~i w-:_________.___B _____T _____B___B ^'"'Ísl-à wwSr§\. ^^^^^^^^^.____m_S__i_ ê-W^zÊt XVi**v^-si^t.i

¦'.¦"¦¦'-T.j , v —/ •'~__3 i^i^ ^ vj / v~?fil ^___k_Ei Ih________^ Im \\

Quando a noite chegou. Al Punjo. com o auxilio de algunsi gigantes, guardou o aparelho numa caverna, para mantê-lo emI condições de voltar á Terra, quando fosse preciso.

Após esse trabalho, um dos gigantes conduziu os tres intre-pidos viajores do espaço a uma caverna, onde deviam repousar.Deixando-os...

'i —— _____ i i_ 1

J^^^BPBSSJ^^SJSBUti' '-wim^ÊWmurã-^mâm^ " ' "' r^_________________-_---l^'^-'^JHr:_»r. mmmmmmm^mmmmmmm^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_m

/-_____ _____F/vV/ f&ffly//&\ *F^íSzÊêI—\ lfV_J •* *•---¦ ^* y'"'"i.'-' "*"1 l^^^V ¦ 'I *>_____^^B________ __^^__I Wallifà7/£^^ÊÊ^Ê£3SL\ ^"^ ^-' * =/ <MI >fV Jp5» J

...deitados em enormes camas, onde podoriam caber vinte pes-som. o gigante retlrou-se em respeitoso silencio. E foi então queAl Punjo. por uma...

...abertura da caverna, viu no espaço, distante bilhões de quilo-metros, a Terra, o planeta onde nascera.

(Continua no próximo número)

Page 18: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

O TICO-TICO — 18 —

"O HOMEM MISTERIOSO DO CATUMBÍ"

25 — Maio — 1938

li'MACACOe Faustina

B*—lPOlíCIAS

amadores!Uma r\o\h5AVEHTUPÁ

\ .AP I-... Macaco eitava pi.n_ra:nte convenc:do do

qu; era ura typo acabado de detcctive. Agoranão abandonava mais o b;n.t nem o cha-ruto.

:_ ccmmui.-ccu-!he que havia realizadourr.a grave denuncia de crimedc iiiíantccidio

E tomando com oir.aridos as devidasprecaui.O-s dirigiu-seao local do crime.

Surpreendendo o ind:assassino em flagrantemem não ofereceutencia.

giladoo ho-resis-

Pois de facto, espalhados pe- ... aos pedaços. O "assassi- Sendo posto incomun

Io"-'.; se achávamos restos de «TW — so b todo cave -^^

muitas crianças, cortadas... cuidado a delegacia. " v

- jury sensacional do Homem myste-rioso de Catumby", continuação e fim

o deste episódio...

A pega é um pássaro muito es-

perto e intelligente, dizendo-se até

que sofre de kleptomania, que é

uma espécie de doença que obriga

o paciente a furtar tudo o que lhe

cae debaixo das mãos. No caso da

pega é tudo que lhe cae debaixo do

bico...Conta-se que uma Jovem íoi con-

deDada á morte inocentemente,

per ladra, porque desapareceram

varies brilhantes de um joalheiro,

brilhantes que foram encontrados,

depois no quarto da jovem, sem que

ela pudesse explicar como ali foram

parar Depois que eüa foi juntiçada

continuaram a desapareceer as pe-dras preciosa, e o joalheiro, de alça-

téa, viu uma pega entrar pela Jane-

NUNCA TE EN

© ^©ho^dn@iIa, "furtar" um brilhainte do cofie

aberto, voar com elle no bico, e leval-o

para o quarto da moça que fora con-

denada á morte.A pega da nossa fábula de hoje era

muito vaidosa, e foram lhe dizer que

eía cantava muito bem...

Acreditando nisso, embora não sou-

besse cantar, pediu ao seu visinho, o

rouxinol, que se escondesse atraz dc-

Ia e cantasse durante um concerto"vocal" que iria oferecer, nacmeia

VA1DEÇAS DO

noite, aos demais pássaros e aves da

mata.Acontece que entre os convidados

estava o gavião que tem uma vista

agudissima e descobriu logo o rouxi-

nol, apezar de bem esfonHírio atraz da

pega...Foi um grande escândalo! O gavião

quiz comer o rouxinol que, para se li-

vrar das suas garras teve de fugir, fi-

cando a pega desmascarada, sem po-der continuar seu concerto vocal... ã

custa do rouxinol... ,Como toda fábula tem moralidade,

a desta é a seguinte:"Ninguém deve querer parecer o

que não é, pois mais tarde ou mais ce-

do será desmascarado"...

Trancoso

TEU SABER

Page 19: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

25 — Maio — 1938 — 19 — O TICO-TICO

Br.BE BUNTINO(CONTINUAÇÃO

HISTORIA DE AVENTURAS EMPOLGANTES

NV 02 )

•!— Duranteo dia reinaafoba-mentodanado abordo daRainhado Rio, ccomo nãoapareça ocapitão, to-dos a r r u-m a m asmalas aose aproxi-mar a noite

_. — E deve serengano bemgrande, poisa peça querepresentava-mos estavadando di-nheiro !

— Benjy, mamãeestá cuidando deencontrar um lu-gar onde possasficar.

— Não se inco-modem comi-go, arran-jei tres dóla-res.

- Pôde ser que \^haja um engano, *

- Estamos num Palace Hotel que pou-co tem de pala-cio . . .

— Que nome erra-do, is.so não passade casa de como-dos 1 J lí

— Mesmo assim, temos de arranjaremprego, pois nosso dinheiro nãodá para vivermos aqui muitotempo !

(CONTINUA NO PRÓXIMO NÚMERO)

C^ _-_--Uc«_irO___ - ãMiHMLÍff*» teririLw-Bl.São incontáveis os malefícios produzi-

dos pela ingestão do álcool. O indivíduoque ingere álcool, sem ser por prescriçãomedica, vai, pouco a pouco, embruUvcndoo cérebro, perdendo a iniciativa, a diligen-cia, a vontade, tornando-se improdutivo,sonolento, doente, indesejável. O bebedor

habitual adoenta o organismo e sofre osmaiores padecipientos, transmitindo á proleos peores males que se podem imaginar,como sejam a epilepsia e a loucura.O álcool deve ter a sua aplicação comocombustível ou remédio, quando receitadooelo medico.

4Um dos animais

modernos quemais se parececom os antedilu-vianos é o elefan-te. O semelhanteantidiluviano erao maimith, cujosrestos fósseis fo-r a m encontradosna Europa, naÁsia e na Americado Norte.

Estes animaisgigantescos viviamna época chamada"período pleisto-ceno".

Como o elefanteé animal que viveem regiões tropi-cais, supõe-se quena America doNorte a tempera-tura era tropicalnaquele período.

HA Terra gira no

centro da Via Lá-tea com a veloci-dade de 9.000 mi-lhas por minuto.

*O monoxido de

carbono é um gazmortífero e trai-çoeiro. Não temcôr nem cheiro,só p r o d u z i n-do uma luz azula-da quando quei-ma. Quando en-tra no sangue, estedeixa de ser bomcondutor dc oxi-gênio e a vitimasucumbe por asfi-xia.

#O Polo Sul foi

descobertopor Roald Amund-sen, em 1011. Em1925 realizou umaexpedição ao PoloNorte

*e em 1926

outra, mas, quan-do partiu em so-corro do explora-dor italiano Nohi-le, que partira emdirigi Tei, desnpa-recen para sem-ore.

mO príncipe Otto

Bismark, primei-ro chanceler doImpério Alemão,era chamado o"Chancelerde Ferro". O Ma-r e c h a 1 FlorianoPeixoto foi apeli-dado o "Marechalde Ferro".

Page 20: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

O TICO-TICO --20 — 25 — Maio — 1998

As aventuras do Camondongo Mickeyflrsenhos de Walter Disneu t M. fi. Iwerks. exclusividade para O TICO-TICO em todo o £rasil\ "

Cruz !!! ai vem o Bandido UlWinnie. he he he UlSuba por aqui. Furacão...

.'. .temos que ir para a frente, temos "j . . .aquele sujeito... Aponte e não me

que combater III incomode, rapazinho IIIAponte... e atire contra... Num esforço para fazer cessar os...

—, , ,— ¦_¦- , i __ «- ¦- '- a— , ¦'- — t«W^|

^^^m^ÊÀÍl

.—v>..f—... ,_, a—.y.—«arjr_, >».,

. ..'movimentos 'de Mickey, o bandidoMorcego bloqueou o caminho com. ., !

, . uma pedra enorme. Mickey está . < .atirar !!! Não fique com medo. Fu-furioso, porque não quer cessar de_. \ facão, havemos de ganhar !ll

Pum pum UlPum. pum !!! pum IM

Vamos escorregar por aqui. ca-' I ...apanhados em pouco tempo IU Que viramatada, senão seremos... da III Estamos cercando o bicho l!J

^fT^^>í- >V'l^ V^NX ^^7' f£ 1ééz__Você ainda não me tem naf

unhas !!iNinguém se lembraria dc pregar

•»5ta peca !UCredo !!l uma cabra das montanhas III

(Continua no próximo numero).

Page 21: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

ANO IV

Org.o -Oi leiforei-'O TICO-TICO MEU JORNAL o N.« 2 1

A creança diz aojornal o que quer

DIRETOR Chiquinho — Colaboradores — ledos que quizerem

UM PERCURSO DEBONDE

Era um domingo, sal ilecasa contente para tomar <>bonde que me levaria á umlugar agradável.

Eu ia, como muitos outros,vêr um jogo de "foot-ball",que vinha despertando 0mais vivo interesse.

Quando cheguei na praçaTiradentes, poucos minutosfaltavam para a partida ddbonde.

Penetrei no mesmo, e fuisentar-me num ilos bancosque melhor me acomodasse.Soou o sinal e o "amarelo"partiu.

Comecei a observar os di-versos passageiros.

Na minha frente, eslavasentada uma senhora, acom-panhada por uma criança,que chorava porque sua mãenão quizera comprar-lheuma boneca. Ela reclama-va, com insistência, até queum forte beliscai, veia põrtermo á cena, que começavaa despertar a atenção dospassageiros.

Em seguida, passi i á es-cular as discussões que man-tinham os outros p aros. Uns diziam que, cer-to clube ganharia ; outrosopinavam pelo contrário c,assim, até o fim do percurso.

Depois dc terminado o jo-go, quando fui tirar um ob-jeto do bolso, percebi quetinha perdido o dinheiro,tive, então, dc voltar paracasa a pé.

Quando cheguei em casajá era noite.

E, então, tive a oportuni-dade para conceber a ótimafunção que o bonde desem-penha, diminuindo as dis-tancias e auxiliando-nos amelhor aproveitar o tempo.

UMA VIAGEM ACIDENTADA

Ha dias que nós não pen-utvámoa em outra coisa, se-não na viagem que íamos fa-zer a cavalo, para uma cida-de, distante uns trinta qui-loinctros do lugar onde esta-vamos passando as férias.

Afinal, chegou o dia, i ranm domingo : fazia um sulbonito, quando partimos, de-pois (le muitas recomenda-ções de nossos tios.

Eu ia montado cm uni ca-val0 pampa, dócil de rédeasC ótimo para cavalgar,

Já tínhamos percorridomais da metade <lo cami-nho, quando começaram a seformar nuvens negras em

diversos lugares, anunciandochuva.

Não demos importância aisso.

Quando estávamos pertodo final, desaba tremendotemporal, foi uma disparadageral ; einfim. conseguimoschegar na cidade, mas de-baixo de uma violenta chuva.

0 (pie todos ganharam foium forte resfriado.

Então preferimos voltarde trem, prometendo quenunca mais haviamos de nosmeter cm viagens a cavalo,

Dalton Gérson Trévisan(1_ ânus)

O GEMO DO MAL

Certa vez. um moço viu-se amotinado pelp "gêniodo 11,ai", que lhe apareceusob a fôrma de um monstroe lhe disse : ¦— Cumpre, jác já, uma das tres ordensque te vou mandar, ou en-t. o lias de morrer :

1.* — Bate cm tua mãe ;_.' — Maltrates tua irmã;.¦«." — Ou, e ii t á o, bebe

uma garrafa dc vinho.Ê claro que o moço não

desejava bater em sua mãe,nem maltratar sua própriairmã.

Assim sendo, deliberouexecutar a última 'demimposta pelo gênio do mal.Tomou a garrafa dc vinho, eficando embriagado, dis-cutindo com sua irmã, re-pelin-a da casa ; e, como amãe viesse em socorro da fi-lha. foi por êle maltratadacom pancada e á ponta-pés,o (pie provocou escândalona vizinhança.

Lucila Monti ii .• Barros

VOCÊ SABIA QUE:

Rnssini, ... i .Ir empo-sitor italiano, autor do Bar-beiro de Sevilha, foi ferrei-io, em criança, e que aque-!a grande obra foi escritaem 1.1 dias ?

As plantas téem neces-sidade de respirar para vi-ver, tal qual o homem ?

\ Higiene, em sendo aarte de conservar a saúde, éum «los ramos mais impor-lanles ila Medicina ?

O homem de estaturaordinária, respira de 15 a17 vçzes por minuta ?

fm litro de ar seco pe-sa 1.29 quilogramas ?

Um litro de água, eva-porando-se, produz cerca de1,700 litros de vapor V

¦— Parlamento deriva-scdo vocábulo francês parler:conversação, locutorio ; Ca-maras Legislaiivas '?

Os chineses foram osmais antigos mestres dos ja-ponèses ?

O sorriso é carateristi-CO (los japoneses. iílcs sa-bem sorrir ... l-_ nos ensi-nam, com essa sua sã e se-rena filosofia, que o sorrisoé tudo na vida. Vamos imi-tá-los ? . . .

No teatro está 0 maiorprazer dos nípônicos ?

Li.omdas Bastos

O HOMEM MAU

Quem conhecesse a hisló-ria daquele homem máu, que,afinal, não era dos pcores,por certo náo o trataria tãocruelmente, como o faziamos moradores do povoado.

Êle já fora bom. Muitosencontraram nele um amigoe um protetor.

No entanto, a Felicidadeque, ás vezes, nos parece so-lida, náo passa de uma apa-rencia que nos ilude 1

Dourada como uma nu-vem banhada pel,, sol. esvai-se, c desaparece, qiie, nemsiquer tem-se tempo de sen-ti-la !

Foi o que sucedeu comêsse homem, perseguido pe-Io destino. Enquanto a for-tuna lhe sorriu, tudo correubem.

Mas. quando soprou rijo ovento da miséria, o frágilbarco da ventura sossobrou,e com ele desapareceram osamigos, os admiradores, nssinceros.

Faltou-lhe o pão, faltou-lhe o agasalho.

Pobre, faminto, abando-nado. resolveu tentar (piai-rpier meio de vida, menos odeshoneslo.

Ofeceram-lhe um humildeemprego de jardineiro. Aospoucos, fazendo economias,foi melhorando, c conseguiuviver com mais tranquilida-de. Mais tarde, metendo-scem um negócio importante,saiu-se bem, e ganhou mui-to dinheiro.

E assim foi subindo, atéque conseguiu rehabilithr-sèe passou a viver cômoda-mente num belo palacete.

Os amigos voltaram, masjá não encontraram a mes-ma acolhida de butr'ora !

Aquele coração, transbor-dando de bondade, ficou en-torpecido pela indiferença !

Quando os amigos a ilerecorriam, não °s atendia.

Criou fama de máu e deavarento, e ninguém gostavadele naquele lugar !

Perseguiam-n'o com mal-dições, não em sua presen-ça, porque temiam o poderdo dinheiro ganho com osofrimento !

Temiam a vingança dobom que se tornou máu, de-pois da desilusão do mundoe da vida !

E quando a êle recorriam,como outr'ora êle o fez comos aduladores, respondiacalmamente : — Recorramaos estranhos, e não a mim !Náo foram vocês que me aju-daram a chegar até onde es-*toü. Amigos não ha ! Seainda existir algum, é porforça das circunstancias ;'procurcm-n'o *

E assim retribuía o pago(pie lhe deram os amigos doseu dinheiro e da sua posi-ção !

É por isso que o chama-vam de máu, sem saber «piesão os muito bons, que setornam em face da vida, osmais cruéis !

ÃC.ENÔRA DE CARVOI IVA

A GLOTONA

Lúcia era muito glutona.Um dia, vendo sua mãe

sair, correu ao armário ccomeu todos os doces queencontrou, porém, quando abòa senhora voltou e dandopor falta dos doces, pergun-tou :

Quem comeu os doces ?Foi a criada, Mamãe ;

Lúcia respondeu tão semgeito que a Mãe logo discou-fiou e repreendeu-a, dianteda criada, para vêr quemiria ficar doente.

Todavia, quem ficou dom-te foi Lúcia e não a criada.'

Dona &{aría Luiza, assimtornou a rcprendé-la, (iizeii-do-lhe :

O dinheiro que vocêtem para comprar o "O TI-CO-TICO" dê á criada paraque ela compre de doces.

Lúcia chorou, m.is teveque se conformar.

Esta lição lhe valeu mui-l". pois nunca mais foi glu-tona nem mentirosa.

Lssa historia, espero, (pieservirá aos meus amigui-nhos (pie me lerem e ser-lhes uma bôa lição e quenáo sejam iguais á Lúcia.

Flavia Mar.(«S anos;

Page 22: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

SUPLEMENTO DO "MEU JORNAL"

GAVETINHÂ^jKffEfr ^^T ggggjg

M 3.^tvtSMroLrrn i u ^KjYí™r}m*^^^:.íí'''''io*'A'Jr^áK^ a—s SABEo

r a dChinlo, qdainterriasturavãoV—*

primeiro expio-o r europeu daa foi Marco P >-ue lá esteve ain-jovem. í)i'ixcuessanlos momo-escritas, cuja lei-inspirou Cristo-Colombo, impo-

¦ -M a viajar, e le-'p^coberta

.,-,.! é tam-/k-. «mamado "l'a;sdo Sol á meia noite".

9A ferrugem do fer-

ro é um oxido, istoé, o resultado dacombinação química,da ligação do Oxige-nio do ar com o mc-tal.

•Ao contrário do

que se diz, a feriu-gcn) nada tem de pe-rigosa. Quando ai-gueni se fere com umferro enferrujado, operigo está é na pe-nelração de micro-bios na ferida. I'orisso, estas devem serlavadas e desinfeta-das com o máximocuidado. A ferrugemnenhuma culpa cabe,pela infecção.

•O Barão de Mun-

chhauscn existiurealmente. Chama-va-se HicronimusKarl Friedrich vonMunchhauscn, eraoriginário dc Hanno-

foi capitão dorcito russo e fi-celebre por suas

•s grotescas.•

> egípcios acredi-.u;i dever a inven-

mo dos instrumentoslavoura á üsiris,

isto é, ao sol.•

Em 1'isck, na Boê-mia, não ha cães.

•A espinha dorsal é

formada de pequeni-

ILLUSTUACÂO

niUSIl.KIIÍA

Mensario de luxo \^^SA^A^^SS^^A^A^ASA^s^^s^^f^^m

nos ossos chamadosvértebras. Daí o no-mc que lambera lhedão, dc coluna verte-bral.

•Quem creou o ara-

do com rodas foramos gaulêses.

O .0 chocolate ó feito

ila semente do cacáo.•

O nosso pais égrande produtoroi- piassava, que ê afibra de que se re-vestem as palmeirasdesse nome.

•n perigoso comer

i dadas dc agrião e ai-t ice sem que essesvegetais tenham sidoconvenientemente la-vados.

•0 ar atmosférico é

combustível, porquese compõe dc oxige-nio.

•A atual bandeira

do Brasil foi ereadas c i e n t i f i <• a-mente, e não aom oro capricho deseus ideadores.Por isso, a posiçãodas estrelas que apa-recém no globo cen-Irai deve ser semprea ni e s in a. Corre-eponde á sua situ-ação no nosso céo,no dia 15 de Novem-bro de 188!), quandofoi proclamada a Be-publica, pelo Maré-chal Deodoro.

•A Inglaterra já foi

Republica.•

Bolidos — são cs-trêlas cadentes mui-to brilhantes e dota-das do movimentomais lento.

•A região do num-

do onde ha maiscorcundas. ó a Pe-?insula I b o r i o a .Assim, polo monosinformam as ostatis-ticas.

•De rada 1.00H flõ-

res, 281 são de oòrbranca, 220, amai o-Ias : 220, vermelhas;141. azues ; 73, vio-

MODA h ÜOHDA-DO é o melhor fi--lurino quo so von-de no Brasil.

letas ; 30, verdes ;12, alai-anjailas ; 1,castanhas e 2, pretas.Diz uni botarico...

•Ura avestruz pode

viver até 30 anos.9

Lavar os doutosapós as refeições eá noite, antes do dei-tar, é medida útil,que todos os nieni-nos deviam adotar.

•Tenha sempre sua

roupa 1 i m p a, bemabotoada o os sapa-tos engraxados.

•O sal dissolvido em

Âs quintas loirascircula

O MALHO

amoníaco, lira man-chás de gordura.

•O dia |3 de Maio

ó o da comemoraçãoda emancipação dosescravos, no Brasil.

•Poi a Princesa Isa-

boi, como regente dotrono no nosso pais,quem assinou a leique dava liberdadea todos os cativos,extinguindo 0 oscra-vidão.

•Entre os nomes d «

brasileiros que maiscorajosamente so h.-teram pela extinçãoda escravatura noBrasil, estão' .losé doPatrocínio c' CastroAlvos.

•Castro Alves foi co-

gnoininado "O poetados Escravos", tal

foi ii interesse quesempre teve pela li-bertaeão dos negros,no Brasil.

•A atmosfera lem 75

quilômetros de allu-ra, sobre a superfi-cio da Terra.

•NA se devo cortar

calos com canivetesnão desinfetados : operigo de infecção éenorme.

•Os chineses foram

os inventores dos de-(lais. A principioFabricavam-nos de vi-dro.

•O célebre tesor

Constan ti no, do repu-tação mundial, per-deu a voz subilaincn-te, quando cantava,em 191!), no México.Morreu do desgostodois dias depois.

•Os trens mais rapi-

dos do mundo são <>salemães e, desses, oexpresso B e r 1 i m-Hamburgo, que cor-re em uma volociiía-de média de EM, qui-lometres horários.

•Devemos bebe r,

por dia, pelo menos,um lilr0 de água.

•Para viver muito :

comer njoderadamen-lo o devagar.

•Lm proporção com

i, COTpO, a andorinhaó :i ave que teni aboca maior.

•Nas ilhas Sind-

wich os indígenas,em sinal do luto, ai-rançam sempre doi <dentes.

•O Capitólio era um

famoso templo romã-no.

•O aluii r uni peixe

que imita perfeita-mente o grasnado do

•O sabor nio

ir.•

Todo gesto bomtraz a quem o prati-

ca uma grande satisfacão. A0 contrario,as más ações nos cn-chem dc remorso.

Nazareno era o no-me que os judeuslavam aos que faziam

- de se abster dcqualquer bebida, dei-xando crescer os ca-bolos e a barba.

OO nome "Missipi"

significa pai dass". f. um rio

dos listados Unidosaue tem osso nome.

•O homem de bem

não receia juizes.•

A energia é umaqualidade. Lm ex-cesso a energia sctransforma om defei-l,,. Passa a ser bru-talidade.

•.Vida mais deprí-

mcnle do que um oa-rater om que predo-mina a volubilidade.

•As montanhas exis-

tentes na Lua sãomuito maiores do queas da Terra, propor-cionalmente ao lama*nho de ambos os as-tros .

•Conserva leu livro

sempre limpo c en-cadernado. Não oemprestes a colegasdescuidados c vadios.

•Um aquário de No-

va York tem 250 es-pécies diferentes dep< ixes.

•O cavalo alcança a

idade máxima de 30anos.

•o burro podo vi-

ver até essa idade,mas é mais raro que

rn aconteça.

MEU I.IVBO DE

HISTÓRIAS

presente dc valorpara as crianças

A venda i

Page 23: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

25 — Maio — 1938 23 - O TICO-TICO

A prataA prata

é um metalprecioso,de côr brancacinzenta, compouco brilho.Entre outrasq u a I i d a-des tem a deser sonora,maleavel, dú-til, emboranão tanto co-mo o ouro.Encontra-se na natureza

de misturacom o cloro,o- antimónio,e o ouro.

w* m w _r cj

__l_______^-__tw j1 ¦¦%¦%>%._¦%.-.¦»¦*%<¦>** .

líill e Renny, dois 'Tow - boys'" destemidos, estão em apuros. Quem osquer ajudar ? Quem ?Sete rnimais escaparam do campo do "Rancho Z" e eles têcm que darconta das reses. Os animais, fugitivos estão no desenho. Os amiguinhosde Bill e Benny certamente darão auxilio, não ? Vamos, então, procuraronde estão eles . . .

0 zinco!O zinco é

um corpo quena n a t u r e-za não se en- !contra em es-tado nativo,mas contidoem muitos ou-tros minerais.É duro e decôr cinzentaazulada,guando arde,ao fogo, pro-duz a cha-ma m u itob r i 1 h a n-

— Ultimo bilhete 1 Quem com-pra ? . . . Olha a sorte grande 1

I Assim apregoava Antonico, alegre-mente, porque um senhor bondosolhe dera uma bôa gorgêta de cincomil réis. Todo contente, passava as-sim, apregoando, pela avenida RioBranco, a mais bela artéria da capi-tal do Brasil.

Antonico, apesar de sua pouca ida-de, já tinha uma larga compreensãoda vida.

Quasi sempre tinha sorte e conse-

guia vender, quasi todos os bilhetes,após ingentes esforços. Outras ve-zes, porque moitas pessoas se pompa-deciam dele e"*compravam os bilbe-tes. Mas, um dia teve azar . . . Nã)conseguira vender nem um único bi-lhete . . . nem ao menos uma gorgê-tinha . . .

Antonico de tal modo se entriste-ceu que seus lindos olhoa se mareja-ram de lágrimas ao lembrar-se quesua mãezinh;! eslava gravemente en-ferina ; que. dt- tanto coser, adoece-ra repentinamente,

Antonico achava-se desesperado,pois cm casa não tinha, siquer, umvintém para comprar remédio ou ai-gum alimento. Neste instante, pas-sou um cavalheiro bem vestido, pos-suidor dc uni olhar bondoso e Anto-nico dele se aproxima todo esperan-coso, estendendo-lhe os bilhetes, comos olhos marejados d'agua.

0 Pü das H..POR

S. Diga ]an szeui.kaO cavalheiro, reparando os seus be-

los olhos cheios de lágrimas, adivi-nhou, talvez, o que se passava na ai-mazinha do menino, pois comproualguns bilhetes, dando-lhe ainda umabôa gorgèta.

Antonico jamais se esqueceu destegesto e jurando comsigo mesmo de,algum dia, haveria de demonstrar asua gratidão para aquele que, nummomento de maior aflição, viera emseu auxilio.

Era assim que, recordando essesfatos, Antonico apregoava, alegre-mente :

Ultimo bilhete ! Que m com-pra ? . . . Olha a sorte grande . . .

Subitamente, notou um homem, ma-gr0 c maltrapilho, encostado a umposte. Inconscientemente, a p r o x i-mou-se dele e, de repente, gritou :

Não é o senhor que, um dia,comprou-me uns bilhetes, defrontedaquele café ?

Sim, fui eu, sim — respondeu ohomem, com um triste sorriso. Está

admirado de me vêr neste estado,não ?

Antonico fitou-o intensamente, co-movido.

De repente, perguntou :.— Ainda não comeu nada ?— Não, ainda nada, mas por que ?É que tenho aqui algum dinheiro

duma gorgêta, posso dar-lhe a me^tade'. . . e fique também com essebilhete, como se o tivesse comprado.

E, sem esperar resposta, Antonicodepôs o bilhete na mão, admirado, esaiu correndo.

Ao dia seguinte, sem se lembrar doocorrido, Antonico levantou-se parao seu quotidiano trabalho.

Á tarde, porém, lembrou-sè do bi-lhete que dera ao homem e foi veri-ficar o resultado, mas, qual não foia sua surpresa, ao vêr que o bilheteque dera eslava premiado.

Palpitante de alegria, ia avisá-lo,quando ouviu uma voz atraz de si,dizendo :

— Ganhamos o prêmio . . . venhavêr . . .

Era o homem que, transbordantedc alegria, lhe chamava . .E hoje, vivem os tres numa lindacasinha, desfrutando tranqüilamenteo dinheiro que lhes coubera porsorte.

Page 24: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

O MISTÉRIO DOS DIAMANTES AMARELOSl\.r ALOYSIO (fl|

mwmy — -><^n WmmmmmmmmmmalZ^^rAm

Ume vai, retiradas as faixas que envolviam o rosto do co-B V -jM/W-i''- '' ¦¦ w, -.«*, S_* W//jjíJ _»_^t " ','-i , "~

k«knm.n H»rii.„. i««. ,„ , k A J__il -A, n,., )w\)\W< %%¦ MM' O volho pareceu irritado com « pergunta, resDonden-bre homem, Bartley e Jones viram com surpresa que era |_K- t. ____M<í,ul V íili' ' '?^ M> a. ,i„© i i -,/- , i.i'/ .^riV^Hftw. il ¦'"«' U '/ 77/ ^55^ '^# mi li oo, depor, de cnqo si encio ;Castro, o português, que escaDara de sor operado em í ^ffff BT *, !l «>%_T #// _ tonJ^ m.Wi„J 11 ,,,,,, , .circunstancia».

• \ ^__ffWfM«V'_:' ¦'¦¦'''' mmV^MM -^manL ue me "

Ça°

H(H£____ '' ./, ¦//¦¦¦' — Evitasfes que eu poupasse uma grande desgraça a este po- > x'^

,,. misteriosas peb ancião de barbas brancas. Castroainda estava meio atordoado e não parecia dar acordode si. O ancião falou então:. ..

— Evitastes que eu poupasse uma grande desgraça a este po-bre homem. Ele não devia recuperar a memória, pois ja viu o»diamantes amarelos e quem os vê nio mais poderá ser feti? !Bertlev retrucou: — Mas onde estão estes malditos diamantes!."

..«desgraçou e agora ameaça vitimar a vós, tão (ovensainda ! E' preciso que me ouçam com paciência J

(Contínua no próximo número).

Oi

H

no

ro

rsti

i*5'

co00

Page 25: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

25 — Maio — 1938 — 25^ O TICO-TICO

Çjk ^W||U|gujji ^ Jl É ffc prol "

i

/ t\\ \mk^m' ¦_. V*_tfi l^^êy -— fcí! -—"^A \ T717-n V 'v\^W 1/

E ai o guia' o» deixou, voltando pa-ra a faienda onde tinham vindo Na

pequena vila os náufragos já estavama um dia ...

. . . sem sabei como arran|ai dinheiro para segui-rem viagem para um porto onde pudessem tomarum navio. Foi quando

"Pernambuco" teve a . . .

. . . idéia de dirigir-se a um circo, ta

arranjar uma luta que rendesse algumdinheiro para a viagem ... .

(Continua no prónimo número).

Page 26: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

O TICO-TICO

PRECE MATERNADorme a criança no berço. DebruçadaSobre ela, com ternura e com carinho,Canta doce canção, em tom baixinho,A Mãe, de amor santíssimo abrasada.

Tão linda ! Tão pequena ! Uma alvo-[rada,

Um sorriso, uma flor, um passarinho,De luz, de olor, de canto o seu cami

[nhoEnchendo ... Que alegria abençoada 1

Sonhando, a pequenita ri. PareceUm anjo. E nesse anjo ao eco remon-

[ta na asaIdeal de ardente, de sublime prece,

Implora a Mãe : "Fazei-a, Deus, mo-[desta,

E que tranforme cm paraíso a c.tsaDe que ela dona fòr, piedosa e ho-[nesta .

LEONCIO CORREIA

O PRESENTEFazia anos D. Guiomar.

Ganhou custosas prendas nesse dia.A pequena Maria,

filha da sua antiga lavadeirae que era tambem sua afilhada,vestiu a sua roupa domingueirac foi levar-lhe, num sincero abraço,uma rosa encarnada.A tarde, no jardim, onde brincavam,as crianças, num bando, descutiam

quem ofertara a dádiva mais bella,

E, sem piedade, riamda pequena Maria

que éra apenas uma simples flor.

Já estava o pranto prestes a rolaidos olhos da menina,

quando apareceu D. Guiomartrazendo ao peito a rosa purpurinaDespeitadas as outras se

[entreolharam;e, emquánto a inveja as oprimia,um sorriso feliz desabrochavanos lábios descorados de Maria.

Liliniia Fernandes

BRASIL, O GIGANTE

_26^

Certamente que irão perguntar :— Como devemos trabalhar para

tornar o Brasil o primeiro dentre os

primeiros ?Seguindo o exemplo dos escotei-

ros, que estão sempre prontos paradeixar-se morrer pelo Brasil se umdia assim fôr necessário.

Logo que aparece o sol no ho-rizonte, ouve-se o ruflar dum tam-bor e loc;o depois vemos os esco-teiros, que marchando garbosos efirmes como gigantes, seguem emdireção ao campo.

Os escoteiros vivem em contatocom a natureza, sempre formosa esempre verde, lembrando-nos o nos-so dever para com o Brasil.

Porque não te vais juntar a eles,

para assim poderes dar o teu braçoforte, para erguer o Brasil, levan-do-o á luz do saber, tornando-o omas feliz país do mundo civilizado.

Fazei como o escoteiro, que ape-sar de pequeno é já um homenzi-nho, que derrubará, um por um to-dos os inimigos de sua pátria.

Quando vês a bandeira nacional,não sentes um orgulho de ser bra-sileiro ?

Sim, todos nós temos orgulho denascermos no Brasil, o gigante domundo.

Portanto, trabalhai sempre, sem

poupar esforços pelo Brasil, quemais tarde serás recompensado.

Dalton Gerson Trevisan

25 — Maio — 1938

O PEDIDO DE INÊSA* noite vinha caindo; levemente

ela ia escurecendo tudo...Inês, depois de resar suas orações

noturnas, disse :— Jesus, eu hoje vi uma estampa,

tão linda'! Um carneirinho, alvocomo a neve, estava preso entre osramos de uma planta espinhosa, queo feriam muito; balindo sentidamenteele esforçava-se, em vão, para sairdos galhos que o maltratavam.

Tu vieste; com tuas mãos meigase bondosas tiraste o carneirinho ma-chucado de dentre os ramos espi-nhosos; ele olhou-te com meiguice.como querendo agradecer-te o favor

que fazias; mas muito mais meigoera o teu olhar, que envolvia emdoçuras o animalzinho ferido.

Depois de uma pausa e um sus-

piro, Inês continuou :— Desejei tanto ser esse cordei-

rinho. Jesus... Queria muito queme livrasses desta vida má, que,como a planta espinhosa, fere-me ocoração. E' tão triste Jesus, viversem ninguém por nós no mundo. ..Tira-me daqui, leva-me em teu colo

para onde vives, creio que lá, só lá.

perto de ti e de meus pais. nadamais de mal me acontecerá; sereifeliz, muito feliz junto de ti. Leva-me...

E, soluçando, ela continuou o pe-dido : — Leva-me... leva-me...

Jesus atendeu...Noutro dia, pela manhã, ajoelha-

do junto a cama. estava o corpo deInês; mas... sua alma boa e sim-pies já ha muito havia ido paraperto de Jesus...

Carmencita Hortencia

Caros amiguinhos, vocês não de-,sejam que o Brasil seja o primeiropaís do mundo ?

Sem duvida alguma, que sim.Pois então nós, a mocidade bra-

sileira, é que precisamos trabalharpara faze-lo o primeiro dentre os

primeiros.

feimN/J

'w-w*

0A6OI0 V^oavwio

DESENHOS. DE CRIANÇAS

A' esquerda, "O garoto corsário", trabalho

de Joaquim Guerra de Souza, de 13 annos

dc idade. A' direita: "Automóvel", idéia de

Milson Adriano, de 4 anos de idade.

Page 27: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

' * \ YV? T— "Seu" ca-")

~^Z^ZZ~ C~" Voe* bateu P ^^ ^-~inInI_ ifxi -^ Vhorro.vá^ /jffflj?0* ,/^fr-fó^"mci,-pai~^P <^_§L_A^~--^ £=¦>

. ,~~~~~ ~~~ ~~ "Z-T" "^^r" da sevuinte maneira. A operaria colloca a aranha na palma da mbo e dando- ;j

A. A. J» -A. rmi »¦¦ ¦^m- ihes leves toques obriga-a a descer. Ao cahir, aranha produz um fio ao qual i—-—— „-,— r. ™ar.0ria coo-.ira nein nutra extremidade. Antes aue o in- ,i

Numa fabrica de instrumentos de precisão em Hoboken, perto de NovaYork, duzentas aranhas são empregadas em produzir fios de uma extrema fl-nura' necesarios para certos instrumentos.

Dantas empregavam-se, poro o mesmo íim, cobellos ou um fio de plotinoextraordinariamente delgado. Mas numerosos experlencios demonstraramque nada chevava ao fio a telo de aranho. O trobolho do oronho effectuo-se

da sevuinte maneira. A operaria colloca a aranha na palma da mbo e dando-lhes leves toques obriga-a a descer. Ao cahir, aranha produz um fio ao qualfica suspensa e que a operaria segura pela outra extremidade. Antes que o la-secto toque no chão, as operárias ligam esse fio a uma roda e dobram-no, fa-zendo girar com infinitas precauções.

Desta maneira, a aranha, querendo tocar no cnão e nao cnegando là, eobrigada a ir sempre mrolongando o fio. E' assim que uma só aranha pode mro-duzir um fio com centenas de metros. Fora das horas de trabalho, as aranhassáo conservadas em grandes caixas e alimentadas de moscas.

Is£5.5"

«oCOco

^4

hAAAAAA^W^

OHmm

oIH

o.O

Page 28: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

O TICO-TICO — 28 — 15 — Maio — 1938

'•^^"S^^w-v_*>toiS__*w*«^^,*'S_(*v*v*»*,V,'w«N/,*'^vN^vN^ K^_^lA^^^/V\AAAAAAA.\A/kAAA_ltA/'-N

S IN G AP U R ASingapore (em sánscrito Sinha- povos e raças apresenta um as-

pura. Cidade dos Leões) é uma peto bizarro.

ilha que fôrma parte dos Straits Singapura é o centro do com-

Settlements, ou Estabelecimentos do mercio da Europa com a Ásia

Estreito. Oriental e todo ele está concen-

A ilha está situada na extremi- trado na capital do mesmo nome,

dade meridional da península de onde convergem mais de 50 li-

Malaia e sua superfície é aciden- nhas de vapor de todas as nações,tada, formando uma sucessão de A cidade de Singapura liga-se aocolinas cuja altura varia de 90 continente asiático por uma ponte

Nossas leitoras^

Praia de Singapura

170m. Entre ascolinas cobertasde vegetação seinsinuam uns va-

les que se elevamapenas a 507m.sobre o nível domar. Estes são

os restos de anti-

gos fiordos for-mados pelas cor-entes.

Na ilha abun-dam as planta,ções estabelecidasem meios de gru-pos de arvores,restos de vegeta-

ções que noutrotempo cobriam toda a ilha. Estas mundo. Os edifícios europeus, as

florestas são impenetráveis por tendas e os templos chineses se

causa dos espinhos de gigantescas misturam com as mesquitas e oshervas que enlaçam a3 avores e pagodes indianos. As ruas sãodos troncos partidos que cobrem largas e limpas e bem construi-o solo. das. No centro de um formoso

Os tigres são ainda bastante parque coberto de relva e som-numerosos nas matas. Na ilha ha- breado por arvores, levanta-se umbitam numerosas raças—europeus, imponente monumento a Sir Tho-americanos, malaios, bengalezes, mas Standarof Raffles, fundadorárabes, armênios, javanezes, sia- da cidade,mezes, etc, e até esta mistura de Temple Manning

A MENTIRA E' UM HABITO AVILTANTE" — '~lf*fmryr**y^*>r>^^*>rm*mr'ir*rmfm*~*rm*m*mv^

próxima á estradade ferro que píer-corre a penínsulade Malaca e che-

ga até o Sião.Divide-se e m

numerosos b a i r -

ros, malaio, chi-nês, etc, que sc

distinguem

por suas diversasatividades e cons-truções. A mar-

gem do mar está

toda coberta de

cais e arsenais,onde atracam osvapores de todosos paizes do

Maria de Lourdes e Conceição deMaria, de 5 e 9 anos de idade, gra-ciosas filhinhas do Dr. ]. Amaral deMatos e nossas presadas leitoras.

0 organismo humanoO nosso organismo tem uma con-

stituição muito mais complicada doque, talvez, vocês supõem. Umainfinidade de corpos minerais, cmmaior quantidade uns, em menor ou-tros, entram na composição do nossocorpo, que pode ser comparado auma farmácia, a um laboratório deprodutos químicos. Examinando qui-micamente, o nosso organismo apa-rece com um aglomerado de muitoscorpos, entre os quais a agua, queexiste em maior quantidade no in-dividuo. Só ela fôrma cerca de doiaterços do peso do nosso corpo. Eli-minada a agua contida num orga-nismo humano, veremos que esteperde dois terços do seu peso.

Nossas amiguinhas j

¦

mt * if • .1 1H_________©- mi__U______í____L__m _____________________!

i .4 '.+ *

A graciosa Maria do Carmo, [ilhi-nha do Sr. Francisco Brasil e dz

D. Ana Boné.

Page 29: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

25 — Maio — 1938 — 29 — 0 TICO-TICO

GANHANDOTEMPO.

CAPÍTULO 18

, MED NOME E'ROGER , E O

SEU *

//-'•? *N__vI to n^

W QUEM E' ffl_>ENHO« ?

_K____K ________ ^^J\VR-___*^ii ___^_r5r

I^_____r mm^mmmmkm

—n____J -WhH „' i A • Q

(CONTINUA NO PRÓXIMO NÚMERO)

REPRESÁLIAHISTORIETA

— Sou Lili, tenho seis anos,Porém sou muito sabida,Quando discuto me zango,

Nunca me dou por vencida.

Quem me fizer qualquer cousaMe faça muito bem-feita,Porque de nada me esqueço,E fico sempre na espreitaNão me julguem vingativa,Mas também não sou santinha.Quando me "fazem alguma"Eu "tiro minha casquinha'

Em questões de sociedadeEu sou multo escrúpulos...Observo o protocoleDe maneira cautelosa.

Pelo meu aniversárioQuem me vem felicitarEu vou, depois, como é praxePessoalmente visitar.

Quem me manda um telegramaUm outro receberá,E. si me mandar um cartãoUm cartãozinho terá.Meus deveres sociaisGosto sempre de cumprir,E tudo na mesma moeda

Hei de sempre retribuir

Quando casar algum diaMuitos convites farei,Entretanto, a "todo mundo"Também não convidarei...Por exemplo: lá em casaUm convite ha que não vae:Não mandarei covidarA mamãe nem o papae...E querem saber por que?E' porque quando casaram,Fizeram bem caladinhos...Também não me convidaram...

Eustoroio Wanderley

RECEITASCREME COLOMBINA

Leva-se ao fogo, numa caçarola,60 grs. de manteiga á qual, depoisde derretida, junta-se 50 grs. defarinha de trigo, inexcnclo-se atéferver. acrescentando-_e em segui-da 2 litros de caldo de galinha.

Juntam-se 2 pombos alouradosem manteiga, deixando-os cozinhartudo durante meia hora, mais oumenos.

Escuma-se o caldo pondo-se nomesmo os pedaços dos pombos des-os _dos.

No momento de ir para a mesa,adicionam-se á sopa 3 gemas des-feitas em uni pouco de leite, dei-tando-se-lhe um pouco de molho

Page 30: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

O TICO-TICO — 30 — 25 — Maio — 1938

No-r/O-f CONCUR/O/CONCURSO N.« 4 1

Para os leitores desta Capital e dos Estados

Oferecemos hoje aos nossos leitoresmais um interessante e fácil concur-so de palavras cruzadas, cujas "cha-ves" são as seguintes :

Horizontais :— Prado— Retira-se

<i — Casa de jogo10 — Marujo13 — Olhar14 — Progenilorí»15 — Culpadas1C — Urbano Alves17 — Ivo Ribeiro Irlandê?18 — Mar, sem o meio1II — Achava graça21 — Ot() Rios22 — Flor.Verticais :

— Acalmar— Tornar semelhante— Arvores

G — Rosto— Fluido— Oscar Esteves— Acreditar

11 — Mana12 — Artigo no plural20 — Raiva.

- —)0(—-As soluções devem ser enviadas a

esla redação, separadas das de outrosquaisquer concursos e acompanhadasnão só do vale que vai publicado aseguir, c tem o número 41, como Iam-bem das declarações de nome, idadec residência do concurrente.

Para êsle concurso, que será encer-rado no dia 1." de Julho vindouro,oferecemos, como prêmios, por sorle,

entre as soluções certas, tres luxuososlivros de histórias infantis.

JVALEPAPA OCONCURSO

V )<3~7a^ N O= 41CONCURSO >'.- 4 2

Para os leitores desta Capital e dov• Estados próximos

Perguntas :!•' — Qual a nota de musica que

é conjunção ?d silaba) Álvaro Cruz

2." — Qual o país da Kuropa quea mulher via escrito ?

(4 sílabas) //„/,; Mendes3-' — Qual o animal formado da

fruta e da nota de musica ?(3 sílabas) Américo Viana

4.' — Qna] a bebida formada doadvérbio e da virtude ?

(2 sílabas) Laura Lima5.' — Qual a criminosa que é BOtfl

musical ?(1 silaba) Leonor Pereira

- -)0(- -As soluções devem ser enviadas á

esla redação, separadas das de eu-tros quaisquer concursos, e aeompa-nhadas das declarações de idade, re-sidencia e nome do concurrente, e

ainda do vale que vai publicado, aseguir, ç tem 0 número 42.

Para este concurso, que será encer-rado no dia 25 de Junho próximodaremos como prêmios, por sorte,entre as soluções certas, tres lindoslivros ilustrados de histórias infan-tis.

ÍVALEPARA OCONCURXON 42

RESULTADO DO CONCURSO N.° 29

U s JL A ___[___. _i__L-_l4

ímiEHi£íaí(A= ^9^T £B7 «í t.

Solução exala do concursoEnviaram soluções certas 349 solu-

cionistas.Foram premiados com um lindo li-•rro de histórias infantis os seguintes

concurrentes :MARIA HELENA FIGUEIRA RIBEIRO

Residente á avenida Oceânica, nú-mero 32, Raia, Cidade do Salvador.

iGNACfO HASLENGER JIWIORResidente á rua Herculano dc Frei-

tas, n. 46, R. Paulo, capital.MOYSÍ:.S CARLOS CAVACO

Residente á avenida Ipiranga, nú-mero 8118, Petrópolis, E. do Rio.

RESULTADO DO CONCURSO N.° 30Respostas cetins :1.* — Rosa 4." — Cora2." — Rir ;,.« _ «Sol.S." — ItáliaEnviaram soluções certas 3)1 solo-

cionistas.Foram premiados com um lindo li-

vro de histórias infantis os seguintesconcorrentes :

LÉA CASTILHO FERNANDESResidente á rua Gratidão, 107, Ti-

Juea, nestfl ('apitai.MARIA SANTOS

Residente em Magé, E. do Rio.

Page 31: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

25 — ."Maio — 193S — 31 0 TICO-TICO

;*¥? CurióCOLEÇÃO SETHEflSINO PRIMÁRIO POR MEIODO DESENHO - INTERESSA ÁCRIANt-A E FACILITA O MESTREVEJA NAS LIVUASIAS DO BRASILAS OSBAS DCSTA COLEÇÃO OO P£-ÇA PROSPCCTOS /K>"ATEllE*i SETH"R BAMAUHO ORTIGAt) 9-2°-RIO

D6POSITO EM S F-AULOJ.COUTO-R.RIACHUELO 28-A

Sombra e LuzRevista mensal illustrada de Octiltis-

mo e Espiritualismo Scientifico não sedirige só aos adultos.

Ella tem uma secção em que são cs-tildados dia por dia os nascimentos se-gundo as posições das estrellas.

Todo garoto, toda garotatem o seu futuro desvendado em

— "SOMRRA E LUZ" —51, Rua da Misericórdia

Piion-e 42-1842Director — Demctrio de Toledo

Phone particular: 27-7245Será enviado, gratuitamente, um n° de"SOMBRA E LUZ", a todos q„e o

solicitarem, por carta, ao seu Director.

JOSÉ' DOS SANTOS LIMAe

D. ANGELINA LIMA

Desejando correspondermo-noscom as pessoas acima, que agen-ciam assignaturas no Estado de S.Paulo, agradecemos, a quem as co-

Inhecer, o obséquio de enviar-nos o

seu endereço.

Nas salitrei-ras do Chile, ostrabalha-dores se diver-tem com um jo-go extrema-mente perigoso.Cada trabalha-dor aposta quepôde manter namão, por maistempo que ou-tro, um cartu-cho de dinami-te com o esto-pim aceso.

i • *

A bakelite éum produto dea I c a t r ã o

» que subs.titue aborracha, o ec-luloide e o áni-bar.

* a a

Foi na ilhade Chatam, noarquipélago dasGalapagos queDarwin obteveelementos paraexpôr sua teo-

FRASCOGRANDE

MAISECONÔMICO

A FELICIDADE dosnAES DEPENDE DAIAÚDEdosFILHOí

paes e filhos tomem

^arS^fe*??*^ A

MMUISXOJÊJdeSCOTT

ria de que o homem descende do macaco.

Os indios "Jivaros" têm a habilidade de esvasiaruma cabeça, tirando-lhe todos os ossos sem tirar apelle. Reduzem-n'a ao tamanho de um punho fechado.

O bem mais preciosoces e imiteis, porém, confesso que umexiste, para mahometanos e cristãos,judeus e budhistas, pagãos e ateus,uma felicidade maravilhosa, tesouroinestimável que é grato á todos : sã-bios e ignorantes, velhos e jovens, ri-cos e miseráveis, ditosos ou infeli-zes, crentes ou céticos. Tem fôrmahumana e essência divina, habita oinferno da maldade terrena e nos re-corda o paraiso sagrado. Fala, quan-do abençoa ; cala-se, depois que ouveuma maldição. En-uanio pousa naterra, ampara e salvaguarda os lio-mens; quando ascende aosceos, vé-Ia por eles até á sua morte. Tudooferta e nada pede. Ama sempre,até o sacrificio, perdoa e se dedicaa todos que o possuem e nem ao me-nos exige gratidão. Esse bem terre-no, o melhor de quantos existem, é,em suma, um rai») celeste iluminan-do a vida dos homens felizes que osabem conservar.

— Dize-me, pelo teu Deus, cristãoiluminado, qual é este bem, ondeexiste, por quanto o comprarei, se

o meu sultanato é pouco ante o seuvalor inestimável ?

Não se compra, El-Kamir, por-que Deus, misericordioso e bom, ooferta a todos os homens que vêemao mundo, quasi sempre indignos depossui-lo,

O melhor dom que existe, o únicoque nos prende verdadeiramente áterra e nos eleva aos céos, é o amorda nossa mãe.

Chorando, maravilhado c comovi-d»», exclamou o sultão :

Por Allah, oh cristão, escolhe,além do prometido, a recompensaque desejares, nem que seja metadedos meus domínios. Salomão c Mui-sés talaram pelos teus lábios.

Agradeço, poderoso sultão, atua generosidade. Peço-te, se algu-ma 0OÍSfl mereço, que perdões osmeus tres companheiros.

Encantado com „ desprendimentodo estrangeiro, El-Kamir fez um ges*to aos seus servos, para que libertas-sem os infiéis já aprisiona.los. E,o velho budhista, largando as alge-

mas, murmurava, sorrindo, um ver-siculo inspirado no código de Manú :"Um pai vale mais do que 100 mes-tres, e u'a mãe, vale mais do que1.000 pais".

Subitamente iluminado, feliz pelaverdade que aprendera, El-Kamir,que era bom e generoso, disse aocristão :

E agora, que a Justiça falou portua boca, eu te peço, discípulo doNazareno, que tragas aqui, para queseja honrada e recompensada a ven»turos.i mãe de tão nobre filho.

Ai, poderoso sultão, volveu, cho-rando o estrangeiro, tudo daria paraatender á tua ordem, mas eu nãopossuo mais o dom inestimável queé o melhor bem da terra !

E é por isso, El-Kamir, que cuhoje lhe reconheço o v;;l<>r, porqueos tesouros do mundo são assim . .sô os avaliámos, quando estão per-didos . . .

Alha Saltiel

-( P I M )-

Page 32: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01703.pdf · 2012. 8. 21. · Na Pérsia, se uma pessoa es-pirra antes

Aventuras de Chiauinho

¦

Chiquinho estava ancioso para fazer das"suas" ao Benjamim. Um dia chamou o seucompanheiro e disse-lhe: . . •

— Vai a ftira e distarçadamente. quan-do o homee-i des frutas estiver distraído, tiraumas laranjas Benjamin- relutou, mai como...

. .. o Chiquinho o obrigou, êle foi fazer o quelhe mandavam. Quando, porém, estava rou-bando as laranjas, o fruteiro botou a boca...

>

... no mundo I E correu atrai dele f Mas ao ... pi,tola êm punho o ameaçou ferozm.me. • • • obrigado pelo Chiquinho. Assim esco!*_chegar a esquina. Benjamim esbarrou com um Benjamim estava errenper-didissimo do que ?«<*° "*° ••»• outro remédio senão encarni-

policial, que de . . h8vid feito., . . nhar*»e cara a delegacia . . .

^o chegar a certo ponto o Benjamim ojoe*Ihou se e pediu perdão. Então deu-se um fatosurpreendente I

O policial não era outro senão o própriaChiquinho disfarçado, que contente d •tua travesiura , .,

. , . foi com o próprio Benjamim . feirae indenisou o fruteiro do prejuízo sofrido !