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Orientações para preenchimento do Demonstrativo de Compensações Compensação de Contribuições Previdenciárias Requisitos Para efetuar a compensação de contribuições previdenciárias através da GFIP, o sujeito passivo deve estar em situação regular em relação aos créditos constituídos por meio de auto de infração ou notificação de lançamento, aos parcelados e aos débitos declarados, considerando todos os seus estabelecimentos e obras de construção civil, ressalvados os débitos cuja exigibilidade esteja suspensa. O crédito decorrente de pagamento ou de recolhimento indevido poderá ser utilizado entre os estabelecimentos da empresa, exceto obras de construção civil, para compensação com contribuições previdenciárias devidas. Caso haja pagamento indevido relativo a obra de construção civil encerrada ou sem atividade, a compensação poderá ser realizada pelo estabelecimento responsável pelo faturamento da obra. A compensação poderá ser realizada com as contribuições incidentes sobre o décimo terceiro salário. A empresa ou equiparada poderá efetuar a compensação de valor descontado indevidamente de sujeito passivo e efetivamente recolhido, desde que seja precedida do ressarcimento ao sujeito passivo. É vedada a compensação pelo sujeito passivo das contribuições destinadas a outras entidades ou fundos. Situações passíveis de Compensação 1. Saldo de Retenção da Lei 9711/99 (CPRET) A empresa prestadora de serviços que sofreu retenção no ato da quitação da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, poderá compensar o valor retido quando do recolhimento das contribuições previdenciárias, inclusive as devidas em decorrência do décimo terceiro salário, desde que a retenção esteja: I. declarada em GFIP na competência da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, pelo estabelecimento responsável pela cessão de mão-de-obra ou pela execução da empreitada total; e

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Orientações para preenchimento do Demonstrativo de Compensações

Compensação de Contribuições Previdenciárias Requisitos Para efetuar a compensação de contribuições previdenciárias através da GFIP, o sujeito passivo deve estar em situação regular em relação aos créditos constituídos por meio de auto de infração ou notificação de lançamento, aos parcelados e aos débitos declarados, considerando todos os seus estabelecimentos e obras de construção civil, ressalvados os débitos cuja exigibilidade esteja suspensa.

O crédito decorrente de pagamento ou de recolhimento indevido poderá ser utilizado entre os estabelecimentos da empresa, exceto obras de construção civil, para compensação com contribuições previdenciárias devidas.

Caso haja pagamento indevido relativo a obra de construção civil encerrada ou sem atividade, a compensação poderá ser realizada pelo estabelecimento responsável pelo faturamento da obra.

A compensação poderá ser realizada com as contribuições incidentes sobre o décimo terceiro salário.

A empresa ou equiparada poderá efetuar a compensação de valor descontado indevidamente de sujeito passivo e efetivamente recolhido, desde que seja precedida do ressarcimento ao sujeito passivo. É vedada a compensação pelo sujeito passivo das contribuições destinadas a outras entidades ou fundos. Situações passíveis de Compensação 1. Saldo de Retenção da Lei 9711/99 (CPRET) A empresa prestadora de serviços que sofreu retenção no ato da quitação da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, poderá compensar o valor retido quando do recolhimento das contribuições previdenciárias, inclusive as devidas em decorrência do décimo terceiro salário, desde que a retenção esteja:

I. declarada em GFIP na competência da emissão da nota fiscal, da fatura ou

do recibo de prestação de serviços, pelo estabelecimento responsável pela cessão de mão-de-obra ou pela execução da empreitada total; e

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II. destacada na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços ou que a contratante tenha efetuado o recolhimento desse valor.

Para fins de compensação da importância retida, será considerada como competência da retenção o mês da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços.

O saldo remanescente em favor do sujeito passivo poderá ser compensado nas competências subsequentes, devendo ser declarado em GFIP na competência de sua efetivação, ou objeto de pedido de restituição.

Se restar saldo após a utilização dos valores retidos no abatimento da contribuição devida na própria competência, pelo estabelecimento que sofreu a retenção, este valor poderá ser compensado por qualquer outro estabelecimento da empresa cedente da mão de obra, inclusive nos casos de obra de construção civil mediante Empreitada Total, na mesma competência ou em competências subsequentes.

2. Crédito de Pagamento Indevido ou a Maior (CPIM) O sujeito passivo que apurar crédito relativo às contribuições previdenciárias previstas nas alíneas de "a" a "d" do inciso I do parágrafo único do art. 1º da IN RFB 900/2008, passível de restituição, poderá utilizá-lo na compensação de contribuições previdenciárias correspondentes a períodos subseqüentes.

Tais créditos, nesta modalidade, decorrem de um pagamento indevido ou a maior de uma Guia da Previdência Social – GPS, ocorrido em data anterior ao vencimento da competência na qual o crédito será utilizado através da compensação.

Para tanto, o contribuinte deverá preencher, na tela específica de detalhamento do crédito do tipo CPIM, os dados da GPS paga indevidamente ou a maior, que

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deverá constar dos sistemas da RFB para ser validada. Lembramos que, se o crédito estiver em mais de uma GPS, cada GPS constituirá um crédito à parte e deverá ser detalhada separadamente. Exemplo: O contribuinte tem débito de contribuições previdenciárias no valor de R$ 200,00 na competência 01/2010. Entretanto, na hora de efetuar o recolhimento, pagou, na data de 20/01/2010, duas GPS de R$ 250,00 cada.

Desta forma, abatido o valor devido (R$ 250,00 + R$ 250,00 - R$ 200,00), resta um saldo de R$ 300,00, que pode ser utilizado em compensação.

Caso decida utilizar os R$ 300,00 de crédito da competência 01/2010 para abater o valor devido à Previdência Social na competência 02/2010, deve detalhar da seguinte forma:

GPS 01 a ser detalhada Valor Total da GPS: R$ 250,00 Competência da GPS: 01/2010 Data do pagamento: 20/01/2010 Valor utilizado: R$ 250,00 GPS 02 a ser detalhada Valor Total da GPS: R$ 250,00 Competência da GPS: 01/2010 Data do pagamento: 20/01/2010 Valor utilizado: R$ 50,00

Caso o contribuinte, equivocadamente, detalhe o crédito somando os valores, o sistema emitirá um alerta, solicitando a confirmação do preenchimento, posto que não existe na base de dados da RFB uma guia de recolhimento com o valor declarado, ficando a demonstração em malha para averiguação da RFB.

Exemplo: Valor Total da GPS: R$ 300,00 Competência da GPS: 01/2010 Data do pagamento: 20/01/2010 Valor utilizado: R$ 300,00

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Ou seja, as guias devem ser detalhadas de forma a identificar o(s) documento(s) efetivamente pago(s). Observação: Os entes públicos municipais, que porventura tenham sofrido retenção de contribuição previdenciária a maior no Fundo de Participação dos Municípios – FPM, deverão informar o detalhamento neste item, informando como data do pagamento a data da retenção da parcela e como valor da GPS o valor total da retenção efetuada (o valor retido indevidamente ou a maior será o valor disponível para utilização através do mecanismo de compensação). 3. Pagamento indevido ou a maior de débito previden ciário, através de GPS, identificado por código de controle da RFB (DEBCAD) , emitido quando da lavratura de um Auto de Infração 1 Um pagamento indevido vinculado a um documento de débito ou parcelamento (DEBCAD) é semelhante a um pagamento indevido normal (CPIM, item 2). Neste caso deve ser informado o valor pago, vinculado ao código do DEBCAD, juntamente com o valor total pago (total do débito ou da parcela paga) e, no

1 Este número de controle, denominado DEBCAD, consta da capa do documento de autuação recebido pelo contribuinte após a sua constituição, por meio da lavratura do Auto de Infração ou da comunicação da lavratura de débito confessado em Gfip (DCG).

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campo valor utilizado, deverá ser informado o valor pago indevidamente ou a maior que será utilizado na compensação que está sendo detalhada.

4. Crédito de Salário Família e Salário Maternidade (CSFM) O sujeito passivo que apurar crédito relativo às deduções de Salário Família e/ou Salário Maternidade, não aproveitados na sua totalidade na competência em que foram declarados, poderá solicitar o reembolso ou utilizá-los na compensação de contribuições previdenciárias correspondentes a períodos subseqüentes.

5. Crédito decorrente de ação judicial (JUD) Quando o contribuinte, por meio de ação judicial impetrada em seu nome, possuir um crédito passível de compensação com contribuições previdenciárias, observado que a legislação vigente veda a compensação de créditos de outros tributos com débitos previdenciários, salvo se a decisão judicial prolatada determinar situação diferente.

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Neste caso, o contribuinte deverá informar os dados da ação judicial proposta e o valor utilizado na competência cuja compensação será detalhada, para validação pela RFB. Caso o valor do crédito reconhecido na ação judicial seja superior ao necessário para uma competência, os dados do processo deverão ser repetidos para as demais competências nas quais a compensação for embasada nesta origem de crédito, sendo que no campo do valor utilizado, deverá ser informada apenas a parcela utilizada para aquela compensação específica.

Outras situações Além destas situações, potencialmente geradoras de créditos previdenciários, foram elencadas situações específicas onde, em virtude de alterações legais, o campo Compensação da GFIP foi utilizado para justificar ajustes de base de cálculo de contribuições previdenciária no sistema Sefip. A Coordenação Geral de Arrecadação e Cobrança da RFB emitiu, através de atos declaratórios, orientações para os seguintes casos específicos: Empresa de TI e abrangidas pelas Leis 11.774/2008 e 12.546/2011 (TI)

Para fins de aplicação da substituição das contribuições previdenciárias estabelecidas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, prevista no caput do art. 7º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, as empresas que prestam serviços de Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) deverão observar o disposto neste artigo quando da prestação de informações no Sistema Empresa de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (Sefip), até que ocorra a adequação desse sistema.

Os valores de Contribuição Previdenciária Patronal, calculados pelo Sefip e demonstrados no "Comprovante de Declaração das Contribuições a Recolher à Previdência Social" nas linhas "Empregados/ Avulsos" e "Contribuintes Individuais"

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abaixo do título Empresa, devem ser somados e lançados no Campo "Compensação".

Também estão sendo incluídas nesse período experimental empresas de confecção, artigos de viagem, bolsas e artefatos semelhantes, calçadista e moveleira, as quais contribuirão sobre o valor da receita bruta ajustada à alíquota de 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), em substituição às contribuições previdenciárias patronais. As empresas abrangidas são aquelas que fabricam produtos classificados nos seguintes códigos da TIPI:

Código NCM Descrição 3926.20.00 Vestuário e seus acessórios (de plásticos e de outras matérias das

posições 39.01 a 39.14 da TIPI). 40.15 Vestuário e seus acessórios de borracha vulcanizada não

endurecida, para quaisquer usos. 42.03 Vestuário e seus acessórios, de couro natural ou reconstituído. 43.03 Vestuário, seus acessórios e outros artefatos de peleteria (peles

com pêlo). 4818.50.00 Vestuário e seus acessórios (de pasta de papel, papel, pasta

(“ouate”) de celulose ou de mantas de fibras de celulose). 63.01 Cobertores e mantas. 63.02 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha. 63.03 Cortinados, cortinas, reposteiros e estores; sanefas e artigos

semelhantes para camas. 63.04 Outros artefatos para guarnição de interiores, exceto da posição

94.04. 63.05 Sacos de quaisquer dimensões, para embalagem.

6812.91.00 Vestuário, acessórios de vestuário, calçados e chapéus (à base de amianto trabalhado, em fibras; misturas à base de amianto ou à base de amianto e carbonato de magnésio; obras destas misturas ou de amianto).

9404.90.00 Outros suportes elásticos para camas (somiês); colchões, edredões, almofadas, pufes, travesseiros e artigos semelhantes, equipados com molas ou guarnecidos interiormente de quaisquer matérias, compreendendo esses artigos de borracha ou de plásticos, alveolares, mesmo recobertos.

61 Vestuário e seus acessórios, de malha 62 Vestuário e seus acessórios, exceto de malha

4202.11.00 Baús para viagem, malas e maletas, incluídas as de toucador e as maletas e pastas para documentos e de estudante, e artefatos semelhantes com a superfície exterior de couro natural ou reconstituído, ou de couro envernizado.

4202.21.00 Bolsas, mesmo com tiracolo, incluídas as que não possuam alças, com a superfície exterior de couro natural ou reconstituído, ou de couro envernizado.

4202.31.00 Artigos do tipo dos normalmente levados nos bolsos ou em bolsas, com a superfície exterior de couro natural ou reconstituído, ou de couro envernizado.

4202.91.00 Outros itens (estojos, baús, caixas, etc.) com a superfície exterior de couro natural ou reconstituído, ou de couro envernizado.

4205.00.00 Outras obras de couro natural ou reconstituído não relacionadas em códigos específicos do capítulo 42 da TIPI.

6309.00 Artefatos de matérias têxteis, calçados, chapéus e artefatos de uso semelhante, usados.

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64.01 Calçados impermeáveis de sola exterior e parte superior de borracha ou plásticos, em que a parte superior não tenha sido reunida à sola exterior por costura ou por meio de rebites, pregos, parafusos, saliências (espigões) ou dispositivos semelhantes, nem formada por diferentes partes reunidas pelos mesmos processos.

64.02 Outros calçados com sola exterior e parte superior de borracha ou plásticos.

64.03 Calçados com sola exterior de borracha, plásticos, couro natural ou reconstituído e parte superior de couro natural.

64.04 Calçados com sola exterior de borracha, plásticos, couro natural ou reconstituído e parte superior de matérias têxteis.

64.05 Outros calçados. 64.06 Partes de calçados (incluídas as partes superiores, mesmo fixadas

a solas que não sejam as solas exteriores); palmilhas amovíveis, reforços interiores e artefatos semelhantes, amovíveis; polainas, perneiras e artefatos semelhantes, e suas partes.

94.01 Assentos (exceto os da posição 94.02), mesmo transformáveis em camas, e suas partes.

94.02 Mobiliário para medicina, cirurgia, odontologia ou veterinária (por exemplo, mesas de operação, mesas de exames, camas dotadas de mecanismos para usos clínicos, cadeiras de dentista); cadeiras para salões de cabeleireiro e cadeiras semelhantes, com dispositivos de orientação e de elevação; suas partes.

94.03 Outros móveis e suas partes.

No caso de empresas que se dediquem também a outras atividades o cálculo da contribuição alcançará apenas à parcela da receita bruta correspondente aos produtos em referência. Nestes casos, a redução da Contribuição Patronal (incisos I e III do art. 22 da Lei 8.212/1991), será proporcional. O percentual de redução resultará da razão entre a receita bruta de atividades relacionadas à fabricação dos produtos destacados e a receita bruta total.

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Para saber mais, consulte: Ato Declaratório Executivo Codac nº 93, de 19 de dezembro de 2011. Instituição de Ensino Vinculada ao Prouni Conforme o disposto no Artigo 13 da Lei 11.096/2005, as pessoas jurídicas de direito privado, mantenedoras de instituições de ensino superior, sem fins lucrativos, que adotarem as regras de seleção de estudantes bolsistas a que se refere o art. 11 desta Lei e que estejam no gozo da isenção da contribuição para a seguridade social de que trata o Prouni e, que optarem, a partir da data de publicação da referida Lei, por transformar sua natureza jurídica em sociedade de fins econômicos, na forma facultada pelo art. 7o-A da Lei no 9.131, de 24 de novembro de 1995, passarão a pagar a quota patronal para a previdência social de forma gradual, durante o prazo de cinco (05) anos, na razão de 20% (vinte por cento) do valor devido a cada ano, cumulativamente, até atingir o valor integral das contribuições devidas.

Até a competência 11/2008, quando o sistema Sefip foi atualizado, as empresas na situação descrita acima utilizavam o campo compensação para informar a diferença entre a contribuição devida (que crescia à razão de 1/5 ao ano) e a calculada pelo sistema, a fim de apurar o valor efetivamente devido para recolhimento.

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Simples Anexo V (SA5) Durante o período compreendido entre 07/2007 e 12/2008, as empresas optantes pelo Simples Nacional, enquadradas no Anexo V, deveriam pagar a contribuição Previdenciária Patronal (CPP) substitutiva, com base num percentual de seu faturamento.

Entretanto, a IN 763/2007 determinava que as microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP) optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), que exerçam atividades tributadas exclusivamente na forma dos anexos IV e V da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, deveriam informar no Sistema Empresa de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (SEFIP):

I - no campo "SIMPLES", "não optante"; e

II - no campo "Outras Entidades", "0000".

Desta forma, o sistema Sefip gerava uma contribuição patronal que era divergente da devida, em virtude da substituição prevista. Para eliminar esta distorção, o contribuinte informava o valor da CPP calculada pelo Sefip como compensação, até a vigência da Instrução Normativa RFB 925/2009.

Caso as compensações se refiram a este tipo específico, a modalidade a ser preenchida na ficha detalhamento é Simples Anexo V.

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Para Saber mais Consulte: � Instrução Normativa RFB Nº 763, de 1º de Agosto de 2007. � Instrução Normativa RFB Nº 925, de 6 de Março de 2009. � Ato Declaratório Executivo Nº 49, de 8 de Julho de 2009.

Observações Na hipótese de compensação indevida, quando se comprove falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo, o contribuinte estará sujeito à multa isolada aplicada no percentual previsto no inciso I do caput do art. 44 da Lei no 9.430, de 1996, aplicado em dobro, e terá como base de cálculo o valor total do débito indevidamente compensado.

É vedada a compensação de contribuições previdenciárias com o valor recolhido indevidamente para o Simples Nacional, instituído pela Lei Complementar nº 123, de 2006, e o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples), instituído pela Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996.

É vedada a compensação pelo sujeito passivo das contribuições destinadas a outras entidades ou fundos.

No caso de compensação indevida, o sujeito passivo deverá recolher o valor indevidamente compensado, acrescido de juros e multa de mora devidos.

Caso a compensação indevida decorra de informação incorreta em GFIP, deverá ser apresentada declaração retificadora (nos procedimentos internos da RFB para validação dos dados ora apresentados, esta declaração será considerada, salvo se a empresa notificada estiver sob ação fiscal, situação na qual ficará impossibilitada de praticar a autorregularização, uma vez que está sujeita à

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autuação, caso não comprove a origem dos recursos indevidamente compensados).

Vale lembrar que é de responsabilidade do contribuinte manter seus dados cadastrais atualizados perante a RFB.

Procedimentos para Detalhamento das Compensações Realizadas Passo 1: O contribuinte deverá efetuar sua Identificação no Portal do e-Cac, através de Certificado Digital, Procuração Eletrônica ou Código de acesso, conforme figura abaixo:

O contribuinte deverá acessar o conteúdo de Restituição e Compensações, selecionando o item Compensação de Contribuições Previdenciárias GFIP.

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Será aberta página com as seguintes Informações:

• Quadro “Identificação”, com os dados do contribuinte; • Quadro “Notificações”, com os períodos que devem ser detalhados, por ano

calendário, e o prazo para detalhamento, que deve ser observado2. Passo 2:

Após clicar no ícone Detalhar, o contribuinte será direcionado para a página seguinte. O quadro “Compensações” contém, competência a competência, as compensações declaradas em GFIP, tanto no estabelecimento matriz como nos

2 Caso o contribuinte necessite dilatação do prazo deverá solicitá-la perante a Delegacia da Receita Federal jurisdicionante, dentro do prazo previsto para detalhamento.

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demais estabelecimentos e obras de construção civil vinculados ao contribuinte, quando for o caso. Para iniciar o detalhamento da origem dos créditos compensados, o contribuinte deve clicar o ícone “Detalhar”, relativo a cada competência, que remete à tela seguinte:

Esta tela apresenta a listagem por competência das compensações a detalhar por CNPJ/CEI (estabelecimento ou obra). O detalhamento é feito a partir do botão na coluna “Detalhar”.

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Passo 3:

Esta tela contém diversos quadros:

• o quadro “Identificação”; • o quadro “Compensação”, contendo o CNPJ que efetuou a compensação, a

competência da compensação; a competência Inicial e a Final do Crédito que originou a compensação, o valor compensado e o valor detalhado;

• o quadro “Detalhamento”, que deverá conter as informações do detalhamento, quando já prestadas pelo contribuinte (a Competência de Origem do Crédito; o CNPJ de origem do crédito, que poderá não ser o mesmo que utilizou os valores na compensação; o Valor Utilizado, que corresponde ao valor da compensação relativa ao tipo de crédito utilizado, e

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Tipo de Crédito3, além dos ícones EDITAR, para promover alterações devido a erros de digitação e Excluir, para excluir todos os dados daquele detalhamento específico);

• o quadro “Inscrição de Nova Origem de Crédito”, destinado à seleção, dentre as possibilidades relacionadas, do tipo do crédito que justifica a realização da compensação.

Passo 4: Após o procedimento de seleção do tipo de crédito (os tipos de crédito possíveis estarão apontados no quadro inferior).

Uma vez selecionada a origem desejada, utilize o botão Inserir Origem de Crédito para acessar a tela específica.

3 O campo tipo de crédito refere-se á uma das possibilidades de crédito, destacadas no item situações possíveis de declaração como compensação, também apresentadas de forma resumida nesta tela.

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A tela seguinte trará as informações que devem ser preenchidas, conforme o tipo de crédito selecionado, para que os sistemas da RFB validem a origem declarada.

O contribuinte deve atentar para os avisos, pois o sistema aponta em tempo real potenciais inconsistências entre a declaração ora prestada e as informações disponíveis na base de dados da RFB.

Uma vez concluído este procedimento, o sistema retorna à tela do Passo 3. Este procedimento deverá ser repetido até que o valor detalhado seja compatível com o valor compensado. Passo 5: A cada nova origem incluída será apresentado o valor detalhado pelo contribuinte até o momento. Os dados inseridos podem ser excluídos ou editados até o momento da conclusão dos detalhamentos.

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Concluído o detalhamento para uma determinada competência o contribuinte deve retornar à tela anterior (Passo 2), utilizando o botão Voltar , repetindo o procedimento para as demais competências pendentes de detalhamento.

É importante destacar que, quando o crédito que está sendo compensado tiver origem em outro estabelecimento (ou obra) da empresa, o CNPJ do estabelecimento detentor do crédito deverá ser informado, conforme demonstrado abaixo:

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Finalizado o detalhamento de todas as competências , ao retornar ao Passo 2, o contribuinte verificará que o campo status de seu detalhamento estará na cor Verde.

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Retificações e ajustem podem ser realizados, executando novamente os passos 3 e 4, através do link Detalhar , que também é usado para detalhar as demais compensações apresentadas, executando sucessivamente os passos 3,4 e 5.

Terminados os detalhamentos basta utilizar o botão “Finalizar Detalhamento” , existente na parte inferior da tela. O sistema solicitará confirmação, uma vez que, finalizado o detalhamento, o contribuinte não poderá mais alterá-lo .

A partir daí é possível visualizar ou imprimir o recibo do detalhamento.

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