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Instruções Documentos Oficiais OFICIAL DA PBH C O M U N I C Ç Ã O M a n u a l Ofícios @

ComunicaçãoOficialPBH

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InstruçõesDocumentos Oficiais

OFICIAL DA

PBH

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MUNIC ÇÃ

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M

anual

Ofícios

@

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COMUNICAÇÃO OFICIAL DAPREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE

JANEIRO DE 2003

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Secretaria Municipal de Governo, Planejamento e Coordenação Geral

Secretaria Municipal de Modernização Administrativa e Informação

Gerência de Modernização Administrativa

ELABORAÇÃO:

Gerência de Desenvolvimento Institucional

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................ 5

1. NORMAS GERAIS................................................................................................................. 71.1. DISPOSIÇÃO DO TEXTO NOS DOCUMENTOS .............................................................. 91.2. GUARDA E CONSERVAÇÃO............................................................................................ 91.3. CORRESPONDÊNCIA ...................................................................................................... 91.4. RECOMENDAÇÕES........................................................................................................ 101.5. CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS........................................................ 101.6. AUTENTICIDADE DE DOCUMENTOS OFICIAIS NA PBH.............................................. 11

2. ATOS ADMINISTRATIVOS.................................................................................................. 122.1. ACÓRDÃO....................................................................................................................... 132.2. ATA.................................................................................................................................. 152.3. CIRCULAR....................................................................................................................... 182.4. DECRETO ....................................................................................................................... 212.5. DESPACHO..................................................................................................................... 252.6. FORMULÁRIO ................................................................................................................. 272.7. INSTRUÇÃO.................................................................................................................... 292.8. MANUAIS ........................................................................................................................ 332.9. OFÍCIO ............................................................................................................................ 372.10. PARECER........................................................................................................................ 412.11. PORTARIA ...................................................................................................................... 432.12. RESOLUÇÃO .................................................................................................................. 46

3. SISTEMAS DE TRANSMISSÃO DE DADOS E IMAGENS .................................................. 483.1. FAX.................................................................................................................................. 493.2. E-MAIL............................................................................................................................. 51

4. ELEMENTOS DE ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA ............................................................... 524.1. ABREVIATURAS E SIGLAS ............................................................................................ 534.2. PRONOMES DE TRATAMENTO..................................................................................... 594.3. COLOCAÇÃO PRONOMINAL ......................................................................................... 624.4. CONCORDÂNCIA VERBAL............................................................................................. 664.5. CONCORDÂNCIA NOMINAL .......................................................................................... 704.6. REGÊNCIA VERBAL ....................................................................................................... 714.7. REGÊNCIA NOMINAL ..................................................................................................... 764.8. EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO .................................................................... 804.9. CRASE ............................................................................................................................ 844.10. VÍCIOS DE LINGUAGEM................................................................................................. 864.11. HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS ........................................................................................ 94

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................... 103

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APRESENTAÇÃO

As inovações tecnológicas e o aperfeiçoamento dos meios de comunicação exigem que sefaçam constantes revisões nas normas de execução dos textos técnicos, atualizando-as etornando-as instrumentos facilitadores do processo de relação pessoal e administrativa.

Tendo em vista que é meta do Governo Municipal modernizar a Administração, permitindoacelerar o andamento de comunicações, bem como reduzir custos, vem a Secretaria Municipalde Modernização Administrativa e Informação, através da Gerência de ModernizaçãoAdministrativa, apresentar a todos os segmentos da Administração Direta da Prefeitura de BeloHorizonte, o manual de “Comunicação Oficial da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte”.

Buscamos, através do presente manual, racionalizar e padronizar a redação das comunicaçõesoficiais, pela atualização da linguagem nela empregada e uniformização das diversasmodalidades de expedientes.

Que essa fonte de pesquisa, ampliada e atualizada, possa contribuir para a evolução do acessoà informação e aprimoramento dos campos comunicativos de forma acessível, objetiva, didáticae dentro da correção da norma culta da língua.

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Este manual encontra-se disponível na intranet; endereço: http://intranet.modernizacao.pbh

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1. NORMAS GERAIS

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O desperdício – de tempo, de material, de esforço humano – deve ser combatidoeficazmente. Sobretudo o de esforço humano, por irreparável que é.

Henry Bernatené

A ação escrever é das que absorvem maior parcela de esforço humano em muitas entidadespúblicas – é preciso reconhecer sua influência na produção e no custo administrativo.

A racionalização é necessária. Há termos e expressões sem qualquer proveito prático e fechosextensos demais quando não contrastam seus elementos.

O emprego exagerado de fórmulas (para os devidos fins/ de ordem superior/ chamo a vossaatenção/ reportando-me ao seu ofício em referência), os pleonasmos e as incongruênciasrepetidos sem a menor análise impelem o redator a vícios.

São princípios básicos da linguagem oficial:

Correção e contemporaneidade:

A correção da linguagem deve ser requisito importante para qualquer tipo de correspondência.Ela consiste na adoção de princípios e normas do nosso idioma e nas regras gramaticais eortográficas atuais.

Muitas vezes escrevemos corretamente, porém fugimos da contemporaneidade, isto é,empregamos termos arcaicos e em desuso. Palavras que outrora tiveram força, hoje deixaramde ter expressiva significação. São o que chamamos “arcaísmos” (veja item 4.10 de “Elementosde Ortografia e Gramática”).

Os neologismos devem ser evitados quando houver, em nosso idioma, palavras ou expressõesque possuem mesmo sentido.

Clareza:

Expressão cristalina do pensamento, idéias identificadas em frases simples. É a compreensãodo texto por qualquer pessoa, independente do conhecimento ou não do assunto.

Precisão:

Emprego da palavra certa no momento adequado, transmitindo, de forma exata, o que nos vaiao pensamento.

Sobriedade:

A linguagem oficial deve ser caracterizada pelo emprego de palavras ou frases sóbrias, polidas erespeitosas. Não cabe, neste caso, uma linguagem informal ou vulgar.

O tratamento deve ser atencioso e reverente, nunca descambando para a intimidade. A gíria e aironia devem ser abolidas, deixando que a sobriedade envolva tudo o que está sendo colocadono papel.

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Concisão:

Utilização de termos absolutamente indispensáveis para que o pensamento seja entendidoimediatamente pelo destinatário. Palavras supérfluas, com muita adjetivação, repetição determos e idéias devem ser eliminadas, sob pena de comprometer a eficácia do documento.

1.1. DISPOSIÇÃO DO TEXTO NOS DOCUMENTOS

A largura das margens varia conforme o tipo do papel a ser utilizado, ficando a cargo dodigitador o estabelecimento de suas medidas.

A título de sugestão, informamos:

• A margem esquerda deve ser suficientemente larga, cerca de 2,5 cm a 4 cm, pois odocumento recebe perfuração nesse local, quando arquivado;

• A margem direita não deve ser inferior a 1,5 cm;

• A margem superior deve equivaler à esquerda, entre 2,5 cm e 4 cm;

• A margem inferior deve ter cerca de 2 cm.

Em se tratando de papel timbrado, a margem superior deve ser 1,5cm, a esquerda 2,5cm,direita 0,5cm e inferior 0,5cm

A estética, ou seja, a disposição do texto na página, contribui para a eficácia do mesmo.

1.1.1. Paragrafação

Na redação dos atos administrativos, recomenda-se a formatação em blocos inteiros. Todas aslinhas começam na margem esquerda, sem entradas, marcando-se os parágrafos porentrelinhas duplas.

1.2. GUARDA E CONSERVAÇÃO

A guarda e a conservação deverão obedecer ao estabelecido na Tabela de Temporalidade eDestinação de Documentos de Arquivo, Decreto Municipal n.º 9.223, de 20 de maio de 1997 ealterações posteriores. A Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivoencontra-se disponível na intranet.

1.3. CORRESPONDÊNCIA

1.3.1. Conceito

Correspondência é a forma de comunicação escrita que é estabelecida entre pessoas - físicasou jurídicas - para tratar de assuntos de mútuo interesse.

1.3.2. Classificação

A correspondência pode ser particular, oficial ou empresarial.

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Correspondência particular:Correspondência particular é aquela estabelecida entre pessoas físicas e pode ter ou nãocaráter de intimidade.

Correspondência oficial:Correspondência oficial é a que ocorre entre órgãos da administração direta ou indireta doserviço público civil ou militar, no âmbito municipal, estadual ou federal e da AdministraçãoDireta para particulares.

Correspondência empresarial:É aquela através da qual as empresas ou quaisquer entidades se comunicam com as pessoasfísicas ou jurídicas, tendo em vista as mais diversas finalidades.

1.3.3. Papelaria

Para acondicionamento e envio de correspondências oficiais da PBH devem ser utilizadosenvelopes padronizados, contendo assinatura/brasão oficial. Quando se tratar decorrespondências de circulação interna, deve ser adotado o envelope - código AGC-00101120,que permite maior economicidade e praticidade, uma vez que pode ser reutilizado 30 vezes.

1.4. RECOMENDAÇÕES

a) Redija sua comunicação como se estivesse no lugar daquele que irá receber acorrespondência. Deve pensar que este, a princípio, desconhece o objetivo ou o assunto de suamensagem. Portanto, a linguagem deve ser clara e o conteúdo bem objetivo, para evitarcompreensão ambígua por parte de quem recebe sua correspondência.

b) Pense bem antes de escrever: Qual é o referente (assunto) do texto? Qual a mensagem quedesejo passar? Quem é o receptor?

c) Tenha sempre em mãos os Pronomes de Tratamento utilizados em toda e qualquercomunicação oficial. (veja item 4.2 de “Elementos de Ortografia e Gramática”)

d) Conforme já foi dito na apresentação deste manual, estamos sempre em processo deevolução, e a Língua Portuguesa, por ser uma língua dinâmica, estará também sempre seinovando. Portanto, esteja atento às comunicações recebidas, em âmbito geral, para iracompanhando a evolução das técnicas.

e) Cuide da apresentação de seus textos. Ninguém gosta de receber uma correspondênciarasurada e/ou de má aparência.

f) Você, como autor do texto, representa sua Secretaria ou sua Gerência. Portanto, seu textodeve ser redigido na 1ª pessoa do plural. Seja responsável, profissional e educado.

1.5. CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Os atos administrativos oficiais, pelos predicativos e peculiaridades, intrínsecos ou finalísticos,podem ser classificados em seis categorias, que abrangem a totalidade dos documentos deredação oficial, pelas quais os atos administrativos são expressos e formalizados.

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Atos deliberativo-normativos: São aqueles que contém um comando geral do Executivo,visando à correta aplicação da lei, e explicitando a norma legal observada pela administração epelos administrados.Exemplos: decretos, despachos, instruções, resoluções, portarias, acórdãos, manuais.

Atos de correspondência: Estes atos podem ser de correspondência individual ou pública. Suacaracterística é ter destinatário declarado.Exemplos: ofícios, circulares.

Atos enunciativos: São todos aqueles em que a administração limita-se a atestar ou certificarum fato, ou emitir uma opinião sobre determinado assunto, sem vincular-se a seu enunciado.Exemplos: parecer.

Atos de assentamento: São aqueles que se destinam a registro. São documentos que contémassentamentos sobre fatos ou ocorrências.Exemplos: atas.

Atos negociais: São declarações de vontade da autoridade administrativa, destinadas aproduzir efeitos específicos e individuais para o particular interessado.Exemplos: licença, autorização, permissão, homologação, dispensa, renúncia.

Atos ordinatórios: Visam a disciplinar o funcionamento da Administração Pública e a condutafuncional de seus agentes.Exemplos: avisos

1.6. AUTENTICIDADE DE DOCUMENTOS OFICIAIS NA PBH – BRASÃO DE ARMAS DEBELO HORIZONTE

Todo documento oficial produzido na PBH deverá conter o brasão de armas, símbolo oficial domunicípio, definido pela Lei n° 6.938/95, de 16 de agosto de 1995, que estabelece o seguinte:

“Art. 4° - Os papéis oficiais dos órgãos públicos municipais que forem confeccionados através dadata de publicação desta Lei deverão conter o brasão de armas de Belo Horizonte.(...)Art. 5° - O Município poderá utilizar, em seus papéis não-oficiais e bens, e também nos meios decomunicação de que fizer uso, logotipo distinto do brasão de armas.”

A seguir serão apresentados os atos administrativos mais utilizados na Prefeitura Municipal deBelo Horizonte.

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2. ATOS ADMINISTRATIVOS

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2.1. ACÓRDÃO

2.1.1. Conceito / finalidade

Ato administrativo de natureza deliberativa e informativa, através do qual são emitidas decisõesem grau de recurso, emanado de órgãos colegiados.

2.1.2. Competência

De competência da Junta de Recursos Fiscais.

2.1.3. Forma de elaboração

O acórdão é composto de:

a) assinatura/brasão: a assinatura estará impressa no próprio papel a ser utilizado;

b) denominação: o nome ACÓRDÃO será escrito em letras maiúsculas no alto e no centro dafolha;

c) numeração (classificação): será inserida adiante da denominação, seguindo a seqüência danumeração já existente para acórdão, seguida do número da Câmara da junta que expede oacórdão;

d) dados complementares: acrescentar os dados referentes ao acórdão: nº do recurso e nº doprocesso, nome do recorrente e nome do relator;

e) assunto ou ementa: será sintetizado, abaixo dos dados complementares;

f) texto: conteúdo substantivo ou matéria decidida. Fazem parte do acórdão: o relatório, ofundamento e a conclusão;

g) assinaturas: o acórdão deve ser assinado pelo presidente e relator.

2.1.4. Forma de circulação

a) reprodução: desde que autorizada pela presidência do órgão colegiado, deverá serreproduzido em tantas vias quantas forem necessárias ao pleno conhecimento dos interessadose do público a que se destinar;

b) publicação e/ou divulgação: o acórdão deverá ser publicado pelo(a) secretário(a) do órgãocolegiado. As conclusões serão publicadas sob designação numérica e com indicação nominaldos recorrentes.

As decisões importantes, do ponto de vista doutrinário, poderão ser publicadas na íntegra, acritério do(a) secretário(a) do órgão colegiado.

2.1.5. Registros e controles

O registro e controle serão de competência da secretaria do órgão colegiado.

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MMOODDEELLOO

ACÓRDÃO Nº 6.679/3ª

Recurso nº 6.727 Voluntário. Processo nº 11.001217.01.71. Recorrente: CARMEN MARIA DOSREIS. Relator(a): Dr. Marcelo Tostes de Castro Maia.

EMENTA

IPTU – REVISÃO DE LANÇAMENTO - VALOR DE METRO QUADRADO DE TERRENOFIXADO E PADRÃO DE ACABAMENTO APURADO EM CONSONÂNCIA COM ALEGISLAÇÃO APLICÁVEL – MANUTENÇÃO DO LANÇAMENTO. - Restando comprovada acorreta apuração do valor do metro quadrado do terreno determinado pelo Fisco, até mesmotendo por referência pesquisa com profissionais do ramo imobiliário, como tambémcaracterizado como alto o padrão de acabamento do imóvel, inclusive mediante diligência inloco para elaboração do BLAC, em estrita consonância com os artigos 64, 69, 70, 73, II, 77, 78,e 94 da Lei nº 5.641/89 e com o artigo 11 do Decreto nº 10.447/00, a manutenção dolançamento inquinado é medida que se impõe.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos, acorda a 3ª Câmara da Junta de Recursos Fiscais, nareunião do dia 25 de abril de 2002, à unanimidade, em conhecer e negar provimento ao recursopara manter a decisão recorrida. Presidiu este julgamento o Dr. Eugênio Eustáquio VelosoFernandes, tendo também proferido voto os Drs. Cícero Pereira da Silva, Roberto FigueiredoPaletta de Cerqueira e Raimundo Judas Medeiros. Efetuou sustentação oral, pelo Órgão Gestordo Crédito Tributário, o Auditor Fiscal de Tributos Municipais Lourenço Bernardes Santos.

(a) Eugênio Eustáquio Veloso Fernandes (Presidente)(a) Marcelo Tostes de Castro Maia (Relator)

(DOM de 04/05/02, com adaptações)

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2.2. ATA

2.2.1. Conceito

É o documento em que são registrados, resumidamente, mas com clareza, os fatos eocorrências do que foi feito, dito, discutido ou decidido em reunião, sessão ou assembléia.

2.2.2. Competência

De competência de órgãos previamente constituídos, grupos de trabalho ou de comissõescriadas pela Prefeitura.

2.2.3. Formas de elaboração

Em se tratando de reuniões de caráter formal, as atas poderão ser transcritas em livros próprios.Em outros casos, poderá ser utilizado o formulário ”Memória de Reunião” - código AGDA00104003, conforme o exemplo da pág. 17.

As atas formais deverão compor-se de:

a) assinatura/brasão;

b) denominação: o nome ATA escrito em letras maiúsculas, no alto e centro do documento,seguidas ou não de sua característica, sendo ordinária ou extraordinária;

c) abertura: dia, mês, ano (por extenso) e local onde foi realizada a reunião;

d) participantes: indicação nominal dos participantes, devidamente qualificados, citando o nomedo presidente e do secretário;

e) aprovação da ata anterior: pode acontecer da ata da reunião anterior não ter sido lida eaprovada no ato. Neste caso, pode se fazer o registro da leitura da mesma para discussão eaprovação;

f) texto: texto substantivo ou matéria abordada, sem rasuras, linhas em branco, emendas ouentrelinhas. A linguagem deve ser simples, clara e concisa, subdividida em itens, quando for ocaso, grafados em algarismos romanos. Em assuntos que exijam votação, a ata deve registraros quesitos, a forma de votação e o resultado. Verificando-se qualquer engano no momento daredação, este deverá ser imediatamente retificado, empregando-se a palavra “digo”. Na hipótesede qualquer omissão ou erro depois de lavrada a ata, far-se-á uma ressalva: “em tempo”;

g) fecho;

h) local e data;

i) assinaturas: do presidente, secretário, coordenadores e participantes da reunião ou sessão;

j) disposição no papel: bloco inteiro, sem entradas de parágrafo.

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2.2.4. Forma de circulação

A ata deve ser redigida por um representante efetivo do grupo, ou por um secretário designadopelos integrantes da reunião.

2.2.5. Registros e controles

O.registro e controle serão de competência do secretário do grupo ou outro membroexpressamente designado para tal fim.

MODELO

ATA DE RESULTADO DE RECURSOSLICITAÇÃO SCOMGER-NO Nº 002/02

Processo Administrativo n.º 01.117671.01.97

Aos dezessete dias do mês de maio de dois mil e dois, às 10h, na BHTrans, situada à Av.Nossa Senhora de Fátima, 1700, Carlos Prates, capital, reuniu-se a Comissão Permanente deLicitação, nomeada pelo Sr. Secretário da Coordenação de Gestão Regional Noroeste, atravésda portaria 001/2001, publicada no DOM de 20 de junho de 2001, com as presençasconstantes ao final. O presidente Hênio Gomes de Oliveira iniciou a reunião detalhando para ospresentes o julgamento dos recursos, julgados na reunião do dia 16 de maio, no prédio daSCOMGER-NO, às 15 h. Após lida a ata bem como os nomes dos inabilitados e doshabilitados, o Presidente explicou que o objetivo desta reunião seria dar aos inabilitados oesclarecimento que eles tem direito a novo recurso, encaminhado ao Secretário Municipal daCoordenação de Gestão Regional Noroeste, o Sr. Carlos Henrique Cardoso Medeiros, comprazo de cinco dias úteis a contar da data de publicação desta ata. Após este prazo, a CPL sereunirá novamente para apreciar os novos recursos impetrados pelos licitantes mantidosinabilitados que se manifestarem. Ficam mantidos a inabilitação dos licitantes abaixorelacionados: Edite das Chagas Ciriáco Rocha, Rosângela Augusta Diniz Soares, LuziaGeraldo da Costa e Arildo José de Fátima. Nada mais a ser tratado e informados que todos oslicitantes serão contactados para a reunião de abertura do envelope de classificação, n.º 2, eu,Vanda Gomes da Silva, lavrei a presente ata que deverá ser assinada pelos presentes. BeloHorizonte, 16 de maio de 2002.

(Assinaturas)

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2.3. CIRCULAR

2.3.1. Conceito/finalidade

Circular é toda comunicação reproduzida em vias, cópias, ou exemplares de igual teor expedidasa diferentes pessoas, órgãos ou entidades. Especificamente, como documento, é mensagemendereçada simultaneamente a diversos destinatários, para transmitir avisos, ordens ouinstruções. É, portanto, uma correspondência multidirecional.

Circular é a forma pela qual as autoridades transmitem determinações uniformes a toda umaclasse de servidores a elas subordinados.

2.3.2. Competência

De competência do Prefeito, Secretários Municipais, Secretários Regionais e Gerentes.

No caso de informações de caráter social, as mesmas serão de competência da Assessoria deComunicação Social do Município.

2.3.3. Forma de elaboração

a) assinatura/brasão: a assinatura estará impressa no próprio papel a ser utilizado;

b) denominação: o nome CIRCULAR será escrito em letras maiúsculas;

c) emitente: a sigla do órgão emitente será aposta adiante da denominação e antes danumeração;

d) numeração: será inserida adiante da denominação e sigla do órgão emitente, seguindo aseqüência dos números naturais, a partir de 001, seguida do ano;

e) assunto ou ementa: resumo da matéria da circular. É digitado em espaço simples a partir domeio em direção à direita do papel. É facultativo;

f) fundamentação: citação da legislação básica em que a autoridade apóia sua decisão, quandofor o caso;

g) texto: desenvolvimento do assunto tratado. O texto, quando extenso, pode ter os parágrafosnumerados, a partir do segundo, que receberá o número 2;

h) local e data;

i) fecho: fórmula de cortesia. Não é numerado. É facultativo;

j) assinatura: nome da autoridade, seguido do cargo que ocupa ou função que exerce. Apenasas letras iniciais são maiúsculas.

OBS.: A circular poderá, conforme a necessidade, ser elaborada em formato de ofício e, nestecaso, seguirá a forma de elaboração estabelecida para o ofício (ver item 2.9.3, página 37 –conferir modelo 2, página 20)

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2.3.4. Forma de circulação

a) reprodução: desde que autorizada pelo órgão emitente, poderá ser reproduzida em tantas viasquantas forem necessárias ao pleno conhecimento dos interessados e do público a que sedestinar;

b) publicação e/ou divulgação: a afixação, publicação e circulação interna/externa deverão serpreviamente autorizadas pelo órgão emitente.

2.3.5. Registros e controles

O registro e o controle da distribuição serão de responsabilidade do órgão emitente.

MODELO 1

CIRCULAR SCOMARH Nº 001/2002

Substituição para cargo comissionado

O Secretário Municipal da Coordenação de Administração e Recursos Humanos, no uso desuas atribuições regimentais, comunica:

A partir desta data não serão feitas substituições de ocupantes de cargo em comissão emférias regulamentares ou afastamentos temporários.

Os casos excepcionais serão submetidos à apreciação deste Gabinete.

Belo Horizonte, 09 de janeiro de 2002.

Nome do SecretárioSecretário Municipal da Coordenação de

Administração e Recursos Humanos

(DOM de 17/01/02, p.1, com adaptações)

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MODELO 2

CIRCULAR GEMA 001-2002

Belo Horizonte, 11 de junho de 2002.

Senhor Chefe de Gabinete,

Tendo em vista a necessidade de operacionalização da nova estrutura organizacional nossistemas da PBH, encaminhamos disquete anexo, contendo planilha com dados referentes aessa Secretaria.

Solicitamos a V.Sa. o preenchimento dos dados complementares necessários, que servirão debase de alimentação dos sistemas (em especial o OPUS ), bem como para elaboração docatálogo de endereços e telefones da PBH. O arquivo encaminhado encontra-se em planilhaexcel e, anexas a esse ofício, estão as instruções indispensáveis ao correto preenchimento dosdados. Salientamos que as mesmas sejam rigorosamente seguidas, para que possamosadequar o sistema à nova estrutura, em tempo hábil.

Certos de contar com a colaboração de V. Sa., agradecemos, antecipadamente, enfatizando aimportância dessa medida .

Respeitosamente,

Nome do GerenteGerência de Modernização Administrativa

(Encaminhado a todos os Chefes de Gabinete da PBH- Administração Direta)

(Modelo com adaptações)

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2.4. DECRETO

2.4.1. Conceito/finalidade

Ato emanado do poder público, com força obrigatória, que se destina a assegurar ou promover aboa ordem política, social ou administrativa. Por meio de decretos é que o chefe de governodetermina a observância de regras legais, cuja execução é da competência do Poder Executivo.

Decretos regulamentares são os que expressam regras jurídicas gerais e abstratas especiais, decaráter impessoal. Quando expressam regras jurídicas especiais e concretas, de caráterpessoal, são chamadas simplesmente de Decretos.

O Decreto não pode contrariar uma lei.

O Decreto deve ser numerado em ordem cronológica, sendo utilizado usualmente, para osseguintes casos:

a) regulamentação de lei;b) criação ou extinção de gratificações, quando autorizadas em lei;c) abertura de créditos especiais e suplementares;d)declaração de utilidade pública ou interesse social para efeito de desapropriação ou serviçoadministrativo;e) aprovação de regulamentos e regimento dos órgãos da administração direta;f) aprovação dos estatutos dos órgãos da administração descentralizada;g) fixação e alteração dos preços dos serviços prestados pelo Município e aprovação dos preçosdos serviços concedidos ou autorizados;h) permissão para uso de bens municipais;i) aprovação de planos de trabalho dos órgãos da administração direta;j) criação, extinção, declaração ou modificação de direitos dos administrados, não privativos delei;k) abertura de concurso público;l) estabelecimento de normas de efeitos externos quando não privativos de lei.

2.4.2. CompetênciaDe competência privativa do chefe do Executivo, referendado pelo(s) secretário(s) municipal(ais)ou correlato(s), cuja matéria pertinente ao Decreto seja de sua(s) respectiva(s) área(s) deatuação.

2.4.3. Forma de Elaboração

a) assinatura/brasão: a assinatura estará impressa no próprio papel a ser utilizado;b) denominação: o nome DECRETO será escrito em letras maiúsculas no alto e no centro dalinha;c) numeração e data: será inserida adiante da denominação, em seqüência à numeração jáexistente para os decretos, seguida do dia, mês e ano de expedição;d) assunto ou ementa: resumo da matéria do decreto. É digitado em espaço simples, a partir domeio em direção à direita do papel;e) título (preâmbulo): denominação completa (em caracteres maiúsculos, de preferência) daautoridade executiva que expede o ato;

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f) fundamentação: citação do dispositivo legal em que se apóia a decisão, seguida da palavraDECRETA, grafada em caracteres maiúsculos e isolada do texto;Em decretos de ordem funcional, a forma decreta é substituída por RESOLVE, seguida do verboque indica especificamente a matéria do ato: tornar sem efeito, designar, declarar, etc.

Em muitos decretos numerados, após a citação do dispositivo legal em que se fundamentam,aparece a enunciação do(s) considerando(s), que deverá(ão) ser reduzido(s) ao indispensável.Trata-se de considerações cuja finalidade é justificar a expedição do ato respectivo.

g) contexto: exposição do conteúdo do decreto, constituindo-se em artigos e podendo subdividir-se em parágrafos, incisos, alíneas e números:

h) artigo: é a unidade básica do contexto, à qual se subordinam parágrafos, incisos, alíneas enúmeros.

O texto pode ser constituído de tantos artigos quantos forem necessários, sendo que do 1º ao 9º,a numeração é ordinal (1º, 2º,...,9º), e, de dez em diante, usa-se o algarismo arábico(10,11,12...) seguido de ponto final. Em remissões a outros artigos do texto, deve-se empregar aforma abreviada “art.”, seguida do número correspondente ( “o art. 8º”, “no art. 15”, etc.); quandoo número for substituído por um adjetivo ( “anterior”, “seguinte”, etc.), a palavra artigo deverá sergrafada por extenso ( “no artigo anterior”, “no artigo seguinte”);

- devem ser grafadas por extenso quaisquer referências, feitas no texto, a números epercentuais;

- valores monetários devem ser expressos em algarismos arábicos, seguidos da indicação, porextenso, entre parênteses: R$16.450,00 (dezesseis mil quatrocentos e cinqüenta reais);

- as datas, quando grafadas por extenso, observarão as seguintes formas:

8 de março de 2002 e não 08 de março de 2002;1º de abril de 2002 e não 1 de abril de 2002;

- ao contrário do número das leis, a indicação do ano não deve conter ponto entre a casa domilhar e a da centena: 1997, 1998, 1999, e não 1.997, 1.998, 1.999;

i) parágrafo: constitui a imediata divisão de um artigo. Os parágrafos são abreviados com o sinal§ para o singular, ou §§ para o plural, sempre seguidos do respectivo número. Ocorrendo aexpressão “parágrafo único”, ela deve ser grafada por extenso;

j) inciso: é o desdobramento do artigo ou do parágrafo. Os incisos são numerados comalgarismos romanos, seguidos de travessão;

l) alínea: subdivisão do parágrafo ou do inciso. As alíneas são discriminadas através das letrasdo alfabeto, grafadas em minúscula, seguidas de parênteses;

m) número: desdobramento da alínea. É indicado por algarismo arábico seguido de ponto. Otexto inicia-se por minúscula;

n) agrupamento:• os artigos agrupados constituirão seções;• as seções agrupadas constituirão capítulos;

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• os capítulos agrupados constituirão títulos;• os títulos agrupados constituirão livros;• os livros agrupados constituirão partes, que se subdividem em parte geral e especial.

A seção, os capítulos, os títulos e os livros são numerados com algarismos romanos.

Disposições complementares e suplementares: Os decretos poderão conter disposiçõespreliminares, disposições gerais e disposições transitórias.

• as disposições preliminares representam esclarecimentos prévios, apontando seus objetivos,definindo os termos por elas adotados e enunciando os princípios jurídicos e os de aplicação queencerram.

• as disposições gerais representam uma continuação do texto, englobando, no final, artigosque contenham assuntos de caráter geral, diretamente dependentes ou intimamenterelacionados com todo o texto.

• as disposições finais constituem as medidas restantes, de caráter geral e referentes a todo otexto, vistas em seu conjunto.

• as disposições transitórias são aquelas que tratam de situações que, por seu caráter especiale temporário, exigem imediata disciplina.

Data de vigência e referência revogatória:

• data de vigência: determina a data em que o decreto entra em vigor. A cláusula de vigênciadeve sempre preceder à de revogação;

• referência revogatória: é a declaração de que o decreto revoga as disposições em contrário.Quando o decreto novo revoga integralmente decreto anterior, deve-se fazer mençãoexpressa e específica ao mesmo;

Local e data: local (Belo Horizonte) ou sede do Executivo (Prefeitura Municipal) e data deexpedição do decreto, no final do texto e antes das assinaturas;

Assinatura do Chefe do Executivo e referenda de um ou mais Secretários Municipais oucorrelatos: será denominada abaixo do local e da data, encerrando o documento. A assinaturaserá aposta sobre o nome civil completo da autoridade. Abaixo do nome, será designado o seucargo.

2.4.4 Forma de circulação

Publicação e/ou divulgação: ato de efeito externo, pelo qual há de ser regularmente publicado noDiário Oficial do Município, sendo disponibilizado também na Internet, no site da PBH.

2.4.5 Registros e controles

O registro e controle serão de responsabilidade da Secretaria Municipal de Governo.

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MODELO

DECRETO Nº 11.049, DE 27 DE MAIO DE 2002

Concede Título Declaratório de Utilidade Públicaao Centro de Educação Especial - INAPLIC.

O Prefeito de Belo Horizonte , no uso de suas atribuições legais, e de acordo com oque lhe faculta a Lei n° 6.648, de 26 de maio de 1994, modificada pela Lei n° 6.776, de 13 dedezembro de 1994,DECRETA:

Art. 1º - Fica concedido o Título Declaratório de Utilidade Pública ao Centro deEducação Especial - INAPLIC - CNPJ nº 73946469/0001-91, com sede e foro nesta Capital(Processo n° 01.045558/02-59).

Art. 2º - A Entidade deverá apresentar ao Executivo, anualmente, atestado defuncionamento regular emitido por órgão ou autoridade competente, bem como cópiaautenticada do documento que comprove quaisquer alterações no seu estatuto socialrelativamente às cláusulas pertinentes à finalidade da entidade e à remuneração de cargos desua diretoria.

Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 27 de maio de 2002.

Fernando Damata PimentelPrefeito de Belo Horizonte, em exercício

Maurício Borges LemosSecretário Municipal de Governo, Planejamento e Coordenação Geral

Paulo de Moura RamosSecretário Municipal de Governo

(DOM de 28/05/02, p.02., com adaptações)

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2.5. DESPACHO

2.5.1. Conceito/finalidade

É a emissão de decisão, pela autoridade administrativa, dando andamento ou solução a umpedido. É ato deliberativo administrativo que consubstancia decisão emanada do agente público.

Manifesta vontade deliberativa da administração, por intermédio de seu agente, sobre assuntosujeito à apreciação deste. A decisão proferida pode ser favorável ou desfavorável à pretensão ouàs proposições formuladas.

Tem caráter decisório quando põe termo à questão; diz-se interlocutório quando não resolve,definitivamente, a questão; e é ordenatório (ou de expediente) quando concerne à marcha doprocesso.

Um despacho pode ser prolatado em poucas palavras: “Aprovo”. – “Defiro, em termos”. – “Deacordo” e outras formas; ou pode alongar-se em muitas frases.

2.5.2. Competência

Competência comum do Prefeito, Secretários Municipais, Secretários Regionais e demais titularesde cargos de direção e execução.

2.5.3. Forma de elaboração

O despacho deverá conter:

a) número: do processo a que se refere o despacho;b) título: denominação do documento;c) texto: teor da decisão;d) data: dia, mês e ano, precedida do local e/ ou sigla do órgão;e) assinatura: nome e cargo da autoridade que exara o despacho.

2.5.4. Forma de circulação

a) reprodução: em princípio, o despacho não será reproduzido. Constará como parte integrantedo processo ou expediente;

b) publicação e/ou divulgação: a afixação, publicação e circulação interna/externa serãoefetivadas de acordo com as exigências legais ou outras internas, aplicadas a cada caso.

2.5.5. Registros e controles

O registro e controle da distribuição serão de responsabilidade da unidade emitente.

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MODELO

PROCESSO Nº: 04.000889.02.76

DESPACHO

Ratifico o despacho de reconhecimento de dispensa de licitação exarado, em conjunto, peloSecretário Municipal de Saúde e pelo Secretário Municipal Administrativo e Financeiro daPolítica Social, para contratação da empresa Full Time Serviços Gerais Ltda, visando aprestação de serviços para atuação no combate à dengue e leishmaniose visceral no municípiode Belo Horizonte, com amparo legal no artigo 24, inciso IV, da Lei Federal 8.666/93, conformedocumentos constantes nos autos deste processo nº 04.000889.02.76.

Belo Horizonte, 16 de maio de 2002.

Maria José Vieira FeresSecretária Municipal de Coordenação da Política Social

(DOM de 31/05/02, p.13)

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2.6. FORMULÁRIO

2.6.1. Conceito/ finalidade

É um instrumento de transmissão de informação destinado a receber, transmitir e preservarinformes através de disposição gráfica racional, podendo apresentar-se nas formas plano,contínuo e eletrônico. O formulário tem por objetivo transformar dados em informações parainúmeras finalidades, destacando-se como principais:

1. fonte de consultas para o processo de tomada de decisão;2. arquivo de informações gerenciais e gerais;3. fonte para agrupamento de dados e informações;4. gerador e disseminador de dados e informações;5. coletânea, agrupamento e reagrupamento, interpretação com análise e síntese e outros.

2.6.2. Competência

O gerenciamento do sistema de formulários da PBH é de competência da Gerência deModernização Administrativa – GEMA, que estabelece sua regulamentação através de InstruçãoNormativa específica.

Todo formulário oficial da PBH deverá ser padronizado pela GEMA, onde receberá tratamentotécnico, visando garantir princípios básicos de racionalidade, economicidade e eficácia, sendocodificado e adquirindo validade legal. É vedada a utilização, pelas unidades da PBH, deformulário não padronizado.

Cabe aos órgãos normatizadores, juntamente com a GEMA, definir os formulários inerentes àsatividades sob sua responsabilidade.

Cabe às unidades administrativas encaminhar à GEMA toda solicitação de criação, alteração eextinção de formulários.

Cabe à Gerência de Serviços Gráficos a reprodução de formulários padronizados, observada arelação custo benefício para impressão gráfica.

2.6.3. Fluxo para criação ou alteração de formulário

I) A unidade administrativa encaminha à GEMA esboço do formulário para padronização ousolicita a alteração de modelo já existente;

II) A GEMA elabora o layout do formulário ou promove as alterações solicitadas, medianteanálise técnica, considerando o processo administrativo no qual o mesmo está inserido, bemcomo todas as especificidades pertinentes, tais como: características físicas do papel(formato, gramatura, cor, tipo), disposição gráfica do texto, número de vias e preenchimento.

III) Após padronização ou alteração, a GEMA encaminha o formulário à unidade solicitante paraanálise e aprovação;

IV) Após aprovação, a GEMA providencia a disponibilização do formulário para as unidadesusuárias, observado o consumo médio mensal do mesmo, bem como a relação custobenefício e público alvo;

V) Periodicamente, a GEMA, em conjunto com as unidades administrativas, realizamanutenção dos modelos padronizados, visando sua atualização. Formulário que se tornedesnecessário por qualquer motivo deverá ser extinto.

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2.6.4. Reprodução

Os formulários deverão ser solicitados de acordo com o consumo real do mesmo, sendo vedada aformação de estoque nas unidades, uma vez que são instrumentos dinâmicos que podem sofreralterações, causando desperdício de material.

Os formulários estão disponíveis na Intranet, Internet ou Gráfica, dependendo da especificidadetécnica de cada um e sendo analisada sempre a relação custo-benefício.

Prioritariamente a impressão de formulários é realizada pela Gerência de Serviços Gráficos daPBH, salvo quando esta não possui capacidade técnica para execução do serviço.

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2.7. INSTRUÇÃO

2.7.1. Conceito/ finalidade

É o documento que, mediante aprovação de autoridade competente, fixa diretrizes, requisitos eprocedimentos para determinada atividade, ou conjunto de atividades de caráter administrativo,técnico ou operacional, podendo alcançar abrangência genérica ou específica.

A instrução não pode contrariar lei ou decreto em vigor.

Poderá ser de uso geral ou específico:

Uso geral: aquela extensiva a um conjunto de unidades administrativas da Administração Direta.

Uso específico: aquela de caráter restrito às unidades diretamente envolvidas no sistema.

Instrução Normativa

Ato administrativo cuja finalidade é normatizar e regulamentar um processo, subsistema esistema, constituindo normas gerais de atuação em relação a determinados serviços ou gruposde serviços. Visa a orientar os servidores quanto à observância de normas, políticas eprocedimentos.

Instrução de Serviço

Ordens escritas a respeito da forma de execução de determinado serviço, expedidas pelo superiorhierárquico com o escopo de orientar os subordinados no desempenho das atribuições que lhessão afetas. Constituem procedimentos específicos a determinadas unidades administrativas.

2.7.2. Competência

Instrução Normativa: de competência comum dos Secretários Municipais de Coordenação ouequivalentes e Secretários Regionais, observada a área de suas respectivas competênciasestatutárias ou regimentais.

Instrução de Serviço: de competência dos Secretários Municipais de Coordenação e dosSecretários Municipais temáticos e correlatos, observada a área de suas respectivascompetências estatuárias ou regimentais.

2.7.3. Fluxo

a) a unidade administrativa emitente elabora uma minuta da instrução, conforme padrãoestabelecido neste manual. Deverá ser observada a existência de outros atos administrativos queversem sobre o assunto, pois a nova instrução deverá fazer referência aos mesmos, quandonecessário;

b) a unidade administrativa emitente encaminha a minuta da instrução, devidamente avaliada emseus aspectos jurídicos, à Gerência de Modernização Administrativa para análise;

c) a Gerência de Modernização Administrativa procederá sua análise, podendo solicitar apresença do emitente para esclarecimentos e ajustes que se fizerem necessários;

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d) a Gerência de Modernização encaminhará a instrução, devidamente numerada, para aprovaçãofinal pela unidade emitente;

e) a unidade emitente encaminhará 1 (uma) via original da instrução, aprovada e assinada peloresponsável do órgão à Gerência de Modernização Administrativa, para arquivo e controle;

f) a unidade emitente providenciará sua publicação no Diário Oficial do Município.

g) as instruções deverão compor o Manual de Procedimentos da Prefeitura Municipal de BeloHorizonte.

2.7.4. Forma de elaboração

A Instrução de Serviço deverá ser composta de:

a) ementa: resumo da matéria da instrução. É digitada em espaço simples, a partir do meio emdireção à direita do papel.

b) título (preâmbulo): denominação completa da autoridade que expede o ato;

c) fundamentação: citação da legislação básica em que a autoridade apóia sua decisão, seguidada palavra RESOLVE, com entrada de parágrafo, grafada em letras maiúsculas e isolada no texto;

Por se tratar de documento de caráter interno, a citação de dispositivos legais poderá sersubstituída pela expressão “no uso de suas atribuições”, ou similar.

Poderá aparecer, entre a fundamentação e a palavra RESOLVE, a enunciação do(s)considerando(s), que deverá(ão) ser reduzidos ao indispensável. Trata-se de consideração cujafinalidade é justificar a expedição do ato respectivo.

d) texto: o texto da instrução deverá conter a sua abrangência, indicando as áreas às quais amesma se aplica, conceituações e procedimentos administrativos, indicando como sãoexecutados os trabalhos dentro do sistema administrativo;

Em instruções mais extensas, o texto poderá ser dividido em artigos ou parágrafos, devidamentenumerados e subdivididos, quando necessário, em itens e alíneas.

e) cláusula de vigência: definindo a data a partir da qual o ato passa a vigorar e referência àrevogação de outro ato, se for o caso, fazendo menção preferencialmente ao ato específico ouao(s) nº(s) da(s) instrução(ões) revogada(s);

f) assinatura(s): nome inteiro civil da autoridade que expede o ato, seguido do cargo que ocupa oufunção que exerce. Caso a instrução seja assinada por substituto, essa situação deverá serindicada.

k) anexos: formulários, tabelas, quadros e outros, caso necessário.

VEJA O MODELO NA PRÓXIMA PÁGINA:

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TIPO DE DOCUMENTO

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO

SMRU Nº 005/ 2002

FL

1/1

REVISÃO

N° DATA

SUBSTITUI A FOLHA N°

SUBSISTEMA / PROCESSO

SISTEMA

REGULAÇÃO URBANA

Dispõe sobre procedimentos para licenciamentoda atividade “Centro de Comércio Popular”.

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE REGULAÇÃO URBANA, no uso de suas atribuições legaise considerando:

I – a classificação da atividade “Centro de Comércio Popular” pelo Conselho Municipal dePolítica Urbana – COMPUR, conforme Resolução RS/COMPUR 01/2000, publicada no DiárioOficial do Município em 28/12/00;

II – a necessidade de estabelecer procedimentos diferenciados para licenciamento daatividade, devido a questões relacionadas à segurança;

RESOLVE:

I - A atividade “Centro de Comércio Popular” será licenciada como Uso Comercialclassificada como Grupo II, quando a área for inferior a 300m² (trezentos metros quadrados)e como Grupo III, acima desta área.

II – O licenciamento será condicionado a apresentação de laudo de liberação do Corpo deBombeiros, específico para Alvará de Localização e Funcionamento, e à apresentação delayout do local, observando-se:

a) boxes com área máxima de 10 m² (dez metros quadrados);b) circulação com largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), conforme NBR9077/1993;c) instalações sanitárias, na proporção de uma instalação para cada 300 m² (trezentos metrosquadrados) de área do “Centro de Comércio Popular”, com o mínimo de 1(uma) instalaçãopara cada gênero.

III – Poderá ser licenciado cada box individualmente, porém, vinculado ao licenciamentoprévio do “Centro de Comércio Popular”.

IV – Fica concedido o prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data de publicação, paraque as atividades em funcionamento, caracterizadas como Centro de Comércio Popular, seadeqüem ao disposto nesta Instrução de Serviço.

V – Esta Instrução de Serviço entra em vigor na data de sua publicação, revogando aInstrução de Serviço SMRU n° 005, de 14 de agosto de 2001 .

Belo Horizonte, 17 de maio de 2002.

José Abílio Belo PereiraSecretário Municipal de Regulação Urbana

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A Instrução Normativa deverá ser composta dos seguintes itens:

1. Finalidade: identificar a finalidade da Instrução, e não do objeto tratado.

2. Fundamentos Legais - subdivididos em gerais e específicos:

2.1. Gerais: indicar a legislação básica geral pertinente ao objeto da Instrução.2.2. Específicos: indicar a legislação específica referente ao objeto da Instrução.

3. Abrangência: indicar os órgãos ou unidades administrativas que deverão obedecer ànormatização estabelecida.

4. Princípios básicos: indicar os princípios e diretrizes norteadores necessários à compreensãodo procedimento.

Exemplos:4.1. Conceituação: indicar termos básicos necessários à compreensão da Instrução.4.2. Diretrizes básicas: indicar as diretrizes norteadoras do assunto ou objeto.4.3. Documentação necessária: discriminar a documentação necessária para a solicitação ouexecução do serviço.

5. Competência: estabelecer as atribuições específicas de cada unidade envolvida no processo,direcionadas ao assunto tratado. Não poderá contrariar lei ou decreto em vigor.

6. Procedimentos: descrever detalhadamente cada passo para a execução do serviço, cabendoà Gerência de Modernização Administrativa a formatação final na forma de fluxograma.

7. Anexos: formulários, tabelas, quadros e outros documentos que comporão a InstruçãoNormativa, caso necessário.

A Instrução Normativa deverá ser finalizada com:

- cláusula de vigência: definindo a data a partir da qual o ato passa a vigorar e referência àrevogação de outro ato, se for o caso, fazendo menção preferencialmente ao ato específico ouao(s) nº(s) da(s) instrução(ões) revogada(s);

- assinatura(s): será(ão) aposta(s) sobre o nome civil e cargo da autoridade que expede o ato.

2.7.5. Publicação e/ou divulgação

A publicação deste instrumento é obrigatória no Diário Oficial do Município. Após ser devidamenteaprovada pelo órgão emitente, assinada e rubricada, deverá ser encaminhada para publicação.Uma cópia devidamente assinada deverá ser encaminhada à GEMA para arquivo e controle.

A divulgação da Instrução junto às unidades diretamente envolvidas no processo deverá serprovidenciada pelo órgão emitente em tempo hábil, para que as mesmas possam cumpri-la.

2.7.6. Registros e controles

O registro, o controle e a numeração das Instruções Normativas e Instruções de Serviço serão deresponsabilidade da Gerência de Modernização Administrativa.

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2.8. MANUAIS

Manual é o conjunto sistemático de normas, procedimentos, funções, atividades, políticas,diretrizes, objetivos, instruções e orientações que devem ser cumpridas pelos servidores daPrefeitura de Belo Horizonte e pelos indivíduos que mantêm relações de trabalho com aInstituição.

Subdividem-se em:

1. Manual de Organização;2. Manual de Procedimentos;3. Manual de Integração ou do Servidor;4. Outros.

2.8.1. Manual de Organização

2.8.1.1. Conceito/ finalidade

Documento através do qual uma Instituição transmite aos seus servidores sua filosofia de ação,suas políticas, a estrutura organizacional e as delimitações de autoridade. Indica, de maneiraclara, as fronteiras, inter-relacionamento das unidades e o limite de responsabilidade e autoridade.É conhecido também como regimento interno.

2.8.1.2. Competência

A coordenação da elaboração e das alterações é de competência da Secretaria Municipal deModernização Administrativa e Informação/Gerência de Modernização Administrativa.

O Manual de Organização, bem como as alterações e os acréscimos que se processarem em seuconteúdo, deverá ser aprovado pelo Prefeito através de decreto.

2.8.1.3. Forma de elaboração

a) assinatura/brasão: impressa na parte superior esquerda da capa e das páginas, bem como naparte superior da lombada;

b) denominação: a denominação “Manual de Organização” será impressa na capa e na lombada,se for o caso;

c) emitente: a identificação do emitente dar-se-á na apresentação do Manual

2.8.1.4. Conteúdo

O Manual de Organização será composto fundamentalmente de:

a) índice numérico ou sumário;b) apresentação: em que se indicarão seus objetivos e área de abrangência;c) instruções para uso;d) histórico;e) políticas gerais;f) conteúdo básico: a matéria abordada será dividida em capítulos grafados em algarismosromanos;

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Os capítulos, por sua vez, subdividir-se-ão em áreas gerais e estas em assuntos ou unidadesespecíficas.

No capítulo referente à estrutura organizacional, deverão ser observadas as disposições a seguirindicadas:- organograma;- nome do órgão;- sigla;- subordinação;- composição;- descrição das competências;- responsabilidades gerais;- glossário;- anexo;- apêndice;

2.8.1.5. Forma de circulação

a) reprodução: após a aprovação do Manual pela Secretaria Municipal de ModernizaçãoAdministrativa e Informação, o órgão emitente encarregar-se-á de indicar a quantidade de cópiasnecessária ao pleno conhecimento do público a que se destinar;

b) publicação e/ou divulgação: a circulação interna, parcial ou integral, deverá ser previamenteautorizada pela Secretaria Municipal de Modernização Administrativa e Informação.

A divulgação e/ou circulação externa, parcial ou integral, deverá ter prévia autorização formal daSecretaria Municipal de Modernização Administrativa e Informação.

2.8.1.6. Registros e controles

a) o registro e o controle do Manual de Organização, bem como suas alterações, serão decompetência da Secretaria Municipal de Modernização Administrativa e Informação;

b) a distribuição será de responsabilidade da Secretaria Municipal de Modernização Administrativae Informação;

c) as alterações efetuadas no Manual serão remetidas pelo emitente acompanhadas de ofíciointerno, que explicitará a data em que a página substituída deverá ser inutilizada;

d) pedidos de manuais ou alterações serão feitos diretamente ao órgão emitente.

2.8.2. Manual de Procedimentos

2.8.2.1. Conceito/ finalidade

Conjunto sistemático de normas que define as políticas em vigor na Prefeitura Municipal de BeloHorizonte e a descrição detalhada dos procedimentos que envolvem as diversas unidadesadministrativas da Instituição.

Poderão subdividir-se em tantos manuais distintos quantos forem os agrupamentos significativosde procedimentos afins que justifiquem a confecção de um manual específico.

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Dentre as suas finalidades, podemos destacar:- proporcionar métodos que possibilitem a execução uniforme dos serviços;- possibilitar treinamento dos novos servidores das unidades envolvidas.

2.8.2.2. Competência

De competência da Gerência de Modernização Administrativa.

2.8.2.3. Conteúdo

O Manual de Procedimentos será composto fundamentalmente de:

a) sumário;b) apresentação, contendo:- objetivo;- abrangência/aplicação;- diretrizes/disposições gerais.c) normas;d) procedimentos;e) formulários: deverão seguir a padronização da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, vindoacompanhados da instrução de preenchimento, caso necessário;f) glossário;g) anexos;h) apêndices.

2.8.2.4. Forma de circulação

Após aprovação do Manual, a Gerência de Modernização Administrativa encarregar-se-á deindicar a quantidade de cópias necessária ao pleno conhecimento do público a que se destinar;

Cópias dos manuais e suas subseqüentes alterações deverão ser remetidas obrigatoriamente atodas as Secretarias/Unidades equivalentes envolvidas no processo. É proibida a divulgação e/oucirculação externa, parcial ou integral, sem prévia autorização formal da Gerência deModernização Administrativa.

2.8.2.5. Registro e controle

O registro e controle de cada Manual de Procedimentos e suas subseqüentes alterações, bemcomo sua distribuição, serão de responsabilidade da Gerência de Modernização Administrativa.

2.8.3. Manual de Integração ou do Servidor

2.8.3.1. Conceito/ finalidade

Instrumento formal que transmite aos servidores os deveres e direitos dos mesmos perante aPBH.

O Manual fornece, de forma objetiva, o que a Instituição espera do servidor e o que ele podeesperar da Instituição.

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2.8.3.2. Competência

A elaboração e as alterações são de competência da Gerência de Recursos Humanos. Naelaboração das alterações é conveniente a participação da Gerência de ModernizaçãoAdministrativa.

2.8.3.3 Forma de elaboração

a) assinatura/brasão: assinatura será impressa na parte superior esquerda da capa a daspáginas;

b) denominação: a denominação “Manual de Integração ou do Servidor” deverá vir impressa nacapa;

c) emitente/local e data: a identificação do emitente, local e data dar-se-ão na apresentação doManual.

2.8.3.4. Forma de circulação

a) reprodução: após aprovação do Manual, a unidade emitente encarregar-se-á de indicar aquantidade necessária ao pleno conhecimento do público a que se destinar;

b) publicação e/ou divulgação: a circulação interna e/ou externa deverá ser previamenteautorizada pelo órgão emitente.

Cópias do Manual deverão ser remetidas, obrigatoriamente, a todos os servidores da PrefeituraMunicipal de Belo Horizonte.

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2.9. OFÍCIO

2.9.1. Conceito/ finalidade

O ofício é o instrumento utilizado para correspondência escrita entre as autoridades e servidoresequivalentes, titulares de cargos de gerência, na Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.

2.9.2. Competência

De competência do Prefeito, de Secretários Municipais, Secretários Regionais, Gerentes e cargosde assessoramento.

2.9.3. Formas de Elaboração

a) assinatura/brasão: a assinatura estará impressa no próprio papel a ser utilizado;

b) índice e número: à margem esquerda, sendo composto da sigla do órgão emitente, seguida doórgão destinatário e número de ordem do documento e ano de expedição;

Ex: GEMA/GEAD-AS-001/2002

Sempre que for EXTERNO, estará codificado com as letras EXTER após a sigla do emitente. Ex.:GEMA /EXTER/ 002-2002.

- INTERNO: órgãos INTERNOS à PBH (Administração Direta ou Indireta)

- EXTERNO: órgãos EXTERNOS à PBH .

A numeração dos ofícios recomeça a cada ano;

c) local e data: logo abaixo do n.º, à direita;

d) assunto / ementa ou referência: a duas linhas da data; é facultativo.

e) vocativo: a três linhas do assunto ou ementa, coloca-se o tratamento e cargo das autoridadesdestinatárias, seguido de dois pontos ( : ) ou vírgula ( , );

A invocação será feita de maneira simples:. Ex.: Senhor Gerente: ; Senhor Gerente, .

f) texto: desenvolvimento do assunto tratado;

g) fecho: inicia-se com letra maiúscula e termina com vírgula;

- “Atenciosamente,” (quando o destinatário é de mesma hierarquia ou hierarquia inferior à doemitente);- “Respeitosamente,” (para superiores hierárquicos).

h) assinatura: nome civil do emissor e sua respectiva unidade administrativa.

Nome Gerência de Modernização Administrativa

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i) anexos: uma diagonal (/) logo acima do endereço, significa que o documento contém anexoscujo número é indicado com algarismos arábicos:/2 (o ofício contém dois anexos), a duas linhasda assinatura, ou escreve-se à esquerda a palavra “anexo” e a indicação desses papéisconcordando em gênero e número com o substantivo a que se refere (anexo(s), anexa(s));

j) endereço: para ofícios externos, o endereço do receptor será colocado logo abaixo do vocativo,do nome civil e da respectiva unidade administrativa. Para os ofícios enviados à AdministraçãoDireta ou Indireta da PBH, não há necessidade de se colocar endereço.

Ex. 1: Ofício enviado a órgãos externos à PBH.

Ao SenhorNomeDiretor do Departamento de Compras- (Nome da empresa)(Endereço da empresa)

Ex. 2: Ofício enviado à Administração Direta ou Indireta da PBH.

Ao SenhorNomeGerência de Modernização Administrativa

2.9.4. Registro e controle

O registro e o controle da distribuição serão de responsabilidade da unidade emitente.

MEMORANDO

Utilizava-se o memorando como instrumento de comunicação interna nas correspondênciasrotineiras entre as unidades administrativas da PBH.

A nova padronização exclui o memorando e oficializa, para mesma função, o uso do ofíciointerno, visto que a diferença fundamental entre ambos deve-se somente ao formato.

Page 40: ComunicaçãoOficialPBH

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MMOODDEELLOO

GEMA/EXTER - 055/2002

Belo Horizonte, 10 de maio de 2002.

Ref.: Contrato referente a CC 000/2002Processo 00.000000.00.00

Prezado Senhor,

Conforme reunião realizada em 10/05/02 na Gerência de Modernização Administrativa,solicitamos a V.Sa. formalizar até 11/05/02 as condições para renovação/aditamento do contratoacima referenciado nos termos e condições propostos.

Contando com sua habitual atenção, desde já agradecemos.

Atenciosamente,

NomeGerência de Modernização Administrativa

Ao SenhorNomeContact Ltda.Av. Álvares Cabral, 99.

(Modelo com adaptações)

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MMOODDEELLOO

GEMA/SMMAI-016/2002

Belo Horizonte, 17 de abril de 2002.

Ref.: Assinatura de Contratos PBH/FUMP

Senhor Secretário,

Enviamos o termo de compromisso de estágio a fim de que seja assinado pela V. Sa. Osestagiários contratados fazem parte do convênio firmado entre Prefeitura e FundaçãoUniversitária Mendes Pimentel e totalizam setenta e quatro estudantes. O termo possui três viaspara os devidos fins.

Respeitosamente,

NomeGerência de Modernização Administrativa

Ao SenhorNomeSecretaria Municipal de Modernização Administrativa e Informação

(Modelo com adaptações)

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2.10. PARECER

2.10.1. Conceito/ finalidade

Ato enunciativo ou de esclarecimento emitido por órgãos técnicos, sobre assuntos submetidos àsua consideração, efetivados em razão de uma demanda formal. “Tem caráter meramenteopinativo, não vinculando a Administração ou os particulares à sua motivação ou conclusões,salvo se aprovado por ato subseqüente.” (MEIRELLES. Hely Lopes, in Direito AdministrativoBrasileiro, Malheiros. São Paulo, 1997, pág. 172.)

2.10.2. Competência

De competência individual de técnico ou profissional integrante do quadro de pessoal daPrefeitura. A elaboração e redação de um PARECER somente poderão ser efetivadas em razãode uma demanda formal e através das unidades em que o técnico ou profissional estiver lotado.

2.10.3. Forma de elaboração

a) assinatura/brasão: a assinatura estará impressa no próprio papel a ser utilizado;

b) denominação: o nome PARECER será escrito em letras maiúsculas, no alto e à esquerda dalinha, seguido da identificação do emitente, número de ordem e ano;

c) assunto ou ementa: resumo da matéria do Parecer – indicação do demandante e dodocumento que formalizou a solicitação;

d) Requerente/processo: nome da unidade requerente e número do respectivo processo, ao alto,à esquerda do papel: Processo nº......, se for o caso;

e) texto: o texto constará de relatório, fundamentação, análise do fato e conclusão.

f) A referência a elementos constantes no processo ou em seus anexos será feita com aindicação da folha que os contiver. O texto será dividido em itens numerados com algarismosarábicos, exceto o primeiro, podendo ser desdobrados em alíneas (letras), se necessário;

g) fecho: o fecho compreende-se em:

- local e/ou sigla do órgão e data encerrando o documento; será escrito ao final do conteúdo eantes da assinatura;

- assinatura: aposta sobre o nome do emitente do Parecer.

Colocar-se-á abaixo do nome, obrigatoriamente, a qualificação do técnico ou profissional e onúmero do registro do seu respectivo Conselho Profissional, quando for o caso.

Abaixo dessa qualificação, ainda indicar-se-á o cargo que o emitente ocupa.

h) disposição no papel: bloco inteiro, todas as linhas (designação, denominação, assunto ouementa, texto e fecho) começam na margem esquerda; como não há entradas, os parágrafos sãomarcados por entrelinhas duplas.

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2.10.4. Forma de circulação

a) reprodução: serão emitidas somente 2 vias. A 1ª, para o demandante; a 2ª, para o arquivo daunidade em que o emitente estiver lotado;

b) publicação e ou divulgação: a circulação interna, quando for o caso, será de responsabilidadedo demandante.

A circulação externa somente será efetivada mediante autorização formal do chefe da unidade emque o emitente estiver lotado.

2.10.5. Registros e controles

O registro e controle são de responsabilidade da unidade em que o emitente estiver lotado.

MODELO

PARECER PR/COMPUR 11/200260ª REUNIÃO ORDINÁRIA REALIZADA EM 16 DE MAIO DE 2002

EMENTA: Solicitação de esclarecimentos quanto à delimitação da ZE Jatobá, classificada pelaLei 8.137/00.

REQUERENTE: Secretaria de Regulação Urbana - PBHPROCESSO Nº: 01.039354-02-24

Considerando que o Anexo II da Lei 8137/00 não substitui o Anexo II da Lei 7.166/96, masapenas agrega alterações pontuais de zoneamento,

Considerando que as áreas mapeadas nos dois anexos correspondem à antiga ZI – ZonaIndustrial do Jatobá - da Lei 4.034/85,

Considerando que as manchas definidas como ZE pela Lei 8137/00 foram criadas visandocorrigir a delimitação da ZE feita pela Lei 7.166/96,

O Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR, no uso das atribuições que lhe confere oinciso VI do artigo 80 da Lei 7.166/96, emite seu parecer esclarecendo que a ZE Jatobá a que sereferencia a Lei 8.137/00, com parâmetros de ocupação específicos estabelecidos no Anexo IVda mesma Lei, corresponde à área total do Jatobá, identificada tanto nas folhas 56 e 57 doAnexo II da Lei 8.137/00, quanto nas folhas 56 e 57 do Anexo II da Lei 7.166/96.

Belo Horizonte, 16 de maio de 2002.

Murilo de Campos ValadaresSecretário Municipal da Coordenação de Política Urbana e Ambiental

Presidente do COMPUR

(DOM de 24/05/02, p. 11, com adaptações)

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2.11. PORTARIA

2.11.1. Conceito/ finalidade

Ato administrativo interno, ordinatório, de natureza deliberativa ou informativa, que tem comoobjetivo expedir determinações gerais ou especiais a seus subordinados, através do qual aadministração faz funcionar o mecanismo burocrático, quer estabelecendo providências de ordemadministrativa, quer definindo situações funcionais e outras relacionadas com os servidorespúbicos.

É utilizado nos seguintes casos:

a) criação de comissões e designação de seus membros;b) delegação de competências;c) instituição e extinção de grupos de trabalho;d) lotação e relotação dos quadros de pessoal;e) abertura de sindicância e processo administrativo pela Corregedoria Geral do Município;f) aplicação de penalidades;g) outros atos que, por sua natureza e finalidade, não sejam objetos de Lei, Decreto, InstruçãoNormativa ou de Serviço.

As portarias não atingem nem obrigam aos particulares, pois os cidadãos não estão sujeitos aopoder hierárquico da Administração Pública. Algumas vezes, porém, seu raio de ação alcança opúblico em geral, o que acontece, por exemplo, com aquelas que fixam preços de gênerosalimentícios ou que, em situações normais ou especiais, disciplinam o trânsito.

A portaria vigorará até que outra portaria lhe desfaça os efeitos, não se extinguindo a eficácia doato pelo simples desaparecimento do órgão que lhe deu existência.

2.11.2. Competência

De competência comum do Prefeito, dos Secretários Municipais e Secretários Regionais,observada a área de suas respectivas competências.

2.11.3. Forma de Elaboração

a) assinatura/brasão: a assinatura estará impressa no próprio papel a ser utilizado;

b) denominação: o nome PORTARIA será escrito em letras maiúsculas no alto e no centro dalinha;

c) emitente(s): a sigla do órgão emitente será aposta adiante da denominação e antes danumeração;

d) numeração e ano de expedição: a numeração será inserida adiante da denominação e da siglado órgão emitente, seguindo a seqüência dos números naturais a partir de 001, seguida do ano deexpedição. As portarias do Prefeito seguirão a seqüência de numeração já existente;

e) assunto ou ementa: resumo da matéria da portaria. É digitada em espaço simples, a partir domeio em direção à direita do papel. É facultativo;

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f) título (preâmbulo): denominação completa (em caracteres maiúsculos, de preferência) daautoridade que expede o ato;

g) fundamentação: citação das legislações básicas em que a autoridade apóia a decisão, seguidada palavra RESOLVE grafada em caracteres maiúsculos, com entrada de parágrafo e isolada notexto;

h) texto: desenvolvimento do assunto. Há portarias mais extensas, cujo texto pode ser divididoem:• artigos numerados: é constituído de tantos artigos quantos forem necessários, sendo que do 1ºao 9º, a numeração é ordinal (1º, 2º,...9º), e, do dez em diante, cardinal (10,11,12...);• parágrafos: os parágrafos podem subdividir-se em alíneas (a, b, c, etc.) e incisos (I,II,III, etc.);• parágrafo único: ocorrendo essa expressão, ela deve ser grafada por extenso;• parágrafos numerados: usa-se o símbolo próprio(§) : (§ 1º,§2º, §10,...);

i) cláusula de vigência e referência a revogações, quando for o caso;

j) assinatura: nome inteiro civil da autoridade que expede o ato e indicação do cargo.

2.11.4. Forma de circulação

a) reprodução: desde que autorizada pelo órgão emitente, poderá ser reproduzida em tantas viasquantas forem necessárias ao pleno conhecimento dos interessados e do público a que sedestinarem;

b) publicação e/ou divulgação: a afixação, publicação e circulação interna/externa, parcial ouintegral, das Portarias do Prefeito, deverão ser previamente autorizadas pela Secretaria Municipalde Governo; as demais, pelo órgão emitente. Publicação obrigatória no Diário Oficial do Município.

2.11.5. Registros e controles

O registro e o controle das portarias do prefeito serão de responsabilidade da Secretaria Municipalde Governo. A guarda e a conservação serão de responsabilidade da Secretaria Municipal deModernização Administrativa e Informação.

O registro e controle das portarias das secretarias serão de responsabilidade dos órgãosemitentes.

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MMOODDEELLOO

PORTARIA SMED 048/2002

A Secretária Municipal de Educação, no uso de suas atribuições e considerando aPortaria SMED 046/2002, que dispõe sobre a criação de Comissão Especial da SecretariaMunicipal de Educação,RESOLVE:

Art. 1º - Fica prorrogado por mais 15 (quinze) dias úteis o prazo previsto para aconclusão dos trabalhos da comissão Especial nomeada pela Portaria SMED/046/2002,publicada no DOM de 11/05/02.

Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 27 de maio de 2002.

Maria José Vieira FéresSecretária Municipal de Educação, interina

(DOM de 01/06/02, p. 09)

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2.12. RESOLUÇÃO

2.12.1. Conceito/ finalidade

Ato administrativo de natureza deliberativa, normativa, inclusive informativa, emanado de órgãocolegiado, para disciplinar matéria de sua competência específica. É um ato inferior aoregulamento e ao regimento, não podendo inová-los ou contrariá-los, mas unicamentecomplementá-los e explicá-los.

2.12.2. Competência

De competência de órgãos colegiados da Prefeitura, componentes da estrutura organizacional, ouprévia e formalmente constituídos para determinado fim.

2.12.3. Forma de elaboração

a) assinatura/brasão: a assinatura estará impressa no próprio papel a ser utilizado;

b) denominação: o nome RESOLUÇÃO será escrito em letras maiúsculas no alto e no centro dalinha;

c) emitente(s): a sigla do órgão emitente será aposta adiante da denominação e antes danumeração;

d) numeração e data: a numeração será inserida adiante da denominação e da sigla do órgãoemitente, seguindo a seqüência dos números naturais a partir de 001, seguida do ano deexpedição;

e)assunto ou ementa: resumo da matéria da resolução. É digitada em espaço simples, a partir domeio em direção à direita do papel. É facultativo;

f) título: denominação completa (em caracteres maiúsculos, de preferência) do órgão que expedeo ato;

g) fundamentação: citação das legislações básicas em que a autoridade apóia a decisão, seguidada palavra RESOLVE, grafada em caracteres maiúsculos, com entrada de parágrafo e isolada notexto;

Em certas resoluções aparecem, entre a fundamentação e a palavra RESOLVE, a enunciaçãodo(s) considerando(s), que deverá(ão) ser reduzido(s) ao indispensável. Trata-se deconsiderações cuja finalidade é justificar a expedição do ato respectivo.

h) texto: desenvolvimento do assunto. Há resoluções mais extensas, cujo texto pode ser divididoem:

- Artigos numerados: é constituído de tantos artigos quantos forem necessários, sendo que do 1ºao 9º, a numeração é ordinal (1º,2º,...9º), e, do dez em diante, cardinal (10,11,12,...).- Parágrafos: os parágrafos podem subdividir-se em: alíneas ( a, b, c, etc.) e incisos (I, II, III, etc.).- Parágrafo único: ocorrendo essa expressão, ela deve ser grafada por extenso.- Parágrafos numerados: usa-se o símbolo próprio (§): ( § 1º, §2º,§10,...);

i) cláusula de vigência e referência a revogações, quando for o caso;

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j) assinatura: nome da autoridade que expede o ato e indicação do cargo.

2.12.4. Forma de circulação

a) reprodução: desde que autorizado pelo presidente do órgão colegiado, poderá ser reproduzidaem tantas vias quantas forem necessárias ao pleno conhecimento dos interessados e do público aque se destinar;

b) publicação e/ ou divulgação: a afixação, publicação e circulação interna/externa, parcial ouintegral, deverá ser previamente autorizada pelo presidente do órgão colegiado.

2.12.5. Registro e controles

O registro e o controle serão de competência do órgão colegiado.

MMOODDEELLOO

RESOLUÇÃO CMS/BH-082/02

O Plenário do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte, em sua reuniãoordinária realizada no dia 07 de março de 2002, no cumprimento de suas atribuições legais,RESOLVE:

Aprovar o planejamento detalhado para a consolidação do projeto de saúde mentalda Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte até 2004.

Belo Horizonte, 07 de março de 2002.

Anadil Benedita RuhnauPresidente do Conselho Municipal de Saúde

( DOM de 31/05/02, p.17 )

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3. SISTEMAS DE TRANSMISSÃO DE DADOS E IMAGENS

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3.1. FAX

3.1.1. Conceito

Recurso tecnológico de comunicação que, por sua velocidade e por ser, em princípio, menosoneroso que outras formas de comunicação, passou a ser utilizado pelo serviço público e vemsubstituindo, em muitos casos, outras correspondências.

O fax deve ser utilizado na transmissão e recebimento de assuntos oficiais de urgência e para oenvio antecipado de documentos de cujo conhecimento há premência. Em determinados casos,por questões legais, poderá ser necessário o encaminhamento posterior dos originais. A folha derosto sempre deverá preceder o encaminhamento dos demais documentos enviados.

Cabe ressaltar que a impressão do fax se desfaz com o passar do tempo, o que exige que sejamprovidenciadas cópias daqueles que se destinam a arquivamento.

3.1.2. Competência

De competência comum a todas as unidades, observando-se a necessidade do serviço.

3.1.3. Forma e estrutura

Deve ser utilizada a folha de rosto padronizada AGI 00101264 – Folha de rosto para Fax(conforme o modelo da página seguinte), para introduzir o envio dos documentos em questão. Ousuário também poderá utilizá-lo através da Intranet, no site da Gerência de ModernizaçãoAdministrativa (intranet.modernizacao.pbh), e preenchê-lo eletronicamente.

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3.2. E-MAIL

O e-mail institucional (*), por sua agilidade e praticidade, fica reconhecido como instrumento decorrespondência entre servidores e unidades administrativas da PBH, observada a especificidadedo assunto e a finalidade da correspondência. Para assuntos de maior formalidade, porém, deve-se utilizar o ofício.

O emissor torna-se responsável pela qualidade e fidelidade da mensagem transmitida, devendoestar atento à confirmação de que o destinatário recebeu a mensagem.

(*) Considera-se e-mail institucional aquele criado oficialmente pela PRODABEL.

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4. ELEMENTOS DE ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA

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4.1. ABREVIATURAS E SIGLAS

Algumas diferenças significativas entre abreviaturas e siglas:

ABREVIATURAS SIGLAS

•••• Possuem ponto abreviativo.

• Referem-se a nomes próprios e comuns.

• São flexionadas em gênero e número (ex.:Sr(a); Sr(s)).

• Não se considera a sonoridade.

• Formam-se pelas letras inicial, inicial + final,inicial + intermediárias + final.

• Palavras com menos de cinco letras, quandoa abreviatura for até a terceira letra, não sãoabreviadas (ex.: maio).

• Mantêm-se a acentuação gráfica e o hífen(ex.: símb., séc., fac-sím.).

• Não possuem ponto abreviativo.

• Referem-se somente a nomes próprios.

• São flexionadas somente em número (ex.:PMs, TRs.).

• Considera-se a sonoridade (ex.: IBAMA, ECT).• Formam-se pelas letras iniciais (reais) ou parte(por extensão) dos nomes próprios.

• Palavra com até cinco letras devem sergrafadas todas em maiúsculas.

• Mantêm-se a acentuação gráfica (ex.:Petrobrás.).

• Respeita-se o limite jurídico (ex.: UNISINOS,UNIMED).

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4.1.1. ABREVIATURA

A abreviatura é a representação reduzida de uma palavra, ou palavras, por meio da letra inicial,das letras ou sílabas iniciais ou das letras iniciais, médias ou finais.Alguns exemplos de abreviaturas:

a – assinado(s)A/C – ao(s) cuidado(s)a/a, a.a – ao anoap – apostilaabr. – abrilap., apart. – apartamentoac. – acórdãoAC- acréscimoA.M.– antemeridiem (antes do meio-dia)art. – artigoat. – atestadoAt., at. – à atenção deav. – avisoAv. – avenidabol. – boletimbibl. – bibliotecabibl., bibliog. – bibliografiacf. – conferecfe. – conformeCia. – companhiaCirc.– Circularcel. – coronelc., cód. – códigocap. – capitalcom. – comunicaçãocp., cps. – cópia(s)créd. – créditocx., cxs. – caixa(s)dec. – decreto, decimalDec., decr. – decretoD. – digno, dom, donadep., deps. – departamento(s)dir. – diretordoc., docs – documento(s)Dr. – doutordocum. – documentaçãoeng. – engenheiro, engenhariaex., exs. – exemplo(s), exemplar(es)ed. – edição, editora, editored., educ. – educaçãoe.g. – exempli gratia (por exemplo)et. al. – et alli (e outros)f., fs., fol. – folha(s)fat., fats. – fatura(s)fasc., fasc. – fascículo(s)

form., forms. – fórmula(s)fon., fonet. – fonéticafolh. – folhetofr. – frasegal. – galeriageo., geog. – geografiagov. – governogram. – gramáticah.c. – honoris causa (por honra)hist. – históriahab. – habitante, habitaçãoibb. ibid. – ibidem (na mesmaobra)inf. – informaçãoinform. – informáticaind. – indústriainst. – institutoinstitut. – instituiçãojr. – júniorl. – largoloc. cit. – loco citato (no lugarcitado)l., ls. – linha(s)l., liv., livs. – livro(s)livr. – livrarialeg., legisl. – legislaçãoling. – linguagemlingüíst. – lingüísticalit., liter. – literaturalog. – logarítimoLtda – limitadamem., mems. – memorando(s)mat., matem. – matemáticamec. – mecânicamecan. – mecanografiaméd. – médicomerc. – mercadomorf. – morfologian., nº, ns, nºs – número(s)N/C – nesta cidade, nesta capitaln.p. – nome próprion.b. N.B. – nota bene (note bem)N. da D. – nota da direçãoN. da R. – nota da redaçãoN. do A. – nota do autorN. do T. – nota do tradutor

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N.R. – Nova Redaçãoneol., neolog. – neologismoobs. – observaçãoof. – ofício, oficialop.cit. – opus citatum (obra citada)org., organ. – organizaçãoort., ortogr. – ortografiaort., ortográf. – ortográficop., pág., págs. – página(s)par. – parecerpg., pgs. – pago(s)pagto. – pagamentopm. – post meridiem (depois do meio-dia)port. – portariap.p – próximo passadopr. – processoprof., profa. – professor, profissão,professoraP.S. – Post Scriptum (pós-escrito)pal., pals. – palavra(s)pedag. – pede justiçaq.s. – quantum satis (quantidadesuficiente)R. – reprovado, réu, ré, rua, ramalre. – recursorel. – relatóriorem., remte. – remetenteres. – resolução, residênciarep., repart. – repartiçãorep., repúb. – repúblicarg., reg. – registroR.S.V.P. – respondez, s’il vous plait(respondei, por favor)S.A. – sociedade anônimas.e.o – salvo erro ou omissãoseq. – sequentia (seguinte, ou que sesegue)s.m.j. – salvo melhor juízoSto. – santos.d. – sine die (sem data)

séc., sécs. – século(s)sec., secr. – secretaria,secretário, secretáriaseg. – seguintesem. – semanaP.E.O. – por especial obséquiosemânt. – semânticasem., semin. – semináriosent. – sentido, sentenças.p. – serviço públicosup. – supra (acima)tel., tels. – telefone(s)t. – termo(s)taquigr. – taquigrafiatec., tecnol. – tecnologiatel., teleg. – telegramatec. , tecnol. – tecnologiatel., teleg. – telegramatip., tipogr. – tipografiatít. – títulotopog., topogr. – topografiatrad. – tradução, tradutor(a),traduzidotrat. – tratadotrim., trimest. – trimestralT.V. – televisãou.e. – uso externou.i. – uso internouniv. – universouniv., univers. – universidade(s)V., v. – vide, ver, verso, vocêvoc. – vocabuláriovol., vols. – volume(s)v.sup. – vide supra (veja acima)v.g. – verbi gratia (por exemplo)vet., vets. – veterinário(s),veterinária(s)xer. – xeroxxerogr. – xerografia, xerográficazool. – zoológicozootec. – zootécnico, zootecnia

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Abreviaturas de títulos, postos e formas de tratamento

Acad. – AcadêmicoAdv. – AdvogadoAlm. – AlmiranteArc., Arceb. – ArcebispoBel., béis. – Bacharel(réis)Bpo. – BispoC.-alm. – Contra-almiranteCap. – CapitãoCard. – CardealCel. – CoronelCom. , Comend. – ComendadorComte., Com. – ComandanteCons., conselh. – ConselheiroCom. – CônegoCont. – ContadorD. – Digno, Dom, DonaD.D. – DigníssimoDesemb. – DesembargadorDr., drs. – Doutor(es)Prom. – PromotorProv. – ProvedorVer., Revdo. – ReverendoRevmo. – ReverendíssimoS.Pe. – Santo PadreSr(s). – senhor(es)Sra(s). – senhora(s)Srta(s). – senhorita(s)Tem., Tte. – TenenteTes. – Tesoureiro

Emb. – EmbaixadorEmmo. – Eminentíssimoeng. – EngenheiroExmo. – ExcelentíssimoGen. – General

Ilmo., Ilmos. – ilustríssimo(s)Maj. – MajorMar., Mal. – MarechalM.D. – Mui(to) DignoMéd. – MédicoM.M. – MeritíssimoMons. – MonsenhorN.S. – Nosso SenhorN.Sa. – Nossa SenhoraPe. – PadrePr. – PastorPres., Presid. – PresidenteProc. – Procuradorprof., profs. – Professor(es)profa., profas. – Professora(s)V. – VocêV. Ema.(s) – Vossa(s) Eminência(s)V. Exa.(s) – Vossa(s) Excelência(s)V. Maga.(s) – Vossa(s) Magnificência(V. Reva.(s) – Vossa(s) Reverência(s)V. S. – Vossa SantidadeV. Sa. – Vossa Senhoriavet. – VeterinárioVig. – VigárioVva. – Viúva

Abreviaturas dos nomes dos meses (segundo a ABNT)

Jan. – janeiro jul. – julhoFev. – fevereiro ago. – agostomar. – março set. – setembroabr. – abril out. – outubromaio* – maio nov. – novembrojun. – junho dez. – dezembro

* Segundo a ABNT, não se abrevia o mês designado por palavra de quatro ou menos letras.

Abreviaturas de vias e lugares públicos (logradouros)

Al. – Alameda Pda. – ParadaAv. – Avenida Pq., Prq. – ParqueD., Dt. – Distrito Pr. – Praia

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Est. – Estrada R. – RuaGal. – Galeria Rdv. – RodoviáriaJd. – Jardim Rod. – RodoviaL., Lg. – Lago Rtn. – RetornoP., Pç. – Praça Trav., Trv. – TravessaB. – Beco V. – ViaCal., Calç. – Calçada Vd. – Viaduto

4.1.2. SIGLAS

A sigla é constituída das iniciais de nomes próprios, principalmente das locuções substantivaspróprias, ou das letras iniciais, médias e finais. Caracteriza-se por não possuir ponto abreviativo.

Ex.: APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais Expointer – Exposição Internacional de Animais, Máquinas Agrícolas e Artesanais

Observação: Faz-se o plural da sigla acrescentando-lhe um “s” somente, e não como o uso vemconsagrando, “ ‘ s ” .

Ex.: CDLs – e não CDL’s (Clube dos Diretores Lojistas)

Podemos dividir as siglas em: siglas reais (constituídas somente pelas letras iniciais dos nomespróprios) e siglas por extensão ou impróprias (constituídas de mais de um elemento do mesmonome).

a) Siglas reais:

SMMAI – Secretaria Municipal de Modernização Administrativa e InformaçãoSAC – Serviço de Atendimento ao CidadãoPBH – Prefeitura de Belo Horizonte

b) Siglas por extensão:

BELOTUR – Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte S/AURBEL – Companhia Urbanizadora de Belo HorizonteSUDECAP – Superintendência da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

Em translineações, a divisão da forma abreviada será feita:

a) Em qualquer parte dela, se for única.

. . . Pró-Reitoria de Extensão UF-RGS. . .

b) Separando-se os elementos, se for composta.

. . . Núcleo de Extensão ETC/PROREXT-/UFRGS

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Pode-se usar o hífen em composições com siglas:

ETC-UFRGS.

Porém, a barra evita possíveis confusões na translineação dessas formas, quando inevitáveis:

ETC/UF-/RGS.

Há vantagens em aceitar as formas siglares, principalmente quanto à racionalização do trabalho;por exemplo:

I.B.G.E. – IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

Siglas das Unidades Federais:

Estados

ACALAPAMBACEESGOMAMGMSMTPA

Acre Alagoas Amapá Amazonas Bahia Ceará Espírito Santo Goiás Maranhão Minas gerais Mato Grosso do Sul Mato Grosso Pará*

SCPBPEPIPRRJRNRORRRSSESPTO

Santa Catarina Paraíba Pernambuco Piauí Paraná Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rondônia Roraima Rio Grande do Sul Sergipe São Paulo Tocantins

* Uma vez que PA é a sigla do Estado do Pará, introduziu-se para Porto Alegre, com fins dediferenciação, a sigla POA (oriundo da sigla dentro da linguagem aeronáutica).

Um perigo do uso de abreviações resulta da tendência em não se considerar o leigo ou a poucadivulgação delas. Ao escrever para leigos deve-se não só grafar claramente as palavras, comotambém explicá-las. O modo aconselhável de introduzir em uma comunicação determinadaabreviação consiste em escrever primeiro por extenso e, entre parênteses ou por travessão, alocução que será repetida apenas abreviadamente:

Assumiu a presidência da Associação dos Professores do Ensino Comercial (APEC) oSr. . . . . . . . . . . pelo engrandecimento da APEC.

A correspondência oficial não admite as abreviações s/, m/, n/ e tantas outras, cujo empregodeve ser comedido ou nulo, escrevendo-se as palavras: seu, seus, minha, nosso, e assim pordiante.

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4.2. PRONOMES DE TRATAMENTO

Destinatário Tratamento Abreviatura Vocativo EnvelopePresidente da República;Presidentes doCongresso Nacional e doSupremo TribunalFederal.

VossaExcelênciaou SuaExcelência

Não se usa ExcelentíssimoSenhor(respectivocargo)

Ao ExcelentíssimoSenhor (nome)Presidente(Órgão)(endereço)

Poder Executivo: Vice-Presidente da República;Ministros de Estado;Secretário-Geral daPresidência daRepública; Consultor –Geral da República;Chefe do Estado-Maiordas Forças Armadas;Chefe do Gabinete Militarda Presidência daRepública; Chefe doGabinete Pessoal doPresidente da República;Secretários daPresidência daRepública; Procurador-Geral da República;Governadores e Vice-Governadores de Estadoe do Distrito Federal;Chefes de Estado-Maiordas Três Armas; Oficiais-Generais das ForçasArmadas; Embaixadores,Secretários Executivos eSecretários Nacionais deMinistérios; Secretáriosde Estado dos GovernosEstaduais; PrefeitosMunicipais.Poder Legislativo:Presidente, Vice-Presidente e membros daCâmara dos Deputados edo Senado Federal;Presidentes e Membrosdas AssembléiasLegislativas Estaduais;Presidentes das CâmarasMunicipais.

VossaExcelênciaou SuaExcelência

V.Exa.(s)S.Exa.(s)

Senhor (cargo) Exmo. Sr.(nome)(cargo)(endereço)

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Destinatário Tratamento Abreviatura Vocativo EnvelopeTribunais deContas: Presidente eMembros do Tribunalde Contas da Uniãoe Estado.Poder Judiciário:Membros doSupremo TribunalFederal; Presidente eMembros do SuperiorTribunal de Justiça;Presidente eMembros do SuperiorTribunal Militar,Presidente eMembros do TribunalSuperior Eleitoral;Presidente eMembros do TribunalSuperior do Trabalho;Presidente eMembros dosTribunais de Justiça;Presidentes eMembros dosTribunais RegionaisFederais Eleitorais edo Trabalho; Juízes eDesembargadoresAuditores da JustiçaMilitar.Outras pessoas edemais autoridades;Secretários,Diretores, Chefes deSeção, Capitão,Tenente, Militares(até Coronel); cargoscomerciais em geral.

Vossa Senhoriaou Sua Senhoria

V.Sa.(s)S.Sa.(s)

Senhor (cargo) Ao Senhor(nome)(cargo)(endereço)

Reitor deUniversidade

VossaMagnificência ouSuaMagnificência

V.Maga.S.Maga.

Magnífico Reitor Ao Senhor(nome)Magnífico Reitor(endereço)

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Papa Vossa Santidadeou SuaSantidade

V.S.S.S.

SantíssimoPadre

Santíssimo PadrePapa (nome)(endereço)

Cardeais Vossa Eminênciaou SuaEminência ouVossa EminênciaReverendíssimaou SuaEminênciaReverendíssima

V.Ema.S.Ema.

EminentíssimoSenhor CardealouEminentíssimo eReverendíssimoSenhor Cardeal

Emmo. Sr.Cardeal(nome)(endereço)

Arcebispos e Bispos VossaExcelênciaReverendíssimaou SuaExcelência

V. Exa. ExcelênciaReverendíssima

Exmo. Revmo. Sr.(nome)(endereço)

Monsenhores,Cônegos esuperiores religiosos

VossaReverendíssimaou SuaReverendíssimaou VossaSenhoriaReverendíssima

V. Revma.S. Revma.

Reverendo Revmo. Sr(cargo)(nome)(endereço)

Sacerdotes, clérigose demais religiosos

VossaReverência ouSua Reverência

V. Reva.S. Reva.

Reverendo Revdo. (nome)(endereço)

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4.3. COLOCAÇÃO PRONOMINAL

4.3.1. ConceitoTodos os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, os, as, lhes) podem ocupartrês posições com relação aos verbos. Essas três colocações dos pronomes chamam-se,respectivamente:

a) Ênclise (depois do verbo): Encontrei-o na sala de recepção.b) Próclise (antes do verbo): Não o encontrei na sala de recepção.c) Mesóclise (no meio do verbo): Encontrá-lo-ei na sala de recepção.

Segundo a Gramática que herdamos de Portugal, a colocação normal do pronome é aênclise. No entanto, no Português escrito e falado no Brasil hoje, nota-se uma preferênciamarcante pela próclise.

A colocação pronominal não é uma questão de análise sintática, isto é, a posição do pronomenão determina sua função na frase. Trata-se de um problema de eufonia (palavra de origemgrega que significa “bom som”). Assim, se houver dúvida quanto à posição do pronome, amelhor regra é escolher a forma que soar melhor ao ouvido e estar atento ao nível de linguagemque se quer.

Qual é a forma mais correta: Joana me falou ou Joana falou-me? Nenhuma das duas é melhorque a outra. Pode-se dizer que a primeira (Joana me falou) é mais coloquial, mais adequada atextos informais; a segunda (Joana falou-me) se presta a situações que exigem uma formalidademaior.

As regras da norma culta, muitas vezes, são infringidas em textos jornalísticos e até mesmoliterários.

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4.3.2. Regras Gerais

a) com palavras de sentidonegativo.

Não, nunca, jamais, nada, nem,etc.

b) com pronomes relativos. Que, o qual, a qual, os quais, asquais, quem, cujo, onde, quanto

c) com pronomes indefinidos. Tudo, nada, ninguém, alguém,outrem, algo.

d)com pronomesdemonstrativos.

Este, esta, esse, essa, isto, isso,aquele, aquela, aquilo.

e) com conjunçõessubordinativas.

Porque, como, embora, se,conforme, quando, etc.

f) com advérbios, antes deverbos.

Aqui, bem, mal, muito, hoje,amanhã, etc.

g) com gerúndio precedido dapreposição em.

Em se levantando o cerco...

h) com orações optativas. Deus te abençoe, meu filho.

i) com orações exclamativas. Quanto me custa tudo isso!

PRÓCLISE

j) com orações interrogativas. Quem o trouxe aqui?

MESÓCLISE

Quando o verbo estiver no futurodo presente e no futuro dopretérito, e a próclise não forobrigatória.

Contar-me-ão o segredo.

Perguntar-se-ia o motivo.

a) com o verbo no imperativoafirmativo.

Apressa-te!

b) com o verbo no infinitivo. Vamos convidá-los.

c) com o verbo no gerúndio. ...e, mostrando-nos a estrada...ÊNCLISE

d) com o verbo iniciando aoração.

Ensinei-lhe tudo.

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4.3.3. Colocação pronominal em locuções verbais

São possíveis as seguintes colocações:

AUXILIAR + INFINITIVO

- Ele devia entregar-me o cheque.

- Ele devia-me entregar o cheque.

- Ele me devia entregar o cheque.

PORÉM,

- Ele não me devia entregar o cheque.

- Ele não devia entregar-me o cheque.

AUXILIAR + GERÚNDIO

- O caso estava aborrecendo-me.

- O caso estava-me aborrecendo.

- O caso me estava aborrecendo.

PORÉM,

- O caso não me estava aborrecendo.

- O caso não estava aborrecendo-me.

AUXILIAR + PARTICÍPIO

- Ele havia-me perseguido.

- Ele me havia perseguido.

PORÉM,

- Ele não me havia perseguido.

4.3.4. Estilística

No Brasil, a próclise é a colocação usual tanto na língua falada como na escrita, caracterizando-se por ser mais espontânea e informal. A ênclise pode demonstrar um tom cerimonioso.Observe:

Mariana me telefonou. (próclise)Mariana telefonou-me. (ênclise)

O segundo exemplo mostra uma colocação bastante formal e pouquíssimo utilizada no Brasil.Leia outros exemplos extraídos de textos literários:

Mãe amorosa, a Europa afligiu-se com a sorte das suas terras extremas...Quem vivia num baixo, podia imaginar-se dentro de um poço tapado...Com trêmulas mãos acenderam-se as velas nas casas... (José Saramago)

...Fabiano espiava a caatinga amarela, onde as folhas secas se pulverizavam, trituradas pelosredemoinhos, e os garranchos se torciam, negros, torrados. Pouco a pouco, os bichos sefinavam, devorados pelo carrapato. (Graciliano Ramos)

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A ênclise foi utilizada por José Saramago, escritor português, e a próclise, pelo escritormodernista brasileiro Graciliano Ramos. Em Portugal, a preferência é pela colocação enclítica;no Brasil, predomina o uso da próclise.

A mesóclise está praticamente sendo abolida em nosso país, ficando restrita a textos muitoformais, como leis, códigos e uns poucos textos literários. Hoje, o emprego da mesóclise éconsiderado inadequado e até pedante.

Art.6° Na interpretação desta Lei, levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, asexigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar dacriança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. (Estatuto da Criança e doAdolescente)

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4.4. CONCORDÂNCIA VERBAL

Regra geral: o verbo concorda com seu sujeito em pessoa e número.Os novos recrutas mostraram muita disposição.

Se o sujeito for simples, isto é, se tiver apenas um núcleo, o verbo concorda com ele em pessoae número:

O chefe da Seção pediu maior assiduidade.A inflação deve ser combatida por todos.Os servidores concordaram com a proposta.

Quando o sujeito for composto, ou seja, possuir mais de um núcleo, o verbo vai para o plural epara a pessoa que tiver primazia, na seguinte ordem: a 1ª pessoa tem prioridade sobre a 2ª e a3ª; a 2ª sobre a 3ª; na ausência de uma e outra, o verbo vai para a 3ª pessoa:

Eu e Maria queremos viajar em agosto.Eu, tu e João somos amigos.O Prefeito e os Secretários chegaram logo.

Observação – Por desuso do pronome vós e respectivas formas verbais no Brasil, tu e... leva overbo para a 3ª pessoa do plural: Tu e o teu colega devem (e não deveis) ter mais calma.

Analisaremos a seguir algumas questões que costumam suscitar dúvidas quanto à corretaconcordância verbal.

a) Há três casos de sujeito inexistente:

- com verbos de fenômenos meteorológicos:

Choveu (geou, ventou...) ontem.

- em que o verbo haver é empregado no sentido de existir ou de tempo transcorrido:

Haverá descontentes na oposição.Havia cinco anos não ia a Brasília.

Errado: Se houverem dúvidas favor perguntar.Certo: Se houver dúvidas favor perguntar.

Para certificar-se de que esse haver é impessoal, basta recorrer ao singular do indicativo: Se há(e nunca: hão) dúvidas... Há (e jamais: Hão) descontentes...

- em que o verbo fazer é empregado no sentido de tempo transcorrido:

Faz dez dias que não durmo bem.Semana passada fez dois meses que iniciou a apuração das irregularidades.

Errado: Fazem cinco anos que não vou a Brasília.Certo: Faz cinco anos que não vou a Brasília.

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São muito freqüentes os erros de pessoalização dos verbos haver e fazer em locuções verbais(ou seja, quando acompanhados de verbo auxiliar:

Errado: Vão fazer cinco anos que ingressei no Serviço Público.Certo: Vai fazer cinco anos que ingressei no Serviço Público.

Errado: Depois das últimas chuvas, podem haver centenas de desabrigados.Certo: Depois das últimas chuvas, pode haver centenas de desabrigados.

Errado: Devem haver soluções urgentes para estes problemas.Certo: Deve haver soluções urgentes para estes problemas.

b) Concordância facultativa com sujeito mais próximo: quando o sujeito composto figurar após overbo, pode flexionar-se no plural ou concordar com o elemento mais próximo.

Venceremos eu e você.Vencerei eu e você.Vencerá você e eu.

c) Quando o sujeito composto for constituído de palavras sinônimas (ou quase), formando umtodo indiviso, ou de elementos que simplesmente se reforçam, a concordância é facultativa, oucom o elemento mais próximo ou com a idéia plural contida nos dois ou mais elementos:

A sociedade, o povo une-se para construir um país mais justo.A sociedade, o povo unem-se para construir um país mais justo.

d) O substantivo que se segue à expressão um e outro fica no singular, mas o verbo podeempregar-se no singular ou no plural:

Um e outro decreto trata da mesma questão jurídica.Um e outro decreto tratam da mesma questão jurídica.

e) As locuções um ou outro, ou nem um, nem outro, seguidas ou não de substantivo, exigem overbo no singular:

Uma ou outra opção acabará por prevalecer.Nem uma nem outra medida resolverá o problema.

f) No emprego da locução um dos que, admite-se dupla sintaxe, verbo no singular ou verbo noplural (prevalece este no uso atual):

Um dos fatores que influenciaram (ou influenciou) a decisão foi a urgência de obter resultadosconcretos.A adoção da trégua de preços foi uma das medidas que geraram (ou gerou) mais impacto naopinião pública.

g) O verbo que tiver como sujeito o pronome relativo quem tanto pode ficar na terceira pessoado singular, como concordar com a pessoa gramatical do antecedente a que se refere opronome:

Fui eu quem resolveu a questão.Fui eu quem resolvi a questão.

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h) Verbo apassivado pelo pronome se deve concordar com o sujeito que, no caso, está sempreexpresso e vem a ser o paciente da ação ou o objeto direto na forma ativa correspondente:

Vendem-se apartamentos funcionais e residências oficiais.Para obterem-se resultados são necessários sacrifícios.Compare: apartamentos são vendidos e resultados são obtidos; vendem apartamentos eobtiveram resultados.

Verbo transitivo indireto (que rege preposição) fica na 3ª pessoa do singular; o se, no caso, nãoé apassivador porque o verbo transitivo indireto não é apassivável: O prédio é carecido dereformas ou É tratado de questões preliminares.

Errado: Assistem-se a mudanças radicais no país.Certo: Assiste-se a mudanças radicais no país.

Errado: Precisam-se de homens corajosos para mudar o país.Certo: Precisa-se de homens corajosos para mudar o país.

Errado: Tratam-se de questões preliminares ao debate.Certo: Trata-se de questões preliminares ao debate.

i) Expressões de sentido quantitativo (grande número de, grande quantidade de, parte de,grande parte de, a maioria de, a maior parte de, etc.) acompanhadas de um complemento noplural admitem concordância verbal no singular ou no plural. Nesta última hipótese, temos“concordância ideológica”, por oposição à concordância lógica, que se faz com o núcleo sintáticodo sintagma (ou locução) nominal (a maioria + de...):

A maioria dos condenados acabou (ou acabaram) por confessar sua culpa.Um grande número de Estados aprovou (ou aprovaram) a Resolução da ONU.Metade dos Deputados repudiou (ou repudiaram) as medidas.

j) Concordância do verbo ser: segue a regra geral, mas nos seguintes casos é feita com opredicativo:

- quando inexiste sujeito:

Hoje são dez de julho.Do Planalto ao Congresso são duzentos metros.Hoje é dia quinze.

- quando o sujeito refere-se a coisa e está no singular e o predicativo é substantivo no plural:

Minha preocupação são os despossuídos.O principal erro foram as manifestações extemporâneas.

- quando os demonstrativos ocupam a função de sujeito:

Tudo são comemorações no aniversário do município.Aquilo foram gastos inúteis.

- quando a função de sujeito é exercida por palavra ou locução de sentido coletivo: a maioria,grande número, a maior parte, etc:

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A maioria eram servidores de repartições extintas.Grande número (de candidatos) foram reprovados no exame de redação.A maior parte são pequenos investidores.

- quando um pronome pessoal desempenhar a função de predicativo:

Naquele ano, o assessor especial fui eu.O autor do projeto somos nós.

Nos casos de frases em que são empregadas as expressões é muito, é pouco, é mais de, émenos de o verbo ser fica no singular.

Três semanas é muito.Trezentos mil é mais do que eu preciso.

k) Concordância do Infinitivo: uma das peculiaridades da língua portuguesa é o infinitivoflexionável: esta forma verbal, apesar de nominalizada, pode flexionar-se concordando com oseu sujeito. Simplificando o assunto, controverso para os gramáticos, valeria dizer que a flexãodo infinitivo só cabe quando ele tem sujeito próprio, em geral distinto do sujeito da oraçãoprincipal:

Chegou ao conhecimento desta Repartição estarem a salvo todos os atingidos pelas enchentes.(sujeito do infinitivo: todos os atingidos pelas enchentes)A imprensa estrangeira noticia sermos nós os responsáveis pela preservação da Amazônia.(sujeito do infinitivo: nós)Não admitimos sermos nós... Não admitem serem eles...

O Governo afirma não existirem tais doenças no país. (sujeito da oração principal: o Governo;sujeito do infinitivo: tais doenças).Ouvimos baterem à porta. [sujeito (do infinitivo) indefinido plural, como em Batem (ou Bateram) àporta)].

O infinitivo é inflexionável nas combinações com outro verbo de um só e mesmo sujeito – a esseoutro verbo é que cabe a concordância:

As assessoras podem (ou devem) ter dúvidas quanto à medida.Os sorteados não conseguem conter sua alegria.Queremos (ou precisamos, etc.) destacar alguns pormenores.

Nas combinações com verbos factitivos (fazer, deixar, mandar...) e sensitivos (sentir, ouvir,ver...) o infinitivo pode concordar com seu sujeito próprio, ou deixar de fazê-lo pelo fato de essesujeito (lógico) passar a objeto direto (sintático) de um daqueles verbos:

O Presidente fez (ou deixou, mandou) os assessores entrarem (ou entrar).Sentimos (ou vimos, ouvimos) os colegas vacilarem (ou vacilar) nos debates.

Naturalmente, o sujeito semântico ou lógico do infinitivo que aparece na forma pronominalacusativa (o, -lo, -no e flexões) só pode ser objeto do outro verbo:

O Presidente fê-los entrar (e não entrarem)Sentimo-los vacilar (e não vacilarem).

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4.5. CONCORDÂNCIA NOMINAL

Regra Geral: adjetivos (nomes ou pronomes), artigos e numerais concordam em gênero enúmero com os substantivos de que dependem:

Todos os outros duzentos processos examinados...Todas as outras duzentas causas examinadas...

Alguns casos que suscitam dúvida:

a) anexos, incluso, leso : como adjetivos, concordam com o substantivo em gênero e número:

Anexa à presente Exposição de Motivos, segue minuta de Decreto.Vão anexos os pareceres da Consultoria Jurídica.Remeto inclusa fotocópia do Decreto.Silenciar nesta circunstância seria crime de lesa-pátria (ou de leso-patriotismo).

b) a olhos vistos é locução com função adverbial, invariável, portanto:

Lúcia envelhecia a olhos vistos.A situação daquele setor vem melhorando a olhos vistos.

c) possível: em expressões superlativas, este adjetivo concorda em número com o artigo a quese refere :

As características do solo são as mais variadas possíveis.Os problemas da cidade são os mais variados possíveis.A solução apresentada foi a melhor possível.

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4.6. REGÊNCIA VERBAL

Nas redações que circulam pela administração pública, é freqüente o uso de conexões viciosasentre o verbo e seu complemento. A essa relação de dependência entre esses dois termos daoração dá-se o nome de regência verbal. Há verbos que, em sua conexão com o complemento,dispensam a preposição: são os verbos transitivos diretos. Outros, porém, exigem-na: ostransitivos indiretos. Os que não pedem complemento são intransitivos. Apresentamos a seguiralguns verbos de emprego mais freqüente, indicando-lhes a regência normal. Os casos maiscomplexos estão numerados e a explicação correspondente encontra-se abaixo do quadro.

acautelar-se com autorizar (15)

aceder a avisar (16)

aconselhar (1) bater (17)

acusar (obj. direto) cair em

adaptar (2) carecer de

aderir a ceder (18)

admirar (obj. direto) (3) certificar (19)

admirar-se de, em chamar (20)

afixar (obj. direto) (4) chegar a

agradar (5) comparecer a, em

agradecer (6) compartilhar (obj. direto)

ajudar (7) comunicar (21)

alcançar (obj. direto) conformar a, com (22)

aludir a consentir em (23)

apelar de...para (8) constar de (24)

aspirar a (9) convencer (25)

aquiescer a, em convidar (26)

assistir (10) convir a, com , em (27)

atender (11) cumprir com (28)

atentar em, para, por, contra (12) custar (29)

atinar (13) declinar de (30)

atingir (obj. direto) (14) deferir (31)

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Delegar (32) habilitar-se a, para

Deparar (33) habituar-se a

Desagradar a (34) haver (41)

Desobedecer a herdar (42)

Dignar-se de honrar-se em, de, com

Distribuir a, com, entre, por identificar-se a, com, em

Encarregar de igualar (43)

Ensinar a (35) impedir (44)

Esforçar-se em, para, por impetrar (45)

Esquecer (36) implicar (46)

Esquivar-se a, de impossibilitar de, para

Exceder a, em (37) impregnar-se de

Exonerar (38) impugnar (obj. direto)

Exuberar de, em imputar a

Felicitar (obj. direto) incomodar (obj. direto)

Fugir a, de incompatibilizar com, para

Ganhar (39) incorporar a, em, com (47)

Gozar (40) incumbir (48)

Graduar-se em indagar (49)

Guindar-se a visar (50)

1) aconselhar - pede dois objetos: direto e indireto. Diz-se: “ninguém lhe aconselha fugir”, ou“ninguém o aconselha a fugir”.

2) adaptar - pede objeto direto e indireto, quando significar tornar apto (“adaptou o criado àtarefa); pôr em harmonia (“adaptou os meios aos fins”) ou adequar uma coisa a outra (“adaptoua lente ao binóculo”).

3) admirar - aparece também como intransitivo: “não admira que tal aconteça”, isto é: “nãocausa admiração que ...”

4) afixar - pede objeto direto e adjunto adverbial com preposição a: “mande afixar o cartaz àporta principal”.

5) agradar - exige preposição quando significa ser agradável, satisfazer; quando corresponde afazer carinho, animar, pede objeto direto.

6) agradecer-o objeto indireto é de pessoa; o direto, de coisa: “agradeço-lhe(OI) o convite(OD)”.

7) ajudar - diz-se indiferentemente: ajudar-lhe ou ajudá-lo.

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8) apelar - em frases como “apelar de uma autoridade para outra autoridade”, existem doisobjetos indiretos.

9) aspirar - no sentido de desejar, ambicionar, é transitivo indireto com preposição a.

10) assistir - no sentido de presenciar, pede objeto indireto com preposição a, e não tolera opronome lhe, que se substitui por a ele, a ela. Na acepção de ajudar, auxiliar, socorrer, aceitaobjeto direto.

11) atender - sua regência normal é com preposição a, se o objeto é coisa: “atenda ao pedido”.Se o objeto é pessoa, pode ser direto ou indireto.

12) atentar - “atentavam no que fazíamos”, “tenho de atentar pela sua economia”, “atentaramcontra o imperador”. No sentido de tencionar fazer, é transitivo direto: “ele atentava novométodo”.

13) atinar - pede objeto direto: “...como não atinava deduzir daí uma ilação razoável, não pensoumais nisso.” (Alexandre Herculano, O monge de Cister, II, p.141.) Mas também pode serutilizado com a preposição com: “não atinara com o futuro”.

14) atingir - pede preposição somente no sentido de atinar, perceber, mas é um verbo poucousado neste sentido.

15) autorizar - pede objeto direto de pessoa e indireto de coisa autorizada: “autorizei-o a sair”.

16) avisar - a melhor regência é com objeto direto de pessoa e indireto de coisa avisada: “vouavisá-lo da sua chegada”. Modernamente se diz também: “vou avisar-lhe o que houve”.

17) bater - transitivo direto quando significa dar pancada em alguma coisa, ou vencer alguém:“bater pregos” ; “ela bateu o irmão no jogo”; transitivo indireto quando significa dar pancadas emalguém: “o pai bateu no filho”. Note-se a diferença entre: “bater à porta” e “bater na porta”. Noprimeiro exemplo, alguém bate para se anunciar; no segundo, alguém dá pancadas na porta,não para anuncia-se, mas por outra razão qualquer.

18) ceder - Pede objeto indireto quando significa sucumbir, não resistir: “cedeu ao impulso docoração”. Pede os dois objetos quando significa transferir a alguém direitos, posse oupropriedade de alguma coisa: “cedeu à mãe sua parte na herança”.

19) certificar - tem regência dupla: a) obj. direto de pessoa e indireto daquilo que se certifica:“certifiquei-o da promoção”; b) obj. direto da coisa certificada e indireto de pessoa: “certifiquei-lhetudo”.

20) chamar - tem várias regências; na acepção de mandar vir, pede objeto direto; na de darnome, objeto indireto: “chamei o médico”, “chamavam a isso ideologia”. Nesta acepção, pode vircom objeto direto: “chamam-no Rufião”, e também com a preposição de antes do predicativo:“chamam-no de traidor”. Há exemplos com objeto indireto e predicativo preposicionado :“chamei-lhe de tolo”. Esta sintaxe, porém, é menos recomendável. No sentido de invocar, pedepreposição por: “chamavam por todos os santos”.

21) comunicar - pede objeto direto para coisa comunicada e indireto para pessoa informada:“comuniquei a notícia aos servidores”.

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22) conformar - diz-se: “conformar uma coisa a outra, ou com outra”.

23) consentir - tem várias regências: “consentirei a remoção do corpo” (O.D.); “não lheconsentirei isso” (O.I e O.D.); “os pais consentiram na viagem da filha” ; “consentirei com aproposta”.

24) constar - no sentido de estar consignado, admite a preposição em ou de: “a relação constano fichário ou do fichário”.

25) convencer - tem dupla regência: “convencer alguém a fazer algo” e, no sentido de fazer crer,emprega-se com preposição de: “convenceram-no da utilidade do projeto”.

26) convidar - pede obj. direto de pessoa e adjunto adverbial de finalidade: “convidai-o a entrar,ou para entrar”.

27) convir - “o negócio convém a todos”; “todos convieram na reforma do regimento”; “convieracom o irmão que voltariam juntos”.

28) cumprir - diz-se: “cumprir com o dever”, ou simplesmente: “cumprir o dever”.

29) custar - na linguagem comum, diz-se erradamente: “custei a compreender”. Corrija-sedizendo: “custou-me compreender”.

30) declinar - pede preposição de, no sentido de rejeitar. Na acepção de declarar, é transitivodireto.

31) deferir - transitivo direto: “o chefe deferiu o requerimento”. Não confundir com diferir: adiar,dilatar; ser diferente, divergir.

32) delegar - diz-se: “delegou nele a tarefa mais árdua” ou ”delegou a ele a tarefa mais árdua”.Também se diz: “vou delegá-los a representar esta seção”.

33) deparar – é normalmente transitivo direto, mas também pode-se dizer “deparar com” ou“deparar-se com”, no sentido de encontrar inesperadamente, defrontar, topar.

34) desagradar - admite objeto direto ou indireto: “isso o desagrada” ou “isso lhe desagrada”.

35) ensinar - tem as seguintes regências: a) “ensinou-me o manejo da arma”; b) “ensinei-o aescrever”; c) “ensinei-lhe a nadar”. Esta última regência resultou do cruzamento das duasprimeiras.

36) esquecer - tem várias regências: a) “esqueci a pasta”; “esqueceu-me a pasta”; c) “esqueci-me da pasta”.

37) exceder - pede obj. direto ou indireto: “seu trabalho excede nossa expectativa; “o primeiroexcede ao segundo”. Com adjunto adverbial, pede a preposição em: “este o excede emcapacidade”.

38) exonerar - pede objeto direto: “O governador exonerou o secretário”. No sentido dedesobrigar, dispensar, é transitivo direto e indireto: “Exonerei-o da incumbência” .

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39) ganhar - sua regência normal é com objeto direto; no sentido de dar como lucro ou proveito,é transitivo indireto: “que lhe ganha este pieguismo?”, com adjunto adverbial de meio, pedepreposição em, com, ou por: “nada ganhara por esforço próprio”. Constrói-se também comobjeto indireto e adjunto adverbial de assunto: “em matemática, ganhava a todos”.

40) gozar - diz-se: “gozar as férias” ou “gozar das férias”; o adjunto adverbial de causa se regecom de, com em, por : “o pai gozava de ver o êxito do filho”; “todos gozavam com a vitória deAlípio”; “gozamos em ver tua nomeação”; “todos gozavam por teres aceito o convite”. Usa-seainda como pronominal: “gozava ali de muitas vantagens”.

41) haver – tem várias regências: a) tomado como existir, acontecer, ocorrer, realizar-se ouindicando tempo decorrido, é impessoal e transitivo direto: “não havia testemunhas” (= nãoexistiam); b) seguido da preposição de e um infinito, torna-se auxiliar das formas do futuro econdicional enfáticos: hei de vencer, haverei de vencer, havia de vencer, haveria de vencer.

42) herdar - transitivo direto e indireto - significa tanto receber por herança como deixar porherança: “herdou do pai uma fortuna”; “o avô herdou-lhe tudo que tinha”.

43) igualar - com os dois objetos (direto e indireto), rege a ou com: “deves igualá-lo a este” (oucom este).

44) impedir - diz-se indiferentemente: “impedir alguém de alguma coisa” ou “impedir algumacoisa a alguém”.

45) impetrar - tem dupla regência: a) transitivo direto: “impetrar anistia”; b) transitivo direto eindireto: “impetraram ao soberano o agraciamento do réu”.

46) implicar - na acepção de ter como resultado, dar a entender, tornar indispensável, étransitivo direto: “uma obrigação que implica prejuízos”; “estas palavras implicam uma censura”; -como embaraçar, envolver, se rege assim: “poderão implicá-lo no crime”; - como antipatizar ounão harmonizar, pede a preposição com: “está sempre implicando com os outros”.

47) incorporar - é transitivo direto no sentido de juntar num só corpo; dar unidade a; reunir: “aassembléia resolveu incorporar os decretos e leis referentes à matéria”.

48) incumbir - é transitivo direto e indireto: dar comissão/incumbência/encargo a; encarregar: “ogerente incumbiu-o de todos os negócios do setor”.

49) indagar - no sentido de procurar saber, tentar descobrir, investigar, pesquisar, averiguar; étransitivo direto: “indagou a causa do acidente”.

50) visar - é transitivo direto no sentido de dirigir a vista ou o olhar fixamente para, mirar (“visarum alvo”); pôr o sinal de visto em (“visar um cheque”); ter por fim ou objetivo; ter em vista(“Animado por um forte sentimento de indignação, o autor visa um fim moral”; “Não visamos aderrota, mas a vitória” ). [Os exemplos de visar, nesta acepção, como transitivo direto, poderiamfacilmente ser multiplicados. Não há razão, pois para condenar esta regência só admitindo aseguinte.] Pode ser transitivo indireto no sentido de ter por fim ou objetivo; ter em vista; mirar:“estas medidas visam ao bem público”.

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4.7. REGÊNCIA NOMINAL

Assim como os verbos, também alguns nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) podemapresentar dificuldades de regência, principalmente aqueles que admitem mais de umapreposição.

Embora esses problemas só possam ser resolvidos a contento mediante a consulta a umdicionário especializado, apresentamos a seguir uma lista de palavras acompanhadas de suaspreposições mais freqüentes:

1. ACOSTUMADO – A, COM

Estou acostumado a torcidas exigentes. (Ronaldinho, jogador de futebol)

O excesso de luzinhas na decoração de Natal é uma demonstração típica de quem não estáacostumado com a fartura. (Folha de S. Paulo)

2. ADAPTADO – A, PARA

O que a polícia nova-iorquina tem que pode ser adaptado ao Brasil? (Nelson de Sá)

Isabel Allende tornou-se muito conhecida no Brasil, principalmente depois do lançamento de ACasa dos Espíritos, livro que foi adaptado para o cinema. (A tarde)

3. AFÁVEL – A, COM, PARA COM

Antes inatingível, o empresário agora tornou-se afável com os jornalistas. (O Estado de S. Paulo)

4. AFLITO – COM, EM, PARA, POR

A curto prazo, o jurista brasileiro estará aflito com o aprimoramento de nossa Constituição. (OGlobo)

Aflito em assumir sua nova face, de tocador de obras, o presidente nomeará logo osresponsáveis pelos projetos de seu plano de metas. (Jornal do Brasil)

No plano político, o governador está aflito para definir logo quem será o candidato a disputar aPrefeitura da cidade. (Fernando Rodrigues)

Fiquei muito aflito por receber tal notícia.

5. ALHEIO – A

Alheio às diversas mudanças políticas ocorridas nos últimos anos, o terrorismo ainda ameaçaEstados e populações civis de diferentes partes do mundo. (Folha de S. Paulo)

6. ALIENADO – A, DE

Durante o pagamento das prestações, o imóvel ficará alienado à empresa responsável peloempréstimo. (Zero Hora)

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7. ALUSÃO – A

O documento lançado pelos participantes do encontro é uma alusão nítida aos EUA e à UniãoEuropéia. (Clóvis Rossi)

8. ANALOGIA – COM, ENTRE

Num raio de 250 Km em torno de São José da tapera (Alagoas) concentram-se 29 dos 59municípios brasileiros que têm, proporcionalmente, mais jovens analfabetos. Juntos, formam o“Polígono do analfabetismo”, uma analogia com o “Polígono da seca”. (Folha de S. Paulo)

Faz sentido estabelecer uma analogia entre o cérebro e o computador. (Gazeta do povo)

9. ANÁLOGO – A

A fibra óptica funciona de modo análogo a um fio de metal que transmite impulsos telefônicos.(Almanaque Abril)

10. APTO – A, PARA

Em seu livro de estréia, o escritor João Antônio já mostrava a segurança de quem está apto adar o salto da realidade para a poesia. (Fernando Pessoa)

Campeão diz estar apto para lutar pelo “bi” na São Silvestre. (Folha de S. Paulo)

11. ATENTO – A, EM

Fique atento às condições de garantia dos produtos adquiridos em feiras abertas ao público.(Correio do Povo)

Permaneciam atentos nos ladrões.

12. AVESSO – A

O ministro é avesso a aparições públicas.

13. ÁVIDO – DE, POR

Era ávido de fama.

O mercado de trabalho está sempre ávido por profissionais capacitados. (Gazeta Mercantil)

14. CONSTITUÍDO – DE, POR

Plutão é um planeta constituído de material rochoso.

O sistema de Vigilância da Amazônia é constituído por uma rede de telecomunicações querecebe imagens via satélite. (Almanaque Abril)

15. CONTEMPORÂNEO – A, DE

Foi um movimento contemporâneo à Guerra dos Farrapos.

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Eurípedes, dramaturgo grego contemporâneo de Ésquilo e Sófocles, é um dos maioresexpoentes da tragédia grega. (Jornal do Brasil)

16. CONTÍGUO – A

Num sobrado contíguo ao meu morava Armélia.

17. CURIOSO – DE, PARA, POR

Era um adolescente curioso das descobertas científicas.

Estava curioso para saber como ia ser o Festival de Cinema. (Folha de S. Paulo)

Fiquei curioso por saber o fim da novela.

18. FALHO – DE, EM

Falho de (em) dinheiro, não presenteou a esposa.

Fez um diagnóstico falho do que se passa na economia brasileira. (Diário Catarinense)

19. IMBUÍDO – DE, EM

Estou imbuído do espírito olímpico. (José Simão)

Explicava o mundo imbuído nos preceitos religiosos.

20. IMUNE – A

A carne de tubarão leva a vantagem de ser a mais imune a infecções dentre todos os peixes. (OGlobo Ciência)

A vacina tornou-se imune ao vírus.

21. INCOMPATÍVEL – COM

O modelo capitalista de crescimento ilimitado é incompatível com a finitude de recursos doplaneta. (O Estado de S. Paulo)

22. MEDO – A, DE

Entre os trabalhadores, persiste o medo ao desemprego. (Folha de S. Paulo) Não tenha medo de encarar de frente um novo amor. (Cláudia)

23. PASSÍVEL – DE

Antes de invadir, os sem-terra devem verificar se a terra é improdutiva e passível de serdesapropriada pelo governo. (O Dia)

24. PREFERÍVEL – A

É sempre preferível uma ação limitada à inércia absoluta. (A Tarde)

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A tendência atual no Português do Brasil é empregar do que no lugar do a:

É sempre preferível deixar em liberdade um culpado do que mandar para o cárcere uminocente. (Ernando Ulhoa Cintra)

25. PROPENSO – A, PARA

Parecia propenso a viajar imediatamente.

Era uma atriz propensa para a glória.

26. RESIDENTE – EM

A história da fotografia no Brasil começa em 1833, quando Hércules Florence, um francêsresidente em Campinas (SP), consegue as primeiras imagens fotográficas. (Almanaque Abril)

27. TRANSVERSAL – A

Na rua transversal à minha, havia um ponto de táxi.

28. VINCULADO – A

Segundo o geógrafo alemão Friedrich Ratzel, o progresso está vinculado ao crescimentoterritorial. (Almanaque Abril)

29. VIZINHO – A, DE

A Mongólia não se esquece de estabelecer relações com o país vizinho ao sul, a China. (Veja)

Guatemala, país vizinho do México, tem cerca de 10 milhões de habitantes. (GeográficaUniversal)

Observação:

Quando o complemento de um verbo ou de um nome for uma oração reduzida de infinitivo, nãose faz a combinação da preposição com o sujeito dessa oração.

Ex.: É hora de ele mudar de vida. (e não “dele mudar de vida”) É o momento de eles enfrentarem a situação. (e não “deles enfrentarem a situação”)

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4.8. EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO

1. VÍRGULA

A vírgula nem sempre representa uma pausa. As justificativas para sua colocação são de ordemsintática e não de pronúncia. Emprega-se a vírgula:

a) Diante dos vocativos.Por favor, jovens, decidam-se.

b) Diante de apostos.Ele comprou vários objetos: livros, canetas, estojo. (aposto enumerativo)José, o mercenário, mora no quinto andar. (aposto explicativo)

c) Com predicativos, objetos, adjuntos adverbiais deslocados.Desanimados, os professores decidiram encerrar a greve.Os outros, ao fim do dia, calaram-se.Ao vendedor, dei-lhe o dinheiro.

d) Para separar conjunções.Os estudos, porém, foram encerrados.

e) Em palavras ou expressões corretivas como “por exemplo”, “isto é”, “digo”, “ou melhor”.

f) Em datas e endereços.Belo Horizonte, 2 de junho de 2002.Álvares Cabral, 200.

g) Diante da elipse do verbo.Alguns estudam pela manhã; outros, à tarde.

h) Nos períodos compostos por:- orações coordenadas → Veio correndo, tropeçou, caiu.- orações subordinadas adjetivas explicativas → Os homens, que são seres racionais,

dominam a natureza.- orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas) → Quando o exercício

terminou, saí../ Terminado o exercício, saí.- orações intercaladas → A história, diz Cícero, é a mesa da vida.

i) Diante da conjunção e repetida:Entregou-lhe o seu amor, e o seu nome, e o seu lar, e a sua honra , e a sua vida.

j) Diante da conjunção e, se ela puder ser substituída por mas.Ela pensa uma coisa, e diz outra.

k) Antes do elemento coordenativo e correlativo de não só.Ifigênia não só pediu, mas exigiu justiça.

l) Para separar adjuntos adverbiais longos.Depois de uma semana de duro trabalho, voltei.

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m) Antes da abreviatura etc, que significa e outras coisas.Fiz tortas, doces, salgados, etc.

n) Diante das orações substantivas antepostas à principal.Quanto tempo fiquei trabalhando, não sei.

o) Diante das orações coordenadas sindéticas, exceto as iniciadas por e.Ela estava cansada, mas foi ao teatro.

Casos em que o uso a vírgula não é permitido

Não se usa vírgula entre:

a) o sujeito e o predicado:

A noite cai mansa em São Paulo. (Revista E) suj. predicado

b) o verbo e seus complementos:

O orvalho frio e a névoa garoenta dão uma ligeira trégua às crianças. (Revista E) v. O.D. O.I.

c) o nome e o complemento nominal:

Brincar é uma atividade acessível a todo ser humano. nome compl. nominal

d) o nome e o adjunto adnominal:

O jogo está presente em vários momentos de nossa vida. nome adj. adnominal

e) a oração principal e a subordinada substantiva, desde que esta não seja apositiva nemapareça na ordem inversa:

A Aids relembra que a vida é curta. (José Castello) or. principal or. sub. substantiva

Estilística

“Pontuar bem é ter uma visão clara da estrutura do pensamento e da frase. Pontuar bem égovernar as rédeas da frase. Pontuar bem é ter ordem no pensar e na expressão”, afirma CelsoLuft. O emprego da vírgula tem importância fundamental na expressão do pensamento. Hácasos em que o uso da vírgula pode alterar completamente o sentido da frase. Observe:

Acorda Brasil.Acorda, Brasil. (Anúncio Publicitário)

No primeiro caso, faz-se uma afirmação em que o termo Brasil exerce a função de sujeito: oBrasil acorda, desperta para alguma coisa. Já no segundo exemplo, Brasil é vocativo; o sentidoda frase passa a ser um apelo, uma exortação para que o Brasil desperte e passe a sepreocupar com certos problemas.

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A tendência atual é utilizar poucas vírgulas. Normalmente, quem tem pouco domínio da línguavirgula em excesso. Veja um exemplo: O jovem, vestido de roupa de couro, entrou,abruptamente, no local.

Note como o pensamento fica truncado, entrecortado. O texto poderia ficar mais enxuto eelegante se não fosse usada nenhuma vírgula. Assim: O jovem vestido de roupa de couro entrouabruptamente no local.

Ou, se o aluno quisesse destacar a maneira de o rapaz se vestir, poderia colocar a expressãovestido de roupa de couro entre vírgulas. Exemplo: O jovem, vestido de roupa de couro, entrouabruptamente no local.

2. PONTO-E-VÍRGULA

Emprega-se o ponto-e-vírgula para separar:

a) orações coordenadas quando pelo menos uma delas já tem vírgula no seu interior:Muitas coisas vêm afetando o equilíbrio ecológico; entre elas, a devastação.

b) diversos itens considerados de sentido contrário:“Nada é fama; a ação é tudo”.

c) diversos itens de considerandos, decretos, leis, portarias, etc:Art. 16O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:I – ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restriçõeslegais;II – opinião e expressão;III – crença e culto religioso;IV – brincar, praticar esportes e divertir-se;V – participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;VI – participar da vida política na forma da lei;VII –buscar refúgio, auxílio e orientação.(Estatuto da Criança e do Adolescente)

d) separar orações coordenadas ADVERSATIVAS ou CONCLUSIVAS, ou seja, ligadas porlogo, pois, porém, todavia:Você tem problemas cardíacos; logo, deve para de fumar.

3. DOIS-PONTOS

São usados em três casos:

a) antes de enumeração – Dentro da mala tinha: roupas, sapatos, documentos, etc.b) antes de explicação – Vi o seguinte: carros antigos, motos...c) antes de citação: Washington disse: “Governar é construir.”

4. PARÊNTESES

a) são usados para isolar palavras ou orações explicativas alheias às frases:Após o ocorrido (que espero não se repetir), todos saíram.

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b) usados diante de uma reflexão ou um comentário:“Dom Manuel tentou dificultá-la (limitando-a, por exemplo, ao porto de Lisboa) e ao mesmotempo induzi-los...”

c) em indicações cênicas numa peça de teatro:MARIANA: (Abraçam-se) Gabriel! (Contém os soluços) Gabriel!

d) em orações intercaladas:Dizem (não se confirma) que todos os dias morre um operário naquela construção.

5. RETICÊNCIAS

Têm a função básica de:

a) indicar partes suprimidas de um texto:“... sofrendo torturas de toda espécie (...) Não é possível que isso continue...”

b) indicar surpresa, dúvida, hesitação:“ Deus do céu...um veleiro! ”

c) indicar interrupção da fala do narrador:“ É muito profundo, muito intenso, muito...”

6. TRAVESSÃO

É empregado basicamente em três casos:

a) para indicar mudança de interlocutor- Você é o diretor?- Sim, sou eu.

b) para destacar palavras, expressões ou frases:Um número pequeno – embora estimulante – de prefeituras vem assumindo...

c) para ligar palavras ou grupos em certas expressões:O trajeto Cuiabá – Santarém é perigoso.

7. ASPAS

De um modo geral, emprega-se as aspas para:

a) isolar citações textuais:“Diga-me com quem andas e eu te direi quem és” - era dito pela minha avó, sempre.

b) para destaques não característicos de quem escreve:“Rachas” provocam duas mortes na avenida.

c) para realçar palavras:Carros nacionais, às vezes, tachados de “carroças” viviam em cena.

d) para mudar de interlocutor:“Conseguiu o que pedi?” disse o governador.

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4.9. CRASE

É a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se graficamente a crase pelo acento grave (`).

Ocorre a crase:

a) Quando forem satisfeitas as duas condições expostas:- palavra feminina que admita o artigo a.- seja dependente de outra palavra que exija a preposição a .

Veja:Discussão aponta perigo à liberdade de expressão.Aponta perigo a + a liberdade de expressão.

b) nas locuções femininas (adverbiais e conjuntivas).Às vezes me sinto só. (adverbial)À medida que ele chega, ela sai. (conjuntiva)

c) Nas locuções prepositivas.A população ficou à mercê dos poderosos.

d) Quando se puder substituir a por para.As estradas de hoje são uma ameaça à vida.

e) Diante de nomes de lugares, cuja troca do verbo ir para o verbo voltar faz aparecer da.Vou à Itália nas férias. (Volto da Itália nas férias)

f) Diante dos pronomes senhora e senhorita.Direi à senhorita o que deve ouvir.

g) Pode ocorrer a crase diante do relativo a(s) qual (ais). Estas são as finalidades às quais se destina o projeto.

h) Antes da palavra casa seguida de determinante.Logo chegarei à casa de meus pais.

i) Antes da palavra terra quando esta designar local, região.Chegamos à terra do mate.

j) Diante de nomes de pessoas quando se trata de indivíduos que façam parte do nosso círculomais íntimo.Refiro-me à Luísa, e não à Cris.

k) Diante das locuções subentendidas: “à moda de”, “à semelhança de”.Veste-se à Raul Seixas.

Não ocorre a crase:

a) Diante de nomes masculinos.Ando a cavalo aos sábados.

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b) Diante de verbosA radiação passa a exercer efeitos negativos.

c) Diante de nomes de cidades, exceto quando determinado.Eles vão freqüentemente a Ouro Preto (à famosa Ouro Preto).

d) Diante de pronomes pessoais.Você fez alguma observação a ela, prima?

e) Diante de pronomes de tratamento.“Posso dizer a S. Exa. que as tendências...”

f) Diante de pronomes demonstrativos, indefinidos e relativos....a mudança a que somos expostos......a ninguém....a essa barbárie.

g) Diante de palavras pluralizadas.Você não deve conduzir a conclusões muito otimistas.

h) Diante da palavra terra quando designar terra firme.Os tripulantes chegaram a terra.

i) Nas locuções formadas por palavras repetidas.Ficamos os dois, face a face, meio confusos.

j) Diante do artigo indefinido uma.Os alunos devem submeter-se a uma avaliação.

Crase facultativa

- diante de pronomes possessivos femininos → ...refere-se a nossa capacidade (ou à nossacapacidade).

- diante da preposição até → ...até a manhã de ontem (ou até à manhã de ontem).

Crase da preposição a com pronomes demonstrativos

• Aquele(s), aquela(s), aquilo: se o termo regente desses pronomes exigir preposição a, ocorreráa crase.

Pertencia àquela estirpe mineira de jogar futebol (pertencia a + aquela = pertencia àquela).(Gazeta Esportiva)

Atualmente, a Petrobrás está impossibilitada de comprar petróleo do Iraque por causa dobloqueio econômico imposto àquele país pela ONU (imposto a + aquele = imposto àquele).(Folha de São Paulo)

• A(s) (=demonstrativo): se o temo regente desse pronome exigir a preposição a, ocorrerá acrase.

Que dificuldade é esta que se assemelha à que (àquela que) você enfrentou no ano passado?As revoltas de hoje são semelhantes às (àquelas) de anos anteriores.

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4.10. VÍCIOS DE LINGUAGEM

Conceito

Chama-se vício de linguagem ao modo de falar ou escrever que contraria as normas de umalíngua. A infração à norma só recebe o nome de vício quando se torna freqüente e habitual naexpressão de um indivíduo ou de um grupo.

Os vícios de linguagem mais comuns são:

ARCAÍSMO

Consiste no emprego de palavras ou construções que já caíram em desuso, que pertencem aopassado de língua e não entram mais em seu uso normal.

- Convidou-os mui polidamente a cear. (Folha de São Paulo) (mui = muito)

- Aurélia, que se dirigia ao seu toucador, sentou-se a uma escrivaninha... (José de Alencar)( toucador = penteadeira)

- Os três dias de nojo tinham passado. (Eça de Queirós) (nojo = pesar, luto)

Muitos arcaísmos são comuns nas falas regionais.O arcaísmo poderá ter finalidade expressiva e, nesse caso, não se constitui num vício.

- ... o roubo só rendera cadeia e pancadas aos pândegos dos ciganos, enquanto Sete-de-Ourosvoltara para a Fazenda de Tampa... (Guimarães Rosa) (pândego = engraçado, alegre)

ANFIBOLOGIA OU AMBIGÜIDADE

Ocorre quando uma mensagem apresenta mais de um sentido. A anfibologia geralmente resultada disposição inadequada das palavras nas frases.

Encontrei-o preocupado. (Quem estava preocupado: eu ou ele?)A menina viu o incêndio da loja. (A menina estava na loja e viu o incêndio ou viu a loja incendiar-se?)

BARBARISMO

É todo erro que diz respeito à forma da palavra.

a) cacopéia – erro de pronúncia:

Forma incorretaEstejeFidagalMetereologiaXipófago

Forma corretaestejafigadalmeteorologiaxifópago

Quando o erro se deve ao deslocamento do acento tônico, recebe o nome de silabada:

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Forma incorretaavaroíberoarieteinterimrubrica

Forma corretaávaroiberoaríeteínterimrubrica

b) cacografia – qualquer erro de grafia:

Forma incorretaencimaem baixoderrepentepixeexcessãomagestosoquizer

Forma corretaem cimaembaixode repentepicheexceçãomajestosoquiser

Os erros de separação silábica também se incluem na cacografia:

Pá – ssa – ro ......... pás – sa – ro (correto)E – rra – do ........... er – ra – do (correto)So – sse – go ........ sos – se – go (correto)

c) estrangeirismo – é o emprego de palavras ou expressões estrangeiras ainda não adaptadasao idioma nacional:

A divisão de merchandising da Rede Globo deu um belo presente à Casa dos Artistas. (MariaLúcia Rangel)O exame antidoping obrigatório continua longe do tênis. (Thales de Menezes)

Estrangeirismobom-tomcostumesalta aos olhosshowpedigreeentrar de sóciojogar de goleirorepetir de anoenquanto queter lugartomar a palavra

Forma equivalente em portuguêseducação, boas maneirastraje, vestido, ternoé claro, é evejanteespetáculo, exibiçãoraça, linhagementrar como sóciojogar como goleirorepetir o anoenquantorealizar-seusar da palavra, ter a palavra

Quando o vocábulo estrangeiro revela-se muito útil ou necessário, tende a adaptar-se àpronúncia e grafia do português. É o que chamamos de “aportuguesamento”.Veja:

Beef – bife Basket-ball – basquetebol

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Football – futebol Club – clube Gaffe – gafe Goal – gol Roast-beff – rosbife Abat-jour – abajur

CACÓFATO

É a palavra ou expressão inconveniente, descabida, ridícula ou obscena que resulta da união deduas palavras ou de partes de palavras vizinhas.

Na vez passada falei com você. (na vespa assada)Ela tinha muito dinheiro. (é latinha)Essas palavras saíram da boca dela. (cadela)

COLISÃO

É a seqüência de sons consonantais iguais, da qual resulta um efeito acústico desagradável.

Eu não conheço muito bem a sede desse partido no centro...Sabe, se você se sair satisfatoriamente bem, seremos salvos.

ECO

É a rima em prosa. Constitui-se num defeito quando o texto não é prosa literária.

A reação da população foi de pura emoção.Na realidade, a subjetividade é uma questão de identidade.

HIATO

É o acúmulo de vogais que produz um efeito acústico desagradável.

Vá à aula.Assava a asa da ave.

PLEONASMO

É o emprego de palavras ou expressões de significado semelhante que não acrescenta nada aoque já foi dito e, por isso, tornam-se inúteis na frase.

Subiu para cima.Desci para baixo.Saia daqui para fora.

SOLECISMO

É o nome dado às construções que infringem as normas de sintaxe.

a) solecismo de concordância:

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Abreu garante que não há problemas com o abastecimento. Os que haviam estão sendodesenvolvidos. (Veja)(os que havia...)

... acho que precisamos nos dar conta da componente civil do golpismo. É muito maior que acomponente puramente militar. (Veja)(... do componente civil...que o componente...)

Fazem três anos que estamos estudando neste colégio.(Faz três anos...)

Haviam muitas pessoas na sala.(Havia muitas pessoas...)

A turma já foram para o bar.(A turma já foi...)

b) solecismo de regência:

Este é o prefeito que a cidade precisa. (Anúncio Publicitário)(... de que a cidade precisa)

Cheguei no colégio.(Cheguei ao colégio)

Os líderes distanciaram-se de qualquer base social que podiam aspirar. (Folha de São Paulo)(a que podiam aspirar)

c) solecismo de colocação:

Me faça um favor?(Faça-me um favor?)

Não diga-me uma coisa dessas!(Não me diga uma coisa dessas!)

Quando os desvios de sintaxe têm intenção estilística, não constituem solecismos.

Expressões a evitar e expressões de uso recomendável

Existem vocábulos e expressões (locuções) que, por seu continuado emprego com determinadosentido, passam a ser usados sempre em tal contexto e de tal forma, tornando-se “expressõesde uso consagrado”.

O esforço de classificar expressões como “de uso a ser evitado” ou como “de uso recomendável”atende, primordialmente, ao princípio da clareza e da transparência que deve nortear aelaboração de todo texto oficial. Não se trata, pois, de mera preferência ou gosto pordeterminada forma.

Nesse sentido, apresentamos uma lista de expressões cujo uso ou repetição deve ser evitado,indicando com que sentido devem ser empregadas e sugerindo alternativas vocabulares apalavras que costumam constar com excesso nas correspondências oficiais.

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à medida que / na medida em queÀ medida que (locução proporcional) – à proporção que, ao passo que , conforme: Os preçosdeveriam diminuir à medida que diminui a procura. Na medida em que (locução causal) – pelofato de que, uma vez que : Na medida em que se esgotaram as possibilidades de negociação, oprojeto foi integralmente vetado. Evite os cruzamentos à medida em que.../ na medida que...

a partir deA partir de deve ser empregado preferencialmente no sentido temporal: A cobrança do impostoentra em vigor a partir do início do próximo ano. Evite repeti-la com o sentido de “com base em”,preferindo considerando, tomando-se por base, fundando-se em, baseando-se em.

ambos / todos os doisAmbos significa ‘os dois’ ou ‘um e outro’. Evite expressões pleonásticas como ambos dois,ambos os dois, ambos de dois, ambos a dois. Quando for o caso de enfatizar a dualidade,empregue todos os dois: Todos os dois Secretários assinaram a Portaria.

anexo/ em anexoO adjetivo anexo concorda em gênero e número com o substantivo ao qual se refere: encaminhoas minutas anexas. Use também junto, apenso. A locução adverbial em anexo, como é próprioaos advérbios, é invariável: Encaminho as minutas em anexo. Empregue tambémconjuntamente, juntamente com.

ao nível de/ em nível (de)A locução ao nível tem o mesmo sentido de ‘à mesma altura de‘: Fortaleza localiza-se ao níveldo mar. Evite seu uso com o sentido de em nível, com relação a, no que se refere a. Em nívelsignifica ‘nessa instância’: A decisão foi tomada em nível Ministerial; Em nível político, serádifícil chegar-se ao consenso. A nível (de) constitui comodismo que é melhor evitar.

assimUse após a representação de alguma situação ou proposta para ligá-la à idéia seguinte. Alternecom: dessa forma, desse modo, diante do exposto, diante disso, conseqüentemente, portanto,por conseguinte, assim sendo, em conseqüência, em vista disso, em face disso.

através de/ por intermédio deAtravés de quer dizer ‘de lado a lado’, por entre’: A viagem incluía deslocamentos através de boaparte da floresta. Evite o emprego com o sentido de meio ou instrumento; nesse caso empreguepor intermédio, por , mediante, por meio de, segundo, servindo-se de, valendo-se de : O projetofoi apresentado por intermédio do Departamento. O assunto deve ser regulado por meio dedecreto. A comissão foi criada mediante Portaria.

bem comoEvite repetir; alterne com e, como (também), igualmente, da mesma forma. Evite o uso, polêmicopara certos autores, da locução bem assim como equivalente.

cadaEste pronome indefinido deve ser usado em função adjetiva: Quanto às famílias presentes, foidistribuída uma cesta básica a cada uma. Evite a construção coloquial foi distribuída uma cestabásica a cada.

causarEvite repetir. Use também originar, motivar, provocar, produzir, gerar, levar a criar.

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constatarEvite repetir. Alterne com atestar, apurar, averiguar, certificar-se, comprovar, evidenciar,observar, notar, perceber, registrar, verificar.

dado/ visto/ haja vistaOs particípios dado e visto têm valor passivo e concordam em gênero e número com osubstantivo a que se referem: Dados o interesse e o esforço demonstrados, optou-se pelapermanência do servidor em sua função. Dadas as circunstâncias... Vistas as provasapresentadas, não houve mais hesitação no encaminhamento do inquérito. Já a expressão hajavista, com o sentido de ‘uma vez que’ ou ‘seja considerado’, ‘veja-se’, é invariável: O servidortem qualidades, haja vista o interesse e o esforço demonstrados. Haja visto (com –o) é inovaçãooral brasileira, evidentemente descabida em redação oficial ou outra qualquer.

de forma que, de modo que/ de forma a, de modo aDe forma (ou maneira, modo) que nas orações desenvolvidas: Deu amplas explicações, deforma que tudo ficou claro. De forma (ou maneira, modo) a nas orações reduzidas de infinitivo:Deu amplas explicações, de forma (ou maneira, modo) a deixar tudo claro. São descabidas nalíngua escrita as pluralizações orais vulgares de formas (ou maneiras, modos) que...

deste posto de vistaEvite repetir; empregue também sob este ângulo, sob este aspecto, por este prisma, desseprisma, deste modo, assim.

detalharEvite repetir; alterne com particularizar, pormenorizar, delinear, minudenciar.

devido aEvite repetir; utilize igualmente em virtude de, por causa de, em razão de, graças a, provocadopor.

dirigirQuando empregado com o sentido de encaminhar, alterne com transmitir, mandar, encaminhar,remeter, enviar, endereçar.

“disruptivo”Aportuguesamento do inglês disruptive (de disrupt: ‘desorganizar, destruir, despedaçar’), a serevitado dada a existência de inúmeras palavras com o mesmo sentido em português(desorganizador, destrutivo, destruidor, e o bastante próximo, embora pouco usado, diruptivo).Acrescente-se, ainda, que, por ser de uso restrito ao jargão de economistas e sociólogos, o usodessa palavra confunde e não esclarece em linguagens mais abrangentes. (veja também“inicializar”, abaixo.)

“ele é suposto saber”Construção tomada de empréstimo ao inglês he is supposed to know, sem tradução noportuguês. Evite por ser má tradução. Em português: deve(ria) saber, supõe-se que ele saiba.

em face deSempre que a expressão em face de equivaler a diante de, é preferível a regência com apreposição de; evite, portanto, face a, frente a.

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enquantoConjunção proporcional equivalente a ao passo que, à medida que. Evitar a construção coloquialenquanto que.

especialmenteUse também principalmente, mormente, notadamente, sobretudo, nomeadamente, em especial,em particular.

inclusiveAdvérbio que indica ‘inclusão’; opõe-se a exclusive. Evite o seu abuso com o sentido de ‘até’;nesse caso, utilize o próprio até ou ainda, igualmente, mesmo, também, ademais.

informarAlterne com comunicar, avisar, noticiar, participar, inteirar, cientificar, instruir, confirmar, levar aoconhecimento, dar conhecimento; ou perguntar, interrogar, inquirir, indagar.

“inicializar”Inicializar, muito usado em manuais de programas ou de equipamentos de informática, é mátradução do inglês initialize, pois já temos em português iniciar, com sentido de ‘começar’. Éapresentado aqui como paradigma de uma série de estrangeirismos, incorporados ao idioma deforma acrítica, condenáveis não por serem empréstimos de línguas estrangeiras, mas porrevelarem desconhecimento do repertório da língua portuguesa. Parece preferível agregar umsentido mais específico a uma palavra já existente e de uso corrente (como iniciar) a criar novapalavra ou tomar empréstimos desajeitados. É o caso, ainda, de “estartar” (do inglês start ‘iniciarou ligar’), “lincar” (do inglês to link ‘ligar, conectar’), “printar” (do inglês to print ‘imprimir’), etc.

nemConjunção aditiva que significa ‘e não’, ‘e tampouco’, dispensando, portanto, a conjunção e: Nãoforam feitos reparos à proposta inicial, nem à nova versão do projeto. Evite, ainda, a duplanegação não nem, nem tampouco, etc. Não pôde encaminhar o trabalho no prazo, nem não tevetempo para revisá-lo. O correto é ...nem teve tempo para revisá-lo.

no sentido de Empregue também com vistas a, a fim de, com o fito (objetivo, intuito, fim) de, com a finalidadede, tendo em vista ou mira, tendo por fim.

objetivar/ ter por objetivoTer por objetivo pode ser alternado com pretender, ter por fim, ter em mira, ter como propósito,no intuito de, com o fito de. Objetivar significa antes ‘materializar’, ‘tornar objetivo’ (objetivaridéias, planos, o abstrato), embora possa ser empregado também com o sentido de ‘ter porobjetivo’. Evite-se o emprego abusivo alternando-o com sinônimos como os referidos.

ondeComo pronome relativo significa ‘em que (lugar)’: A cidade onde nasceu. O país onde viveu.Evite, pois, construções como “a lei onde é fixada a pena” ou “o encontro onde o assunto foitratado”. Nesses casos, substitua onde por em que, na qual, no qual, nas quais, nos quais. Ocorreto é, portanto: a lei na qual é fixada a pena, o encontro no qual (em que) o assunto foitratado.

operacionalizarNeologismo verbal de que se tem abusado. Prefira realizar, fazer, executar, levar a cabo ou aefeito, pôr em obra, praticar, cumprir, desempenhar, produzir, efetuar, construir, compor,

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estabelecer. É da mesma família de agilizar, objetivar e outros cujo problema está antes no usoexcessivo do que na forma, pois o acréscimo dos sufixos –izar e –ar é uma das possibilidadesnormais de criar novos verbos a partir de adjetivos (ágil + izar = agilizar; objetivo + ar =objetivar). Evite, pois, a repetição, que pode sugerir indigência vocabular ou ignorância dosrecursos do idioma.

opinião/ “opinamento”Como sinônimo de ‘parecer’, prefira opinião a “opinamento”. Alterne com parecer, juízo,julgamento, voto, entendimento, percepção.

opor veto (e não apor)Vetar é ‘opor veto’. Apor é ‘acrescentar’ (daí aposto, (o) que vem junto). O veto e acontrariedade são opostos, nunca apostos.

pertinente/ pertencerPertinente (derivado do verbo latino pertinere) significa ‘pertencente’ ou ‘oportuno’. Pertenceroriginou-se do latim pertinescere, derivado sufixal de pertinere. Esta forma não sobreviveu emportuguês; não empregue, pois, formas inexistentes como “no que pertine ao projeto”; nessecontexto use no que diz respeito, no que respeita, no tocante, com relação.

posição/ posicionamentoPosição pode ser alterado com postura, ponto de vista, atitude, maneira, modo. Posicionamentosignifica ‘disposição, arranjo’, e não deve ser confundido com posição.

relativo aEmpregue também referente a, concernente a, tocante a, atinente a, pertencente a, que dizrespeito a, que trata de, que respeita.

ressaltarVarie com destacar, sublinhar, frisar, salientar, relevar, distinguir, sobressair.

pronome “se”Evite abusar de seu emprego como indeterminador do sujeito. O simples emprego da formainfinitiva já confere a almejada impessoalidade: “Para atingir esse objetivo há que evitar o uso decoloquialismos” (e não: “Para atingir-se... há que se evitar...”). É cacoete em certo registro dalíngua escrita no Brasil, dispensável porque inútil.

vigerSignifica ‘vigorar, ter em vigor, funcionar’. Verbo defectivo, sem forma para a primeira pessoa dosingular do presente do indicativo, nem para qualquer pessoa do presente do subjuntivo,portanto. O decreto prossegue vigendo. A portaria vige. A lei tributária vigente naquele ano (...).

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4.11. HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS

Muitas vezes temos dúvidas no uso de vocábulos distintos provocadas pela semelhança oumesmo igualdade de pronúncia ou de grafia entre eles. É o caso dos fenômenos designadoscomo “homonímia” e “paronímia”.

A homonímia é a designação geral para os casos em que palavras de sentidos diferentes têm amesma grafia (os homônimos homógrafos) ou a mesma pronúncia (os homônimos homófonos).Os homógrafos podem coincidir ou não na pronúncia, como nos exemplos: quarto (aposento) equarto (ordinal), manga (fruta) e manga (de camisa), em que temos pronúncia idêntica; e apelo(pedido) e apelo (com e aberto, 1ª pes. do sing. do pres. do ind. do verbo apelar), consolo (alívio)e consolo (com o aberto), 1ª pes. do sing. do pres. do ind. do verbo consolar), com pronúnciadiferente.Os homógrafos de idêntica pronúncia diferenciam-se pelo contexto em que são empregados.Não há dúvida, por exemplo, quanto ao emprego da palavra são nos três sentidos: a) verbo ser,3ª pes. do pl. do pres. do ind., b) saudável e c) santo.

Palavras de grafia diferente e de pronúncia igual (homófonos) geram dúvidas ortográficas. Caso,por exemplo, de acento/assento, coser/cozer, dos prefixos ante-/anti-, etc. Aqui o contexto não ésuficiente para resolver o problema, pois sabemos o sentido; a dúvida é de letra(s). Sempre quehouver incerteza, consulte algum dicionário ou manual de ortografia.

Já o termo paronímia designa o fenômeno que ocorre com palavras semelhantes (mas nãoidênticas) quanto à grafia ou à pronúncia. É fonte de muitas dúvidas, como entre descrição (atode descrever) e discrição (qualidade de discreto), retificar (corrigir) e ratificar (confirmar).

Como não interessa aqui aprofundar a discussão teórica da matéria, restringimo-nos a uma listade palavras que com mais freqüência provocam dúvidas na elaboração de textos oficiais, com ocuidado de agregá-las em pares ou pequenos grupos formais.

Absolver: inocentar, relevar da culpa imputada: O júri absolveu o réu.Absorver: embeber em si, esgotar: O solo absorveu lentamente a água da chuva.

Acender: atear (fogo), inflamar.Ascender: subir, elevar-se.

Acento: sinal gráfico; inflexão vocal: Vocábulo sem acento.Assento: banco, cadeira: Tomar assento num cargo.

Acerca de: sobre, a respeito de: No discurso, o Prefeito falou acerca de seus planos.A cerca de: a uma distância aproximada de: O anexo fica a cerca de trinta metros do prédioprincipal. Estamos a cerca de três meses das eleições.Há cerca de: faz aproximadamente (tanto tempo): Há cerca de um ano, tratamos de casoidêntico; existem aproximadamente: Há cerca de mil títulos no catálogo.

Acidente: acontecimento casual; desastre: A derrota foi um acidente na sua vida profissional. Osúbito temporal provocou um terrível acidente no parque.Incidente: episódio; que incide, que ocorre: O incidente da demissão já foi superado.

Adotar: escolher, preferir; assumir; pôr em prática.Dotar: dar em doação, beneficiar.

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Afim: que apresenta afinidade, semelhança, relação (de parentesco): Se o assunto era afim, porque não foi tratado no mesmo parágrafo?A fim de: para, com a finalidade de, com o fito de: O projeto foi encaminhado com quinze diasde antecedência a fim de permitir a necessária reflexão sobre sua pertinência.

Alto: de grande extensão vertical; elevado, grande.Auto: ato público, registro escrito de um ato, peça processual.

Aleatório: casual, fortuito, acidental.Alheatório: que alheia, alienante, que desvia ou perturba.

Amoral: desprovido de moral, sem senso de moral.Imoral: contrário à moral, aos bons costumes, devasso, indecente.

Ante(preposição): diante de, perante: Ante tal situação, não teve alternativa.Ante- (prefixo): expressa anterioridade: antepor, antever, anteprojeto, ante-diluviano.Anti- (prefixo): expressa contrariedade; contra: anticientífico, antibiótico, anti-higiênico, anti-Marx.

Ao encontro de: para junto de; favorável a: Foi ao encontro dos colegas. O projeto veio aoencontro dos anseios dos trabalhadores.De encontro a: contra; em prejuízo de: O carro foi de encontro a um muro. O governo nãoapoiou a medida, pois vinha de encontro aos interesses dos menores.

Ao invés de: ao contrário de: Ao invés de demitir dez funcionários, a empresa contratou mais devinte. (Inaceitável o cruzameto “ao em vez de”.)Em vez de: em lugar de: Em vez de demitir dez funcionários, a empresa demitiu vinte.

A par: informado, ao corrente, ciente: O ministro está a par do assunto; ao lado, junto; além de.Ao par: de acordo com a convenção legal: Fez a troca de mil dólares ao par.

Aparte: interrupção, comentário à margem: O deputado concedeu ao colega um aparte em seupronunciamento.À parte de: em separado, isoladamente, de lado: O anexo ao projeto foi encaminhado porexpediente à parte.

Apreçar: avaliar, pôr preço: O perito apreçou irrisoriamente o imóvel.Apressar: dar pressa a, acelerar: Se o andamento das obras não for apressado, não serácumprido o cronograma.

Área: superfície delimitada, região.Ária: canto, melodia.

Aresto: acórdão, caso jurídico julgado: Neste caso, o aresto é irrecorrível.Arresto: apreensão judicial, embargo: Os bens do traficante preso foram todos arrestados.

Arrochar: apertar, com arrocho, apertar muito.Arroxar: ou arroxear, roxear: tornar roxo.

Ás: exímio em sua atividade; carta do baralho.Az: (pouco usado): esquadrão, ala do exército.

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Atuar: agir, pôr em ação; pressionar.Autuar: lavrar um auto; processar.

Auferir: obter, receber: Auferir lucros, vantagens.Aferir: avaliar, cotejar, medir, conferir: Aferir valores, resultados.

Augurar: prognosticar, prever, auspiciar: O Presidente augurou sucesso ao seu par americano.Agourar: pressagiar, predizer (geralmente no mau sentido): Os técnicos agouram desastre nacolheita.

Avocar: atribuir-se, chamar: Avocou a si competências de outrem.Evocar: lembrar, invocar: Evocou no discurso o começo de sua carreira.Invocar: pedir (a ajuda de); chamar; proferir: Ao final do discurso, invocou a ajuda de Deus.

Caçar: perseguir, procurar, apanhar (geralmente animais).Cassar: tornar nulo ou sem efeito, suspender, invalidar.

Carear: atrair, ganhar, granjear.Cariar: criar cárie.Carrear: conduzir em carro, carregar.

Casual: fortuito, aleatório, ocasional.Causal: causativo, relativo a causa.

Cavaleiro: que anda a cavalo, cavalariano.Cavalheiro: indivíduo distinto, gentil, nobre.

Censo: alistamento, recenseamento, contagem.Senso: entendimento, juízo, tino.

Cerrar: fechar, encerrar, unir, juntar.Serrar: cortar com serra, separar, dividir.

Cessão: ato de ceder; A cessão do local pelo município tornou possível a realização da obra.Seção: setor, subdivisão de um todo, repartição, divisão: Em qual seção do ministério eletrabalha?Sessão: espaço de tempo que dura uma reunião, um congresso; reunião; espaço de tempodurante o qual se realiza uma tarefa: A próxima sessão legislativa será iniciada em 1º de agosto.

Chá: planta, infusão.Xá: antigo soberano persa.

Cheque: ordem de pagamento à vista.Xeque: dirigente árabe; lance de xadrez; (fig.) perigo (pôr em xeque).

Círio: vela de cera.Sírio: da Síria.

Cível: relativo à jurisdição dos tribunais civis.Civil: relativo ao cidadão; cortês, polido (daí civilidade); não militar nem eclesiástico.

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Colidir: trombar, chocar; contrariar: A nova proposta colide frontalmente com o entendimentohavido.Coligir: colecionar, reunir, juntar: As leis foram coligidas pelo Ministério da Justiça.

Comprimento: medida, tamanho, extensão, altura.Cumprimento: ato de cumprir, execução completa; saudação.

Concelho: circunscrição administrativa ou município (em Portugal).Conselho: aviso, parecer, órgão colegiado.

Concerto: acerto, combinação, composição, harmonização: O concerto das nações...O concertode Guarnieri...Conserto: reparo, remendo, restauração: Certos problemas crônicos aparentemente não têmconserto.

Conje(c)tura: suspeita, hipótese, opinião.Conjuntura: acontecimento, situação, ocasião, circunstância.

Contravenção: trangressão ou infração a normas estabelecidas.Contraversão: versão contrária, inversão.

Coser: costurar, ligar, unir.Cozer: cozinhar, preparar.

Costear: navegar junto à costa, contornar. O navio costeou inúmeras praias do litoral baiano.Custear: pagar o custo de, prover, subsidiar: Qual a empresa disposta a custear tal projeto?Custar: valer; necessitar, ser penoso: Quanto custa o projeto? Custa-me crer que funcionará.

Deferir: consentir, atender, despachar favoravelmente, conceder.Diferir: ser diferente, discordar; adiar, retardar, dilatar.

Degradar: deteriorar, desgastar, diminuir, rebaixar.Degredar: impor pena de degredo, desterrar, banir.

Delatar(delação): denunciar, revelar crime ou delito, acusar: Os traficantes foram delatados pormembro de quadrilha rival.Dilatar(dilação): alargar, estender; adiar; diferir: A dilação do prazo de entrega das declaraçõesdepende de decisão do Diretor da Receita Federal.

Derrogar: revogar parcialmente (uma lei), anular.Derrocar: destruir, arrasar, desmoronar.

Descrição: ato de descrever, representação, definição.Discrição: discernimento, reserva, prudência, recato.

Descriminar: absolver de crime, tirar a culpa de.Discriminar: separar, discernir.

Despensa: local em que se guardam mantimentos, depósito de provisões.Dispensa: licença ou permissão para deixar de fazer algo a que se estava obrigado; demissão.

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Despercebido: que não se notou, para o que não se atentou: Apesar de sua importância, oprojeto passou despercebido.Desapercebido: desprevenido, descautelado: Embarcou para a missão na Amazônia totalmentedesapercebido dos desafios que lhe aguardavam.

Dessecar: secar bem, enxugar, tornar seco.Dissecar: analisar minuciosamente, dividir anatomicamente.

Destratar: insultar, maltratar com palavras.Distratar: desfazer um trato, anular.

Distensão: ato ou efeito de distender, torção violenta dos ligamentos de uma articulação.Distinção: elegância, nobreza, boa educação: Todos devem portar-se com distinção.Dissensão: desavença, diferença de opiniões ou interesses: A dissensão sobre a matériaimpossibilitou o acordo.

Elidir: suprimir, eliminar.Ilidir: contestar, refutar, desmentir.

Emenda: correção de falta ou defeito, regeneração, remendo: Ao torná-lo mais claro e objetivo,a emenda melhorou o projeto.Ementa: apontamento, súmula de decisão judicial ou do objeto de uma lei. Procuro uma lei cujaementa é “dispõe sobre a propriedade industrial”.

Emergir: vir à tona, manifestar-se.Imergir: mergulhar, afundar (submergir), entrar.

Emigrar: deixar o país para residir em outro.Imigrar: entrar em país estrangeiro para nele viver.

Eminente (eminência): alto, elevado, sublime.Iminente (iminência): que está prestes acontecer, pendente, próximo.

Emitir (emissão): produzir, expedir, publicar.Imitir (imissão): fazer entrar, introduzir, investir.

Empoçar: reter em poço ou poça, formar poça.Empossar: dar posse a, tomar posse, apoderar-se

Encrostar: criar crosta.Incrustar: cobrir de crosta, adornar, revestir, prender-se, arraigar-se.

Entender: compreender, perceber, deduzir.Intender (pouco usado): exercer vigilância, superintender.

Enumerar: numerar, enunciar, narrar, arrolar.Inúmero: inumerável, sem conta, sem número.

Espectador: aquele que assiste a qualquer ato ou espetáculo, testemunha.Expectador: que tem expectativa, que espera.

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Esperto: inteligente, vivo, ativo.Experto: perito, especialista.

Espiar: espreitar, observar secretamente, olhar.Expiar: cumprir pena, pagar, purgar.

Estada: ato de estar, permanência: Nossa estada em são Paulo foi muito agradável.Estadia: prazo para carga e descarga de navio ancorado em porto: O “Rio de Janeiro” foiautorizado a uma estadia de três dias.

Estância: lugar onde se está, morada, recinto.Instância: solicitação, pedido, rogo; foro, jurisdição, juízo.

Estrato: cada camada das rochas estratificadas.Extrato: coisa que se extraiu de outra; pagamento, resumo, cópia; perfume.

Flagrante: ardente, acalorado; diz-se do ato que a pessoa é surpreendida a praticar (flagrantedelito).Fragrante: que tem fragrância ou perfume; cheiroso.

Florescente: que floresce, próspero, viçoso.Fluorescente: que tem a propriedade da fluorescência.

Folhar: produzir folhas, ornar com folhagem, revestir lâminas.Folhear: percorrer as folhas de um livro, compulsar, consultar.

Incerto: não certo, indeterminado, duvidoso, variável.Inserto: introduzido, incluído, inserido.

Incipiente: iniciante, principiante.Insipiente: ignorante, insensato.

Incontinente: imoderado, que não se contém, descontrolado.Incontineti: imediatamente, sem demora, logo, sem interrupção.

Induzir: causar, sugerir, aconselhar, levar a: O réu declarou que havia sido induzido a cometer odelito.Aduzir: expor, apresentar: A defesa, então, aduziu novas propostas.

Inflação: ato ou efeito de inflar; emissão exagerada de moeda, aumento persistente de preços.Infração: ato ou efeito de infringir ou violar uma norma.

Infligir: cominar, aplicar (pena, castigo, repreensão, derrota): O juiz infligiu pesada pena ao réu.Infringir: transgredir, violar, desrespeitar (lei, regulamento, etc.): A condenação decorreu de eleter infringido um sem número de artigos do Código Penal.

Inquerir: apertar (a carga de animais), encilhar.Inquirir: procurar informações sobre, indagar, investigar, interrogar.

Intercessão: ato de interceder.Interse(c)ção: ação de se(c)cionar, cortar; ponto em que se encontram duas linhas ousuperfícies.

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Inter- (prefixo): entre, preposição latina usada em locuções: inter alia (entre outros), inter pares(entre iguais).Intra- (prefixo): interior, dentro de.

Judicial: que tem origem no Poder Judiciário ou que perante ele se realiza.Judiciário: relativo ao direito processual ou à organização da Justiça.

Liberação: ato de liberar, quitação de dívida ou obrigação.Libertação: ato de libertar ou libertar-se.

Lista: relação, catálogo.Listra: risca de cor diferente num tecido.

Locador: que dá aluguel, senhorio, arrendador.Locatário: alugador, inquilino: O locador reajustou o aluguel sem a concordância do locatário.

Lustre: brilho, glória, fama; abajur.Lustro: qüinqüênio; polimento.

Magistrado: juiz, desembargador, ministro.Magistral: relativo a mestre (latim: magister); perfeito, completo, exemplar.

Mandado: ato de mandar, ordem escrita expedida por autoridade judicial ou administrativa: ummandado de segurança, mandado de prisão.Mandato: garantia constitucional para proteger direito individual líquido e certo; autorização quealguém confere a outrem para praticar atos em seu nome; procuração; delegação: o mandato deum deputado, senador, do Presidente.

Mandante: que manda; aquele que outorga um mandato.Mandatário: aquele que recebe um mandato, executor de mandato, representante, procurador.Mandatório: obrigatório.

Obcecação: ato ou efeito de obcecar, teimosia, cegueira.Obsessão: impertinência, perseguição, idéia fixa.

Ordinal: numeral que indica ordem ou série: primeiro, segundo, etc.Ordinatário: comum, freqüente, trivial, vulgar.

Original: com caráter próprio; inicial, primordial.Originário: que provém de, oriundo; inicial, primitivo.

Paço: palácio real ou imperial; a corte.Passo: ato de avançar ou recuar um pé para andar; caminho, etapa.

Pleito: questão em juízo, demanda, litígio, discussão: O pleito por mais escolas na região foimuito bem formulado.Preito: sujeição, respeito, homenagem: Os alunos renderam preito ao antigo reitor.

Preceder: ir ou estar adiante de, antecer, adiantar-se.Proceder: originar-se, derivar, provir; levar a efeito, executar.

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Pós- (prefixo): posterior a, que sucede, atrás de, após: pós-moderno, pós-operatório.Pré- (prefixo): anterior a, que precede, à frente de, antes de: pré-modernista, pré-primário.Pró- (advérbio): em favor de, em defesa de. A maioria manifestou-se contra, mas dei meuparacer pró.

Preeminente: que ocupa lugar lugar elevado, nobre, distinto.Proeminente: alto, saliente, que se alteia acima do que o circundo.

Preposição: ato de prepor, preferência; palavra invariável que liga constituintes da frase.Proposição: ato de propor, proposta; máxima, sentença; afirmativa, asserção.

Presar: capturar, agarrar, apresar.Prezar: respeitar, estimular muito, acatar.

Prescrever: fixar limites, ordenar de modo explícito, determinar; ficar sem efeito, anular-se: Oprazo para entrada do processo prescreveu há dois meses.Proscrever: abolir, extinguir, proibir, desterrar. O uso de várias substâncias psicotrópicas foiproscrito por recente Portaria do Ministro.

Prever: ver antecipadamnete, profetizar; calcular: A assessoria previu acertadamnete o desfechodo caso.Prover: providenciar, dotar, abastecer, nomear para cargo: O chefe do Departamento Pessoalproveu os cargos vacantes.Provir: originar-se, proceder; resultar: A dúvida provém (Os erros provêm) da falta de leitura.

Prolatar: proferir sentença, promulgar.Proletar: adiar, prorrogar.

Ratificar: validar, confirmar, comprovar.Retificar: corrigir, emendar, alterar: A diretoria ratificou a decisão após o texto ter sido retificadoem suas passagens ambíguas.

Recrear: proporcionar recreio, divertir, alegrar.Recriar: criar de novo.

Reincindir: tornar a incidir, recair, repetir.Rescindir: dissolver, invalidar, romper, desfazer: Como ele reincindiu no erro, o contrato detrabalho foi rescindido.

Remição: ato de remir, resgate, quitação.Remissão: ato de remitir, intermissão, intervalo; perdão, expiação.

Repressão: ato de reprimir, contenção, impedimento, proibição.Repreensão: ato de repreender, enérgica admoestação, censura advertência.

Ruço: grisalho, desbotado.Russo: referente à Rússia, nascido naquele país; língua falada na Rússia.

Sanção: confirmação, aprovação; pena imposta pela lei ou por contrato para punir sua infração.Sansão: nome de personagem bíblico; certo tipo de guindaste.

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Sedento: que tem sede; sequioso.Cedente: que cede, que dá.

Sobrescritar: endereçar, destinar, dirigir.Subscritar: asssinar, subscrever.

Sortir: variar, combinar, misturar.Surtir: causar, originar, produzir (efeito).

Subentender: perceber o que não estava claramente exposto; supor.Subintender: exercer a função de subintendente, dirigir.Subtender: estender por baixo.

Sustar: interromper, suspender; parar, interromper-se (sustar-se).Suster: sustentar, manter, fazer parar, deter.

Tachar: censurar, qualificar, acoimar: tachar alguém (tachá-lo) de subversivo.Taxar: fixar a taxa de; regular, regrar: taxar mercadorias.

Tapar: fechar, cobrir, abafar.Tampar: pôr tampa em.

Tenção: intenção, plano; assunto, tema.Tensão: estado de tenso, rigidez; diferencial elétrico.

Tráfego: trânsito de veículos, percurso, transporte.Tráfico: negócio ilícito, comércio, negociação.

Trás: atrás, detrás, em seguida, após.Traz: 3ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo trazer.

Vestiário: guarda-roupa; local em que se trocam roupas.Vestuário: as roupas que se vestem, traje.

Vultoso: de grande vulto, volumoso.Vultuoso (pouco usado): atacado de vultosidade (congestão da face).

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