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BANCO DO BRASIL 2015

Conhecimentos Bancários

Rodrigo Barbati 

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS IV

Prof. Rodrigo O. Barbati

TÓPICOS

- Garantias do Sistema Financeiro Nacional:aval; fiança; penhor mercantil; alienaçãofiduciária; hipoteca; fianças bancárias; FundoGarantidor de Crédito (FGC).

- Crime de lavagem de dinheiro: conceito eetapas. Prevenção e combate ao crime delavagem de dinheiro: Lei nº 9.613/98 e suas

alterações, Circular Bacen 3.461/2009 e suasalterações e Carta-Circular Bacen 3.542/12.

5 - Garantias do SistemaFinanceiro Nacional

Garantias Bancárias

Para que certas operações bancárias se

realizem é necessário saber qual o tipo decontrato ou transação efetuada e da existênciade garantias vinculadas à transação.

Há várias as formas de garantia, que sedistinguem em dois grandes grupos: garantiasreais e fidejussórias (pessoais).

Garantias Pessoais

Garantias pessoais ou fidejussórias são aquelasprestadas por pessoas, e não por bens.

 Assim sendo, em caso de descumprimento dedeterminada obrigação, a satisfação do débitoserá garantida por uma terceira pessoa, que nãoo devedor.

 As modalidades de garantia pessoal são o avale a fiança.

Fiança

Fiança é negócio jurídico acessório que tem porfinalidade prestar garantia de pagamento deuma obrigação principal a qual adere.

 A fiança pode ser prestada por cláusulacontratual no mesmo instrumento obrigacionaldo negócio principal.

O devedor da obrigação principal é chamado deafiançado, cujo pagamento o fiador garante.

Fiança

Pela regra, o fiador só está obrigado a pagarcaso o devedor principal não o faça.

O pagamento deve ser exigido primeiro dodevedor afiançado. É o benefício de ordem afavor do fiador.

Porém, a lei abriu a alternativa para que o fiadorpossa renunciar a este benefício, passando aser devedor solidário e principal pagador.

 Aval

O aval é a garantia pessoal do pagamento deum título de crédito.

É o ato cambiário pelo qual o avalista garante opagamento do título em favor do devedorprincipal (avalizado) ou de um coobrigado.

Vencido o título, o credor pode cobrarindistintamente do devedor ou do avalista.

 Aval

O aval é a garantia tipicamente cambiária, ouseja, não vale em contrato, pode ser passadoem títulos de crédito, que, por sua vez, podemser entregues em garantias de um contrato.

Cabe lembrar que - segundo o Código Civil, emseu art. 1.647 - nenhum dos cônjuges pode, semautorização do outro, exceto no regime daseparação absoluta, prestar fiança ou aval.

Fiança Bancária

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 A fiança bancária é uma obrigação escrita, é umcontrato através do qual o banco (o fiador)garante o cumprimento da obrigação de seucliente (o afiançado), junto a um credor, em

favor do qual a obrigação deve ser cumprida (obeneficiário).

Fiança Bancária

 As principais modalidades de fiança são:

I - adiantamentos de contratos de fornecimentosde bens e serviços;

II - participação em concorrências públicas e

privadas;

III - substituição de cauções (garantias);

IV - interposição de recursos fiscais ou de ações judiciais;

V - garantias em operações de crédito; entreoutras.

Garantia Pessoal

Teste

1 - (Cesgranrio  –  BB - Escriturário  –  2014)Durante a avaliação dos itens abordados notreinamento, o gerente, que se dedicou comafinco aos estudos, responde,apropriadamente, que o aval, nos termos doCódigo Civil,

 A) gera direito de regresso contra o avalizadoem caso de pagamento pelo avalista.

B) é garantia típica dos contratos bancários.C) pode ser parcial quando firmado em título decrédito.D) pode ser considerado até declaração judicialquando cancelado.E) deve ser subscrito exclusivamente noanverso do título.

Garantias Reais

 As garantias reais garantem o cumprimento dedeterminada obrigação por meio de um bem,seja ele móvel ou imóvel.

 Assim, as principais garantias reais são ahipoteca, o penhor e a alienação fiduciária.

Hipoteca

 A hipoteca é uma convenção de garantia deuma dívida, que pressupõe um compromissoanterior.

É considerado, portanto, um direito real, emboraseja um acessório de um compromisso principal.

Cumprido o compromisso, a hipoteca é extinta.

Hipoteca

Os seguintes bens são passíveis de hipoteca:

- imóveis (terrenos, sítios, chácaras, fazendas,prédios, e apartamentos),

- os acessórios dos imóveis conjuntamentecom eles (benfeitorias, melhoramentos, asmáquinas da fábrica, matas, árvores de corte,lavouras, frutos pendentes, implementosagrícolas, gado, entre outros),

Hipoteca

Os seguintes bens são passíveis de hipoteca:

- domínio direto e domínio útil,

- estradas de ferro,

- pedreiras e minas,

- navios e aeronaves.

Hipoteca

Somente o dono de um bem pode hipotecá-lo.Pessoas casadas precisam da assinatura docônjuge para realizar a hipoteca.

Um mesmo bem pode ser hipotecado em maisde um ato constitutivo, ou seja, para mais de umcredor, desde que o valor do imóvel ultrapasseo valor da primeira dívida.

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O prazo de vencimento da hipoteca é estipuladopelas partes, no momento do ato constitutivo,podendo ser prorrogado.

Penhor Mercantil

Penhor é a submissão de um bem mercantil(produtos acabados ou matéria prima, etc.) ,móvel ou imobilizável, em garantia documprimento de uma obrigação.

Tem existência efetiva, com a entrega da possedo bem pelo devedor ao credor, devendo havera entrega real ou simbólica do bem.

Penhor Mercantil

Os bancos normalmente indicam a empresadevedora, na qualidade do sócio, comodepositário do bem, permanecendo a empresa,na prática, com a posse do bem.

O Penhor deve ser contratado em instrumentopróprio e normalmente é registrado em Cartóriode Títulos e Documentos.

Teste2 - (Cesgranrio  – BB - Escriturário – 2014) Aofinal de um curso, foi apresentada umaquestão exigindo do aluno o conhecimentode que a hipoteca

 A) é inaplicável sobre as acessões do imóvelhipotecado.B) é relacionada aos títulos de créditodocumentados.C) acarreta a proibição de alienação do imóvel

hipotecado.D) pode incidir sobre navios e aeronaves.E) pode ser realizada por pessoa absolutamenteincapaz.

 Alienação Fiduciária

 A alienação fiduciária em garantia consiste natransferência feita pelo devedor ao credor dapropriedade resolúvel e da posse indireta de umbem infungível, segundo o Código Civil em seuartigo 1.361 ou de um bem imóvel, conforme a

Lei n. 9.514/97, nos artigos 22 a 33,

como garantia de seu débito, resolvendo-se odireito do adquirente com o adimplento daobrigação, ou melhor, com o pagamento dadívida garantida.

 Alienação Fiduciária

Objetiva a constituição de direito real degarantia, tem como objeto a transferência dapropriedade de coisa móvel e imóvel, mas coma finalidade de garantir o cumprimento deobrigação assumida pelo devedor fiduciário,frente a instituição financeira que lhe concedeuo financiamento para a aquisição de um bem.

 Alienação Fiduciária

 A alienação fiduciária é formal, porque consisteem negócio jurídico celebrado por instrumentoescrito, público ou particular e o registro dessedeve ser feito no Registro de Títulos eDocumentos do domicílio do devedor, ou em setratando de veículos, na repartição competente

para o licenciamento, fazendo-se a anotação nocertificado de registro.

Garantia Real

Teste

3 - (Cesgranrio  –  BB - Escriturário  –  2012)Qual o tipo de operação que garante ocumprimento de uma obrigação na comprade um bem a crédito, em que há atransferência desse bem, móvel ou imóvel,do devedor ao credor?

 A) Hipoteca.B) Fiança bancária.C) Alienação fiduciária.D) Penhor.E) Aval bancário.FGCO Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é umaassociação civil sem fins lucrativos, compersonalidade jurídica de direito privado

autorizada pela Resolução 2.197/95 doConselho Monetário Nacional.

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O FGC foi regulamentado pela Resolução BC2.211/95 e pela Circular BC 3.270/04.

FGC

O FGC tem por objetivos prestar garantia decréditos contra instituições dele associadas,nas situações de:

1 - decretação da intervenção ou da liquidaçãoextrajudicial de instituição associada;

2 - reconhecimento, pelo Banco Central doBrasil, do estado de insolvência de instituiçãoassociada que, nos termos da legislação emvigor, não estiver sujeita aos regimes referidos

no item anterior.

FGCIntegra também o objeto do FGC, consideradasas finalidades de contribuir para a manutençãoda estabilidade do Sistema Financeiro Nacionale prevenção de crise sistêmica bancária,

a contratação de operações de assistência oude suporte financeiro, incluindo operações deliquidez com as instituições associadas,

diretamente ou por intermédio de empresas porestas indicadas, inclusive com seus acionistascontroladores.

FGCO prazo de duração do FGC é indeterminado.

 A adesão das instituições financeiras e asassociações de poupança e empréstimo emfuncionamento no País - não contemplando ascooperativas de crédito e as seções de créditodas cooperativas, é realizada de formacompulsória.

 As autorizações do Banco Central do Brasil parafuncionamento de novas instituições financeirasestão condicionadas à adesão ao FGC.

FGCSão instituições associadas ao FGC:

-  bancos múltiplos,

-  bancos comerciais,

-  bancos de investimento,

-

  bancos de desenvolvimento,-  Caixa Econômica Federal,

FGCSão instituições associadas ao FGC:

- as sociedades de crédito, financiamento einvestimento,

- as sociedades de crédito imobiliário,

- as companhias hipotecárias e

- as associações de poupança e empréstimo,em funcionamento no Brasil.

FGCSão objeto da garantia proporcionada pelo FGCos seguintes Créditos:

I - Depósitos à vista ou sacáveis mediante avisoprévio;

II - Depósitos de poupança;

III - Depósitos a prazo, com ou sem emissão decertificado;

FGCIV - Depósitos mantidos em contas nãomovimentáveis por cheques destinadas aoregistro e controle do fluxo de recursos

referentes à prestação de serviços depagamento de salários, vencimentos,aposentadorias, pensões e similares;

V - Letras de câmbio;

VI- Letras imobiliárias;

FGCVII - Letras hipotecárias;

VIII - Letras de crédito imobiliário;

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IX - Letras de crédito do agronegócio;

X - Operações compromissadas que têm comoobjeto títulos emitidos após 8 de março de 2012

por empresa ligada.

FGC

Não são cobertos pela garantia:

I - Os depósitos, empréstimos ou quaisqueroutros recursos captados ou levantados noexterior;

II - As operações relacionadas a programas deinteresse governamental instituídos por lei;

III - Os depósitos judiciais;

FGC

Não são cobertos pela garantia:

IV - Qualquer instrumento financeiro quecontenha cláusula de subordinação, autorizado

ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar opatrimônio de referência das instituiçõesfinanceiras e das demais instituiçõesautorizadas a funcionar pela referida Autarquia.

FGC

O pagamento da garantia é realizado porCPF/CNPJ e por instituição financeira ou

conglomerado.

O Limite de Cobertura Ordinária é de até R$250.000,00.

Teste

4 - (Cesgranrio  – BB - Escriturário  – 2014) OFundo Garantidor de Crédito foi criado para,dentre outras finalidades, proteger

depositantes e investidores no âmbito dosistema financeiro, até os limites

estabelecidos pela regulamentação. Talfundo é pessoa jurídica caracterizada como

 A) sociedade por ações.

B) sociedade de economia mista.C) autarquia especial.D) associação civil.E) empresa financeira.

6 - Crime de Lavagem de Dinheiro

Lavagem de Dinheiro

O crime de lavagem de dinheiro caracteriza-sepor um conjunto de operações comerciais oufinanceiras que buscam a incorporação naeconomia de cada país, de modo transitório oupermanente, de recursos, bens e valores deorigem ilícita e que se desenvolvem por meio deum processo dinâmico que envolve,teoricamente, três fases independentes(colocação, ocultação e integração) que, comfrequência, ocorrem simultaneamente.

LEI Nº 9.613/98

Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ouocultação de bens, direitos e valores; aprevenção da utilização do sistema financeiropara os ilícitos previstos nesta Lei; cria oConselho de Controle de Atividades Financeiras- COAF, e dá outras providências.

LEI Nº 9.613/98

 Art. 1o  Ocultar ou dissimular a natureza, origem,

localização, disposição, movimentação oupropriedade de bens, direitos ou valoresprovenientes, direta ou indiretamente, deinfração penal. (Redação dada pela Lei nº12.683, de 2012)

LEI Nº 9.613/98

 Art. 1o - Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez)anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº12.683, de 2012)

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§ 1o  Incorre na mesma pena quem, para ocultarou dissimular a utilização de bens, direitos ouvalores provenientes de infração penal:

I - os converte em ativos lícitos;

II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ourecebe em garantia, guarda, tem em depósito,movimenta ou transfere;

III - importa ou exporta bens com valores nãocorrespondentes aos verdadeiros.

LEI Nº 9.613/98

 Art. 1o - Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez)anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº12.683, de 2012)

§ 2o  Incorre, ainda, na mesma pena quem:

I - utiliza, na atividade econômica ou financeira,bens, direitos ou valores provenientes deinfração penal;

II - participa de grupo, associação ou escritóriotendo conhecimento de que sua atividadeprincipal ou secundária é dirigida à prática decrimes previstos nesta Lei.

LEI Nº 9.613/98

 Art. 9o  Sujeitam-se às obrigações referidas nosarts. 10 e 11 as pessoas físicas e jurídicas quetenham, em caráter permanente ou eventual,como atividade principal ou acessória,cumulativamente ou não:

I - a captação, intermediação e aplicação derecursos financeiros de terceiros, em moedanacional ou estrangeira;

II  – a compra e venda de moeda estrangeira ououro como ativo financeiro ou instrumentocambial;

III - a custódia, emissão, distribuição, liquidação,negociação, intermediação ou administração detítulos ou valores mobiliários.

LEI Nº 9.613/98

 Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º:

I - identificarão seus clientes e manterãocadastro atualizado, nos termos de instruções

emanadas das autoridades competentes

II - manterão registro de toda transação emmoeda nacional ou estrangeira, títulos e valoresmobiliários, títulos de crédito, metais, ouqualquer ativo passível de ser convertido emdinheiro, que ultrapassar limite fixado pelaautoridade competente e nos termos deinstruções por esta expedidas;

LEI Nº 9.613/98

III - deverão adotar políticas, procedimentos econtroles internos, compatíveis com seu porte evolume de operações, que lhes permitamatender ao disposto neste artigo e no art. 11, naforma disciplinada pelos órgãoscompetentes; (Redação dada pela Lei nº12.683, de 2012)

LEI Nº 9.613/98

 Art. 10A. O Banco Central manterá registrocentralizado formando o cadastro geral decorrentistas e clientes de instituiçõesfinanceiras, bem como de seus procuradores.(Incluído pela Lei nº 10.701/03)

LEI Nº 9.613/98

 Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º:

I - dispensarão especial atenção às operações

que, nos termos de instruções emanadas dasautoridades competentes, possam constituir-seem sérios indícios dos crimes previstos nestaLei, ou com eles relacionar-se;

II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se dedar ciência de tal ato a qualquer pessoa,inclusive àquela à qual se refira a informação,no prazo de 24 horas, a proposta ourealização: (Redação dada pela Lei nº 12.683,de 2012)

LEI Nº 9.613/98

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 Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º:

a) de todas as transações referidas no inciso IIdo art. 10, acompanhadas da identificação de

que trata o inciso I do mencionado artigo;e (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)

b) das operações referidas no incisoI; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)

LEI Nº 9.613/98

 Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º:

III - deverão comunicar ao órgão regulador oufiscalizador da sua atividade ou, na sua falta, aoCoaf, na periodicidade, forma e condições poreles estabelecidas, a não ocorrência depropostas, transações ou operações passíveisde serem comunicadas nos termos do incisoII. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)

LEI Nº 9.613/98

 Art. 14. É criado, no âmbito do Ministério daFazenda, o Conselho de Controle de Atividades

Financeiras - COAF, com a finalidade dedisciplinar, aplicar penas administrativas,receber, examinar e identificar as ocorrênciassuspeitas de atividades ilícitas previstas nestaLei, sem prejuízo da competência de outrosórgãos e entidades.

LEI Nº 9.613/98

 Art. 14. § 2º O COAF deverá, ainda, coordenare propor mecanismos de cooperação e de troca

de informações que viabilizem ações rápidas eeficientes no combate à ocultação oudissimulação de bens, direitos e valores.

§ 3o  O COAF poderá requerer aos órgãos da Administração Pública as informaçõescadastrais bancárias e financeiras de pessoasenvolvidas em atividades suspeitas. (Incluídopela Lei nº 10.701, de 9.7.2003)

LEI Nº 9.613/98

 Art. 15. O COAF comunicará às autoridadescompetentes para a instauração dos

procedimentos cabíveis, quando concluir pelaexistência de crimes previstos nesta Lei, defundados indícios de sua prática, ou de qualqueroutro ilícito.

LEI Nº 9.613/98

 Art. 16. O Coaf será composto por servidorespúblicos de reputação ilibada e reconhecidacompetência, designados em ato do Ministro deEstado da Fazenda, dentre os integrantes doquadro de pessoal efetivo

- do Banco Central do Brasil (BACEN),

- da Comissão de Valores Mobiliários (CVM),

- da Superintendência de Seguros Privados(SUSEP),

- da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,

- da Secretaria da Receita Federal do Brasil,

-  da Agência Brasileira de Inteligência,

LEI Nº 9.613/98

 Art. 16. O Coaf será composto por servidorespúblicos de reputação ilibada e reconhecidacompetência, designados em ato do Ministro deEstado da Fazenda, dentre os integrantes doquadro de pessoal efetivo

- do Ministério das Relações Exteriores,

- do Ministério da Justiça,

- do Departamento de Polícia Federal,- do Ministério da Previdência Social e

- da Controladoria Geral da União,

atendendo à indicação dos respectivosMinistros de Estado. (Redação dada pela Lei nº12.683, de 2012)

LEI Nº 9.613/98

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 Art. 16. - § 1º O Presidente do Conselho seránomeado pelo Presidente da República, porindicação do Ministro de Estado da Fazenda.

§ 2º Das decisões do COAF relativas àsaplicações de penas administrativas caberárecurso ao Ministro de Estado da Fazenda.

Teste

5 – (CESGRANRIO - BB  – Escriturário – 2012)A lavagem de dinheiro é uma das açõesrealizadas para tentar tornar lícito umdinheiro proveniente de atividades ilícitas.Para ajudar na prevenção e combate a esse

tipo de crime, a Lei nº 9.613/1998, dentreoutras ações, determina que as instituiçõesfinanceiras devem

a) identificar seus clientes e manter o cadastroatualizado.b) identificar as cédulas de dinheiro, mantendoseu registro atualizado.c) instalar portas eletrônicas com detector demetais.d) instalar câmeras nos caixas eletrônicos.

e) proibir o uso de telefone celular nas agênciasbancárias.

CARTA-CIRCULAR BC 3.461/09

Consolida as regras sobre os procedimentosa serem adotados na prevenção e combateàs atividades relacionadas com os crimesprevistos na Lei nº 9.613, de 3 de março de1998.

CARTA-CIRCULAR BC 3.461/09

 Art. 2º As instituições financeiras devemcoletar e manter atualizadas as informaçõescadastrais de seus clientes permanentes.

 Art. 3º As instituições financeiras devem obterinformações cadastrais de seus clienteseventuais, do proprietário e do destinatário dosrecursos envolvidos na operação ou serviçofinanceiro.

CARTA-CIRCULAR BC 3.461/09

 Art. 4º As instituições de que trata o art. 1ºdevem obter de seus clientes permanentesinformações que permitam caracterizá-los ounão como pessoas expostas politicamente

(PEP) e identificar a origem dos fundosenvolvidos nas transações dos clientes assimcaracterizados. (Redação dada pela Circular nº3.654, de 27/3/2013.)

CARTA-CIRCULAR BC 3.461/09

 Art. 6º As instituições de que trata o art. 1ºdevem manter registros de todos os serviçosfinanceiros prestados e de todas as operaçõesfinanceiras realizadas com os clientes ou emseu nome.

§ 2º - I - das operações que, realizadas com umamesma pessoa, conglomerado financeiro ougrupo, em um mesmo mês calendário, superem,por instituição ou entidade, em seu conjunto, ovalor de R$10.000,00;

CARTA-CIRCULAR BC 3.461/09

 Art. 7º As instituições de que trata o art. 1º

devem manter registros específicos dasoperações de transferência de recursos.

§ 1º - II - das emissões de chequeadministrativo, de cheque ordem de pagamento,de ordem de pagamento, de Documento deCrédito (DOC), de TED e de outros instrumentosde transferência de recursos, quando de valorsuperior a R$1.000,00.

CARTA-CIRCULAR BC 3.461/09

 Art. 8º As instituições de que trata o art. 1ºdevem manter registros específicos da emissãoou recarga de valores em um ou mais cartõespré-pagos.

§ 1º - I - emissão ou recarga de valores em umou mais cartões pré-pagos, em montanteacumulado igual ou superior a R$100.000,00 ouo equivalente em moeda estrangeira, no mês

calendário.CARTA-CIRCULAR BC 3.461/09

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 Art. 9º (...) bancos devem manter registrosespecíficos das operações de depósito emespécie, saque em espécie, saque em espéciepor meio de cartão pré-pago ou pedido de

provisionamento para saque.

§ 1º - I - depósito em espécie, saque emespécie, saque em espécie por meio de cartãopré-pago ou pedido de provisionamento parasaque, de valor igual ou superior aR$100.000,00.

CARTA-CIRCULAR BC 3.461/09

 Art. 11. As informações e registros de que

trata esta circular devem ser mantidos econservados durante os seguintes períodosmínimos, contados a partir do primeiro dia doano seguinte ao do término do relacionamentocom o cliente permanente ou da conclusão dasoperações:

I - 10 anos, para as informações e registros dequetrata o art. 7º;

II - 5 anos, para as informações e registros deque tratam os arts. 6º, 8º e 9º.

III - 5 anos, para as informações cadastraisdefinidas nos arts. 2º e 3º.

CARTA-CIRCULAR BC 3.461/09

 Art. 13. As instituições de que trata o art. 1ºdevem comunicar ao Coaf, na formadeterminada pelo Banco Central do Brasil:

I - as operações realizadas ou serviçosprestados cujo valor seja igual ou superior aR$10.000,00 e que, considerando as partesenvolvidas, os valores, as formas de realização,os instrumentos utilizados ou a falta defundamento econômico ou legal, possamconfigurar a existência de indícios dos crimesprevistos na Lei nº 9.613, de 1998.

CARTA-CIRCULAR BC 3.461/09

 Art. 13. - II - as operações realizadas ou serviçosprestados que, por sua habitualidade, valor ouforma, configurem artifício que objetive burlar osmecanismos de identificação, controle e

registro;

CARTA-CIRCULAR BC 3.461/09

 Art. 13. - III - as operações realizadas ou osserviços prestados, qualquer que seja o valor, apessoas que reconhecidamente tenhamperpetrado ou intentado perpetrar atosterroristas ou neles participado ou facilitado oseu cometimento, bem como a existência derecursos pertencentes ou por eles controladosdireta ou indiretamente;

IV - os atos suspeitos de financiamento doterrorismo.

Teste

6 - (FCC  –  BB - Escriturário  –  2011) Osprofissionais e as instituições financeirastêm de estar cientes que operações quepossam constituir-se em sérios indícios dos

crimes previstos na lei de lavagem dedinheiro

 A) devem ser comunicadas antecipadamenteao cliente.B) dependem de verificação prévia peloConselho de Controle de Atividades Financeiras(COAF).C) precisam ser caracterizadas como ilícitotributário pela Receita Federal do Brasil.D) não incluem as transações no mercado à

vista de ações.E) devem ser comunicadas no prazo de 24horas às autoridades competentes.

CARTA CIRCULAR BC Nº 3.542/12

Divulga relação de operações e situações quepodem configurar indícios de ocorrência doscrimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de marçode 1998, passíveis de comunicação aoConselho de Controle de Atividades Financeiras

(Coaf).CARTA CIRCULAR BC Nº 3.542/12

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 Art. 1º As operações ou as situações descritasa seguir, considerando as partes envolvidas, osvalores, a frequência, as formas de realização,os instrumentos utilizados ou a falta de

fundamento econômico ou legal, podemconfigurar indícios de ocorrência dos crimesprevistos na Lei nº 9.613, de 3 de março de1998, passíveis de comunicação ao Conselhode Controle de Atividades Financeiras (Coaf):

CARTA CIRCULAR BC Nº 3.542/12

I - situações relacionadas com operações emespécie em moeda nacional;

II - situações relacionadas com operações emespécie em moeda estrangeira e cheques deviagem;

III - situações relacionadas com dadoscadastrais de clientes;

IV - situações relacionadas com amovimentação de contas;

V - situações relacionadas com operações de

investimento interno;

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VI - situações relacionadas com cartões depagamento;

VII - situações relacionadas com operações decrédito no País;

VIII - situações relacionadas com amovimentação de recursos oriundos decontratos com o setor público;

IX - situações relacionadas a consórcios;

X - situações relacionadas a pessoas suspeitasde envolvimento com atos terroristas;

CARTA CIRCULAR BC Nº 3.542/12

XI - situações relacionadas com atividadesinternacionais;

XII - situações relacionadas com operações decrédito contratadas no exterior;

XIII - situações relacionadas com operações deinvestimento externo;

XIV - situações relacionadas com empregados

das instituições financeiras e seusrepresentantes.

CARTA CIRCULAR BC Nº 3.542/12

 Art. 2º As situações descritas nesta CartaCircular, quando aplicáveis, podem indicarparâmetros para a estruturação de sistemas decontroles internos, inclusive informatizados,para prevenção de lavagem de dinheiro ecombate ao financiamento do terrorismo

implantados pelas instituições financeiras edemais instituições autorizadas a funcionar peloBanco Central do Brasil.

CARTA CIRCULAR BC Nº 3.542/12

 Art. 3º A comunicação das situaçõesrelacionadas nesta Carta Circular, bem como deoutras que, embora não mencionadas, possamconfigurar indícios de ocorrência das práticas deque trata o art. 13 da Circular nº 3.461, de 24 de

 julho de 2009, deve ser efetuada por meio doSistema de Controle de Atividades Financeiras(Siscoaf).

Teste

7 - (Cesgranrio  –  BB - Escriturário  –  2014)Nos termos da circular no 3.542/2012, NÃOestá inserida nas hipóteses de controle desituações relacionadas com atividadesinternacionais a

 A) existência de recursos pertencentes oucontrolados, direta ou indiretamente, porpessoas que reconhecidamente tenhamcometido atos terroristas.B) realização de transferências unilaterais que,pela habitualidade, valor ou forma, não se justifiquem ou apresentem atipicidade.C) utilização de operações complexas e comcustos mais elevados que visem a dificultar orastreamento dos recursos ou a identificação da

natureza da operação.Teste

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7 - (Cesgranrio  –  BB - Escriturário  –  2014)Nos termos da circular no 3.542/2012, NÃOestá inserida nas hipóteses de controle desituações relacionadas com atividades

internacionais a

D) realização de pagamentos de importação erecebimentos de exportação, antecipados ounão, por empresa sem tradição ou cujaavaliação econômico-financeira sejaincompatível com o montante negociado.E) realização de pagamentos a terceiros nãorelacionados a operações de importação ou deexportação.Fontes

•  www.bb.com.br

•  www.bcb.gov.br

•  www.febraban.org.br

•  www.senado.gov.br/legislacao

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•  Gabarito:

1A

2D3C

4D

5A

6E

7A