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Concurso Público Nº 11/DAC/2018
Caderno de Encargos
Direção Nacional Unidade Orgânica de Logística e Finanças
Departamento de Logística
Direção Nacional Unidade Orgânica de Logística e Finanças
Departamento de Logística
Aquisição de serviços desenvolvimento e implementação do sistema SIGAE 2.0 - Sistema
Integrado de Gestão de Armas e Explosivos
Concurso Público n.º 11/DAC/2018
Parte I
Do contrato
Cláusula 1.ª
Objeto
O presente caderno de encargos compreende as cláusulas a incluir no contrato a celebrar na
sequência do procedimento contratual que tem por objeto principal a aquisição de um sistema
informático de serviço em BackOffice para o registo e gestão dos pedidos de licenciamento de
explosivos e subsidiariamente a atualização do portal de Serviços Online da Polícia de Segurança
Pública (SEROnline).
Cláusula 2ª
Contrato
1. O contrato é composto pelo respetivo clausulado contratual e os seus anexos.
2. O contrato a celebrar integra os elementos constantes do disposto no nº 2, artigo 96º do
CCP.
3. Em caso de divergência entre os documentos referidos no número anterior, a respetiva
prevalência é determinada pela ordem pela qual aí são indicados.
4. Em caso de divergência entre os documentos referidos no nº 2 e o clausulado do contrato e
seus anexos, prevalecem os primeiros, salvo quanto aos ajustamentos propostos de acordo com
o disposto no artigo 99º do CCP e aceites pelo adjudicatário nos termos do disposto no artigo
101º do mesmo diploma legal.
Cláusula 3ª
Âmbito do projeto
1. O presente caderno de encargos consubstancia os seguintes objetivos:
a) A desmaterialização do processo de registo de licenciamento de explosivos;
b) A melhoria da imagem institucional e a promoção da modernização administrativa;
c) Desmaterialização e reengenharia de processos – utilização do Cartão do Cidadão para
a autenticação e assinatura eletrónica do processo de registo do requerente;
d) Libertar os recursos humanos do atendimento presencial reafectando-os à gestão
processual, tendo como objetivo acelerar a fase de análise dos processos de licenciamento
de explosivos;
e) Redução do tempo despendido atualmente na gestão processual, caso de a entrega via
online seja capaz de ter regras claras e concisas que em sede de BackOffice a intervenção
humana seja reduzida;
f) Disponibilização de informação ao cidadão e às empresas sobre a validade dos pedidos
Concurso Público n.º 11/DAC/2018
de licenciamento;
g) Disponibilização de serviços na internet – Portal do Cidadão (Bolsa de Documentos);
h) Redução da carga administrativa na receção dos pedidos do cidadão/empresas;
a) Minorar as “filas de espera” potenciando o atendimento eletrónico;
b) Redução de custos com novas implementações e redução do esforço de
desenvolvimento da solução, diminuição da dependência sobre a equipa técnica, o futuro
sistema deve ter a capacidade de manutenção dos processos de negócio por parte de
elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP);
c) Implementação de políticas de qualidade, através da aferição estatística, em termos
absolutos e médios relativos ao tempo despendido nos licenciamentos emitidos
“performance”, organizado por tipos de licença/alvará, localização geográfica, etc.;
d) A obtenção de relatórios estatísticos das licenças emitidas, nomeadamente por
requerente, tipo de explosivos, local, etc.
2. A PSP considera como fatores de sucesso da implementação do sistema objeto do presente
caderno de encargos os seguintes itens:
a) Aumento da eficácia e eficiência na gestão dos processos de trabalho, que serão alvo de
ajustamentos consequentes da interação com os serviços doravante a disponibilizar via
portal SEROnline;
b) Redução de recursos humanos afetos a prestar esclarecimento ao cidadão/empresas
sobre a situação dos pedidos de licenciamento via telefone e/ou presencial, passando a
tarefa a ser assegurada pela plataforma;
c) Melhoria da confiança do cidadão nos serviços prestados pela PSP na área do
licenciamento de explosivos;
d) Redução de custos com o atual envio de notificações postais (CTT), passando a ser
assegurado por via eletrónica com aviso para a área privada do requerente quer no portal
SEROnline, quer no Portal do Cidadão (Bolsa de Documentos);
e) A implementação de um sistema de alerta na análise efetuada aos mapas das
transações comerciais.
Cláusula 4ª
Preço base
Para execução de todas as prestações contratuais que constituem objeto do presente
procedimento, a entidade adjudicante dispõe-se a pagar o valor máximo de 135 000,00€ (cento
e trinta e cinco mil euros), ao qual acresce o imposto sobre o valor acrescentado (IVA) à taxa
legal em vigor.
Concurso Público n.º 11/DAC/2018
Cláusula 5ª
Local da prestação de serviço
Os serviços objeto do contrato serão prestados nas instalações da Direção Nacional da PSP,
no Largo da Penha de França, nº 1, 1199-010 Lisboa.
Cláusula 6ª
Prazo de execução da prestação dos serviços
1. A conclusão da implementação da solução (Fases I a V) deverá ocorrer no prazo máximo de
6 meses, acrescido das aceitações (provisória e definitiva) e 3 meses de suporte à produção,
após aceitação definitiva da solução.
2. A prestação de serviços a realizar no âmbito do contrato deverá ser integralmente executada
dentro do prazo apresentado na proposta considerada economicamente mais vantajosa, que
em caso algum, deverá exceder o prazo de execução proposto a contar da data da outorga do
contrato.
Cláusula 7ª
Vigência do contrato
O contrato a celebrar vigorará desde a data da sua assinatura, até ao termo do prazo de
execução nos termos da cláusula anterior e da proposta apresentada pelo adjudicatário, sem
prejuízo das demais obrigações legais decorrentes das restantes condições propostas.
Cláusula 8ª
Testes de aceitação
1. A adequação do resultado final da prestação dos serviços face aos requisitos estabelecidos e
à documentação técnica facultada será aferida através da realização de testes de aceitação
provisória e de testes de aceitação definitiva.
2. Após a confirmação da correta execução do objeto do contrato, a entidade adjudicante
lavrará, em conjunto com o adjudicatário, um auto de aceitação do modelo fornecido, onde
ficará registada a data de aceitação do mesmo, caso não se verifiquem falhas ou deficiências.
Caso contrário, essas anomalias serão registadas num auto de aceitação provisório, fixando-se
um prazo dentro do qual aquelas serão superadas, com o acordo de ambas as partes, após o
que será elaborado o auto de aceitação definitiva.
Cláusula 9ª
Aceitação Provisória
1. Os testes de aceitação provisória deverão realizar-se no prazo de 30 (trinta) dias úteis a
partir da data de conclusão da implementação do sistema.
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2. A aceitação provisória será comunicada por escrito ao adjudicatário no prazo de 8 (oito) dias
úteis, após a conclusão dos testes.
Cláusula 10ª
Aceitação definitiva
1. A aceitação definitiva terá lugar quando se verificarem, cumulativamente, as seguintes
circunstâncias:
a) Tenham decorrido pelo menos 120 (cento e vinte) dias úteis desde a data da aceitação
provisória;
b) Seja confirmado o funcionamento regular da aplicação, em condições normais de
exploração, de modo a permitir alcançar os objetivos e a plena execução das
especificações deste caderno de encargos.
2. Após a verificação do resultado satisfatório dos testes a entidade adjudicante lavrará um
auto de aceitação definitiva dos serviços prestados, onde ficará registada a data da aceitação
dos mesmos.
3. O auto de aceitação definitiva será enviado ao adjudicatário no prazo de 8 (oito) dias úteis a
contar da data da aceitação.
Cláusula 11ª
Documentação
1. O adjudicatário deverá entregar à entidade adjudicante, a seguinte documentação:
a) No prazo de 10 (dez) dias úteis antes da entrada em produção, os manuais destinados
aos utilizadores;
b) No prazo de 10 (dez) dias úteis antes do início das ações de formação, toda a
documentação relativa às mesmas, nomeadamente manuais de formação;
c) No prazo máximo de 10 (dez) dias úteis após a entrada em produção da solução
objeto deste caderno de encargos, toda a documentação referente às especificações
técnicas e funcionais.
2. A entidade adjudicante poderá, para seu uso exclusivo, proceder à reprodução de todos os
documentos referidos no número anterior.
Cláusula 12ª
Garantia
1. O período de garantia reporta-se a 24 meses e inicia-se quando cumulativamente, as
seguintes condições se encontram satisfeitas:
a) Todas as componentes do sistema se encontram em exploração;
b) Todas as funcionalidades estão implementadas, sem que haja correções pendentes;
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c) Após ocorrer a aceitação definitiva da entidade adjudicante.
2. Nos termos do nº 1 da Cláusula 8ª, o adjudicatário deverá assegurar o bom funcionamento
de todas as componentes do sistema, hardware e software, em conformidade com os requisitos
fixados e todas as alterações acordadas ao longo da execução do contrato, durante o prazo de
garantia proposto.
3. Durante o período de garantia, a entidade adjudicatária obrigar-se-á a cumprir os seguintes
níveis de serviço, após a receção da notificação da entidade adjudicante:
a) A correção dos erros dever-se-á realizar nas 12 (doze) horas seguintes, para ocorrências
críticas/bloqueantes;
b) A correção dos erros dever-se-á realizar nas 24 (vinte e quatro) horas seguintes, para
ocorrências elevadas;
c) A correção dos erros dever-se-á realizar nas 36 (trinta e seis) horas seguintes, para
ocorrências médias;
d) A correção dos erros dever-se-á realizar nas 72 (setenta e duas) horas seguintes, para
ocorrências baixas.
4. Os níveis de criticidade para as ocorrências anteriores são definidos da seguinte forma:
a) Crítica/Bloqueante: quando é impossível a execução completa de um ou mais dos
processos base suportados pela aplicação, não existindo forma identificada de contornar
funcionalmente o problema;
b) Elevada: erro que bloqueia um processo secundário; ocorrência crítica para a qual está
identificada forma de contornar funcionalmente o problema; inoperacionalidade de
funcionalidade descrita como requisito de base do projeto;
c) Média: erro não bloqueante, mas que causa atrasos no trabalho ou retira
funcionalidade/operacionalidade à utilização da aplicação;
d) Baixa: erro cosmético, sem impacto na operacionalidade do sistema.
Capítulo II
Secção I
Obrigações do Fornecedor
Subsecção I
Disposições gerais
Cláusula 13ª
Obrigações principais do fornecedor
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1. Sem prejuízo de outras obrigações previstas na legislação aplicável, no caderno de encargos,
ou nas cláusulas contratuais, da celebração do contrato decorrem para o prestador de serviço
as seguintes obrigações principais:
a) Desenvolver todas as atividades necessárias para implementar a evolução do atual
sistema SIGAE e SEROnline para a área do licenciamento de explosivos;
b) Formular a solução que considere mais adequada aos objetivos pretendidos pela PSP,
em conformidade com as especificações técnicas;
c) Elaborar todos os levantamentos necessários ao desenho, implementação e exploração
do sistema de informação;
d) Fornecer a documentação relativa ao levantamento e análise realizados,
nomeadamente:
Levantamento de requisitos;
Análise funcional;
Modelo de Dados;
Plano de execução;
Documentação da solução;
Documentação técnica de implementação, instalação e manutenção;
Planos de testes;
Formação e apoio local dos utilizadores do sistema, de acordo com os seus níveis e
perfis de utilização;
Mecanismos de gestão de problemas;
Manuais de utilização;
Manuais de administração;
Relatórios de ponto de situação;
Entregar todo o código fonte produzido no âmbito deste projeto;
Garantir e responsabilizar-se pelo funcionamento adequado da solução, de modo
sistémico e coerente com a infraestrutura tecnológica da PSP;
Acompanhar e participar na resolução de eventuais anomalias ou problemas que
venham a ocorrer ao nível do sistema.
2. A PSP não se responsabiliza pelo fornecimento de equipamento/software para as estações
de trabalho, ficando esta responsabilidade a cargo única e exclusivamente da entidade
adjudicatária.
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Subsecção II
Dever de sigilo
Cláusula 14ª
Objeto do dever de sigilo
1. O cocontratante deverá guardar sigilo sobre toda a informação e documentação, técnica e
não técnica, comercial ou outra, relativa ao contraente público, de que possa ter conhecimento
ao abrigo ou em relação à execução do contrato.
2. A informação e a documentação, cobertas pelo dever de sigilo, não podem ser transmitidas
a terceiros, nem objeto de qualquer uso ou modo de aproveitamento que não o destinado
direta e exclusivamente à execução do contrato.
3. Exclui-se do dever de sigilo previsto a informação e a documentação que for
comprovadamente do domínio público à data da respetiva obtenção pelo prestador de serviços
ou que este seja legalmente obrigado a revelar, por força da lei, de processo judicial ou a
pedido de autoridades reguladoras ou outras entidades administrativas competentes.
Secção II
Obrigações do contraente público
Cláusula 15ª
Preço contratual
1. Pelo fornecimento dos serviços objeto do contrato, bem como pelo cumprimento das
demais obrigações constantes do presente caderno de encargos, o contraente público deve
pagar ao fornecedor o preço constante da proposta adjudicada, acrescido de IVA à taxa legal
em vigor, se este for legalmente devido.
2. O preço referido no número anterior inclui todos os custos, encargos e despesas cuja
responsabilidade não esteja expressamente atribuída ao contraente público, nomeadamente os
relativos ao transporte dos bens objeto do contrato para o respetivo local de entrega, bem
como quaisquer encargos decorrentes da utilização de marcas registadas, patentes ou licenças.
Cláusula 16ª
Encargo plurianual
Atendendo o prazo previsto para a execução do presente contrato definido na cláusula sexta e
o encargo contratual que correspondente ao preço contratual estabelecido na proposta
adjudicada, o mesmo será suportado pelo Orçamento de despesa da PSP, com o seguinte
escalonamento financeiro:
a) 2018 - € 54.000,00;
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b) 2019 - € 81.000,00 e/ou acrescido do saldo que se apurar em 2018.
Cláusula 17ª
Condições de pagamento
1. A quantia devida pelo contraente público nos termos da cláusula anterior deve ser paga no
prazo de 60 (sessenta) dias, após a receção da respetiva fatura.
2. Para efeitos do número anterior, a obrigação considera-se vencida com a assinatura do auto
de receção respetivo.
3. De acordo com o disposto no nº 2, artigo 9º da Lei nº 8/2012, de 21 de Fevereiro, o
cocontratante que proceda ao fornecimento de bens e serviços deverá emitir a fatura com o
correspondente número de compromisso comunicado pela PSP, sob pena de não poder
reclamar ao contraente público o respetivo pagamento.
4. Para efeitos de pagamento por parte do contraente público, o fornecedor deve emitir as
faturas de acordo com o plano de pagamentos apresentado na proposta adjudicada, o qual terá
de corresponder aos trabalhos definidos nas cinco fases enunciadas no anexo I do presente.
5. Assim, depois de concluídas/o:
a) As fases I e II, a fatura a pagar deverá corresponder a um valor igual ou inferior a 30%
do preço total do contrato;
b) As fases III, IV e V, a fatura a pagar deverá corresponder a um valor igual ou inferior a
50% do preço total do contrato;
c) O projeto e após receção/aceitação definitiva do mesmo, a fatura a pagar
corresponderá ao valor remanescente.
6. Em caso de discordância por parte do contraente público, quanto aos valores indicados na
fatura, deve este comunicar ao fornecedor, por escrito, os respetivos fundamentos, ficando o
fornecedor obrigado a prestar os esclarecimentos necessários ou proceder à emissão de nova
fatura corrigida.
7. Independentemente do previsto nos números anteriores, pelo atraso no cumprimento de
qualquer obrigação pecuniária, a PSP, fica obrigada ao pagamento de juros de moratórios, nos
termos da Lei nº 3/2010 de 27 de Abril.
8. Desde que devidamente emitidas e observado o disposto nos nºs 1 a 4 da Lei nº 3/2010 de
27 de Abril, as faturas são pagas através de transferência bancária.
Cláusula 18ª
Transferência de Créditos
É expressamente vedada a transferência de créditos do(s) cocontratante(s) para uma entidade
terceira, abrangendo a presente cláusula qualquer modalidade que seja proposta,
Concurso Público n.º 11/DAC/2018
nomeadamente de cessão de créditos ou de factoring. Qualquer assunção de posição contrária
dependerá estritamente da prévia autorização da entidade pública contratante.
Capítulo III
Penalidades contratuais e resolução
Cláusula 19ª
Penalidades contratuais
1. No caso de incumprimento dos prazos de execução fixados no contrato e por causa
imputável ao adjudicatário, poderá ser aplicada uma penalidade, calculada de acordo com a
seguinte fórmula:
P = V * A / 250, em que P corresponde ao montante da penalização, V é igual ao valor do contrato e A
é o número de dias de atraso.
2. A entidade pública contratante poderá, em caso de necessidade, adquirir a outro fornecedor
os produtos em falta, ficando a diferença de preço, se a houver, a cargo do adjudicatário
faltoso.
3. No caso de incumprimento de qualquer um dos prazos mencionados na cláusula relativa à
garantia, dará lugar à imediata e total execução da caução prestada.
Cláusula 20ª
Força maior
1. Não podem ser impostas penalidades ao fornecedor, nem é havida como incumprimento, a
não realização pontual das prestações contratuais a cargo de qualquer das partes que resulte
de caso de força maior, entendendo-se como tal as circunstâncias que impossibilitem a
respetiva realização, alheias à vontade da parte afetada, que ela não pudesse conhecer ou
prever à data da celebração do contrato e cujos efeitos não lhe fosse razoavelmente exigível
contornar ou evitar.
2. Podem constituir força maior, se se verificarem os requisitos do número anterior,
designadamente, tremores de terra, inundações, incêndios, epidemias, sabotagens, greves,
embargos ou bloqueios internacionais, atos de guerra ou terrorismo, motins e determinações
governamentais ou administrativas injuntivas.
3. Não constituem força maior, designadamente:
a) Circunstâncias que não constituam força maior para os subcontratados do fornecedor, na
parte em que intervenham;
b) Greves ou conflitos laborais limitados às sociedades do fornecedor ou a grupos de
sociedades em que este se integre, bem como a sociedades ou grupos de sociedades dos
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seus subcontratados;
c) Determinações governamentais, administrativas, ou judiciais de natureza sancionatória
ou de outra forma resultantes do incumprimento pelo fornecedor de deveres ou ónus que
sobre ele recaiam;
d) Manifestações populares devidas ao incumprimento pelo fornecedor de normas legais;
e) Incêndios ou inundações com origem nas instalações do fornecedor cuja causa,
propagação ou proporções se devam a culpa ou negligência sua ou ao incumprimento de
normas de segurança;
f) Avarias nos sistemas informáticos ou mecânicos do fornecedor não devidas a sabotagem;
g) Eventos que estejam ou devam estar cobertos por seguros.
4. A ocorrência de circunstâncias que possam consubstanciar casos de força maior deve ser
imediatamente comunicada à outra parte.
5. A força maior determina a prorrogação dos prazos de cumprimento das obrigações
contratuais afetadas pelo período de tempo comprovadamente correspondente ao
impedimento resultante da força maior.
Cláusula 21ª
Resolução por parte do contraente público
1. Sem prejuízo de outros fundamentos de resolução previstos na lei, o contraente público
pode resolver o contrato, a título sancionatório, no caso de o fornecedor violar de forma grave
ou reiterada qualquer das obrigações que lhe incumbem, designadamente nos seguintes casos:
a) Atraso, total ou parcial, no fornecimento dos serviços, objeto do contrato superior a 10
(dez) dias úteis, ou declaração escrita do fornecedor de que o atraso na prestação de
serviços excederá esse prazo;
b) Recusa do fornecimento dos serviços.
2. O direito de resolução referido no número anterior exerce-se mediante declaração enviada
ao fornecedor.
Cláusula 22ª
Resolução por parte do fornecedor
1. Sem prejuízo de outros fundamentos de resolução previstos na lei, o fornecedor pode
resolver o contrato quando:
a) Qualquer montante que lhe seja devido esteja em dívida há mais de 3 meses;
b) Ou o montante em dívida exceda 50% do preço contratual, excluindo juros.
2. O direito de resolução é exercido por via judicial.
3. Nos casos previstos na alínea a) do nº 1, o direito de resolução pode ser exercido mediante
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declaração enviada ao contraente público, que produz efeitos 30 dias após a receção dessa
declaração, salvo se este último cumprir as obrigações em atraso nesse prazo, acrescidas dos
juros de mora a que houver lugar.
4. A resolução do contrato nos termos dos números anteriores não determina a repetição das
prestações já realizadas pelo prestador de serviços, cessando, porém, todas as obrigações deste
ao abrigo do contrato, com exceção daquelas a que se refere o artigo 444º do CCP.
Capítulo IV
Caução, seguros e outros encargos
Cláusula 23ª
Execução da caução
1. A caução prestada para bom e pontual cumprimento das obrigações decorrentes do
contrato, nos termos do Programa do Procedimento, pode ser executada pela contraente
público sem necessidade de prévia decisão judicial, para satisfação de quaisquer créditos
resultantes de mora, cumprimento defeituoso, incumprimento definitivo pelo fornecedor das
obrigações contratuais ou legais, incluindo o pagamento de penalidades, ou para quaisquer
outros efeitos especificamente previstos no contrato ou na lei.
2. A resolução do contrato pelo contraente público não impede a execução da caução,
contanto que para isso haja motivo.
3. A execução parcial ou total da caução referida nos números anteriores implica por parte do
fornecedor a obrigação de proceder à renovação do respetivo valor existente antes dessa
mesma execução, no prazo de 10 (dez) dias após a notificação do contraente público, para
esse efeito.
4. A caução a que se referem os números anteriores é liberada nos termos do artigo 295º do
CCP.
Cláusula 24ª
Patentes, licenças e marcas registadas
1. São da responsabilidade do fornecedor quaisquer encargos decorrentes da utilização, no
fornecimento, de marcas registadas, patentes registadas ou licenças.
2. Caso o contraente público venha a ser demandado por ter infringido, na execução do
contrato, qualquer dos direitos mencionados no número anterior, o fornecedor indemniza-o
de todas as despesas que, em consequência, haja de fazer e de todas as quantias que tenha
de pagar seja a que título for.
Cláusula 25ª
Concurso Público n.º 11/DAC/2018
Revisão de preços
Não é permitida a revisão dos preços propostos, em circunstância alguma, durante a execução
do contrato.
Cláusula 26ª
Outros encargos
Todas as despesas derivadas da prestação de cauções, da emissão de seguros, bem como do
visto prévio do Tribunal de Contas, quando a eles houver lugar, são da responsabilidade do
fornecedor.
Capítulo V
Resolução de litígios
Cláusula 27ª
Legislação Aplicável e Foro competente
1.Em tudo o que for omisso e que suscite dúvidas no presente contrato, reger-se-á pela lei geral
aplicável aos contratos administrativos, bem como ao regime jurídico do CCP, DL nº 18/2008, de
29 de janeiro, com as alterações introduzidas pelo DL nº 278/2009, de 2 outubro, Lei nº 3/2010,
de 27 de abril, DL nº 131/2010 de 14 de dezembro, Lei nº 64-B/2011, de 30 de dezembro, DL nº
149/2012 de 12 de julho e DL nº 214-G/2015 de 2 de outubro.
2. O contrato é regulado pela legislação portuguesa.
3. Para resolução de todos os litígios decorrentes do contrato fica estipulada a competência do
Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa, com expressa renúncia a qualquer outro.
Capítulo VI
Disposições finais
Cláusula 28ª
Cessão da posição contratual
1. O adjudicatário não poderá ceder a sua posição contratual ou qualquer dos direitos e
obrigações decorrentes do contrato sem autorização da entidade adjudicante.
2. Para efeitos da autorização prevista no número anterior, deve ser apresentada pelo
cessionário toda a documentação exigida ao adjudicatário no presente procedimento.
3. A entidade adjudicante, para efeitos do número anterior, apreciará, designadamente se o
cessionário não se encontra em nenhuma das situações previstas no artigo 55º do CCP e se tem
capacidade técnica e financeira para assegurar o exato e pontual cumprimento do contrato.
Cláusula 29ª
Rescisão do contrato
1. O incumprimento, por uma das partes, dos deveres resultantes do contrato confere, nos
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termos gerais de direito, à outra parte o direito de rescindir o contrato, sem prejuízo das
correspondentes indemnizações legais.
2. Para efeitos do disposto no número anterior, considera-se incumprimento definitivo quando
houver atraso na prestação dos serviços ou falta de reposição do bom funcionamento por
período superior a 10 (dez) dias úteis.
Cláusula 30ª
Comunicações e notificações
1. Sem prejuízo de poderem ser acordadas outras regras quanto às notificações e
comunicações entre as partes do contrato, estas devem ser dirigidas, nos termos do CCP, para o
domicílio ou sede contratual de cada uma, identificados no contrato.
2. Qualquer alteração das informações de contacto constantes do contrato deve ser
comunicada à outra parte.
Cláusula 31ª
Contagem dos prazos
Os prazos previstos no contrato suspendem-se aos sábados, domingos e dias feriados.
Concurso Público n.º 11/DAC/2018
Anexo I
Especificações técnicas do fornecimento
A) Requisitos Funcionais
1. A solução a implementar deverá ser capaz de responder aos requisitos que se
identificam e assegurar efetivamente a evolução e o desenvolvimento dos atuais
sistemas de BackOffice – SIGAE e SEROnline (licenciamento de explosivos).
2. Os serviços serão disponibilizados a partir do portal de Serviços Online da Polícia de
Segurança Pública (SEROnline) tendo como principal objetivo a possibilidade de
submissão de pedidos de licenciamento na área de explosivos a utilizadores externos.
3. Identificamos em seguida as necessidades de desenvolvimentos a considerar no objeto
do presente caderno de encargos:
a) Desenvolvimento de um BackOffice que permita gerir os processos na área dos
explosivos e integrado no SIGAE;
b) Possibilidade de impressão dos templates de documentos localmente, utilizando a
assinatura eletrónica com atributos profissionais do Cartão do Cidadão (com
competência legal de despacho);
c) O arranjo dos elementos gráficos dos documentos relativos ao licenciamento de
explosivos necessita de uma portaria de regulamentação, a qual se encontra em
preparação na PSP;
d) A entrega de documentos e o meio de distribuição ficará sujeita à portaria de
regulamentação do arranjo dos elementos gráficos;
e) Evolução do portal SEROnline para passar a comportar os pedidos de
licenciamento/autorizações na área dos explosivos, integrado com o BackOffice (via
Web services), com a faculdade do requerente poder anexar documentos;
f) O portal SEROnline deve permitir a publicação de conteúdos informativos e de fácil
atualização, de caráter público, em diferentes formatos (texto, listagens, estatísticas,
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etc.), a definir em sede de projeto;
g) Disponibilização em plataformas móveis dos serviços referentes a pesquisas;
h) O portal SEROnline já contempla a funcionalidade de pedido de autenticação, no
entanto esta funcionalidade deverá sofrer as devidas adaptações para um pedido de
autenticação/perfil de utilizador no enquadramento dos explosivos;
i) O portal SEROnline deve possibilitar a submissão de pedidos de requerimentos (ver
processos a suportar), onde se preveem as funcionalidades de preenchimento de
pedidos de licenciamentos ou autorizações, o preenchimento de dados efetuar-se-á
sempre que possível reutilizando os dados já previamente registados a partir do pedido
de adesão ao sistema e também lhe serão apresentados os licenciamentos já
atribuídos. Após a submissão do pedido deverá receber um comprovativo com o
número de processo atribuído e informação respeitante ao valor da taxa a cobrar.
Prevê-se a reutilização integral do componente de pagamentos desenvolvida para a
plataforma de serviços comuns da AMA e implementada no sistema SIGAE.
4. Identificamos igualmente a necessidade de criação de uma área privada que permita ao
requerente o acesso à sua informação para:
a) Pesquisar estados de processos pendentes de licenciamento e/ou autorização;
b) Pesquisar os licenciamentos atribuídos e datas de validade;
c) Completar o processo caso haja necessidade de incluir dados adicionais;
d) Possibilidade de notificar o cidadão/empresa através de notificações que decorram da
tramitação processual;
e) Pagamento de taxas processuais, após a notificação eletrónica para o efeito com
referências multibanco;
f) Pedidos de emissão de segundas vias e renovação de licenciamentos;
g) Receção de mensagens informativas de aviso para proceder à renovação de
licenciamentos a expirar;
h) Integração com a plataforma de serviços comuns da AMA para pagamentos
(possibilidade de reutilização da implementação já efetuada no SIGAE);
i) Integração com a DGAJ para acesso aos dados do registo criminal (requisito obrigatório
na análise processual);
j) Ligação com o Portal do Cidadão (Bolsa de Documentos) para a obtenção de
documentos obrigatórios para a análise processual (Certificado de Habilitações) desde
que autorizados pelo requerente;
k) Integração com a plataforma do MAI de autenticação de utilizadores - ADAM;
Concurso Público n.º 11/DAC/2018
l) Integração com a plataforma de Exames, para submissão de candidatos para a
realização de exames (requisito processual) e receção de resultados obtidos;
m) Integração com a Plataforma de Exames para disponibilização no portal SEROnline do
calendário com as datas de realização dos exames;
n) Integração com o sistema de Gestão de Receitas - SIREC;
o) Desenvolvimento de um módulo de monitorização do estado e do ciclo de vida dos
processos de licenciamento de explosivos;
p) O sistema a conceber deve ser desenvolvido e implementado em conformidade com
o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), Regulamento (EU)
2016/679 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de abril de 2016 e
Resolução de Conselho de Ministros nº 41/2018 de 28 de março;
B) Requisitos Tecnológicos
1. Com a abertura do presente procedimento pretende-se adquirir igualmente serviços de
análise, desenvolvimento e documentação que suportem as componentes de
aplicações, de base de dados, de administração, de instalação e de monitorização.
2. Identificam-se em seguida os requisitos tecnológicos a que o sistema deve obedecer:
a) A tecnologia a utilizar deve basear-se preferencialmente em sistemas abertos, que
flexibilizem a manutenção futura por equipas internas da PSP, garantam a
adaptabilidade contínua a alterações das regras de negócio e minimizem os custos de
licenciamento a suportar pela organização;
b) A utilização de ferramentas de modelagem e desenho de processos que possam ser
utilizadas na construção e manutenção de processos de negócio;
c) A utilização de um motor para execução dos processos de negócio relativos ao ponto
anterior;
d) A capacidade de orquestração de Web services;
e) Interfaces de Workflow;
f) A simplificação da criação e manutenção de regras de negócio complexas;
g) Capacidades de monitorização das atividades dos processos de negócio e de Workflow;
h) Mecanismos de segurança necessários para assegurar a adequada proteção e
privacidade de dados confidenciais, a armazenar em base de dados;
i) Sempre que possível, a utilização de Standards e normas abertas, especialmente na
interação com outros sistemas, de forma a garantir a sua correta interoperabilidade.
Concurso Público n.º 11/DAC/2018
3. Os concorrentes deverão indicar os requisitos mínimos de funcionamento da solução
(CPU, memória, disco, etc.) para cada ambiente (Desenvolvimento, Qualidade e
Produção), tendo por base, entre outros, o âmbito dos serviços previstos e os requisitos
de disponibilidade e desempenho da solução.
4. É da responsabilidade do fornecedor a configuração/parametrização de todos os
componentes de Software necessários ao bom funcionamento da solução proposta.
5. A infraestrutura tecnológica proposta deverá garantir a fiabilidade, disponibilidade e
robustez do sistema. É obrigatória a apresentação de como os diferentes componentes
da solução interagem para realizar o objetivo pretendido.
6. A solução a apresentar deverá suportar Frameworks de desenvolvimento Web com
uma arquitetura baseada em componentes, para desenvolvimento em tecnologias
J2EE. As camadas de apresentação, funções de negócio (regras de negócio e processos)
e dados, devem estar segregadas.
7. A camada de apresentação deverá ser do tipo “Interface Web” e ser considerada como
RIA (Rich Internet Application).
8. A solução deverá possibilitar a realização de configurações diversas a partir de um
interface Web.
9. Serão valorizadas as soluções que apresentem formas automáticas de disponibilização e
atualização de Upgrades ou Updates, ou seja, soluções que permitam a atualização
automática através de protocolos de internet da aplicação com um nível de intervenção
humana reduzida.
10. A solução deverá permitir a exportação de relatórios nos formatos MS Excel, PDF e
XML, sendo os parâmetros selecionáveis a definir em sede de análise funcional e
podendo no limite englobar qualquer dos dados envolvidos nos serviços a disponibilizar.
11. O repositório de dados que irá suportar a estrutura de desenvolvimentos dos serviços
online deve respeitar as normas de estrutura e dicionário de dados do atual repositório
de suporte ao sistema SIGAE, cujas especificações serão divulgadas em sede de projeto.
12. A arquitetura técnica deve contemplar o requisito responsivo ao nível de interfaces
para as opções de pesquisa/consulta a disponibilizar.
13. Autenticação e Gestão de Utilizadores - os mecanismos de autenticação e autorização
de utilizadores dos serviços a disponibilizar, deverão contemplar:
a) A criação de uma camada única de acesso a estes e outros serviços a disponibilizar
no futuro, no Portal de Serviços da PSP, com uma componente de autenticação
baseada numa solução LDAP OpenSource;
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b) A utilização de um identificador único para cada utilizador a registar;
c) A criação e gestão de diferentes perfis de autorização às funcionalidades, para
diferentes níveis de acesso às mesmas;
d) A gestão centralizada de utilizadores e de perfis de autorização, “Reset” de Palavra-
chave e autenticação suportados por LDAP;
e) A implementação de mecanismos de autenticação e autorização adequados aos
diferentes níveis de interação - Cartão do Cidadão e utilizador/palavra-chave;
f) Integração com os mecanismos de autenticação do Cartão de Cidadão;
g) Integração com a plataforma de serviços comuns para a utilização do fornecedor de
autenticação (FA) - Cartão de Cidadão e atributos profissionais de elementos
policiais - este requisito encontra-se implementado no atual portal SEROnline e
deve ser reutilizado;
h) Integração com a plataforma de serviços comuns para a utilização do Gateway de
SMS (GAP) para envio de mensagens relativas a notificações que decorram da
tramitação processual (opcional);
i) Integração com outras entidades para acesso a dados relevantes sobre a avaliação
do requerente nos pedidos de licenciamento, a identificar em sede de projeto;
j) A transmissão de dados entre o portal e o BackOffice deverá ser encriptada,
devendo ser usado para o efeito o protocolo HTTPS;
k) Sempre que possível, deverão ser utilizados standards e normas abertas na
conceção do sistema, de forma a garantir a sua correta interoperabilidade com
outros sistemas.
C) Arquitetura de Referência
1. A situação atual da infraestrutura tecnológica da PSP contempla o seguinte
software/hardware:
a) Sistemas operativos Windows Server 2008 R2;
b) Sistema de Bases de Dados SQL Server 2008 R2;
c) Desenvolvimento aplicacional em tecnologia Java Enterprise Edition (J2EE);
d) Servidores aplicacionais tendo como software de base – JBOSS – versão 7.
2. As tecnologias indicadas servirão de referência para a solução a considerar neste
procedimento, sendo já utilizadas pelo sistema SIGAE.
D) Processos a suportar
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1. Aquisição de um BackOffice e serviços online que registe os pedidos e efetue a gestão
dos seguintes documentos associados ao processo de licenciamento de explosivos:
a) Cédulas de operador;
b) Autorização de compra e emprego de explosivos;
c) Importação e exportação de explosivos e artifícios pirotécnicos;
d) Compra de artifícios de sinalização;
e) Credencial de lançador de fogo-de-artifício;
f) Transferência PT (da U.E. para Portugal);
g) Transferência UE (de Portugal para a U.E.);
h) Documento de transferência intercomunitária de explosivos;
i) Mapas mensais de transações de explosivos e cálculo de taxas.
2. Para além do desenvolvimento da componente de BackOffice, esta aquisição também
contempla a disponibilização de serviços online a partir do atual portal SEROnline, o
qual deverá sofrer as respetivas evoluções de forma a permitir:
a) Pesquisas e análises processuais;
b) Iniciar e gerir um processo de licenciamento de explosivos;
c) Apresentação dos documentos necessários ao processo de licenciamento;
d) Efetuar pagamentos de taxas e outros;
e) Seguir o processo de licenciamento;
f) Aceitar a entrega presencial de documentos nas Secções e Núcleos de Armas e
Explosivos.
E) Faseamento
1. As atividades a realizar serão divididas em cinco fases:
Fase I - Planeamento e levantamento de macro atividades de modo a que exista uma
sistematização das tarefas a realizar tanto internas como da parte do adjudicatário:
Identificação dos objetivos do projeto;
Identificação das atividades a realizar no decurso do projeto;
Definição e caraterização das atividades a executar;
Identificação dos elementos responsáveis e que irão assegurar as atividades
identificadas;
Planeamento detalhado do projeto, com definição de marcos e entrega de
artefactos;
Entrega da documentação correspondente à fase.
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Fase II - Análise e levantamento de requisitos:
Análise e levantamento de requisitos para o desenvolvimento e construção do
portal de serviços online;
Análise e identificação de requisitos do BackOffice e impacto que os serviços online
provocarão em sede de BackOffice do sistema SIGAE;
Análise e levantamento de requisitos das componentes de integração entre o
online o SIGAE;
Validação da arquitetura e engenharia de informação de suporte aos serviços
online e BackOffice;
Eventuais ajustes ao planeamento, definição de marcos e entrega de artefactos;
Entrega da documentação correspondente à fase.
Fase III - Fase de desenho e desenvolvimento de requisitos técnico-funcionais:
Concretização do modelo de dados;
Desenho de interfaces do BackOffice;
Desenho de interfaces dos serviços online;
Desenho das componentes de integração com a plataforma da AMA;
Desenho das componentes de integração entre serviços online e o BackOffice do
SIGAE;
Construção de todas as componentes aplicacionais necessárias à concretização das
componentes identificadas na fase de desenho;
Alinhamento com as equipas internas de acompanhamento de projeto sobre o
trabalho executado, se corresponde aos requisitos identificados em fase de análise;
Entrega da documentação correspondente à fase.
Fase IV - Fase de Testes e entrega de documentação do projeto – tendo como principal objetivo
testar as componentes aplicacionais e validação de requisitos identificados nas fases anteriores:
Realização de testes unitários, testes integrados, garantindo a estabilização do
sistema;
Entrega da documentação correspondente à fase, assim como de eventuais
alterações a documentação entregue em fases anteriores (documentação de
análise, manuais de apoio à instalação e arquitetura do sistema, modelo de dados).
Fase V - Formação e disponibilização da aplicação, é pretendido formar os utilizadores finais e
preparar o ambiente produtivo para a entrada em produção do sistema:
O fornecedor dos serviços garantirá a execução de ações de formação adequadas
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para um universo de utilizadores com competências distintas, cujos conteúdos
deverão englobar todas as matérias relevantes e obter a aprovação formal da
entidade pública contratante. As instalações onde decorrerão as ações serão
fornecidas pela entidade adjudicante, enquanto o adjudicatário assegurará os
restantes recursos para que sejam ministradas ações de formação a um universo de
100 utilizadores com respetivos manuais de utilizador;
Manuais e serviços de instalação e configuração do software/hardware para
suportar o ambiente de produção/desenvolvimento do sistema de informação a
desenvolver no âmbito deste caderno de encargos.
D) Recursos Humanos
1. Para o integral cumprimento da execução das tarefas que constituem o objeto do
presente caderno de encargos, o cocontratante deverá designar elementos com
experiência profissional, preparação técnica e qualificações adequadas às suas funções,
sendo devidamente coordenados e orientados na execução dessas funções por um
gestor de projeto interno.
2. A composição da equipa de trabalho do cocontratante deverá ser estável ao longo da
vigência do contrato, devendo, sempre que este considerar conveniente para a boa
execução dos trabalhos, propor a substituição dos seus elementos, com prévia
comunicação ao contraente público.
3. Todos os elementos designados para executar as tarefas devem ser portadores de um
registo criminal sem incidentes, dada a especificidade do contraente público.
F) Credenciação
Deverá ser apresentada credenciação da entidade adjudicatária no grau confidencial, nas
marcas Nacional e NATO, nos termos do SEGNAC 2 – Resolução do Conselho de Ministros
n.º 37/89, de 24 de Outubro, bem como a credenciação dos seus elementos que vierem a
aceder às instalações policiais ou a documentos da PSP, independentemente do seu
meio/suporte, no mesmo grau e marcas.