76
AFRICAN UNION UNION AFRICAINE UNIÃO AFRICANA Telephone: 251 11 551 0595 Fax: 251 11 551 0249 P. O. Box 3243 Addis Ababa, ETHIOPIA www.africa-union.org CONFERÊNCIA DA UNIÃO Décima-sexta Sessão Ordinária 30-31 de Janeiro de 2011 Adis Abeba, Etiópia Assembly/AU/13 (XVI) Original: Inglês RELATÓRIO DA COMISSÃO SOBRE A 3ª CIMEIRA ÁFRICA-UE REALIZADA EM TRIPOLI, JAMAHIRIYA ÁRABE LÍBIA, 29-30 DE NOVEMBRO DE 2010

CONFERÊNCIA DA UNIÃO Décima-sexta Sessão Ordinária … AU 13 (XVI) _P.pdfe Criação de Emprego” bem como a seis sub-temas, que foram debatidos no contexto do tema principal

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • AFRICAN UNION

    UNION AFRICAINE

    UNIÃO AFRICANA

    Telephone: 251 11 551 0595 Fax: 251 11 551 0249 P. O. Box 3243 Addis Ababa, ETHIOPIA www.africa-union.org

    CONFERÊNCIA DA UNIÃO Décima-sexta Sessão Ordinária 30-31 de Janeiro de 2011 Adis Abeba, Etiópia

    Assembly/AU/13 (XVI) Original: Inglês

    RELATÓRIO DA COMISSÃO SOBRE A 3ª CIMEIRA ÁFRICA-UE REALIZADA EM TRIPOLI, JAMAHIRIYA ÁRABE LÍBIA, 29-30 DE

    NOVEMBRO DE 2010

  • Assembly/AU/13 (XVI) Pág. 1

    RELATÓRIO DA COMISSÃO SOBRE A 3ª CIMEIRA ÁFRICA-UE REALIZADA EM TRIPOLI, JAMAHIRIYA ÁRABE LÍBIA, 29-30 DE NOVEMBRO DE 2010

    I. INTRODUÇÃO 1. A Terceira Cimeira África-UE dos Chefes de Estado e de Governo teve lugar em Tripoli, Líbia, nos dias 29 e 30 de Novembro de 2010. A Cimeira debateu questões subordinadas ao tema “Investimento, Crescimento Económico e Criação de Emprego” bem como a seis sub-temas, que foram debatidos no contexto do tema principal. Os Chefes de Estado e de Governo trocaram opiniões sobre várias questões de interesse comum, incluindo desafios globais e possíveis formas de enfrentá-los em conjunto. No âmbito da promoção de uma parceria abrangente centrada nas pessoas, foi dada oportunidade ao sector privado, à sociedade civil e à juventude para que apresentassem os resultados dos seus respectivos eventos paralelos. No fim, a Cimeira adoptou a Declaração de Tripoli e o Segundo Plano de Acção, 2011-2013. II. PARTICIPAÇÃO 2. A Cimeira contou com a participação de 50 países, da parte africana, dos quais 29 fizeram-se representar ao nível dos Chefes de Estado e de Governo, e 27 da parte europeia, dos quais 12 fizeram-se representar ao nível dos Chefes de Estado e de Governo. III. SESSÃO DE ABERTURA 3. A sessão de abertura foi presidida por S.E. Ali Bongo Ondimba, Presidente da República do Gabão, na sua qualidade de Primeiro Vice-presidente da Mesa da Conferência da União Africana, que proferiu igualmente um discurso de abertura. Os discursos foram igualmente proferidos por S.E. Muammar Al-Gaddafi, Líder da Revolução Líbia; S.E Herman Van Rumpuy, Presidente do Conselho Europeu; S.E. Jean Ping, Presidente da Comissão da União Africana; S.E José Manuel Barroso, Presidente da Comissão Europeia; S.E Recep Tayyip Erdogan, Presidente da República da Turquia (na qualidade de Convidado); Ilustre Sra. Mary Mugyenyi, Vice-presidente do Parlamento Pan-Africano e Ilustre Sr. Libor Rouchek, Vice-presidente do Parlamento Europeu. Statement by H.E. Ali Bongo Ondimba, President of the Republic of Gabon 4. S.E. Ali Bongo Ondimba agradeceu o Líder da Revolução Líbia, S.E. Muammar Al-Gaddafi, e ao povo líbio pela sua calorosa recepção e hospitalidade pelas excelentes instalações providenciadas para acolher a Cimeira. Ele realçou os fortes laços existentes entre as partes africana e europeia, salientando a necessidade da Parceria África-UE atingir os seus objectivos, particularmente no domínio da energia e segurança. 5. Identificou a falta de financiamento como um dos principais obstáculos da parceria, para obter resultados concretos e exortou ambas as partes a tomar medidas urgentes para superar este desafio. Finalmente, apelou aos Parceiros Internacionais para que invistam mais em África com vista a ajudar o continente a

  • Assembly/AU/13 (XVI) Pág. 2

    alcançar o crescimento sustentável e o desenvolvimento económico e a realizar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio até 2015. Discurso de S.E. Muammar Gaddafi, Líder da Revolução Líbia 6. S.E. Muammar Gaddafi destacou os vários desafios de segurança que confrontam o continente, incluindo o terrorismo, pirataria e lutas armadas, e apelou para esforços concertados com vista a resolvê-los. Apelou à União Europeia para apoiar a África na sua luta para erradicar a pobreza, a fome e doenças. Apelou para o fim da imigração, através da criação, em África e em outros países vulneráveis, de condições que iriam desencorajar o fenómeno. Além disso, S.E. Irmão Líder apelou para a dissolução da Organização Mundial do Comércio (OMC) e criação, em sua substituição, de grupos económicos regionais. Apelou ainda para a prestação de apoio pela União Europeia para a democratização do sistema das Nações Unidas e atribuição de um assento permanente à África no Conselho de Segurança das Nações Unidas. 7. Em jeito de conclusão, enfatizou a necessidade de reforçar e consolidar as relações entre África e a União Europeia para o benefício mútuo das duas partes através da criação de um equilíbrio entre as análises de ordem política na Europa e as preocupações de índole económica em África. Discurso de S.E. Jean Ping, Presidente da Comissão da União Africana 8. S.E. Jean Ping enfatizou a necessidade de economias robustas e estáveis como um imperativo para a criação de emprego. Ele sublinhou a posição comum de África no mundo globalizado, como demonstrado pela enorme população africana e seus vastos recursos naturais. Sublinhou ainda as realizações decorrentes do Primeiro Plano de Acção Conjunto África-União Europeia, salientando que o desenvolvimento mais notável foi registado no domínio da Paz e Segurança. Indicou que a percepção do mundo em relação à África tinha mudado nos últimos anos e apelou à União Europeia para tratar África como um todo e respeitar os princípios subjacentes da Parceria África-UE com vista a obter resultados concretos. Discurso de S.E. José Manuel Barroso, Presidente da Comissão Europeia 9. Por sua vez, S.E. José Manuel Barroso manifestou apreço à liderança e ao povo líbio pela calorosa hospitalidade oferecida às delegações da União Europeia e pelas excelentes instalações providenciadas para acolher a Cimeira. Ele sublinhou os fortes laços históricos e culturais existentes entre África e Europa, e destacou os sucessos e realizações da Parceria, até agora. Por conseguinte, renovou o compromisso da União Europeia com o sucesso da Parceria e apelou as duas partes para trabalharem juntos com vista a consolidar a Parceria para o benefício mútuo. IV. SESSÃO PLENÁRIA 10. Os seguintes sub-temas foram apresentados e debatidos:

  • Assembly/AU/13 (XVI) Pág. 3

    i. Integração regional, Infra-estruturas, TIC, Ciência e Desenvolvimento do sector privado

    11. O Presidente Zine El Abidine Ben Ali da Tunisia apresentou o tópico, que foi seguido de uma apresentação sobre os Acordos de Parceria Económica (APE) pelo Primeiro Ministro do Ruanda, da parte africana. Da parte da UE, as apresentações foram feitas pelos Primeiros Ministros da Itália e Finlândia. No fim das várias intervenções sobre este tópico, um Representante do Sector Privado apresentou um relatório sobre o resultado do Quarto Fórum Empresarial África-UE realizado à margem da Cimeira. Entre os principais elementos foram destacados os seguintes:

    i. Necessidade de ambos os continentes desenvolver programas e mecanismos para expandir o desenvolvimento de infra-estruturas;

    ii. Necessidade de consolidar e reforçar a cooperação nas áreas de tecnologia, ciência e espaço, e da criação de um mecanismo de financiamento comum;

    iii. Necessidade de desenvolver o sector privado e de reforçar as suas

    relações com os governos; iv. Necessidade de resolver as questões litigiosas relativas aos APE; v. Necessidade de melhorar as relações com África como uma

    prioridade, e necessidade de África identificar novos projectos emblemáticos a serem implementados a curto prazo;

    vi. Necessidade de África e a UE identificar modalidades de trabalho para

    combater a especulação de preços de matérias-primas; e vii. Necessidade de reforçar a integração regional como uma componente

    para o desenvolvimento económico entre as regiões e os continentes. 12. Após as apresentações, foram feitas várias intervenções, com principal incidência sobre algumas realizações, experiências dos países, bem como áreas que necessitam de mais atenção. Após as intervenções, chegou-se às seguintes conclusões:

    i. Necessidade da parceria incidir sobre a cooperação na área de

    desenvolvimento de infra-estruturas aos níveis regional e continental;

    ii. Consolidar a integração e reforçar o comércio como uma forma de alcançar o desenvolvimento sustentável;

    iii. A integração com sucesso deve ser apoiada pelo desenvolvimento

    adequado de infra-estruturas, para contribuir deste modo para o crescimento económico e a criação de emprego; e

    iv. Os APE devem ser negociados com vista a obter resultados com

    benefícios mútuos e apoiar o desenvolvimento sustentável.

  • Assembly/AU/13 (XVI) Pág. 4

    viii. Energia, Alterações Climáticas e Espaço 13. S.E. Ali Bongo Ondimba, Presidente da República do Gabão, apresentou o tópico em nome da parte africana. Ele salientou a necessidade do continente africano abandonar a abordagem restrita de desenvolvimento e seguir a dinâmida de desenvolvimento do século 21. Destacou as potencialidades de África para satisfazer as suas próprias necessidades energéticas se as infra-estruturas necessárias forem desenvolvidas. 14. Ao destacar o desafio para resolver o problema das alterações climáticas, ele sublinhou a necessidade do continente africano ter de beneficiar da experiência europeia e apelou para o controlo urgente dos factores que contribuem para o aquecimento global. 15. Da parte da UE, o tema foi apresentado pelo Primeiro Ministro de Malta, o qual foi complementado pelo Presidente da Comissão Europeia. No seu discurso, o Primeiro Ministro de Malta mencionou que as Alterações Climáticas constituíam um dos desafios comuns que o mundo continuava a enfrentar e salientou que o continente africano era, em particular, vulnerável às Alterações Climáticas. Apelou para acções conjuntas, incluindo um investimento em grande escala para mitigar os problemas das Alterações Climáticas. Salientou ainda que qualquer negociação significativa sobre a mitigação do aquecimento global deve envolver as duas regiões. Reiterou o compromisso da UE de continuar a desempenhar o seu papel na abordagem do problema. 16. Após as apresentações, a Cimeira deliberou sobre o tópico e chegou à seguinte conclusão:

    i. A energia é um factor chave de desenvolvimento para ambos os continentes;

    ii. O acesso ao fornecimento de energia acessível e segura é possível através de uma maior cooperação entre África e a UE;

    iii. Há uma necessidade de os dois continentes desenvolverem em

    conjunto uma estratégia que irá ajudar a alcançar um crescimento e desenvolvimento ecológico; e

    iv. O intercâmbio das boas práticas sobre energiais renováveis e questões

    sobre alterações climáticas deve ser reforçado. ix. ODM, Agricultura e Segurança Alimentar 17. O tópico foi apresentado pelo Presidente Jacob Zuma, da África do Sul, em nome da parte africana. Na sua apresentação, ele destacou a importância da economia rural para a maioria do povo africano e sublinhou a relação entre o desenvolvimento agrícola e os ODM. Neste contexto, apelou para a prestação de apoio à Iniciativa do Programa Integrado para o Desenvolvimento da Agricultura em África (CAADP). Identificou uma série de desafios relacionados com a agricultura e a segurança alimentar, incluindo a baixa produtividade, infra-estruturas rurais deficientes, a falta de acesso aos mercados, instituições fracas e políticas inadequadas. Realçou a necessidade de investimento na agricultura

  • Assembly/AU/13 (XVI) Pág. 5

    com vista a maximizar o potencial de África, o que iria contribuir para a criação de emprego e segurança alimentar. Apelou para um maior envolvimento no âmbito da Parceria África-UE para abordar estes desafios. 18. Da parte da UE, o tópico foi apresentado pelo Primeiro-ministro Yves Leterme da Bélgica. Ele salientou a importância de abordar o problema da fome e da pobreza como o primeiro passoa para realizar os ODM. Neste contexto, ele identificou a agricultura e o desenvolvimento rural como a chave para esse efeito. Salientou que o desenvolvimento da agricultura iria contribuir, essencialmente, para estimular o crescimento e causar um impacto positivo sobre outros sectores. Reiterou o compromisso total da Europa de apoiar a Parceria com vista a assegurar um crescimento sustentável no sector da Agricultura e Segurança Alimentar. Salientou a necessidade de concentrar as atenções na melhoria da produtividade, rentabilidade e sustentabilidade da agricultura e, neste contexto, apelou para uma mudança de ênfase, isto é, da ajuda alimentar para o reforço da capacidade produtiva. 19. A apresentação foi seguida de intervenções de ambas as partes, que conduziram às seguintes conclusões:

    i. No âmbito da Parceria no domínio dos ODM, muito poderia ser feito e a

    cooperação e o apoio da União Europeia no âmbito da Parceria irá ajudar muito a África;

    ii. Os países desenvolvidos devem honrar os seus compromissos assumidos nos vários fóruns para permitir que África realize os ODM;

    iii. As várias iniciativas africanas, tais como o CAADP, destinadas a

    resolver os desafios da segurança alimentar devem ser apoiadas;

    iv. Deve-se igualmente apoiar o desenvolvimento de estatísticas para facilitar o acompanhamento e a apresentação de relatórios sobre os ODM;

    v. O sector privado deve ser incentivado a investir no sector agrícola; e

    vi. Há uma necessidade de reforçar a cooperação na governação global da

    agricultura. x. Paz e Segurança

    20. O tópico foi apresentado pelo Presidente Pal Schmitt da Hungria, da parte europeia, e foi complementado pelo ministro dos Negócios Estangeiros do Quénia, da parte africana. Em ambas as apresentações, os oradores sublinharam a importância da Paz e Segurança como uma condição sine qua non para o desenvolvimento sustentável. Eles identificaram a paz e a segurança como uma preocupação comum e sublinharam a necessidade de uma maior cooperação para resolver os conflitos em curso e prevenir novos. 21. Os debates que tiveram lugar centraram-se em torno de manifestação de apreço à UA e aos seus Parceiros, em particular a UE, pela sua contribuição na resolução de conflitos em África. A Cimeira concluiu os debates como se segue:

  • Assembly/AU/13 (XVI) Pág. 6

    i. Os progressos alcançados no âmbito da parceria no domínio da paz e

    segurança devem ser reforçados durante a segunda fase de implementação;

    ii. A operacionalização da Arquitectura Africana de Paz e Segurança deve ser apoiada;

    iii. Há uma necessidade dar ênfase ao alerta prévio com vista a evitar a

    eclosão de conflitos;

    iv. A liderança africana deve ser apoiada na resolução dos desafios da paz e segurança no continente.

    xi. Governação e Direitos Humanos

    22. O Presidente Demetris Christofias de Chipre apresentou o tópico, em nome da parte europeia, e foi complementado pela Presidente Ellen Sirleaf Johson da Libéria, em nome da parte africana. Ambos os oradores realçaram a necessidade de se respeitar os direitos humanos e o Estado de Direito. Eles concordaram que estes constituíam valores comuns para ambos os continentes. Após as várias intervenções, foram apresentados relatórios dos Fóruns da Sociedade Civil e da Juventude que tiveram lugar à margem da Cimeira. 23. No debate que se seguiu foram feitas várias observações, incluindo o destaque da importância da Plataforma de Governação recentemente lançada; e o apelo para a abordagem do abuso do princípio de jurisdição universal pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) e a necessidade, neste sentido, de uma cooperação mais estreita entre a UA e a UE. As conclusões incluíram o assentimento de que a governação e os direitos humanos são princípios fundamentais que devem ser respeitados por todos e que a cooperação deve ser reforçada no âmbito da Parceria de Governação e Direitos Humanos. xii. Migração, Mobilidade e Criação de Emprego

    24. A Cimeira concordou que o discurso do Líder da Grande Jamahiriya Líbia durante a cerimónia de abertura, incluindo as suas propostas sobre a questão da Migração, fosse analisado junto com os outros Discursos de outros Líderes Africanos e Europeus para fazer parte dos documentos de trabalho da Cimeira. VI. RELATÓRIOS DOS EVENTOS PARALELOS 25. Nas vésperas da Cimeira, uma série de eventos paralelos foram realizados na Líbia e não só. Estes eventos serviram de uma oportunidade para um envolvimento directo entre os povos dos dois continentes. Os resultados dos três eventos, nomeadamente, o Fórum Empresarial África-UE, Fórum das Organizações da Sociedade Civil e o Fórum da Juventude, foram apresentados durante a Cimeira.

  • Assembly/AU/13 (XVI) Pág. 7

    VII. ADOPÇÃO DOS DOCUMENTOS 26. A Cimeira adoptou os seguintes documentos, que se encontram anexados ao presente relatório: a. Declaração de Tripoli: Destaca os seguintes aspectos:

    i. Visão política/compromissos renovados e um novo contexto desde a

    Cimeira de Lisboa;

    ii. Especificidade da Parceria África-UE;

    iii. Temas da Cimeira e suas relações com o Plano de Acção (e como assegurar melhores resultados tangíveis); e

    iv. Trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios globais, questões de

    representação equilibrada nos fóruns internacionais e instituições, bem como a questão da melhoria da eficácia da governação global.

    b. Segundo Plano de Acção 2011-2013: Apresentado em por três partes:

    Parte introdutória, questões transversais e parte temática: É baseado no Primeiro Plano de Acção e será implementado durante o período compreendido entre 2011 e 2013.

    VIII. SESSÃO DE ENCERRAMENTO 27. Nos seus discursos de encerramento, ambos os Co-presidentes:

    Realçaram a necessidade de acompanhar os documentos e traduzi-los em acções:

    i. Reconheceram o facto de que os intercâmbios eram vitais para reforçar a Parceria África-EU e que os vários desafios poderiam ser enfrentados através de um trabalho conjunto. Reconheceram ainda o facto de que o que era necessário era vontade política e, neste sentido, apelaram a todos os actores para que participassem na implementação do Plano de Acção 2011-2013; e

    ii. Destacaram a determinação de ambas as partes de satisfazer as aspirações dos seus povos.

    28. A Presidente Ellen Sirleaf Johnson expressou gratidão ao Líder Líbio e ao povo da Grande Jamahiriya Àrabe Líbia pela sua generosa hospitalidade. Ela agradeceu ainda as delegações pela sua participação e declarou encerrada a 3ª Cimeira África-UE.

  • Assembly/AU/13 (XVI) Pág. 8

    RECOMENDAÇÕES a. Mecanismo de acompanhamento 29. Trinta e três países chefs de file (incluindo Marrocos), que se concentram em diferentes áreas temáticas, fazem parte do mecanismo de acompanhamento. O Comité de Acompanhamento, composta principalmente pelos mesmos países, apresentou relatórios directamente ao CRP até Julho de 2009, altura em que uma Decisão da Cimeira solicitou que o Comité apresentasse os seus relatórios ao CRP através do Subcomité de Cooperação Multilateral. No acordo anterior, os Estados Membros que não faziam parte do Comité de Acompanhamento manifestaram preocupação pelo facto de que não eram adequadamente envolvidos no processo do Diálogo África-UE. O novo acordo traz riscos na medida em que pode tornar o processo muito pesado e burocrático. Recomendação 1: Dado ao supracitado, recomenda-se que o Comité de Acompanhamento seja mantido. Contudo, um sistema de rotatividade deve ser introduzido ao nível dos seus membros e dos Chefs de file, para que todos os Estados Membros tenham a oportunidade de participar directamente numa dada altura. b. Representação na Troika 30. No período entre as Cimeiras, o diálogo entre África e a UE é mantido através de reuniões regulares ao nível de Altos Funcionários e Ministros. Essas reuniões têm sido realizadas no formato de Troika, onde cada parte é representada por um número menor de representantes com mandato para falar em nome de África e da UE, respectivamente. Até a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, a Troika da parte da UE era composta pela Presidência actual e eleita da UE, a Comissão Europeia e o Secretariado do Conselho. Actualmente, o sistema de Troika foi dissolvido pela UE. Toda a representação ao nível Ministerial é feita pelo Alto Representante para a Política Externa e de Segurança. Da parte africana, a Troika é composta pelas Presidênciais actuais e cessantes da UA e Comissão da UA, alargada para incluir os países cabeças de lista aos níveis de peritos e altos funcionários.

    Recomendação 2: Recomenda-se que cinco países (um de cada região), o país que se encontra a presidir a União Africana e a Comissão, representem a parte africana aos níveis de Peritos e Altos Funcionários, enquanto ao nível ministerial, a União deverá ser representada pelo país que está a presidir a União e pelos Comissários da UA para os Assuntos Económicos e Paz e Segurança. c. Recursos financeiros 31. A implementação com sucesso do segundo e sucessivos Planos de Acção depende, em grande medida, do grau de tratamento do problema de financiamento. A falta de um instrumento de financiamento dedicado contribuiu, em parte, para o ritmo lento de implementação do Primeiro Plano de Acção. Recomendação 3: Recomenda-se que os Estados Membros apoiem a proposta da Comissão da UA de criação de um Mecanismo Africano de Integração, com

  • Assembly/AU/13 (XVI) Pág. 9

    base no modelo do Mecanimso para a Paz, onde uma parte dos recursos destinados a programas indicativos nacionais e regionais é transferida para um fundo para financiar iniciativas de âmbito continental. d. Recursos Humanos

    32. A capacidade dos Grupos de Peritos Conjuntos (JEGs) para defender os interesses de África no âmbito da Parceria é fundamental para a obtenção de resultados tangíveis. A experiência do passado tem sido que os JEGs não foram capazes de obter os resultados almejados devido a limitações de recursos humanos. Recomendação 4: Recomenda-se que os Estados Membros disponibilizem peritos bem qualificados para participar nos trabalhos dos JEGs.

  • Assembly/AU/13 (XVI) Anexo 1

    DECLARAÇÃO DA 3ª CIMEIRA ÁFRICA-UE REALIZADA EM TRIPOLI, JAMAHIRIYA ÁRABE LÍBIA, 29-30 DE

    NOVEMBRO DE 2010

  • AFRICAN UNION

    UNION AFRICAINE

    UNIÃO AFRICANA

    Telephone: 251 11 551 0595 Fax: 251 11 551 0249 P. O. Box 3243 Addis Ababa, ETHIOPIA

    www.africa-union.org

    3a CIMEIRA ÁFRICA-UE 29 - 30 DE NOVEMBRO DE 2010 TRIPOLÍ, LÍBIA

    Original: Inglês

    DECLARAÇÃO DE TRIPOLI

  • 1

    Declaração de Tripoli 3ª Cimeira África-UE

    (Tripoli, 29/30 de Novembro de 2010) 1) Nós, os Chefes de Estado e de Governo de África e da União Europeia,

    representando mais de 1,5 mil milhões de cidadãos, reunimo-nos em Tripoli, nos dias 29 e 30 de Novembro de 2010, determinados explorar novas oportunidades para implementar iniciativas mais amplas e com benefícios mútuos.

    2) A Parceria entre África e a União Europeia é uma das relações globais mais duradouras e é de importância estratégica para ambas as Partes. Daremos continuidade ao trabalho iniciado na Cimeira de Cairo em 2000 e na Cimeira de Lisboa em 2007, onde decidimos elevar as nossas relações a um nível novo, igual e estratégico. Confirmamos que a Estratégia Conjunta África-UE é o quadro para a nossa futura cooperação e adoptamos o Plano de Acção 2011-13 como sendo o nosso novo compromisso para a materialização desta Parceria.

    3) Com muitos Estados a celebrar cinquenta anos de independência, a África está mais do que nunca prestes a testemunhar uma evolução significativa, que irá oferecer maiores oportunidades e perspectivas para uma maior integração e melhoria do desenvolvimento sustentável, no âmbito da União Africana que aspira por um continente Africano unido, pacífico e próspero. Ao mesmo tempo, o Tratado de Lisboa marca uma nova fase para a União Europeia. Estes dois desenvolvimentos melhoram e reforçam ainda mais a Parceria África-UE.

    4) Desde que nos reunimos há três anos, o mundo passou por um processo acelerado de globalização e enfrentou uma crise financeira e económica sem precedentes. Isto exige que a nossa parceria seja mais dinâmica e participe mais na reforma do sistema de governação mundial, sobretudo a criacao de mais oportunidades para que a África e a UE tenham uma representação mais justa. A nossa parceria deve orientar as transformações que o mundo precisa, como o combate aos efeitos das alterações climáticas, prevenção de conflitos, boa governação, estabelecimento de um mercado energético sustentável, sobretudo através de investimentos em recursos energéticos sustentáveis, desenvolvimento de infra-estruturas, garantia da segurança alimentar, realizacao dos Objectivos de Desenvolvimento do Milenio, combate ao VIH/SIDA, abordagem das realidades e dos desafios resultantes da emigração e as suas relações com o desenvolvimento, assim como promover a igualdade do género. Iremos intensificar os nossos esforços conjuntos, particularmente para estimular o crescimento do investimento, criar emprego e trabalho para as gerações de jovens que entram para o mercado de trabalho, especialmente em África.

    5) Ao divulgar os sucessos do empreendedorismo, reiteramos o nosso empenho de promover o sector privado como a principal força motriz para o crescimento económico sustentável e um importante actor na criação de espaço para um desenvolvimento mais uniforme e equilibrado. Para prosperar, o investimento privado necessita de um ambiente de negócios transparente e bem regulado, parcerias com o sector público, melhor produtividade, protecção social dos trabalhadores, tanto na economia formal como na informal, isto combinado com

  • 2

    maiores esforços na educação e transferência de tecnologia, com vista a promover uma sociedade baseada no conhecimento. Reconhecemos a não menos importante dimensão da integração regional para o crescimento e para o desenvolvimento e empenhamo-nos em concluir os Acordos de Parceria Económica (EPAs) que apoiam o desenvolvimento socioeconómico, a integração regional e a integração de África na economia mundial.

    6) Cientes dos esforços conjuntos adicionais necessários para realizar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio em África até 2015, iremos revitalizar os nossos esforços concertados para realizar todos os ODM, tomando em consideração os países e as metas mais distantes e prestar atenção especial aos grupos marginalizados e mais vulneráveis. Consideramos que todo o financiamento disponível para o desenvolvimento, tanto interno como externo, tradicional ou inovador, tem de apoiar o crescimento económico sustentável e a criação de emprego em África, o crucial para a realizacao dos ODM.

    7) Sendo 2010 o ano da paz e segurança em África, atribuímos a máxima importância a todos os esforços destinados à prevenção de conflitos, à reconciliação, à justiça e à reconstrução pós-conflito para o bem das populações em situações de conflito. Dado que a Comunidade Internacional marca o 10º aniversário da Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ambas as partes realçaram o papel da mulher nos esforços tendentes ao alcance da paz e da segurança. A paz e a segurança constituem a pedra angular da nossa cooperação. Estamos empenhados em operacionalizar totalmente a Arquitectura Africana de Paz e Segurança em estreita colaboração com as organizações regionais. No que respeita às operações de paz da UA sob a égide da UA, acordou-se em trabalhar para garantir um financiamento flexível, previsível e sustentável.

    8) Continuaremos os nossos esforços concertados para pôr fim ao conflito na Somália, para estabilizar a situação interna e promover a reconstrução pós-conflito e os esforços de desenvolvimento. Para este efeito, continuaremos a trabalhar juntos em prol do reforço da AMISOM, assim como das Forças de Segurança Somalis, a providenciar apoio ao Governo de Transição da Somália, no quadro de uma estratégia política geral dinamizada. Quanto ao Sudão, realçamos a urgência e a importância de se assegurar que todos os elementos do Acordo Geral de Paz, sobretudo os que dizem respeito a Abyei, ao sul de Kordofan e ao Nilo Azul, sejam implementados em tempo útil e de forma pacífica e credível, especialmente o referendo sobre o Sul do Sudão, cujos resultados devem ser aceites por todos. Além disso, encorajamos a todas as partes a dedicarem atenção especial à questões pós-referendo. Neste contexto, congratulamo-nos com a liderança da UA, que em estreita cooperação com as Nações Unidas, assim como o apoio o prestado pelo Painel de Alto Nível da UA liderado pelo presidente Mbeki, e do IGAD. Em especial, congratulámo-nos com os progressos e os acordos alcançados relativamente ao quadro em torno das questões pendentes do Acordo Geral de Paz.

    9) A nossa cooperação vai continuar a basear-se nos nossos valores e objectivos comuns, na procura da boa governação, da democracia e do Estado de Direito. Condenamos firmemente todas as mudanças inconstitucionais de governo que, juntamente com a má governação, são uma das principais causas de

  • 3

    instabilidade. Estamos unidos na luta contra a impunidade a nível nacional e internacional e na protecção dos direitos humanos nos dois continentes. Realçamos a necessidade de reforçar os quadros jurídicos nacionais e da cooperação internacional na busca da paz, justiça e reconciliação, sobretudo o julgamento dos crimes mais graves que preocupam a comunidade internacional, tendo em consideração as posições dos continentes Africano e da União Europeia. Condenamos todas as formas de terrorismo e iremos cooperar estreitamente no combate a esta ameaça internacional e as suas diversas fontes de financiamento. Condenamos, também, a intolerância em todas as suas formas e iremos combater este fenómeno, assim como cooperar estreitamente, incluindo com a ONU, para enfrentar as ameaças transnacionais da pirataria, despejo de resíduos tóxicos, crime organizado e o tráfico ilegal, incluindo o tráfico de seres humanos. Concordamos em fazer face de forma conjunta, aos desafios da segurança marítima de particular interesse para ambos os continentes, incluindo a poluição dos mares e oceanos.

    10) A África e a UE irão trabalhar juntos de modo a assegurar uma participação efectiva e uma melhor cooperação nos organismos internacionais, sobretudo na Assembleia Geral da ONU e no G20. Continuaremos a reforçar o nosso diálogo político de alto nível tendo em vista uma abordagem melhor coordenada e posições conjuntas nas negociações internacionais. Ressaltamos a importância de um multilateralismo efectivo e reafirmamos nossa determinação de assegurar que as instituições multilaterais sejam os principais fóruns para cooperação internacional em matéria de paz e segurança, direitos humanos e democracia e governação global. Neste contexto, reconhecemos a necessidade de prosseguir com a reforma dos principais órgãos da ONU com vista a tornar o sistema geral da ONU mais eficaz e transparente e que devem reflectir as alterações significativas ocorridas no seio da comunidade internacional e que os membros da ONU viveram.

    11) Congratulamo-nos com os resultados dos inúmeros eventos paralelas que contribuíram para o sucesso desta Cimeira e que evidenciam a dinâmica da nossa parceria estratégica e com o envolvimento efectivo de uma amplo leque de intervenientes. Tomamos devida nota das recomendações desses eventos.

    12) Constatamos positivamente que a UE é responsável por mais da metade da

    ajuda pública ao desenvolvimento mundial, e reafirma o seu compromisso de aumentar o seu orçamento destinado à ajuda para alcançar a meta colectiva de 0,7% do Rendimento Nacional Bruto até 2015. Saudamos também, com base na média do fluxo da ajuda pública ao desenvolvimento da UE para a África por ano, tanto por Estado Membro como pela UE, e na sequência de compromissos assumidos para os próximos três anos, que serão disponibilizados mais de € 50 mil milhões de ajuda oficial ao desenvolvimento destinados a apoiar o objectivo geral desta parceria.

    13) Exprimimos a nossa profunda gratidão ao Líder da Revolução e à Grande Jamahiriya Árabe Líbia Popular Socialista pelo extraordinário tratamento e atenção dada à organização da Cimeira.

    14) Decidimos nos reunir em Bruxelas em 2013.

  • AFRICAN UNION

    UNION AFRICAINE

    UNIÃO AFRICANA

    Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone : 011-551 7700 Fax : 011-551 7844 website : www. africa-union.org CONFERÊNCIA DA UNIÃO Décima-sexta Sessão Ordinária 30 – 31 de Janeiro de 2011 Adis Abeba, Etiópia

    Assembly/AU/13 (XVI)

    Anexo 2

    PLANO DE ACÇÃO PARA O PERÍODO 2011 - 2013

  • 1

    Plano de Acção para o período 2011-2013

    Descrição Geral Durante a implementação do primeiro Plano de Acção foram realizados progressos nas três principais áreas de enfoque a saber: O diálogo político cresceu e continua a registar progressos de modo a alcançar posições comuns e a implementar abordagens comuns relativamente aos desafios e segurança em África, Europa e no mundo, a dois níveis: as relações estruturais e sistemáticas entre os órgãos de tomada de decisão, como as relações entre o CPS da União Europeia e o CPS da União Africana, os Estados Membros da EU e os Estados Membros da UA. As equipes de gestão de crises em ambos as partes foram reforçadas. Os chefes das delegações em Adis Abeba, Bruxelas e Nova Iorque realizam consultas regulares. Contudio, estas trocas de compreensão mútua necessitam de ser alargadas para uma cooperação mais técnica e operacional. A substância do diálogo foi totalmente organizada em torno das situações de conflito e de crise. No entanto, questões temáticas como o terrorismo, e as suas diversas fontes de financiamento, o desarmamento, a reconstrução pós-conflito e desenvolvimento, já mencionadas neste capítulo, no primeiro plano de acção, devem tornar-se áreas mais proeminentes do diálogo e da cooperação. Novas questões temáticas, tais como a cooperação transfronteiriça, a segurança e a protecção marítima foram incluídas, de modo a tornar este diálogo mais abrangente e sustentável. A UE e a UA irão avaliar anualmente os progressos realizados na implementação da Resolução UNSCR1325 e Resolução UNSCR1894. Registaram-se progressos na operacionalização da APSA. Contudo ainda há muito por fazer, a fim de sustentar e consolidar os progressos realizados e para alcançar uma Arquitectura funcional, incluindo a interacção harmoniosa e eficaz entre todas as componentes da APSA. O financiamento da UE para o próximo Plano de Acção de três anos será articulado conjuntamente na base de um Roteiro operacional da UA-CERs-UE. Finalmente, progressos sinificativos foram registados no sentido de garantir financiamentos previstos para as Operações de Apoio à Paz realizadas pela UA, ou sob a sua autoridade. No âmbito da responsabilidade do Conselho de Segurança das Nações Unidas de manter a paz e segurança internacionais, e tendo em conta o papel dos acordos Regionais, em conformidade com o capítulo VIII da Carta das NU, um diálogo especial foi realizado através do Relatório do Painel de Prodi sobre as operações de manutenção da paz lideradas por África e a posterior elaboração de relatórios do Secretário-Geral sobre a sua implementação. No âmbito desta parceria, através da 1ª e 2ª Facilidade de Paz Africana, o apoio previsível às operações de

  • 2

    apoio lideradas por África tem sido prestado em larga medida, paralelamente aos esforços que visam apoiar os programas de capacitação da UA e das CERs. No entanto, o objectivo inicial "de permitir que a UA e as Comunidades Económicas Regionais possam financeiramente planificar e levar a cabo Operações de Apoio à Paz” não foi plenamente alcançado. Intercâmbios adicionais são necessários nos esforços que a UA envida para mobilizar recursos adicionais dentro do continente, incluindo através do Fundo de Paz da UA. Continua ainda a haver uma necessidade premente de uma acção mais concertada entre a UA, a UE e as NU para levar avante o processo de implementação das recomendações contidas no Painel de Prodi e nos Relatórios subsequentes do Secretário Geral das NU.

    I. Objectivos Gerais 1. Diálogo Político:

    1) Contribuir conjuntamente para a governação relacionada com a segurança

    global em África, Europa e no mundo, e tornar o diálogo mais eficaz.

    2) Abordar as crises e desafios à segurança, paz e estabilidade em África, Europa e outras regiões e tirar partido das posições comuns.

    Resultados Previstos:

    Interacção estrutural reforçada em situações de conflitos e crises entre a UE, a UA e as CERs.

    Com base nos pilares APSA e na agenda de segurança africana, políticas, tais como, Armas Ligeiras e de Pequeno Porte, Minas Anti-pessoais, Engenhos Explosivos Não Detonados, Anti-Terrorismo, Mediação, Protecção de Civis (UNSCR 1894), Paz e Segurança da Mulher (UNSCR 1325 e UNSCR 1820), e as questões relacionados com Crianças em Conflitos Armados (UNSCR 1675) serão abordadas de uma forma mais abrangente de modo a contribuir para a eliminação das principais causas dos conflitos, prevenção de conflitos, gestão e resolução de crises e, reconstrução pós-conflito a longo prazo e edificação da paz.

    Que os aspectos de cooperação da relação segurança-desenvolvimento

    sejam sistematicamente avaliados.

    Diálogo político alargado de modo a incluir as CERs/MRs, à luz das disposições da UE e dos protocolos e Memorandos de Entendimento da EU e UA.

    Diálogo e coordenação de posições no âmbito das Nações Unidas pelos

    respectivos grupos reforçados, incluindo as Resoluções co-patrocinadas das NU que abordam riscos globais como o terrorismo, as ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares e a acumulação ilícita de armas de fogo.

    Como parte das contribuições das organizações regionais africanas e

    europeias para um multilateralismo efectivo, a UA e a UE irão trabalhar

  • 3

    com as NU para fazer face às ameaças globais à paz e à segurança, bem como abordar a capacidade financeira e operacional da UA e dos mecanismos regionais de planificar e realizar as operações de paz.

    Respostas abrangentes e coordenadas às ameaças à segurança regional,

    envolvendo actores políticos, operacionais e financeiros e parceiros.

    Reforçar a cooperação na gestão de conflitos e o apoio da EU relativamente às iniciativas de Paz e Segurança levadas a cabo sob os auspícios da UA.

    2. Operacionalização do APSA

    Funcionamento eficaz da Arquitectura de Paz e Segurança Africana com vista a enfrentar os desafios de paz e segurança em África. Resultados Previstos:

    Ter como base os progressos já alcançados pelas estruturas da APSA aos níveis continental e regional e os novos desenvolvimentos, reflectidos na avaliação APSA AU-CERs, e nos resultados da adopção da Amani Africa de um Roteiro abrangente AU-CERs para a operacionalização da APSA.

    Estabelecimento de um programa operacional APSA UE-UA-CERs, com base num Roteiro AU-CERs APSA de acordo com o Protocolo que estabelece o Conselho de Paz e Segurança e o Memorando de Exntendimento (MdE) entre a UA e as CERs.

    Implementação do programa da UE-UA-CERs, que irá levar a um apoio

    coerente por parte das instituições da EU e dos Estados Membros da EU relativamente às diferentes componentes e políticas.

    Este programa operacional será desenvolvido tendo em conta outros

    programas de capacitação, incluindo o apoio prestado pelas Nações Unidas e outros parceiros.

    Um apoio dos parceiros acordado e coordenado para a UA e CERs /MRs,

    incluindo um mecanismo de ligação consolidado e institucional. (Por exemplo, duplicar a nível das CERs/MRs o Grupo de Parceiros da UA baseado em Adis Abeba.

    3. Financiamento previsível para as Operações de Apoio à Paz levadas a cabo pela UA, ou sob a sua autoridade

    Disponibilizar recursos adequados (financeiros, materiais, recursos humanos, etc.) com vista a planificar, instalar, implantar e apoiar, as operações de apoio à paz sob liderança Africana. Resultados Previstos:

  • 4

    Tendo em conta o Relatório do Secretário-geral da Nações Unidas de 2011 sobre financiamento previsível, flexível e sustentável das Operações de Apoio à Paz sob Liderança Africana, com base no envolvimento da União Europeia relativa à experiência com a APF, e as lições aprendidas de um número de operações de apoio à paz até à data, elaborar formas práticas futuras de implementação das sugestões dos Relatórios do Painel Prodi e do Secretário-geral das Nações Unidas.

    Tendo em consideração a elaboração e a adopção de um programa sob a APF 3, a UA envidará esforços para a mobilização de recursos adicionais dentro do continente, incluindo o Fundo de Paz da UA.

    II. Iniciativas específicas e actividades do Plano de Acção 2011-2013 por

    áreas prioritárias

    1. Diálogo Político.

    Primeira Iniciativa) Conclusão e implementação do quadro de diálogo político através do estabelecimento de relações sistemáticas e estruturais entre a UE COPS-CPS UA, Chefes de Estado Maior General da UE e da UA e entre as novas estruturas da UE (EEAS), e os Departamentos de Paz e Segurança da CUA e das CERs. O objectivo é aumentar a participação a este nível político na revisão das acções já realizadas, e em providenciar uma maior orientação política para o futuro. Segunda Iniciativa) As consultas entre o Grupo África e a UE serão efectuadas em Nova Iorque, tendo como base os grandes desafios globais debatidos no Conselho de Segurança da Nações Unidas e na Assembleia Geral das NU (por exemplo, os conflitos, o terrorismo, a proliferação de armas Químicas, Biológicas, Radiológicas e Nucleares (CBRN) e o desarmamento convencional. Os programas e a agenda das referidas consultas, serão estabelecidos numa base anual e revistos a cada seis meses, a fim de permitir uma preparação adequada das reuniões a nível da Sede. Terceira Iniciativa Empreender esforços coordenados e concertados para combater a pirataria, sobretudo no quadro das Nações Unidas e proceder à elaboração dos instrumentos jurídicos que sejam considerados necessários para reforçar a cooperação em todos os assuntos relacionados com a pirataria. Quarta Inciativa Ao abordar as crises e desafios para a Paz e Segurança em África, Europa e outros lugares, equipas temáticas específicas da UE-África serão estabelecidas a fim de assegurar a coordenação e a cooperação. Neste sentido, o valor acrescentado destas equipas podem ser particularmente benéficos para procurar resolver a estabilização pós-conflito, a reconstrução e o desenvolvimento, e reforçar o papel da mulher em todas as fases, com vista a consolidar os progressos alcançados na resolução dos conflictos em África e aproveitar as experiências e as capacidades da Europa. Estas equipas irão envolver as partes interessadas da Comunidade Internacional, conforme apropriado, e irão optimizar o acompanhamento da Política da UA sobre a Reconstrução Pós-Conflito e o Desenvolvimento (PCRD). Neste âmbito, a União Africana irá realizar um estudo sobre a criação de um Centro de Reconstrução Pós-Conflito e Desenvolvimento.

  • 5

    Quinta Iniciativa) Sessões dos grupos temáticos com peritos da UA/CERs/MRs/EMs/ UE serão criadas para os objectivos operacionais em áreas como as alterações climáticas e a segurança, o programa fronteiriço da UA, incluindo o intercâmbio de experiências, capacitação, cooperação transfronteiriça, desenvolvimento de instrumentos jurídicos e questões de desarmamento (incluindo Engenhos Explosivos Não-Detonados), ou a incidência em áreas geográficas (Estas iniciativas poderiam levar à realização de conferências Europa-África sobre estes temas. Sexta Iniciativa) consultas informais entre a UA, a UE e as NU, para dar seguimento às recomendações do Relatório da UA/NU presidido pelo Sr. Romano Prodi, e o Relatório do Secretário Geral das NU de Setembro de 2009, permitirão que as três entidades promovam as suas respectivas agendas.Sugestões práticas dos peritos irão ajudar na realização de progressos no que respeita a prestação de apoio sustentável, flexível e previsível para operações de paz, lançadas no âmbito do Capítulo VIII da Carta das NU e levadas a cabo pela UA, ou sob a sua autoridade com o consentimento do Conselho de Segurança das NU. Sétima Iniciativa ) Com base no Programa Fronteiriço da UA, e na rica experiência da UE neste domínio, iremos programar actividades a serem levadas a cabo em conjunto, incluindo a troca de experiências, a capacitação, a cooperação transfronteiriça e o desenvolvimento de instrumentos jurídicos. Esta iniciativa também poderia ser alargada, com o apoio dos Estados Membros, à troca de experiências sobre a delimitação e a demarcação das fronteiras. Oitava Iniciativa ) Na prossecução do reforço das políticas e medidas de Prevenção, Edificação da Paz e Pós-Conflito da APSA aos níveis continental e regional, deverão ser elaborados e implementados planos de acção de forma a tratar de questões temáticas tais como: SSR, o DDR, programas Fronteiriços da UA, Sistemas de Alerta Prévio, Paz e Segurança da Mulher, capacidade de Mediação- Negociação e contra-terrorismo. Nona Iniciativa) A cooperação em curso para combater o tráfico ilícito de Armas Ligeiras e de Pequeno Porte (SALW) será reforçada através de um plano abrangente e um Plano de Acção concreto em apoio à implementação da Estratégia de SALW da UA, em coordenação com o IC. Da mesma forma, um Plano de Acção será elaborado com vista a apoiar a implementação do Tratado de Pelindaba e dos três protocolos adicionais, nomeadamente o uso seguro e pacífico da energia nuclear.

    2. Adopção e implementação de um Roteiro estratégico AU-CERs abrangente, com vista à operacionalização da APSA, a longo prazo, reflectindo as prioridades de segurança regional, continental e mundial da CUA, CERs e dos Estados Membros da UA e que seja capaz de garantir a coerência de propósitos entre as diferentes políticas abordadas.

    Primeira Iniciativa ) Como acompanhamento do primeiro plano de acção e das diferentes avaliações sobre as necessidades de formação em África e as capacidades da Força (ASF), implementar medidas operacionais e concretas acordadas da UA/ CERs /UE para melhorar as capacidades necessárias e as capacidades dos centros de formação africanos.

  • 6

    Segunda Iniciativa ) Adopção de um Roteiro Estratégico da APSA da AU-CERs que consiste numa perspectiva articulada dos objectivos da APSA a longo prazo e dos processos utilizados para os atingir. Este Roteiro da UA, que a UE apoiará, garantirá decisões coerentes, coordenadas e concertadas e prioridades entre o nível regional e continental da APSA e instrumentos continentais, regionais e nacionais da UE. Um quadro reforçado para uma avaliação de acompanhamento da interacção entre os diferentes componentes da APSA e respectivas responsabilidades serão disponibilizados e darão indicações claras para um maior apoio operacional. Terceira Iniciativa) Identificar e definir prioridades e prazos rigorosos para a fase de implementação a curto prazo (três anos) do Roteiro UA-CER. Esta fase de curto prazo, que abrange o período do segundo plano de acção, terá como base a avaliação de necessidades da APSA, as lições aprendidas do ciclo de formação AMANI África, incluindo os exercícios de treinamento regional, bem como o 3° projecto de roteiro da Força Africana em Estado de Alerta, e abordará as políticas da APSA (que consta no memorando de entendimento da UA-CERs, sobre o APSA). As actividades prioritárias e a sequência dos passos necessários para atingir os objectivos operacionais serão avaliados numa base regular para assegurar uma APSA funcional, com componentes que interajam de forma coordenada. Este plano será o Roteiro trilateral da APSA da UA-CERs-UE onde estará detalhado o apoio da UE para as actividades previstas. Quarta Iniciativa) Desenvolver ainda mais e apoiar conceitos, doutrinas e procedimentos relacionados à Força Africana em Estado de Alerta em geral, de forma mais aprofundada (incluindo a capacidade de rápida implantação, logística e componentes marítimas), para a APSA (ligações funcionais entre Alerta Prévio e Elementos de Planificação a nível regional e continental e orgãos de decisão, formação, mediação) e outras questões de segurança (SSR, DDR, SALW, contra-terrorismo). Quinta Iniciativa) Desenvolver Programas de formação em direitos humanos e género para as missões de manutenção da paz em África, conforme a agenda do diálogo de direitos humanos da EU-UA. Sexta Iniciativa) Organizar o segundo ciclo de informação das Estruturas da APSA, de acordo com os objectivos prioritários a curto prazo estabelecidos pela UA (três anos) e tendo em conta as lições aprendidas do primeiro ciclo AMANI AFRICA

    3. Financiamento previsível para as Operações de Apoio à Paz levadas a cabo pela UA, ou sob a sua autoridade.

    Primeira Iniciativa) A questão do financiamento previsível das Operações de Apoio à Paz sob a liderança Africana será igualmente integrada nas iniciativas relevantes na primeira e segundas áreas prioritárias deste Plano de Acção. Neste contexto e dada a elaboração e adopção de um programa sob a APF 3, um fórum político e técnico específico sobre o Fundo Paz da UA será necessário para ligar as decisões políticas e financeiras africanas nesta área com compromissos assumidos pela UE.

  • 7

    Segunda Iniciativa) Lançamento de um diálogo específico embora informal das NU-UA-UE, no âmbito das NU, com vista a propôr medidas práticas para os Relatórios do Painel Prodi e do Secretário Geral das Nações Unidas. Terceira Iniciativa) Com base no Plano operacional da AU-CERs-UE para a operacionalização APSA e relativamente à Agenda de Paz e Segurança e os progressos realizados sob a iniciativa 1, a UE, a UA e as CERs irão trabalhar em conjunto na definição do terceiro programa APF.

  • 8

    Parceria sobre Governação Democrática e Direitos Humanos Plano de Acção 2011-2013

    Visão Geral A governação democrática e os direitos humanos são essenciais para o desenvolvimento sustentável e para a cooperação entre os parceiros, e são uma parte integrante dos valores principais da UE e da UA. A Parceria África-UE sobre Governação e Direitos Humanos permitirá um diálogo abrangente entre os continentes e a cooperação sobre aspectos e conceitos como o fortalecimento das capacidades locais, a protecção dos direitos humanos e liberdades fundamentais para todos, os princípios democráticos, o Estado de Direito e o acesso equitativo aos sistemas jurídicos, a gestão dos recursos naturais, a luta contra a corrupção e a fraude, a gestão responsável dos fundos públicos, o desenvolvimento e a reforma institucional, a reforma da governação global e do sector de segurança. I. Objectivos Gerais

    Reforçar o diálogo aberto e inclusivo entre África-UE sobre a governação

    democrática e os direitos humanos. Isto deverá igualmente contribuir para o reforço da influência conjunta de África e da União Europeia nos fóruns internacionais como ao nível global nestes domínios;

    Contribuir para o estabelecimento e fortalecimento da Arquitectura de Governação Africana com o apoio coordenado da UE;

    Reforçar a estreita cooperação entre a África e a UE na área de bens culturais

    e outras actividades culturais;

    Reforçar as sinergias e vínculos entre os direitos humanos e a governação democrática nas suas dimensões política, económica e social e outras áreas da Parceria África/UE.

    II. Iniciativas e actividades específicas do Plano de Acção para 2011 – 2013

    por área prioritária

    1ª Prioridade: Melhoria do diálogo e da cooperação ao nível global e nos fóruns internacionais

    Actividades

    1. A plataforma para o diálogo UE-África DGHR vai actuar como um fórum aberto e inclusivo sobre governação, com vista a promover o diálogo e contribuir para a formulação de agendas de governação comuns e recomendações que possam servir de base para o diálogo político entre a África e a União Europeia bem como aprofundar a sua parceria;

    2. Partilhar opiniões e melhores práticas sobre questões de interesse comum no âmbito dos fóruns internacionais, incluindo Nova Iorque, Genebra, Viena e Paris, em particular sobre UPR, os direitos da criança, os direitos das pessoas portadoras de deficiência, os direitos

  • 9

    económicos e sociais e o combate ao racismo, discriminação racial, xenofobia e o incitamento ao ódio e outras áreas de interesse mútuo;

    3. Continuar um Diálogo Político sobre Direitos Humanos UA-UE dedicado

    no formato de Troika, em paralelo com os Seminários das Organizações de Direitos Humanos da Sociedade Civil de África-UE;

    4. Cooperar com as outras parcerias temáticas para promover a

    governação sectorial e reforçar as sinergias para a cobertura das questões temáticas transversais.

    Resultados Previstos

    Diálogo aberto e regular que crie confiança, compreensão mútua e contribua para o desenvolvimento de agendas e metodologias comuns que sejam incluídas ao nível político e no processo de tomada de decisão;

    Diálogo alargado às questões em que prevaleçam opiniões divergentes;

    Melhoria da coordenação e da cooperação sobre questões de interesse comum no âmbito dos fóruns internacionais, tais como a 2ª e 3ª Comissões da UNGA, a Convenção das NU contra a Corrupção e o Conselho dos Direitos Humanos;

    Maior sensibilização sobre a importância dos importantes órgãos e dimensões

    dos direitos humanos nas outras parcerias. Actores

    Estados Africanos, Comissão da UA/NPCA, Parlamento Pan-Africano, Tribunal Africano dos Direitos do Homem e dos Povos, Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, outras instituições pan-africanas, CERs e grupos africanos de reflexão;

    Estados-Membros e Conselho da UE, Comissão Europeia, Parlamento Europeu, outras instituições e agências da UE, Tribunal Europeu de Justiça;

    Autoridades descentralizadas, Parlamentos e organizações da sociedade civil;

    Agências e programas das NU e organizações internacionais especializadas,

    incluindo o Comité sobre os Direitos da Criança (CRC). 2a Prioridade: Cooperação na área das iniciativas de governação Actividades

    1. Fortalecer e aumentar o diálogo intra-africano sobre os princípios da UA e questões relacionadas com os valores comuns.

    2. Intensificar e coordenar o apoio à Arquitetura de Governação Africana, incluindo a Carta Africana para a Democracia, Eleições e Governação em conformidade com as prioridades de África;

  • 10

    3. Fortalecer o diálogo sobre o processo MAAP e a cooperação na

    implementação das suas recomendações;

    4. Reforçar a cooperação com e entre os Parlamentos, autoridades locais, sociedade civil e do sector privado;

    5. Reforçar as capacidades da UA, regional, das instituições nacionais e

    das autoridades públicas no domínio da organização/observação de eleições e da sociedade civil e meios de comunicação social na observação eleitoral;

    6. Apoiar o papel dos meios de comunicação públicos e privados no

    sentido de impulsionar a governação democrática. Resultados Previstos

    A Arquitectura de Governação Africana seja consolidada e funcional;

    Acções coordenadas da UE para apoio às iniciativas de governação pan-africanas;

    Apoio balanceado e efectivo para a MAAP ao nível continental e nacional,

    incluindo para a implementação dos planos de acção nacionais;

    Os principais instrumentos internacionais e continentais relacionados com a Governação e os Direitos Humanos sejam ratificados, implementados ao nível local;

    A estrutura do diálogo sobre o papel da comunicação social com vista a

    reforçar o quadro regulador para o desenvolvimento da comunicação social livre e independente.

    Actores

    Estados africanos, Comissão da UA/NPCA, Secretariado do MAAP, Parlamento Pan-Africano, outras instituições pan-africanas, CERs;

    Estados-Membros e Conselho da UE, Comissão Europeia, Parlamento Europeu, outras instituições e agências da UE;

    Autoridades locais e descentralizadas;

    Actores da sociedade civil, universidades e institutos de investigação;

    Organizações das NU e organizações internacionais especializadas.

  • 11

    3a Prioridade: Reforço da cooperação na área dos bens culturais e outras áreas da cooperação cultural

    Actividades

    1. Finalizar e validar os resultados do inventário das áreas de cooperação dos bens culturais e identificar as consequentes acções prioritárias de cooperação entre África e a UE;

    2. Encetar o diálogo e cooperação efectiva na área do combate contra o tráfico ilícito de bens culturais, em conformidade com a Convenção da UNESCO sobre os Meios para Proibir e Prevenir a Importação, Exportação e Transferência de Posse Ilícita de Propriedade Cultural, assim como outras importantes convenções internacionais, incluindo a troca de experiências sobre o retorno de bens exportados e adquiridos de forma ilegal para os seus países de origem e encorajar o estabelecimento de mecanismos pertinentes para a partilha das boas práticas incluíndo a resolução de questões relacionadas com arquivos;

    3. Facilitar o acesso a informações sobre importantes bens culturais africanos na

    UE e nos países africanos;

    4. Identificar museus e instituições culturais piloto em África e na UE e facilitar o estabelecimento de acordos de cooperação, geminação e de capacitação sobre os bens culturais, incluindo os sistemas de inventário, sistemas de protecção e segurança, gestão de sítios da internet;

    5. Alargar e institucionalizar eventos culturais conjuntos e programas de

    intercâmbio culturais entre a África e a UE, tais como a Semana Cultural África-UE;

    6. Desenvolver e iniciar campanhas conjuntas de advocacia e de comunicações

    para a ratificação e implementação dos instrumentos internacionais e convenções relacionadas com os bens culturais em África e na Europa, bem como a introdução desses compromissos nas legislações nacionais.

    Resultados Previstos

    Melhoria da cooperação no sentido de facilitar a protecção e promoção das expressões e diversidade cultural bem como o diálogo intercultural;

    Posições comuns sobre políticas, estratégias e cooperação na área dos bens culturais;

    Progresso na implementação de instrumentos internacionais relevantes para

    facilitar a protecção e promoção dos bens culturais, e no combate conjunto contra o tráfico ilícito de bens culturais.

    Actores

    Comissão da UA/NPCA, Estados Africanos, Parlamento Pan-Africano;

  • 12

    Comissão Europeia, Estados-Membros da UE, Parlamento Europeu; UNESCO e outras organizações internacionais; Actores da Sociedade Civil na área da cultura e desporto;

    Museus, Universidades e Instituições de Pesquisa.

  • 13

    Parceria sobre Integração Económica Regional, Comércio e Infra-estruturas Plano de Acção de 2011 a 2013

    Esta Parceria é composta por três componentes, nomeadamente a Integração Regional, Comércio e Infra-estruturas. I. Objectivos Gerais:

    Apoio à integração económica africana e agenda de desenvolvimento, em conformidade com o Tratado de Abuja e com as suas estratégias de execução, nomeadamente o Programa de Integração Mínima (PIM) e Plano de Acção Africano, Plano de Acção de Desenvolvimento Industrial Acelerado de África (AIDA), a Visão para a Indústria Mineira em África (AMV), Programa para o Desenvolvimento de Infra-estruturas em África (PIDA). Apoio à CUA, CERs e os esforços de Estados Africanos para a racionalização e harmonização de leis de comércio e investimento, quadros regulatórios e procedimentos com vista a melhorar o clima de investimento. Com relação às infra-estruturas:

    a. Prosseguir a prioridade a nível regional e continental de infra-estrutura (transportes, energia, TIC, sectores das águas) para a interconexão melhorada através do desenvolvimento do projecto contínuo, reforço da coordenação e promoção de infra-estruturas de base.

    b. Promover a segurança e eficiência dos serviços de transporte através da aplicação de tecnologia moderna e o apoio à harmonização e aplicação de políticas e regulamentos, nomeadamente em sectores aéreos e marítimos.

    c. Reforço do apoio institucional e capacitação em instituições continentais e

    regionais.

    d. Promover as infra-estruturas digitais como plataformas para fins múltiplos para a prestação de serviços eficientes e seguros a nível regional, incluindo as interligações apropriadas e coordenação de apoio com o desenvolvimento de capacidades em tecnologias e aplicações inovadoras aplicadas em sectores como o da saúde, ambiente ou educação.

  • 14

    II. Iniciativas específicas e actividades do Plano de Acção de 2011 a 2013 por áreas de prioridade

    A. Integração Regional: 1ª Prioridade: Diálogo sobre a dimensão política, as políticas e experiências

    sobre a integração regional na Europa e em África e sobre a integração na economia mundial, tais como:

    Actividades: 1. Intercâmbio de informações entre a UE, a UA e as CERs sobre processos de

    integração;

    2. A dimensão e o impacto do desenvolvimento sobre as economias africanas dos acordos existentes (EU-MED, ACDC, acordos económicos regionais africanos) e os futuros acordos do comércio (APEs) a que os Estados Africanos são partes;

    3. O impacto dos acordos implementados na agenda da integração de África em

    geral;

    4. A experiência da UE de desenvolver e implementar as instituições e políticas comuns;

    5. A cooperação em matéria de liberalização do comércio e serviços;

    6. Os resultados do estudo de todos os países ACP sobre o acompanhamento

    da integração regional e o estudo da CUA sobre o Programa de Integração Mínima (PIM) e de acompanhamento a ser dado;

    Resultados previstos: Criação da plataforma para a estratégia e o diálogo político, bem como o intercâmbio de informações sobre o processo de integração regional na Europa com vista a ajudar processo de integração regional em África; Principais actores: CUA, CERs, África e Estados Membros da UE, CE (Directores-Gerais do DESENVOLVIMENTO, COMÉRCIO, MARKT) e Organizações Internacionais em causa. B. Comércio 2ª Prioridade: Alfândegas e Facilitação do Comércio: Actividades:

    1. Facilitar a cooperação entre a UE e as administrações aduaneiras africanas sobre as reformas aduaneiras em conformidade com as normas acordadas internacionalmente, em especial no contexto da segurança da cadeia de abastecimento, bem como sobre o processo actual Africano para o desenvolvimento de procedimentos comuns de Trânsito, na formação e capacitação, incluindo a organização de seminários sobre Planos Aduaneiros.

  • 15

    2. Troca de informações com vista a apoiar a interconexão de sistemas aduaneiros informatizados em África, tendo em conta os actuais projectos aduaneiros informáticos, como por exemplo o sistema automático de dados aduaneiros da Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimento (ASYCUDA CNUCED).

    Principais actores: CE [Fiscalidade e União Aduaneira (TAXUD); Desenvolvimento], a CUA, Estados Membros Africanos e Europeus, comunidade empresarial africana e doadores interessados ou organizações internacionais como a Organização Mundial das Alfândegas. Financiamento: Diferentes fontes podem ser consideradas no âmbito do Fundo Europeu de Desenvolvimento (por exemplo, em função dos compromissos já assumidos, o programa de apoio da CUA, programas regionais em curso ou todos os programas dos países ACP com o comércio, alfândegas, fiscais ou a componentes de capacidade; instalações de cooperação técnica regionais, ou no âmbito dos programas de cooperação ou de formação dos Estados Membros. Resultados Previstos: Criação de sistemas aduaneiros eficazes em África, diálogo reforçado sobre questões de Barreiras Não Pautais (BNP) e melhoria do comércio em África e entre África e a UE. 3ª Prioridade: Melhorar a competitividade e a diversificação da agricultura e da

    indústria em África, nomeadamente através do reforço das capacidades africanas no domínio das regras, normas e controle de qualidade:

    Actividades:

    1. Com relação a agricultura e a agro-indústria, deve-se reforçar a capacidade das administrações, produtores e exportadores em todos os níveis para atender as exigências regulamentares dos mercados de exportação em África e na UE e reforçar a harmonização dos quadros sanitários e fitossanitários em África;

    2. No domínio da indústria, reforçar a capacidade das administrações, produtores e exportadores em todos os níveis para atender as exigências regulamentares dos mercados de exportação em África e o desenvolvimento da UE e apoiar o desenvolvimento de infra-estruturas de qualidade em África;

    3. Aumentar a competitividade da agricultura africana e da indústria agro-

    alimentar com especial atenção para as medidas sanitárias e fitossanitárias;

    4. Seguimento ao estudo de viabilidade de 2010 sobre os Obstáculos

    Técnicos ao Comércio; Resultados Previstos: Melhoria da competitividade e diversificação da agricultura e da indústria africana. Principais actores: CUA, CERs, Estados Membros de África e UE, CE, ONUDI

  • 16

    4ª Prioridade: Operacionalização do Plano de Acção do Desenvolvimento Industrial Acelerado de África (AIDA) em cooperação com a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI), CERs e outras instituições:

    Actividades:

    1. Apoiar a implementação do Plano de Acção da Política Industrial de Desenvolvimento Acelerado de modo a facilitar, entre outros, a melhoria das capacidades produtivas e comerciais;

    2. Discussão sobre a iniciativa de Desenvolvimento do Agronegócio e das Indústrias Agrícolas em África (3ADI) e explorar possíveis vias de cooperação;

    3. Discutir um quadro político com relação ao ambiente propício para a

    promoção das PME industriais e explorar possíveis vias de cooperação; Resultados previstos: Progresso para a operacionalização da AIDA Principais actores: CUA, CERs, CE, ONUDI, Estados Membros de África e da EU 5ª Prioridade: Matérias-Primas Devemos trabalhar para uma visão coerente sobre o desenvolvimento, mineração e matérias-primas, para apoiar a capacidade africana num nível nacional, sub-regional ou continental apropriado, no quadro dos instrumentos de cooperação disponíveis, em especial: Actividades:

    1. Sobre governação:

    Promover a governação dos recursos naturais, incluindo o reforço da transparência das receitas [por exemplo, a implementação da Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas (ITIE) e da Visão para a Indústria Mineira em África (AMV)], a aplicação de regimes fiscais apropriados e o envolvimento de intervenientes relevantes, incluindo a sociedade civil;

    Promover e proporcionar formação sobre as melhores práticas para negociar contratos de minerais;

    Ajudar no desenvolvimento de cenários de políticas para promover o

    comércio e o desenvolvimento sustentável do sector de mineração;

    2. Sobre o investimento:

    Ajudar a desenvolver ferramentas analíticas para o mapeamento de corredores de mineração para a promoção do investimento, em consonância com qualquer estratégia geral de promoção do investimento em vigor;

  • 17

    Cooperar na avaliação de oportunidades para aumentar o conteúdo local e o valor acrescentado através do processamento local dos recursos minerais Africanos, em especial pelas PME;

    Ajudar na melhoria da política mineral e nos quadros regulamentares conexos, incluindo o planeamento territorial para os minérios e processo de autorização, a fim de promover o clima de investimento;

    Promover a Responsabilidade Social das Empresas;

    3. Sobre o conhecimento e técnicas geológicas:

    Facilitar a exploração do potencial de recursos minerais em África;

    Promover uma maior cooperação entre levantamentos geológicos

    africanos e europeus;

    Apoiar o reforço das capacidades para ajudar a melhorar a administração de material, ou seja, a responsabilidade pela qualidade ambiental compartilhada por todas aquelas acções que afectam o meio ambiente, incluindo a reabilitação de sítios de mineração e gestão de matérias-primas secundárias (reciclagem).

    Resultados previstos: Melhoria da administração, infra-estruturas, investimento e conhecimento e técnicas geológicas. Principais actores: Directores-Gerais das Empresas e da Indústria, Comércio, Desenvolvimento, Banco Europeu de Investimento (BEI), CUA, UNECA, Estados Membros de África e UE, Geo-Pesquisas, sociedade civil, sector privado e doadores ou organizações internacionais pertinentes. 6ª Prioridade: Melhoria do clima de investimento Actividades:

    1. Facilitar o intercâmbio de melhores práticas na área de códigos de investimento regional, com vista a apoiar a harmonização, tal como previsto no plano de acção para a África;

    2. Reforçar o sector privado regional e continental em África e as redes das Agências de Promoção de Investimentos (API), tais como AfrIPAnet e, criar com os parceiros europeus com base nos dados e ferramentas sólidas de negócio;

    3. Reforçar o Fórum Empresarial África-UE como uma plataforma para promover

    a actividade empresarial entre a África e a Europa; Resultados Previstos: Ambiente de Investimento melhorado Principais actores: CUA, CERs, Estados Membros de África e da UE, CE, CNUCED, agências de investimentos regionais

  • 18

    7ª Prioridade: Apoio das estatísticas de qualidade em África Actividades:

    1. Apoio à prestação de serviços estatísticos de qualidade em África através da implementação da Carta de Estatística e da estratégia relativa à harmonização das estatísticas em África (SHaSA);

    2. Reforço de capacidade da CUA em estatísticas, nomeadamente a transformação da Unidade de Estatísticas em uma divisão como decidido pelo Conselho Executivo da UA.

    Resultados Previstos: Melhoria das estatísticas de qualidade em África Principais actores: A unidade de estatística da UA (também chamada AUSTAT), Eurostat, nomeadamente a secção ACP da unidade D2 (Cooperação Internacional de Estatísticas), os serviços de estatística das CERs e os Estados Membros de África e da EU. C. Infra-estruturas A UE e a UA estabeleceram uma parceria relativamente às Infra-estruturas (Energia, Transportes e Telecomunicações / TIC) para sensibilizar e incentivar a participação no que diz respeito aos objectivos e funções da Parceria. A Parceria UE - África em matéria de Infra-estruturas serve como resposta da EU para reduzir a diferença existente de infra-estruturas que impede o desenvolvimento económico de África. Ela deve ser implementada pelas CERs e estão abrangidas na Estratégia UE - África. A Parceria UE - África em matéria de infra-estruturas continuará a ser gerida e implementada de acordo com a arquitectura institucional aprovada por ambas as partes através do Comité Directivo, assumindo o papel de Grupo de Trabalho Conjunto. 1ª Prioridade: Apoio ao Fórum Africano para Reguladores de Empresas

    Públicas (AFUR) e o Fundo Africano de Energia Actividades:

    O reforço institucional e capacitação (formação, programas de intercâmbio) no comércio e gestão do mercado de energia;

    Desenvolvimento da rede de transmissão, incluindo ligações à rede em África e entre a África e a UE;

    Avaliações do ambiente e sociais;

    Projecto de embalagem e de financiamento e de governação

    (políticas, códigos e normas). Resultados Previstos:

    Aumento da capacidade do AFUR e do Fundo Africano de Energia para sustentar e desenvolver as suas actividades e apoiar o seu papel crescente como facilitadores e coordenadores do comércio e

  • 19

    planeadores dos principais programas de infra-estrutura energética regional

    Actores: CUA, AFUR, Fundo de Energia, CERs, Comissão Africana da Energia (AFREC), Comissão de Normalização Electrónica Africana (AFSEC), Instituições relacionadas da EU

    2ª Prioridade: Apoio ao Sector dos Transportes Aéreos e à Navegação por

    Satélite Actividades:

    A harmonização de políticas e regulamentos da aviação;

    Apoio à protecção e segurança da aviação, actividades de vigilância e certificação da gestão do tráfego aéreo e um céu único para a África e;

    Assistência técnica para implementação de tecnologias de

    comunicação, navegação e vigilância baseada a um novo satélite de comunicação, navegação e vigilância, bem como procedimentos associados dos ATM.

    Para o sistema de reforço baseado em satélites (SBAS), a

    instalação e actividade dos grupos de trabalho, pessoal da entidade gestora do programa africano GNSS (sistema global de navegação por satélite), a formação de peritos africanos, desenvolvimento preliminar de infra-estruturas de base e as operações iniciais.

    Resultados Previstos:

    Reforço das entidades africanas continentais e regionais responsáveis pela legislação, regulação e fiscalização aeronáutica, promover a liberalização e melhorar a gestão do tráfego aéreo e serviços de navegação aérea.

    Reforço de capacidade técnica de base para o SBAS no âmbito das organizações africanas em cada região e a implementação de infra-estrutura de base.

    Actores: CUA, CERs, UNECA, ASECNA (Agência para a Segurança da Navegação Aérea em África), AFCAC (comissão africana de aviação civil), ACAC (comissão árabe de aviação civil), instituições relacionadas a UE (ESA, EASA, SESAR) 3ª Prioridade: Sector dos Transportes Marítimos: Reforço da Gestão

    Segurança Marítima Actividades:

    Na região da África Ocidental:

    Reforçar os regimes de controlo dos navios pelo Estado do Porto e a capacidade de serviço de guarda e as instituições sub-regional de ensino marítimo e;

  • 20

    Reforçar o acompanhamento e a informação do tráfego.

    Na região do Corno de África:

    Apoio à implementação de projectos marítimos que inclui a capacitação, assistência técnica e planeamento de recursos estratégicos e de coordenação,

    Implementação do plano de acção, estabelecimento de rede da guarda costeira e reforço institucional.

    Resultados Previstos:

    Reforçar a protecção e segurança marítima, protecção do ambiente e reforço de capacidades na aplicação da lei nas regiões da África Ocidental e no Corno de África;

    Actores: CUA, CERs, OMI, instituições relacionados a UE 4ª Prioridade: Desenvolvimento do Sector dos Transportes Actividades:

    Selecção e a nomeação dos Coordenadores do Corredores das auto-estradas transafricanas e da equipa de apoio na CUA, o reforço das estruturas de coordenação institucional e capacitação dos actores africanos, incluindo as CERs;

    Apoio ao desenvolvimento de políticas de transporte e estudos relacionados, incluindo a facilitação do comércio

    Apoio técnico para a elaboração e acompanhamento de projectos, actividades

    de formação para os participantes do projecto (CUA, CERs, instituições especializadas e organismos nacionais, quando adequado).

    Coordenação com o programa do PIDA e apoio para o Comité Directivo da

    Parceria de Infra-estruturas EU - África. Resultados Previstos:

    Nomeação dos coordenadores do Corredor das auto-estradas transafricanas, Actualização da política de transportes e melhoria da administração do sector,

    incluindo o estudo de novas áreas;

    Reforço de estruturas de coordenação institucional,

    Capacitação de actores africanos, incluindo as CERs, revisão do quadro da política de transportes.

    Apoio às actividades de coordenação relacionadas com o programa do PIDA

    em conformidade com o seu roteiro e a agenda de Parceria de Infra-estruturas UE - África agenda de Parceria.

  • 21

    Actores: CUA, CERs, UNECA, SSATP (programa da África subsariana no domínio dos transportes), ICA, instituições relacionadas da EU 5ª Prioridade: Estabelecimento da base de dados geológicos Actividade: Iniciar e coordenar a criação de uma base de dados com outros intervenientes, nomeadamente a TCE, as CERs, e instituições especializadas, e no que diz respeito às acções previstas no âmbito do PIDA. Resultados Previstos:

    Estabelecimento da base de dados geográficos.

    6ª Prioridade: Apoio à melhoria da governação do sector da água para os recursos de águas transfronteiriças em África através da promoção integrada de Recursos Hídricos Actividades:

    O reforço institucional e desenvolvimento da capacidade da ANBO (rede africana de organização de bacias) e RBOs (organizações das bacias hidrográficas), informação e gestão do conhecimento,

    Desenvolvimento e implementação de planos da GIRH (Gestão Integrada dos Recursos Hídricos) ligados a planos de desenvolvimento nacional e regional, mobilização de recursos.

    Resultados Previstos: As organizações das bacias hidrográficas em África desenvolveram

    e estão a implementar os Planos de Desenvolvimento Nacionais de Gestão Integrada de Recursos Hídricos (GIRH&D).

    As Redes Africanas de Organizações de Bacias (ANBO) têm facilitado a integração dos aspectos da água no planeamento nacional e regional, e a ANBO/AMCOW participa efectivamente do Programa de Desenvolvimento das Infra-estruturas em África (PIDA).

    Actores: ANBO, AMCOW (conselho ministerial africano sobre a água), RBOs, CUA, CERs, Parceria Mundial da Água, GWP (parceria mundial sobre a água)

    7ª Prioridade: Apoio do programa do PIDA Actividade:

    Tarefas em curso; Estudos sectoriais, workshop de validação e reuniões sectoriais regionais.

    Resultados Previstos: Perspectiva sumária e linhas gerais do Programa, Propostas regionais e continentais de políticas e orientações do

    programa, Formulação do Quadro e Programas Estratégicos

    Financiamento: Várias fontes incluindo contribuição da 9o FED

  • 22

    8ª Prioridade: Reforço das estruturas de coordenação institucional e reforço de capacidades com os actores africanos, incluindo as CERs.

    Actividade: Revisão das disposições institucionais e recomendações para os

    mecanismos de coordenação e diálogo, Comunicação, consultas e workshops com os diferentes

    intervenientes para atribuir papéis e funções, de forma consensual e participativa; e

    Elaboração dos termos de referência para o resto do processo Criação de uma plataforma facilitadora de planeamento, execução e

    implementação do PIDA; Reforço de capacidades para o planeamento, implementação,

    acompanhamento e realização do programa; Estabelecer mecanismos claros e plataformas de cooperação

    técnica e mobilização de recursos com destaque nos recursos locais e reforço do papel dos Bancos Regionais Africanos;

    Resultados Previstos: Melhoria das estruturas de arquitectura institucional que irão

    aumentar a integração regional.

    Prioridade nº 9: Melhorar a conectividade regional e o acesso básico aos serviços de infra-estruturas através da implementação dos Sectores da energia, água, transportes e das TIC do FED e outros instrumentos e instituições: Programas Indicativos Nacionais, Programas Indicativos Regionais, Fundo Fiduciário de Infra-estruturas UE-África, Porto Moresby e Instalações de Energia e Água; no âmbito do quadro estratégico integrado ao abrigo desta Parceria.

  • 23

    Parceria sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio Plano de Acção 2011-2013

    Visão Geral Foi acordado que a parceria dos ODM se deve concentrar num número limitado de áreas onde pensamos que pode realmente acrescentar valor e fazer a diferença. Grupos de Trabalho Específicos realizarão trabalhos nas áreas acordadas - As sugestões iniciais estão abaixo descritas. Esperamos que estes grupos se cinjam a um calendário. Portanto, novas áreas poderão ser selecionadas numa base contínua Os mesmos temas globais sobre Política, Educação, Saúde e Segurança Alimentar permanecerão. Há uma sobreposição na abordagem de algumas das áreas a seguir, pelo facto de serem naturalmente transversais. Existe igualmente a possibilidade de se criarem grupos de trabalho conjuntos com outras parcerias. Nós não subestimámos a importância de outras áreas não descritas aqui. Onde estas não estão incluídas é provável que isto tenha acontecido dado o facto de trabalho intenso estar já a ser realizado noutros fóruns ou porque pensamos que mais pode ser alcançado se nos concentrarmos à partida nestas áreas. Existe igualmente um documento de trabalho da Parceria ODM, que contém outras opções e para os quais grupos de trabalho podem ser criados desde que os critérios sejam observados. Um Grupo de Trabalho será somente criado se os seguintes critérios forem observados:

    Se um número de participantes em ambas as partes africana e europeia manifestarem interesse em fazer parte de um Grupo de Trabalho numa área particular.

    Houver vontade dos Estados-Membros ou da Comissão de liderar o grupo Houver um compromisso relativamente aos recursos (não necessariamente

    financeiros) e à participação regular e activa de especialistas específicos. Não houver duplicação das actividades dos outros fóruns O Grupo de Trabalho pode alcançar objectivos específicos que acrescentam

    valor.

    I. Objectivos Gerais

    Maior compromisso entre os Estados Membros da UE e da UA de cumprir os ODM.

    Realizar actividades concretas, inicialmente nas áreas da saúde, género, educação, agricultura, água e saneamento e dificiência.

    II. Iniciativas Específicas

    As áreas sugeridas podem ser modificadas durante o período de três anos, mas devem dar resposta aos desenvolvimentos mais recentes. Caso surja um problema em que um Grupo de Trabalho possa desempenhar um papel verdadeiramente útil, então este pode ser levado adiante. Isso poderia ser levantado inicialmente através

  • 24

    de qualquer participante/interveniente na Parceria, através dos co-presidentes e do Grupo Directivo (ver a estrutura abaixo). Os grupos de trabalho irão estabelecer as actividades, os objectivos/resultados previstos, participantes e prazos mais pormenorizadamente. Contudo, com base nas sugestões iniciais, as actividades específicas são susceptíveis de incluir, mas não estão limitadas ao seguinte: Primeira Acção Prioritária : Saúde Actividades

    1. Lançamento da Campanha para a Redução Acelerada da Mortalidade Infantil em África (CARMMA) nos Estados Membros da UA onde ainda não foi lançado, e providenciar orientação bem como prestar apoio técnico para implementação da estratégia em conformidade com o Programa de Acção do ICPD

    2. Facilitar a integração da Estratégia da CARMMA nas estratégias nacionais de saúde em conformidade com o Programa de Acção do ICPD;

    3. Recolher e divulgar através de um fórum realizado a nível regional ou continental, melhores práticas em Saúde Materna, Infantil e da Criança;

    4. Avaliar o impacto da CARMMA incluindo a recolha de dados estatísticos; 5. Defender e apoiar a melhoria da capacitação de recursos humanos no sector

    da saúde nos estados membros através do desenvolvimento de políticas/ estratégias e planos de ação onde estas não existam e apoiar a sua implementação, caso existam;

    6. Monitorizar o progresso de implementação do Plano de Acção de Maputo; 7. Recolher e disseminar as melhores práticas e apoiar os Estados Membros na

    sua implementação do "Apelo de Abuja" com o seu novo conjunto de indicadores harmonizados com os ODM6.

    Resultados Previstos

    Lançar até 2013 a Campanha de Redução Acelerada da Mortalidade Materna em África (CARMMA) que cobre o Plano de Acção de Maputo em todos os 53 Estados Membros da UA e ver a sua estratégia, que inclui a saúde infantil, aplicada em pelo menos 25 Estados-Membros;

    Ter até 2013 mais Estados-Membros com acesso melhorado aos serviços de VIH/ SIDA, Tuberculose e Malária, através da implementação do "Apelo de Abuja" com seu novo conjunto de indicadores harmonizados com os ODM 6;

    Ter em 2013 mais Estados Membros que tenham reforçado os seus sistemas de saúde através da melhoria de Recursos Humanos para a Saúde

    Actores principais: CUA, CE, Estados Membros da UA/EU, CERs, OSC, Sector Privado, PAP/PE, NU. Segunda Acção Prioritária Género Actividades

    1. Desenvolver uma estratégia de médio prazo de cooperação em matéria de igualdade de gênero e autonomização da mulher.

  • 25

    2. Identificar e tomar medidas específicas, incluindo o autonomização das mulheres portadoras de deficiência.

    3. Trabalhar com outras parcerias de modo a incluir a igualdade de género nas suas activitidades.

    4. Criação de Observatório do Género para a recolha e transmissão de dados sobre o género.

    Resultados Previstos

    Até 2011 a UE e a UA deverão ter desenvolvido uma estraté