Conselho de Segurança, Corte Internacional de Justiça e DIP

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  • 7/29/2019 Conselho de Segurana, Corte Internacional de Justia e DIP

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    Conselho de Segurana, Corte

    Internacional de Justia e o Direito

    Internacional Pblico

    Projeto Universitrios pela Paz- UFRJ

    e UNIC-ONU

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    Apresentao- Resumo

    I- Conselho de Segurana

    II- Corte Internacional de Justia

    III- Meios de Soluo Pacfica de Controvrsias IV- Concluses: Direito Internacional Pblico

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    Conselho de Segurana

    1) Antecessores: Grandes Potncias e Conselho

    Executivo da SDN

    2) Composio (Reforma de 1963): 10 no

    permanentes (mandato de 2 anos no prorrogvelsubsequentemente) e 5 membros permanentes com

    direito a veto nas decises substanciais (Grandes

    Potncias). Dos iniciais 11, o CS passou para atuais

    15 membros. No permanentes: mandato rotativo

    de 2 anos no renovveis, respeitada a distribuio

    geogrfica.

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    Conselho de Segurana

    3) Competncia: paz e segurana internacional eresoluo de conflitos.

    Captulo VI (Soluo Pacfica de Controvrsias): art.33 elenca os meios. Decises so meras

    recomendaes, no obrigam juridicamente. Por meiode resoluo, criou tribunais ad hoc para Ruanda epara a ex-Iugoslvia.

    Captulo VII (Ao Relativa a Ameaas Paz, Rupturada Paz e Atos de Agresso): uso excepcional do poder

    de coero, como retorses e contramedidas (art. 41),intervenes para restaurao da ordem (art. 42) elegtima defesa (art.51).

    Uso da fora em nome da segurana coletiva

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    CS- Misses de Paz

    4) Captulo VI/2: Misses de Paz

    Objetivo: cessao das hostilidades

    Embasamento Jurdico: teoria dos poderes implcitos

    Autorizadas pelo CS, podendo tambm, em casos deparalisia deste, ser autorizadas pela AG (ResoluoUniting for Peace ou n 377).

    Pressupostos: existncia de conflito, concordncia das

    partes e uso da fora somente em casos excepcionais. Histrico e evoluo: Desde 1948, peace-keeping,

    peace-making, peace-building.

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    Intervenes Humanitrias X Misses

    de PazIntervenes

    HumanitriasMisses de Paz

    Diferenas Embasamento legal: art.42 e art. 51. Peace-

    enforcement e legtima

    defesa. No precisam do

    consentimento das

    partes envolvidas.

    No esto previstas na

    Carta (poderes

    implcitos). Peace-

    keeping. Precisam do

    consentimento das

    partes envolvidas.

    Semelhanas Objetivo: restaurar apaz. Uso da fora

    legitimado para proteger

    direitos humanos. Cada

    vez mais interventiva.

    Objetivo: cessar as

    hostilidades. Peace-

    building. Proteger e

    ajudar a desenvolver-se.

    Cada vez mais

    interventiva.

    Exemplos Interveno na Lbia. MINUSTAH

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    Conselho de Segurana

    5) Votao (art. 27): questes processuais, voto afirmativo de 9membros; questes substanciais (outras), 9 votos afirmativos,incluindo o no veto dos membros permanentes. Aquele membroque estiver envolvido na controvrsia debatida se abster de votar.Estados no membros do CS e da ONU podem participar dassesses, porm, sem direito a voto.

    6) Decises: resolues juridicamente obrigatrias (art. 25)

    OBS: Nenhuma ao coercitiva ser levada a efeito deconformidade com acordos regionais sem a autorizao do CS(Compatibilidade com Acordos Regionais nos artigos 52 e 53).

    7) Reforma da ONU. Descompasso da composio dos rgos coma nova realidade internacional. Discusso sobre temas polmicosProposta brasileira de reforma. G-4.

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    Corte Internacional de Justia

    1) Antecessor: Corte Permanente de JustiaInternacional, que funcionou de 1922 a 1940.

    2) Membros: todos os signatrios da Carta da ONU.Aquele que no for membro poder acess-la, desde

    que aprovado pela AG sob recomendao do CS.

    3) Jurisdio: facultativa. Jurisdio da Corte no obrigatria para os Estado membros da ONU. Devehaver a aceitao do Estado envolvido. Formas de

    acesso jurisdio da CIJ: a) aceitao voluntria; b)disposio em tratado bilateral; c) clusula facultativade jurisdio obrigatria Raul Fernandes.

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    CIJ

    4) Composio: 15 membros (mandato de 9 anos prorrogveisuma vez por igual perodo), no podendo entre eles figurar doisnacionais do mesmo Estado (regra implcita: 5 deles devem sernacionais dos membros permanentes do CS). Aprovao emvotaes apartadas do CS e da AG (maioria absoluta de votos e

    sem o uso do veto no CS). Indicaes dos juzes sero feita pela Corte Permanente de

    Arbitragem (criada em 1899, em Haia, e aperfeioada em 1907)ou por grupos nacionais para o Secretrio-Geral que elaboraruma lista em ordem alfabtica, a qual ser submetida votaoda AG e do CS.

    Os juzes da mesma nacionalidade de qualquer das partesconservam o direito de funcionar em questes julgadas pelaCorte. Aqueles que no tiverem um nacional presente poderoindicar um juiz de sua preferncia. Ainda quando as duas partesno tiverem juzes, poder cada uma indicar um juiz.

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    CIJ

    5) Legitimados: somente Estados

    6) Objeto: violao do direito internacional (rolexemplificativo do art. 38 do Estatuto da CIJ)

    7) Competncia: contenciosa (julga somentelitgios entre Estados) e consultiva (quandorequisitada por CS e AG). Abrange os Estados-partes da ONU. Estado no membros das Naes

    Unidas podero ser submetidos perante ajurisdio da CIJ, desde que tenham a autorizaodo CS e arquem com alguns custos das despesas

    judiciais do caso.

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    CIJ

    8) Decises: definitivas, inapelveis, juridicamenteobrigatrias. Seu no cumprimento por uma daspartes pode ser invocado perante o CS para que estedecida qual medida tomar para efetivar a deciso (art.

    94). OBS: No rgo de reviso das decises do CS eda AG

    9) Jurisprudncia: personalidade e responsabilidadedas OI; proteo diplomtica, asilo poltico

    diplomtico; legalidade da ameaa e do uso de armasnucleares, desde que em legtima defesa; imunidadeestatal; sucesso de Estados; fronteiras e disputasmartimas.

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    Meios de Soluo Pacfica de

    Controvrsias

    Diplomticos: negociaes diretas, bons

    ofcios, mediao e conciliao.

    Polticos: por meio de rgos de OIs, como AG

    e CS

    Jurisdicionais: arbitragem e tribunais (ad hoc e

    permanentes)

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    Concluses

    CS: detentor do monoplio do uso da fora, dado emnome de valores nobres, segurana coletiva e legtimadefesa. Atuao pautada no interesse das grandespotncias, discriminatria e seletiva. Uso abusivo do

    veto. Incurses em outros pases com motivoshumanitrios, mas cada vez mais intervencionistas nosassuntos internos. Necessidade de reforma.

    CIJ: sua jurisdio facultativa reflete o cerne do DireitoInternacional: a primazia da soberania estatal. Elevados

    custos afastam pases de baixo poder aquisitivo.Decises salomnicas, mas que colaboram com odesenvolvimento normativo do direito internacional.