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Consulta dos 12-13 anos (início da puberdade) Introdução A Saúde do adolescente resulta da interação e influência das vivências dos primeiros anos de vida e das mudanças biológicas, psíquicas, emocionais, familiares e sociais que acompanham a puberdade (1-4). A primeira infância e a adolescência são os dois períodos sensíveis à influência dos factores de risco ou protectores, tanto pela elevada plasticidade do SNC, como pela sua vulnerabilidade excessiva. A adolescência é o último período onde o retorno do investimento na redução de factores de risco e a promoção de factores protetores se traduz em ganhos efectivos em saúde. A partir daí o investimento só permite diminuir as consequências da doença (5-7). Calcula-se que 1% da despesa gasta nas consequências dos comportamentos de risco a curto e longo prazo dariam para sustentar um programa nacional de prevenção e promoção da saúde aos nossos adolescentes (9-10) As recentes investigações sobre a adolescência permitiram demonstrar: Experiências traumáticas e a exposição a factores de” stress tóxico” continuado desde os primeiros anos alteram a arquitectura definitiva do sistema nervoso central e influenciam o desenvolvimento e o comportamento futuro dos nossos adolescentes (11,12) Os fatores ambientais e as experiências traumáticas influenciam a estruturação do SNC, nomeadamente nos adolescentes. (13) A maturidade plena do SNC só se atinge cerca dos 25 anos com a maturação do córtex pré-frontal, responsável pelas funções executivas, pelo controle dos impulsos, ponderação dos riscos, capacidade de decisão e antecipação das consequências dos actos. Até lá os adolescentes são movidos pelo sistema límbico, centro do controle emocional, despertando-os para a acção muitas vezes sem preverem as consequências. Esta imaturidade biológica e o desfasamento entre os dois centros, justifica a impulsividade, a pouca capacidade de julgamento, a dificuldade em regular as emoções, a maior atracção pelo risco, o desejo de satisfação imediata e a menor capacidade para planear e decidir. (13) Os pais devem-se preparar e preparar os jovens para o processo gradual de autonomia facilitando a comunicação, antecipando cenários, treinando a capacidade de decisão, conquistando confiança, com disponibilidade e concedendo a liberdade merecida, mas com supervisão contínua dos comportamentos de risco (14,15). A promoção do suporte familiar, a qualidade da relação familiar e a garantia de que alguém se disponha a ouvir e a supervisionar a evolução do adolescente (Adulto de Referência), são os factores que mais contribuem para prevenir comportamentos de risco, de acordo com a OMS. (14,19,) A identificação de adolescentes sem fatores protetores, submetidos a factores de risco, integrados em famílias com estilos parentais críticos e sem adulto de referência é de vital importância. A referenciação destes adolescentes para escolas ou comunidades em que

Consulta 12-13 Anosl

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Consulta 12-13 Anosl

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  • Consulta dos 12-13 anos (incio da puberdade)

    Introduo

    A Sade do adolescente resulta da interao e influncia das vivncias dos primeiros anos de

    vida e das mudanas biolgicas, psquicas, emocionais, familiares e sociais que acompanham

    a puberdade (1-4). A primeira infncia e a adolescncia so os dois perodos sensveis

    influncia dos factores de risco ou protectores, tanto pela elevada plasticidade do SNC, como

    pela sua vulnerabilidade excessiva. A adolescncia o ltimo perodo onde o retorno do

    investimento na reduo de factores de risco e a promoo de factores protetores se traduz

    em ganhos efectivos em sade. A partir da o investimento s permite diminuir as

    consequncias da doena (5-7). Calcula-se que 1% da despesa gasta nas consequncias dos

    comportamentos de risco a curto e longo prazo dariam para sustentar um programa nacional

    de preveno e promoo da sade aos nossos adolescentes (9-10)

    As recentes investigaes sobre a adolescncia permitiram demonstrar:

    Experincias traumticas e a exposio a factores de stress txico continuado desde os

    primeiros anos alteram a arquitectura definitiva do sistema nervoso central e influenciam

    o desenvolvimento e o comportamento futuro dos nossos adolescentes (11,12)

    Os fatores ambientais e as experincias traumticas influenciam a estruturao do SNC,

    nomeadamente nos adolescentes. (13)

    A maturidade plena do SNC s se atinge cerca dos 25 anos com a maturao do crtex

    pr-frontal, responsvel pelas funes executivas, pelo controle dos impulsos,

    ponderao dos riscos, capacidade de deciso e antecipao das consequncias dos actos.

    At l os adolescentes so movidos pelo sistema lmbico, centro do controle emocional,

    despertando-os para a aco muitas vezes sem preverem as consequncias. Esta

    imaturidade biolgica e o desfasamento entre os dois centros, justifica a impulsividade, a

    pouca capacidade de julgamento, a dificuldade em regular as emoes, a maior atraco

    pelo risco, o desejo de satisfao imediata e a menor capacidade para planear e decidir.

    (13)

    Os pais devem-se preparar e preparar os jovens para o processo gradual de autonomia

    facilitando a comunicao, antecipando cenrios, treinando a capacidade de deciso,

    conquistando confiana, com disponibilidade e concedendo a liberdade merecida, mas

    com superviso contnua dos comportamentos de risco (14,15).

    A promoo do suporte familiar, a qualidade da relao familiar e a garantia de que

    algum se disponha a ouvir e a supervisionar a evoluo do adolescente (Adulto de

    Referncia), so os factores que mais contribuem para prevenir comportamentos de risco,

    de acordo com a OMS. (14,19,)

    A identificao de adolescentes sem fatores protetores, submetidos a factores de risco,

    integrados em famlias com estilos parentais crticos e sem adulto de referncia de vital

    importncia. A referenciao destes adolescentes para escolas ou comunidades em que

  • sejam acolhidos e integrados em programas que lhes permitam dar oportunidade de

    expressar as suas capacidades, atenua o risco para uma adolescncia mal sucedida. (20)

    Face a estes dados cientificamente demonstrados, as sociedades cientficas internacionais

    recomendam o investimento em servios preventivos e de promoo para a sade. (14,16-

    19)

    Na consulta dos 12- 13 anos podem-se concretizar estes objectivos.

    Se Portugal tem capacidade para vigiar 90% das crianas at aos 10 anos, pode manter esta

    taxa de cobertura a partir dos 10 anos. A estrutura necessria a mesma.

    essencial melhorar o acesso e divulgar as consultas. Mas antes, indispensvel formar os

    prestadores, para que a ida ao Centro Sade no seja uma oportunidade perdida.

    Deve ser aproveitada para o incio de uma longa caminhada, assente num TRIP constitudo

    no vrtice pelo profissional de sade e na base pela famlia ou adulto de referncia e o jovem,

    sempre em ligao com a Escola e a Comunidade. A criao de espaos prprios, que

    garantam confidencialidade, privacidade, um ambiente Amigo dos Adolescentes, a

    gratuitidade dos servios e que acolham o adolescente na sua individualidade, so

    fundamentais para consolidar o acesso aos Servios de Sade e a Vigilncia Longitudinal.

    A Entrevista Clnica uma oportunidade para responsabilizar o Adolescente pela sua sade,

    sendo sempre este o interlocutor principal.

    Objectivos da Consulta

    1- Construir o TRIP assistencial, fundamental para a vigilncia longitudinal entre o profissional de sade, a famlia e o Adolescente.

    2- Informar o Adolescente e a famlia sobre as mudanas que ocorrem na adolescncia: biolgicas/ fisiolgicas, cognitivas, emocionais, sociais, morais e as relacionadas com a identidade.

  • 3- Avaliar a dimenso bio-psico-social atravs do Tringulo: DEVER-PRAZER-FAMLIA segundo as variveis do (HEADSSS) ( ver anexos 1 e 2): H E

    E

    A

    D

    S H A A,D,S,S

    S

    3.1. FAMLIA:

    Preparar o Adulto de Referncia: Informar e promover a comunicao, confiana, superviso.

    Promover o Suporte Familiar, evitando o conflito.

    Papel do reforo positivo, do afeto, do apoio, incentivo, disponibilidade e da negociao.

    Identificar estilos parentais de risco (ausncia de adulto de referncia. E tambm doenas familiares nomeadamente psiquitricas, consumos, violncia

    Papel dos modelos. Educar pelo exemplo.

    Fomentar a autonomia com responsabilidade /Responsabilizao e necessidade de superviso.

    Respeitar a Intimidade/ Individualidade

    Participao activa,( no intrusiva), na vida do Adolescente: Escola, amigos, actividades

    3.2. DEVER/ ESCOLA:

    Estudar para ser, no para satisfazer as projeces dos pais.

    Promover a autonomia, a responsabilidade e a capacidade de deciso e resoluo de problemas com vista ao futuro.

    Promover a auto- motivao e a auto- valorizao.

    Procurar desenvolver capacidades, muitas vezes desconhecidas ou no valorizadas.

    DEVER / ESCOLA

    PRAZER / AMIGOS FAMLIA

    EU

  • Facilitar a integrao nas actividades extracurriculares (sobretudo se ausncia de adulto de referncia capaz). Estabelecer as conexes (Escola, Comunidade).

    3.3. PRAZER/ AMIGOS:

    Investigar a capacidade de deciso. Necessidade de superviso e confiana por parte do adulto de referncia.

    Antecipao de cenrios e preparao para decises adequadas.

    Preparar lderes de sinal contrrio. Ensinar a dizer NO

    Promover a Resilincia.

    Abordar significado da amizade/grupo/partilha/ afetos

    Abordar os cuidados com o corpo/Sexualidade

    4- Preveno/Promoo da sade (fsica, mental, comportamental)

    Rastreios da Sade fsica. Exame Fsico Importncia do consentimento e da manuteno da privacidade.

    Avaliar e prevenir o equilbrio emocional.

    Promover estilos de vida saudveis.

    5- Verificao e atualizao do calendrio vacinal.

    6- Rastrear, sinalizar e referenciar as situaes de risco

    Avaliao bio-psico-social

    Fundamentos para o Guio de Entrevista na Abordagem longitudinal ao

    Adolescente

    A construo de um Guio de Entrevista na Abordagem longitudinal ao Adolescente tem por

    objetivo fornecer ao profissional de sade e equipa multidisciplinar uma grelha de recolha de

    informao bio-psico-social. Parte do objetivo visa a preveno e a promoo da sade fsica,

    emocional, psicolgica e relacional da vida dos adolescentes e, por outro lado, a recolha de

    informao para a identificao de sinais de alerta.

    O guio de entrevista (cf. Anexo 1) baseia-se na conceo de desenvolvimento positivo da

    juventude1, na entrevista psicossocial HEEADSSS2 para adolescentes e nas recomendaes da

    1 Lerner, R., Lerner, J., Almerigi, J., Theokas, C., Phelps, E., Gestsdottir, S. et al. (2005). Positive youth

    development, participation in community younth development programs, and community contributions of fifth-grade adolescents: Finding from the first wave of 4-h study of positive younth development. Journal of Early Adolescence, (25)1, 17-71.

  • OMS3 para a interveno com crianas, adolescentes e suas famlias. No h obrigatoriedade

    de passar por todos os pontos de forma exaustiva numa s consulta.

    Toda a recolha de informao feita atravs de um tringulo equiltero, por este permitir

    explorar 4 dimenses de anlise: Eu Adolescente (como constitui o mago da avaliao est

    no centro do tringulo); Famlia, Amigos, Escola/Comunidade (cada uma destas dimenses

    situada nos respetivos vrtices do tringulo).

    As questes contempladas no guio (cf. Anexo 2) servem de exemplo de como abordar as

    vrias temticas numa perspetiva longitudinal. Na aplicao do guio pressuposto que

    inicialmente o adolescente se faa acompanhar pelos pais ou outro educador e que as

    primeiras questes sejam abordadas conjuntamente (cf. pontos 1,2 e 3 do Anexo 1). Ou seja,

    h um perodo em que o adolescente se acompanha e depois a ss.

    Posteriormente, os pais sero convidados a sair e a restante informao ser tratada de

    forma individual com o adolescente (cf. pontos 4,5 e 6 do Anexo 1). Mas depois tambm se

    deve trabalhar com eles.

    Tendo em conta o perodo de desenvolvimento a que se destina, da mxima importncia

    que o profissional de sade, explique e garanta ao adolescente, na presena dos pais, a

    confidencialidade de toda a informao recolhida.

    Os comportamentos do adolescente, analisados e observados no decorrer da entrevista,

    devero ser enquadrados na histria de vida e no contexto do qual ele faz parte. Os sinais de

    alerta ganham significado e importncia do ponto de vista da patologia quando:

    so intensos e frequentes,

    persistem ao longo do desenvolvimento,

    esto associados a outros sintomas concomitantes,

    causam restries significativas na vida do adolescente e de outros

    o meio envolvente se mostra disfuncional.

    2 Goldenring, J. & Rosen, D. (2004). Getting into adolescent heads: an essential update. Contemporary

    Pediatrics, 21-64. 3 McIntyre, P. (2002). Adolescent Friendly Health Services. Geneva: WHO Picture Library.

  • Anexo 1:

    Guio de Entrevista na Abordagem longitudinal ao Adolescente

    1. Acolhimento da famlia e do adolescente:

    Apresentao do mdico. Cumprimentar o adolescente em 1 lugar. Conhecer o nome pelo qual o Adolescente prefere ser tratado. Reforar que o Adolescente o protagonista. Direito ao sigilo (Conhecer as situaes de quebra de confidencialidade). Explicar as regras da consulta.

    2. Compreenso emptica do motivo da consulta

    Escutar com Empatia,

    Observar interaco do adolescente com a famlia,

    Mostrar Disponibilidade,

    Criar Comunicao,

    Estabelecer Confiana,

    Assumir Compromisso.

    3. Enquadrar o desenvolvimento positivo da adolescncia

    Dar Informao sobre as Principais modificaes

    Promover a compreenso mtua e o equilbrio emocional do Adolescente e da sua famlia.

    3.1 No Eu Adolescente Mensagens chave:

    Desenvolvimento do SNC,

    Alteraes Hormonais,

    Alteraes Cognitivas e emocionais,

    Alteraes Sociais e valores,

    Sexualidade.

    3.2 Na famlia Mensagens chave:

    Pais: adultos de referncia

    Evitar o Conflito Familiar

    Afecto

    Respeito pela Intimidade/ Individualidade

    Necessidade de abertura ao grupo de pares

    Antecipao de cenrios

    Regras/Limite/Negociao

    Controlo/Superviso

    Reforo Positivo

    Proteo

  • Disponibilidade

    Comunicao

    Confiana

    3.3 AMIGOS/ PRAZER Mensagens chave:

    Significado da Amizade

    Partilha de experincias

    Autoafirmao

    Significado da presso dos pares

    Tribos urbanas

    Prtica desportiva,msica, dana, ou outras de expresso, escutismo,

    religio/espiritualidade.

    3.4 Escola/Comunidade/ Dever Mensagens chave:

    Professores de Referncia

    Integrao no ambiente escolar

    Responsabilidades acrescidas

    Importncia de ajustar expectativas: pais-adolescente

    4. Anlise com o adolescente sozinho:

    Explorar com o adolescente questes que tenham surgido no motivo da consulta e/ou no decorrer da anlise do tringulo (cf. Anexo 2: sugestes para aprofundar a avaliao bio-psico-social).

    Quantificao da avaliao de 0-20 (Eu-Famlia-Escola-Amigos).

    Auto-avaliao subjetiva das diferentes dimenses do tringulo

    O que falta para o 20? (indicador das dimenses que necessitam de interveno na perspetiva do adolescente)

    Quantificao da avaliao de 0-20 (Eu-Famlia-Escola-Amigos).

    Auto-avaliao subjetiva das diferentes dimenses do tringulo

    O que falta para o 20? (indicador das dimenses que necessitam de interveno na perspetiva do adolescente

    Avaliao da consulta:

    O que achou da Consulta? O que faltou? Quais as expectativas em relao s prximas consultas. Compromisso com a manuteno da Vigilncia Longitudinal e definio de metas a cumprir at prxima consulta

  • Anexo 2:

    Questes para completar ou aprofundar a avaliao bio-psico-social com o

    Adolescente

    Sobre o Eu Adolescente

    Questo

    Objetivo

    Sinais de Alerta

    1. Como te

    tens sentido? Escolhe duas ou trs emoes que definam os ltimos tempos?

    Explorao da dimenso emocional e afetiva.

    Predominncia de emoes/sentimentos txicos (raiva, tristeza, solido).

    2. EU significa

    Especial e nico, sabias? O que tens tu de especial e nico?

    Avaliao da autoestima.

    No consegue identificar caracterstica(s) que goste em si

    3. Como sabes nem sempre as

    coisas nos correm bem ou como gostvamos, o que fazes quando tens algum problema?

    Avaliao da resilincia e autonomia na resoluo de problemas.

    Avaliao do suporte/adulto referncia

    Avaliao da tolerncia frustrao.

    Poucas competncias na resoluo de problemas individuais.

    Mostra muita dependncia dos adultos.

    4. Como te sentes com o teu

    corpo a crescer? Como vs o teu corpo?

    Avaliao da autoestima.

    Avaliao do auto-conceito fsico.

    Negao de crescimento.

    Avaliao da imagem corporal distorcida.

    5. o corpo que idealizavas ter? O que gostavas de mudar nele?

    Avaliao da autoestima.

    Avaliao do Autoconceito corporal.

    Avaliao da imagem corporal distorcida.

    Acentuado desfasamento entre o real e o ideal.

    6. Que tipo de

    alimentao tens?

    Avaliar se est a fazer a ingesto de alimentos nos intervalos adequados

    Avaliar a qualidade nutricional dos alimentos ingeridos

    Restries alimentares

    Ingesto compulsiva de alimentos e bebidas

    7. Tens um

    sono tranquilo? Demoras a adormecer? Quantas horas dormes?

    Avaliao da qualidade do sono

    Hbitos de higiene de sono

    Insnia

    Poucas horas de sono

    8. Tens

    algum especial? Como se

    Explorao da intimidade e sexualidade

    Poucas competncias relacionais.

  • relacionam?

    Sinais de abuso e/ou violncia.

    Comportamentos sexuais de risco.

    9. Tens alguma dvida em

    relao ao teu crescimento ou a algo que te est a acontecer?

    Explorao de dvidas sobre o desenvolvimento

    Negao do crescimento

    10. O que significa para ti ser

    adolescente?

    Avaliao do significado subjetivo de ser adolescente.

    No ser capaz de se sentir adaptado aos novos desafios da adolescncia.

    Sobre a Famlia

    Questo

    Objetivos

    Sinais de Alerta

    1. O que achas da tua famlia?

    Avaliao do

    auto-conceito familiar

    Percepo

    negativa do seu papel na famlia.

    2. Tens irmo(s)? Se sim, como te

    relacionas com ele(s)?

    Avaliao da

    relao com irmos.

    Competncias

    de resoluo de conflitos e gesto

    da frustrao

    Percepo de

    desvalorizao na dinmica

    familiar.

    Sem estratgias

    relacionais.

    3. Como te relacionas com os teus

    pais? Quem coloca as regras l

    em casa e como?

    Avaliao das

    relaes familiares e estilo

    parental

    Existncia

    crispao.

    Estilo parental

    autoritrio, indiferente,

    permissivo.

    4. Tens algum na tua famlia em

    que sintas que podes confiar e

    com quem te sintas vontade

    para falares de ti?

    Avaliao da

    existncia do Adulto de

    Referncia.

    Ausncia de abertura

    comunicao recproca.

    Ausncia de adulto de referncia.

    5. Como consideras o teu ambiente

    familiar? Quando h problemas

    Avaliao de

    conflitos familiares

    Existncia de

    conflitos destrutivos.

  • como so resolvidos? Existncia de

    violncia.

    6. Sentes que podes confiar nos

    teus pais haja o que houver?

    Avaliao do

    grau de confiana na famlia.

    Falta de

    confiana recproca.

    7. O que os teus pais esperam de

    ti?

    Avaliao de

    expectativas.

    Expectativas

    desajustadas (da ausncia ao

    excesso).

    8. Sentes que podes contribuir

    mais para o funcionamento da

    rotina familiar?

    Avaliao do

    grau de responsabilizao e

    dinmica familiar

    Ausncia de

    responsabilidade

    9. H troca/partilha de mimos em

    tua casa?

    Avaliao da

    qualidade afetiva

    Falta de afecto

    Sobre os Amigos

    Questo

    Objetivos

    Sinais de Alerta

    1. O que gostas de fazer nos

    tempos livres?

    Avaliar actividades, hobbies, interesses Desinteresse por actividades extra-

    curriculares

    2.Ento e quem so os teus

    amigos? E melhores amigos?

    Avaliao da

    rede de amigos.

    Avaliao de

    competncias de integrao.

    Sinais de

    excluso.

    Ausncia de

    competncias interpessoais.

    3.Como te vs no teu grupo de

    amigos?

    Auto-conceito

    grupal

    Ausncia de

    grupo de amigos ou amigos

    de referncia.

    Grupos com

    comportamentos de risco.

    4.O que costumam fazer?

    Explorao de

    eventuais comportamentos

    de risco.

    Figuras de referncia

    escolhidas de risco.

    Comportamentos

    desviantes/risco.

    5.O que fazes se eles te

    oferecem uma bebida ou algum

    tipo de droga? Ou o que farias?

    Antecipao de

    situaes de risco. Ao faze-lo

    estamos j a promover

    estratgias de proteo /

    recusa

    Comportamentos risco e/ou

    desadaptativos

  • Aprender a

    dizer no pode ser testado

    6.Tens algum dentro do grupo

    com quem te identifiques mais?

    Figuras de

    referncia

    Figuras de referncia

    escolhidas de risco

    7.O que pensam os teus pais do

    teu grupo de amigos?

    Avaliar a

    capacidade da famlia integrar

    o grupo de pares.

    Presena de

    crispao familiar

    Sobre a Escola

    Questo

    Objetivos

    Sinais de Alerta

    1. Como te sentes na escola? O que

    mais gostas nela?

    Avaliao da percepo

    escolar.

    Acentuada falta de

    interesse.

    2. Sentes-te capaz de passar de

    ano com bons resultados? Qual

    o teu horrio de estudo?

    Avaliao das capacidades

    escolares percebidas e

    expectativas

    Acentuado desfasamento

    entre resultados tidos VS

    resultados esperados.

    Falta de hbitos de estudo.

    3. Como te relacionas com os teus

    professores? Gostas mais ou

    menos de algum?

    Avaliao das relaes

    interpessoais.

    Identificao de Adulto de

    referncia

    Crispao com

    professores.

    4. Como te relacionas com os teus

    colegas?

    Avaliao da integrao

    grupal

    Sinais de excluso

    5. O que costumam fazer nos

    intervalos?

    Avaliao da capacidade de

    integrao

    Ausncia de grupo

    Atividades de risco

    6.O que te imaginas a fazer daqui a 1

    ano? E 5?

    Posio do Eu no presente e futuro.

    Grau de interesse no futuro.

    Ausncia ou excesso de objetivos.

    7.Que profisso te tirava da cama

    mesmo nos dias de frio e chuva?

    Explorao de metas e

    objetivos pessoais.

    Explorao vocacional

    Ausncia de metas e

    objetivos

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    Autores

    Jos Carlos Peixoto Pediatra

    Alzira Ferro Pediatra

    Diana Gaspar Duarte Psicloga Clnica

    Paula Jonas Psicloga do Desenvolvimento

    Comisso Regional da Sade da Mulher da Criana e do Adolescente

    Seco de Medicina do Adolescente da Sociedade Portuguesa de Pediatria