Contestação Carris

SEGA, Sociedade de Advogados, R.L. 2013

1

CONTESTAO

(Inclui: Procurao Forense, Comprovativo do Pagamento de Taxa de

Justia, 11 Documentos e 1 Parecer)

Ana Cristina Lopes

Elisabete Prudncio

Graa Silva

Sandra Costa


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Tribunal Administrativo de Crculo de Lisboa

Campus de Justia

Avenida D. Joo II, n. 1.08.01 Edifcio G 6. piso, Parque das Naes, 1990 - 097

Lisboa

Exmo. Senhor Juiz de Direito do Tribunal

Administrativo de Crculo de Lisboa

A Carris de Ferro de Lisboa, S.A., com sede na Rua 1. de Maio, 1300-472

Lisboa, contribuinte fiscal nmero 505331205, representada judicialmente por

Dr. Ana Cristina Lopes, Dr. Elisabete Prudncio, Dr. Graa Silva; Dr.

Sandra Costa, todas advogadas SEGA, Sociedade de Advogados, R.L., Rua

Afonso Espinho, n. 23, 1300-323 Lisboa,

Vem, por este meio, presena de V. Exa. CONTESTAR a aco

administrativa especial de impugnao de acto administrativo e do pedido de

condenao reparao dos danos promovida por No Moiss das Arcas,

com residncia na Rua da Prata, n. 59, 1149-027 Lisboa, portador do carto

de cidado nmero 01765123 vlido at 14/08/2016, contribuinte fiscal

nmero 211068789, pelos factos e fundamentos que se passa a expor:


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Legitimidade:

A R Carris, S. A, empresa de capitais exclusivamente pblicos, tem legitimidade passiva.

Nos termos do artigo 10./n.1 do C.P.T.A, a aco deve ser proposta contra a outra parte

na relao material controvertida, tal como esta configurada pelo autor: o autor deve

demandar em juzo quem alegadamente estiver colocado, no mbito dessa relao, em

posio contraposta sua. No apuramento da legitimidade passiva ainda importante

salientar o n. 2 do artigo 10. do C.P.T.A, o qual prev que em todas as aces intentadas

contra entidades pblicas, a legitimidade passiva corresponde pessoa colectiva e no a um

rgo que dela faa parte.

I - Dos Factos

1.

No dia 9 de Novembro de 2013 o AA foi impedido de entrar no elctrico 28-E da Carris,

s 13h07, com os seus 4 ces.

2.

O AA pretendia entrar na paragem R. da Conceio, que faz parte do percurso efectuado

pelo elctrico 28-E. (Documento 1 em anexo)

3.

No elctrico seguiam viagem trs pessoas, Albertina Soares, Joana da Boa Morte e Jorge

Jesus.

4.

No obstante apenas se encontrarem trs pessoas no referido elctrico, nada leva a querer

que nas estaes de maior afluncia, nomeadamente na paragem do Miradouro St. Luzia,

no entrassem mais passageiros.


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5.

O Miradouro de St. Luzia uma zona turstica, pelo que aos fins-de-semana apresenta

uma maior procura de utilizao de transportes pblicos.

6.

O AA at ento nunca foi impedido de circular no elctrico com os seus animais.

7.

O motorista que faz sempre este percurso neste horrio amigo de infncia de AA.

(Documento 2 e 3 em anexo)

8.

O motorista facilitava que o AA transportasse os quatro animais, infringindo o nosso

regulamento quanto ao transporte de animais.

9.

Os quatro ces partilhavam a mesma trela, o que faz com que no seja um meio de

conteno adequado. Cada um tinha o respectivo aaime.

10.

O motorista, quando afirma que no pode deixar o AA entrar com os animais, est a agir

no cumprimento do seu dever.

11.

No caso de ter sido permitida a entrada dos quatro ces, estes provavelmente bloqueariam

a entrada/sada dos restantes passageiros, especialmente idosos, grvidas e crianas de colo.

12.

Tal como dispe o artigo 6./n.4 do Regulamento interno da Carris sobre o transporte de

animais, os animais domsticos no podem de forma alguma ocupar lugares nos bancos.

Assim sendo estes teriam de estar no corredor ou junto s portas o que poderia dificultar a

mobilidade dos passageiros. (Documento 4 em anexo)


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13.

Nos dias 7 e 8 de Novembro de 2013 foi prestada uma aco de formao a todos os

funcionrios da Carris, S.A., cujo objectivo consistia na divulgao do novo Regulamento

do Animal Domstico, emitido pelo Ministrio da Agricultura e do Mar.

14.

No momento do impedimento, o motorista considerou que uma trela (apesar de se

desdobrar em quatro) no era suficiente para controlar os ces.

15.

O Regulamento da Carris, S.A., peremptrio na proibio de transporte de mais de 2

animais por passageiro. (Documento 4)

16.

Jorge Jesus era amigo de longa data de AA, o que nos leva a crer que o defenderia em

qualquer circunstncia, tomando sempre partido deste.

17.

O carregamento do passe de AA era vlido at 7 de Novembro de 2013. (Documento 5)

18.

O AA nunca pagou ttulo de transporte de nenhum dos ces das viagens realizadas

anteriormente.

19.

Nas viagens anteriores, em que AA transportou os seus quatros ces, deixou sempre a

carruagem do elctrico em mau estado, nunca tendo recolhido os dejectos dos seus ces.

20.

AA poderia, em alternativa, ao elctrico E-28, utilizar um dos autocarros da Carris, S.A, em

que possvel transportar os seus 4 ces, desde que devidamente acondicionados.

(Documento 4)


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21.

AA poderia ter utilizado outro meio de transporte alternativo para se poder deslocar ao

lugar do cumprimento do contrato (Graa, Lisboa) celebrado com do senhor Dmitri

Petrolovsky. AA j por vrias ocasies se deslocou utilizando o autocarro 734, que tambm

passa perto de sua casa. (Documento 6 e 7)

22.

Os ces do AA aparentavam excesso de peso e dificuldade respiratria.

23.

Da Rua da Prata Graa o percurso a p de apenas vinte e um minutos de durao.

(Documento 8)

24.

O acto de impedimento do motorista no causa de incumprimento do contrato por AA.

25.

Existem algumas incongruncias na situao de facto descrita na petio inicial,

nomeadamente no artigo 42. que se encontra em desconformidade com o 92.. Uma vez

que, no artigo 42. referido que nunca tinha sido vedada a entrada de AA com os seus

animais no elctrico, j no artigo 92. invocado que foi negada a entrada por vrios

motoristas, e de forma reiterada.

II- Do Direito

26.

Tendo em conta o artigo 120. do Cdigo do Procedimento Administrativo so actos

administrativos as decises de rgos da administrao que ao abrigo de normas de direito

pblico visem produzir efeitos jurdicos numa situao concreta e individual.


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27.

Para ROGRIO SOARES, para que possa existir um acto administrativo essencial que

haja uma estatuio autoritria, um comando, uma prescrio, uma determinao sobre uma

certa situao jurdico-administrativa concreta. Sem acto decisrio, sem regulao jurdica

de autoridade, decorrente do exerccio de um poder pblico, no h acto administrativo.

(OLIVEIRA, Mrio Esteves de e OLIVEIRA, Rodrigo Esteves de; Cdigo do Processo dos

Tribunais Administrativos Anotado, Almedina, 2006, pp. 342)

28.

Ao abrigo do artigo 50./n. 1 do C.P.T.A. a impugnao tem por objecto a anulao ou

declarao de nulidade ou inexistncia desse acto.

29.

O primeiro dos pressupostos processuais, no mbito dos processos de impugnao de

actos administrativos a existncia de um acto administrativo passvel de ser impugnado

junto dos tribunais administrativos.

30.

So impugnveis os actos administrativos com eficcia externa, especialmente aqueles cujo

contedo seja susceptvel de lesar direitos ou interesses legalmente disponveis (artigo

51./n.1 do C.P.T.A.).

31.

Eficcia externa significa que o acto procedimental vai projectar os seus efeitos, quer eles

sejam de natureza definitiva ou provisria, autonomamente: ou na prpria pretenso

material que se intentava fazer valer atravs do procedimento ou no prprio bem, direito,

interesse ou posio jurdica a que a administrao ou qualquer interessado entendia; ou em

qualquer bem, direito, interesse ou posio exterior ao procedimento, seja dos que a so

interessados ou de terceiros.

32.

Quanto leso de direitos ou interesses legalmente protegidos o artigo 51./n.. 1, in fine

C.P.T.A., no impe uma leso efectiva, admitindo por isso que para a impugnao judicial


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basta a possvel leso para que haja uma aptido do acto para lesar esses direitos ou

interesses. So impugnveis os actos ainda que inseridos num procedimento administrativo

em curso, isto , quando ainda no h acto definitivo (artigo 51./n.. 1, 1. parte C.P.T.A.).

33.

Os actos que lesem interesses ou direitos legalmente protegidos possuem uma dimenso

subjectiva fundamental do recurso contencioso: o direito ao recurso um meio de defesa

de posies jurdicas subjectivas. Alm disso, os direitos e interesses legalmente protegidos

apontam para uma categoria de posies jurdicas subjectivas, substantivamente

caracterizadas. Sobre se existe ou no um direito legalmente protegido depende, em termos

tendenciais e como primeira aproximao, da existncia de uma norma material (lei,

regulamento, estatuto, contrato) cujo escopo seja, ou pelo menos seja tambm, a proteco

dos interesses dos particulares de forma a que estes, com base nesta norma, possam

recortar um poder jurdico individualizado legitimadores de uma aco de defesa contra a

Administrao. (Constituio da Repblica Portuguesa anotada por Gomes Canotilho e Vital

Moreira)

34.

Como prev o artigo 268./n. 3 da Constituio da Repblica Portuguesa, os actos

administrativos carecem de fundamentao expressa e acessvel quando afectem direitos ou interesses

legalmente protegidos.

35.

O acto do motorista da Carris constitui um acto administrativo.

36.

Este acto dotado de eficcia externa, visto que h uma repercusso de efeitos na esfera

jurdica dos cidados.

37.

No existe qualquer interesse ou direito legalmente protegido, desde j porque no h

nenhuma norma material que proteja interesses dos particulares na situao em apreo.


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38.

Somente ocorreria uma violao dos mesmos no caso do AA se pretender deslocar com

apenas um dos seus ces, ou no caso de este ser um animal de assistncia.

39.

Na circunstncia de ser permitida a entrada aos quatro ces estar-se-iam a violar os direitos

e interesses legalmente protegidos dos restantes passageiros, j que estes aquando da

compra de um ttulo de transporte tm a expectativa de viajar em segurana e com a

mxima higiene possvel.

40.

O regulamento do Animal Domstico est em vigor no dia da ocorrncia. (Documento 9)

41.

Os argumentos apresentados no artigo 95. no prosseguem, visto que mesmo

considerando que o Regulamento do Animal Domstico no estava em vigor, a recusa seria

legtima por via do artigo 3. do Regulamento Interno da Carris, S.A.

42.

Ainda que se estivesse a basear no Regulamento Animal Domstico este no estaria a ser

colocado em causa, uma vez que no estabelecido um limite mximo de animais a

transportar, e no so definidas em concreto as condies, sendo como tal um poder

discricionrio das empresas de transporte. (Documento 10)

43.

No obstante o disposto no artigo 7. da Lei 92/95, de 12 de Setembro, no vedada s

empresas de transporte a possibilidade de estabelecerem as condies de circulao dos

animais, segundo o artigo 6. da Portaria 968/2009, de 26 de Agosto. (Documento 10 e 11)

44.

O pedido de indemnizao no prossegue na medida em que no est em causa um acto

ilcito mas plenamente fundamentado no Regulamento Interno da Carris, S.A.


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45.

Os pressupostos da responsabilidade civil extracontratual previstos no artigo 483. CC e no

artigo 7. da Lei 67/2007, de 31 de Dezembro, a aco ou omisso, ilicitude, culpa, dano e

nexo causalidade entre o facto e o dano, no se encontram preenchidos.

46.

Desde logo, o requisito da ilicitude de actos ou omisses no colocado em causa, pois

considera-se que segundo o artigo 9./1 da Lei n. 67/2007 que apenas so ilcitas as aces

ou omisses dos titulares de rgos, funcionrios e agentes que violem disposies ou

princpios constitucionais, legais ou regulamentares ou infrinjam regras de ordem tcnica

ou deveres objectivos de cuidado.

47.

Para haver ilicitude ainda necessria a violao de direitos ou interesses legalmente

protegidos, como dispe o artigo 9./n. 1 in fine da Lei em apreo.

48.

O acto administrativo de recusa de entrada do AA no elctrico no constitui qualquer

violao de um direito e interesses legalmente protegidos.

49.

Relativamente ao artigo 117. da petio inicial, o acto praticado pelo motorista (Z Sem

Nome) no justificao suficiente para o incumprimento do contrato.

50.

No mbito da celebrao de um contrato de prestao de servios entre AA e Sr. Dmitri

Petrolovsky ficou estabelecido na clusula nmero dois que o contratante dever fornecer

ao contratado todas as condies necessrias realizao do seu servio.

51.

O Sr. Dmitri Petrolovsky deveria ter fornecido o meio de transporte adequado para o AA

se deslocar at ao lugar do cumprimento do j referido contrato.


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52.

Quando sejam praticados actos legais ao abrigo de poderes discricionrios,

independentemente da existncia de um ilcito disciplinar consideram-se suficientemente

fundamentados sempre que o fundamento invocado for o da no convenincia do servio.

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AA no procedeu s diligncias necessrias para se deslocar at ao lugar do cumprimento

do contrato a tempo e horas.

54.

Em conformidade com o artigo 9./n.1 do Regulamento do Animal Domstico, os

detentores de ces devem proceder a pelo menos duas caminhadas por dia.

Em concluso:

Requer-se a improcedncia do pedido de impugnao do acto administrativo formulado

pelo AA, devendo RR, Carris de Ferro de Lisboa, S.A., ser absolvida do pedido de

pagamento de uma indemnizao no valor de 100.000, a ttulo de indemnizao por actos

ilcitos do seu motorista, e ainda a condenao do AA no pagamento das custas do

processo.

Junta:

1) Procurao forense;

2) Pagamento de taxa de justia;

3) 11 Documentos;

4) 1 Parecer.


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Prova testemunhal:

1) Albertina Soares, domiclio na Avenida do Infante Santo, n. 365, 2. esquerdo,

1350 181 Lisboa;

2) Joana de Boa Morte, domiclio na Rua do Alecrim, n. 117, 1. esquerdo, 1200

016 Lisboa.

Pedem deferimento:

Ana Cristina Lopes Elisabete Prudncio

Graa Silva Sandra Costa


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Procurao Forense

Carris de Ferro de Lisboa, S.A., empresa de capitais integralmente pblicos, com o

nmero de contribuinte fiscal 505331205, com sede na Rua 1 Maio, 1300-472 Lisboa,

constitui como suas bastantes procuradoras as seguintes Advogadas: Dr.. Ana Cristina

Lopes, com cdula profissional nmero 21589 e contribuinte fiscal nmero 138532795;

Dr.. Elisabete Prudncio, com cdula profissional nmero 13852 e contribuinte fiscal

nmero 253792186; Dr.. Graa Silva, com cdula profissional nmero 25316 e

contribuinte fiscal nmero 167253421; e Dr. Sandra Costa, com cdula profissional

nmero 20340 e contribuinte fiscal nmero 213421236, todas integrando a SEGA,

Sociedade de Advogados, R.L., com escritrio na Rua Afonso Espinho, n. 23, 1300-323

Lisboa, a quem conferem os poderes forenses gerais e os especiais para confessar, desistir

ou transigir do pedido ou instncia.

Lisboa, 14 de Novembro de 2013

O Conselho de Administrao,

Carlota Po de Deus (Carlota Maria de Todos os Santos Po de Deus)

Fernanda Brigadeiro (Fernanda Miquelina de Alves e Brito Brigadeiro)

Manuel Mil Folhas

(Manuel Patrcio Rodrigues Bem-Haja Mil Folhas)


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Comprovativo de Pagamento de Taxa de Justia

0000/2345/09

2013/11/20 7374859000023300

837352PP23

400.00


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Lista de Documentos Anexos

Documento 1 Percurso Elctrico 28E

Documento 2 Horrio de Trabalho Z Sem Nome

Documento 3 Fotografia de infncia de No das Arcas com Z Sem Nome

Documento 4 Regulamento Interno da Carris, S.A, relativo ao transporte de animais

Documento 5 Validade do Ttulo de Transporte de No das Arcas

Documento 6 Percurso do Autocarro 734

Documento 7 Viagens de No durante o perodo de 07-10-2013 a 07-11-213

Documento 8 Mapa do percurso a p da Rua da Prata Graa

Documento 9 Regulamento do Animal Domstico

Documento 10 Portaria n. 968/2009, de 26 de Agosto

Documento 11 Lei n. 92/95, de 12 de Setembro


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Documento 1

Elctrico 28E

Martim Moniz Campo Ourique (Prazeres)


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Documento 2

Horrio de trabalho

Funcionrio: Z Sem Nome

N. de funcionrio: 1278

Horrio 2 Feira 3 Feira 4 Feira 5 Feira 6 Feira Sbado Domingo

08h30

s 12h30 FOLGA 28E FOLGA 28E 12E 28E 28E

HORA DA REFEIO

15h00 s

18h30 FOLGA 28E FOLGA 28E 12E 28E 28E


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Documento 3

Escola Bsica 2. e 3. Ciclos Onde No Se Aprende Nada, Lisboa

Turma de 1977

Z Sem Nome No Moiss das Arcas


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Documento 4

Carris de Ferro de Lisboa, S.A.

Regulamento Interno Relativo ao Transporte de Animais Domsticos

Prembulo

O presente regulamento, elaborado ao abrigo da Portaria n. 968/2009, de 26 de

Agosto, define os procedimentos e condies necessrios para a correcta circulao de

animais domsticos nos transportes pblicos da Carris de Ferro de Lisboa, S.A.

Face existncia de uma legislao dispersa no nosso ordenamento jurdico relativa

ao transporte de animais domsticos, serve o este regulamento para clarificar e estabelecer

as normas aplicveis pela nossa empresa.

Neste mbito, e com base na Lei n.92/95, de 12 de Setembro, alterada pela Lei

n.19/2002, de 31 de Julho; no Decreto-Lei n.276/2001, de 17 de Outubro; no Decreto-

Lei n.58/2008, de 26 de Maro; e na j mencionada Portaria n. 968/2009, de 26 de

Agosto, vem este regulamento determinar:

Artigo 1.

mbito de aplicao

1. O presente regulamento estabelece as condies de transporte de animais

domsticos.

2. Excluem-se do mbito de aplicao deste regulamento todos os animais de

assistncia, visto que so objecto de regulamentao especfica no Decreto-Lei n.74/2007,

de 27 de Maro.

Artigo 2.

Animais Domsticos

Entende-se por animais domsticos quaisquer espcies vivas no vegetais, que so

detidas ou destinadas a ser detidas por um homem, coabitando com ele no seu lar, para seu

entretenimento e companhia.


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Artigo 3.

Mximo de animais a transportar

1. Em caso algum se poder exceder o nmero mximo de dois animais transportados

por cada passageiro.

2. Por veculo so permitidos no mximo 4 ou 2 animais, no autocarro e no elctrico,

respectivamente.

Artigo 4.

Horas de Ponta

permitida a recusa de transporte de animais de companhia nos perodos de maior

afluncia.

Artigo 5.

Ttulos de transporte

1. O passageiro que se fizer acompanhar de qualquer animal est sujeito ao pagamento

adicional de meio ttulo de transporte por animal transportado.

2. da responsabilidade do transportador a validao do ttulo de transporte.

3. Desde que o animal esteja devidamente acondicionado em recipiente apropriado

que possa ser carregado como volume de mo, o transporte gratuito.

Artigo 6.

Condies de Segurana e de Higiene

1. O transporte de animais deve ser efectuado em veculos e contentores apropriados

espcie e nmero de animais a transportar, nomeadamente em termos de espao,

ventilao ou oxigenao, temperatura, segurana e fornecimento de gua, de modo a

salvaguardar a proteco dos mesmos e a segurana de pessoas e outros animais.

2. Cada animal de grande porte dever viajar com a sua respectiva trela e aaime. A

trela dever ser de material de resistncia reforada e de curto comprimento.

3. Nestas condies, deve ser acompanhado do respectivo boletim de vacinas

actualizado e da competente licena.

4. Para garantir o bem-estar e comodidade de todos os passageiros, o animal no pode

ocupar lugar no banco.


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5. Cabe ao transportador garantir a higiene do animal, assim como a limpeza do

veculo caso o animal o suje durante o percurso.

6. Em caso de deteriorao e/ou incmodo provocado pelo animal responsvel o

seu transportador.

Artigo 7.

Animais Potencialmente Perigosos

1. Qualquer animal que, devido s caractersticas da espcie, comportamento

agressivo, tamanho ou potncia da mandbula, possa causar leso ou morte a pessoas ou

outros animais , para todos os efeitos, considerado potencialmente perigoso.

2. No permitido o transporte de animais considerados potencialmente perigosos,

nos termos previstos no Decreto-Lei n.312/2003, de 17 de Maro.

Artigo 8.

Actualizao do Regulamento

O presente regulamento est sujeita a actualizao no 1. ms de cada ano civil.

Artigo 9.

Entrada em Vigor

Este diploma entra em vigor 15 dias aps a sua publicao.

A Carris de Ferro de Lisboa, S.A, em 15 de Outubro de 2009.


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Documento 5

Lista de nomes comeados por N e respectivo prazo de validade do Ttulo

de Transporte

Nome N carto Validade NDIA ALEXANDRA DOS SANTOS GALHANO 002015356240 03-12-2013

NADIA ALEXANDRA LOURENCO FERREIRA 002054267985 09-12-2013

NADIA MARIA CRISPIM FIALHO 002002436857 30-11-2013

NDIA SILVANA OLIVEIRA 002064972145 22-11-2013

NANCY IOLANDA DA CONCEICAO BAPTISTA 020035441776 01-12-2013

NAOMI SOFIA DOS SANTOS PEREIRA 020072548799 12-11-2013

NAPOLEO ALVES DE OLIVEIRA 020015964778 07-11-2013

NATACHA ANLIA PIRES DE VASCONCELOS 025486976558 07-12-2013

NATACHA DOS SANTOS FERREIRA 020036201500 14-11-2013

NATALI IASMIN PEREIRA BASTOS 020042548539 19-11-2013

NATLIA BEATRIZ DE VARELA CARDOSO E SILVA 020045207985 05-12-2013

NATLIA MARIA DE JESUS ALVES 024669871881 02-11-2013

NATLIA VENTURA DA COSTA 020033468758 29-11-2013

NATALIE FABIENE GOMES FIGUEIREDO 020097685216 30-11-2013

NATALINO ISMAEL OLIVEIRA SILVA 020031025687 08-12-2013

NEIDE DANIELA DA COSTA DIAS 020064582924 09-12-2013

NEIDE RAISA AZEVEDO MARTINS 020047578785 11-11-2013

NEIL EMANUEL DA SILVA CAMPOS 020078782200 25-11-2013

NLIA PATRICIA MARQUES DE ALMEIDA 020034679854 07-12-2013

NELIDA MARGARIDA DE SUCENA 020034697572 18-11-2013

NELSON FILIPE SILVA ANDRE 020005475897 02-11-2013

NELSON JOAO DE ALMEIDA MATEUS 020028938333 12-11-2013

NELSON OLIVEIRA CUCO 020002875277 30-11-2013

NLSON VIEIRA E MENDES 020075866621 09-12-2013

NEMESIANO FILIPE DE BARROS SANTIAGO 020001243642 06-11-2013

NEMO RESENDE DE ALMEIDA 026241284876 28-11-2013

NERO ANDRE DOS SANTOS RIBEIRO 020047589461 14-11-2013

NEUZA SOFIA LOPES MENDES 020316250897 26-11-2013

NEWTON GIUSEPPE LANGONE MARQUES 020031642550 06-12-2013

NICHOLAS SOARES DE JESUS 020649857300 13-11-2013

NICOLA QUINTAS PEDRO 022667621212 09-11-2013

NICOLAU MIGUEL MOREIRA MIRANDA MELO 020067978546 05-12-2013

NICOLE ALICE GONCALVES COELHO 020031642500 04-12-2013

NICOLE BATISTA VEIGA 025246858776 23-11-2013

NICOLE MENDES GAFANHA 020036428957 06-11-2013

NICOLE SOFIA AZEVEDO DE SOUSA 020015765577 01-12-2013

NILDE MARLENE MARQUES ALMEIDA 023365259828 13-11-2013


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NILSON DIEGO BESSONE DO NASCIMENTO 020032656565 04-12-2013

NILTON BRAZ DOMINGUES 020020065067 04-12-2013

NOA GRIMANESA PEREIRA SIMES 029867571716 16-11-2013

NO MOISS DAS ARCAS 021673833888 07-11-2013

NOMIA DANIELA BAPTISTA CAMPOS 020032650928 22-11-2013

NORBERTO DAVID DE MELO MARTINS 020617582637 03-11-2013

NUNO ALEXANDRE COUTINHO FARINHA 020025655559 30-11-2013

NUNO ANDRE ANTUNES GONCALVES 026666662240 15-11-2013

NUNO ANDRE RIBAU SIMOES 023469852800 08-12-2013

NUNO FILIPE DE OLIVEIRA DIAS 020463464222 01-12-2013

NUNO JOO ESTEVES SOUSA 020062464637 31-10-2013

NUNO JOSE COELHO APARICIO 024172727577 14-11-2013

NUNO MANUEL PIRES DA SILVA COSTA 020972573511 12-11-2013

NUNO MICAEL DOS SANTOS FERREIRA 021116772664 09-12-2013

NUNO MIGUEL SOARES DA PONTE 020612743220 26-10-2013

NUNO RAFAEL FERREIRA DE ALMEIDA 020689754662 13-09-2013

NRIA LILIANA MENEZES DE TAVARES 026345899757 27-11-2013

NRIA NUNES DA SILVA 020695821451 22-11-2013

NRIO LUIS FERREIRA CAMARNEIRO 020617676733 03-12-2013


24

Documento 6

Autocarro 734

Martim Moniz Estao Sta. Apolnia


25

Documento 7

No Moiss das Arcas 021673833888 Validade do Ttulo: 07-10-13 a 07-11-13

Nome do

Passageiro

Nmero do

Passe Data Hora Veculo Motorista

Validou

Verde

Origem

-

Destino

Local de

Embarque

No das

Arcas 021673833888 07/11/2013 17:28 28-E

Z Sem

Nome Sim

Campo

Ourique

Martim

Moniz

Sapadores

No das

Arcas 021673833888 07/11/2013 09:10 28-E

Z Sem

Nome Sim

Martim

Moniz

Campo

Ourique

Rua

Conceio

No das

Arcas 021673833888 01/11/2013 18:23 734

Joo

Franciscano Sim

Sta.

Apolnia

Martim

Moniz

Graa

No das

Arcas 021673833888 01/11/2013 15:02 734

Jacinta

Morgado Sim

Martim

Moniz

Sta.

Apolnia

Martim

Moniz

No das

Arcas 021673833888 25/10/2013 17:29 734

Manuel

Jesus Sim

Sta.

Apolnia

Martim

Moniz

Mercado

de Sta.

Clara

No das

Arcas 021673833888 25/10/2013 13:12 734

Catarino

Velez Sim

Martim

Moniz

Sta.

Apolnia

Martim

Moniz


26

No das

Arcas 021673833888 22/10/2013 17:27 28-E

Z Sem

Nome Sim

Campo

Ourique

Martim

Moniz

Graa

No das

Arcas 021673833888 22/10/2013 09:13 28-E

Z Sem

Nome Sim

Martim

Moniz

Campo

Ourique

Rua

Conceio

No das

Arcas 021673833888 20/10/2013 17:25 28-E

Z Sem

Nome Sim

Campo

Ourique

Martim

Moniz

Graa

No das

Arcas 021673833888 20/10/2013 09:11 28-E

Z Sem

Nome Sim

Martim

Moniz

Campo

Ourique

Rua

Conceio

No das

Arcas 021673833888 18/10/2013 17:30 734

Mrio

Meireles Sim

Sta.

Apolnia

Martim

Moniz

Sapadores

No das

Arcas 021673833888 18/10/2013 09:12 734

Ricardo

Augusto Sim

Martim

Moniz

Sta.

Apolnia

Martim

Moniz


27

Documento 8

Mapa:

Rua da Prata, Lisboa Rua do Damasceno Monteiro, Graa, Lisboa


28

Documento 9

Dirio da Repblica 1. Srie N. 210 - 06 de Novembro de 2013-11-06

MINISTRIO DA AGRICULTURA E DO MAR

Regulamento do Animal Domstico

Prembulo

O actual panorama nacional, exige do XIX Governo Constitucional, a adopo de

medidas de regulao da deteno de animais domsticos.

Assim sendo, o Ministrio da Agricultura considerou da maior relevncia a criao

do presente regulamento com vista a densificar a legislao j existente.

Estas medidas tm como finalidade diminuir o elevado nmero de abandono de

animais, bem como, zelar pelo seu bem-estar e evitar consequncias nefastas para a sade e

segurana das pessoas.

Neste sentido, pretende-se promover o planeamento de deteno de animais de

forma responsvel, tendo em conta a situao econmica e social e a disponibilidade dos

detentores para manter os seus animais num ambiente em que se possam desenvolver de

forma saudvel.

Artigo 1.

Animal Domstico

1. So animais domsticos para efeitos do presente diploma, quaisquer espcies vivas

no vegetais, que so detidas ou destinadas a ser detidas por um homem, coabitando com

ele no seu lar, para seu entretenimento e companhia.

2. Excluem-se do mbito de aplicao, as espcies de fauna selvagem, autctone e

exticas e os seus descendentes criados em cativeiro, bem como os touros de lide, que so

objecto de regulao especfica.

Artigo 2.

Identificao e Registo na Base de Dados

Todos os ces e gatos devem ser identificados e registados, entre os 3 e os 6 meses

de idade.


29

Artigo 3.

Princpios Bsicos para o Bem-Estar do Animal

1. As condies de deteno e alojamento dos animais devem assegurar o bem-estar

do animal.

2. Devem ser asseguradas boas condies de higiene no seu lar, de forma a assegurar

o seu conforto.

3. Os animais devem ter gua e alimento em quantidades suficientes e adaptados sua

espcie e idade, por forma a garantir um bom estado de sade e a satisfazer as suas

necessidades.

4. proibida a violncia contra animais, considerando-se como tal todos os actos que,

sem necessidade, infligem a morte, o sofrimento, abuso ou leses a um animal.

Artigo 4.

Nmero Mximo de Animais por Fraco Autnoma

1. Nas fraces autnomas de prdios urbanos e moradias sem logradouro, por cada

100 m, podem ser alojados 2 animais.

2. Nos prdios urbanos em zona urbana, com logradouro de uso exclusivo e nos

prdios rsticos e mistos, por cada 100 m, podem ser alojados 4 animais.

Artigo 5.

Proibio e Deteno de Animais

A Portaria N. 1226/2009, de 12 de Outubro estabelece a lista de espcies de cujos

espcimes vivos, bem como dos hbridos deles resultantes, proibida a deteno.

Artigo 6.

Deteno, Manuteno e Higiene

O presente artigo consagra as condies necessrias para a deteno, manuteno e

higiene dos animais domsticos:

1. Os pequenos roedores e coelhos devem ser colocados em caixas cujas medidas

devem obedecer aos parmetros mnimos adequados espcie, previstos em portaria do

membro do Governo responsvel pela rea da agricultura.


30

2. O alojamento de ces e gatos deve obedecer s dimenses mnimas, tendo em

conta as grandes diferenas de tamanho e a fraca relao entre o tamanho e peso das

diferentes raas de ces e gatos.

a) A manuteno de ces e gatos em gaiolas no pode ser superior a 15 dias,

contados a partir da data de entrada no alojamento.

b) Os ces e gatos confinados em gaiolas devem poder fazer exerccio pelo menos

duas vezes por dia. No caso dos ces, deve ser feito em recinto exterior,

coberto ou descoberto, com superfcies de exerccio suficientemente grandes

para permitir que os animais se movimentem livremente e com materiais para

seu entretenimento.

c) Os ces com pele saudvel devem ser restringidos a dois ou trs banhos anuais

seguido de secagem e escovagem da pelagem. Os gatos saudveis no precisam

de banho, visto ser uma espcie muito cuidadosa com a sua higiene.

d) Os ces e os gatos esto sujeitos ao plano de vacinao elaborado anualmente

pela Ordem dos Mdicos Veterinrios. As dimenses para o alojamento de aves

devem obedecer aos parmetros mnimos adequados espcie, os quais so

previstos em portaria do membro do Governo responsvel pela rea da

agricultura.

e) As gaiolas devem estar equipadas com poleiros cujo dimetro esteja adaptado s

espcies.

f) As aves devem ter a possibilidade de tomar banhos de areia ou de gua

consoante as suas necessidades.

1. As dimenses dos alojamentos de rpteis devem obedecer aos parmetros mnimos

adequados espcie, os quais so fixados por despacho do director-geral de Alimentao e

Veterinria.

2. Os anfbios devem ser colocados em recipientes, sendo que as dimenses mnimas

do seu alojamento so estabelecidas em portaria do membro do Governo responsvel pela

rea da agricultura.

3. Os aqurios de peixes de gua doce devem dispor de uma capacidade de, pelo

menos, 45 litros, correspondente a 2 litros ou a 3 litros de gua por 10 cm de peixe, sendo

que no mximo podem existir 90 peixes de 2,5 cm em 45 litros de gua. Se por ventura,

estivermos perante peixes de gua salgada desejvel que os aqurios tenham uma

capacidade de pelo menos 200 litros, correspondente a 20 litros ou a 30 litros de gua por


31

10 cm de peixe, sendo que no mximo podem existir 10 peixes de 10 cm em 200 litros de

gua.

Artigo 7.

Transporte

1. O transporte de animais deve ser efectuado em veculos e contentores apropriados

espcie e ao nmero de animais a transportar, nomeadamente em termos de espao,

oxigenao, temperatura, segurana e fornecimento de gua, de modo a salvaguardar a

proteco dos mesmos, bem como a segurana de pessoas e outros animais.

2. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, a deslocao de animais domsticos,

em transportes pblicos no pode ser recusada, desde que os mesmos sejam devidamente

acompanhados, acondicionados e sujeitos a meios de conteno que no lhes permitam

morder ou causar danos ou prejuzos a pessoas, outros animais ou bens.

Artigo 8.

Alimentao

1. A alimentao dos animais domsticos deve obedecer a um programa de

alimentao bem definido, de valor nutritivo adequado e distribudo em quantidade

suficiente para satisfazer as necessidades alimentares das espcies e dos indivduos, de

acordo com a fase de evoluo fisiolgica em que se encontram, nomeadamente idade,

sexo, fmeas prenhes ou em fase de lactao.

2. As refeies devem ainda ser variadas, sendo distribudas segundo a rotina que mais

se adequar espcie e de forma a manter, tanto quanto possvel, aspectos do seu

comportamento alimentar natural.

3. Os animais devem dispor de gua potvel e sem qualquer restrio, salvo por razes

mdico-veterinrias.

Artigo 9.

Caminhadas na Via Pblica para Ces

1. Tendo-se como provado que as caminhadas permitem controlar o peso, aumentar a

massa muscular, prevenir problemas nas articulaes, controlar o ndice glicmico, ter um

bom preparo fsico e cardiopulmonar, alm de estimular e apurar a audio e o olfacto,


32

estabelece-se o dever de os detentores de ces procederem a tais caminhadas pelo menos

duas vezes por dia.

2. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, a quantidade de tempo despendido

na caminhada varia de acordo com a raa, idade, tamanho e condies de sade, devendo

ser avaliada por um veterinrio.

3. Todos os ces e gatos que circulem na via pblica devem usar coleira ou peitoral, os

quais devem incluir o contacto do detentor.

4. O detentor deve-se sempre fazer acompanhar de materiais necessrios para

proceder colecta dos dejectos que os ces possam deixar na via pblica.

Artigo 10.

Animais Potencialmente Perigosos

1. Qualquer animal que, devido s caractersticas da espcie, comportamento

agressivo, tamanho ou potncia da mandbula, possa causar leso ou morte a pessoas ou

outros animais , para todos os efeitos, considerado potencialmente perigoso.

2. O detentor de animal potencialmente perigoso, fica obrigado a manter medidas de

segurana reforadas, nomeadamente nos alojamentos, os quais no podem permitir a fuga

dos animais e devem acautelar de forma eficaz a segurana de pessoas, outros animais e

bens.

3. O detentor fica obrigado fixao no alojamento, em local visvel, de placa de aviso

da presena e perigosidade do animal.

4. Sempre que o detentor necessite de circular na via pblica ou em lugares pblicos

com animais potencialmente perigosos, deve faz-lo com meios de conteno adequados

espcie e raa, nomeadamente caixas, jaulas, gaiolas ou aaime funcional.

Artigo 11.

Entrada em Vigor

O presente regulamento entra em vigor no 1. dia do ms seguinte ao da sua publicao.

A Ministra da Agricultura e do Mar, Andreia Sofia da Silva Almeida, em 01 de Novembro de

2013.

Nota: "Saiu uma declarao de rectificao, corrigindo a data de entrada em vigor do

regulamento para 1 de Novembro.


33

Documento 10

Portaria n. 968/2009, de 26 de Agosto

()

Artigo 6.

Divulgao das condies de transporte

Para efeitos do transporte de animais de companhia, as empresas transportadoras

devem divulgar:

a) O nmero total de animais permitido por veculo e por passageiro;

b) Os perodos dirios em que o transporte de animais no permitido;

c) Qual o perodo de antecedncia necessrio para a reserva de transporte, em caso de

viagens interurbanas de longa distncia;

d) O preo do transporte do animal;

e) O local onde os interessados podem obter as informaes relativas ao transporte de

animais.


34

Documento 11

Lei n.92/95, de 12 de Setembro

()

Artigo 7.

Transportes Pblicos

Salvo motivo atendvel designadamente como a perigosidade, o estado de sade

ou de higiene os responsveis por transportes pblicos no podero recusar os animais

de companhia, desde que devidamente acompanhados e acondicionados.


35

Parecer Social

De acordo com a situao exposta, considero que segundo os actuais valores,

normas e condutas da nossa sociedade, perfeitamente admissvel e compreensvel que o

transporte pblico de passageiros possa, de certo modo, restringir o transporte de animais.

No est aqui em causa uma violao proteco dos animais, pelo contrrio, ao

longo dos tempos e com o caminhar para a evoluo de uma sociedade moderna,

assistimos, cada vez mais, defesa da tutela dos animais, como se verifica pela Lei n.

92/95 de 12 de Setembro.

No obstante, inegvel que na sociedade actual continuam a existir

comportamentos de maus tratos contra animais, tais como a violncia e o abandono.

Felizmente, os homens e mulheres deste mundo no so todos iguais, outros valores falam

mais alto, o animal j no socialmente visto como uma coisa ou apenas um objecto com

determinado fim, nomeadamente comercial/lucrativo e alimentar.

Ao longo da histria, o ser humano desenvolveu valores afectivos ou at mesmo de

familiaridade com os animais. Hoje em dia, qualquer pessoa que tenha na sua habitao um

animal (domesticado) no refutar a ligao afectiva existente, ocupando, por vezes, o lugar

dum filho, irmo ou dum verdadeiro amigo, um companheiro leal que nos acompanha para

todo o lado.

E exemplo disto, so as pessoas portadoras de deficincia visual, que no seu dia-a-

dia, fazem-se acompanhar por um co, o chamado co de assistncia, e nestas situaes

bvia a importncia de um animal pelas suas qualidades e caractersticas na vida de uma

pessoa. Diria que, haver aqui total confiana e segurana no animal, um companheirismo e

um auxlio indispensvel. Deste modo, no se pem em causa, em situao alguma, a

proibio recusa de acesso a transportes pblicos de uma pessoa com deficincia visual

acompanhada por um co, e aos olhos da sociedade isto perfeitamente aceitvel.

Em todas as outras situaes, em que simplesmente os passageiros queiram

deslocar-se em transportes pblicos acompanhados com os seus respectivos animais, h


36

que fazer as devidas ressalvas, no sentido em que, no sendo de todo proibido, haver que

atender a determinadas condies, seja do transporte do prprio animal, seja relativas

segurana e higiene do mesmo. Ora, como se sabe o transporte pblico de passageiros

destinado a pessoas, mas isto no impede que as mesmas transportem consigo coisas, isto

, bens/objectos materiais ou animais domsticos.

Mas vivemos em sociedade e para que possamos viver numa certa harmonia e

cordialidade, necessrio atender a determinadas condutas para o bom convvio social. Se

um autocarro pblico tem, imaginemos, 50 lugares para passageiros, espera-se que sejam

ocupados por pessoas, ou seja, no so o meio de transporte mais adequado para

deslocaes em segurana e com comodidade tanto para o dono como para o animal. Para

alm de que, h que atender que se esperado que uma pessoa quando utiliza um

transporte pblico saiba que ir partilhar o mesmo com vrias outras pessoas, j no de

todo esperado que o faa na companhia de animais, pois poder at no se sentir seguro,

provocando um certo desconforto para o passageiro. Nem todos ns, gostamos de gatos,

ces ou periquitos, etc., havendo at pessoas que possam desenvolver algum tipo de fobia

em relao aos animais ou que no possam estar em contacto com estes por questes de

sade.

Face ao caso em questo, em que um passageiro pretendia transportar os seus 4

ces no elctrico da Carris, S.A., que uma carruagem de transporte de poucas pessoas, e

portanto, tambm pouco espaoso, parece-me no meu entender, aceitvel o motorista do

elctrico, segundo normas da empresa, recusar a entrada do passageiro com os animais,

temos de ser coerentes e fazer uso do bom senso comum. Primeiro, como j se referiu o

elctrico no um meio de transporte espaoso, no sendo cmodo para o transporte de

animais, seja para o prprio animal, seja para os restantes passageiros, e como sabemos,

este meio de transporte que circula no centro histrico da cidade de Lisboa bastante

procurado por turistas, e portanto, no oferecer as melhores condies para transportar

animais sem causar distrbios. Segundo, parece-me flagrante e totalmente descabido que

para qualquer pessoa mdia, utilizar um transporte pblico com 4 ces, qualquer pessoa

vendo esta situao se interrogaria se possvel, pois no podemos cair no exagero e at

mesmo ridculo da situao.


37

O senhor No das Arcas deveria ter tido o bom senso de ver que potencialmente

ir causar algum desconforto a outros passageiros, pois o elctrico serve para transportar

pessoas com a melhor segurana e comodidade possveis.

Numa sociedade de direito, temos de respeitar e observar determinadas condutas,

de todo inadequado o transporte de 4 ces, pois trata-se de um transporte pblico, ou seja,

todos aqueles que detenham um ttulo de circulao do transporte podem usufruir desse

transporte, mas a empresa de transportes ter de assegurar aos seus passageiros que

oferecer as melhores condies, que de modo geral, sejam confortveis ou tolerveis para

todas as pessoas, sejam crianas, adultos, idosos ou pessoas portadoras de alguma

deficincia. No tolervel por qualquer indivduo, imagine-se, hora de ponta, numa

carruagem quase cheia, a entrada de 4 ces.

Mas mesmo sendo na situao apresentada, em que estavam apenas algumas

pessoas no elctrico, num dia de fim-de-semana, tem de haver um limite ao nmero de

transporte de animais, pois o elctrico no dispe de um espao apropriado para o

transporte de animais, assim, est-se de certo modo, a condicionar o direito daqueles que se

deslocao naquele meio de transporte, na medida em que podero sentir desconforto e

insegurana, pois os passageiros no esto obrigados a tolerar animais dentro de um meio

de transporte pelo qual pagaram para se deslocar em comodidade.

Finalmente, no considero, assim, que haja uma ofensa de interesses, liberdade e

direitos do No das Arcas, pois ele no est agir de acordo com os valores sociais que

promovem o respeito, educao e cordialidade entre os cidados, devendo saber que estava

a ter um comportamento inapropriado, pondo tambm em causa os direitos e liberdades de

outros passageiros.

Lisboa, 20 de Novembro de 2013

Joo Maria Velhaco Carrilho,

Socilogo especialista em tica Civil e Valores Fundamentais da Sociedade

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Contestação Carris