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Proporcionando Educação Profissional a Serviço da Odontologia Mundial Controle do Tabagismo na Prática Odontológica Editor-Chefe Chester Douglass, DMD, PhD; E.U.A. Professor de Política de Saúde Oral e Epidemiologia, Harvard School of Dental Medicine e School of Public Health Editores Associados John J. Clarkson, BDS, PhD; Irlanda Saskia Estupiñan-Day, DDS, MPH Organização Pan-Americana de Saúde; Washington, D.C. Joan I. Gluch, RDH, PhD: E.U.A. Kevin Roach, BSc, DDS, FACD; Canadá Zhen-Kang Zhang, DDS, Hon. FDS, RCS (Edin.); China Conselho Internacional Per Axelsson, DDS, Odont. Dr.; Suécia Irwin Mandel, DDS; E.U.A. Roy Page, DDS, PhD; E.U.A. Gregory Seymour, BDS, MDSc, PhD, MRCPath; Austrália EXPEDIENTE Informativo publicado pelo departamento de Relações Profissionais da Colgate-Palmolive R. Rio Grande, 752 - V. Mariana - São Paulo/SP CEP 04018-002. Coordenação: Regina Antunes. Jornalista responsável: Maristela Harada Mtb. 28.082. Produção: Cadaris comunicação e-mail: [email protected]. CTP e impressão: Type Brasil. Tiragem: 30 mil exemplares. Distribuição gratuita. Proibida reprodução total ou parcial sem prévia autorização. Nesta edição Controle do Tabagismo na Prática Odontológica 1 Na Prática 4 Página de Higiene 5 Página Periodontal 8 Projeto Prevenção 11 Volume 14, número 1 O tabagismo é um hábito perigoso. Está comprovado que fumar reduz o tempo de vida e causa aumento na incidência de câncer, doença cardíaca isquêmica, derrame, infarto do miocárdio e doenças pulmonares crônicas. 1,2 Cerca de 90% de todos os cânceres de pulmão são atribuídos ao hábito de fumar, e a taxa de sobrevivência em cinco anos entre pacientes portadores de câncer é de 5 a 10%. 1 Além de ser prejudicial à saúde geral, o tabagismo também compromete a saúde bucal. O hábito de fumar foi associado ao aumento de risco de câncer bucal, leucoplasia, gengivite ulcerativa necrosante aguda, guna candidíase bucal, insucesso de implantes dentais e doença periodontal, e interfere no resultado de terapias periodontais cirúrgicas e não-cirúrgicas. 1,2 Fumar resulta em vasoconstrição periférica e, conseqüentemente, em prejuízo à cicatrização de feridas na boca. 1 Fumantes geralmente apresentam mais placa do que não-fumantes, mas isso pode estar relacionado à má higiene bucal. 1 Não há fortes evidências do efeito do tabagismo na incidência de cárie dental; porém, há indicações de que alterações no pH e na capacidade tampão da saliva possam contribuir para sua formação. 1 Por fim, fumar causa descoloração nos dentes e nas restaurações dentais, prejudica os sentidos do olfato e paladar e freqüentemente provoca halitose. 1 O hábito de mascar tabaco geralmente causa enrugamento da mucosa bucal e recessão gengival. 1 O uso de determinados produtos de tabaco sem queima pode resultar em aumento nos casos de câncer bucal, embora produtos comumente usados em algumas partes do mundo, como na Escandinávia, pareçam aumentar muito pouco esse risco. 1,3 As Obrigações da Equipe Odontológica Devido às implicações do tabagismo na saúde a longo prazo, tanto na saúde geral como na saúde bucal, os profissionais de odontologia têm por obrigação estimular seus pacientes a pararem de fumar. 1,4,5 Intervenções dos profissionais da saúde contra o hábito de fumar apresentam bom custo-benefício devido à prevenção de doenças relacionadas ao cigarro. 6 Estimativas da porcentagem de dentistas que rotineiramente perguntam aos Devido às implicações do tabagismo na saúde a longo prazo, os profissionais da odontologia têm por obrigação estimular seus pacientes a parar de fumar

Controle do Tabagismo na Prática Odontológica

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Page 1: Controle do Tabagismo na Prática Odontológica

página 1Proporcionando Educação Profissional a Serviço da Odontologia Mundial

Controle do Tabagismona Prática Odontológica

Editor-ChefeChester Douglass, DMD, PhD; E.U.A.Professor de Política de Saúde Oral eEpidemiologia, Harvard School of DentalMedicine e School of Public Health

Editores AssociadosJohn J. Clarkson, BDS, PhD; IrlandaSaskia Estupiñan-Day, DDS, MPHOrganização Pan-Americana de Saúde;Washington, D.C.Joan I. Gluch, RDH, PhD: E.U.A.Kevin Roach, BSc, DDS, FACD; CanadáZhen-Kang Zhang, DDS, Hon. FDS,RCS (Edin.); China

Conselho InternacionalPer Axelsson, DDS, Odont. Dr.; Suécia

Irwin Mandel, DDS; E.U.A.

Roy Page, DDS, PhD; E.U.A.

Gregory Seymour, BDS, MDSc, PhD,MRCPath; Austrália

EXPEDIENTEInformativo publicado pelo departamento deRelações Profissionais da Colgate-Palmolive

R. Rio Grande, 752 - V. Mariana - São Paulo/SPCEP 04018-002.

Coordenação: Regina Antunes.Jornalista responsável: Maristela Harada

Mtb. 28.082. Produção: Cadaris comunicaçãoe-mail: [email protected] e impressão: Type Brasil.

Tiragem: 30 mil exemplares. Distribuição gratuita.Proibida reprodução total ou parcial

sem prévia autorização.

Nesta ediçãoControle do Tabagismona Prática Odontológica 1

Na Prática 4

Página de Higiene 5

Página Periodontal 8

Projeto Prevenção 11

Volume 14, número 1

O tabagismo é um hábito perigoso.Está comprovado que fumar reduz otempo de vida e causa aumento naincidência de câncer, doença cardíacaisquêmica, derrame, infarto domiocárdio e doenças pulmonarescrônicas.1,2 Cerca de 90% de todos oscânceres de pulmão são atribuídos aohábito de fumar, e a taxa desobrevivência em cinco anos entrepacientes portadores de câncer é de5 a 10%.1

Além de ser prejudicial à saúdegeral, o tabagismo tambémcompromete a saúde bucal. O hábitode fumar foi associado ao aumentode risco de câncer bucal, leucoplasia,gengivite ulcerativa necrosanteaguda, guna candidíase bucal,insucesso de implantes dentais edoença periodontal, e interfere noresultado de terapias periodontaiscirúrgicas e não-cirúrgicas.1,2 Fumarresulta em vasoconstrição periféricae, conseqüentemente, em prejuízo àcicatrização de feridas na boca.1Fumantes geralmente apresentammais placa do que não-fumantes,mas isso pode estar relacionado à máhigiene bucal.1 Não há fortesevidências do efeito do tabagismo naincidência de cárie dental; porém,há indicações de que alterações nopH e na capacidade tampão da salivapossam contribuir para suaformação.1 Por fim, fumar causadescoloração nos dentes e nasrestaurações dentais, prejudica ossentidos do olfato e paladar e

freqüentemente provoca halitose.1

O hábito de mascar tabacogeralmente causa enrugamento damucosa bucal e recessão gengival.1 Ouso de determinados produtos detabaco sem queima pode resultar emaumento nos casos de câncer bucal,embora produtos comumente usadosem algumas partes do mundo, comona Escandinávia, pareçam aumentarmuito pouco esse risco.1,3

As Obrigações da EquipeOdontológica

Devido às implicações dotabagismo na saúde a longo prazo,tanto na saúde geral como na saúdebucal, os profissionais de odontologiatêm por obrigação estimular seuspacientes a pararem de fumar.1,4,5

Intervenções dos profissionais dasaúde contra o hábito de fumarapresentam bom custo-benefíciodevido à prevenção de doençasrelacionadas ao cigarro.6 Estimativasda porcentagem de dentistas querotineiramente perguntam aos

Devido às implicaçõesdo tabagismo na saúdea longo prazo, os profissionaisda odontologia têm porobrigação estimularseus pacientes a pararde fumar

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pacientes se eles fumam variam entre33% e 84%.3,5 Mesmo quando otabagismo é confirmado, entretanto,a intervenção do profissionalraramente vai além de aconselhar aopaciente que abandone o hábito.5

Existem diversos empecilhos àintervenção dos dentistas ehigienistas dentais contra otabagismo dos pacientes. Entre osprincipais estão a falta deconhecimento sobre como ajudar opaciente a parar de fumar e a faltade tempo e de pagamento para essaintervenção.3,5 Outros obstáculosincluem a idéia de que a intervençãocontra o tabagismo não apresentagrandes perspectivas de sucesso enão é da responsabilidade dosprofissionais de odontologia.3,5

Os profissionais de odontologiapossuem oportunidades valiosasdurante os exames bucais de rotinapara influenciar nos hábitos defumar, pois freqüentemente entramem contato com fumantes que, deoutra maneira, não procurariamatendimento médico.1 Identificar ossinais de uso de tabaco durante osexames bucais pode facilitar o iníciode uma discussão com o pacientesobre os efeitos do tabagismo.Experimentos clínicos mostraramque a intervenção dos profissionaisde odontologia ajuda os pacientes adeixarem de fumar, e as taxas deabandono do tabagismo, observadasna maioria dos experimentos, varioude 10% a 44%, dependendo do graude assistência oferecido.5

Como Ajudar o Paciente aParar de Fumar

Um conhecimento maior sobrecomo ajudar um paciente a parar defumar provavelmente estimulariamais profissionais da saúde dental a

intervir. Para ajudar os clínicos, oDepartamento de Saúde e ServiçosHumanos dos Estados Unidosproduziu um guia clínico práticopara tratar do uso e da dependênciado tabaco.6 A diretriz completa, umguia de consulta rápida para clínicose um folheto para pacientes estãodisponíveis no endereçowww.surgeongeneral.gov/tobacco.7 Adiretriz descreve os cinco principaispassos da intervenção clínica paraajudar os pacientes a pararem defumar, também conhecidos como os“Cinco As”: ask, advise, assess, assist earrange (perguntar, aconselhar,avaliar, auxiliar e planejar)

(Tabela 1).6 Os três primeiros passos— perguntar sobre o uso de tabaco,aconselhar os usuários aabandonarem o hábito e avaliarem odesejo do paciente de parar —podem ser realizados durante umaconsulta clínica de rotina e requeremrelativamente pouco tempo, esforçoe treinamento. Se um fumantedesejar parar, os próximos passosdestinam-se a oferecer assistênciaprática para o alcance dessa meta, eprovidenciar follow-up para oferecerestímulo e cobrar resultados. Essaestratégia foi desenvolvida paratomar três minutos ou menos dotempo clínico; intervenções assimcurtas podem aumentar de maneirasignificativa o índice de sucesso nastentativas de abandono do tabaco.6

Usando os “Cinco As” como guia,e levando em conta as limitações deseus recursos, os profissionais deodontologia devem considerar atéque ponto desejam intervir nadependência do tabaco e suacapacidade para isso.4

Intervenções de apenas trêsminutos podem aumentar demaneira significativa oíndice de sucesso nastentativas de abandono dotabagismo

Os “Cinco As” para Ajudar Pacientes queDesejem Parar de Fumar

Passo

Perguntar • incluir o uso de tabaco na ficha padrão a cada consulta

• colar adesivo indicando uso de tabaco na ficha do paciente

Aconselhar Estimular todo fumante aparar de fumar

• fornecer informações de maneira clara e contundente

• personalizar o aconselhamento com base na situação de vidado paciente (p. ex., estado de saúde, impacto do tabagismona família, fatores econômicos)

Ação

Avaliar Determinar o desejo detentar parar

• se o paciente desejar parar, fornecer assistência (ver a seguir)• se o paciente não deseja parar, fazer intervençãomotivacional (os "cinco R's"; ver texto)

Auxiliar Ajudar o paciente a parar • ajudar o paciente a desenvolver um plano para parar (p. ex.,determinar data, preparar apoio social, modificar o ambiente)• fornecer aconselhamento prático (p. ex., evitar outrosfumantes, evitar uso de álcool, enfatizar a abstinência total,aprender com tentativas passadas)• promover um ambiente clínico de apoio• farmacoterapia recomendada, quando não contra-indicada• fornecer materiais complementares

Estratégias de Implementação

Documentar rotineiramente acondição de tabagismo de todos ospacientes a cada consulta

Planejar Agendar consulta deacompanhamentopessoalmente ou por telefone

• durante a primeira semana após a data de abandono, comum segundo acompanhamento durante o primeiro mês• parabenizar o sucesso ou revisar as razões para fracasso eestimular uma nova tentativa

Adaptado de US Public Health Service report6

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Continua na página 10

Todos os consultórios odontológicosdeveriam ao menos monitorar o usode tabaco pelos pacientes eaconselhar os fumantes a pararem defumar.4 Os profissionais deodontologia podem optar porimplementar serviços próprios paraabandono do tabagismo, encaminharos pacientes para serviços disponíveisna comunidade ou estimular adisponibilização desses serviços poroutros profissionais ou organizaçõesde saúde.4 No mínimo, osprofissionais de odontologia devemser capazes de orientar os pacientes aobterem informações que possamajudar em suas tentativas de pararde fumar.4

Além do aconselhamento e dosuporte social, auxíliosfarmacológicos são seguros e eficazespara aumentar a probabilidade deuma tentativa bem-sucedida deparar de fumar (Tabela 2).2,5,8 Aterapia de reposição da nicotinadestina-se a satisfazer o desejo dofumante pelo uso de nicotina, sem autilização de produtos derivados dotabaco.8 Gomas de mascar e adesivoscom nicotina são vendidos semprescrição nos Estados Unidos e noCanadá.6,8 Além disso, inaladores e

sprays nasais com nicotina podemser usados.6 O medicamentoantidepressivo bupropiona também éindicado para parar de fumar.6,8 Essadroga pode apresentar efeitosparticularmente benéficos, uma vezque pacientes deprimidosgeralmente apresentam índices desucesso mais baixos ao tentarabandonar o tabagismo, e algumaspessoas não deprimidas podem setornar deprimidas ao tentar parar defumar.9 Após treinamento adequadoou consulta com o médico dopaciente, os dentistas podemprescrever farmacoterapiaantitabagismo.2,5 As contra-indicações para cada terapia epossíveis interações entre as drogasnaturalmente devem serconsideradas antes de se recomendara farmacoterapia ao paciente.2,6,8

Se um paciente não quiser pararde fumar, recomenda-se umaintervenção motivacional com basenos cinco “Rs”: relevance, risks,rewards, roadblocks e repetition(importância, riscos, compensações,obstáculos e repetição).6 Em resumo,deve-se pedir ao paciente paraindicar a importância pessoal deparar de fumar, as conseqüências

negativas do tabagismo, benefícios deparar e obstáculos que dificultam oabandono do hábito. O clínico podeampliar as respostas do paciente,destacar pontos que sejam relevantespara a situação pessoal do paciente ousugerir formas de vencer as barreiraspara o abandono. A intervençãomotivacional deve ser repetida a cadacontato com o paciente.6

Ao lidar com pacientes quepararam de fumar recentemente, osprofissionais de odontologia devemreforçar a decisão do paciente,discutir os benefícios de abandonar ohábito e oferecer assistência para asdificuldades que o paciente estiverexperimentando.6

Quando se trata de parar de fumar, osprofissionais de odontologia podem fazera diferença. Eles tratam de fumantesdiariamente, podem facilmentereconhecer os efeitos do tabagismona saúde bucal e têm a oportunidadede incentivar os fumantes aabandonar o hábito. Se dentistas ehigienistas bucais não tiverem tempoe recursos suficientes para dedicar auma intervenção para o abandonodo tabagismo, recomenda-se queencaminhem os pacientes paraserviços específicos de auxílio paraparar de fumar. Por meio da reduçãoda prevalência do uso de tabaco,dentistas podem melhorar tanto asaúde bucal quanto a saúde geral dospacientes.

Tabela 2. Farmacoterapias de PrimeiraLinha para Parar de Fumar

Farmacoterapia

Adesivo deNicotina

Precauções/Contra-Indicações Efeitos Adversos Duração

Reação cutânea localInsônia

8 semanas

Goma de mascarcom nicotina

Irritação bucalDispepsia

Até 12 semanas

Inalador denicotina

Irritação local da bocae da garganta

Até 6 meses

Hidrocloretode bupropiona

InsôniaBoca seca

7-12 semanas;manutenção até6 meses

História de convulsãoHistória de distúrbiosalimentares

Adaptado de US Public Health Service report;6 o relatório também contém informações sobre farmacoterapias de segundalinha. A disponibilidade dessas farmacoterapias nas formas de venda com ou sem prescrição varia em cada país.

Referências

1. Johnson NW, Bain CA, EU-Working Groupon Tobacco and Oral Health. Tobacco and oraldisease. Br Dent J 2000;189(4):200-206.

2. Sandhu HS. A practical guide to tobaccocessation in dental of.ces. J Can Dent Assoc2001;67(3):153-157.

Page 4: Controle do Tabagismo na Prática Odontológica

página 4

A avaliação do risco e o controleda doença na prática privada têmsido recomendados nos últimos anoscomo forma de prescrever o tipo e aquantidade apropriados de serviçosprestados para determinadospacientes na prevenção da cáriedental e da doença periodontal. Aprevenção baseada no risco não é umconceito novo, mas poderia seraplicada, e funcionar, no consultórioodontológico?

período de seis meses por 15profissionais. Foi feita uma avaliaçãodo risco à cárie e à doençaperiodontal de cada paciente emcada consulta, e os dados foramcodificados para preservar aidentidade dos pacientes earmazenados eletronicamente. Osdados foram coletados nas seguintesáreas principais (mais a categoria“outros”):Indicadores de Risco à Cárie:Restaurações múltiplas, lesõescariosas múltiplas, má higiene bucal,superfícies radiculares expostas,condição/ história de flúor, fluxosalivar pequeno, bracketsortodônticos e nível elevado deStreptococcus mutans.Tratamentos de Prevenção à CáriePlanejados: Aconselhamento sobrehigiene bucal/ dieta, uso tópico deflúor, profilaxias/ retornos maisfreqüentes, prescrição de dentifrício/enxagüatório bucal com flúor,prescrição de enxagüatório bucalantimicrobiano, enxagüatórios comflúor vendidos sem prescrição,dentifrício com fosfato de cálcio e

O sucesso da aplicação daprevenção baseada no risco nessaárea depende de duaspressuposições:

1) de que os pacientes queapresentam risco aumentado serãoidentificados e;

2) uma vez identificados, receberãoterapia preventiva apropriada.

Para avaliar se isso é possível,Bader e colaboradores1 realizaramum estudo para avaliar as estratégiasde prevenção baseada no risco naprática odontológica privada. Foramfornecidas informações sobre 813pacientes adultos examinados num

A PrevençãoBaseada no RiscoPode Funcionar naPrática Privada?

NA PRÁTICAverniz com flúor.Indicadores de Risco à DoençaPeriodontal: Profundidade da bolsa,sangramento durante sondagem, máhigiene bucal, inflamação persistente,perda de inserção, tabagismo,aumento da profundidade da bolsa, ediabetes.Tratamentos PeriodontaisPreventivos Planejados: Programade retornos mais freqüentes, auxíliona higiene/ mais instrução,enxaguatório bucal antimicrobiano,dentifrício antimicrobiano eencaminhamento.Com base no número de indicadoresde risco para cada paciente, ossujeitos foram classificados emgrupos de risco alto ou moderado.Dos 813 pacientes, 4% foramconsiderados portadores de alto riscoe 29% portadores de risco moderadoà cárie; de modo similar, 7%apresentaram risco alto e 30% riscomoderado à doença periodontal. Onúmero de tratamentos planejadosfoi calculado para cada nível de risco;os números mostram que, em geral,os pacientes classificados como

A aplicação bem-sucedida daprevenção baseada no riscona prática privada pressupõeque pacientes que apresentamrisco aumentado serãoidentificados e, assim sendo,receberão terapia preventivaadequada

* Adaptado de Bader, et al, 30031

Nível de Risco à Cárie e Doença Periodontalversus Tratamentos Preventivos Planejados

Núm

ero

méd

io p

or p

acie

nte

Indicadores de riscoTratamentos preventivos

Risco alto à cárie Risco moderadoà cárie

Risco alto à doençaperiodontal

Risco moderado àdoença periodontal

0

0.4

0.8

1.2

1.6

2.0

2.4

2.8

Continua na página 10

Page 5: Controle do Tabagismo na Prática Odontológica

página 5

PÁGINAD E H I G I E N E

Continua na página 10

A Perda DentalCompromete aIngestão deAlimentos?

Uma vez que a função principaldos dentes é a mastigação,1,2 a perdadental pode reduzir a capacidademastigatória, o que leva a alteraçõesprejudiciais na escolha dosalimentos. Isso, por sua vez, podeaumentar o risco de doençassistêmicas específicas, já que a dieta ecertas condições de saúde, como a

saúde cardiovascular, estãointerligadas. Por exemplo, umaumento na ingestão de alimentosricos em colesterol e gordurassaturadas e uma diminuição naingestão de fibras elevaram o riscode doença cardíaca.3 Como grandeparte da população apresentaausência de dentes, o efeito nosriscos à saúde devido à perda dentalpode ter um impacto significativo.

Num dos maiores estudosdestinados a investigar a relaçãoentre a perda dental e a dieta, foramcoletados dados sobre a condiçãodental e a ingestão de alimentos enutrientes de 49 mil profissionais dosexo masculino.2 A figura à direitamostra a relação entre índicesselecionados de ingestão alimentar eo número de dentes dosparticipantes do estudo. Os valores

obtidos para aqueles com 25 a 32dentes servem como marca 100%,com a qual as outras medidas sãocomparadas. Valores correspondentespara aqueles com 24 a 32 dentesestão listados abaixo do eixo x.Como nem todas as medidas podemser inclusas no gráfico, aquelas quesão citadas no texto, mas nãodemonstradas no gráfico, sãoindicadas por uma marcação “DNE”(dado não exibido). Após ajuste paraidade, tabagismo, exercício eprofissão, verificou-se que a ingestãode vegetais, fibras alimentares(DNE), fibras cruas e caroteno foisignificativamente mais baixa,enquanto a ingestão total de calorias,colesterol (DNE) e gorduras (DNE)foi significativamente mais alta(p<0,005) nos participantesdesdentados em comparação com osparticipantes com 25 ou mais dentes.Não houve diferenças significativasna ingestão de vitamina C (DNE) oude frutas quando a ingestão de sucosde frutas (DNE) foi considerada. Noentanto, quando os sucos de frutasforam excluídos, análise adicional

demonstrou que existia umadiferença significativa nos alimentosduros de mastigar, como maçãs,pêras e cenouras entre osparticipantes desdentados e aquelescom todos os dentes.

Em um estudo deacompanhamento com o mesmocorte de profissionais do sexomasculino, foram realizadas análiseslongitudinais entre a perda dental eo consumo de alimentos e nutrientesespecíficos.1 Verificou-se que duranteum período de oito anos, osparticipantes sem nenhuma perdade dentes apresentaram reduçõesmaiores na ingestão diária degorduras saturadas, colesterol evitamina B12, e aumentos maioresna ingestão diária de fibras, carotenoe frutas, em comparação com osparticipantes com perda dental.Além disso, sujeitos que perderamcinco ou mais dentes estavamsignificativamente mais propensos(p<0,005) a parar de comer maçãs,pêras e cenouras em comparaçãocom aqueles que perderam quatrodentes ou menos. Até o momento,

Ingestão Diária de NutrientesSelecionados por Número de Dentes

Porc

enta

gem

com

para

da c

om a

quel

es q

uepo

ssue

m 2

5 a

32 d

ente

s

Calorias totais(kcal)

* Adaptado de Joshipura et al., 19962

80%

85%

Nenhum dente1 a 10 dentes11 a 16 dentes17 a 24 dentes

90%

95%

100%

105%

Fibras cruas(g)

Caroteno(UI)

Frutas (porções,excluindo sucos)

Vegetais(porções)

(Valor para 25a 32 dentes) (1.959 kcal) (5,8 g) (9,557 UI) (1,58) (3,57)

A perda dental está associadacom o consumo maior decalorias, colesterol egorduras, e menor de fibras,caroteno e vegetais.

Page 6: Controle do Tabagismo na Prática Odontológica

página 8

PÁGINAP E R I O D O N T A L

O Uso de Marcadoresde Inflamação paraDeterminar o Riscoàs DoençasPeriodontais

As doenças periodontais surgemde uma infecção bacteriana nostecidos que circundam os dentes,desencadeando uma respostainflamatória local subgengival.Doenças periodontais avançadas, queafetam aproximadamente 20% dapopulação adulta nos EstadosUnidos, podem provocar destruiçãoirreversível de tecido periodontal eperda de dentes. O diagnóstico deperiodontite é feito quando háevidências de perda de inserção entreo dente e os tecidos de suporte,aprofundamento da bolsa entre araiz do dente e os tecidos de suporte,e/ ou perda óssea observada atravésde radiografia.

Marcadores de Risco no FSGMediadores inflamatórios

presentes no fluido do sulco gengival(FSG) podem ser medidos e usadospara avaliar o risco dedesenvolvimento de periodontite.1Diversos estudos examinaram osníveis de mediadores inflamatóriosentre pacientes com doençaperiodontal. Por exemplo, mostrou-se que os níveis de prostaglandina E2do FSG e interleucina-1 estavamsignificativamente elevados nospacientes com periodontite emcomparação com controles epacientes com gengivite.1 Mostrou-setambém que vários tratamentosperiodontais reduzem os níveis de

prostaglandina E2 no FSG. Uma listados marcadores inflamatórios quepoderiam ser usados paradeterminar o nível de risco dedesenvolvimento de doençaperiodontal é apresentada na Tabela.Além disso, embora não sejammediadores da inflamação, proteínasespecíficas do osso como aosteonectina, fosfoproteína óssea,osteocalcina e colágenostelepeptídeos tipo 1 são liberadosdurante a reabsorção óssea no FSG etambém podem servir comomarcadores potenciais para doençasperiodontais.2

Seleção de Sítios paraAvaliação do FSG

A coleta de FSG é umprocedimento muito pouco invasivo.Os sítios de coleta para avaliação dosmediadores da inflamação no FSGvariaram entre os estudos queexaminaram seus níveis em pacientesperiodontais. Geralmente, foram

escolhidos um ou dois sítios porquadrante. Um estudo, entretanto,verificou que os mediadoresinflamatórios prostaglandina E2 doFSG e a interleucina-1 presentes noFSG aumentaram com o passar dotempo durante o período de seismeses do estudo em pacientes comperiodontite, tanto nas áreas comperda óssea quanto nas áreas estáveis

Os mediadores da inflamaçãoestão presentes tanto nas áreascom perda óssea quanto nasáreas estáveis sem perda ósseaem pacientes com periodontite.Isso sugere que a boca toda éafetada pela doençaperiodontal, e não apenasalgumas áreas da boca

Marcadores Inflamatórios Potenciaisdo Fluido do Sulco Gengival

Prostaglandinas • prostaglandina E2

Leucotrienos • leucotrieno B4

Tromboxanos • tromboxano B2

Citocinas • interleucina-1, -2, -4, -6, -10, -13; interferon-y; fatornecrosante tumoral

Quimiocinas • interleucina-8, RANTES, proteína 1 quimioatrativa demonócito, proteína-1 inflamatória de macrófago, proteína-10indutora de interferon

Receptores de quimiocina • receptor 5 de co-receptores de quimiocina (CCR5)Outros receptores • sCD14, proteína de ligação com lipopolissacarídeoMoléculas de adesão • selectinas, moléculas solúveis de adesão intercelularEnzimas • ß-glucuronidase, elastase neutrofílica, aspartato transaminase

neutrofílica, metaloproteinase-8 e -3 de matriz de colagenaseneutrofílica; outras metaloproteinases de matriz decolagenase; inibidores teciduais de metaloproteinases (TIMP)

sem perda óssea.1 O fato de áreasestáveis também exibirem níveis altosde mediadores da inflamaçãoprovavelmente deve-se ao fato de

De Champagne et al.1

Page 7: Controle do Tabagismo na Prática Odontológica

página 9

essas áreas terem sido amostradas empacientes que também apresentavamáreas com evolução de doença. Naverdade, durante a evolução dadoença, mediadores da inflamaçãosão liberados em todas as áreas daboca, incluindo aquelas com ou semperda óssea. Esse estudo tambémobservou que os níveis demediadores diferentes presentes noFSG estavam altamentecorrelacionados. Ou seja, quantomais alto o nível de prostaglandinaE2, mais alto o nível de interleucina-1no mesmo paciente. Essa descobertafaz sentido em vista do fato de quecélulas dentro dos tecidos gengivaispodem sintetizar prostaglandina E2via interleucina-1 e vice-versa.

Analisadas conjuntamente, essasdescobertas sugerem que a boca todaé afetada pela doença periodontal, enão apenas algumas áreas na boca.Essas descobertas têm implicaçõesimportantes para a seleção dos sítiosde coleta do FSG dentro da boca.Eles sugerem que diversos sítiosdevem ser selecionados para coletade FSG independentemente deapresentarem ou não perda óssea. Acondição de saúde periodontal dopaciente pode então ser baseada namédia dos níveis de FSG demediadores inflamatórios de todos ossítios amostrados.

Embora os kits comerciais parateste diagnóstico estejam setornando mais fáceis de usar, eles sãorelativamente caros, limitando adifusão do seu uso. Escolher omarcador mais apropriado também édifícil porque não se sabe qual delesfaz melhor diagnóstico preventivodas doenças periodontais. Da mesmaforma, os marcadores tambémavaliam estágios diferentes daperiodontite; mais especificamente,alguns marcadores podem medir o

Referências

1. Champagne CM, Buchanan W,Reddy MS, Preisser JS, Beck JD,Offenbacher S. Potential for gingivalcrevice .uid measures as predictors ofrisk for periodontal diseases.Periodontol 2000 2003;31:167-180.

2. Eley BM, Cox SW. Advances inperiodontal diagnosis 10. Potentialmarkers of bone resorption. Br Dent J1998;184(10):489-492.

estágio inflamatório agudo inicial,enquanto outros podem refletir a faseinflamatória crônica mais tardia. Umuso mais difundido dos testesdiagnósticos preventivos seria útil paraajudar a evitar a doença destrutiva e/ou progressiva, para tratar áreasespecíficas antes da ocorrência dedanos irreversíveis e para monitorar otratamento periodontal.2 Osinstrumentos objetivos de avaliação derisco serão revisados na próximaedição do PrevNews.

O programa de EducaçãoContinuada da Harvard

School of Dental Medicineestá disponível no site

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Page 8: Controle do Tabagismo na Prática Odontológica

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Editor chefe Chester Douglass,DMD, PhD; E.U.A.

Professor de Política de Saúde Oral eEpidemiologia da Harvard School ofDental Medicine e School of PublicHealth

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O Oral Care Report/ Prev News temo apoio da Colgate-PalmoliveCompany para os profissionais daárea de saúde bucal.

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Oral Care Report/Prev NewsCentro de Atendimento de Profissionais0800 703 9366Departamento de Relações ProfissionaisRua Rio Grande, 752São Paulo – SP- CEP 04018-002.

Para receber com antecedência as novasedições do PrevNews em inglês, increva-se no site www.colgateprofessional.com

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portadores de risco mais alto recebemmais tratamento relacionado à doençado que os pacientes com riscomoderado. Além disso, comparando-se os pacientes de risco alto e os derisco moderado com aqueles de riscobaixo, os dados históricos dosarquivos de pacientes do ano anteriormostraram uma diferença significativano número de procedimentosrestauradores realizados para cáries(1,62 versus 1,04, p = 0,006) e nonúmero médio de procedimentos detratamento periodontal realizados(0,67 versus 0,01, p < 0,001).

Os dados também indicaramdeficiências na identificação do risco enos tratamento planejados.Elucidações sobre os critérios usadospara avaliar o risco moderado à cárieforam recomendadas e, considerando-se o tratamento planejado para

Referência1. Bader JD, Shugars DA, Kennedy JE, HaydenWJ, Jr., Baker S. A pilot study of risk-basedprevention in private practice. JADA 2003;134(9):1195-1202.

adultos com risco elevado dedesenvolvimento de cáries, um usomaior de flúor e consultas maisfreqüentes de retorno foram tambémrecomendados.

A prevenção convencionalbaseada no risco pode seraplicada na prática clínica.

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3. Helgason AR, Lund KE, Adolfsson J,Axelsson S. Tobacco prevention in Swedishdental care. Community Dent Oral Epidemiol2003;31:378-385.

4. Monaghan N. What is the role of dentists insmoking cessation? Br Dent J 2002;193(11):611-612.

5. Warnakulasuriya S. Effectiveness of tobaccocounseling in the dental of.ce. J Dent Educ2002;66(9):1079-1087.

6. US Public Health Service. A clinical practiceguideline for treating tobacco use anddependence. A US Public Health Service Report.JAMA 2000;283(24):3244-3254.7. Tobacco Cessation Guideline 2003.www.surgeongeneral.gov/tobacco/default.htm.(Accessed 1 Dec 2003).

8. Lavelle C, Birek C, Scott DA. Are nicotinereplacement strategies to facilitate smokingcessation safe? J Can Dent Assoc2003;69(9):592-597.

9. Kinnunen T, Nordstrom B. Smoking cessationin individuals with depression. In: Palmer KJ,ed. Smoking Cessation. Hong Kong: ADISInternational Limited; 2000. pp. 35-48.

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esses estudos fornecem as melhoresevidências de associação entre perdadental e alteração na ingestãoalimentar, e sugerem seraconselhável incorporar avaliação dadieta e orientação em nutrição nasconsultas odontológicas parapacientes com perda dental, a fim deevitar riscos à saúde devido à umadieta deficiente.

Referências

1. Hung HC, Willett W, Ascherio A, Rosner BA,Rimm E, Joshipura KJ. Tooth loss and dietaryintake. JADA 2003;134(9):1185-1192.

2. Joshipura KJ, Willett WC, Douglass CW. Theimpact of edentulousness on food and nutrientintake. JADA 1996;127(4):459-467.

3. Willett WC. Diet and health: What shouldwe eat? Science 1994;264(5158):532-537.

No geral, com base nesse estudopiloto, Bader e colaboradoresconcluíram que a prevençãoconvencional baseada no risco naprática odontológica privada épossível. Edições futuras do PrevNewsdiscutirão esse assunto maisamplamente.

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Saúde Bucal é oNosso Negócio No Brasil, inúmeras são as regiões

onde é restrito o acesso ao dentista.Em sua maioria, são comunidadescom baixo grau de informação sobretratamento odontológico preventivo ecurativo. Atenta a essa realidade, aColgate-Palmolive patrocina o projetoBrasil Sorrindo, que comemorou dezanos de existência em dezembro doano passado, e é realizado sob ocomando do cirurgião-dentista DakerBicego.

Esse projeto – que faz parte das açõesdo programa Sorriso Saudável, FuturoBrilhante – já percorreu 80 cidades,levando educação para saúde bucal aaproximadamente 76 mil crianças deregiões menos favorecidas ou distantes.Para este ano, a meta do programa ébeneficiar mais 3,5 mil crianças dediversos municípios brasileiros.

Mar de sorrisosParticipam do projeto alunos de 1ª a4ª série do ensino fundamental deescolas da rede pública. Pacientes e

familiares recebem recomendaçõespara manter os dentes saudáveis e osorriso brilhante. As consultasodontológicas são gratuitas.

Ao todo são realizadas, em média,16 consultas por dia. As criançasrecebem atendimento curativo epreventivo, que pode envolverrestaurações, extrações, tratamentosgengivais e aplicação de flúor eselantes. Todo o trabalho é realizadonuma van, equipada com umconsultório odontológico completo.

EducaçãoAlém dessas ações, os cirurgiões-dentistas promovem um debate comas crianças, pais e profissionais ligadosà educação e à saúde para discutir aimportância da saúde bucal e daprevenção da cárie. Essa atividade érealizada de forma descontraída econta com apoio de recursosaudiovisuais e teatro de fantoches,providos pelo programa SorrisoSaudável, Futuro Brilhante.

O Brasil Sorrindo permanece pordois meses em cada município e atendea cerca de 700 crianças que, além dotratamento, recebem um kit com

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Dentistas levam saúde bucal a regiões distantes dos centros urbanos Os atendimentos são feitos no odontomóvel, uma vanequipada com um consultório odontológico completo

escova de dente, creme dental e umfolheto explicativo sobre higiene bucal.

Em cada consulta, os responsáveispelo atendimento registram asinformações do paciente num softwareespecialmente desenvolvido para esseprojeto. Cada vez que a equipe doBrasil Sorrindo passa pela cidade, osdados da nova visita são comparadoscom os dados das cidades anterioresresultando em uma análise da saúdebucal destas localidades.