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Práticas de gestão de conhecimento de usuários de ERP por meio de Redes Sociais Digitais Por Amilcar Furtado de Albuquerque Correa ORIENTADOR: Profº Dr. Alex Sandro Gomes

Correa, A. F. A., Práticas de gestão de conhecimento de usuários de ERP por meio de Redes Sociais Digitais, 2012. Dissertação (Mestrado em Pós-Graduação em Ciência da Computação)

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A pesquisa evidencia que no ambiente onde foi realizado o estudo de caso, foram encontrados no conteúdo dos diálogos, informação a cerca de processos de negócio associada aos fenômenos da gestão de conhecimento. O compartilhamento foi o fenômeno da gestão de conhecimento ratificado como de grande relevância para indivíduos e organizações como apontam os resultados obtidos com a aplicação do questionário. Com relação ao principal objetivo da pesquisa, observou-se que apesar da ligeira melhora nos indicadores de desempenho, não foi possível afirmar que existe uma correlação entre as informações sobre processos de negócio, registradas nos diálogos entre os membros da rede social digital, e o desempenho das equipes de suporte. Caberá a futuras pesquisas ratificar esta relação, que, se comprovada, poderá contribuir sobremodo à tecnologia de informação enquanto área provedora de serviços.

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Práticas de gestão de conhecimento de usuários de ERP por meio de Redes Sociais Digitais

Por Amilcar Furtado de Albuquerque Correa

ORIENTADOR: Profº Dr. Alex Sandro Gomes

   

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Índice  

 Índice  ...........................................................................................................................................  2  

Resumo  .......................................................................................................................................  9  

Abstract  ....................................................................................................................................  10  

1   Introdução  ..........................................................................................................................  11  

1.1   Problema e questão da pesquisa  .........................................................................  12  

1.2   Justificativa  ...............................................................................................................  13  

1.3   Objetivos  ...................................................................................................................  14  

1.3.1   Objetivos específicos  .........................................................................................  15  

1.4   Estrutura da pesquisa  .............................................................................................  15  

2   Práticas de gestão de conhecimento por meio de Redes Sociais Digitais  ..............  16  

2.1   Gestão de conhecimento  .......................................................................................  17  

2.1.1   Processos de gestão de conhecimento  ...........................................................  19  

2.1.2   Estratégias para a prática da gestão de conhecimento  ................................  21  

2.1.3   Práticas de gestão de conhecimento  ...............................................................  22  

2.2   Sistemas de gestão de conhecimento aplicados aos serviços de TI  ..............  23  

2.3   Gestão de conhecimento por meio de redes sociais digitais  ...........................  28  

2.3.1   Redes sociais digitais  .........................................................................................  28  

2.3.2   Gestão de conhecimento em redes sociais digitais  ......................................  29  

2.4   Gestão de conhecimento para suporte aos usuários de ERP via redes sociais digitais  .......................................................................................................................  32  

2.4.1   Caracterização de Sistemas ERP  ....................................................................  32  

2.4.2   Sistemas ERP e Processos de negócio  ..........................................................  33  

2.4.3   Ciclos de vida dos Sistemas ERP  ....................................................................  35  

2.4.4   Serviços de suporte a usuários de ERP  ..........................................................  37  

2.4.5   Gestão  de  conhecimento  de  suporte  para  usuários  de  ERP  ..................................  39  

2.4.6   Gestão de conhecimento de suporte para usuários de ERP via redes sociais digitais  ...................................................................................................................  46  

2.5   Conclusão  ................................................................................................................  46  

3   Método  ...............................................................................................................................  49  

3.1   Objetivos  ...................................................................................................................  49  

3.2   Objetivos específicos  ..............................................................................................  49  

3.3   Contexto organizacional  .........................................................................................  50  

3.4   Participantes  ............................................................................................................  50  

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3.5   Procedimentos  .........................................................................................................  52  

3.5.1   Primeira fase (F1) – Definição de contexto  .....................................................  53  

3.5.2   Segunda fase (F2) – Preparação do ambiente  ..............................................  55  

3.5.3   Terceira fase (F3) – Análise de conteúdo dos diálogos  ................................  56  

3.5.4   Quarta fase (F4) – Aplicação de Questionário  ...............................................  58  

3.5.5   Quinta fase (F5) – Análise dos indicadores de desempenho  ......................  59  

4   Resultados  .........................................................................................................................  60  

4.1   Identificação dos fenômenos da gestão de conhecimento na rede social digital corporativa  .................................................................................................................  60  

4.2   Analisar as Impressões da interação entre os participantes da pesquisa  ......  67  

4.3   Objetivo principal  .....................................................................................................  77  

5   Discussão  ..........................................................................................................................  79  

6   Conclusão  ..........................................................................................................................  82  

6.1   Dificuldades e Limitações  ......................................................................................  83  

6.2   Trabalhos futuros  ....................................................................................................  84  

6.3   Contribuições  ...........................................................................................................  84  

7   Referências  .......................................................................................................................  85  

ANEXO      A  -­‐  Questionário  de  Avaliação  ...................................................................................  96  

ANEXO      B  –  Formulário  de  consentimento  ............................................................................  99  

 

 

 

   

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RELAÇÃO  DE  FIGURAS  

Figura  1-­‐  Espiral  do  conhecimento.  .............................................................................................  17  Figura  2  –  Processos  e  áreas  de  desenho  da  Gestão  de  Conhecimento  –  Mertins  e  Heisig  (2009).  .........................................................................................................................................  19  Figura  3  -­‐  Modelo  de  gestão  de  conhecimento  de  Probst  (1997).  ..............................................  20  Figura  4  -­‐  Modelo  de  integração  das  abordagens  –  Canongia  (2004).  ........................................  31  Figura  5  -­‐  Ciclo  de  vidas  de  sistemas  ERP  –  Fonte  Souza  e  Zwicker  (2000).  ................................  36  Figura  6  -­‐  Detalhamento  dos  níveis  de  atendimento  de  suporte  de  central  de  serviços  de  suporte  por  meio  de  um  sistema  de  gestão  de  conhecimento  –  Adaptado  de  GUNNAR  ING  OMARSSON  2010.  .......................................................................................................................  44  Figura  7  -­‐  Fluxo  da  Relação  entre  usuários  e  a  central  de  serviços  de  suporte  por  meio  de  um  sistema  de  gestão  de  conhecimento  –  Adaptado  de  GUNNAR  ING  OMARSSON.  ......................  44  Figura  8  -­‐  Ciclo  de  gestão  de  conhecimento  baseado  no  modelo  de  TEHRANI  e  MOHAMED  (2011)  ..........................................................................................................................................  45  Figura  9  -­‐  Exemplo  de  um  fenômeno  de  criação  através  da  rede  ...............................................  61  Figura  10  -­‐  Usuário  constata  material  criado  pela  TI  –  compartilha  com  o  grupo  necessidade  de  revisão  (manutenção  ).  ...............................................................................................................  61  Figura  11  -­‐  Exemplo  de  material  criado  pela  equipe  de  TI  para  os  usuários  do  sistema.  ...........  62  Figura  12  -­‐  Exemplo  de  material  criado  pela  equipe  de  TI  para  os  usuários  do  sistema  ............  62  Figura  13  -­‐  Exemplo  de  registro  compartilhamento  de  informações  entre  usuários.  ................  63  Figura  15  –  Exemplo  de  diálogo  de  compartilhamento  e  uso  de  conhecimento  ........................  64  Figura  16  -­‐  Exemplo  de  diálogo  de  compartilhamento  e  uso  do  conhecimento  obtido  através  da  rede.  ............................................................................................................................................  64  Figura  17  -­‐  Exemplo  de  diálogo  de  indicando  a  necessidade  de  mudança  (manutenção  de  procedimento).  ...........................................................................................................................  65  Figura  18  –  Exemplo  de  registro  de  diálogo  indicando  –  compartilhando  informações  .............  65    

   

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RELAÇÃO  DE  QUADROS  

Quadro  1  -­‐  Dimensões  organizacionais  e  práticas  de  gestão  de  conhecimento  (GASPAR;  SANTOS;  KUNIYOSHI,  2011).  .......................................................................................................  23  Quadro  2  -­‐  Proposta  de  classificação  dos  sistemas  de  gestão  de  conhecimento  (PINTO;LOPES,  2006).  ..........................................................................................................................................  26  Quadro  3  -­‐  Categorias  de  fatores  críticos  para  implantação  de  sistemas  de  gestão  de  conhecimento  (CARVALHO,2008)  ...............................................................................................  27  Quadro  4  -­‐  Perfil  dos  participantes  da  pesquisa  .........................................................................  51  Quadro  5  -­‐  Fases  e  Atividades  da  Pesquisa.  ................................................................................  52  Quadro  6-­‐  Relação  de  grupos  de  usuários  do  Sistema  SURGEN  .................................................  54  Quadro  7  -­‐  Unidades  de  análise  de  conteúdo  .............................................................................  57  Quadro  8  -­‐  Categorias  de  análise  de  conteúdo  ...........................................................................  57  Quadro  9  -­‐  Dimensões  da  Análise  de  Conteúdo  ..........................................................................  58  Quadro  10  -­‐  Matriz  para  demonstração  dos  resultados  .............................................................  58  Quadro  11  -­‐  Grupos  de  avaliação  da  interação  dos  participantes  da  pesquisa  ..........................  68  Quadro  12  -­‐  Itens  de  avaliação  do  REDU  .....................................................................................  74  Quadro  13  -­‐  Lista  de  fatores  de  contribuição  ..............................................................................  75  Quadro  14  -­‐  Lista  de  fatores  inibidores  .......................................................................................  76    

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RELAÇÃO  DE  GRÁFICOS  

Gráfico  1  -­‐  Distribuição  do  percentual  de  respostas  do  Grupo  de  Classificação  GCL01.  .............  69  Gráfico  2  -­‐  Distribuição  do  percentual  de  respostas  do  Grupo  de  Classificação  GCL02.  .............  71  Gráfico  3  -­‐  Distribuição  do  percentual  de  respostas  do  Grupo  de  Classificação  GCL03.  .............  72  Gráfico  4  -­‐  Distribuição  do  percentual  de  respostas  do  Grupo  de  Classificação  GCL04.  .............  73  

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RELAÇÃO  DE  TABELAS    

Tabela  1  -­‐  Benefícios  Tangíveis  da  implantação  de  ERPS  sobre  processos  de  negócio  (COLANGELO,  2001)  ....................................................................................................................  35  Tabela  2  -­‐  Demonstrativo  da  aplicação  de  estratégias  de  suporte  para  gestão  de  serviços  de  TI  (ELEPHANT;  TURBITT,  2007)  ........................................................................................................  39  Tabela  3  –  Demonstrativo  de  atendimentos  de  suporte  ............................................................  53  Tabela  4  -­‐  Demonstrativo  de  ocorrências  dos  temas  de  análise  .................................................  66  Tabela  5  -­‐  Demonstrativo  de  ocorrências  dos  temas  de  análise  por  categoria  e  dimensão  .......  66  Tabela  6  -­‐  Distribuição  de  frequencias  das  unidades  de  análise  por  Dimensão  .........................  67  Tabela  7  -­‐  Distribuição  das  respostas  para  o  grupo  GCL01  .........................................................  69  Tabela  8  -­‐  Distribuição  de  respostas  do  grupo  GCL02  .................................................................  70  Tabela  9  -­‐  Distribuição  das  respostas  do  grupo  GCL03  ...............................................................  71  Tabela  10  -­‐  Distribuição  das  respostas  do  grupo  GCL04  .............................................................  72  Tabela  11  -­‐  Distribuição  das  respostas  do  grupo  GCL05  .............................................................  73  Tabela  12  -­‐  Distribuição  das  respostas  do  grupo  GCL6  ...............................................................  74  Tabela  13  –  Distribuição  das  respostas  de  avaliação  do  ambiente  REDU  ...................................  75  Tabela  14  -­‐  Distribuição  de  frequência  dos  fatores  de  contribuição  para  o  uso  de  Redes  Sociais  Digitais  .........................................................................................................................................  76  Tabela  15  -­‐  Distribuição  das  frequências  dos  fatores  inibidores  para  o  uso  de  Redes  Sociais  Digitais  .........................................................................................................................................  77  Tabela  16  -­‐  Comparativo  de  indicadores  de  desempenho  ..........................................................  78  Tabela  17  -­‐  Variação  dos  desvios  padrão  ....................................................................................  78    

 

   

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Agradecimentos

 

Penso que agradecer é mais que um verbo. Penso no agradecer como algo

concreto: agradecer é pura construção. Construção que se inicia com um ato

de amor que se transforma em vida: maior de todos os presentes.

Desde que nascemos estamos construindo coisas, caminhos e pontes que nos

remetem ao futuro. Tudo o que construímos por escolha, nos revela por

releitura, se soubemos dar ao nosso presente o sentido a tudo que nos cobra o

tempo. Só paramos de construir quando paramos de agradecer: quando enfim

nos tornamos história.

Agradeço pela vida, pelo amor de meus pais e por sua construção. Agradeço-

lhes também pelos primeiros caminhos, caminhos seguros. Agradeço-lhes

também pelos pilares para as primeiras pontes – não existem atalhos.

Agradeço à minha esposa. Estamos construindo um caminho juntos. Estamos

mostrando aos nossos filhos os primeiros caminhos seguros. A eles agradeço,

pois aprendi com a vida que eles também são pilares frutos. Frutos de uma

construção.

Nos caminhos que construí até hoje, pude encontrar muitas pessoas fazendo

os seus caminhos: pude acompanhá-las, ser acompanhado, pude ver e ser

visto, pude aprender e ensinar pude amar e ser amado. Felizes encontros:

novas possibilidades, novos caminhos, novas pontes, mais pilares, grandes

agradecimentos, extraordinárias construções.

Somos construtores por natureza. Construir é a essência da vida e enquanto

houver vida sempre será tempo de construir!

Portanto, agradecer.

Ao professor Alex Sandro Gomes, muito obrigado.

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Resumo

Esta pesquisa se propõe verificar o efeito dos fenômenos da gestão de conhecimento associados aos diálogos entre usuários de sistemas ERP e as equipes de suporte através de redes sociais digitais corporativas, quando no conteúdo desses diálogos, estão presentes informações relacionadas aos processos de negócio da organização. Como objetivos secundários: identificar através do conteúdo desses diálogos, que fenômenos da gestão de conhecimento estão associados a informações sobre processos de negócio e analisar as impressões dos usuários e analistas de suporte ao interagirem por meio dessa rede. Para analisar os efeitos dos fenômenos da gestão de conhecimento associados aos diálogos entre usuários de sistemas ERP e as equipes de suporte foram utilizados métodos de estatística descritiva para comparar o desempenho das equipes de suporte antes e depois de interagirem com os usuários de ERP por meio de uma rede social digital corporativa. Para a identificação dos fenômenos da gestão de conhecimento associados aos diálogos entre os usuários e as equipes de suporte, foi realizada uma análise de conteúdo desses diálogos. A classificação das impressões sobre o uso de uma rede social digital corporativa foi realizada através da aplicação de questionário. A pesquisa evidencia que no ambiente onde foi realizado o estudo de caso, foram encontrados no conteúdo dos diálogos, informação a cerca de processos de negócio associada aos fenômenos da gestão de conhecimento. O compartilhamento foi o fenômeno da gestão de conhecimento ratificado como de grande relevância para indivíduos e organizações como apontam os resultados obtidos com a aplicação do questionário. Com relação ao principal objetivo da pesquisa, observou-se que apesar da ligeira melhora nos indicadores de desempenho, não foi possível afirmar que existe uma correlação entre as informações sobre processos de negócio, registradas nos diálogos entre os membros da rede social digital, e o desempenho das equipes de suporte. Caberá a futuras pesquisas ratificar esta relação, que, se comprovada, poderá contribuir sobremodo à tecnologia de informação enquanto área provedora de serviços.

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Abstract

This research proposes to investigate the effect of the phenomena associated with knowledge management dialogues between users of ERP systems and support teams through corporate social networks, when the content of these dialogues are present information related to the business processes of the organization. As secondary objectives: to identify the content of these dialogues through which knowledge management phenomena are associated with information on business processes and analyze the perceptions of users and support analysts to interact through this network. To analyze the effects of the phenomena of knowledge management practices associated with dialogues between users of ERP systems and support teams were used descriptive statistical methods to compare the performance of support staff before and after interacting with users of ERPs by using a digital social network enterprise. For the identification of the phenomena associated with knowledge management dialogues between users and support teams, we conducted a content analysis of these dialogues. The classification of views on the use of a digital social network enterprise was accomplished through the use of questionnaire. The research shows that in the environment where the study was conducted in the case, were found in the content of the dialogues, information about business processes associated with the phenomena of knowledge management. The sharing was the phenomenon of knowledge management ratified as of great importance to individuals and organizations as indicated by the results obtained from the questionnaire. Regarding the main objective of the research, it was observed that despite the slight improvement in performance indicators, it was not possible to say that there is a correlation between the information about business processes, registered in dialogues between members of the social network digital, and performance support teams. It will be up to future research ratify this relationship, which, if proven, could contribute greatly to the information technology area while services provider.

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 1 Introdução

Nos últimos anos, muitos pesquisadores têm associado gestão de

conhecimento ao desenvolvimento das tecnologias de informação e

comunicação (LOPES, 2009). Essas novas tecnologias são caracterizadas por

sua capacidade de influenciar o comportamento dos fenômenos

organizacionais e afetam a maneira como as organizações têm enfrentado os

desafios da sociedade de informação (ABBASI, 2011). Ajudam a acelerar os

processos de gestão de conhecimento que são parte da estratégica corporativa

para o desenvolvimento do conhecimento coletivo e da aprendizagem contínua

(CARVALHO, 2008). As organizações que aplicam a gestão de conhecimento e

experimentam o efeito da aprendizagem tornam-se mais eficientes (PILLANIA,

2007).

No enfrentamento dos desafios contemporâneos, a aplicação da tecnologia por

meio dos sistemas de informação, principalmente os sistemas do tipo ERP,

transformou significativamente a maneira como as organizações passaram a

tratar vários de seus problemas e processos de negócio; sendo a tecnologia

considerada como um fator crítico no seu desenvolvimento e sua

competitividade (MCAFEE,2008).

O uso massivo dos sistemas de informação do tipo ERP contribuiu para o

desenvolvimento de práticas para a prestação de serviços corporativos de

tecnologia que atendessem às expectativas das organizações (DAMASCENO,

2009). Para transformar essas expectativas em realidade, é preciso uma

gestão de serviços por meio de pessoas, processos e tecnologias:

componentes desses serviços (BARBOSA, 2011). Dentre eles (os serviços de

tecnologia) está o suporte a usuários de sistemas ERP. Nesse contexto, a

gestão de conhecimento também se aplica e o uso de ferramentas

colaborativas e redes sociais digitais já foi evidenciado como fator de grande

relevância (CONGER, 2009).

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1.1 Problema e questão da pesquisa

Há evidências na literatura, de práticas de gestão de conhecimento através de

redes sociais digitais e de que essas práticas estão associadas à gestão de

serviços de tecnologia de informação. Nesse contexto está o suporte aos

sistemas do tipo ERP e seus usuários.

Sobre os sistemas do tipo ERP, há registros dos efeitos positivos de sua

aplicação nas organizações e seus processos. Também há registros de que o

conhecimento sobre os processos de negócio tornam o uso desses sistemas

mais assertivo por parte de seus usuários.

As equipes de suporte de tecnologia têm utilizado as redes sociais digitais e

isso tem influenciado seu desempenho e apoiado nas práticas de gestão de

conhecimento dos usuários de sistemas ERP com a finalidade de melhorar a

operação desses sistemas e suas funcionalidades.

A prestação dos serviços de suporte a usuários de ERP implica no

estabelecimento de uma relação entre as equipes de suporte e os usuários

através de um fluxo estabelecido por níveis de domínio de conhecimento. O

relacionamento entre usuários e equipes de suporte já foi observado nos

ambientes das redes sociais digitais. Nesses ambientes foram constatadas

práticas da gestão de conhecimento originadas dessa relação.

O que ainda não aparece respondido na literatura é se é possível melhorar o

desempenho dos serviços de suporte a usuários de ERP em relação ao tempo

de solução e a quantidade de atendimentos realizados, por intermédio de

fenômenos da gestão de conhecimento associados aos diálogos entre os

usuários e as equipes de suporte através de uma rede social digital corporativa,

quando no conteúdo desses diálogos, estão presentes informações

relacionadas aos processos de negócio da organização.

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1.2 Justificativa

Há mais de vinte cinco anos, atuo no setor de tecnologia de informação e

comunicação (TIC). O foco de minhas atividades sempre foi aplicação de

ferramentas de gestão corporativa e de automação. Ora atuando no

desenvolvimento de programas, ora como analista de sistemas, ora gestor de

projetos, ora como gerente corporativo de TIC. Também tive a oportunidade de

prestar serviços consultivos na implantação de sistemas e melhoria de

processos de negócio. Ao longo desse período venho colecionando e

registrando impressões sobre o uso de ferramentas de software para gestão

corporativa, a relação entre os seus usuários e os processos que executam e

os serviços de apoio para uso adequado aos contextos onde são aplicadas.

Através dessas vivências cheguei a constatações particulares:

a) Embora novíssimas tecnologias sejam trazidas ao cerne das questões

corporativas, os problemas de ordem administrativa e processual são os

mesmos desde que passaram a fazer parte do cotidiano empresarial.

Não houve alteração no processo de escrita contábil, nos controles de

estoques, financeiro, clientes e fornecedores. É fato que algumas

etapas desses processos foram automatizadas e melhoradas, mas eles

ainda são os mesmos em essência.

b) Poucas organizações que conheço preocupam-se em mapear seus

processos de negócio com o intuito de estudá-los e melhorá-los. Nelas,

assim como não há documentação adequada dos processos não há

documentação adequada sobre o uso das ferramentas de software que

lhes suportam.

c) Em poucas, das organizações que conheço, as equipes de suporte a

sistemas de informação registram o conhecimento relacionado ao uso

das ferramentas e sua relação direta com os processos de negócio para

os quais foram concebidas.

d) Documentar os processos de negócio me parece uma grande

oportunidade para a transferência de conhecimento entre usuários de

sistemas de informação.

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e) A revisão da documentação sob a ótica da melhoria dos processos

produz mais conhecimento sobre os processos e sobre sua relação com

as aplicações que lhe suportam.

f) Em cenários de transformação, a gestão do conhecimento é de grande

importância para as pessoas e para as empresas.

g) Viabilizar redes sociais corporativas pode contribuir no processo de

gestão de conhecimento dos processos de negócio e tornar a utilização

dos sistemas de informação mais assertiva.

h) Usuários de sistemas ERP que conhecem os processos de negócio de

suas organizações melhor utilizam esses sistemas.

i) Nas organizações aonde trabalhei a demanda por serviços de suporte a

usuários de sistemas ERP sempre foi grande, e um dos principais

indicadores de desempenho desses serviços eram o tempo de solução e

o número de consultas feitas ao suporte.

A partir de minhas vivências e crenças pessoais, penso que pesquisar sobre as

práticas de gestão de conhecimento entre os usuários de ERP e as equipes de

suporte ajude as organizações a estabelecer novos paradigmas de eficácia no

suporte àqueles usuários. Esses paradigmas seriam traduzidos na melhoria do

desempenho dos serviços quanto ao tempo de solução e a quantidade de

atendimentos realizados. Nesse contexto, imagino as redes sociais digitais

corporativas como o ambiente onde esse processo ocorreria.

1.3 Objetivos

Esta pesquisa se propõe verificar o efeito dos fenômenos da gestão de

conhecimento associados aos diálogos entre usuários de sistemas ERP e as

equipes de suporte através de redes sociais digitais corporativas, quando no

conteúdo desses diálogos, estão presentes informações relacionadas aos

processos de negócio da organização.

 

 

 

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1.3.1 Objetivos específicos  

Como objetivos específicos:

a) Identificar através do conteúdo dos diálogos entre usuários de ERP e

equipes de suporte, que fenômenos da gestão de conhecimento estão

associados a informações sobre processos de negócio

b) Analisar as impressões dos usuários e analistas de suporte ao

interagirem por meio dessa rede através de questionário

1.4 Estrutura da pesquisa A pesquisa está estruturada em sete capítulos. No primeiro capítulo é

contextualizado o tema investigado, apresentada a definição do problema e a

questão da pesquisa, a justificativa para o desenvolvimento da pesquisa, o

objetivo geral e os objetivos específicos e sua estrutura.

No capítulo 2 são apresentadas as revisões da literatura a respeito da gestão

de conhecimento, sobre seus principais processos, sobre as estratégias

adotadas para a sua prática no ambiente corporativo, e a importância da

estruturação dessas práticas. Também são abordados aspectos ligados aos

sistemas de informação e sua aplicação na gestão de conhecimento

corporativa e na gestão de serviços de tecnologia de informação. Em seguida a

gestão de conhecimento é apresentada no contexto das redes sociais digitais

que também são utilizadas para o provimento de serviços de suporte a

usuários de sistemas ERP e para a realização de práticas de gestão de

conhecimento para esses usuários. Nesse contexto os sistemas ERP são

caracterizados e é apresentada a sua relação com os processos de negócio

corporativos. Em seguida é apresentado é feito o suporte a usuários dessas

ferramentas e a relação que existe entre esses usuários e as equipes de

suporte. Por fim é observada a questão da gestão do conhecimento de suporte

para usuários de ERP através das redes sociais digitais.

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Os capítulos 3, 4, 5, 6 e 7, apresentam respectivamente, o método da

pesquisa, a apresentação dos resultados, a discussão a respeito dos

resultados obtidos, a conclusão do trabalho e as referências.

2 Práticas de gestão de conhecimento por meio de Redes Sociais Digitais

 

Neste capítulo será apresentada a revisão da literatura sobre o uso de redes

sociais na gestão de conhecimento no ambiente corporativo. Na primeira seção

serão apresentados aspectos da gestão de conhecimento, seus processos,

principais estratégias adotadas para as práticas de gestão de conhecimento no

ambiente corporativo e a importância da estruturação dessas práticas. Na

segunda seção serão abordadas questões ligadas aos sistemas e ferramentas

aplicadas à gestão do conhecimento. Na terceira seção serão observados

aspectos sobre as redes sociais digitais e a inserção da gestão de

conhecimento nesses ambientes. Na quarta seção será apresentada a revisão

de literatura a respeito da gestão de conhecimento para suporte aos usuários

de sistemas ERP por meio de redes sociais digitais. Nela serão caracterizados

os sistemas ERP, sua relação com os processos de negócio corporativos, os

ciclos de vida desses sistemas, os serviços de suporte a essas ferramentas de

gestão. Ainda na quarta seção são caracterizados os usuários de ERP, as

equipes de suporte a esses usuários e sua relação. Por fim serão vistos os

aspectos da gestão de conhecimento de suporte para usuários de sistemas

ERP através das redes sociais digitais. Na quinta seção ser apresentada a

conclusão estabelecida a partir da revisão da literatura.

Page 17: Correa, A. F. A., Práticas de gestão de conhecimento de usuários de ERP por meio de Redes Sociais Digitais, 2012. Dissertação (Mestrado em Pós-Graduação em Ciência da Computação)

   

2.1 Gestão de conhecimento

A Gestão de Conhecimento é considerada uma jovem ciência interdisciplinar

com raízes nas ciências administrativas, tecnologia de informação, pedagogia,

psicologia e teoria organizacional (CORTADA; WOODS 2000). É vista como

um processo de coleção, distribuição e uso eficiente dos recursos de

conhecimento (GONZALEZ, 2009).

O conhecimento tem sido definido como familiaridade adquirida através de

estudo, investigação, observação ou experiência e também pode ser visto

como o acréscimo das capacidades individuais de tomar decisões (PARK;

LEIDNER, 1999). Para Nonaka (1991), o conhecimento está dividido em tácito

e o explícito e pode ser convertido através de quatro processos: socialização,

externalização, internalização e combinação. A Figura 1 apresenta os

processos de conversão do conhecimento tácito em explícito.

Figura  1-­‐  Espiral  do  conhecimento.

Para Aurum, Daneshgar e Ward (2008) o conhecimento tácito está guardado

de forma não estruturada na mente do indivíduo na forma de memórias,

habilidades, experiências, educação, imaginação, criatividade. Já o

conhecimento explícito é estruturado através arquivos, livros, bases de dados,

bibliotecas.

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Para King (2009), a gestão de conhecimento é vista como uma estratégia a ser

desenvolvida para garantir que o conhecimento seja alcançado pelas pessoas

certas no tempo certo e que essas pessoas compartilhem e usem desse

recurso para aumentar a eficiência organizacional. É um conjunto de

procedimentos, infraestruturas e ferramentas desenhadas para criar,

compartilhar e elevar os níveis de conhecimento dentro das organizações

(LOPEZ, 2009).

A gestão de conhecimento é uma especialidade da Administração que aplica

técnicas desta área de conhecimentos para gerir o conhecimento como recurso

utilizado pelos indivíduos da empresa no seu cotidiano e é considerada como

um processo sistemático, organizado, explícito, deliberado e contínuo de criar,

disseminar, aplicar, renovar e atualizar o conhecimento para alcançar os

objetivos organizacionais (GASPAR,2011).

Dignum (2004) propõe a gestão de conhecimento como uma abordagem

sistemática que observa os conhecimentos tácitos e explícitos como recursos

estratégicos para estabelecer novos paradigmas de inovação, qualidade,

eficiência de custos e atendimento às demandas do mercado através do

aumento dos conhecimentos individuais, coletivos e organizacionais.

A gestão do conhecimento é:

A coordenação deliberada e sistemática de pessoas, tecnologias, processos e estrutura da empresa na busca da criação de valor através do recurso do conhecimento e inovação. Essa coordenação é realizada através da criação, compartilhamento e aplicação do conhecimento por meio de alimentação de valiosas lições aprendidas e das melhores práticas dentro da memória corporativa, fomentando continuamente a aprendizagem organizacional (DALKIR, 2005).

O objetivo da gestão do conhecimento é transformar o conhecimento tácito em

explícito e permitir que o conhecimento explícito seja partilhado entre pessoas

e grupos dentro das organizações e entre elas, promovendo o aumento da

eficiência organizacional (CHEN; HUANG, 2009). Neste sentido Guallupe

(2001) e Pillania (2007), afirmam que organizações que aplicam a gestão de

conhecimento experimentam o efeito da aprendizagem e da comunicação para

torná-las mais eficientes.

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2.1.1 Processos de gestão de conhecimento  

Estudos de vários pesquisadores indicam que a aplicação da gestão de

conhecimento nas organizações requer a utilização de modelos de implantação

que observem as relações entre a organização e os processos da gestão de

conhecimento.

Bergeron (2003) identifica um modelo com oito processos: criação ou

aquisição, modificação, uso imediato, armazenamento, transferência,

redefinição de finalidade, acesso e disponibilidade. Ruggles (1997) sugere um

outro modelo com apenas três processos: geração (criação, aquisição, síntese,

fusão, adaptação), codificação (captura, representação) e transferência.

Firestone (2003) propõe um modelo que inclui dois processos: produção

(avaliação, formulação, aprendizagem individual e em grupo, aquisição,

conhecimento organizacional) e integração (disseminação, treinamento,

pesquisa, compartilhamento, organização da base de conhecimento

distribuída).

Mertins e Heisig (2003) propuseram um modelo que estabelece de forma clara

as relações que existem entre os processos da gestão de conhecimento e os

aspectos diretamente ligados à organização. O modelo é composto por três

camadas ou níveis conforme a Figura 2.

Figura  2  –  Processos  e  áreas  de  desenho  da  Gestão  de  Conhecimento  –  Mertins  e  Heisig  (2009).  

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As camadas, ou níveis do modelo proposto por Mertins e Heisig (Ibid.) são:

• Agregação de valor aos processos de negócio (primeiro nível) – base para todas as atividades de gestão de conhecimento e para as áreas de aplicação dos processos de conhecimento.

• Núcleo dos Processos de gestão de conhecimento (segundo nível) - os processos de conhecimento devem estar integrados aos processos de negócio. O conhecimento deve ser considerado como um recurso a ser utilizado por estes processos (geração, aplicação, disseminação e armazenagem).

• Áreas de desenho - áreas ou dimensões através das quais é viabilizada a implantação da gestão de conhecimento em um ambiente corporativo (controles, políticas e regras da organização, cultura, recursos humanos, tecnologia e liderança).

Probst (1997) propõe outro modelo baseado na compatibilidade entre os

conceitos de processos de negócios e sua relevância à organização. O modelo

é orientado a problemas, sua compreensão e resolução. A Figura 3 apresenta

o modelo de Probst.

Figura  3  -­‐  Modelo  de  gestão  de  conhecimento  de  Probst  (1997).

Como representado na Figura 3, o modelo estabelece uma inter-relação entre

os diferentes processos previstos na gestão do conhecimento que estão

orientados a cumprirem seus objetivos. O modelo proposto por Probst pretende

alcançar três objetivos básicos: normativos (tratam com as questões de suporte

à cultura organizacional), estratégicos (ligados ao conhecimento e

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competências desejados e necessários para planejamento de longo prazo) e

operacionais. O modelo estabelece também um conjunto de processos de

medição, necessários para aferição das estratégias utilizadas na gestão de

conhecimento. Os demais processos são: identificação, aquisição,

desenvolvimento, disseminação, preservação e uso.

De acordo com o exposto, existem vários modelos propostos para a

implantação da gestão de conhecimento no ambiente corporativo. Os modelos

propostos estabelecem um conjunto de processos como criação,

disseminação, transferência e armazenagem de conhecimento e suas relações

com os processos de negócio e estratégias corporativas, além de sua ligação

com questões como estrutura organizacional, lideranças, políticas, tecnologias,

recursos humanos e controles.

2.1.2 Estratégias para a prática da gestão de conhecimento Para Hansen (1999) existem duas estratégias para o estabelecimento da

prática da gestão do conhecimento: uma através de processos de codificação e

outra de personalização. A estratégia de codificação está baseada em

conhecimento explícito, através da estruturação de bases de conhecimento

acessíveis e armazenadas em repositórios de fácil acesso e manutenção. Já a

estratégia de personalização baseia-se nos contatos diretos entre os indivíduos

da organização com o objetivo de compartilharem conhecimentos e

experiências.

Greiner, Bohmann e Krumar (2007), observaram a aplicação das duas

estratégias em companhias alemãs e suíças e perceberam que em

determinadas situações ou organizações que lidam com demandas

específicas, a melhor estratégia para a implantação da gestão do

conhecimento é a personalização; já para organizações que lidam com o

atendimento de demandas similares ou produção continua em série, a melhor

estratégia é a codificação.

Ribiere (2010) propõem outra estratégia para a aplicação da gestão de

conhecimento: baseada em inovação. Esta estratégia atua com base nas

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demandas do mercado, em tendências sociais e tecnológicas e por meio do

conhecimento coletivo e da diversidade dos indivíduos. No contexto

corporativo, uma das prioridades no suporte à competitividade é a inovação. A

economia global, baseada em conhecimento, demanda que as organizações

estabeleçam processos de inovação. Os processos de inovação precisam ser

suportados por tecnologias de vários tipos: de aplicações tradicionais como os

sistemas corporativos de gestão (ERPs) a redes sociais digitais.

Como visto, a prática da gestão de conhecimento requer a definição de uma

estratégia. Conforme o contexto, a estratégia a ser utilizada atenderá a

demandas em série ou à dinâmica dos relacionamentos entre organizações

que exigem rapidez na promoção de soluções. Neste sentido lança-se mão da

codificação ou personalização respectivamente. Para atender às demandas

cada vez mais urgentes, as organizações buscam mecanismos de inovação e

utilizam o conhecimento coletivo e a diversidade corporativa, tendências

observadas nas redes sociais digitais.

2.1.3 Práticas de gestão de conhecimento A consolidação das práticas de gestão de conhecimento no ambiente

corporativo requer por parte da organização o desenvolvimento de algumas e

iniciativas e cuidados (JONES; LEONARD, 2009): apoio da alta direção,

estabelecimento de comitê formal para a gestão de conhecimento, incentivos

baseados em qualidade e comunicação e o uso de tecnologia de informação.

Nesse contexto a tecnologia da informação favorece o aumento das atividades

corporativas que é um fator de sucesso para as práticas de gestão de

conhecimento organizacional (WILD; GRIGGS, 2008).

Gaspar (2011) estruturou as práticas de gestão de conhecimento a partir das

dimensões organizacionais e fenômenos da gestão do conhecimento

ratificando a relação desses fenômenos com as estruturas organizacionais.

Uma das dimensões definidas é a tecnologia, considerada pelo autor, como um

dos pilares modernos para a sustentação das práticas estruturadas da gestão

de conhecimento corporativa. O Quadro 1 apresenta a relação entre as

dimensões organizacionais e os fenômenos da gestão de conhecimento.

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Quadro  1  -­‐  Dimensões  organizacionais  e  práticas  de  gestão  de  conhecimento  (GASPAR;  SANTOS;  KUNIYOSHI,  2011).  

Como visto, a consolidação das práticas da gestão de conhecimento em uma

organização requer o desenvolvimento de ações e cuidados que estão ligados

às dimensões organizacionais: estratégias, estrutura, pessoas e cultura

organizacional, processos e tecnologia. Nesse contexto o emprego da

tecnologia é um dos grandes pilares para as práticas da gestão de

conhecimento corporativa.

2.2 Sistemas de gestão de conhecimento  

Segundo Url (2001), sistemas de gestão de conhecimento podem ser definidos

como uma classe de sistemas de informação aplicados à gestão para apoio à

criação, armazenamento, transferência e aplicação do conhecimento. Para

Gonzalez (2009), sistemas de gestão de conhecimento são definidos e

desenvolvidos para suportar o processo de decisão das organizações. São

baseados em tecnologias de informação e sua utilização apóia as organizações

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na obtenção de vantagens competitivas ajudando no desenvolvimento de seus

planos estratégicos, no desenvolvimento do conhecimento coletivo, na

aprendizagem contínua e na tomada de decisões (CARVALHO, 2008)

(PAQUETTE, 2008) (FIRESTONE,2003) (SERRANO,2003).

Segundo Chadha e Kapoor (2010) podem ser consideradas ferramentas ou

sistemas para gestão do conhecimento: vídeo-conferência, banco de dados,

groupware, sistemas de apoio à decisão, extranet, páginas amarelas

corporativas, Internet, correio eletrônico, Wikis e data warehousing. A aplicação

consorciada dessas tecnologias à gestão do conhecimento melhora a

produtividade das organizações e dos indivíduos (GASPAR; SANTOS;

KUNIYOSHI, 2011) (MAIER; REMUS,2003). Sobre a melhoria do desempenho

de pessoas e organizações Al-Busaidi (2005) mostra que 51 % dos

funcionários de uma companhia de petróleo melhoraram seu próprio

conhecimento e 76 % dos funcionários citaram benefícios relacionados à

melhoria de seu desempenho e redução de riscos através do uso de sistemas

de gestão de conhecimento.

No Brasil são vários os registros a respeito da aplicação bem sucedida das

práticas e sistemas de gestão de conhecimento. A Empresa Denso, fabricante

de autopeças, utilizou sistemas de gestão de conhecimento para apoio nos

processos de qualidade (OUTI; STRAUHS, 2010). A Construtora Norberto

Odebrecht também utilizou de práticas e sistemas de gestão de conhecimento

para o estabelecimento de fóruns internacionais para fomento de novos

negócios (MIRANDA; MAZZOLA, 2010). A Fundação Centro de Referência em

Tecnologias Inovadoras também utilizou práticas de gestão de conhecimento

associadas ao uso de sistemas de gestão de conhecimento para

estabelecimento de novos paradigmas de inovação em projetos (GONCALVES,

2010). A Petrobrás utilizou sistemas de gestão de conhecimento para realizar

mineração de conhecimento para a priorização de projetos corporativos

(RODRIGUEZ, 2010).

Uma revisão literária feita sobre sistemas de gestão de conhecimento verificou

que algumas das classificações são iguais, divergindo apenas na

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nomenclatura. Em outros casos alguns sistemas podem ser classificados em

mais de uma categoria já que atendem a uma grande quantidade de

funcionalidades. O Quadro 2 apresenta as classificações dispostas na

literatura.

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Quadro  2  -­‐  Proposta  de  classificação  dos  sistemas  de  gestão  de  conhecimento  (PINTO;LOPES,  2006).

Autor(es) Classificação proposta Autor(es) Classificação proposta

Davenport e Prusak (Davenport, 1998)

Sistemas periciais e de inteligência artificial /Repositórios de conhecimento / Sistemas de conhecimento em tempo real / Ambientes de conhecimento baseados na web / Sistemas de análise de prazo mais longo

George Mason University (Mason, 1998)

Intranets /Sistemas de colaboração (Groupware) /Gestão de activos intelectuais / Gestão de conhecimento /Data Warehouse / Gestão de trabalho colaborativo com clientes /Sistemas workflow / Gestão de documentos /

Jackson(Jackson, 1999) Sistemas de gestão de documentos / Gestão da informação / Pesquisa e indexação / Sistemas especialistas / Comunicação e colaboração / ativos intelectuais /

Microsoft(Microsoft, 2000) Sistemas de colaboração (Groupware) / Gestão de conteúdos / Business Intelligence / Gestão de documentos / Fluxos de processos (workflow) / Aprendizagem on-line /

Wensley (Wensley, 2000)

Ferramentas baseadas na Internet / Bases de dados tradicionais /Ferramentas de gestão e modelação dos processos / Gestão de workflow/ Gestão dos recursos da empresa (ERM/CRM)/ Ferramentas baseadas em agentes /Portais, ferramentas de pesquisa e navegação / Ferramentas de consulta / Ferramentas colaborativas / Realidade virtual /

Baroni (Baroni, 2000) Ferramentas baseadas na intranet /Gestão electrónica de documentos / Sistemas de colaboração (Groupware) / Fluxos de processos (Workflow) / Bases inteligentes de conhecimento / Business Intelligence / Mapas de conhecimento / Ferramentas de apoio à inovação / inteligência competitiva /

Queen´s University atKingston

Intranets / Sistemas de acesso à informação / Sistemas de gestão de bases de dados / Sistemas de gestão de documentos / Sistemas de colaboração (Goupware) / Agentes inteligentes / Sistemas especialistas /

European KM Forum (European KM, 2001)

Data Mining / Sistemas baseados em regras / Sistemas baseados em casos / Bases de dados / Data warehouse / Redes semânticas / Ontologia / Motores de pesquisa / Gestão electrónica de documentos / Acesso orientado por ontologia / Sistemas workflow / Groupware / Sistemas Multi-agentes /

Loureiro(Loureiro, 2003) Internet / Sistemas periciais e de inteligência artificial / Sistemas de gestão de documentos / Sistemas de groupware e de workflow / Sistemas baseados em tecnologia Push e agentes / Data Warehouses e Data Mining /

Rus e Lindvall(Lindvall, 2003)

Gestão de documentos e conteúdos / Mapas de conhecimento / Sistemas de colaboração (Groupware) / Ferramentas de apoio à inovação / Redes de especialistas / Gestão de competências / Gestão da propriedade intelectual / Sistemas de ensino à distâncias (e-learning) / Sistemas de relacionamento com clientes / Portais do conhecimento /

Nantel(Nantel, 2003) Business Intelligence / Gestão de processos de negócio/Workflow / Ferramentas colaborativas / Gestão de documentos/conteúdos / Gestão de relacionamentos com clientes (CRM) / Ferramentas de integração de dados / Ferramentas de infra-estrutura / Ferramentas de pesquisa e acesso a documentos / Portais colaborativos / Localização de competências / Sistemas de apoio à decisão e Localização de especialistas /

América(America, 2004) Ferramentas de busca e pesquisa de informação / Distribuição personalizada de informação / Ferramentas de trabalho em grupo / Portais corporativos / Ferramentas de simulação

Gramatikov(Gramatikov, 2004)

Sistemas de gestão de documentos /Bases de dados, análise estatística de dados e datamining / Sistemas de planeamento de recursos (ERP) / (CRM) / Sistemas de gestão contabilística e financeira / Aplicações baseadas em tecnologias Internet ou intranet / Sistemas de encaminhamento de mensagens /

Amaral e Pedro(Amaral, 2004)

Descoberta de conhecimento / Criação de conteúdo / Infra-estrutura / Pesquisa de informação / Perfis de competência/experiência / Partilha de conhecimento / Sense Making /

Carvalho e Ferreira(Carvalho e Ferreira,

Sistemas baseados em intranet /Sistemas de gestão electrónica de documentos / Groupware /Workflow / Sistemas baseados em Inteligência Artificial /Business Intelligence / Mapas de conhecimento / Ferramentas para suporte à inovação /

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Com base no Quadro 2 é possível resumir que sistemas de gestão de

conhecimento são sistemas de informação ou ferramentas cujos objetivos são

a criação, manutenção e compartilhamento de bases de dados ou repositórios

de ativos de conhecimento gerados nas organizações através das experiências

de seus funcionários durante suas práticas diárias.

Carvalho (2008) observou a existência de fatores críticos de sucesso para a

implantação de sistemas de gestão de conhecimento, categorizando-os em 10

grupos. Para cada grupo estabelece um conjunto específico de fatores

conforme o Quadro 3.

Quadro  3  -­‐  Categorias  de  fatores  críticos  para  implantação  de  sistemas  de  gestão  de  conhecimento  

(CARVALHO,2008) CATEGORIA   FATORES  CRÍTICOS  DE  IMPLANTAÇÃO  

Infra-­‐estrutura  Tecnológica  

Utilização  de  plataformas  comuns;  Existência  de  vários  níveis  de  segurança  para  utilizadores;  Desenvolvimento  de  um   ambiente   amigável;   Existência   de   uma   infra-­‐estrutura   tecnológica   capaz   de   suportar   o   novo   sistema;  Implementação  de  todos  os  postos  de  trabalho  ligados  em  rede.  

Estrutura   do  Conhecimento  

Alteração  constante  do  conhecimento  capturado  sobre  os  indivíduos  da  organização;  Alteração  das  atividades  dos  processos   de   negócio,   pelo   aparecimento   de   novas   necessidades;   Facilidade   na   pesquisa   do   conhecimento   útil;  Tempo  gasto  na  extração  de  conhecimento.  

Suporte   da   alta  Gestão    

Apoio  da  alta  administração  no  projeto;  Compreensão  da  alta  administração  da  necessidade  de  recursos   (tempo,  dinheiro,   pessoal,   etc.)   necessários;   Experiência   e   aptidões  do   gestor   de  projeto;  Dedicação   a   tempo   integral   do  gestor  de  projeto;  Capacidade  do  gestor  de  projeto  gerir  conflitos;  Capacidade  do  gestor  de  projeto  promover  o  uso  do  SGC  através  de  um  clima  favorável;  Capacidade  do  gestor  do  projeto  comunicar  os  objetivos;  Espírito  forte  de  liderança  e  compromisso  do  gestor  do  projeto.  

Formação   e  Treinamento  

Facilidade   em   descobrir   todas   as   funcionalidades   do   sistema;     Complexidade   do   sistema;   Número   de   horas  destinado  à  formação  e  treino;  Idioma  usado  pelo  sistema.  

Motivação,  Valorização   e  Incentivos  

Utilização  de  incentivos  estruturais;  Valorizar  funcionários;  Motivar  funcionários.  

Criação   e  implementação  de   estratégias   e  de  processos  

Existência   de   uma  direção  para   identificar   o   conhecimento  que   a   organização  precisa   para   capturar   e   aprender;    Existência   de   processos   de   trabalho   para   os   utilizadores   converterem   experiências   pessoais   em   aprendizagem  organizacional;   Consciência   de  qual   o   conhecimento   importante  que   afeta  o  negócio   e   armazenar   somente  esse  conhecimento.  

Uso   e   Criação   de  Métricas     Criação  e  utilização  de  métricas  para  avaliação  do  SGC.  Estrutura,   papeis,  responsabilidades  e   objetivos   do  projeto   de  sistema  de  gestão  de  conhecimento  

Definição   clara   dos   objetivos   do   projeto;   Seleção   adequada   dos   elementos   da   equipa   do   projeto;   Composição  apropriada  da  estrutura  da  equipa  do  projeto;  Responsabilidades  bem  definidas  e  percebidas  pelos  elementos  da  equipa  do  projeto;     Existência  de  um  espírito  de  abertura  e   confiança  entre  os  elementos  da  equipa  do  projeto;    Partilha  de  perspectivas  comuns  entre  os  elementos  da  equipa  do  projeto;  Clareza  dos  objetivos  do  projeto  para  toda  a  equipa  envolvida;  Existência  de  conhecimento  e  aptidões  necessárias  para  os  utilizadores-­‐chave  envolvidos  no   projeto;   Compreensão   do   papel   dos   utilizadores-­‐chave   no   projeto   e   comprometimento   com   o   sucesso   do  mesmo.  

Cultura  Organizacional  

Promoção  da  partilha  do  conhecimento  através  da  cultura  e  valores  organizacionais;  Criação  e/ou  implementação  de  políticas  para  a  gestão  do  conhecimento.  

Metodologia   de  Implementação  

Adoção  de  uma  metodologia  de  implementação  do  SGC  

No Quadro 3 são observadas classificações a respeito do que se considera

fundamental na implantação de uma ferramenta de gestão de conhecimento: o

estabelecimento de uma gestão de projetos profissional, infra-estrutura

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adequada para suportar a ferramenta escolhida, que deve ser de fácil uso e

baixa complexidade, a existência de uma política organizacional estabelecida

para motivar e incentivar a consecução do projeto que deve se identificar com a

cultura da organização.

Como visto, tecnologia de informação é uma realidade incorporada ao

processo de gestão de conhecimento contribuindo através de ferramentas

como sistemas de informação corporativos para a melhoria do desempenho

das organizações. Os sistemas de gestão de conhecimento apóiam as

organizações para conseguirem vantagens competitivas ajudando no

desenvolvimento e suporte de seus planos estratégicos e na tomada de

decisões. Esses sistemas também são considerados sistemas de informação e

podem ser classificados de várias maneiras. Sua implantação e consolidação

requerem a transposição de várias barreiras críticas. Uma dessas barreiras é a

prestação de serviços de suporte aos sistemas ERP.

2.3 Gestão de conhecimento por meio de redes sociais digitais  

Nesta seção, serão apresentadas as definições sobre redes sociais e

observados aspectos ligados aos processos de gestão de conhecimento

através desses ambientes. Serão apresentados casos sobre a contribuição

desses ambientes para o desempenho organizacional, fatores e barreiras para

o processo de gestão de conhecimento através desses ambientes, o emprego

de ferramentas em processos de gestão de conhecimento e um conjunto de

condições que podem facilitar processos de gestão de conhecimento entre os

membros de uma rede social digital.

2.3.1 Redes sociais digitais Segundo Marteleto (2001), as redes sociais representam um conjunto de

participantes autônomos, unindo idéias e recursos em torno de valores e

interesses compartilhados. É uma estrutura não linear, descentralizada,

dinâmica, sem limites definidos, auto-organizada, que se estabelece por

relações não horizontais de cooperação (COSTA,2003) e pode ser vista como

um instrumento de captura de informações (TOMAEL,2005). O mesmo enfoque

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é acentuado por Capra (2002) quando ressalta a importância das redes

organizacionais:

[...] na era da informação – na qual vivemos – as funções e processos sociais organizam-se cada vez mais em torno de redes. Quer se trate das grandes empresas, do mercado financeiro, dos meios de comunicação ou das novas ONGs globais, constatamos que a organização em rede tornou-se um fenômeno social importante e uma fonte crítica de poder. (p. 267)

Redes sociais pressupõem a formação de agrupamentos que são fenômenos

coletivos e suas dinâmicas implicam no relacionamento de grupos, pessoas,

organizações ou comunidades, todos denominados atores. Sua formação

possibilita a existência de diversos tipos de relações entre seus membros: de

trabalho, de estudo, de amizade, entre outras (TOMAÉL, 2005). São na maior

parte do tempo, estruturas invisíveis, informais e tácitas utilizadas pela

sociedade como estratégias subjacentes para o compartilhamento da

informação e do conhecimento, mediante as relações entre os atores que as

integram (TOMAÉL, 2005). As relações entre os atores ou membros da rede,

ocorrem pelo contato direto (face a face) e pelo contato indireto – através de

veículos como a internet (SODRÉ, 2002) e ocorrem através da lógica

associativa (WELLMAN,1996).

2.3.2 Gestão de conhecimento em redes sociais digitais

O compartilhamento de informações e conhecimentos através de serviços

disponíveis na internet é algo inerente ao contexto das redes sociais. Esse

processo tem sido alvo de estudos e pesquisas sobre sua importância no

comportamento e desempenho das pessoas e organizações. Os estudos

mostram, dentre outras coisas, que o poder de interação entre os membros de

uma rede social digital pode ser a razão de falha ou sucesso de uma

organização (KUMAR; NOVAK;TOMKINS, 2006).

Segundo Dixon (2000), nas interações entre os membros das redes sociais

digitais são observados fenômenos da gestão de conhecimento como criação,

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compartilhamento, uso e manutenção. Schons (2007), ressaltou a importância

das redes sociais digitais no processo de gestão de conhecimento corporativo

na medida em que facilitam a aprendizagem contínua e ajudam na atualização

de conhecimento organizacional. Ressalta ainda que tais ambientes (as redes

sociais digitais) ganham importância nas organizações quando favorecem a

prática de compartilhamento do conhecimento ao estimularem a troca de idéias

e experiências, a interatividade, a criatividade, a inovação e a aprendizagem

organizacional. Através de sua utilização o fluxo de conhecimento

organizacional é ampliado por meio da transferência e transformação de

conhecimentos tácitos em explícitos.

No contexto das redes sociais digitais observa-se que o fenômeno do

compartilhamento de informações e conhecimento se dá por intermédio de

práticas colaborativas que encontram na tecnologia um elemento facilitador

(TOMAÉL, 2005). Martins (2009), em seu estudo, faz uma análise sobre a

contribuição das redes sociais digitais para o desenvolvimento do setor de

confecções no Agreste Pernambucano. Segundo o estudo, quanto maior o

volume e a freqüência de interações entre os membros da rede social digital

(Empresas, Fornecedores, Clientes, Funcionários, Governos) mais bem

estruturada ela se tornará, possibilitando maior amplitude e consistência nas

informações compartilhadas. A rede informacional possibilita ao setor o

aumento das vantagens competitivas de seus membros e o seu

desenvolvimento econômico.

Alves (2010) realizou estudo onde conclui que o uso correto da informação e

dos processos de troca de conhecimento por meio de redes sociais digitais

pode ser considerado como um dos principais pilares do sucesso

organizacional; observa ainda que nesse contexto a função da gestão de

conhecimento é tornar os conhecimentos produtivos e funcionais para quem

deles necessitam. Outro aspecto importante sobre a gestão de conhecimento

em redes sociais é que a capacidade de absorção do conhecimento originário

de interações entre membros de uma rede tem maior significância sobre seu

desempenho que a posição que esses membros ocupam nessa rede (TSAI,

2001). Em função disso observa-se que organizações que estabelecem

melhores práticas de gestão de conhecimento podem melhor usufruir de sua

participação em uma rede social digital.

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Canongia (2004) ressaltou em sua pesquisa a importância das redes sociais

para a gestão de conhecimento e inovação no ambiente corporativo. O autor

desenvolveu um modelo que integra três abordagens: uma nova forma de

executar e interpretar estudos do futuro, a inteligência competitiva, que

pressupõe o desenvolvimento da capacidade de identificar, sistematizar e

interpretar sinais do ambiente externo às organizações, e a gestão do

conhecimento que enfatiza os mecanismos de compartilhamento, circulação e

aperfeiçoamento dos conhecimentos produzidos numa organização. A Figura 4

apresenta o modelo proposto por Canongia (2004).

.

Figura  4  -­‐  Modelo  de  integração  das  abordagens  –  Canongia  (2004).  

O modelo proposto por Canongia percebe o ambiente da rede social digital

como uma interface de coordenação entre o ambiente externo e interno das

organizações. Através dessa interface (a rede social digital), os membros

internos e externos podem, por meio de práticas de gestão de conhecimento,

tomar decisões, desenvolver novas competências e estabelecer novos

paradigmas de inovação.

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Como observado, as interações entre os membros (pessoas e organizações)

de uma rede social digital evidenciam fenômenos e práticas da gestão de

conhecimento; o uso correto das informações e conhecimento obtidos por meio

das interações nas redes sociais digitais pode ser considerado como um dos

pilares de sucesso das organizações; quanto maior o volume e a freqüência de

interações maior a consistência das informações e conhecimentos trocados na

rede social digital; a tecnologia é o elemento facilitador indispensável para a

prática da gestão de conhecimento através de redes sociais digitais; a

capacidade de absorção de conhecimento originário do processo de

transferência de conhecimento afeta o desempenho das organizações e

indivíduos membros das redes sociais.

2.4 Gestão de conhecimento para suporte aos usuários de ERP via redes sociais digitais  

Nesta seção serão observados aspectos ligados à caracterização dos sistemas

ERP, o ciclo de vida para que esses sistemas sejam estabelecidos no ambiente

corporativo e a atividade de suporte aos usuários dessas ferramentas. Serão

observados ainda, aspectos ligados à gestão de conhecimento dos serviços de

suporte a usuários de ERP, a relação que existe entre usuários e as equipes de

suporte a sistemas e sobre a aplicação dos processos de gestão de

conhecimento que ocorrem através de redes sociais digitais nesta relação entre

usuários e equipes de suporte.

2.4.1 Caracterização de Sistemas ERP  

Souza e Zwicker (2000) definem sistemas ERP como sistemas de informação

integrados, adquiridos na forma de pacotes comerciais, para suportar a maioria

das operações de uma empresa.

Segundo Buckhout e Frey (1999), um sistema do tipo ERP é um software de

planejamento dos recursos empresariais que integra as diferentes funções da

empresa para criar operações mais eficientes. O sistema ERP fornece

informações geradas a partir do processo operacional, para melhorar o dia-a-

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dia da empresa, permitir um planejamento estratégico mais seguro e garantir a

flexibilidade necessária à sua evolução (CENTOLA; ZABEU,1999). Atende às

necessidades de informação para a tomada de decisão de todos os setores da

empresa e é composto por módulos integrados entre si, a partir de uma base

de dados única e não redundante (PEREZ, 2009) (DOLCI, 2010).

Para Cunha (1998), o ERP é um modelo de gestão baseado em sistemas

corporativos de informação que visa integrar os processos de negócio da

empresa e apoiar a tomada de decisões estratégicas. Todos os processos são

documentados e contabilizados, gerando regras de negócio bem definidas e

permitindo maior controle sobre alguns pontos vulneráveis do negócio, como a

administração de custos, controle fiscal e estoques. Esse modelo tem uma

larga abrangência de atuação envolvendo as várias entidades de negócios que

dele fazem parte. Essa visão é ratificada por Davenport (2002) quando afirma

que um sistema ERP promete a integração das informações que fluem da

empresa, pela empresa e para a empresa.

Segundo Turban, Mclean e Wetherbe (2004) os sistemas ERP proporcionam

soluções que beneficiam a eficiência, a qualidade das informações e a

produtividade da empresa, elevando seu resultado e também a satisfação dos

clientes. Berchet e Habchi (2005) consideram que o ERP se reflete em

estratégias de negócio inovadoras que envolvem melhorias nos processos de

negócio e integração organizacional.

Como visto os sistemas do tipo ERP são ferramentas de apoio aos processos

de negócio empresariais. São compostos por módulos que atuam de forma

integrada de acordo com as necessidades operacionais e estratégicas das

organizações. Os módulos que compõem um sistema ERP compartilham uma

mesma base de dados não redundantes.  

 

2.4.2 Sistemas ERP e Processos de negócio  

Um grupo de atividades realizadas em uma sequência lógica com o objetivo de

produzir um bem ou serviço que tem valor para um grupo específico de

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pessoas ou organizações é definido como processo (HAMMER; CHAMPY,

1994). Para Humphrey (2003), processo é um conjunto de passos para a

realização de uma tarefa, ou uma sequência de tarefas realizadas por um ou

mais indivíduos em série ou paralelo para atingir uma meta (KHAN, 2004). Um

processo pode ser definido ainda como um conjunto completo e dinamicamente

coordenado de atividades colaborativas e transacionais para a produção de um

produto ou serviço (SMITH; FINGAR, 2003).

Dentro do ambiente organizacional os processos são fenômenos que ocorrem

em função de sua natureza e propósito (ROZENFELD, 2006). Nesse contexto

os processos são definidos como processos de negócio

(O´CONNELL;PIKE;WHTEHEAD, 2006). Um processo de negócio compreende

um conjunto de atividades realizadas na organização, associadas às

informações que manipula, utilizando recursos dessa organização

(ROZENFELD, 2006).

Dentro das organizações, segundo Scheer (2006), os processos de negócio

são divididos em três categorias:

• Processos de governança – tratam da gestão de conformidades, desenvolvimento de estratégias, arquitetura organizacional, riscos

• Processos de suporte e controle – tratam de atividades diárias da organização como gestão financeira, controladoria, estoques, pessoal, contabilidade, patrimônio

• Processos operacionais – tratam do desenvolvimento da atividade final da empresa: planejamento e controle da produção, por exemplo.

Atualmente, com o uso massivo das tecnologias de informação, cada uma das

categorias de processos pode ser assistida por um software ou sistema de

informação específico. No caso dos sistemas ERP, sua aplicação pode ser feita

a qualquer uma das três categorias. Os sistemas ERP têm a possibilidade de

reproduzir com pouca ou nenhuma adaptação os principais processos de

negócio das organizações e com isso possibilitar ganhos ao seu desempenho

(DAVENPORT, 2005). A Tabela 1 apresenta um resumo de benefícios

tangíveis com a implantação bem sucedida de sistemas do tipo ERP sobre os

processos organizacionais.

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Tabela  1  -­‐  Benefícios  Tangíveis  da  implantação  de  ERPS  sobre  processos  de  negócio  (COLANGELO,  2001)  

Benefícios  tangíveis   Ocorrência  Redução  de  estoques   32  %  Redução  de  pessoal   27%  Aumento  de  produtividade   26%  Redução  do  tempo  do  ciclo  de  ordens  de  compra   20%  Redução  do  tempo  do  ciclo  contábil   19%  Reduçao  com  custo  de  TI   14%  Melhorias  em  processos  de  suprimentos   12%  Melhoria  na  gestão  de  caixa   11%  Aumento  de  receitas  e  lucros   11%  Melhoria  em  transportes  e  logística   9%  Melhoria  nos  processos  de  manutenção   7%  Redução  nos  prazos  de  entrega   6%  

 

 

 

2.4.3 Ciclos de vida dos Sistemas ERP  

O ciclo de vida de sistemas do tipo ERP deve ser visto de maneira diferente

dos modelos de ciclo de vida tradicionais, pois não se trata do desenvolvimento

de um sistema, mas da aquisição e adaptação de um sistema comercial

desenvolvido externamente com objetivo de atender diversas empresas. Neste

caso, a fase de levantamento de requisitos difere da fase de levantamento de

requisitos tradicional. No caso de sistemas ERP as funções e características de

diversos produtos disponíveis no mercado devem ser apresentadas aos

usuários para que possam verificar a adequação desses produtos aos

requisitos e processos de negócio da organização.

Para Lucas (1999), o ciclo de vida de um sistema ERP focaliza a aquisição

(escolha do fornecedor) e a implantação. Souza e Zwicker (2000) propuseram

um modelo de ciclo de vida dos sistemas ERP onde relacionam as etapas de

decisão e seleção, implementação e utilização. A Figura 5 apresenta o modelo

proposto por Zouza e Zwicker.

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Figura  5  -­‐  Ciclo  de  vidas  de  sistemas  ERP  –  Fonte  Souza  e  Zwicker  (2000).  

 

Na etapa de decisão e seleção ocorre a escolha do fornecedor do produto

(sistema). Existem várias questões a serem consideradas para a escolha de

um sistema: a compatibilidade entre o produto e a organização onde será

implantado, por exemplo, além de questões como arquitetura do sistema,

custos, qualidade do suporte de implantação e pós-venda.

A implantação é a etapa onde o sistema é posto em funcionamento. Como os

sistemas ERP são compostos por módulos, o processo é executado em fases.

Durante essas fases alguns aspectos referentes à customização e

parametrização da ferramenta podem ocorrer para a adequação do produto

aos requisitos da organização (PEREZ, 2009).

A etapa de utilização se constitui na incorporação da ferramenta às operações

e do dia a dia da organização. Na medida em que utiliza o sistema, a

organização passa a conhecê-lo e este aprendizado permite a retroalimentação

da etapa de implantação com novas necessidades e possibilidades.

Mantovani (2006) registra que durante e após a formalização da etapa de

utilização são importantes os seguintes pontos:

• O estabelecimento de um usuário responsável pelo módulo em cada departamento para facilitar o processo de utilização e desempenho correto das aplicações;

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• A manutenção de suporte qualificado para atendimento às demandas originárias da operação;

• A definição de práticas de gestão de conhecimento discussão de novas prioridades, melhorias e até alterações na aplicação.

Wenrich e Ahmad (2009) falam das boas e más práticas durante o ciclo de vida

dos ERPs. Dentre as práticas a serem estimuladas estão o treinamento a

usuários, comunicação entre usuários e equipes de implantação e suporte,

apoio da alta gestão corporativa, documentação do sistema (incluindo

configurações e parâmetros, funcionalidades e principais rotinas), mapeamento

dos processos de negócio para maior aderência das funcionalidades do

sistema e suporte estruturado da área de tecnologia de informação para

atender demandas de usuários e ao surgimento de novos requisitos. Essas

atividades podem ser realizadas por uma equipe interna especializada ou

através de contrato com fornecedores. As boas práticas de mercado sugerem

que seja implantada uma central de serviços de suporte a tecnologia de

informação dentro da organização.

2.4.4 Serviços de suporte a usuários de ERP  

Souza e Zwicker (2007) realizaram pesquisa que ressalta a importância do

suporte provido aos usuários de ERP para operação adequada do sistema

conforme requisitos estabelecidos pelas estratégias de negócio. A pesquisa

mostra que 51% do tempo do setor de tecnologia de informação de uma

organização, são consumidos no suporte ao sistema.

A realização dos serviços de suporte aos usuários de ERP em ambientes

corporativos pode ser estabelecida através da implantação de um conjunto de

processos de governança de TI (BARBOSA, 2011). Esses processos de

governança objetivam o alinhamento entre a área de tecnologia de informação

e as demais áreas de negócio promovendo a adequação de seus serviços às

necessidades da organização, desenvolvendo uma abordagem qualitativa para

o uso econômico, efetivo, eficaz e eficiente da infra-estrutura e dos serviços

providos pela TI (MAGALHAES; PINHEIRO, 2007).

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Os processos de Gerenciamento de Serviço de TI estão divididos em duas

áreas: a de suporte aos serviços, que se concentra nas tarefas de execução e

suporte ao serviço de TI, e a entrega do serviço que se concentra na melhoria

e no planejamento desses serviços (BON, 2006). Ainda segundo o autor, o

suporte aos serviços de TI é composto por cinco processos e uma função:

central de serviços, gerenciamento de Incidente gerenciamento de

configuração, gerenciamento de mudança, gerenciamento de liberação e

gerenciamento de problemas.

A implantação dos processos de gerenciamento de serviços proporciona

benefícios como o aumento da satisfação dos usuários, a redução dos prazos

de atendimento, a melhoria da qualidade dos serviços e redução dos custos

(BARBOSA, 2011).

Tan (2009), em seus estudos exploratórios, observa que as organizações

preferem iniciar a implantação dos processos de governança através do

processo de gerenciamento de suporte por meio da central de serviços. O autor

avalia a relação dos fatores críticos de sucesso de implantação de sistemas

ERPs e a gestão de serviços de TI e registra que os principais fatores

observados são a disponibilidade do suporte e sua capacidade de resposta.

Barros (2011) registra que os processos de governança foram utilizados no

processo de gerenciamento de implantação e suporte a sistemas ERP e

Elephant e Turbitt (2007) ratificam a relação entre o uso da governança de TI

com o suporte a sistemas ERP, especialmente os sistemas SAP. Em seu

trabalho registram que nas organizações pesquisadas, 71% identificam o

modelo de governança ITIL como uma estratégia para o gerenciamento dos

serviços de TI (Tabela 2).

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Tabela  2  -­‐  Demonstrativo  da  aplicação  de  estratégias  de  suporte  para  gestão  de  serviços  de  TI  (ELEPHANT;  TURBITT,  2007)  

Segundo os autores, 78% das organizações analisadas, registram que a

utilização dos processos de suporte gerou efeitos positivos na utilização do

SAP. Dentre os maiores benefícios observados destacam-se: eficiência no uso

do sistema (88%), aumento da disponibilidade dos recursos do sistema (44%),

diminuição dos quadros funcionais para operação do sistema (18%) e retorno

sobre o investimento em sua implantação (14%). Outra importante observação

do trabalho foi o estabelecimento da relação dos processos de suporte com a

padronização dos processos suportados pelo SAP. 82% das organizações

observaram que seus processos foram padronizados e em função disso, 68%

delas registraram aumento em sua eficiência. A pesquisa revela ainda que 55%

das organizações registram que gerenciam o suporte de seus sistemas ERP

(SAP) através do ITIL e que 61% das organizações iniciam o processo de

gestão através de uma central de serviços de suporte.

 

 

2.4.5 Gestão  de  conhecimento  de  suporte  para  usuários  de  ERP    

Nesta seção será apresentada a revisão de literatura sobre usuários de

sistemas ERP, suas características, necessidades de informação e suporte

para utilizarem essas ferramentas, aspectos ligados às equipes de suporte a

esses usuários e a sua relação à luz da gestão do conhecimento.

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2.4.5.1 Usuários  de  sistemas  ERP    

Na literatura há registros da ciência da informação de estudos sobre usuários.

Ferreira (1995) apresenta uma cronologia de tais estudos, registrando

características e autores. O estudo sobre usuários é uma investigação

realizada com o intuito de identificar e caracterizar interesses, necessidades,

hábitos de uso de informações de usuários e sistemas de informação (CARLA,

2008). A autora relata que existem análises qualitativas e quantitativas sobre os

hábitos dos usuários com relação a essa necessidade. Em seu trabalho

posiciona que o uso da informação está apoiado na tríade: necessidade, busca

e uso.

Le Coadic (1996) afirma que a necessidade de informação traduz um estado de

conhecimento no qual o indivíduo se encontra quando entende que a

informação de que precisa lhe falta para prosseguir seu trabalho. De acordo

com Belkin (1980) a necessidade de informação nasce quando o indivíduo

reconhece alguma alteração no seu estado de conhecimento com relação a um

tópico ou situação.

Silva (2002) considera o estudo do usuário como o mais importante e influente

fator na determinação de sua necessidade por informação. Considera também

que é necessário entendimento acerca dessa necessidade para a construção

de sistemas de informação que atendam suas expectativas, pois pesquisas

apontam que os usuários agem e expressam suas necessidades a partir da

perspectiva do sistema e dos provedores de informação. Neste sentido,

embora cada indivíduo tenha sua própria experiência, subjetiva e única, na

busca por informação, existe grande similaridade entre situações vividas por

outros indivíduos.

Segundo Decoster (2008), os usuários de sistemas de informação (ERP) têm

necessidade de informação e o acesso a ela para realizarem suas tarefas

diárias. O autor também posiciona que na medida em que os usuários

adquirem conhecimento passam a ter maior envolvimento e desenvoltura na

realização de seus trabalhos.

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Xu e Ma (2008) registram em seu trabalho a importância do processo de

transferência de conhecimento entre os usuários chaves dos sistemas de

informação (ERP) e os consultores de implantação, salientando a importância

do processo de transferência de conhecimento e sua relação com o

desempenho geral da operação do sistema além de sua importância para o

desempenho da própria organização.

Youngberg (2009) registra em seu trabalho que as vantagens obtidas com uso

sistemático dos sistemas ERP afetam a percepção dos usuários sobre as

vantagens e benefícios de sua utilização. Observa ainda que na medida em

que os usuários percebem os ganhos de desempenho em suas tarefas,

aumenta sua intenção de uso e também o desejo de aquisição de novos

conhecimentos sobre o sistema.

 

2.4.5.2 Equipes  de  suporte  a  usuários  de  ERP    

As equipes de suporte a sistemas ERP, geralmente são responsáveis por

treinar e apoiar usuários desses sistemas. Essas equipes tornam-se uma das

maiores fontes de conhecimento para esses usuários. Estudos registram a

intensa atividade das equipes de suporte, evidenciando a transferência de

conhecimento aos usuários, principalmente durante a fase de pós-implantação

dos sistemas (PAWLOWSKI; ROBEY, 2004).

A utilização de sistemas de informação estabelece novos paradigmas para

seus usuários, na medida em que eles precisam lidar com a sua tecnologia e

os novos processos por ela suportados (XU; MA, 2008). Da mesma forma, as

equipes de suporte desses sistemas necessitam adquirir conhecimento sobre

os processos de negócio por eles suportados para melhor realizarem suas

atividades (SANTHANAM; SELIGMAN, 2007).

Das (2003), observou que quanto maior a interação entre as equipes de

suporte com os grupos de usuários, maiores os benefícios gerados pelo

processo de transferência de conhecimento. O autor registra os ganhos dos

usuários ao aprenderem sobre as funcionalidades dos sistemas e das equipes

de suporte ao aprenderem sobre os processos de negócio por eles suportados.

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Segundo Gomes e Calvino (2004), a interação entre os indivíduos os modifica,

gerando um novo conhecimento compartilhado. A partir dessas observações se

evidencia o processo de troca de conhecimento entre as equipes de suporte e

os usuários e esse processo parece afetar tanto a produtividade dos usuários

como das equipes de suporte. A interação que existe no de provimento de

suporte propicia a criação e compartilhamento de conhecimento como também

o estabelecimento de novos canais de relacionamento entre esses grupos.

Chi e Deng (2011), em seu estudo sobre as comunidades de suporte a

sistemas de informação, constatam os efeitos das relações entre os usuários e

as equipes de suporte. A pesquisa observa os aspectos relacionados ao

acesso às informações e sua transferência na malha de relacionamentos

estabelecida durante o processo de suporte. Foram observados 11409

chamados realizados por 2000 usuários de sistemas ERP SAP. Os resultados

mostram os benefícios obtidos no processo de atendimento e resolução dos

chamados alcançados através do processo de transferência de conhecimento

observado no relacionamento entre os grupos de usuários e de suporte.

Goles (2008), registra em seu trabalho que os fornecedores de sistemas e

serviços de tecnologia de informação dão maior importância ao conhecimento

do negócio e seus processos que a questões puramente tecnológicas. Essa

preocupação vem do fato de que, para essas organizações esse conhecimento

é essencial para o desempenho de suas funções: atender à demanda de seus

clientes através de serviços de suporte a sistemas.

Davidson e Tay (2003), realizaram uma análise sobre o suporte a sistemas de

informação através de equipes globais, observando os desafios e os

mecanismos para o provimento dos serviços de suporte esperados por seus

usuários. Os autores observaram a importância do conhecimento dos

processos de negócio e seu alinhamento com as estratégias corporativas para

a consecução do provimento de um bom serviço de suporte.

   

   

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2.4.5.3 A  relação  entre  usuários  de  ERP  e  equipes  de  suporte      

Segundo Hammond (1982), tradicionalmente, a realização dos serviços de

suporte a usuários ocorre de forma estruturada através de centrais de serviço

de suporte de TI dentro ou fora das organizações. Para Barbosa (2011), a

estruturação das centrais de serviço suporte de TI ajuda a melhorar o

desempenho dos usuários e analistas de suporte em suas tarefas.

A comunicação entre os usuários de sistemas ERP e as centrais de serviço de

suporte de TI pode ocorrer de diversas formas: telefone, email, canais de

comunicação on-line (chats) ou através de sistemas de gestão de serviços de

suporte. Oliveira (2011) registrou a importância da comunicação entre usuários

e equipes de suporte no estabelecimento do processo de compartilhamento de

informações e conhecimento. Neste sentido González e Ramirez (2005)

afirmam que a utilização de um sistema de gestão de conhecimento ajuda a

melhorar a interação entre as equipes de suporte que atuam nas centrais de

suporte.

Os serviços fornecidos pela central de suporte de TI, que também incluem

serviços a usuários de sistemas ERP, geralmente são classificados de acordo

com o nível de domínio de conhecimento necessário para sua consecução

(GUNNAR, 2010). Geralmente são utilizados até quatro níveis de domínio de

conhecimento:

• Primeiro nível – realizado a partir das informações iniciais repassadas pelo usuário.

• Segundo nível – realizado por um grupo de analistas com um nível de especialização maior que os do primeiro nível.

• Terceiro nível – suporte realizado por especialistas com alto grau de domínio do conhecimento relacionado à necessidade descrita pelo usuário.

• Quarto nível – geralmente um nível externo utilizado quando as equipes de terceiro nível não conseguem atender a demanda. O quarto nível geralmente é composto pela equipe dos fabricantes de equipamentos ou softwares.

A Figura 6 apresenta um modelo do relacionamento entre os usuários e a

central de suporte a serviços de TI.

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Figura  6  -­‐  Detalhamento  dos  níveis  de  atendimento  de  suporte  de  central  de  serviços  de  suporte  por  meio  de  um  sistema  de  gestão  de  conhecimento  –  Adaptado  de  GUNNAR  ING  OMARSSON  2010.

Com a utilização de um sistema de gestão de conhecimento se estabelece um

fluxo para a relação entre os usuários e a central de serviços de suporte de TI

como descrito na Figura 7.

Figura  7  -­‐  Fluxo  da  Relação  entre  usuários  e  a  central  de  serviços  de  suporte  por  meio  de  um  sistema  de  gestão  de  conhecimento  –  Adaptado  de  GUNNAR  ING  OMARSSON.

Observando o fluxo tradicional da relação entre os usuários e as centrais de

serviços de suporte de TI, Tehrani e Mohamed (2011) propuseram a

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incorporação de um modelo pelas ferramentas de gestão dessas centrais. O

modelo é baseado em um método que consiste na resolução de problemas de

acordo com experiências anteriores. Esse modelo facilita a gestão de

conhecimento, na medida em que torna o processo de aquisição e manutenção

do conhecimento mais simples e de fácil implementação. Figura 8.

Figura  8  -­‐  Ciclo  de  gestão  de  conhecimento  baseado  no  modelo  de  TEHRANI  e  MOHAMED  (2011)  

 

Percebe-se no modelo, a presença dos processos da gestão de conhecimento

por meio de métodos (busca, reuso, revisão, retenção) que estão integrados ao

fluxo de comunicação estabelecido entre usuários e suporte. Sempre que

proposto um novo problema os métodos são executados para a sua resolução,

seja através do reuso de informações pré-existentes, seja através da

adaptação ou revisão. Em todos os casos ocorrerá a retenção de novos

conhecimentos, portanto, aprendizagem.

Como visto, usuários e equipes de suporte se relacionam através de interações

geralmente estabelecidas por centrais de serviço de suporte. As centrais de

suporte operam de acordo com níveis de domínio de conhecimento necessário

á resolução dos problemas propostos pelos usuários. Na interação entre

usuários e equipes de suporte ocorrem fenômenos da gestão de conhecimento.

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2.4.6 Gestão de conhecimento de suporte para usuários de ERP via redes sociais digitais  

Tracy e Sykes (2009) observaram a importância do uso das redes sociais para

as atividades de suporte que ocorrem entre usuários de sistemas de ERP. Em

sua pesquisa realizada com 87 empregados de uma companhia mostraram que

processos da gestão de conhecimento são observados (consultas e

transferência de conhecimento) entre os usuários dos sistemas.

Huh (2011) realizou uma pesquisa sobre o uso de ferramentas colaborativas

para suporte a usuários de tecnologias. Através da análise do correio eletrônico

e da documentação trocada entre os usuários por meio de uma ferramenta

colaborativa, o autor evidenciou processos de gestão de conhecimento. O

objetivo de sua pesquisa é entender o que fazer para tornar o uso de

ferramentas colaborativas um instrumento para melhorar o suporte ao uso de

tecnologias por seus usuários. Para Kleiner e Abecker (2009) o uso de

abordagens colaborativas na gestão de serviços de tecnologia de informação

pode estabelecer mais agilidade na execução dos serviços de suporte a

usuários de TI. Isso ocorre com base nos processos de compartilhamento

originados das interações entre os usuários e as equipes de suporte. Além da

agilidade, também foram evidenciadas melhorias no uso dos sistemas de ERP

a partir da interação entre usuários e equipes de suporte através dessas

ferramentas (HUNER; OTTO, 2009) (SCHIMIDT, 2008).

No processo de suporte a usuários de sistemas de ERP por meio de

ferramentas colaborativas, além do compartilhamento já foram evidenciados

outros fenômenos da gestão de conhecimento como a criação, utilização e

manutenção de bases de conhecimento (WATSON; HARPER, 2008) (KLEIN;

SMITH,2008) (MUNTEAN; TARNAVEANU, (2009).

2.5 Conclusão  

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Através da revisão da literatura foi possível observar evidências sobre as

práticas de gestão de conhecimento através de redes sociais digitais, que a

aplicação da gestão de conhecimento requer o uso de modelos e estratégias

que observem sua relação com as várias dimensões do ambiente corporativo.

Fatores como infra-estrutura, pessoas, cultura, liderança, controle e tecnologia

são aspectos que influenciam a aplicação e consolidação da gestão de

conhecimento nesse ambiente. Também foi observado que as práticas da

gestão de conhecimento estão associadas à gestão de serviços de tecnologia

de informação. Nesse contexto está o suporte aos sistemas do tipo ERP e seus

usuários.

Sobre os sistemas do tipo ERP, verificou-se os efeitos positivos de sua

aplicação nas organizações e seus processos. Também foi apresentado que o

conhecimento sobre os processos de negócio torna o uso dos sistemas ERP

mais assertivo por parte de seus usuários e que as equipes de suporte que

conhecem aqueles processos suportados pelos sistemas, têm um melhor

desempenho na prestação dos serviços de suporte.

O emprego de redes sociais digitais por equipes de suporte de tecnologia é

uma realidade constatada em algumas organizações como observado. Essa

prática tem influenciado no seu desempenho e apoiado a gestão de

conhecimento dos usuários de sistemas de informação do tipo ERP com a

finalidade de melhorar a operação desses sistemas e suas funcionalidades.

O relacionamento entre usuários e equipes de suporte já foi observado nos

ambientes das redes sociais digitais. Esse relacionamento decorre do processo

de prestação de serviços de suporte por meio do estabelecimento de um fluxo

definido por níveis de conhecimento.

O que ainda não aparece respondido na literatura é se é possível melhorar o

desempenho dos serviços de suporte a usuários de ERP em relação ao tempo

de solução e a quantidade de atendimentos realizados, por intermédio de

fenômenos da gestão de conhecimento associados aos diálogos entre os

usuários e as equipes de suporte através de uma rede social digital corporativa,

quando no conteúdo desses diálogos, estão presentes informações

relacionadas aos processos de negócio da organização.

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Esta pesquisa se propõe a verificar o efeito dos fenômenos da gestão de

conhecimento associados aos diálogos entre usuários de sistemas ERP e as

equipes de suporte através de redes sociais digitais corporativas, quando no

conteúdo desses diálogos, estão presentes informações relacionadas aos

processos de negócio da organização.

 

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3 Método  

Neste capítulo serão apresentados os procedimentos metodológicos desta

pesquisa. Os objetivos, o contexto no qual a pesquisa foi realizada,

apresentados os participantes, descritos os procedimentos adotados, as

técnicas aplicadas à pesquisa.  

A pesquisa tem caráter exploratório e não experimental (WAZLAWICK, 2009) (GIL,

2009) tendo em vista que a realização dos estudos dos fenômenos foi realizada sem a

intervenção sistemática do pesquisador e com a presença de participantes com

características semelhantes.

Para tanto, foram utilizadas técnicas de observação, análise de conteúdo, estatística

descritiva e questionários.

 

3.1 Objetivos  

Esta pesquisa se propõe verificar o efeito dos fenômenos da gestão de

conhecimento associados aos diálogos entre usuários de sistemas ERP e as

equipes de suporte através de redes sociais digitais corporativas, quando no

conteúdo desses diálogos, estão presentes informações relacionadas aos

processos de negócio da organização.

 

3.2 Objetivos específicos  

Como objetivos específicos:

c) Identificar através do conteúdo dos diálogos entre usuários de ERP e

equipes de suporte, que fenômenos da gestão de conhecimento estão

associados a informações sobre processos de negócio

d) Analisar as impressões dos usuários e analistas de suporte ao

interagirem por meio dessa rede através de questionário

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3.3 Contexto organizacional  

A pesquisa ocorreu dentro de um contexto organizacional delimitado: uma

organização privada que atua no setor de prestação de serviços médico-

hospitalares em Recife, capital do Estado de Pernambuco. Por recomendações

de sua diretoria e razões estratégicas de mercado, sua identificação não foi

autorizada. A organização em questão necessita de vários sistemas integrados

de gestão corporativa (ERPs) como ferramentas para a operação de seus

processos de negócios. Há um sistema ERP para a gestão e o controle dos

processos hospitalares, outro para a gestão e controle de pessoas, outro para

gestão e controle dos processos administrativos, fiscais e contábeis e um

quarto sistema para gestão e controle de acessos.

Para delimitar o trabalho foi escolhido o sistema de atendimento de urgências

que permite a realização de todas as etapas do processo de atendimento do

setor de urgências médicas. O processo completo compreende o registro do

paciente, liberação administrativa, diagnóstico, realização de procedimentos e

aplicação de insumos, intervenção médica e prescrição, acompanhamento pós-

atendimento, alta médica, auditoria de contas e faturamento.

3.4 Participantes  

Para a realização da pesquisa foram selecionados profissionais de duas

equipes de trabalho que consentiram formalmente na participação da pesquisa

através de formulário de consentimento (ANEXO B). Uma equipe de analistas

de sistemas, que atua no suporte corporativo a usuários de ERP com foco nos

sistemas e no processo em questão. A outra, de usuários do sistema, que

atuam com as rotinas de auditoria de contas médicas. Esses usuários foram

escolhidos em função da natureza de suas atividades: a auditoria de contas

médicas atua em todo o processo do negócio e isso requer um vasto

conhecimento de todas as suas etapas e rotinas. Foram escolhidos 10

membros da equipe de auditoria e 02 analistas de sistemas da equipe de

suporte a usuários conforme especificado no Quadro 4.

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Quadro  4  -­‐  Perfil  dos  participantes  da  pesquisa Participante  (Identificação)  

Sexo   Idade   Formação   Papel  na  Organização   Experiência   com  ferramentas  colaborativas  e  /  ou  redes  sociais  digitais  

AUD  1   M   22   SCUR   Auditoria  de  contas  médicas  -­‐  urgência   SIM  

AUD  2   M   24   SCPL   Auditoria  de  contas  médicas  -­‐  urgência   SIM  

AUD  3   M   23   SCUR   Auditoria  de  contas  médicas  -­‐  urgência   SIM  

AUD  4   M   27   SCPL   Auditoria  de  contas  médicas  -­‐  urgência   SIM  

AUD  5   M   29   SCPL   Auditoria  de  contas  médicas  -­‐  urgência   SIM  

AUD  6   F   25   SCPL   Auditoria  de  contas  médicas  -­‐  urgência   SIM  

AUD  7   F   26   SCPL   Auditoria  de  contas  médicas  -­‐  urgência   SIM  

AUD  8   F   26   SCPL   Auditoria  de  contas  médicas  -­‐  urgência   SIM  

AUD  9   F   28   SCPL   Auditoria  de  contas  médicas  -­‐  urgência   SIM  

AUD  10   F   23   SCPL   Auditoria  de  contas  médicas  -­‐  urgência   SIM  

ANS  1   M   27   SCUR   Analista  de  suporte   SIM  

ANS  2   M   25   SCUR   Analista  de  suporte   SIM  

Legendas do quadro:

AUD – Abreviação de auditor ANS – Abreviação de analista SCUR – Formação – Nível Superior cursando SCPL – Formação – Nível Superior completo    

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3.5 Procedimentos  

É recomendado por WAZLAWICK (2009) que um método de pesquisa seja

descrito numa seqüência de passos, para demonstrar que os objetivos que

estão sendo propostos foram atingidos. O Quadro 5 apresenta o resumo dos

procedimentos adotados em cinco fases.

Quadro  5  -­‐  Fases  e  Atividades  da  Pesquisa.

FASE Atividades Participantes Duração F1-Definição de

contexto • Estabelecimento do setor em que foi

realizado o estudo de caso • Definição dos participantes

• Pesquisador • 02 dias

F2-Preparação do ambiente

• Apresentação do ambiente REDU – software que implementa uma rede digital social corporativa que foi utilizado no estudo de caso,

• Realização de 03 sessões de treinamento e orientação dos participantes sobre os procedimentos e funcionalidades do ambiente

• Liberação de acesso ao ambiente para início do processo de interações

• Pesquisador • Participantes

• 03 dias

F3-Análise de conteúdo dos

diálogos

• Coleta dos registros dos diálogos realizados no ambiente da rede social digital, feitos pelos participantes

• Análise de conteúdo dos registros de diálogos e classificação dos dados analisados de acordo com a ótica dos fenômenos da gestão do conhecimento

• Pesquisador • 03 meses

F4-Aplicação de Questionário

• Aplicação dos questionários de entrevistas para coleta das impressões dos participantes sobre o processo de interação entre usuários de sistemas ERP e as equipes de SUPORTE através do REDU

• Análise e dos dados coletados através do questionário

• Pesquisador • Participantes

• 03 dias

F5-Análise dos indicadores de desempenho

• Coleta de tempos e numero de atendimentos feitos pela central de suporte aos usuários do sistema escolhido (SURGEN), antes e depois das interações entre os usuários por meio da rede social digital

• Comparação dos dados coletados através de métodos de estatística descritiva

• Pesquisador • 03 dias

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3.5.1 Primeira fase (F1) – Definição de contexto

Nesta fase foram realizadas as seguintes atividades:

• Estabelecimento do setor em que foi realizado o estudo de caso • Definição dos participantes • Definição da equipe de suporte

Para estabelecer qual setor seria utilizado na pesquisa foram utilizadas

informações contidas na base de dados do sistema de controle e gestão de

atendimento a usuários utilizado na central de serviços de suporte de TI da

organização.

A Tabela 3 apresenta um resumo dos principais sistemas utilizados pela

empresa, juntamente com o número médio de atendimentos realizados por

mês em um período de seis (06) meses e a quantidade de usuários que

utilizam esses sistemas.

Tabela  3  –  Demonstrativo  de  atendimentos  de  suporte    

SIGLA   DESCRICAO  MEDIA  ATENDIMENTO  MENSAL                (   PERIODO   SELECIONADO   -­‐   01-­‐06-­‐2  011  A  31-­‐12-­‐2011)  

QT.USUARIOS  -­‐  INTERNOS  

RELAÇÃO  ATENDIMENTO  e  USUÁRIOS  

Obs  

SESTHOS  Sistema  de  gestão  de  estoques  hospitalares   32   32   1,00      

SBLOCHOS   Sistema  de  Agendamento  cirúrgico   12   8   1,50   *  

SRECEP   Sistema  de  Recepção     25   18   1,39   *  

SURGEN  Sistema  de  Gestão  de  Atendimentos  de  Urgências   53   42   1,26      

SPOSTHOS   Sistema  de  Postos  de  enfermagem   21   28   0,75      

SPRESC   Sistema  de  Prescrição  eletrônica   28   185   0,15      

SFOLPAG   Sistema  de  Folha  de  Pagamentos   39   16   2,44   *  

SPONTO  Sistema  de  Controle  de  Ponto  Eletrônico   34   16   2,13   *  

SACESSO   Sistema  e  Controle  de  Acessos   19   8   2,38   *  

SGFIN   Sistema  de  Gestão  Financeira   7   38   0,18      

STELEF  Sistema  de  Bilhetagem  de  Centrais  Telefonicas   3   4   0,75      

SGFILA   Sistema  de  Gerenciamento  de  Filas   15   8   1,88   *  

SFATHOS   Sistema  de  Faturamento     41   42   0,98      

SGACOL   Sistema  de  Gestão  de  Acolhimento   5   6   0,83      

SGMAN   Sistema  de  Manutençao  Predial   7   6   1,17      

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Para a escolha da área (setor) foram realizados dois passos. O primeiro

baseou-se na relação entre a média de atendimentos realizados e a quantidade

de usuários atendidos pelo sistema. No caso do sistema de gestão dos

atendimentos de urgência, essa relação indica que no período escolhido

ocorreram 1,26 atendimentos por usuário mês.

A Tabela 3 mostra que no período analisado existiam sistemas com uma

relação maior que a do SURGEN. Entretanto esses sistemas não foram

considerados pois à época, passaram por adaptações em função de exigências

legais (SFOLPAG, SPONTO, SACESSO), atualizações (SBLOCHOS,

SRECEP) e implantação (SGFILA).

O segundo passo foi definir o grupo de usuários do sistema, para interagir com

os membros da equipe de suporte através da rede social digital corporativa.

Para realizar a escolha foi estabelecido o fator de importância do grupo de

usuários. Este fator foi definido como o produto entre a quantidade de usuários

do grupo e o seu nível de privilégio de acesso. O nível de privilégio de acesso é

atribuído a um grupo de usuários e serve para definir que funcionalidades do

sistema esse grupo terá direito de uso. De acordo com o mapeamento

realizado, o grupo de AUDITORIA DE CONTAS MÉDICAS obteve o maior fator

dentre TODOS: 144. O fator foi obtido através do produto entre a quantidade

de usuários e o nível de privilégio do grupo.

O Quadro 6 apresenta a relação de grupos de usuários do sistema SURGEN,

suas respectivas quantidades e os fatores de importância de cada um.

Quadro  6-­‐  Relação  de  grupos  de  usuários  do  Sistema  SURGEN GRUPO   DE   USUÁRIOS   DO  SISTEMA  

QTD.USUARIOS   NÍVEL   DE  PRIVILÉGIO   DE  ACESSO  

FATOR   DE  IMPORTÂNCIA  

RECEPÇÃO  DA  URGENCIA   12   3   36  

APOIO  ADMINISTRATIVO   4   4   16  

COORD.ATENDIMENTO   3   5   15  

AUDITORIA  DE  CONTAS   18   8   144  

FATURAMENTO  URGENCIA   5   10   50  

    42          

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Uma vez definido o sistema e o grupo de usuários, a pesquisa e seus objetivos

foram apresentados aos participantes (usuários do sistema SURGEN do setor

de AUDITORIA DE CONTAS) e aos analistas de sistema da equipe de suporte.

De um grupo de 24 pessoas, 18 usuários e 06 analistas de suporte, 12 pessoas

decidiram participar da pesquisa espontaneamente. Sendo dez pessoas

pertencentes ao grupo de usuários e duas da equipe de suporte.

3.5.2 Segunda fase (F2) – Preparação do ambiente

No contexto da pesquisa, a interação entre usuários de sistemas ERP e

equipes de suporte deve ocorrer por meio de uma rede social digital

corporativa. Ambiente que, segundo a literatura, é favorável às práticas de

gestão de conhecimento.

Na segunda fase, foi apresentado ao grupo de participantes da pesquisa, o

ambiente REDU. O REDU é uma aplicação que suporta uma rede social digital

com objetivos educativos. Por este motivo foi escolhido como o ambiente a ser

utilizado para a pesquisa.

O ambiente e suas funcionalidades foram apresentados aos participantes por

meio de sessões de treinamento através das quais foram demonstradas as

funcionalidades do ambiente e realizadas simulações individuais e em grupo

para facilitar o processo de uso e interação entre os membros da rede criada

para atender aos propósitos da pesquisa.

Depois de realizadas as sessões de treinamento e simulação, criou-se no

ambiente REDU, a rede para integração dos participantes da pesquisa. Cada

um dos participantes recebeu um usuário e senha para acesso ao ambiente e

iniciarem o processo de interação (www.redu.com.br).

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3.5.3 Terceira fase (F3) – Análise de conteúdo dos diálogos

Durante três meses os participantes interagiram através do ambiente REDU

utilizando livremente suas funcionalidades.

Findo o período de interações, por meio de consultas, foram extraídos da base

de dados do REDU todos os registros contendo os diálogos entre os

participantes da rede (da pesquisa). Sobre os dados extraídos foi aplicada a

técnica de análise de conteúdo. A análise de conteúdo é considerada uma

técnica para tratamento de dados com o objetivo de identificar o que dito a

respeito de um determinado tema (VERGARA, 2003).

O processo de análise de conteúdo envolve várias etapas para auferir

significação ao que foi coletado e analisado (TRIVINOS, 1987). Segundo

Bardin (2006), as etapas para a realização do processo de análise de conteúdo

são: 1) pré-análise, 2) exploração do material e 3) tratamento dos resultados,

inferência e interpretação.

A pré-análise é a fase em que se organiza o material a ser analisado. A

organização do material é realizada em quatro etapas: (a) leitura flutuante, que

é o estabelecimento de contato com os dados coletados (neste caso os

registros dos diálogos entre os participantes da pesquisa); (b) escolha dos

documentos, que consiste na demarcação do que será analisado; (c)

estabelecimento dos objetivos da análise; (d) elaboração de indicadores por

meio de recortes de texto nos documentos de análise (Bardin, 2006).

A exploração do material é a segunda fase, que consiste na definição de

categorias (sistemas de codificação) e a identificação das unidades de registro

ou unidades de análise (unidade de significação - corresponde ao segmento de

conteúdo a considerar como unidade base, visando à categorização e à

contagem de freqüências).

A terceira fase diz respeito ao tratamento dos resultados, inferência e

interpretação.

Para esta pesquisa, o objetivo da análise de conteúdo é identificar através do

conteúdo dos diálogos entre usuários de ERP e equipes de suporte, que

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fenômenos da gestão de conhecimento estão associados a informações sobre

processos de negócio.

A pré-análise foi feita com base na seleção dos diálogos e interações

realizados entre os usuários de ERP e a equipes de suporte por meio do

REDU. Depois dessa etapa foi realizada a exploração do material de onde

foram definidas as unidades de análise (Quadro 7) e as categorias (Quadro 8).

Quadro  7  -­‐  Unidades  de  análise  de  conteúdo

Unidades  de  análise    -­‐  SIGLA   Recortes  de  Texto  

UA1  Processos  /  Processos  de  Negócio    /  Negócio  

UA2   Sistema  /  Operação  do  sistema  UA3   Funcionalidade  UA4   Suporte  UA5   Conhecimento  UA6   Documentação  /  Documentos  UA7   Eficiência  /  Eficiente  

O Quadro 7 apresenta as unidades de análise definidas na etapa de

exploração. As unidades de análise foram utilizadas para a realização do

processo de contagem das ocorrências dos recortes de texto definidos.

O Quadro 8 apresenta as categorias utilizadas para contextualizar os

fenômenos da gestão de conhecimento em que cada unidade de análise foi

evidenciada durante as interações entre os participantes da pesquisa através

do REDU.

Quadro  8  -­‐  Categorias  de  análise  de  conteúdo

Categorização    -­‐  SIGLA   Descrição    C01   Criação  C02   Uso  C03   Compartilhamento  C04   Manutenção    

Para completar a análise foram criadas duas dimensões utilizadas para

identificar a que grupo (usuários ou equipe de suporte) estão relacionadas as

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unidades de análise em relação a que fenômeno da gestão de conhecimento

(Quadro 9).

Quadro  9  -­‐  Dimensões  da  Análise  de  Conteúdo

Dimensões  –  SIGLA   Descrição    D01   Usuários  D02   Analistas  de  Suporte  

Definidas as unidades de análise, as categorias e as dimensões, foi

estabelecida uma matriz de dados através da qual foi possível a representação

numérica da freqüência com que foram realizados os registros das unidades de

análise de acordo com cada categoria e dimensão – Quadro 10.

Quadro  10  -­‐  Matriz  para  demonstração  dos  resultados

Matriz   de   relacionamento  Unidade   de   Análise   x  Categoria  x  Dimensão   D01       D02       C01   C02   C03   C04       C01   C02   C03   C04  

UA1                                      

UA2                                      

UA3                                      

UA4                                      

UA5                                      

UA6                                      

UA7                                      

 

 

3.5.4 Quarta fase (F4) – Aplicação de Questionário

Na fase quatro, foi aplicado um questionário para a coleta dos dados sobre a

impressão dos participantes da pesquisa ao interagirem por meio de uma rede

social digital corporativa.

O questionário é um instrumento desenvolvido cientificamente, composto de

um conjunto de perguntas ordenadas de acordo com um critério

predeterminado, que deve ser respondido sem a presença do entrevistador

(MARCONI; LAKATOS, 1999) e que tem por objetivo coletar dados de um

grupo de respondentes.

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Foi aplicado um questionário para todo o grupo de participantes, denominado

como “Questionário de Avaliação” (Anexo A).

3.5.5 Quinta fase (F5) – Análise dos indicadores de desempenho

A quinta fase da pesquisa consistiu em analisar se houve alguma melhora no

desempenho dos serviços de suporte através da redução dos tempos de

atendimento e da quantidade de atendimentos realizados aos usuários de ERP.

A seleção das amostras não foi aleatória já que apenas uma parte dos usuários

do sitema SURGEN foram escolhidos para a realização da pesquisa.

Para a realização da análise foram definidas duas variáveis contínuas

(WAZLAWICK,2009) que serviram para mensurar os desempenhos dos

serviços de suporte a usuários : o tempo de cada atendimento e a quantidade

de atendimentos realizados. As amostras foram coletadas em dois

períodos com a mesma quantidade de meses. O primeiro período

correspondeu a uma fase do processo de antedimento que antecede ao início

da pesquisa (OUTUBRO – DEZEMBRO 2011). O segundo período

correspondeu aos meses em que os usuários de ERP e a equipes de suporte

interagiram por meio do REDU (MAIO – JULHO 2012). Sobre as amostras

foram aplicados métodos da estatística descritiva para dados não agrupados

(PREM,2006) : médias aritméticas e desvio padrão.

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4 Resultados  

 

A seguir serão apresentados os resultados da pesquisa para cada um dos

objetivos declarados.

1 – Identificar através do conteúdo dos diálogos entre os usuários de ERP e

equipes de suporte, que fenômenos da gestão de conhecimento estão

associados a informações sobre processos de negócio

2 – Analisar as impressões dos participantes da pesquisa ao interagirem por

meio de uma rede social digital corporativa

3 – Verificar o efeito dos fenômenos da gestão de conhecimento associados às

práticas de diálogo entre usuários de sistemas ERP e as equipes de suporte

através de redes sociais digitais corporativas, quando no conteúdo desses

diálogos, estão presentes informações relacionadas aos processos de negócio

da organização

4.1 Identificação dos fenômenos da gestão de conhecimento na rede social digital corporativa

Através da análise de conteúdo dos diálogos realizados pelos participantes do

experimento, foi possível a identificação dos fenômenos ligados à gestão de

conhecimento por meio da interação dos participantes através da rede social

digital corporativa (REDU).

A Figura 09 apresenta um exemplo onde o usuário sugere ao grupo o

estabelecimento de uma nova maneira de executar seu processo de trabalho.

A sugestão inclui uma melhoria no sistema ERP que ele utiliza para realizar

duas atividades. Além disso, solicita ao grupo que se manifeste sobre sua

sugestão e questiona a equipe de suporte sobre a possibilidade da implantação

dessa nova característica. Na medida em que sugere ao grupo de trabalho

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novas possibilidades para a realização de uma tarefa e propõe melhorias ao

sistema, o usuário cria para o grupo uma nova visão sobre essa tarefa e sobre

a nova funcionalidade que sugere que seja implantada no sistema.

Figura  9  -­‐  Exemplo  de  um  fenômeno  de  criação  através  da  rede

Na Figura 10, o usuário manifestou ao grupo que avaliou o material criado pela

equipe de TI e observou que alguns aspectos de suas atividades não constam

do material criado. A seguir registra que contribuirá enviando sugestões de

melhoria do material criado. Ao informar que contribuirá com os ajustes no

material criado pela equipe de TI, o usuário está sinalizando ao grupo que fará

ajustes (correções ou manutenções) sobre o documento em questão.

   

Figura  10  -­‐  Usuário  constata  material  criado  pela  TI  –  compartilha  com  o  grupo  necessidade  de  revisão  (manutenção  ).

A Figura 11 mostra o material criado pelos membros da equipe de tecnologia

que fizeram parte do experimento. O material criado apresenta aos usuários o

conjunto das principais funções do sistema que atende aos usuários do setor

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de auditorias de contas. Ao criar um material que será utilizado por vários

usuários, a equipe TI está aplicando a gestão de conhecimento ao transformar

o conhecimento tácito sobre os processos de negócio e uso das ferramentas

de sistemas em conhecimento explícito.

Figura  11  -­‐  Exemplo  de  material  criado  pela  equipe  de  TI  para  os  usuários  do  sistema.

A Figura 12 apresenta um exemplo onde o usuário compartilha com o grupo

informações a respeito dos novos procedimentos que são exigidos à operação.

Ele ressalta ao grupo a necessidade de atenção com os procedimentos e alerta

ao grupo a existência de um material preparado pela TI para orientar o

procedimento.

Figura  12  -­‐  Exemplo  de  material  criado  pela  equipe  de  TI  para  os  usuários  do  sistema

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A Figura 13 apresenta um exemplo onde o usuário registra ao grupo que

avisou (compartilhou) sobre a necessidade de manutenção dos registros de

comandas de pacientes. Um claro exemplo de um fenômeno de

compartilhamento.

Figura  13  -­‐  Exemplo  de  registro  compartilhamento  de  informações  entre  usuários.

A Figura 14 apresenta um exemplo de compartilhamento e uso do

conhecimento obtido através da rede. O usuário informa ao grupo que a TI

avisou sobre uma nova funcionalidade que deve ser testada. Em seguida

informa ao grupo de que se trata essa nova funcionalidade.

Figura  14  -­‐  Exemplo  de  diálogo  de  compartilhamento  e  uso  do  conhecimento  obtido  através  da  rede.

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A Figura 15 apresenta outro exemplo no qual o usuário orienta um membro da

rede a utilizar uma funcionalidade do sistema. Neste caso observa-se a

aplicação do conhecimento obtido na rede através de seu compartilhamento.

Figura  14  –  Exemplo  de  diálogo  de  compartilhamento  e  uso  de  conhecimento

A Figura 16 apresenta outro exemplo em que o usuário orienta outro membro

da rede a utilizar uma funcionalidade do sistema.

Figura  15  -­‐  Exemplo  de  diálogo  de  compartilhamento  e  uso  do  conhecimento  obtido  através  da  rede.

A Figura 17 apresenta um exemplo de diálogo que registra a necessidade de

uma mudança de procedimento. Uma clara indicação da necessidade de

manutenção da base de conhecimento das equipes.

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Figura  16  -­‐  Exemplo  de  diálogo  de  indicando  a  necessidade  de  mudança  (manutenção  de  procedimento).

As Figuras, 18 e 19 apresentam registros de um usuário que comunica a

alteração em um material contendo especificações de procedimentos, e dá

ciência ao grupo de sua importância do processo para o setor.

Figura  17  –  Exemplo  de  registro  de  diálogo  indicando  –  compartilhando  informações  

Figura  19  -­‐  Exemplo  de  registro  de  diálogo  de  indicando  o  registro  de  mudança.

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A análise de conteúdo dos diálogos possibilitou a obtenção das freqüências com que

cada unidade de análise apareceu nos diálogos entre usuários de ERP e a equipe de

suporte (Tabela 4). Tabela  4  -­‐  Demonstrativo  de  ocorrências  dos  temas  de  análise  

Unid.  de  análise    -­‐  SIGLA   Descrição    

           Qt.  Ocorrências  

UA1   Processos  /  Processos  de  Negócio    /  Negócio   89  UA2   Sistema  /  Operação  do  sistema   28  UA3   Funcionalidade   3  UA4   Suporte   32  UA5   Conhecimento   12  UA6   Documentação  /  Documentos   36  UA7   Eficiência   4  

Os dados obtidos da análise de conteúdo revelam que, no contexto da

pesquisa, ocorreram 89 ocorrências do uso dos termos Processos, Processos

de Negócio ou Negócio.

Além da contagem das unidades de análise (UA), os diálogos foram analisados

para contextualizá-los de acordo com os fenômenos da gestão de

conhecimento aos quais estavam ligados. A Tabela 5 apresenta o

demonstrativo de ocorrências de cada unidade de análise em relação a cada

categoria e as dimensões definidas.

Tabela  5  -­‐  Demonstrativo  de  ocorrências  dos  temas  de  análise  por  categoria  e  dimensão  

Matriz   de  relacionamento   Unidade  de   Análise   x   Categoria   x  Dimensão   D01   D02           C01   C02   C03   C04   C01   C02   C03   C04      UA1   6   4   18   5   3   5   7   3   51  UA2   3   2   6   3   2   1   3   2   22  UA3   0   0   0   0   0   0   0   0   0  UA4   2   3   7   6   2   2   6   1   29  UA5   1   0   3   0   0   2   3   1   10  UA6   3   4   8   4   3   2   4   1   29  UA7   0   0   1   0   1   0   1   0   3       15   13   43   18   11   12   24   8      

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Para a UA1 (Processos/Processos de Negócio/Negócio), embora tenham sido

evidenciadas 89 ocorrências, apenas 51 estão contextualizadas com os

fenômenos da gestão de conhecimento (C01-Criação,C02-Uso,C03-

Compartilhamento,C04-Manutençao). A distribuição das ocorrências da UA1

pôde ser observada tanto nas falas dos usuários quando nas falas dos

analistas de suporte e representa 35,42% do total de registros de diálogos

contextualizados na pesquisa.

A Tabela 6 apresenta o resumo das ocorrências das unidades de análise por

grupo de membros da rede (D01 – Usuários, D02 – Analistas de suporte).

Tabela  6  -­‐  Distribuição  de  frequencias  das  unidades  de  análise  por  Dimensão

    D01   D02   REDE  

Processos  /  Processos  de  Negócio    /  Negócio   37,08%   32,73%   35,42%  

Sistema  /  Operação  do  sistema   15,73%   14,55%   15,28%  

Funcionalidade   0,00%   0,00%   0,00%  

Suporte   20,22%   20,00%   20,14%  

Conhecimento   4,49%   10,91%   6,94%  

Documentação  /  Documentos   21,35%   18,18%   20,14%  

Eficiência   1,12%   3,64%   2,08%  

No contexto da pesquisa, foi possível observar através do conteúdo dos

diálogos entre usuários de sistemas ERP e analistas de suporte, registros

sobre processos de negócios associados a fenômenos da gestão de

conhecimento.

4.2 Analisar as Impressões da interação entre os participantes da pesquisa

A análise das impressões dos participantes da pesquisa foi realizada através

da coleta de dados registrados a partir da aplicação de um questionário

(ANEXO A). Através do questionário foi possível a obtenção das impressões

dos participantes ao interagirem entre si, suas impressões sobre o ambiente

REDU, sua opinião quanto aos objetivos das práticas da gestão de

conhecimento para o ambiente corporativo e os fatores que podem inibir e ou

contribuir para o pleno uso de uma rede social digital corporativa nas práticas

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de gestão de conhecimento. As impressões sobre as interações foram

classificadas em grupos, apresentados no Quadro 11. Quadro  11  -­‐  Grupos  de  avaliação  da  interação  dos  participantes  da  pesquisa

Grupo   Descrição    GCL01   Quanto  ao  trabalho  

GCL02   Quanto  aos  sistemas  ERP  

GCL03   Quanto  aos  processos  de  negócio  

GCL04   Quanto  aos  serviços  de  suporte  a  sistemas  ERP  

GCL05   Quanto  ao  desenvolvimento  profissional  

GCL06   Quanto  aos  objetivos  das  práticas  da  gestão  de  conhecimento  na   relação  entre  usuários  e  analistas  de   suporte  por  meio  da  rede  social  digital  corporativa      

GCL07   Quanto  a  avaliação  do  AMBIENTE  REDU  

GCL08   Quanto  a   relevância  das   funcionalidades  de  E-­‐LEARNING  para  as  práticas  de  gestão  de  conhecimento  em  uma  rede  social  digital    

GCL09   Quanto  aos   fatores  de  contribuição  na  aplicação  das  práticas  de  gestão  conhecimento  por  meio  de  uma  rede  social  digital  

GCL10   Quanto  aos  fatores  inibidores  na  aplicação  das  práticas  de  gestão  conhecimento  por  meio  de  uma  rede  social  digital  

Com relação ao grupo GCL01, as impressões dos participantes estão assim

distribuídas, 58,33% dos participantes afirmaram que concordam parcialmente

com a contribuição das redes sociais digitais para o estabelecimento de laços

de confiança entre os membros de grupos de trabalho. Com relação ao mesmo

item, 33.33% afirmaram que não concordam. Com relação à contribuição para

a criação, desenvolvimento e melhoria das rotinas de trabalho, 83,33%

afirmaram que concordam integralmente com a afirmativa. Com relação à

contribuição das redes para o compartilhamento de acervos de conhecimento,

75 % dos participantes afirmaram que concordam integralmente. 83,33% dos

participantes concordam integralmente com a afirmativa de que a interação

através de uma rede social digital contribui com o processo de aprendizagem

das rotinas de trabalho. A Tabela 7 apresenta o resultado detalhado do grupo

GCL01.

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Tabela  7  -­‐  Distribuição  das  respostas  para  o  grupo  GCL01  

(Grau de concordância I-integralmente P-parcialmente N-Não concordam)

GCL01  I   P   N  

a) Contribui   para   o   estabelecimento   de   laços   de   confiança  com  outros  membros  dos  grupos  de  trabalho   8,33%   58,33%   33,33%  

b) Contribui   para   a   criação,   desenvolvimento   e   melhoria   de  rotinas  de  trabalho   83,33%   8,33%   8,33%  

c) Contribui  para  a  criação  e  o  compartilhamento  de  acervos  de  conhecimento  sobre  as  rotinas  de  trabalho     75,00%   25,00%   0%  

d) Contribui   no   processo   de   aprendizagem   das   rotinas   de  trabalho   83,33%   16,67%   0,00%  

Ainda com relação ao grupo GCL01, 80% dos participantes que concordaram

integralmente com a afirmativa B, concordaram com a afirmativa C. Seguindo o

mesmo raciocínio, 80% dos participantes que concordaram integralmente com

a afirmativa B, também concordaram com a afirmativa D. 88,89% dos

participantes que concordaram integralmente com a afirmativa C, concordaram

com a afirmativa B, e 100% dos que concordaram integralmente com a

afirmativa C, concordaram com a afirmativa D. Com relação à afirmativa D,

80% dos participantes que concordaram integralmente com a afirmativa D,

também concordaram com a afirmativa B, e 90% dos que concordaram

integralmente com a afirmativa D, concordaram com a afirmativa C.

O Gráfico 1, apresenta a distribuição do percentual de respostas em relação às

afirmativas propostas.

Gráfico  1  -­‐  Distribuição  do  percentual  de  respostas  do  Grupo  de  Classificação  GCL01.

 

Com relação ao grupo GCL02, 41,67% afirmaram que concordam

integralmente que o uso de redes sociais digitais corporativas contribui para a

0,00%  

20,00%  

40,00%  

60,00%  

80,00%  

100,00%  

120,00%  

(  A  )     (  B  )     (  C  )     (  D  )    

N  

P  

I  

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aprendizagem das rotinas e funcionamento do sistema. Quando questionados

sobre a contribuição para o aprimoramento das rotinas do sistema, 41,67%

concordaram integralmente. Ainda, 75 % concordam integralmente quando a

contribuição se dá na melhoria da criação e compartilhamento de acervos de

conhecimento sobre o sistema e 66,67% concordam integralmente que a

interação através de redes sociais digitais corporativas contribui para a

melhoria do entendimento da relação funcional entre o sistema e os processos

de negócio. A Tabela 8 apresenta o resultado da classificação do grupo

GCL02.  

Tabela  8  -­‐  Distribuição  de  respostas  do  grupo  GCL02  

Item    Grau  de  concordância  

GCL02  I   P   N  

a) Contribui   na   aprendizagem   das   rotinas   e   do  funcionamento  do  sistema   41,67%   41,67%   16,67%  

b) Contribui   para   o   aprimoramento   das   rotinas  do  sistema   41,67%   50,00%   8,33%  

c) Contribui   para   melhorar   a   criação   e  compartilhamento   de   acervos   de  conhecimento  sobre  o  sistema   75,00%   25,00%   0,00%  

d) Contribui   para   melhorar   o   entendimento   da  relação   funcional   entre   o   sistema   e   os  processos  de  negócio   66,67%   33,33%   0,00%  

Ainda com relação ao grupo de classificação GCL02, a pesquisa revela, que

dos participantes que concordam integralmente que a interação por meio das

redes sociais digitais corporativas contribui para o aprimoramento das rotinas

do sistema, 80% também concordam com a contribuição para a melhoria na

criação e compartilhamento dos acervos de conhecimento sobre o sistema.

Seguindo o mesmo raciocínio, 80% dos que concordam integralmente com a

afirmativa B, também concordam com a afirmativa D. Com relação a afirmativa

D, 100% dos participantes que concordam integralmente também concordam

com o item C. O Gráfico 2 apresenta a distribuição do percentual de respostas

em relação às afirmativas propostas.

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Gráfico  2  -­‐  Distribuição  do  percentual  de  respostas  do  Grupo  de  Classificação  GCL02.

Quanto aos resultados para o grupo GCL03 as respostas dos participantes

estão dispostas conforme a Tabela 9.

Tabela  9  -­‐  Distribuição  das  respostas  do  grupo  GCL03  

Item     Grau  de  concordância  

GCL03   I   P   N  a) Contribui   na   aprendizagem   dos   processos  de  negócio  que  executo     41,67%   58,33%   0,00%  b) Contribui   para   o   aprimoramento   dos  processos  de  negócio  que  executo     75,00%   25,00%   0,00%  c) Contribui   para   a   criação   e  compartilhamento   de   acervos   de   conhecimento  sobre  os  processos  de  negócio    

66,67%   33,33%   0,00%  

Nesta Tabela, 41,67% dos participantes concordam integralmente com a

afirmativa A. 75% concordam integralmente com a afirmativa B e 66,67%

concordam integralmente com a afirmativa C.

Dos participantes que concordam integralmente com a afirmativa A, 100%

concordam integralmente com a afirmativa B. Dos que concordam

integralmente com a afirmativa B, 77,78% concordam com a afirmativa A e dos

que concordam integramente com a afirmativa C, 87,50% afirmam que

concordam integralmente com a afirmativa B. O Gráfico 3 apresenta a

distribuição do percentual de respostas em relação às afirmativas propostas

para o grupo GCL03.

0,00%  

20,00%  

40,00%  

60,00%  

80,00%  

100,00%  

120,00%  

(  A  )     (  B  )   (  C  )   (  D  )  

N  

P  

I  

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Gráfico  3  -­‐  Distribuição  do  percentual  de  respostas  do  Grupo  de  Classificação  GCL03.

A Tabela 10 apresenta o resumo com o resultado da distribuição das respostas

do grupo GCL04.

Com relação à contribuição da rede social digital corporativa no aprimoramento

dos processos dos serviços de suporte aos sistemas ERP nenhum dos

participantes concordou integralmente com a afirmativa. Já com relação à

afirmativa de que o compartilhamento de informações contribui para a

aprendizagem de usuários e analistas de suporte, 100% dos participantes

concordaram integralmente. 83,33% dos participantes concordam

integralmente com a afirmativa C, e nenhum dos participantes concordaram

integralmente com o item D.

Tabela  10  -­‐  Distribuição  das  respostas  do  grupo  GCL04  

Item     Grau  de  concordância  

GCL04   I   P   N  a) Contribui  para  o  aprimoramento  dos  processos  de  prestação  dos  serviços  de  suporte  aos  sistemas  ERP   0,00%   83,33%   16,67%  b) O   compartilhamento   de   informações   através   da  rede   contribui   para   a   aprendizagem   de   usuários   e  analistas  de  suporte    

100,00%   0,00%   0,00%  c) Contribui   para   a   criação   e   compartilhamento   de  acervos  de  conhecimento  úteis  a  usuários  e  analistas   83,33%   16,67%   0,00%  d) Contribui   para   o   estabelecimento   de   laços   de  confiança  entre  usuários  e  analistas  de  suporte   0,00%   66,67%   33,33%  

Ainda com relação ao resultado do grupo GCL04, 83,33% dos participantes

que concordam integralmente com o item B, também concordam integralmente

0,00%  

50,00%  

100,00%  

150,00%  

200,00%  

I   P   N  

(  C  )  

(  B  )    

(  A  )  

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com a afirmativa do item C, e 100% dos participantes que concordam

integralmente com o item C concordam com o item B.

O Gráfico 4 apresenta a distribuição do percentual de respostas em relação às

afirmativas propostas para o grupo GCL04. Gráfico  4  -­‐  Distribuição  do  percentual  de  respostas  do  Grupo  de  Classificação  GCL04.

A Tabela 11 apresenta o resumo com o resultado da distribuição das respostas

do grupo GCL05. De acordo com o grupo GCL05 nenhum dos participantes da

pesquisa concorda integralmente com a afirmativa A e apenas 25% deles

concorda integralmente com o item B. Tabela  11  -­‐  Distribuição  das  respostas  do  grupo  GCL05  

Item     Grau  de  concordância  

GCL05   I   P   N  a) Contribui   para   o   desenvolvimento  profissional  dos  membros  da  rede  

0,00%   83,33%   16,67%  

b) Pode   ser   vista   como   fator   de   aumento   de  concorrência   profissional   na   medida   em   que   o  conhecimento  é  compartilhado  

25,00%   58,33%   16,67%  

O grupo GCL06 classifica a opinião dos participantes com relação a

importância dos objetivos das práticas de gestão de conhecimento na interação

entre usuários de sistemas ERP e as equipes de suporte de sistemas, por meio

de uma rede social digital corporativa. A sequência proposta para os

participantes foi :

a) Tornar o uso do sistema mais efetivo para usuários e para a organização

b) Reduzir o custo com o suporte aos usuários de ERP

c) Aumentar a eficácia dos processos oganizacionais suportados pelos

sistemas

0,00%  

20,00%  

40,00%  

60,00%  

80,00%  

100,00%  

120,00%  

(  A  )   (  B  )   (  C  )   (  D  )  

N  

P  

I  

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A Tabela 12 apresenta o resumo da classificação feita pelos participantes. Para

66% dos participantes a ordem de importância dos objetivos das práticas de

gestão de conhecimento na interação entre usuários de ERP e as equipes de

suporte de sistemas é representada pela sequencia C, B, A. Para 25% a ordem

de importância é B, C, A e para 8,33% a sequencia de ordem de importância é

C, A, B.

Tabela  12  -­‐  Distribuição  das  respostas  do  grupo  GCL6  

Sequencia     Qtd   %  

A   B   C   0   0,00%  

A   C   B   0   0,00%  

C   A   B   1   8,33%  

C   B   A   8   66,67%  

B   A   C   0   0,00%  

B   C   A   3   25,00%  

O grupo GCL07, propôs aos participantes da pesquisa que realizassem uma

avaliação a respeito do ambiente REDU. O Quadro 12, abaixo, apresenta a

relação dos itens questionados aos participantes. Cada um dos itens de

avaliação propostos, deveria ser respondido de acordo com um conjunto

possível de critérios rUim, Bom, Regular ou Ótimo. Quadro  12  -­‐  Itens  de  avaliação  do  REDU

Critérios  de  usabilidade  

a) De  fácil  aprendizagem  

b) De  fácil  operação  

c) Se   a   ferramenta   é   eficaz   (se   executa   suas   funções   de   forma   correta   de   da   melhor  forma)  

d) Se  a  ferramenta  proporciona  ao  usuário  algum  tipo  de  satisfação  em  seu  uso  

e) Rapidez  na  execução  dos  comandos  

f) Tratamento  de  erros  de  operação  para  orientar  o  usuário  no  uso  da  ferramenta  g) Manuais  ou  help  on-­‐line  

h) Se  a  ferramenta  é  estável  durante  o  seu  uso  

i) Se  a  ferramenta  tem  uma  boa  diagramação  das  telas  

A Tabela 13 apresenta o resumo da avaliação feita pelos participantes da

pesquisa sobre o ambiente REDU.

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Tabela  13  –  Distribuição  das  respostas  de  avaliação  do  ambiente  REDU  

Critério  de  Avaliação     A   B   C   D   E   F   G   H   I  

Ótimo                

     

     

   

Bom   100,00%   41,67%   25,00%           41,67%       100,00%      

Regular       58,33%   75,00%   83,33%   41,67%   58,33%   25,00%    

66,67%  

Ruim               16,67%   58,33%       75,00%       33,33%  

A avaliação do ambiente REDU mostra que para 100% dos participantes o

ambiente é de fácil aprendizagem. Quanto à facilidade de operação, 58,33%

consideraram o ambiente regular. 75% avaliaram a ferramenta como eficaz.

83,33% avaliaram como regular o fato do ambiente proporcionar algum tipo de

satisfação em seu uso. 58,33% avaliariam como ruim a performance do

ambiente ao executar suas funções. Para 58,33% o tratamento de erros e

orientação do usuário é regular. 75% avaliaram como ruim os recursos de

manuais e help on-line. 100% avaliaram o ambiente como estável durante seu

uso e 66,67% responderam que o ambiente tem uma diagramação de telas

regular.

De acordo com o grupo classificação GCL08 83,33% avaliaram como

relevantes as funções de E-LEARNING nas práticas de gestão de

conhecimento através de uma rede social digital corporativa.

O grupo de classificação GCL09 propôs a cada um dos participantes que

estabelecesse qual a ordem crescente dos fatores de contribuição para o uso

massivo de uma ferramenta como o REDU. O Quadro 13 apresenta a relação

dos fatores propostos. Quadro  13  -­‐  Lista  de  fatores  de  contribuição

Lista  de  fatores  de  contribuição    

a) Apoio  da  alta  direção    

b) Suporte  tecnológico  c) Desenvolvimento  de  uma  estratégia  para  disseminação  da  nova  cultura  

d) Participação  das  lideranças    

e)        Relação  custo  benefício  

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De acordo com a análise de freqüência de cada item (fator) a sequencia dos

fatores que mais contribuiriam para o uso massivo de uma ferramenta como o

REDU seria: A – E – C – B – D.

A Tabela 14, abaixo apresenta a freqüência com que cada um dos fatores de

contribuição foram indicados.  

Tabela  14  -­‐  Distribuição  de  frequência  dos  fatores  de  contribuição  para  o  uso  de  Redes  Sociais  Digitais  

Item   1o     2o     3o       4o   5o  

A   66,67%   33,33%              

B               58,33%   41,67%  

C           75,00%   8,33%   16,67%  

D       25,00%       33,33%   41,67%  

E   33,33%   41,67%   25,00%          

O grupo de classificação GCL10 propôs aos participantes que avaliassem

durante o uso do REDU, que fatores seriam ou não inibidores do uso da

ferramenta. Uma lista de afirmativas foi estabelecida, e foi solicitado a cada um

dos participantes que apontassem quais seriam verdadeiras e quais seriam

falsas. O Quadro 14 apresenta a relação dos fatores propostos. Quadro  14  -­‐  Lista  de  fatores  inibidores

Item  -­‐  Fatores  inibidores  

a) Falta  de  conhecimento  sobre  a  ferramenta    b) Falta  de  uma  área  exclusiva  para  o  desenvolvimento  de  melhores  conteúdos  para  aplicação  dos  cursos  e  disciplinas  

c) Falta  de  visão  gerencial  para  estimular  o  uso  da  ferramenta  

d) Falta  de  perspectivas  profissionais  dentro  da  organização  

e) Falta  de  maturidade  dos  processos  de  gestão  de  conhecimento  

De acordo com a Tabela 15, para 58,33% dos participantes a falta de

conhecimento é um fator inibidor. 83,33% consideram que a falta de visão

gerencial prejudica o estímulo ao uso de uma ferramenta como o REDU. A falta

de maturidade dos processos de gestão de conhecimento foi considerada um

fator inibidor ao uso do REDU para 91,67% dos participantes. 66,67% não

consideraram que a falta de um setor corporativo focado na produção de

conteúdo seja um fator inibidor. 50 % dos participantes não consideraram a

falta de perspectivas profissionais fossem um fator inibidor ao uso da

ferramenta.

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Tabela  15  -­‐  Distribuição  das  frequências  dos  fatores  inibidores  para  o  uso  de  Redes  Sociais  Digitais  

   A   B   C   D   E  

V   58,33%   33,33%   83,33%   50,00%   91,67%  

F   41,67%   66,67%   16,67%   50,00%   8,33%  

4.3 Objetivo principal  

 

Esta pesquisa se propõe verificar o efeito dos fenômenos da gestão de

conhecimento associados aos diálogos entre usuários de sistemas ERP e as

equipes de suporte através de redes sociais digitais corporativas, quando no

conteúdo desses diálogos, estão presentes informações relacionadas aos

processos de negócio da organização.

Através de métodos da estatística descritiva, foram obtidas as médias

aritméticas dos indicadores de desempenho dos serviços de suporte a usuários

de ERP: tempo e quantidade de atendimentos realizados. Além das médias

aritméticas foram calculados os desvios padrões dos valores dos conjuntos de

dados coletados para que fosse verificada a dispersão dos dados coletados em

relação às suas médias. O valor relativo ao desvio padrão nos revela quão

próximos os valores de um conjunto de dados estão agrupados em torno de

sua média aritmética (PREM, 2006).

A Tabela 16 apresenta o comparativo das médias aritméticas dos indicadores

estabelecidos para a pesquisa.

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Tabela  16  -­‐  Comparativo  de  indicadores  de  desempenho

    Coleta  Antes  da  pesquisa     Coleta  Depois  da  pesquisa    

    Tp.Méd.  Atend.    Qtd.Méd.  Atend.     Tp.Méd.  Atend.    

Qtd.Méd.  Atend.    

AUD  1   35,06   4,66   43,02   4,33  

AUD  2   62,40   3,67   28,40   2,50  

AUD  3   91,10   2,33   36,90   2,66  

AUD  4   63,90   4,67   62,60   3,00  

AUD  5   26,00   2,00   59,83   3,00  

AUD  6   45,74   4,00   38,30   2,50  

AUD  7   113,20   3,33   104,30   4,00  

AUD  8   142,80   2,67   41,33   2,00  

AUD  9   53,80   3,00   31,25   2,00  

AUD  10   33,20   3,00   30,80   2,33  

Total   68,11   3,37   48,45   2,48  

Conforme apresentado na Tabela 16, verificou-se uma variação negativa do

número médio de atendimentos por usuário como também do tempo médio de

atendimento. Essa variação mostra que os indicadores de desempenho

melhoraram de um período para o outro. As médias obtidas no período em que

os usuários e analistas interagiram através da rede social digital corporativa

foram menores, portanto, melhores em relação ao período selecionado para

comparação.

Sobre o mesmo conjunto de dados foram aplicados os cálculos para

determinação de seus desvios padrão. A tabela 17 apresenta o comparativo

entre esses valores para ambos os indicadores.

Tabela  17  -­‐  Variação  dos  desvios  padrão

    Antes     Depois  

    Qtd.Med.Atend.   Tp.Med.Atend   Qtd.Med.Atend.   Tp.Med.Atend  Desv.  Padrão   1,656   69,91   1,642   47,55  

De acordo com os dados da Tabela 17, observa-se que:

1- Para os tempos médios de atendimento, os desvios padrão comportam-

se de maneira diferente em relação às médias aritméticas. Para os

dados coletados antes do uso do REDU, a dispersão está ao longo da

amplitude relativamente maior. Para os dados coletados após a

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utilização do REDU, os dados estão dispersos ao longo da amplitude

menor.

2- Para as quantidades médias de atendimento, os desvios padrão

comportaram-se de maneira análoga, ou seja: para ambos os conjuntos

de dados coletados observa-se que a dispersão está ao longo das

amplitudes negativas.

5 Discussão  

Por meio dessa pesquisa foi possível observar a ocorrência de diálogos entre

usuários de ERP e analistas de suporte através de uma rede social digital

corporativa. Os diálogos foram analisados por meio da técnica de análise de

conteúdo. As observações feitas sobre o conteúdo dos diálogos revelou que as

unidades de análise estabelecidas para a pesquisa, foram identificadas e

associadas a fenômenos da gestão de conhecimento. No contexto da

pesquisa, isso revelou que usuários de ERP e analistas de suporte, em seus

diálogos por meio de uma rede social digital corporativa, falaram a respeito de

processos de negócio e isso estava associado a um fenômeno da gestão de

conhecimento. Da mesma forma, a análise dos diálogos mostrou que os

participantes da pesquisa trataram sobre processos de negócio fora do

contexto da gestão do conhecimento. No contexto da pesquisa todos os

participantes possuíam nível superior completo ou cursando e a média geral de

idade era de 25,4 anos. Havia cinco participantes do sexo feminino e sete do

sexo masculino. A média de idade das mulheres era ligeiramente superior à

dos homens: 25,6 contra 25,28.

A pesquisa se mostra importante por que remete a novas possibilidades e

questionamentos. Se o conteúdo dos diálogos revelou que os participantes

trataram sobre processos de negócios associados ou não aos fenômenos da

gestão de conhecimento é possível questionar:

a) Os indicadores de desempenho das equipes de suporte podem ser

afetados por essas ocorrências caso estejam associadas ou não aos

fenômenos da gestão de conhecimento?

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b) De que forma os indicadores de desempenho das equipes de suporte

são afetados por essas ocorrências quando associadas ou não aos

fenômenos da gestão de conhecimento?

Nesse contexto, ainda caberia averiguar qual a influência da formação

acadêmica e do sexo dos membros de uma rede social sobre o conteúdo dos

diálogos e qual sua relação com o desempenho dos indicadores das equipes

de suporte.

A pesquisa também coletou a impressão dos participantes ao interagirem por

meio de uma rede social digital. Um questionário foi utilizado como instrumento

de coleta de dados. O questionário revelou o que os participantes da pesquisa

acharam do uso de uma rede social digital em relação ao seu trabalho, em

relação à utilização dos sistemas ERP, em relação aos processos de negócio,

aos serviços de suporte, ao desenvolvimento profissional, e sobre a gestão de

conhecimento originada da relação entre os grupos membros da rede. O

questionário também revelou as impressões dos participantes da pesquisa em

relação ao ambiente REDU e sobre a relevância de suas funcionalidades de e-

learning para as práticas da gestão de conhecimento por meio de uma rede

social digital.

Segundo o resultado da entrevista, a maioria dos participantes da pesquisa,

acha que o uso de uma rede social digital contribui para a criação,

desenvolvimento, melhoria e aprendizagem das rotinas de trabalho, que elas

contribuem para melhorar a compreensão sobre as funcionalidades de um

sistema ERP e sua relação com os processos de negócio. Nesse contexto é

ressaltada a importância do compartilhamento de conhecimento criado e

desenvolvido a partir das interações realizadas por meio de uma rede social

digital. A utilização das redes sociais também é importante para o serviço de

suporte ao sistema, na medida em que o conhecimento sobre processos e

funcionalidades também é compartilhado. Nesse contexto sua aplicação

também auxilia no aumento da eficácia dos processos organizacionais e na

redução de custos com suporte. Para os participantes da pesquisa o uso de

uma rede social digital não é considerado como uma ameaça à carreira

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profissional de seus membros como também não contribui necessariamente

para o desenvolvimento, segundo os participantes da pesquisa.

No tocante ao ambiente utilizado para a realização da pesquisa, o REDU,

destaca-se sua facilidade de uso e sua estabilidade como pontos fortes. O que

parece ser uma necessidade das ferramentas que implementam redes sociais

digitais. Do lado oposto está a ausência de manuais on-line, um contraponto ao

fato de que ferramentas dessa natureza devem ser de fácil operação e uso

intuitivo.

Para o uso de redes sociais no ambiente corporativo é necessário o apoio da

alta direção, de visão gerencial e maturidade nos processos de gestão,

segundo a opinião dos participantes da pesquisa.

A pesquisa também verificou o efeito dos fenômenos da gestão de

conhecimento associados às práticas de diálogos entre usuários e analistas de

suporte ao interagirem através de uma rede social digital corporativa quando no

conteúdo desses diálogos estão presentes informações sobre processos de

negócio. Foram utilizados métodos da estatística descritiva e obtidas médias

aritméticas e desvios padrão dos dados dos indicadores de tempo e quantidade

de atendimentos prestados aos usuários dos sistemas. Os dados dos

indicadores foram coletados em períodos distintos que retratam dois

momentos: o primeiro, onde a interação entre usuários e analistas de suporte

se deu através do fluxo normal de atendimento por meio de uma central de

suporte; o segundo onde a interação ocorreu por intermédio de uma rede social

digital corporativa, o REDU. Os resultados numéricos mostraram, no contexto

da pesquisa, certa melhoria nos indicadores de desempenho do suporte.

Apesar disso, não é possível se checar a uma conclusão sobre a relação que

existe os desempenho dos indicadores dos serviços de suporte e os

fenômenos da gestão de conhecimento associados aos diálogos entre usuários

de sistemas ERP e as equipes de suporte através de redes sociais digitais

corporativas, quando no conteúdo desses diálogos, estão presentes

informações relacionadas aos processos de negócio da organização.

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6 Conclusão  

Dentro do contexto da pesquisa e também de suas limitações, foi possível

observar a interação entre usuários de sistemas ERP e analistas de suporte

por intermédio de uma rede social digital corporativa. Da observação feita

sobre essa interação, foram evidenciados diálogos entre os membros dessa

rede, cujo conteúdo faz referência aos processos de negócio da organização.

Nos diálogos em cujos conteúdos há referência aos processos de negócio,

foram identificadas associações com fenômenos da gestão de conhecimento.

Da análise do questionário aplicado aos participantes da pesquisa, foi possível

obter informações sobre aspectos do ambiente REDU, sua importância às

práticas da gestão de conhecimento, a importância do e-learning dentro desse

contexto.

A pesquisa também verificou o comportamento dos indicadores de

desempenho utilizados para avaliar os serviços das equipes de suporte a

sistemas. Através de métodos da estatística descritiva foram obtidos as médias

aritméticas e os desvios padrão dos indicadores de desempenho antes e

depois da utilização de uma rede social digital para fins de interação entre

usuários e analistas. A partir dos resultados obtidos verificou-se certa melhora

para ambos os indicadores. Apesar disso, não é possível estabelecer uma

relação entre os fenômenos da gestão de conhecimento e os diálogos entre

usuários e analistas em cujos conteúdos existem registros sobre os processos

de negócios da organização.

A utilização da gestão de conhecimento associada às ferramentas

colaborativas tem se revelado de grande importância ao desempenho das

organizações. A aplicação dessas ferramentas já foi experimentada com êxito

para a melhoria de desempenho dos serviços de suporte a sistemas ERP. O

desempenho das equipes de suporte a sistemas ERP é algo tido como

estratégico pelas organizações que têm seu desempenho afetado pelo uso

eficiente desses sistemas. O conhecimento sobre processos de negócio tem

influência sobre o uso eficiente dos sistemas ERP. Nesse contexto, cabe

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investigar a relação entre os temas dada a sua importância para as

organizações e para a tecnologia da informação.  

 

6.1 Dificuldades e Limitações  

Durante a realização da pesquisa, foram identificadas algumas dificuldades

ligadas ao processo de interação dos participantes através da rede social

digital corporativa utilizada no estudo.

Dentre as dificuldades registradas estão:

• A cultura dos participantes em utilizarem a rede como uma ferramenta de trabalho

• Conforme relatos dos participantes, alguns registros não ocorreram no momento em que os fatos estavam ocorrendo. Vários participantes registravam seus diálogos e interagiam no início ou no final do expediente.

• Embora tenham sido orientados sobre o uso da ferramenta, o curto espaço de tempo para uso e a falta de uma cultura arraigada na organização dificultaram a exploração de vários recursos do ambiente

• Alguns participantes se ausentaram da cidade para a realização de treinamentos

• Por questões de prioridade, a pesquisa não tinha prioridade sobre a operação que não estava associada formalmente às práticas propostas

• Não havia uma função específica para a consulta das interações. O processo de extração foi realizado manualmente

Os resultados obtidos a partir da pesquisa estão limitados ao contexto no qual

a pesquisa foi aplicada: um grupo específico de usuários, de um sistema

específico, de um setor específico, de uma empresa com características

organizacionais específicas, com processos de negócio específicos.

A aplicação da pesquisa a outros contextos, diversificados e maiores, poderia

ser útil para a verificação, identificação, avaliação e comparação dos resultados

permitindo a o estabelecimento de novas visões a respeito do uso de redes

sociais digitais no contexto corporativo para a melhoria do desempenho dos

serviços de suporte a usuários de sistemas ERP.

 

 

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6.2 Trabalhos futuros

Dadas as limitações do contexto onde a pesquisa foi aplicada, e a importância

do desempenho dos serviços de suporte a usuários de sistemas ERP para as

organizações, caberá a trabalhos futuros, através de métodos estatísticos

paramétricos, verificar:

• Se há uma correlação entre o conhecimento sobre processos de

negócio e o desempenho das equipes de suporte a sistemas ERP

quando essas equipes realizam práticas de gestão de conhecimento

com os usuários através de redes sociais digitais.

• Se há uma correlação entre o uso de e-learning para usuários de ERP e

o desempenho das equipes de suporte a sistemas

6.3 Contribuições  

Esta pesquisa contribui com o a área de tecnologia de informação na medida

em que a percebe como área meio para as organizações. Nesse contexto, é

importante desenvolver conhecimentos que possam tornar melhores e mais

eficientes os serviços corporativos da TI. Dentre esses serviços está o suporte

aos sistemas ERP. Sistemas quase que indispensáveis às organizações

modernas que necessitam dessas ferramentas para realizarem sua operação e

se desenvolverem.

Desenvolver conhecimentos capazes de aprimorar o suporte aos sistemas

ERP, contribui com a área de TI na medida em que estabelece novos

paradigmas de criação, realização e desenvolvimento desses serviços que são

importantes ao desempenho das organizações.

 

 

       

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ANEXO      A  -­‐  Questionário  de  Avaliação      

NOME  DO  PARTICIPANTE:    

 

PROFISSÃO:     CARGO  QUE  OCUPA:    

 

(1-­‐ GCL01)  Registre  o  grau  concordância  para   cada  uma  das  alternativas  propostas,  quando  relacionadas  ao  seu  trabalho.  Uma  rede  social  digital  corporativa  ...  a) Contribui  para  o  estabelecimento  de  laços  de  confiança  com  outros  membros  dos  grupos  de  trabalho  b) Contribui  para  a  criação,  desenvolvimento  e  melhoria  de  rotinas  de  trabalho  c) Contribui  para  a  criação  e  o  compartilhamento  de  acervos  de  conhecimento  sobre  as  rotinas  de  trabalho    d) Contribui  no  processo  de  aprendizagem  das  rotinas  de  trabalho  

 Grau  de  concordância:  (I)  Concordo  integralmente  -­‐  (P)  Concordo  parcialmente  -­‐  (N)  Não  Concordo    

Item   (  A  )   (  B  )   (  C  )     (  D  )  Grau          

 

(2-­‐ GCL02)   Registre   o   grau   concordância   para   cada   uma   das   alternativas   propostas   quando  relacionadas  aos  sistemas  ERP  por  você  utilizados.  Uma  rede  social  digital...  a) Contribui  na  aprendizagem  das  rotinas  e  do  funcionamento  do  sistema  b) Contribui  para  o  aprimoramento  das  rotinas  do  sistema  c) Contribui  para  melhorar  a  criação  e  compartilhamento  de  acervos  de  conhecimento  sobre  o  sistema  d) Contribui  para  melhorar  o  entendimento  da  relação  funcional  entre  o  sistema  e  os  processos  de  negócio  

 Grau  de  concordância:  (I)  integralmente  -­‐  (P)  parcialmente  -­‐  (N)  Não  Concordo  

Item   (  A  )   (  B  )   (  C  )     (  D  )    Grau          

 

(3  –  GCL03)  –  Registre  o  grau  concordância  para  cada  uma  das  alternativas  propostas  quando  relacionadas  aos  processos  de  negócio  que  você  executa.  Uma  rede  social  digital  corporativa  ...  

a) Contribui  na  aprendizagem  dos  processos  de  negócio  que  executo    b) Contribui  para  o  aprimoramento  dos  processos  de  negócio  que  executo    c) Contribui  para  a  criação  e  compartilhamento  de  acervos  de  conhecimento  sobre  os  processos  de  negócio    

 Grau  de  concordância:  (I)  integralmente  -­‐  (P)  parcialmente  -­‐  (N)  Não  Concordo  

Item   (  A  )   (  B  )   (  C  )    Grau        

 

   

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(4-­‐  GCL04)  –  Registre  o  grau  concordância  para  cada  uma  das  alternativas  propostas  quando  relacionadas   à   prestação  dos   serviços   de   suporte   aos   sistemas   ERP.    Uma   rede   social   digital  corporativa  ...  

a) Contribui  para  o  aprimoramento  dos  processos  de  prestação  dos  serviços  de  suporte  aos  sistemas  ERP  b) O  compartilhamento  de  informações  através  da  rede  contribui  para  a  aprendizagem  de  usuários  e  

analistas  de  suporte    c) Contribui  para  a  criação  e  compartilhamento  de  acervos  de  conhecimento  úteis  a  usuários  e  analistas  d) Contribui  para  o  estabelecimento  de  laços  de  confiança  entre  usuários  e  analistas  de  suporte  

 Grau  de  concordância:  (I)  integralmente  -­‐  (P)  parcialmente  -­‐  (N)  Não  Concordo  

Item   (  A  )   (  B  )   (  C  )    Grau        

 

(5-­‐  GCL05)  –  Registre  o  grau  concordância  para  cada  uma  das  alternativas  propostas  quando  relacionadas  ao  seu  desenvolvimento  profissional.  Uma  rede  social  digital  corporativa....  

a) Contribui  para  o  desenvolvimento  profissional  dos  membros  da  rede  b) Pode  ser  vista  como  fator  de  aumento  de  concorrência  profissional  na  medida  em  que  o  conhecimento  é  

compartilhado    Grau  de  concordância:  (I)  integralmente  -­‐  (P)  parcialmente  -­‐  (N)  Não  Concordo  

Item   (  A  )   (  B  )  Grau      

 

(6-­‐  GCL06)  –  Em  sua  opinião,  das  opções  abaixo,  relacione  em  ordem  crescente,  a  importância  dos   objetivos   das   práticas   de   gestão   de   conhecimento   observadas   durante   na   relação   entre  usuários  de  sistemas  ERP  e  as  equipes  de  suporte  de  sistemas,  por  meio  de  uma  rede  social  digital  corporativa.  

a) Tornar  o  uso  do  sistema  mais  efetivo  para  os  usuários  e  para  a  organização  b) Reduzir  o  custo  com  o  suporte  aos  usuários  de  ERP  c) Aumentar  a  eficácia  dos  processos  organizacionais  suportados  pelos  sistemas  

 

Ord.Importância   1o   2o   3o    Item        

 

(7-­‐   GCL07)   –   Em   relação   à   sua   experiência   com   a   ferramenta   proposta   (o   REDU)   classifique  cada   um   dos   critérios   de   avaliação   relacionados,   com   ÓTIMO   (O),   BOM   (B),   REGULAR   (   R),    RUIM  (U).    

Critérios  de  usabilidade   Class.  a) De  fácil  aprendizagem    b) De  fácil  operação    c) Se   a   ferramenta   é   eficaz   (se   executa   suas   funções   de   forma  

correta  de  da  melhor  forma)    

d) Se   a   ferramenta   proporciona   ao   usuário   algum   tipo   de  satisfação  em  seu  uso  

 

e) Rapidez  na  execução  dos  comandos    f) Tratamento  de  erros  de  operação  para  orientar  o  usuário  no    

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uso  da  ferramenta  g) Manuais  ou  help  on-­‐line    h) Se  a  ferramenta  é  estável  durante  o  seu  uso    i) Se  a  ferramenta  tem  uma  boa  diagramação  das  telas    

 

 

(8-­‐  GCL08)  –  Dentro  do  contexto  da  pesquisa,  classifique  a  importância  das  funcionalidades  e  recursos  para  atividades  de  ensino  a  distância  dentro  do  ambiente  de  uma  rede  social  digital  corporativa.  

a) Irrelevante    b) Baixa  relevância  c) Relevância  d) Muita  relevância  

(9-­‐  GCL09)  –  Dentro  do  contexto  corporativo,  enumere  em  ordem  crescente,  a  importância  dos  fatores  de  contribuição  para  o  uso  massivo  e  exitoso  de  uma  ferramenta  dessa  natureza.    

a) Apoio  da  alta  direção    b) Suporte  tecnológico  c) Desenvolvimento  de  uma  estratégia  para  disseminação  da  nova  cultura  d) Participação  das  lideranças    e) Relação  custo  benefício  

Ord.Importância   1o   2o   3o     4o   5o   6o  Item              

 

(10-­‐  GCL10)  –  Das  opções  abaixo,  assinale  com  V(verdadeiro)  ou  F(falso)  quais  se  enquadram  como  inibidores  ao  uso  da  ferramenta  durante  a  experiência?    

 a) Falta  de  conhecimento  sobre  a  ferramenta    b) Falta  de  uma  área  exclusiva  para  o  desenvolvimento  de  melhores  conteúdos  para  aplicação  dos  cursos  e  

disciplinas  c) Falta  de  visão  gerencial  para  estimular  o  uso  da  ferramenta  d) Falta  de  perspectivas  profissionais  dentro  da  organização  e) Falta  de  maturidade  dos  processos  de  gestão  na  condução  de  ações  dessa  natureza  

Fator     A   B   C   D   E  Item            

 

   

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ANEXO      B  –  Formulário  de  consentimento    

Você está sendo convidado(a) a participar da pesquisa “Práticas de gestão de conhecimento de usuários de ERP por meio de Redes Sociais Digitais”. Caso concorde em participar, é importante que leia todas as informações dispostas neste formulário. Este documento (formulário) de consentimento lhe dá as informações necessárias para compreender os detalhes da pesquisa: objetivo,métodos,confidencialidade, custos, riscos e informações adicionais. Na medida em que concordar em concordar em participar da pesquisa é necessária a formalização de seu aceite através da assinatura neste documento. Algumas informações importantes: a) Sua participação é inteiramente voluntária b) Você poderá desistir de participar da pesquisa em qualquer momento Sobre os objetivos da pesquisa O objetivo da pesquisa é verificar o efeito dos fenômenos da gestão de conhecimento associados aos diálogos entre usuários de sistemas ERP e as equipes de suporte através de redes sociais digitais corporativas, quando no conteúdo desses diálogos, estão presentes informações relacionadas aos processos de negócio da organização. Como objetivos secundários: identificar através do conteúdo dos diálogos entre usuários de ERP e equipes de suporte, que fenômenos da gestão de conhecimento estão associados a informações sobre processos de negócio e analisar as impressões dos usuários e analistas de suporte ao interagirem por meio dessa rede. Sobre os pesquisadores Amilcar Furtado e Albuquerque Corrêa, é estudante de mestrado do Centro de Informática (CIN) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e este estudo faz parte da sua pesquisa de mestrado, e tem como orientador o Profº. Dr. Alex Sandro Gomes. Sobre os procedimentos As atividades da pesquisa serão realizadas em cinco (5) fases:

a) Definição de contexto – estabelecimento do setor em onde ocorrerá a pesquisa e a definição do perfil dos participantes

b) Preparação do ambiente – apresentação da pesquisa aos participantes, apresentação da ferramenta que será utilizada na pesquisa (a rede social digital com foco em educação – REDU) e a realização de sessões de treinamento e orientações sobre a utilização dos recursos da ferramenta

c) Análise de conteúdo dos diálogos – coleta dos registros dos diálogos realizados entre os participantes da pesquisa ao interagirem por meio da rede social digial (REDU) e análise do conteúdo desses diálogos.

d) Aplicação de questionário – aplicação de questionário para coleta de dados sobre informações e impressões dos participantes ao interagirem por meio de uma rede social digital corporativa e posterior análise dos dados coletados.

e) Verificação dos indicadores de desempenho de suporte – coleta dos tempos e quantidades de atendimento de suporte antes e depois da utilização do REDU como ferramenta de interação e prática para a gestão de conhecimento

Page 100: Correa, A. F. A., Práticas de gestão de conhecimento de usuários de ERP por meio de Redes Sociais Digitais, 2012. Dissertação (Mestrado em Pós-Graduação em Ciência da Computação)

   

Sobre Riscos A pesquisa em questão não expõe seus participantes a quaisquer tipos de riscos físicos, psíquicos, disciplinares e de confidencialidade. O estudo transcorrerá de forma natural mediante a observação dos dados originados a partir das interações entre os participantes com total garantia de sigilo e privacidade de suas identidades. Sobre Gastos Os participantes da pesquisa não arcarão com quaisquer gastos originados de suas atividades. Informações adicionais Para completar as informações necessárias à pesquisa é necessário estabelecer o perfil dos participantes. Para tanto forneça as informações abaixo descritas:

a) ATIVIDADE : [ ] AUDITOR [ ] ANALISTA DE SUPORTE b) SEXO : [ ] c) IDADE : [ ] d) FORMAÇÃO: [SCUR] – Nível superior cursando [SCPL] – Nível superior completo

[NTEC] – Nível técnico

Consentimento formal Declaro fui orientado sobre todos os detalhes relativos à pesquisa para a qual fui convidado a participar e que tive acesso a todas informações necessárias para discernir sobre minha participação voluntária neste processo. Estou ciente de que minha participação é voluntária e que sou livre para retirar-me da pesquisa se assim o desejar. Confirmo também que recebi uma cópia do formulário de consentimento. Dou meu consentimento de livre e espontânea vontade para participar deste estudo. _________________________ _____________________ Nome do Participante Data (em letra de forma) Ratifico as informações aqui transcritas e que todos os esclarecimentos sobre a pesquisa foram repassados ao participante. _____________________________________ ______________________ Nome do Experimentador Data (em letra de forma). ____________________________________________________________ Local, data