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D epois de um algum adormecimento do tema, o Fado passou a ter uma certa mediatização nestes últimos anos muito devido ao seu reconhecimento, em 2011, pela UNESCO, como Património Imaterial da Humanidade. E com este reconhecimento veio também a desmistificação, de certa forma marcada pelas gerações mais novas, de que o Fado se caracteriza por uma melancolia enfadonha. Sendo o Fado considerado como música tradicional, não deixa de sofrer alterações e uma evolução contínua, podendo ser sentido e vivido por toda a gente e onde todos os dias é redescoberto e reinventado. Como expressão da cultura popular, é transmitido oralmente, de forma espontânea, e esta mesma transmissão, enquanto linguagem musical de todo o universo e cultura fadista, acontece através da relação criada entre as diferentes gerações. Pessoalmente, acredito que o Fado é para todos, mas é graças aos jovens, que acreditam que o fado também é deles, que se têm aberto horizontes, que se têm cativado cada vez mais público jovem. Não acredito que exista a possibilidade de o Fado algum dia se vir a extinguir, até porque o Fado utiliza como matéria-prima os sentimentos, emoções e vivências do Homem e esta matéria nunca se esgotará, mas cabe-nos a nós, jovens, juntamente com as colectividade e as tradicionais casa de fado, garantir que esta canção tão portuguesa não caia no esquecimento e se torne cada vez mais presente e consiga mexer com as emoções das pessoas. Dividir para reinar… ou pelo contrário! Estamos num momento da vida associativa de grande exigência e sentido de responsabilidade. Não será muito diferente de outros, mas as condições em que actuamos, essas sim, são diferentes. Por um lado, mercê da desresponsabilização do Estado, entenda-se Governo Central, assistimos ao apelo a que a sociedade civil se organize e assuma as responsabilidades sociais do próprio Estado. Por outro lado, as dificuldades impostas aos dirigentes associativos e voluntários de uma forma geral, dificultam e impedem uma maior participação cívica. É um paradoxo que não tem como causa o associativismo mas sim a própria sociedade e a forma como esta está organizada. Ao mesmo tempo, surgem iniciativas individuais, desgarradas e sazonais que geram a ilusão que cada um, por si, tem os meios e os recursos capazes de se bastar. É uma ilusão perigosa que aprofunda o individualismo, o egoísmo, o egocentrismo e põe em causa a própria coesão social. Caminhamos para a desagregação social e parece que ninguém dá por isso. Ou então, alguém a está promover, propositadamente, o dividir para reinar, para usar a tese de Maquiavel. Seja como for, há que estar atentos e tudo fazer para que a coesão do associativismo seja uma realidade. Não basta por isso estarmos bem na “nossa” colectividade mas sim contribuirmos para estarmos bem com a sociedade, o meio em que nos reconhecemos. Augusto Flor, Dr. Presidente da Direcção CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DAS COLECTIVIDADES DE CULTURA, RECREIO E DESPORTO FOLHA INFORMATIVA CPCCRD www.confederacaodascolectividades.com facebook.com/confederacao.colectividades Fundada em 31 de Maio de 1924 N.º 21 / OUT 2014 EDITORIAL O FADO TAMBÉM É DOS JOVENS Silvana Marques Membro do Conselho Nacional Jovem

CPCCRD - Folha Informativa 21 [Outubro 2014] informativa 21... · ... garantir que esta ... o gosto do sociedade que se quer mais justa, ... muitíssimos anos até ser esgotado. O

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Depois de um algum adormecimento do tema, o Fado passou a

ter uma certa mediatização nestes últimos anos muito d e v i d o a o s e u reconhecimento, em 2011, p e l a U N E S C O , c o m o Património Imaterial da Humanidade. E com este r e c o n h e c i m e n t o v e i o também a desmistificação, de certa forma marcada pelas gerações mais novas, de que o Fado se caracteriza por uma melancolia enfadonha.

Sendo o Fado considerado como música tradicional, não deixa de sofrer alterações e uma evolução contínua, podendo ser sentido e vivido por toda a gente e onde todos os dias é redescoberto e reinventado. Como expressão da cultura popular, é transmitido oralmente, de forma espontânea, e esta mesma transmissão, enquanto linguagem musical de todo o universo e cultura fadista, acontece através da relação criada entre as diferentes gerações.

Pessoalmente, acredito que o Fado é para todos, mas é graças aos jovens, que acreditam que o fado também é deles, que se têm aberto horizontes, que se têm cativado cada vez mais público jovem.

Não acredito que exista a possibilidade de o Fado algum dia se vir a extinguir, até porque o Fado utiliza como matéria-prima os sentimentos, emoções e vivências do Homem e esta matéria nunca se esgotará, mas cabe-nos a nós, jovens, juntamente com as colectividade e as tradicionais casa de fado, garantir que esta canção tão portuguesa não caia no esquecimento e se torne cada vez mais presente e consiga mexer com as emoções das pessoas.

Dividir para reinar… ou pelo contrário!

Estamos num momento da vida associativa de grande exigência e sentido de responsabilidade. Não será muito diferente de outros, mas as condições em que actuamos, essas sim, são diferentes.Por um lado, mercê da desresponsabilização do Estado, entenda-se Governo Central, assistimos ao apelo a que a sociedade civil se organize e assuma as responsabilidades sociais do próprio Estado. Por outro lado, as dificuldades impostas aos dirigentes associativos e voluntários de uma forma geral, dificultam e impedem uma maior participação cívica. É um paradoxo que não tem como causa o associativismo mas sim a própria sociedade e a forma como esta está organizada.Ao mesmo tempo, surgem iniciativas individuais, desgarradas e sazonais que geram a ilusão que cada um, por si, tem os meios e os recursos capazes de se bastar. É uma ilusão perigosa que aprofunda o individualismo, o egoísmo, o egocentrismo e põe em causa a própria coesão social. Caminhamos para a desagregação social e parece que ninguém dá por isso. Ou então, alguém a está promover, propositadamente, o dividir para reinar, para usar a tese de Maquiavel.Seja como for, há que estar atentos e tudo fazer para que a coesão do associativismo seja uma realidade. Não basta por isso estarmos bem na “nossa” colectividade mas sim contribuirmos para estarmos bem com a sociedade, o meio em que nos reconhecemos.

Augusto Flor, Dr.Presidente da Direcção

CONFEDERAÇÃO PORTUGUESADAS COLECTIVIDADES

DE CULTURA, RECREIO E DESPORTO

FOLHA INFORMATIVA

CPCCRDwww.confederacaodascolectividades.com

facebook.com/confederacao.colectividadesFundada em 31 de Maio de 1924

N.º 21 / OUT 2014

EDITORIAL

O FADO TAMBÉM É

DOS JOVENS

Silvana MarquesMembro do ConselhoNacional Jovem

São as associações em Portugal que dão quotidianamente resposta às mais diversas necessidades sociais de forma cada vez mais organizada articulando um amplo movimento baseado numa aposta livre, desinteressada e

solidária. Genericamente elas contribuem para melhorar a qualidade de vida da sociedade e caracterizam-se por ser entidades abertas, dispostas a acolher qualquer pessoa interessada nos seus objectivos e nas suas iniciativas.

As associações têm revelado ser um importante factor de desenvolvimento pessoal nos Jovens mas também um imprescindível motor de desenvolvimento social. São, por um lado, escolas de cidadania, espaços de participação, de trabalho em equipa, de aprendizagem contínua. Por outro, contribuem para a melhoria da qualidade de vida da sociedade, defendendo

ASSOCIATIVISMO DESPORTIVO E CULTURAL

NA FORMAÇÃO DOS JOVENS

As questões de Género continuam a ser uma preocupação no quotidiano da sociedade portuguesa. No dia Municipal da Igualdade, dia 24 de Outubro, no âmbito de um projeto Coletivo, na Covilhã, com diversas entidades a Parceria constituída pela Colabora - CLR, Confederação Portuguesas das Colectividades e GICC-Teatro das Beiras, discutem a problemática, causas e medidas e lançam o projecto “!Género Coolectivo”!

DIA MUNICIPAL DA IGUALDADE

A partir do último dia do mês de Setembro p.p. a Drª Carmem Correia é a nova colaboradora na área de Contabilidade e Fiscalidade.

CONFEDERAÇÃO TEM NOVA TOC

A Sociedade os Loureiros formam, de há 162 anos a esta F i larmónica parte, jovens músicos que se têm tornado Pa l m e l e n s e excelentes profissionais nessa área ou em Loureiros é outras mas, essencialmente têm formado u m a imensos homens e mulheres com gosto i n s t i t u i ç ã o pela música, pela sua terra e pelo com 162 anos associativismo. que promove essencialment É com enorme regozijo que temos jovens e o ensino da na direção executiva, na direção música, bem pedagógica da escola de música ou nas como outras e direções da banda de música, orquestra

diversas atividades desportivas e juvenil e grupo coral.culturais.

Na componente desportiva, são também Os Loureiros são uma casa de família, ao centenas os jovens praticantes das mais longo de gerações se perpetuam peças, diversas modalidades e que diariamente se part i turas, instrumentos e uma familiarizam com esta escola de experiência musical que traz a cidadania.coletividade até aos nossos dias.

A par de todo o movimento associativo Como sabemos, a aprendizagem da música desportivo, cultural e recreativo, também é u m f a t o r d e t e r m i n a n t e n o os Loureiros se assumem como atores e desenvolvimento de capacidades dos agentes transformadores de uma nossos jovens e na formação da sua realidade, de um mundo e de uma personalidade. Paralelamente, o gosto do sociedade que se quer mais justa, mais t raba lho assoc iat ivo é também sólida e mais feliz.determinante na sua formação integral.

Loureiros, cada vez mais socialmente útil e Nesse sentido, é com enorme orgulho que culturalmente válida.

Os Loureiros como exemplo de formação dos Jovens

os interesses dos jovens especialmente aqueles em situação de desvantagem social, colaborando na resolução de necessidades sociais concretas e gerando, com originalidade, novas propostas alternativas de melhoria das comunidades. As associações são escolas da boa conv ivência social, promotoras desportivas e culturais na formação dos Jovens.

Ao darem protagonismo público aos jovens e potenciando a sua participação e cultura participativa contribuem para garantir os direitos de cidadania, reforçando a componente democrática da sociedade e uma visão plena do exercício dos direitos e deveres dos cidadãos.

António MoreiraMembro do ConselhoNacional

INFORMAÇÃO

Anabela Claro RitoMembro do ConselhoNacional

UNIVERSIDADE SÉNIOR DE MONTACHIQUE – ALGARVE

Onde a partilha intergeracional e de conhecimentos prevalece

A apresentação da Universidade Sénior de Moncarapacho (USM), projecto da Casa do Povo do Concelho de Olhão (CPCO), decorreu no dia 6 de Outubro. Sem conhecer antecipadamente pormenores sobre a USM, estive presente em representação da Confederação, e no decorrer da apresentação compreendi que este projecto surge integrado nos objectivos mais amplos da CPCO de apoio à comunidade sénior da freguesia e do concelho – entre outras actividades, há vários anos que as tardes de Domingo em Moncarapacho são marcadas pelo Chá Dançante da CPCO onde sócios se reúnem em animados convívios, que se constatam como espaços de combate ao sedentarismo e isolamento social.

A CPCO está agora a preparar o projecto para um refeitório e o reconhecimento pela Seg.Social como Centro Comunitário. No entanto, foi aquando da apresentação das várias disciplinas que verifiquei a real dimensão associativa do projecto. Para já são 13 disciplinas, que vão desde as línguas, às ciências, passando pelas artes e ofícios e que têm uma característica em comum – serão leccionadas por sócios e

amigos da CPCO, alguns com actividade associativa de longa data, que aceitaram o desafio de serem professores a título voluntário. Alguns foram professores durante a sua vida profissional, outros tornaram-se agora professores dos conhecimentos que adquiriram ao longo da vida e outros, alguns dos mais jovens, são professores com formação superior, pertencentes à geração mais qualificada de sempre e a quem o “Estado das coisas” não lhes permitiu ter alunos numa escola do ensino oficial.

Todos têm aqui a possibilidade de partilhar conhecimentos com alunos que, depois de passarem pela escola da vida, chegam à Universidade Sénior também para partilhar o seu saber com os seus professores. Com comemoração do Dia Mundial do Professor (5Outubro), não poderia também este texto deixar de mostrar a sua admiração aos professores que nas nossas vidas nos ensina(ra)m as letras, os números (e sobretudo o resto), e que tão mal tratados têm sido por quem governa a educação em Portugal.

Artigo de Filipe Parra MartinsMembro da Direcção Nacional da CPCCRD

De acordo com o Decreto-lei n.º 156/2005 de 15 Setembro, torna-se obrigatório a existência de Livro de Reclamações a todos os

fornecedores de bens ou prestação de serviços que tenham contacto com o público.

Independentemente da interpretação que que po s sa se r f e i t a

r e l a t i v a m e n t e a e s s a obrigatoriedade para as

Colectividades, atendendo a que as reclamações dos associados são

normalmente apresentadas nas Assembleias Gerais, é certo que a ASAE

cont inua a apl icar coimas às Colectividades que não possuam o Livro de

Reclamações e a afixação do aviso da sua existência. A coima prevista para a falta do

livro vai de 3.500 a 30.000 Euros.

Em nossa opinião, a falta do livro de reclamações é um risco que não deve ser corrido. Um Livro numa Colectividade demora certamente muitíssimos anos até ser esgotado.

O referido livro pode ser adquirido na Casa da Moeda, ou na Direcção Geral do Consumidor, ao preço de 19,59 Euros.

ATENÇÃOLivro de Reclamações nas Colectividades É OBRIGATÓRIO

Para conhecimento se informa que a Portaria n.º 122/2014 de 16 Junho introduziu novas isenções ou redução substancial no licenciamento para acesso a espaços e ou equipamentos sob gestão do ICNF.

Nova Portaria publicada elimina ou reduz taxas por utilização

de espaços sob gestão do Instituto de Conservação

da Natureza e Florestas

VALEU A PENA LUTAR!

Esta decisão do Governo surge após diversos anos de protestos dos utilizadores dos Parques Naturais, sobretudo por parte das Colectividades, normalmente em caminhadas e outras actividades lúdicas ou desportivas.

Anteriormente, o simples pedido de autorização feito por uma Colectividade para realização de uma caminhada obrigava ao pagamento de 152,00 Euros.

omo inicio em 1 de Janeiro de 2014 e com execução planeada para um prazo de 18 meses, Co Projecto da Tafisa Recuperar os Jogos

Tradicionais, os Jogos do Passado – os Jogos do Presente, está em desenvolvimento. Nesta ocasião, os parceiros de projeto encontraram-se em Gerlev Play Park,na Dinamarca, nos dias 25 e 26 de setembro de 2014.

Esta reunião concentrou-se em avaliar as realizações atuais e definir as medidas a desenvolver nos próximos meses.

São 40 os Desportos Tradicionais e os jogos que foram julgados convenientes para reintroduzir-se na prática das crianças e dos jovens. Realizou-se já um levantamento em vários países da Europa, que alimentarão um banco de dados TSG online que estará aberto para membros TAFISA e o público. A pesquisa continuará e os passos seguintes incluem a coleção de Jogos Tradicionais de outros continentes.

Os parceiros de projeto formaram grupos de trabalho e começaram a desenvolver instrumentos práticos, definindo grupos prioritários (jardins de infância, escolas, universidades, clubes e federações, organizadores de evento, pessoas com deficiência) para reintroduzir efetivamente os Jogos Tradicionais nas vidas diárias dos jovens e de crianças.

PROJECTO TAFISA JOGOS TRADICIONAIS 3.ª REUNIÃO DOS PARCEIROS

EM GARLEV-DINAMARCA

Os resultados serão apresentados em Junho de 2015

Agradecemos a Gerlev por acolher este evento, bem como a abertura das suas instalações para os parceiros do projecto poderem transformar a teoria em prática, por experimentar muitos dos 130 jogos que são exibidos no Play Park.

O Projeto Recuperar é co-financiado pela Comissão Europeia.

A Confederação aceitou o convite para assistir ao 9º Congresso do MDM – Movimento Democrático das Mulheres - realizado no dia 25 de Outubro, no

Fórum Lisboa, que contou com a presença de mais de 200 (duzentas) congressistas, Delegadas, Convidados e Convidadas, muitas delas, Embaixadoras e Mulheres Feministas Activistas Mundiais.

Foi um encontro que se realizou num tempo e contextos muito difíceis, não só nacional mas também internacionais, face o claro retrocesso civilizacional – não só em Portugal - com o aumento das desigualdades sociais e económicas; em que as Mulheres, apesar de serem a maioria, são quem mais sofre com capacidade económica e financeira reduzidas, com protecção social (subsídios de desemprego, maternidade e/ou doença, pensões , re formas ) e p ro f i s s iona l (desregulação de horários –'banco de horas'-, precarização, ilegalidades, salários inferiores) ameaçadas e diminuídas.

A nossa Confederação, tem consciência da importância das Mulheres no dia-a-dia do nosso Movimento Associativo. Por isso esteve presente e atenta às questões colocadas e, no fundamental, identifica-se com as mesmas. Por isso, recomenda aos Homens e Mulheres Associativistas que se empenhem na luta pela igualdade de género.

Felicitamos o MDM por este Congresso e manifestamos a nossa disponibilidade para continuarmos, lado a lado, a engrandecer a luta, a emancipação e a solidariedade internacionais por um mundo de Igualdade, de Fraternidade, de Liberdade e de Paz.Aproveitamos para saudar, felicitar e enviar votos de excelente trabalho e sucessos para os novos órgãos e membros nacionais eleitos.

9º CONGRESSO DO MDM

INICIATIVA LEGISLATIVA DE CIDADÃOS

Foi chumbada, mas a luta pela "ÁGUA PARA TODOS"

VAI CONTINUAR!A proposta de Projecto de Lei n.º 368/XII «Protecção dos direitos individuais e comuns à água» foi chumbada, no passado 10 de Outubro na AR e, assim, rejeitada pela maioria parlamentar dos partidos que sustentam o Governo que optaram por colocar-se do lado do negócio da privatização da água, contra os direitos e interesses das populações, do Movimento Associativo Popular e do próprio País.

Se a água fosse privatizada, as nossas Colectividades e A s s o c i a ç õ e s , deixariam de ter t a r i f a s s o c i a i s , concedidas pelas autarquias, e veriam o preço da água a a u m e n t a r exponencialmente. Enquadrados no M o v i m e n t o d e Defesa da Água P ú b l i c a , continuaremos a lutar pela justeza e garantia do direito à á g u a e a o saneamento como bem comum, bem público.

ERRADICAR A POBREZA

NÃO É UTOPIA

O Movimento Nacional para Erradicação da Pobreza, onde a Confederação está inserida, promoveu no passado dia 24 de Outubro, entre o Chiado e o Rossio, em Lisboa, um desfile silencioso, que contou com a participação de muitos Dirigentes Associativos, que em conjunto com os demais participantes, disseram não à elevada pobreza existente no nosso País, que tem como causas principais as más condições de vida, a falta de recursos e o desemprego, que atingem também os Dirigentes Associativos, Associados e respectivas famílias, e se expressa nos seguintes factores:• Aproximadamente 2,3 milhões de portugueses continuam sem

conseguir pagar as despesas básicas, ou fazem-no com muitas dificuldades.

• A crise económica e social levou a natalidade para mínimos históricos. Em 2013 nasceram em Portugal 82.000 bebés, o mínimo histórico desde que há registo.

• 120.000 crianças sofrem com falta de comida.• As refeições nas cantinas sociais aumentaram 33 % desde 2012.• Em 2013 o Estado pediu a penhora de meio milhão de salários.

Decorre desde 1994 promovido pela ANIMAR – a MANIFesta . Assembleia, Feira e Festa do Desenvolvimento Local. Após 20 anos, voltou esta à localidade onde decorreu o seu primeiro evento. Santarém acolheu este ano esta edição, que decorreu de 9 a 12 de Outubro.

Tratou-se de um momento de troca de ideias sobre o estado e o futuro do Desenvolvimento Local e da Economia Social, a par de uma grande mostra de produtos locais e projectos reveladores das capacidades de iniciativa e criatividade das pessoas, comunidades e organizações. Esta edição da MANIFesta contou com um programa de conferências, seminários, oficinas temáticas, tertúlias, concertos, animações de rua e degustações de produtos locais.

A Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, fez-se r e p r e s e n t a r p e l a s u a e s t r u t u r a descentralizada no Distrito, a Federação das Colectividades de Cultura Recreio e Desporto do Distrito de Santarém.

Para além da sua participação e apoio instititucional, fez-se representar nas mais variadas actividades, entre as quais destacamos:• A importância do 3º Sector;• N o v o s e v e l h o s d e s a f i o s d o

desenvolvimento local;• O Desenvolvimento e a economia social e

solidária: a região do ribatejo;• Juventude, inclusão e desenvolvimento

local;• Tertúlia-Café da Liberdade “40 anos de

Abril”.

FOLHA INFORMATIVA: Propriedade CPCCRD - Rua da Palma, 248 · 1100-394 Lisboa · Tel: 218 882 619 · 218 822 731 · 916 841 315 · 916 537 101 | Fax: 218 882 866www.museudascolectividades.com · www.jogostradicionais.org · www.confederacaoportuguesacolectividades.blogspot.com

e-mail: [email protected]

Nota: Os textos deste Boletim Informativo, são escritos sob o antigo e novo acordo ortográfico de acordo com cada autor.

MANIFESTASANTARÉM ACOLHEU ESTE ANO A EDIÇÃO

Foi pela ANIMAR reconhecido a participação efectiva que a FCCRDDSantarém demonstrou durante esta X Edição, agradecendo todo o apoio institucional prestado à iniciativa, apresentando as suas felicitações, pelo envolvimento, empenho e dedicação.