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Finanças QUINTA-FEIRA, 31 DE MARÇO DE 2016 DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS 14 A piora nas condições do crédito, bancos mais restritivos e o aumento das taxas de juros visíveis no ambiente financeiro, abrem espaço para a atuação das associações financeiras no mercado Crise econômica expande o mercado para cooperativas de crédito no País EMPRÉSTIMOS Isabela Bolzani São Paulo [email protected] A recessão econômica e a piora das condições de crédito em 2016 podem trazer resulta- dos positivos para as coopera- tivas de crédito. A restrição dos bancos para novas concessões e os juros elevados levam os clientes a buscarem alternati- vas de financiamento. Para Miguel de Oliveira, di- retor executivo de estudos e pesquisas econômicas da As- sociação Nacional dos Execu- tivos de Finanças, Adminis- tração e Contabilidade (Anefac), os bancos estão mais restritivos na concessão de recursos, e isso aumenta as chances das cooperativas de crédito expandirem sua atuação no mercado. “Naturalmente, a pessoa que precisa de dinheiro e não está conseguindo recursos pelos bancos, vai atirar para todos os lados. É até mesmo provável e comum que as próprias cooperativas bus- quem dentro do mercado on- de atuam novas condições para movimentar o dinheiro, principalmente porque elas tem uma visão de concessão que visa atender seu coope- rado. Então, sim, se as dificul- dades ficarem maiores, e ten- dem a ficar, é natural que se amplie a interlocução de co- operado e cooperativa no ce- nário de concessões”, avalia. Segundo o executivo, isso ocorre porque, apesar dessas associações terem um cuida- do para os riscos do emprés- timo, elas também tem o ob- jetivo de administrar os recursos de forma positiva para todos os associados. Dessa forma, ainda que com índices de inadimplên- cia, as cooperativas movi- DIVULGAÇÃO SICREDI / ITA KIRSCH Sicredi alcança alta de 10,75% no lucro líquido, indo de R$ 1,2 bilhão em 2014 para R$ 1,4 bilhão em 2015 Governo formaliza consignado de FGTS e seguro para barcos SISTEMA FINANCEIRO O governo federal formali- zou, ontem, a medida que per- mite o uso do Fundo de Garan- tia do Tempo de Serviço (FGTS) para operações de cré- dito consignado, além do se- guro obrigatório de danos causados por embarcações. Nas operações de crédito consignado o empregado po- derá oferecer, em garantia, até 10% do saldo de sua conta vinculada no FGTS e até 100% da multa paga pelo emprega- dor, em casos de despedida sem justa causa ou por culpa recíproca ou força maior. Danos pessoais A MP também criou um fundo, de natureza privada, para pa- gar a indenização por morte ou invalidez permanente ou as despesas médicas e suplemen- tares. /Estadão Conteúdo Rossi Residencial reestrutura até 90% da dívida com bancos CAPITAL ABERTO Da Redação São Paulo [email protected] A Rossi Residencial anun- ciou a conclusão parcial do processo de reestruturação de suas dívidas. O processo com- preende em cerca de 90% do fi- nanciamento corporativo com dois principais credores, Bradesco e Banco do Brasil. Segundo a companhia em fato relevante, a extensão da dívida de 10 para 39 meses com uma redução significati- va dos custos financeiros, readéqua a geração de caixa ao fluxo de pagamento dos referidos empréstimos. Além disso, permitirá a ven- da, em condições normais de mercado, de seus estoques e ativos, preservando valor para seus acionistas e, de acordo com as condições de mercado, também permitirá a volta do ciclo de lançamentos à medida que haja percepção de que os retornos obtidos sejam com- patíveis com os níveis de risco do mercado imobiliário. “O trabalho de negociação com os bancos foi excepcio- nalmente bem conduzido. Consideramos uma vitória es- sa parceria, uma vez que eles confiaram no plano de reestru- turação da empresa” informa Fernando Miziara, CFO e dire- tor de Relações com Investido- res da Rossi Residencial. Junto ao Banco Bradesco, foi aprova- do o alongamento da totalida- de da dívida corporativa com o mesmo, no valor aproximado de R$ 820 milhões, com novo prazo de 72 meses de paga- mento e carência de principal e juros durante os primeiros 12 meses. As garantias serão constituídas por terrenos, uni- dades imobiliárias ou recebí- veis de unidades prontas, além de cotas de empresas (SPEs) controladas pela Rossi Resi- dencial. Foi aprovado também o alongamento das dívidas cor- porativas com o Banco do Bra- sil no montante de cerca de R$ 228 milhões, com o novo prazo de 48 meses para pagamento com carência de 18 meses. Igualmente, as garantias serão as mesmas entre as citadas na negociação com o Bradesco. A construtora garantiu assim mais prazo junto aos bancos. “O objetivo é conquistar ainda mais espaço para o cooperativismo” EDSON NASSAR, CEO DO BANCO COOPERATIVO E DO SICREDI FOTO: DIVULGAÇÃO / MARCOS SUGUIO mentam seu estoque de forma diferente da dos bancos, que promovem concessões de cré- dito apenas de acordo com os possíveis riscos e com sua ca- pacidade de empréstimo. O Sicredi, por exemplo, ins- tituição financeira cooperativa apresentou crescimento supe- rior a 10% em seu resultado (lucro) consolidado para R$ 1,4 bilhão no ano passado. Além disso, mostrou cresci- mento de 14% dos seus ativos na mesma base de compara- ção, totalizando mais de R$ 52 bilhões. No período observado entre 2009 e 2015, o resultado foi uma alta de 224,1%. O patrimônio líquido da ins- tituição, por sua vez, demons- trou uma expansão de 21,0%, atingindo R$ 8,1 bilhões em dezembro de 2015. Segundo Edson Georges Nassar, CEO do Banco Coope- rativo, da Confederação e da Fundação Sicredi, o capital so- cial subiu 17,3%, alcançando R$ 4,1 bilhões. Já as reservas subiram cerca de 29%, atingin- do os R$ 3,7 bilhões. “Além disso, conseguimos aumentar em 14,8% os volu- mes de depósito em poupan- ça, frente a uma retração do mercado em geral [-1%]. Au- mentamos em 29% as contra- tações de seguros, 26,9% a car- teira de consórcios e contamos com um incremento de 42,2% nas movimentações no negó- cio de emissão e adquirência de cartões na relação com o ano anterior”, afirma Nassar. O executivo ainda ressalta que, além dos números já de- talhados, a cooperativa inves- tiu em serviços, os quais regis- traram um crescimento de 14%, e na ampliação do port- fólio de produtos, que atingiu mais de 300 novas soluções. Crédito em expansão Segundo Nassar, o crédito ru- ral representa 45,9% da cartei- ra total da instituição e cresceu 9,1% em 2015, atingindo o equivalente a R$ 14 bilhões. “O Sicredi foi o agente finan- ceiro que liberou o maior volu- me de crédito em operações do Pronaf com recursos do BNDES no Plano Safra 2014/2015. Para 2016, aplica- mos, até o momento, R$ 6,2 bi- lhões no crédito rural, distri- buídos em 122 mil operações de custeio, comercialização e investimento”, ressalta Nassar. em relação ao total da carteira de crédito, a coopera- tiva alcançou R$ 30,6 bilhões em dezembro de 2015, um au- mento de 8,1% em relação ao mesmo período de 2014. No financiamento pré-apro- vado, foram R$ 5,7 bilhões em limites, enquanto no crédito comercial houve um cresci- mento de 7,3%, no mesmo pe- ríodo. No microcrédito foram liberados R$ 34,6 milhões. De acordo com o especialis- ta Miguel de Oliveira, da Ane- fac, no entanto, a situação ge- ral do mercado de crédito não mostrará melhora tão cedo. “As condições de crédito vão continuar piorando em todos os sentidos. Esse mês a gente já vê uma retração que não ti- nha antes, por exemplo. Além disso, a retração que nós já vía- mos nos bancos privados em anos anteriores já está alcan- çando os bancos públicos. En- quanto taxas de juros sobem, prazos encolhem, e esse am- biente tende a se agravar du- rante esse ano”, avalia. Ele ainda ressalta que a cur- to prazo não tem previsão de melhora. “Se as condições po- líticas e econômicas se norma- lizarem, talvez a gente possa começar a ver uma retomada a partir de 2017. Mas enquanto estivermos nesse chove não molha, a insegurança da eco- nomia não vai deixar a gente sair da recessão”, disse ele. Em relação à inadimplência do Sicredi, o índice mostrou al- ta de 0,41 ponto percentual ante 2014, indo de 1,99% para 2,4% no ano passado. Nassar, no entanto, explica que um novo ciclo estratégico já foi formado até 2020, com o objetivo de superar as marcas de crescimento de 19,5% ao ano nas operações de carteira de crédito, 19% ao ano nos de- pósitos e de 22,2% ao ano de patrimônio líquido. “Mesmo com o cenário eco- nômico atual, o Sicredi está pronto para executar o novo ciclo. O objetivo é consolidar a presença nacional, com meta de conquistar o espaço que o mercado oferece para o coope- rativismo de crédito”, conclui. ASERC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE RECUPERAÇÃO DE CREDITO CNPJ: 02.442.112/0001-28 EDITAL DE CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLEIA GERAL DAS ASSOCIADAS ( AGA ) Pelo presente, o Presidente da ASERC - Associação Nacional das Empresas de Recuperação de Crédito, na atribuição das suas competências e de acordo com o artigo 28, “caput” e c/c artigo 30 letra “e” de seu Estatuto Social, convoca AGA - Assembleia Geral das Associadas que será realizada no dia 15 de abril de 2016, na sede da ASERC, Rua: XV de Novembro, 228 – 15º andar – Ala BV – Bairro Centro/SP às 15h00 em Primeira Convocação, e não havendo número legal as 16h00 em segunda convocação com qualquer número de presentes, conforme previsto no artigo 32 “caput”, obedecendo a seguinte ordem do dia: -Processo Geral de Eleições para os cargos a que se refere os incisos: “b”; “c”; “d”; “e” e “h” do artigo 18º do Estatuto social. São Paulo, 31 de março de 2016. Giuseppe Roselli - Presidente.

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Finança sQUINTA-FEIRA, 31 DE MARÇO DE 2016 � DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS14

A piora nas condições do crédito, bancos mais restritivos e o aumento das taxas de juros visíveisno ambiente financeiro, abrem espaço para a atuação das associações financeiras no mercado

Crise econômica expande o mercadopara cooperativas de crédito no PaísE M P R É ST I M O S

Isabela BolzaniSão Pauloi sa b e l a . b o l za n i @ d c i . c o m . b r

� A recessão econômica e apiora das condições de créditoem 2016 podem trazer resulta-dos positivos para as coopera-tivas de crédito. A restrição dosbancos para novas concessõese os juros elevados levam osclientes a buscarem alternati-vas de financiamento.

Para Miguel de Oliveira, di-retor executivo de estudos epesquisas econômicas da As-sociação Nacional dos Execu-tivos de Finanças, Adminis-tração e Contabilidade(Anefac), os bancos estãomais restritivos na concessãode recursos, e isso aumentaas chances das cooperativasde crédito expandirem suaatuação no mercado.

“Naturalmente, a pessoaque precisa de dinheiro e nãoestá conseguindo recursospelos bancos, vai atirar paratodos os lados. É até mesmoprovável e comum que aspróprias cooperativas bus-quem dentro do mercado on-de atuam novas condiçõespara movimentar o dinheiro,principalmente porque elastem uma visão de concessãoque visa atender seu coope-rado. Então, sim, se as dificul-dades ficarem maiores, e ten-dem a ficar, é natural que seamplie a interlocução de co-operado e cooperativa no ce-nário de concessões”, avalia.

Segundo o executivo, issoocorre porque, apesar dessasassociações terem um cuida-do para os riscos do emprés-timo, elas também tem o ob-jetivo de administrar osrecursos de forma positivapara todos os associados.

Dessa forma, ainda quecom índices de inadimplên-cia, as cooperativas movi-

DIVULGAÇÃO SICREDI / ITA KIRSCH

Sicredi alcança alta de 10,75% no lucro líquido, indo de R$ 1,2 bilhão em 2014 para R$ 1,4 bilhão em 2015

Governo formaliza consignadode FGTS e seguro para barcos

SISTEMA FINANCEIRO

� O governo federal formali-zou, ontem, a medida que per-mite o uso do Fundo de Garan-tia do Tempo de Serviço(FGTS) para operações de cré-dito consignado, além do se-guro obrigatório de danoscausados por embarcações.

Nas operações de créditoconsignado o empregado po-derá oferecer, em garantia,

até 10% do saldo de sua contavinculada no FGTS e até 100%da multa paga pelo emprega-dor, em casos de despedidasem justa causa ou por culparecíproca ou força maior.

Danos pessoaisA MP também criou um fundo,de natureza privada, para pa-gar a indenização por morteou invalidez permanente ou asdespesas médicas e suplemen-tares. /Estadão Conteúdo

Rossi Residencial reestruturaaté 90% da dívida com bancos

CAPITAL ABERTO

Da RedaçãoSão Paulor e d ac a o @ d c i . c o m . b r

� A Rossi Residencial anun-ciou a conclusão parcial doprocesso de reestruturação desuas dívidas. O processo com-preende em cerca de 90% do fi-nanciamento corporativocom dois principais credores,Bradesco e Banco do Brasil.

Segundo a companhia emfato relevante, a extensão dadívida de 10 para 39 mesescom uma redução significati-va dos custos financeiros,readéqua a geração de caixaao fluxo de pagamento dos

referidos empréstimos.Além disso, permitirá a ven-

da, em condições normais demercado, de seus estoques eativos, preservando valor paraseus acionistas e, de acordocom as condições de mercado,também permitirá a volta dociclo de lançamentos à medidaque haja percepção de que osretornos obtidos sejam com-patíveis com os níveis de riscodo mercado imobiliário.

“O trabalho de negociaçãocom os bancos foi excepcio-nalmente bem conduzido.Consideramos uma vitória es-sa parceria, uma vez que elesconfiaram no plano de reestru-turação da empresa” infor maFernando Miziara, CFO e dire-tor de Relações com Investido-

res da Rossi Residencial. Juntoao Banco Bradesco, foi aprova-do o alongamento da totalida-de da dívida corporativa com omesmo, no valor aproximadode R$ 820 milhões, com novoprazo de 72 meses de paga-mento e carência de principale juros durante os primeiros 12meses. As garantias serãoconstituídas por terrenos, uni-dades imobiliárias ou recebí-veis de unidades prontas, alémde cotas de empresas (SPEs)controladas pela Rossi Resi-dencial.

Foi aprovado também oalongamento das dívidas cor-porativas com o Banco do Bra-sil no montante de cerca de R$228 milhões, com o novo prazode 48 meses para pagamentocom carência de 18 meses.Igualmente, as garantias serãoas mesmas entre as citadas nanegociação com o Bradesco. Aconstrutora garantiu assimmais prazo junto aos bancos.

“O objetivo éconquistar aindamais espaço parao cooperativismo”

EDSON NASSAR, CEO DO BANCOCOOPERATIVO E DO SICREDI

FOT O : DIVULGAÇÃO / MARCOS SUGUIO

mentam seu estoque de formadiferente da dos bancos, quepromovem concessões de cré-dito apenas de acordo com ospossíveis riscos e com sua ca-pacidade de empréstimo.

O Si c re d i , por exemplo, ins-tituição financeira cooperativaapresentou crescimento supe-rior a 10% em seu resultado(lucro) consolidado para R$ 1,4bilhão no ano passado.

Além disso, mostrou cresci-mento de 14% dos seus ativosna mesma base de compara-ção, totalizando mais de R$ 52bilhões. No período observadoentre 2009 e 2015, o resultadofoi uma alta de 224,1%.

O patrimônio líquido da ins-tituição, por sua vez, demons-trou uma expansão de 21,0%,atingindo R$ 8,1 bilhões emdezembro de 2015.

Segundo Edson GeorgesNassar, CEO do Banco Coope-rativo, da Confederação e daFundação Sicredi, o capital so-cial subiu 17,3%, alcançandoR$ 4,1 bilhões. Já as reservassubiram cerca de 29%, atingin-do os R$ 3,7 bilhões.

“Além disso, conseguimosaumentar em 14,8% os volu-

mes de depósito em poupan-ça, frente a uma retração domercado em geral [-1%]. Au-mentamos em 29% as contra-tações de seguros, 26,9% a car-teira de consórcios e contamoscom um incremento de 42,2%nas movimentações no negó-cio de emissão e adquirência

de cartões na relação com oano anterior”, afirma Nassar.

O executivo ainda ressaltaque, além dos números já de-talhados, a cooperativa inves-tiu em serviços, os quais regis-traram um crescimento de14%, e na ampliação do port-fólio de produtos, que atingiumais de 300 novas soluções.

Crédito em expansãoSegundo Nassar, o crédito ru-ral representa 45,9% da cartei-ra total da instituição e cresceu9,1% em 2015, atingindo oequivalente a R$ 14 bilhões.

“O Sicredi foi o agente finan-ceiro que liberou o maior volu-me de crédito em operaçõesdo Pronaf com recursos doBNDES no Plano Safra2014/2015. Para 2016, aplica-mos, até o momento, R$ 6,2 bi-lhões no crédito rural, distri-buídos em 122 mil operaçõesde custeio, comercialização ei n ve s t i m e n t o”, ressalta Nassar.

Já em relação ao total dacarteira de crédito, a coopera-tiva alcançou R$ 30,6 bilhõesem dezembro de 2015, um au-mento de 8,1% em relação aomesmo período de 2014.

No financiamento pré-apro-vado, foram R$ 5,7 bilhões emlimites, enquanto no créditocomercial houve um cresci-mento de 7,3%, no mesmo pe-ríodo. No microcrédito foramliberados R$ 34,6 milhões.

De acordo com o especialis-ta Miguel de Oliveira, da Ane-fac, no entanto, a situação ge-ral do mercado de crédito nãomostrará melhora tão cedo.

“As condições de crédito vãocontinuar piorando em todosos sentidos. Esse mês a gentejá vê uma retração que não ti-nha antes, por exemplo. Alémdisso, a retração que nós já vía-mos nos bancos privados emanos anteriores já está alcan-çando os bancos públicos. En-quanto taxas de juros sobem,prazos encolhem, e esse am-biente tende a se agravar du-rante esse ano”, avalia.

Ele ainda ressalta que a cur-to prazo não tem previsão demelhora. “Se as condições po-líticas e econômicas se norma-lizarem, talvez a gente possacomeçar a ver uma retomada apartir de 2017. Mas enquantoestivermos nesse chove nãomolha, a insegurança da eco-nomia não vai deixar a gentesair da recessão”, disse ele.

Em relação à inadimplênciado Sicredi, o índice mostrou al-ta de 0,41 ponto percentualante 2014, indo de 1,99% para2,4% no ano passado.

Nassar, no entanto, explicaque um novo ciclo estratégicojá foi formado até 2020, com oobjetivo de superar as marcasde crescimento de 19,5% aoano nas operações de carteirade crédito, 19% ao ano nos de-pósitos e de 22,2% ao ano depatrimônio líquido.

“Mesmo com o cenário eco-nômico atual, o Sicredi estápronto para executar o novociclo. O objetivo é consolidar apresença nacional, com metade conquistar o espaço que omercado oferece para o coope-rativismo de crédito”, conclui.

ASERC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE RECUPERAÇÃO DE CREDITOCNPJ: 02.442.112/0001-28

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLEIA GERAL DAS ASSOCIADAS ( AGA )Pelo presente, o Presidente da ASERC - Associação Nacional das Empresas de Recuperação de Crédito, na atribuição das suas competências e de acordo com o artigo 28, “caput” e c/c artigo 30 letra “e” de seu Estatuto Social, convoca AGA - Assembleia Geral das Associadas que será realizada no dia 15 de abril de 2016, na sede da ASERC, Rua: XV de Novembro, 228 – 15º andar – Ala BV – Bairro Centro/SP às 15h00 em Primeira Convocação, e não havendo número legal as 16h00 em segunda convocação com qualquer número de presentes, conforme previsto no artigo 32 “caput”, obedecendo a seguinte ordem do dia: -Processo Geral de Eleições para os cargos a que se refere os incisos: “b”; “c”; “d”; “e” e “h” do artigo 18º do Estatuto social. São Paulo, 31 de março de 2016. Giuseppe Roselli - Presidente.