Upload
alexandre-martins
View
196
Download
10
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Monografia apresentada no Curso de Adm c ênfase em SI da FAVIP
Citation preview
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO COM ÊNFASE EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
ALEXANDRE MARTINS DA SILVA
CRM COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA: ESTUDO
DE CASO EM UMA MICRO-EMPRESA VAREJISTA
FARMACÊUTICA
CARUARU-PE 2008
1
ALEXANDRE MARTINS DA SILVA
CRM COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA: ESTUDO
DE CASO EM UMA MICRO-EMPRESA VAREJISTA
FARMACÊUTICA
Monografia apresentada como exigência
parcial para a obtenção de título de Bacharel
do Curso de Administração em Sistemas de
informação da Faculdade do Vale do Ipojuca
– FAVIP, sob a orientação do professor
Ricardo D´Avila.
CARUARU-PE
2008
2
ALEXANDRE MARTINS DA SILVA
CRM COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA: ESTUDO
DE CASO EM UMA MICRO-EMPRESA VAREJISTA
FARMACÊUTICA
Monografia apresentada ao Curso de Administração da FAVIP,
para obtenção do grau de Bacharel em Administração.
Aprovada em ___/___/___
BANCA EXAMINADORA
_______________________________ Prof. Ricardo D´Ávila (Orientador)
_______________________________ Prof. Edmundo Rodrigues da Silva Porto Neto
_______________________________ Prof. Ivancil Tibúrcio Cavalcanti
3
Dedico a minha família
A minha mãe, à minha esposa, irmã, tia e primos pelo apoio.
“Jamais se desespere em meio as mais profundas aflições de sua vida. Pois, das
nuvens mais negras cai a água límpida e fecunda”. (Provérbio chinês)
4
AGRADECIMENTOS
A Deus em primeiro lugar que através de sua bondade e misericórdia me
permitiu superar todos os obstáculos;
Á minha mãe pela formação ética e moral e por ter estado sempre ao meu
lado durante esses quatro anos, a minha irmã pela paciência comigo;
A minha esposa pelo amor e pela compreensão da minha ausência durante
esses anos;
A minha tia e primos por terem me acolhido e apoiado em um momento
difícil;
Ao meu orientador, Prof. Ricardo D´Ávila pela compreensão, incentivo, apoio
e atenção dispensados durante a realização deste trabalho. Tenho orgulho de ter
trabalhado ao lado de profissional competente e dedicado.
Aos meus amigos e colegas de curso (especialmente Clemilton, Romero,
Wagner, Josivaldo, Manoel e Tony), aos professores que conheci nesses quatro
anos de caminhada e que contribuíram para a minha formação como profissional e
cidadão.
Ao Sr. João Correia e ao meu grande amigo José Carlos Vieira da Silva pelo
apoio durante todo o curso sem os quais a realização do mesmo não seria possível;
Eu sei que a minha vitória representa a vitória deles, por isso a todos que me
incentivaram e apoiaram muito obrigado.
5
RESUMO
No ambiente atual onde estão inseridas, as pequenas empresas encontram
grandes dificuldades, frente a um mercado cada vez mais concorrido. Assim, torna-
se essencial que elas desenvolvam diferenciais competitivos para sua sobrevivência.
O presente trabalho buscou avaliar a importância da implementação do conceito de
CRM, através do marketing de relacionamento, como estratégia competitiva para a
fidelização e retenção de clientes. Nesse contexto, propõe uma reorganização da
empresa baseada no CRM. Também busca demonstrar os benefícios trazidos para
a mesma com a implantação dessa estratégia. Para realização da pesquisa, além,
da análise de registros e pesquisas bibliográficas, foi aplicado um questionário
fechado com os clientes visando avaliar a percepção dos mesmos referente a alguns
aspectos relativos ao tema estudado. Como o estudo foi realizado em um ambiente
específico, fez-se uso da estratégia de estudo de caso em uma micro-empresa
varejista do setor farmacêutico e do método qualitativo, por proporcionar uma
análise mais detalhada sobre o objeto estudado. O resultado esperado é a
comprovação de que a implantação de uma estratégia de diferenciação através
aplicação dos conceitos do marketing de relacionamento e do CRM para fidelização
dos clientes traga uma vantagem competitiva para a empresa.
PALAVRAS CHAVE: CRM, Marketing de Relacionamento, Estratégia Competitiva,
Fidelização.
6
ABSTRACT
In today's environment where they are placed, small businesses are major
problems, as opposed to an increasingly competitive market. Therefore it is essential
that they develop competitive differentials for their survival. This study aimed to
evaluate the importance of implementing the concept of CRM, through the marketing
relationship, as competitive strategy for customer loyalty and retention. In that
context, proposing a reorganization of the company based on CRM. It also seeks to
demonstrate the benefits of the same with the implementation of this strategy. To
conduct the research, in addition, the analysis of records and bibliographic searches,
we applied a questionnaire closed with customers to assess the perception of them
referring to some aspects of the subject studied. Since the study was conducted in a
specific environment, it was made use of the strategy of case study on a micro-
enterprise sector of the retail pharmacist and the qualitative method, by providing a
more detailed analysis on the subject studied. The result is expected to certify that
the implementation of a strategy of differentiation through the application of the
concepts of relationship marketing and CRM for the loyalty of customers bring a
competitive advantage for the company.
KEY WORDS: CRM, Relationship Marketing, Competitive Strategy, Loyalty.
7
SUMÁRIO INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------------- 12 1.1 Problema da pesquisa ----------------------------------------------------------------------- 14 1.2 Justificativa -------------------------------------------------------------------------------------- 14 1.3 Objetivos ----------------------------------------------------------------------------------------- 15 1.3.1 Geral ----------------------------------------------------------------------------------------- 15 1.3.2 Específico ----------------------------------------------------------------------------------- 15 2 REFERENCIAL TEÓRICO --------------------------------------------------------------------- 17 2.1 ESTRATÉGIA E COMPETIÇÃO ---------------------------------------------------------- 18 2.2 Estratégias competitivas --------------------------------------------------------------------- 19 2.3 Estratégias genéricas ------------------------------------------------------------------------ 21 2.3.1 Estratégia de liderança em custos --------------------------------------------------- 22 2.3.2 Estratégia de diferenciação ------------------------------------------------------------ 23 2.3.3 Estratégia de enfoque ------------------------------------------------------------------- 24 2.4 MARKETING DE RELACIONAMENTO ------------------------------------------------- 27 2.4.1 Marketing de relacionamento x marketing tradicional --------------------------- 29 2.4.2 A TI e o marketing de relacionamento ----------------------------------------------- 31 2.5 COMPORTAMENTO DE CONSUMO---------------------------------------------------- 32 2.5.1 Valor percebido ----------------------------------------------------------------------------- 32 2..5.2 Satisfação ----------------------------------------------------------------------------------- 34 2.5.3 Fidelização ----------------------------------------------------------------------------------- 35 2.5.3.1 Vantagens obtidas com a fidelização de clientes ----------------------------- 36 2.6 CRM (Customer Relationship management) ------------------------------------------- 36 2.6.1 CRM - como surgiu ---------------------------------------------------------------------- 37 2.6.2 Categorias de CRM ---------------------------------------------------------------------- 38 2.6.3 CRM não é apenas tecnologia -------------------------------------------------------- 40 2.6.4 Cliente: o foco principal ----------------------------------------------------------------- 41 2.6.5 Implementação do CRM ---------------------------------------------------------------- 41 3 METOLOGIA --------------------------------------------------------------------------------------- 44 3.1 Delineamento da pesquisa ------------------------------------------------------------------ 44 3.2 Instrumento de Coleta ------------------------------------------------------------------------ 45 3.3 População e amostra ------------------------------------------------------------------------- 45 4 CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA ----------------------------------------------------- 46 4.1 O setor varejista de farmácias e drogarias no Brasil -------------------------------- 46 4.2 A empresa estudada ------------------------------------------------------------------------------ 46 4.3 Ambiente tecnológico ------------------------------------------------------------------------ 47 4.4 Concorrência ----------------------------------------------------------------------------------- 47
8
5 ANÁLISE DOS DADOS ------------------------------------------------------------------------- 48 5.1 Análise das variáveis demográficas ------------------------------------------------------ 48 5.2 Comportamento de Compra ---------------------------------------------------------------- 50 5.3 Percepção do cliente consumidor --------------------------------------------------------- 52 5.4 Avaliação do relacionamento com a empresa ----------------------------------------- 55 5.5 Satisfação --------------------------------------------------------------------------------------- 56 5.6 Expectativa em relação às tecnologias -------------------------------------------------- 56 CONCLUSÕES --------------------------------------------------------------------------------------- 58 TRABALHOS FUTUROS -------------------------------------------------------------------------- 61 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ------------------------------------------------------------ 63
APÊNDICES ------------------------------------------------------------------------------------------- 65
9
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 As cinco forças competitivas 21
Figura 2 As três estratégias genéricas 22
Figura 3 Riscos das estratégias genéricas 25
Figura 4 Diferenças do Marketing Tradicional e o Marketing de relacionamento 30
Figura 5 Etapas da implementação da estratégia de CRM 42
10
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Gênero da amostra 49
Gráfico 2 Faixa etária da amostra 49
Gráfico 3 Fator determinante para compra na empresa 50
Gráfico 4 Clientes que costumam comprar em outras farmácias 51
Gráfico 5 Fatores que levam ou levariam a compra na concorrência 52
Gráfico 6 Percepção em relação à informatização da empresa 54
Gráfico 7 Avaliação do relacionamento com a empresa 55
Gráfico 8 Expectativa em relação às novas tecnologias 57
11
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Gênero da amostra 48
Tabela 2 Faixa etária da amostra 49
Tabela 3 Cidade onde reside 50
Tabela 4 Fatores determinantes para compra na empresa 50
Tabela 5 Clientes que costumam comprar em outras farmácias 51
Tabela 6 Fatores que levam ou levariam os clientes a comprar na concorrência 51
Tabela 7 Avaliação do item atendimento 52
Tabela 8 Avaliação do item preço 52
Tabela 9 Avaliação do item variedade 53
Tabela 10 Avaliação do item forma de pagamento 53
Tabela 11 Avaliação do item pós-venda 53
Tabela 12 Avaliação do item garantia 53
Tabela 13 Percepção em relação à informatização da empresa 54
Tabela 14 Fator percebido pelos clientes em relação à informatização 54
Tabela 15 Avaliação do relacionamento com a empresa 55
Tabela 16: Acreditam ter um relacionamento duradouro com a empresa 55
Tabela 17 Clientes que afirmam a indicação da empresa a outras pessoas 56
Tabela 18 Expectativa em relação às novas tecnologias 56
12
INTRODUÇÃO
Estamos vivendo em uma época onde tanto a indústria quando o comércio
tiveram grandes alterações em sua maneira de fazer negócios, esse fato tem levado
as empresas a buscar desenvolver novas estratégias para sobreviver nesse novo
cenário.
Percebe-se também que os consumidores tem adotado uma postura
diferente, não se limitando apenas a aquisição do produto, mas se preocupando
também com outros aspectos que envolvem a negociação, como qualidade, serviços
e pós-venda.
Essas mudanças ocasionaram uma readaptação na estrutura das empresas
no sentido de buscar uma relação mais próxima dos seus clientes, sendo necessário
conhecê-los cada vez mais para conseguir satisfazer suas necessidades e
expectativas e dessa maneira conseguirem se manter competitivas.
A busca pela adaptação ao novo modelo levou a uma transição do Marketing
tradicional, focado no produto, a um marketing orientado para o cliente. Esse tipo de
marketing conhecido como marketing de relacionamento passou a tratar o cliente
como se fosse único dentro da empresa, PEPPERS E ROGERS (1994).
O Marketing de Relacionamento tem como finalidade devolver a proximidade
que existia no passado entre a empresa e seus clientes, e tornou-se um dos bens
mais importantes atualmente no mundo dos negócios. Ele está de fato auxiliando as
empresas a tornarem-se diferentes, mais competitivas e rentáveis. (MADRUGA,
2004).
Através do marketing de relacionamento a empresa conseguirá implantar
uma estratégia de diferenciação levando-a a se destacar dos demais concorrentes.
13
Ele pode ser utilizado como um diferencial competitivo buscando um relacionamento
lucrativo e duradouro.
De acordo com BRETZKE (2000), para que a empresa consiga melhorar e
enriquecer seu relacionamento com os clientes devem ser utilizadas novas
tecnologias que permitam ir alem da simples organização e compartilhamento de
dados.
Surge assim a estratégia de CRM (Customer Relationship Management) que
pode ser entendido como um conjunto de conceitos, construções e ferramentas
compostas por processos e tecnologias, permitindo que a empresa desenvolva um
relacionamento mais produtivo com seus clientes BRETZKE (2000).
A estratégia de CRM possibilita que a empresa seja definitivamente voltada
para o cliente, ele possibilitará que a empresa conheça melhor seus clientes,
facilitando a tomada das decisões e conquistando dessa maneira uma grande
vantagem competitiva .
Em um futuro bem próximo o CRM estará em todos os modelos de negócio,
pois, não será possível para as empresas se manterem em um mercado tão
competitivo como o atual, sem pensar em sistemas de retenção de clientes
RASQUILHA (2008).
14
1.1 O PROBLEMA DA PESQUISA
Devido à extrema competitividade existente no mercado local onde a
empresa está situada, torna-se necessário desenvolver uma estratégia de
diferenciação que esteja voltada para o cliente buscando a construção de um
relacionamento lucrativo e de longo prazo, como resposta a esse problema.
Nesse contexto surge o seguinte problema: A utilização do CRM como
diferencial competitivo na busca pela fidelização e retenção dos clientes em uma
micro empresa varejistas do setor farmacêutico na cidade de Bonito-PE.
1.2 - JUSTIFICATIVA
A principal motivação para a escolha do tema foi à necessidade de
conquistar e, principalmente de reter os bons clientes, isso, devido à grande
competitividade do mercado local, acentuada pelo aumento significativo do número
de concorrentes diretos. Tem-se observado que no segmento varejista farmacêutico
essa prática tem deixado muito a desejar uma vez que os proprietários não atentam
para a importância de investimentos nesse sentido.
A escolha da empresa teve por base sua representatividade no mercado
local, uma vez que a Farmácia São João é a líder do segmento na cidade.
Percebe-se a necessidade de reorganizar a estratégia de negócio criando
um diferencial competitivo através de um relacionamento lucrativo e de longo prazo
com os clientes.
Se faz necessário desenvolver uma estratégia de CRM para que a empresa
mantenha sua competitividade, pelo fato dos clientes terem aumentado suas
15
expectativas e já não se satisfazem com facilidade. Assim uma estratégia adequada
de CRM traz um aumento nas vendas, fideliza e evita perda dos clientes. (BRETZKE
2000).
Esta estratégia vai proporcionar o gerenciamento e a criação de novas
formas de relacionamento com aqueles clientes que apresentarem maiores
benefícios ou maior potencial de vendas para a empresa e permitirá oferecer-lhes
um nível de serviço que ultrapasse suas expectativas.
Busca-se nesse trabalho uma somatória para o aprendizado do autor,
proporcionando a aquisição de novos conhecimentos entre a teoria e a prática do
curso de Administração com ênfase em sistemas de informação.
1.3 - OBJETIVOS
1.3.1 GERAL
Avaliar a importância da implantação do CRM como estratégia competitiva
para a fidelização e retenção de clientes em uma micro-empresa varejista do setor
farmacêutico (estudo de caso).
1.3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
Propor uma reorganização da empresa através do conceito de CRM, para a
criação de um diferencial competitivo.
Demonstrar os benefícios obtidos para a empresa através da implantação de
uma estratégia de CRM;
16
Analisar a percepção dos clientes em relação a alguns aspectos relativos a
TI e relacionamento com a empresa, possibilitando avaliar a implantação do CRM;
Definição de uma estratégia de diferenciação através do CRM;
17
2 REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com BRETZKE (2000), no ambiente atual onde estão inseridas,
as pequenas empresas vêm encontrando muitas dificuldades, isso devido ao
mercado estar cada vez mais concorrido, com produtos e preços semelhantes e
onde o diferencial está nos serviços prestados. Assim, torna-se essencial para as
empresas desenvolver diferenciais competitivos para garantir sua sobrevivência.
Está no fim o tempo em que as empresas conseguiam reter e satisfazer os
seus clientes apenas com base na qualidade do produto ou do serviço (GOUVEIA,
2005)
Segundo afirmam KAPLAN e NORTON (2004) esse novo cenário econômico
trouxe uma maior importância ao relacionamento com os clientes.
Dessa maneira, o marketing deve otimizar seus métodos de comunicação de
maneira a criar um relacionamento duradouro e gratificante com os clientes atuais e
potenciais (BRETZKE, 2000).
Surge assim o CRM como uma ferramenta de auxílio na obtenção dessa
vantagem competitiva.
A fundamentação teórica está embasada nos seguintes conteúdos:
Estratégias competitivas, Marketing de relacionamento, satisfação e fidelização e por
fim o CRM.
18
2.1 ESTRATÉGIA E COMPETIÇÃO
Por volta dos anos 60, quando o pensamento gerencial era focado para
funções individuais, como marketing, produção e finanças, Kenneth Andrews e C.
Roland Christensen identificaram a necessidade de pensar a empresa de uma
maneira holística e dessa maneira articularam o conceito de estratégia como uma
maneira de alcançar esse objetivo. Eles viram a estratégia como uma idéia
unificadora das atividades da empresa. O trabalho dos dois ao lado de outros entre
eles Peter Drucker, colocou a estratégia como linha de frente das práticas
gerenciais, e desde então a teoria da estratégia vem sofrendo vários avanços
(MONTGOMERY e PORTER, 1998).
Para Henderson apud Montgomery e Porter (1998) a competição existe bem
antes da estratégia, ela começou com o aparecimento da própria vida, e ao longo
desses milhões de anos, criou uma complexa rede de interação competitiva, sendo
que esse tipo de competição criada não envolvia estratégia. Ele faz um comparativo
entre o modelo de competição comercial e o modelo de competição biológico, com a
diferença que nos negócios pode ser usada a imaginação e o raciocínio para
acelerar os efeitos dessa competição.
Ainda segundo o autor, estratégia pode ser definida como sendo a busca por
um plano de ação que desenvolva e ajuste a vantagem competitiva de uma
empresa.
Atualmente as empresas estão cada vez mais interessadas em desenvolver
uma estratégia, isso por reconhecerem que seu ambiente externo está cada vez
mais mutável e instável, sendo necessário se adaptar aos novos desafios, ameaças
e oportunidades (ANSOFF, 1990).
19
Para ANSOFF (1990) essa estratégia pode ser vista como uma ferramenta
que reorienta o avanço da empresa.
2.2 ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS
Toda empresa que compete em um mercado possui uma estratégia
competitiva. Essa estratégia pode estar explicitada através de um processo de
planejamento, ou estar implícita através das atividades de vários departamentos da
empresa, (PORTER, 1986).
Ainda segundo ele um processo explicito de formulação da estratégia, traz
benefícios bem mais significativos para a empresa.
Para ANSOFF (1990) explicitar o processo de formulação da estratégia traz
um desempenho superior para a organização.
A escolha da estratégia mais adequada deve se basear em duas questões
centrais: a atratividade da indústria e a posição competitiva da mesma.
A primeira questão consiste em uma analise da indústria em termos de
atratividade e rentabilidade a longo prazo e tentar identificar os fatores que
determinam essa atratividade. A outra questão está relacionada aos determinantes
da posição competitiva, que podem variar de uma indústria para outra. Tanto uma
questão quanto outra podem ser modeladas pela empresa tornando um desafio a
escolha da estratégia competitiva correta (PORTER, 1986).
A estratégia competitiva vai especificar o enfoque que a empresa dará para
conseguir ter sucesso em sua estratégia de negócio (ANSOFF, 1990).
PORTER (1986) descreve a estratégia competitiva como sendo um conjunto
de ações ofensivas ou defensivas utilizadas pela empresa para criar uma posição
20
defensável. Em sua análise, ele apresenta a estratégia competitiva como sendo a
combinação dos fins (missão, objetivos e metas) que a empresa busca e os meios
(políticas ou estratégias) utilizados pela empresa para sua concretização. Ainda
segundo o autor ter estratégia é saber exatamente:
1- O que queremos ser;
2- Quais necessidades conseguirmos atender;
3- Quais os diferenciais consistentes que adotaremos nos próximos anos;
4- Onde faremos os ajustes necessários para atingir nossos objetivos.
Para criar uma estratégia competitiva a empresa deve compreender que
existem regras que determinam a atratividade de uma indústria, e sendo assim a
empresa deve modificar essas regras em seu favor. Essas regras que Porter chama
de “regras da concorrência” estão em qualquer indústria e estão englobadas em
cinco forças competitivas, que são:
A entrada de novos concorrentes, a ameaça de produtos substitutos, o poder
de negociação dos compradores, o poder de negociação dos fornecedores e a
rivalidade entre as empresas existentes (PORTER,1989). Essas cinco forças
ilustradas na figura1 influenciam os preços, os custos e o investimento necessário
das empresas dentro de uma indústria e por isso são determinantes da rentabilidade
de uma indústria (PORTER, 1989).
21
Figura 01: As cinco forças competitivas Fonte: PORTER, 1989 p4.
2.3 ESTRATÉGIAS GENÉRICAS
De acordo com BETHLEM (2004), a estratégia genérica está baseada no
fato que o centro de qualquer estratégia é a vantagem competitiva, e que essa
vantagem para ser alcançada a empresa terá que fazer uma escolha.
PORTER (1989) descreve dois tipos básicos de vantagem competitiva, que
são: liderança em custo e diferenciação. Essas duas estratégias somadas à faixa de
atuação escolhida pela empresa levam a três tipos de estratégias genéricas, que
podem ser adotadas pelas empresas para superar seus concorrentes, são elas:
estratégia de liderança em custos, estratégia de diferenciação e estratégia de
enfoque. A estratégia de enfoque possui duas variações que são: enfoque no custo
e enfoque na diferenciação.
22
Figura 02: As três estratégias genéricas Fonte: PORTER, 1989 p10.
Todas as estratégias envolvem um caminho diferente para alcançar a
vantagem competitiva, sendo que este caminho consiste em uma combinação de
escolhas entre o tipo de vantagem competitiva desejada e o escopo do alvo
estratégico onde ela deve ser alcançada. Selecionar e implantar uma das estratégias
genéricas, não é um processo simples, porém são caminhos lógicos que devem ser
investigados em qualquer indústria para que ela alcance a vantagem competitiva
(PORTER,1986).
2.3.1 ESTRATÉGIA DE LIDERANÇA EM CUSTOS
Essa estratégia visa obter vantagens competitivas pela oferta de produtos e
serviços (em geral padronizados) a custos mais baixos do que os concorrentes. É a
mais clara das três estratégias genéricas, nela a empresa pode atender a vários
segmentos, até mesmo em segmentos correlatos.
23
A liderança no custo além de uma intensa atenção administrativa exige
também uma busca árdua pela minimização dos custos e despesas. Ter um custo
baixo em relação à concorrência é o ponto central de toda estratégia. Isso não quer
dizer que áreas como qualidade, assistência e outras devam ser ignoradas,
(PORTER, 1986). Ele ainda afirma que as bases da diferenciação não devem ser
ignoradas, pois os produtos devem ser considerados aceitáveis pelos compradores,
caso contrário a empresa será forçada a reduzir os preços bem abaixo dos de seus
concorrentes. Para que a essa estratégia seja colocada em prática, podem ser
necessários investimentos pesados de capital em equipamentos e materiais
atualizados, deve haver uma fixação agressiva de preços e inicialmente pode haver
prejuízos para que seja consolidada a parcela de mercado (PORTER, 1986).
2.3.2 ESTRATÉGIA DE DIFERENCIAÇÃO
Neste tipo de estratégia há uma busca por alcançar vantagens pela
introdução de um ou mais elementos de diferenciação nos produtos e serviços, que
justifiquem preços mais elevados.
Essa estratégia consiste em diferenciar o produto ou serviço que a empresa
oferece, de maneira que ele se torne único no mercado. Deve-se, entretanto
destacar o fato de que essa estratégia não permite ignorar os custos, apesar de que
eles não são o alvo principal (PORTER, 1986).
Os meios pelos quais as empresas conseguem a diferenciação são
particulares a sua atividade. Ela pode ser baseada no produto oferecido,como
durabilidade, imagem, etc. No sistema de entrega desse produto, no método de
marketing e em diversos outros fatores (PORTER, 1989).
24
Ainda de acordo com o autor essa estratégia proporciona a lealdade dos
consumidores em relação à marca e conseqüentemente uma menor sensibilidade ao
preço, isolando a empresa em relação à rivalidade competitiva. Ela também traz um
aumento das margens de lucro excluindo uma posição de baixo custo, possibilitando
lidar melhor com os fornecedores e amenizando o poder dos compradores.
A lógica desse tipo de estratégia está na escolha da empresa de atributos
que a diferenciem dos seus concorrentes, tornando-se única verdadeiramente em
alguma coisa (PORTER, 1989).
2.3.3 ESTRATÉGIA DE ENFOQUE
O terceiro tipo de estratégia descrita por PORTER (1986) tem por finalidade
obter vantagens competitivas ou pela oferta de produtos e serviços com menores
custos, ou pela diferenciação dos mesmos, mas em um segmento de mercado mais
localizado ou restrito. A empresa que opta por esse tipo de ação está procurando
obter uma vantagem competitiva em apenas um segmento do mercado e, portanto,
não tem uma vantagem competitiva geral.
Esse tipo de estratégia possui duas variações, que é o enfoque no custo ou
enfoque na diferenciação, ambas possuem as mesmas características descritas
anteriormente, porém, ela focaliza ambientes específicos. Geralmente em uma
mesma indústria, podem existir diversas empresas voltadas para a estratégia de
enfoque, basta que elas escolham segmentos-alvo diferentes, (PORTER, 1989).
As diferentes estratégias genéricas possuem um método variado que
permite criação e sustentação de uma vantagem competitiva, pois combina o tipo de
vantagem competitiva buscada e o escopo do alvo estratégico da empresa.
25
Sendo assim, uma empresa deverá escolher entre uma delas, de maneira
que não fique no que o autor chama de “meio-termo”, que é quando uma empresa
adota todas as estratégias genéricas, porém, sem alcançar nenhuma delas
(PORTER,1989).
Ainda segundo PORTER (1989) uma estratégia genérica só leva a um
desempenho acima do da concorrência, se ele for sustentável. O fator
sustentabilidade exige da empresa a mudanças de comportamento tanto da
concorrência, quanto da própria indústria. Sendo assim faz-se necessário que a
empresa a empresa possua barreiras que dificultem que a estratégia seja imitada, o
que não é uma tarefa simples.
Existem também alguns riscos apresentados pelas estratégias genéricas
tanto para a empresa, quanto para os concorrentes como mostra a figura 3.
Figura 03: Riscos das estratégias genéricas Fonte: PORTER, 1989 p18
26
O conceito de estratégias genéricas de Michael Porter se baseia na
premissa de que a vantagem competitiva pode ser alcançada através de diversas
maneiras dependendo da estrutura da indústria.
Para ANSOFF (1990) o conceito da teoria microeconômica de que o
sucesso em um mercado está diretamente ligado ao preço do produto ou serviço era
válida na primeira metade do século XX. As mudanças no ambiente competitivo
ocorridas na segunda metade do século XX tornaram a diferenciação uma estratégia
competitiva extremante importante, uma vez que os clientes passaram a exigir
produtos que tivessem características que atendessem aos seus gostos pessoais.
Os clientes passaram a exigir além da qualidade e preço baixo, produtos
personalizados e atenção pessoal, e, poucas são as empresas que conseguem
oferecer isso (FERREIRA E SGANZERLLA, 2000).
Esse novo desafio levou as empresas a um aperfeiçoamento na maneira de
entender e atender seus clientes, sendo necessária uma reorganização de sua
estrutura para um modelo que permita conhecer e desenvolver um melhor
relacionamento com os mesmos (BRETZKE, 2000).
BRETZE (2000) afirma que a empresa conseguirá obter uma vantagem
competitiva a partir das informações que ela tem dos seus clientes, e na maneira
como ela vai aproveitá-las para tomar suas decisões e criar um relacionamento
efetivo com eles. Nesse contexto o Marketing de Relacionamento pode ser um
grande aliado para estruturação de uma estratégia de diferenciação como meio para
que a empresa sustente uma vantagem competitiva.
27
2.4 MARKETING DE RELACIONAMENTO
A globalização, mudanças políticas, alianças estratégicas e avanços
tecnológicos afetaram o mundo e alteraram o perfil do consumidor tornando-o mais
bem informado e exigente em relação ao atendimento, produtos e atenção pessoal,
(FERREIRA e SGANZERLLA, 2000).
Essas mudanças no ambiente competitivo e no comportamento do
consumidor impuseram ao marketing a necessidade de se criar um novo tipo de
relacionamento mais estável e duradouro com os clientes, fazendo com que o
marketing deixe de ser uma função e a passe a ser uma filosofia empresarial, dando
início ao surgimento do conceito de Marketing de relacionamento, (BRETZKE,
2000).
O Marketing de Relacionamento tem como finalidade devolver a proximidade
que existia no passado entre a empresa e seus clientes, e embora esteja apenas no
início, tornou-se um dos bens mais importantes atualmente no mundo dos negócios,
que está de fato auxiliando as empresas a tornarem-se diferentes, mais competitivas
e rentáveis. (MADRUGA, 2004).
Para Evans e Laskin apud Ferreira e Sganzerlla (2000), o marketing de
relacionamento, enquanto processo, é formado por entradas e saídas, isso torna
necessário às empresas buscar um feedback dos seus clientes para avaliar se suas
necessidades e desejos estão ou não sendo atendidos. As entradas nesse processo
são:
• Entender as vontades dos clientes;
• Construir parcerias com eles;
• Aumentar o poder dos funcionários;
28
• Gestão da qualidade total
Saídas do processo:
• Satisfação dos clientes;
• Lealdade dos clientes;
• Alta qualidade dos produtos/serviços;
• Lucros maiores.
Outros autores como Cravens e Piercy apud Ferreira e Sganzerlla (2000),
propõem que o Marketing de relacionamento dê ênfase a alguns processos nas
empresas de maneira que auxiliem no processo de retenção dos clientes, pois o
esforço empregado na retenção de clientes é antes de tudo um investimento que
proporciona ganhos nas vendas e redução nas despesas (HERRERA, 2007)
Para que esse objetivo seja alcançado eles determinam algumas atividades
tidas como essenciais, que são:
• Criar uma busca incessante pela qualidade interna e externa dos
relacionamentos;
• Dar uma resposta rápida e cortês às necessidades e pedidos dos clientes;
• Construir competência e profissionalismo no serviço pessoal direto ou indireto
aos clientes;
• Antecipar as expectativas dos consumidores através do desenvolvimento de
produtos/serviços;
• Melhorar a relação de valor em relação ao preço pago através de redução do
custo de fazer negócio;
• Criar sistemas de informação de linha de frente;
29
• Envolver ativamente os consumidores no processo de planejamento e
melhoria dos produtos e serviços;
• Desenvolver uma cultura para retenção dos clientes através de sistemas de
recompensa e reconhecimento da retenção e lealdade;
Entretanto, para que uma estratégia de marketing de relacionamento seja
bem sucedida, deve ser parte da cultura da empresa, começando internamente
(FERREIRA e SGANZERLLA, 2000).
2.4.1 MARKETING DE RELACIONAMENTO X MARKETING TRADICIONAL
Para PEPPERS E ROGERS (1994), o marketing de relacionamento está
orientado para o cliente ao invés do produto, como acontece no marketing
tradicional. O marketing de relacionamento passou a tratar o cliente como se fosse
único dentro da empresa. Surge assim um novo sistema individualizado em
substituição ao sistema de produção em massa, mídia de massa e marketing de
massa que se tornou obsoleto.
Uma grande vantagem do marketing de relacionamento em relação ao
tradicional, é que enquanto o marketing tradicional tem por objetivo atingir muitas
pessoas, ele tende a ser complexo e despender muito dinheiro. Já o marketing de
relacionamento necessita de pouco dinheiro, por estar focado no consumidor que se
deseja atingir (FERREIRA e SGANZERLLA, 2000).
O marketing tradicional está centrado na conquista e não se importa com a
permanência dos clientes na empresa, por outro lado o marketing de relacionamento
30
está focado em estabelecer um relacionamento duradouro com os clientes
(FERREIRA E SGANZERLLA, 2000).
Ainda de acordo com FERREIRA e SGANZERLLA (2000), a principal causa
dessa transição do marketing tradicional para o marketing de relacionamento tem
sido a maneira encontrada pelas empresas para obter maior competitividade por
meio da fidelização e manutenção dos seus clientes. Eles ainda descrevem outros
fatores que tiveram influência nessa mudança de paradigma:
• Demanda x grande variedade de produtos e serviços;
• Choque da competitividade global;
• Os grandes avanços da TI;
• Inovações constantes do mercado.
Figura 04: Diferenças do Marketing Tradicional e o Marketing de Relacionamento Fonte: FERREIRA E SGANZERLLA, 2000 p53
31
O marketing de relacionamento vai além da relação vendedor e cliente, para
uma mudança na cultura da organização criando um posicionamento direcionado ao
cliente baseando-se no conhecimento adquirido durante essa relação.
Nesse processo de mudança foram introduzidos no marketing tradicional
além de novos conceitos, novas ferramentas baseadas na informação, ou
ferramentas de TI, devido necessidade de se aperfeiçoar e melhorar o
relacionamento entre empresa e cliente, (FERREIRA E SGANZERLLA, 2000).
2.4.2 A TI E O MARKETING DE RELACIONAMENTO
Em decorrência do ambiente atual de extrema competitividade, a TI deve
deixar de ser apenas uma maneira de automatizar o atendimento e a comunicação
com os clientes e passar a ser uma ferramenta para enriquecer o relacionamento
com os mesmos (BRETZKE, 2000).
Ainda segundo BRETZKE (2000), a TI influencia a maneira das empresas
pensarem e de fazerem negócios, pois possibilita a implantação de uma estratégia
para gerenciar a relação com os clientes aplicando os conceitos do marketing de
relacionamento.
È necessário ao Marketing de Relacionamento utilizar-se de ferramentas que
facilitem a comunicação entre empresa e consumidor, criando dessa forma um
relacionamento lucrativo e duradouro com os mesmos. A TI é um instrumento
indispensável ao marketing de relacionamento uma vez que possibilita mudanças
nas condutas, estratégias, estrutura, e na maneira como as empresas interagem
com os clientes e com o ambiente, (FERREIRA E SGANZERLLA, 2000).
32
Existe hoje uma quantidade imensa de sistemas que vem ganhando cada
vez mais espaço e que permitem gerenciar de maneira fácil o relacionamento com
os clientes, possibilitando que as empresas melhorem seus processos operacionais,
reduzam custos com clientes, e consigam assim melhores condições de
competitividade. (FERREIRA E SGANZERLLA, 2000).
Percebe-se então que as empresas necessitam de uma estrutura que
ofereça suporte tecnológico para lidar com o fluxo crescente de informações e criar
uma estrutura que favoreça a compreensão dos clientes, de seu comportamento e
suas expectativas.
2.5 COMPORTAMENTO DE CONSUMO
Ao mesmo tempo em que essas novas tecnologias proporcionaram as
empresas mudarem seu perfil competitivo e se reposicionar estrategicamente
criando novas formas para atender os clientes e driblar a competitividade, criou
também como afirmam (KOTLER e KELLER, 2006) consumidores cada vez mais
informados que esperam mais das empresas do que simplesmente atendê-los e
satisfazê-los. Uma vez que esses consumidores possuem ferramentas para avaliar
as ofertas das empresas e buscar a melhor opção, formam uma expectativa de valor
e baseiam-se nela para agir, assim a satisfação e repetição da compra vai depender
se essa expectativa foi ou não atendida.
2.5.1 valor percebido
Para que a empresa consiga uma posição competitiva sustentável a longo
prazo, o conceito de entrega de valor é um ponto essencial, (BRETZKE, 2000).
33
Segundo KOTLER e KELLER (2006), o valor percebido pode ser entendido
como a diferença entre o que os clientes obtêm e o que ele dá, ou seja, a avaliação
custo-benefício referente a um produto ou serviço e as alternativas percebidas.
BRETKKE (2000) define valor percebido como sendo o resultado da
comparação que o cliente faz termos de benefícios do produto ou serviço, suas
características, o atendimento recebido e reconhecimento da marca, e o total dos
custos esperados para adquirir e usar esse produto ou serviço.
Cria-se o valor quando as expectativas e necessidades individuais dos
clientes são atendidas. Ou seja, valor é uma percepção individual construída pelos
clientes levando em consideração o preço percebido e a qualidade percebida
(FARIA, 2004).
Se o processo decisório de compra for analisado, será percebido que ao
final dele, o cliente opta pelo produto ou serviço que ele reconhece como tendo o
maior valor. (BRETZKE, 2000).
Não importa o que a empresa acredita estar entregando ao cliente em
termos de preço ou qualidade, o cliente é que tomará a decisão final, levando em
consideração o que ele percebeu (FARIA, 2004).
Generalizando pode-se afirmar que a percepção do consumidor em relação
a um determinado produto ou serviço se divide entre itens tangíveis e intangíveis. Os
aspectos tangíveis são os que podem ser facilmente medidos ou comparados, como
preço, já os aspectos intangíveis, como atendimento, presteza de informações,
eficácia na resolução de problemas etc. é que proporcionam o grande diferencial,
uma vez que cabe a esses fatores a tarefa de mostrar ao cliente que a empresa é
única e também trata seus clientes de maneira única (MUNHOZ, 2003).
34
2.5.2 satisfação
A satisfação pode ser entendida como a sensação resultante da comparação
que o consumidor faz entre o resultado percebido de um produto e suas
expectativas, essa sensação pode ser tanto de prazer quanto desapontamento
(KOTLER E KELLER, 2006)
VAVRA (1993) define satisfação como sendo o resultado das expectativas
dos clientes sobre um produto ou serviço e os benefícios recebidos.
Se as empresas tomarem por alicerce a satisfação dos clientes, conseguirão
ser mais competitivas (FERREIRA e SGANZERLLA, 2000).
Vê-se a importância de se conhecer o nível de satisfação dos clientes, pois
como mostra (ANGELO e GIANGRANDE, 1999), para que a empresa alcance suas
metas e se mantenha competitiva, é necessário que ela descubra a satisfação dos
seus clientes.
De acordo com PEPPERS E ROGERS (1994) para que a satisfação total
dos clientes seja alcançada é necessário que haja um controle individual dos
relacionamentos, uma vez que cada cliente experimenta a qualidade e a satisfação
do produto de maneira individual.
PEPPERS E ROGERS (1994) afirmam que a empresa tem que ir além da
qualidade dos seus produtos ou serviços, ela deve conseguir satisfazer as
expectativas dos clientes totalmente, dessa maneira irá conseguir a fidelização dos
mesmos.
ANGELO e GIANGRANDE (1999) afirmam que antes da compra o cliente
tem suas expectativas em relação à empresa e ao produto, ao realizar a compra ele
faz um comparativo entre suas expectativas e o benefício recebidos após a compra,
35
se ele ficou satisfeito está criada uma situação que poderá levar a cativação e a
fidelização do mesmo. Percebe-se então que só com a obtenção da satisfação dos
clientes é que se conseguirá a fidelização dos mesmos.
BRETZKE (2000) afirma que a fidelidade está diretamente relacionada com
a satisfação dos clientes, uma vez que ela pode ser o resultado tanto das
características intrínsecas e extrínsecas dos produtos quanto da percepção do valor
agregado oferecido pela empresa, sendo que essa satisfação pode ser real ou
apenas uma percepção.
2.5.3 fidelização
Assim a fidelização assume um papel fundamental na manutenção do
market share da empresa, o que tem se tornado um grande desafio que só poderá
ser superado por aquelas empresas que conseguirem agregar valor ao
relacionamento, oferecendo um benefício superior ao da concorrência (BRETZKE,
2000).
A importância do processo de fidelização está no fato de as empresas
reconhecem que conquistar um novo consumidor custa muito mais caro do que
manter os clientes atuais (KAPLAN e NORTON, 2004).
Para os autores os clientes fiéis quase sempre estão dispostos a pagar um
pouco mais caro pelo valor oferecido, isso porque valorizam a qualidade dos
produtos e serviços oferecidos pela empresa.
Para FERREIRA E SGANZERLLA (2000), uma empresa não consegue
fidelizar todos os seus clientes. Sendo assim, a empresa direcionará sua estratégia
36
para aqueles clientes que forem mais lucrativos, criando meios de aproximá-los e
fidelizá-los.
2.5.3.1 vantagens obtidas com a fidelização de clientes:
• Reduz os custos de marketing devido à conscientização e à fidelidade em relação
à marca.
• Menor sensibilidade dos clientes em relação ao preço devido à maior qualidade
percebida na marca;
• Maior vida útil da carteira de clientes;
• Custo menor de recuperação de clientes;
• Criação de barreiras de confiança, o que dificulta a migração para um concorrente.
No processo de fidelização, o CRM é uma ferramenta de marketing
extremamente necessária, uma vez que ela quebra a idéia de criar um
relacionamento com clientes em número maior de diferentes atividades, e utiliza
diversas técnicas para que o cliente perceba que está ocorrendo um relacionamento
agradável e duradouro (BRETZKE, 2000).
2.6 CRM (CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT)
As empresas têm adotado cada vez mais estratégias de CRM como forma
de conseguir um diferencial competitivo. Essa estratégia que tem suas origens no
marketing de relacionamento traz grandes impactos da gestão da empresa,
(BRETZKE, 2000).
37
O CRM (Customer Relationship Management, ou Gerenciamento de
Relacionamento com o Cliente), pode ser entendido como um conjunto de conceitos,
construções e ferramentas compostas por estratégia, processo, software e
hardware, criando meios para que a empresa atenda os clientes em tempo real,
(BRETZKE, 2000).
A estratégia de CRM possibilita que a empresa seja definitivamente voltada
para o cliente, permitindo conhecê-los melhor, facilitando o uso da TI para a tomada
das decisões e conquistando assim uma verdadeira vantagem competitiva,
(BRETZKE, 2000)
O CRM busca desenvolver laços mais fortes com os clientes, oferecendo
aos mesmos um atendimento que supere suas expectativas, isso é possível graças
ao uso eficaz das informações que a empresa obtém de seus clientes. Isso permite
que as empresas customizem seus produtos, seus serviços, seus programas e sua
mídia. (KOTLER e KELLER, 2005).
Desenvolver uma estratégia de CRM torna-se necessário para manter a
competitividade, pelo fato dos clientes terem aumentado suas expectativas e sendo
assim, já não se contentam com facilidade (BRETZKE, 2000).
2.6.1 CRM - COMO SURGIU
A indústria de softwares, desde a década de 70, já fabrica sistemas de
gerenciamento do relacionamento com os clientes. Motivadas pela demanda
crescente de empresas que necessitavam de tecnologias que as auxiliassem na
integração e automação dos esforços de vendas e marketing, foi lançado por volta
38
dos anos 90 o CRM, cujo objetivo era auxiliar as empresas no gerenciamento das
relações com os clientes. (MADRUGA, 2004).
Ainda segundo o autor as funcionalidades do CRM foram inspiradas no
Marketing de relacionamento, sendo ambos complementares e sinérgicos.
O conceito de CRM, de acordo com MADRUGA (2004) tem duas origens:
A primeira está relacionada à evolução das ferramentas tecnológicas que
tem por objetivo auxiliar o departamento de marketing na interação com o
consumidor através da integração das diversas atividades dentro da organização.
A segunda advém do desenvolvimento da tecnologia da gestão empresarial,
que promoveu a integração das diversas áreas internas da empresa com objetivos
diferentes: controlar estoques, custos e rentabilidade.
Ou seja, a partir identificação da necessidade das empresas em se adaptar
a nova realidade de um mercado cada vez mais competitivo,os desenvolvedores de
tecnologia direcionaram seus esforços, para a criação de pacotes de CRM. Ele vai
viabilizar a implementação dos princípios do Marketing de relacionamento,
promovendo para a empresa um diferencial competitivo. (BRETZKE, 2000).
2.6.2 CATEGORIAS DE CRM
Para GREENBERG (2001) há basicamente três categorias de CRM:
Operacional, analítico e colaborativo.
CRM OPERACIONAL: Trata da automação dos processos de relacionamento. É
onde hoje a maioria das empresas está focada. Envolve funções de serviços a
clientes, atividades como o gerenciamento de pedidos, produção, gerência de
39
cadeia de fornecimento, faturamento e cobrança, automação de vendas, de
marketing e de atendimento.
CRM ANALÍTICO: Incorpora as funções de análise do desempenho e da
inteligência dos negócios. É através dele que é possível fazer análises de correlação
e tendências, visualizando informações sobre o comportamento dos clientes,
permitindo classificar e segmentar os mesmos de acordo com uso, freqüência, perfil,
entre outros indicadores. Nesse tipo de CRM estão envolvidos todos os processos
desde a captação e armazenagem, passando pelo processamento e interpretação
até a apresentação dos dados sobre o cliente ao usuário do sistema.
CRM COLABORATIVO: Envolve todos os pontos de contato do cliente com a
empresa. Como por exemplo, contato por voz, conferências e conferências via web,
e-mail, gerenciamento de respostas, fax, cartas e interação direta (lojas físicas,
quiosques, distribuidores, lojas virtuais).
PEPPERS E ROGERS apud (KOTLER E KELLER,2006) descrevem um
modelo para o Marketing de Relacionamento, composto por quatro etapas que pode
ser adaptado ao Marketing CRM:
1- IDENTIFICAR OS CLIENTES ATUAIS E POTENCIAIS: A empresa deve
construir e manter um banco de dados com informações provenientes de
todos os pontos de contato com seus clientes;
2- DIFERENCIAR OS CLIENTES: Essa classificação deve ser de acordo com
seu valor para a empresa;
40
3- INTERAGIR INDIVIDUALMENTE COM OS CLIENTES: Dessa maneira serão
construídos os relacionamentos, pois a empresa conhecerá as necessidades
individuais de seus clientes;
4- CUSTOMIZAR: Significa customizar produtos, serviços e mensagens. Para
facilitar a interação com os clientes, a empresa deve usar pontos de contato
com os mesmos.
2.6.3 CRM NÃO É APENAS TECNOLOGIA
Para que seja implementada uma estratégia de CRM é preciso empregar
tecnologias, e por isso, algumas vezes o CRM, é confundido como se fosse uma
tecnologia. Para RASQUILHA (2008) ele é mais do que uma solução tecnológica, é
uma nova filosofia de trabalho.
O CRM é um processo contínuo que vai além da tecnologia, ele é uma
estratégia de negócios e uma mudança na cultura da empresa.
As empresas de hoje têm que ir além do simples uso da TI como forma de
automatizar a comunicação com os clientes, ou como meio para organizar e
compartilhar os dados em sua estrutura. A TI deve ser usada para enriquecer o
relacionamento com os clientes, coletando e analisando todas as formas de contato
deles com a empresa, para que esses dados sejam transformados em informação, e
dessa maneira ela poderá prover meios para atender e cuidar dos clientes,
(BRETZKE, 2000).
Dessa maneira o CRM deve ser visto como sendo a integração entre
tecnologia da informação com a filosofia do marketing de relacionamento
(BRETZKE, 2000).
41
2.6.4 CLIENTE: O FOCO PRINCIPAL
Através do CRM a empresa muda seu foco do produto para o cliente, isso
não significa abrir mão dos meios de comunicação de massa, o fato é que apenas
isso não é suficiente, e, muitas organizações já atentaram a isso. Segundo
(MADRUGA, 2004), o atual modelo de comunicação com clientes está sendo
substituído por relacionamentos mais próximos, interativos, duradouros e mais
lucrativos.
O CRM busca uma estrutura voltada para o cliente através de uma
colaboração que seja benéfica para as duas partes, tanto empresa quanto cliente.
Adotar uma estratégia de CRM significa identificar quem são os clientes e
quais deles interessam mais para a empresa, por gerarem mais valor, e quais não
interessam, porque seu atendimento gera alto custo e resulta em pouco valor para a
empresa.
Quando se analisa a mudança que o CRM proporciona, percebe-se que a
empresa passa a aprender sobre seu cliente a cada relacionamento (BRETZKE,
2000).
2.6.5 IMPLEMENTAÇÃO DO CRM
O processo de implementação do CRM envolve uma série de mudanças na
empresa. Uma delas está relacionada à integração de áreas que tradicionalmente
costumam trabalhar independentes, como os setores de atendimento, vendas e
marketing. Como a estratégia de CRM objetiva criar uma visão única do cliente,
torna-se necessário treinamento interno e mudanças nos processos para que haja
uma sinergia entre as diferentes áreas da empresa (PARRA, 2004).
42
Implantar o CRM sem a realizar mudanças dos processos internos da empresa e
sem criar um modelo de relacionamento e de atendimento ao cliente, não trará os
resultados esperados pela empresa (PARRA, 2004).
Para BRETZKE (2000) a implementação do CRM está baseada em dois
pilares:
• Processos de trabalho totalmente orientado para o cliente, nos quais se
obtêm os dados dos clientes e que esses sejam compartilhados por toda a
empresa;
• Os departamentos de vendas, marketing e serviços, deverão utilizar as
informações dos clientes para obter um melhor relacionamento.
Para que isso aconteça BRETZKE (2000) sugere a condução da
implantação em quatro etapas: definição e planejamento do modelo de
relacionamento redesenho dos processos de atendimento do cliente, seleção da
solução e implantação da estratégia de CRM.
Figura 05: Etapas da implementação da estratégia de CRM Fonte: BRETZKE, 2000 p 140
43
Para evitar decepções durante a implementação, é importante que as
empresas comecem fazendo uma análise do seu modelo de negócios, do perfil de
clientes, das metas desejadas e o que deve ser modificado internamente para atingi-
las.
Desde que a estratégia de CRM, seja bem implementada e acompanhada
será a resposta às preocupações atuais e futuras das empresas no que diz respeito
à estabilidade da mesma e a consistência da sua carteira de clientes (RASQUILHA,
2008).
44
3 METOLOGIA
Para que este estudo pudesse ser realizado, inicialmente buscou-se
construir um referencial teórico com o objetivo de fundamentar o estudo.
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA
Inicialmente, buscou-se fundamentar o estudo através de uma pesquisa
bibliográfica que para CERVO (2002) busca explicar um problema partindo de
referenciais teóricos já publicados em outros documentos, tendo como objetivo o
conhecimento e análise de contribuições já existentes sobre um determinado
assunto ou problema.
Além de fontes bibliográficas que para CRUZ e RIBEIRO (2003) são
indispensáveis a todos os tipos de pesquisa independente de sua classificação.
Como o estudo foi realizado em um ambiente específico, utilizou-se o
método de estudo de caso, que para MARCONE e LAKATOS (2007), tem a
vantagem analisar mais profundamente determinado caso ou grupo humano.
Quanto à abordagem utilizou-se nesse estudo o método qualitativo, que
segundo MARCONE e LAKATOS (2007), está voltado para a análise, interpretação
e descrição do comportamento humano, tendo como vantagem a obtenção de uma
análise mais detalhada sobre o objeto investigado.
Esse tipo de método difere do quantitativo também na forma de coleta e
análise dos dados, enquanto que no método quantitativo utiliza-se um número amplo
de amostras e números, no qualitativo há um número reduzido de amostras e os
45
dados são interpretados de acordo com a realidade social MARCONE e LAKATOS
(2007).
3.2 INSTRUMENTO DE COLETA
Para implementação do estudo de caso foi aplicado com os clientes um
questionário estruturado composto de 10 perguntas fechadas. Para CERVO (2002)
este método proporciona uma maior exatidão dos resultados esperados, e teve
como objetivo avaliar a percepção dos mesmos referente a alguns aspectos relativos
ao tema estudado.
O questionário utilizou a escala de Likert de 3 pontos, como metodologia de
medição, de acordo com FONSECA (2007) esta técnica parte do princípio que as
atitudes podem ser medidas por meio das respostas verbais dos indivíduos, ou seja,
através das opiniões e avaliações que estes indivíduos expressam em relação à
uma determinada situação.
3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população utilizada para a realização do estudo é formada por clientes em
atividade comercial com a farmácia.
Por conveniência a amostra foi constituída por clientes que freqüentaram a
empresa e concordaram em responder o questionário.
Total da amostra: 40 clientes
(16) sexo masculino
(24) sexo feminino
46
Não houve um critério na escolha dos clientes para a aplicação do
questionário, exceto o fato de todos manterem um relacionamento contínuo há pelo
menos três anos com a empresa de maneira que pudessem expressar sua
percepção em relação à informatização ocorrida a partir de 2005.
4 CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA
4.1 O SETOR VAREJISTA DE FARMÁCIAS E DROGARIAS NO BRASIL
Obter uma vantagem competitiva de longo prazo é uma tarefa bastante
difícil, particularmente no varejo, uma vez que em geral os varejistas compram e
vendem os mesmos produtos. (LEVI e WEITZ, 2000). Isso é o que acontece com o
setor de farmácias e drogarias no Brasil, setor este que se constitui no principal
canal de distribuição de medicamentos à população brasileira, podendo daí,
constatar-se a importância desse segmento para o país.
Algumas farmácias independentes têm buscado aprimorar as suas
estratégias de mercado, visando, reduzir custos e disputar o mercado, de forma
mais competitiva.
4.2 A EMPRESA ESTUDADA
Neste capítulo serão apresentadas algumas características da empresa
onde se realizou o estudo de caso.
47
A empresa onde se realizou o estudo pertence ao setor varejista
farmacêutico e está estabelecida há 14 anos na cidade de Bonito-PE, conta com um
número total de sete funcionários, estando os mesmos distribuídos nas seguintes
funções: um caixa, quatro balconistas, um gerente e uma farmacêutica. A empresa
possui aproximadamente 1000 clientes cadastrados e cerca de 4500 produtos, entre
os quais além dos medicamentos estão incluídos cosméticos e perfumaria.
4.3 AMBIENTE TECNOLÓGICO
A partir de 2005 a empresa fez investimentos em tecnologias para mudar
seu modelo de negócio e implementar um modelo mais moderno de gestão. Esta
renovação resultou na aquisição do sistema de gestão SCC (Sistema de Controle
Comercial), quatro computadores e três impressoras.
Seu sistema de informação foi projetado de acordo com suas necessidades
para auxiliá-la nos seus processos e operações.
4.4 CONCORRÊNCIA
LEVY e WEITZ (2000), afirmam que a concorrência entre tipos, ou seja,
aquela em que os varejistas vendem mercadorias similares, usando diferentes
formatos, tornou mais difícil aos mesmos identificarem e monitorarem seus
concorrentes. Entretanto eles afirmam que os concorrentes básicos de um varejista
são os que possuem o mesmo formato, que no caso estudado são em um número
total de oito farmácias, sendo todas elas do mesmo porte da empresa estudada.
48
Além da competição entre as farmácias locais, e as de grandes redes
localizadas nas cidades circunvizinhas, especificamente as da cidade de Caruaru,
que também afetam significativamente a empresa, há a disputa do varejo
farmacêutico com os supermercados, que são os principais concorrentes no
mercado de cosméticos e perfumaria, e onde as farmácias concorrem em
desvantagem, devido a limitação no tamanho de suas lojas, o que restringe, o
número de itens a serem comercializados.
5 ANÁLISE DOS DADOS
Para o desenvolvimento e implementação de uma estratégia eficiente, é
necessário que os varejistas conheçam informações sobre os clientes (LEVY e
WEITZ, 2000).
5.1 ANÁLISE DAS VARIÁVEIS DEMOGRÁFICAS
Os dados apresentados a seguir têm por finalidade fornecer uma descrição
do perfil da amostra dos clientes quanto ao gênero, idade e local de residência.
Dentre os entrevistados predominou o sexo feminino conforme a tabela 1
Tabela 1: gênero da amostra
Sexo TOTAL Masculino 16 Feminino 24
49
0
10
20
30
40
1
SEXO
HOMENS
MULHERES
Gráfico 1: gênero da amostra
Em relação à faixa etária dos entrevistados predominou a faixa de pessoas
entre 20 e 35 anos, conforme a tabela 2 e o gráfico 2
Tabela 2: faixa etária da amostra Faixa etária TOTAL
20 a 35 20 35 a 45 10
Acima de 45 10
20
10 10
0
5
10
15
20
1
FAIXA ETÁRIA
20 a 35
35 a 45
acima de 45
Gráfico 2: Faixa etária da amostra
Em relação à cidade onde reside apenas um cliente participante da amostra
não reside na cidade de Bonito, onde está situada a empresa estudada (tabela 3).
Este cliente reside na cidade de Barra de Guabiraba, localizada a 15 Km, de Bonito,
cidade esta onde se encontram cerca de 1% dos clientes atuais cadastrados da
empresa estudada.
50
Tabela 3: cidade onde reside Residência TOTAL
Bonito 39 Barra de Guabiraba 1
5.2 COMPORTAMENTO DE COMPRA
Esta etapa tem por objetivo analisar os fatores determinantes na decisão dos
clientes em manterem um relacionamento com a empresa. Foi percebido que a
grande maioria tem o atendimento como fator determinante, como mostra a tabela 4.
e o gráfico 3.
Tabela 4: Fatores determinantes para compra na empresa
Fator determinante para compra na empresa TOTAL Preço/desconto 4
Atendimento 27 Variedade 6
Forma de pagamento 2 Comodidade 1
4
27
6
2 1
0
5
10
15
20
25
30
1
Fator determinante para compra na empresa
Preço/desconto
Atendimento
Variedade
Forma de Pagamento
Comodidade
Gráfico 3: Fator determinante para compra na empresa
A grande maioria dos clientes (82,5%) afirma não comprar em outras
farmácias (tabela 5 e gráfico 4).
51
Tabela 5: clientes que costumam comprar em outras farmácias
Clientes que costumam compram em outras farmácias TOTAL
Sim 7
Não 33
7
33
0
10
20
30
40
1
Clientes que costumam comprar em outras farmácias
SIM
NÃO
Gráfico 4: Clientes que costumam compram em outras farmácias
Apesar de ter um preço bastante competitivo no mercado, podemos
perceber o preço como sendo o principal fator que leva ou levaria os clientes a
comprar na concorrência como mostra tabela 6 e o gráfico 5.
Tabela 6: Fatores que levam ou levariam os clientes a comprar na concorrência
Fatores que levam ou levariam os clientes a comprar na concorrência Total
Preço/desconto 18 Atendimento 5 Variedade 1
Forma de pagamento 5 Comodidade 2
Falta do produto 7 Não responderam 2
52
18
5
1
5
2
7
2
024
68
101214
1618
1
Fatores que levam à compra na concorrência
Preço/desconto
Atendimento
Variedade
Forma depagamentoComodidade
Falta do produto
Não responderam
Gráfico 5: Fatores que levam ou levariam à compra na concorrência
A explicação para esse fato está na extrema competitividade local, que tem
levado a uma guerra de preços entre as farmácias. Em alguns casos ocorre uma
concorrência desleal,
5.3 PERCEPÇÃO DO CLIENTE CONSUMIDOR
O objetivo desta etapa foi analisar a percepção dos clientes em relação aos
itens: Atendimento, preço, forma de pagamento, variedade, pós-venda, garantia e
por último em relação à informatização da empresa, ocorrida no ano de 2005.
Tabela 7: Avaliação do item atendimento
Atendimento Total
Bom 39
Regular 1
Ruim 0 O atendimento mostrou-se o item que obteve a melhor avaliação em relação aos itens avaliados, como mostra a tabela 7.
Tabela 8: Avaliação do item preço
Preço Total
Bom 32
Regular 8
Ruim 0
53
Apesar de ter sido avaliado por 80% dos entrevistados como bom (tabela 8) esse item mostrou-se o principal fator responsável pela perca de vendas para a concorrência
Tabela 9: Avaliação do item variedade
Variedade Total
Bom 35
Regular 5
Ruim 0
A variedade também obteve um alto índice de satisfação (87,5%) como mostra a tabela 9.
Tabela 10: Avaliação do item forma de pagamento
Forma de pagamento Total
Bom 37
Regular 3
Ruim 0 Em relação a esse fator o alto índice de satisfação mostrado na tabela 10 se dá pelo fato de que todos os clientes pesquisados têm facilidade para pagamento de suas contas, uma vez que possuem um cadastro no BD da empresa e a opção de compra no crediário parcelado.
Tabela 11: Avaliação do item pós-venda
Pós-Venda Total
Bom 26
Regular 14
Ruim 0 Percebe-se que o item pós-venda precisa ser melhor trabalhado (tabela 11), a fim de obter uma maior satisfação dos clientes.
Tabela 12: Avaliação do item garantia
Garantia Total
Bom 35
Regular 5
Ruim 0
54
A tabela 12 mostra uma boa avaliação em relação a garantia, uma vez que a
política da empresa é voltada para qualidade dos produtos e a satisfação do cliente
ressarcindo-o ou substituindo imediatamente qualquer tipo de dano ou defeito em
relação aos produtos comercializados.
Em relação à percepção da informatização da empresa ocorrida há 3 anos,
uma expressiva maioria afirma ter percebido algum tipo de melhoria (tabela 13 e
gráfico 6), tendo sido citado o fator rapidez no atendimento como item de maior
percepção pelos clientes como mostra a tabela 14.
Tabela 13: Percepção em relação à informatização da empresa
Percepção em relação à informatização da empresa
Total
Não perceberam, 4
Perceberam 36
4
36
0
20
40
1
Percepção em relação à informatização da empresa
Não perceberam,
Perceberam
Gráfico 6: Percepção em relação à informatização da empresa
Tabela14: Fator percebido pelos clientes em relação à informatização
Fator percebido pelos clientes em relação a informatização Total
Rapidez no atendimento 30
Rapidez de informações 4
Mais segurança nas transações 2
55
5.4 AVALIAÇÃO DO RELACIONAMENTO COM A EMPRESA
Observou-se que quase que a totalidade dos clientes (95%) considera ter
um bom relacionamento com a empresa (tabela 15 e gráfico 7) e 100% acredita ter
um relacionamento duradouro com a mesma. (tabela 16).
Avaliação do relacionamento com a empresa Total
Bom 38
Regular 2
Ruim 0 Tabela 15: Avaliação do relacionamento com a empresa
38
2 0
0
10
20
30
40
1
RELACIONAMENTO COM A EMPRESA
BOM
REGULAR
RUIM
Gráfico 7: Avaliação do relacionamento com a empresa
Tabela 16: Acreditam ter um relacionamento duradouro com a empresa
Acreditam ter um relacionamento duradouro com a empresa Total
Sim 40
Não 0
56
5.5 SATISFAÇÃO
Como quase todos os clientes (95%) declararam estar satisfeitos no seu
relacionamento com a empresa, acredita-se que esse fato provém da qualidade do
atendimento dispensado aos clientes pela empresa. Essa conclusão tem por base a
análise conjunta da tabela 15 e a tabela 4, que revela o atendimento como o
principal fator determinante de compra na empresa. Esse fato vem a confirmar a
importância de se oferecer um atendimento personalizado aos mesmos através do
Marketing de Relacionamento e do CRM, de maneira a se conseguir a fidelização
dos mesmos.
A partir da análise das respostas da questão 10 percebe-se uma grande satisfação
dos clientes para com a empresa, uma vez que 100% dos pesquisados afirmaram
que indicariam a empresa a outras pessoas (tabela 17).
Clientes que afirmam a indicação da empresa a outras pessoas TOTAL
Sim 40
Não 0 Tabela17: Clientes que afirmam a indicação da empresa a outras pessoas
5.6 EXPECTATIVA EM RELAÇÃO ÀS TECNOLOGIAS
EXPECTATIVA DOS CLIENTES EM RELAÇÃO A IMPLANTAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS Total
Trará melhorias 30
Não trará melhorias 6
Talvez traga alguma melhoria 4 Tabela18: Expectativa em relação às novas tecnologias
57
30
6 4
0
10
20
30
1
Expectativa em relação às novas tecnologias
Trará melhorias
Não trarámelhorias
Talvez tragaalguma melhoria
Gráfico 8: Expectativa em relação às novas tecnologias
A partir da análise da tabela 18 e do gráfico 8, percebe-se que um
percentual significativo de clientes (75%) acredita que a tecnologia pode ser uma
aliada no seu relacionamento com a empresa. Esse fato reforça a possibilidade da
tecnologia de CRM ser utilizada para aprofundar o relacionamento já existente entre
cliente-empresa, uma vez que os clientes se mostram receptivos.
58
CONCLUSÕES
Percebeu-se nesse estudo, baseando-se em uma revisão bibliográfica, que
as empresas estão cada vez mais interessadas em desenvolver estratégias que as
permitam manter uma vantagem competitiva, isso por reconhecerem que seu
ambiente externo está cada vez mais instável, (ANSOFF, 1990).
Nesse contexto a estratégia de CRM vem de encontro à necessidade das
empresas de se adaptarem as mudanças do mercado para manterem-se
competitivas como afirma autores como BRETZKE (2000) e MADRUGA (2004).
Essa necessidade aliada aos avanços tecnológicos foi o que impulsionou
essa transição de um marketing que antes era focado no produto para um modelo
novo totalmente centrado no cliente (FERREIRA e SGANZERLLA, 2000).
Apesar de toda empresa ter uma estratégia competitiva, independente de
estar ou não explícita, como afirma PORTER (1989), ele sugere que a criação de um
processo explícito de estratégia trará um benefício maior para a empresa.
Analisando o conceito do autor em relação a como conseguir a vantagem
competitiva, percebe-se que no caso estudado torna-se viável a adoção de uma
estratégia de diferenciação. Esse tipo de estratégia consiste em diferenciar o
produto ou serviço que a empresa oferece, de maneira que ele se torne único no
mercado (PORTER, 1989).
Como um dos fatores percebidos durante o estudo foi que o preço é um fator
determinante para perca de vendas para a concorrência, obtendo quase que metade
das respostas, fato que pode ser explicado pela extrema competitividade do
mercado local, que tem levado a uma guerra de preços entre as farmácias, a
implantação dessa estratégia seria extremamente viável. Uma estratégia de
59
diferenciação proporciona a lealdade dos consumidores em relação à marca e
conseqüentemente uma menor sensibilidade ao preço, isolando a empresa em
relação à rivalidade competitiva (PORTER, 1989). A fidelização nesse caso
amenizaria a força dessa variável, pois como dizem autores KAPLAN e NORTON
(2004) os clientes fiéis quase sempre estão dispostos a pagar um pouco mais caro
pelo valor oferecido, isso porque valorizam a qualidade dos produtos e serviços
oferecidos pela empresa. Como a lógica desse tipo de estratégia está na escolha
por parte da empresa de atributos que a diferenciem dos seus concorrentes,
tornando-se única em alguma coisa (PORTER, 1989), propõe-se a diferenciação no
atendimento, através da aplicação dos conceitos do marketing de relacionamento.
Essa decisão toma por base a resposta dada a questão 1, que aponta 67,5%
dos clientes pesquisados tendo citado o atendimento como principal fator
determinante para compra na empresa. Os aspectos intangíveis como atendimento,
presteza de informações, etc. é que proporcionam o verdadeiro diferencial, uma vez
que cabe a esses fatores a tarefa de mostrar ao cliente que a empresa é única e
também os trata de maneira única (MUNHOZ, 2003).
Os resultados obtidos atestam a importância de se implantar a estratégia de
diferenciação através do CRM e do marketing de relacionamento, indo além da
relação vendedor e cliente, para uma mudança na cultura da organização criando
um posicionamento direcionado ao cliente baseando-se no conhecimento adquirido
sobre ele durante essa relação (FERREIRA e SGANZERLLA, 2000)..
Analisando as respostas relativas à percepção dos clientes quanto à
informatização, vê-se que os mesmos percebem que a tecnologia traz resultados
positivos ao relacionamento o que é confirmado quando se analisa as respostas a
questão 8, onde 75% dos clientes respondem positivamente que a utilização de
60
novas tecnologias trará benefícios para o seu relacionamento com a empresa.
Porém, como a tecnologia por si só não traz os resultados necessários para a
fidelização dos clientes, a empresa deve implementar uma estratégia de
relacionamento em conjunto com novas formas de se comunicar com os clientes,
para dessa maneira criar um relacionamento construtivo (BRETZKE, 2000).
Foi identificado também um alto percentual de satisfação (95%), em relação
ao relacionamento cliente-empresa, sendo que 100% dos clientes pesquisados
considera ter um relacionamento duradouro com a empresa. Acredita-se, através da
análise das tabelas 4 e 15 e 16 que isso resulta da qualidade dispensada no
atendimento aos clientes. Essa análise reforça a importância de se oferecer um
atendimento que supere as expectativas dos mesmos, pois como afirma KOTLER e
KELLER (2006), os consumidores agem de acordo com suas expectativas de valor e
sua satisfação e repetição da compra vai depender se essa expectativa foi ou não
atendida.
Como a percepção de valor é constituída individualmente por cada cliente
levando em consideração o preço percebido e a qualidade percebida FARIA (2004),
para que seja alcançada e satisfeita é necessário que haja um controle individual
dos relacionamentos, uma vez que cada cliente experimenta a qualidade e a
satisfação do produto de maneira individual (PAPPERS e ROGERS, 1994).
Através da análise da questão 7, 9 e 10 conclui-se que,
à conquista de um relacionamento agradável e duradouro proporciona o que
segundo FARIA (2004), é a melhor, mais barata e eficiente propaganda, o boca a
boca.
Identificou-se também através da análise das respostas à questão 5 em
relação ao item pós-venda, que é um aspecto que pode ser melhor trabalhado pela
61
empresa. A maioria da empresas tem se preocupado apenas com o momento da
venda esquecendo o fator pós-venda. Acredita-se que o CRM venha suprir essa
deficiência proporcionando uma maior interação com cliente, não apenas durante a
venda, mas através de um acompanhamento após a mesma.
Todos os resultados apontam para um possível sucesso da implantação de
uma estratégia de CRM, entretanto, como a implementação do CRM não é um
processo simples visto que envolve não apenas a tecnologia, mais toda a cultura da
organização. FERREIRA e SGANZERLLA (2000), confirmam que para se ter
sucesso em uma estratégia de marketing de relacionamento, deve-se fazer com que
ela seja parte da cultura da empresa, começando internamente. Ela requer um
estudo mais aprofundado sobre a própria empresa e sua cultura a fim de se modelar
uma estratégia de diferenciação.
TRABALHOS FUTUROS
O estudo de caso modificou a perspectiva da empresa e do seu
posicionamento em relação aos clientes e ao mercado, vislumbrando o sucesso
dessa estratégia.
Propõe-se, futuramente, um estudo sobre a percepção dos funcionários e da
própria gerência em relação aos conceitos aqui demonstrados. Também poderá ser
estudada a implementação de softwares específicos de CRM nesta empresa.
Sugere-se o desenvolvimento de outros estudos sobre o tema em empresas
do mesmo porte a fim de compará-los com os resultados obtidos.
62
Espera-se que o estudo tenha trazido uma contribuição para a propagação
desse conceito relativamente novo que é o CRM e pouco explorado em empresas
de pequeno porte.
63
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANGELO, Claudio Felisoni e GIANGRANDE, Vera, Marketing de Relacionamento no Varejo, São Paulo: Atlas,1999. ANSOFF, H.Igor, A nova estratégia empresarial, São Paulo: Atlas, 1990 BETHLEM, Agrícola de Souza, Estratégia Empresarial: Conceitos, processos e administração estratégica, São Paulo: Atlas, 2004. BRETZKE, Miriam, Marketing de Relacionamento e Competição em Tempo Real com CRM (Customer Relationship Management), São Paulo: Atlas, 2000. BRETZKE, Miriam, CRM como diferencial competitivo. Disponível em : <http://www.bretzke-marketing.com.br/textos/artigos03.htm> Acesso:21/11/2008 CERVO, Amado Luiz, Metodologia Científica, 5ª Ed.São Paulo: Prentice Hall, 2002. FARIA, Carlos Alberto, Pensando em Marketing. Disponível em: <http://www.pensandomarketing.com/home/id100.html>. Acesso em: 21 nov.2008 FERREIRA, Sérgio; SGANZERLLA, Silvana, Conquistando o Consumidor: O Marketing de Relacionamento como vantagem competitiva das empresas, São Paulo: Editora Gente, 2000. FONSECA, ANA; Era da Medição de atitudes (1920-1930). Disponível em : http://www.hoops.pt/psicologia/psico2.htm. Acesso em 28 nov.2008. GREENBERG, Paul, CRM na velocidade da luz. Disponível em: <http://www.fadepe.com.br/restrito/conteudo_pos/1_mkt_CRM_na_velocidade_da_Luz.pdf>. Acesso em 09 ago.2008. KAPLAN, Robert S. e NORTON, David P, Balanced Scorecard: Convertendo ativos intangíveis em resultados, 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. KOTLER, Philip e KELLER, Kevin Lane, Administração de Marketing, 12ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. LEVY, Michael; WEITZ, A. Barton, Administração de Varejo, 1ª Edição, São Paulo: Atlas, 2000. MADRUGA, Roberto. Guia de Implementação de Marketing de Relacionamento e CRM, São Paulo: Atlas ,2004. MUNHOZ, Carlos Eduardo Machado, O Marketing de Relacionamento para Pequenas Empresas.10 jul.2003. Disponível em: <http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Marketing%20de%20Relacionamento%20para%20pequenas%20empresas.htm>. Acesso 15 fev.2008.
64
PARRA, Maria Celeste, Pensando em marketing maio 2004. Disponível em : http://www.pensandomarketing.com/home/id92.html. Acesso em 21 nov.2008 PEPPERS Don e ROGERS, Martha, Marketing um a um: Marketing individualizado na era do cliente, Rio de Janeiro: Campus, 1994. PORTER, Michael E, Vantagem Competitiva: Criando e sustentando um desempenho superior, 25ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1989. PORTER, Michael E, Estratégia Competitiva: Técnicas para a análise de indústrias e da concorrência, 7ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1986. RASQUILHA, Luiz, Gestão de Clientes e CRM (Online free edition). Disponível em: <http://www.etic.pt/downloads/Gestao_Clientes_CRM_Web_FreeEdition.pdf> Acesso: 14 nov.2008 VAVRA, Terre G, Marketing de Relacionamento: After Marketing, São Paulo: Atlas, 1993. .
65
APÊNDICÊS
QUESTIONÁRIO APLICADO
Dados demográficos
Nome:______________________________________________________________
Idade: ____________________ Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino
Residente nesta cidade: ( ) sim ( ) não
Se não, onde reside?: ________________________________________________
1 - Qual o principal motivo que o levou a ser cliente da Farmácia São João ?
Preço/desconto ( ) Atendimento ( ) Variedade ( )
Forma de pagamento ( ) Comodidade ( ) Outro ( ) Qual? _________________
2 – Quanto tempo você é cliente da Farmácia São João?
6 meses ( ) 1 ano ( ) 2 anos ( ) 3 ( ) anos mais de 3 anos ( )
3 - Você costuma comprar em outras farmácias?
Sim ( ) Não ( )
4 - Quais os fatores que levariam você a comprar na concorrência?
Preço/desconto ( ) Atendimento ( ) Variedade ( )
Forma de pagamento ( ) Comodidade ( ) Outro ( ) Qual? _________________ _____________________________________________________________________
5 - Qual a sua avaliação em relação ao itens:
5.1. Preço - Ruim( ) Regular ( ) Bom ( )
5.2. Atendimento - Ruim( ) Regular ( ) Bom ( )
5.3. Variedade - Ruim( ) Regular ( ) Bom ( )
5.4. Forma de Pagto. Ruim( ) Regular ( ) Bom ( )
5.4. Pós-Venda - Ruim( ) Regular ( ) Bom ( )
5.5. Garantia - Ruim( ) Regular ( ) Bom ( )
6 - Após a informatização da empresa ocorrida há alguns anos você percebeu algum tipo de melhoria em relação ao atendimento?
NÃO ( ) SIM ( ) Se sim, qual:__________________________
7 - Como você avaliaria o relacionamento da empresa com você?:
Ruim( ) Regular ( ) Bom ( )
66
8 - Você acredita que a implantação de novas tecnologias trará algum tipo de melhoria no seu relacionamento com a empresa?
SIM ( ) NÃO ( )
9 - Você tem um relacionamento duradouro (longo prazo) entre cliente e fornecedor?
SIM ( ) NÃO ( )
10 - Você indicaria esta empresa a um amigo seu?
SIM ( ) NÃO ( )