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CURSO DE RELAÇÕES CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS INTERNACIONAIS 15/05/22 15/05/22 Professor Luís Antonio Paulino Professor Luís Antonio Paulino 1 Macroeconomia Aula 7 Nova Teoria de Comércio Nova Teoria de Comércio Internacional Internacional unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS 4/4/2015 Professor Luís Antonio Paulino 1 Macroeconomia Aula 7 Nova Teoria de Comércio Internacional unesp UNIVERSIDADE

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CURSO DE RELAÇÕES CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAISINTERNACIONAIS

11/04/2311/04/23 Professor Luís Antonio PaulinoProfessor Luís Antonio Paulino 11

Macroeconomia

Aula 7

Nova Teoria de Comércio InternacionalNova Teoria de Comércio Internacional

unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

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Tópicos de discussãoTópicos de discussão

Limites da abordagem Limites da abordagem tradicionaltradicional

Economias de escalaEconomias de escala A diferenciação dos produtosA diferenciação dos produtos Comércio intra-setorialComércio intra-setorial Comércio intra-firmaComércio intra-firma

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Limites da abordagem Limites da abordagem tradicionaltradicional

Nação e vantagem comparativaNação e vantagem comparativa

• A cada nação estão associadas A cada nação estão associadas características características particularesparticulares que permitem explicar quais são os que permitem explicar quais são os bens produzidosbens produzidos e, logo, quais são os e, logo, quais são os bens bens exportadosexportados, por um lado (os que são produzidos , por um lado (os que são produzidos além da demanda nacional) e quais são os além da demanda nacional) e quais são os bens bens importadosimportados, por outro lado (os que são , por outro lado (os que são demandados pelos consumidores mas cuja demandados pelos consumidores mas cuja produção foi abandonada).produção foi abandonada).

• Na ausência da mobilidade internacional de Na ausência da mobilidade internacional de fatores de produção é a partir dessa determinada fatores de produção é a partir dessa determinada estrutura produtivaestrutura produtiva que se deve explicar suas que se deve explicar suas vantagens comparativasvantagens comparativas..

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Limites da abordagem Limites da abordagem tradicionaltradicional

O princípio das vantagens comparativasO princípio das vantagens comparativas

• A nações diferem entre si segundo A nações diferem entre si segundo critérios próprios:critérios próprios:

Na versão ricardiana, são as técnicas de Na versão ricardiana, são as técnicas de produção que diferem.produção que diferem.

Na versão Heckscher-Ohlin-Samuelson Na versão Heckscher-Ohlin-Samuelson (HOS), são as dotações relativas em (HOS), são as dotações relativas em fatores de produção.fatores de produção.

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Limites da abordagem Limites da abordagem tradicionaltradicional

O princípio das vantagens O princípio das vantagens comparativascomparativas

• A contribuição fundamental de Ricardo à A contribuição fundamental de Ricardo à teoria do comércio internacional é o teoria do comércio internacional é o princípio das vantagens comparativas: o princípio das vantagens comparativas: o importante, no interior de uma mesma importante, no interior de uma mesma nação, são as nação, são as diferenças relativas entre diferenças relativas entre as condições de produção dos bensas condições de produção dos bens que que podem ser definidas a partir do podem ser definidas a partir do custo de custo de oportunidadeoportunidade..

• Sacrificando-se uma unidade de um Sacrificando-se uma unidade de um bem, as duas nações aumentam em bem, as duas nações aumentam em proporções diferentes a produção de proporções diferentes a produção de outro bem.outro bem.

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Limites da abordagem Limites da abordagem tradicionaltradicional

O princípio das vantagens O princípio das vantagens comparativascomparativas

• Existe uma complementaridade entre a Existe uma complementaridade entre a definição de nação e o princípio das definição de nação e o princípio das vantagens comparativasvantagens comparativas

• Nas teorias tradicionais, os fluxos de troca Nas teorias tradicionais, os fluxos de troca entre as nações são reflexo das vantagens entre as nações são reflexo das vantagens comparativas que elas possuem.comparativas que elas possuem.

• A questão que se coloca, então, é saber A questão que se coloca, então, é saber se as trocas internacionais efetivamente se as trocas internacionais efetivamente constatadas podem ser explicadas constatadas podem ser explicadas segundo este princípio básicosegundo este princípio básico

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Limites da abordagem Limites da abordagem tradicionaltradicional

O questionamento das vantagens O questionamento das vantagens comparativascomparativas

• As tentativas de verificação empírica das As tentativas de verificação empírica das teorias tradicionais são geralmente teorias tradicionais são geralmente decepcionantes: os fluxos comerciais decepcionantes: os fluxos comerciais registrados não podem ser explicados pelas registrados não podem ser explicados pelas vantagens comparativas das nações.vantagens comparativas das nações.

• O “Paradoxo de Leontief” (1953)O “Paradoxo de Leontief” (1953)

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Limites da abordagem Limites da abordagem tradicionaltradicional

• Contrariamente aos ensinamentos da teoria Contrariamente aos ensinamentos da teoria tradicional, o comércio internacional se tradicional, o comércio internacional se desenvolve mais entre as nações mais desenvolve mais entre as nações mais desenvolvidas cujas dotações fatoriais têm desenvolvidas cujas dotações fatoriais têm poucas diferenças.poucas diferenças.

• Trata-se, então de um comércio entre nações Trata-se, então de um comércio entre nações muito pouco diferenciadas umas das outras, ao muito pouco diferenciadas umas das outras, ao passo que a teoria tradicional coloca como passo que a teoria tradicional coloca como essencial o papel das diferentes características essencial o papel das diferentes características das nações para explicar a troca internacional.das nações para explicar a troca internacional.

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Limites da abordagem Limites da abordagem tradicionaltradicional

• A parte do comércio internacional A parte do comércio internacional intrassetorial, que existe quando um país intrassetorial, que existe quando um país importa e exporta simultaneamente os importa e exporta simultaneamente os mesmos bens, no comércio mundial é mesmos bens, no comércio mundial é muito significativa e é sua parte mais muito significativa e é sua parte mais dinâmica.dinâmica.

• A teoria tradicional não propõe explicação A teoria tradicional não propõe explicação para tal fenômeno que é incompatível com para tal fenômeno que é incompatível com sua visão de especialização internacionalsua visão de especialização internacional

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Limites da abordagem Limites da abordagem tradicionaltradicional

• A teoria tradicional não deixa nenhum lugar A teoria tradicional não deixa nenhum lugar às empresas multinacionais e ao comércio às empresas multinacionais e ao comércio interempresas no seu esquema, pois são as interempresas no seu esquema, pois são as nações e somente elas que trocam.nações e somente elas que trocam.

• No entanto, as trocas entre filiais das No entanto, as trocas entre filiais das empresas multinacionais implantadas em empresas multinacionais implantadas em diferentes países já representavam mais de diferentes países já representavam mais de um terço do comércio mundial de um terço do comércio mundial de mercadorias na década de oitenta.mercadorias na década de oitenta.

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Limites da abordagem Limites da abordagem tradicionaltradicional

O questionamento das vantagens O questionamento das vantagens comparativascomparativas

• Novas análises foram desenvolvidas, Novas análises foram desenvolvidas, sobretudo nos anos sessenta, cujo ponto sobretudo nos anos sessenta, cujo ponto comum é a proposta de uma explicação das comum é a proposta de uma explicação das trocas internacionais que não se baseia nas trocas internacionais que não se baseia nas vantagens comparativas.vantagens comparativas.

• Entre as linhas de pesquisa exploradas, as Entre as linhas de pesquisa exploradas, as mais importantes são relativas ao papel mais importantes são relativas ao papel desempenhado pela desempenhado pela tecnologiatecnologia, a , a diferenciação dos produtosdiferenciação dos produtos e os e os rendimentos rendimentos de escalade escala..

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Economias de EscalaEconomias de Escala Nas “teorias puras” de comércio internacional Nas “teorias puras” de comércio internacional

(vantagens absolutas, vantagens comparativas (vantagens absolutas, vantagens comparativas e HSO), a especialização internacional é e HSO), a especialização internacional é somente determinada pelas diferenças somente determinada pelas diferenças internacionais nas técnicas de produção (teoria internacionais nas técnicas de produção (teoria ricardiana) ou pelas diferenças internacionais ricardiana) ou pelas diferenças internacionais nas dotações relativas de fatores de produção nas dotações relativas de fatores de produção (teoria HOS).(teoria HOS).

Nessas teorias, o tamanho dos países não tem Nessas teorias, o tamanho dos países não tem impacto sobre a especialização internacional.impacto sobre a especialização internacional.

O que acontece, entretanto, se os custos de O que acontece, entretanto, se os custos de produção diminuem com as quantidades produção diminuem com as quantidades produzidas?produzidas?

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Economias de EscalaEconomias de Escala Hipótese 1: duas economias, funcionando Hipótese 1: duas economias, funcionando

em autarquia, produzem somente dois bens em autarquia, produzem somente dois bens para seu mercado nacional.para seu mercado nacional.

Hipótese 2: um dos bens é produzido com Hipótese 2: um dos bens é produzido com economia de escala crescenteeconomia de escala crescente

Tese: se os dois mercados nacionais não são Tese: se os dois mercados nacionais não são do mesmo tamanho, o bem é produzido a do mesmo tamanho, o bem é produzido a um custo mais baixo no país maior, gerando um custo mais baixo no país maior, gerando uma “vantagem absoluta” decorrente da uma “vantagem absoluta” decorrente da escala de produção.escala de produção.

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Economias de EscalaEconomias de Escala As economias de escala podem ser:As economias de escala podem ser:

Internas à firmaInternas à firma: quando cada firma pode obter custos : quando cada firma pode obter custos médios mais baixos se produz em escala crescente. médios mais baixos se produz em escala crescente.

Externas à firmaExternas à firma: quando o custo médio de cada firma : quando o custo médio de cada firma depende do tamanho da indústria a que pertence.depende do tamanho da indústria a que pertence.

InternacionaisInternacionais: resultantes da divisão internacional do : resultantes da divisão internacional do trabalho. Depende do tamanho do mercado mundial e trabalho. Depende do tamanho do mercado mundial e não da concentração geográfica da produção. O custo não da concentração geográfica da produção. O custo médio da firma depende do tamanho da indústria em médio da firma depende do tamanho da indústria em nível mundial. As economias de escala nível mundial. As economias de escala são ao mesmo são ao mesmo tempo internacionais e internas à firmatempo internacionais e internas à firma..

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Economias de Escala Economias de Escala InternasInternas

Quando as técnicas de produção e de Quando as técnicas de produção e de organização das empresas é tal que existem organização das empresas é tal que existem economias internas às empresas, várias economias internas às empresas, várias estruturas de mercado além da estruturas de mercado além da concorrência podem prevalecer, concorrência podem prevalecer, dependendo do fato destas economias dependendo do fato destas economias serem serem contínuascontínuas ou ou limitadaslimitadas num nível num nível particular de produção.particular de produção.

No primeiro caso o mercado torna-se um No primeiro caso o mercado torna-se um monopólio.monopólio.

No segundo caso o mercado torna-se um No segundo caso o mercado torna-se um oligopólio.oligopólio.

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Economias de Escala Economias de Escala InternasInternas

A existência de economia de escala internas A existência de economia de escala internas às firmas, pode levar, no caso da abertura ao às firmas, pode levar, no caso da abertura ao comércio internacional, ao domínio do comércio internacional, ao domínio do mercado mundial em determinado setor por mercado mundial em determinado setor por um única empresa (monopólio mundial) ou um única empresa (monopólio mundial) ou por um pequeno número de delas (oligopólio por um pequeno número de delas (oligopólio mundial).mundial).

Exemplos:Exemplos: Setor de aviaçãoSetor de aviação Setor automobilísticoSetor automobilístico Setor farmacêuticoSetor farmacêutico Setor siderúrgicoSetor siderúrgico Setor de bebidas (cerveja)Setor de bebidas (cerveja) Setor de semicondutoresSetor de semicondutores

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Economias de Escala ExternasEconomias de Escala Externas Hipóteses:Hipóteses:

Produção do bem X é caracterizada por economias Produção do bem X é caracterizada por economias externas de escala fortes.externas de escala fortes.

Dois países A e B, onde os custos salariais de A são mais Dois países A e B, onde os custos salariais de A são mais elevados que em B.elevados que em B.

As economias de escala são externas e cada setor As economias de escala são externas e cada setor nacional é caracterizado por um grande número de nacional é caracterizado por um grande número de pequenas empresas.pequenas empresas.

O preço se estabelece em nível do custo médio (CMO preço se estabelece em nível do custo médio (CMAA e e CMCMBB))

A país A desenvolveu há tempos sua produção e o país B A país A desenvolveu há tempos sua produção e o país B entrou recentemente no mercado.entrou recentemente no mercado.

O país A pode estar em posição de monopólio mesmo O país A pode estar em posição de monopólio mesmo que o país B pudesse abastecer o mercado mundial com que o país B pudesse abastecer o mercado mundial com um preço mais baixoum preço mais baixo

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Economias de Escala Economias de Escala ExternasExternas

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Economias de Escala ExternasEconomias de Escala Externas O tamanho do mercado interno de uma O tamanho do mercado interno de uma

nação, diante de economias de escala nação, diante de economias de escala externas, pode ser um fator explicativo do externas, pode ser um fator explicativo do comércio internacional.comércio internacional.

As especializações internacionais que As especializações internacionais que resultam das economias de escala externas resultam das economias de escala externas são estáveis, mesmo que as vantagens são estáveis, mesmo que as vantagens comparativas se modifiquem.comparativas se modifiquem.

““acidentes históricos”, que originam uma acidentes históricos”, que originam uma produção num dado país específico, podem produção num dado país específico, podem ser decisivos na criação dos fluxos ser decisivos na criação dos fluxos comerciais internacionais.comerciais internacionais.

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Economias de Escala Economias de Escala ExternasExternas

O comércio internacional, fonte de O comércio internacional, fonte de deterioração do bem estardeterioração do bem estar

Desde Ricardo, o essencial da teoria do comércio Desde Ricardo, o essencial da teoria do comércio internacional demonstra que a passagem de uma internacional demonstra que a passagem de uma situação de autarquia a uma situação de troca situação de autarquia a uma situação de troca com o resto do mundo melhora a posição de uma com o resto do mundo melhora a posição de uma economia: maior número de bens estão economia: maior número de bens estão disponíveis a um preço mais baixo.disponíveis a um preço mais baixo.

Esse resultado pode ser questionado a partir do Esse resultado pode ser questionado a partir do momento em que existem economias de escala momento em que existem economias de escala externas.externas.

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Economias de Escala Economias de Escala ExternasExternas

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Diferenciação de ProdutosDiferenciação de Produtos A existência de A existência de produtos semelhantesprodutos semelhantes, mas , mas

que possuem que possuem características específicascaracterísticas específicas que que os diferenciam segundo algum desses os diferenciam segundo algum desses critérios abre – do ponto de vista do comércio critérios abre – do ponto de vista do comércio internacional – a possibilidade de internacional – a possibilidade de intercâmbios entre dois países, com intercâmbios entre dois países, com exportações e importações simultâneas de exportações e importações simultâneas de produtos normalmente classificados como produtos normalmente classificados como idênticos.idênticos.

Dois tipos de diferenciação são considerados: Dois tipos de diferenciação são considerados: verticalvertical e e horizontalhorizontal

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Diferenciação de ProdutosDiferenciação de Produtos Diferenciação Vertical: está relacionada com Diferenciação Vertical: está relacionada com

a qualidade do produto (Exemplo: automóvel a qualidade do produto (Exemplo: automóvel com air-bag e freio ABS).com air-bag e freio ABS).

Diferenciação Horizontal: se baseia na Diferenciação Horizontal: se baseia na especificação do produto (odor de um especificação do produto (odor de um perfume, sabor de queijo, características de perfume, sabor de queijo, características de um vinho).um vinho).

Nos dois casos, o efeito é o mesmo: o Nos dois casos, o efeito é o mesmo: o vendedor dispõe de um monopólio relativo vendedor dispõe de um monopólio relativo sobre o seu produto, limitado pela existência sobre o seu produto, limitado pela existência de substitutos imperfeitos.de substitutos imperfeitos.

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Comércio Intra-setorialComércio Intra-setorial A existência do comércio intra-setorial está A existência do comércio intra-setorial está

associada a diversos fatores:associada a diversos fatores:

Diferenciação de produtosDiferenciação de produtos

Flutuações sazonais na ofertaFlutuações sazonais na oferta

Estruturas de demanda por faixa de rendaEstruturas de demanda por faixa de renda

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Comércio Intra-firmaComércio Intra-firma A incorporação de elementos como A incorporação de elementos como

rendimentos de escalarendimentos de escala, , concorrência concorrência imperfeitaimperfeita e e diferenciação de produtosdiferenciação de produtos permite permite conceber a especialização no comércio em conceber a especialização no comércio em produtos que não correspondem à dotação produtos que não correspondem à dotação relativa de fatores produtivos, bem como dá relativa de fatores produtivos, bem como dá margem a processos produtivos margem a processos produtivos complementares, entre plantas produtivas complementares, entre plantas produtivas situadas em países distintos, levando à situadas em países distintos, levando à intensificação de transações intrafirma.intensificação de transações intrafirma.

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Comércio Intra-firmaComércio Intra-firma O argumento básico para esse tipo de O argumento básico para esse tipo de

comércio é o de que, para certos tipos de comércio é o de que, para certos tipos de produtos, produtos, a integração vertical internacionala integração vertical internacional dos processos produtivos pode ser uma dos processos produtivos pode ser uma pré-pré-condição para a eficiência produtivacondição para a eficiência produtiva..

Dificuldade de quantificar o comércio Dificuldade de quantificar o comércio intrafirma (preços de transferência).intrafirma (preços de transferência).

Segundo os dados do Banco Central, no Brasil, Segundo os dados do Banco Central, no Brasil, o comércio intra-firma, em 2000, representava o comércio intra-firma, em 2000, representava 38% do comércio total.38% do comércio total.

Em média, o comércio intra-firma representa Em média, o comércio intra-firma representa cerca de 1/3 dos fluxos internacionais de cerca de 1/3 dos fluxos internacionais de comérciocomércio

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Comércio Intra-firmaComércio Intra-firma Há dois diferentes conjuntos de argumentos que justificam o comércio Há dois diferentes conjuntos de argumentos que justificam o comércio

intra-firma, em detrimento, do comércio convencionalintra-firma, em detrimento, do comércio convencional Requerimentos do processo produtivoRequerimentos do processo produtivo

Custos de transaçãoCustos de transação Especialização da mão-de-obraEspecialização da mão-de-obra Necessidade de assistência técnicaNecessidade de assistência técnica P&D, conhecimento técnico, especialização em marketingP&D, conhecimento técnico, especialização em marketing Necessidade de insumos de alta tecnologiaNecessidade de insumos de alta tecnologia Rendimentos de escala internacionais e internos à firmaRendimentos de escala internacionais e internos à firma

Política governamentaisPolítica governamentais Barreiras comerciais externasBarreiras comerciais externas Regulação do movimento internacional de capitaisRegulação do movimento internacional de capitais Políticas de estímulo ao investimentoPolíticas de estímulo ao investimento Tributação de ganhosTributação de ganhos Regulação da concorrência no mercado internoRegulação da concorrência no mercado interno Níveis de taxas de juros e taxa de câmbio Níveis de taxas de juros e taxa de câmbio

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BibliografiaBibliografia

Rainelli, Michel. Nova Teoria do Comércio Internacional. Bauru, SP: Edusc, 1988.