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Cecília Queiroz Filomena Moita Fundamentos Sócio-filosóficos da Educação DISCIPLINA Educação? Educações? Autoras aula 01

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Cecília Queiroz

Filomena Moita

Fundamentos Sócio-filosóficos da EducaçãoD I S C I P L I N A

Educação? Educações?

Autoras

aula

01

Aula 01  Fundamentos Sócio-filosóficos da EducaçãoCopyright © 2007 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba.

Governo Federal

Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Ministro da EducaçãoFernando Haddad

Secretário de Educação a Distância – SEEDCarlos Eduardo Bielschowsky

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ReitorJosé Ivonildo do Rêgo

Vice-ReitoraÂngela Maria Paiva Cruz

Secretária de Educação a DistânciaVera Lúcia do Amaral

Universidade Estadual da Paraíba

ReitoraMarlene Alves Sousa Luna

Vice-ReitorAldo Bezerra Maciel

Coordenadora Institucional de Programas Especiais - CIPEEliane de Moura Silva

Coordenador de EdiçãoAry Sergio Braga Olinisky

Projeto GráficoIvana Lima (UFRN)

Revisora TipográficaNouraide Queiroz (UFRN)Thaísa Maria Simplício Lemos (UFRN)

IlustradoraCarolina Costa (UFRN)

Editoração de ImagensAdauto Harley (UFRN)Carolina Costa (UFRN)

DiagramadoresBruno de Souza Melo (UFRN)

Dimetrius de Carvalho Ferreira (UFRN)Ivana Lima (UFRN)

Johann Jean Evangelista de Melo (UFRN)

Revisores de Estrutura e LinguagemRossana Delmar de Lima Arcoverde (UEPB)

Revisoras de Língua PortuguesaMaria Divanira de Lima Arcoverde (UEPB)

Q3f Fundamentos sócio-filosóficos da educação/ Cecília Telma Alves Pontes de Queiroz, Filomena Maria Gonçalves da Silva Cordeiro Moita.– Campina Grande; Natal: UEPB/UFRN, 2007.

15 fasc.“Curso de Licenciatura em Geografia – EaD”. Conteúdo: Fasc. 1- Educação? Educações?; Fasc. 2 - Na rota da filosofia ... em busca de respostas; Fasc. 3 - Uma nova rota...sociologia; Fasc.4 - Nos mares da história da educação e da legislação educacional; Fasc. 5 - A companhia de Jesus e a educação no Brasil; Fasc. 6 – Reforma Pombalina da educação reflexos na educação brasileira; Fasc. 7 - Novos ventos... manifesto dos pioneiros da escola nova; Fasc. 8 – Ditadura militar, sociedade e educação no Brasil; Fasc. 9 - Tendências pedagógicas e seus pressupostos; Fasc. 10 – Novos paradigmas, a educação e o educador; Fasc. 11 – Outras rotas...um novo educador; Fasc. 12 – O reencantar: o novo fazer pedagógico; Fasc. 13 – Caminhos e (des)caminhos: o pensar e o fazer geográfico; Fasc. 14 – A formação e a prática reflexiva; Fasc. 15 – Educação e as TIC’s: uma aprendizagem colaborativa

ISBN: 978-85-87108-57-9

1. Educação 2. Fundamentos sócio-filosóficos 3. Prática Reflexiva 4. EAD I. Título.22 ed. CDD 370

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central - UEPB

Aula 01  Fundamentos Sócio-filosóficos da Educação 1Copyright © 2007 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba.

Governo Federal

Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Ministro da EducaçãoFernando Haddad

Secretário de Educação a Distância – SEEDCarlos Eduardo Bielschowsky

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ReitorJosé Ivonildo do Rêgo

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Projeto GráficoIvana Lima (UFRN)

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IlustradoraCarolina Costa (UFRN)

Editoração de ImagensAdauto Harley (UFRN)Carolina Costa (UFRN)

DiagramadoresBruno de Souza Melo (UFRN)

Dimetrius de Carvalho Ferreira (UFRN)Ivana Lima (UFRN)

Johann Jean Evangelista de Melo (UFRN)

Revisores de Estrutura e LinguagemRossana Delmar de Lima Arcoverde (UEPB)

Revisoras de Língua PortuguesaMaria Divanira de Lima Arcoverde (UEPB)

Q3f Fundamentos sócio-filosóficos da educação/ Cecília Telma Alves Pontes de Queiroz, Filomena Maria Gonçalves da Silva Cordeiro Moita.– Campina Grande; Natal: UEPB/UFRN, 2007.

15 fasc.“Curso de Licenciatura em Geografia – EaD”. Conteúdo: Fasc. 1- Educação? Educações?; Fasc. 2 - Na rota da filosofia ... em busca de respostas; Fasc. 3 - Uma nova rota...sociologia; Fasc.4 - Nos mares da história da educação e da legislação educacional; Fasc. 5 - A companhia de Jesus e a educação no Brasil; Fasc. 6 – Reforma Pombalina da educação reflexos na educação brasileira; Fasc. 7 - Novos ventos... manifesto dos pioneiros da escola nova; Fasc. 8 – Ditadura militar, sociedade e educação no Brasil; Fasc. 9 - Tendências pedagógicas e seus pressupostos; Fasc. 10 – Novos paradigmas, a educação e o educador; Fasc. 11 – Outras rotas...um novo educador; Fasc. 12 – O reencantar: o novo fazer pedagógico; Fasc. 13 – Caminhos e (des)caminhos: o pensar e o fazer geográfico; Fasc. 14 – A formação e a prática reflexiva; Fasc. 15 – Educação e as TIC’s: uma aprendizagem colaborativa

ISBN: 978-85-87108-57-9

1. Educação 2. Fundamentos sócio-filosóficos 3. Prática Reflexiva 4. EAD I. Título.22 ed. CDD 370

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central - UEPB

Apresentação

Seja bem-vindo/a à disciplina Fundamentos Sócio-filosóficos da Educação. Assim, tal como na natureza, a água, o fogo, a terra e o ar convivem de forma integrada e são energia essencial à vida. A nossa disciplina Integra a Base Teórica do Curso de

Licenciatura em Geografia a Distância.

A disciplina compreenderá uma série de reflexões em torno de questionamentos acerca da Educação, abordará conteúdos relevantes à formação profissional e, ao mesmo tempo, fará articulação com o estudo de outras disciplinas do currículo. Iremos identificar e analisar os fundamentos teóricos e práticos que subsidiam a formação do/a profissional de educação, em especial, no curso de Geografia, fazendo uma articulação, também, entre educação e sociedade ao longo da história.

Nesta disciplina usaremos uma metáfora, pois a compararemos a “uma viagem marítima”, razão por que, recorremos a palavras ligadas a esse tema, a saber: zarpando, porto, mergulhando, mergulho mais profundo, timoneiro, leme, rotas, porto etc.

Faremos, durante as 15 aulas, o diário de bordo – um memorial reflexivo, crítico e descritivo de todo o percurso da disciplina. O memorial deverá ser construído ao longo de cada aula e servirá como avaliação de seu processo formativo.

Alguns de vocês já são professores, e outros estão se preparando para isso. Todos juntos vão construir e reconstruir conceitos, atitudes, habilidades e valores imprescindíveis à atuação como profissionais de educação, conscientes de seu papel pedagógico, político e social.

Ficou claro? Venha para iniciar uma viagem tranqüila e produtiva. Conduza seu barco de forma autônoma, crítica e criativa; aprofunde os estudos, partindo de nossas sugestões e/ou outras fontes encontradas por iniciativa pessoal, não esqueça das atividades solicitadas.

Agora que já explicamos como vai decorrer nossa viagem, acredito que deve estar ansioso/a por iniciar o primeiro trecho. Durante esse percurso, atravessaremos rios e mares que nos levarão a entender melhor o conceito de educação e assim perceber que há várias opiniões diferentes sobre a temática. Está curioso/a? Você vai conhecer alguns pensadores e suas idéias, que lhe indicarão as rotas a seguir.

Metáfora

é uma figura de estilo (ou tropo lingüístico, em que a significação natural de uma palavra é substituída por outra), que consiste em uma comparação entre dois elementos por meio de seus significados imagísticos, causando o efeito de atribuição “inesperada” ou improvável de significados de um termo a outro. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Met%C3%A1fora Acesso em: 10 de jun/2007.

Segure o leme com força e

garra. Você é o/a timoneiro/a.

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ObjetivosAo final desta aula, do primeiro trecho de viagem, esperamos que você chegue ao porto com condição de:

Entender que a educação não é neutra, ao contrário, possui uma intencionalidade;

Identificar que existem diferentes conceitos de educação;

Compreender que a educação não é uma prerrogativa apenas da escola, que ela ocorre em diferentes espaços sociais.

Zarpando...Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, todos nós

envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar. Para saber, para fazer ou para conviver com uma ou com várias: Educação? Educações?

Presente em todos os espaços, de diferentes formas, nos diferentes contextos, a educação invade nossas vidas. Nessa perspectiva, sempre achamos que temos alguma coisa a dizer sobre educação.

Assim, iniciamos nossa reflexão com o que alguns índios, certa vez, escreveram:

Há muitos anos, nos Estados Unidos, os estados da Virgínia e Maryland assinaram um tratado de paz com os índios das Seis Nações. Sabendo que as promessas e os símbolos da educação sempre foram muito adequados em momentos solenes como aquele, logo depois dos termos do tratado serem assinados, os governantes americanos mandaram cartas aos índios convidando-os para que enviassem alguns dos seus jovens às escolas dos brancos. Os chefes indígenas responderam agradecendo e recusando. Veja, abaixo, alguns trechos da justificativa.

““... Nós estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o bem para nós e agradecemos de todo o coração.

Mas daqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber que a vossa idéia de educação não é a mesma que a nossa.

Aprender e ensinar

Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos

alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa.

Por isso aprendemos sempre(PAULO FREIRE,1998).

Educações

Segundo Ghiraldelli Jr. (2003, p. 1), “a palavra

educação foi derivada, de duas palavras do latim:

educere, que significa “conduzir de fora”, “dirigir exteriormente”, e educare

que significa “sustentar, alimentar, criar”.

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... Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formandos nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ciência. Mas, quando eles voltaram para nós, eles eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportarem o frio e a fome. Não sabiam como caçar o veado, matar o inimigo e construir uma cabana, e falavam a nossa língua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente inúteis. Não serviam como guerreiros, como caçadores ou como conselheiros.

Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora não possamos aceitá-la, para mostrar a nossa gratidão, oferecemos aos nobres senhores que nos enviem alguns dos seus jovens, que lhes ensinaremos tudo o que sabemos e faremos, deles, homens.“ (BRANDÃO, 1998, p.18-19)

Benjamin Franklin (1706-1790) Franklin tornou-se o primeiro Postmaster1706-1790) Franklin tornou-se o primeiro Postmaster-1790) Franklin tornou-se o primeiro Postmaster1790) Franklin tornou-se o primeiro Postmaster) Franklin tornou-se o primeiro Postmaster General (ministro dos correios) dos Estados Unidos da América. Foi umEstados Unidos da América. Foi um. Foi um jornalista, editor, autor, filantropo, abolicionista, funcionário público, cientista,, editor, autor, filantropo, abolicionista, funcionário público, cientista,editor, autor, filantropo, abolicionista, funcionário público, cientista,, autor, filantropo, abolicionista, funcionário público, cientista,filantropo, abolicionista, funcionário público, cientista,, abolicionista, funcionário público, cientista,abolicionista, funcionário público, cientista,, funcionário público, cientista, diplomata e inventor estadunidense, que foi também um dos líderes da e inventor estadunidense, que foi também um dos líderes dainventor estadunidense, que foi também um dos líderes da estadunidense, que foi também um dos líderes daestadunidense, que foi também um dos líderes da, que foi também um dos líderes da Revolução Americana, e é muito conhecido pelas suas muitas citações e pelas, e é muito conhecido pelas suas muitas citações e pelas experiências com a eletricidade. Um homem religioso, calvinista, é ao mesmocalvinista, é ao mesmo, é ao mesmo tempo uma figura representativa do Iluminismo.Iluminismo..

Disponível em: http://br.geocities.com/saladefisica9/biografias/franklin.htm Acesso em: 23 maio 2007.

Será que há uma forma única, um único modelo de educação?

Acreditamos que não. Aprende-se e ensina-se em todos os lugares. Nesse sentido, a escola não é o único espaço educacional; o ensino escolar não é a sua única prática e o professor não é o único praticante.

Parafraseando (MCLUHAN, 1964), estamos vendo que chegará o dia – e talvez(MCLUHAN, 1964), estamos vendo que chegará o dia – e talvezchegará o dia – e talvez este já seja uma realidade – em que nossas crianças aprenderão muito mais e com maior rapidez em contato com o mundo exterior do que no recinto da escola. Isso nós já podemos observar no cotidiano. Uma vez que já assistimos a jovens e adultos que nos perguntam: Por que retornar à escola e deter minha educação? Este questionamento é feito por jovens que interrompem prematuramente seus estudos. Parece uma pergunta arrogante, mas como nos diz o autor acerta no alvo: o meio urbano poderoso explode de energia e de uma massa de informações diversas, insistentes, irreversíveis.

Essa carta acabou conhecida porque, alguns anos mais tarde, Benjamim Franklin adotou o costume de divulgá-la. A carta dos índios que vocês acabaram de ler apresenta algumas das questões importantes que vêm sendo objeto de estudo, reflexão e discussão de pesquisadores/as e educadores/as.

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Atividade 1

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A Educação, entendida como construção coletiva de produção do conhecimento, da ação social, busca intencional de sentidos e significados, diálogo e interação, perpassa todas as práticas sociais.

Em casa, na rua, na igreja, no sindicato, no clube, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para fazer, para saber, para ensinar, para ser ou conviver. Mas a educação (o processo educativo) carece de definições quanto às suas finalidades e caminhos usados na sua concretização, conforme as opções que se façam quanto ao tipo de homem/mulher – ser que se quer formar, que tipo de sociedade se deseja e se quer construir.

Nesse sentido, a educação, conceitualmente e na prática, passa a sofrer as diversas influências das diferentes forças sociais e políticas que a percebem como objeto de poder e instrumento fundamental no campo das disputas políticas e ideológicas.Ideológicas

Ideologia, de acordo com os escritos de Karl Marx, é

aquele sistema ordenado de normas e de regras (com base no qual as

leis jurídicas são feitas) que obriga os homens a

comportarem-se segundo as vontades “do sistema”, mas como se estivessem se comportando segundo

a sua própria vontade.Disponível em: http://www.

usp.br/fau/docentes/depprojeto/c_deak/

CD/4verb/ideolog/index.html Acesso em: 12

maio 2007.

E por que essa disputa ideológica e sócio-política acontece?

Porque, quando homens e mulheres têm acesso à educação, a um “tipo” de educação e ao conhecimento podem desvendar os motivos das desigualdades. Bem informados, podemos reivindicar/exigir nossos direitos em todos os espaços sociais: na família, na escola, no mercado, no ônibus, nos serviços de saúde.

Podemos ainda, qualificarmos melhor nossa participação nos espaços sociais de decisão: conselhos escolares, associação de moradores, sindicatos, partidos políticos, igreja etc. Esse conhecimento não interessa a todos, afinal, quando não sabemos, podemos ser manipulados. É esse entendimento que vamos aprofundar ao longo da leitura dos diferentes conceitos e do contexto histórico em que foram elaborados.

Após a leitura da proposta de Benjamim Franklin para os índios e de sua resposta, quais os tipos de Educação, Educações que você identifica? Justifique:

Assim, como na resposta dos índios ao ex-presidente Benjamim Franklin, reflita: A educação que você recebeu em sua formação escolar, o (a) preparou para contribuir com sua comunidade?

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Mergulhando mais profundo...As diferentes concepções e teorias, ao longo da história, têm focado a Educação com

ênfase, ora no conhecimento, ora nos métodos de ensino, ora no aluno, ora no educador, ora em ambos. Essas diferentes formas de “pensar” trouxeram e trazem conseqüências diversas em cada momento histórico, para os grupos hegemônicos de cada sociedade e todas se revestem de uma intencionalidade, de objetivos, que exercem forte influência sobre nosso jeito de fazer Educação e no modo como nos organizamos socialmente.

Você perceberá que o Conceito de Educação não é consenso, ao contrário, abrange uma diversidade significativa de concepções e correntes de pensamento, que estão relacionadas diretamente ao período histórico, ao movimento social, econômico, cultural, político nacional e internacional.

Quer conhecer o que alguns pensadores e educadores dizem sobre o que é educação e qual o seu papel social, político e cultural?

Então preste atenção às idéias, que lhe apresentaremos logo a seguir, que foram ou são fundamentos para as práticas pedagógicas, que veremos mais profundamente em outros trechos do nosso percurso.

Vamos começar com Émile Durkheim, para quem Educação é essencialmente o processo pelo qual aprendemos a ser membros da sociedade. Educação é socialização! É uma ilusão acreditar que podemos educar nossos filhos como queremos. E, afirma que existem certos costumes, regras que precisam e devem ser obrigatoriamente transmitidos no processo educacional, gostemos ou não deles.

Émile Durkheim (1858-1917), sociólogo francês, positivista, viveu em um rico e conturbado momento histórico: de um lado, a Revolução Francesa, e de outro, a Revolução Industrial. “Bebeu” na fonte do pensamento de Auguste Comte (1798- 1857), pai do Positivismo e filho do Iluminismo que enfatizava a razão e a ciência como formas de explicar o universo.

Para Durkheim, a tarefa da educação era buscar “soluções” para a crise da burguesia do final de século XIX, que lutava para continuar como detentora do poder político e econômico.

Disponível em: http://cienciadaeducacao.vilabol.uol.com.br/Pensadores.htm Acesso em: abr. 2007.

Seu pensamento refletia diferentes “educações”. Cada casta, classes ou grupo social deveria ter sua própria educação para adequar cada um a seus meios específicos de vida, ou seja, aqueles que nascessem pobres deveriam adaptar-se à sua realidade, e aqueles que nascessem ricos deveriam adaptar-se à sua condição e, assim, cada um desempenharia o seu papel social de forma harmoniosa.Suas idéias influenciaram grandemente as correntes pedagógicas até os dias atuais.

Casta

Camada social hereditária e endógama, cujos

membros pertencem à mesma etnia,

profissão ou religião.

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Outro importante pensador, Karl Marx, dizia que a educação é diretamente relacionada aos interesses de classe. “Conforme o conteúdo de classe ao qual estiver exposta, ela pode ser uma educação para a alienação ou para a emancipação”.

classe

Grupo ou camada social que se organiza em sociedades estratificadas, e para cuja formação contribuem a divisão do trabalho, as diferenças de propriedade e de rendas ou a distribuição de riquezas. Para Marx, só existem duas classes: burguesa e operária/trabalhadora.

pés

Pé ou pés no plural é uma unidade de medida de comprimento. Corresponde a 12 polegadas e equivale a 30.5 centímetros.

KarlHeinrich Marx (1818-1883), intelectual alemão, é considerado um dos fundadores da Sociologia, mas, que contribuiu com várias outras áreas: filosofia, economia, história. Elaborou, em parceria com Friedrich Engels (1820-1895) também filósofo alemão, a Doutrina dos teóricos do Socialismo Científico ou Marxismo e escrevem juntos o Manifesto Comunista, “historicamente um dos tratados políticos de maior influência mundial, publicado pela primeira vez em 21/02/1848, em que os autores partem de uma análise histórica, distinguindo as várias formas de opressão social durante os séculos e situa na burguesia moderna como nova classe opressora, que super-valoriza a liberdade econômica em detrimento das relações pessoais e sociais, assim tratando o operário como uma simples peça de trabalho que o deixa completamente desmotivado e contribuindo para a sua miserabilidade e coisificação.

Disponível em: http://www.comunismo.com.br/biomarx. html Acesso em: abr. 2007.

O professor Tosi Rodrigues (2002) coloca que Marx, a partir de seus estudos sobre as conseqüências da Revolução Industrial, na vida dos trabalhadores ingleses, concluiu que o tipo de educação dado às crianças operárias era tão precário que só poderia servir para perpetuar as relações de opressão às quais as crianças e seus pais estavam sujeitos.

Segundo relato citado por Marx, em seu livro sobre a realidade de uma das escolas que visitou, “a sala de aula tinha 15 pés de comprimento por 10 pés de largura e continha 75 crianças que grunhiam algo ininteligível (...) Além disso, o mobiliário escolar era pobre, faltavam livros e material de ensino e uma atmosfera viciada e fétida exercia efeito deprimente sobre as infelizes crianças. Estive em muitas dessas escolas e nelas vi filas inteiras de crianças que não faziam absolutamente nada, e a isso se dá o atestado de freqüência escolar; e a esses meninos figuram na categoria de instruídos de nossas estatísticas oficiais” (O Capital, 1968, Vol. 1, Livro 1).

Os estudos de Marx tiveram e têm uma forte influência nas idéias pedagógicas no mundo e aqui no Brasil. Dessa corrente de pensamento sociológico, decorre as chamadas pedagogias críticas, que estudaremos mais adiante.

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Atividade 2

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A concepção de educação apresentada por Durkheim é possível de ser percebida em sua vivência tanto de professor, quanto de aluno? Justifique:

A descrição da escola apresentada por Marx, há mais de 100 anos, lhe remeteu a lembranças de alguma escola que você conheceu ou conhece?

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Vamos seguir, estamos bem no início de nossa viagem, muita coisa boa nos espera ainda.

No início do percurso desse trecho, aportamos na França, conhecemos Durkheim, depois, na Alemanha onde encontramos Marx. Agora, seguindo nossa viagem, vamos conhecer outro importante pensador na Suíça e, logo em seguida, vamos ao Brasil.

Jean-Jaques Rousseau afirmava que “nascemos fracos, precisamos de força; nascemos desprovidos de tudo, temos necessidade de assistência; nascemos estúpidos, precisamos de juízo. Tudo que não temos ao nascer e de que precisamos, quando adultos, nos é transmitido pela educação”. Seria, para ele, a educação responsável pela formação do cidadão em todos os sentidos. Pois acreditava que o homem nasce bom, mas a sociedade o perverte.

Jean-Jaques Rousseau (1712-1978), filósofo e escritor suíço, foi uma dasoi uma das principais inspirações ideológicas da segunda fase da Revolução Francesa: inspirou fortemente os revolucionários, que defendiam o princípio da soberania popular e da igualdade de direitos. Apontava a desigualdade e a injustiça como frutos da competição e da hierarquia mal constituída. Segundo suas idéias, o grande objetivo do governo deveria ser assegurar liberdade, igualdade e justiça para todos, independentemente da vontade da maioria. Estudioso da filosofiaEstudioso da filosofia da educação, enalteceu a “educação natural”, defendendo um acordo livre entre o mestre e o aluno. Seu trabalho se tornou a diretriz das correntes pedagógicas nos séculos seguintes. Lançou sua filosofia, não somente através de escritos filosóficos formais, mas também de romances, cartas e de sua autobiografia.

Disponível em: http://www.culturabrasil.org/rousseau. htm Acesso em: 20 abr. 2007.

Chegando ao BrasilVamos conhecer os liberais e suas idéias sobre a educação, que eram defendidas

com um grande otimismo pedagógico: eles queriam reconstruir a sociedade por meio da educação (GADOTTI, 1993).

Vocês já ouviram falar dos liberais? Se não, prestem atenção. Era um grupo de intelectuais profundamente enraizados na classe burguesa, que defendiam e justificavam o modelo econômico da época, que privilegiava alguns, em detrimento da maioria. Defendiam, apenas, alterações no como ensinar, e não, no modelo de educação excludente.

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Atividade 3

Para os Liberais, “o homem é produto do meio”; ele e sua consciência se formam em suas relações acidentais, que podem e devem ser controladas pela educação, a qual deve trabalhar para a manutenção da ordem vigente, atuando diretamente com o sistema produtivo. O objetivo primeiro da educação é produzir “indivíduos competentes para o mercado de trabalho, transmitindo eficientemente informações precisas, objetivas e rápidas” (LÍBANEO, 1989).

Nesse trecho da viagem, pudemos conhecer através de texto escrito algumas das idéias que influenciaram os filósofos, os sociólogos, os educadores e os intelectuais brasileiros.

Agora temos outro texto: uma figura.

Observe e faça a leitura da figura junto com seus colegas e tutores.

Agora que já leram, discutiram, refletiram, cada um/uma escreva um texto sobre a educação ou educações das pessoas representadas na figura

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Voltando à nossa viagem, segure o leme. Vamos pelo Brasil e nessa rota vamos conhecer uma pequena parte do relatório da UNESCO de 1996, sobre educação, e seguir, conhecendo Educação/Educações.

Parafraseando Freire, a educação é o fator mais importante para se alcançar a felicidade. O autor destacava ainda em seus escritos a educação como ação de conhecimento, como ato político, como direito de cidadania e, nesse sentido, o conhecimento, como construção social. Ainda segundo o autor “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, as pessoas se educam entre si, mediatizadas pelo mundo” (2002 p.68).

Paulo Freire: Biografia resumida - O caminho de um Educador. Nasceu em Recife em 1921 e faleceu em 1997. É considerado um dos grandes educadores da atualidade e respeitado mundialmente. Publicou várias obras que foram traduzidas e comentadas em vários países. Suas primeiras experiências educacionais foram realizadas em 1962 em Angicos, no Rio Grande do Norte, onde 300 trabalhadores rurais se alfabetizaram em 45 dias.Participou ativamente do MCP (Movimento de Cultura Popular) do Recife.

Suas atividades são interrompidas com o golpe militar de 1964, que determinou sua prisão. Exila-se por 14 anos no Chile e posteriormente vive como cidadão do mundo. Com sua participação, o Chile, recebe uma distinção da UNESCO, por ser um dos países que mais contribuíram à época, para a superação do analfabetismo. Em 1970, junto a outros brasileiros exilados, em Genebra, Suíça, cria o IDAC (Instituto de Ação Cultural), que assessora diversos movimentos populares, em vários locais do mundo. Retornando do exílio, Paulo Freire continua com suas atividades de escritor e debatedor, assume cargos em universidades e ocupa, ainda, o cargo de Secretário Municipal de Educação da Prefeitura de São Paulo, na gestão da Prefeita Luisa Erundina, do PT.

Algumas de suas principais obras: Educação como Prática de Liberdade, Pedagogia do Oprimido, Cartas à Guiné Bissau, Vivendo e Aprendendo, A importância do ato de ler, Pedagogia da Autonomia.

Disponível em: http://www.centrorefeducacional.com.br/paulo.html Acesso em: abr. 2007.

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Freire (1997), também nos ensina que a educação não é neutra, ao contrário, é um dos instrumentos capazes de: garantir aos cidadãos o atendimento às necessidades que permitem o seu desenvolvimento integral, que possibilita a integração entre o pensar e agir, porque quando o pensar é privado de realidade e o agir, de sentido, ambos ficam sem significado. Caso contrário, podemos reproduzir uma educação que se coloca como mera transmissora de informações descontextualizadas historicamente, sem autor, sem intencionalidade “clara” e privada de sentido, a que o autor denominou de educação bancária. “Minha presença no mundo não é a de quem nele se adapta, mas de quem nele se insere. É a posição de quem luta para não ser apenas objeto, mas sujeito também da história” (FREIRE, 1983, p. 57).

Sendo assim, educar é construir, é libertar o homem do determinismo, passando a reconhecer o seu papel na História e onde a questão da identidade cultural, tanto em sua dimensão individual, como em relação à classe dos educandos é essencial à prática pedagógica libertadora.

Sem respeitar essa identidade, sem autonomia, sem levar em conta as experiências vividas pelos educandos antes de chegarem à escola, o processo será inoperante, somente meras palavras despidas de significação real. Temos que lutar por uma educação dialógica, pois só assim se pode estabelecer a verdadeira comunicação da aprendizagem entre seres constituídos de alma, prazer, sentimentos.

Em seus escritos, Freire destaca o ser humano como um ser autônomo, livre, criativo, ativo, capaz de significar e ressignificar suas ações. Essa autonomia está presente na definição de vocação ontológica de ‘ser mais’ que está associada à capacidade de transformar o mundo. É exatamente aí que o homem se diferencia do animal. Afinal, animal não tem história.

Educação? Educações? Educar?Segundo Moran, (2000, p. 3), educar:

É colaborar para que professores e alunos – nas escolas e organizações – transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os alunos na construção de sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional – do seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção, comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e profissionais e tornarem-se cidadão realizados e produtivos.

No relatório da UNESCO, organizado e escrito pelo francês Jacques Delors, intitulado: Educação um tesouro a descobrir, de 1996, a Educação precisa de uma concepção mais ampla, ou seja:

Uma concepção ampliada de educação deveria fazer com que todos pudessem descobrir, reanimar e fortalecer o seu potencial criativo – revelar o tesouro escondido em cada um de nós. Isso supõe que se ultrapasse a visão puramente instrumental da educação considerada a via obrigatória para obter certos resultados (saber-fazer, aquisição de capacidades diversas, fins de ordem econômica), e se passe a considerá-la em toda a sua plenitude: realização da pessoa que, na sua totalidade, aprende a ser (DELORS, 2003, p. 90).

Ontológica

Vocação ontológica do homem. O chamado que sentem os homens e as

mulheres desde dentro de si mesmos para que se convertam em pessoas

capazes de pensar e transformar sua sociedade

e de transformar-se em seres para si mesmos. A vocação histórica do homem é “ser sujeito”

(CTPL, 37).

Moran

MORAN, J. M. – é professor de

novas tecnologias da Universidade de São

Paulo – USP.

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Atividade 4

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UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. A UNESCO funciona como um laboratório de idéias e como umaA UNESCO funciona como um laboratório de idéias e como uma agência de padronização para formar acordos universais nos assuntos éticos emergentes. A UNESCO promove a cooperação internacional entre seus 192 Estados Membros e seis Membros Associados nas áreas de educação, ciências, cultura e comunicação.

As diferentes concepções de educação têm reflexos profundos em nosso cotidiano. Como você deve ter percebido, todos nós temos memória, uns mais, outros menos, da infinidade de informações que recebemos ao longo de nossas vidas como estudantes.

Muitos de nós estudamos em escolas que reproduziam informações e conhecimentos, e nós não sabíamos para que serviriam, nem imaginávamos quem produziu esse conhecimento, nem em que contexto histórico. Não víamos sentido para os conteúdos, que eram apenas para ser decorados e para que respondêssemos questões dos questionários, das provas, que depois esquecíamos – a “educação bancária”. Não queremos dizer com isso que informação/conhecimento não é importante, ao contrário, têm importância e significam poder.

A esse respeito, o cientista político, americano Emir Sader, indagou em sua palestra proferida no Fórum Mundial da Educação (2003): “se o conhecimento não serve para inserir os homens de forma consciente na sociedade, para que serve então”? (...) “o excesso de informação existente hoje disseminada, porém descontextualizada e sem história, sem o conhecimento de quem a produziu, vem banalizando o processo educacional e fragmentando o saber, colaborando para a produção de um novo tipo de analfabetismo”.

Considerando nossa leitura até aqui, nossas observações, suas reflexões ao longo desse nosso trecho de viagem, mergulhe no filme que aborda a questão das diferentes educações de forma muito contundente;

Em seguida, preencha o seu diário de bordo.

Disponível em: http://www.unesco.org.br/unesco/sobreaUNESCO/index_html/mostra_documento Acesso em: 12 abr. 2007.

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sua

resp

osta

Treino para Vida

Sinopse: A história real e inspiradora de um treinador que decide mostrar os diversos aspectos dos valores de uma vida ao suspender seu time campeão por causa do desempenho acadêmico dos atletas. Dessa forma, Ken Carter recebe elogios e críticas, além de muita pressão para levar o time de volta às quadras. É aí que ele deve superar os obstáculos de seu ambiente e mostrar aos jovens um futuro que vai além de gangues, prisão e até mesmo do basquete.

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ResumoO QUE TROUXEMOS DESSE TRECHO DE NOSSA VIAGEM

Nesta aula você estudou que a educação não é neutra, ao contrário, possui uma intencionalidade, além de identificar que existem diferentes conceitos de educação e compreender que a educação não é uma prerrogativa apenas da escola, que ela ocorre em diferentes espaços sociais. Vimos, em síntese, que a educação para Durkheim é essencialmente o processo pelo qual aprendemos a ser membros da sociedade. Já para Karl Marx, a educação é diretamente relacionada aos interesses de classe. Para Rousseau a educação é responsável pela formação do cidadão em todos os sentidos, pois acreditava que o homem nasce bom, mas a sociedade o perverte. Nas palavras de Paulo Freire, educar é construir, é libertar o homem do determinismo. Estudamos também Delors que assevera que uma versão ampliada de educação deveria fazer com que todos pudessem descobrir, reanimar e fortalecer o seu potencial criativo e finalmente Moran defende a educação como algo que deve colaborar para que professores e alunos – nas escolas e organizações – transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem.

Auto-avaliaçãoVocê fez a viagem, leu os textos, respondeu às atividades, visitou os sites, assistiu aos

filmes, aos vídeos, mas, com certeza, foi mais além.

Para saber se você atingiu os objetivos propostos para a aula, responda às questões abaixo. Se tiver dúvidas, procure tirá-las relendo o texto ou mesmo buscando a ajuda do tutor, através dos meios possíveis. Respondendo você está neste momento construindo seu DIÁRIO DE BORDO.

Observe o quadro a seguir e estabeleça as diferenças entre as teorias dos autores apresentados:

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Durkheim Karl Marx Rousseau Paulo Freire Delors Moran

Quais as críticas, observações que você faz a estes autores e as teorias por eles defendidas?

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Vídeos

Leituras complementaresAqui apresentamos outras linguagens, que podem enriquecer o seu aprendizado. Indicaremos filmes, mini-vídeos, telas, poemas, músicas e textos que tem relação com a nossa viagem pela rota dos fundamentos sócio-filosóficos da educação. Buscaremos mergulhar mais profundamente nessa viagem com dicas ricas e prazerosas de saberes.

1. Título: Uma viagem no tempo ...

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=umwj6v9UwkY Acesso em 23 jun. 2007. O vídeo revela a evolução do mundo tendo por fundo a música “ �hat a �onderful �orld�hat a �onderful �orld” (Que mundo Maravilhoso) de Louis Armistrong

Que mundo Maravilhoso - Louis Armistrong

Eu vejo o verde das árvores ... rosas vermelhas também

Eu vejo florescer para nós dois E eu penso comigo ...

que mundo maravilhoso Eu vejo a azul dos céus e

o branco das nuvens O brilho do dia abençoado ...

a sagrada noite escura E eu penso comigo ...

que mundo maravilhoso As cores do arco-íris ...

tão bonitas nos céus E estão também nos rostos das pessoas que passam

Eu vejo amigos apertando as mãos, dizendo: Como você vai ?

Eles realmente dizem: “ Eu te amo ! “

Eu ouço bebês chorando, eu os vejo crescer

Eles aprenderão muito mais que eu jamais saberei E eu penso comigo ...

que mundo maravilhoso Sim, eu penso comigo ...

que mundo maravilhoso

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2. Título: Combate ao analfabetismo

Disponível em : http://www.youtube.com/watch?v=kzRnrYVKbHQ. Acesso em 23 jun. 2007. O vídeo “Combate ao Analfabetismo – Rotary, é isso que a gente faz! “ apresenta o diálogo entre uma criança de rua que quer um lápis para desenhar com um grupo de jovens da classe média que o rejeita, empurra.

ReferênciasBRANDÃO, C. R. O que é educação. In: PILLETTI, N. Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental. São Paulo: Ed. Ática,1998.

FERNANDES, Florestan. Marx-Engels: História (textos selecionados) São Paulo: Ática, 1989.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 12a edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

____________. Educação e mudança. 15a edição. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1989.

____________. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

____________. Política e educação. São Paulo: Cortez, 1997.

GADOTTI, Moacir. Paulo Freire, uma bibliográfica. São Paulo, Cortez: Instituto Paulo Freire; Brasília, DF: UNESCO,1996.

HARNECKER, Marta. Para compreender a sociedade. Traduzido por Emir Sader. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 1990.

MARX, K. O Capital. Vol. 1, Livro 1: O processo de produção capitalista. CivilizaçãoCivilização Brasileira, 1968.

McLUHAN, Marshall. The Mechanical Bride. Boston, Beacon Press, 4th printing, 1969.

______. The Medium is the Massage: An Inventory of Effects. Bantam Books, 1967.

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RODRIGUES, Alberto Tosi. Sociologia da educação. 3. ed. Rio de Janeiro: DP �� A, 2002.iro: DP �� A, 2002.

SADER, Almir. Palestra proferida no Fórum. Porto Alegre, RS: Fórum Mundial da Educação, 2003.

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Anotações

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