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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · § 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração,

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

NÚCLEO REGINAL DE EDUCAÇÃO DE LONDRINAÁREA: DISCIPLINAS TÉCNICAS

ILIANE ILICE BREITENBACH DOS SANTOS

CADERNO TEMÁTICOANÁLISE DO ACESSO, PERMANÊNCIA E CONCLUSÃO DE 

ALUNOS NO CURSO TÉCNICO EM CONTABILIDADE – SUBSEQUENTE

LONDRINA2010

ILIANE ILICE BREITENBACH DOS SANTOS

CADERNO TEMÁTICOANÁLISE DO ACESSO, PERMANÊNCIA E CONCLUSÃO DE 

ALUNOS NO CURSO TÉCNICO EM CONTABILIDADE – SUBSEQUENTE

Caderno Temático – produção didático­pedagógica ­ apresentado  ao  Núcleo  Regional  de  Educação  de Londrina  e  Secretaria  de  Estado  da  Educação  do Paraná,   como   requisito   obrigatório   dentro   do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE e respectiva conclusão do curso.

Orientadora:   Professora   Eliane   Cleide   da   S. Czernisz

LONDRINA2010

INTRODUÇÃO

O   tema   proposto   neste   Caderno   Temático   envolve   a   Educação 

Profissional  Subsequente e tem como título  a análise do acesso, permanência e 

conclusão de alunos no Curso Técnico em Contabilidade – Subsequente.

A justificativa da escolha deste tema, bem como, a escolha deste 

título  deu­se porque  os  conhecimentos,  a  capacidade de processar  e  selecionar 

informações,  a   criatividade  e  a   iniciativa  constituem matérias­primas  destacadas 

como   vitais   para   o   desenvolvimento   da   modernidade   e   de   uma   sociedade 

competitiva. No entanto, um longo percurso ainda se faz necessário aos professores 

brasileiros, o de saber como está  o processo de  inserção, de permanência e as 

condições de conclusão em cursos profissionalizantes pelos alunos da educação 

profissional. 

Esse exame se faz necessário aos diretores, à equipe pedagógica, à 

secretaria, aos coordenadores e, principalmente, aos professores. Enfim, cabe ao 

governo brasileiro levantar, estudar, e discutir este quadro, uma vez que os clamores 

pelo   investimento   em   educação   podem   também   levá­la   ao   desenvolvimento   de 

práticas sem análise e reflexão de seus resultados. 

Neste sentido este caderno temático se respalda pela necessidade 

de uma reflexão urgente sobre os cursos profissionalizantes subsequentes – em 

específico o Curso Técnico em Contabilidade ­ como a compreensão das alterações 

nesse curso que se desenvolvem em relação às mudanças que ocorrem no mundo 

do trabalho e aos clamores do desenvolvimento tecnológico.

A  escolha do presente  caderno  temático,  se  justifica  também por 

discutir   os   motivos   da   discrepância   existente   entre   no   número   de   alunos   que 

ingressam no Curso Técnico em Contabilidade,  na modalidade subsequente  e o 

número de alunos concluintes no mesmo, bem como a troca de experiências entre 

os profissionais da educação. Há, na educação, um caráter de universalidade, que 

tornam os conhecimentos nesta área úteis, independentemente de sua origem.

Socializar e compartilhar estes saberes, num intercambio de idéias e 

projetos,  no  qual  cada profissional  da  educação envolvido,  parte  de  sua própria 

singularidade para estabelecer pontes de conexão e abrir possibilidades de trabalho 

a   partir   das   referências   comuns   que   afetam   a   educação   profissional,   podendo 

contribuir significativamente na busca pela superação de problemas e na proposição 

de  alternativas,  viabilizadas  através  de  cooperação mútua  e  de  uma  relação  de 

reciprocidade entre os envolvidos.

A problematização proposta também se justifica pelo fato de que a 

Rede  Estadual  de  Ensino  do  Estado  do  Paraná   oferta   os   cursos  de  Educação 

Profissional Técnica de Nível Médio aos jovens e adultos que procuram à formação 

específica para o trabalho, em diversas áreas profissionais.

A   retomada   da   oferta   dessa   modalidade   de   ensino,   pelos 

estabelecimentos mantidos pelo Estado do Paraná,  através do Departamento de 

Educação Profissional, deu­se como política na gestão 2003/2006, cujo objetivo é 

dar atendimento às matrículas em todas as regiões do Estado, principalmente as 

que registram os menores índices de IDH.

O   Departamento   de   Educação   Profissional,   vinculado   a 

Superintendência da Educação do Estado do Paraná (2004), apresentou em relação 

à formação profissional em nível técnico os seguintes dados do ano de 1999: havia 

um total de 2 milhões de alunos matriculados, dos quais 644 mil (31%) com menos 

de 20 anos de idade estavam no nível básico e 716,6 mil (56%) da mesma faixa 

etária,   estavam   no   nível   técnico.   Estes   índices   são   representativos   de   uma 

abrangência significativa se analisados no âmbito da Educação Profissional, porém 

é preciso questionar em que condições tal quantidade de alunos estão envolvidos.

Percebemos   haver   esforços   dos   responsáveis   pela   educação 

publica paranaense, em garantir que estes jovens e adultos tenham acesso a esta 

modalidade   de   ensino,   no   entanto,   alguns   questionamentos   ainda   se   fazem 

necessários: Quais as formas de acesso à educação profissional subsequente? De 

que modo são efetivadas as ações ou que ações são efetivadas para propiciar a 

permanência dos alunos na escola? Qual o número de concluintes em relação aos 

dados de matricula?

Esses questionamentos estão presentes no Projeto de Intervenção 

Pedagógica que elaboramos para desenvolver no Programa de Desenvolvimento 

Educacional  do Paraná   ­  PDE.  Nele   temos como objetivo geral  refletir  sobre  as 

condições de acesso, permanência e conclusão  de alunos do Curso Técnico em 

Contabilidade, na modalidade Subsequente e, os objetivos específicos concentram­

se nos seguintes eixos:

a) Analisar   e   discutir   a   expansão   da   educação   profissional   e   a 

criação dos Cursos Técnicos em Contabilidade ­ Subsequente.

b) Analisar e discutir as formas de implantação e ingresso do Curso 

Técnico em Contabilidade – Subsequente.

c)  Analisar e discutir os problemas relacionados à permanência e 

conclusão no Curso Técnico em Contabilidade – Subsequente.

O  objetivo  geral  deste  Caderno  Temático  é  propor  uma   reflexão 

sobre   o   tema   “Educação   Profissional   Subsequente”   com   todos   os   profissionais 

envolvidos   no   referido   curso   a   partir   da   leitura   e   discussão   da   legislação   que 

respalda a realização da educação profissional nas escolas da rede paranaense, 

hoje.

1TEXTOS

1.1 TEXTO I

1.1.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL – Artigos 205 a 214

Inserimos   alguns   artigos   da   Constituição   Federal,   no   sentido   de 

apresentar aos professores da Educação Profissional da Rede Estadual de Ensino 

do Paraná, os elementos imprescindíveis para pensar o direito a educação. 

A Constituição Federal foi promulgada no dia 05 de outubro de 1988 

sendo   “destinada   a   assegurar   o   exercício   dos   direitos   sociais   e   individuais,   a 

liberdade, a segurança e o bem­estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça 

como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, 

fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com 

a solução pacífica das controvérsias” (Brasil, 2003, pág. 05). 

Apresentamos a seguir alguns artigos selecionados para atender a 

especificidade   da   análise   proposta   nesse   trabalho.   Assim   descrevemos   o   texto 

constitucional dos artigos 205 a 214 que trata da educação, em nível nacional:   

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da   lei,   planos   de   carreira,   com   ingresso   exclusivamente   por   concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei;VII – garantia de padrão de qualidade. VIII – piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. Parágrafo   único.   A   lei   disporá   sobre   as   categorias   de   trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Art.   207.  As   universidades   gozam   de   autonomia   didático­científica, administrativa   e   de   gestão   financeira   e   patrimonial,   e   obedecerão   ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei.§ 2º O disposto neste artigo aplica­se às instituições de pesquisa científica e tecnológica.Art. 208.  O dever do Estado com a educação será  efetivado mediante a garantia de:I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; II – progressiva universalização do ensino médio gratuito; III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;IV – educação infantil,  em creche e pré­escola, às crianças até  5 (cinco) anos de idade; V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;VII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por   meio   de   programas   suplementares   de   material   didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. § 1º ­ O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.§ 2º ­ O não­oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.§   3º   ­   Compete   ao   Poder   Público   recensear   os   educandos   no   ensino fundamental, fazer­lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.Art.   209.  O   ensino   é   livre   à   iniciativa   privada,   atendidas   as   seguintes condições:I – cumprimento das normas gerais da educação nacional;II – autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira   a   assegurar   formação   básica   comum   e   respeito   aos   valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.§ 1º ­ O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.§ 2º ­ O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.Art.   211.  A   União,   os   Estados,   o   Distrito   Federal   e   os   Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.§ 1º A União organizará  o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional,   função   redistributiva   e   supletiva,   de   forma   a   garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; § 2º  Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino  fundamental  e na educação infantil. §  3º  Os Estados  e  o  Distrito  Federal  atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. § 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. § 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. Art.  212.  A  União aplicará,  anualmente,  nunca  menos de  dezoito,  e  os Estados,  o  Distrito  Federal   e  os  Municípios  vinte  e   cinco  por  cento,  no 

mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.§ 1º ­  A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados,   ao   Distrito   Federal   e   aos   Municípios,   ou   pelos   Estados   aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.§ 2º ­ Para efeito do cumprimento do disposto no “caput” deste artigo, serão considerados  os   sistemas  de  ensino   federal,   estadual  e   municipal   e  os recursos aplicados na forma do art. 213.§   3º   A   distribuição   dos   recursos   públicos   assegurará   prioridade   ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório,  no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de educação. § 4º ­ Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários.§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a   contribuição   social   do   salário­educação,   recolhida   pelas   empresas   na forma da lei. § 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do  salário­educação  serão  distribuídas  proporcionalmente  ao  número  de alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de ensino. Art.   213.  Os   recursos   públicos   serão   destinados   às   escolas   públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:I   –   comprovem   finalidade   não­lucrativa   e   apliquem   seus   excedentes financeiros em educação;II – assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.§ 1º ­ Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos,  quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.§ 2º ­ As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio financeiro do Poder Público.Art.  214.  A  lei   estabelecerá  o  plano  nacional  de  educação,  de  duração decenal,  com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em   seus   diversos   níveis,   etapas   e   modalidades   por   meio   de   ações integradas   dos   poderes   públicos   das   diferentes   esferas   federativas   que conduzam a: I – erradicação do analfabetismo;II – universalização do atendimento escolar;III – melhoria da qualidade do ensino;IV – formação para o trabalho;V – promoção humanística, científica e tecnológica do País.VI   –   estabelecimento   de   meta   de   aplicação   de   recursos   públicos   em educação como proporção do produto interno bruto. (Brasil, 2003, págs. 49 e 50)

O texto  supra  mencionado  regulamenta  as  condições de acesso, 

permanência e conclusão de alunos, neste sentido, assegura o acesso de todos a 

educação e, em contrapartida, definem como sendo dever do Estado em oferecê­lo 

e,   ainda,   busca   assegurar   a   preparação   do   educando   como   cidadão   e   a   sua 

qualificação para o mercado de trabalho. 

1.2 TEXTO II

1.2.1 CONSTITUIÇÃO ESTADUAL ­ Artigos 177 a 189

O texto II traz alguns artigos da Constituição Estadual e busca 

apresentar  aos professores da  Educação Profissional  da  Rede Estadual  de 

Ensino   do   Paraná   os   elementos   imprescindíveis   para   pensar   o   direito   a 

educação proposta para o nosso Estado. 

A Constituição do Estado do Paraná   “institui  o  ordenamento 

básico do Estado, em consonância com os fundamentos, objetivos e princípios 

expressos na Constituição Federal” (PARANÁ, 2001, pág. 09). 

Traz no Título IV “Da Ordem Social”, Capítulo II “Da Educação, 

da Cultura e do Desporto”, Seção I “Da Educação”, em seus arts. 177 a 189, as 

bases da legislação relacionada à educação no Estado paranaense, conforme 

apresentaremos a seguir: 

Art. 177. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será   promovida   e   incentivada   com   a   colaboração   da   sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,  seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.Art.   178.  O   ensino   será   ministrado   com   base   nos   seguintes princípios:I   ­   igualdade  de  condição para  acesso  e  permanência  na  escola, vedada qualquer forma de discriminação e segregação;II ­ gratuidade de ensino em estabelecimentos mantidos pelo Poder Público estadual, com isenção de taxas e contribuições de qualquer natureza;III   ­   liberdade   de   aprender,   ensinar,   pesquisar   e   divulgar   o pensamento, a arte e o saber;IV ­ valorização dos profissionais do ensino, garantindo­se, na forma da lei, planos de carreira para todos os cargos do magistério público, piso   salarial   de   acordo   com   o   grau   de   formação   profissional   e ingresso, exclusivamente por concurso de provas e títulos, realizado periodicamente, sob o regime jurídico adotado pelo Estado;V –  garantia  de padrão de qualidade em  toda a   rede e níveis  de ensino a ser fixada em lei;VI ­ pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e religiosas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;VII   ­  asseguramento  da pluralidade  de oferta  de  ensino de  língua estrangeira na rede pública estadual de educação.Art. 179.  O dever do Poder Público, dentro das atribuições que lhe forem conferidas, será cumprido mediante a garantia de:I ­ ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

II ­ progressiva universalização do ensino médio gratuito;III   ­   ensino   público   noturno,   fundamental   e   médio,   adequado   às necessidades   do   educando,   assegurado   o   mesmo   padrão   de qualidade do ensino público diurno;IV ­  atendimento educacional especializado gratuito aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;V ­ acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;VI ­ organização do sistema estadual de ensino;VII   ­   assistência   técnica   e   financeira   aos   municípios   para   o desenvolvimento do ensino fundamental, pré­escolar e de educação especial;VIII ­ atendimento ao educando, no ensino pré­escolar, fundamental, médio e de educação especial, através de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;IX ­ atendimento em creche e pré­escola às crianças de até seis anos de idade;X ­ ampliação e manutenção da rede de estabelecimentos públicos de ensino fundamental e médio, independentemente da existência de escola mantida por entidade privada.§   1°.   O   acesso   ao   ensino   obrigatório   e   gratuito   é   direito   público subjetivo.§ 2°. O não­oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou   sua   oferta   irregular,   importa   responsabilização   da   autoridade competente.§ 3°.  Compete ao Poder Público estadual,  com a colaboração dos municípios,   recensear os educandos no ensino fundamental,   fazer­lhes   a   chamada   e   zelar,   junto   aos   pais   ou   responsáveis,   pela freqüência à escola.§ 4º. Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.§ 5º. Os municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.§   6º.   O   Estado   atuará   prioritariamente   no   ensino   fundamental   e médio.§ 7°. Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde   previstos   no   art.   179,   inciso   VIII,   serão   financiados   com recursos   provenientes   de   contribuições   sociais   e   outros   recursos orçamentários, sem ônus para as verbas de educação previstas no art. 185 desta Constituição.§ 8°. Os programas suplementares de material didático­escolar e de transporte escolar poderão ingressar no cálculo previsto no art. 185 desta Constituição.Art.  180.  As universidades gozam de autonomia didático­científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial e obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa, extensão e ao da integração entre os níveis de ensino.§ 1º. As instituições de ensino superior atenderão, através de suas atividades de pesquisa e extensão, as finalidades sociais e tornarão públicos seus resultados.§  2º.  É   facultado  às  universidades  admitir  professores,   técnicos  e cientistas estrangeiros, na forma da lei.§ 3º.  O disposto neste artigo aplica­se às  instituições de pesquisa científica e tecnológica.

Art. 181. As instituições de ensino superior do Estado terão recursos necessários   à   manutenção   de   pessoal,   na   lei   orçamentária   do exercício, em montante não inferior, em termos de valor real, ao do exercício anterior.Art. 182. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:I ­ cumprimento das normas da educação nacional e estadual;II   ­   autorização   e   avaliação   de   qualidade   pelo   Poder   Público competente.Art. 183. Compete ao Poder Público estadual normatizar e garantir a aplicação das normas e dos conteúdos mínimos para o ensino pré­escolar, fundamental, médio e de educação especial, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos universais, nacionais e regionais.§   1º.   O   ensino   religioso,   de   matrícula   facultativa   e   de   natureza interconfessional,   assegurada   a   consulta   aos   credos   interessados sobre   o   conteúdo   programático,   constituirá   disciplina   dos   horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.§   2°.   O   ensino   fundamental   regular   será   ministrado   em   língua portuguesa,   assegurada   às   comunidades   indígenas   também   a utilização   de   suas   línguas   maternas   e   processos   próprios   de aprendizagem.Art.   184.  O   plano   plurianual   de   educação   estabelecido   em   lei objetivará   a   articulação   e   o   desenvolvimento   do   ensino   em   seus diversos   níveis,   neles   atendendo   às   necessidades   apontadas   em diagnósticos   decorrentes   de   consultas   a   entidades   envolvidas   no processo pedagógico e à integração do Poder Público, visando a:I ­ erradicação do analfabetismo;II ­ universalização do atendimento escolar;III ­ melhoria da qualidade de ensino;IV ­ formação para o trabalho;V ­ promoção humanística, científica e tecnológica.Art. 185.  O Estado e os Municípios aplicarão anualmente 25%, no mínimo,   da   receita   resultante   de   impostos,   compreendida   a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino público.Parágrafo único.  A parcela da arrecadação de impostos transferida pela   União   ao   Estado   e   aos   Municípios,   ou   pelo   Estado   aos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.Art.   186.  Os   Municípios   atuarão   com   a   cooperação   técnica   e financeira da União e do Estado, nos programas de educação pré­escolar  e  de ensino   fundamental,  em consonância  com o  sistema estadual de ensino.Art. 187. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, objetivando   atender   a   todas   as   necessidades   exigidas   pela universalização   do   ensino,   sendo   que,   cumpridas   tais   exigências, poderão   ser   dirigidos   às   escolas   comunitárias,   confessionais   ou filantrópicas, definidas em lei, que:I ­ comprovem finalidade não­lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;II   ­   assegurem   a   destinação   de   seu   patrimônio   à   outra   escola comunitária,   filantrópica  ou  confessional,   ou   ao   Poder  Público,   no caso de encerramento de suas atividades.§ 1°. Os recursos, de que trata este artigo, poderão ser destinados à bolsa de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, 

para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta   de   vagas   e   cursos   regulares   na   república,   na   localidade   da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir, prioritariamente, na expansão de sua rede na localidade.§   2°.   A   distribuição   dos   recursos   assegurará   prioritariamente   o atendimento das necessidades do ensino obrigatório, nos termos do sistema estadual de educação.Art. 188. O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social de salário­educação, recolhida na forma da lei, pelas empresas, que dela poderão deduzir a aplicação realizada   no   ensino   fundamental   de   seus   empregados   e dependentes.Art. 189. O Poder Público estadual assegurará funções e cargos aos especialistas de educação do sistema estadual de ensino. (PARANÁ, 2001, pág. 73 a 76).

O   texto   acima   regulamenta   as   condições   de   acesso, 

permanência   e   conclusão  de   alunos,   assegurando   o   acesso   de   todos   a 

educação   e,   em   contrapartida,   definem   como   sendo   dever   do   Estado   em 

oferecê­lo   e,   ainda,   buscam   assegurar   a   preparação   do   educando   como 

cidadão e a sua qualificação para o mercado de trabalho. 

Para   que   os   alunos   dos   cursos   técnicos   em   nível   médio 

atingem seus objetivos, ou seja, preparando­se para serem cidadãos e, ainda, 

qualificando­se   para   o   mercado   de   trabalho   são   necessários   que   sejam 

assegurados  alguns  princípios  básicos.  Estes  princípios  estão   definidos  na 

Constituição Estadual, acima elencados e, garantem o acesso, a permanência 

e a equidade. 

TEXTO III

1.3.1 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – LDBEN ­ 

Artigos 39 a 42

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, 

em seus artigos 39 a 42, apresenta aos professores da Educação Profissional 

da Rede Estadual de Ensino do Paraná,  os elementos imprescindíveis para 

pensar o direito a educação profissional. 

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, 

foi aprovada em 20 de dezembro de 1996,  sancionada pelo então presidente 

Fernando Henrique Cardoso e é  baseada no princípio do direito universal à 

educação para todos.

 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, 

no Título V “Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino”, Capítulo III 

“Da Educação Profissional” e, nos art.  39 a 42, contempla as bases para a 

Educação Profissional Técnica de Nível Médio, conforme destacamos a seguir: 

Art. 39.  A educação profissional,  integrada às diferentes formas de educação,   ao   trabalho,   à   ciência   e   à   tecnologia,   conduz   ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. Parágrafo   único.   O   aluno   matriculado   ou   egresso   do   ensino fundamental,  médio e superior,  bem como o  trabalhador em geral, jovem ou adulto, contará com a possibilidade de acesso à educação profissional. Art.  40.  A educação profissional  será  desenvolvida em articulação com   o   ensino   regular   ou   por   diferentes   estratégias   de   educação continuada,   em   instituições   especializadas   ou   no   ambiente   de trabalho. Art. 41. O conhecimento adquirido na educação profissional, inclusive no   trabalho,   poderá   ser   objeto   de   avaliação,   reconhecimento   e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos. Parágrafo único. Os diplomas de cursos de educação profissional de nível médio, quando registrados terão validade nacional. Art. 42.  As escolas técnicas e profissionais, além dos seus cursos regulares,   oferecerão   cursos   especiais,   abertos   à   comunidade, condicionada   a   matrícula   à   capacidade   de   aproveitamento   e   não necessariamente ao nível de escolaridade. (BRASIL, 1997, pág. 61).

A Lei de Diretrezes e Bases da Educação Nacional – LDBEN 

baseia­se no princípio do direito universal à educação para todos. Os artigos 

supra mencionados tratam de matéria especifica para os cursos técnicos. 

1.3 TEXTO IV

1.4.1   NORMAS   COMPLEMENTARES   ÀS   DIRETRIZES   CURRICULARES 

NACIONAIS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO E 

DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO  ­  DELIBERAÇÃO  N.º 

009/06

A  Deliberação   N.º   09/06,  regulamenta   as   normas 

complementar às Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Profissional 

Técnica de Nível Médio e de Especialização Técnica de Nível Médio, sendo a 

sua   matéria   de   suma   importância   para   os   professores   que   trabalham   nos 

cursos técnicos. 

Capítulo IDAS DISPOSIÇÕES GERAISArt. 1º  Esta Deliberação define para o Sistema Estadual de Ensino, normas para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio e de Especialização Técnica de Nível Médio.Art.   2°  O   estabelecimento   de   ensino   que   ofertar   exclusivamente Educação   Profissional   Técnica   de   Nível   Médio   será   denominado Centro de Educação Profissional.§   1°  Quando   se   tratar   de   estabelecimento   mantido   pelo   poder público, o designativo que o identifica (municipal ou estadual) deverá vir logo após o termo Centro.§ 2°  Os estabelecimentos com características específicas poderão utilizar   denominações   próprias   desde   que   previamente   aprovadas pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná.Art. 3° A Educação Profissional observadas as diretrizes curriculares nacionais   definidas   pelo   Conselho   Nacional   de   Educação,   será desenvolvida por meio de cursos e programas de:I – formação inicial e continuada de trabalhadores;II   –   educação   profissional   técnica   de   nível   médio   (integrada, concomitante e subseqüente);III – especialização Técnica de Nível Médio.Art. 4º  Os cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores, referidos no inciso I do art. 3º, incluídos a capacitação, o aperfeiçoamento,  a especialização e a atualização, em todos os níveis   de   escolaridade,   poderão   ser   ofertados   segundo   itinerários formativos,  objetivando o desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva e social.§1º Para fins do disposto no caput considera­se itinerário formativo o conjunto   de   etapas   que   compõem   a   organização   da   educação profissional   em   uma   determinada   área,   possibilitando   o aproveitamento contínuo e articulado dos estudos.§2º   Os   cursos   mencionados   no  caput  articular­se­ão, preferencialmente, com os cursos de educação de jovens e adultos, 

objetivando a qualificação para o trabalho e a elevação do nível de escolaridade   do   trabalhador,   o   qual,   após   a   conclusão   com aproveitamento   dos   referidos   cursos,   fará   jus   a   certificados   de formação inicial ou continuada para o trabalho.Art. 5º A Educação Profissional Técnica de Nível Médio observará as seguintes premissas:I – organização por áreas profissionais, em função da estrutura sócio­ocupacional e tecnológica;II  – articulação de esforços das áreas da educação, do  trabalho e emprego, e da ciência e tecnologia.Parágrafo   único.   Projetos   de   cursos   e   currículos   em   áreas profissionais,   não  indicadas  na   Resolução  nº   04/99  do   CNE/CEB, deverão também ser submetidos ao Conselho Estadual de Educação, para autorização.Art. 6º A Educação Profissional Técnica de Nível Médio, nos termos dispostos no §2º do art. 36, art. 40 e parágrafo único do art. 41 da Lei Federal  n.º  9.394,  de 1996,  será  desenvolvida de  forma articulada com o Ensino Médio, observados:I – os objetivos contidos nas diretrizes curriculares nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação;II – as normas emanadas por este CEE; e III – as exigências de cada instituição de ensino, nos termos da sua Proposta Pedagógica.Art. 7º A articulação entre a Educação Profissional Técnica de Nível Médio e o Ensino Médio dar­se­á nas formas integrada, concomitante ou subseqüente.§1º Integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o Ensino Fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino, contando com matrícula única para cada aluno, tendo sua carga total ampliada para um mínimo de:I   –   3.000   (três   mil)   horas   para   as   habilitações   profissionais   que exigem mínimo de 800 (oitocentas) horas; II – 3.100 (três mil e cem) horas para aquelas que exigem mínimo de 1.000 (mil) horas;III   –   3.200   (três  mil   e  duzentas)   horas   para   aquelas   que   exigem mínimo de 1.200 (mil e duzentas) horas; e para IV  –  os  cursos  de  Educação  Profissional  Técnica  de  Nível  Médio realizados de forma integrada com o Ensino Médio, na modalidade de Educação  de  Jovens  e  Adultos  –  EJA  de  Ensino  Médio,  deverão contar  com carga horária mínima de 1.200 (mil  e duzentas)  horas destinadas à Educação Geral, cumulativamente com a carga horária mínima estabelecida para a respectiva habilitação profissional técnica de   nível   médio,   desenvolvidas   de   acordo   com  o   Plano   de   Curso unificado, obedecidas as Diretrizes Curriculares Nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação.§2º Concomitante, oferecida somente a quem já   tenha concluído o Ensino Fundamental ou esteja cursando o Ensino Médio, na qual a complementaridade entre a Educação Profissional Técnica de Nível Médio   e   o   Ensino   Médio   pressupõe   a   existência   de   matrículas distintas para cada curso, podendo ocorrer:a)   na   mesma   instituição   de   ensino,   utilizando   as   oportunidades educacionais disponíveis;b)   em   instituições   de   ensino   distintas,   aproveitando­se   as oportunidades   educacionais   disponíveis   mediante   convênios   de 

intercomplementaridade,   visando   o   planejamento   e   o desenvolvimento de projetos pedagógicos unificados;§3º Subseqüente,  oferecida somente a quem já   tenha concluído o Ensino Médio.Art. 8º  Os cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio realizados nas formas concomitante ou subseqüente ao Ensino Médio deverão   considerar   a   carga   horária   total   do   Ensino   Médio,   nas modalidades regular ou de Educação de Jovens e Adultos e praticar a carga horária mínima exigida pela respectiva habilitação profissional, da ordem de 800 (oitocentas), 1.000 (mil) ou 1.200 (mil e duzentas) horas, segundo a correspondente área profissional.Art. 9º  Os diplomas de técnico de nível médio correspondentes aos cursos realizados nos termos do §1º, art. 7º, desta Deliberação terão validade tanto para fins de habilitação profissional, quanto para fins de certificação do Ensino Médio,  para continuidade de estudos na Educação Superior.Art. 10. Os cursos e programas de Educação Profissional Técnica de Nível   Médio   quando   estruturados   e   organizados   em   etapas   com terminalidade, incluirão saídas intermediárias, com as oportunidades ocupacionais   devidamente   descritas   no   Plano   de   Curso,   que possibilitarão   a   obtenção   de   certificados   de   qualificação   para   o trabalho após sua conclusão com aproveitamento.§1º   Para   fins   do   disposto   no  caput  considera­se   etapa   com terminalidade   a   conclusão   intermediária   de   cursos   de   Educação Profissional Técnica de Nível Médio que caracterize uma qualificação para o trabalho, claramente definida e com identidade própria.§2º As etapas com terminalidade deverão estar articuladas entre si, compondo   os   itinerários   formativos   e   os   respectivos   perfis profissionais de conclusão, conforme certificações pretendidas.Art. 11.  Para a obtenção do diploma de técnico de nível médio, o aluno deverá concluir seus estudos de Educação Profissional Técnica de   Nível  Médio  e   de   Ensino   Médio,   precedidos   de   processo   que ateste o devido aproveitamento.Capítulo IIPERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO DO CURSOArt.   12.  É   de   responsabilidade   do   estabelecimento   de   Educação Profissional Técnica de Nível Médio determinar os perfis profissionais de   conclusão   dos   seus   cursos   em  consonância   com  a   legislação vigente.Art. 13. A identidade do curso será definida pelo perfil profissional de conclusão,   estabelecido   pela   escola,   considerando   as   seguintes competências:I – básicas, constituídas na Educação Básica;II – profissionais gerais, comuns aos técnicos de cada área;III–profissionais   específicos   de   cada   qualificação,   habilitação   e especialização.Art. 14.  O perfil profissional de conclusão do curso, considerando o nível de autonomia e de responsabilidade do técnico a ser formado, deverá:I – quando se tratar de profissão regulamentada, traçar o perfil  em conformidade com a Lei do Exercício Profissional;II   –   quando   incluir   qualificação   profissional,   descrever   o   perfil correspondente de cada ocupação existente no mercado de trabalho.

Capítulo IIIDO CREDENCIAMENTOArt.   15.  O   estabelecimento   de   ensino   para   ofertar   a   Educação Profissional Técnica de Nível Médio deverá solicitar o credenciamento na  Secretaria  de Estado  da  Educação – SEED,  acompanhado do pedido de autorização de pelo menos 1 (um) curso,  observando o cumprimento das seguintes exigências:I – denominação, informações comprovadas sobre a localização da sede,   capacidade   financeiro­administrativa,   situação   jurídica   e condições fiscal e parafiscal;II– justificativa da necessidade social da oferta do curso pretendido, objetivos, organização curricular;III – Proposta Pedagógica do estabelecimento, inclusive organograma funcional,   descrição   das   funções   e   atribuições   pedagógicas   e administrativas;IV  –   listagem de  cursos   já   autorizados  e   reconhecidos,  de  outras modalidades;V – instalações físicas adequadas conforme especificado nos art. 47 e 48.VI – relação do corpo técnico­administrativo da instituição;VII  –  plano de  formação continuada para  docentes  que atuam na instituição de ensino;VIII – Plano de Curso.Art.  16.  Protocolado o pedido de credenciamento da  instituição de ensino, a SEED, deve, no prazo de até  45 (quarenta e cinco) dias constituir comissão para verificação prévia, a qual deverá:I­   elaborar   relatório,   atestando   a   veracidade   das   informações prestadas em atendimento ao art. 15, emitindo parecer específico; II ­ encaminhar o processo à SEED.Art. 17. A SEED deve proceder à análise do processo, encaminhando as   diligências   que   forem   necessárias,   a   fim   de   recomendar   a aprovação ou não, do pedido de credenciamento.§ 1º ­ Sendo favorável, o processo será encaminhado ao CEE, para parecer conclusivo.§ 2º ­ Sendo desfavorável, o processo será devolvido ao requerente, que poderá:I­   solicitar   reconsideração do parecer,  apresentando argumentação lastreada em fatos novos relevantes, dentro do prazo de 30 (trinta) dias úteis após o recebimento do processo; II­ ingressar com novo pedido.Art. 18. O credenciamento do estabelecimento de ensino para ofertar curso de Educação Profissional Técnica de Nível Médio dar­se­á com o ato legal do titular da SEED, após parecer favorável do CEE.Parágrafo   único.   O   estabelecimento   de   ensino   que   obtiver credenciamento para ofertar curso de Educação Profissional Técnica de Nível Médio será avaliado, para fins de recredenciamento, após 5 (cinco) anos.Capítulo IVDA AUTORIZAÇÃO DE CURSOArt. 19.  A autorização para funcionamento é ato mediante o qual o Poder   Público   Estadual,   após   processo   específico,   permite   o funcionamento de atividades escolares em estabelecimento de ensino integrado ao Sistema Estadual de Ensino.Art.  20.  O ato de autorização para  funcionamento é   indispensável para a instalação de:I – estabelecimento de ensino;

II – novo curso em estabelecimento já credenciado.Art.   21.  Um   estabelecimento   não   poderá,   em   nenhuma   hipótese, iniciar  suas atividades ou as de novo curso,  sem ato expresso de autorização   exarado   pelo   titular   da   Secretaria   de   Estado   da Educação.Parágrafo único. Ocorrendo funcionamento irregular, são inválidos e nulos  todos os atos escolares praticados,  devendo a mantenedora responder pelos danos que vier a causar na vida escolar dos alunos, com as penalidades definidas pelo CEE.Art.   22.  O   estabelecimento   de   ensino   em   processo   de credenciamento ou  já  credenciado que pretenda  instituir  cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio ou de Especialização Técnica de Nível Médio deverá apresentar um Plano para cada Curso do qual conste:I – requerimento;II – identificação do estabelecimento de ensino;III – parecer e resolução do credenciamento da instituição;IV – justificativa;V – objetivos;VI – dados gerais do curso: habilitação profissional, área profissional, carga horária, regime de funcionamento, regime de matrícula, número de vagas, período de integralização do curso, requisitos de acesso, modalidade de oferta;VII – perfil profissional de conclusão do curso;VIII   –   organização   curricular   contendo   as   informações   relativas   à estrutura do curso:a) descrição de cada disciplina contendo ementa;b) plano de estágio, conforme a Deliberação n.º 10/05­CEE e a Lei do Exercício Profissional no caso de profissão regulamentada;c) descrição das práticas profissionais previstas e d) matriz curricular.IX   –   sistema   de   avaliação,   critérios   de   aproveitamento   de conhecimentos, competências e experiências anteriores;X   –   articulação   com   o   setor   produtivo,   anexando   os   termos   de convênios  firmados com empresas e outras  instituições que sejam vinculadas ao curso;XI – plano de avaliação do curso;XII – indicação do coordenador de curso, que deverá ser graduado com habilitação e qualificação específica e experiência comprovada;XIII – indicação do coordenador de estágio, quando for ocaso,   que   deverá   ser   graduado   com   habilitação   e   qualificação específica e experiência comprovada;XIV – relação de docentes graduados com habilitação e qualificação específica  na disciplina  que   for   indicado,  anexando documentação comprobatória;XV – certificados e diplomas:a)   certificados   que   deverão   identificar   os   títulos   ocupacionais definidos   no   mercado   de   trabalho,   no   caso   de   qualificação profissional de nível técnico e/ou de Especialização Técnica de Nível Médio.b) diplomas que deverão explicitar o correspondente título de técnico e a área a que se vincula.XVI – recursos materiais, com a devida comprovação por meio de relatório avaliativo, realizado pela Comissão de Verificação designada pela SEED, especificamente para esta finalidade;XVII – cópia do Regimento Escolar aprovado pela SEED.

Parágrafo   Único   –   Tratando­se   de   estabelecimento   mantido   pelo Poder   Público,   deverá   ser   apresentada   anuência   do   Conselho Escolar.Art. 23.  O Plano de Curso, aprovado, terá validade após publicação da   Resolução   que   autoriza   o   funcionamento   do   curso,   no   Diário Oficial do Estado.§1º A autorização de funcionamento será concedida pelo prazo de até 3 (três) anos na Educação Profissional Técnica integrada ao Ensino Médio,   ressalvados   os   casos   de   cursos   organizados   nas   formas concomitantes ou subseqüentes, cujo prazo de validade constará do ato autorizatório.§2º  Até  120   (cento  e  vinte)  dias  antes  da  expiração do prazo  da autorização de   funcionamento  do curso,  o  estabelecimento deverá solicitar o reconhecimento.§3º A prorrogação do prazo de autorização poderá ser pleiteada pela instituição por igual período, por uma única vez, competindo ao titular da Secretaria de Estado da Educação concedê­la, à vista de parecer favorável do CEE.§4º Não cumpridas as exigências legais no prazo fixado, o curso será cessado de forma gradativa por ato do titular da Secretaria de Estado da Educação.§5º O estabelecimento ou curso que não for implantado no decorrer do   prazo   estabelecido,   terá   sua   autorização   para   funcionamento cancelada mediante ato revogatório.Art. 24.  Protocolado o pedido de autorização de funcionamento do Curso,  a SEED, deve, no prazo de até  45 (quarenta e cinco) dias constituir comissão para verificação prévia, a qual deverá:I­   elaborar   relatório,   atestando   a   veracidade   das   informações prestadas no Plano de Curso, mediante parecer específico;II ­ encaminhar o processo à SEED.Art. 25. A SEED deve proceder a análise do processo, encaminhando as   diligências   que   forem   necessárias,   a   fim   de   recomendar   a aprovação ou não, do pedido de autorização de funcionamento do Curso.Parágrafo único: O processo será encaminhado ao CEE para parecer final e posterior ato autorizatório do titular da Secretaria de Estado da Educação.Art.  26.  A instituição de ensino deverá  submeter ao Departamento competente  da  SEED qualquer  alteração  no  seu  Plano  de  Curso, para análise e posterior parecer do CEE.Art. 27.  A prática profissional é elemento obrigatório do currículo da Educação   Profissional   Técnica   de   Nível   Médio   incluído   na   carga horária mínima de cada habilitação, contextualizando o conhecimento e a ação profissional do estudante.Parágrafo   único.  A   prática   de   que   trata  o  caput  deste  artigo  não elimina a necessidade do estágio.Art.   28.  O   estágio   profissional   supervisionado,   estabelecido   pelas necessidades da natureza da qualificação ou habilitação profissional, será   orientado   e   acompanhado   por   profissional   graduado   com habilitação e qualificação específica e experiência comprovada.Parágrafo   único.   O  estabelecimento   de   ensino   deverá   explicitar   o plano de realização do estágio profissional supervisionado e a carga horária do mesmo que será acrescida ao mínimo do curso, conforme o disposto na Deliberação nº 10/05­CEE.

Capítulo VDO RECONHECIMENTOArt. 29.  O reconhecimento é o ato mediante o qual o Poder Público Estadual atesta a qualidade pedagógica e educativa das atividades desenvolvidas   pelo   estabelecimento,   e   dessa   forma   o   integra plenamente ao Sistema Estadual de Ensino.Parágrafo único. O reconhecimento se reporta aos cursos ministrados no estabelecimento nos termos do respectivo ato de autorização.Art. 30. Para o reconhecimento o processo deverá ser instruído com a seguinte documentação:I   –   requerimento   dirigido   ao   titular   da   Secretaria   de   Estado   da Educação   e   subscrito   pelo   representante   legal   da   entidade mantenedora;II   –   prova  do   ato  de  autorização   para   funcionamento  e  Plano  de Curso   atualizado   observadas   as   exigências   do   art.   22,   desta Deliberação;III – indicação das melhorias e/ou modificações efetuadas no período de   autorização,   com   especial   relevo   às   instalações   físicas, qualificação   do   corpo   docente,   equipamentos   e   recursos pedagógicos.Art. 31.  Protocolado o pedido de reconhecimento, a SEED, deve no prazo   de   até   45   (quarenta  e   cinco)  dias   constituir   comissão  para verificação complementar, que incidirá sobre o contido no Capítulo VII desta Deliberação.Art.   32.  O   reconhecimento   do   curso   de   Educação   Profissional Técnica de Nível Médio dar­se­á com o ato legal do titular da SEED, após parecer favorável do CEE.Parágrafo único. O ato de reconhecimento será concedido pelo prazo de até 5 (cinco) anos.Capítulo VIDA   RENOVAÇÃO   DO   CREDENCIAMENTO   E   DO RECONHECIMENTOSeção IDa Renovação do CredenciamentoArt. 33. O pedido de renovação de credenciamento de instituição de ensino será   formalizado pela respectiva entidade mantenedora 120 (cento   e   vinte)   dias   antes   de   expirar   o   prazo   do   ato   do credenciamento, atendendo aos seguintes requisitos:I – cópia dos atos que atestem sua existência e capacidade jurídica de atuação, na forma da legislação vigente;II – prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica;III  –  prova  de   regularidade  perante  a  Fazenda Federal,Estadual  e Municipal;IV   –   prova   de   inscrição   no   Cadastro   Nacional   dos CursosTécnicos/MEC;V   –   identificação   dos   integrantes   do   corpo   dirigente   com   osatos jurídicos pertinentes;VI – Regimento da instituição;VII   –   Plano   de   Curso,   com   avaliação   qualitativa   e   propostas   de alteração (no caso de curso).Art. 34.  Protocolado o pedido de renovação de credenciamento da instituição de ensino, a SEED, deve, no prazo de até 45 (quarenta e cinco) dias constituir comissão para verificação complementar, a qual deverá:I­   elaborar   relatório,   atestando   a   veracidade   das   informações prestadas em atendimento ao art. 15, emitindo parecer específico;

II ­ encaminhar o processo à SEED. Parágrafo   único.   O   ato   de   renovação   do   credenciamento   será concedido pelo prazo de até 5 (cinco) anos.Art. 35.  A vista do parecer favorável do CEE, o titular da Secretaria de   Estado   da   Educação   expedirá   ato   de   renovação   do credenciamento.Seção IIDa Renovação do ReconhecimentoArt. 36. Para a renovação de reconhecimento o processo deverá ser instruído com a seguinte documentação:I   –   requerimento   dirigido   ao   titular   da   Secretaria   de   Estado   da Educação   e   subscrito   pelo   representante   legal   da   entidade mantenedora;II  –  prova  do  ato  de   reconhecimento  e  plano  de  curso  atualizado observadas as exigências do art. 26, desta Deliberação;III – indicação das melhorias e/ou modificações efetuadas no período de   reconhecimento,   com   especial   relevo   às   instalações   físicas, qualificação   do   corpo   docente,   equipamentos   e   recursos pedagógicos.Art.  37.  Protocolado o pedido de renovação de reconhecimento,  a SEED, deve, no prazo de até  45 (quarenta e cinco) dias constituir comissão para verificação complementar, a qual deverá:I­   elaborar   relatório,   atestando   a   veracidade   das   informações prestadas em atendimento ao art. 15, emitindo parecer específico;II ­ encaminhar o processo à SEED.§ 1º À vista do parecer favorável do CEE, o titular da Secretaria de Estado da Educação expedirá ato de renovação do reconhecimento.§  2º  O ato  de  renovação do  reconhecimento  será   concedido pelo prazo de até 5 (cinco) anos. (PARANÁ, 2006)

A Educação Profissional Técnica em Nível Médio poderá  ser 

ofertada na forma articulada ao ensino médio e na forma subseqüente. A forma 

articulada   ao   ensino   médio   é   aquela   destinada   àqueles   que   concluíram   o 

ensino fundamental e na forma subseqüente, é aquela destinada àqueles que 

já   concluíram   o   ensino   médio.     O   Curso   Técnico   de   Contabilidade,   na 

modalidade subseqüente é  o objeto de estudo, deste caderno pedagógico e 

deve,   além,   de   preparar   para   a   cidadania   e  para  o   mercado   de   trabalho, 

também, certificar para o prosseguimento de estudos.

TEXTO V

1.5.1 ORIENTAÇÃO SOBRE A MATRÍCULA NOS ESTABELECIMENTOS DE 

ENSINO DA REDE ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA O ANO 

LETIVO DE 2010 ­ INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 04/09. 

A Diretoria de Administração Escolar da Secretaria de Estado 

da  Educação   –  DAE/SEED,   institui   a   Instrução  normativa  nº   04/2009,   que 

orienta  a  matrícula  nos  Estabelecimentos  de  Ensino  da  Rede  Estadual   de 

Educação Básica para o ano letivo de 2010 e, constitui matéria relevante que 

disciplina o acesso aos cursos técnicos.

1.9 MATRÍCULA PARA EDUCAÇÃO PROFISSIONALOs cursos  de  Educação Profissional  Técnica  em Nível  Médio  são ofertados na rede Pública Estadual com duas formas de organização: integrada e subsequente.A   forma   de   organização   curricular   integrada,   com   duração   de 4(quatro) anos, é permitida somente a egressos da 8ª série do Ensino Fundamental.   O   Ensino   Técnico   Agropecuária,   Agroecologia   e Florestal,   ofertado   na   forma   integrada   em   período   integral   têm duração de três anos.A forma subsequente,  com duração de um a dois anos é  ofertada somentea egressos do Ensino Médio.O curso de Formação de Docentes – Normal, em nível médio, em sua forma de organização curricular   integrada,  com duração de quatro anos, é ofertado somente para egressos do Ensino Fundamental, e com Aproveitamento  de  estudos,  para  egressos  do  Ensino  Médio, com duração de 3 (três) anos.A Educação Profissional integrada à Educação de Jovens e Adultos, em nível médio, com duração de três anos será ofertada para alunos egressos   do   Ensino   Fundamental   ou   equivalente,   com   idade, preferencialmente, igual ou superior a 18 anos.1.9.1 DO INTEGRADOO acesso aos cursos Técnicos em Nível Médio com duração de 3 ou 4 anos, com exceção do Proeja, dar­se­á por inscrição por Processo Classificador.Somente em casos de sobra de vagas,  o estabelecimento escolar poderá   iniciar   os   procedimentos   de   inscrição   para   o   Processo Classificador relativo ao 2º Semestre, previsto na presente Instrução.1.9.1.1 DO SUBSEQUENTEOs candidatos   inscritos  para  oferta   subsequente  classificados   nas duas   fases,  mas com média   insuficiente  para  garantir   vaga  no  1º semestre/2010,   serão,   automaticamente,   candidatos   preferenciais 

para   as   novas   turmas   autorizadas   no   2º   semestre/2010,   não necessitando repetir o mesmo processo de classificação.O Processo classificador compreenderá:1ª fase: Das Inscrições para ofertas de vagas no ensino Técnico de 09 a 23 de setembro;2ª fase:  Das análises dos critérios de classificação dos candidatos fará parte a comissão encarregada do processo classificatório de 24 de setembro a 09 de outubro de 2009;3º fase: Da entrevista e comprovação dos documentos. De 1º a 18 de Dezembro._  Resultado   Final   após   a   entrevista   e   apresentação   dos documentos para comprovação.DAS FASESDestina­se a todos os candidatos inscritos no Processo Classificador dos estabelecimentos de ensino e compreende:a)   PRIMEIRA   FASE:   Inscrição   e   preenchimento   da   Ficha   de Avaliação.Nesta   fase   o   estabelecimento   poderá   disponibilizar   até   três vezes  o  número de  vagas  ofertadas para  os  cursos.  Ex.:   120 candidatos para 40 vagas por curso.Descrição ValorEnsino  Médio  cursado  integralmente  em estabelecimento da  Rede Pública ou bolsista integral da Rede Particular. 4,0Ensino Médio cursado parcialmente na Rede Pública (máximo 1 ano na Rede Particular). 3,0Ensino   Médio   cursado   parcialmente   na   Rede   Pública   (2   anos   na Rede Particular). 2,0Ensino Médio cursado integralmente na Rede Particular. 1,0Ensino Fundamental cursado  integralmente em Estabelecimento da Rede Pública (1ª a 8ª séries) ou bolsista integral da Rede Particular, cursado integralmente. 3,0Ensino Fundamental cursado parcialmente na Rede Pública (1ª a 8ª séries). 2,0Ensino Fundamental em Estabelecimento da Rede Particular (1ª a 8ª séries). 1,0Renda   média   familiar   per   capita   de   R$   0,00   até   1   (um)   Salário Mínimo. 3,0Renda média familiar per capita acima de 1 (um) Salário Mínimo até 2 (dois) Salários Mínimos. 2,0Renda média familiar per capita acima de 2 (dois) Salários Mínimos. 1,0 Abandono de Curso ­2,0b)   SEGUNDA   FASE:   APROVEITAMENTO   ESCOLAR   (NÃO   SE APLICA AO PROEJA)A Comissão Responsável  pelo  Processo Classificador,  na 2ª   fase, deverá  ser constituída por representantes da direção, coordenação de curso, equipe pedagógica e professor da área técnica pertencente ao curso.Caberá a Comissão Responsável pelo Processo Classificador:1.  Utilizar  o  critério  do calculo  da média  aritmética  das  4   (quatro) séries do Ensino Fundamental e das 3 (três) série do Ensino Médio nas Disciplinas de1 Língua Portuguesa e Matemática. No caso dos alunos que estão cursando a última série do ensino, no momento do processo utilizar as notas do últimosemestre cursado para calcular a média da série em curso.

2. Utilizar o conversor de notas para classificar os candidatos que possuem   documentos   com   nota   atribuída   em   forma   de   conceito, parecer   descritivo   ou   outras   formas   de   pontuação  (conforme   a tabela da PRIMEIRA FASE, anexa a presente instrução).3.   Os   candidatos   serão   classificados   em   ordem   decrescente   de pontuação   através   da   realização   da   somatória   simples   do   seu aproveitamento   escolar   nas   disciplinas   citadas   (Exemplo:   Língua Portuguesa: 6,5 + Matemática: 7,8 = 14,3).4. Em casos de inscrição de alunos em fase de conclusão de curso, substituir o Original do Histórico Escolar por Declaração de Matrícula e Frequência, válido por trinta dias. 5.   Caberá   a   secretária   do   estabelecimento:   geração   do   arquivo contendo os alunos classificados, com carga para a base CELEPAR (web) ou disquete ao NRE.6. Divulgação do edital será efetuada pelo estabelecimento de ensino.7. Os alunos classificados terão garantia de vagas no curso inscrito.8.Os aluno classificados não recebem Carta Matricula.c)   TERCEIRA   FASE:   ENTREVISTA   E   APRESENTAÇÃO   DOS DOCUMENTOS   PARA   COMPROVAÇÃO   E   EFETIVAÇÃO   DA MATRÍCULA1. Os candidatos classificados na 2ª fase deverão realizar entrevista individual   organizada   pela   Comissão   Responsável   pelo   Processo Classificador.2.   Para   a   realização   da   entrevista,   a   Comissão   deverá   organizar previamente  Roteiro  de  Entrevista  para  garantir  a  sua  unidade.  O Roteiro de Entrevista deve considerar as características do candidato e o perfil desejado para o curso.3. Ressalte­se o cuidado da Comissão na elaboração e realização do Roteiro da Entrevista para que não assuma o caráter diferenciado do objetivo do processo classificador.4. Em caso de o candidato não conseguir comprovar a veracidade das   informações   prestadas   na   1º   fase,   este   será   imediatamente desclassificado, ficando sem a garantia de vaga na rede pública de ensino   e   sem   efetivação   da   matricula   no   Estabelecimento.   Este deverá aguardar a reabertura da escola em Janeiro, para escolha de curso em um novo estabelecimento da rede estadual.5.   As   vagas   remanescentes   originadas   pela   desclassificação   de alunos que não comprovaram as informações prestadas na 1º fase, serão imediatamente utilizadas pelo estabelecimento para chamada dos alunos classificados na seqüência.1.9.2 DAS INSCRIÇÕES1) O candidato poderá fazer inscrição em apenas um curso ofertado, sem ônus.2)  No caso de oferta  do curso em mais de um  turno o  candidato deverá optar por um dos turnos.Exclusivamente para os Colégios Agrícolas e Colégio Florestal:a) Para ingresso nos cursos, as inscrições poderão ser efetivadas por telefone,   fax   ou   correio   eletrônico,   ficando   condicionada   a apresentação dos documentos constantes do item nº3, na entrevista.DA MATRÍCULAa) Para a efetivação da matrícula o estabelecimento deverá obedecer ao Cronograma de Matrículas 2º  Semestre  de 2009,  constante  na Instrução Normativa nº04/09 – DAE/SEED.

b)  Serão   convocados   para   efetuar   a   matrícula   os   candidatos selecionados de acordo com a ordem de classificação, até  o  limite das vagas ofertadas.CRONOGRAMA   DO   PROCESSO   CLASSIFICADOR   PARA CURSOS TÉCNICOS RECOMENDAÇÕES GERAISÉ terminantemente proibida às escolas a omissão de vagas. Em caso de   denúncias   a   SEED   procederá,   em   conjunto   com   os   NREs,   à imediata   averiguação   do   caso,   adotando,   quando   necessário,   as sanções   previstas   em   Lei   à   Direção   e   Secretária   Escolar, responsáveis   pelo   processo   de   matrículas   no   estabelecimento   de ensino.Para evitar transtornos e constrangimentos, cumprida as etapas de rematrícula, todos os Estabelecimentos de Ensino deverão observar os seguintes critérios para as vagas remanescentes:_ Não iniciar as matrículas antes do prazo oficial previsto pela SEED;_ Não prorrogar as matriculas;_  Não recusar  aluno com carta­matrícula.  Se  faltar  vagas em sua escola,  por erro de  informação da escola ou da SEED, comunicar imediatamente ao NRE para as providências necessárias.A Diretoria de Administração Escolar  recomenda que a Escola,  ao longo do ano letivo, gerencie a Matrícula como um processo de rotina administrativa.Alguns procedimentos listados abaixo poderão ser adotados:_ Preparar e divulgar um resumo da Instrução de Matrícula à equipe de   professores   e   funcionários   da   escola   e   aos   pais   de   alunos, incluindo informações a respeito da vagas e oferta de séries, turmas e turnos;_  Promover   visibilidade  das   informações contidas  na   Instrução de Matrículas, junto aos espaços físicos da escola;_  Promover uma  lista  de espera cadastrando,  mediante   formulário próprio,   nome   do   aluno,   série   pretendida,   nome   do   responsável, endereço e telefone para contato;_  Organizar   a   distribuição   das   vagas   disponíveis   na   escola,   com cronograma de data e horários para cada série;_  Não   admitir   fila.   Fila   é   sinal   de   desorganização   e   falta   de planejamento.  Não é uma boa imagem para sua escola;_  Manter  edital   externo  com  informações  a   respeito  da  matrícula: cronograma   da   SEED,   número   atualizado   de   vagas   por   série   e turnos, e horários de atendimento;_  Disponibilizar   um   quadro­mural,   na   Secretaria   da   Escola,   com informações   atualizadas   diariamente,   sobre   vagas   disponíveis   por série e turno;_  Enviar  para as  famílias correspondência  informativa e orientativa sobre todos os procedimentos de matrículas para 2010;_ Manter o NRE informado sobre o desenvolvimento das matrículas;_ Usar a imprensa local para manter a comunidade informada._  Não   prorrogar   o   início   tão   pouco   o   termino   dos   períodos   de matrículas previstos no presente no cronograma._  Estabelecimentos   Conveniados   e   Municipais   –   Os Estabelecimentos de Ensino Conveniados e Municipais que atendem exclusivamente   alunos   portadores   de   necessidades   especiais   não são normatizados pela presente Instrução. (PARANÁ, 2009)

O   Governo   do   Estado   do   Paraná   através   da   Diretoria   de 

Administração Escolar  da Secretaria  de Estado da Educação – DAE/SEED, 

institui a Instrução mencionada acima. Esta instrução orienta a matrícula nos 

Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual de Educação Básica para o ano 

letivo   de   2010   e,   constitui   matéria   que   deve   ser   estudada   por   todos   os 

professores  dos  cursos   técnicos,  pois   regulamenta  a   forma de  acesso  dos 

alunos destes cursos. 

CONCLUSÃO

Após a leitura e reflexão dos documentos acima citados, bem 

como,   da   Proposta  Pedagógica,  Regimento  Escolar   e   do  Plano  de  Curso, 

deverão ser analisados e discutidos os seguintes aspectos:

1. A expansão da educação profissional e a criação do Curso 

Técnico em Contabilidade – Subsequente;

2.   As   formas   de   implantação   do   Curso   Técnico   em 

Contabilidade – Subsequente;

3. As formas de ingresso no Curso Técnico em Contabilidade – 

Subsequente;

4. Os problemas relacionados à permanência e conclusão no 

Curso Técnico em Contabilidade – Subsequente;

5. O índice de concluintes do Curso Técnico em Contabilidade– 

Subsequente.

Ainda, deverá ser refletido sobre as seguintes questões:

1. Quais   as   formas   de   acesso   à   educação   profissional 

subsequente? 

2. De que modo são efetivadas as ações ou que ações são 

efetivadas   para   propiciar   a   permanência   dos   alunos   na 

escola? 

3. Qual  o  número de concluintes em relação aos dados de 

matricula?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 05/10/1988. 

Brasília/DF: Impressa Oficial do Brasil, 2003.

PARANÁ. Constituição do Estado do Paraná, de 10.12.2001. 

Curitiba/PR: Imprensa Oficial do Paraná, 2002.

BRASIL. Lei Federal nº 9.394/1996, de 20/12/1996. Lei de Diretrizes e Bases 

da Educação Nacional. São Paulo: Brasil, 1996.

PARANÁ. Deliberação CEE nº 09/06, de 20/12/06. Normas complementares às 

Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Profissionais Técnica de Nível 

Médio e de Especialização Técnica de Nível Médio.

PARANÁ. Instrução Normativa DAE nº 04/09, de 20/12/06. Orienta a matrícula 

nos Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual de Educação Básica para o 

ano letivo de 2010.